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A menina azul

Certo dia nasceu uma menina que era igual aos outros meninos
que nasceram nesse dia, com apenas uma diferença, ela era azul.
- Terá sido daqueles comprimidos azuis que tomei? Ou por ter
vestido muitas vezes aquela camisola azul durante a gravidez? –
perguntava a mãe admirada e aflita.
- Nunca vimos uma coisa assim! – exclamavam os médicos.
Os pais puseram-lhe o nome de Azulada e com o passar do tempo
foram-se habituando.
Azulada era mesmo toda azul, um azul claro que fazia lembrar o mar.
Tinha o cabelo comprido e também azul e até os olhos eram azuís.
Na escola, ela brincava sempre às escondidas e não havia
ninguém que soubesse brincar melhor do que ela. Escondia-se ao pé
de tudo o que era azul e os amigos não a viam.
Tudo o que ela tinha era azul: a mochila, a roupa, o quarto e só
escrevia com caneta azul.
Quando estava sozinha ela pensava: - Porque será que eu sou
diferente dos outros meninos? Porque é que não nasci com a cor
deles?
Mas a Azulada tinha uma família e muitos amigos que gostavam
muito dela e, por isso, estas dúvidas desapareciam por completo
porque no fundo ela sabia que era igual a todos, apenas um bocadinho
mais azul.
Um dia um menino novo entrou para a escola e para surpresa de
todos era amarelo.
A Azulada ficou muito contente por não ser a única menina de
outra cor. Tornaram-se grandes e inseparáveis amigos e todos lhes
chamavam “ os amigos Arco-Iris”.

Trabalho elaborado por:


Beatriz Dias, nº 3, 6ºB.
Aquela menina nasceu castanha, castanha, castanha.
- Seria de eu comer muito chocolate? - perguntava a mãe.
- Seria de eu dormir com um urso castanho? - perguntava o pai .
Mas os médicos não sabiam. Nunca tinham estudado meninas
castanhas. Puseram-na ao pé da lareira a ver se corava. Ficava mais
castanha. Puseram-na ao pé do ar condicionado a ver se descorava.
Ficou ainda mais castanha.
Ninguém jogava às escondidas melhor do que ela. Nas portas
castanhas, no chão castanho, quem conseguia encontrá-la? Quando ia para
a escola avisavam-na sempre - Tem cuidado, não vá um lenhador confundir
- te com uma árvore. És tão castanha!
Se a levavam ao parque, os pais andavam sempre numa aflição. O
seu corpo castanho andava nos baloiços castanhos, os seus cabelos
castanhos confundiam-se entre os bancos castanhos.
Trepava aos ramos das árvores para ir buscar mel, sem que as
abelhas lhe picassem. As abelhas, ao senti-la passar no meio dos ramos
castanhos, confundiam-na com outra coisa qualquer e deixavam-se estar.
Assim foi crescendo, linda e castanha.
- Castanha como os móveis - diziam os carpinteiros.
- Como um chocolate - diziam os comilões.
- Como chocolate quente - diziam os friorentos.
Toda a família se amou castanha e verdadeiramente.
Foram viver para uma casa castanha e, em vez de cão de guarda,
compraram um alarme. Castanho.
Rafaela Gomes, 6.ºA
A Menina Vermelha

Aquela menina nasceu vermelha, vermelha, vermelha.


- Seria de eu comer muitos morangos? – perguntava a mãe.
- Seria de eu beber muita groselha? – perguntava o pai.
Mas os médicos não sabiam. Nunca tinha estudado meninas vermelhas.
Puseram-na ao sol a ver se corava. Fica mais vermelha. Puseram-na à sombra a
ver se descorava. Ficou ainda mais vermelha. Ninguém jogava às escondidas
melhor do que ela. Na parede vermelha, nos bancos vermelhos, quem
conseguia encontrá-la? Quando ia para escola avisavam-na sempre – Tem
cuidado, não vá um burro comer-te. És tão vermelha!
Se a levavam ao estádio, os pais andavam sempre numa aflição. O seu
corpo vermelho ondeava nas bancadas vermelhas, os seus cabelos vermelhos
desnorteavam-se entre o campo vermelho, os seus dedos vermelhos brincavam
nas bolas vermelhas como vermelhos salmões.
Trepava às ameixoeiras sem que o dono das ameixas lhe ralhasse. Os
próprios pássaros, ao senti-la passar no meio da folhagem vermelha, a
confundiam com o vento e deixavam-se apanhar.
Assim foi crescendo, linda e vermelha.
- Vermelha como o Outono – diziam os sonhadores.
- Como um tomate – diziam os comilões.
- Como a catedral – diziam os amigos da bola.
- Como metade da bandeira portuguesa – diziam os patriotas.
- Vermelho como o sangue dos portugueses mortos em combate. –
diziam os historiadores.
- Vermelha com o Benfica! – exclamou apaixonadamente o presidente do
clube dos vermelhos. Amaram-se vermelha e verdadeiramente.
Foram viver para uma casa vermelha e, em vez de cão de guarda,
compraram um papagaio. Vermelho.
Pedro Palma Nº18 6ºB

A menina vermelha

Aquela menina nasceu vermelha, vermelha, vermelha.


- Seria de eu comer muitos morangos? – perguntava a mãe.
- Seria de eu usar muita roupa vermelha? – perguntava o pai.
Mas os médicos não sabiam. Nunca tinham estudado meninas vermelhas.
Puseram-na ao sol a ver se corava. Ficava mais vermelha. Puseram-na à
sombra a ver se descorava. Ficou ainda mais vermelha.
Ninguém jogava às escondidas melhor do que ela. Na sala com paredes
vermelhas, quem conseguia encontrá-la? Quando ia para a escola avisavam-na
sempre – Tem cuidado, não vá um monstro comer-te. És tão Vermelha!
Se a levavam à praia, os pais andavam sempre numa aflição. O seu
corpo vermelho confundia-se com os chapéus-de-sol vermelhos…
Trepava às macieiras sem que o dono das maçãs lhe ralhasse. Os
próprios pássaros, ao senti-la passar à sua volta, a confundiam com
maçãs e chilreavam.
Assim foi crescendo, linda e vermelha.
- Vermelha, como o fogo – diziam os bombeiros.
- Como um morango - diziam os comilões.
- Como o sangue – diziam os médicos.
- Como metade da bandeira portuguesa - diziam os patriotas.
-Vermelha como o vinho do porto – diziam os bêbados .
-Vermelha como o Benfica! - exclamou apaixonadamente o
Presidente do Clube dos Vermelhos. Amaram-se vermelha e
verdadeiramente.
Foram viver para uma casa vermelha e, em vez de cão de guarda,
compraram uma joaninha. Vermelha.
Ana Mota, 6.ºA
Aquela menina nasceu laranja, laranja, laranja!
- Seria de eu ter uma blusa laranja no dia em que ela nasceu? -
perguntava a mãe.
- Seria de eu trabalhar na loja da «Optimus»? – perguntava o pai.
Mas os médicos não sabiam. Nunca tinham estudado meninas
laranjas. Puseram-na um ano sem comer coisas laranjas. Ficava
ainda mais laranja.
Ninguém pregava melhores partidas do que ela. Na quinta do senhor
Ambrósio, ela tirava as laranjas das melhores laranjeiras e ele não notava.
Quando ia para a escola avisavam-na sempre - Tem cuidado, não vá o
senhor das laranjas pensar que tu és uma. És tão laranja!
Se a levavam a um pomar, os pais andavam sempre numa aflição. O
seu corpo laranja confundia-se com todas aquelas frutas laranjas. Só
havia um problema: os pássaros picavam-na a toda a hora, pensando que
era algum tipo de comida…
Assim foi crescendo, linda e laranja.
- Laranja como os lindos malmequeres – diziam as jardineiras.
- Como uma laranja docinha - diziam os comilões.
- Como as abóboras - diziam as bruxinhas.
- Laranja como os tigres! - exclamou apaixonadamente o Presidente
do Clube dos Laranjas. Amaram-se laranja e verdadeiramente.
Foram viver para uma casa laranja e, em vez de cão de guarda,
compraram um tigre. Laranja.
Laura Galão, 6.ºA
A menina cor-de-rosa

Aquela menina nasceu cor-de-rosa, cor-de-rosa, cor-de-rosa …


- Seria de eu comer muitas pastilhas de morango? -perguntava a mãe;
- Seria de eu comer muitos batidos de morango? - perguntava o pai.
Mas os médicos não sabiam o que era. Nunca tinham estudado meninas
cor-de-rosa.
Puseram-na ao sol, para ver se corava e resultado” ficou ainda mais cor-
de-rosa”.
Puseram-na à sombra para ver se descorava e ficou ainda mais cor-de-
rosa.
Ninguém brincava às escondidas melhor do que ela. Nos campos de
rosas quem conseguia encontrá-la?
Quando ia para a escola os amigos e diziam-lhe:
- Têm cuidado, não vá uma abelha picar-te! És tão cor-de-rosa!
Roubava as rosas dos quintais das casas vizinhas, sem os donos darem
por isso.
- Cor-de-rosa, como o meu baton! - diziam as adolescentes.
- Cor-de-rosa como o gelado de morango! – diziam os comilões.
- Cor-de-rosa como a cor da minha caneta! - diziam os escritores.
- Cor-de-rosa como a minha afiadeira! – diziam os alunos do primeiro ano.
No fim foram todos viver para uma casa cor-de-rosa, e em vez de um cão
de guarda, compraram dois flamingos. Cor-de-rosa.
Rita Carmo, nº 14, 6º A

O menino Laranja

Era uma vez um menino laranja, laranja, laranja.


- Acham que era de eu beber muito sumo de laranja? – perguntava a
mãe.
- Acham que era de eu comer doce de abóbora? – perguntava o pai.
Mas nem os cientistas sabiam. Para eles a única explicação era o motivo
de ter nascido assim e pronto.
Puseram-no à chuva a ver ser se normalizava, mas ficou ainda mais
laranja.
Tentaram que ele ficasse menos laranja, deitando-a na neve, mas ficou
ainda mais laranja.
Ninguém pescava melhor que ele, pois, quando mergulhava, todos os
filhos do Nemo o confundiam com um membro em tamanho enorme da sua
família e vinham agarrados a ele.
Quando ia para a escola, os pais avisavam-no sempre:
- Tem cuidado, não pensem que tu és a maior laranja do mundo e te
roubem. És tão laranja!
Se o levavam ao campo, na época do Outono, tinham de estar sempre
de olho nele, pois o seu corpo laranja corria no meio dos campos laranja,
colhendo flores laranja e deitando-se nas folhas laranja.
Quando o tio Manuel colhia as nêsperas, o menino Laranja ia lá e
roubava-as sem ninguém dar por nada.
Assim foi crescendo, jeitoso e laranja.
- Laranja como as folhas do Outono – diziam os sonhadores.
- Como um dióspiro – gritavam os comilões.
- Como o símbolo do PSD – diziam os políticos
- Laranja como o estado ausente do Messenger – exclamou um
informático.
Viveram felizes, mesmo laranjas.
Foram morar para uma casa laranja, e em vez de um cão de guarda,
compraram um tigre. Laranja.

Margarida Torres, 6.ºB

O Menino Vermelho

Aquele menino nasceu vermelho, vermelho, vermelho.


- Seria de eu comer muito morango? - perguntava a mãe.
- Seria de eu beber muito vinho tinto? - perguntava o pai .
Mas os médicos não sabiam. Nunca tinham estudado meninos
vermelhos. Puseram-no à lua a ver se passava. Mas ficava mais vermelho.
Puseram-no à sombraa ver se descorava. Ficou ainda mais vermelho.
Ninguém jogava às escondidas pior do que ele. Na relva verde, nos
arbustos verdes, era sempre o primeiro a ser encontrado! Quando ia para a
escola avisavam-no sempre - Tem cuidado, não vá um pássaro confundir-te
com uma maçã e comer-te. És tão vermelho!
Se o levavam à praia, os pais andavam sempre numa aflição. O
guarda-sol das riscas, os variados chapéus e roupa de toda a qualidade,
nada era suficiente para cobrir o seu corpo vermelho. O seu corpo
vermelho ondeava nas ondas, os seus cabelos vermelhos despenteavam-
se entre as algas vermelhas, os seus dedos vermelhos brincavam nas
rochas como vermelhos caranguejos.
Trepava às macieiras sem que o dono das maçãs lhe ralhasse. As
próprias minhocas, ao senti-lo passar no meio da folhagem, o confundiam
com outras maçãs e deixavam-se apanhar.
Assim foi crescendo, lindo e vermelho.
- Vermelho como o Verão - diziam os sonhadores.
- Como um morango - diziam os comilões.
- Como um coração - diziam os médicos cardiologistas.
- Como metade da bandeira portuguesa - diziam os patriotas.
- Vermelho como o inferno - diziam os que acreditavam na sua
existência.
Foram viver para uma casa vermelha, com uma cerca vermelha e, em vez
de cão de guarda, compraram um gigantesco papagaio. Vermelho.

Maria Leonor Palmeiro, 6.ºB

A menina branca

Aquela menina nasceu branca, branca, branca.


- Seria de eu comer muito ovo? – perguntava a mãe.
- Seria de eu beber muito vinho branco? – perguntava o pai.
Mas os enfermeiros não sabiam. Nunca tinham estudado meninas brancas.
Puseram-na à Lua a ver se descorava, ficava ainda mais branca.
Ninguém jogava às escondidas melhor que ela. Na parede branca, debaixo
das mesas brancas, quem conseguia encontrá-la?
Quando ia para o infantário, os pais avisavam-na sempre:
- Tem cuidado não vá uma vaca beber-te, és tão branca!
Se a levavam à Serra da Estrela, os pais andavam sempre numa aflição. O
seu corpo branco fazia esqui na neve branca, os seus cabelos brancos
despenteavam-se na neve.
Trepava às figueiras e o dono ralhava-lhe sempre. Os próprios pássaros,
ao senti-la passar na folhagem, fugiam sabendo que era ela.
Assim foi crescendo, linda e branca.
- Branca como o Inverno – diziam os sonhadores.
- Como o hóquei no gelo – diziam os amigos do hóquei.
- Como uma parte da bandeira francesa – diziam os patriotas.
- Branca como o Real Madrid! – exclamou apaixonadamente o Presidente
do Clube dos Brancos.
Casou e foi viver para uma casa branca e, em vez de cão de guarda,
comprou um urso polar. Branco.

João Castro, 6.º B

A menina Amarela
Aquela menina nasceu amarela, amarela, amarela.
-Seria de eu beber muita limonada? – perguntava a mãe.
-Seria de eu beber muita cerveja? – perguntava o pai.
Mas os médicos não sabiam. Nunca tinha estudado meninas amarelas.
Puseram-na dentro de água a ver se descorava, ficou ainda mais amarela.
Puseram-na ao sol a ver se corava mas nada, ficou ainda mais amarela.
Ninguém jogava às escondidas melhor que ela. Nos campos de girassóis quem
conseguia encontrá-la? Quando ia para a escola avisavam-na sempre: – Tem
cuidado não te confundam com uma folha velha e te aspirem. És tão amarela!
Quando a levavam à praia andavam sempre numa aflição. O seu corpo
ondeava nas ondas com aos peixinhos amarelos, os seus cabelos
despenteavam-se como reflexos de sol radioso e os seus dedos brincavam nas
rochas como grãozinhos de areia amarela.
Trepava aos limoeiros sem que o dono dos limões lhe ralhasse. Os
próprios pássaros, ao senti-la passar no meio dos limões amarelos, a
confundiam com o vento e deixavam-se apanhar.
Assim foi crescendo, linda e amarela
-Amarela como o Outono! – diziam os jardineiros.
- Amarela como as bananas! - diziam os comilões.
- Amarela como as camisolas da equipa da nossa terra! - diziam os
amigos da bola.
- Amarela como o centro da bandeira nacional! - diziam os patriotas.
-Amarela como o sol! – diziam os astronautas.
- Amarela como os papagaios! - exclamou apaixonadamente o
Presidente do Jardim Zoológico.
Foram viver para uma casa amarela e, em vez de um cão de guarda,
compraram um leão. Amarelo.

Inês Curvelo, 6.ºA

A Menina Vermelha
Aquela menina nasceu vermelha, vermelha, mesmo vermelha.
- Seria de eu comer muitos morangos? - perguntava a mãe.
- Seria de eu beber muita groselha? - perguntava o pai .
Mas os médicos não sabiam. Nunca tinham estudado meninas
vermelhas.
Puseram-na ao sol a ver se corava. Ficava mais vermelha.
Puseram-na à sombra a ver se descorava. Ficou ainda mais vermelha.
Ninguém jogava às escondidas melhor do que ela. Nas flores
vermelhas, nas folhas vermelhas, quem conseguia encontrá-la?
Quando ia para a escola avisavam-na sempre:
- Tem cuidado, não vá um pássaro comer-te a pensar que és um
fruto. És tão vermelha!
Se a levavam aos campos de tomate os pais andavam sempre numa
aflição. O seu corpo vermelho não se via ao pé dos tomates, os seus
dedos vermelhos brincavam na terra como vermelhas joaninhas.
Trepava às cerejeiras sem que o dono das cerejas lhe ralhasse.
Os próprios pássaros, ao senti-la passar no meio dos frutos
vermelhos, a confundiam com o vento e deixavam-se apanhar.
Assim foi crescendo, linda e vermelha.
- Vermelha como o Outono. - diziam os sonhadores.
- Como as cerejas - diziam os comilões.
- Como um escaldão no corpo - diziam os banhistas.
- Como metade da bandeira portuguesa - diziam os patriotas.
- Vermelha como o sangue. - diziam os que sabem que o
sangue tem cor.
- Vermelha como o Benfica! - exclamou apaixonadamente o
Presidente do Clube dos Vermelhos. Amaram-se Vermelha e
verdadeiramente.
Foram viver para uma casa vermelha às riscas brancas. Em
vez de cão de guarda, compraram um pássaro. Vermelho.

Maria Rita Rodrigues, 6.ºB

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