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#comofaz

cobertura colaborativa
Por @andressaqdro
SUMÁRIO

O início pg. 5

O que é cobertura colaborativa pg. 6

Por que e para quê isso? pg. 7

Na prática, com exemplos pg. 8

Por onde começar pg. 9

Estrutura pg. 11

Ferramentas e plataformas existem para serem usadas pg. 11

Organização e divisão de tarefas pg. 14

• Criar estratégias de comunicação interna pg.14

• Dividindo as funções pg. 15

• Execução das funções pg. 15

COORDENAÇÃO pg. 16

ATUALIZAÇÃO MULTIMÍDIA pg. 16

FOTOGRAFIA pg. 17

TEXTO pg. 17

VÍDEO pg. 19

PODCAST pg. 23

WEB RÁDIO pg. 24


#comofaz cobertura colaborativa – Manual para
planejamento e execução de coberturas
colaborativas desenvolvido como Trabalho de
Conclusão de Curso de Comunicação Social –
Habilitação Jornalismo / Universidade Federal de Santa
Maria.

Andressa Quadro
Santa Maria – RS
Novembro de 2010

Licenciado pelo Creative Commons – Atribuição, uso não-comercial


e compartilhamento pela mesma licença
Aos meus amigos do Macondo Coletivo.
#comofaz cobertura colaborativa 5
Por Andressa Quadro

O início

Este trabalho é uma compilação de ideias, sugestões e soluções


deduzidas por diversas pessoas acerca do tema cobertura
colaborativa. O material encontrado aqui foi reunido durante o
planejamento, a organização e a execução da cobertura colaborativa
do 3º Festival de Teatro Independente de Santa Maria, ocorrido em
junho de 2010.
A vontade de organizar este produto nasceu depois de vivenciar
a experiência, junto com mais 15 pessoas, da cobertura colaborativa do
Festival Macondo Circus 2009, coordenada por Fernando Krum.
Algumas das sugestões aqui presentes foram inspiradas neste primeiro
trabalho colaborativo.
Contribuíram para o desenvolvimento do #comofaz cobertura
colaborativa integrantes do Núcleo de Comunicação do Macondo
Coletivo e participantes das coberturas colaborativas do 3º Festival de
Teatro Independente de Santa Maria (fetism.blogspot.com), do Festival
Macondo Circus 2009 (macondocircus.com/2009), do Festival Grito Rock
Santa Maria (macondocoletivo.com) e da 10ª edição do Festival Demo
Sul (demosul.blogspot.com).
Este manual é destinado a qualquer pessoa que tenha o interesse
em desenvolver uma cobertura colaborativa. Nele se encontram os
caminhos que podem ser seguidos no planejamento e na organização
de funções. Além de ferramentas e plataformas midiáticas úteis à
veiculação do trabalho na internet.
O #comofaz cobertura colaborativa estará sempre suscetível a
modificações e adaptações conforme as tecnologias forem evoluindo
e conforme as relações humanas frente a essas tecnologias se
modificarem. Todos são livres para colaborar e fazer com que este
material seja divulgado e melhorado a cada nova experiência. Todos
que queiram levar adiante a ideia do trabalho coletivo.
#comofaz cobertura colaborativa 6
Por Andressa Quadro

O que é cobertura colaborativa

Cobertura Colaborativa é um exercício de produção multimídia


onde várias pessoas de diferentes áreas do conhecimento se unem
para cobrir um evento coletivamente. O meio utilizado para veicular as
informações são as redes digitais, onde o espaço é aberto à variedade
de olhares sobre o mesmo acontecimento. A produção de conteúdo
pode ser desenvolvida utilizando diferentes formatos de mídias como
texto, foto, vídeo e rádio, por exemplo, ou utilizando somente uma
delas.

A flexibilidade de escolha não está somente nos formatos de


mídia, mas também no modo de organização. Ela pode ser realizada:

- Estruturando-se uma equipe de pessoas interessadas em produzir


os conteúdos, utilizando seus próprios equipamentos, para um site
específico, realizar transmissão ao vivo (rádio e ou tv), efetuar
divulgação constante nas redes sociais do evento e das produções,
ajudar na manutenção do site e ou coordenar as ações;

- Estimulando o público do evento a também produzir conteúdo e


veiculá-lo no site criado para a cobertura colaborativa (não precisando
fazer parte da equipe, mas podendo vir a se integrar a ela durante a
cobertura);

- Compartilhando conteúdo: diversos usuários e também meios de


comunicação cobrem o mesmo evento, veiculando o material em seus
próprios blogs, sites ou portais e compartilham suas produções através
das redes sociais (linkando os conteúdos no twitter, por exemplo,
utilizando a mesma hashtag para armazená-los) e/ou citando-se uns
aos outros através de hiperlinks no decorrer das postagens, fortalecendo
assim a rede de informações sobre o evento.

A cobertura colaborativa pode ser desenvolvida por quaisquer


pessoas com o desejo de experimentar essas maneiras de desenvolvê-la
#comofaz cobertura colaborativa 7
Por Andressa Quadro

a fim de dar atenção exclusiva a um determinado acontecimento


através da diversidade de olhares acerca dele.

Independentemente da maneira como ela será feita e por quem,


a cobertura colaborativa demanda organização prévia e divisão de
tarefas que se encaixem ao perfil de cada participante. O ritmo de
criação, publicação e divulgação pela web dos materiais produzidos,
visa acompanhar o ritmo em que as atividades do evento acontecem.

Por que e para quê isso?

Cobertura colaborativa é uma forma de organização do que já


acontece na internet: colaboração e transmissão de conteúdos
desenvolvidos pelos usuários. A abrangência de olhares já está
difundida na rede. Cada vez mais as pessoas têm acesso a tecnologias
que facilitam a produção de conteúdo, como celulares, câmeras
digitais de vídeo e de fotografia, computadores, etc. As pessoas já não
têm acesso à informação somente através dos meios de comunicação
de massa, podendo formar suas opiniões baseados em meios que se
diferenciam dela – revistas e blogs especializados, TV a cabo e web
rádios independentes, por exemplo -, criar seu próprio conteúdo dando
a sua visão dos acontecimentos, veiculá-lo se quiser e onde quiser,
podendo se tornar também uma fonte de informação.

Busca-se com uma cobertura colaborativa, a) canalizar em um


evento as várias maneiras de comunicar fatos, acontecimentos e
impressões através do olhar de diversas pessoas e meios; b) estimular a
criação individual e coletiva; c) viabilizar e divulgar essa criação; d)
possibilitar a troca de experiências; e) despertar o gosto individual em
determinada função exercida na cobertura; f) oportunizar possíveis
trabalhos futuros individuais e coletivos; g) dar visibilidade à produção
#comofaz cobertura colaborativa 8
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coletiva e individual através do evento; h) dar visibilidade ao evento


através dos conteúdos produzidos; i) desenvolver um produto final (todo
o conteúdo criado) que se aproxime ao máximo da variedade de
olhares.

Na prática, com exemplos

Conheça algumas coberturas colaborativas, que se encaixam na


contextualização anterior, realizadas em eventos ocorridos nos anos de
2009 e 2010.

Festival de Artes Integradas Macondo Circus 2009, Santa Maria - RS


www.macondocircus.com
Festival Independente realizado há sete anos na cidade de Santa
Maria. Reúne diversas expressões artísticas como música, artes visuais,
artes do corpo e audiovisual e também oferece oficinas e debates
sobre questões que envolvem cultura. Nas cinco primeiras edições
acontecia em locais afastados da cidade, mas a partir da edição de
2009 passou a ser organizado pelo Macondo Coletivo e a ocupar
espaços públicos do centro da cidade e também o bar Macondo
Lugar.

3º Festival de Teatro Independente de Santa Maria


www.fetism.blogspot.com
O Festival, realizado pelo Macondo Coletivo, possuía a
característica principal da competição entre espetáculos, submetidos à
avaliação de um júri formado por profissionais da área. A partir do ano
de 2010 a intenção mudou e o festival passou a dedicar-se em estimular
a circulação de grupos teatrais independentes.
#comofaz cobertura colaborativa 9
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11º Fórum Internacional de Software Livre, Porto Alegre - RS


http://softwarelivre.org/fisl11/noticias/se-voce-esta-no-evento-e-produz-
textos-videos-imagens-ou-audio-participe-da-cobertura-do-fisl-11

O Fórum Internacional Software Livre (FISL) é considerado o maior


encontro de comunidades de software livre da América Latina e um dos
maiores do mundo. Promovido, organizado e realizado pelo Projeto
Software Livre Brasil e pela Associação Software Livre.Org – ASL, o FISL se
tornou um ponto de encontro anual, de pessoas de todos os lugares do
Brasil e do mundo para debates técnicos e estratégicos sobre o
desenvolvimento e o uso do Software Livre.

Festival Demo Sul, Londrina - PR


http://demosul.blogspot.com/
O Festival existe desde 2001. Produzido pela Braço Direito
Produções, é um festival anual de música independente que acontece
em Londrina, norte do estado do Paraná.
Foi criado para fortalecer a cena musical local, possibilitando a
descoberta de novos artistas potenciais.

Por onde começar

Quanto mais cedo se começa o planejamento de uma cobertura


colaborativa, mais chances ela tem de dar certo e mais fácil se torna a
resolução de eventuais problemas que venham a ocorrer durante a sua
execução.
Dedicar tempo à organização (pré-produção) e estar aberto a
possibilidades de mudanças de estratégias, durante e depois do
evento, pode tornar a execução das funções e o uso das mídias mais
coesos do início ao fim da cobertura.
#comofaz cobertura colaborativa 10
Por Andressa Quadro

As questões primordiais para começar são:


1) Mapeamento de possíveis públicos-alvo de colaboração
(universidades, escolas, pontos de cultura, meios de
comunicação como blogs, sites e ou portais especializados no
assunto que será coberto, são alguns exemplos)
2) Definir a estratégia de divulgação da cobertura colaborativa
(pode ser feita utilizando elementos visuais que mostrem o que
vai ter no evento, escrevendo releases e disseminando a
divulgação em redes sociais e ambientes onde o colaborador-
alvo circule, por exemplo)
3) Elaboração e divulgação do cadastro a ser preenchido pelos
colaboradores
4) Definição de como será veiculada a cobertura colaborativa
(se será usado um site ou blog já existente ou se será criado
algum específico)
5) Estudar qual a infraestrutura mínima que será necessária para
os colaboradores trabalharem (local com internet e segurança
para os equipamentos, por exemplo)
6) Definir se cada colaborador deverá levar o seu equipamento
ou se
será disponibilizado pela organização da cobertura.
7) Se necessário, buscar parcerias, apoios ou patrocínios para
viabilizar transmissão ao vivo (rádio e ou TV), internet e
disponibilidade técnica.
#comofaz cobertura colaborativa 11
Por Andressa Quadro

Estrutura

Depois do planejamento inicial é hora de estruturar como a


cobertura colaborativa vai ser realizada. A primeira definição é quem
irá exercer a função de coordenador, podendo ser uma ou mais
pessoas responsáveis. Os coordenadores exercem um papel importante
para a organização do trabalho, pois atuam como uma ponte entre a
produção do evento e os colaboradores da cobertura. São eles
também que organizam a dinâmica de trabalho das equipes e dão
suporte aos membros da cobertura - no que diz respeito às plataformas
midiáticas utilizadas, aos equipamentos e à infraestrutura - para que
consigam produzir os conteúdos e, além disso, trocar conhecimentos
entre si. São os coordenadores também que realizam a divulgação, o
cadastramento dos colaboradores (Por onde começar), realização de
oficinas (onde é mostrado como se usa o site, o blog e as ferramentas) e
reuniões com os colaboradores para afinar a organização antes do
início do evento e criara a escala de trabalho.

Ferramentas e plataformas existem para serem usadas

Cabe aos coordenadores descobrir e escolher ferramentas


midiáticas que possam facilitar a sistematização do trabalho coletivo
em relação ao compartilhamento de arquivos de foto e vídeo,
divulgação constante nas redes sociais, edição de vídeo e áudio, etc.
Aqui são mencionados os usos de algumas ferramentas e plataformas
midiáticas como Dropbox, Blogspot, Flickr, Picasa, Megaupload,
4shared, Google Docs, Google Agenda e Wordpress.
#comofaz cobertura colaborativa 12
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• Dropbox
É um sistema de compartilhamento de arquivos que disponibiliza
gratuitamente dois giga de memória para cada usuário cadastrado.
Basta acessar o link https://www.dropbox.com e instalá-lo no
computador, criando um login com o e-mail pessoal. O arquivo é leve e
rápido de baixar. Na página dropbox.com há um vídeo explicando do
que se trata e como funciona o software.
http://www.blogdodiego.net/2009/04/tutorial-dropbox-
sincronizacao-de.html

• Blogspot
O Blogspot é uma plataforma de blog, onde é possível publicar e
atualizar seu conteúdo a todo instante, de qualquer lugar do planeta.
As postagens aparecem de forma cronológica, como uma página de
notícias ou um jornal que segue uma linha de tempo com um fato após
o outro.
http://tutorialdoblog.blogspot.com/

• Flickr
É um site que disponibiliza a hospedagem e compartilhamento de
imagens fotográficas gratuitamente aos seus usuários. É também
considerado com uma rede social devido a possibilidade de criação de
álbuns para o armazenamento de imagens e entrar em contato com
qualquer usuário de qualquer parte do mundo. Além disso, o Flickr pode
ser considerado um fotolog, pois permite aos usuários não cadastrados
visualizarem as fotografias publicadas e de comentarem as mesmas.
http://oitopassos.com/2007/05/19/flickr-tutorial-mastigado-para-voc-
e-muito-mais/
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Por Andressa Quadro

• Picasa
É um software que o ajuda a encontrar, editar e compartilhar
instantaneamente todas as imagens no PC. Sempre que você abre o
Picasa, ele localiza automaticamente todas as imagens (inclusive
aquelas que você nem lembrava mais) e classifica-as em álbuns visuais
organizados por data com nomes de pastas facilmente reconhecidos.
http://www.baixatudo.com.br/picasa

• 4shared
É um site de armazenamento de arquivos. Após enviar seus arquivos
o 4Shared permite ainda que você execute-os no próprio site e
disponibiliza um link específico para compartilhamento.
http://www.acemprol.com/viewtopic.php?f=16&t=15666

• Google Docs
É um pacote de aplicativos do Google. Funciona totalmente online
diretamente no browser. Os aplicativos são compatíveis com o
OpenOffice.org/BrOffice.org, KOffice e Microsoft Office, e atualmente
compõe-se de um processador de texto, um editor de apresentações,
um editor de planilhas e um editor de formulários.
http://www.scribd.com/doc/6060057/Tutorial-Google-Docs

• Google Agenda
É um serviço de agenda e calendário online oferecido
gratuitamente pelo Google. Disponível em uma interface web, é
possível adicionar, controlar eventos, compromissos, compartilhar a
programação com outras pessoas, agregar à sua agenda diversas
agendas públicas, entre outras funcionalidades.
http://tudodownloads.uol.com.br/tutoriais/google/aq214-
criando_uma_agenda_online_com_o_google_agenda.html
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Por Andressa Quadro

• Wordpress
É uma plataforma semântica de vanguarda para publicação
pessoal, com foco na estética, nos Padrões Web e na usabilidade. O
WordPress é ao mesmo tempo um software livre e gratuito.
http://issuu.com/fabianocc/docs/tutorial_wordpress

Organização e divisão de tarefas

Uma cobertura colaborativa costuma reunir dezenas de pessoas


querendo atuar em diversas frentes de trabalho. Cabe aos
coordenadores encontrar maneiras de organizar o funcionamento da
cobertura e o ritmo de produção. Depois de saber quantos são os
colaboradores e em quais frentes querem colaborar, são sugeridos
alguns passos que podem ajudar na execução da cobertura.

• Criar estratégias de comunicação interna

1) Fazer um grupo de e-mails da cobertura colaborativa


2) Compartilhar a programação através do Google Agenda
3) Fazer um banco de dados no Google Docs com as informações
sobre as atrações do evento (propor que os colaboradores
atualizem constantemente o documento conforme forem
pesquisando as atrações)
4) Dividir o trabalho em funções conforme os formatos de mídia
utilizados e colocar em uma planilha compartilhada por toda a
equipe (assim todos visualizam o que deve ser feito e quem irá
fazer)
• Dividindo as funções
#comofaz cobertura colaborativa 15
Por Andressa Quadro

A divisão do trabalho em funções, conforme o formato de mídia,


não visa engessar a produção de conteúdo, mas sim unir competências
individuais para uma criação coletiva de forma organizada. O objetivo
é possibilitar que através da cobertura se consiga mostrar o máximo de
acontecimentos de um evento.

FORMATO DE MÍDIA FUNÇÃO


Produção de texto
Texto Revisão de texto
Cinegrafista
Produção
Edição de vídeo
Vídeo Revisão de edição
Produção
Edição de áudio
Podcast Revisão de Edição
Técnica
Web rádio Produção
Apresentação

• Execução das funções

A liberdade de expressão é preservada no momento de produzir


qualquer um dos formatos de mídia utilizados, mas o cuidado com
questões éticas e estruturais deve ser de preocupação constante de
todos os colaboradores envolvidos, bem como o apreço pela
apuração dos fatos, a fim de que não sejam veiculadas informações
equivocadas.
#comofaz cobertura colaborativa 16
Por Andressa Quadro

COORDENAÇÃO

Além de serem responsáveis por verificar se as informações que


estão sendo transmitidas não se contradizem ou possuem erros, os
coordenadores atuam também como uma ponte entre a produção do
evento e os colaboradores. São eles também que organizam a
dinâmica de trabalho das equipes e dão suporte aos membros da
cobertura - no que diz respeito às plataformas midiáticas utilizadas, aos
equipamentos e à infrastrutura. Pode haver um coordenador para cada
formato de mídia ou apenas um que irá auxiliar na execução das
demais funções.

ATUALIZAÇÃO MULTIMÍDIA

Cabe ao atualizador multimídia fazer a divulgação constante do


evento e das atividades da cobertura colaborativa através das redes
sociais, utilizando o Twitter para relatar o que está acontecendo no
evento no momento em que acontece e também depois (pode ser
utilizado o Twitpic para veicular fotos, e o Tweettube para veicular
vídeos via Twitter), divulgando as atrações que ainda não aconteceram
e utilizando o Facebook e o Orkut para a divulgação pré-evento,
veiculando a programação completa, por exemplo.
O atualizador multimídia é responsável ainda por monitorar a
caixa de e-mails da cobertura do evento, para onde serão enviados
materiais produzidos por pessoas interessadas em colaborar mesmo não
fazendo parte da equipe da cobertura colaborativa (o público).
Também pode se responsabilizar pelo mapeamento de veiculações
realizadas por outros meios de comunicação sobre o evento (clipagem
e compartilhamento).
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FOTOGRAFIA

Os fotógrafos devem estar atentos à estética da fotografia e à


informação transmitida por ela. Quando há mais de um fotógrafo pra
cobrir o mesmo acontecimento é interessante que o foco de um seja
diferente do foco do outro. Ou seja, em um show, por exemplo, alguns
fotógrafos podem se responsabilizar em fotografar os artistas no palco e
outros, o público. Algumas fotografias podem ser veiculadas em um
post específico, só para elas, enquanto outras podem ser usadas para
complementar a informação de um texto ou de um vídeo. Outras ainda
podem ser arquivadas e disponibilizadas em ferramentas como o Flikr ou
Picasa.

TEXTO

Produção de texto
Cabe às pessoas responsáveis pelo texto encontrarem pautas não
só correspondentes à programação do evento (como escrever sobre
uma peça de teatro entrevistando os artistas, por exemplo), mas
também no que acontece ao seu redor (produzindo um texto sobre as
reações do público, por exemplo). O tipo de texto pode variar entre
diversos gêneros jornalísticos como entrevista, matéria factual, perfil,
crônica, artigo, texto opinativo, texto literário, etc. É importante levar em
consideração a necessidade ou não de ilustrar o texto com uma
fotografia. Se a fotografia é importante para o texto, é essencial
conversar com os fotógrafos antes de começar o trabalho explicando
sobre o que vai ser escrito. Isso facilitará a produção tanto do texto
quanto das fotos.
Depois de pronto é importante que o texto passe por uma revisão,
a fim de evitar equívocos na transmissão das informações e também
#comofaz cobertura colaborativa 18
Por Andressa Quadro

erros gramaticais e de digitação. Criar uma padronização para o


formato dos textos pode agilizar essa fase da produção do texto.
Exemplo de padronização:
- Documento Word
- Fonte: Arial, corpo 12
- Indicação de título, subtítulo, local das fotos em vermelho no decorrer
do texto
- Legendas nos locais das fotos em itálico
- Indicação de palavras linkadas em negrito
- Links no final da página. Assim: Theatro Treze de Maio -
www.theatro13maio.com.br/site/index.asp
- Créditos das fotos e assinatura do autor no final do texto em negrito.
Ex: Texto: Colaborador A, Foto1: Colaborador B, Foto2: Colaborador C

Exemplo de padronização de texto1

TÍTULO: Desconstruindo Beckett

Luz e passos. Dois andarilhos caminham pelo vazio da existência


em direção a lugar nenhum. Com uma mala na mão, percorrem com
passos cadenciados um
. percurso sem destino. De repente, a música para e o cenário sai do breu
esverdeado para uma claridade azulada. A cada tom diferente de luz,
tem-se um universo de possibilidades na teia das relações humanas. Em
uma composição de dança e teatro, o Grupo Jogo de Experimentação
Cênica (POA) abriu a 3ª edição do FETISM em um espetáculo que joga
com situações absurdas, mostrando as limitações do ser humano.

FOTO Natália 10.06 (01)


Legenda: X e Y movimentam-se enquanto jogam.

Enquanto espero, jogo. Essa é a máxima que rege as vidas vazias


dos dois clochards, vagabundos que perambulam pelas ruas. (...)

Texto: Sarah Quines


Fotos: Nathália Schneider

Grupo Jogo de Experimentação Cênica - http://grupojogo.blogspotcom/

1
Trecho do texto “Desconstruindo Beckett” escrito por Sarah Quines. Veiculado no blog
fetism.blogspot.com
#comofaz cobertura colaborativa 19
Por Andressa Quadro

Depois de revisado, o texto volta ao autor e ele mesmo pode


efetuar a postagem no blog e ou site, seguindo também uma
padronização e atentando para a inserção de hiperlinks e marcadores
(ou tags). A padronização pode ser definida levando em consideração
o tipo de plataforma utilizada para o desenvolvimento do blog.

Revisão de texto
Faz parte da função do revisor, corrigir erros gramaticais e de
digitação e sugerir ao autor, que alguns trechos sejam reformulados
para dar coesão e coerência ao que se quer informar. O revisor pode
alertar o autor para algo que esteja faltado como, por exemplo, título,
legenda, etc, sugerindo ideias além de verificar se alguma informação
está incompleta ou se deve ser melhor apurada.

VÍDEO

Cinegrafista
O cinegrafista pode trabalhar em conjunto com o produtor do
vídeo ou pode ser o próprio produtor. Podem ser criados vídeos com
câmeras profissionais, mini dv, compactas de vídeo e foto, celulares,
etc. Para tornar mais eficaz a captura de imagens, sem que haja
desperdício de tempo e excesso de material, a solução é realizar um
planejamento prévio do que será filmado, criando um roteiro (modelo
na página 16).
O cinegrafista e o produtor do vídeo podem inserir no roteiro os
créditos dos entrevistados especificando os trechos que sugerem serem
usados (ver página 18). Devem colocar também os seus nomes
(cinegrafista e produtor) e entregar ao editor.
Algumas sugestões para as gravações:
#comofaz cobertura colaborativa 20
Por Andressa Quadro

− Se a gravação for feita com câmera mini dv, verificar o


funcionamento da fita, do áudio da câmera e do microfone
antes de começar a gravar (o mesmo vale para qualquer tipo de
câmera, exceto verificar o funcionamento da fita).
− Verificar a quantidade de luz ambiente disponível.
− Definir o enquadramento das entrevistas (se aparecerá imagem
da pessoa da cintura para cima, do corpo inteiro ou close do
rosto, por exemplo)

Produção de vídeo – produtor / entrevistador


Trabalha em conjunto com o cinegrafista, ou pode ser o próprio
cinegrafista. Aplica-se a esta função o mesmo que se aplica ao
cinegrafista. Mas algumas sugestões se diferenciam e são válidas de ser
especificadas:
− Preparar os entrevistados, posicionando-os frente à câmera e
explicando do que se trata a gravação para deixá-los à vontade
− O entrevistador nunca deve largar o microfone para os
entrevistados.
− Deve posicionar-se de maneira que o cinegrafista possa
enquadrar o entrevistado deixando evidente que o entrevistado
está olhando para o entrevistador.
− Fazer perguntas breves e diretas.
− Controlar o tempo das entrevistas para que não fiquem muito
longas (o tempo de duração varia conforme a situação, o
assunto que está sendo abordado e também o local onde é
feito). No exemplo mostrado abaixo, a entrevista com os artistas
da peça “Fim de Partida” durou cerca de 10 minutos, pois o
grupo era composto por oito pessoas que, além de apresentarem
o espetáculo de encerramento do 3º Festival de Teatro
Independente de Santa Maria, também participaram da
organização do evento.
#comofaz cobertura colaborativa 21
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Sugestão de formato de roteiro para vídeo

Vídeo: FETISM – Fim de Partida (ANEXO A)2

Figura VÍDEO ÁUDIO


1
Vinheta de abertura Vinheta de abertura

2 Entrevista Sonora entrevista


crédito: Luíza de Rossi – Teatro (especificar o trecho)
Por Quê Não?
3 Imagem do espetáculo Trilha

4 Entrevista
crédito: André Galarça - Sonora entrevista
Teatro Por Quê Não? (especificar o trecho)

Imagem do espetáculo Trilha


5
6 Entrevista Sonora entrevista
Crédito: Éverton Nogueira - (especificar o trecho)
Espectador
7 Entrevista Sonora entrevista
crédito: Felipe Martinez - (especificar o trecho)
Teatro Por Quê Não?

8 Imagem do espetáculo Trilha


9 Entrevista Sonora entrevista
crédito: Luíza de Rossi – Teatro (especificar o trecho)
Por Quê Não?
10 Imagem do espetáculo Trilha
11 Entrevista Sonora entrevista
Crédito: Rafaela Chaves - (especificar o trecho)
Espectador
12 Entrevista Sonora entrevista
crédito: Deivd Machado (especificar o trecho)
Gomez– Teatro Por Quê Não?
13 Imagem do espetáculo Trilha

14 Créditos vinheta e Trilha


programação visual
15 Créditos entrevistas e Trilha
produção, imagens e edição

2
Disponível em http://www.fetism.blogspot.com/ e em http://www.youtube.com/watch?v=DH2x-
_30VqA&feature=player_embedded#!
#comofaz cobertura colaborativa 22
Por Andressa Quadro

Edição de vídeo
O editor é quem escolhe o programa de edição de sua
preferência. Adobe Premiere, Final Cut, Kino e Cinelerra são alguns
exemplos.
Cabem aos produtores de vídeo entregar aos editores o material
gravado juntamente com um roteiro e podem acompanhar, colaborar
ou até mesmo realizar a edição.
Para os vídeos é interessante serem criadas, ainda durante o
processo de planejamento da cobertura, vinheta de abertura e de
encerramento, além de um padrão pra exibir os créditos.
Sugestões para a edição:
− O editor pode seguir o roteiro proposto pelos produtores de vídeo,
mas também pode efetuar modificações quando necessário.
− Colocar os créditos dos entrevistados quando os mesmos
aparecerem utilizando o padrão para a exibição dos créditos
− Colocar os créditos do produtor, cinegrafista e editor no decorrer
do vídeo.
− Colocar as vinhetas de abertura e encerramento
− Depois de finalizada a edição pode mostrar o vídeo ao revisor de
edição.
− Após ser revisado o vídeo já pode ser veiculado na internet. A
ferramenta sugerida para armazenar os vídeos é o Youtube
− No Youtube, fazer o upload do vídeo através da conta da
cobertura colaborativa ou de alguma previamente escolhida,
inserindo as tags, o título e a descrição do vídeo.
− Sugere-se que os vídeos de cada dia sejam postados antes dos
vídeos do dia posterior. Ou seja, que acompanhem a ordem em
que o evento acontece.
− A postagem dos vídeos pode ser feita pelos editores, produtores
ou revisores, o que pode ser definido pela coordenação em
acordo com os envolvidos.
#comofaz cobertura colaborativa 23
Por Andressa Quadro

Revisão de edição
O revisor confere se os créditos estão corretos e também se há
algum problema estético a ser corrigido, como áudio e cor da imagem,
por exemplo. O revisor também pode sugerir a retirada de alguma
imagem ou entrevista que ache desnecessária a divulgação.

PODCAST (áudio)

Produção
O produtor de áudio pode procurar pautas que se encaixem a
diferentes gêneros, como entrevista, narração descritiva, boletim
(informes ao vivo com entrevistas), crônica, etc, utilizando qualquer
equipamento que possibilite a gravação de som, como celulares, mp3,
mp4, ipod, gravador digital, gravador analógico, etc.

Edição de podcast
A edição pode ser realizada pelo próprio produtor ou por alguém
específico para exercer essa função, utilizando qualquer programa de
edição de áudio de seu conhecimento. Audacity, Sound Forge, Adobe
Audition, FL Studio e Ardour, são alguns exemplos.

Revisão de podcast
O revisor confere se o nível de áudio está igual do início ao fim do
podcast, se ruídos externos captados durante a gravação interferem na
qualidade do material e se as informações estão corretas e
compreensíveis. O revisor pode sugerir que a edição seja alterada caso
detecte algum problema na qualidade do som e alguma informação
equivocada ou desnecessária ao podcast.
#comofaz cobertura colaborativa 24
Por Andressa Quadro

WEB RÁDIO

Pode ser criado um programa específico para a transmissão ao


vivo ou gravado com apresentação, entrevistas e informações.
Também pode ser feita a transmissão direta do que acontece no
evento, sem a necessidade de apresentação.
No caso de se criar um programa, é interessante elaborar um
script contendo informações sobre o evento, mas no decorrer da
programação o improviso pode ser utilizado para tornar a transmissão
mais dinâmica. O script serve como um guia para a técnica, a
apresentação e a produção.

Técnica
São responsáveis pela instalação dos softwares necessários para a
transmissão do programa e pelo contato com o servidor. Inserem
vinheta e cortina seguindo o script, regulam o áudio de ambas e
também os microfones.

Produção
Para cada programa é necessário que pelo menos uma pessoa
fique responsável por centralizar as ações de produção, ou seja, pode
haver mais de uma pessoa encarregada de produzir o programa, mas o
“produtor-chefe” (que pode ser o coordenador de web rádio) deve
estar preparado para lidar com os imprevistos e com a organização
geral da transmissão.
O produtor deve auxiliar o apresentador tanto na execução do
script quanto na apresentação e recepção dos entrevistados passando
orientações sobre o programa. É também quem disponibiliza o script
para a técnica.
#comofaz cobertura colaborativa 25
Por Andressa Quadro

Apresentação
Deve estar inteirado das informações acerca do evento e
dominar os assuntos que serão abordados no programa. É responsável
pelo script juntamente com o produtor. O script funciona como um
guia, mas o apresentador deve estar preparado para improvisar caso
aconteça algo inesperado durante a transmissão. Nessa situação é
sugerido que se tenha o máximo de informações anotadas em papel
para serem lidas, o que funciona como uma segurança ao
apresentador, não deixando que se perca o ritmo da transmissão.
#comofaz cobertura colaborativa 26
Por Andressa Quadro

ANEXO A

Figura 1 Figura 2

Figura 3 Figura 4

Figura 5 Figura 6

Figura 7 Figura 8

Figura 9 Figura 10
#comofaz cobertura colaborativa 27
Por Andressa Quadro

Figura 11 Figura 12

Figura 13 Figura 14

Figura 15 Figura 16

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