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1.

Das Obrigações Divisíveis e Indivisíveis

São divisíveis as obrigações cujas prestações podem ser cumpridas parcialmente e em


que cada um dos devedores só estará obrigado a pagar a sua parte da dívida, assim como
cada credor só poderá exigir a sua porção do crédito. Diferentemente do que ocorre com
as obrigações alternativas, aqui a prestação é uma só. A pluralidade é dos sujeitos da
obrigação.
Se houver um só credor e um só devedor, a obrigação será sempre indivisível, já que
nem o credor estaria obrigado a receber pagamentos parciais, nem o devedor estaria
compelido a fazê-los. Nesse sentido dispunha o art. 889 do Código Civil de 1916.
Não pode o co-devedor de prestação indivisível quitar parcialmente a dívida, ou seja,
mesmo não estando obrigado pela divida toda, deve pagá-la integralmente, pois não pode
dividir a obrigação. Não se trata de solidariedade, como veremos mais adiante, em que o
devedor deve o todo.
A pluralidade de credores, também chamada de concurso ativo, pode ser originária ou
sucessiva, ou seja, pode a obrigação já nascer com vários credores ou apenas com um só e
depois sobrevir o concurso, decorrente de sucessão, por ato inter vivos ou mortis causa.
Se o objeto da prestação for fracionável. o credor que recebeu dará a cada concredor a
sua parte na coisa divisível. Se não for possível o fracionamento, aplica-se o disposto no
presente artigo e o valor a ser exigido pelos demais credores deve ser apurado de acordo
com aparecia que caberia a cada um na obrigação.
Se um dos credores remitir a divida, a obrigação não ficará extinta para com os outros;
mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente.
Parágrafo único. O mesmo critério se observará no caso de transação, novação,
compensação ou confusão.
Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e
danos.
§ 1º Se, para efeito do disposto neste artigo, houver culpa de todos os devedores,
responderão todos por partes iguais.
§ 2º Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse
pelas perdas e danos.

2. Das Obrigações Solidárias


Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais
de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.
A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes. A obrigação
solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores ou co-devedores, e condicional,
ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro.

2.1 Da Solidariedade Ativa

A solidariedade ativa refere-se à pluralidade de credores em uma mesma relação


obrigacional, podendo qualquer um deles exigir, por si só, toda a prestação prometida pelo
devedor. Portanto, a solidariedade ativa diz respeito aos sujeitos ativos da obrigação. Na
solidariedade ativa, cada um dos credores tem o direito, não a obrigação, de exigir do
devedor a prestação por inteiro. Conseqüentemente, o pagamento feito pelo devedor a
qualquer dos credores extinguirá a dívida.

2.2 Da Solidariedade Passiva

O avalista que assina uma nota promissória declara-se solidariamente responsável com
o devedor principal. Trata-se de um tipo de solidariedade passiva em que os devedores
encontram-se coobrigados solidariamente a pagar ao credor a quantia prevista pelotítulo.
Assim, o credor poderá exigir de qualquer dos dois devedores toda a quantia devida. O
princípio da solidariedade passiva, entre devedores, faz com que cada devedor responda
pela prestação na sua totalidade. Ao credor não importa quem pague. Interessa-lhe que
seja pago por qualquer um dos devedores.

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