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RODOVIAS&VIAS
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RODOVIAS&VIAS
editorial Ano 11 - Edição 47 - Novembro/10
Distribuição dirigida e a assinantes
Uma publicação da Rodovias Editora e Publicações Ltda.
CNPJ/MF.: 03.228.569/0001-05
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Jardim das Américas - 81540-190 - Curitiba/PR
(41) 3267-0909 - rodoviasevias.com.br
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JORNALISTA RESPONSÁVEL
Davi Etelvino ( SC 02288 JP)
davi@rodoviasevias.com.br
revisão
Karina Dias Occaso
Impressão
Posigraf
A tiragem desta edição de 25.000 exemplares
é comprovada pela BDO Auditores Independentes.
Diretor Geral
Dagoberto Rupp
dagoberto@rodoviasevias.com.br
financeiro ADMINISTRATIVo
Jaqueline Karatchuk Paula Santos
jaqueline@rodoviasevias.com.br paula@rodoviasevias.com.br
comercial (DEC)
I
João Rodrigo Bilhan Paulo Negreiros
niciamos nesta edição uma nova fase na história deste periódico. rodrigo@rodoviasevias.com.br negreiros@rodoviasevias.com.br
Central de Jornalismo
FSC
Artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da Revista, sendo de total responsabilidade do autor.
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EM TEMPO 16
ferrovias 18
capa 22
O brasil pós-eleições
RODOvias 50
hidrovia 62
concurso desenho 64
MOBILIDADE URBANA66
portos 64
68
09 50
TReinamento 74
78
Prevenção de acidentes
Vicinais 76
ESTUDO 80
Exclusiva Geraldo alckmin
56 TRANSPOQUIP 82
tecnologia 84
86
PONTES MÓVEIS 86
congonhas especial sp-Brasília
SANTOS OFFSHORE 88
na medida 91
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Fotos: Rodovias&Vias/Estanis Neto
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exclusiva
Geraldo
Alckmin
Avanços em São Paulo
Na primeira entrevista exclusiva a uma revista após sua vitória nas urnas, Geraldo Alckmin con-
tou à Rodovias&Vias as principais metas e os desafios de sua próxima gestão. Ele, que na eleição
de 2006 enfrentou nada menos que o maior fenômeno político já visto “na história deste país”,
desta vez venceu no primeiro turno o PT de Aloísio Mercadante no estado que é o maior colégio
eleitoral e tem a maior economia do Brasil. O feito o credencia para ser um dos principais focos da
oposição ao Governo Federal nos próximos quatro anos. Mais que atacar as mazelas do governo
Dilma, terá de manter os avanços econômicos em seu estado se quiser compará-los aos do país,
perante os eleitores brasileiros. A experiência de um segundo mandato como governador facilita-
rá ao inquilino do Palácio dos Bandeirantes fazer avançar todos os setores da administração paulis-
ta, tocando grandes obras e oferecendo novos e melhores serviços públicos à população.
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exclusiva 10
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Como o senhor avalia a capacidade do O trecho Norte tem um traçado mais delicado,
corpo de profissionais que por meio do DER porque passa pela Serra da Cantareira. Preci-
deram vazão a estes programas? samos acelerar o seu estudo de impacto am-
O DER tem experiência de longa data e um biental e o projeto de obras que serão feitas
corpo de funcionários de excelente qualidade. pelo próprio estado. Para esse trecho, haverá
Vamos valorizá-los e incentivá-los para manter financiamento do Banco Mundial, e o Governo
e ampliar a malha rodoviária paulista. Tenho Federal deverá participar com o custeio de um
uma ligação afetiva muito especial com o DER, terço da obra.
pois o pai da Lú, minha mulher, o Dr. Ademar
César Ribeiro, era o Engenheiro-Chefe do Dis- A pesquisa CNT sobre a qualidade de
trito do DER em Taubaté. nossas rodovias, mais uma vez, destacou o
estado de São Paulo como detentor das me-
Uma obra emblemática que tivemos a lhores estradas do país. Entretanto, a grande
oportunidade de registrar desde o início foi maioria delas é concedida à iniciativa pri-
o trecho Sul do Rodoanel. O senhor acredita vada. A privatização é a melhor opção para
ser possível concluir os dois trechos restan- manter as rodovias?
tes? O modelo de concessões rodoviárias no
Vamos fazer todo esforço possível para estado de São Paulo foi muito bem-sucedido.
concluir essa obra gigantesca e importantíssi- São 18 contratos e um total de 6 mil km sob
ma para todo o estado de São Paulo e também concessão, onde foram feitos enormes inves-
para o Brasil. O trecho Leste está em licitação timentos. Entre eles, a segunda pista da Imi-
e deverá ser construído através de concessão. grantes, uma obra esperada há mais de
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30 anos e que pouca gente acreditava que pelo transporte metroferroviário de qualida-
pudesse ser feita sem causar um desastre am- de. Qual é o volume de investimento que o
biental na Serra do Mar, como aconteceu nos senhor pretende fazer neste modal?
anos 70 durante a construção da primeira pis- Nossa maior prioridade é investir na am-
ta, que causou enorme devastação da Mata pliação do Metrô e nas linhas da CPTM [Com-
Atlântica. Na construção da segunda pista, panhia Paulista de Trens Metropolitanos].
nada disso aconteceu. Ela é quase totalmente Além da Linha 4 (Luz-Vila Sônia), que já está
feita de túneis e viadutos e são poucos e pe- em fase de conclusão, vamos prolongar a Li-
quenos os pontos onde houve corte de árvo- nha 5, de Santo Amaro a Chácara Klabin, e
res para abrir a boca de um túnel ou construirvamos construir a Linha 6, São Joaquim-Fre-
um pilar de viaduto. guesia do Ó. Na CPTM, vamos modernizar os
trens, aumentar a capacidade deles e reduzir
A Companhia de Desenvolvimento Ha- os intervalos entre eles. Vamos construir a Li-
bitacional e Urbano (CDHU) teve papel fun- nha 17 (Jabaquara-Aeroporto de Congonhas-
damental na gestão de um programa habi-
tacional que serve de referência para o país.
Qual é a sua meta para construção de casas
populares, tendo em vista o alcance social
destas ações?
Temos consciência da importância do pro-
grama de casas populares para promoção so-
cial da população. São Paulo é o único estado
que destina 1% do seu ICMS para a habitação
social. E agora vamos contar também com fi-
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exclusiva
E quanto ao transporte de cargas sobre alto para se pagar por qualquer obra, por mais
trilhos? importante que ela seja. Justamente por ter
Neste setor, vamos concentrar nossos es- esta preocupação há muito tempo, São Paulo
forços na construção do Ferroanel, que vai de- já desenvolveu técnicas de controle que per-
satar o nó ferroviário que há em São Paulo e re- mitem a preservação ambiental em grandes
tarda o acesso de cargas vindas ou destinadas obras, como foi o caso da construção da se-
ao porto de Santos e outras regiões paulistas. gunda pista da Rodovia dos Imigrantes, que
Esta obra terá de contar com a ajuda do Gover- recebeu a ISO 14.001, certificação internacio-
no Federal e da iniciativa privada. nal por cuidados ambientais.
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ANUNCIO
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ANUNCIO
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em tempo
Brasil no G20
Lula desembarcou em Seul, na Coreia do Sul, acompanhado da futura Presiden-
te, Dilma Rousseff, para o encontro do G20 (grupo das potências e dos principais pa-
íses emergentes do mundo). O encontro marcou a estreia de Dilma na cena interna-
cional. A eleita mostrou disposição para brigar por uma reconfiguração do comércio
exterior, que pode ser o foco de sua diplomacia. O atual governante foi claro: “Vou
para o G20 para brigar. Se eles já tinham problema para enfrentar o Lula, agora vão
enfrentar o Lula e a Dilma. O Presidente referia-se à guerra cambial travada pelas
maiores economias do planeta, em que cada país tenta manter sua moeda barata
para facilitar as exportações.
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17 em TEMPO
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Um marco
para o futuro
O novo marco regulatório ferroviário é aguardado com grande expectativa
pelo setor privado e pode representar uma guinada para melhor no modal.
Enquanto o poder público debate os detalhes para a elaboração e finalização
de um decreto que renove a regulação ferroviária nacional, os trens seguem à
espera de uma arrancada definitiva rumo ao desenvolvimento.
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Dúvidas
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21 um marco para o futuro
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O Brasil
pós-eleições
“Tome conselhos com o vinho, mas tome decisões com a água.” A frase de Benjamin
Franklin, se transportada para o momento nacional, poderia ser adaptada como
conselho aos atuais e aos futuros governantes.
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Foto: Divulgação
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CAPA 24
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25 O BRASIL pós-ELEIÇoES
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CAPA 26
tificam com o setor. Não é razoável que em tempo. Governo e iniciativa privada devem
cada antessala dos órgãos responsáveis arregaçar as mangas e trabalhar duro para
pelo andamento dos projetos e obras exis- aumentar a eficiência do Brasil. Isto impli-
tam inúmeros empresários e diretores de cará rapidamente em benefícios duradou-
empresas passando horas em interminá- ros ao país. Se deixarmos de transportar
veis esperas, por causa de burocratas que, buracos e desperdício de tempo, quando
não de vidas, nossos produ-
tos chegarão em melhores
condições aos portos. Se
nossos portos forem mais
Não é razoável que em cada antessala dos eficientes, deixaremos de
órgãos responsáveis pelo andamento dos projetos exportar nossa histórica fal-
e obras existam inúmeros empresários e diretores de ta de investimentos neste e
empresas passando horas em intermináveis espe- em outros modais.
Tudo já foi dito, tudo já
ras, por causa de burocratas que, por excesso de foi escrito. Mas a questão
trabalho ou mero desleixo com o tempo alheio, da infraestrutura brasileira
não podem cumprir agendas previamente acor- ainda se encontra longe de
dadas. solução. Precisamos de uma
safra de homens e mulhe-
res com real noção do mo-
por excesso de trabalho ou mero desleixo mento histórico pelo qual passamos. Um
com o tempo alheio, não podem cumprir momento em que os dirigentes superarão
agendas previamente acordadas. os interesses imediatos da política parti-
Cabe aos governos rever esta e outras dária e darão, finalmente, mais do que um
relações com seus fornecedores. Se o pro- rumo ao país; darão um caminho seguro e
jeto foi feito de maneira absolutamente eficiente, capaz de colocar o Brasil em con-
criteriosa, se a licitação ocorreu dentro da dições de igualdade com as nações mais
lei (a lei brasileira em nada deve aos paí- potentes.
ses desenvolvidos), não há por que perder
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t comunica
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CAPA 28
BRASIL
Presidente:
Dilma Rousseff
REGIÃO VOTOS
nORTE: 4.038.170
nORDESTE: 18.318.389
CENTRO-OESTE: 3.439.882
sUDESTE: 22.540.695
sUL: 7.267.073
TOTAL
55.604.209 votos
56,05%
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29 O BRASIL pós-ELEIÇoES
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CAPA 30
REGIÃO
SUL Paraná
Beto Richa
3.039.774 votos
vitória no primeiro turno
santa catarina
Raimundo colombo
1.815.304 votos
vitória no primeiro turno
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O BRASIL pós-ELEIÇoES
Metas:
-Promover a duplicação, qualificação e implantação de rodovias estaduais, como a RS-389 e a RS-344.
-Melhorar as travessias urbanas, revitalizar portos e hidrovias, conservar e expandir a malha
ferroviária do estado.
-dar Apoio técnico aos municípios, por meio de financiamento do Banco Mundial (BIRD), para oferecer
informações técnicas de restauração e manutenção de rodovias.
santa catarina
Raimundo Colombo (dem)
Metas:
- Ampliar a Via Expressa que chega à capital.
- Viabilizar o novo Aeroporto Internacional de Florianópolis.
- Estabelecer, numa parceria com a gestão municipal, um anel viário em torno da região central da capi
tal, permitindo um fluxo mais rápido.
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CAPA 32
paraná
Beto Richa (psdb)
Metas:
- criar um sistema de transporte e logística com alta eficiência.
- Fazer com que o transporte de passageiros e de cargas seja seguro e ágil.
- Ampliar a capacidade aeroportuária paranaense, adequar os portos às demandas do comércio exterior
e ligar por duto o Norte/Noroeste do Paraná ao Porto de Paranaguá.
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33 O BRASIL pós-ELEIÇoES
REGIÃO
Sudeste
minas gerais
Antonio anastasia
6.275.520 votos
vitória no primeiro turno
espírito santo
Renato
Casagrande
1.502.070 votos
vitória no primeiro turno
rio de janeiro
são paulo Sérgio cabral
5.217.972 votos
geraldo alckmin vitória no primeiro turno
11.519.314 votos
vitória no primeiro turno
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CAPA 34
são paulo
Geraldo Alckmin (psdb)
Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho é administra-
dor experiente e deve repetir o estilo tucano de adminis-
trar, com grande aprovação dos paulistas desde Franco
Montoro, passando por Mário Covas, o próprio Alckmin
e José Serra. Governos de resultados, com grande im-
pulso ao desenvolvimento e grande espaço para a ini-
ciativa privada. É médico, tem 58 anos, paulista de Pin-
damonhangaba, foi Vereador e Prefeito de sua cidade
pelo MDB. Foi um dos fundadores do PSDB. Deputado
Estadual em 1982, Deputado Federal por dois mandatos
e Vice-Governador de Mário Covas em 1994 e 1998. Com
o agravamento da doença de Covas, em 2001, assumiu
o governo, sendo eleito Governador em 2002. Em 2006,
foi candidato à Presidência da República, derrotado por
Lula.
Metas:
- Ampliar a rede de metrô, trens metropolitanos e corredores de ônibus, dando sequência
ao plano Expansão São Paulo.
- Fortalecer e melhorar os aeroportos sob administração do estado.
- Ampliar e avançar a modernização na malha rodoviária.
rio de janeiro
Sérgio Cabral (PMDB)
Metas:
- Asfaltar, até 2014, pelo menos 8.500 ruas na Baixada Fluminense, em São Gonçalo e Itaboraí.
- Melhorar o sistema rodoviário do estado.
- Concluir as obras do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro.
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35 O BRASIL pós-ELEIÇoES
Minas gerais
Antonio Anastasia (PSDB)
Antonio Augusto Junho Anastasia é considerado um
técnico competente. Na prática, governou com Aécio no
segundo mandato. Deve manter a eficiência na adminis-
tração do estado e os principais programas do governo
estadual. Advogado e professor universitário, 49 anos,
nasceu em Belo Horizonte. Foi Secretário Estadual de
Cultura, Secretário Estadual de Recursos Humanos e Ad-
ministração, e Presidente da Fundação João Pinheiro. No
Governo Federal, foi Secretário Executivo do Ministério
do Trabalho e do Ministério da Justiça. No primeiro man-
dato de Aécio Neves, acumulou o cargo de Secretário de
Estado de Planejamento e Gestão com o de Secretário de
Estado de Defesa Social de Minas Gerais. Foi eleito Vice-
-Governador em 2006.
Metas:
- Dar continuidade ao Programa Caminhos de Minas, que pavimentará e aumentará a capacidade
de tráfego de rodovias que exercem papel integrador de regiões socioeconômicas interdependentes.
- Viabilizar prioridades logísticas regionais.
- Recuperar e desenvolver melhorias nas hidrovias e ferrovias, com criação de portos fluviais e construção
de ramal ferroviário.
espírito santo
Renato Casagrande (PSB)
Metas:
- Articular com o Governo Federal e a iniciativa privada para duplicação de rodovias que cortam o estado.
- Construir novo aeroporto com maior capacidade de embarque de passageiros e de carga.
- Construir novos portos e uma ligação ferroviária nova, saindo pelo Sul do estado, que o integre à
malha nacional.
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CAPA 36
REGIÃO
CENTRO-OESTE
Mato Grosso
Silval Barbosa
759.805 votos
vitória no primeiro turno
goiás
Marconi Perillo
1.551.132 votos
vitória no segundo turno
distrito federal
agnelo queiroz
875.612 votos
vitória no segundo turno
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37 O BRASIL pós-ELEIÇoES
Metas:
- Construir novos aeroportos regionais.
- Construir duas novas ferrovias e ativar dois portos hidroviários.
- Dar continuidade à pavimentação de rodovias.
mato grosso
Silval Barbosa (PMDB)
Metas:
- Manter e consolidar os programas “Estradeiro” e “Obras Públicas”.
- Ampliar a malha viária asfaltada e restaurar as estradas já pavimentadas, interligando
todos os municípios.
- Instrumentalizar a exploração de hidrovias e ferrovias.
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CAPA 38
goiás
Marconi Perillo (PSDB)
Metas:
- Revitalizar o sistema rodoviário do estado, recuperando as rodovias e implantando um
programa de manutenção permanente.
- Duplicar as rodovias estaduais que dão acesso aos destinos turísticos do estado, além de todas as rodovias
que saem de Goiânia.
- Concluir obras rodoviárias paralisadas ou inconclusas do estado.
Distrito Federal
Agnelo Queiroz (PT)
Metas:
- Fazer uma mudança estrutural no transporte público para diminuir o uso de transporte privado.
- Promover a criação de corredor exclusivo para ônibus, o bilhete único e a integração dos sistemas.
- Expandir o metrô e implantar o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e o VLP (Veículo Leve sobre Pneus).
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39 O BRASIL pós-ELEIÇoES
REGIÃO
nordeste
ceará
Cid Gomes
2.436.940 votos rio grande do norte
vitória no primeiro turno
Rosalba Ciarlini
813.813 votos
vitória no primeiro turno
paraíba
Ricardo Coutinho
1.079.164 votos
vitória no segundo turno
pernaMbuco
Maranhão Eduardo Campos
Roseana Sarney 3.450.874 votos
1.459.792 votos vitória no primeiro turno
vitória no primeiro turno
alagoas
piauí Teotônio Vilela filho
Wilson Martins 712.789 votos
vitória no segundo turno
921.313 votos
vitória no segundo turno
sergipe
bahia
Marcelo Déda
537.223 votos
Jaques Wagner vitória no primeiro turno
4.101.270 votos
vitória no primeiro turno
RODOVIAS&VIAS
CAPA 40
bahia
Jaques Wagner (PT)
Metas:
- Modernizar os equipamentos de infraestrutura e logística do estado como elemento
de integração territorial e de desenvolvimento econômico.
- Continuar a recuperação da malha rodoviária.
- Assegurar investimentos nos portos, aeroportos e na hidrovia do São Francisco, em parceria com o
Governo Federal e o setor privado.
sergipe
Marcelo Déda (PT)
Metas:
- Dar continuidade à SE-100, sentido pelo litoral norte, e construir ponte sobre o rio São Francisco.
- Construir uma rodovia estadual que ligará os municípios de Itabaiana e Itaporanga D’Ájuda.
- Construir o sexto lote da duplicação da BR-101 em Sergipe.
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41 O BRASIL pós-ELEIÇoES
alagoas
Teotônio Vilela Filho (PSDB)
Metas:
- Duplicar as rodovias AL-101 e AL-220 e buscar a viabilização da duplicação da BR-101,
trecho que passa por Alagoas.
- Construir mais 150 km do Canal do Sertão.
- Implantar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
PERNAMBUCO
Eduardo Campos (PSB)
Metas:
- Concluir três unidades da Petroquímica Suape.
- Construir mais nove navios no estaleiro Atlântico Sul, consolidando a retomada da indústria
naval brasileira.
- Implantar mais um estaleiro.
RODOVIAS&VIAS
CAPA 42
PARAÍBA
Ricardo Coutinho (PSB)
Metas:
- Pavimentar 650 km de rodovias e recuperar 360 km.
- Reformar e modernizar o aeroporto Castro Pinto, além de viabilizar a aviação regional nos
aeroportos de Patos e Sousa.
- Construir o novo terminal rodoviário em João Pessoa e modernizar o terminal de Campina Grande.
CEARÁ
Cid Gomes (PSB)
Metas:
- Criar o Conselho Estadual de Logística e Transporte de Cargas e Passageiros.
- Elaborar um plano para aproveitamento dos portos de Fortaleza, Camocim, Acaraú,
Icapuí e Aracati, com fins de estímulo à indústria pesqueira.
- Implantar e restaurar rodovias, planejar a viabilização para contornos rodoviários, retirando
o tráfego pesado das cidades localizadas nos corredores produtivos.
RODOVIAS&VIAS
43 O BRASIL pós-ELEIÇoES
PIAUÍ
Wilson Martins (PSB)
Metas:
- Construir e renovar a malha rodoviária do estado.
- Concluir a ferrovia Transnordestina, realização do Governo Federal com apoio do governo
do estado.
- Construir e modernizar as linhas de metrô.
Metas:
- Promover gestões em parceria com o Governo Federal e a iniciativa privada com a finalidade
de implantar, reativar, ampliar e modernizar a malha ferroviária do estado.
- Definir e implantar uma política efetiva de melhoria da rede de aeroportos regionais, estruturando
um setor responsável por sua gestão.
- Estabelecer um plano executivo de implantação e manutenção de rodovias estaduais.
RODOVIAS&VIAS
CAPA 44
maranhão
Roseana Sarney (PMDB)
Metas:
- Ampliar a malha rodoviária estadual pavimentada.
- Construir e melhorar eixos estruturais de transporte de passageiros e escoamento
da produção agrícola.
- Implantar programa de melhoria dos serviços de transporte intermunicipal de passageiros.
RODOVIAS&VIAS
45 O BRASIL pós-ELEIÇoES
REGIÃO
norte
roraima
José de Anchieta
107.466 votos
vitória no segundo turno amapá
Camilo Capiberibe
170.277 votos
vitória no segundo turno
Amazonas
Omar Aziz
943.955 votos
vitória no primeiro turno
acre
Tião Viana
170.202 votos
vitória no PRIMEIRO turno pará
Simão Jatene
1.860.799 votos
rondônia vitória no segundo turno
Confúcio Moura
422.707 votos tocantins
vitória no segundo turno
Siqueira Campos
349.592 votos
vitória no primeiro turno
RODOVIAS&VIAS
CAPA 46
TOCANTINS
Siqueira Campos (PSDB)
Metas:
- Restaurar e construir rodovias e pontes.
- Construir eclusas na hidrovia Tocantins-Araguaia para aumentar seu potencial de transporte.
- Viabilizar a implantação da ferrovia Leste-Oeste.
PARÁ
Simão Jatene (PMDB)
Metas:
- Recuperar e ampliar a malha viária.
- Expandir programas de asfaltamento das vias urbanas em todas as regiões do Pará.
- Construir e melhorar os aeródromos, portos e terminais hidroviários municipais.
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O BRASIL pós-ELEIÇoES
AMAPÁ
Camilo Capiberibe (PSB)
Metas:
- Pavimentar o trecho sul da BR-156 até Laranjal do Jari.
- Pavimentar o trecho norte da BR-156 até Oiapoque.
- Aumentar a capacidade no porto de Santana.
AMAZONAS
Omar Aziz (PMN)
Metas:
- Construir novos portos e proceder à melhoria das hidrovias dos rios Madeira, Solimões e Amazonas.
- Fazer a manutenção, modernização, legalização e homologação de aeroportos no interior.
- Duplicar a AM-070, a partir da ponte sobre o rio Negro, e da AM-010, entre Manaus e Itacoatiara, além de
asfaltar 700 km de estradas vicinais no interior.
RODOVIAS&VIAS
CAPA 48
RORAIMA
José de Anchieta (PSDB)
Metas:
- Concluir as restaurações das rodovias BR-174, no trecho entre a divisa com o Amazonas e
Caracarai, e BR-210, trecho São João da Baliza-Novo Paraíso.
- Iniciar a restauração da BR-174 entre Boa Vista e a fronteira com a Venezuela.
- Construir a BR-432 entre Vila Central e Vila Felix Pinto.
acre
Tião Viana (PT)
Metas:
- Pavimentar todas as vias urbanas do Acre.
- Melhorar os ramais agrícolas.
- Concluir a BR-364 entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul.
RODOVIAS&VIAS
49 O BRASIL DEPOIS DAS ELEIÇOES
RONDÔNIA
Confúcio Moura (PMDB)
Metas:
- ESTABELECER Parceria com prefeituras para gestão e estrutura dos espaços urbanos e
elaboração de plano diretor.
- garantir acessibilidade em estruturas públicas novas e adaptação de espaços existentes.
(Não disponível)
RODOVIAS&VIAS
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São Paulo-Brasília
Conheça em detalhes a ligação rodoviária entre duas das mais
importantes cidades brasileiras. Uma viagem de contrastes até o coração
do Brasil.
Fotos: Rodovias & Vias
Brasília
a capital federal
São Paulo
a maior metrópole do país
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RODOVIAS&VIAS
Foto: Rodovias & Vias RODOVIAS 52
RODOVIAS&VIAS
53 mercado
Foto: Divulgação
ma qualidade, estão sujeitas a pedágios.
Alguns especialistas até dizem que o Bra-
sil vive um “novo milagre” econômico. As
perspectivas para os próximos anos confir-
mam todo esse otimismo. O aquecimento
da construção civil, da indústria automo-
bilística, além dos anúncios da Copa do
Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016,
faz com que diversos projetos e programas
sejam prioritários .
De acordo com o Diretor da Brazil
Road Expo, o engenheiro Guilherme Ra-
mos, a feira será um evento que abordará
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Anuncio
RODOVIAS&VIAS
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CNI
RODOVIAS&VIAS
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Foto: Rodovias & Vias
As vergonhas de
Congonhas
Um texto escrito em 1976 sobre o aeroporto de Congonhas
(“Aeroporto de Congonhas, uma, duas, várias vergonhas”), por
Carlos Eduardo Novaes, inspirou o título desta reportagem.
Desde o início de sua história, em 1935, o aeroporto só fez
aumentar os problemas para os moradores dos bairros próximos.
Barulho, poluição e falta de segurança, que já causou estragos
e ceifou vidas. Passados 75 anos, as perspectivas de uma
solução real e efetiva parecem sumir sob o som ensurdecedor
das turbinas.
RODOVIAS&VIAS
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RODOVIAS&VIAS
59 As vergonhas de congonhas
Foto: Divulgação
O pior acidente da história de Congonhas
2.
1.
3.
Sonhando acordados
Após o acidente com o voo 3054, fo- cil solução, que seria o de realocar os voos
ram feitos trabalhos para melhoria da pista dos horários que deixariam de ter operação
principal e, desde 2007, a segurança dos – atualmente, o aeroporto funciona das 6h
pousos parece ter melhorado. Ainda assim, às 23h e, com a redução, o funcionamento
o problema do barulho segue sem solução seria das 7h às 22h.
para os moradores do entorno. O pedido de redução do horário de
Para tentar encontrar alguma solução, funcionamento do aeroporto, segundo a
o Ministério Público Federal criou um gru- Assessoria de Imprensa da Agência, é por
po de trabalho para fazer um acompanha- causa do barulho das aeronaves.
mento de 15 dias na região (iniciado na Em parte, a administração da cidade
segunda quinzena de outubro) a fim de de São Paulo também é responsável pelo
avaliar os níveis da poluição sonora. problema de longa data. Com o passar dos
Enquanto a Associação dos Moradores anos, a urbanização desenfreada ao redor
do Entorno do Aeroporto pede a instala- da área permitiu a ocupação de um local
ção de janelas antirruído e abafadores de onde o barulho já existia. Fica difícil acre-
ruídos em casas e apartamentos vizinhos ditar que um Plano Diretor Municipal per-
ao Congonhas, a Prefeitura Municipal de mitisse a construção de edifícios na rota
São Paulo e a Agência Nacional de Aviação das aeronaves, a menos que tenha sido
Civil (Anac) seguem no impasse sobre o desrespeitado, ou ignorado, tanto pela ad-
horário de funcionamento do aeroporto. ministração municipal quanto pelo setor
Segundo a assessoria de imprensa da imobiliário. Ou seja, a agência reguladora
Anac a Prefeitura de São Paulo pede uma não pode alterar os horários, pois não tem
mudança no horário de funcionamento como reprogramá-los; ao mesmo tempo,
do aeroporto, por uma demanda dos mo- a Prefeitura Municipal não tem poder para
radores. Entretanto, para a Anac, reduzir tal mudança, e os moradores terão de conti-
o número de horas de funcionamento do nuar acordados até as 23h todos os dias, so-
aeroporto traria outro problema de difí- nhando com uma solução para o impasse.
RODOVIAS&VIAS
AEROPORTOS 60
RODOVIAS&VIAS
61 As vergonhas de congonhas
Um pouco de história
RODOVIAS&VIAS
62
RODOVIAS&VIAS
63
RODOVIAS&VIAS
educação 64
Pintando o
caminho
Programa de Educação Ambiental que envolve as obras na rodovia
Cuiabá-Santarém contou com a participação de crianças por meio de
concurso de desenho.
..
RODOVIAS&VIAS
65 pintando o caminho
..
..
..
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RODOVIAS&VIAS
66
RODOVIAS&VIAS
67
Trabalho voluntário
No final da década de 80, surge um
Segurança para pedestres orientador de trânsito na Avenida Cris-
tiano Machado. Trata-se de Alexei Rolim
Gomes, hoje com 42 anos. Na época, qual-
Novas travessias auxiliam nas melho- quer chuva ou acidente era motivo para
rias do trânsito na região, sobretudo na ele se dirigir ao local a fim de ajudar nos
questão de prevenção a acidentes. Segun- desvios e primeiros socorros. Tudo seria
do a Secretaria de Estado de Transportes e normal, se Alexei não fosse voluntário. Isso
Obras Públicas (Setop), serão construídas mesmo. Ele fazia (e ainda hoje faz) esse tra-
quatro novas passarelas, além de outras balho gratuitamente, com o único intuito
quatro serem reformadas com novas esca- de ajudar as pessoas. Ao longo dessa inte-
das e rampas para o acesso, com um custo ressante carreira, participou do curso de
de aproximadamente R$ 20 milhões. A ins- primeiros socorros da Cruz Vermelha Bra-
talação das novas plataformas para pedes- sileira e foi homenageado pela Prefeitura
tres e o modo como fazer a travessia com de Belo Horizonte e Câmara Municipal. Já
segurança serão tema de campanha da salvou muitas vidas e é reconhecido pelos
BHTrans – Empresa de Transportes e Trân- motoristas da região e pela Polícia Militar,
sito de Belo Horizonte S/A. devido a sua disposição.
Foto: Lúcia Sebe / Secom MG
RODOVIAS&VIAS
68
Terminais
do Sul
Portos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul navegam
Foto: Rodovias & Vias/ Leonardo Papi
no mar do investimento.
RODOVIAS&VIAS
69
Surge Itapoá
Construído quase na divisa de Santa
Catarina com o Paraná, o porto de Itapoá
deve acirrar a concorrência para os demais
terminais da região Sul, uma vez que atrai-
rá cargas das mesmas áreas de influência
dos portos de Paranaguá, São Francisco
do Sul, Navegantes e do próprio porto de
Itajaí. A previsão inicial é de que ele tenha
capacidade para movimentar mais de 300
mil contêineres por ano – chegando a mais
de 1 milhão quando toda a obra estiver
concluída.
O porto de Paranaguá, um de seus
grandes “concorrentes”, movimentou
334,7 mil TEUs (contêineres de 20 pés) no
primeiro semestre deste ano. De acordo
com uma projeção feita pela Aliança Na-
vegação, que faz parte do grupo alemão
Hamburg Süd, Santa Catarina e Paraná
movimentam pouco menos de 1 milhão
de contêineres por ano. Esse total deve
dobrar até 2015 e chegar a 3 milhões de
contêineres em 2020 – a meta para Itapoá
é deter 20% desse total.
O Tecon Santa Catarina, como foi ba-
tizado, é um porto privado – tem como
acionistas a Portinvest Participações (Gru-
po Battistella e Logística Brasil – Fundo
de Investimento e Participações gerido
pela BRZ Investimentos) e a Aliança Nave-
Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes.
RODOVIAS&VIAS
PORTOS 70
Foto: Divulgação
RODOVIAS&VIAS
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RODOVIAS&VIAS
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ANUNCIO
RODOVIAS&VIAS
73 terminais do sul
Foto: Divulgação
RODOVIAS&VIAS
PREVENÇÃO 74
Quando a ficção
pode virar realidade
Parte do incessante trabalho do grupo OHL de proporcionar segurança
aos usuários de uma rodovia, a simulação de acidentes está prevista nos
contratos de concessão e visa complementar o longo treinamento de toda
a força operacional com uma experiência muito próxima de uma situação
de perigo real.
Foto: Rodovias & Vias
RODOVIAS&VIAS
75 QUANDO A FICÇÃO PODE VIRAR REALIDADE
Controle ambiental
Paralelamente ao esforço de salvar vi-
das e dissipar rapidamente uma situação Entre mortos e feridos,
que ofereça riscos ao tráfego normal da salvam-se todos
rodovia, está o trabalho de gerenciamento
de ameaças e controle de danos ambien-
tais. Como o acidente fictício em questão Tudo bem quando termina bem, cer-
envolveu um vazamento de combustí- to? Errado. Aí começa, na verdade, uma
vel, a Autopista também previu a ação de crucial parte do trabalho que ocorre longe
uma equipe totalmente focada em mitigar dos olhos do “público”, que é a análise cri-
os possíveis impactos ambientais, proce- teriosa das imagens e dos procedimentos
dendo ao controle do fluxo de material, efetuados, além de um review com todo o
absorção, coleta e posterior descarte ade- efetivo envolvido, bem como a leitura dos
quado dos resíduos. “Realmente nós fri- relatórios de cada equipe participante. Ma-
samos muito este aspecto de um possível terial compilado, é hora de consolidar os
acidente. O controle de procedimentos e acertos e corrigir as possíveis falhas. Um
intercorrências possibilitado por uma si- ciclo constante de pessoas que, como eu
mulação deste tipo é fundamental para a e você, têm que aprender com os erros. O
eficiência do nosso trabalho em uma situ- único detalhe é que eles não se permitem
ação real”, declara Érico Torquatto, respon- errar.
sável pela supervisão e o monitoramento
do meio ambiente na concessionária.
RODOVIAS&VIAS
são Paulo 76
Financiamento
do Banco Mundial
O Pró-Vicinais IV terá um financiamen-
to de R$ 360 milhões do Banco Mundial
(Bird) e beneficiará cidades das regiões de
Bauru, Araraquara, São José do Rio Preto,
Ribeirão Preto, Barretos, Araçatuba e Presi-
dente Prudente.
Em 1.º de julho, o Governo do estado já
havia autorizado o início das obras em ou-
tras regiões, como Grande São Paulo, Cam- Alberto Goldman, Governador de São Paulo.
pinas, Baixada Santista, Vale do Paraíba,
Rio Claro, Itapetininga e Assis.
O programa
O Pró-Vicinais, que teve início em 2007,
é uma parceria entre o Governo do estado
e prefeituras para a recuperação de impor-
tantes vias sob responsabilidade dos mu-
nicípios. Ao final, o estado pretende atingir
12 mil km de vicinais recuperadas, benefi-
ciando, assim, 288 municípios e mais de 13
milhões de habitantes.
mAURO ARCE
Secretário de Transportes
RODOVIAS&VIAS
são Paulo 78
Meta de governo
Campinas 17 11 132,9
Sorocaba/Itapetininga 17 12 212,8
Bauru 16 14 167,2
Araraquara/São Carlos 16 14 1 56,4
Taubaté 07 07 71,8
Assis/Marília 17 10 219
Ribeirão Preto 14 09 155,2
São José do Rio Preto 27 21 289,1
Grande São Paulo 10 06 77,6
Araçatuba 19 23 218,2
Presidente Prudente 15 10 147,3
Rio Claro/Piracicaba 14 10 150
Barretos 10 05 119,9
TOTAL: 100 152 2.117,4
RODOVIAS&VIAS
79 pavimentação
Campinas 14 13 97,6
Sorocaba/Itapetininga 23 18 282,4
Bauru 19 16 163,6
Araraquara/São Carlos 13 17 161
Cubatão 05 04 44,9
Taubaté 13 10 85
Assis/Marília 17 10 219
Ribeirão Preto 16 15 240,9
São José do Rio Preto 37 22 331
Grande São Paulo 11 10 77
Araçatuba 21 23 163,7
Presidente Prudente 21 18 245,6
Rio Claro/Piracicaba 12 13 147,9
Barretos 09 09 154,9
TOTAL: 235 201 2.398,8
Campinas 14 20 97,6
Sorocaba/Itapetininga 25 27 419,2
Bauru 19 22 186
Araraquara/São Carlos 14 23 214
Cubatão 04 04 48,4
Taubaté 10 10 108
Assis/Marília 21 13 203,5
Ribeirão Preto 18 06 256,1
São José do Rio Preto 43 56 471,7
Grande São Paulo 12 20 108
Araçatuba 21 34 261
Presidente Prudente 24 19 334,7
Rio Claro/Piracicaba 13 09 175,8
Barretos 14 17 138,8
TOTAL: 254 295 3.118,3
Campinas 28 39 156,5
Sorocaba/Itapetininga 28 39 654,2
Bauru 19 16 163,6
Araraquara/São Carlos 22 39 262,6
Cubatão 04 06 42,9
Taubaté 16 25 136,7
Assis/Marília 34 72 471,5
Ribeirão Preto 26 37 448,1
São José do Rio Preto 30 67 587,2
Grande São Paulo 23 25 207,5
Araçatuba 28 57 466,9
Presidente Prudente 26 39 432,1
Rio Claro/Piracicaba 16 11 199,8
Barretos 15 24 134
TOTAL: 302 490 4.227,11
Fonte: Secretaria dos Transportes do Governo de São Paulo.
RODOVIAS&VIAS
estudo 80
Curva perigosa
em Minas
Alunos da Faculdade de Engenharia de Minas Gerais realizam
estudo técnico sobre ponto crítico da BR-265.
RODOVIAS&VIAS
81 Curva perigosa em minas
SINALIZAÇÃO
PROPOSTA
Efeitos imediatos
Foto: Divulgação Feamig
RODOVIAS&VIAS
eventos 82
TranspoQuip
em São Paulo
A maior metrópole do país recebe a mais importante feira da indústria
de transporte da América Latina.
Presença ministerial
áreas mal atendidas”, prevê Passos para os
No primeiro dia, dois Ministros, Paulo próximos quatro anos. Por último, ele vai
Sérgio Passos (Transportes) e Pedro Brito além do Brasil: “Integração rodoviária do
(Portos), deram conferência. Passos apre- Brasil com os países vizinhos.”
sentou as “Prioridades da infraestrutura No campo ferroviário, Passos projeta
para o novo governo”, e Brito, “A importân- mais capacidade para os trilhos já existen-
cia dos portos para o crescimento do país tes e implantação de 5 mil km de novas fer-
nos próximos anos”. rovias.
RODOVIAS&VIAS
83 TRANSPOQUIP EM SÃO PAULO
Nos portos
PEDRO BRITO
Ministro dos Portos
Espaço privilegiado
RODOVIAS&VIAS
84
Pontes e passarelas
mais eficientes
Empresa brasileira traz para o mercado nacional pontes e passarelas
com tecnologia da Dinamarca.
Fotos: Divulgação
PRFV
U ma tendência na construção de
passarelas e pontes, já bastante di-
fundida na Europa e nos Estados Unidos,
pLÁSTICO REFORÇADO COM fIBRA DE VIDRO
PERFIS ESTRUTURAIS PRODUZIDOS COM:
RODOVIAS&VIAS
85
Tecnologia
dinamarquesa
A empresa Fiberline, da Dinamarca, é
que detém a tecnologia. No Brasil, a Refor-
ce – Projetos e Montagens em Pultrudados
desenvolve os projetos e montagens das
estruturas. “Estamos pleiteando junto a universi-
O engenheiro Antonio Carvalho, da dades um projeto de pesquisa para que
Reforce, conta que são empresas distintas, seja possível começarmos a construir
mas existe um termo de confidencialida- estas estruturas no Brasil. A Prefeitu-
de entre elas. A Fiberline garante que, em ra de Porto Alegre tem projetos que podem
qualquer negócio prospectado no Brasil, a aproveitar essa tecnologia em ciclovias.”
empresa nacional seja sua representante.
“Estamos pleiteando junto a universidades antonio carvalho
um projeto de pesquisa para que seja pos- Engenheiro
sível começarmos a construir estas estru-
turas no Brasil. A Prefeitura de Porto Alegre
tem projetos que podem aproveitar essa
tecnologia em ciclovias”, explica o enge-
nheiro.
Fotos: Divulgação
RODOVIAS&VIAS
PONTES móveis 86
Passagem provisória
DNIT compra pontes móveis para auxiliar comunidades isoladas por catástrofes naturais.
Fotos: Pulgás/DNIT
RODOVIAS&VIAS
87 Passagem provisória
$
170 toneladas e é montada em dois ou três
dias. O transporte é feito em cerca de qua-
investimento de tro carretas tipo bitrem. Hoje, o Exército
Foto: Pulgás/DNIT
Pntes Moveis
RODOVIAS&VIAS
negócios 88
Além da arrebentação
Tanto faz ser expositor ou visitante. Participar da Santos Offshore – Feira de
Petróleo e Gás do Estado de São Paulo significa estar conectado a uma importante
rede de contatos, um fundamental ambiente de negócios (notadamente este é um dos
diferenciais do evento) e, em última análise, às novidades do mercado de exploração,
comércio, distribuição e soluções de toda a cadeia produtiva de petróleo e gás.
RODOVIAS&VIAS
89 além da arrebentação
RODOVIAS&VIAS
90
RODOVIAS&VIAS
NA MEDIDA
91
RODOVIAS&VIAS
NA MEDIDA 92
RODOVIAS&VIAS
93 NA MEDIDA
RODOVIAS&VIAS
94
RODOVIAS&VIAS
95
RODOVIAS&VIAS
ARTIGO 96
“ Henrique da Silveira
Luiz A lógica da
logística
Eleito para o Senado Federal pelo PMDB
catarinense, foi Governador do estado
por dois mandatos consecutivos.
E m termos de administração, a
logística é a última barreira a
ser transposta”, vaticinava o guru da
Em nível global, as perdas no
processo logístico giram em torno
de US$ 150 bilhões anuais. Nos
administração Peter Drucker, já nos países mais desenvolvidos, chega-
idos de 1963. Mas, no Brasil do capi- se a reduzir os custos de uma oper-
talismo tardio, a logística só chegou ação em mais de 15% por meio dos
em 1980, com o surgimento do sistemas logísticos. Em boa parte
primeiro grupo de estudos. do Brasil, no entanto, ainda temos
A origem da palavra vem do como desafio superar velhos e arca-
grego logistikos, do qual o latim lo- icos problemas, como a conhecida
gisticus é derivado, ambos signifi- dúzia de bananas que, depois de
cando cálculo e raciocínio no sen-
tido matemático. Mas, na prática, o
desenvolvimento da logística está
intimamente ligado às atividades
militares. “As perdas no processo
Uma lenda da logística militar logístico giram em torno
que inspirou outros líderes, como de US$ 150 bilhões anuais.
Júlio César e Napoleão, foi Alex-
andre, o Grande. Seu exército con-
sumia diariamente cerca de 100
toneladas de alimentos e 300 mil
litros de água! Percorreu 6,4 mil km colhida, transforma-se em meras
na marcha do Egito à Pérsia e Índia, três unidades que conseguem che-
a marcha mais longa da história. gar ao consumidor.
Aplicando conceitos logísticos, cri- Uma empresa que adota a visão
ou o mais móvel e rápido exército logística aproxima os elos da ca-
da época, permitindo-lhe superar deia, obtendo aquilo que os estu-
os exércitos inimigos e expandir diosos chamam de pipeline, que
seu reinado. pode ser esquematizado como um
O Brasil representa menos de 1% fluido correndo num tubo reto, sem
do comércio mundial e, para sair curvas e sem entupimentos (garga-
dessa situação vexatória, precisa los), enquanto a empresa tradicion-
não apenas deslanchar a sua in- al tem tantos desvios e tantos res-
fraestrutura, mas apostar cada vez ervatórios pelo caminho que acaba
mais no crescimento dos serviços criando restrições para a vazão con-
logísticos. tínua dos produtos.
RODOVIAS&VIAS
97
ARTIGO
O custo do
Acir Gurgacz
Senador da República (PDT-RO) e empre-
sário do setor de transportes.
gargalo
por exemplo, tem um grande po-
tencial hidroviário, pouco aproveit-
ado e que resulta em um dos trans-
portes mais econômicos que existe.
Segundo estudos realizados
este ano, o setor de infraestrutura
D iariamente, milhões de bra-
sileiros transitam em rodo-
vias, avenidas e ruas subdimensio-
de transportes necessitaria de um
aporte de investimentos na ordem
de R$ 40 bilhões a mais do que foi
nadas. Vias públicas para trânsito possível destinar dentro dos proje-
de veículos automotores que foram tos do Programa de Aceleração do
abertas ao fluxo de populações Crescimento, o PAC. A esse valor que
muito menores do que as que cir- falta, podemos somar os custos anu-
culam hoje. Medidas corretivas, na ais com saúde, que são resultantes de
maioria das vezes, assim que são despesas com as legiões de acidenta-
implementadas já são anacrôni- dos. Pessoas que não são somente
cas, antigas, insuficientes. Em re- vítimas da imprudência no trânsito,
sumo, gastamos pouco e mal com mas também de rodovias ruins e
a infraestrutura de transportes no mal sinalizadas. Outra pesquisa re-
Brasil. cente aponta que quase 70% de
Estabelecer um patamar mínimo nossas estradas encontram-se nes-
de investimento em infraestrutura sas condições.
de transportes deve ser um camin- Sem essa definição de um pata-
ho natural para começar a corrigir mar mínimo para o setor de 0,5%
essas distorções. A nossa Constitu- do Produto Interno Bruto (PIB) do
ição já estabelece índices de inves- país, que estabeleço na Proposta de
timentos para educação e saúde, Emenda à Constituição número 3
setores estratégicos de qualquer de 2010, de minha autoria, continu-
nação, portanto nada mais lógico aremos com uma economia avan-
do que estender essa política aos çando com freio de mão puxado
transportes. pela estrada do desenvolvimento.
A importância da infraestrutura Ficaremos apenas olhando como
de transportes para um país do ta- um belo sonho, por exemplo, o nos-
manho do Brasil equivale aos dois so acesso ao Pacífico, assim como a
setores citados acima. A capacidade modernização de nossos portos.
de deslocar nossas produções, se- O preço que o país paga ao per-
jam elas quais forem, como soja, manecer com uma política de ficar
petróleo, madeira, eletrônicos ou sempre devendo em termos de in-
carne, influi diretamente na com- fraestrutura de transportes é alto. É
posição de nossos preços, de nosso o custo de ter um gargalo que afeta
custo. Por isso a necessidade de o toda a nossa produção, afeta nos-
Estado investir em meios de trans- sos custos, afeta nossos gastos com
porte baratos, como a ferrovia, que saúde e nossa qualidade de vida.
já vem recebendo a atenção do Cabe a nós avaliarmos até quando
Governo Federal, assim como a hi- vamos querer continuar pagando
drovia. A minha região, a Amazônia, esse preço.
RODOVIAS&VIAS
98
da redação
Bandeira branca,
ordem e progresso
D o sufrágio universal, saímos em-
briagados de democracia. Há quem
diga que saímos mais embriagados que
Os avanços ocorridos nesta área nos
últimos anos, apesar de apontar caminhos
corretos, não foram e, se mantido este rit-
democratas. A campanha, em especial a mo, não serão suficientes para acompanhar
presidencial, consumiu muito mais do que o crescimento econômico que se projeta,
centenas de milhões de reais. De alguma nem tampouco dotarão rapidamente o país
maneira, consumiu um pouco da paciên- dos instrumentos para as disputas cada vez
cia do brasileiro, que viu o debate atingir mais virulentas pelos grandes mercados,
níveis negativos poucas vezes alcançados. em especial nestes períodos pós-crises dos
Tudo é novo na insipiente vida democrática países ricos.
brasileira. Isto às vezes arrasta para o centro Os governos estaduais, mais do que
da arena de discussões políticas temas que nunca, terão de trabalhar em sintonia fina
estão longe de ser os mais relevantes para com o Governo Federal, pois as demandas
o cotidiano dos próximos e carências na área não co-
quatro anos. Valores morais nhecem as imaginárias fron-
podem – e talvez até de- teiras territoriais da federa-
vam – ser discutidos, mas ção.
quando tomam o centro O PAC teve o grande
do debate ganham enver- mérito de agrupar projetos
gadura e atenção despro- dando condições de eleger
porcional, apequenam a prioridades. Mapeou a in-
discussão sobre os grandes fraestrutura brasileira com
e urgentes problemas na- tanta propriedade que facili-
cionais. tará as ações do novo gover-
Entre os temas subva- no. Este, por ter a sua frente
lorizados está a área da in- a gerente de tal programa,
fraestrutura. Os desdobra- poderá colocar em anda-
mentos dos investimentos neste setor são mento uma pequena revolução, a constru-
gigantescos, e seus reflexos, imediatos na ção das bases sustentáveis de um ciclo vir-
vida de todos. O porto está com o calado tuoso.
abaixo do ideal? A exportação está com- A cada edição, Rodovias & Vias levará
prometida e, junto, o equilíbrio cambial, a até você, que aposta na engenharia nacio-
competitividade das nossas commodities, a nal como vetor para um país socialmente
arrecadação de impostos que financiariam justo, economicamente grande e politica-
a escola, a segurança e a saúde do brasilei- mente importante, as informações do se-
ro médio. O raciocínio vale para estradas tor. E registrará o esforço dos que, despidos
esburacadas ou com capacidade aquém da das armaduras da guerra eleitoral, deverão
demanda. Vale para a reestruturação dos sentar-se à mesa e redesenhar os rumos do
aeroportos e ferrovias, sempre relegados ao país.
amanhã que nunca chega.
RODOVIAS&VIAS
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