Com as duas Centrais sindicais e todos os seus sindicatos
Um passo em frente, para obrigar o Governo a retirar o plano de
austeridade
Por iniciativa da Comissão pela Proibição dos Despedimentos, militantes de diferentes
correntes político-sindicais e alguns estudantes realizámos um Encontro no passado dia 13 de Novembro, com o seguinte objectivo: acertar a nossa intervenção, de modo a torná-la tão eficaz quanto possível, na preparação da greve geral de 24 de Novembro. Deste Encontro, onde cada um expressou o desejo de ajudar a criar as condições para modificar a situação dos trabalhadores e do nosso país, foi salientada: - A posição da CT da Groundforce, quando declara não aceitar o despedimento colectivo dos 336 trabalhadores de Faro e estar disposta a “ir are ao fim do mundo para conseguir este objectivo”; - A posição da Comissão Coordenadora das CTs do Parque Industrial da Autoeuropa ao afirmar: “Os sindicatos da CGTP e da UGT têm que travar estes despedimentos; não queremos voltar a ver políticas sindicais que competem entre si pela melhor indemnização em detrimento da garantia de emprego. (…) O movimento sindical e as CTs devem exigir ao Governo a retirada destes ataques, a garantia dos postos de trabalho, nomeadamente nas empresas onde o Estado tem capital (como são o caso das Páginas Amarelas, através da P. Telecom, e da Groundforce /TAP). Chegou a hora da CGTP e da UGT integrarem, na mobilização nacional para a greve geral, a exigência do fim da onda de despedimentos e a defesa das empresas públicas ao serviço da economia nacional.” - A resposta no mesmo sentido de trabalhadores do vidro e dos plásticos da Marinha Grande. Foi nesta base que aprovámos uma Carta dirigida a João Proença (Secretário-geral da UGT) e a Manuel Carvalho da Silva (Secretário-geral da CGTP), para que, no dia a seguir à greve geral e tirando as lições da mesma, eles afirmem a uma só voz que: Se o Governo não quer ouvir as exigências dos trabalhadores, para parar com os despedimentos, garantir os salários por inteiro, garantir no Estado o que resta do seu sector empresarial e renacionalizar os sectores estratégicos, então não contem com as Centrais sindicais para negociar “Pactos para o Emprego”, pois eles serão pactos para aumentar o desemprego. E que, ao mesmo tempo, se disponham publicamente a ajudar a criar as condições para uma greve geral dos trabalhadores de toda a Europa, convocada com base nestas reivindicações, que são comuns aos trabalhadores de todos os países europeus. Na mesma carta, os participantes no Encontro afirmam a sua determinação em ajudar a construir uma rede de militantes que, a partir de cada sector, ajude a construir a frente unida que faça da greve geral um sucesso, no dia 24 e nos dias seguintes. Lisboa, 16 de Novembro de 2010