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1.

A ORIGEM DA OBRA ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS

Alice no País das Maravilhas ou em inglês Alice's Adventures in


Wonderland é uma obra do escritor britânico Charles Lutwidge Dodgson que ficou conhecido
como pseudônimo de “Lewis Carrol”. A primeira publicação desta obra data de 4 de julho de
1865, é considerada um clássico da literatura inglesa. Apresenta características do gênero
literário conhecido como nonense que segundo ÁVILA, Myriam 1996, o estilo se caracteriza
naquilo que deixa o leitor suspenso entre rir, e ficar perplexo; na estranheza até a
identificação; algo que ao mesmo tempo lhe dissesse respeito e não dissesse respeito à coisa
alguma. É também uma obra escrita que viria a caracterizar uma das primeiras
manifestações que dariam precursão ao modernismo no século 19.

1.1 A ORIGEM E RESUMO DA OBRA

Os primeiros registros acerca da origem de Alice no País das Maravilhas são de 1862
em meio à relação de Lewis Carrol e Alice Pleasance Liddell, a Alice que protagonizaria a sua
obra.

Alice era a filha de George Liddel, na época vice-diretor da Universidade de Oxford. O


primeiro contato entre Lewis Carrol e sua família, ocorreu em abril de 1856 a partir daí Carrol
desenvolveu sua amizade, especialmente com Alice.

Segundo Adriana Peliano presidente da Sociedade Lewis Carrol do Brasil em entrevista


ao site “ultimo segundo”, Lewis Carrol era encantado por crianças e Alice, portanto tornou-se
sua referência. Outras características do autor era a capacidade de impressiona-las, enviava
cartas “malucas”, inventava jogos e trocadilhos e durante o convívio com Alice e suas irmãs
dezenas de histórias foram contadas as mesmas.

E dentre essa relação

O fato que marca o pontapé que resultou posteriormente na criação da obra se deu
durante um passeio de barco no Rio Tâmisa. As irmãs Lorina Charlotte, Edith Mary e Alice
Pleasance Liddell acompanhavam Carrol e Robinson seu amigo. Percebendo até então o tédio
Carrol improvisou uma história tendo como protagonista Alice, que após seguir um suposto
coelho apressado acaba encontrando o País das Maravilhas. A história era narrada com
elementos do cotidiano da época e por pedido de Alice, esta mesma história se transformou em
um manuscrito Alice’s adventures Undergound – As aventuras de Alice no Subsolo. Este fato
está relatado no próprio livro, onde Carrol explica a gênese de sua criação em forma de poema.

Logo depois, Carrol influenciado por amigos e pelo seu mentor, decidiu publicar o livro.
Foram acrescentados novos capítulos e personagens a obra ficando mais complexa. Em 4 de
julho de 1865 a obra foi publicada da maneira que se conhece hoje, Alice’s adventures
undergourd ilustrada por John Tenniel 1820-1914.

A História fala de uma garota chamada Alice. Quando cai em uma toca de um coelho
Alice é levada a um lugar no mínimo fantástico, habitado por criaturas peculiares, com
características estranhas, revela uma lógica absurda referente a sonhos. Enigmas, referências
linguísticas e matemáticas; e, sobretudo alusões satíricas relacionadas a amigos e inimigos do
autor.

Alice Photo by Lewis Carroll, circa 1859. Charles


Lutwidge Dodgson (Lewis Carroll) 1863

1.2 AS PUBLICAÇÕES

Segundo reportagem da revista Superinteressante o manuscrito dado a Alice acabou


sendo vendido posteriormente. Quando adulta, Alice precisou de dinheiro para se manter após
a morte do marido.

A primeira edição do livro foi retirada das prateleiras devido a reclamações por parte do
autor. Isto referente à impressão e ao resultado destas na qualidade de suas ilustrações.

Down the Rabbit-Hole

Em 1866 uma nova edição foi esgotada rapidamente o que tornaria a obra um grande sucesso.
O livro rendeu cerca de 180 mil cópias. Foi traduzida para mais de 125 línguas e só na língua
inglesa teve mais de 100 edições.

Logo após em 1871, Carrol publica outra obra que deu continuidade as aventuras de Alice, o
livro chamado Alice no Outro Lado do Espelho - Through the Looking-Glass que vende ainda
mais que a primeira obra.

Após ganhar a europa e a asia com versões em alemão 1869, francês 1869, sueca 1870,
japonesa 1908, edição para crianças entre 0 e 5 anos de idade 1890 e esperanto 1910, a obra
chega a américa em 1916.

ALICE E WALT DISNEY


Segundo CARVALHO, Matheus Walt Disney já tinha contato com a obra de Lewis
Carrol muito antes da sua versão em animação no longa metragem de 1951. A Disney criou
uma série chamada “The Alice Comedies”, que foi considerado inovador para a época, gerou
50 episódios onde colocava uma garota real em um mundo de animado de fantasia.
Outro fato importante é que a produção do longa, perdurou por três décadas, sofreu
intervenção devido a Segunda Guerra Mundial. Na década de 50 a produção do filme retorna
só que dessa vez em um filme excepcionalmente em animação.
O filme inicialmente não agradou os críticos nem ao público, ao contrário de Cinderela.
Mas isso foi logo esquecido pela nova geração que valorizavam e admiravam o filme por suas
características psicodélicas, elevou o seu status de “cult” denominação dada aos produtos da
cultura popular que possuam um grupo de fãs ávidos.

Neste sentido a exposição desta obra sob um meio de comunicação de massa


proporcionou que a história de Alice fosse exibida em todo o mundo, sendo assim o livro assim
com o filme pôde ser interpretado de diversas formas, como por exemplo, que ela representa a
adolescência, as entradas e viradas súbitas, as transformações adolescentes e etc.

ÁVILA, Myriam. Rima e Solução: A Poesia Nonsense de Lewis Carroll e Edward Lear. São
Paulo: Annablume, 1996, p. 203.
http://super.abril.com.br/cultura/quem-foi-verdadeira-alice-pais-maravilhas-573487.shtml
http://www.gasl.org/refbib/Carroll__Alice_1st.pdf
http://www.exit109.com/~dnn/alice/
Lewis Carroll. As Aventuras de Alice no País das Maravilhas (em Português).

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