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CARBOIDRATOS
Monossacarídeos
Os monossacarídeos geralmente têm sabor adocicado, de fórmula estrutural Cn(H2O)n.
Esse "n" pode variar de 3 a 7 (trioses, tetroses, pentoses, hexoses e heptoses), sendo os
mais importantes as pentoses e hexoses. Não sofrem hidrólise : Glicose - Frutose -
Galactose - Manose
Os monossacarídeos ou açúcares simples constituem as moléculas dos carboidratos, as
quais são relativamente pequenas, solúveis em água e não hidrolisáveis.
Pentoses:
-Ribose C5H10O5 forma o RNA
-Desoxiribose C5H10O4 forma o DNA
Pentoses são monossacarídeos de 5 carbonos. Para os seres vivos, as pentoses mais
importantes são a ribose e a desoxirribose, que entram na composição química dos
ácidos nucleícos, os quais comandam e coordenam as funções celulares.
Hexoses:
-Glicose: C6H12O6
-Frutose: C6H12O6
-Galactose: C6H12O6
Hexoses são monossacarídeos de 6 carbonos, que obedecem à fórmula geral - CnH2n0n
(n=6). As hexoses mais importantes são a glicose, a frutose e a galactose, principais
fontes de energia para os seres vivos. Ricas em energia, as hexoses constituem os
principais combustíveis das células. São naturalmente sintetizadas por fotossíntese,
processo de absorção de energia da luz.
Oligossacarídeos
Grupamento de dois a dez monossacarídeos através de ligação glicosídica. Os mais
importantes são os dissacarídios.
Dissacarídeos:
Quando, por hidrólise, produzem dois monossacarídeos. Exemplo de dissacarídios:
Maltose, sacarose, lactose.
Exemplo:
Sacarose + H2O → glicose + frutose
Maltose + H2O → glicose + glicose
Lactose + H2O → glicose + galactose
Polissacarídeos
Sofrem hidrólise produzindo grande quantidade de monossacarídeos. Ocorrem no talo e
folhas vegetais e camada externa de revestimento de grãos e são insolúveis em água.
Exemplo: Celulose, Amido e Glicogênio
Os polissacarídeos ou açúcares múltiplos são carboidratos formadas pela união de mais
de dez moléculas monossacarídeas, constituindo, assim, um polímero de
monossacarídeos, geralmente de hexoses. Ao contrário dos mono e dos dissacarídeos,
os polissacarídeos são insolúveis em água; não alteram, pois, o equilíbrio osmótico das
células e se prestam muito bem à função de armazenamento ou reserva nutritiva. De
acordo com a função que exercem os polissacarídeos classificam-se em energéticos e
estruturais. Polissacarídeos energéticos têm função de reserva nutritiva. Os mais
importantes são o amido e o glicogênio.
Amido:
Principal produto de reserva nutritiva vegetal , o amido é geralmente encontrado em órgão
de reserva nutritiva, como raízes do tipo tuberosa (mandioca, batata doce, cará), caules
do tipo tubérculo (batatinha), frutos e sementes. Constitui um polímero de glicose (mais ou
menos 1.400 unidades de glicose) com ligação glicossídica.
O amido constitui-se de dois tipos diferentes de polissacarídeos: a amilose com cerca de
1.000 unidades de glicose numa longa cadeia não ramificada enrolada em hélice e a
amilopectina com cerca de 48 a 60 unidades de glicose dispostas em cadeias mais curtas
e ramificadas. Espiral helicoidal da amilose.
Glicogênio:
Polissacarídeo de reserva nutritiva dos animais, o glicogênio é encontrado,
principalmente, nos músculos. Também é produto de reserva dos fungos. Constitui um
polímero de glicose (mais ou menos 30.000 resíduos de glicose) com ligação glicossídica
e várias ramificações.
Polissacarídeos estruturais entram na formação de algumas estruturas do corpo dos
seres vivos. Os mais importantes são a celulose e a quitina.
Quitina:
É um polissacarídeo que possui nitrogênio em suas unidades de acetilglicosamina.
Constitui o exoesqueleto dos artrópodes e é também encontrada na parede celular dos
fungos. A quitina é um polímero de acetilglicosamina com ligações β.
GLICÓLISE
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A fosforilação oxidativa é uma via metabólica que utiliza energia libertada pela oxidação
de nutrientes de forma a produzir trifosfato de adenosina (ATP). O processo refere-se à
fosforilação do ADP em ATP, utilizando para isso a energia libertada nas reações de
oxidação-redução.
Durante a fosforilação oxidativa, existe transferência de elétrons de moléculas doadoras
(moléculas redutoras) a moléculas recebedoras (moléculas oxidantes), numa reação de
oxido-redução. As transferências de elétrons constituem estas reações de oxido-redução,
que se processam com libertação de energia, biologicamente aproveitável para a
biossíntese de ATP. Em eucariontes, tais reações redox são feitas por cinco complexos
principais de proteínas mitocondriais. Ao conjunto de complexos protéicos envolvidos
nestas reações, dá-se o nome de cadeia transportadora de elétrons.
A energia derivada do transporte de elétrons é convertida numa força motriz proteônica e
é principalmente utilizada para bombear prótons para o exterior da matriz mitocondrial.
Este processo é denominado quimiosmose e origina energia potencial sob a forma de um
gradiente de pH (ou seja, uma concentração diferente de prótons dentro e fora da
mitocôndria) e de potencial elétrico através da membrana. A energia é utilizada quando
ocorre um fluxo de prótons a favor do gradiente de concentração através da enzima ATP
sintase (ATP sintetase).
Embora a fosforilação oxidativa seja uma parte vital do metabolismo, é um processo que
produz espécies reativas de oxigênio tais como o superóxido e o peróxido de hidrogênio,
que induzem a propagação de radicais livres, danificando componentes celulares (por
exemplo, oxidando proteínas e lípidios de membrana) e contribuindo para processos de
envelhecimento celular e patologias. Existem também diversos venenos e medicamentos
que têm como alvo as enzimas desta via metabólica, inibindo sua atividade.
Diversos processos bioquímicos catabólicos, tais como a glicólise, o ciclo dos ácidos
tricarboxílicos e a beta-oxidação, produzem a coenzima NADH. Esta coenzima contém
elétrons que possuem um alto potencial de transferência (correspondente a um potencial
de elétrons muito negativo). Ou seja, ao acontecer a oxidação do NADH, é libertada
grande quantidade de energia. No entanto, a célula não liberta esta energia de uma só
vez, pois tal reação poderia ser incontrolável. Os elétrons são então removidos do NADH
e transferidos para o dioxigênio (O2) através de uma série de passos catalisados por
diferentes enzimas, em que cada passo liberta uma pequena quantidade de energia. Este
conjunto de enzimas, designados complexos I, II, III e IV, constitui a cadeia transportadora
de elétrons e se encontra na membrana interna da mitocôndria. As enzimas neste sistema
de transporte de elétrons utilizam a energia libertada na oxidação do NADH para bombear
prótons através da membrana interna da mitocôndria. Isto gera o acúmulo de prótons no
espaço intermembrana, originando um gradiente eletroquímico através da membrana. A
energia armazenada sob este potencial é então utilizada pela ATP sintase para produzir
ATP.
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GLICOGÊNESE
Essa reação é catalisada pela UDP-glicose pirofosfatase. Essa reação seria reversível se
não fosse pela rápida hidrólise exergônica (o que implica a necessidade de água) do
pirofosfato a ortofosfato (catalisada pela pirofosfatase).
Na segunda reação, UDP-glicose é transferida ao grupo hidroxila da cadeia de glicogênio
existente, formado uma ligação glicosídica α-1,4. Essa reação é catalisada pela glicogênio
sintetase. Essa enzima só consegue promover essa adição se a cadeia contiver no
mínimo quatro unidades. Assim, a proteína glicogenina é utilizada como uma "molécula
primária".
A enzima glicogênio sintetase é ativada pela fosfoproteína fosfatase A. Essa enzima é
ativada pela insulina.
A glicogênese ocorre inteiramente no citosol (citoplasma) e corresponde ao processo de
síntese de glicogênio. Para tanto, são necessários um substrato (UDP-glicose), e as
enzimas glicogenina (responsável pela síntese do iniciador), a glicogênio sintase
(responsável pelo alongamento da cadeia) e uma enzima ramificadora (a qual criará
ramificações).
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A via das pentoses-fosfato, ou simplesmente via das pentoses, é uma via alternativa de
oxidação de glicose-6-fosfato, que leva à produção de 4 compostos importantes, a ribose-
5-fosfato, NADPH, gliceraldeído-3-fosfato e a frutose-6-fosfato.
- A ribose-5-fosfato é a pentose constituinte dos nucleotídeos, que vão compor os ácidos
nucléicos (material genético DNA e RNA), e de muitas coenzimas, como o ATP, NADH,
FADH2 e coenzima A.
- O NADPH atua como coenzima doadora de hidrogênio em sínteses redutoras e em
reações para proteção contra compostos oxidantes.
- O gliceraldeído-3-fosfato e a frutose-6-fosfato são moléculas intermediárias da via
glicolítica (glicólise).
Na via das pentoses são produzidos vários açúcares fosforilados, com um número
variável de átomos de carbono. A energia vinda da oxidação da glicose é armazenada
sob a forma de NADPH e não de ATP, como na glicólise.
A via das pentoses fosfato compreende uma etapa inicial que é oxidativa, na qual a
glicose-6-fosfato é convertida a ribulose-5-fosfato e CO2 por duas oxidações intercaladas
por uma reação de hidrólise. Além disso, ocorre a conversão de NADP a NADPH.
A etapa seguinte, que não é oxidativa, vai transformar a ribulose-5-fosfato em ribose-5-
fosfato pela ação de uma isomerase. Esta pentose sofre em seguida conversões e gera
açúcares fosforilados com números variados de átomos de carbono. Todas as etapas
não-oxidativas são reversíveis, o que permite que haja interconversão entre os diferentes
açúcares.
Assim como a glicólise, a via das pentoses também ocorre no citosol; elas estão
relacionadas por intermediários comuns que são a glicose-6-fosfato, frutose-6-fosfato e o
gliceraldeído-3-fosfato. Esse compartilhamento de intermediários e a interconversibilidade
permite que esta seja uma via de desvio da glicólise (conhecido como shunt das
pentoses), ao mesmo tempo que é uma integração entre várias vias metabólicas.
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Lipogênese
Processo que ocorre preferencialmente no tecido adiposo, ocorrendo também no
tecido hepático, e que consiste na síntese de ácidos graxos e triglicerídeos, que serão
utilizados como reserva energética.
Em uma hiperglicemia a insulina ativa as vias hipoglicemiantes que são a glicólise,
glicogênese e via das pentoses. No caso do excesso de ATP, tanto o ciclo de Krebs
quanto a cadeia respiratória são bloqueados causando o acúmulo de acetil-coA dentro da
mitocôndria, então o mesmo sai para o citoplasma na forma de citrato e através da
enzima citrato liase no citoplasma celular volta a ser acetil-coA. É agora que começa a
síntese de ácido graxo, uma via hipoglicemiante, citoplasmática e anaeróbica, tendo como
molécula precursora o acetil-coA, proveniente, por exemplo, do metabolismo dos
carboidratos. Esta via tem como hormônio ativador a insulina e como inibitório o glucagón.
A principal enzima do processo é a acetil-coA carboxilase, a qual atua com o
auxílio da biotina (vitamina que carrega o CO2 agindo em conjunto com a acetil-coA
carboxilase na transformação do acetil-coA em melanil-coA). Os ácidos graxos
sintetizados se combinam por esterificação com o glicerol, na finalidade de se produzirem
triglicerídeos armazenáveis.
No tecido hepático a síntese de triglicerídeos ocorre por meio da enzima
gliceroquinase que é abundante neste tecido. No tecido hepático, as vias ativadas para a
produção de gordura são:
- via glicolítica
- via das pentoses
- síntese de ácido graxo
- síntese de triglicerídeos
- glicogênese
No tecido adiposo a síntese de triglicerídeos não ocorre por meio da enzima
gliceroquinase que não existe neste tecido, então o glicerol fosfato é obtido através da
fosfodiidroxicetona (via glicolítica ou pentoses). No tecido adiposo, as vias ativadas para a
produção de gordura são:
- via glicolítica
- via das pentoses
- via síntese de acido graxo
- via síntese de triglicérides
Lipólise
Processo que ocorre no tecido adiposo e que consiste na degradação da gordura,
ou seja, das reservas energéticas (triglicerídeos) para a produção de energia, onde o
triacilglicerol deve ser hidrolisado até ácidos graxos livres e glicerol que serão mobilizados
e lançados na corrente circulatória. Esta hidrólise ocorre no tecido adiposo por ação da
lipase hormônio sensível (LHS) (enzima que regula o processo), que como o próprio
nome diz é sensível a ação de hormônios, sendo esta inibida pela insulina que dificulta a
lipólise e sendo favorecida pela presença de glucagón e adrenalina. Outros hormônios
como GH, T3 e T4 também estimulam a LHS.
Os ácidos graxos livres no sangue se associam a proteína albumina plasmática
formando lipoproteína com destino a tecidos consumidores como o músculo e o fígado,
onde os graxos livres se separam da albumina plasmática para entrar nas células e
sofrerem a β-oxidação (ciclo de Lynen).
O glicerol será degradado somente no fígado, pois é onde se tem a enzima
gliceroquinase. Dentro das células os ácidos graxos livres deverão ser ativados através
da enzima acil-coA sintetase que transforma o ácido graxo em acil-coA (ácido graxo livre),
para cada ácido graxo ativado consome-se 1 ATP. O acil-coA (ácidos graxos livres) é
transportado do citoplasma para dentro da mitocôndria através da ação da carnitina que é
uma proteína transportadora. Na mitocôndria ocorrera o ciclo de Lynen que
gradativamente vai quebrando os ácidos graxos livres e liberando acetil-coA que ativará o
ciclo de Krebs para a produção de ATP.