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Problemas do nosso

século
Imagens que chocam o nosso mundo e a necessidade de
uma voz de alerta e de denúncia como a de Padre
António Vieira
Os escravos do nosso século
Introdução
Em pleno séc. XXI, continuam a ocorrer situações que chocam
o nosso mundo e muitos são os problemas que afectam a nossa
sociedade: a violência, a discriminação, a pobreza, o trabalho
infantil e a escravatura. Todos eles, são realidades bem actuais.
O nosso objectivo, com este trabalho, é alertar e sensibilizar,
através da imagem e da palavra, para a urgência de se fazer
alguma coisa para mudar esta realidade negativa e mostrar a
necessidade de uma voz de alerta e de denúncia como foi, no
séc.XVII, a de Padre António Vieira.
Vamos mostrar também como o seu discurso pode ser ainda tão
aplicado à actualidade.
 
Violência
A violência tem vindo a aumentar cada vez mais nos nossos
dias. Casos de violência doméstica, homicídios, sequestros,
agressões e até mesmo de bullying são uma constante e, por
vezes, ocorrem sem nos darmos conta.
Estes comportamentos afectam, não só a integridade física
das vítimas, mas causam também grandes danos psicológicos
e invadem a sua autonomia.
Tipos de violência:

• Violência Física: recorre ao uso da força com o objectivo de ferir,


deixando ou não marcas evidentes.

http://salnageral.blogspot.com/2009/12/violencia-contra-mulher.html [consul 21/11/2010]


• Violência Psicológica: é caracterizada pela depreciação,
discriminação, humilhação, entre outras atitudes. Apesar de não
deixar marcas físicas, deixa cicatrizes para toda a vida.

http://soalagoas.blogspot.com/2010/09/violencia-psicologica-e-violacao-mais.html [consul 21/11/2010]


• Violência verbal: utilizada para incomodar ou importunar. São
frequentes os insultos, questionários infindáveis e as depreciações.

http://violenciadomestica9b.blogspot.com/2010/05/violencia-psicologica.html [consul 21/11/2010]


• Violência sexual: o agressor abusa do seu poder e, sem o
consentimento da vítima, obriga-a a práticas sexuais.

http://escritosalheios.blogspot.com/2009/05/cln-apoia-
campanha-contra-violencia.html [consul 21/11/2010]
• Negligência: a pessoa responsável por alguém, como uma criança
ou um idoso, omite a sua responsabilidade de lhe proporcionar as
necessidades básicas para a sua sobrevivência e desenvolvimento.

http://tudodetodasascoisas.blogspot.com/ [consul 21/11/2010]


Estatísticas relativas à violência em todo o mundo

• Cerca de seis mulheres, por semana, são vítimas de crimes contra a


vida;
• Milhões de mulheres e crianças em todo o mundo são afectadas por
34 conflitos comunitários, étnicos, políticos ou armados;
• Uma grande percentagem de pessoas que cometem abusos sexuais
afirmam já terem sido vítimas;
• Muitas das vítimas de bullying sofrem danos morais tão graves que
acabam por cometer suicídio.
“…o que me espanta é que pesquem tanto, e que tremam tão
pouco.”
“…na terra pescam as varas, (e tanta sorte de varas); pescam as
ginetas, pescam as bengalas, pescam os bastões e até os ceptros
pescam…”
Padre António Vieira, Sermão de Santo António aos Peixes (excertos do capítulo III)
Discriminação
A discriminação é ainda um grande problema nos nossos
dias e ocorre com muita frequência, levando à distinção entre
pessoas devido à sua cor, religião, sexo, idade, etc.
É a principal causa da exclusão social e um dos seus grandes
problemas é que não leva em conta os verdadeiros requisitos
dos indivíduos que vão para além daquilo que são fisicamente
ou daquilo que, sem estes ter culpa ou vontade, faz com que
sejam limitados pela sociedade.
[imagem retirada de um e-mail]
No Sermão de Santo António aos Peixes não existe nenhum
excerto que possa ilustrar bem a realidade que é a discriminação.
Mas, os colonos portugueses ao terem escravizado e maltratado
os Guarani, revelaram um pensamento e uma atitude
discriminatórios : acreditavam que estes povos não eram mais do
que animais e que não tinham sentimentos nem capacidade para
pensar como os “brancos”.
Pobreza
Um dos mais graves e difíceis problemas da sociedade actual é a
pobreza que pode ser entendida em vários sentidos:
• Carência material ou de bens e serviços essenciais;
• Falta de recursos económicos;
• Carência social.

O combate à pobreza é um objectivo social, mas será que os


governos fazem tudo o que está ao seu alcance para a combater?
A pobreza agrava-se ainda mais quando dá origem a mais
problemas, tais como:
• Fome;
• Baixa esperança de vida;
• Doenças;
• Falta de oportunidades de emprego
• Carência de água potável e de saneamento;
• Maiores riscos de instabilidade política e violência;
• Emigração;
• Existência de discriminação social contra grupos vulneráveis;
• Existência de pessoas sem-abrigo;
• Depressão.
“…pois em que se vai e despende toda a vida? No triste farrapo
com que saem à rua, e para isso se matam todo o ano.”
Padre António Vieira, Sermão de Santo António aos Peixes (excerto do capítulo IV)
[imagens retiradas de um e-mail]
Trabalho Infantil
Definição: todas as formas de trabalho exercido por crianças e
adolescentes abaixo da idade mínima legal, permitida para
trabalhar, conforme a legislação de cada país.
O trabalho infantil, em geral, é proibido por lei. As formas mais
bárbaras não só não são proibidas, como constituem um crime.
Piores formas de trabalho infantil

As Nações Unidas consideram algumas formas de trabalho infantil


particularmente prejudiciais e cruéis. Estas são:
• o trabalho escravo ou semi-escravo;
• o trabalho subsequente da venda e tráfico de menores;
• a escravidão por dívida;
• o uso de crianças ou adolescentes em conflitos armados;
• a prostituição e a pornografia de menores;
• o uso de menores para actividades ilícitas;
• trabalhos que possam prejudicar a saúde, segurança ou
moralidade das crianças.
Ambas as imagens do site: http://exploracaodoomem.wordpress
.com/2007/09/29/escravos-do-seculo-xxi/ [consul 21/11/2010]
No filme “A Missão”, que vimos numa das aulas de Português,
foi possível constatar que muitos índios Guarani, até mesmo
crianças, eram capturados e obrigados a trabalhar. Isto
acontecia no século XVIII, mas continua a ser uma realidade
bem actual. É necessário, pois, o contributo de todos para
terminar com este acto tão cruel.
Escravos do século XXI

Pode parecer uma metáfora, mas continua a existir actualmente


trabalho escravo.

São cerca de 27 milhões de pessoas que, em todo o mundo,


incluindo Portugal, são compradas e vendidas para dar lucro:

os escravos do nosso tempo.


“No Norte da Índia, num quarto mal iluminado e sem ventilação,
uma dúzia de crianças debruçadas sobre aquecimentos a gás
fabrica pulseiras para vender a 40 cêntimos a dúzia. De idades
compreendidas entre os 9 e os 14 anos, estas crianças trabalham
dez horas por dia, todos os dias - vendidas pelos pais ao dono da
oficina em troca de dinheiro. Em média, as crianças indianas são
escravizadas por cerca de 30 euros.”
Notícia retirada de um blog* e proveniente da revista
National Geographic, Setembro de 2003

*http://exploracaodohomem.wordpress.com/2007/09/29/escravos-do-seculo-xxi/
http://exploracaodohomem.wordpress.com/2007/09/29/escravos-do-seculo-xxi/ [consul 21/11/2010]
“As dívidas condenam famílias ao cativeiro durante várias
gerações. No Sudoeste da Índia, mães e filhas transportam para o
forno tijolos feitos à mão, enquanto pais e filhos atiçam o fogo. Os
empregadores compram os trabalhadores, emprestando dinheiro
para despesas que eles não conseguem pagar. Apesar de
trabalharem muitos anos para pagar a dívida, os juros
exorbitantes e a contabilidade desonesta perpetuam o fardo, que
passa de pais para filhos. Cerca dos dois terços dos trabalhadores
cativos de todo o mundo – 15 a 20 milhões – são escravos por
dívidas na Índia, no Paquistão, no Bangladesh e no Nepal.”
Notícia retirada de um blog* e proveniente da revista
National Geographic, Setembro de 2003

*http://exploracaodohomem.wordpress.com/2007/09/29/escravos-do-seculo-xxi/
http://exploracaodohomem.wordpress.com/2007/09/29/escravos-do-seculo-xxi/
[consul 21/11/2010]
“O corpo de uma mulher pode ser vendido vezes sem conta. Os
donos de bordéis israelitas, podem comprar jovens da Ucrânia ou
da Moldávia por cerca de 3.500 euros. Mesmo um pequeno
negócio com dez prostitutas pode render milhões de euros por
ano. Fazendo-se passar por recrutadores de mão-de-obra, os
traficantes vão buscar vítimas às cidades pobres da Europa do
Leste, atraindo-as com promessas de bons empregos. Quando as
mulheres chegam, são entregues a compradores que, por norma,
as espancam, violam ou aterrorizam para garantir obediência.”
Notícia retirada de um blog* e proveniente da revista
National Geographic, Setembro de 2003

*http://exploracaodohomem.wordpress.com/2007/09/29/escravos-do-seculo-xxi/
“…é que vos comeis uns aos outros.”
“Não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem
os pequenos.”
“Se os pequenos comeram os grandes, bastara um grande para
muitos pequenos; mas como os grandes comem os pequenos,
não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande.”
Padre António Vieira, Sermão de Santo António aos Peixes (excertos do capítulo IV)
“(…)No Bangladesh foram raptados 2000 rapazes, durante a
década de 90. A maior parte deles acabou por "ir parar" aos
Emiratos Árabes Unidos para trabalhar no negócio das corridas de
camelos. Corridas essas, bastante perigosas pois as quedas
podem provocar lesões graves e até a morte. Quanto às meninas,
a maior parte é obrigada a seguir a prostituição na Grã-Bretanha.
O mesmo acontece com muitas jovens etíopes.
Nas Filipinas, meninas com apenas 6 anos trabalham como
empregadas domésticas. Em Portugal isto também acontece,
embora de forma não tão violenta. No nosso país, a situação mais
usual é o tráfico de pessoas e o "abuso" dos imigrantes que,
ilegais, são obrigados a trabalhar mais do que o horário normal e,
muitas vezes, ludibriados.”
Notícia retirada do site http://violencia.blogs.sapo.pt/arquivo/582867.html
“Fui vendida por 200 contos”
“Trata-se de uma portuguesa, na casa dos 30 anos, que foi vendida,
espancada e abusada por uma rede de prostituição em Espanha. O tempo
passou, Maria já está a salvo, mas fala do medo que a consome só de pensar
que o líder da rede nunca foi apanhado. (…)
O namorado prometeu-lhe uma vida nova, longe do pai que a espancava.
(…)
Em meia dúzia de horas, Maria, já em território espanhol, está vendida. O
namorado recebe 200 contos e o comprador ganha uma escrava sexual.
Nessa mesma noite, Maria, já sem documentos, é obrigada a vender o corpo.
(…)
Fugiu e foi de novo espancada. Durante meses, “naquela Espanha”, foi
posta em diversos bordéis. No dia 10 de Janeiro de 1995, os seus vigilantes,
julgando-a adormecida, vão tomar café. Maria foge. Com “dinheiro da casa”.
Os motoristas hesitam em levá-la a Lisboa “ajoelhei-me aos pés de um taxista
e disse-lhe que tinha de fugir”, recorda hoje com lágrimas compulsivas. A
rede de prostituição foi desmantelada pela PJ. Maria está em casa dos pais,
mas sabe que o líder da rede nunca caiu nas malhas da lei.”
Notícia retirada do site http://quiosque.aeiou.pt/gen.pl?p=
stories&op=view&fokey=ae.stories/6181
Tráfico humano
“Um relatório do governo dos EUA aponta Portugal como um
destino de tráfico de seres humanos. A PJ garante que o “combate vai
bem” e rejeita as conclusões do estudo. A participação da sociedade
civil é uma das armas de combate ao tráfico humano. “Uma
cidadania activa, esclarecida e comprometida é fundamental”,
sublinharam os especialistas que na semana transacta reuniram em
Lisboa, à procura de “estratégias comuns para a prevenção e combate
ao tráfico de seres humanos.”
Esta notícia mostra-nos que, apesar de podermos pensar que o
nosso país é um local seguro e que o problema não está directamente
relacionado connosco, acontece exactamente o contrário.
Notícia retirada do site http://quiosque.aeiou.pt/gen.pl?p=stories
&op=view&fokey=ae.stories/6183
“E de que modo os devoram e comem? (…) não como os outros
comeres, senão como pão. A diferença que há entre o pão e os
outros comeres, é que para a carne, há dias de carne, e para o
peixe, dias de peixe, e para as frutas, diferentes meses do ano;
porém o pão é comer de todos os dias, que sempre e
continuadamente se come; e isto é o que padecem os pequenos.”
Padre António Vieira, Sermão de Santo António aos Peixes (excerto do capítulo IV)
Possíveis soluções
Apesar de tudo, existem hoje algumas associações e
organizações não governamentais que procuram combater a
escravatura.

“ONG’s formam rede contra tráfico humano”


“Organizações não-governamentais do Brasil e da Europa
unem-se para combater exploração de crianças e mulheres
pela indústria da prostituição e do turismo sexual.
Problema assume dimensões alarmantes. (…)
Notícia retirada do site http://www.dw-world.de/popups/popup_
printcontent/0,,1416377,00.html
“Primeiro centro de acolhimento vai acolher seis mulheres e filhos
menores”
“O primeiro Centro de Acolhimento e Protecção (CAP) de mulheres
vítimas de tráfico e filhos menores em Portugal vai albergar seis mulheres
e deverá entrar em funcionamento dentro de um mês, foi hoje anunciado.
Segundo o protocolo para a instalação do CAP, hoje assinado entre a
Presidência do Conselho de Ministros, os Ministérios da Administração
Interna, da Justiça e do Trabalho e da Segurança Social e a Associação para
o Planeamento da Família, o Centro tem como destinatárias mulheres - e
também filhos menores - sinalizadas e identificadas pelas entidades
competentes como vítimas de tráfico e que estejam em situação de
vulnerabilidade. (…)”
Notícia retirada do site http://ww1.rtp.pt/noticias/?article=
62715&visual=3&layout=10
Conclusão
Para resolver estes problemas, é necessária a intervenção de
todos, pois está nas nossas mãos fazer alguma coisa para mudar
esta realidade tão actual e tão negativa.
A sociedade, ao estar fragmentada e agindo individualmente,
nunca irá conseguir encontrar uma solução. É necessário, por
isso, que alguém dê o primeiro passo e faça com que a sua voz
seja escutada, fazendo “tremer” os que violam os direitos
fundamentais do homem com a sua mensagem, tal como Padre
António Vieira fez “tremer” muitos no séc.XVII.
Somos “todos criados no mesmo elemento” e nós “que
nascemos homens, respondemos tão mal às obrigações do
nosso nascimento.”
 
Bibliografia
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Viol%C3%AAncia  

Webgrafia
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Viol%C3%AAncia
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Escravid%C3%A3o_moderna
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Trabalho_infantil
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Pobreza
• http://ornelasnaamazonia.blogspot.com/2009/06/seculo-
xxi-era-da-violencia-moderna.html*
*restantes
*restantes sites
sites presentes
presentes no
no trabalho
trabalho escrito
escrito
Fim
Trabalho realizado por:
•Adriana Santos Nº1
•Diogo Prisco Nº7
•Liliana Ferreira Nº18
11º CT1

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