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O MITO DA CRIAÇÃO
Por Starhawk (A dança Cósmica das feiticeiras)
Solitária, majestosa, plena em si mesma, a Deusa, Ela, cujo nome sagrado, não pode ser jamais
dito, flutuava no abismo da escuridão, antes do início de todas as coisas. E quando Ela mirou o
espelho curvo do espaço negro, Ela viu com a sua luz o seu reflexo radiante e apaixonou-se por
ele. Ela induziu-o a se expandir devido ao seu poder e fez amor consigo mesma e chamou Ela de
"Miria, a Magnífica".
O seu êxtase irrompeu na única canção de tudo que é, foi ou será, e com a canção surgiu o
movimento, ondas que jorravam para fora e se transformaram em todas as esferas e círculos dos
mundos. A Deusa encheu-se de amor, que crescia, e deu à luz uma chuva de espíritos luminosos
que ocuparam os mundos e tornaram-se todos os seres.
Mas, naquele grande movimento, Miria foi levada embora, e enquanto Ela saía da Deusa, tornava-
se mais masculina. Primeiro, Ela tornou-se o Deus Azul, o bondoso e risonho deus do amor.
Então se tornou Verde coberto de vinhas, enraizado na terra, o espírito de todas as coisas que
crescem. Por fim, tornou-se o Deus da Força, o Caçador, cujo rosto é o sol vermelho, mas, no
entanto, escuro como a morte. Mas o desejo sempre o devolve à Deusa, de modo que Ela circula
eternamente, buscando retornar em amor.
Tudo começou em amor; tudo busca retornar em amor. O amor é a lei, mestre da sabedoria e o
grande revelador dos mistérios.
Na compreensão humana primitiva a Mãe precedeu o nascimento do Pai. Percebemos isto em todos
os mitos sagrados anteriores ao patriarcado e quanto mais antigos são estes mitos, mais isso se
confirma.
O Culto à Deusa remonta a Era de Touro(4000 a.C. à 2000 a.C.), época em que o respeito ao
feminino e ao culto aos mistérios da vida e procriação estavam em seu apogeu. Na Era de Touro o culto
a Deusa teve seu apogeu, porém ele é muito mais antigo e suas origens são muito mais remotas, pois
pesquisas realizadas recentemente por arqueólogos norte-americanos apontam que o culto matriarcal e
à Deusa datam de mais ou menos 500.000 a.C.. Isto foi comprovado através de testes feitos com o
carbono 14 em alguns objetos ritualísticos com desenhos de Deusas encontrados em sítios
arqueológicos, que constatam suas origens no Paleolítico Inferior.
No final da Idade de Bronze (5000 à 2000 a.C.) também encontramos muitos indícios de culto à Deusa
Mãe. Descobertas feitas por toda Europa, África, Escandinávia e diversas outras localidade, comprovam
isso. Inúmeras estatuetas femininas esculpidas em marfim, barro, argila e pedra representando mulheres
com seios e ventres grandes (Vênus de Willendorf) foram descobertas nas proximidades de lugares
sagrados e sepulturas, o que simboliza algo respeitável e religioso.
Nas Eras que antecederam a agricultura, quando os homens viviam da caça e pesca, as mulheres
eram a base do lar, das artes, arquitetura e também eram as transmissoras da cultura ancestral e
religiosas. Enquanto os homens saiam para caçar, as mulheres realizavam os ritos sagrados para que a
caça fosse bem sucedida e para que eles pudessem retornar em segurança. Elas eram as Grandes
Sacerdotisas, Xamãs, curandeiras, parteiras e mantenedoras dos ritos e mistérios religiosos da Tribo.
Homens e crianças dependiam de seus cuidados e conhecimentos, por isso eram veneradas e
reconhecidas como Guardiãs dos Mistérios da Vida.
O beabá da Wicca - Bom para Iniciantes
A partir de 330 d.C. (quando o Catolicismo foi estabelecido como Religião Oficial) o culto à Deusa
começou a declinar e aos poucos o Cristianismo foi irrompendo toda Europa e se converteu como a
Religião da moda de Reis e Rainhas. Porém as pessoas comuns, os servos e servas, jamais
abandonaram a Religião Antiga. O povo do campo ou os pagãos (paganus= povo do campo), devido ao
seu contato direto com a natureza seguiram fiéis ao Paganismo e foi através deles que a Bruxaria
passou de geração em geração e chegou até nós na atualidade .
Das origens primitivas do neolítico e paleolítico surgiram todas as formas de magia e Religião,
inclusive e principalmente a Wicca.
O QUE É A WICCA...?
Como e quando surgiu umas das Religiões mais antiga do mundo...?
A Bruxaria é a antiga religião dos povos da Europa, que após quase 2000 anos de exclusão e
“desaparecimento” ressurgiu nos idos de 1940 sob o nome de WICCA.
A palavra Wicca vem do inglês arcaico wicce ou do saxão wich que significa “girar dobrar ou
moldar”.
Porém, vemos corruptelas deste termo em diversos outros idiomas sempre expressando algo
religioso e relacionado à Magia.
A Wicca é uma Religião que pretende celebrar a natureza e que busca sua inspiração nas
religiões pré- cristãs de culto à Deusa, nas celebrações dos ciclos anuais das colheitas, ao culto
do Deus fertilizador da Terra e várias outras expressões religiosas primitivas com uma forte
ligação com a natureza e com os ciclos da vida.
A Wicca baseia-se no equilíbrio e polaridade das energias, que através de ritos e magia coloca o
homem em contato direto com a natureza, resgatando assim o verdadeiro sentido da palavra
Religião (Religare= religar), religar o homem àquilo que ele foi desligado. O objetivo da Bruxaria
são: o auto- conhecimento, a harmonia com os ritmos do Sol e das Estações, a compreensão dos
poderes da natureza e a busca de um novo equilíbrio do homem com o seu meio.
A Bruxaria reconhece o Dualismo Divino e sendo assim reverencia a Deusa(Lua e Terra) criadora
de todas as coisas e o Deus(Sol) o poder fertilizador.
A energia estática, negativa e magnética seria a força da Deusa. A energia positiva, ativa e móvel
seria a força do Deus. Ambas são opostas e complementares, uma dá origem à outra, juntas são a
manifestação e equilíbrio do Universo.
A Wicca busca muito de sua inspiração nos mitos e Divindades celtas, gaulesas e irlandesas,
recorrendo entanto à fontes clássicas (greco-romana) e diversas outras tradições populares. Para
os conceitos da Bruxaria as palavras DEUSA e DEUS abarca toda a magnitude do Universo. Os
Deuses seriam a manifestação criadora da qual procedem todas as criaturas. Eles estão
presentes dentro e fora de nós, poder esse chamado de imanência.
A Bruxaria ensina seus praticantes à compreenderem o Universo, o nosso lugar e papel dentro
dele.
A utilização da Magia, entendida como um conjunto de técnicas capazes de manipular
positivamente certas energias naturais, é a parte prática que mais distingue a Wicca. As bases da
Bruxaria encontram-se na invocação e manipulação das forças energéticas presentes no
inconsciente coletivo, que devem ser trabalhadas por meio da intuição e emoção. As energias
divinas com as quais trabalhamos são as forças arquetípicas da psiquê humana. Um Bruxo
conhece, canaliza e utiliza corretamente esta energia.
O beabá da Wicca - Bom para Iniciantes
Os fundamentos da Bruxaria estão em conhecer, penetrar e respeitar a natureza que é a própria
manifestação da Deusa. A proposta da Bruxaria é harmonizar o homem com o ritmo da natureza e
fazer com que ele entenda as forças interiores e exteriores, pois é desta forma que se mantém o
equilíbrio e inter-relação com os Deuses.
A Bruxaria também se propõe à recuperar a complementaridade entre homens e mulheres, pois
cultua a Deusa e o Deus, mesmo dando à Deusa um papel preponderante, quer nas suas práticas
quer nos seus mitos.
Na atualidade onde dificilmente há lugar para expressão dos valores femininos e onde não existe
qualquer figura feminina como caráter sagrado principal, a perspectiva matrifocal da Wicca
contribui para sua divulgação tanto junto aos homens como das mulheres.
A Wicca é uma Religião onde não existem livros sagrados, hierarquia ou dogmas. É uma escolha
pessoal para aqueles que sentem que a sua percepção do sagrado não só não se enquadra nos
esquemas tradicionais, como é algo demasiadamente individual para se sujeitar ao conjunto de
regras e crenças que outros determinam.
A Bruxaria orienta que os poderes mágicos são latentes à todas as pessoas, porém devido ao
nosso modo de vida estes poderes se atrofiaram. O que Bruxaria faz é desenvolver e ampliar esta
força, assim como ensinar e auxiliar à providenciar uma atmosfera propícia na qual eles possam
se manifestar.
Os Wiccanianos são praticantes de uma Religião tão antiga quanto o próprio mundo, por isso
muitas das práticas e ritos têm sido adaptados à realidade de nosso mundo.
Bruxos são pessoas das mais variadas idades, posição social e raça que têm em comum uma
Religião voltada ao reencontro de um caminho espiritual harmônico com a Terra e com as
manifestações da natureza.
Os Wiccanianos são universalmente caracterizados pelo amor incondicional à natureza. Os
pagãos acreditam que a volta da ligação com a natureza é o único caminho para uma vida
harmônica e equilibrada, por isso todos os Ritos sagrados da Bruxaria estão centrados na
Estação do Ano e fases lunares.
Os Bruxos provavelmente são os precursores dos movimentos ecológicos e de inúmeros outros
movimento sociais que lutam e reivindicam igualdade entre os homens. A alegria e a satisfação
de viver são as bases da Bruxaria, pois ela é uma Religião de amor e prazer que permite a
manifestação da individualidade como é sentida, mas que também encoraja a responsabilidade
social e ambiental.
Os Bruxos não acreditam no dualismo de opostos absolutos do “bem contra o mal”. A Bruxaria
ensina que todas as coisas existentes têm o seu próprio lugar e funções e que devemos nos
empenhar em harmonizar todas as coisas.
A Bruxaria tem sua própria filosofia sobre a reencarnação e vida após a morte. Porém cada Bruxo
pode ter sua própria filosofa sobre o assunto, pois a Wicca não tem dogmas ou regras as quais
todos devem seguir.
Os Bruxos acreditam que todos devem cultuar os Deuses à sua própria maneira, pois não existem
leis que exijam que os Wiccanianos sigam uma maneira prescrita de liturgia.
Bruxos nunca comprometem seus filhos com a sua fé particular, pois acreditam que cada um
deve seguir o seu próprio caminho. As crianças sempre são ensinadas à honrar sua família,
amigos, a ter integridade, honestidade, a tratar a Terra como sagrada e a amar e respeitar todas
as formas de vida.
O fanatismo é repudiado pelos pagãos, assim como o proselitismo é inadmissível. Bruxos nunca
divulgaram sua Religião porta a porta. São extremamente discretos, pois acreditam que a
aproximação à Bruxaria deve resultar de uma escolha individual.
O movimento neo- pagão sempre cresceu e continua a crescer sem que para isso pessoas sejam
abordadas ou aliciadas à tornarem-se pagãos. A Bruxaria cresce em todo mundo por que seu
senso de liberdade, religiosidade e amor à natureza fundem-se dando abertura e compreensão ao
verdadeiro sentido de ser.
RAÍSES WICCANAS
O beabá da Wicca - Bom para Iniciantes
Não podemos analisar os Mistérios Wiccanos sem nos referirmos aos celtas e aos druidas das Ilhas
Britânicas. As antigas regiões da Irlanda, da Bretanha, da Escócia e do País de Gales evocam imagens
de reinos místicos e segredos ocultos, pois é ali que podem ser encontrados os mistérios do Caldeirão
de Cerridwen e dos ensinamentos das transformação ocultos na história de Taliesin. Ali também
encontramos os míticos Tuatha de Danann e muitas lendas esplendorosas de heróis míticos como Hu
Gadarn e Cuhulainn. É em tais lendas que podemos encontrar e desvendar os princípios dos
Ensinamentos Misteriosos.
Entretanto, as mais antigas Tradições de Mistérios européias conhecidas (exceção feita aos temas
alegóricos de Atlântida e Lemúria) originam-se, na verdade, das antigas regiões da Mesopotâmia, Egito,
Grécia e Itália, ou de regiões próximas. No mais das vezes, essas culturas antecedem a tradição celta
em cerca de mil anos ou mais. Nas terras célticas, os druidas também transmitiam uma Tradição de
Mistérios – uma mescla de crenças locais e influências externas. Muitos estudiosos atualmente crêem
que o culto dos druidas teria sido um resquício de um antigo clero indo-europeu. A Tradição de Mistérios
dentro da religião Wiccana teve origem na cultura neolítica da Grande Deusa da Antiga Europa, e não
diretamente das influências indo-européias sobre a religião celta de modo geral.
Em seu livro The Goddesses and Gods of Old Europe (University of California Press, 1982), a
professora Marija Gimbutas descreve a Antiga Europa como a região que compreende a Itália e a
Grécia, estendendo-se ainda pela Checoslováquia, o sul da Polônia e o oeste da Ucrânia. Gimbutas
afirma que nessa área, entre 7000 e 3500 a.C., teve origem o antigo culto matrifocal da Grande Deusa e
seu consorte, o Deus Cornífero. Ela se refere ao povo dessa região antiga como pertencendo a uma
cultura pré-indo-européia: matrilinear, agrícola, pacífica e sedentária.
Gimbutas prossegue descrevendo a Antiga Europa e seus aspectos singulares como cultura neolítica.
Em um de seus capítulos, ela descreve:
Entre 7000 e 3500 a.C., os habitantes dessa região desenvolveram uma organização social muito
mais complexa do que seus vizinhos ocidentais e do norte, formando comunidades que comumente se
agrupavam em cidadelas, inevitavelmente levando à especialização do trabalho e à criação de
instituições religiosas e governamentais. Eles descobriram por si sós a possibilidade de utilizar cobre e
ouro na confecção de ornamentos e ferramentas, e aparentemente desenvolveram uma escrita
rudimentar. Se definirmos civilização como a habilidade de um determinado povo de se adaptar a seu
meio ambiente e de desenvolver artes, tecnologia, escrita e relações sociais apropriadas, fica evidente
que a Antiga Europa atingiu um notável grau de sucesso.
É aqui, no culto neolítico da Grande Deusa da Antiga Europa, que surgiram os alicerces dos antigos
Mistérios Wiccanos. É aqui, portanto, que começaremos a relacionar os antigos segredos transmitidos
geração após geração. No decorrer de nossa exploração, observaremos o fluxo dos Ensinamentos
Misteriosos à medida que passam da região egéia à mediterrânea. Analisaremos como ingressam na
Itália e se mesclam às civilizações etrusca e romana. Partindo do sul da Europa, rastrearemos sua
corrente rumo ao ocidente, e os seguiremos em direção à Europa Setentrional, pois foi ali que os celtas
abraçaram os mistérios e os incorporaram a seu próprio sistema de crenças, o qual se tornou o que
convencionamos chamar de Tradição dos Mistérios Wiccanos.
Em seu livro The Mysteries of Britain (Newcastle Publishing, 1993), Lewis Spence afirma que os
ensinamentos druídicos surgiram de uma combinação da cultura mediterrânea neolítica com as crenças
nativas da antiga Bretanha. De acordo com Spence, antigos viajantes mediterrâneos da Nova Idade da
Pedra e da Idade do Bronze chegaram ao litoral briânico e introduziram o Culto aos Mortos, comum às
antigas crenças da Europa Setentrional de então. Com o início da Idade do Ferro, a ilha doa Bretanha
ficou isolada, e dessa forma as crenças celtas transformaram os ensinamentos importados numa religião
única ao povo celta.
A religião da Antiga Europa havia se espalhado pelo ocidente partindo do sul da Europa por volta de
4500 a.C., como comprova o descobrimento na Espanha e na França de ícones de estilo semelhante ao
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do antigo culto matrifocal da região e egéia-mediterrânea. Por volta de 3000 a.C., povos do
mediterrâneo, da Espanha e da Bretanha Menor se estabeleceram nas colinas ao sul da Inglaterra,
levando consigo à religião da Antiga Europa. O Culto aos Mortos, associado aos espíritos dos mortos,
com festivais celebrados em outubro e novembro, ainda sobrevive desde tempos longínquos na Itália e
na ilha da Sicília, bem como na Inglaterra. O historiador John Morris (University College, Londres), em
seu livro The Age of Arthur (cap. 8: “Pagan Ireland”), nos diz que povos da Sicília e do sul da Itália se
estabeleceram na Irlanda no terceiro milênio a.C. e introduziram tumbas derivadas dos túmulos em rocha
da Sicília e da Itália. Morris afirma que estes são o “povo de Partholon”, mencionado nos mitos
irlandeses.
Em algum ponto entre 600 e 500 a.C., os celtas invadiram a Inglaterra e se depararam com o antigo
Culto aos Mortos mediterrâneo. Spence atesta que os celtas a princípio temiam o Culto e nutriam temor
especial pelas sidhe (fadas), que na verdade eram os espíritos dos mortos. Outra interessante conexão
da Antiga Europa é dos primeiros etruscos (1000 a.C.) no norte da Itália, que acreditavam numa raça
mística conhecida como Lasa, também associada aos mortos (conhecidos posteriormente pelos romanos
como espíritos ancestrais chamados Lare). As similaridades na aparência e no folclore são muito
grandes para que sejam apenas coincidência.
Spence especula que os druidas eram, na verdade, um grupo sacerdotal sobrevivente ao Culto aos
Mortos mediterrâneo, os quais os celtas conseqüentemente vieram a respeitar e honrar após ocuparem a
Bretanha:
Os homens de Long Barrow eram comerciantes, viajando da Espanha para a Bretanha, num período
comumente determinado por volta de 2000 a.C., e o fato de terem adotado o Culto aos Mortos é
comprovado por seus hábitos de sepultamento. Outras raças os sucederam, mas, apesar de suas
crenças religiosas terem deixado algumas marcas, o Culto aos Mortos local permaneceu como fé oficial
e absorveu todas as outras posteriormente introduzidas, com o povo celta adotando seus princípios e
fundindo amplamente sua mitologia a ela... [O druidismo] surgiu de um Culto aos Mortos que vinha se
desenvolvendo durante a Antiga Idade da Pedra...
Assim sendo, os druidas se tornaram os sacerdotes da ilha, preservando as antigas tradições que se
fundiram numa nova e única religião celta. Devemos notar, entretanto, que Spence, apesar de nenhuma
culpa poder lhe ser imputada, erra quanto ao período dos homens de Log Barrow, confiando nas
errôneas evidências científicas disponíveis na época (a data mais provável é 400 a.C.).
Segundo consta, os celtas não possuíam templos até o período galoromano. Celebravam suas
cerimônias em santuários nas florestas, sob a direção dos druidas que haviam se tornado seus líderes
religiosos. O nome druida significa “conhecendo o carvalho”, ou “encontrando o carvalho”, e está
obviamente associado à prática de culto nos bosques. Após a influência dos romanos, os celtas
ergueram templos pagãos, muitos dos quais foram descobertos por arqueólogos tanto na Bretanha como
na Gália.
Os celtas foram o primeiro povo definido a formar uma cultura distinta nos territórios europeus ao norte
dos Alpes. Antes da metade do primeiro milênio, eles eram completamente desconhecidos para o mundo
civilizado mediterrâneo. Por volta do século IV a.C. foram catalogados pelos gregos como um dos mais
numerosos povos bárbaros do mundo conhecido de então (os outros eram os cítios e os persas).
É possível rastrear as origens das tribos celtas até a cultura de Túmulos da Idade do Bronze, que
atingiu seu apogeu por volta de 1200 a.C. Contudo, os celtas não figuram como povo distinto e
identificável até a época do período de Hallstatt (dos séculos VII a VI a.C.). Durante o período de
Hallstatt, os celtas se espalharam pela França, Ilhas Britânicas, e rumo ao leste a partir da Europa
Central. Bandos celtas também penetraram na Itália, Romênia, Trácia e Macedônia. Ali atacaram os
territórios etruscos, romanos e gregos, e foram posteriormente expulsos através dos Alpes pelas legiões
romanas.
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A partir da metade do primeiro século a.C., os celtas ficaram encalacrados entre o Império Romano
em expansão ao longo do Reno e do Danúbio e os invasores germânicos do sul. Ao final do século, os
celtas haviam perdido o controle sobre o continente e foram posteriormente contidos pelos romanos que
avançavam para invadir a Bretanha (pela primeira vez por volta de 56 a.C. sob o comando de Júlio
César). Como resultado sua cultura foi transformada por séculos de ocupação romana, e posteriormente
pela Igreja Católica Romana. As antigas tradições pagãs foram relegadas a uma sociedade oculta onde
sobreviveram na Antiga Religião da Wicca (bem como em muitas tradições folclóricas).
O foco do antigo culto, no entanto, não era centrado numa forma masculina, mas sim uma feminina.
Os primeiros ancestrais dos Wiccanos cultuavam a Grande Deusa, personificação dos mistérios
femininos. Como a Grande Mãe, ela refletia a misteriosa e poderosa natureza das mulheres, a qual lhes
consentia sangrar por dias sem enfraquecer e gerar outra vida humana. Não só esse poder era um
mistério para o homem antigo, como também o era para a mulher antiga. Por sua necessidade de
compreender (e de algum modo controlar) essas habilidades, as mulheres se isolaram dos homens e
formaram sociedades femininas.
Alguns estudos modernos muito convincentes parecem indicar que foram as mulheres quem primeiro
estabeleceram o sistema de tabus. Em alguns aspectos, apenas para se livrarem da atenção sexual dos
machos, mas também para estarem próximas umas das outras durantes os períodos de menstruação e
parto. As mulheres transmitiam o conhecimento das ervas que aliviavam a dor e reduziam os
sangramentos, bem como outros “segredos” aos quais os homens não tinham acesso. Durante o regime
patriarcal, os tabus permaneceram, mas com conotações diferentes dos originais.
Os homens naturalmente temiam o que não compreendiam e julgavam o sistema de tabus não como
um período em que as mulheres estariam isoladas e juntas, mas como uma situação que eles deveriam
evitar. Dessa forma, para os homens os processos de menstruação e parto se misturavam a medo e
ameaça. Tudo o que sabiam era que esses períodos os afastavam dos prazeres das relações sexuais e
causavam dor física às mulheres. Da imaginação comum à natureza humana durante um período de
segregação forçada, imagens negativas começaram a se desenvolver. Tais imagens negativas evoluíram
com o passar dos séculos para uma mentalidade que via erroneamente a menstruação como um
processo impuro e contagioso.
Foi em parte graças a essa mentalidade que o homem se afastou da espiritualidade do Culto à Deusa
e se aproximou do culto ao guerreiro-caçador. Por não poderem amamentar, menstruar ou parir ( e já
que seu papel na fecundação ainda não era completamente entendido), os homens buscaram uma
compreensão de sua própria relevância. Esse foi, no entanto, um processo lento, e muitos homens
permaneceram na religião matrifocal como sacerdotes. A maioria deles era de anciãos e caçadores
incapacitados, os quais, deixados para trás durante as caçadas e lutas, passavam a ser treinados por
xamãs femininas. Desse grupo de homens surgiu o que viria a se tornar o sacerdócio da Wicca. Com o
tempo ocorreu uma cisão entre as sociedades masculinas, e elas conseqüentemente se separaram em
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cultos de orientação solar e lunar. À medida que os homens ascendiam ao poder, passaram a desafiar a
estrutura de descendência matrilinear e a supremacia dos conceitos religiosos matrifocais.
A imagem da Grande Mãe permaneceu como uma força poderosa mesmo depois da mudança da
religião matrifocal para a patriarcal. A Igreja Católica manteve sua divindade na forma de Maria, a mãe
de Deusa. Até mesmo a própria Igreja passou a ser conhecida como a Sagrada Madre Igreja. A
necessidade de se ter uma fonte de cuidados próxima (à qual servir como nos tempos matrilineares)
nunca foi afastada do inconsciente do homem. A figura materna é a mais forte e duradoura imagem da
experiência humana.
Vilas que dependiam das terras cultivadas e dos animais domesticados apareceram pela primeira vez
no sudeste da Europa no sétimo milênio. Imagens da Grande Deusa Mãe entalhadas em pedra surgiram
na arte neolítica da Antiga Europa por volta de 6500 a.C., com imagens de deidades masculinas com
chifres. O grande número de imagens e estátuas descobertas por arqueólogos indicam um culto
matrifocal distribuído entre os povos da Antiga Europa. Esse antigo culto continha as origens das
crenças religiosas da Wicca.
Quando a palavra “Wicca” passou a ser conhecida pelo grande público, ela era usada como referência
à Antiga Religião européia pré-cristã. Atualmente, seu significado foi alterado para incluir uma visão mais
ampla dos conceitos neo-pagãos e de Nova Era. A Antiga Religião da Wicca foi originalmente um culto à
fertilidade que idolatrava buma Deusa e um Deus. Possuía, um certo estágio de sua evolução, uma
hierarquia que consistia de uma Suma Sacerdotisa e um Sumo Sacerdote, auxiliados por sacerdotisas e
sacerdotes. Essencialmente, a Wicca era uma religião da Natureza, enfocando as energias que fluem
sobre a terra com o passar das estações.
Examinaremos os fundamentos da Antiga Religião, apresentando uma visão do que ela foi um dia e
do que é hoje. Creio que é importante recuperar nossa herança e compreender nossa condição atual,
para que não nos esqueçamos de quem fomos e para que possamos saber quem somos hoje. Não
podemos esquecer que a Antiga Religião, fundada sobre as Leis da Natureza, possui em seu interior
certas leis, padronizadas de acordo com as da Natureza. A Tradição de Mistérios dentro da Antiga
Religião é um sistema através do qual os indivíduos podem aprender a evoluir espiritualmente por meio
de uma compreensão das leis metafísicas refletidas nas leis da Natureza.
As raízes culturais da Antiga Religião retrocedem aos tempos tribais da humanidade. Em suas
tentativas de compreender o mundo a seu redor, esse povos primitivos deram os primeiros passos em
direção à religião. Nas grandes manifestações de poder da Natureza, como tempestades e terremotos,
eles viam a ação de Seres maiores do que eles, aos quais posteriormente viram a chamar de Deuses.
Da tendência humana de personificar as coisas surgiu uma hoste de espíritos e deidades. As lendas da
Arte são repletas de histórias nas quais os deuses interagem com a humanidade. Até os mais comuns
mitos esotéricos tratamn de tais encontros. Parece então provável que a humanidade primitiva realmente
tenha entrado em contato com uma raça superior de Seres (Deuses ou indivíduos pertencentes a uma
sociedade avançada ainda mais antiga), que os impressionaram de modo a gerar uma veneração ritual.
Certamente existem muitos mistérios não solucionados (tais como Stonehenge, a planície de Nazcar e
as estátuas da Ilha da Páscoa) que nos propõem uma avaliação mais profunda.
Nos Antigos Caminhos, as lendas retratam Deuses que olhavam por seus seguidores, salvando-os da
Queda da Humanidade no correr da Primeira e da Segunda Era. Essas eras refletem as lendas da
Lemúria e da Atlântida. Não eram apenas os Deuses, contudo, que cuidavam da humanidade,
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orientando-a, mas também os antigos xamãs da tribos. Os primeiros xamãs eram em sua maioria
mulheres que, durante a rotina diária de colheita e preparo de alimentos, aprenderam os segredos das
ervas.
Antes do surgimento da agricultura, os humanos dependiam da vida animal e, dessa forma, dos
caçadores das tribos. Antigas lendas retratam bravos caçadores que, disfarçados de animais (com peles
e chifres), aproximavam-se mais das manadas. Com o passar do tempo, a imagem desses heróis com
chifres tornou-se a imagem do Deus que provia animais às tribos. Como previamente observado, os
heróis com chifres após determinado tempo não mais participavam das caçadas (normalmente em razão
de ferimentos) e sua condição especial dentro do clã lhes propiciava treinamento religioso e em magia
pelas xamãs femininas. Desse fato tiveram origem a Sacerdotisa e seu Sacerdote. Originalmente, as
mulheres dirigiam a tribo em assuntos religiosos ou espirituais, enquanto aos homens eram reservados
papéis secundários. As mulheres eram vistas como entes mágicos pelos homens por sua capacidade de
gerar rebentos, e por isso eles aceitavam sem contestação a dominação feminina. Apenas após
perceberem seu papel na procriação foi que os homens exigiram um papel mais determinante nos
assuntos religiosos. Isso trouxe com o resultado uma relação de parceria entre os sexos, ao contrário
das relações anteriores, de dominação. Posteriormente, os homens forma gradativamente forçados a se
tornar guerreiros além de caçadores, passaram a ter maior importância e conseqüentemente passaram a
exercer maior controle sobre todos os assuntos tribais.
A arte focada na Deusa, com sua notável ausência de imagens relacionadas à guerra e à dominação
masculina, reflete uma ordem social na qual as mulheres eram as líderes dos clãs ou em que as rainhas
sacerdotisas tinham papel central.
Marija Gimbutas, The Language of the Goddess
Gimbutas afirma que o culto à Grande Deusa da Antiga Europa sofreu um declínio gradativo a partir
de talvez 4300 a.C., pondo fim a seu reinado solitário por volta de 2500 a.C. (graças à expansão do
patriarcado dos indo-europeus). A partir de 2500 a.C., a religião da Europa resultou de uma fusão das
crenças matrifocais européias com as práticas patriarcais indo-européias (na maioria das regiões foram
da Europa Central, onde Gimbutas declara que o culto à Grande Deusa foi obliterado).
Ela escreve também que, no sul e no oeste da Europa, houve muito mais resistência, o que
possivelmente explicaria o porquê de muitos dos antigos ensinamentos de Mistérios europeus terem sido
preservados por tradições como a Strega italiana (um culto de bruxaria ainda hoje existente):
As regiões egéia e mediterrânea e a Europa Ocidental resistiram mais ao processo; ali, especialmente
nas ilhas de Thera, Creta, Malta e Sardenha, a cultura da Antiga Europa floresceu através de uma
invejavelmente pacífica e criativa civilização até 1500 a.C., de mil a 1500 anos depois da transformação
completa da Europa. Contudo, a religião da Deusa e seus símbolos sobreviveram como subcorrente em
muitas áreas.
Roma viria a conquistar praticamente todo o mundo conhecido na época. Os soldados da ocupação
romana espalharam o paganismo italiano de sua vilas rurais por todas as terras conquistadas e
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ocupadas (em contraste com a religião do Estado romano, à qual o povo comum, na melhor das
hipóteses, prestava juramentos falsos). Isso explicaria muitas das semelhanças entre as crenças e
práticas do norte e do sul da Europa pagã. No ano de 43 d.C., os romanos invadiram oficialmente a
Bretanha (ao contrário da incursão anterior de César) e mantiveram a ilha sob seu poder até por volta da
metade do século V (410 d.C, segundo os registros romanos). Tamanha foi a influência dos quase 400
anos de ocupação romana que a cultura, a arte religiosa e a arquitetura celta foram irremediavelmente
alteradas.
Gerald Gardner, no capítulo seis de seu livro The Meaning of Witchcraf (Weiser, 1976), relaciona a
tradição dos Mistérios Romanos e da Vila dos Mistérios em Pompéia às cerimônias de iniciação da
Wicca celta. Ela afirma:
Agora, isso pode significar que os verdadeiros segredos de magia chegaram à Bretanha através dos
Mistérios, o que vale dizer, antes do ano 100, e que as bruxas britânicas eram apenas sábias das
aldeias... Em tal período as idéias religiosas eram compartilhadas e adotadas livremente; mas é possível
que certas idéias e práticas tenham chegado à Bretanha através dos Mistérios trazidos pelos romanos.
Fazendo justiça à intenção de Gardner, ele não cria que essa possibilidade representasse a verdade
absoluta, e acreditava firmemente que a Wicca representasse a sobrevivência do paganismo da Europa
Ocidental (o qual Gardner ignorava tivesse surgido na Europa Setentrional). Para entender as origens da
Wicca pré-cristã, devemos nos debruçar sobre a História Antiga e a civilização humana.
À medida que os humanos passaram a construir cidades e impérios, as visões religiosas das filosofias
solar e lunar começaram a se distanciar. Os aspectos controladores, reguladores e dominantes das
filosofias solares pareciam mais adequados para se conquistar e controlar os inimigos mais rapidamente
que os aspectos influentes, intuitivos e cooperativos das filosofias lunares. Isso, com o tempo, levou à
formação de duas religiões pagãs distintas. Contudo, uma vez que eram os homens a deter os poderes
político e militar, bem como a reger os Ritos Solares, os Cultos Lunares acabaram por se tornar ilegais
em razão do receio de que pudessem ameaçar a supremacia do Culto Solar.
Os Cultos Lunares passaram a praticar seus ritos em segredo, longe das áreas urbanas. As florestas e
as montanhas se tornaram templos para os cultuadores da Lua. Apesar do domínio dos homens de
orientação solar, o coração do povo pulsava no ritmo Lunar (com a Deusa). Cultos secretos abundavam,
como os Benandanti italianos, que lutavam contra espíritos maléficos, carregando cajados com hastes de
erva-doce na ponta ao defender as plantações na colheita. Outras sociedades surgiram para preservar e
proteger os Antigos Caminhos (como a Sociedade de Diana).
O Culto da Bruxaria e outras Tradições de Mistérios floresceram até o século IV, quando os primeiros
cristãos saquearam e destruíram templos pagãos e proibiram a prática de ritos. Em 324, o imperador
Constantino decretou que o cristianismo passaria a ser a religião oficial do Império Romano. Templos
pagãos foram destruídos ou convertidos em igreja cristãs. Gradativamente, com o passar dos anos, os
costumes pagãos foram absorvidos pelo cristianismo, e a Antiga Religião passou a ser desertada pela
população, passando a existir apenas nas sombras. Somente pequenos grupos de pessoas se reuniam
nos antigos locais para celebrar os ritos sazonais, pois a maioria temia os fanáticos cristãos, apesar de
os habitantes de vilas e cidades ainda consultarem a bruxa local buscando curas e auxílio mágico.
No Sul da Europa, certas regiões ainda se atinham fortemente à Antiga Religião. A Toscana, no norte
da Itália, era provavelmente o maior centro de paganismo, seguida de perto pela região do Benevento no
centro baixo da Itália. Com o tempo, entretanto, até mesmo esses focos de resistência sucumbiram ante
o poder da Igreja cristã. Em 662, um sacerdote cristão chamado Barbatus tentou, em vão, convertê-lo. O
imperador Constans II levantou cerco a Benevento, ameaçando aniquilar sua população. Barbatus
recebeu a promessa do imperador de que a cidade seria poupada se seus habitantes renunciassem ao
paganismo. Romualdus concordou com essas condições. Em 663 Constans levantou seu cerco e
Barbutus foi escolhido bispo de Benevento. Os locais de culto pagão foram destruídos e o cristianismo
substituiu oficialmente o paganismo.
O beabá da Wicca - Bom para Iniciantes
No norte e no oeste da Europa, a Antiga Religião sofreu intensa perseguição. Os antigos deuses
pagãos locais ainda eram cultuados em pequenas aldeias, e muitos povoados possuíam uma sábia ou
um sábio entendido em ervas e encantamentos. A igreja atacou violentamente esses indivíduos,
rotulando-os de agentes de Satã e utilizando os versos bíblicos contra eles, o que resultou em sentenças
de morte por prática de bruxaria.
Tudo o que sobreviveu das crenças, cultos e práticas pagãs foi julgado demoníaco e eliminado pela
teologia e pela lei cristã. O Sínodo de Roma em 743 baniu quaisquer oferendas ou sacrifícios a deuses
ou espíritos pagãos. O Sínodo de Paris, em 829, emitiu um decreto advogando a execução de bruxas,
feiticeiras, etc., citando as passagens bíblicas do Levítico 20:6 e do Êxodo 22:18. o mais antigo
julgamento resultando em pena de morte ocorreu em 102 em Orleans, França, Execuções de bruxas
ocorreram desde 1100, mas a prática não era aceita até 1300. A primeira execução na Irlanda foi a da
Dama Alice Kyteler, em 1324. o primeiro julgamento público , na França, aparentemente ocorreu em
1335, envolvendo uma certa Anne-Marie de Georgel.
Um dos mais antigos exemplos de legislação secular contra a bruxaria foi instigado no século XII por
Rogério II, rei normando das Duas Sicílias. Ele afirmou que o preparo de poções do amor, funcionando
ou não, era crime. Em 1181, o Doge Orlo Malipieri de Veneza também editou leis punindo poções e
magia. Apesar de a bruxaria ser um crime punível oficialmente por todo o século XIII, a febre das bruxas
do norte da Europa não atingiu o sul da Europa até uniformizar o início do século XV.
Bulas papais, como a editada por Inocente VII em 1484, transformaram a perseguição às bruxas numa
epidemia descontrolada. Nos primeiro ano após sua publicação, 41 pessoas forma queimadas em Como,
Itália, após as diligentes investigações dos Inquisidores Dominicanos. Em 1510, 140 bruxos foram
queimados em Brescia e 300 mais em Como três anos depois. Em Valcanonia, 70 pessoas foram
queimadas e o Inquisidor declarou ter outras 5.000 sob suspeita. A Alemenha assistiu a mais de 6.000
execuções e os números totais da Europa Setentrional são estimados em 50.000 durante o período da
Perseguição, França e Inglaterra efetuaram menos de 2.000 execuções, enquanto a Europa Oriental
totalizou aproximadamente 17.000.
Em 1951, o Parlamento da Inglaterra revogou as últimas leis contra a bruxaria. Pouco tempo depois,
surgiu na Grã-Bretanha uma renovação do Culto. Em 1954 e 1959, Gerald Gardner publicou seus livros,
Witchcraft Today e The Meaning of Witchcraft (Macmillan, 1922), que revelaram muito acerca da real
natureza do Culto. O próprio Gardner eras um bruxo inglês, e muito fez para mudar a imagem dos bruxos
influenciada pelo cristianismo. Por mais estranho que pareça, os ritos revelados por Gardner contêm
muitos aspectos da bruxaria italiana. O nome italiano Aradia surge no Sistema inglês, junto ao texto
originalmente em italiano chamado The Charge of The Goddess.
Dois homens cujas pesquisas exerceram grande influência sobre Gerald Gardner foram Charles
Leland e James Frazer. Leland estudou e pesquisou a bruxaria italiana no final do século XIX e Frazer foi
notabilizado por sua pesquisa acerca da relação entre magia e religião. Ambos eram autores com obras
publicadas; Leland escreveu Aradia – Gospel of the Witches, além de Etruscan Magic & Occult
Remedies (University Books, edição de 1963), e Frazer escreveu The Golden Bough (Macmillan, 1922),
que foi, por muitos anos, um clássico na área.
Muitos dos elementos da Wicca, como relatados por Gerald Gardner, podem ser encontrados nos
primeiros trabalhos de Leland e Frazer. A conhecida Sagração à Deusa, por exemplo, origina-se
claramente do texto italiano encontrado em Aradia – Gospel of the Witches, de Leland, escrito quase
meio século antes da versão Gardneriana. A prática cerimonial de bruxos realizarem encontros ao
natural, o culto a uma Deusa e um Deus, e a prática da magia também são anteriores aos escritos de
Gardner e são mencionados em Aradia – Gospel of the Witches (publicado em 1890). Tratei
extensivamente desse tema em meu livro Ways of the Strega (Llewellyn, 1995), apresentando abundante
documentação histórica corroborando essa idéia.
O beabá da Wicca - Bom para Iniciantes
Durante os anos 1950 e 1960, a Wicca cresceu e se desenvolveu em partes da Europa, nos Estados
Unidos e na Austrália. Surgiram muitas revistas Wiccanas e neopagãs, criando uma rede para a
comunidade pagã. Dois dos mais bem-sucedidos periódicos eram Green Egg e Circle Network News, os
quais ainda hoje são publicações importantes. Outras, como The Crystal Well, Harvest e The Shadow’s
Edge forma periódicos importantes em sua época. A Wiccan Pagan Press Alliance (WPPA) serve
atualmente como sistema de rede e apoio para escritores e revistas na comunidade pagã.
Durante o final da década de 1960, a Wicca oferecia uma espiritualidade alternativa a uma nova
geração, e muitos dos que se envolveram com o movimento hippie desaguaram na Wicca. A Wicca era
menos severa e dogmática do que os sistemas judaico-cristãos ainda dominantes nos anos 60. Isso
oferecia grandes atrativos a uma geração que já vinha questionando a sociedade e as instituições que a
apoiavam.
A Wicca também atraiu aqueles que haviam sofrido emocionalmente com o establishment e a Igreja,
em razão de estilos de vida alternativos ou pontos de vista não-convencionais. Após o movimento hippie,
que ensinara amor e individualidade, surgiu o movimento da Nova Era. Esse movimento introduziu o uso
de cristais, freqüências de ondas mentais, alienígenas e tudo o mais que surgisse. Talvez mais do que
qualquer outra, a mensagem enfocada pela Nova Era enfatizava o Self, a Individualidade. Não eram os
mesmos ensinamentos acerca da individualidade dos anos 60; era muito mais abrangente e difuso.
A década de 1980 talvez tenha assistido às mais significativas mudanças até agora. A filosofia da
Nova Era germinou na Wicca e encontrou solo fértil na mente aberta de seus praticantes. Em
pouquíssimo tempo, muitas crenças Wiccanas foram modificadas e alteradas para acomodar uma nova
geração. Essa década assistiu também a uma abundante produção de livros sobre a Wicca e outros
assuntos correlatos. Novas tradições surgiam lá e cá, todas com uma idéia diferente ou um novo
enfoque. Essa década desviou o foco das antigas tradições Wiccanas em favor de sistemas ecléticos.
Agora, na década de 1990, temos visto a crescente popularização dos boletins computadorizados tais
quais os fornecidos por servidores como Compuserve e Americana OnLine (AOL). Esses serviços
oferecem um fórum para que os Wiccanos e neopagãos possam discutir uma variedade de tópicos e
formular e responder perguntas. Alguns assinantes formaram Cyber Covens, celebrando rituais on-line
através do modem dos computadores. Pessoalmente, tenho minhas reservas quanto ao assunto, mas é
interessante observar essa evolução moderna da Wicca.
Por causa de algumas das modificações dentro da Wicca moderna, muitos dos antigos praticantes
passaram a utilizar o termo Witch (Bruxo) em vez de Wiccanos para descrever a si mesmos. Esse
fenômeno passa a ser especialmente curioso quando se considera que há não muito tempo muitas
dessas mesmas pessoas preferiam utilizar o termo Wiccano em razão da incompreensão do público
quanto ao verdadeiro significado do que seja um Bruxo. O uso atual desse termo aparentemente indica
um desejo de ser identificado como praticante de um sistema de crenças mais antigo e tradicional.
Atualmente, a Wicca é formada em grande parte por tradições autogeradas fortemente fundamentadas
em material eclético. Quando alguém se intitula Wiccano hoje, pode ser que se identifique com um sem-
número de crenças ou práticas que um outro Wiccano não necessariamente aceitaria.
Quando descrevo a Wicca atual como uma religião da Nova Era, se comparada à Wicca de algumas
décadas atrás, acodem-me algumas impressões. A Wicca é como uma árvore, e quer me parecer que as
Antigas Tradições Wiccanas são as raízes. As novas Tradições Wiccanas são como as flores que se
renovam na primavera, e talvez essa Nova Era seja mais uma primavera. A fragrância das flores difere
da fragrância da madeira da velha árvore na qual elas crescem. Talvez a fragrância das flores seja a
emanação do espírito da árvore, a essência do que a árvore produz.
Para que uma árvore floresça e continue a produzir flores e sementes, ela necessita de um sistema
seguro de raízes para nutrir os novos brotos. É muito fácil nos deliciarmos com as flores enquanto
esquecemos da planta como um todo. As raízes de uma planta a sustentam em condições adversas. Em
muitos casos, a planta pode aparentemente desaparecer, mas a raiz sob o solo restabelecerá a planta
O beabá da Wicca - Bom para Iniciantes
novamente em condições ideais. Temo que, atualmente, o objetivo principal da comunidade Wiccana
seja o de produzir belas flores, e que o conhecimento da árvore como um todo esteja se perdendo.
O que os antigos Wiccanos preservaram com suas vidas? Uma coleção de encantos e rituais? Seria
apenas um confortável conjunto de crenças pré-cristãs que eles preferiam? Não – o que eles protegiam
era, isso sim, uma mentalidade e uma espiritualidade. Os instrumentos e as chaves para o entendimento,
através do qual os mistérios podiam ser acessados, eram mais importantes do que suas próprias vidas.
Eles estavam protegendo as raízes da árvore.
Um de meus professores certas vez me disse que, se não temos nada pelo que valha a pena morrer,
então não temos nada pelo que valha a pena viver. Será que arriscaríamos nossas vidas atualmente
para proteger nossos Livros das Sombras se condições como as da Inquisição ainda existissem? Será
que realmente compreendemos o que era tão precioso aos nossos ancestrais Wiccanos? Há uma velha
história sobre um grupo de bruxos que caminhou mar adentro rumo à morte para não ser apanhado pela
Inquisição. À medida que avançavam na água, eles entoavam os nomes sagrados da Deusa, até que a
última de suas vozes foi silenciada sob as ondas. Esses eram bruxos que compreendiam os mistérios.
A Wicca é como uma árvore com ramos abertos, fornecendo abrigo e alimento a todos os que em sua
sombra buscam refúgio. A primavera restaura o crescimento que surge sob os galhos, e da velha
madeira da árvore surge então seu fruto. Ocultas sob isso tudo estão as raízes que suportam a árvore,
mantendo-a de pé. Se essas raízes são bem alimentadas, a árvore floresce. Se as raízes não recebem
coisa alguma, conseqüentemente a árvore fenecerá e tombará com o passar do tempo. As raízes da
árvore que hoje chamamos Wicca necessitam de nossa atenção. Vamos nos deter e cuidar de nosso
antigo jardim.
DATAS
EVENTOS
6500 a.C.
Período neolítico inicial no sul da Itália
6000 a.C.
Período neolítico inicial na Ibéria
5300 a.C.
Período neolítico inicial na Europa Centra
5000 a.C.
Período neolítico inicial no norte da Itália
4500 a.C.
Período neolítico inicial na Bretanha
4000 a.C.
Long Barrow
O beabá da Wicca - Bom para Iniciantes
3500 a.C.
Civilização suméria
3000 a.C.
Civilização egípcia
2500 a.C.
Civilização minóica
2000 a.C.
Civilização grega
1000 a.C.
Civilização etrusca
753 a.C.
Civilização romana (fundação de Roma)
700 a.C.
Surgimento dos celtas
600 a.C.
Colônias gregas na Itália influenciam etruscos
500 a.C.
Celtas invadem Bretanha
400 a.C.
Celtas invadem o norte da Itália
300 a.C.
Celtas invadem Grécia
100 a.C.
Etruscos absorvidos por Roma. Celtas expulsos da Itália
50 a.C.
Invasão romana da Gália
43 d.C.
Invasão romana da Bretanha
150 d.C.
Celtas conquistados pelos romanos. Bretanha e Gália sob jugo romano
410 d.C.
Retirada romana da Bretanha
HOJE EM DIA
O beabá da Wicca - Bom para Iniciantes
Muitas vezes chamada de Bruxaria, Paganismo, Religião da Deusa ou A Arte, a Wicca não é uma
fantasia de mentes deturpadas ou de pessoas que se supõem dotadas de poderes mágicos, mas sim
uma religião capaz de acolher pessoas das mais variadas idades, raças, posições sociais de ambos os
sexos que vêem em seus ritos e filosofia uma forma de se conectarem com o Divino e com a natureza.
Ela é a antiga religião dos europeus que ressurgiu publicamente na Inglaterra e inúmeros países da
Europa à partir de 1951, quando as últimas das leis contra a Bruxaria foi revogada. Só então Wicca pode
sair das brumas que tinham ofuscado o brilho da Deusa da Terra por quase 2000 mil anos de exclusão e
aparente esquecimento.
A maioria dos Wiccanianos, muitas vezes chamados de Bruxos Modernos são pessoas perfeitamente
comuns, como as que você se depara todos os dias em sua vida cotidiana. Alguns têm ocupações
ocultista e são tarólogos, astrólogos, runemais, o que pode ser uma vantagem para vestir-se em um
estilo diferente, mas são definitivamente uma minoria.
Eles podem ser velhos ou jovens, homens e mulheres. Algumas pessoas esquecem freqüentemente que
em alguns países mais homens foram executados por praticarem Bruxaria do que mulheres e por isso
muitos pensam que a Wicca é uma religião exclusivamente de mulheres.
Hoje não só na Inglaterra e EUA, onde a Bruxaria encontra-se mais organizada, desenvolvida,
estruturada e com grupos legais e reconhecidos, mas em todo mundo, encontramos pessoas comuns
das mais variadas profissões e escalas sociais que se reúnem frequentemente para celebrar a Deusa e
praticam uma religião tão antiga quanto a vida.
Muitas pessoas afirmam que a Bruxaria desapareceu depois da caça às Bruxas na Idade Média. A
Bruxaria foi ofuscada pela perseguição mas não eliminada.
As Bruxas sobreviventes tiveram que ter mais cuidado com suas práticas religiosas, mas continuaram a
praticá-la.
Hoje à beira do no novo milênio, quase 2000 anos após a Inquisição, a figura tradicional da velha Bruxa
ainda existe.
A Bruxaria e Bruxos foram proeminentes em vários países do mundo. As pessoas ocasionalmente se
reportam a livros e praticantes europeus, pois a Wicca teve início e encontra suas raízes na Europa.
Porém, hoje a Bruxaria encontra-se difundida em todo mundo. Vemos suas manifestações não só no
Reino Unido, mas também na Costa de Marfim, México, África do Sul, Brasil, Argentina e inúmeras
outras localidades ao redor do mundo.
A Wicca torna-se uma religião, antes de minoria, agora um movimento crescente principalmente entre a
faixa etária que vai dos 15 aos 30 anos. Tem possivelmente, em alguns países ocidentais, mais
praticantes do que algumas religiões oficialmente aceitas. A Wicca é reconhecido agora, até mesmo por
alguns corpos governamentais como o exército americano, como uma religião de oficial. Até mesmo na
Inglaterra, os Sacerdotes e Sacerdotisas Wiccanianos foram autorizados à visitar prisões e Casas de
Detenção.
Nós pagãos, muitas vezes passamos por perseguições, somos ridicularizados e muitas vezes ainda,
apontados como criminosos.
Tais fatos se devem as falsas idéias enraizadas na mentes das pessoas.
Para ser sincero, desde que nascemos, escutamos histórias onde o vilão sempre é uma bruxa má, que
come criancinhas, ou será que você nunca ouviu falar nas história da branca de neve e joão e maria...?
A figura nestas histórias são aterrorizantes, monstruosas...elas cometem as mais variadas
barbaridades...ou será que você nunca ouviu aquela em que a bruxa velha e má, com um verruga no
nariz coloca o menino dentro do caldeirão para comê-lo depois...?
Creio ser de suma importância explicar que nós pagãos, não somos ruins.
Não possuímos o mau hábito de adorar diabos, isto facilmente se explica pelo fato, de que, para nós,
não existem diabos, demônios ou coisas do gênero.
Outra questão, fruto da imaginação fértil de pessoas mau informadas, é o fato de afirmar que os pagãos
realizam sacrifícios com moças virgens, criancinhas, animais e que bebem sangue, ARGHHHHHH!!!
O pior de tudo, é saber que as pessoas escutam e, pior ainda, acreditam nisso!!!
É claro que existem pessoas que se dizem pagãos e que cometem atrocidades, mas, se você for
analisar um pouquinho além do que está nas linhas dos jornais e bocas dos jornalistas nos noticiários da
TV, verá que na verdade a tal pessoa NÃO É PAGÃ, mas, sim, um louco... fanático qualquer.
O beabá da Wicca - Bom para Iniciantes
Posso assegurar que os pagãos, são pessoas pacíficas, amorosas, que amam e respeitam a vida!!!
Por falar em respeito, respeitamos todos os credos, respeitamos a liberdade de cada um em escolher o
que é melhor para si.
A verdade, é que, o que é verdade para um, para o outro não passa de um assunto sem nexo.
Prova disso, é você ser católico e eu ser wiccan... não entendeu? Vou tentar ser mais claro:
POR QUE SER PAGÃO? POR QUE SER WICCAN?
Primeiro, porque, para meu íntimo, esta é a verdade! O que para você pode não ser, e isto já disse
acima.
Além do fator verdade, quando adotamos uma religião, a adotamos porque por um tempo, procurávamos
algo que nos preenchesse...para isto, dedicamos horas e horas de estudo, meditações, para cada vez
mais nos aprofundar no espírito dela para saber se realmente é o que queríamos...de repente, pluft....
eureka!!! É esta!!!
Outra verdade, é que necessitamos de uma religião.
Religião, pode ser mais facilmente entendida se a entendermos como caminhos.
Se não me engano, na bíblia, há um capítulo que diz: "há um caminho certo e muitos errados..." É isto
mesmo...? Me corrijam se eu estiver errado!!!
Voltemos à questão da religião vista como caminhos.
Hoje em dia, temos o catolicismo, a umbanda, o kardecismo, o candomblé, etc, etc, etc, etc e a Wicca, o
paganismo.
Quando alguém escolheu uma religião, ou seja, um caminho, o escolheu de acordo com suas
necessidades, e principalmente, sua necessidade espiritual. Buscou... encontrou...Congratulations!!!
Qual o caminho...?
Isto é o que menos importa. O que importa é que sendo qualquer um, é um caminho e se foi escolhido,
então, este é o caminho certo (PARA VOCÊ) que a bíblia tenta dizer. Confuso...? Não!!!
Reflita no que estou dizendo. Não existe certo ou errado. Lembra do que disse acima...?
E por que não a bruxaria, a Wicca, o paganismo em todas suas trilhas...?
O paganismo, Wicca e afins, oferecem a mesma capacidade de realizações física, mental e espiritual,
desde que o pretendente à nova religião tenha buscado de maneira cuidadosa e sincera. Se a busca foi
baseada nesses termos, este também será o caminho CERTO! PONTO FINAL!
Quase todas religiões possuem lugares próprios para seus cultos de adoração. Os wiccans possuem
como lugar próprio de adoração seu círculo magico, que pode ser aberto em seu próprio quarto, sala,
área de serviço ou ainda a própria natureza, e o mais legal, ser aberto num dia de chuva em seu quarto e
no dia seguinte, com uma noite repleta de estrelas e a Lua Cheia linda e esplendorosa, aberto num
parque próximo de sua casa.
Muitos se reúnem em grupos, os chamados covens, outros, por falta de amigos adeptos da religião
seguem seu caminho solitariamente e não deixam de ser Wiccans por isso.
O paganismo, em particular a Wicca, na verdade possui membros em todas as partes do mundo. Somos
uma gigantesca e antiga família, que busca a liberdade e que adora a Grande Deusa.
Certamente existem muitas variações de crenças e conceitos entre os vários ramos da Wicca. Em bora
os ritos, símbolos e costumes possam ser diferentes, todas as Tradições apoiam-se em pontos comuns:
*Convicção na reencarnação.
* Crença nos aspectos femininos e masculinos do Divino.
* Respeito na mesma proporção não só a seres humanos, mas para a Terra, animais e plantas.
* Observação da mudança das Estações do ano, com 8 Sabás Solares e entre 12 e 13 Esbás
Lunares(21 ritos anuais).
* Repúdio ao proselitismo, pois pessoas só se tornam Bruxas por escolhas própria.
* Igualdade à mulheres e homens, pois ambos são complementares, apesar de sempre a mulher ser
enfocada.
* Realização dos Ritos no interior de um Círculo Mágico, pois os Círculo é um espaço sagrado usado
para a adoração.
* Importância aos “3 Rs” : REDUZIR, REUTILIZAR , RECICLAR.
* O sentido de servidão à Terra.
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* A estima por todas as Religiões e liberdade religiosa.
* O Repúdio por qualquer forma de preconceito.
* Conscienciosidade em relação à cidadania. RESPOSTAS PARA AS DIVERSAS DETURPAÇÕES
ATRIBUÍDAS À BRUXARIA * Bruxos não acreditam nem honram a Deidade conhecida como Satã.
* Bruxos não sacrificam animais ou humanos.
* Bruxos não usam fetos abortados em rituais.
* Bruxos não renunciam formalmente o Deus Cristão, apenas creditam em outros aspectos divinos.
* Bruxos não odeiam os cristãos, a bíblia ou Jesus, nem são anti- cristãos, apenas não são cristãos.
* Bruxos não são sexualmente anticonvencionais.
* Nos Sabás e Esbás não são utilizadas nenhuma droga ou são feitas orgias sexuais.
* Bruxos não praticam necessariamente Magia Negra.
* Bruxos não forçam ninguém à fazer algo que agrida o seu interior.
* Bruxos não estão tentando subverter o Cristianismo.
* Bruxos não profanam Igrejas Cristãs, hóstias ou bíblias.
* Bruxos não fazem pacto com o Diabo.
* Bruxos não cometem crime em nome de sua Religião.
TRADIÇÕES
Segundo o dicionário “Tradição é um método específico de ação, atitude ou ensinamentos que são
passados de geração para geração”. Na Wicca, a palavra Tradição tem um significado diferente: uma
Tradição é um conjunto específico de rituais, ética, instrumentos, liturgia e crenças . Resumindo, uma
Tradição é um subgrupo específico dentro da Wicca.
Hoje muitas pessoas estão confundindo o que é uma Tradição da Bruxaria. Muitos afirmam que a
Wicca é uma Tradição, o que não é verdade!
A Wicca não é uma "tradição", mas sim uma Religião que possui diversas Tradições. Cada Tradição
tem sua própria estrutura, rituais, liturgias, mitos próprios que são passados de praticante para
praticante. Mas todas elas seguem o mesmo princípio filosófico:
a) A celebração da Deusa e do Deus através de rituais sazonais ligados à Lua e ao Sol, os Sabás e
Esbás
b) O respeito à Terra, que é encarada como uma manifestação da própria Deusa.
c) A magia é vista como uma parte natural da Religião e é utilizada com propósitos construtivos, nunca
destrutivos
d) O proselitismo é tido como inadmissível
A Filosofia, os ritos, as concepções são muito diversas e radicalmente diferentes de uma Tradição
para outra, com freqüência isso ocorre dentro de duas dissidências da mesma Tradição.
Às vezes uma Tradição pode não reconhecer um iniciado em outra Tradição e por isso é muito comum
ouvirmos relatos de Bruxos que se iniciaram em duas, três ou quatro Tradições distintas. Outras
Tradições porém são mais flexíveis e acolhem Bruxos de outras Tradições em seu segmento.
Cada Tradição tem seu próprio Livro das Sombras, contendo seus Ritos sagrados e idéias sobre a
Divindade e é muito comum uma Tradição afirmar que o seu Livro é o único descendente do primeiro
Livro das Sombras redigido.
Outro ponto de divergência entre as Tradições relaciona-se à hierarquia. Algumas são extremamente
hierárquicas, enquanto em outras a hierarquia é inadmissível e tida como tabu.
Algumas Tradições aceitam e incentivam seus membros à praticarem a Bruxaria sozinhos, enquanto
em outras é terminantemente proibido a prática mágica de qualquer tipo fora do Coven e sem a
supervisão do Sacerdote ou Sacerdotisa.
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Isto ocorre porque na Wicca não existem nenhum dogma ou liturgia fixa e na maioria das vezes o
único ponto em comum que une as inúmeras Tradições é a crença na Deusa, criadora de tudo e de
todos e a supremacia Dela em seus cultos.
Talvez seja esta ausência de coesão que tenha conseguido fazer com que a Bruxaria sobrevivesse
através dos século, depois de tantos massacres, cruzadas e propagandas enganosas. E talvez seja esta
mesma falta de coesão que faça tantas pessoas se voltarem às práticas Pagãs, pois a Bruxaria é uma
Religião adequada àqueles que sentem que sua forma de contatar o Divino é demasiadamente individual
para se adaptar às imposições e dogmas estabelecidos pela maioria das Religiões.
Por necessidade, estas definições são gerais, pois cada Bruxo mesmo que faça parte de uma
Tradição específica poderia definir seu caminho como sendo diferente.
A TRADIÇÃO 1734: Tipicamente britânica é às vezes uma Tradição eclética baseado nas idéias do
poeta Robert Cochrane, um auto-intitulado Bruxo hereditário que se suicidou através da ingestão de uma
grande quantidade de beladona. 1734 é usado como um criptograma(caracteres secretos) para o nome
da Deusa honrada nesta tradição.
TRADIÇÃO ALEXANDRINA: Uma Tradição popular que começou ao redor da Inglaterra em 1960 e foi
fundada por Alex Sanders.
A Tradição Alexandrina é muito semelhante à Gardneriana com algumas mudanças menores e
emendas. Esta Tradição trabalha à maneira de Alex e Maxine Sanders, que diziam terem sido iniciados
por sua avó em 1933. A maioria dos rituais são muito formais e embasados na Magia cerimonial. É
também uma tradição polarizada, onde o Sacerdotisa representa o princípio feminino e o Sacerdote o
princípio masculino. Os rituais sazonais, na maior parte são baseados na divisão do ano entre o Rei do
Azevinho e o Rei do Carvalho e diversos dramas rituais tratam do tema do Deus da Morte/Ressurreição.
Como na Tradição Gardneriana a Sacerdotisa é elevada autoridade máxima. Entretanto, os precursores
para ambas Tradições foram homens.
Embora similar a Gardneriana, a Tradição Alexandrina tende a ser mais eclética e liberal. Algumas das
regras estritas Gardnerianas, tais como a exigência do nudismo ritual, são opcionais.
Alex Sanders intitulou-se a certa altura «Rei das Bruxas», considerando que o grande número de
pessoas que tinha iniciado na sua tradição lhe dava esse direito. Nem os seus próprios discípulos o
levaram muito a sério, e para a comunidade Pagã no geral esse título foi apenas motivo de troça, quando
não de repúdio.
Janet e Stewart Farrar são os mais famosos Bruxos que divulgaram largamente a Tradição
Alexandrina em suas publicações.
TRADICIONAL BRITÂNICA: Uma Tradição com uma forte estrutura hierárquica e graus. Os Rituais estão
centrados na Tradição Céltica e Gardneriana
WICCA CÉLTICA: Uma Tradição muito telúrica, com enfoques na natureza, os elementos e elementais,
algumas vezes fadas, plantas, etc. Muitas " Bruxas Verdes" (Green Witches) e Adeptos do Druidismo
seguem este caminho, centrado no panteão Céltico antigo e em seus Deuses e Deusas.
TRADIÇÃO CALEDONIANA OU CALEDONNI: Uma tradição que tenta preservar os antigos festivais dos
escoceses e às vezes é chamada de Tradição Hecatina.
TRADIÇÃO PICTA: É uma das manifestações da Bruxaria tipicamente escocesa. Na maioria das vezes é
uma forma solitária da Arte. Seu enfoque prático é basicamente mágico e possui poucos elementos
religiosos e filosóficos.
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BRUXARIA CERIMONIAL: Usa a Magia cerimonial para atingir uma conexão mais forte com as
divindade e perceber seus propósitos mais altos e suas habilidades. Seus Rituais são freqüentemente
derivações da Magia Cabalística e Magia Egípcia. Embora certamente, mas não de forma intencional,
este caminho é infestado freqüentemente por egoístas e pessoas inseguras que usam a Magia
Cerimonial para duas finalidades:
Estes atributos não são uma regra em todos os Bruxos Cerimoniais, e há muitos Bruxos sinceros
neste caminho.
TRADIÇÃO DIÂNICA: Algumas Bruxas Diânicas só enfocam seus culto na Deusa, são muito
politicamente ativos, e feministas. Outras Bruxas Diânicas simplesmente enfocam seu culto na Deusa
como uma forma de compensar os muitos anos de domínio Patriarcal na Terra. Algumas Bruxas
Diânicas usam este título para denotar que são “as Filhas de Diana”, a Deusa protetora delas. Há Bruxas
Diânicas que são tudo isto , algumas que não são nada disto, e outras que são um misto disto.
A Arte Diânica possui duas filiais distintas:
1. Uma filial, fundada no Texas por Morgan McFarland . Que dá o supremacia à Deusa em sua thealogy,
mas honra o Deus Cornífero como seu Consorte Amado e abençoado. Os membros dos Covens
dividem-se entre homens e mulheres. Esta filial é chamada às vezes "OLD DIANIC"(Velha Diânica), e há
alguns Covens descendentes desta Tradição, especialmente no Texas. Outros Covens, similares na
thealogy mas que não descendem diretamente da linha de McFarland, e que estão espalhados por todo
EUA.
2. A outra filial, chamada às vezes de Feitiçaria Feminista Diânica, focaliza exclusivamente a Deusa e
somente mulheres participam de seus Covens e grupos. Geralmente seus rituais são livres e não são
hierárquicos, usando a criatividade e o consenso para a realização de seus rituais. São politicamente um
grupo feministas. Há uma presença lésbica forte no movimento, embora a maioria de Covens estejam
abertos à mulheres de todas as orientações
TRADIÇÃO GEORGINA: Esta Tradição foi criada por George Patterson, que se auto intitulou como
sendo um “Sumo Sacerdote Georgino”. Quando começou o seu próprio Coven, chamou-o de Georgino,
já que seu prenome era George.
Se há uma palavra que melhor pode descrever a Tradição de George , seria "ECLÉTICA". A Tradição
Georgina é um composto de rituais Celtas, Alexandrinos, Gardnerianos e tradicionais. Mesmo que a
maior parte do material fornecido aos estudantes sejam Alexandrinos, nunca houve um imperativo para
seguir cegamente seu conteúdo. Os boletins de noticias publicados pelo fundador da Tradição estavam
sempre cheio de contribuições dos povos de muitas outras Tradições. Parece que a intenção do Sr.
Patterson era fornecer uma visão abrangente aos seus discípulos .
ECLETISMO: Um Bruxo eclético é aquele que funde idéias de muitas Tradições ou fontes. Assim Como
no caldeirão de uma Bruxa, são somadas elementos para completar a poção que é preparada, assim
também são somadas várias informações de várias Tradições para criar um modo mágico de trabalhar.
Esta "Tradição" que realmente não é uma Tradição é flexível, mas às vezes carente de fundamento.
Geralmente, são criados rituais e Covens de estrutura livre.
TRADIÇÃO DAS FADAS OU FAIRY WICCA: Há várias facções da Tradição das Fadas.
Segundo os membros desta Tradição, seus ritos e conhecimentos tiveram origem entre os antigos povos
da Europa da Idade do Bronze, que ao migrarem para as colinas e altas montanhas devido às guerras e
invasões ficaram conhecidos como Sides, Pictos, Duendes ou Fadas.
Uma Bruxa desta Tradição poderia ser ou trabalhar, mas não necessariamente:
1) Com energias da natureza e espíritos da natureza , também conhecidos como fadas, Duendes, etc.
2) Homossexual
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Alguns dos nomes mais famosos desta Tradição são Victor e Cora Anderson, Tom Delong (Gwydion
Penderwyn), Starhawk, etc.
TRADIÇÃO GARDNERIANA: Fundada por Gerald Gardner nos anos de 1950 na Inglaterra. Esta
tradição contribuiu muito para Arte ser o que é hoje. A estrutura de muitos rituais e trabalhos mágicos em
numerosas tradições são originárias do trabalho de Gardner. Algumas das reivindicações históricas feitos
pelo próprio Gardner e por algumas Bruxas Gardnerianas têm que ainda serem verificadas (e em alguns
casos são fortemente contestadas) porém, esta Tradição apoiou muitas Bruxas modernas.
Gerald B. Gardner é considerado "o avô" de toda a Neo-Wicca. Foi iniciado em um Coven de
NEWFOREST, na Inglaterra em 1939. Em 1951 a última das leis inglesas contra a Bruxaria foi banida
(primeiramente devido à pressão de Espiritualistas) e Gardner publicou o famoso livro"WITCHCRAFT
TODAY", trazendo uma versão dos rituais e as tradições do Coven pelo qual foi iniciado.
Gardnerianismo é uma tradição extremamente hierárquica. A Sacerdotisa e o Sacerdote governam
Coven, e os princípios do amor e da confiança presidem. Os praticantes desta Tradição trabalham
"Vestidos de Céu"( nus ), além de manterem o esquema de Seita Secreta. Nos EUA e Inglaterra os
Gardnerianos são chamados de "Snobs of the Craft" (Snobes da Arte), pois muitos deles acreditam que
são os únicos descendentes diretos do Paganismo purista.
Cada Coven Gardneriano é autônomo e é dirigido por uma Sacerdotisa, com a ajuda do Sacerdote,
Senhores dos Quadrantes, Mensageiro, etc. Isto mantém o linhagem e cria um número de líderes e de
professores experientes para o treinamento dos Iniciandos.
A Bíblia Completa das Bruxas (The Witches Bible Complete) escrita por Janet e Stuart Farrar, como
também muitos livros escritos por por Doreen Valiente têm base nesta Tradição e na Tradição
Alexandrina em muitos aspectos.
TRADIÇÃO HECATINA: Uma Tradição de Bruxos que buscam inspiração em Hécate e tentam
reconstruir e modernizar os rituais antigos da adoração à esta Deusa. É algumas vezes chamadas de
Tradição Caledoniana ou Caledonii.
BRUXO HEREDITÁRIO OU TRADIÇÃO FAMILIAR: Um Bruxo que normalmente foi treinado por um ente
familiar e/ou pode localizar sua história familiar em outro Bruxo ou Bruxos.
Os Bruxos Hereditários, ou Genéticos como gosto de chamar, são pessoas que têm, ou supõem ter,
uma ascendência Pagã(mãe, tia, avó são os alvos mais visados).
A maioria dos Hereditários não aceitam a infiltração de outras pessoas fora de sua dinastia, porém
algumas Tradições Familiares “adotam” alguns membros, escolhidos “à dedo” em seu segmento.
BRUXA DE COZINHA: Uma Bruxa prática que é freqüentemente eclética, enfoca e centra sua magia e
espiritualidade ao redor do ' forno e do lar'.
BRUXARIA SATÂNICA: Bruxos não reconhecem Satanás porque “Satã” é um fenômeno puramente
Cristão, concebido muito posteriormente ao surgimento do Paganismo. Nenhum verdadeiro Bruxo diria-
se Bruxo Satânico. Se você ouvir este termo saia correndo, pode ter certeza de que trata-se de um
charlatão!
SEAX-WICA OU WICCA SAXÔNICA: Fundada em 1973, pelo autor prolífico, Raymond Buckland que
era, naquele momento, um Bruxo Gardneriano. Uma das primeiras tradições precursoras em Bruxos
solitários e o auto-iniciados. Estes dois aspectos fizeram dela um caminho popular.
BRUXO SOLITÁRIO: Uma pessoa que pratica a Arte só (mas pode se juntar às festividades de Sabbat
em um Coven ou com outros Bruxos Solitários ocasionalmente). Um Bruxo Solitário pode seguir
quaisquer das Tradições, ou nenhuma delas. A maioria de Bruxos ecléticos são Solitários.
TRADIÇÃO STREGA: Começou ao redor na Itália em 1353. A história controversa sobre esta Tradição
pode ser achada em muitos locais e em muitos livros. Arádia ...Gospell of the Witches (Arádia...A
Doutrina das Bruxas) é um deles.
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TRADIÇÃO TEUTÔNICA OU NÓRDICA: Teutônicos são um grupo de pessoas que falam o norueguês,
fosso, islandês, sueco, o inglês e outros dialetos europeus que são considerados “idiomas Germânicos”.
Um Bruxo teutônico acha freqüentemente inspiração nos mitos tradicionais e lendas, Deuses e Deusas
das áreas onde estes dialetos se originaram.
TRADIÇÃO ASATRÚ: Teve suas origens no Norte da Europa e é uma das facções das Tradições
Teutônica e Nórdica. Esta Tradição é praticada hoje por aqueles que sentem uma ligação com os
nórdicos e teutônicos e que desejam estudar a filosofia e religiosidade da antiga Escandinávia, através
dos Eddas e Runas. Encoraja um senso de responsabilidade e crescimento espiritual, freqüentemente
embasados nos conceitos atribuídos aos nobres guerreiros de tempos ancestrais.
TRADIÇÃO ALGARD: Uma americana iniciada nas Tradições Gardneriana e Alexandrina, chamada Mary
Nesnick, fundou essa "nova" tradição que reúne ensinamentos de ambas tradições sob uma única
insígnia.
BRUXARIA TRADICIONAL: Todo Bruxo tradicional dará uma definição diferente para este termo. Um
Bruxo tradicional é aquele que freqüentemente prefere o título de Bruxo à Wiccaniano e define os dois
como caminhos muito diferentes. Um Bruxo tradicional fundamenta seu trabalho mágico em métodos
históricos da tradição, religiosidade e geografia de seu país.
TRADIÇÃO GALESA DE GWYDDONAID: Uma Tradição Galesa Céltica da Wicca, que adora o panteão
galês de Deuses e Deusas. Gwyddonaid, foi quem grosseiramente traduziu a ignóbil obra galesa "Árvore
da Bruxa(Tree Witch)" e propagou esta forma de trabalhar magicamente.
ELEMENTAIS
O Ancients dividiu o mundo em quatro princípios básicos ou * elementos * terras, em água, em fogo, e
em ar. Que o ponto de vista mudou na maior parte com avanços da ciência, mas os quatro elementos
são aceitados, porque estão ligados com as emoções, e com a natureza do que são as explanações
modernas do mundo. Estes * elementos mágicos * são também de alguma importância na astrologia.
Muitos ocultistas pensam dos elementos mágicos como forças, ou como qualidades da energia especial
dentro do mundo astral. Cada elemento tem um símbolo e uma cor. (os símbolos comuns são - fogo: um
triângulo que aponta acima; ar: um triângulo que aponta acima e com de uma linha horizontal através do
meio dele; terra: um triângulo que aponta abaixo e com uma linha horizontal através do meio dele; água:
um triângulo que aponta para baixo.) As cores dos elementos são - fogo: vermelho; ar: amarelo; terra:
marrom e verde; água: azul.
Tabelas de Correspondências
A DEUSA MÃE
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Para entendermos corretamente quem é esta Divindade, temos que voltar até os primeiros povos
da Terra.
Quando os povos primitivos identificaram a mulher com a Terra e associaram a existência da
Terra a poderes divinos, consideraram que o poder que conspirou para que o Universo fosse
criado era feminino. Como só as mulheres têm o poder de dar a vida a outros seres, nossos
ancestrais começaram a acreditar que tudo tinha sido gerado por uma Deusa.
Os povos de neolítico e do paleolítico não conheciam Deuses masculinos. O conceito do ato
sexual como fator de fecundação inexistia, pois eles acreditavam que as mulheres engravidavam
deitadas ao luar, através do poder da Grande Deusa manifestada como a Lua.
Em diversas partes do mundo a Grande Deusa Mãe é associada à Lua, já que existia um poder
maior que agia entre a mulher e a Lua.
Todas as religiões primais viam no poder feminino a chave para o Mito da Criação e assim o
Universo era identificado como uma Grande Deusa, criadora de tudo aquilo que existia e que
existiu. Nada mais lógico para uma sociedade em processo de evolução, pois não é do ventre da
mulher que todos nós saímos? O culto a Grande Deusa remonta a Era de Touro. Nesta época o
respeito ao feminino e o culto aos mistérios da procriação eram muitos difundidos. Nas culturas
primitivas a mulher era tida como a única fonte da vida, tanto que os lugares onde ocorriam os
partos eram considerados sagrados e foram nestes lugares que surgiram diversos templos de
veneração à Deusa.
Com o avanço da agricultura, a importância do solo passou a ser primordial e a Grande Mãe
Terra(a Deusa) se tornou o centro de culto das tribos primitivas. As mulheres eram consideradas
responsáveis pela fartura das colheitas, pois eram elas que conheciam os mistérios da criação.
As várias estatuetas femininas como as Vênus de Willendorf, de Menton e Lespugne, representam
a sacralidade feminina e os poderes mágicos e religiosos atribuídos à Deusa nas época do
Paleolítico e Neolítico.
Ela esteve presente em todas as partes do mundo sob diversos nomes e aspectos: Kali na Índia,
Ishtar na Mesopotâmia, Pallas na Grécia, Sekhmet no Egito, Bellona em Roma e assim
sucessivamente. As Grandes Deusas da Antiguidade exerciam o domínio tanto sobre o amor
como sobre a guerra.
O símboloda Grande Deusa é o caldeirão, que representa o mundo que ela criou e carrega em seu
ventre. Este objeto é associado à Deusa porque a criaçºao se parece com o que se pode realizar
no interior do mesmo. O mundo é uma maravilhosa obra alquímica que a Deusa criou e comanda
através das manobras e poções realizadas em seu caldeirão, o lugar onde nasce a vida.
A Deusa é a energia Geradora do Universo, é associada aos poderes noturnos,a Lua, a intuição,
aos lado inconsciente , à tudo aquilo que deve ser desvendado, daí o mito da eterna Ísis com o
véu que jamais deve ser desvelado.
A Lua jamais morre, mas muda de fase à cada 7 dias, representando os mistérios da eternidade e
mutação. Por isso a Deusa é chamada de a “DEUSA TRÍPLICE DO CÍRCULO DO
RENASCIMENTO”, pois também muda de face, assim como a Lua, e se mostra aos homens de
três diferentes formas como: A VIRGEM, A MÃE e A ANCIÃ. Isso não difícil de se entender, pois
dentro de Wicca todos os vários Deuses e as múltiplas faces e aspectos da Deusa, nada mais são
do que a personificação e atributos da Grande Divindade Universal.
A Grande Deusa desempenha inúmeros papéis e funções e para isso usa nomes e atributos
diferentes, o que os seres humanos para simplificar chamaram de Deuses. Para a Bruxaria todos
os Deuses Antigos são a Grande Deusa Mãe multipersonificada. Quando você invoca o nome de
um determinado Deus, libera um tipo de energia específica que não consegue ser liberada
quando se invoca outra Divindade que desempenha papéis e funções diferentes.
Na Tradição o aspecto Jovem da Deusa recebe o nome de RHIANON. ela está associada à
adivinhação, aos rios mágicos, à clarividência e aos encantamentos. Seus rituais e invocações
são realizados na Lua Crescente. Sua cor é o branco e por isso recebe o título de
ALBEDO(Senhora da Alvorada). Rhianon é a caçadora, segura em suas mãos a trompa de vaca ou
touro em forma de meia lua. É a deusa da fartura e é ela a quem devemos reverenciar quando
queremos garantir êxito no trabalho. Seus poderes são os da compaixão, sabedoria e
compreensão.
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O aspecto de Mãe recebe o nome de BRIGIT, a antiga Deusa Celta do fogo.Ela esta associada a
fertilidade, sexualidade e ao parto. Seus rituais e invocações são realizados na Lua Cheia. Sua cor
é o vermelho e por isso recebe o título de RUBEDO(Senhora do entardecer ou do rubi). Brigit é a
mãe que o possui no ventre o poder de dar a luz uma nova vida. É a rainha da colheita, a mãe do
milho e derrama sua abundância por toda a terra. Segura em suas mãos um recipiente com
labaredas de fogo, o qual tem o poder de realizar os desejos daqueles que a cultuam. É a Deusa
do amor e seus poderes são os da paixão, agilidade e rapidez.
O aspecto de Anciã recebe o nome de CERIDWEN, a Grande Deusa Mãe que conhece todos os
segredos do Universo. Ela está relacionada ao renascimento e a ligação com os outros mundo.
Seus rituais de invocação são realizados na Lua Minguante, que é o seu símbolo. Sua cor é o
negro e por isso recebe o título de NIGREDO(Senhora da noite). Ceridwen é a mãe que conserva
todos os poderes da sabedoria e conhecimento. É ao mesmo tempo Deusa parteira e dos mortos,
pois o poder que leva as almas para a morte e o mesmo que traz a vida. Do seu ventre parte toda
a vida e da vida provém a morte. Segura em suas mãos um caldeirão e das misturas feitas em seu
interior ela comanda a sincronicidade de todo o Universo e intervém nos assuntos humanos para
auxiliar seus seguidores. Devido ao aspecto de velha é esta a personificação que representa o
conhecimento de todos os mistérios que só a experiência pode proporcionar. É a Deusa da
sabedoria do bem e do mal. É ela a quem devemos recorrer e reverenciar nos momentos de
dificuldades e anulação de qualquer tipo de malefício. Ela é a Deusa da paz e do caos. Da
harmonia e da desarmonia. Ceridwen já passou pela jovialidade de Rhianon, pela maturidade e
entusiasmo de Brigit.Acumulou toda a experiência, que só o tempo pode proporcionar, e distribui
a sabedoria por todo o mundo.
A Deusa já foi reverenciada em todas as partes do mundo sobre diferentes nomes e aspectos.
Seu nome varia, mas sempre foi venerada como o princípio feminino eterno e estático que está
presente em tudo e incluso no nada. Ela é o poder do feminino que dá vida ao mundo e fertiliza a
terra.
A Deusa não está ligada somente às manifestações da terra, pois ela representa as forças
celestes. Ela é a dona do céu noturno , guardiã dos sentimentos, do interior da alma humana e do
destino do homem. Ela é uma presença contínua que está além do tempo e do espaço.
O DEUS
PENTAGRAMA
OS 13 PRINCÍPIOS
Todos os praticantes da Religião da Deusa devem, ou deveriam, procurar seguir os 13 princípios básicos
propostos.
1. Nós praticamos ritos para nos alinharmos ao ritmo natural das forças vitais, marcadas pelas fases da
Lua e aos feriados sazonais.
2. Nós reconhecemos que nossa inteligência nos dá uma responsabilidade única em relação a nosso
meio-ambiente. Buscamos viver em harmonia com a Natureza, em equilíbrio ecológico, oferecendo
completa satisfação à vida e à consciência, dentro de um conceito evolucionário.
3. Nós damos crédito a uma profundidade de poder muito maior que é aparente a uma pessoa normal.
Por ser tão maior que ordinário, é às vezes chamado de "sobrenatural", mas nós o vemos como algo
naturalmente potencial a todos.
4. Nós vemos o Poder Criativo do Universo como algo que se manifesta através da Polaridade - como
masculino e feminino - e que ao mesmo tempo vive dentro de todos nós, funcionando através da
interação das mesmas polaridades masculina e feminina. Não valorizamos um acima do outro, sabendo
serem complementares. Valorizamos a sexualidade como prazer, como o símbolo e incorporação da
Vida, e como uma das fontes de energias usadas em práticas mágicas e ritos religiosos
6. Nós não reconhecemos nenhuma hierarquia autoritária, mas honramos aqueles que ensinam,
respeitamos os que dividem de maior conhecimento e sabedoria, e admiramos os que corajosamente
deram de si em liderança.
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7. Nós vemos religião, magia, e sabedoria como sendo unidas na maneira em que se vê o mundo e vive
nele - uma visão de mundo e filosofia de vida, que identificamos como Bruxaria ou o Caminho
Wiccaniano.
. 8. Chamar-se "Bruxo" não faz um Bruxo - assim como a hereditariedade, ou a coleção de títulos, graus
e iniciações. Um Bruxo busca controlar as forças interiores, que tornam a vida possível, de modo a viver
sabiamente e bem, sem danos a outros e em harmonia com a Natureza.
10. Nossa única animosidade acerca da Cristandade, ou de qualquer outra religião ou filosofia, dá-se
pelo fato de suas instituições terem clamado ser "o único verdadeiro e correto caminho", e lutado para
negar liberdade a outros, e reprimido diferentes modos de prática religiosa e crenças.
11. Como Bruxos Americanos, não nos sentimos ameaçados por debates a respeito da História da Arte,
das origens de vários termos, da legitimidade de vários aspectos de diferentes tradições. Somos
preocupados com nosso presente e com nosso futuro.
12. Nós não aceitamos o conceito de "mal absoluto", nem adoramos qualquer entidade conhecida como
"Satã" ou "o Demônio" como definido pela Tradição Cristã. Não buscamos poder através do sofrimento
de outros, nem aceitamos o conceito de que benefícios pessoais só possam ser alcançados através da
negação de outros.
13. Trabalhamos dentro da Natureza para aquilo que é positivo para nossa saúde e bem estar.
AS 13 METAS
OS SABATS
É desta data antiga que se originou o Natal Cristão. Nesta época, a Deusa dá à Luz o deus, que é
reverenciado como CRIANÇA PROMETIDA. Em Yule é tempo de reencontrarmos nossas esperanças,
pedindo para que os Deuses rejuvenesçam nossos corações e nos dêem forças para nos libertarmos
das coisas antigas e desgastadas. É hora de descobrirmos a criança dentro de nós e renascermos com
sua pureza e alegria. Coloque flores e frutos da época do altar. Se quiser, pode fazer uma árvore
enfeitada, pois esta é a antiga tradição "pagã", em que a árvore era sagrada e os meses do ano tinham
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nomes de árvores. Esta é a noite mais longa do ano, onde a Deusa é reverenciada como a Mãe da
Criança Prometida ou do Deus Sol, que nasceu para trazer Luz ao mundo. Da mesma forma, apesar de
todas as dificuldades, devemos sempre confiar em nossa própria luz interior.
Este Sabá é dedicado à Deusa Brigit, Senhora da Poesia, da Inspiração, da Cura, da Escrita, da
Metalurgia, das Artes marciais e do Fogo. Nesta noite, as Bruxas colocam velas cor de laranja ao redor
do círculo, e uma vela acesa dentro do Caldeirão. Se o ritual é feito ao ar livre, pode-se fazer tochas e
girar ao redor do círculo com elas. A Bruxa mais jovem da Assembléia pode representar Brigit, entrando
por último no círculo para acender, com sua tocha, a vela do caldeirão, ou a fogueira, se o ritual for ao ar
livre, o que representaria a Inspiração sendo trazida para o círculo pela Deusa.
Ostara é o Festival em homenagem à Deusa Oster, senhora da Fertilidade, cujo símbolo é o coelho.
Foi desse antigo festival que teve origem a Páscoa. Os membros do Coven usam grinaldas, e o Altar
deve ser enfeitados com flores da época. É um costume muito antigo colocar ovos pintados no Altar.
Eles simbolizam a fecundidade e a renovação. Os ovos podem ser pintados crus e depois enterrados, ou
cozidos e comidos enquanto mentalizamos nossos desejos. Nesse caso, não utilize tintas tóxicas, pois
podem provocar problemas se ingeridas. Use anilina para bolo, ou cozinhe os ovos com cascas de
cebola na água, o que dará uma bela cor dourada.
Antes de comê-los, os membros do Coven devem girar de mãos dadas em volta do Altar para
energizar os pedidos. Os ovos devem ser decorados com símbolos mágicos, ou de acordo com a sua
criatividade. Os pedidos devem ser voltados à "fertilidade" em todas as áreas.
Beltane é o mais alegre e festivo de todos os Sabás. O Deus, que agora é um jovem no auge da sua
fertilidade, se apaixona pela Deusa, que em Beltane se apresenta como a Virgem e é chamada "Rainha
de Maio". Em Beltane se comemora esse amor que deu origem a todas as coisas do Universo. Beleno é
a face radiante do Sol, que voltou ao mundo na Primavera. Em Beltane se acendem duas fogueiras, pois
é costume passar entre elas para se livrar de todas as doenças e energias negativas. Nos tempos
antigos, costumava-se passar o gado e os animais domésticos entre as fogueiras com a mesma
finalidade. Daí veio o costume de "pular a fogueira" nas festas juninas. Se não houver espaço, duas
tochas ou mesmo duas velas podem ter a mesma função. Deve-se ter o maior cuidado para evitar
acidentes! Uma das mais belas tradições de Beltane é o MAYPOLE, ou MASTRO DE FITAS. Trata-se
de um mastro enfeitado com fitas coloridas. Durante um ritual, cada membro escolhe uma fita de sua cor
preferida ou ligada a um desejo. Todos devem girar trançando as fitas, como se estivessem tecendo seu
próprio destino, colocando-nos sob a proteção dos Deuses. É costume em Wicca jamais se casar em
Maio, pois esse mês é dedicado ao casamento do Deus e da Deusa.
Nesse dia o Sol atingiu a sua plenitude. É o dia mais longo do ano. O deus chega ao ponto máximo de
seu poder. Este é o único Sabá em que às vezes se fazem feitiços, pois o seu poder mágico é muito
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grande. É hora de pedirmos coragem, energia e saúde. Mas não devemos nos esquecer que, embora o
Deus esteja em sua plenitude, é nessa hora que ele começa a declinar. Logo Ele dará o último beijo em
sua amada, a Deusa, e partirá no Barco da Morte, em busca da Terra do Verão. Da mesma forma,
devemos ser humildes para não ficarmos cegos com o brilho do sucesso e do Poder. Tudo no Universo é
cíclico, devemos não só nos ligarmos à plenitude, mas também aceitar o declínio e a Morte. nesse dia,
costuma-se fazer um círculo de pedras ou de velas vermelhas. Queimam-se flores vermelhas ou ervas
solares (como a Camomila) juntamente com os pedidos no Caldeirão.
Lughnasad era tipicamente uma festa agrícola, onde se agradecia pela primeira colheita do ano. Lugh
é o Deus Sol. Na Mitologia Celta, ele é o maior dos guerreiros, que derrotou os Gigantes, que exigiam
sacrifícios humanos do povo. A tradição pede que sejam feitos bonecos com espigas de milho ou ramos
de trigo representando os Deuses, que nesse festival são chamados Senhor e Senhora do Milho. Nessa
data deve-se agradecer a tudo o que colhemos durante o ano, sejam coisas boas ou más, pois até
mesmo os problemas são veículos para a nossa evolução. O outro nome do Sabá é Lammas, que
significa "A Massa de Lugh". Isso se deve ao costume de se colher os primeiros grãos e fazer um pão
que era dividido entre todos. Os membros do Coven devem fazer um pão comunitário, que deverá ser
consagrado junto com o vinho e repartido dentro do círculo. O primeiro gole de vinho e o primeiro pedaço
de pão devem ser jogados dentro do Caldeirão, para serem queimados juntamente com papéis, onde
serão escritos os agradecimentos, e grãos de cereais. O boneco representando o Deus do milho também
é queimado, para nos lembrar de que devemos nos livrar de tudo o que é antigo e desgastado para que
possamos colher uma nova vida.
O Altar é enfeitado com sementes, ramos de trigo, espigas de milho e frutas da época.
No Panteão Celta, Mabon, também conhecido como Angus, era o Deus do Amor. Nessa noite
devemos pedir harmonia no amor e proteção para as pessoas que amamos. Está é a segunda colheita
do ano. O Altar deve ser enfeitado com as sementes que renascerão na primavera. O chão deve ser
forrado com folhas secas. O deus está agonizando e logo morrerá. este é o Festival em que devemos
pedir pelos que estão doentes e pelas pessoas mais velhas, que precisam de nossa ajuda e conforto.
Também é nesse festival que homenageamos as nossas Antepassadas Femininas, queimando papéis
com seus nomes no Caldeirão e lhes dirigindo palavras de gratidão e bênçãos.
Este é o mais importante de todos os Festivais, pois, dentro do círculo, marca tanto o fim quanto o
início de um novo ano. Nessa noite, o véu entre o nosso mundo e o mundo dos mortos se torna mais
tênue, sendo o tempo ideal para nos comunicarmos com os que já partiram. As bruxas não fazem rituais
para receber mensagens dos mortos e muito menos para incorporar espíritos. O sentido do Halloween é
nos sintonizarmos com os que já partiram para lhes enviar mensagens de amor e harmonia. A noite do
Samhain (pronuncia-se SOUEN) é uma noite de alegria e festa, pois marca o início de um novo período
em nossas vidas, sendo comemorado com muito ponche, bolos e doces. A cor do sabá é o negro, sendo
o Altar adornado com maçã, o símbolo da Vida Eterna. O vinho é substituído pela sidra ou pelo suco de
maçã. Deve-se fazer muita brincadeiras com dança e música. Os nomes das pessoas que já se foram
são queimados no Caldeirão, mas nunca com uma conotação de tristeza!
No Altar e nos Quadrantes não devem faltar as tradicionais Máscaras de Abóbora com velas dentro.
Antigamente, as pessoas colocavam essas abóboras na janela para espantar os maus espíritos e os
duendes que vagavam pelas noites do Samhain. Essa palavra significa "Sem Luz", pois, nessa noite, o
Deus morreu e mundo mergulha na escuridão. A Deusa vai ao Mundo das Sombras em busca do seu
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amado, que está esperando para nascer. Eles se amam, e, desse amor, a semente da luz espera no
Útero da Mãe, para renascer no próximo Solstício de Inverno como a Criança da Promessa.
A Roda continua a girar para sempre. Assim, não há motivo para tristezas, pois aqueles que perdemos
nessa vida irão renascer, e, um dia, nos encontraremos novamente, nessa jornada infinita de evolução.
Obs.: Candlemas, Beltane, Lammas e Samhain são Grandes Sabás, enquanto os Solstícios e
Equinócios são Pequenos Sabás.
As datas fornecidas acima são do Hemisfério Norte e Sul. Isso depende do gosto de cada um, mas, no
Brasil, não existem quatro estações, sendo que muitas regiões têm um Verão permanente ou uma
estação chuvosa, o que torna bem difícil adaptar os Sabás aos aspectos da Natureza. Eu prefiro seguir
as datas conforme as estações (Roda do Sul) e homenagear certos aspectos da Natureza no Altar.
O Círculo é um ESPAÇO ENTRE OS MUNDOS, portando, dentro dele podemos criar o tempo e o
espaço que quisermos!
LIVROS
O Amor Mágico - Como amar através de rituais, feitiçoos e de uma vida mágica.
Nome original (em inglês): Encyclopedia of the Unexplained, magic, ocultism and parapsychology.
Edição: Richard Cavendish
Editora: L&PM
Lasher
A Magia e o Mago
Magia Branca
Autor: A.C.Sarvanga
Editora: MADRAS
Energias e Magias
Glossário
ABRAXAS: Divindade singular que se supõe ser o deus Mitra dos Persas.
ABRACADABRA: Palavra que serve para formar um triângulo de cunho
misterioso, a que se atribuiam qualidades terapêuticas, pois contemplá-lo
curaria doenças ou poderia mesmo evitá-las. Tal triângulo era reverenciada
como divindade, já que era constituída pelas letras do nome do mais antigo
dos deuses Abraca ou Abraxas.
ACUTOMANCIA: leitura da sorte através de 25 agulhas.
ADIVINHAÇÃO: Arte mágica de acessar o desconhecido através da
interpretação de padrões ou símbolos. Instrumentos como nuvens, cartas de
tarô, chamas ou fumaça, são utilizados. A adivinhação acessa a mente
psíquica ao iludir ou entorpecer a mente consciente através de rituais, e
pela observação ou manipulação de instrumentos. AAdivinhação não é
necessária aos que podem atingir facilmente a comunicação com a mente
psíquica, apesar de a poderem praticar.
ALQUIMIA: Ciência oculta, antiga, cujas tradiçöes vão ate ao antigo
Egito, que teve grande desenvolvimento na Europa entre os séculos XII e
XVIII. É um método de pesquisa e investigação de inspiração exotérica, que
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no campo material procura transmutar em metais (ouro ou prata), metais
«impuros» como o chumbo e paralelamente procura fazer o mesmo com o espírito
humano, elevando-o para um plano mais nobre. Esta busca é conhecida por Obra
(Grande ou Pequena). Através da Alquimia será possível também preparar um
filtro, , que, ingerido pelo alquimista em doses corretas, prolonga a vida
através da regeneração de todas as células do corpo humano, mantendo-o com
todas as qualidades de um jovem.
AMULETO: Um objeto mágico objeto que serve usualmente para afastar
algo indesejado – energias negativas, por exemplo. É um objeto de proteção.
ANKH: É um hierógrafo (símbolo) egípcio muito utilizado como um
símbolo de vida, amor, e reencarnação. Também é chamado de cruz anata.
ANTIGOS: Termo wiccano por vezes utilizado para abranger todos os
aspectos da Deusa e do Deus.
AKASHA: é um termo sânscrito que indica um plano de existência
simbolizado por um ovo preto nos Símbolos Tattwa. Esotericamente, é o que
está “atrás das coisas”, sua mutação e ressurreição. É também o éter dos
filósofos. É o quinti elemento - o poder espiritual onipresente que permeia
o universo. A energia a qual se originam os outros elementos.
ARCANO: As duas metades do deck do taro. O Arcano Maior consiste de 22
cartas, o Arcano Menor consiste de 56 cartas (às vezes chamados os menores
ou baixo Arcano)
ARTE: Wicca, Bruxaria. A antiga religião.
ARQUÉTIPO: são tidos como os primeiros modelos do Universo. Trata-se
de estrutura psíquica que cada indivíduo possui, capazes de produzir
imagens, símbolos, fantasias inerentes às experiências fundamentais da
humanidade. Jung diz que “o arquétipo é uma forma fundamental típica de uma
determinada experiência psíquica vivida e que sempre se reapresenta”. É por
meio dos arquétipos que é possível, para o mago, remontar às fontes do
Conhecimento. São arquétipos os 22 Arcanos Maiores do Tarô, as Runas, os
símbolos da Geomancia, etc.
ASTROLOGIA: O estudo dos efeitos, movimentos e posições dos planetas e
a influência que estes efeitos, movimentos e posições causam sobre nossas
vidas e em nossos comportamentos
ATHAME: Tipo de faca, normalmente com lâmina de duplo corte, com cabo
preto. Instrumento ritual que serve para emitir e capturar energia. Não
serve para cortar coisas físicas. Sua pronuncia pode ser: . átame, atâme ou
athâmí
ATLÂNTIDA: País, ilha ou continente que existiria, frente as Colunas
de Hércules, há mais de dois mil anos e onde teria florescido uma alta
civilização ou um poderoso império. Essa civilização ou esse império teriam
desaparecido tragados pelo mar por motivo de um terrível cataclismo natural,
não deixando rastro.
AURA: campo energético que envolve tanto o corpo físico quanto o corpo
astral.
BALEFIRE: Fogo aceso externamente, com propósitos mágicos. São
tradicionais no Yule, Beltane, e Midsummer.
BANIR: Ato mágico de exorcizar entidades indesejáveis. Ato para
livrar-se da presença de espíritos e energias ruins.
BANQUETE SIMPLES: refeição ritual compartilhada com a Deusa e com o
Deus
BELTANE: Sabbat wiccano. Celebra a união simbólica, ou "casamento" da
Deusa e do Deus e é ligado à aproximação dos meses do verão.
BÊNÇÃO: Ato de conferir Energia positiva sobre uma pessoa, lugar ou
objeto. É uma prática espiritual ou religiosa.
BOLINE: Faca de cabo branco. Instrumento mágico usado para colher
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ervas.
BRUXARIA: A arte da Bruxa(o), magia, especialemnte aquela que usa
poder pessoal em conjunto com as energias das pedras, das ervas, das cores e
de outros objetos naturais.
BRUXA(O): em tempos remotos, um praticante dos resquícios da magia
popular pré-cristã, em especial a relacionada a ervas, pedras, fontes e
rios. Aquele que pratica Bruxaria. Posteriormente, o sentido dessa palabra
foi deliberadamente alterado para definir um ser demente, sobrenatural e
perigoso, que praticava magia destrutiva uma ameaça ao cristianismo. Essa
mudança de significado foi um movimento político, monetário e sexista por
parte da religião organizada, e não uma mudança prática dos bruxos.
CAFEOMANCIA: leitura da sorte feita através da borra de café que fica
depositada na xícara do consulente.
CALDEIRÃO: Instrumento mágico ligado diretamente à bruxaria.
Representa o ventre da Deusa ou a própria Deusa. O poder do feminino, o
útero feminino. A água que ele abriga representa a água do renascimento.
CAPNOMANCIA: adivinhação da sorte feita através da fumaça liberada
pela queima de determinadas ervas mágicas.
Pedras
Citrino Amarelo: É recomendado para situações em que é preciso sentir-se
confiante e seguro. Diz-se que ajuda a identificar os poderes pessoais e a
controlá-los para alcançar objetivos.
Aventurina Verde: Posta sobre o chakra do plexo solar, supostamente liga o
corpo mental, superior e inferior, físico; liberta energia bloqueada e
permite uma respiração profunda e curativa.
Cristal de Ametista Púrpura: Colocado sobre o chakra do terceiro olho, é
considerado como a principal pedra de meditação. O cristal púrpura acalma
tanto a mente consciente quanto a inconsciente, e costuma ser usado durante
a meditação.
Amazonita: Quando posta sobre o chakra da garganta, acredita-se que ajude a
pessoa a falar de sentimentos reprimidos. Supõe-se que a pedra ligue a mente
ao coração, por ser usada no chakra situado entre os dois.
Quartzo Rosa: Diz-se que, no chakra do coração, ajuda a obter amor próprio e
paz interior, que se acredita serem o primeiro passo no processo de cura.
Os terapeutas de cristais aconselham os clientes a usar o quartzo rosa para
ajudá-los a conquistar a harmonia consigo mesmos.
Quartzo Verde: Tem o poder de acalmar e de curar as mais diferentes doenças.
Quartzo Branco: Amplifica todas as energias, aumentando a capacidade mental,
melhorando a memória. Aumenta as energias de curas, serve em todos os mais
variados campos. Como ele é muito ativo, não é aconselhável que fique muito
exposto, principalmente na hora de dormir. Deixe-o sempre guardado até a
hora de usá-lo.
Cristal de Quartzo: O mais comum de todos os cristais, costuma ser colocado
no alto da cabeça no chakra da coroa, e diz-se que ele estimula a glândula
pineal, sensível à luz, e ativa a consciência superior.
Ágata: Os terapeutas de cristais dizem que a ágata serve como energizador e
purificador do sangue, e ajuda as pessoas distraídas e fora de centro.
Acredita-se que a ágata, posta sobre o chakra do baço, estimula a expressão
criadora.
Quartzo Fumê: Uma das mais brilhantes de todas as pedras escuras,
supostamente transforma a energia espiritual do corpo em poder curativo,
quando posto sobre o chakra da raiz. Os terapeutas dizem que deve ser usado
com cuidado.
Turmalina Negra: Diz-se que desvia as energias negativas em vez de
absorvê-las. Suas estrias paralelas supostamente ajudam a canalizar os
efeitos curativos da energia espiritual de freqüência mais alta. Os crentes
também usam a pedra quando precisam de proteção paranormal.
Fluorita: Pedra em geral associada à criatividade, diz-se que equilibra os
aspectos intuitivo e intelectual da mente. Descrita como uma pedra do
terceiro olho, ela serve para ajudar a mente a manter sempre aberto um
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espaço meditativo.
Sodalita Azul: Tem o poder de relaxar e abre a terceira visão, aumentando o
poder de transmissão com outros planos astrais.
Jaspe Vermelho: Considerada como uma importante pedra curativa, purifica o
sangue, e é às vezes usado em desintoxicação, quando é posto sobre o fígado
ou os rins.
Alexandrita: Ajuda a reconstruir a mente, corpo e o espírito após traumas
recentes. Beneficia o sistema nervoso, baço e o pâncreas. Traz o equilíbrio
emocional e mental. É uma pedra com poderes regenerativos. Cria uma ligação
mental, emocional e dos corpos etéricos, levando a um estado maior de
equilíbrio. Combate a baixa estima e desordens do sistema nervoso. Inspira
felicidade, criatividade, expansão da consciência e o amor pela vida.
Âmbar : Permite o corpo a se curar pela absorção e transmutação da energia
negativa para positiva. Anima a disposição e estimula o intelecto. Abre o
chakra coronário. Ajuda a conectar-se com a consciência da perfeição
universal e a realização espiritual. Usado em casos de perda de memória,
ansiedade e incapacidade de tomar as próprias decisões.
Aquamarina: Ajuda na digestão, limpa e equilibra o emocional. Fortalece o
fígado, baço e rins. Estimula as células brancas do sangue.
Azurita: Fortalece o sangue. Corta as ilusões. Inspira criatividade,
intuição e limpa a mente.
Esmeralda: É a pedra do amor incondicional. Fortalece o coração, rins e os
sistemas imunes. Equilibra a mente e o corpo físico. Inspira amor,
prosperidade, tranqüilidade e a paciência. Aumenta a clarividência.
Calcita: Equilibra as polaridades masculino e feminino e as emoções.
Excelente para quem está estudando ciência e arte. Calcita amplifica os
corpos de energia, sendo excelentes fontes de energia para o chakra
coronário. Usado em todos os chakras.
Carnélia: Energiza as partes psíquicas, emocionais e mentais. Fortalece o
corpo através do emocional, trazendo coragem e resistência. Carnélia ajuda a
humanidade a fazer a transição para a quarta dimensão. Inspira concentração,
felicidade e sociabilidade.
Crisocola: Excelentes para os períodos de dor e tensões pré-menstruais.
Fortalece as qualidades femininas. Auxilia na prevenção de úlcera, problemas
digestivos e pulmões. Realça o metabolismo. Alivia o sentimento de culpa.
Equilibra os chakras. Relaxa os estados de ansiedades e medos, prevenindo
congestão emocional. Inspira criatividade, o poder pessoal, felicidade e
serenidade.
Diamante: Transmuta as energias negativas para positivas. Purifica o corpo e
o espírito. Amplifica as energias do corpo e da mente. Inspira inocência,
purificação, confiança, abundância e serenidade.
Dioptácio: Equilibra os canais da mente e do corpo físico. Fortalece o
sistema nervoso, trazendo estabilidade emocional. Estimula os rins, pulmões
e coração, Excelente para quem está envolvido emocionalmente. Tem uma
especial afinidade com o 8º e o 9º chakra. Inspira progresso, prosperidade e
abundância.
Calcita-Ouro: Usado no chakra coronário para estimular as altas freqüências.
Beneficia os rins, pâncreas e baço. Alivia o medo e o stress. Equilibra as
polaridades masculino/feminino e as emoções. Inspira felicidade e clareza.
Calcita-Verde: Suaviza as fronteiras rígidas da mente. Liberta os antigos
conceitos, permitindo que as coisas novas entrem. Abre novos caminhos,
aliviando o medo e o stress. Usado no chakra do terceiro olho ou no chakra
da garganta. Auxilia os rins, pâncreas e baço.
Jade: Auxilia nos problemas dos olhos. Equilibrador emocional. Radia amor
incondicional, coragem, justiça, claridade e sabedoria. Coloca a pessoa em
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contato com seus potenciais. Ajuda a alcançar a realidade espiritual.
Inspira confidência e equilíbrio.
Lápis Azuli: Traz vitalidade e relaxamento para o corpo e a mente. Poderosa
pedra das habilidades físicas e das comunicações. Usado no chakra do
terceiro olho para penetrar nos bloqueios do subconsciente. Ajuda a
desenvolver o poder da mente. Inspira criatividade, expressão e
estabilidade.
Obsidiana: Equilibra as energias do corpo físico. Limpa os bloqueios do
subconsciente. Auxilia os intestinos e o estômago. Inspira objetividade,
sabedoria e amor.
Ônix: Traz sabedoria em decisões que precisam ser tomadas. Equilibra ambas
as polaridades masculino/feminino. Fortalece a espinha e tira o stress.
Alinha por inteiro o corpo físico com altas freqüências de energia. Inspira
serenidade, auto controle e intuição.
Rubi: Usada para preservar o corpo físico e a saúde mental. Estimula o
chakra cardíaco. Inspira sabedoria espiritual, saúde, conhecimento,
tranqüilidade e riqueza.
Pedra da Lua: Faz uma conexão com a fonte de luz interna, em qualquer forma
de meditação. Usado em qualquer chakra.
Olho de Tigre: Traz uma alta freqüência de energia vibracional. Equilibra a
percepção.
Topázio: Desintoxica o corpo. Desperta e inspira a abundância na saúde,
ajudando na regeneração dos tecidos e fortalecendo os órgãos e glândulas.
Topázio coopera em seu desenvolvimento espiritual. Inspira paz,
tranqüilidade, criatividade e expressão.
Turquesa: Auxilia na regeneração dos tecidos. Protetor contra todas
poluições do meio ambiente, em particular as radiações. Fortalece e alinha
todos os chakras. Excelente pedra para usar nas meditação ou em qualquer
outra atuação espiritual. Ajuda no crescimento pessoal e expande a
consciência. Auxilia nas situações do dia a dia e da sua vida em geral. Tem
o propósito de equilibrar e curar o chakra da garganta. Inspira
criatividade, paz, equilíbrio emocional, comunicação, lealdade e sabedoria.
Zircônia: Acalma as emoções. Traz proteção contra a insônia e a depressão.
Fortalece a mente. Aumenta a auto estima
Histórias de elementais
Os sete anões do célebre conto de fadas Branca de Neve nada mais eram do que
gnomos: trabalhavam em uma mina, adoravam comida e já eram mais velhinhos,
características típicas desses adoráveis elementais. Seu nome deriva
provavelmente do grego genomus, que significa habitante da Terra.
Assim como existem muitos tipos de seres humanos evoluindo através dos
elementos físicos objetivos da natureza, também há muitos tipos de gnomos
desenvolvendo-se através do corpo etérico subjetivo da natureza. Esses
espíritos da Terra trabalham num elemento tão próximo da faixa vibratória da
Terra material que possuem um poder imenso sobre suas rochas, e também sobre
os elementos minerais nos reinos humano e animal. Os gnomos trabalham com as
pedras, as gemas preciosas e o metais, e supõe-se que sejam os guardiões de
tesouros ocultos. Algumas famílias de gnomos agrupam-se em comunidades e
constroem casas com materiais que não têm contrapartida em nosso plano
físico. Os trabalhos dos gnomos incluem o corte dos cristais de rocha, o
desenvolvimento dos veios minerais e a fertilização da terra. Quando os
gnomos trabalham com animais ou seres humanos, seu trabalho está confinado
aos tecidos que correspondem às suas próprias naturezas. Assim, eles
trabalham nos ossos, que pertencem ao reino mineral, e os antigos
acreditavam que a reconstituição dos membros quebrados era impossível sem a
cooperação dos elementais.
Os gnomos são de vários tamanhos – muitos deles bem menores do que os seres
humanos, ainda que alguns tenham o poder de alterar à vontade sua estatura,
o que resulta da extrema mobilidade do elemento em que funcionam.
Alguns estudiosos, como o Abade de Villars, dizem que eles “são engenhosos,
amigos do homem, e fáceis de governar”. Outros, entretanto, afirmam que eles
são de natureza astuta e maliciosa, difíceis de conduzir, e traiçoeiros. Os
autores concordam, entretanto, que uma vez ganha sua confiança, eles são
dignos de fé.
Assim como os gnomos estão limitados em sua função, as ondinas (nome dado
aos elementais da água) funcionam na essência invisível e espiritual chamada
éter úmido (ou líquido). Em sua faixa vibratória ela está próxima ao
elemento água, e assim, as ondinas podem controlar em grande parte o curso e
função deste fluído na natureza. A beleza parece ser uma nota-chave dos
espíritos da água. Onde quer que as encontremos representadas na arte e nas
esculturas, elas são caracterizadas pela simetria e pela graça. Controlando
o elemento água – que sempre foi um símbolo feminino -, é natural que os
espíritos da água sejam com mais freqüência simbolizados como fêmea.
Existem muitos grupos de ondinas. Algumas habitam cataratas, onde podem ser
vistas entre os vapores; outras têm o seu habitat nos pântanos, charcos e
brejos, enquanto outras, ainda, vivem em claros lagos de montanha.
Segundo os filósofos da Antiguidade, cada fonte tinha a sua ninfa, cada onda
de mar a sua oceânida. Os espíritos da água eram conhecidos com nomes como
oréiades, nerêiadas, limoníadas, náiades, fadas da água, sereias e
potâmides. Freqüentemente as ninfas da água tinham nomes derivados dos rios,
lagos e mares que habitavam. Ao descrevê-las, os antigos diziam que todas as
ondinas perciam-se com seres humanos na forma e tamanho, embora aquelas que
habitavam rios e fontes menores tivessem proporções correspondentemente
menores. Acreditava-se que esses espíritos da água fossem ocasionalmente
capazes de assumir a aparência de seres humanos normais e realmente
associar-se com homens e mulheres. Existem muitas lendas sobre esses
espíritos e sua adoção pelas famílias de pescadores, mas em quase todos os
casos as ondinas ouviam o chamado das águas e voltavam ao reino de Netuno, o
rei dos mares.
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Salamandras, os elementos do fogo
Fadas
Silfos, os elementais do ar
Os silfos são elementais que vivem em uma substância etérea similar à nossa
atmosfera em sua composição, porém muito mais sutil. Embora se acreditasse
que os silfos vivessem entre as nuvens e no ar circundante, seu verdadeiro
lar era nos topos das montanhas. Aos silfos os antigos atribuíram a tarefa
de modelar os flocos de neve e arrebanhar as nuvens. Esta última tarefa eles
desempenhavam em colaboração com as ondinas, que forneciam a umidade. Os
ventos eram seu veículo particular, e os antigos se referiam a eles como
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“espíritos do ar”. Eles são os mais altos de todos os elementais, já que seu
elemento nativo é o de mais alta taxa vibratória. As mulheres dos silfos são
chamadas sílfides.
Acredita-se que os silfos, salamandras e ninfas têm muito a ver com os
oráculos dos antigos: que de fato eles é que falavam desde as profundezas da
Terra ou desde o ar em torno.