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LABORATÓRIO DE
QUÍMICA ANALÍTICA QUANTITATIVA
Ivanise Gaubeur
Márcia Guekezian
Nelson C. F. Bonetto
SÃO PAULO
2004
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE
SUMÁRIO
1. Introdução............................................................................................ 04
2. Relatório de análises realizadas............................................................... 05
3. Regras de segurança.............................................................................. 08
4. Tratamento dos dados analíticos.............................................................. 11
5. Balança Analítica................................................................................... 12
Exercícios de revisão sobre cálculos de tipos de concentração 13
...................
6. Gravimetria........................................................................................... 16
6.1. Preparação da Amostra.................................................................... 16
6.2. Preparação da Solução - Ataque da Amostra...................................... 16
6.3. Precipitação e Digestão................................................................... 17
6.3.1. Solubilidade do precipitado..................................................... 17
6.3.2. Características físicas do precipitado........................................ 18
6.3.3. Pureza do precipitado............................................................. 19
6.3.4. Digestão do precipitado.......................................................... 20
6.4. Filtração........................................................................................ 21
6.4.1. Filtração por sucção............................................................... 21
6.5. Lavagem do Precipitado................................................................... 22
6.6. Calcinação ou Secagem.................................................................... 22
6.7. Aplicações..................................................................................... 22
6.7.1. Determinação de Sulfato......................................................... 22
Exercícios sobre Gravimetria.................................................... 24
7. Limpeza do Material de Vidro................................................................. 30
8. Aferição de Material Volumétrico............................................................ 31
8.1 Aferição de Balão Volumétrico.......................................................... 32
8.2 Aferição da Pipeta........................................................................... 32
8.3 Aferição da Bureta de 10 ml.............................................................. 33
9. Titrimetria de Precipitação..................................................................... 34
9.1. Método de Mohr............................................................................. 34
9.1.1. Padronização da solução de AgNO 3 ......................................... 35
9.2. Método de Fajans – Indicador de Adsorção........................................ 36
9.2.1. Determinação de íons cloreto em água do mar utilizando o
Método de Fajans.................................................................... 39
1. INTRODUÇÃO
O curso de Química Analítica Quantitativa Experimental será realizado por
meio de aulas teóricas, trabalhos práticos em laboratório, seminários e colóquios,
visando à aprendizagem e familiarização do estudante com as técnicas básicas da
análise quantitativa e a compreensão dos fundamentos teóricos em que as mesmas
se baseiam.
O trabalho científico realizado por uma pessoa pode ser de grande valia para
outras, desde que transmitido adequadamente. A forma de transmissão mais
difundida é a da linguagem escrita, principalmente na forma de resumos,
relatórios, artigos científicos, entre outros, dependendo do público a ser atingido.
Não existem normas rígidas para sua elaboração, mas diante da importância
desse tipo de documento na carreira profissional do estudante, serão dadas
algumas recomendações que lhe serão úteis no progressivo aperfeiçoamento da sua
técnica de redação científica.
3. REGRAS DE SEGURANÇA
5. BALANÇA ANALÍTICA
1) Como se prepara:
a) 300 mL de solução de ácido oxálico 0,10 mol/L a partir do reagente
sólido dihidratado?
b) 500 mL de solução de HNO 3 0,2 mol/L a partir do reagente d = 1,63 g/mL e
a 62% em massa?
2) Quantos miligramas do soluto estão contidos em cada solução abaixo:
a) 300 mL de solução 0,14 mol/L em HNO 3 .
b) 30 mL de solução 0,20 mol/L em Na 2 SO 4 .
c) 20 mL de solução 0,002 mol/L em AgNO 3 .
3) Qual a concentração molar de:
a) uma mistura de 13 mL de AgNO 3 0,13 mol/L e 87 mL de água.
b) 67 mL de solução de NaCl 0,1 mol/L diluídos para 450 mL.
c) uma mistura preparada diluindo-se 63 mL de HCl 0,1 mol/L para 1 litro de
solução.
4) Calcular a concentração em mol/L de cada íon ao dissolver 0,10 g de KBr e
0,20 g de Ca(NO 3 ) 2 em 1 litro de solução.
5) Um recipiente contém 400 mL de solução de carbonato de sódio. Uma alíquota
de 32,5 mL dessa solução contém 0,65 g do sal. Qual a massa desse sal na
solução original?
6) Um béquer contendo 350 mL de solução de nitrato de prata de concentração 200
g/L foi adicionado de 150 mL de água destilada. Qual a concentração da nova
solução?
7) Tem-se 20 mL de solução de ácido nítrico de d= 1,15 g/mL e 25% em massa.
Determinar a massa do soluto contida nesse volume e a concentração em g/L
dessa solução.
8) Uma solução foi preparada dissolvendo-se 3 mol de H 2 SO 4 em água e em
seguida a solução foi diluída para 400 mL. Qual a concentração em g/L dessa
solução?
9) Dissolveu-se 9 g NaOH em água e diluiu-se para 225 mL de solução.
Determinar a concentração molar dessa solução.
10) 34,5 g de um soluto foram dissolvidos em água e a solução diluída para 250
mL obtendo-se uma solução 3 mol/L. Qual a massa molar do soluto?
11) Qual a massa de ácido nítrico que deverá ser dissolvida em água para preparar
250 mL de solução 5 mol/L dessa espécie química?
12) Uma solução foi preparada dissolvendo-se 1,11 g de cloreto de cálcio em água
suficiente para formar 200 mL de solução. Pede-se a:
a) concentração simples;
b) concentração molar;
c) e a concentração molar em relação aos íons Ca 2 + e Cl - .
13) Uma solução aquosa de HCl apresenta densidade igual a 1,185 g/mL e a 36,5%
em massa. Pede-se calcular as suas concentrações molar e em g/L.
14) Juntou-se 400 mL de solução de ácido sulfúrico 0,2 mol/L a 700 mL de
solução 6 mol/L do mesmo ácido. Determinar a concentração molar da nova
solução.
15) Ao misturar-se 350 mL de uma solução X M de HCl com 150 mL de solução 5
M do mesmo ácido, obtém-se uma solução 2,9 M em HCl. Qual a M da
primeira solução?
16) Tem-se 10 mL de uma solução de H 2 SO 4 de d = 1,6 g/mL e 70% em massa.
Que quantidade de H 2 SO 4 está contida neste volume?
17) Tem-se 20 mL de solução de HNO 3 de d=1,15 g/mL e 25% em massa. Pede-se:
a) a massa de soluto que está contida nos 20 cm 3 .
b) a concentração em g/L.
18) Que massa de H 2 SO 4 é necessária para a obtenção de 20 cm 3 de solução 0,5
mol/L desse ácido?
19) Calcular a concentração molar de 300 mL de solução de NaOH que contém 20
g desta substância.
20) Calcular a concentração molar de uma solução de Ca(OH) 2 cuja concentração é
de 37 g/L.
21) 20 mL de solução de H 2 SO 4 de d= 1,4 g/mL e 50% em massa, são diluídos a
500 mL de solução. Qual a molaridade da solução obtida?
6 - GRAVIMETRIA
1 - Preparação da Amostra;
2 - Preparação da Solução - Ataque da Amostra;
3 - Precipitação e Digestão;
4 - Filtração;
5 - Lavagem;
6 - Calcinação ou Secagem;
7 - Pesagem;
8 - Cálculos.
6.4. Filtração
É a separação do precipitado do meio em que se processou sua formação. A
maneira como é feita a filtração dependerá do tratamento a que o precipitado
será submetido na secagem ou calcinação, conforme o caso.
6.7. Aplicações
18) Quantos mL de uma solução de K 2 Cr 2 O 7 contendo 26,3 g desse sal por litro
devem ser necessários para render 0,6033 g de Cr 2 O 3 depois de redução e
precipitação de crômio?
19) Quantos gramas de BaCl 2 . 2 H 2 O são necessários adicionar a 0,2721 g de
Na 2 SO 4 puro para precipitar todo o sulfato presente?
20) Ao analisar o teor de umidade de uma amostra de solo, partiu-se de 3 g dessa
amostra, que foi levada a uma temperatura de 110ºC durante uma hora,
produzindo uma perda de massa na ordem de 0,159g. Qual a % de umidade?
21) Uma amostra de 0,5231 g fornece um precipitado de AgCl que pesa 0,1156 g.
Qual é a % de cloreto na amostra?
22) Em uma análise de um minério o Fe e o Al juntos coprecipitam. Após a
calcinação formam-se Al 2 O 3 e Fe 2 O 3 , comumente chamamos de R 2 O 3 . Se a
amostra, pesando 1,512 g, fornece 0,1792 g de calcinado, calcular a % de
R 2 O 3 na mesma.
23) Em uma solução de brometo de sódio, o brometo foi precipitado na forma de
sal de prata. Depois da secagem, efetuou-se a pesagem e a massa obtida foi
de 0,2510 g. Calcular a massa de brometo de sódio na solução?
24) O ferro, em uma solução de sulfato de ferro (III), foi precipitado com
hidróxido de amônio, obtendo-se hidróxido de ferro (III). A seguir, esse
precipitado foi calcinado, obtendo-se uma massa igual a 0,3288 g de Fe 2 O 3 .
Escrever as equações das reações envolidas e calcular:
a) a massa de Fe na solução.
b) a massa de Fe 2 (SO 4 ) 3 na solução.
25) Na analise de uma solução de sulfato de alumínio, 50 mL dessa solução foram
utilizados para a precipitação do íon sulfato na forma de sulfato de bário. A
massa encontrada desse precipitado foi de 0,2640 g. Calcular quantos gramas
do reagente precipitante foram necessários.
26) Um precipitado contendo SiO 2 , Al 2 O 3 e Fe 2 O 3 foi tratado com uma mistura de
HF e H 2 SO 4 para remover o SiO 2 ; como resultado, o precipitado perdeu
0,2607 g em massa. Escrever a equação da reação e calcular a quantidade
original de silício no precipitado.
Todo material de vidro que vai ser utilizado em análise quantitativa deve estar,
rigorosamente, limpo. Para isso, deve-se lavá-lo com água e detergente, enxaguá-
lo várias vezes com água e água destilada (várias porções de 5 a 20 mL). Apenas
pipeta, bureta e balões volumétricos devem ser tratados com solução de potassa-
alcoólica 10% que é obtido dissolvendo-se 100 g de KOH em 50 mL de água e,
após o resfriamento, completando-se para 1 L com álcool etílico comercial. Ao
executar a operação de limpeza, utilizando esse desengordurante, deve-se
proceder, no final da lavagem com água, uma com solução diluída de HCl (1 : 20)
para neutralizar eventuais resíduos alcalinos.
A secagem de buretas, pipetas e balões deve ser feita por sucção a vácuo e
não em estufa.
V = m . f
9 - TITRIMETRIA DE PRECIPITAÇÃO
Ag + + Cl - AgCl
2Ag + + CrO 4 2 - Ag 2 CrO 4
No ponto estequiométrico:
[Cl - ] = [Ag + ] = Kps AgCl = 1,1 . 10 - 5
AgCl : Ag + : In -
10.1. Indicadores de pH
Os indicadores de pH são substâncias orgânicas de caráter fracamente
ácido ou básico, que têm a propriedade de mudar de coloração com a variação
do pH do meio. A mudança de coloração não se dá bruscamente, mas de uma
maneira gradual entre valores definidos da escala do pH. A faixa dentro da
qual se processa a mudança de coloração de um indicador é conhecida como
zona de transição.
HInd H + + Ind -
forma ácida forma básica
[H + ][Ind − ]
K Ind =
[HInd ]
[Ind − ] KInd
=
[HInd ] [H + ]
e o pH = pK I n d -1
[ HInd ]] 1
e o pH = pK I n d + 1
Tabela II - Indicadores de pH
Indicador Coloração Zona de Solvente g/100mL
Transição
Forma Forma (pH)
Ácida Básica
Azul de timol (A) Vermelho Amarelo 1,2-2,8 Água 0,1
Tropeulina 00 (B) Vermelho Amarelo 1,3-3,2 Água 1,0
2,4-Dinitrofenol (A) Incolor Amarelo 2,4-4,0 Etanol 0,1
50%
Amarelo de metila (B) Vermelho Amarelo 2,9-4,0 Etanol 0,1
90%
Alaranjado de metila Vermelho Amarelo 3,1-4,4 Água 0,1
(B)
Azul de Bromofenol (A) Amarelo Azul- 3,0-4,6 Água 0,1
Violeta
Alizarinossulfonato de Amarelo Violeta 3,7-5,2 Água 0,1
sódio (A)
Verde de bromocresol Amarelo Azul 4,0-5,6 Água 0,1
(A)
Vermelho de metila (A) Vermelho Amarelo 4,4-6,2 Água 0,1
Púrpura de bromocresol Amarelo Púrpura 5,2-6,8 Água 0,1
(A)
Vermelho de clorofenol Amarelo Vermelho 5,4-6,8 Água 0,1
(A)
Azul de bromotimol (A) Amarelo Azul 6,2-7,6 Água 0,1
p-Nitrofenol (A) Incolor Amarelo 5,0-7,0 Água 0,1
Azolitmina Vermelho Azul 5,0-8,0 Água 0,5
Vermelho de fenol (A) Amarelo Vermelho 6,4-8,0 Água 0,1
Vermelho de cresol (A) Amarelo Vermelho 7,2-8,8 Água 0,1
Tropeulina 000 (B) Amarelo Róseo- 7,6-8,9 Água 0,1
Verm
Azul de Timol (A) Amarelo Azul 8,0-9,6 Água 0,1
Fenolftaleína (A) Incolor Vermelho 8,0-10,0 Etanol 0,1
70%
alfa-Naftolbenzeina (A) Amarelo Azul 9,0-11,0 Etanol ‘0,1
90%
Timolftaleína (A) Incolor Azul 9,4-10,6 Etanol 0,1
90%
Azul do Nilo Azul Vermelho 10,1-11,1 Água 0,1
Amarelo de alizarina Amarelo Lilás 10,0-12,0 Água 0,1
(A)
Diazovioleta Amarelo Violeta 10,1-12,0 Água 0,1
Tropeolina 0 (B) Amarelo Alar.- 11,0-13,0 Água 0,1
Marrom
Nitramina (B) Incolor Alar.- 11,0-13,0 Etanol 0,1
Marrom 70%
Ácido trinitrobenzóico Incolor Alar.- 12,0-13,4 Água 0,1
Verm.
C o m p o s iç ã o C o lo r a ç ã o pI
S o lu ç ã o Á c id a S o lu ç ã o A lc a lin a
- 1 p a r t e d e a ma r e l o d e me t i l a 0 , 1 % e m
e t a n o l + 1 p a r t e d e a z u l d e me t i l e n o
Azul - Violeta Verde 3.25
0 , 1 % e m e ta n o l*
- 1 p a r te d e h e x a me to x itr if e n ilc a r b in o l
0 , 1 % e m e ta n o l + 1 p a r te d e v e r me lh o
Violeta Verde 4,0
d e me t i l a 0 , 1 % e m e t a n o l*
- 1 p a r te d e v e r d e d e b r o mo c r e s o l * *
0 , 1 % e m á g u a + 1 p a r te d e a la r a n j a d o d e
Alaranjado Azul - Verde 4,3
me t i l a 0 , 0 2 % e m á g u a
- 3 p a r te s d e v e r d e d e b r o mo c r e s o l 0 , 1 %
e m e ta n o l + 1 p a r te d e v e r me lh o d e
V e r me lh o d e v in h o Verde 5,1
me t i l a 0 , 2 % e m e t a n o l
- 1 p a r t e d e v e r me l h o d e me t i l a 0 , 2 %
e m e t a n o l + 1 p a r t e d e a z u l d e me t i l e n o
V e r me l h o - V i o l e t a Verde 5,4
0 , 1 % e m e ta n o l*
- 1 p a r te d e v e r me lh o d e c lo r o f e n o l* *
0 , 1 % e m á g u a + 1 p a r te d e a z u l d e
Verde Violeta 5,8
anilina 0,1% em água
- 1 p a r te d e v e r d e d e b r o mo c r e s o l* *
0 , 1 % e m á g u a + 1 p a r te d e v e r me lh o d e
A ma r e l o - V e r d e A z u l- V i o l e t a 6,1
c lo r o f e n o l* * 0 , 1 % e m á g u a
- 1 p a r te d e p ú r p u r a d e b r o mo c r e s o l* *
0 , 1 % me á g u a + 1 p a r te d e a z u l d e
A ma r e l o Violeta-Azul 6,7
b r o mo timo l* * 0 , 1 % e m á g u a
- 1 p a r te d e v e r me lh o n e u tr o 0 , 1 % e m
e ta n o l + 1 p a r te d e a z u l d e b r o mo timo l
Violeta-Azul Verde 7,0
0 , 1 % e m e ta n o l
- 1 p a r te d e v e r me lh o n e u tr o 0 , 1 % e m
e ta n o l + 1 p a r te d e a z u l d e b r o mo timo l
Róseo Verde 7,2
0 , 1 % e m e ta n o l
- 1 p a r te d e a z u l d e b r o mo timo l* * 0 , 1 %
e m á g u a + 1 p a r te d e v e r me lh o d e
A ma r e l o Violeta 7,5
f e n o l* * 0 , 1 % e m á g u a
- 1 p a r te d e v e r me lh o d e c r e s o l* * 0 , 1 %
e m á g u a + 3 p a r te s d e a z u l d e timo l * *
A ma r e l o Violeta 8,3
0,1% em água
- 1 p a r te d e f e n o lf ta le in a 0 , 1 % e m e ta n o l
+ 2 p a r t e s d e v e r d e d e me t i l a 0 , 1 % e m
Verde Violeta 8,9
e ta n o l*
- 1 p a r te d e a z u l d e timo l 0 , 1 % e m
e ta n o l a 5 0 % + 3 p a r te s d e f e n o lf ta le in a
A ma r e l o Violeta 9,0
0 , 1 % e m e ta n o l a 5 0 %
- 1 p a r te d e f e n o lf ta le in a 0 , 1 % e m e ta n o l
+ 2 p a r te s d e a z u l d o N ilo 0 , 2 % e m
Azul V e r me lh o 10,0
etanol
H 3 PO 4 H + + H 2 PO 4 - pKa = 2,12
H 2 PO 4 - H + + HPO 4 2 - pKa = 7,20
HPO 4 2 - H + + PO 4 3 - pKa = 12,3
a) padrão primário.
b) período de transição de um indicador.
10) Calcular o pH de uma mistura tampão que contém 0,01 mol/L de CH 3 COOH e
0,05 g de CH 3 COONa por litro.
11) Qual o pOH de uma solução que contém 4,1 g/L de NaAc?
12) Qual o pH de uma solução obtida pela reação entre 3,65 g de HCl com
solução de NH 3 suficiente para a neutralização, seguida de diluição para o
volume de 500 mL?
15) Em cada uma das titulometrias abaixo relacionadas, explicar qual dos
indicadores pode ser usado.
K i o n i z a ç ã o : NH 4 OH = 1,8 . 10 - 5 mol/L
H 2 CO 3 K 1 = 1,0 . 10 - 7 mol/L K 2 = 1,0 . 10 - 1 1 mol/L
Calcular, para cada caso acima, o pH da solução no ponto estequiométrico.
K H A c = 1,8 . 10 - 5 mol/L
H 3 PO 4 pK 1 = 2 ; pK 2 = 7 ; pK 3 = 12
34) Uma mistura de carbonato de sódio e hidróxido de sódio, pesando 0,450g, foi
dissolvida em água e essa solução diluída para 250 mL. Uma alíquota de 25
mL foi titulada em presença de alaranjado de metila com solução de HCl 0,12
mol/L consumindo 4,5 mL do titulante e, em seguida, desprezada. Outra
alíquota de 25 mL foi tratada com solução de cloreto de bário a 1% até não
mais ocorrer precipitação e, com fenolftaleína, titulada com a mesma solução
ácida consumindo 1,2 mL. Pede-se:
36) 25 mL de um solução de HCl 0,10 mol/L foram titulados com solução 0,20 M
de KOH. Calcular o erro de titulação sabendo-se que no P.F. o pH da solução
titulada foi de 10.
b) Utilizando essas duas soluções, como procederia para se obter uma solução
cujo pH fosse 3,75?
46) De uma solução de KOH retirou-se uma alíquota de 25 mL. Juntou-se água e
fenolftaleína e, em seguida, titulou-se com solução de HCl 0,10 mol/L.
Calcular a concentração em g/L daquele reagente.
48) Calcular o pH de uma mistura tampão que contém 0,001 mol/L em ácido
acético e 0,05 g/L em etanoato de sódio.
2 pH = pK w + pK a - pC s
51) Por que na determinação de NH 3 em NH 4 OH comercial utiliza-se o vermelho
de metila e não o alaranjado de metila?
57) Uma solução foi obtida pela reação entre 3,65 g de HCl com solução de NH 3
suficiente para a neutralização total, seguida de diluição para 500 mL. Qual
seria a cor dos seguintes indicadores nessa solução?
11 - TITRIMETRIA DE COMPLEXAÇÃO
11.1. Introdução
A titrimetria de complexação se baseia em reações que formam
compostos de coordenação. Os compostos de coordenação contêm um único
íon metálico central rodeado por um grupo de íons ou de moléculas neutras.
Os grupos ligados ao íon central são chamados de ligantes e, em solução
aquosa, todo composto de coordenação possui a propriedade de conservar sua
identidade.
Por exemplo:
Hg 2 + + 4 Br - [HgBr 4 ] 2 -
Ag + + 2 CN - [Ag(CN) 2 ] -
Quando a molécula ou íon ligante tem dois átomos dos quais cada um
deles tem um par de elétrons não compartilhado, a molécula tem dois
doadores e pode formar duas ligações coordenadas com o mesmo íon
metálico, o ligante é chamado bidentado.
M + L ML K1
ML + L ML 2 K2
ML ( n - 1 ) + L ML n Kn
11.2. EDTA
O ácido etilenodiaminotetracético - EDTA pertence a uma classe de
substâncias chamadas de complexonas ou quelões. A molécula é um ácido
tetraprótico com dois átomos básicos de nitrogênio. Apresenta, portanto, 6
posições ligantes possíveis quando prótons são removidos.
Esse reagente pode ser obtido com alta pureza, na forma do ácido
propriamente dito ou na forma do sal dissódico dihidratado. As duas formas
possuem alta massa molar, mas o sal dissódico tem a vantagem de ser mais
facilmente solúvel em água.
Mn+ + H2Y2- MY ( 4 - n ) - + 2 H +
O EDTA é um ácido fraco para o qual pK 1 = 2,00; pK 2 = 2,66; pK 3 =
6,16 e pK 4 = 10,26. Esses valores mostram que os dois primeiros prótons são
mais facilmente ionizáveis do que os outros dois.
Os quatro valores de pK dados acima correspondem às ionizações:
H4Y H+ + H3Y-
H3Y- H+ + H2Y2-
H2Y2- H+ + H Y3-
H Y3- H+ + Y4-
Zn 2 + + H2Y2- ZnY 2 - + 2 H+
É evidente que a medida que o pH diminui este equilíbrio desloca-se no
sentido de impedir a formação do quelato ZnY 2 - e que deverá existir um valor
de pH abaixo do qual a titulação do Zn 2 + com EDTA não poderá ser realizada,
pois, fica impedida a formação do complexo metálico.
O valor deste pH pode ser calculado e envolve o valor da constante de
estabilidade absoluta e os valores apropriados das constantes de dissociação
do EDTA.
Comercialmente esse reagente é, também, conhecido como Versene;
Sequestrene, Complexone, Trilon, Titriplex e outros.
11.4. Aplicações
Nas titulações complexométricas com EDTA que serão realizadas em
seguida, usaremos duas técnicas importantes a titulação direta e a indireta ou
de retorno.
SOLUÇÃO TAMPÃO DE pH 10
de 16 a 50 branda
( VE × M E ) − (VZ × MZ ) × A
teor de calcio (%) = × 100
m
12 - TITRIMETRIA DE ÓXIDO-REDUÇÃO
Uma oxidação não pode ocorrer sem ter uma redução associada com ela,
isto é, elétrons não podem ser doados a menos que alguma coisa os receba.
Em qualquer reação redox, a substância que oxida outra substância, isto é,
que retira elétrons dela, é chamada agente oxidante ou oxidante. A substância
que doa elétrons à uma outra, e portanto a reduz, é denominada de agente
redutor, ou redutor.
14 H + + Cr 2 O 7 2 - + 6 Fe 2 + → 2 Cr 3 + + 6 Fe 3 + + 7 H 2 O
4 MnO 4 - + 2 H 2 O 4 MnO 2 + 4 OH - + 3 O 2
A auto-decomposição das soluções neutras, e na ausência de dióxido de
manganês, é pequena. Uma solução de permanganato de potássio 0,1 M, livre
de impurezas e conservada em frasco ambar, perde cerca de 0,2 % da sua
capacidade em seis meses.
C2O42- 2 CO 2 + 2 e -
Para preparar uma solução 0,05 mol/L pesar em vidro de
relógio exatamente 6,701g de oxalato de sódio, previamente dessecado
em estufa a 110ºC. Transferir o reagente para um béquer de 200 mL de
capacidade e adicionar 150 mL de água destilada. Agitar e transferir
esse volume para um balão volumétrico de 250 mL com auxílio de um
funil e de um lavador. Completar o volume do balão com água
destilada. Agitar para homogeneizar.
5 C 2 O 4 2 - + 2 MnO 4 - + 16 H + 10 CO 2 + 2 Mn 2 + + 8 H 2 O
Cr 2 O 7 2 - + 14 H + + 6 e - 2 Cr 3 + + 7 H 2 O
A massa molar do dicromato de potássio é 294,19 g/mol.
12.5. Iodometria
12.5.1 Preparação de Solução de Tiossulfato de Sódio
0,10M
Dissolver 25 g de Na 2 S 2 O 3 : 5 H 2 O em 1 L de água destilada
fria, previamente fervida, e, em seguida, juntar à essa solução 0,1
g de Na 2 CO 3 .
Cr 2 O 7 2 - + 14 H + + 6 I - 3 I 2 + 2 Cr 3 + + 7 H 2 O
Os íons tiossulfato são oxidados pelo iodo a tetrationato,
conforme mostra a equação química abaixo:
S2O32- + I2 S4O62- + 2 I-
Pesar em balança analítica uma porção de 0,14 a 0,17 g de
dicromato de potássio, recolhendo-a diretamente em frasco de 250
mL com rolha esmerilhada.
12.6 APLICAÇÕES
12.6.1 Determinação de Nitrito em Nitrito Comercial
Neste processo a solução de nitrito não pode ser
titulada com KMnO 4 de maneira comum, pois, logo após a
acidificação, o HNO 2 se decomporia. Assim, a solução de
nitrito deverá ser o titulante e a solução acidulada de KMnO 4
a titulada.
2 MnO 4 - + 5 H 2 O 2 + 6 H + 2 Mn 2 + + 5 O 2 + 8
H2O
Pipetar 5 mL de água oxigenada comercial (10
volumes) e transferir para um balão volumétrico de 100 mL
de capacidade. Completar o volume do balão com água
destilada. Agitar para homogeneizar.
11) Completar e ajustar pelo método do íon-elétron (soma das equações parciais)
as seguintes reações de óxido-redução:
a) Cr 2 O 7 2 - + Fe 2 + →
b) MnO 4 - + H 2 O 2 + H + →
c) IO 3 - + H 2 O 2 + H + →
d) H 2 O 2 + I - + H + →
e) I 2 + AsO 3 2 - →
Química Analítica Quantitativa
95
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE
f) Cu 2 + + I - →
g) H 2 O 2 + Co 2 + + OH - →
h) MnO 4 - + NO 2 - + H + →
i) Mn 2 + + PbO 2 + H + → MnO 4 -
j) As + NO 3 - + OH - + H 2 O → AsO 4 3 - + NH 4 +
k) Pt 2 + + H + + Cl - + Cr 2 O 7 2 - → [PtCl] 2 - + Cr 3 + + H 2 O
l) BrO - + Zn → Br - + [Zn(OH) 4 ] 2 -
m) IO 3 - + Co(OH) 2 → Co(OH) 3 + I -
n) As 2 S 3 + HNO 3 + H 2 O → AsO 4 3 - + H 2 SO 4 + NO
o) H 3 C-CH≡CH-CH 3 + MnO 4 - + OH - → H 3 C-COH +
p) NO 3 - + I - + H + → NH 3 +
q) CuS + HNO 3 c o n c . → NO + S +
r) MoO 4 2 - + → (NH 4 ) 3 [(PO 4 )(MoO 3 ) 1 2 ]
s) PbO 2 + H + + Mn 2 + → MnO 4 - +
12) 1,200 g de hematita contendo 43,44% de Fe foram dissolvidos e a solução
transferida para um balão volumétrico de 500 mL e seu volume completado
com água. Em seguida, uma alíquota de 50 mL, acidulada com ácido sulfúrico,
foi titulada com 22,80 mL de solução de KMnO 4 . Qual a concentração M da
solução de KMnO 4 ?
13) Porque, no início da titulação, o descoramento da solução de permanganato é
lento e depois prossegue mais rapidamente? Justifique através dos mecanismos
envolvidos.
14) Quais são os cuidados necessários a serem tomados no preparo de soluções de
KMnO 4 ?
15) Descreva o método titulométrico com permanganato de potássio que permite
determinar o teor de Fe(III) em solução. Qual a finalidade da adição de
solução de Zimmermann Reinhart?
16) Descreva o método titulométrico de óxido-redução que permite determinar o
teor de ácido ascórbico (vitamina C) em comprimidos efervescentes.
13 - COLORIMETRIA
As cores não devem ser comparadas contra a luz e sim contra um vidro
branco leitoso ou papel branco.
SOLUÇÃO DE HNO 3 6 M
Cálculos:
(V2 − V1 ) ⋅ M ⋅ 12,692
Indice de iodo =
p. a.
14.2 Índice de Saponificação
O índice de saponificação, definido como o número de mg de KOH
necessário para neutralizar os ácidos graxos, resultante da hidrólise de um
grama da amostra, é inversamente proporcional à massa molar média dos
ácidos graxos dos glicerídios presentes.
Cálculos:
(V2 − V1 ) ⋅ M ⋅ 56,1
Indice de saponificacao =
p. a.
14.3. Índice de Acidez
É definido como o número de mg de KOH necessário para neutralizar
os ácidos livres de um grama da amostra. O índice de acidez revela o
estado de conservação do óleo.
Retrogradação
ClO - + 2 H + 2 I - Cl - + I 2 + H 2 O
O iodo liberado é titulado, logo em seguida, com solução padrão de
tiossulfato de sódio.
2 S2O32- + I2 2 I- + S4O62-
Essa análise permite avaliar o poder alvejante e o poder bactericida da
solução de hipoclorito de sódio utilizada para fins industriais ou domésticos.
15. POTENCIOMETRIA
15.1. Titulação potenciométrica de uma solução de ferro (II) com
permanganato de potássio.
Colocar a solução de permanganato de potássio em uma bureta de
10mL com auxilio de uma pipeta conta gotas e ajustar o menisco na marca
do zero, evitando a presença de bolhas de ar em toda a bureta.
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
BACAN, N., et al. Química analítica quantitativa elementar. 3. ed. rev., amp. e
reest. São Paulo: Edgard Blücher, 2001.
COMPLEMENTAR
APÊNDICE I
RELATÓRIO
NOME: CÓDIGO: TURMA:
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
3. PARTE EXPERIMENTAL
materiais e reagentes// procedimento experimental/ esquema da aparelhagem
cálculos/ gráficos, tabelas ou ilustrações
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5. CONCLUSÕES
São Paulo, de de .
Assinatura do estudante
APÊNDICE II
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
título e subtítulo;
margem esquerda, seguida de vírgula e das iniciais dos prenomes, separadas entre
ao(s) pré-nome(s). Todavia deve-se adotar apenas uma das formas, evitando a
mistura delas.
publicação e editora devem ser separados por ponto e dois pontos respectivamente.
O ano vem separado dos antecessores por vírgula. O espaço entre as linhas deve
ser simples.
AUTOR da parte. Título da parte. Termo In: autor da obra. Título da obra.
Número da edição. Local de Publicação: Editor, Ano de publicação. Número ou
volume, páginas inicial-final da parte e/ou isoladas.
2- LEIS E DECRETOS
PAÍS, ESTADO ou MUNICÍPIO, Lei ou Decreto, número, data (dia, mês e ano).
Ementa. Dados da publicação que publicou a lei ou decreto.
5. PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS
b) artigo assinado
7.1 no todo
8.1 no todo