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Sistema de arrefecimento - manutenção

Como existem diversos tipos de motores, cada


um tem uma característica diferente no sistema
de manutenção, mas todos com a mesma função,
ou seja, estabilizar a temperatura ideal para o
correto funcionamento do motor. Iremos pegar
como exemplo o motor AP2000 do Santana.
Este motor vem mantendo suas características ao longo dos anos, desde a
série MD270 utilizado até 1984. A partir de 1985 surgiu a série AP. Uma
mudança significa no sistema de arrefecimento foi a retirada da tampa do
radiador e a sua implantação no reservatório de expansão o qual se
mantém até hoje, não só nos veículos Volkswagen mas como em todas as
outras marcas praticamente.
Veremos a seguir o mapa de circulação do
líquido de arrefecimento neste motor.
Iremos ver por itens ou componentes este sistema de
modo a facilitar a compreensão de todos os usuários

1- Tampa do reservatório de expansão

Muitos pensam que esse componente serve apenas para


tampar o reservatório do sistema de arrefecimento. Bom, ele
possui também essa função mas a sua principal finalidade é a
pressurização do sistema.
Sabe-se que ao nível do mar a água ferve à 100oC, portanto
seria inviável o funcionamento do motor apenas com a
pressão atmosférica. A tampa permite que o sistema trabalhe
com quase 1ATM acima da pressão atmosférica que ao nível
do mar é de 1ATM. Com isso, retarda-se o processo de
ebulição do líquido de arrefecimento.
A tampa do reservatório de expansão possui internamente
válvulas que se comunicam com a atmosfera.
Quando o motor entra em processo de aquecimento, o
líquido tende a se dilatar aumentando o seu volume. Com o
aumento da temperatura também se tem o aumento da
pressão interna. Se não fosse pela ação da válvula de alívio, a
pressão seria tão grande que poderia provocar o
"inchamento" das mangueiras ou até mesmo o seu
rompimento. Assim, quando a pressão atingir determinado
valor, essa válvula se abre permitindo a saída de pressão
para a atmosfera.
Por outro lado, quando o motor entra em processo de
resfriamento o líquido irá se contrair. Com a diminuição
da temperatura também ocorre a diminuição da pressão
interna, o que poderia provocar a formação de vácuo no
interior do sistema, contraindo as mangueiras. Para isso,
tem-se outra válvula que permite a entrada de ar no
reservatório.
Para se testar a válvula de expansão é muito simples.
Utilizando-se um equipamento apropriado para análise do
sistema iremos testar a tampa do reservatório.

Equipamento para testes Testando a tampa do reservatório


- Instalado o equipamento na tampa do reservatório
como mostrado na figura anterior, mergulhe a tampa
num recipiente com água até que a mesma fique
totalmente coberta. Cuidado para não molhar o
manômetro do equipamento.
- Comece a pressurizar a tampa com o equipamento
até que se comece a aparecer bolhas de ar dentro do
recipiente. Verifique qual a pressão indicada no
manômetro. Se o valor estiver entre 1,35 a 1,50 ATM a
tampa está em ordem, caso contrário, substitua-a.
Estes valores são válidos apenas para a linha Santana
que estamos testando. Demais veículos devem obedecer
a especificação do fabricante.
Observações importantes:

1- Nunca abra o reservatório de expansão com o motor


aquecido. Devido as altas pressões e temperatura, poderão
ocasionar queimaduras graves.
2- Os veículos mais antigos utilizam uma tampa de metal
colocado diretamente no radiador e não no reservatório de
expansão, cuja função é a mesma. Deve-se tomar mais
cuidado com esses modelos pois os riscos de queimadura
são maiores devido a construção do componente.
3- Não funcione o motor sem a tampa. Muitos motores
trabalham com temperaturas superiores a 100oC, o que
poderia provocar a ebulição do líquido de arrefecimento.
2 - Reservatório de expansão

No reservatório são colocados duas mangueiras, sendo uma do


abastecimento do sistema e outra de retorno do líquido de
arrefecimento em excesso. Isso permite também que se eliminem
possíveis bolhas de ar no sistema.
Nos veículos atuais o reservatório de expansão serve tanto
para o abastecimento do líquido de arrefecimento quanto
para o armazenamento do líquido em excesso provocado pelo
aumento de volume devido às altas temperaturas. Nesse
reservatório devem ser observados as marcações máxima e
mínimo, impressos no próprio componente. Nunca ultrapasse
o valor máximo para evitar o transbordamento do líquido.
O reservatório de expansão praticamente não se tem
manutenção. Só observe se não há sinais de trincas no
mesmo. Qualquer tipo de vazamento por trincas deve ser
substituído por um reservatório novo. Jamais tente vedar
os vazamentos com qualquer tipo de cola.
Reservatório muito sujo não permite que se verifique o
nível do líquido. Por isso, utilize sempre aditivos de boa
qualidade. Além de manter o sistema limpo, devido a sua
coloração permite melhor visualização do nível.
3- Mangueiras e tubulações

Elementos que servem para transportam o líquido de


arrefecimento de um ponto ao outro do circuito, as mangueiras
e tubulações devem estar sempre em ordem para evitar
vazamentos ou o seu rompimento total deixando o usuário na
mão.

Mangueiras que se apresentam de forma quebradiça quando


são comprimidas com as mão devem ser substituídas pois,
indicam que estão ressecadas. O uso do aditivo ajuda a
preservar a vida útil tanto das mangueiras quanto das
tubulações. Jamais utilize qualquer outro produto químico
que possam atacar as mangueiras.
Vazamentos externos são muito simples de serem percebidos
pois, normalmente provocam gotejamento no chão. Agora,
quando se trata de vazamentos internos a coisa se complica,
justamente por não ser visível. Para tanto, um teste simples a
ser feito é utilizar-se de uma bomba para pressurizar o
sistema.
Este teste deve ser feito com o motor frio.
1- Retire a tampa do reservatório de expansão;
2- Instale o equipamento de teste no reservatório
(no lugar da tampa);
3- Aplique uma pressão de 1kfcm2 (1BAR) e
aguarde 15 segundos. Verifique se a pressão não
cai.
Na primeira tentativa é normal que a pressão
venha a cair um pouco devido as acomodações das
mangueiras. Se isso ocorrer, eleve novamente a
pressão para 1 kgfcm2 e aguarde mais 15
segundos. Se a pressão não cair o sistema está em
ordem.
Caso após a pressurização a pressão venha a cair, procure
primeiramente por vazamentos externos, principalmente
nas conexões das mangueiras. É muito comum ocorrerem
vazamentos próximos às abraçadeiras. Verifique se um
pequeno aperto resolve o problema caso contrário,
substitua a mangueira.
Se não houverem vazamentos externos a coisa fica um pouco
preocupante. O vazamento pode estar ocorrendo dentro do
motor (cabeçote ou bloco de cilindros) ou no circuito de
aquecimento (ar quente) que fica na parte interna do
automóvel.
Observação: Caso a pressão no manômetro venha a cair, certifique-se primeiramente
se o vazamento não está ocorrendo no equipamento.
Caso você não esteja familiarizado com as unidades de pressão, iremos passar no
quadro abaixo os valores equivalentes em cada uma das unidades. Esses valores são
aproximados de modo a facilitar a conversão caso seja necessário.
4- Válvula termostática ou termostato
Este com certeza é um dos principais componentes do
sistema de arrefecimento, pois, é ela que permite o rápido
aquecimento do motor na fase fria e a estabilização da
temperatura.
Ainda hoje, muitas pessoas acabam retirando essa válvula
do sistema por afirmar que a mesma prejudica o sistema,
fazendo o motor superaquecer. Quero deixar bem claro
nesta matéria que essa afirmação é totalmente incorreta. Se
algum dia o "mecânico" falar que essa peça é desnecessária
está na hora de o mesmo aposentar as ferramentas e
procurar outro serviço.
Claro que nenhuma peça tem vida eterna. A válvula
termostática não é uma exceção. Agora, alguns cuidamos
preservam a sua vida útil e diminuem o risco dela deixar o
motorista na mão
O termostato é uma válvula térmica
do tipo NF (norma fechado).
Quando o líquido de arrefecimento
atingir uma temperatura pré-
estabelecida pelo fabricante a
mesma irá se abrir, permitindo a
circulação do líquido e a troca de
calor.
Por exemplo, uma termostato tem
sua temperatura de abertura fixada
em 90oC. Quando a temperatura
atingir esse valor ela começará a
abrir. Se a temperatura cair abaixo
desse valor ela voltara a fechar.
Assim, a temperatura do motor
ficará estabilizada, ou seja, nem
muito frio e nem muito quente.
Claro que essa segunda função não
é do termostato.
Agora, quais os defeitos que a válvula termostática pode
apresentar? São três:
Travar fechada;
Travar aberta;
Abrir com temperatura fora da faixa.
O termostato está funcionando quando o indicador de
temperatura no painel de instrumentos parar num ponto pré-
estabelecido pelo fabricante e ali ficar. Se com o aumento da
velocidade do veículo o ponteiro recuar, significa que a
válvula não está atuando de forma correta ou não existe.

No caso do Santana, o ponteiro deverá se


estabilizar mais ou menos no meio do seu
curso (circulo vermelho na figura ao
lado). Depois do motor aquecido se o
ponteiro ficar abaixo ou acima dessa
marcação alguma coisa está errada no
sistema.
No caso do Santana, Versailles, Quantum e
Royale e outros se o termostato travar fechado
o motor vai superaquecer e o eletro-ventilador
não entrará em funcionamento. Neste caso não
adianta fazer uma ligação direta no ventilador
que o problema não será resolvido, pois, não
haverá circulação do líquido.
É muito simples identificar quando o
termostado está travado. Com o motor
superaquecido, coloque as mãos (cuidado
apenas para não se queimar) nas mangueiras
superior e inferior do radiador. Se a de cima
estiver superaquecida e a debaixo fria, indica
que o líquido não está circulando pelo sistema.
Quem aciona o eletro-ventilador nos motores AP é o interruptor
térmico que fica posicionado na parte baixa do radiador. Caso a
válvula termostática venha a travar, a parte baixa do radiador ficará
fria enquanto que a parte alta ficará superaquecida. Com isso o
interruptor térmico não fechará o circuito elétrico acionando o eletro-
ventilador.
Veremos a seguir como retirar e
inspecionar a válvula termostática.

1- Com o motor frio, drene todo o líquido de


arrefecimento soltando a mangueira inferior do
radiador;
2- Retire os dois parafusos de fixação do flange
da válvula termostática como mostra a figura
ao lado. Se o veículo possuir direção hidráulica
será necessário remover o suporte traseira da
bomba hidráulica para ter acesso ao flange;
3- Remova a válvula termostática.
Observação: Muitas vezes, ao se retirar o
flange o termostato permanece preso no seu
local. Force-o cuidadosamente para sair do seu
alojamento e não fique olhando para cima,
pois, uma boa parte do líquido ainda estará
preso dentro do bloco do motor, sendo liberado
assim que a válvula é retirada.
O próximo passa é examinar a válvula
termostática quanto so seu funcionamento.

Para o teste da válvula termostática iremos precisar de um


aquecedor, um recipiente com água, um termômetro e um
paquímetro.
1- Introduza o termostato
dentro do recipiente com
líquido e ligue o aquecedor.
Monitore a temperatura do
líquido com um termômetro
ou com um multímetro que
tenha essa função.
2- Anote a temperatura inicial
de abertura, ou seja, em qual
temperatura a válvula
começou a se abrir.
Depois de totalmente aberta, compare com os valores a seguir:

Se os dados acima baterem significa que o termostato está em ordem. Se não for
encontrado os valores especificados, o termostato deverá ser substituído.
Feitos os testes, é hora de montar novamente o termostato.
Para tanto, refaça os serviços na ordem inversa à
desmontagem, observando as seguintes questões:
- A seta impressa no termostato deverá
ser voltado para o ressalto existente no
bloco do motor. Caso não seja feito isso,
haverá uma diminuição na circulação
do líquido de arrefecimento pois, as
duas lâminas laterais irão obstruir
alguns orifícios de passagem;
- O torque a ser dado nos parafusos M6
x 1 é de aproximadamente 15 NM. Não
dê um torque superior a esse valor, pois,
poderá danificar a rosca interna.
Substitua o anel de vedação (ó-ring) e
não utilize cola para vedação. O próprio
anel já tem essa função

Terminado à montagem, abasteça o sistema e teste se não há vazamentos com o equipamento


apropriado (já visto nas páginas anteriores).
Não aparecendo vazamentos, utilize o aditivo para radiador na proporção indicada pelo fabricante.
5- Bomba d´ água

A bomba d´ água é um componente de baixa manutenção,


cuja vida útil depende diretamente da qualidade do líquido de
arrefecimento. Sua função no sistema é a de recalcar o líquido
contido no radiador para o motor, possibilitando as trocas de
calor.

Com o passar do tempo, a bomba poderá vir a ter vazamentos,


principalmente por corrosão. Outro fator que interfere na sua
vida útil é a regulagem (tensionamento) da correia. Uma
correia muito tensionada poderá provocar o desgaste
prematuro das gaxetas provocando ruídos ou vazamentos.
A carcaça da bomba d´ água quase nunca apresenta
problemas a não ser quando as roscas são danificadas, o que
pode ser reparado facilmente com roscas postiças do tipo
"Helicoil". Como dissemos anteriormente, os defeitos mais
comuns da bomba são os vazamentos ou ruídos
Para verificar se há vazamentos na bomba o
procedimento é muito simples. Pressuriza-se o sistema
com o equipamento e verifica-se se não há vazamentos na
bomba. Se for na junta de vedação a sua simples
substituição irá resolver o problema. Se o vazamento for
na gaxeta, substitua a bomba.
Já ruídos provocados pela bomba se identifica retirando-
se a sua correia e funcionamento o motor por alguns
instantes. Se o ruído parar só há dois pontos a verificar:
alternador e bomba d´ água, uma vez que a mesma
correia que move o alternador aciona a bomba.
Veremos a seguir o procedimento para se substituir a
bomba d´ água:
1- Drena-se o líquido de arrefecimento (motor frio)
soltando a mangueira inferior do radiador;
2- Solta-se a correia do alternador e o alternador
(desligue a bateria antes deste procedimento);
3- Se o veículo possuir direção hidráulica, o flange da bomba
hidráulica deverá ser retirado para que se possa dar acesso à
bomba;
4- Retirar a polia da bomba d´ água e do motor. Retirar a
carenagem de proteção da correia dentada;
5- Retirar a bomba d´ água.
Nestas operações você terá a oportunidade de retirar a
bomba por completo, junto com a sua carcaça ou somente a
sua parte dianteira, que normalmente será a peça que terá
que substituir.
Se os parafusos estiverem muito oxidados, recomendamos
passar um pouco de desengripante para evitar a sua quebra.
Caso se quebre algum parafuso no local, o mesmo deverá
ser sacado. Jamais monte uma bomba faltando parafusos.
Também não se recomenda passar cola na junta, pois, sua
função já é fazer a vedação
Antes de montar a nova bomba, limpe bem todo o local.
Raspe os restos de juntas ou até detritos de cola montados
anteriormente.
Para a instalação da bomba, proceda da forma inversa à
desmontagem, prestando somente atenção no momento de
tensionar a correia para evitar danos tanto na bomba d´
água quanto no alternador.
Ajuste a correia de modo que a
mesma fique com 10 a 15mm de
folga como mostra a figura ao lado.
Caso mesmo com a regulagem
correta a correia comece a patinar
"cantar", verifique o estado da
correia. Se necessário substitua-a.
As polias quando gastas
internamente também poderão
provocar ruídos. Neste caso as
mesmas devem ser substituídas.
Muitas vezes é comum a correia
patinar, mesmo as polias estando
em ordem e a correia sem sinal de
desgaste. Isso poderá ocorrer caso
a correia apresente sinais de
ressecamento.
Para minimizar esses problemas, muitos
recorrem em passar parafina de vela na correia.
Isso resolve momentaneamente mas logo o
problema irá ressurgir. Experimente ao invés
disso, umedecer um pedaço de estopa com fluido
de freio e passe na correia. Isso deverá eliminar
o ressecamento da correia por um bom tempo.
Após montado todos os componentes, abasteça o
sistema e faça o teste de pressão para ver se não
ocorrem vazamentos. Feito isso, coloque o
aditivo na proporção indicada pelo fabricante.
6- Radiador

O radiador é o dispositivo trocador de calor no sistema


de arrefecimento.
O radiador como qualquer outro componente do sistema, se bem cuidado dura
muito tempo. Atualmente, para melhorar sua performance nas trocas de calor, ele é
construído em uma armadura plástica e alumínio. Ficou menos espesso e mais
longo.
Logicamente, isso além de garantir uma maior eficiência tem suas desvantagens.
Uma delas é a sensibilidade do componente que pode se deformar facilmente. As
aletas de alumínio também amassam facilmente. Tome muito cuidado para não
cortar as mãos no manuseio do radiador.
Os problemas mais comuns que podem vir a ocorrer com um radiador são os
vazamentos internos e a obstrução, que diminui a sua capacidade de refrigeração.
No primeiro caso somente a sua substituição irá resolver o problema. Não
recomendamos soldar o radiador. Já no segundo caso, uma boa limpeza poderá
resolver o problema.
Alguns veículos possuem um papelão envolvendo a parte dianteira do radiador. Esse
papelão forma uma caixa para direcionar o fluxo para o radiador. Jamais monte o
sistema sem eles.
Outro detalhe importante está na construção da grade dianteira do veículo. Ela já é
projetada de modo a facilitar o fluxo de ar no radiador. Já vi muitos casos de grades
personalizadas instaladas nos veículos e depois o dono ficar reclamando que o motor
aquece demais.
Para substituir o radiador o processo é muito simples, a não ser veículos com
climatizador que irão dar um pouco mais de mão de obra.
1- Drene o líquido de
arrefecimento com o motor frio;
2- Retire todas as mangueiras
que estão ligadas ao radiador;
3- Desconecte todos os
componentes elétricos como:
motores elétricos dos eletro-
ventiladores, interruptor
térmico e resistor da segunda
velocidade (sistema com
climatizador);
4- Solte a carcaça lateral direita
da caixa condutora de ar como
mostra a figura ao lado;
5- Remova a carcaça do
ventilador direito;
6- Remova os parafusos de fixação e suporte do radiador e
retire-o cuidadosamente do veículo.
Na retirada do radiador deve-se
tomar muito cuidado para não
danificar as aletas ou até mesmo
furar os tubos internos.
Retire os demais componentes  e
transfira para o novo radiador. A
instalação se dá no processo inverso
à desmontagem.
Verifique apenas o perfeito
assentamento do radiador na parte
inferior.
Em caso de limpeza, não há
necessidade de se retirar o radiador.
Apenas utilize produtos químicos
específicos para esse fim. Neste caso,
siga atentamente as instruções do
fabricante. Não utilize querosene
7- Radiador de óleo
O radiador de óleo somente é utilizado nos motores 2.0l com
climatizador. Sua função é auxiliar na refrigeração do óleo
lubrificante.
Este componente fica situado logo acima do filtro de óleo e
está ligado por meio de duas mangueiras.
Este componente garante uma melhor
refrigeração do óleo lubrificante mas pode
causar sérios problemas ao sistema de
arrefecimento ou ao motor se ele apresentar
problemas. Isso porque, o problema que ele
apresenta é o rompimento dos capilares
internos, permitindo a passagem do óleo
lubrificante para o sistema de arrefecimento.
Isso provocará o superaquecimento do motor
além de sujar radiador, bloco do motor,
mangueiras, reservatório de expansão, etc.
Dependendo da situação, poderá até provocar
a obstrução de passagens do líquido de
arrefecimento devido a sujeira que irá se
acumular.
Para substituí-lo é muito simples. Basta retirar o filtro de
óleo e a porca de fixação do radiador. Feito isso, retire o
parafuso de fixação do filtro de óleo ao suporte e retire o
radiador de óleo.
Para ter certeza que ele é o responsável por todos esses
danos, vede uma das conexões do radiador de óleo. Na
outra acople uma mangueira e mergulhe o conjunto
dentro de um recipiente com água. Injete ar comprimida
na mangueira e veja se não há formação de bolhas no
interior do radiador. Se isso ocorrer, substitua-o.
Mas os problemas não terminam simplesmente com a
substituição do componente defeituoso. Deverá ser feito
uma limpeza geral em todo o sistema de arrefecimento, até
que se eliminem todo o resíduo de óleo do sistema e isso
leva tempo
8- Interruptor térmico

É o dispositivo encarregado de acionar o


eletro-ventilador quando se atinge um valor
pré-determinado pelo fabricante.
Internamento, o interruptor térmico possui
um bi-metal que se dilata com a temperatura.
Ao se atingir uma determinada temperatura,
dilatação é tal que fecha os contatos internos
possibilitando o acionamento do eletro-
ventilador.
O interruptor térmico é um componente de grande
precisão. Qualquer anomalia no interruptor poderá
provocar sérios danos ao motor por superaquecimento.
A utilização do aditivo também é fundamental, pois, evita a
formação de crostas que poderiam provocar uma isolação
térmica no interruptor.
No Santana, este dispositivo fica instalado no radiador,
do lado esquerdo mais ou menos na altura central como
mostra a figura abaixo:
O interruptor térmico faz parte do circuito da ventilação
forçada, ou seja, ele só fechará seu contato quando a
ventilação natural, proveniente do próprio deslocamento do
veículo for insuficiente para baixar a temperatura do
líquido de arrefecimento.

Isso é fundamental quando o veículo estiver com o motor


funcionando e sem movimento, ou, quando esse movimento
não permitir a circulação de ar suficiente, como é o caso de
se andar dentro da cidade. Já na estrada, o sistema quase
não atua pois, a ventilação natural é o suficiente para
manter o sistema.
Os problemas mais comuns que ocorrem com o interruptor
térmico é o seu não fechamento ou quando o mesmo fecha
atrasado, ou seja, com uma temperatura bem superior ao
especificado.
O interruptor térmico possui uma área sextavada que
permite a introdução de uma chave tipo fixa para sua
retirada e colocação. Embora ela tenha um tamanho
relativamente grande, cuidado com o torque pois poderá
estourar o radiador que tem carcaça plástica. Apenas
encoste e dê um leve torque, o suficiente para não gerar
vazamentos.
Para testar o seu funcionamento, devemos ter em mãos: um
aquecedor, um multímetro e um termômetro que pode ser o
próprio multímetro para executar essa função.

Embora a figura acima mostre o teste sendo feito com dois


multímetros, o mesmo poderá ser realizado apenas com um
deles.
Com climatizador
Sem climatizador
Interruptor Entre 90oC a Int. fechado Entre 92oC a
fechado 95oC 1a. veloc. 97oC
Interruptor Abaixo
Agora compare os valores segundo de
a tabela abaixo: Int. fechado Entre 99oC a
aberto 90oC 2a. veloc. 105oC
Int aberto 1a. Abaixo de
   
veloc. 84oC
Int aberto 2a. Abaixo de
   
veloc. 91oC

O mesmo teste poderá ser realizado com uma lâmpada de teste ou caneta
de polaridade, com o auxílio de uma bateria e fios.

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