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Brasil: Possibilidades e Desafios

André Luís Forti Scherer


FEE/PUCRS
24/11/2010
Economia Brasileira: contexto atual
• Retomada do crescimento em 2010, puxado pelo
dinamismo do mercado interno;

• Agravamento do déficit externo;

• Pressões inflacionárias localizadas mas


controladas;

• Situação fiscal relativamente tranquila.


Economia Mundial: tensão aumenta
• Ameaça de uma crise monetária internacional
aberta;
• EUA tentam combater a ameaça deflacionista
e a estagnação com uma política de
monetização parcial da dívida pública;
• Nova elevação nos preços das commodities;
• Países emergentes reforçam os controles
sobre os fluxos de capitais e ameaça
protecionista.
Europa em Crise
• Estratégia de contenção da crise do sistema
financeiro montada em maio começa a
fracassar com a crise irlandesa;
• “Respiradouros“, garantias estatais e
supranacionais não evitam ataques
especulativos contra países mais fragilizados;
• Aumento expressivo do risco de contágio
generalizado e das ameaças sobre o euro.
Dollar Index – últimos 5 anos
Preços ao Consumidor na China
Índice CRB (1967=100)
Índice CRB – Metais e Alimentos
Cenário Externo - Resumo
• Incerteza absoluta, década de transição;
• Desdobramentos políticos da crise econômica
são imprevisíveis.
• Acirramento da luta de classes, com
especificidades e configurações nacionais
marcadas;
• Aumento da tensão bélica internacional.
Brasil de Dilma: linha de ação
• Aposta em um neo-desenvolvimentismo
“explícito” como orientação geral do governo;
• Tentativa de criar um projeto nacional uno em
torno da idéia desenvolvimentista;
• Isso envolve um maior controle
governamental sobre a atuação do Banco
Central;
• Tentativa de viabilizar uma política industrial
ativa.
Dificuldades na implementação da
política econômica
• Necessidade de reduzir juros em um contexto
de aquecimento econômico;
• Interesse do governo em zerar o déficit
público nominal a médio prazo;
• Quase impossibilidade de desvalorização
cambial no curto prazo dada a atuação dos
EUA;
• “Sino-dependência” para evitar a elevação do
déficit externo.
Gráfico no. 07 - Brasil: câmbio, inflação, metas de inflação e juros

36,0 4,0
Taxa nominal de juros ao ano - SELIC
Taxa de inflação anual medido pelo IPCA
Limite inferior da banda de metas para a inflação
31,5 Meta para a inflação 3,5
Limite isuperior da banda de metas para a inflação
Taxas nominais de câmbio
Taxas anuais de juros pelo SELIC, Metas de Inflação e Inflação

27,0 3,0

Taxas nominais de câmbio - R$/US$


22,5 2,5
Efetiva - % a.a.)

18,0 2,0

13,5 1,5

9,0 1,0

4,5 0,5

0,0 0,0
dez/98

dez/99

dez/00

dez/01

dez/03

dez/04

dez/05

dez/06

dez/07

dez/09
dez/02

dez/08
Política Industrial Ativa
• Existe uma política industrial normativa de
caráter schumpeteriano;
• Sua eficiência foi limitada pela política
macroeconômica implementada;
• Governo Dilma:
• a) centralidade da Petrobrás como aglutinador
da política industrial;
• b) ampliação dos projetos em infra-estrutura
e habitação.
Brasil de Dilma: considerações finais
• Política econômica somente será efetiva com
a remontagem de um arcabouço institucional
intervencionista;
• Aumento do protecionismo seletivo e
temporário;
• Uso de elementos discricionários de
intervenção interna;
• Necessidade de um “plano B” para o caso de
desaquecimento da China.

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