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EDUCAÇÃO E CIDADANIA

Por: Delirose Ramos


21/12/2010

No último domingo, um cidadão foi agredido por outro cidadão da linha 2 do


metrô do Rio de Janeiro por ouvir música alta com palavras de baixo calão – o
chamado “funk proibidão”.

Segundo o Dicionário Aurélio, resumidamente, cidadão é todo membro de um


Estado que possui direitos e deveres para com este. Falando assim até parece
fácil, o que complica são os aspectos subjetivos desses direitos e deveres. Até
onde o meu direito pode ser respeitado sem conflitar com o seu?

Analisando-se isoladamente os fatos a questão parece bem simples. O


cidadão1 tem o direito de ouvir a sua música preferida numa altura que lhe
parece confortável. O cidadão 2 tem direito de desfrutar do silêncio no
caminho para o seu lar. O problema é que nenhum dos dois vive em uma ilha.

Conviver é plantar uma semente de paciência por dia e não gerar expectativas
sobre seus frutos. É exercer cidadania por você e pelo outro, é saber que a
nossa formação de consciência nasceu de inúmeras experiências e virtudes
que muitas vezes o outro não teve a oportunidade de desfrutar.

Não quero com esse texto levantar mais uma bandeira de Madre Tereza, nem
justificar o mal do homem como um fruto do meio. Ainda ontem tive uma
atitude nítida de descontrole e senti na pele o que certamente aconteceu com
aquelas pessoas, pequenas coisas aparentes servem de gatilho para colocar
para fora grandes coisas até então escondidas.

O meu objetivo aqui é apenas utilizar esse fato como um gancho para refletir
um pouco sobre os nossos pontos de vista, sobre tudo o que depende apenas
de nós para tornar o dia melhor e quase sempre não fazemos.

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