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Greve geral, dia 24 de Novembro de 2010

Com as duas Centrais sindicais e todos os seus sindicatos

Um passo em frente, para obrigar o Governo a retirar o plano de


austeridade

Por iniciativa da Comissão pela Proibição dos Despedimentos, militantes de diferentes


correntes político-sindicais e alguns estudantes realizámos um Encontro no passado
dia 13 de Novembro, com o seguinte objectivo: acertar a nossa intervenção, de modo
a torná-la tão eficaz quanto possível, na preparação da greve geral de 24 de
Novembro.
Deste Encontro, onde cada um expressou o desejo de ajudar a criar as condições para
modificar a situação dos trabalhadores e do nosso país, foi salientada:
- A posição da CT da Groundforce, quando declara não aceitar o despedimento
colectivo dos 336 trabalhadores de Faro e estar disposta a “ir are ao fim do mundo
para conseguir este objectivo”;
- A posição da Comissão Coordenadora das CTs do Parque Industrial da Autoeuropa
ao afirmar: “Os sindicatos da CGTP e da UGT têm que travar estes despedimentos;
não queremos voltar a ver políticas sindicais que competem entre si pela melhor
indemnização em detrimento da garantia de emprego.
(…) O movimento sindical e as CTs devem exigir ao Governo a retirada destes
ataques, a garantia dos postos de trabalho, nomeadamente nas empresas onde o
Estado tem capital (como são o caso das Páginas Amarelas, através da P. Telecom, e
da Groundforce /TAP).
Chegou a hora da CGTP e da UGT integrarem, na mobilização nacional para a greve
geral, a exigência do fim da onda de despedimentos e a defesa das empresas públicas
ao serviço da economia nacional.”
- A resposta no mesmo sentido de trabalhadores do vidro e dos plásticos da Marinha
Grande.
Foi nesta base que aprovámos uma Carta dirigida a João Proença (Secretário-geral da
UGT) e a Manuel Carvalho da Silva (Secretário-geral da CGTP), para que, no dia a
seguir à greve geral e tirando as lições da mesma, eles afirmem a uma só voz que:
Se o Governo não quer ouvir as exigências dos trabalhadores, para parar com
os despedimentos, garantir os salários por inteiro, garantir no Estado o que
resta do seu sector empresarial e renacionalizar os sectores estratégicos, então
não contem com as Centrais sindicais para negociar “Pactos para o Emprego”,
pois eles serão pactos para aumentar o desemprego.
E que, ao mesmo tempo, se disponham publicamente a ajudar a criar as
condições para uma greve geral dos trabalhadores de toda a Europa, convocada
com base nestas reivindicações, que são comuns aos trabalhadores de todos os
países europeus.
Na mesma carta, os participantes no Encontro afirmam a sua determinação em
ajudar a construir uma rede de militantes que, a partir de cada sector, ajude a
construir a frente unida que faça da greve geral um sucesso, no dia 24 e nos
dias seguintes.
Lisboa, 16 de Novembro de 2010

A Comissão pela Proibição dos Despedimentos

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