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REGIAO AUTONOMA DA MADEIRA

VOL. II

Correspondência de João de Saldailha Albuq~ierque1673- 1694

ALBERTO VIEIRA

SECRETARIA REGIONAL D O TURISMO E CULTURA


CENTRO DE ESTUDOS DE WISTÓRIA DO ATLANTICO
FUNCHAL 1098
TITULO
0 Píll~licoe o Privado ila História da Madeira
Vol. 11, Coriespondêi~ciade Jogo de Salcianlia Albuquerque 16731694

1" Edição
1998

Colecção Documentos
N" 7

EDIÇÃO
CENTRO DE ESTUDOS DE HISTORIA DO ATLÂNTICO
SECRETARIA REGIONAL DO TURISMO E CULTURA

Rua dos Ferreiros, 165 - 9000 FUNCHAL


Telef: (35 191) 229635 IFax (35191) 230341

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TIRAGEM
1000 exeiilplares

CAPA
Cartas de Joào de Saldaiilia Albuquerq~ie

IMPRESSÃO
O LIRERBL, Einpresa de Artes GWficas, Lda.

Depósito Legal: 13089198

ISBN: 972-8263-09-0
Com este seg~lndovolutne damos continuidade ao projecto de edição dos docu-
mcntos niais relevantes para a I-Iistória da Madeira que temos encoiitrado nos
Arquivos privados e oficiais. No prinieiro volume reuni~iios as cartas de Diogo
Fernandes Braiico (1649-1652) e agora chegou a vez das de João de Saldanha
Albucluerque (1 673-1698). mercador, que foi governador e Capitão General da ilha
da Madeiw de 1672- 1676.
Tenha-se em atençiio que não é desproposito esta coiitinuidade da publicação pois
existem ligações directas ente os dois protagonistas que foram durante muito teiiipo
l?arceiros ao negócio c0111 as praças e feitorias africanas, coiiio o deiluiiciain as car-
tas. Alias, Diogo Fernandes Brailco foi uni par privilegiado das suas actividades com-
erciais com a Costa da Guiné e o Brasil.
Era nosso objectivo termiiiar por aqui esta obra iiias o aparecimento assíduo de
docuinet-itação privada da mesina índole obriga-tios a repeiisar e a dar coiitiniiidadp
com o pro,jecto, trazendo a publico a correspondêilcia particular de outros inrrcndS;'.
O presente copiador de cartas consta de 242 fólios apresenta inúmeros fólios em
branco e dele ião constam os fólios 50v0 a 54 e 186v0a 1 X8v0. ficando algumas car-
tas truticadas. O inanuscrito foi encontrado por A. Basto em 1889 no extinto
Conselho Ultrainarino e pertence hoje ao Asquivo Histórico Ultratilariiio onde se
apresenta coiii a cota: cod. 1162.
Estamos perante uina perso~ialidadesingular que no exercício das funções iiisti-
tucioiiais trata da adiniiiistração das suas conieridas e fazenda, dos seus ~iegóciose
correligioii8rios. Deste modo B nlistiira coin cartas de carácter privado e comercial
deparailio-rios com outros oficiais, fruto em cada inoineiito das suas f~inçõesconlo
goveriiador e capitão Geiieral da Madeira (1672-1676) e depois como governador de
Mazagão (1693-98). As cartas aqui reuiiidas assinalam três morile~itosimportantes da
sua actividade:
1673- 1676: pcrinaiiência no F~inclialcomo Governador e Capitão General eiil
clue as cartas iiidicain unia preocupação com a actividade coiilercial de parceria coiii
Diogo Fernatides Branco;
1677-87: na Junqueira, a sua casa passa a dcciicrir-se d adniinistraçáo das suas
fazcndas, aos ~iegócioscom África e Brasil ;
1893-95: Coiiio governador da praça de Mazagão parece que abandona a activi-
dade coiiiercial, pois 1180 encoiltranios referências a isso nas suas cartas, para se
dedicar ein exclusivo a esse governo.
Note-se uin Iiiato evidente nesta correspondência no período de 1688 a 1692 e
entre 1G96 e 1698, cuja causa ignoramos.
João de Saldailha de Albuquerque é filho de Ayres de Saldaillia, coiliendador de
Sevaclieira c S. Martinho de Lagares que foi Mestre de Campo lias guerras de
Restauração no Aleritejo onde iiiorreu na Batalha de Montijo. Sucedeu-lhe 110s títii-
10s e privilégios este seu filho que eni julho de 1672 foi nomeado Goveriiador e
capitão General da ilha da Madeira, cargo qiie inanteve atí. 1676, altura e111 que foi
substituído por Alexandre de Moura de Albuquerque.
Herdou de seu pai as comeiidas e demais bciis que administrou directaineiite
cnquanto esteve iio reino, o11 deixou aos seus criados quando esteve aliselite lia
Madeira e Mazagão. Eiu qualquer dos momcntos é patente o eiiipeiiho pela sua boa
administração, coilio se poderi verificar na iilsistente reclamação de rioticias e de ori-
entações porme~-iorizadas'.
A sua casa da Junqueira era s e r v i d a ~ n i a i sde 40 criados o que iiiiplicava elc-
vados encargos, que soinados hs despesas periiaineiites da Corte, o tornavam cada
vez mais insolvente. Certaineiite que a sua ida para Mazagão coiii Goveriiador pode
ter a ver com esta situação.
Na S~inqueiratinha Iiorta e jardiiii. Na primeira plaiitoii figueiras e batatas da
Madeira e no segurido surgein jiincluilhos, jacintos e tulipas da I-Iolaiida. Este últinio
recaiito paradisiaco coiiipõe-sc com a vinda de caiihrios da Madeira'. As suas deslo-
caçoes z i corte faziai1-i-se 1iu1iicoche que iiiandou comprar iio norte da Europa.
O seu goverrio lia ilha da Madeira foi iliarcado pelo pleito coin o bispo D. Frey
Gabriel de Almeida, por causa da prisão do deão Pedro Moreira. Isto valeu-lhe uma
sindicâiicia feita em 1677' pelo deseiiibargador Manuel Dourado Soares. Ao ser subs-
tituído lias suas funções regrcssou à corte onde foi vedor da Casa Real do coiicetho
de Guerra, depois govcriiador de Mazagiio e presidelite da câiiiara de Lisboa'. Do seu
goveriio na ilha pouco mais lii a assinalar Apenas uin pleito entre a vereação e o juiz
de fora a que a coroa apela A sua interveiiçãoí'.
A sua perinanêiicia i l a ilha deve ter contribuído para ciiiiciitar o seu empenho
pelos negócios dc África coin o Brasil, cliaiiiado a isso ccrtariicntc pcla mão cle Diogo
Fernaiides Branco, urii dos niais proiiiissores hoiuens de negócios da praça do
Fuiicl~alna segunda nietade cio século XV117.Aliás, após o seu regresso a Lisboa em
1677 cstc é o destiiilittírio prefereiicial das suas cartas. São mgócios em curso e iiovas
oportunidades qlie o preocupain. A Madeira é uili eixo f~indaiiiciitalclcsses riegócios.
A ilha estabelecia a ligação co~iias illias de Cabo Vcrdc, S. Tomé e a Costa Africana
c daí coin o Brasil. No retorno surge cle iiovo a illia, destino preferencial do açuciir
para o fabrico das conservas. Neste coiitexto as cartas lê111 como destiiiatirio prefe-
rerlcial agentes e autoridades cla Madeira,bRio de Jaileiro, Periiaiiibiico e Baia.
Tainbéni as informações lavradas nestas cartas tcstc~iiuiiliamo trama das relações
conierciais atlânticas. Aqui as ilhas continuam a evideiiciar-se como eixos f~iiida-
1677 1678 1679 1680 1682 1686
Rio Janeiro ...........1
Pernambuco .......... 1 . . . . . . .I . . . . . . .1
Baia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2
Madeira ................4 . . . . . . .2 . . . . . . . I . . . . . .3 . . . . . .2 . . . . .1
Cabo Verde ........... l
Cacheo ......................... .1
Aiigola ............ .... . . . . . . .1 . . . . . . . I
S. Tomé ................2 . . . . . . . . . . . . . . .1 . . . . . . . . . . . . .1
Holaiida ................3 . . . . . ..2 . . . . . . .2
- - -

O alio de 1675 é assiiialado coino difícil para os ~~egócios na ilha. A falta de


liavios, a insistente afir11iação e coiitrole dos iiigleses do coiiiércio da ilha não augu-
i.availi bons momentos para os ii-icrcadores nacioilais. E disso se queixava o autor das
cartas e111 13 de Novembro. Na verdade este é u~iiiiioinento significativo de iinplan-
tação dos iiiglcses tia illia que os levari a uma quase posição de inoiiopólio. A j ~ ~ n t a r
a isto temos rio alio imediato as pi'eocupações com os corsários, argelinos e france-
ses. Deste iiiodo todas as caiitclas erani obrigatórias. a carga v2iliosa como o ouro e
prata era distribuída por divcrsas embarcações, ou ci~lãoentregue aos barcos iiigle-
ses, coilsider:idos os mais seguros.
O seti regresso 9 corte desde o F~inchaltardoii algiiin teilipo. Tardou a chegar a
fragata de guerra que o havia de conduzir i sim casa. A sua saída ocorreu a 12 de
Novernbro de 1676 partiu do Funclial, mas só en.i 19 de daiieiro de 1677 temos noti-
cia da sua presença no reino". Esta viageiii foi ~ilgoatribulada pelo niau tempo que os
collieu lia joriiadai".
A partir de 1693 sai do reino para outi.ti misssio em Mazagão. A iiiais difícil e
espiiiliosa que testeinuiiliam as suas cartas. A dcfcsa das praças aFicaiias na segunda
ii~ctadedo século XVII C unia tarefa difícil. A iiiaii~iteiiçZoda guariiição das praças
torna-se cada vez iiiriis probletiihticdi. As preocupações com a iiiaii~iteiiçãoe abaste-
ciineiito da praça, o relacioilaii-ieiito dificil com os iiorte-africaiios e os probleiiias
coin o resgate dos cativos iião foraiii tarefa I'hcil para o goveriiador, que o iiiipedem
de dedicar-se aos ncgócios. h praçasparecc que estavaiil quase ao aI>aiidoiio.As
mural~ias~lecessitaw~~ii cie reparo e as llabitações cln praça aguardavaii~por melhorias.
A necessidade de iiiateriais de coiistruçrio c de pessoal especializado nesses serviços
são uma preocupação constaiite do govcii-iador, pois os degredaclos iião iiiteressain h
praça .
De acordo com a nienioria de 1693 é evidente a falta que se Fzizia seillir na praça,
ein artefwtos c pessoal especializadoii. Da ilha de S. Miguel para aléin clos cereais
poderia embarcar-se aves, porcos, pcrdizes, coellios e fiutas(larar?jas, limas e
lirnõe~)'~.
O Abasteciiileiito da praça em ccrcais (10s Açores fazia-sc pelos coiilratadores
coin os q~iaiso goveriic?dortem um relacioi~anie~~to difícil". AliYs, o for~~ccimei~to
de
cereais por estes e deficiente e raras vezes obedece ao coiitralo estabeleciclo com a
coroa. Esta permaneiite insegurança face hs ameaças de iiiouros, a Falta crónica e per-
manente de cereais, as deficientes condições de sobreviv2ncia na praça não facilita111
a vida do governador na praça, quc aguarda por noticias da sua substituição. Assiin
em Maio (lc 1693 referia a necessidade de encontrar ~1111 substituto pois refere que
"iieiil saude nein passiensia teiilio para estar aqui l-iurn dia iiiais dos tres alinos ..."
Este conjunto de cartas que assinalain um moinento inlportante da vida de João
de Saldanha de Albuquerque, perii~itemseconstituir ein sinlultâneo a sua actividade
como inercador e goveriiante. Ambas as actividades se confunde111e podemos dizer
que sc serve da sua posição na Corte dos coiitactos que deteni c0111 as deiilais aurori-
dadcs para actuar e111 c:iusa própria. Mesrilo assim niio teve o camiiilio aberto, pois
teve alguinas dificuldades no conléscio ern S. Tom6 vendo uin pataxo seu e de Diogo
Fernades Branco confiscado pelo Governador Bernardo Campos na ilha do Príncipe.
O novo governador, Beriiardim Freire, foi que111 lhe rcmedeou o dano deste sequcs-
%/ tro, inediante s$eiiça da coroa". O pattiixo Nossa Senhora da Encarnação e Santo
António havia sido fretado ein 1676 de parceria com Diogo Fernandes Branco para
coiidiizir h Guiné 18 pipas de viiilio, ferro e fazendas para Martinho Feniandes Crus.
Esta íiltima sit~iaçiioocupou parte do seti teiiipo de pernianência no reino, valeiido-
se da sua presença ria corte parsi o solucionar.
Uin dos aspectos que mais se evidencia lieste conjunto de cartas é o uso da sua
condiç5o de governador e dos contactos institucioilais coin os demais pares n o
inundo Atlântico para rccoiileildar alguns parceiros ou solicitar favores. Neste con-
texto tcnios iilúmeras cartas aos governadores de Pernarnb~ico,S. Torné, Caclieo".
NOTAS

1. Recentemente encontramos numa Biblioteca Norte-Americana um manuscrito de um outro


mercador, João Serrao de Oliveira (1646-1656), com actuação no mesmo circuito e espaços
comerciais.
2. F0l~.120-121~\ 152
3. Fols. 72, 91v! 94.
4. ARM, CMF, T. VII, fls. 25v-26, 23 de Janeiro de 1677. Também transcrita neste copiador de
cartas a fl.58-58v9.
5. H.H. de Noronha. Memorias Seculares e Eclesiásticas para a História da Dioceses do
Funchal, Funchal, 1996, p.56.
6. ARM, documentos avulsos,caixa 2, n"307, Lisboa 30 de Outubro de 1675; idem, ibidem,
cx?, n908, Lisboa 29 de Julho de 1677.
7. Confronte-sea Introdução ao primeiro volume desta obra.
8. Carta de 21 de Setembro de 1676. f1.42vk-43
9. FOI. 41v0
10. f01.56-56~'
11. FOI. 178v"l79
12. F1.213vg
13. Veja-se carta ao contratador de24 de outubro de 1693, fl. 186.
14. Carta de 15 de Janeiro de 1679, f1.86~-87.Temos o inventário do que constava no pataxo
na altura da apreensão(fl.160-161~").
15. Fols. 32, 42, 51. 89, 132.
COPIADOR DE CARTAS
DE JOÃO DE SALDANHA ALBUQUERQUE
Ao senhor Francisco Mendes de Bairros em Pernambuco
em 28 de Outubro de 1673 do Funchal

Seiilior meu por varias vias tenho recebido carta de vossa ii-iercee plas que pude
respondido a ellas e agai-decendo asiiii o cuidado que tem de todas ininlias cotizas e
dado novas de sua saude que ho o que nnais estimo.
Veyo o que vossa nierce dis sobre a asistencia qiie fas a Iiincs Pereira e Luiza
Nuiies a que peço vossa iilerce não falte porque iinporta asim c para que vossa inerce
se inteire da falta que la teiii reineto esses viiitc q~itirtosde bacalliao com os quintais
qiie dis a inemoria iiidiiza dos quaes sera vossa inerce servido inteirar a conta clos
duzeiiios iiiil reis do conde da Ericeira porqiianto me escreve que dos sento e sin-
coerita que lhe concigney no Almoxiirifado do Campo de Oiirique ouve falta de sin-
coenta e sete niil reis por não cobrar eu na Folha mais que e111 noventa e tres que coin
os sem desa alfandega ficão filltando sete tili1 reis para o inteirar que vossa merce lhe
dira os arrecade clle todos os alinos einquanto eu ca estiver, e para satisfazer as oii-
tras obrigações qiie digo asinia o Iiira vossa nlercc satisfazendo do que render o dito
bacalhao e se algiiin tcnpo oriver falta fique vossa inei-ce adwvertida que iião seya
rezâo para que a expreiiieilta as peyoas a qiieiii teiilio mandado asistir e c0111 avizo
seii satsifarey a quantia que for a Doiningos de C:inpos nesta//[lvn] terra coin quem
vossa inerce tem contas deu tambein e façilmeiitc podeiiios encontrar qual continha.
A Periiainbiico tenlio mandado liuina encomenda de bacalhao a entregar ao go-
vernador e feito avizo que quando não Iiaya navio em direitiira J3iiia aqui inaticle ou
leve e porcedido em sua coiiilianhia a essa cidade a entregar a vossa inerce e qualido
asim soceda vossa nierce malidara dispor disto coin o cuidado clue coskiina eni tudo
e ine fara avizo por qualquer via.
Nesta ocazião nirii-ido hiiiiia letra de des mil reis a huina esiilola de liuinas freiras
vossa inerce a satisiara niais depreça que puder.
A Aires dc Saldai~liaescrevo aynda a vossa inerce ria cobfança das nhas tcnças e
quando seya necessirio se valera vossa merce tle Ilie para esse efeito. e por Iiora rião
se ine ofereçe mais veya vossa ii-ierce sc 1151 alguma couza ein quc o sirvo que para
tudo me tem boa volitade.
Ofereço a vossa merce lium feiçho de casca que Iie a ii.iicia da terra o qual clara a
vossa mcrce o mestre Fi-tlncisco Roiz Soeira coni mais os caixõcs de outra que dis 11
conheciinento induzo em que llie dey pnganiento de outciita coiii concliç5o dc que sc
não acliaçe logo para efeito cle satisfazer qucni ina coriipraçe a cntregaçe a vossa
inerce que me faria iilerce de o satifazer de sua divicla //[2].
A Pero Cetar de Menezes governador do Maranhão Funchal
em 25 de Junho de 673

Senhor ineu neste iiavio carrego treze pipas de vinho e quatro e nica de agoa
ardente dos quoais peço a vossa merce mande por liuiii criado seu convertellas ein
tabaco do ~iiaisfino e cacao, e alguiu cravo inais o inenos que puder ser por este ge-
iiero 1150 tem ca i-i~uitagrande sallida e se o contrato do anil concente devertirce
algiiin tão bein pode vir e perdoe vossa nierce esta confiança para a que ine der cauza
a riiuita merce qiic sempre 110s fez e nessa espero tenlia esta e~icomeiidapor mão de
vossa meice muy bom suceço que vossa inerce como irinão ein arinas sey hade tratar
inerito dos meus aumentos.
O portador enitregara inais huin quarto de viri110 do melhor da terra para a sua
ineza de vossa inerce que Iie a fruta da terra advertindo que o vinlio e agoa ardente
que lle da carregação do inellior que vay 110 navio e se nestas partes 11a couza do
serviço de vossa rilerce 111e hade achar muito proiito as suas ordens.
O portador desta segunda via he hunl iiiosso que vay coin alguiil riegocio para
essa terra como sabe a merce que vossa inerce me fas pedio esta toda a que vossa
merce Ihes fizer a tcrey por muito giaiide porque vou inais eiltereçado eni que me
tenl-iào por vilido de vossa inerce e para o mestre do navio faço a inesina recorneii-
dação//[2vU]

Carta para o governador de Pernambuquo Funchal


em 3 de Jull-io de 1673. Foi cegunda via em Agosto

Nesta ocazião niaildo quinze quarto de bacalhao em que vem duzeiltas e siri-
coenta e nove arrobas e htiii~arratel como constara do coi~l-ieciii~eiito e carregação
junta a entregar a vossa seilhoria por me dar confiança a merce que seinpre me fez e
o querer por esta via teinlia iiiell~orsuçesso esta minha mercançia pois somos tão des-
graçados que em caindo pla barra pra não poderiios deyxar por Iiuin criado seu
reduzido a diiiheiro em que me dizein 1120 avcra duvida porque o geiiero 11e bom e
remeterme o porcedido em tabaco Fino e senão puder ser tudo eiil tabaco c111 asucar
tanibcin do mais fino em liuma frugata que nesse porto deve estar de Doin Gaspar de
Saa que o mestre não pora duvida cin a serrar pus llie Iie mandado pella carta iiicluza
em cazo que não esteya a l i a dita fragata vossa seiilioria tenha em seu poder athe aver
alguma que veiiha para cstc porto ein direitura ou a ilha Terceira a eiitregar a
Fraiicisco Ribeiro da Costa e não veiido ocazião ein direitura para i~eliumadestas
partes e antes disso vciilião render ahi me fara grade favor leva10 ein sua coiiipaiiliia
a entregar a Francisco Mendes de Barros meu procur~dos.
O mestre critregara a ordem devossa senhoria para a sua ineza quatro qilartolas
hliina de malvazia outra de vinlio branco e duas de vinho tinto que he a fruta da terra
e a confiança do soldado sera desculpa.
Foi 2" via cin Agosto//[3]
A João da Silva Souza governador do Rio de Janeiro.
Funchal em 25 de Mayo de 673

Senhor n-ieu clespois qiic clieguei a esta tcrra teiiho escrito diius a vossa sei-ilioria
duas
c011 cinbarcaçois qiie daqui se oferecer5o para esszis parles, folgarei qiie asiiii
ell;ts como csta ache avossa senhoria coii-i a saudc que lhe tIezeyu eni co~iipai-iliiado
senhor Pero Alves a qiiem beiyo as i-i~ãos.
Neste navio iiicstre Fraiicisco Montciro toiiio coi-ifiaiiça de reineter as ditas dos
pipas de vililio e nove qiinrtos de bacalliao como consta do conliecimeiito e car-
i'egaqão iiicluza pei'a que por niandaclo tle voss:i sei-ilioria seião veiididas i-iessa terra
coiii o iiielhor comodo que p~iderser q~ialqiierdestes getieros os melhores, c de
mayor rep~itaçàoque se acliarão e o porcedido iiie fara vossa sei-ilioria i-ilerce rcineter
c m nsiicar Sino rio priii-ieirci iiuvio cl~icvier em direitiira n esta illia.
Tão bein reiiicto a vossa senhoria Iiuina quartola de mal\lazia c Iiuiil quarto cle
viiiho branco niunto encelcnics para a meza cie vossa seiilioria fòlgarey que clicge Ia
a salvamento c iiùo vay mais caiitidade porque sei tcin daqui outrns prezeiites e qiie
e s a teri'a lie iiiais cliiente que cstreinos aonde avia taiito unzigo 1i.anc;es c se vossa se-
nhoria nesta terra tcvcr negocio c111 qiie o sirva beii-i sabe do meu dezeyo que o lieitie
fazer boi11 toda a poiito;ilid:idc e asini fico pronto as blias ordes. // [3v0]

A Pero de Souza Pereira provedor da fazenda do Rio de Janeiro.


Funchal em 25 de Mato de 673

Seiilior incti hc iiio coiikccide a l-ieqoa de vossa merce e o seu primor que me da
coiií'ianqa para que i-i-ia vallia de vossci merce erii esta ocaziùo e111 que reineto neste
navio i-ilcstrc Fraiicisco Moiiteiro des pipas de viiilio e nove clliarios de bacallia« coin
çciito e triiitn c siiico ~ r o b a se c a t o r x livras, huiu qiiario cic viiiho e liuma quartolu
dc malvozin pctiiiitlollic cluc eiii a~izcnci:~ de Joko da Silva e Souza go~~erii;iri»rdessa
capitiiiiia u ~ L I C I I Ielevo miiitns amizades a queiii por sua ordem seya veudido csta e se
tne hc;n rciucç:i do porqcdido cin asucnr fiiio no priincirii iiavio que vier cni direitura
a esta ilha c asii-ii seiido niizei-itc o dito govcriiador acliara vossa iucrcc na sua carta
coi-ilicciniciito c carregnção para poder cobrar a diiii fi~zeridtidandoiiie primeiro qiie
iiido iii~iitasbons iiovas de siia saudc c oca7iocs etn que o poqri scrvir destas partes
que o I-icide f i i ~ e coiur liuma voiitadc iniiito graiidell [4]

A Francisco Ribeiro da Costa


em 24 de Mayo Funchal673 para a ilha Terceira

Recebi duas de vossa i-iicrce Iiuiiia com o n-icstre JoUo Abi;ih5o dc 29 dc


Dezcii~brocoi-ii cis 20 iuoyos de trigo c outit coiii o ii-icstre João Ciiiilhcrriic dc 28 clc
Fevreiro, e estinici iiiuilo ver paçava vossa nicrcc coin saiide q ~ i clhe clezeyo a cllial
Dcos lhe deixe lograr iiiuitos anilos e fico iiiuy agrridcçido a meicc qlie vossa mcrcc
me fas eiu tudo c 111~1itt)pronto 11:ira ii-iostr;ir a vossa i-iierce este :igiirdeciiiiento ciii
todas as ocaziois que me der de o servir
O trigo hera m~iitobom como couza de vossa mercc e fico pronplo para na
priineira enibarcação mandar a lcfm a Arironio Cocllio de Crava1110 como vossa
merce ordeiia e mandando elle carregar alguiis vinhos se carregarão dos melhores
que se acharem e se o ciito tivera feito avizo em alg~iniasenibarcaçois que chegarão
a esta terra llie carregaçe algum vitiho para algu~ilaparte do brazil, que não foce a
baliia 1i2o deixaria de ter grande conta porque vinhos estilo acoinodados, e não teiii
hido iil~~itosnavios este anno, porem não devia de ter avizo de vossa inerce a tempo
que niandaçe fazer esta diligeiicia.
Não veyo a que vossa Inerce dis fcz sobre remeter outros vinte moyos ao navio
João Guilherme e suposto beijo a vossa merce aos iiiaos por ella não se me deo iiiuito
que elle a iião troxesse porque senão fazia grande avanço nelle e agora para o novo
ainda que mostra haver muito iiesta ilha parte daqui a niesiila charrua por conta de
alg~insmercadores que a comprarão em que avizey a vossa inerce a cantidade que
q~ieronie carregue e querendo vossa iiierce xcarregar por sua conta// [4 v'] a metade
levara ordein para dar toda a paça que vossa mercc lhe pedir.
A falta que vossa meices padecem de navios do norte temos tâo bem ca porque
aiiicla que chegão alguns ingleses Iie só a carrgar vinlios sein trazerem fazendas algu-
mas c dc Olaiida iiâo teiu chegado de dous alilios a esta parte neiihuin que liera donde
ordinarisiineiite se provia esta terra c val a baeta a inil reis e o feno ainda mais que
iicsa terra c0111 que sc faria boa niercansia eiii hir daqui algum destes geiieros se
outra couza ouver crn que possa servir a vossa merce me achara com a voiitade que
lhe tenho dito.
Deos goarde a vossa tiierce.
Despois de ter escrito esta a vossa inerce se tomou outro acordo na liida da cliar-
rua a essa tcrra e nsim lie 11eset;ariaque vossa merce avize se lia Ia caravella para vir
com o trigo novo por conta de vossa nierce e Manuel Valente e minha conio ine dis
porque quiiiicio nno liaya podcrcrnos fretar a que leva esta ou liuma dc duas mais que
aqui sc esperiío adeveitindo que o lrigo hade ser c0111 iiiais comodidade que o paça-
do porque coino o aiino aqui Iie boi11 c01110 trigo a vossa incrce 1180 lera conta se asiiii
1150 foi:

Foi 2" via e avizo que liia praça de 33 iiioios erii liuma caravclla para carregar eiil
6 de Agosto cle 673 /I [5]

Carta para Fernando de Souza Coutinho governador de Pernambuco


em o primeiro de Fevereiro 674 Funchal

Senlior meu duas recebi de vossa senlioria nestc navio de Do111Gaspar de que fis
singular estiinação plo ser tiío bcni asi1i.i o dezeyo de novas suas e folgar tenha pas-
sado com saude c quc cstcja no Si111 desse traballio, para que venha descansar inuito
sedo ti patria, que seu tiíobeiil aliligo que dczeyo iuaior o seu coinodo que a iniilha
coiivinie~iciaque tiiilxl c111 tiío boin coiiirespoiidente para as iiiinlias i~iercaiiçias,riias
para que de todo niío perda esta einqlianto não tirão a vossa senhoria dessa terra
reiizeto nesta ocazião c0111 o mestre Anioiiio Goiiçalvez Seixal doze quartos de baca-
Iliao, ein que vão duzentas e onze arrobas e des arrateis neto, de que vossa seiltioria
dispora na forliia que niillior Ilie pareser a redução a tabaco e algurii asucar tudo do
inais fino qiie se achar e me farh favor vossa senlioria remeter o porçedido, asiiii desta
carregaç5o como da que tem recebido neste proprio iiavio que vaj co~iilicença e
qiiando seya cazo se parta primeiro que elle deixar tudo lia inãa de Manoel Vieira
Leão para que faça e remeça na forma que tenho ditto a vossa senhoria //[5v0]

Carta para Pernambuquo a Manuel Vieira Leão Funchal


o primeiro de Fevereiro 674

O capilaiii Doiiiingos de Ca~iposme disse o favor que vossa inerce ine fas cm c;e
cluercr encarregar do negocio que eu tiver nessa cappitaiiia o q ~ i aespero
l iiiereser no
servisso de vossa inerce c111 toda a parte que me der ocazião dc lhe obedecer e creyo
experiiiientara vossa merce na miiilia diligeiicia a voiitade com que lhe sea agarcleci-
do.
Nesta fragata reineto ao governador Feriião de Souza Coutinlio doze quartos de
bacnlhao com auzeilcia a vossa merce, em cazo que Iielle se Iiaya Iiido para o Reiiio
cobrara vossa merce a carta, e pla carregação e co~iecimciitoque vay coii ella esta
eiicoiiieiida de quc disporA lia foriiia qiie eu aponto e ao dito Feriiào de Souza
Coutiiiho o escrevo, que soçedendo partir para o Reiiio primeiro que esta einbarcaç5o
inaiide entregar a vossa merce assim o proçedido deste bacalhao como o da venda de
outro que Ia esta para vossa mcrce me fi~zei'reinessa por ella eii tabaco e algum asu-
cai- tudo do mais fino que se acliar.
foy 2" via ein 26 de intiyo 674 //[6]

26 de Maio de 674. a João Furtado de Mendonça Bairros (?)

Aiiiigo c senhor iiieu despois da chegada da fragata de Aires de Oriicllas em que


reccbi ci~iasde vossa merce ern coiiipaiihia de tres caixas de asucar eiii que dis vinli5io
novelita e ires arrobas 1150 toriiey a ter outra bem çey que lie plas poucas eiiibarca-
socs que vem acliii ein direitura que da iuerce a que vossa iiierce me fas não heide eu
dar iiuiica outra couza nciii lho mereço c despois disto chegou aqui arribada Iiuina
iiao caravela que partira do Rio clc Jatieiro que coiii a ii-iesiiia couza toiiiou esse porto
e111 que tive larga 1iotici:i de saude de vossa merce que estimei muito e o farei por
qunlquer viri que tiver este gosto.
Nesta ocazião 1150 rcincto bacalhao ilehuiii plo não aver iia terra capas de einbar-
cai como podera dizer o iiiestre do iiavio pore~iipara outubro teiilio tetiç'ao reineter
I-iiiin navio carregado só coin esta fazeiicla em que liirão seiselitos quiiitais de baca-
Iliao por conta dc liuin mercador desta terra iilinba e de vossa iiierce coriforme a
ordeiii qiie iiie inaiidou eiii liuma das suas e se em duvidar alguiua couza disto i150
qucre~idotanto por sua conta pode avizai na fragata de Aires de Oriiellas qiie creio
vira aqui coiiforiiie o que eiiteiicio seu I! [(,v1'] doiios lios prencipios do dito ines e
quando n50 venha a tempo sempre Iiira ci i~icrcanciana foriiia que digo.
Nesta espero me maiide vossa inerce ciu asucar coiiio IIC tc~iliol-icdido o procedi-
do do que Ia esta que a dita fragata hade vir tomar ahi alguina carga e a primeira para
vossa inerce com que seya esta que essa mesma ordem tem o mestre porque assim a
vossa i-iierce como a iiiim se nos vay acabando O tempo e não sey se presistiremos
ante que se ofereça outra embarcassão em direitura aqui.
Coin este iiiestre Manuel Alvai-es Seixas envio Iium pacote e huiii caixão de
bertanhas com as que dis a carreguação incluza que vossa merce podeiido ser ine fara
reduzir a assucar e remete110 na mesma ftagata de Aires de Oriielas e quando não
poça ser ou não poça a fragata que sera o inais serto iiie fara vossa ilierce favor man-
dar reduzir a dita carregação a tabaco fino o qual iiie remetera coin a forta a Lisboa
a entregar a Francisco Mendes de Barros e se puder ir na fragata de João Roiz d e
Figueira terei grande gosto e elle creyo que não duvidara pia amizade que tem comi-
go e o iiiesiiio fara em ficando algum asucar da conta primeira.
As cartas juiitas para Periiambuco peço a vossa inerce /I [7] me faça rernetcr

Pernambuco. Carta para Manuel Vieira Tião


Funchal26 de Mayo 674

As cartas iticluzas lie copia da que escrevia a vossa incrce ila fragata de D. Gaspw
de Saa e porque despois de partida tive noticia falccera o governador Feriião de Souzq
CoutiiiI-io remeto a vossa inerce procuração iniiiha para cobrar da peçoa a quem
ficario encarregados suas couzas o proçedido de quinze quartos de bacalhao ern que
hião duzenta e ciiicociita e nove arrobas e Iiuili arratel de que plo treslado de sua carta
junta me fes avizo ficava entregue e sem o procedido desta cobrança como os de doze
quartos de bacalliao que vossa inerce devia receber de que trata a dita segunda via
que reineto por ser falecido e se seguir a e~itrcguea carregação de vossa inerce espero
me faça favor iiiaiidar ein asucar e tabaco do mais fino na dita frota de D. Gaspar e m
cazo que ahi se ache eiii falta e111 coinpanliia da frota e eiitregar a Francisco Melido
de Barros eiii dito tabaco fino e couraiiia lia cidade de Lisboa meu procurador e
seiido iiesario assim para a cobrariça coin rcriieça //[7"] algum favor se valara vossa
merce do goveriiador D. Pedro de Alineidsi e João Ferilaiidez Vieira a quem escreva
e entendo que por ine fazerem merce dariio todo o que vossa iiierce lhe pedir

Ilha Terceira. Carta para Francisco Antonio da Costa.


Funchal20 de Mayo 674

Estando para dar a letra de sento e vinte mil reis na forma que vossa inerce avi-
zori c01110 tiío beiii a outra do porcedido dos viiitouto moyos dc trigo vcyo ter Jgnaci~
Fernandez Pinto e iiie reprezciitou que na Fragata S. Josepli trazia vossa merce praça
de duzenias pipas dc vinho e que elle seiião achava mais que com sincoenta nein
efeito de que carregar a iiiais e me pedio não renieteçc as letras e da coiitia dellas car-
regaçe alguiis vinhos para que vossa iilerce se aproveitaçe da praça e não tivesse t a ~
grande preda se iiic obrigou a fazer boa R dita caregação e rcslo que sc rne ficasse
cleve~~clode que fis avizo a Aiitotiio Coellio cle Cravallio que assim o aprovou e reine-
)a conta do que iile resta vossa merce ade ver sincoenta e tres mil e duzentos reis,
ine fara favor mandar nesta embarcação em trigo velho bom ein falta para o novo
o primeiro iiavio que vier 11 [X]

:arta para João da Silva de Souza.


'unchal27 de Junho de 674

Senhor meu pella fragata de Aires de Ornellas, e por todas as mais ocaziões que
:tem offerecido tenho sempre percurado novas de vossa senhoria e sou taiii dis-
raçado que lia mais poucas ocaziões em que mostre riias como por qualquer via sei
ue vossa senlioria logra boa saude fica o meu sentimento níenor. Estas me deu agora
cappitam Jogo Requerente que fica nesta caza com toda a ineudeza de que fis
raiide estimação.
Na dita fragata pedia vossa seiilioria nie reiiieteçe o proçedido do que la tinha
ecebido do portador desta em asucar fino e quando não podesse vir tudo ~iellaviese
I que ficasse lia cliarrua de Manuel Valente que ahi deve ir de Aligola e assiin espero

I tenha vossa seiilioria já feito coiiio lhe rilercsso.

Nesta ocazião iião renietto nada a vossa senhoriaeiihoria por 1150estar a terra c0111
oiiza capax e só llie peço inandado eiii que o sirva que para tudo me achara não
~rompto.Deos goarde. /I [8v0]

:arta para Francisco Mendes de Barros.


-Unchal12 de Julho de 674

Senhor ineii suposto tcnlio respondido a dc vossa merce ultima de 19 de Julho o


ronarey a fazer agora pia incerteza da sua chegada, o hlgarcy ache a vossa mcrce
:om a saude que llie dezeyo a qual lhe conserve Deos por muitos aniios.
Estou de acordo em que vossa inerce nilo faltara a Igiics Pereira e Luisa Nunes
:om a proção de athe gora. Ao Conde da Iriceira na mesma forma com os sete mil
-eis ein quanto vossa inerce i ~ ã osaiba que ao almoxarilado de Omique eril que ouve
i[alta vagou por morte de algum dos meus prezedentes alguma tença coiii que caiba
i iiiiiiha porque dessa corte fica elitão coii~os seiito e siiicoeiita 18 e a falta dos sin-
:oenta para os auzentes se lhe darão de teiiça da Alfalidega, e a demazia arrecadará
vossa merce assi111coiiio sincoeiita mil reis que se iiie ficar50 a dever do anno de 672
roiilo deixei a vossa inerce eiicomeiidado na me~iloriaque Ilie ricou e ser Ilie lia í'acil
plos encontros.
A casca que tinha em ser creo que estava ja desfeita della como i ~ dis ~ cdo baca-
Iliao de que espero a conta na priiiieira ocazião e a ella paso nesta lium credito de
sctenta rili1 reis que vossa inerce iiic rara merce em podeiido a parte quc tomou meu
irliião ine escreve mandava em azeitc creo que asim o rara lia priiiieira ocazião depois
de inayo.
A Fraiicisco tenho niiiilia ]~rocuraçãoq~laiidose Ia ii5io arrecade a clivida em quc
nie fico~ialgumas avizarey a vossa iiierce para diligencia que Ilic tenlio pedido eni
q~ieenlpor seu erdeiro i / [Y]

Bahia. Carta para Luis Romão Sinel.


Funçhal I 1 de Novembro de 674

Kecebi carta de vossa merce vinda na fragata de Aires de Ornelas em companhia


da carregação proçedida do bacalliao que tinha remetido a João Furtado de
Mendonça tão pontual e ajustado como elle costuma ser ein tudo, e vossa merce e
quem agardeço o trabalho que nisto teve e espero nierecerlho nas ocaziões que daqui
por diante se me offerecereni de seu serviço pormetendo ser seu fiel comrespondente
de V. Merce ein toda a parte aonde ine achar e nesta ocazião quem sei-a primeiro que
ine leve esta nova comrespondencia como seguinte.
Meu amigo João Fwtado me dis enl hunia sua vinda na fragata que se não tenho
remetido o bacalliao que lhe tinha dito plas ininhas cartas que lhe parecia inelhor
mandar a iinportincia deste genero em vinhos porque tinhão la conta e eu assim por
não saber da sua obediencia e por ine faltar athe o prezente a embarcação que espe-
rava da Terra Nova e com poucas csperanças de que tenha em comodo que poçainos
ter o lucro coi-iviniente pla grande falta que diseni lia clelle este aniio.
Logo que ine chegou a dicta carta fretey este pataxo em que niando a carregação
incluza de vinhos por conta de João Furtado minha e de outro wei-cador desta terra
na foriiia da ordem que me não quis a faltar della ainda sendo tão pequeno o navio
toda debaixo da marca do dito A" a qual vossa rilerce sera servido reduzir asucar fino
as duas partes o mais de praça que pocivel por que da terceira tenho paçado letra pasa
i-ilandar lia primeira ocazigo sobre o cappitáo Jono Gomes Cataiiho a Antoiiio Alvares
de Lima.
O dono do pataxo escreve a vossa iuerce//[9v0] a forma da seu aviaiiicnto e eu só
pcço a brevidade a vossa inerce para poder estara qui athe o preiicipio de julho que a
tempo em que se aqui dão saliida aos asucares, e espero que eiil conipanhia do porçe-
dido desta carregação venha e das bertanhas de que creo se tesa vossa merce jsi des-
feito e quando nâo seja assiin vossa inerce o faça o mais depreça que puder ainda que
não haja ganaçia que sempre o tenho em não ter o cabedal empatado.
A carregação que digo a vossa merce asitna para prencipio da iiossa correspon-
dencia são os tres caixões da iiiinha inarca que vai conheciniento incluzo a qual tinha
mandado vir de trigo da terra por minha conta para mandar a Guiné eiii Imni pataxo
que esperava, e como não teve efeito este meu intento por não vir o dito patacho m e
rezolve a mandalla a esse estado aonde creo plas frequeiicia de navios que lia para
Angola não faltara quem a queira coniprar para navegar ao dito rejiio ou outra qual-
quer parte aonde tenhão conta os generos della espero eu pronieio da deligencia de
vossa merce verme emteirado do custo que me lla fcs e que nesta mesma embarcação
mo ~nandered~~zido a asucar tãobem fino plo major peço que vossa inerce achar se
lhe de por ella 1.
Estes asucares quando o mestre diga que são iieseçarios fechos para os trazer
vossa nierce os inandara fazer da medida que elle diser para inelhor arruiiiação do
pataxo.
Advertido a vossa nierce que o porçedido desta carregação c das bertanhas veiilia
coin distinção da dos vinhos suposto traga tudo a nicsma marca.
Vai a certidão dc corno esta fazetida foi despachada lia alfanclega desta
cidade//[ 1O]
Tão bein rne pareceo fazer prezerite a vossa iiierce que esta carregação que reiiie-
to dos geiieros capazes para Angola que iiiiporta coino della consta 553$6400 rs iiie
custoii posta nesta ilha perto de quatrocentos iiiil reis coin o intento de que já dey
conta a vossa iiierce a qLiein peço que em neiilium cazo iiie deixe la ficar eiii ser estes
generos e quaiido se lhe náo posa dar sahida com avanço iiem plo custo da dita car-
regação rebatera vossa inerce o qiie llie parecer (...)atendendo sempre a que a niiiilia
convenieiicia hc vir neste inesmo navio e asini o espero de vossa incrce e que iiie de
muitas ocaiões de seu serviço. 1 1 de Noveiiibro de 674 (Passe a folha 14) 2 // [I Ovu]
Senhor iiieu sey cstais de poçe das mais das cartas que por Cadis vos escrevi este
aniio com que coiiliccereis iiie 1150 descuido cle procurar novas vossas todas as vezes
que se me ofereçem ocaziáo c ha iiiuito tempo padeço a falta dellas com beni grande
seiitiinento e dezejo de que scdo venlião me venlião as de que paçais com a saiide que
vos dezejo.
A iiicluza he a letra da vossa teiiiça e que h l t a para sento e vinte que ella iinpor-
ta vereis 1310 rol que com elle vai ser gasto com inais siiicoenta mil reis que pagastes
por miin a mollier de garo que vos faço bons e de que me iiiandareis reçibo o de gama
dos onze iiiil e quiiilientos que Ilie paguei por vos tãobeiii vai as iiiadeiras de castan-
ho qiie de til sc 1150 puderio achar tão coiiipridas são de vinte que vào devedidas nas
duas caravellas por riào cabereiii ein huina comfroiiie dizein os coillieciiiientos c150
bein os bacellos de niaivazia para o sacretario de estado a eriitregar a elle por porta-
dor serto isto lie o que toca aos voços ncgocios agora vão aos i-iieus.
Espero teiihais feito diligeiicia por saber se esta ja vaga alg~iinateiiça no Canpo
cle Ourique para que a iiiiiilia caiba e ienhais feito por corrente a cobrança della tendo
alguma duvida lia que teiiho iiessa alfaiidega ine ficaráo a dever siticoeilia i-iil reis do
aiino de ~iiile seisceiitos e setenta e dois deixei emcomendado a Francisco hleiiclcs
de Barros e a vos tãobeiii pedi Fizeses diligeiicia plos cobrar e nem dcllc iiein de vos
tive reposta sobre estc partecular peço vos iiios rnaiideis e quaiido se niio tenlião
cobrado Sazei niuito plo cobrar antes que o thezoreiro paçado acabe de dar as contas
qiic depois sem muito deficultoza a cobraiiça e se vos os quizeres a conta clo reiidi-
mento da voça tcnça (leste aiiiio os podeis Lomar e avizaiiiie a rezuluçào da minlia
aplação. Creo estar&já juriia iiiediaiite si vossa diligeiicia /I [1 11.
No que ine dizeis de vos perguntarei11 se estarei aqui inais de três aniios se vos
h r e s pcirn Angola ou Bahia coino ca me dize111 só eilitfio cstEo por iile iião clara cle
estar mais alguiii aiiiio inas isto seili pectillo. Antonio esta i~iuitobonito Deos o
gciarde e vos pede a benção e eu que Ilie iilaiideis dous pares de mejas de ceda e seis
dc Iinlias brancas que iião ca iieliuinas desta carta adevcrtiiido que para a sua idade
ser grande porque ter11 grande corpo /I [1 1 v" em branco I1 121
Conta do Senhor Ayres de Saldanha
remetida em Novembro 674

Devo
Da tença sento e vinte inil reis do ano de 673 . . . . . . . . . . . . . . . . .120$000
que pagou por inin a Garo alfaiate fiances ou sua inolher . . . . . . . .50$000
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .170$000
.
Despendi
Item ao cura João Ferreira por ordem sua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..25$000
Item ao gardião de São Bemardino pella dita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8$
Item da Madeira que o dito mandou buscar . . . . . . . . . . . . . . . . . . .,14$400
Itein de gasto athe bordo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..2$600 .
Item de hum caixão e doces do aniio plo que o dito pedio . . . . . . . . ..7$600
a Matheus da Gama por ordem do dito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11$500
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69$000
..
quedevo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 170$000 ..
quedespendi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69$100 ..
que remeti ctn letra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .100$900 .
mais que mandou dar de bordo ao escrivão da siia residensia . . . . . ..14$400
// [12v0 ern branco I/ 13 em branco I/ 13v" em branco I/ 141
continua a carta de follias 9

Esta lie a 2" via da que foi no pataxo qLle espero ein Des aver chegado a salva-
mento, e asim elle com esta achein a vossa inerce com a saude que lhe dezejo. Avizo
a vossa merce ao rnestno tenlio feito a João Futado a Lisboa para que o tenha assim
emtendido.
Tomo a eiiiconiendw a vossa merce a brevidade do despacho do pataxo que
espero aqui athe o fim de lnayo que coino ine iião falta mais que este aniio para o fim
do meu governo me lie força dar sahida este Verão aos assucares, e agradecerei n
vossa Inerce mais a fineza da brevidade que arinaís qne obra nos iiieus parteculares,
Nesta ocazião com o mestre Bazilio Brito remeto des peças de Sarafina das cores
que ine dizem te60 Ia niais gasto os quais vossa inerce será servido mandar reduzir
a assucar fino e remetermo nesta inesina embarcação ou eni outra que se comprar plo
dono dclla dando cazo se venda esta conforme medir manda ordern ao seu colmes.
pondente advertindo isto se lia de entender vindo ella este ai-ino que vem porque
seiido alguiiia duvida 111e convern veiiha aiites no pataxo: por cauza do pouco tempo
que heide estar aqui. Estas Sarnfiiias 1150 vão despachadas e faço esle avizo a vosso
nierce para que se çegure 1a e as tire por inodo com que poçanios polipar a liinitaç5o
dos direitos e fico inuito ao servisso de vossa inerce para o que ine ordenar. Fumhal
17 de Deseiiibro de 674.
Depois de ter feito esta me parcsseo mais coiiviiiiente o pedir a vossa inerce
mande vir o resuluto destas serafiiias no pataxo porque esta rragata leva suas diivi-
das na volta e venha com distinssão das carregasoiiis dos vinlios e das bretm-
lias.//[14vU]
Capitulo da carta que foi a Antonio Valente
em 12 de Fevereiro 675

Por esta que vai para João diaz fogaça d o n ~ oria caravela qiie este anno vejo de
Cadix carregada por coiita de seu pay inando entregar a vossa iilerce dez dobrões de
aqiiatro e huiii de a doiz que fazeni plo valor dessa conta a nove inil e quatrocentos,
98$700 que folguey saber pla dita que aqui cliegou despoiz de ter feito esta vinha na
mão do dito Fogaça de liunia negra que lhe iiiandey vender a Cadix, que com o que
lhe dey a vossa merce em oiro quando se foi daqui fasem perto de 150$ que não sey
se lhe tocarão a vossa nierce tantos da partida, inas eiii vindo se ajustará a conta e
quem dever pagará

Para João Diaz Fogaça

Por esta de vossa inerce vejo ficar coni saiide que Deos lhe de por m~iitosannos
para que eu sempre festeje esta boa nova.
Tambetii vejo o que me diz sobre a venda da negra que ja ca agardeci a seu sobrin-
ho o dinheiro da qual que são des dobroes de a quatro e douz siiigelos inandara vossa
inerce entregar a ordcm do senlior Aiitoilio Valente de Sam Pedro, e com reçibo seu
que vossa merce reineterri na priineira ocazifío segura para beni das coiitaz que tenlio
c0111 O dito senhor ficará vossa inerce descarregado e para o que vossa mercc quizer
de mim nie acliari coiii boa vontade a quer11 Deos goarde iliuitos annos. Funclial 16
de Fcvcrciro 675 // [15]

Senhor capitão João Gomes Catanho, Senhor Antonio Alvaro Lima


15 de Novembro de 67434
Serve esta de priineira via de carta de credito para que eiii vrtude dellti vossa
iiierce imaiide aseitar c a seo tempo pagar sinco dividas einportaiitcs em cluinheiitos e
iioveiita e 11~11111iii1e quinlientos e oiteiita e outo i-eis que nestas c~iravctlaspassa sobre
vossa iiierce o Diogo Fernandes Branco a qual coritia mandara vossa mercc sentar em
conta de João Furdnclo de Melidoiiça por emcoiltro da ciirregass%oque Ilie Eis para a
Baia com o inestre Pero Vas da Crus que por ine ter escrito mc vallesse de vossa
mercc da dita coiltia o Fasso e espero que ao tempo se paguei11 coin toda a pontuali-
dade que Deos goarde a vossa incrce. Futiclial era açiiila I/ [15v0//16v" e111branco /I
171

Conta para Francisco Mendes de Barros


Funchal 1O de Fevereiro de 675

Recebi duas de vossa inerte Iiuii~ade 6 de Janeiro e 25 cito qiie estiiney milito
por ver estava vossa iiierce j a livrc dos seus acliaques de quc Deos Ilie de inteira
inellioria c01110 e11 ciezeyo eu tãobem pedessia alguiis, iiias estou ja para o que vossa
riierce ordenar.
Seja vossa merce servido coiitenuar coni as iiiezadas conforme os nleus avizos
paçados athe a priineira enibarcação de Ictras em que renieterey a que convier ou
efeitos com que vossa inerce va satisfazendo estas obrigaçòes sem desembolço seu
que ainda que vossa iiierce fizesse alguin não hera iiluito iiein eu o avia de deixar de
satisfazer a seu teinpo c0111 toda a pontualidside, e a Conde a Eriçeira na inesina
forma que tenho avizado.
As contas ine forão entregues aincla as não vi nein mandei lançar ein livro por se
offeresser esta ocaziEio pouco despoes de eu reçeber as cartas e eu ter muito qne
escrever para este Reino, ein pasando este trabalho farey csta diligencia, e abonarey
mais a vossa merce os des mil reis que ine fes favor dar ao Padre prior dos carrneli-
tas descalços e lhe agradeço muito a pontoalidade com que lhos deu coin D. Sanclio
de Bredea coiite~iuareya deligencia folgarey aprover este
Aires de Saldaiiba estimo muito estar j8 despachado e espero aqui inuy çedo.
Vicente Eèrreira Soares servirei coni muito gosto ein tudo o que me acupai; como
couza emcoineildada de vossa nxerce para que Ihes fiz este oferecimento e mostrey a
ininha vontade que sera sempre fazer o que vossa nlerce me orclenai: Deos Goarde.
/I [l 7v0]

Rio de Janeiro para Diogo Valente


feita em 6 de Julho de 675

As duaz que recebi de vossa merce pla fragata de Aires dc Ornclas, e pla charrua
forão para miiil da grandc gosto, etc.
Com o mestre DonUilgos Ferilandez Macieira reriieto a vossa inerce iioventa e
sete varaz cle holanda fina vossa nierce me fara favor mandala reduzir a assucar fino
que ine remetera na volta da cliarrua ou na fragata que me dizem fas que creo que
ainda aqui Iile achari quando 1120 em minha auzencia a seu pay, ou Diogo Fernandez
Branco ein junto com elle inuilas acasiões de seu serviço, etc. // [18]

Para Francisco Ribeiro da Costa na ilha Terceira


em 27 de Julho de 675

Recebi a de vossa inerce de 4 de Abril vinda por São Miguel coii? grande gosto
por ver passa vossa nierce com boa saude que vossa nierce logre coiiio eu llie sci
dezejar como tam obrigado.
Tambem recebi as de 15 de Stemebro de que vossa inercc fas nesta ~neiição,e os
oito niojos de grão que Deos foi servido trazer a salvamento e a conta que coni elles
vejo.
Neste pataxo Nossa Seiiliora da Encariiaçiio e Santo Aiitóiiio que lie meu e dc
Diogo Ferniindez B ~ a n c oremeto a vossa iiierce 262 quiiitais e mcio de geço e supos-
to não são pelo peço que vossa merce me noinea na sua carta farzo eiii todos por mala
conta nio querendo vossa merce metade pla altura do preço que h6 a novecentos reis
[pie nsiin o comprey pagos os dinheiros sometlte e bein coiilieço foi caso porem vejo
cni teinpo que tião avia huin quintal ila terra e se esperava grande novidade e muito
ganho nelle mas despois disto a novidade se tornou em nada e me não pude desfazer
de todo e este anno vierão algutiias eiiibarcações antes de avizo de vossa iiierce
reinetidas a particulares desta terra cotn que 1150 pude executar a ordem de vossa
merce e só vejo lium depois porem vinha a quintal de agua salgada que o iiavio faria
ein cantidade que tião convinha tonialo nem por dous réis por ine dizcr faria danar os
viiilios todos. Sirvasse vossa inerce de tomando iielle ou não toinaiido parte nian-
dariiicll [I Xv" ] reduzir a trigo, pIo preço que Ilie parecer justo, ou a coiita delle maii-
dar logo carregar o trigo que poder8 importar pouco mais ou menos, porque a n~iiiha
coiiivinictiçia lié não ter este geiiero emportado, e eiiconiendo a vossa merce muito
a brevitlacle porquc nie importa a cliegacla do pataxo para o tiialidar a outra parte e se
0 trigo estiver ciiicoiiiodo e vossa iiiercc quizer inaiidar alg~iiis iiioios iiiaiz pode mas
coin coiidição que não liadc ser a letra este aiino porque a falta de carregações a fas
aver na terra dcllas e não cluizcra a cxperiineiitara vossa tiiercc na iueiior couza.
Tainbein querendo vossa iiierce que o proçedido se carregue etli viiihos para seti
filho lia baliia se farh a carregação com a comodidade possível.
Nesta illia lium coiiiresporidente de Aires de Ornellas de Vascoiicellos Iiade de
entregar a vossa merce siiico ou seis riiojos de trigo os quais vossa inerce nie rerne-
tera mistico com o ineu eiitre o que vier peço a vossa inerce nle compre sitico mojos
do mellior para o gasto de casa e iiio remeta eiiisacado.
Torno a cncoineiidar a vossa inerce a brevidade no despacho deste navio porque
Icva ordem para que não se lhe carregundo ilo tempo da diiiiora frctar a queiii Ilie
parcça eiiviassc enibora veja vossa i~ierceo que Ihc ordena, ctc.
Despois de ter feito csta parecco a Diogo Fci-iiaildez Branco mais acertado iiáo hir
o pataxo a essa illia pla brevidade com que o comaiidarite toriiar e n5o poder fazer
taiita deiliora coiii qLie a j ~ ~ s t a ~ lqiie
i o s o geço se remeta a vossa inerce em huin barco
de Siio Miguel e eu peço a vossa iiierce que na priiiieira etnbnrcação que parri aqui
vier que mrinde carregar o trigo sobre que atraz Ilie tenho escrito // [I91

Carregaçoins de que ainda me nao vejo retorno //[19vu em branco 1/20]

Bahia 1674
C'LIS~C)
da carrcgação de 90 pipas dc viiilio 1iar:i >L Baliia eiii o iiavio nossa Senhora
da E1ic:~riiuç51~1 e Saiito Antoiiio, mcstre Pcro Vaz da Cruz, vcsiiilio desta illia tln
Maclcira por coiita do senhor JoEo Furtado cle Meiidonça Iiuina 3" partc e 2. terças
partes pla iniiilia coiisinada toda ao cappitiio Luiz Roiuiio sinal coin a iilarca de hi.a
ltein por 75 pipas de vinho cainpradaz a diferentes pessoaz a 19$ . . . . . . .1425$
Iteiii por 15 pipas os calcloz que v50 ein quartolaz a 17$ . . . . . . . . . . . . . ..255$
Iteiil por I60 arcos de fcro que se laiiçarão em 40 pipaz a 4 arcoz
cada huma, c a 160 cada Iium . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..25$600
.
Itein por Inilcar os ditos pregos para elles a 22 reis arco . . . . . . . . . . . . . . .3$520
Item por 394 arcos dc pao que levario a 5 reis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..5$910
Item por carreto a praça c 40 rCis pipa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..3$050
Feriiaiiclez Rrniico 3 caixaz de iiinscavado coin 86 arrobas e 16 a 1$500 . I 12$450
Cadix. I-Iuina iicgin para veiidcr coin 0 iiiesire tla caiavela

Arnstei.clG<i. os bairiz de o mollirido para a memoiia dos livros de qiie Diogo


Fernaiidcz Braiico tciii os coilhcciiiiciilcis. li[ 221

075
Rio de daxiciro. COM O iiicstrc Doliiingos Feriiaiidcz Macieira cla fragata São
Joscpli e Sol tloufiido 97 varas de I~olaiidacoiisitiarlas a Diogo Vkile~iteaiizeiite ao
govoriiador Mriiliial: da Cunha

Funchal. 18 de Outubro de 1675

C'arrcgnc;fio ciiiii o Iàvor de Dcos 1Eila por r i i i i i l .\o50 cle Salilaiili:~goveriindoi. e


cnppilaiii gcial cla ilha da Miidcini rio navio Roa Fortiiiia mcstrc Davicl Lebertou que
portq~íirciA I I I S ~ ~ T Ccoiisiiiadti
I~~II ao senhor Mtiiiucl Gomes cla Silva riuzci~tc n
I:r:iticisco Mniiticl Ilins ,l»rgc coi1.i ;i dc Soríi'
Por siiicociilti c Ii~imbarril clc iiiolliacloz de viiilio c nllic 5 1 c iicllcs posto cciito c
oiisc arrobiiz c Iiiiiiin livili cliic custou 1.ioslri a bordo cada arruha ilouz mil e cerii reis
tutlo iiilporta tlui,ciilos c triiita c Lrcz i i i i l c cem rcis ........................
2X3$1006//[ 22v0]

Funchal 18 de Outubro de 675

Aiiislcrtl2o. C'nrrcgac;um Icila coin « hvor cleviiio por iiiiiii .loãci de Salcl:inlia go-
vcriiciclvr c cíippiltam gcrcil tlcsla illia para Amsicrtliio cin o iiavio briavciitufii mestre
Ilnvitl I,íibcrloiii viziiilio clc jaize coiisiiiatla tio sciilior Maii~iclCiumcs de Silva,
iiiizciilc o I:raiicisco Mniilicl 1)iaz .Jorge coin o clc

I'oi ciiicociita c tium barril tlc cciiiscrvn ii~olliaclacoiii o niiiiicro c peso scguiiilc
51 a = 4
60a=3
111 a = 7
Por 1 1 1 arrobas e 7 livras cle coilscrvd iiiolliada a 2$100 rs posta a bordo 233$355
Outubro 675

Riião - I'or via de Iiiclinrte parsi Rujo sincoenta arrobas e 17 livras que a 49; reis
iiiiporta 200$875 coiisiiiada ri Beijaiiliii Buscliin . . . . . . . . . . . . . . . . . . .200$800

Outubro 27 de 1675
Por via de Diogo I:eriiaiidc~ Braiico aos Souxis para Amsterdão
Item de seco em h: caixois - 38 arrobns a 4$ = 1425
Iteiii em 13 b:irri% c10 in«lhudo athc 13 - 36 arrobas 20 livras cle ccinservn
n~olliada- rieto - de iiiolliada 35 a e 26 livras neto a 2$200 . . . . . . . . . . .Xí3$575
Na clinrr~inSiio Jascpli iiicstrc lacob( ...) movctc viziiilio clc Londres coiisii-iiida a
Sinião, e Luiz I i o i ~de Sousn 11 [23vo]

Funchal6 de Novembro 675 annos

C'orrcgayiio coin o Iàvor diviiio Feita pam miin JoRo de Salclaiilia governador c capit-
tain gciici.nl d:i illio cla Modeira para 21 capitaiiia de Periiuiiib~eo110 pataixo ii~v«c:ido
Nossu Scnliorn do Pilar ii~cstrcEstevâo Gomes consigiiada ao sciilior Diogo Lopes
C'nldcirn iiii~ciitca cl~icmscus negocios I'i7er c0111a de Ii~ra'.
Iiciii 11or CICI l i l ) : ~cie
~ viiilio ~ i i cI'izeriio de custo posta a bordo c:ida li~iinaa viiitc
milreis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200s
.
1:lirllo li" I
Itciii por siiicociitn 11cc;:iz de hertniilin coiii 248 ririi-ias que ki7eiii viira7 302 :i 400
reis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .120$XOO
Itcni por clcz ~ i c ~ clc n s morlez Sirio com 348 vanis n 500 icis . . . . . . . . .I7 1$500

r;21rcio 11" 2
Itciii por cl~i:itropcy:iz clc briin c0111 148 variiz a 240 reis . . . . . . . . . . . . .55$520

Farei0 11" 3
Itciii por Iitii~ia~?eq;ide CS~:~IIICI~II;I preta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8$800
Itcni por qii:ilro pcc;ris ilc cstniiiciilia parda
de rolo I'ina coiii 240 vciras :i 450 reis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .108$
1Lciii por duas pct;as ilc sayin tlc Iioii-in iiiteiwi n 16s reis . . . . . . . . . . . . . . . 3 2 %
Ilciii por trczc inci:iz pcc;:is dri dita srirjc rlc Iioinn a X I $ reis . . . . . . . . . . . .104$
Itciii por diias pct;:is tlc c:iiiiilam preta a 3$600 pc$a . . . . . . . . . . . . . . . . .7$200

Liiii Ii~inip;icotc 11"4


Itciii 1x)r 1lw CCOV;I~OSc 111eioele kril:iiitlina ;ic~istoiiliarlan 50 reis çovado .5$250
Itciii por oiizc CL)V:~C~OSc incio tlii dita I'eriiniiciiii~i
e os maiz clara a 500 reis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..5$750.
Item por oitenta cavados e meio de fernaiidina preta a 600 reis . . . . . . . .48$300
Item por trez peças de gala acabellada fina para vestidos de liomeiii da iiioda a
6$500 reis peça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..19$500
.
Item por huma peça de ceda cor de bispo com 37 covados a 700 reis . . . .25$900
Itein por huina peça de ceda verde e branco com 35 covados a 900 reis . .3 1$500
Item por outra peça com 52 covados
e - de seda cor de ouro escura a 700 reis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..36$750
Itein por trez peças e meia de pano dusella
coin 36 1 varas a 200 réis vara . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .72$200
.
Item por pano elii que vão estes generos empacados
e maiz gastos athe bordo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..2$000 .

Maio 6 de 676

Com o senhor Ayres de Saldaiiha se einbarcou o seguinte a entregar a elle auzente


a João Correa por conta e risquo do senhor João de Saldaiiha.
Itein 78 paroleiraz no navio Nossa Senhora de Beleiil inestre Francisco Pereira de
que se reinete conheciinento

eiil hum pacotinho


Iteiii seis covados e 311 de cl~amalotecorii prata
Item huma peça de gala cor de ouro
Itein 13 - covados de tabique apavoilado
Item 30 312 de chamalote dita cor mais escura
Item 19 covados de tafeta rajado eilcarnado
Item 47 covados - do dito tafetá rajado cor hoilesta
Item huma peça de renda preta larga coili 36 varas que custou ein Inglaterra a 2$
Iteiii 19 covados de seda lavrada preta
Item huina letra de risquo paçada pello cappitaiiz de Berigilla J O ~ Martinz
O de
Tavora de 7 1$400 reis
Iteiii huina letra de 72$ réis que ade pagarem Alilgola Francisco Pereira inestre s
capitain do navio Nossa Senhora de beleni e Sailto Antoiiio.

Vendido e cobrado que seia reriietera lhes o proçedido aos procuradores do senhor
Ayres de Saldanlia a qualquer parte do Brazil que lhe parecer e ordenara aos ditos q ~ i c
dahi fação reiiieça a Lixboa ao dito senhor João de Saldanlia auzeiite a quem seus
ilegocios fizer ou a Francisco Mendes de Barros e ein outra qualq~lerparte aos procu-
radores do dito Barros e dita tioiixinha vai e111 huin barril do seiilior Ajres de
Saldanha.
De tudo para vossa nierce como seu proprio para o que llie dou os poderes neses-
sarios. Funchal8 de Majo 676
importa esta carregação 312$850 I1 [24vnem braiico//25 eiii braiico I/ 25v0 eni braq
Carta para Nicolao Rotifem morador em Londres
Funchal 13 de agosto de 675

Pella d e vossa merce vejo a rezão de quixa que te111 minha que eu sinto iniiito
seiido com tanta falsidade a iiiforinação que deli a vossa merce o seu coinrespondente
coiiio consta da cretidão que maildo ao embaixador e inforinação de tudo o que paçou
neste partecular, por onde vossa inerce conhecerá que são differentes os iiieus pro-
ccdii-iieiltos, e podcrão justificar esta verdade os mais mercadores desta terra de qiiem
vossa inerce o queira saber e do pouco interesse coiii que eu obro eiii tudo será vossa
merce a mesina iiilòrtiiação c dc que o lieyde servir eiii tiido o que inc 01-denai-,como
làço a todos o s que me ocupão Deos goai-de a vossa merce.
Ao ciubaixador vaj q~iitaçãode conio Joáo cliato que fica satisfecto e por outra
via iiiandarei outra. 11 [26v0 em branco 11 271

Carta para o embaixador de Londres


Funchal 13 de agosto de 673

Senhor lileu recebi n de vossa senhoria de 17 de Majo da qual fis a estimação


clcvida e n fàrej senilire que vossa seiihoria 111e coiiteiilie este favor priiicipaln~eiitese
as I ~ O V ; ~ de
S siia saiide vicreiii acoiilliaiiliadas com as ocaziões de o servir,
Nella v - j o a rezão de queixa de Nicolao Palistkn e dos mais iiitereçados na car-
rcgaçào cluc e u comprej do navio ~irofctaSaiiiuel clue selicio conio elles tiiilião einteii-
clido 1150 dcixavão de ter ii-i~iitacomo eu agora coiii sezão fico teilclo dc quc acu7ar
tam Srilr;ameiltc e para que vossa scnhoria tcnlia entcnclido t~idoo que paçou nesta
inatcria c em o~itrasde que crco clicgarrí la alguma queixa ine fora iiierce tolilar por
irabnllio iilaiiciar ser o piipel eiiiclirzo c juiitaiiiente a quitação do comresl>ondente
cicstcs homens í'ic:~ satislkito na Soriiia qiic declara o qual receberá a paga desta
queixa asim como rccebco a cia divida e beiii creo cln iiierce qiie vossa senlioria me
Iàs, c a iiicu ii-iiião não cluvidará clc nada do que aqui vay alem de que quis maiidar
cictidocs para major coiilieciimnto cla Iàlcidadc deste niagtiilo que he costuniado a
fi~zcrsciiielliai-ites trapaqas c eu muito pouco a fazer vexações a iiiiiguérn quanto iilais
pello incu ciitercçc clue hc beiil conheçido o pouco que tenho eiii tudo c para o quc
Sor dc serviço de vossa senlioria riic :icliara seiiipre muito agradeqido a esta iiierce
qiic iilc Ses aqui e cin toda a parte aoncle iiie aclias.
Dcos goarcie a vossa seiilicirin / I [27v0 ciii branco I/ 281
Carta para Antonio Mendes de Barros
Funchal3 de Setembro de 675

Duas que recebi devo reposta a vossa merce que nesta faço huma de 4 de maio c
outra de 7 de Agosto e agardesso a vossa merce o cuidado que teiii de nic dar novas
suas que sendo de que paça com saiide as estimo sempre muito.
Vejo o que vossa merce iiie dis sobre o ter o Conde da Irisseira cobrado OS sin-
coeiita inil reis que se ine ficarão a dever do aiino de 672 com que fico descai-içado
neste particular de que ate gora não tinlia tido avizo. Pello que de Aires de Saldailha
nesta ocasião vejo estar corrente o pagamento da rriinha te~içade Caiiipo de Ouriquc
coin que vossa lnerce poderá satisfazer ao Conde da Irisseira, tendo elle cuidado de
o cobrar para o que tem procuração minha que he o que fiquei coni elle atlle O fim
deste prezelite anno que este nosso conserto não creo poderá pacar adiante por as
novas que tenho de que esta consultado este governo, para o que espero sucessor atl-ic
niarço o inais tardar que iio firii deste dito anno se fica veiissido a renda de tres annos
rle Cainpo de Ouriqiie corri a da alfandega dessa cidade desse fica vossa merce coiil
dinheiro bastante para satisfazei; asi11.i esta obrigação como de Ignes Pereira (7) c
Luiza Nuiies c quando eu me engane con isto haja aIguma faleilssia mandarei ou liirei
satisfazer a vossa merce todo o dezemboiço que tiver feito com toda a pontualidade
e asim espero de vossa inerce a tenha não faltado a estas obrigações e a agradissi-
inerito muito de tudo ficara para seu tempo.
Aires Saldatiha tenlio ininbas duvidas a vir ca este anno asim Ilie escrcvo por esta
via que se ine ofereçe pelo algarve iiias vindo toinarei delle a informação do quc digo
asin-ia e na ocazião de oitubro escreverey mais claraiiieilte neste particular.
Escrcvo a ineu irmão Antonio de Saldanlia sobre certo negocio que ~ i i ciiliporta
de seu avei-em de vossa inerce para effeito de ficar por fiador de atlie duzci~tosmil
reis athe eu hir /I [28vn] pesso a vossa merce nEo quero diividar desta fiança a que eu
satisfarey ein chegando levando~iieDeos a salvanleiito e querendo elle que me socc-
da alguma desgracia seinpre desviarey ordein com quc vão as segundas e terceiras
vias de letras para vossa inerce ser pago na inão de Domingos de Cainpos seu coin-
respoildente.

foi 2.' via em 28 de outubro 675


Esta h6 a 2" via de liuma que escrevi a vossa inerce a talli poucos dias co111o
parece hoje que sonios ein 28 me quis aproveitar desta embarcação que se orferecco
aqui acaso e com toda a pressa o portador que nella dai 1ié huni fraiiçes rcsidentc
nesta terra de 1i111itobom procedimento e iiluito po~itualnos seus pagameiltos vai a
csse com alguma mercancia fazer carga a esta setia que lhe vejo remetida por não
achar aqui açucares em comodos eu lhe enculquey a passar de vossa inerce para quc
convindolhe possa fazer negocio coin elle.
Tatnbéin ine parece0 fazer a divertimento a vossa merce que tive aviso da ]Sallia
de Luiz Roinc50Siriel a qiieiii aqui remeti liunlas carregaçois de que em seu poder lhe
ficou muita parte nesta frota que 18 deve ter cliegado a esse porto avia de remeter o
proçedido dellas, creo que a mão de vossa nierces que asiin lhe tinha feito avizo
quarido nEo deve de ser a de scu cornrespondente João Gomes Catanlio e que vossa
merce iiie faW favor sabelo e cobrar com procuração que te111minha e sendo que terá
em asucar vossa merce se desfará delle iiesta ou ein outra qualquer ocasiiio, para que
eii me possa valer destes ef'feitos, liindo para essa corte que espero sera cedo eiitre-
tanto veja vossa iiicrce se ha e1-n que o sirva que para tudo me te111iuui prestes. Deos
goaide a vossa merce. Fuiiclial 28 de Outubro 675. //[29]

Carta para Francisco Ribeiro da Costa


de 21 de Setembro 675

Escrevi a vossa merce tres vezes etc.


Nas que faço iiieiiç5o pedia a vossa rnerce me inatidassc trinta inoios de tirgo na
fortna que lhe disse na que foi eiiicorrer parn do gesso que ja sey cliegou a salva-
mento e despois em liuma caravella que daqui partio ciii dereitura em que avião de
vir sinco eiisacados e dous de sevada e agora por temer que a caravela que levava a
praça fosse com avizo da iiao da Iiidia a Lisboa que me disseiii cliego~ia esse porto
pesso a vossa iiicrce aseite for assim que offereccndosse einbarcaçào para esta ilha
faça por tomar a dita praqa oii iiiais podeiido ser, c ine remata o proceciido do dito
gesso, e iio navio franccz que leva esta que vai ao Faia1 carregar teiil-io ajustado c0111
o cappitani dellc que 1150 acharido carga na clita ilha liirá a essa tomar tiido o que
voss:~iiierce lhe der, aitida que teiiho descoiifiaiiça disso por ser tam pequeno qiie ein
qualquer parte poderá aclinr casga.
Taii~beiiise inc ofí'erece dizer a vossa merce que nesta ilha se exprimeiitari falta
de trigo de jaiieiro avante se vossa iiierce achar eiiibarcação que frete por sua coiita
e minlia avendo abundancia iiella teremos alg~imganho ou a fretarei cu com aviso
de vossa iiierce que achando a e a parte que tocar a vossa inerce, e a qLieiii dezein-
bolçar para a iiiiiilia se passari em letra lia primeira ocasião en dereitiira despois de
chegado o dito trigo espero por avizo de vossa iiierce que Deos goarde i / [29v1']

Carta para Ruam para Beijamin Ruselin em recomendação de sincoenta


arrobas e 17 livras de casca que foi por via de Richarte.

Hey estiiiiado a ocasião que se iiie oirerece para que vossa merce iiie recoiiliessa
por seu servidor e saiba que a iiiinlia voiitade deze.jti muito ocasião de o servir.
Eiii esta embarcação ilie liey enteressado coiil des caixões clc coiiscrva de 11" 100
atlie 1 10 eiii que vão 5 0 arrobas e 17 livras coiii companhia da carregação geral que
leva de Bediale, e Guilherine Bale, e espero que vossa merce do proçcdido cle sua
veiida iiie hssa favor remeter a Lisboa o que reiidcrciii a pessoa a iluciii ordeno
maiidão liir ademais que llie toca segundo a sua orcleiii etc. Fuiichrtl 5 de Outubro 675
// [30]
Carta para Manuel Gomes de Silva
em Amsterdã0 de 18 de Outubro 675

Senhor meli estimo muito esta ocasião para me poder offerecer ao serviço de
vossa merce para o qual me achará seinpre com inuita vontade.
C0111 o mestre David Laberton remeto nesta ocasião sincoenta e lium barril de
conserva molhada com as arrobas da carregação do qval vossa merce me fará favor
mandar vender plo inais alto preço que lhe for possivel, e do procedido fazer entre-
ga a Francisco e Manuel Dias Jorge para pagamento de huina divida que lhe devo de
que lhe estou pagando niso, e por esta resão peço a vossa merce seja o mais depreça
que puder sei; e que ine ordene nestas partes em que o possa servir para o que ine
acl-iai-ásempre pronto.
A incluza para os ditos me fará vossa nierce favor mandar entregar, e tambein ino
fará de remeter na primeira ocasião os dous livros que dis a meinoria e do custo delles
se satisfará vossa inerce e do resto fará entrega a Francisco e Maiiuel Dias Jorge.
Deos goarde a vossa merce. "

Carta para Francisco e Manuel Dias Jorge


de 18 de outubro 675
Devo inuito a Diogo Fernandez Branco, pois por seu meio tenho ocasiiío de me
oifcrecer ao serviço de vossa iiierce para o qual me achurá seinpre coin muita von-
tade.
Nesta ocasião com o mestre David Labertom envio a Manuel Gomes da Silva sin-
coenta e hiun barill de conserva inolliada com cento e onze arrobas // [30vo] e sete
livras para que os venda e do procedido faça entrega a vossa merces, que fara por
conta das letras que vossa merce sacou sobre mim em conta de Diogo Fernaiidez
Branco, de que elle deve avizar a vossa inerce, e não remeto a venda desta carregação
n vossa merce porque me não quiserão largar praça senão coin condição de liir ao
dito, e só do que renderem hade tirar o custo de dous livros que lhe inando pedir, e
e111 I~uinnavio que está para partir remeterá Diogo Fernandez, e eu maior carregação
porque lios tein dado palavra de maior praça e escreverey mais largo a vossa merces
a qliein peço me dem iniiitas ocasiões de seu serviço.
He a 2 V i a da que remeti a vossa inerce na ocasião que diz nesta vai a carregação
incluza da qual vossa inerce fará o que ordena Diogo Feriiandez Brailco nas suas car-
tas que mais largamente escreve.
A dita vai a Simão e Luiz Roiz de Souza, pla mesma resão que a outra foi a
Manuel Gomes da Silva.
Suposto que Diogo Fernandez Franco digo a vossa inerce q ~ i ac parte que inaildo
nesta carregaçio e na passada despoiz de satisfeito vossa inerce de dezeinbolço que
fes nas que nos iiiandou a deixe estar na sua 111ão atlié ordetn ininlia toiiiey outro acor-
do o qual lie pedir a vossa inerce me faça compra de liurna caleça ou coche de lium
só asento que andão coin dous cavalos com seus ires vidros cristalinos, Iiuin diante e
doiis nas ilhargas de vaqueta negra de boa pregaria e bem pintado com o forro de den-
tro da çeda que lhe parecer de inais diira, e se vossa lnerce duvidar na forma o por-
tador que he liuni cavallieiro que vai servir// [3 11 a Flandres dará seu voto lia forina
que cá declaro, e iião bastando o dinheiro que digo do de Diogo Fernaiidez Branco
poderá vossa iiierce satisfazernie do resto.
A dita me há vossa tilcrce de remeter a Lixboa fazendolhe por a seguro a entre-
gar a Francisco Mendes de Barros e auzente a quem seus negocios fizer lia ocasião
que se offerecer primeiro passando os gellos.
Eiiconlendo a vossa inerce que va mui bem emcamada para que lhe niío soçeda
algum dezastre em que se quebrem os vidros, e advirto que Iião de vir tainbem as
guarnições para os cavalos ir mas da dita caleça e veja vossa merce se lia ern que o
sirva que pera tudo ine terá mais pro~iptoas suas ordens.
Deos goarde a vossa inerce. Fuilclial 28 de Outubro 675
Coino adverti a vossa iiierce quc será a iiiais iorte que puder ser porque as suas
de Lixboa são traballiosas //[3 1 v"]

Carta para Diogo Lopez Caldeira morador em Pernambuco


Funchal 10 de Novembro de 1675 anos

A seu irmão de vossa merce seiilior Manuel Lopez Caldeira sou muito afeisoado
e asim a elle coino a vossa inerce Iieide servir no que puder c0111 grande vontade ein
toda a parte adoilde ine achar dando me para isso ocazião
Neste pataixo reineto os geiieros declarados na carrcgação iiiicluza que o dito seu
irmão de vossa merce vio e aprovou serem de conta nessa capitania que vossa inerce
nie mandara reduzir asiicar do maiz fino que ouver e reineter logo no dito pataixo
fazendo a venda pello estado da terra que a ii~inhacoiivenieiicia lie viriiie a procedi-
do aq~lj;
Creio que esta recomendaçSiii~deve fazer a vossa inerce tambeni o seiilior Maiiuel
Lopcz Caldeira E eu a faço ao governador Dom Pedro de AIineida Savoreça a vossa
merce no que se valer delle por ser vossa merce e seu irmão pcsoaz a quem dezejo
boin sucesso em tudo e devo obrigaçoiiis
Ein cazo que vossa inerce iiiío possa acomodsir todo o procedido que iile tocar
iieste pataixo (para o que lhe pesso faça toda a deligencia) mc remetera o resto a
Lixboa no primeiro iiavio a entregar a Francisco Mendes de Barros lileu procurador
e veja vossa merce o que quer que faça de seu scrvisso que todo o executarej com
pontualidade.
Deos goarde a vossa inerce Funclial 10 de Noveilibro de 675 anos
foi segunda via em G de majo de 767 /I [32]

Carta para Pernãobuquo para João de Freitas Solvar

Seiilior ineu folgej muito da noticia que aqui tne chcgou dc quc vossa inerce fize-
ra a sua jornada a salvaiiiento sem susto que 1150 lic tam pouco neste teiiipo em que
tanto nos preseguem inoiros e iiluito iuaiz folgarcj que vossa mcrce logre boa saude
nessa terra de que llie pesso ~iovazinais particularcs
Neste navio remeto huma carregação de vinlios e fazenda sequa a Diogo Lopez
Caldeira auzente a vossa inerce e iião foi logo a siia ordeiii de vossa inerce por iiie
pedir o Provedor da fazenda que foj o qiie me largou a praça que fose tudo ao dito
por n5o hir a muitas inãos a mercaiisia inas ainda asiiii espero quc vossa nierce neste
particular- obre o qiie Ilie mereço fazendo da sua parte para que tem e carregue neste
navio todo o procedido da carregação qualido não a maior parte e para a rcduçiio
della he que servira mais o patrosiiio de vossa iiierce e a sua deligeiicia que csta lie a
minlia inaycir coinvenie~iciaainda que iile falte a de vender as fazendas por iiiais altos
pressos.
Eu ainda espero acharme aqui parte do veram que vem com que vossa inerce me
pode ainda mandar em que o sirva iicsta terra e indoiiie na cortte de Lixboa aoiitlc
riie tesa iiiais prompto as suaz ordcns
Deos goarde a vossa inerce
Funchal 7 de Novembro 675 aiinos /I 32v"

Carta para Lisboa de Francisco Mendez de Barros

As que tive dc vossa merce de 7 de Maio e de 4 de Agosto tenho feito reposta por
2 viaz e a 3" Iie a incluza folgarej que todas achem a vossa merce coni a saiide que
Ilie desejo que não sera poiica.
Vossn inerce bem sabe os poucos iiavios que vierão este aiiiio desse reino a car-
regar de vinhos para o Brazil coiii que todos o que o tiiihamos ficaii-ios cotii e l e
quaize eiii ser eso por via dos inglezes botamos algum fora a troco de fuzeiida qiie
tambeiii ainda esta em ser pello qiie ouve geral falta a vossa iiierce liiiriia carta por
via dc Doiningos de Caiiipos na forma que vossa merce veri e os cffeitus de que se
ade imteii-ar sam os seguintes.
A Baici e11ivie.j ein Maio do aiiiio paçado liuriia carregação de trezentos e triiita e
quatro mil e novesentos, e em dezembro do dito aniio outra de sarnfiiias de scnto c
qilareiita mil reis de que tive avizo despedido c111niarço deste prezente anno de Luiz
Roiiiio Sinel a clueiii foram estaz carregaçoii~sque Faria rezão do procedido dellaz a
Lixboa creio eu será a mão de vossa merce como lhe tirilia avizado quando iião deve
ser a de seu comrcspondeiite João Goinez Catanho, e para que vaj a incluza e vossa
inerce cobrará deIle por ella sendo cazo que esteião na sua inão estez effeitos tãabeni
ma~idejpara Riião de França sincoenta arrobaz e dezonte livraz e que o proçedido
delle fosse para Lixboa em letra a inão de Jaquez Nicolao Françcs para que~iitambein
vni carta do seu comrespondeiite que aqui asiste para tanto que receber (tendo Deos
levado a sal\lameiito o navio em que foi) fazer" a vossa merce a entregua porque tiido
eiiteiido bastara para vossa merce se satisfazer da coiitia do dito Cainpos que sam
seizceiitos triiita e sinco niil quatrocentos e treze reis e quando aia falencia eili algu-
ina destaz couzaz pesso a vossa merce que aveiido de iiirindar carregar alguns vinlios
para a Brazil me veiilla a inim ardem que 1150 só esta quantia seiião toda a inais que
vossa inerce quizer lhe mandarej fazer carregação peIo presso da terra e na bondade
dos milliores a prova do mesino Cainpos querendo vossa inerce com que po~iparán
coiniçãa, e a mim fará grande inerce porque do que mai-idar carregar deinaiz follgar-
qj de o ncliar nn I I I ~ O de vossa iiierce cluando daqiii por qiie espero seia sedo segun-
do ;is iioticiaz tliic vossri mcrce me deu.
A Olaiidii inai-iclcj ine coinprave Iiiini hiiin cochc de douz cavallos o qiial hira a
ciitrcgnr a vosha incrce cluc soçedcndo asiiii o inandara ineter em huiiia loge athe eu
liir ou 0 dcixaiti cstar na alfiiiidcga estando beiii acomodacio.
Ncstri ocii/ião rciiieto a vossa mcrcc hiiiii feixiiilio de duaz arrobaz de limão clue
Iic o cl~icliri i1íi terra c a mcrcc tluc vossa inerce ine faz iiie da esta comfiança veia
vossa iiicrcc se ha cliiein o sirva qiic para tudo me tera coiii boa vontade
Dcos goarclc a vossa incice. Funchal 13 de Novembro 675

Advirto n vossii iiiercc que tinliri tainbeiii iiianclado a Baliia a iiiao do dito Sinel
oiitia c:isrcg:it$o de vinlios de cl~icIhc ficoli lilim resto de que taiiibeiii clis faria rezão
cstc toco n Diogo Fcriiíinde~Hrrincti suposto l'ui em nicu noiiie, o qual se hade eiltre-
giir 1 Nicolíio I'cdro por coiitri do ditci Braiico i1 [33]

Carta para Francisco Ribeiro da Costa, 15 de Fevereiro 1676

I:aco reposta a» qiic Livc de vossa iiierce de sctc de setcnlbro atlie desde outubro
por ser este i\ ~ ~ r i i l i ecnibarcrissã~
i~i que daqui parte cicspciiz de a receber.
l;iii priniciro lugar cstiiiio iiiuilo as novas que vein c111 da de siia saude logre vossa
iiicrce sempre conio lhe cii dczqjo.
V.io o qiic voss:i IIIC~CCine dis sobre a dineiiuiss~50quc tevcse o geço ein qiic não
POFO clcixiir tlc crer oiivc algiima vclliricari~idos mestres, porem como o erro foi o
coiiircslx)~~lciite clc Diog~iFcriiniitlcz Brnnco ciii Saiii Miguel dos tem dczculpa ou
tio iiiciios sciifio podem api~nliíirna dita vclliac:iricr, c í'icarey eu perdcndo não só esta
liiliii sciiãci ii tio cxccssivo prci;o coni tluc o inandou para cssa terra e espanto ine
ni~iitod i ~ c VOSS~I
r I I I C ~ C Cque não ehcgoii a tciiipo seiido que clicgou eiil Agosto antes
tlc se c o i i i ~ ~ i i i . ~asi lvciitlinias
i c vi cii em :ilgiirnas crirtas que não Iiera iiiao geiiero,
c qiic si: gostava rniiito, por ser tanibcm o vinlio e111 iniiior caiitid:icle que o de scten-
ta, e qii~itro,c o IIICSI~IO i ~ ~ c s tinc r e disse qiie e111 São Migucl a bordo 1110 coml?ravão
coiii iii~iiionvaiil;~pi1i.a o cmbarcnreiil l-iara cssii ilha, inns como vossa merce te111
taiitci ci.cclito posn comigo dcixnrcy de o clrir :i t~icloo iiiaiz plo dar a estas siias cartas.
As tlii:is pcssas de sarga bitiiicn creio que vossa ii1crcc se tera desfeito dellas,
~~circliic coiiro Iie tiiiii ~íoiic:ic~iiitidadc1150 liaverti cliieiii as dcixc de comprar entre as
Iiçiias c li.ritlcs dessa illiii.
Sinto iiiiiitci íi carta tle crctliti) tliic VOSSR ~iierccnic maiidoii por vir eni tenlpo que
nfio piitlc ~ L ' I I ~ c c I c ;I; ~ l'iilta
~ cluc vossn mcrcc cspriincntari e111 não drir conipriineiito do
dito crctlito j>lii ~:ríiiiclctluc oiive de letras iicstíi illia, c ter tiespendido as poucris que
tive ciii oiitrns ohrigaqòch c111que est;iv;i empenhad;~ri niiiilia palavra, e lhe af'iriiio a
vossa iiicrcc I/ L.33vU]que aiiitlri fiiltou 11 alguiiias por aver ta11 pouca saca de viiihos
cliic iiic 1'icoi:io inuis tlc ceiito c viiitc pip~isc111ser despois que se partirão as crirave-
Iíis, c lxlr isto tivixey íi vossa tiiesce ria clc 27 de julho i i ~ cnão pasaçe Ietin porclue a
não tinliu, c cliinntlo o ~ivizocic vossa iiicrcc 111c vqjo de que não toinasse praça por
coiitn tlo dilo gcço u tiiilia ja toniado como a vossa iiicrce lhe consta niui bcin pellas
minl-ias cartas e nessa fiará a do trigo que vossa inei-ce me mandou que com o rendi-
mento delle, e das duas pessaz de sarga creio faltará pouco para vossa merce ficar
satisfeito de toda a nossa conta, e o que eu ficar devendo pode vossa merce mandar
ordem a queni se hade satisfazer, e quando CLI tcnha partido para o reino de que estou
ainda incerto lá o satisfarey a ordetii de vossa merce.
No que toca ao fretar eu navio por minha conta, e de vossa merce não posso nesta
ocasião dar nenhuma certesa de que farey porque estou com a incerteza que digo da
minha jornada que como há sete mezes que não vem embarcação do Reino ando mui
einfadado, e inrezoluto do que devo fazer, mas nas caraveras que se esperiío por todo
este mes de que fizerão obrigação q~iandopartir50 daqui escreverey a vossa nierce a
minha detre~ninação,e aveiido de mandar fico advertido de que liirií credito de que
tocar a minha parte.
Muito estiiney que o senhor Pedro Ribeiro a quem beijo a mão chegasse a salva-
mento e com saude Deos Ilia guarde dê e a vossa mcrce goarde como dejejo
Fuiichal. i 5 de Fevereiro 676 /I [34]

Carta para Manuel Gomes da Silva


6 de Março (?) 676

Recebi a de vossa merce de 29 de Novembro passado que estimey iliuito tanto


pellas boas novas que vossa inerce me da de sua sa~ide,com o por ver comessada esta
comrespondencia que milito dezejava e espero coiitenuar para que vossa merce em
de muitas ocasioes em que eu o possa servir o que farey sempre com toda a vontade
Vejo aver chegado a salvainento o pataxo de David Laberton e tenho por serto se
faria inui boa venda dos inolhados que nelle for50 por liirem em tam boa ocasiEio, e
a mão de vossa merce que tanto sabe reputar as fazendas e tratar com a verdade que
todos sabemos, e do tempo em que vossa. inerce entregar o proçedido a Francisco e
Manuel Dias Jorge ine fará vossa inerce favor avizar na primeira ocasião.
Nesta não mando couza algunia por nos não parecer miii segura por o mar andar
tam infestado destes piratas, porem para o vergo ein liuin navio que manda vir
Manuel Valente e seu g e m o o provedor da fazenda espero fazer hiiina carregaçiio
remetida a vossa merce de mais conta coin avizo scu da que tem lá assim assucares
de toda a sorte como de casca molliada e seca.
O Calupino me foi entregue, e agardeço a vossa merce inuito o cuidado com que
me fes inerce a qual eu llie saberey merecer nas ocasiões que me der de o servir para
o que me achará muito pronto
Deos goarde a vossa merce. 11
Carta para Francisco e Manuel Dias Jorge
de 6 de Fevereiro 676

Hé a 2" via da que remeti a vossa merce na ocasião que diz nesta vai a carregação
incluza da qual vossa merces farão o que ordena Diogo Fernatldes Branco lias suas
cartas que iilais largamente escreveu a dita vai a Sirnão e Luiz Roiz de Souza pla
inesma raziio que a outra foi a Manuel Gomes da Silva.
Suposto que Diogo Fernandez diga a vossa merce que a parte que eu erdo nesta
carregação e na passada despois de satisfazer vossa nierces do dezcmbolço que se fez
o deixe estar na sua mão toiney outro acordo o qual he pedir a vossa merces ine fação
compra de l-iuina caleça ou coche de lium so asseiito que aiidão com dois cavallos de
seus trez vidros cristalinos, hurn diante, e dous na ilhargas de vaqueta negra de boa
pregaria, bern pintado com o forro de deiitro de scda, etc e o mais que se contem na
primeira via.
Soiiios em 6 de Março de 676
Hé a copia da que escrevi a vossa merce na cl-iarrua São Josepli, mestre Jacob
Movete, vezinlio de Londrez da qual tivemos noticia fora tomada pcllos francesez,
porem esperamos em deos não ser boa preza, porquanto a dita liera ingleza, e sendo
perdida seiiipre vossa merces cobrarao o (...) que iiella tinha feito Diogo Ferniuidez
Bramo para do procedido sc fazer o que o dito ordena.
No navio de João Jacob em que veio esta nova recebi a de vossa merces de sinco
de Dezembro proximo passado de que fiz toda a estimação devida plas boas novas
que vossa incrces mc dão de sua saude que Deos Ilie conserve como dezejo.
Vejo C O I ~ Oc l l e g o ~O ~~iaviode Daiiiel Labertoii a salvamento, e creio estargo vossa
inerces ja einbolçados do que no dito eri~vicya Manuel Gomes da Silva e a asiiii a
este percedido corno do que foi no navio de Movete farão vossa merces e que avia
Diogo Fernandez Braiico que declara //i351 a vossa merces tudo o quc veio por mirilia
conta de junta da sua, e despois de se pagarem sobrai-ido algurna couza como creio
iiia remeterão em sargas negras, ou milaileras de seda dcspois de coniprarein o que
vai no roi iiicluzo em huiii navio quc hade vir a Manuel Valcntc e a seu genro o provc-
dor da Fazeiida, ou eni outro que primeiro venha seiido iiigles que são mais seguros
em rezão dos iiiuilos piratas que infestão estes mares, c por esta cauza i ~ ã oremeto
mste navio couzçz alguma porcin no do dito provedor espero fazer huina grande car-
regação visto determe neste goveriio mais do que cuidava.
Digo a vossa merces mandem o que cobrar o que teiiliain de entender não telido
coinprado a caleçaa, porque com esta miiilia detença niio iiecesito jsi della, e assim
peço si vossa iuerces niio fação a dita compra posto que Ilie tenlio entregado a carta
atraz e vejiio vossa merces o que desta parte me ordenar que para tudo acliarão ein
rnim liuma grandc vontade de os servir.
Deos goaide a vossa merce. Fuiichal 6 de Fevereiro 676 //[35v0]
Carta para Francisco Ribeiro da Costa
feita em 3 1 de Março 676

Recebi de vossa merce vinda iiesta inesiila s ~ t ~ i ~ com a c a niuito gosto de sabcr
passa com boa saude que Dcos lhe de a vossa iiierce como desejo.
Milito sinto eu qiie vossa riierce cuide desconfio eu da sua verdade e nalgucil
tempo que o dizer a vossa merce que estranhava a f'rilta de geços, e do preço do fiete
não hé seni inuita resão e vossa rnerce iiiui bem o entende, e eu que vossa merce ii,70
tlnlia ciilpa nisso, e taiiibein no duvidar de Iiir o geço a tempo foi Fundado i10 que ve.jo
iiesta illia, qiie C O I ~ OO se não vendiina senão de nieado de setembro por diante cuidey
que alii Iiera o inesino e que os lavradores o viiihão coinprar a hora que lhe hera nc-
cessario como aqui sc custuina, porein nesta inateria não há mais que falar, e só dar
a vossa nierce os agaidcciiuentos de se ter desfeito delle, e das pessaz de sarga rluc
mc dava cuidado o estar vossa inerce tanto tempo clczembolçado do trigo quc IIIC
mandou, que siiposto perdi iio geço o que vossa iiierce sabe, e nas duas pcças de sargn
5$200 do preço que aqui nle custou liuina couza, c outra não faço cabedal disso n
troco de que vossa merce fique satisfeito e para esse Fim inandey logo cl~aii~nr
Igiiacio Ferreira Pinto, e lhe disse estava pronto para pagar a letra como pagarey a seu
tempo.
Suposto tiveiiios navio de Lisboa não tive ainda certeza dc ter suçessor, c0111 que
não creio vira já menos de ouiubro o mais breve, e ainda assini rne não rezolvo a fie-
tar navio atlie não virein os de Angola, e outros mais, para o Brasil nos quais espero
dar saliida aos vinlios que tenho para que achaiido enbarcação me possa valer do crc-
dito que vossa Incrce //[3ú] ordenava daqui tocar a ininlia parte, e assim lia priiilcirn
ocazião avizarey vossa inerce ou com cffeito ao frelaiiiento; ou com atenção do qiio
Iieyríe fazer e poderá ser v6 este avizo por Siío Miguel e111 Iiuina pequeiia sumaca quc
aqui chegou Iioje, que creio liir6 cá entretanto houve couza do seu dinlieiro dc vossa
iiierce iile tera as suaz ordens a quem Deos goarde por tnuitos anilos etc.
He a copia da que escrevi a vossa merce na siimaqua"' ingleza coin que satisraqo
a queixa qiie vossa i~iercefaz nesta sua de 2 de Maio coiii que me alegrei muito plas
boas iiovas que vossa nierce ine da de sua saude que eu sempre estimo coino devo,
Na franceza he serto 1150 escrevi a vossa inerce por cmza de partir viiido cliegaii-
do a este porto doze riavios de Lixboa eni que emtravão os de Anigola coiii ineu
primo Airez de Saldanha e afirmo a vossa merce quc foi taiito o que tive que ft~zcr
nesses dias coiii o seu avianiento e com a de huma leva de 200 Iiomens que aqui Ic-
vlintei para elle levar que ine não foi possível escrever.
Elle ine troxe nova de que eu tinha ja sucessor que vira aqui paçado o çain joão c
com tal noticia iiie 1150 Iiera conveniente o fretaiiieiito do navio e poupo a vontadc
qiie vossii inerce i11e faz nierce mostrar para ine aproveitar della de Lixboa ou rle
outra qualq~ierparte para onde iiie inandarem, e ein toda terra vossa merce a i~iiiihti
inerce as suas ordeiis para o que o ouder servir.
Deos goarde a vossa iiicrce muitos ai~iios.Funchal 18 de Majo de 676 anos I/
[3Gv"]
Carta para Francisco Mendes de Barros
de 2 de Maio de 676

Recebi as de vossa iiierce de 3 de Fevereiro e 24 de Março fazendo dellas a esti-


inaç50 qtie sempre fis por me certificareni logra boa saudc que Deos Ilia coiiserve.
Vejo coiiio não liala duvida lia cobrança dii tença do almoxarifado do Canipo de
Ouriquc, e estiiuo isto iiiuito para que vossa mcrce se veja livre das perseguições do
coriclc, e teilha nos simoeiita iiiil reis que lhe sobrào ha teiiça dessa alfaiidcga com
qiie Iiir coi~tiiiuaiidoas mezadas de Igiies Pereira a qual Il-ic peço 1150 falte atlie nos
vermos que espero seja iiiiiito sedo.
A provizão da dita teiiça qiic vossa inerce me pede creio entregliey a ineu irin5o
a qiieiii vossa iucrce a pode iiianclar peclir para se registar lias inerccs como vossa
inerce me dis suposto eiitcndo ser desiiessessaria esta diligeiiciii que lie serto que
liade estar jti registada, e com pouca deligencia se poderB buscar para tirar as ser-
tidões q ~ i cforeiii necessarias, e quoando isto poça esperar por mirii hirey fazer esta
por cscuior inolcstia a vossa merce.
Agardeço a vossa mcrcc muito a voiitacle que inosti3a para linver cle afiançar os
iluzeiitos mil reis suposto que entciido pello que dizeiri as parentes todos 1150 seri
nccesslirio.
De Ruiio tenlio livizo de i3eijaiiiin Buselin te111 remeticlo a J;1coii1o Nicollao eiii
L,ixbo:i por iniiilin conta cciito e quorenta, e iicive iiiil e trezentos e setenta reis proçe-
clitlos da casca qtie daqui Ilie eiiiviei os quoaes vossa tnerce cohrari plas cartas que
Ia tem c asiiii, c tili miiis tive avizo// [37] da Baliia de Luis Roiiiàii Sinel de 18 de
Jiillio do tiniio paçado que tiiil~aeiu seli poder cl~iatroscntosc scseiitii e siiico mil,
iiovecciitos c iiciventa rcis os qutiis Iiade rcnietcr coni avizo meu a vossa incrcc nas
lctros clc risco, c qualido as i150 ache eiii tabaco fino, que 111c dizem tie o quc tesa iiiais
conta nessa ciirlc Iir!jc nos dous iiavicis clc vossa incrce que nqiii vier50 carregar de
viiilios, qiiando 1150 pot;a ser i i í ~iiao dos comboi por ser o cappitào meu aiuigo. se
qiii~crDeos que chcgiic primeiro do que eu a essa corte c estimarcj, parti que vossa
mcrcc se einbolçc do cimiito q ~ i cpassei a Domiiigos de Campos, c comigo, ou e111
qlialqlicr cnibarcassão para cliie haja rciiieterci a vista bciii alguiiias letras, para qiie
(10 priinciro qiic clicgar seja vossa iiicrce siitisScito visto o dito cainpos iião querer
Loiiiar viiilios por dezaçeis iuil rcis dcs tostães iiienos de que vc~idimais de sem pipas,
seiido nic parcçc vossa incrcc Ilic iião avia de estar iiliil a dita coiiipra.
0 s dous navios de vossa mcrcc Ihc Siz clar o coinoclo igual aos navios e111 qiic veio
rileu priiiio, c tiar o aviaiiieiito iicc;cssario para que partão ein sua coilipanliia o que
1150 deixar50 dc 1':izcr ainda que eu para csse deito façri de ter Iiiiiii par de dias os
ditos clc Aiigola, c surcssc vossri rilcrce clue todas as suas couza Iicy de tratar c01110
proprias scinprc e scrvilo niuitci a siia satisSaç5o eiii tudo o que inc ortlcnar.
Ilcos goardc a vossa iiierce. Funclial 2 dc Majo de 676
1Iarlc rcmctcr n vossa iiierce iiiais Luiz Riimiío Siiiel 74$154 dc outra coiiln de
que hi;o taiiilxni avim a vossa inerce iiíi niesnla 1òriii:i q ~ i co i~iais// [37v0]
Carta de(...) de Maio de 1676 para a Bahia a Luiz Romão Sinel

Recebi as cartas de vossa merce de 27 de Março, 7 de Abril, e 18 de Julho do ano


paçado das quais fiz grande estimação por entender dellas. Paçe vossa nierce com
boa saiide.
Vejo o que vossa merce me dis sobre ser mao o tenipo ein que chegar80 as noveii-
ta pipaz corii o inestre Pero Vaz da Cruz couza que parecia iiiiposivel poiz por todas
as rezoins foi remetido na milhor concyderação que puder ser, mas isto com estes
generos de negocio que se expoem a estes sucessos quein o exercita e senão fora maiz
que esta nâo fora tanta a perda que eu esprimentei nesta ocazião porque alem de se
venderenl os vinhos com menor depreciaçilo do que se entendia se queixou o mestre
que vossa merce selu rezaiii alguina o fizera fazer maiz deinora do que levava por
orden-i he contra o que tanto eincoinendei a vossa mercc, e que o obrigara vossa
mercc tainbeni a tornar as caixaz de Ajres de Oriiellaz por tnenos trez nlil reis do que
se lhe ofereçia, c iezultou de tudo isto padecer eu a perda que importou quai~tidade
de asucar que carregou o dito Ornellaz, e o não vir a tempo de Ilie poder dar inellior
saliida alein do que como hera rcbotellio que sobrou da frota vierão a maior parte das
caixas com asucar de coatro e sinco sortes sendo so a primeira camada de asucar
branco as mais hera alguin tal que só para molhados servio coin que me enjeitar50
muitas das que vendi um fim desgraçada esta jornada e111 tudo o que atribua a ininlia
pouca fortuna, e grandes cuidados de vossa inerce que devia eincoinendar este nego-
cio a que não teve muito cuidado della.
O avizo de vossa inerce delle tornar a mandar o pataixo ainda chegava a tempo
de me poder aproveitar deste negocio com Diogo Feriiandez Branco se nos não tivera
soceclido tam rnal no outro e nos rezolveiiios inandalo a Costa de Guine, e o espe-
raiiios cada hora queira Deos traze110 a salvamento.
As contas todaz recebi e por ellas vejo ter menos huina inão para remeter nesta
prezente frota do proçedido das bertaiilias e serafinas quatro sentos e setenta e sinco
in11novesentos e noventa reis os quaiz Ilie peço a vossa merce me remeta a Lisboa a
intregar a mim auzente a Francisco Mendez de Barros o11 quem seus negocios fizer
ein letra de risco lia nao capitania em que vaj o cappitam Diogo Rainirez e quando
não posa hir seia nestas duaz de //[38] Francisco Mendes de Barros inetade em cada
11unia e sendo cauzo que sei1510 ache esta (couza que duvido) pesso a vossa merce ilie
remta ein tabaco fino nas ditas en~barcaçoinscom presedençia da capitania espcro a
pontualidade de vossa inerce não deixe Ia ficar nada por me ser nesessario estc din-
lieiro em Lixboa e para tudo o que eu naq~~ellas partes prestar me tera vossa merce
mais certo que como tenho ja sucessos me acliarey na cortte athe Setembro e inais
tardar,
Deos goarde a vossa mcrce niuitos aiiinos. Funclial. 6 de majo 676.
Os navios de Francisco Mendes que digo siio S. Frutuoso e o em que foi Jose
Mendes de Tliairos seo irmão para essa prassa. Esqueçenze dizer a vossa inerce me
llade reineter lia iilesma f o m a que o mais que digo asima 74$154 que tantos mais de
148$308 de carregação de vinhos que vossa inerce vendeo conforme a sua conta do
anno passado e a outra inetade toca a Diogo Fernandez Branco o qual escreve a vossa
merce o que deve fazer della.
Carta de 3 de Majo de 676 para Lixboa a Manuel Domingez Pereira

Recebi a de vossa iiiercc de 24 de Jaiieiro c coiii ella o breve qiie agradeço muito
a vossa iiierce pla deligeiicia com que neste particular obrou em falta de Grigorio
Gomcz Henriquez que muito senti e logo diçc a Bento de Figeiredo estava prestes
para pagar 110 geiiro que clle pecliçc os qaurciila iilil c quinlieiitos reis e assiiii o fiz
iiesta ocazião maiidaiido lho dar eiii boin bacalliao pello preço que elle ~~justou coiiio
consta do recibo, c o agradcciineiito de deligeiicia fiqua para Iiir coiiiigo que espero
seia mui sedo se entretanto otiver couza em que sirva a vossa iiierce o Sarej coiii boa
vontade a queiii Dcos goarde. Fuiiclial 3 de Majo 476.

Carta de 4 de majo de 676 para Pernambuco a Diogo Lopez Caldeira

E111 10 de novciiibro reineteiiios clriqui o pataixo iiosa seilliora do Pilar mestre


estevão Gomcz c pclla ilha Terceira tivciiios noticia chegar a salvamento queira Deos
seja assini e que ache a vossa nlcrcc coiiia sauclc que lhe dezejo que este sera para
rniiii o principal iiegocio do meu inlercçc c por Iioras esperamos cliegue a esta ilha
que a sua dcligciicia de vossa iiierce 11e ta111 coiilicsidii que 110s Saz estender que iião
avera descuido no que tanto se Ilie cmcoiiiciido~iporque lie /I [38 v"] serto que viiido
dentro de 1iui.i-iiiiez se Sara ii~uybom negocio, iio que escrevi 110 dito pataxo pedi a
vossa incrce coiiio vera da copia que rei1icto sciii cilibargo ele teriilos noticia da
chegada do iiavio mc reiiieteçe tudo o q ~ i cpudcce no dito, e que qiiaiido Ihc Sicaçe
alguina couza iiio reinctcce a Lisboa a iiiiio ele Francisco Mendcs de Barros 111eu
procurador e assiiii lho torilo a pedir c qiic seja cni lelra de risquo c quaiiclo iiio 11oçii
ser seja em labaco Siiio ~ L I Cte111 mais coiita Iio.je, c qunlcliicr cleslas couzas espero
b~isqucvossa iiicrce eiilbarcação iiiais segura quc ouvcr nesta priincira í'rota c a
Lixboa me escrevera vossa iilerce a rczoluçiio disto para ondc mc partircy atlie
Selcinbro c Ia espero servir a vossa mcrcc cni tudo o que ilic mriiirlar o que Siirei coii-i
grande voiitadc.
Deos goarde a vossa iiiercc iiiuitos aiiilos. Fuiichal 4 de Maio 676

Carta de 5 de Majo de 676 para o Rio de Janeiro a Diogo Valente

Parte este pataxo, e eu iião cjucro deixar mllc clc precurar novas tlc vossa iliercc
as quilis lhe peço iiiiiito eiiicarassidaiiicnk e cstiiiiarci sejão tle qiic passa com boti
saude que Deos Ilie coilscrvc por muitos aiiiios.
No iiavio Sol dourado remeti a vossa mcrcc iiovciita e setc varas cle I-lolailcla, c
lhe pedia a vossa mercc iilc rciiictcçc aqui o prciqedido ciii assucar fino lia priiiicira
einbarcassiio que para aq~iivicssc, c agora com avim clc que tctiho sucesor peço a
vossa mcrce que 1180 tcnclo 11a Soriiia do ~írimciroavim Saça favor de buscar o pro-
cedido das ditas e111 letras de risco para Lixbori a entregar a miii, auzcnte a Fraiicisco
Mendcs de Barros o11 n quem scos iicgocios fiíer, lJorem aclvirto a vossa iuercc que
liade ser coiii boa seguraiiça q ~ i ccin ouliri Sormn antes qucrci veiilia psirii aqui como
te~iliripedicio e vossa merce reilietido a Diogo Fernander Biancti a qliein cieixo procu-
raçào para o cobrar ein satisfiição cie // [39j coiitaa que tenho corii cllc OLI ao scnhor
prociirador da fazeiida a quein tão bem deixo procuraçào que eintcnclo 1150 eslarei
aqui tres iiiezes segiindo as iioticias que tciilio hcin Lixbo:i espero a reposta e ilíliitiis
ocaziões ern que poça servir a vossa iiierce clue o farej c0111 toda a vontade. Dcos
goarde I1 [39v03

Senhor Francisco Mendes de Bairos


8 de Maio

Scrve de aleni piinlia o credito incluso que iiicu primo Aircs de Saldaiiha lia
remeta a vossa merce de 1 1S que abo~inrana iiossa conta que cu lhos tenlio asim
asentado e na geral me alargo. Coarde a vossa merce /I [40]

Carta para o senhor Luiz de Saldanha da Gamaxo


de 9 de Majo de 676

Cai-regueyas des pipas de viill~oque vos me iiiaiidais vos carregue as quacs cain-
prqj do mais exceleiite que acliey e inaridey coilssertar lia forma qric se costuma, para
aquellas partes e fizerno de ciisto o que vereis da coiita junta, pella q~iuime cstais R
dever 88s 100 despois de pagares, lmma letra de 36s que sobre vossa iiicrce passa ni
pagar a ordeiii do cappitairi Fraiicisco de Albuquerrlue Telles a doiis meses visla n
ininlia peço 1150 falteis porque não padeça falta a liiinlia palavra e quariclo lha ~iossnis
ateiilpar alguiis dias ailtes o estiiiiarey.
Os ditos oiiteiltri e oito mil e cem reis do resto ine fareis favor remeter ein bain
:iseite a entregar a Diogo Ferilaiidez Branco, auzente ao provedor d:i fiizcilda lieal
Ainbrosio Vieira de Aiidrada e nesta forriia vos será o pagaiileiito mais suavc 110s
primeiros iiavios que de lá viereili que ainda que eii espero Iiir cedo seiiipre 111c 118
cotivi~iiciitecá este azeite para dar satisfação a estes Iiomerls e se tiveres alguiiia ciuvi-
da Iin adição do que vos restej a dever do azeite que iiic tnaiidastcz descoiitt~~~clu R
madeira sera a cauza iião acliar a coiita que vos tinlia iiiandado com os cilifi~cloçque
agorn iiie assistem i10 aviaiiieiito de Ayrez e de duzentos homens de liuiiia lcva qiie
Ilie tiiitia qua feito que vos afirmo que he tanto o trabalho estes dias que apenaz ~ciilio
teinpo de dormir e assim que scinpre estarei pla pririieira coiita se ouver o erro qiie
digno deve de ser de pouca corisideração segundo miillia Ieiilbrança nas vossa mçrce
niandur se la.
A rniiilist tia e prima i ~ â oescrevo por esta iiiesnia rezio e por esperiir cetlo Iiir bci-
jarllie as ahi a porta se eiitretanto ouver em que o sirva o farej com grande voi-iltide.
Lembrovos a deligeilcia da fragata de guerra que com todo o cuidado deveis solic-
itar tniilo pella importaticia do risquo que corro coiiio pelo que vos nleresso fico as
vossas ordens. Deos goarde. Fiiiiclial9 de Majo 676 anos. i/ [40 v"]
Carta de 18 de Majo de 670 para Agostinho Borjez de Sousa Cirnbron
provedor da fazenda da ilha Terceira

A de vossa merce dc 27 do paçado estimej muito por eiiitencler lograva vossa


nierce de saucle de que dezcjo o qiial vossa iiierce tenha sempre miij prefecta.
Bem creio da inerce clue vossa mercc iiie faz dará todo o aviameiito ao iiavio cla
Costa de Guine se aliy chegar porque lho nieresso assim.
Ao licenciado Loiirenço de Matos iiíaiidej recado sobrc esta letra de 26% rs qiie
avia de paçar para n~iiiliatia a senhora doiina Violante de Albuquerqiie de quem
tambcni tive avim sobre este particular elle me tnaiidou para o c a ~ i ã ocreio iiâo fiil-
tara, e sendo coiiligo assim a levarey comigo que 1iire-j lia primeira ocazião que se
oferccer porque espcro susessor iiiuito sedo qiic he Alexaiidre de Moura qiie foi
mestre dc campo do terço de Castello de Vide e daquclias partes tue tera vossa inercc
manclc as suaz Iiordens c espero me não falte com ellaz porque as lieide dar a exe-
cilção coin toda a vontade.
Deos go:~rdca vossa merce iniiitos aiiiios. Fiinchal. 18 de Mqjo de 667. I/ [41]

Carta de 15 de Setembro de 676 para Diogo Lopes Caldeira a Pernambuquo

Suposto tenlio escrito a vossa inerce todas as vias qiie se offerecerào nào quero
perder esta ocaziiío sc precurar iiovas suas, as qiiais lhe peço iiie reineia a Lixboa por
estar csperaiido por horas hiima fragata de guerra em que sua ~Jetriininovoltar, e se
forem como eu dezejo farei grande estiiiiac;ão dellas.
O l~atiixoNossa Seiiliora cio Pilar iido Iic chegado athe o prcxeiite, e certo qiic nos
deu n todos os intereçados grandissinia pcrdn a deiliora que vossa iuercc deixou Ia
fazer ao niestre que foi fiindada eiii grailcle vclhaqiiaria do dito, p » q u c no certo que
deixou feito com Maiioel Valente. e ainda qiic tinlianios eiitendido isto 1ii mriito
teinl'o senipre cuidavainos. que vossa iiierce o fizesse partir no teiilpo que avizava-
mos, ou llie fizesse os portestos coiiviiiientes, 1150 coiisseiitiiido a sua cuvilaçãci ou
nella fiii o iiiais prejudicado, qiie como estou para iiie partir, e coa1 alguiis cinpeiil~os
neçcssitava do quc vossa iilerce iiie avia remeter, que espero seja n iiiejor parte clo cliie
Ia tem como lhe tenho pedido.
Tãobein espero mc tenha vossa inerce renietido a Lixboa o resto qiie llie ficasse,
quoaildo vossa nierce o não teiil-ia feito a que não espero de seli priinor Ilie peço 1111)
remeta na priiiieira ociizião podeildo ser ein letra sera inellior//[41 V"] quoaiido i 5 0
iio tzibaquo qiic por diias vias Ilie teiilio dito a entregar a iiiiii auzente a Fraiicisco
Mendes de Barros ou a cliiem seus iiegossios fizei:
Ao govcrnatlor que acliar tciii sahido para esse governo que não podera deixar de
ser iiieu ainigo, pois o são todos os opoxitores eiiicoiiieiidare~ja pcçoa de vossa mcrcc
c0111 todo O afccto, e eiii tudo o que vossa iiierce me ordeiiar daquellas partes o
servirey coin boa vontade a quem Deos goarcle ii~iiitasaiinos.
Despois de ler feito esta vi a carta que vossa inerce escrevco pla Terceira ao sen-
hor Maiioel Lopes Caldeira que estimej inuito por ver passava vossa mcrce cotii lioa
saude, e juntanlente as vendas que vossa inerce tem feito coni reputação da fazenda
que lhe foi que não esperava~nosmenos despriinor de vossa inerce // [42].

Carta de 21 de Setembro 676 para João Fernandez Vieira

Senhor meu despois de ter esciito a vossa merce a induza advei-ti que hiun pataxo que
tenl~omandado negocear a Costa de Giiuié por minha coiita e do capitalli Diogo Feinandes
Branco com a tardança que nos fas poderá ter andado a esse peito com alguma caiiza a
remedearsse e lios parece0 acei-iado pedir a Vossa Senhoiia queira mandar sobestabelecer
a procui-ação que com esta lhe reinetemos em pessoa que posta com cuidado por ein
arrecadação o que o dito pataxo levar e desfazersse de tudo o que ahi tiver coiita reme-
tendonos a Lixboa o procedido em leti'a ou i10 que puder ter inaiz conta a eiitsegar a iiiiin
auzente a Francisco Mendes de Baii-sos, e viiido algum ouro ou marfim se mieterá sem
ser repartido nos navios inais seguros da frota na forma que aVossa Senl~oiialhe pareçer
mais acei-tado porque a sua eleição deixarmos a desposiçam de tudo que seinpre O que
fizemos estarh mais a conto e tanibem avendo quem conipre coiii comodidade o pataxo
poderri Vossa Senlioiia dar ordem pera que se venda remetendosse tambein o procedido na
forliia sobredita, advertindo nos fes de custo a inenos de dous aiinos a liuiii conto e qui.
iilientos mil reis, e despois coin vellas arnai-ras e outros materiais gastanios mais q~tiidicn-
tos mil reis, e despois coin vellas amarras e outsos materiais gastamos mais q~iinhentosmil
reis, e q~iaridosenão ache venda poderá Vossa Senl~oriammdallo carregar a frete ou coin
nosso proçedido não podendo eu hir ein letras, e remete110 eni coinpanhia //[42v0] da
primeira fi-ota que alii vier, e da desposição de Vossa Senlioiia esperainos nesta materia os
maiores acertos e conviniencias e deste trabalho que danios aVossa Senhoria ílie peço peii
dain que a nlerçe que ine fas teiii desculpado de lho dar, e o agardecimeiito desta porej no
niiinero das inais que teiilio recebido e servirey aVossa Senlioiia ein tudo o que iiie ordenar
coin a vontade que por vezes lhe tenho seiieficicadoa quem deos goarde. João de Saldanha
= Diogo Femanclez Bmlco//[43]

Carta para o Rio de Janeiro para Diogo Valente do Quintal


escrita em 24 de Setembro 676

Senhor meu tenho respondido as de vossa nierce que recebi escreficadollie o


gosto com que sempre recebo novas suas, e agoia que se offerece esta ocazião ainda
que 1ié por Pei-nainbuco a não quero perder, pedindolhe mas conteiiue enviandoriias
a Lixboa para onde estou de partida iii~iitoalvorossado por esperar ver a vossa inerce
la cedo.
Mandey daqui hum pataxo a Costa da Guiné hoje faz onze meses por conta e risco
iileii e de Diogo Ferna~idesBranco, e porque lios tarda já, e poderá ser que com algu.
ina necessidade va a ese porto acordamos fazer liiiiiia proc~iraçãoa vossa merce para
poder cobrar tudo o que iielle vai, e fazer o que se segue.
Ma1idai-a vossa inerce ein chegando o pataxo toiiiar coiita ao inestse, e inercador
delle, que he Pero Vaz da CIIIS que mostrará a vossa iiierce a escremra, carregação, e
rcgieiiinto qiie levoti por onde vossa inerce se deve goveriiar, e mandará vender os
negros, e sera que levai-, e o ouro reiiietert'i vossa nierce ein ser a Lixboa lia primeira
fiota que ahi for, repartindoo nos navios que iiiais seguros forem, por não ariscarrnos
t~~clo junto, e asiiii mais o iiiarfiin, e o proçedido dos negros em letras seguras, e
RS iiiio liaja eiu assucar Sino, ou coiraina, sendo setiipre o que a vcissa inerce
Ilie parecer mais coiivinieillc eiii Lixboa ou letraz de risco erii boas ditas; e avelido
q~leincompre o 11ataxo com coiiiodiciadc o poder6 vossa iilerce vender advertindonos
teli1 feito de custo sinco mil cruzados coiii todos OS apareilios que lhe i ~ ~ e t e m oe s
'Iespois disso nos não fès inais que Iiuiiia jornada a Bahia, e esta, dizemos a vossa
iiierce este prcço porcliic daqui poderií ciiteiider o q ~ i cpodesse dar por ellc, e bein
creio q ~ i ca cieligciicia de Vossa Seiilioria para ter mais alguma reputaçiio e do proqe-
dido ter6 vossci mercc rciileça lia incsina forma t~idoa entregar a miiii, auzente a
Fraiicisco Meiidez de Barros, ou quem seus negocios Sizcr e a iiicrce que vossa nierce
iiie fas iiic dá conl'iaiiça a Ihc dar estc /I [43vU]trabalho e eiii ttido o que for de serviço
de vossa iiiercc Sarei eii seliiprc por mostrar o meu agracleçimcnlo, estando sempre
inui l~roiiptoe111 qualíltier parte aonde assistir as ordeiis de vossa iilerce. A quem
Deos goardc etc.
Quando vossa mcrcc iiiio nclie venda ao pataxo poderd manclalo carregar a frete,
ou com partc do nosso procedido que não poder liir em letraz. e inaiidaloh'a e111 com-
panhia de priiiicii.ri Srola, que clalii vier, c se vossa merce puder avizar diante por qual-
quer via qtic puclcr nos h14Snvor para podermos Sazer seguro parecendoiios. Não
disemos a vcissa incrcc o prcço do pataxo 170s liiiiitação, porque para venda clelle pio
o enlentlcr val. Joiio de Saldanlia. Diogo Feriiaiidcs Braiico I/ [44]
~ v q qiic

Bahia. Senhores Antonio Gonçalves Pinheiro e Manuel de Almeida Mar.


Funchal. 24 de Setembro de 676

a costa de Guine de que lié mestre


A taitl:~iiçaque liis Iitini II:lt3XO que iii:~iidan~os
Pcro Vriz cla Crliz iicis Scs prczumir liisici por causa de algtiiiia necessidade buscar esse
porto da 13:1liiri, pcllo que lios prcveiiiiiios coin a procuração junta qiic rciiieteiiios a
vossa inerces, p:iw qiic clicgaiido, qualquer clc vossa iiierces inniide pella dita procu-
raçiio tomar coiita ao clito iiiestre qtic Iié tambein mercador da carrcgaçiio que ilellc
foi e clc tudo o que troiixcr pcdiiido 11ic para isso a escrctura carregação e regirilento
qiie daqui levoti pí'r oiitlc vossa mcrccs se dcveiii governas, e todos os negros que
trouxer se vciiclcrão, c a serei tciido 1iA boi11 preço ianibe~iie o liq~iidoproçedido de
litiniri, c outra couza rciiielcrão vossci iiicrces ciii Ictra segura lmra Lixboa apagar a
miii auzeiilc :I 1:rniicisco Mciicles de Barros, c o oiro, c iiiarSiiii que vier, rciiieter5o
vossa iiicrccs iia int'sma cspecic qiie a rccebcram para a dita citlade c coiii a iiiesina
coiisiilação coin «s iiavios mais seguros (13 Ssotn; e avc~idoqiieli~queira comprar o
pataxo, o que 1150 tl~iviclaiiiosplo prcstinio que tein para as viagens de Angola. o
veiitlesião voss:~mcrccs, paguiidosse bem atlvertirido nos tem Seito dc ciisto com a
nova ailiaração c vclainc que ultimanicntc Ilic inctcinos iiiais de sinco inil cr~izacloso
que 1150 clizeinos 170s 1c1iiit:ii;ão clc preço iiins soiiicntc por darinos a vossa tncrccs
noticia de seu custo c o proc;cdiclo (Icllc reiiictcriio vossa iiierccs na coi~l'ormidadc
asirna, e serido cazo que não haja comprador o porão vossa inerces a carga a frete
para Lixboa na primeira ocazião de fi.ota tiiio avendo quem carregue eiii parte, ou e111
todo o farão vossa Inerces por nossa conta do proçcdido dos negros a entregar na dita
cidade na forriia asitiia dita e nas mais partes a quem fizer os iiegocios de Diogo
Feriiandcz Branco, e por todas 11 [44 v"] as vias lios darão vossa iiierces avizo do que
neste particular obrarem, para maiidar fazer os scguros que nos parecer no que
ficamos certos.
Deos goarde n vossa iilerces muitos aiinos etc.
Joiio de Srtldaiiha - Diogo Fernandez Braiico // 1451

Carta para Holanda para Manoel Gomes da Silva


9 de Outubro 676

Recebi as duas vias da de vossa inerce de 22 de Juiilio de que foi graiide esti-
tziação pellas boas novas que vossa inerce iiie d i de sua saude, que cii sciiipre siibcrcy
estimar como mereça a obrigação que devo a boa vontade que inc mostra.
Vi a conta dos siiicoeiita e liuin barril de inolhados, c beiieiicio qiic vossa mcrcc
lhe mandou fazer por entender hião iiialtratados, e tudo obiaclo iiesie parlicular esta
feito. coiiio por vossa iiiei-ce de que Ilie dou os agardecimeiitos, e sabcrcy recoiii-
peiiçar este traballio seiviiidoo nas ocasiões que vossa inerce me der de scu scrviço.
Nesta não re~iietocouza alg~iinapella grancle falta que ouve este aniio niliii de
asucar, e tambeiii por meter viiido successor ao governo estar de partida para Lixhoa
em huma fragata de giierra que espero ine clieg~icpor lioras que S. A. gciai.de Deos
que foi servido ordenarriie viesse buscar e se ilaquellas partes ine for iieçessirio algii-
riia couza dessa farey wizo a vossa inerce que taiilbein 1110 hrij I6 se possa iiiniitlar
alg~imacouza que tenha conta advertindo que teiilio alguiis azeites q ~ i cposso iiinii-
dar avendo coiiveiliencia e juiitaiiieiite ine mandará dizer o que Ilie Sor iicccssarii~clc
lá que para tudo me terá muito as suas ordens.
Deos goarde a vossa inerce iiiuito aiinos. Funclial 3 de Outiibr» 676.
Foi 2" via ein 23 de outubro 676 com o mestre João Jacob
Teiilio algumas laranjas da china que posso embarcar com coiiiitladc 110 clin da
partida por estar coin liurna quinta a bordo do rio vindo a Belein c Liiiifio //[45v0]

Carta para Holanda para Francisco Manuel Dias Jorge


de 9 de Outubro 676

Recebi todas as de vossa merce de I0 de Juiilio, e 9 de Jullio e iiic nlegrcy iiiuito


das boas novas de sua saude que senipre saberey festejar coni a ii~csiii:~ ig~isildatlc
todas as vezes que vossa ii~ei-cesforein servidos iilaiidar inas coii~as ditas cartas rccc-
bi tambeiii as nove pessas de sarje [lapas e calepiiios que tudo veio muito prcl'cito,
coiiio cauza ordenada por vossa iiieices a queiii fico mui agardecido pello cuitlado
com que tem obrado tiido a que Ilie enconieiidey.
No que toca a caleça inudey de parecer porquanto ine avizou iiic~iirinilo de
Lixboa tinha Ia comprado outra por ininha conta com que 11ão podia fazer doiis gas-
tos porem chegando lá; pera onde estou de partida, por me ter ja chegado suçesçor
cspcrando por horas huina fiagata de guerra em que S. A. que Deos goarde ine ias
favor mandar buscar, e achando que não lié de ineu gosto a dita farey avizo a vossa
lnerces pera que iiie mandem fazer Iiuma coin toda a curiosidade (visto terem quem
lha faça coin ella) e vossa merces me farão favor tambeiii fazello na primeira ocazi-
'50 que se offerecer para aquella corte do custo que me poderá fazer poiico mais, ou
Iiienos, e o que me tcrá mais conta em pagamento della para que eu possa preveni10
advertindo que tenlio azcites coin comodidade, e quando não haja sahida segurarey
o que vossa iiierces me aconselharem scr melhor,
As contas todas vi; e ine parecem estarem feitas conl a pontoalidade de que vossa
merces costumão e logo fis lançar as iiecessarias de acordo como vossa merces
ordenarão para hirinos//[46] clioarentes.
As garapas cstiiney miiito ver e para tudo o que prestar do serviço de vossa iiierce
ila qual as partes iiic não poupei11 porque o hey de fazer conta da avolitade Deos
goarde a vossa inerces.
Foi a 2" via em 23 de out~lbro676 com acresentamenio. Tainbern tenho cantidade
de laranjas da China que posso etnbarcar com coinodidade a liora da partida porque
estou cm huma quinta a bordo do Rio junto a Belein e lin~iioI/ [46v0]

Ein Novembro de 675 passou o senhor João de Saldanha hum credito sobre
Francisco Mendes de Barros de 635$431rs a pagar a Domingos de Campos e em 6
de Novembro de 676 fes a obrigaçiío seguirite por duas vias.

Devo ao senhor cappitaiii Domingos de Carlpos Soares seiscentos e trinta, e siilco


inil quoatrocentos trinta e lium reis que tantos pagou por encontro meu a João chato
que e da dita quoiitia lhe passey Iiuiu credito para a cidade de Lixboa o aniio proxi-
mo passado sobre o senhor Francisco Mendes de Barros ao quoal apoiiley os effeitos
donde avia de tirar este pagamento e por ter notissia não esta o dito credito satisfeito
por falta de alguinas remeças qiie meus conrespondentes das partes do Brazil fizerão
me obrigo levaiido Deos a salvaineiito a dita cidade de Lixboa Fazer abonar ao dito
credito dando dentro em tres mezes da niililia chegada pagainento do que faltar ao
dito senhor Fralicisco Mendes de Barros e111 dinheiro de coiltado abatendoce setenta,
e dous mil reis que por esta coiita recebe0 o dito senhor cappitam Domingos de
Caiipos nesta ilha como consta da conta que tenho sua para o dito senhor Francisco
Mendes de Barros e deste theor llie dey duas vias cle que esta he a segunda qkie 1150
averá effeito estando pago pla primeira
Funclial. 6 de Novembro 67611 [47]

Memoria do que o senhor cappitam João Ribeiro me hade fazer favor fazer
do
Item cobrar de Belcliior Roiz Calassa 48$500 que pagua em cada h~iina11110 do
arreridaiiiento das ineuzas do Por10 Santo que lhe fes por dous aiinos que coineçarão
em São João de 676, e hoiide acabar e111outro tal dia de 678 para o que fica a escre-
tkir,i. i. ptiwi.iir,is,icr de L.LII\ I'ercisa de Saa a que pertence cada quantia.
Itciii ck)t.r,ir Jc Zlùrh~~i~ de Xlendonya 415900 rs dos dirimas do paçado perten-
d ~ . ,C"
e'c~ltc,,L1li1.i c ~ i ~ i t ' n qut' lhe i1rrc11dar50plo dito tempo coi~ioconsta da escre-
Iilr,i que t,iinhcni tlcn « ~ 1 1 tildo1 ~ rc'iileterii ao dito Luis Pereira de Saa auzente a s e u
fliho ft)\~'phi' dc SIILIL;~ Pcrcir~ein falta íi iniil.
Itciii tr.ize~id«L)i.os ii sal\arricnto o iiicstre Pero Vas da Lus cobrar delle 19$500
13 que 111edete de t i l ~ i letra i ~ ~ de risco L1S50Ue de einprcstinio I OS rs para o que fica
e\crit<ie letra.
Itein cvbr'ir de Ciuilhcrnie Bale 4XS5OO de hunia letra que passou a Luis Pereira
ilc $ 3 ; ~ri cj~it)31i e j ( ~portebtãila com 35 por cento no navio do Pedrozo, que tãobein
sc ciibrrir,iu pxr;i o q~icfica portestado, por cura 1150bastante do dito Luis Pereira de
%;a i ~lueiiipertence a quantia.
.$o dito si.nhor fic,~pmciir;is>ão para arrecadar tudo o que nesta ilha achar me
ti^^ dsini do que lhe fica e $ai aqui declarado coiiio pello ficar por declarar por
c \ q ~ è ~ i ~ i0i11t inoriiri~sia.
'~~t~~
.Zrrecadiira O a>uquilrque me \ eyo de Pzrnarnbuqiio pello conlieciriieiito que lhe
flcd r' tr ~rndertina forma que teni ajustadoti [47v0] comigo.
\'indo a fragata dc Valente procurara plas rninlias cartas, c tudo o que achar me
1e111 por3 cin rirrecadação e asim fara com qualquer outro navio das partes em q u e
tenho cclmcrssio c tendera tudo a qiie me tocar. e reiiletera em letras de boa data.
Itrni tkinibkm \ediieril todos esses mo\es que ahi ficam plo que lhe derem para
rairibeiii remeter tirando primeiro o que Ilie fica em rol aparte para ca paguar.
Incni \indo ci patacho de Guine fica pecurassani ao capitain Diogo Fernaridez
Ha~iyuci15ic)aterido algunia falta na sua pessoa que Deos iião permita fara vossa
n~erceO que tt rlle lhe fica em riieiiioria puchaiido pellos papeis que Ilie ficiio
toc:inte> a chtr particular.

Memoria do que fica para se vender

Item eni inão de Maria do Faia1 faiiqueria cento c outenta e oito arrateis e inejo
que deu alarganiento Francisco de Arvellos a vender) de velas de sebo a preço de
h00 rs.
Item hum quiirto de azeite que pos o sarjento a vender coni 19 arrobas e 2 canadas
e meio cartilho.
Item dous cascos de pipas de Ilurn vinho que estavão no armazem
ítrni 7 1 barris para niolhados.
Itrni dous cascos de pipa que hri dar Manoel Valente
Iteni outros dous que hé dar Domingos de Canpos
Itttni liuma peça de serguilha
Ittrnl dezasseis covados de pano vermelho ordinario
Itr'i~i hun~pesa de castelete.
Iterii seis duzias e sinco pares de meias de homem
Itrni des pares de menino. ' i [-I81
Itrin dlire cou\ados inenos huma quarta de palio vernlelho fino
Itein quareiita covados de baeta preta de Bristol
Itein humas niaos de papel pardo

outra memoria
Itein seis cadeiras lavradas
Itein mais seis com capas de couro e aiiiarelo
Item mais meia duzia de taiiboretes dc nioscovia
Itein mais liurii banquo de morcevia grande
Iteiii hum bofete coin seu pano lavrado, irm5o da cadeiras lavradas.
Iteiii outro com liuni palio de borcado bem cheio de nodoas
1teil-idous bofetes e iiiãos em que se pegava
Itein lium espellio de molduras negras
Iteili huili bofete com seis gavetas de jacaranda grande
Iteiii outro de jacaranda coin pes lavrados
Iteiii liuina cama dc daiiiasco emcariiado já uzada
Itcm quoatro tanborctcs dobradissas
Item liuma meza dobradissa
Item mais des pares de ineas oito de inollier, e 2 de I-ioiiiem
Item tres covados de cliaiiiaiote cor de carne /I[ 48v1']

Rol do que tenho mandado despender

Itein des mil rs c111fazenda a Aiitoilio Nuiiez Ferreira de esniola a seu filho para
seu resgate que seildo morto coiiio dizeiii não tendo ifeito o resgate cobrara delle ou
de jentil quc foi fiador disso e dara para ajuda dos resgativos.
Item Il~iinasmeias para Maiioel
Itcn-i ao sargento Aiiloiiio Simoes em fazenda de resto de sua conta oito iiiil e
quoatro sento e trinta e clous reis
Itein a de dar o dito senl~orem fazenda a Domirigos Pereira Catnacho dous mil e
cento e noventa reis de resto de sua conta
Itein dous barris de vagiin, e 11~111q~iiiitalde bacalliao que i~ia~idei toinar
Gonçalves Amar // [49]

Carta para Diogo Valente em 19 de Janeiro de 677 Rio de Janeiro

Scnlior ~IICLI chegou a frota a sillvaiiieiito depois dc eu chegado alguns siiiquo dias
a esta corte e eiii i-ienhiim dos navios della tive carla de vossa inerce precurandoa em
todos couza que scnti inuito porque os dezcjo ii~uirepetidas e me pezara iiiais senão
soubera de JoBo da Silva ficara vossa inerce com boa saude que Deos Ilie de largos
aniios como dczejo.
Se vossa inerce 1150 teiii ja remetido o procedido das olandas que lhe remeti da
Madeira a dita ilha lia fiagala pesso a vossa inerce me faça favor reiiieteriiio aqui no
primeiro navio de lisenssa, que della partir ou na priineirzi rorta o que vossa iilercc
achar mais seguro viildo em assuquar que qiiaiido seja em letra como tenho ~iianda-
do dizer a vossa Inerce no primeiro 1ie iililhor que os gastos da corte obrigão a paçar
por tudo aqiiilo, que os pode ajudar, e por conhecer a pontualidade de vossa merce
lhe ilão enicoriierido mais este negocio.
Eu parti da ilha a 12 de Novembro e o senhor Manuel Valente e mais se~iliorese
setihoras ficar50 com saude que Deos lha conserve para gosto meu que ninguem coin
iiiais rezão lho pode dezejar pcllas obrigaçoes que lhe devo, e para o que eu prestar
me terfío seinpre niiiito alembrado della, e vossa merce me iião tenha nesta corte
osiozo i10 que lhe for iiesessario que o eide servir coino devo quanto o não vejo iiella
entretanto. Goarde Deos a vossa rizerce muitos anilos
Lixboa Juiiqueira 19 de Janeiro de 678
Ao Padre Paiilo iile de vossa inerce rui1 leinbraiiças sou seu servidor
Foi segiiilda via em 3 de Abril I/ [49v0]

Carta para Maragam ao senhor Christovão de Almada


em 26 de Janeiro de 677

Seiilior meu nesta iiiesma ocaziáo escrevo a vossa inerce ofercce~idomeiio seu
serviço nesta carta, e se pois tive Iiuma carta da Terceira em que 111e pedem seja valia
para com vossa merce 110 iiegossio e111 que fala o meinoriril; e vou eu tão enteressa-
do nelle plo credito que se megue de nic coiihecereili por seu criado que lhe peço a
vossa iiierce muito eiicaressidc?meiitc favoressa este negocio e111 tiido o que puder
posq~ieale111dc ser muito justo o favor que se pede asenta no sojeito toda a honra beni
plo seu prossidiiiieiito e calidade dc que teillio laga espirieilssia e porque sei a iiierce
que vossa nierce me fas 11ão eiiicaresso inais este iiegossio eiil que espero obre vossa
liicrce como lhe nieresso para tudo o que eu prestar me tem miiito as suas ordens,
Deos goarclc a vossa ilierce m~iitosa~llios.Juilqiieiiii.
A inerce que s e pede ao seiilior Cliristovão de Alnieida he que falandolhe Ntiila
Alves Couliiiho sobre hiirnas inquirições que se vão tirar a essa praça de seu irmão
Martiin de Azevedo Coutinlio lhe todo o favor qiic for justo advertindo ao ouvidor
tire ris testeiiiuiilias c0111 toda a caiiteila e tambeiil Ilie ade falar 110 mesmo legoc cio o
adail da dita praça Maiiuel de Azevedo Coutinho tio de segiiiiite para o inesilio favor
/I [50]

Para João Cardoso Pisarro governador de Cabo Verde

Seiilior meo a carta quc vossa seiilioria escreveo a Diogo Fcrnaildez Brailco ainda
iiie apaiihou na ilha e scgiiro a vossa seilhoria que não senti a demora pois foi caiiza
de iiie aitissipar lia iiotissia de que vossa smhoria chegoii a essa terra coin boa saiide
que Deos lhe conserve i~cllac01110 dezejo.
Na rlila carta vi o qiie vossa seiilioria clis das balafblas que estão em poder do
provedor dos auzeiites, e defui~tos de Cacheo plo que ine pareceu iilaiidar a
procurassão iticluza para que vossa senlioria se sirva de iile mandar fazer a cobrailssa,
e Seita lua ~iiaiidereriicter na forma q ~ i ca vossa seilhoria lhe parecer iiiais coií-
vinieiissia tniiiha, e qiie coin inais brividade me chegue e se lhe parecer e puder ser
ciiitregar asini isto como o reduzido da agoardente se esta (ja em estado) ao capitam
Joào Roiz de Siqueira tocarido esse porto (não sera Inao que he amigo e mostrava
coni mais scgurança) priiicipalmente se for em pataeas, e o niodo deixcho na eleis-
são de vossa senhoria que da inerce que iiie fas fio tem seinpie o inelhor para 111iin
advertilido porein qiie só a inetade clo que cobrar ade ser o que sc i11e ade reiiieter
porque a outra parte toca ao conego Aiitoiiio Valente de Sampaio que despesa della
coiilo lhe pareceo.
Sobre o mesmo escrevo a Antonio de Bairros Bezerra a carta junta para qiie sendo
iiesessario vossa senlioria u inaiide reineter e se eu nesta terra prestar para servir a
vossa seiilioria aiiida que ine iião acoll~ana conta de preto SOLLeu inuito mais seu cap-
tivo do que elle decide servir ein tudo o que clicgar a minha alçada coin a vontade
quc vossa senhoria expriinentara scinpre em rnin a quem Deos goarde.
Pelo navio de Vossa Serilioria que meti e partira coni a nao da India escreverey
inais largo se de Caclieoil[50v0] puder vossa senlioria iiiaiidar vir Iiuni par de negri-
tas bonitas me fara vossa seiilioria Iàvor iiiai~clar~nasno primeiro navio que se ofere-
cer para aqui, 1120 ticliando inuito boa venda aos castilhuiios e sini mais dous negri-
tos do procedido de agoardente ou os clla der. Vfío taiiibem com a procurassão em
que vaj me dito Aiitoliio do Bairros Bezcrra o coiihesiii.icnto de outo pipas de vinho
e diiiis de ngoarde~ltepara que vossa senhoria inande ver a conta que da este prove-
dor, e cliie esta gente não lie iiiui liza nas que fas.
Deos goarde a vossa inerte Junqueira 25 de Março de 682
Foi segunda via ciii 3 de Abril 11 [5 11

Carta para Antonio de Bairros Bezerra, cappitam mor de Cacheo


em 19 de Fevereiro de 682

Sciihor nieo coiii ri iiotissia de qiic vossa inerce chegava essa terra coili saude iiic
alegrei iiiuito porque lhe dezejo iiiiii l7reièita.
Por avim que tive nn ilha da Madeira cie iueo amigo n govcrnndor João Cardozo
Pissarro soube como iici iliiio do provedor de defuntos, e aiizentes dessa jurisdissão
de voss:i merce estão liumas poucas cle b:ilafiilaç que me tocão para arrecadaçâo da
quoaes tenho dado procuração ai) dito govcri-iador e porque emtenclo que sera iieses-
sario o Iàvor de vossa merce para se Ilic f'a(;ii remeça a sua 111iio peço a vossa ilierce
iniiito a faça í'azcr e dar iiiilhores coiitas do que c~istuniãopara dar os de sei1 ofissio
e se eu nesta tcrra prestar para q~ialquercouza do serviço de vossa merce ine não
poupe porque Iieiiie í'azer tuclo o quc ine ordenar c goarde vontade porque sei o mal
de custiiinão ser feridos os governaclores c«iiio cxprimeiitado nele.
Na procurassno que digo reiiicto ao govcrilador vai tãobem vossa inerce inetido
para pocler toiiiiir coiiitas n çste hoinem e treslado dos coiilicssimeiitos de auto pipas
de vinho, c duas clc agoardeiite para saiba a forina em que as adc fazer tao bem pesso
a vossa merce ~ L I dcsta
C parte me toca que Iic a nietade nic coinprc huiii par de negri-
tas milito bonitas atlie doze annos ou mais se mais dei; e iiias remcto a« dito gover-
nadar parii mas iiiandar co~iiolhe pesso.
Foi segunda via ciii 3 cle Abrill/[FI. 55v0]
Carta para Olanda a Francisco e Manoel Dias Jorge,
Lisboa 19 de Fevereiro de 677

Se~ihoresineos depois que cheguei a esta terra fis avizo a vossa inerces para que
sabeii-ido estar eu ja aqui ine dessem mui boas novas suas e ocaziões de os servir que
ainbas as coiizas saberei sempre estimar muito.
Nesta ocaziiio remeto a vossa merces 45 rolos de tabaco fino do inellior que veio
do Biazil nesta frota que vossa merces me farão favor vender, e do procedido reme-
terme huiiia goarda ropa inui bem feita de qualquer pao que lhe pareser poça apareser
bem de valor de trinta mil reis pouquo inais ou menos na inão do offissial não i~iuito
grande, e duas arrobas de polvara e mais fina que se achar que he para a cassa de que
so~imuito coriozo se puder vir em livras divididas tudo em huin barril sera melhor
tio dito barril inaiidaraa vossa rnerce dous pares de ocolos de vidro verde para vista
de corentc, e sinco até sincoenta anilos" e o iiiais reineterao em letra de canbio corn
a maior brevidade que possa ser porque asim da letra como do inais teiilio niiiita
iiecessidade remetido a vossa merce aiizente a Francisco Mendes de Barros e vejão
vossa merces o que me ordenão do seu servi~oque para tudo iiie tem iiiuito as suas
ordens //E561

Carta para a ilha da Madeira a Rixarte Piqueforte


em 4 de Abril de 1677

Aqui cliegamos posto que einfadados da viagciii por ser larga, e de contrarjo
tempo suposto que coin saude com qiie rico para o que destas partes se lhe ofereser
a que não faltarei porque estou iniiito coiihessido os favores que devo a vossa merce
nessa terra.
A Jaques Nicolao busquei, e lhe agradeçi a brevidade com que satisfes os selito,
e sinquoe~ltamil reis de letra que vossa inerce pasou e taiiibeiii lhe disse ques e
ouvesse alguma couza do serviço de vossa merce nesta terra e111 qlle pudeçe a ini~ilio
diligenssia obrar alguma couza mea eiicomeildaçe que avia se dar 11-1uito boa conto
della e asiin o tenl-ia vossa nierce enitendido para que me avize me busque coarido
seja riessessario.
Sobre o cappitarn Jogo Ribeiro passo liuin credito de duzentos inil rcjs a pagar e111
Ictra ou dinheiro a que vossa merce me fara favor asislir a coilta do asuquar ein que
ricai~~os ajustado, e o mais que restar espero da sua pontualidade ino relileiti lia
priiiieira ocaziain enibora dito por me he muito i~esessariopara os gastos desta terra
emcoaato nella assistir estou I I I U ~ ~ serto
O como digo.
Deos Goarde a vossa nierce 11 [56v0]
Carta para o cappitam Domingos de Campos Soares na ilha de Madeira
em 4 de Abril de 677

Aqui chegamos coin ~ilguiiitrabalho pello niao tenipo que nos correo porein coni
saude para o que vossa merce ine oi-detiar folgarei a logre vossa inerce taobein boa coni
eu dczejo.
Nesta ocaziam vai a dezeinbragador Manoel Soai-es Dourado com alçada eu lhe
enconlei~deimuito a pessoa de vossa nierce creio eu o fara o que puder por favoreser a
vossa iiierce ein tudo o que se ofereser porque como he iiiuito 11oni-rado e de bons pros-
sidiineiitos com rezão deve estimar os que seguem o mesiiio caminho
Francisco Mendes de Bairros aseitou o credito de que deve fazer avizo a vossa nierce
e asi mais o fain para que ein que vallia de duzentos niil reis que pello credito eincluzo da
ao cnppitaiii João Ribeiro na pilmeira ocaziain de letra
Ve.ja vossa merce se nestas partes 11h alguinas coiizas em que o sirva para tudo mc tera
coiii iiwito boa voiltade.
Deos goarde vossa merce.
Por este tlie fara vossa riicrce favor de dar a ordem do senlior cappitam Domingos de
Campos Soares duzctitos iiiil reis cm letras o ein dinheiro na priineira ocaziào que se ofer-
eser dclla, e na geral me alargo por isso o não faço agora.
Dcos goarde a vossa inerce muitos annos Lixboa 9 de Abril 677 // [57]

Carta para Diogo Lopes Caldeira a Pernambuquo


o primeiro de Abril 677

Poucos dias depois de aver cliegado a esta corte iilolestado da viageiii em que gasta-
tnos liuiii mes coin teinpos bem regurozos recebi as cartas de vossa merce vindas lia frota,
que me servirão de alivio por nellas ine dar boas novas de sua saude queira Dcos que esta
se lhe contiiitie por niuitos ailiios como dczejo.
Os conliecinientos e carrcgassão do asucar recebi, e agacicço a vossa iiiercc ii~~lito o
favor que me fes nesta reiiieça a que me coiifeçarey seinpre obrigado e espero ma conteme
inandaiidoiiie o resto da ininha conta na fiota de cste aniio 110s navios de mais segirança
qlie nella vierem advertiiido a vossa merceerce que o tabaco que ilie maiidou liem muito
roirn, e não achey quem por elle Iiie deçe nada coni que foi forssozo manda10 para liolan-
da aonde se perde metade do que custou quoaiido vossa iiierce nie carregue este geiiero ou
Lisucar estiinarei seja o iiiais fino que ouvec
Atlic gora senão teili iiomeado governador nem auvidor em esiando despachados farey
:i diligeiicin ncsessai-ia para quiser a vossa iilerce no que se valer delle e sendo que seja o
governador que eu ciiiteiido iiiaiidarão a essa praça que teiil coiiiigo alguinas rezoeiis tcní
vossa mcrce m~iitciscrtci este favor e em tudo o ii~aisprocurarei obedecer a vossa inerce //
[57v0ein branco 1/58]
Seiilior, e11 principe regente e governador destes Reinos e senhorios faço saber a vos
Dezcinbargador Ma1ii.icl Soares Dourado que eu Iiey por bem e vos iiiaiido que tireis
devassa do procedimento de João Usaldatiiai de lei1il70 que servio de cal~pitaine gover-
nador da ilha de Madeira e facais as inais deligencias coiitcudas neste reginieilto que ein
todo ciiinprirey como neste se comthem, e antes de coineçardes a dita rezidencia inan-
dareis noteficar ao dito João de Saldanlia ou seu procurador que vos ençine o seu regi-
mento com que seivia o dito cargo ou treslado delle autentico, e de todas as mais posizões
qiic Ilie for50 passados as qiiais tereis e perguntrireis as testemunl~asi~csessariaspara se
saber se comnprio eiiteisametlte o coiiteiido no regimelito e pi-ovizões, c tanto que
conieçardes a dita rezidenscia niandarey apregoar na cidade do Fiinchal, e mais palco( ?)
que ele goveriiava de como aveis de devaçar dos prossedirneiitos do dito Joáo de Saldanha
pura que aveildo alg~~inas peçoas que delle se sentirem agravadas e o queirão demandar por
qunlcluer cazo que seja sivel ou criine o poça fazer dentro enl trinta dias, e na dita devassa
pregiintareis priiileiraineiite os oEiciaes de jiistissa se miiilia fazenda e os da cmnara da dita
cidade e alguns Iioiiieiis piincipais da terra, e todas as mais peçoas que vos parecer que
terão rezão de saber como o dito João de Saldanlla procede0 em meu seiviço, e o que
diqerein alem de bem coino de mal fareis escrever plo vosso escrivão.
Perguntareis se o dito João de Saldailha goardou seu regimentos e todas as provizões
cjue de fora delle Ilie niandey paçar e se çe introiileteo nas couzas de justissa que não
tocaviv,?~seu officio e cargo.
Se conceiitio oii dei1 favor para que algum doilatario toinase de iniidla j~uiisdiçãoou
ouzaçe de mais da que por suas doações llie era conssedido se com poder de seu oficio
prendeu executou injuriou algumas peçoas seiu ter para isso jurisdição ou excede0 a que
por iiiiii Ilie foi dada. //f58v0]
Sc empedio as justissas ordinarias e dc n-iinl~afazeiida fazerein seus offissios por
alguin rcspeito ou interesse ou por favorecer pessoas de sua obrigassão, e se iritormeteu ein
seus ofl'issios, e se Ilie lez o tralainento devido.
Se provco tis sei.ventias de offissios contra foili~~a das inii~l~asprovizoens e das orde-
iinções ou por ii-iaistenipo CIO que elas llies permiti50 ou ein pessoas indignas e iriabeis por
peitas ou ciut~osrespeitos não giardaiido a forma das ditas provizoens.
Se teve tratos o11ditmtos ou fes estanque de rile~adoriase mai~tii~ientos, e sc disso se
seguia perda a iniiiha fazenda ou ao povo.
Se coiiiprio as senteiiças ou percatorios dos ofissios dejustissa oii lho fora isso eiilped-
iinciitos contra a foriua das ordeiiações de que se segui operção as partes
Se proveo alguin cargo de nielissia contra forma de seu regiinento ou ininlias provi-
zoeiis ou ein pessoas iiidignas ou por perdas ou dadiva e se reinoveo os providos sem cama
par oclio vingança o outro respeito
Se com pcrtesto de ocazião fingicla de guerra ou rebate deu opreção aos nloradores
obrigandoos a vigias entraordiiiarias e se outros desobrigou das nessessarias sospeitas ou
dadivas.
Se tiwtou eiii couzas defezas contra as leis e penlioras fazendo c0111 isso vexassão ao
povo
Se obrigou alguiis oflicaies inecanicos ou trabalhadores a trabalhar e seivii eiii suas
obras coiilra suas voiitades ou lfies pagando seu trabalho ou rneiios do que lhe era devido.
Se triiioii coin cliiiheiro de minha fazeiida e o toiiiou para isso das mãos dos seus
offissiaes dessa do dinlleiro aplicado a fortificação e gastou em sserviços outros fora
do que esta aplicado por provizões minlias e se se aproveitou delle, e o ficou cleveti-
do e pedio alguins erilrpestiiilos a moradores, e tirou do cofre dos orfios alfaildega
ou outras peçoas do povo coin poder de seu officio dizeiido que hera para pagaineii-
to dos soldnclos, c se iFz sobre isso algiiiiia iilas vcxaçcics ou sem justissa se toinou
~iiaiitiiiiciitosou outras couLas scin 21s pagíir ou fiailas criiitra voiitadc rle seus donos
ou iiiuioq.ii'cço di) qiic viilião avcr obrigwiio ti clue lhe vciicleçc outro e asim algii-
1113s fiiíciidtis cciritrri siins vciiitaclcs.
Se icvc coiiicrssici cc)ili ciieiiiigc~se ctliiariiis e Ilic dcii ou vciideo maiitiiiientos ou
C»I~IIXOLI 1à~ciirltis0i1 I ~ dei1
c Iàvorcs C :tj iicI:i ~liitrarciii
Sc rcccilhco coi~cilindose rccollico preso cliie tcra ti115iidcga atf Ia X $ qiie rifio
dewii-i 110smovcis tiilic IO$.// [59]

Carta para ilha da Madeira ao cappitam João Ribeiro


em 9 de Abril c777

Scnlicir nico 11s iniiilias saiidaclcs, c o ciiilàilo tlci tcinpo iilc hi iiiiiito coiitrario
sciiiprc c rigiiro~oinc I'izcrão clicgas íiqiii nlgiinln e o u a iliolesi:iclo porcili sci-iii.ire ao
serviço ric VOSSII iiiercc c cI:i Sciiliiira D. 1;clipa a cliicm bci.jo as iniios, c estiiii.iarcy
l~grciiiVOSS:~merccs a saurlc cliie Ihc clczqjri.
Logo cl~iwclicgiicyquis I;izcr o rcqiiciiriic~il«dos solcl;itlos quc cstnm em Aigcl
purciii iião nic Ii)i passivcl í'ti1:ir :i S. A. ncstc porticiiliir ciii sciilclo a ii:i« de Iiidin
I'tirey 170r isso qiic ngorn sciiãci cssc a rccl~icriiiiciitoclue não tcluc n esse particular, c
iildn Iioiitcm iiic Iciiihroii qiic pocli:~pedir a S. A. Ires terços rio cliic tciii na g:ilc para
h / c r CSS;~tc~-ç;ie creio c11 t1;i sii:i piccltidc o 1150 11cg;li.a i130 ;IVCII~O couza ciii coii-
trario qiic o clcvirtii aiiiila cliie c11 o 1150alcaiic;~.
P~iraIlic correr n sun psíic;a para +jiitl:i tlo scii rcsgolc tciilio hltido nos iuciiistrc~s
da f:li~ciitlatotlos i-iic aclifio rc/ão, c tciilici clilalíiclo liixcr o piiissão pio einpcdiiiiciito
cliic: icvc atlic gora o C'oiiclc clc Vilar Mayor clc iiiiiis clc ires ilic~csde goia c tirlclica
jloiyiic ctiiiio cllc Lciii ioiiiado in:iis csla pictl~iclcíi stin criiitii 1150cluis liizcr o rcqucri-
~ilciiiosciii cllc estar prczciite oli)r:i ii kircy logo e tenlio por co:i/.i ciiil;ilivcl o con-
scyiiilo osiiii qiic poclc vossa iiicscc iiido vogoiicio olgtii~itispinqas tlc tcr o proviiiieil-
to clcllus alhe ir cs1:i ortlein cllic scrri na priiiicirn ocaziãci, c cliilcnclo clo boi11 tiniiiio
do govcriiaclor 1150 cliiviclarn a cuiii;entilo.
O iiiais reqiicriiiiciiio iliie vossa iiiercc apoiit:i iicsio sti:i iiiciiioria totios o ricliíiiii
ri?iii jlislo pcirciil tltivido podcrc;~coiiccgiiir,
DOS iileiis I I ~ ~ O C ~ i180
O S kilti a v«ssi\ ii1ci.c~~>oi'ilticli6 csc~izacloO fiizcs Ihc
reciiiiiciiclíic;ão clc q ~ i ctciii a scii cargo ~.iriiici]ialmciitcilo q ~ i ciiic loca porcliic coii-
I~cssoiiiliilo bcii~:i iiicrcc cltic sciiiprc mc Scs, c s0 1111: iligo cliic iicaxi5o paqo sobre
//[SOv"] vossii ~iierceI1i11iicscclit~clc tluzcntos i~zilrcis [i liivor tlo capiliiiii Domii~gos
clc C'tiiiipos ciii cliic vosso iiicrcc inc f ' r i ~ i iiicrcc tltir iiitciro coriiprii.ileillo do cliiiliciro
qiie I'ieoii lia ni5ci clc L'ic~iicliirtcti:\ caiipríi rl~iciiic Ids cl:is~icíirc o mais sc vossíi
111cscc piitlcr i>asar 1cli.u por C'aclis ou por outw cliioíilq~icrvia coino o dilo I'icluelOrtc
Sicoii coiii iioqo inc liira graclc Ilivor l>orqiic o citlc iiiislcr por i.iecessitladc pcrcizii
clcscs cliioolro losl6cs íiiitcs tlc O~itiit?ro1)cir serto i1ileiic1o eoiil ~jiic111e íiclio espero
q11c voss:~IIICI-cc17:issar liisso o qiic IIic ~iicrcsso.
O cnixfiii c ciirtas pnru I). Jo5o tl:i Silvii ciiitrcgiici ao coiiclc cln Iiiçcirii Ic)go que
o coiiscrlci pcirquc vcjii c10 iiins riroinhíiclo coíiic i~ieicicoiiiitlo cllc S. ohrigou ;i ~ i i f i i i -
d:ilo e coti-i efeito tiiaiidou logo nào sei se sespoliclco nesta ocaziiio iiesta ocazião
porque a min me nà« ve-jo reposta Sii-i-ioiz.emtregai-a Iiiim caixào piiilio dc laranja
para a senlicira D. Fclipa se dezenfadar esta feita.
Veja vossa mercc se a eni que sirva./l [60]

Carta para a ilha da Madeira ao capitam João Ribeiro


em 13 de Abril de 677

Sciilior cappitan~depois de Ler escrito 21 v»ss:i tiierce me leriibrou tis diividas que
tive com gaiila de cl~iclargaii-iciite falei a vossa merce, c o goveriiador mais pessos,
porun coiiio elle te111 liilgcia, i: o que eii disse podem esqiieser poiilio por exteiiço as
duas diiviclas que tive, c o q ~ i clhe respoiidi.
A priii-ieiia que pedia Ilie pagíiçe os direitos de scrtn partida que tomou vossa
mcrcc pio preço que tiiilia qjuslado Martiiilio da Silveira c Sovaire, a que eu respoil-
di os na» elcvia porcllic os ditos direitos tiiililio feito o pressa que nos Ilie demos livres
dc direitos e se giiiin Ilios pagou como iIão duvido, iiào estou eir obrigaclo pnguar o
seli cingaiio diieiido Ilie asoiliava 1110 que os outros lhe davão, e de quc elles ine derâo
hriiii cscriro jurado qii eu Iio deixei a vossa mcrce coiiituclo seilipre lhe disse estaria
plo que j~ilgahsecliie se louvasse em peçoa. que o eiiteiidcsse, e fòisse coi~liecidapor
dc çciriscieiiçin qlic eu ine lo~ivavaao ~iies~i-i«, e nsim dou comissiio a vassa inerce e
que lhe pagiic julgandose coiilia iiiiii 2" duvitla que teiu o dito scnlior seiitado 10
pipas dc viiilio iiiais na seli livrcl cl~icnfio consta do iiieo tal ileiii lia eiltracla iiem na
saidn cl~icconi ctiidlido se çeiitava e comt~idoIlic disse riic iiiostrnssc clareza quc 11x1
png~iariao cl~icmsotroii foi o tlico seu livro c Iium rol de que Ilie mandou 11iii.n seu
f'citcir cie Ciiinnrri de 1,obcis n isto Ilie disse cluc o scii livro dizia que vieriio para o
castelo 10 jiilxis tal dia sem d i ~ c ar quciii, c ciiitrcgariio coiilo todos a iiiais ou coazi
iocias c q ~ i cc1 r01 do ca7ei1-o feitor iião clis m~iisque eiii tal clin coiiio o do livro de
Cinina vicrii p:irii para n cid:itle 10 j?ilxiscemtrcglies em ti11 barco e não he prova isto
cliie liastc liorcluc vir paríi a cdinde iiiio hc p;ira o Ciistcllo seiido tanta a gciitc para
c~iiulivi[ili:~vinho asiii se o ciitcr gama moslicir ~iiaisiilgiimn clareza que o veiiça
[ivizara logo iiias paglirirei c coii-i isto se não oferese mais que Ficnr as suas ordeiis.
//[6OvU]

Carta para Olanda a Francisco Manuel Dias Jorge


em 26 de Abril de 677

Recebi hiii~iiiclc vossit merces vilida plo cstal'cia, e iião respoiidi logo pla seguide
por andar oc~ipacloc111negossios cluc iiesesilavào tia iiiiiiliii i~sisieiicialiias agora que
o ieinlx) iiic tia lugar tirlo c~uesodeixar de agradecer a vossa rricrces o cuidado coiii
qiic me d:iiii Iiovas suns, e seiitlo de q11~passe111 c0111 saiidc sao para as n~ell-iorese
1Ile peqo ilic coilletiue tlandoine ocaziões dc os scrvir qiie o cidc iiizcr coii~iiiui boa
voiilaclc.
16 vossii iiicrces terão rcçcbido alguinas de conti'ci carlcis que tciilio escrita depois
quc chcguci para que conhecão o meu cuidado não falta a inirilia obrigação.
Com Iiuma das ditas reineti coreiita e siiico rolos de tabaco inuito bom que ine
tinha vindo da Baia, e lhe pedi alguinas couzas que espero do seu cuidado me mande
na primeira ocazião tudo e asim iiiais sem covados de alguma couza de sera groça e
barata para cobrir liumas cadeiras de cainpo a mais vistozo e alegre que vossa mer-
ces acliarem coin as condições asiiiia se for de cardaço ou com alguiiia mestura de
lam 1160 emportara a cor que a vossa inerces lhe parecer coin tanto que seja agradav-
e1 queira Deos ter chegado a salvamento para ca segurarão vossa nierces o que vier
para que asim o espere com mais descaiiço ainda que Iie liuina limitação tio mais que
vossa nierces dizem da laranja da China, iiiascavados, tabaco, e azeites (fico de acor-
do para saber (como me eide governar desta ultima especia iiiandarei algum para o
novo porque agora o náo lia e avizarei do que me he iiesessario eiitretanto ine não fal-
tem vossa inerces com novas suas que lhe peço e juntainente com alguma dos pro-
greços destas companhos de letra de inão que asiiii serão mais verdadeiras que as
gazetas e que daiiios ca pouco credito porque cada huin as fas coma Ilie esta inillior
sem einbargado diso não deixe de o mandar as que ouver que daqui as renieteinos a
partes donde nolas pedem fico as ordeiis de vossa merce pessoa o que iiie
ordene//[6 1]

Escrito que se mandou a Antonio de Oliveira com a conta abaich


para remeter ao posto a Francisco Freitas Branco
em 14 de Maio de 677.

Vai essa carta para eintregar a sua ojc para a botar no coreio depois de a leres e
fecliares, e se Il~enão tendes dado o escrito de Francisco Mendes hé iiesessario darl-
110 da conta que vai abaicho abatendo porem o que vos for iiesessario para feitio da
parte que avcis dc pedir a Fraiicisco Mendes em dinheiro dizendo lhe o primeiro que,
c desta conta farei avizo ao dezembargador ou só Ilie faça, e rniii do que se fizer para
se acentar na cola corente
Tinlião seis caixões que tomei de casquas pla conta do pezo que ine inandou
Atitonio de Freitas Braiico 24 arrobas livre de tara que a sezão 3PD900 como vendeo
a mais fas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..72$000
..
fiquei-lhe devendo da nosa conta da ilha corno leve no livro a fl. 23
usquein26 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82$596
..
fastudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154$596
Abatendo do feitio da prata . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .$ .
ficadever . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .$.
//I6 1v"]

Carta para o governador de Santo Thome Bernardim Freire

Senhor tileu. Estimarei que vossa inerce aja chegado a essa terra com prefeita
saude e que ilella a logre sempre como lhe dezejo com que todos seus avizos teremos
p:irticular gosto de que espero me de vossa merce mui repeticiaz novaz
Depois de ví)ssa ilicrce partir tive avizo do meu pataxo ein que lhe teilha fal-
ado estar liessa ilha avia iil~iitostenipos e~nbargadopor ordem d e Julião de
Canipose do Provedor da Fazenda sein justa ciiuza em ordem a que eu perdese
tudo bciil creio da merce que vossa merce me fes seiiipre que emtrando ilo seu
govei'ilo acudiria a esta sem rezão e que o dito pataxo tera feitto viagem na
forma da ordeiii que o iiicstre tinha poreiii porque iiisto não ouvese algiima
defeciildade recorri n S. A . e foi servido inaiidarine pasar a provizão para que o
iiavio se dczembiirgase logo e s e lhe dese a cauza que ouvera para se socretar
com tio graiicic prejuizo meu, espero que vossa merce em cazo que iada se ache
o dito pat:ixo a inandc dar a execução favoresendo o mestre para que consiga
viagein no Brazil aoiide Ilie ordenava e que se responda a S. A. na verdade o f~lii-
dameiito quc ouve para rcter este navio porque espero cobrar de JuliiZo de
~uinpostodaa perda que tive pois sem f~~iidamento ma ocazioiioti pois Iie seito
deve estar 3 carrcgaçfio e navio consuinido e como tenho tanto coiiliecimento
dos hvorcs que vossa iucrce m e faz niio eiiicaresso mais este iiegocio e so lhe
pmso que avciidn L ~ ~ ~ L~I iI cI sSt acorta de seu serviço me fara onrra querer obre eu
iilglimn coiiza ncllcz para qtie veja a iniiiha vontade.
Ao chaiitre Joi« Pires niansino remeto a provizão e procurasão para que
disponha o que h r nesesario i ~ c s t eparticular e vossa mercc me fara inerce
ai~ipnralloi~cllc,c c111 caxo que Falte o dito cliantre por algum eiiipedimeiita
ii~aridars«bcstabeleçcr ri procurasão que tainbein vai a vossa inerce ein peso que
o tome a siia ctiiila que seiido elcisào sua a 1150 posso eu esperar milhor.
Novas d a corte não dou a vossa merce porque sei o fas o serilior Goines
Freire. Deoz goui'de a vossa nierce. Lixboa 10 de Setembro 1677. I/ [62]

Pera o Chantre de Santo Thome João Pirez Mansino

Scnl~orI~ICLI, a carta de vossa iiicrcc de 6 de outubro de 676 recebi avera hum


iaes e dclla i'iz a estiinnçiio que devia assiili por ine dar novas suas que eu tanto
deze.jíiva coiuci pclla onrr:i que vossa iiiercc iiella me faz favoreseiido coiii tanto
cinl~eiilio(iineu iicgocco coja oiibrigação rccoiiliecerei seinpre a vossa nierce
p~eu'i~.iindo servillo crn tudo o que se oí'creser desta parte para vossa inerce veja
iiãa falta tin iniiili~\voiitade cle reliiunerar a vossa mcrçe que vossa merce ine tem
í'eitci tontos liivorcs.
C'oii1 a c11egnd:i tlo govcinsiclor Beriiardini Freirc tciil~oesperansa se reniedease
ein ],arte o tlaiio qiic nie fes u governador .luliiZo tle Campos socrestaiido esse pataxo
c i~lolestiilitloao mcstrc coi1-1piizões e que tera sigido sua viagem em que bein creio
se cin~>rcgriria nl~iiioa cliligciicia de vossa inercc a coa1 deverei o que desta inercan-
sia iiic vier i] 11120; poi'e111~ o a n d oassiiii não suseclerer remeto a vossa inerce provizao
de S. A.cluc l>cos gc.rardc para que se levante o sacresto e se lhe de si rezão que otive
para sc Iiizcr COIII 150 grnntle prejuizo ineu; vossa merce me fara favor em cazo que
ali se aclin 0 cliio patnxo ioiiinr n sua conta este negaceo fazeiidoo expedir com os
negros c ii~aisgeiicro que tiver a Baia a emtregar tiido a Antonio Goiisalves Piillieiro
aiizeiite a Manuel de Alnieida mar a quem tenho niandado ordem de que hadc fazer
sobre este particular e que o governador e provedor da fazeilda dessa ilha deii~a
cauza na forina da provizào que tiveriío para ine darein esta perda que espero cobrar
de Julião de Campos emtendendo por sua a culpa, e que nesta reposta veiiha decla-
rado o estrondo com que mandou prender o iucstre a ilha do Príncipe cai11 gente de
guerra oferesendose elle a pagar os direitos quc devia, e creio cu do governador
Bcrnardiin Freire(a quem escrevo) fara tudo o que vossa Inerce Ilie apontar ser
nessessario nesta riialeria porque assim lho iiierese a minha arnizade e ao primos, e
l'idalgia clc vossa inerce ficarei eu devendo todo o coiii suseso deste iiegoceo qiie
deixo a sua desposis8o para iiclie obrar comta serto que costuma e de viver sempre
in~iitoleiiibrnclo de todos estes hvorcs que procurarei nlereser em seu serviço Deos
goarde a vossa inerce etc. Lixboa 10 dc Setembro 677 //[62vU]

Carta para Angola para Sr. Aires de Saldanha feita


em 3 de Dezembro 677

Priino senhor II~CLI na fiota ein que veyo Fnincisco de Tavora que chegou ha
quinze dias recebi quatro cartas vossas a que faço reposta agardecendovos primeiro
o cuidado que tendes de me dar nossas vossas que voss sey bem inerecer no gosto
c0111 que as recebo e asiin de justi<;ame niío deveis faltar todas as vezes que ouver
ocazião porque ainda que me direis que a terra 11é niellior do quc cá se dis não dei-
xais de cauznr cuidado a quem tanto vos alua como eu.
A viagem foi como eu esperava do vosso cuidado que este ordinariaiticnte hé a
niaior parte da prosperidade, cu aqui chcguey com bem enifadonha viagem em que
gastei vinte c quatro dias despois de estar seis mezes na illia esperando pella fsagata
que me foi buscar porque 0 governador Alexandre de Moura foi con navio de pas-
sagern para o Brasil, e cliegoii huiii mes cin ponta despois do dia da vossa partida,
esta iinyiertinei-icia de demora, e viagem me fes parecer as failtasn-ias da sua perda
tiidas de ouro, como as suas niolduras.
Bcijo vos as mãos plo cuiclado que tivestes lia cobrança das minhas letras de
risco, i i ; ~venda da fazenda lia remeça apersado que não esperava eu menos de vossa
poiitrialidade. Aiiida que 1150 estou embolçado que como não vejo a frota de Per-
iianibuquo 1150 vejo couza iilguma, vai Aires de Souza etn fragata que a liiide com-
boiar, e na sua dcligeiicia espero verme cedo senhor deste dinlieiro que para as gas-
tos cla corte todo hé pouco como vos dizeis.
Coin os vosos procuraclrocs tenho falrido varias vezes e offerecedome para o que
li>r iicçcssario, scndo o para algiinia //[63] couza hcydc obrar nella coiilo vos enten-
deres da i-iiiiiha vontade.
Ruy Telles me c o i n o i ~ i c oa~carta
~ q ~ i cvos Ilie escrevestes, e a copia que vinlia
para S. A. sobre os baculainentos, alguina couza clella tirara eu se pudera ser, princi-
palmente hiini paragrnfo ein que vos falavcis iiiuito 110 nosso proveito, e se o serviço
estivera inais perto, e amanhã fora capaz cle esperar nâo fora de parecer se dera e do
niesrno liera Rui Tellcs, e o secretario, poretii rompendo por esta defeculdade ajusteis
R esta hora com Riiy Telles se desse c tratassc elle cle que o coilselho se informasse
[leste par~icularde Francisco de Tavora, a quem faley nisto muito particularineiite
esta prevenido e com boa vontade para ajudar este negocio muito a nossa satisi'ação.
Tambein faley ao Duque que foi o principal motor dessa ilovidadc, e o pus de
inaneira com as rezões que lhe dey que creio não dezajudará aa sua parte no que
pu(ler e suposto que vos ine não achastes capaz de comoiiicar comigo este negocio;
nem niaiidalo conioiiicar não avia de deixar de obrar ilelle o que mais acliasse nos
co~iviiihacom o ineu fraco entendimento.
A Antonio de Saldanha lembrarey o que me dizeis scr posto que para me a iiiini
fazerem familiar como ja estou feito foi necessario encomendar isso a outro deputa-
do, porque elle o não fes, nein ainda a seu irn~ãoavendo mais de anno e meio que
tem dado petição.
Eiitrão as provas que lia lia terra despois que vós vos fostes.
Fizerão goveriiador da Baliia Roque da Costa de Menezes com patente de mestre
de campo general do Brazil e hé o portador desta para via que vola hade reineter gov-
er~iadorde pernaiiib~iquoAires de Souza que partira em janeiro do Rio de Mailirel
Lobo que hade partir em ordinario de Cabo Verde Manuel da Costa peço a pedido
pelos naturais da terra por rnorrcr nella em chegando João Cardoso Pissarro, sua mo-
Il~er,fillios, e quasi todos os criados dentro de hutn ines.
Do Maranhão Ignacio Coellio que ta~iibempartirá em breves dias.
Ernviado para castclla foi Duarte Ribeiro de Macedo, e para// [63v0]. Vai coin(,,.)
de( ...) João de Roxas para coinpanlieiro de que fala de tallo, porque nesta praça
mandão todos os reis, e potentados da Europa fazer junta para comcordancia de huiila
pax geral, ainda que se tem pouca esperança della, porque ElRei de França está cada
ves mais poderozo e senhor da inaior parte de Flandres de sorte que sustenta o scu
exercito com a coiitrebuição daquelle pais.
O Duque de Cadaval teve Iium fillio maclio, e a i~iolherpreildeo.
O Conde da Atalaia se recebe0 coin a filha do conde da Ribeira Grande, estb
ainda muito valido.
Diogo Soares filho do provedor da alfandcga está para se receber m i t o cedo com
liuina das cunhadas de D,Frailcisco Míiscarenhas.
D. estevão de Faro Iié iiiorto e dcixou que cazasse a filha com huin dos filhos
segundos do Conde de Villar Maior, e que ficasse eile por tutor de sua fazenda, e a
niolher com liuin pao na mão que se metesse ria Encarriaçâo
D. João dc Sousoria está coin todo o goveriio de Castella, e a Raiiilia inandada
meter ein huin convento, ouve 18 algiirnas revoltas, e prizões de validos da raitiha,
porem agora está tudo quieto, e os castellianos com muitas esperanças de que a
inudança de governo lhe de alguin alivio i10 traballio que padecem.
Os parentes todos estio com saude e creio vos escreve tirando as parentas de
Caiiiide porque foi Deos servido levar miiilia tia, sendo priora poucos ineses despois
da ininha chegada, e liliilha irinã esta de sorte que serião levanta de huma caina ha
mais de seis mezes creio que a pena da iiiorte da tia a tem posta iiaq~lelleestado de
que temos poucas esperariças de a ver livre.
Meu pririio Liiiz dc Saldanha está oposto ao goveriio de Mazagão por pedir suçes-
sor Christovão dc Alinada para acudir a sua caza que nos anda seu pay inor //[64]
rendo todos os dias.
A selihora Doiia Margarida está feita gciarda maior c leva s~itiiieta, para dama seiii
clial~nsIiiiio iiiuito cedo parti o paço.
Estiiiiey i i ~ i i i t c ias iinvus q ~ i ciiie destes de Aiitoilio de que tciiho taiita saude coilio
clle terá pouco cuidado disso para o que prestar fico as vossas cirdens. Deos goaide.
1-ixboa 3 de Dezeilibro 677.

foi 2" via em I5 de laiieiro 078 ccim » governador Aircs de Souza

Carta para Angola para João de Mesquita

Recebi ;i de vossa mcrcc de 13 de Noveinbro do aniio passado c coin ella liuiii


susto iliiiito gniiide de clliwvossn incrcc chegasse coiii l-ioii suuctc c scnipre qiic eu
tcnliii a iiotiçiii de qiic vosso mcrce n logra ti iiiiiltiplic;ircy as v c ~ e sqiic vtissii ~iicrec
illn der, pcircl~icclc vossa mcrcc cic cii clcxiur cni vossn iiicrce todo o hoiii suçcsso voii
;icliii muito intcrcssnclo ciii qiic iiicu priiiio logre tiio hoii coi~i~~;ii~Iii;~, que scy lhe ser6
o iinico alivio iicssc desterro de qlic clle iiào tlis Lnin iiialc, c cicio elcvc ser INW cst;~
culiza, c espero cni Ucos cltic cstii s.ja n t«t:il de qlic cllc saiti cI;rlii com os iiicsnios
aplauzos, qiie vossn inerce clis teve 1:roiicisco de Tivoiu. Nas s:iiidndes que vossn
mercc dis tem desta tcri.:i Ihc iiiio :icho i i i i i i t ; ~ icsào. porcpic esta iiiiii ciiihtItiii1ia, c
acho cluc toda ii o~iti.;iduqiii 1òi.a ser; iiiiiito iiicllior niiidti que sqja cic iicgros, ;iiiid;i
assiiii se iicllti OLIVCI. c111qiic sirva u vossa iiicrcc iiie f'iiid iii~idarde ~-inrccer,porque
mo parecera c1ii;iiiclo a voiit;icle clue tciiho de Ilic obctlecei:
Deos gonrclc n vossa iiicrcc Lisboa 3 ele De~ciiibroclc G77//[64v"]

Carta para a ilha de Madeira para o capitam João Ribeiro

C'oii~locl:i n prcqa liiço estas cjlintro regras u VoSSii iiicrce poicliic cstii ;i I'soguta cni
qlie VOLI desta coiiiodn piirti (lar n vclla, c nsiiii si) digo ;i vossn iiicrcc qiic csiiii~cy
m~iitoas iiovas qiic mc deti clc sua S;ILICI~ i10 iitivio fi'iii~ces,e c111eseiiti iiiio iiias icpc-
tis por Liiis de Albuqiiercluc porcliic iiic iiiici 1n)ii.u~carta sua iião scy n caiila
Bciii cliidci qlie PCICI dite) vicc;e o resto ele piclucliirt, qiic bem iieccssarici iiic Iicrti
porei11 cspcrci cliic vossa iiicrcc iiio reiiietn iio prinicira ciccwiain cllic se offcrcça.
No cllie toca nos mais iicgocios, eiii cliic vossa nicrcc me liillo Aiitciiiio de Olivciio
dam rcsfio cIelIc~,que lhos clcxo cncomclidados, c cni cu viiiilo tiotaici de servir a
vossa ineicc c111tuclo o c111cli)r iieccsst~riol?tiru ii Sc~iIit~r:~ 1). I'hilippn bqjo as iiiiios a
ello c a vossa iiicrcc goardc Dcos coin» clc/qjo Lixhou 30 tlc Jullio h77
A de simu tiiilin deixado cscrit:~cliiaiiclo liii parti u arrnncin cuiclniitlo oiivcssc
occn~iãode iiavio pnin essa ilha c coiiio iiiio oiivc scrvc clc iilostriir a vossa iiicicc iiic
1150 tlesciiido cin solccitni iiovtis siiiis qiitiiiclo posso. As qiic vossii i~iereciiic cieii
agora ila siimaqua rcccbi coiu gruiitlc gosto clc qiic vossu iilcrcc c a sciilioia D. I'liilipn
logrciii boa saiidc cliic essas liare iiiini são as iiiiliiorcs c assim Ilic pego ;i vossn iiicrcc
sen5ri clcscuidc ciil ni~isdiir
A letra tlc setenta c iiovc mil reis Iùi ascita cci~i/ocliic eii iiiio piidin diiviclnr. sciido
passada plo amigo Piquefort, e a instancia de vossa mcrce e tambem espero que na
prilileira ciccazião se reineta alguma isto que la aja porque os gastos não apertando
muito com a bolça e com a perda do patacho de S. Thome, e a falta de frota de
Pernambuco, e a qiie teve o anil0 pasado no tabaco que rile veyo, que quazi o perdi
todo os fas mais serviveis.
N o negocio dos soldados sc fes o requerimento a S. A. medii~doas praças para as
inulheres eiiiquanto não vinhão do cativeiro, e consultaildoce o negocio a seu favor,
rezolveo o dito senhor se uzaçe coni elles o mesmo que coiii os soldados do Terço
iiovo que for50 captivos na piadade, que vem a ser irem correndo os soldos de sua
fazenda athe virei11 de cativeiro e niaildarlhe dar huma esinolla peila mesa da con-
cieiicia para que tudo coiii as esinolas que as mullieres puderem tirar se ajuntar para
o resgate, assiin que faça vossa inercc com as ~nullicrestirein a queiii puderem, e
rerneteiidoçe tudo junto com o que isto inlportas, ver se se podem tirar estes pobres
de captiveiro.
Eu ainda não tive reposta sua da carta que Ilie escrevi sobre ajustarem o seu troco
com algiiiii dos h~rcosque ca estão se justarem para fazer este negocio podera ser o
acabe eu cA.
Resgate geral não o averá tão sedo, porem avendo creyo irá hum irn~ãode Aires
de Snldanha fiade daTrindade que li6 procurador dos captivos e fara tudo o que ouver
na s u a i-iião.
Agradeço a vossa merce muito a deligeiicia que fes sobre o não fazer q ~ ~ e i xaoa
dezeiilbargíidor que ainda que não temia disso nenliuin mal pelas informações que cá
tem S. A. neste particiilar iião dexo de ficar ineu obrigado ao bom zello de vossa
inerce que e u não podia ignorar de sua ai-i-iizadeem q ~ ~ a n disto
o niio pare coin a deli-
gencia de vossa rnerce, os iiieus procuradores senão descu//[65]darão e bem creio
que inc não iiande se degolar por esta ilem ainda dar o menos eiiifado por couza que
foi taiiita couza.
A letra de Luis Ferreira fica aseita elle agradece a vossa iiiercc da sua parte o
c ~ i i d a d oe e u pla niinlia faço o mesino, que sou muito amigo desta gente
A falta dos navios portugueses para a saca dos viiilios, he a cauza do pouco valor
que aqui te111 o tabaco, que eu sei homeni que perdeo doze inil cruzados na alfande-
ga delle, o que sucede0 a quazi todos os que o tiverão ein que alcansei a parte que já
digo.
A carta que a vossa rnerce me dis cscreveo por Cadis no Francês se perdeo coin
o dito navio que o matarão os turcos a p i q ~ ~ii-iase cliegou a S?ia da rezidencia por
Luis d e Albuqueque que veo no inglez os gastos della he necessario que vossa mcrce
saiba quem os fes ja que Ihe não pediriio liada para ao nienos Ilio agradecer na forina
que puder.
No que toca as caxas que vier50 do Rio de Janeiro, parece que atlcvinliar2ío o
inuito que avia de gastar a fiagata do Rio de Janeiro parece que adeviilhariio o muito
que avia d e gastar a fragala iio caminho para Ilie carregar a rii2ío no I'setie isso nlio
teiii remedio, vossa rnerce as tome na forina que dis que podera scrllie paçe alguma
letra para que vossa inerce de Ia algiins vinlios dessa conta ein janeiro, que espero
vossa rnerce satisfaça coino custunião quaiido náo tambem espero de sua pontuali-
ctade, iiiande na primeira occazião o iinportaiite, asim deste precedido, como do miiis
~ L I ouver
C pagaiidȍc primeiro a gariia seiitciiciandossc a scii fiivrir n nossa duvida, c
cLi estoii corrente e111 tiido o que vossa iiiercc obrar iiestc particulni; clle bcili sei s c
não hade descuidar para ~ i i d oo que fizer a scu iicgocio ein pegaiiiciito cliie o seiilior
goveriiador e Bispo o coillieção porqiie iiic iiào terao por tùo dczrirrczondo coiiio elle
me quer fazer.
Ao conde da Ericeira fiilei sobre a ordciii par:i acorrer as palacas c rcalcs iicqa ilha
a queni toca esta repai-tiçáo ciiçeiiic ti avia de maridar iicsta occriziào, farei deligciicia
para que nào deixe de liii:
Tambeiii emterido iia adc se abaxarem OS qiiarcntn reis em cada arobn de assiiquar
no coiiiboi q ~ ~ c inão
i i he iisi aliàndega como vosso iiicrcc dis purquc I'alei rios
menistros de junta d o ccimercio c iiic diçcriio est;ivCo coirciitcs iicstc particulai;
diante delles ciiicoiiiendei cstii diligcticia o seu cri;iclo de Diogo Izcrnaiidcz iião vc se
te111 já feito papel corrente para isso, trritarei clc o saber niiics de aprtir ti ciiibar-
caçãci/l[6Sv"]

Carta para Diogo Fernandez

Não poderei ser iicsla tiío largo como tlcvc, eiii ~01110pcdciii as cíirt~s~ L I Ctciilio
recebido de vossa iilerce para Iiiglatcrrn Iiiiiiia, 0uti.a por iirivio fi'niiccs, e 11 iiltiii~n
por Luis de Albuquerque a que rcsp«ncl» c0111 totl~ia bi.cvicladc por tai' hnrco espcrriii-
rlo por inim para liir pain bordo da dita nao Aliiincla Saritiago c111q ~ i cvou ao estreito.
Pesame que vossa inercc paclecc aclioqucs dcllic deos u iiiellioria qiic c11 d e ~ c j o
e111compariliia de todos o s descciitlcntes tlcqa cnza.
Siilto a perda dos caxois, porem cmtcmdo, cliic iiciii clc Ailtonici clc Olivciia iicm
iiiiiliia foi culpa que elle fas o que pticlc, c cii laiiibciii ciiiti.cg~iiiclomciinvio os caxois
por ccirita, c cri tirniidoos com a iiicsiiin livres tle todos os grislos. qiic vossli mcrcc
podia Iàzcr iielles desde siia casa atlic os cmtrcgar a seu i r m k qiic isto i~Ii(i li)i.ii
expreii1eiitai.a vossa mcrcc 1ii;iiiir ti ~erdrl,e aiiida 1150 cscripnrlio pouco tlc hir LI Argel.
O pataxo einterido o qiic prira miiii Ihra millior pcrclccc visto o scg~iroqiic tiiilia
feito, não me tera vossa iiiercc ncllc I i ~ tii rcsiio cliic clci ri 25 por I00 iic prciiiici logo
de coritado, e seiii ordcin vossa iiiercc bciii siihc iiiio podia I'íizcr isto.
O nào emcomendar a vossri iiicrcc a vcsitii do tle~ciiibargtirloi;iiciii us dcligciii-
cias iiecessarias, para a iiiiiilia rcziclciiciri o I'is iniiito iidredc pi1i.n cliic vossu mcrcc
veja fio tanto da sua rirnizaclc qiic mc parcçc 116 cscusndo qiiiilcliicr :~dvcrtinieiiio
destes, a qiieni vossa inerce ta11 pci'iiiiirozo qiic cctlo se cscriiicliiliz:irt~tlisso, sei ii-iiii
bem o quaiito Ilie deve iieste particular cliic « tinlia por iiiiii scrtn iiiitcs clc iiio dizci.,
ao seiihor Bispo João c3c Uitaiicurl c Maiioel Maçicl bciii sube vossu iiicrcc cliic coiil
isto e se111 isto a miillia voiitadc Iintlc ser sciiiprc a iiiesma.
As cnuzas de Mosabiqiic toniario outro cniiiiiilio miiito clikrciilc tlo qiic hc
ciiitlou por varias caiizas com quc iião potlc ter cllCilo o q ~ i cvir cliicr uvciitlo occo-
ziiio não me dcscuidarcy.
Da deiiiazia ou resto qirc vossa iiicrçc dis tciilio níi iiiiiiliíi iiiiio tlc 1,iiis IPomiio o
sinal tera vossa meree avizo por Antoiiio de Oliveira c San.
No iiegocio de Simão da C'iiiilio iico I'is coiizíi algiimri pri1.n cliic iiic puiccco c u
Diogo de Mendoiiça, cpie o lioiiiem 1150 avia de fazer iiatla, visto ser avizo d o gover-
liador estar serta a letra da quantia que quer vossa merce Ilie fes a escrito e m apal-
parido o eu huin dia, o achei beiil duro neste particular.
Faça iiie vossa merce favor iiiandar a sentença e deiiuciaçGo qlic deu de iiiim a
rapadura. .
Esta carta ~iltimachegou seis dias antes da hida da armacla dos quais três estive
doente pla qual cama não pude fazer nada, na provizGo quc vossa meice pede, para
;is partilhar, e só nie infoi-rilei cotiio avia de ser isto, discm me que siio riecessarios
papeis que façiio fee em que vencia a rezão que vossa niei'cc tci~ipara se ngo fazerem
arte o juiz a quem toca.
A minha rezideiicia se ri50 vier a 2" via corno vossa n-iei'ce pedio 1150cliegara ca,
plo desastre que soceileo a outra, e coiii isto n5o sou iiiais largo plri. pouca ccim que
estou que se querem liir os navios viiido ctiiii saiide servirei a vossa iiierce iio que me
~naiidara quem Deos goarde muitos alinos, Lixboa 30 de Jtilho 97. //[(56].

A carta atras linlia deixado escrita q~iaiidofui para a armada ciiidando ouvera
occaziào e coiiio o não ouve agora e com ella esta reposta, que sera 10 cartas que
tenho recebido de vossa merce por varias vias, que todas junto s5o chegadas a s que
terri escrito, segitndo se infere de humas e de outras; porque tudo agradeço a vossa
merce as boas novas que ine da seja em o cuidado que nisso tcm que coino delle veio
a coiihechiiento que vossa mcrce tem do alivio que iae (ia coiii ellc for ~ ~ i ~a ~minlis
ior
esti~iiaçioafirmollie a vossa merce que as ~iiiiihassaudaclcs cada vcs sào maiorcs de
Loures e da iiierce que vossa merce nie fazia que estas juntas com a magoa que eu
padeço os disgostos que iiie dis são ~ i i i seiisitivos,
~i queira Deos cslqjão já rcmedia-
dos, e asiiii espero que auseiicia de vossa merce llie telilia biiscndo o niilhoi camin-
110.
Vai a provizão da reforiiiaçio que vossa nierce pede ainda qtie iio indo ouve algu-
inas duvidas para se coiicedec
Saa avizara a vossa inerce da rezulção que tem toiiiad« na sua liid:i e no que toca
a 11ao caravella que vossa merce dis eu rne iiiio atrcvo a tomar parte assiiii porque ~ i i o
tenho coiii quem como porque fiqiio mui csccilclado da nossa desgraça c pois pera
huma iiifomaçiio que ha liuni Iioiiiem de hir fazer a pecleriieira iiâo iiiaiido a vossa
inerce avizo nesta occazião do custo della, o que farei na primeira.
Aiitoiiio de Oliveira senão descuida da eincomeiida de vossa nierce e s e liade
reineter na forma de sua ordeiii Pero Vas da Criis cliegou ao porto rio liavio dc
Pernambuco coiii qiielii tem a beata rião foi falça trouxe aplíellaçiio das senteiiças que
sc derão de que estava o navio perdido, e fazencla toda que se inaiidou vender em
praça e se rneteo na fazenda real e como cliegou riiuito doente não pode aii-icia vir para
esta cidade a dar itifoniiaçiio do que tiiilia pasado qiie 1ié eiii Viaiia, quc depois d e lhe
fazerem metidas injustiças, e prizois, e clareiii as seiiteiiças digo que para elle poder
escapar foi iiecessario darltie ajuda o sargento inaior de terra.
Coiii os oito negros qiie vossa nierce sabe dos quais se fizer50 237$995 reis tira-
dos os gastos que João Feriiaiidez Vieira tem na sua iiião e111 o avizciiiios inaridar50
frota que hade vir o arino que veixi, que este por falta de comboi não veio, q ~ i cem
Larenso partirá e buscalla eiii que vai o governador Aires de Souza c a dita appel-
lação chego~inas ferias eiil sc acahando se deu a quem tocava, pedimos vista cm
Iiome de Peso Vas da Crus, cllie hé o que he parte iiesta deinanda por coiivir asim por
conselho dos letrados, e sc tem are~oadopcllo pagar, e aj~intadotodos os papeis iie-
cessarios, para bem da nossa cauza foi a provedor da fazenda tambein ein vista,
segureçe vossa mcrcc que riesta cauza iião Iiadc faltar deligencia porque ainda que eu
não tenlio iiiuito genio para demaiidar neste cmpeiil-iaineiitoo dezejo de vingança que
tenho do magaiio do governador e muito mais o ser vossa merce parte iiella, do que
soceder irei avizando nas occazioiies que se ofierecerein, que me dizein que ein
janeiro avcrá huma enibarcaçiio iiella avizarei mais largo que ca ciitão estará cá Pero
Vas da Crus.
Seu irmão de vossa mcrce me avizou qiie elle trazia alguma fazenda cá Ilie iiian-
dei proc~~ração niiiilia para lhe eiiibargar que ine niaiidou pedir i150 sei o que terá
[66v"] passiido sobre isto.
Nos tiiiliainos jB alcaiiuçdo provizão de S. A. para lios eiiitregarem o pataclio
cuidando estavri só embargado, porem como este estava em outros terilios não servio
inais qtic para ajuntar aos ouli-os
Luis Roiiic?o Sinel iiao esta na terra tem lhe escrito para ver se veio nesta frota o
resto que nos devia qiie elle diçe esperava da reposta farei avizos a vossa merce e
pagando o que lhe toca a vossa inerce o tirei lia niiiilia inão atlie sua ordem, como
partes ine manda, e quando faqa auseiiçia ficarão a Doiiiingos Lopes mover na
rnesma forma.
O Cardozo foi a Argel como já 18 se sabe riáo deixou de ser perda para os iiego-
cios do provedor porque Ilios faria com luais deligeticia que qualq~ieroutro.
Ao governador de Periiaiiibuco farei cobre que tomar a vossa merce por coiii-
respoiidente discnie que avia de falar coiii Maiiiicl Rrito que Iié a que o avia de ter
aqui scu, c sobre quem sc Iião de paçar as letras temos lhe ainbos falar, respondeo
que ncssa praça Iierli seu co~i~scspondente o Brandão, iiias como llic eu diçe que este
Iioein era velho, c que iiâo avia de só dar, iiein qiiercr cstc trabalho, ficarão comigo
de que se rcl?arliria entre vossa iiierçe e elle, e que ambos lhe iariao a carregação.
Falei ao do Rio de Jaiieiro de Maiiucl Lobo rliçcmc que aveiido de toiiiar comres-
pondciite nessa illia scriíi vossa mcrce para lho eu pedir e por ser ainigo de seu irmão
de vossa merce creio o hra 17onlue scguiido o que veio iião liade passar sciii fazer
gintidc negocio naqucIla terra, este não pode ser serii viiilios dessa.
O de Cabo Verde dis tambeiii que ainda se 1150 tein rezoluto a ter iiegocio nessa
ilha qiie aveiido de o ter ter8 coin vossa iiierce para a que lhe derci o seu nome; elle
Icva procuraçiio para arrecadar as 6 quartolas de agoardente que estão lios defiiiitos,
e auzerilcs, c ine tcin custado beiii o Iiavcr correiite os payieis ptira que a cobraiiça iião
tenha cluvidn, pla faltn dc clriresa, cobfiinclossc isto, c111 viildoine a miio farei avizo a
vossa mercc paro que disponha as que Ilie toca o dito governador partir6 de janeiro
athe Março.
D. Jorge 116 serto estar ciii Argel creio que fiiria neste navio que vossa iiicrcc clis
tomarão ahi Deos o conserve para que 1150 Taça desvio que eu cuido de seu procedi-
inento.
Esqucsiriinc dizer a vossa merce que mando a Angola Iiuina prociiração das quc
nic mandou sobcsiiibelccicl:~em Aircs dc Saldarilia c outra iiiiiilia, para que eiiibargue
algiliiç bens que la tein o governador de S. Thoiiie porque o dito meu primo ini.iI1-
(louliie pedir qiie lá soube da velhacaria que iios fes este hoiiiem, porquanto aqui riâo
teln 11eiihiiriireal. e sí>eiii holanda pos tudo o que tein fiirtado, e parecia a todos i i â ~
tiilha teiiqão de por cá seu pec, porein temos eiiiteindido que o governador que o foi
render levou ordem para o inaiidar prezo, vindo e tendo lios seiitetiça coiuo coiii'io,
lia& ai-il-marelle, para perdas e dainiias.
As contas de Pero Vas seiião carece vossa Inerce em iiiandar aqui cri as tenho c
farei pcllas averiguar coin elle, ewindo, e de tudo o que soccder farei avizci que por
liora iião posso ser inais largo fico para servir a vossa merce iio cliie iiie inandar a
que111 Deos goarde niiiitos aiinos. Lixboa 4 de Dezembro 677. il [G7]

Carta para holanda para Francisco Manuel Dias Jorge esenta


em 20 de Dezembro 677

A occaziâo de vossa iiierces i15o terei11 carta miiilia em reposta das que iiie fiz-
erão favor escrever, foi a de riie einbarcar na. Ariiiada que foi ao socorro de Omtl,
coino avizou Francisco Mendes de Barros, agora que estoii riesta corle, não faltarei
e111 precurar novas de saude de vossa iiierces (que esliiiiarei logreni) riem cle servilos
tio que foreiii servidos mandariiic desta parte.
A guarda roupa, e brirri1 de polvora me iòi emtreglic coiiio tambem o foi a letra
de 650%cnizados e estofa que tudo eii obrado com iniiitc) primor cle que rico ograde-
ceiido as ch vossa iiierces o trabalho que nisto tiverâo.
A viiida do tabaco que vossa merces fizerilo, beni creio seria c0111 todo o nserto c
deligeiicin, para que esta fosse gozando o iiiellior preço coin que 1150 renho neste par-
ticular niais queixa que do teiiipo, e do geiiero, eiii que ufiriiio a vossa mcrces tive
grande perda porclue o reiidirnento que teve nesta praça aclio foi o dezembolço que
eu fis nesta de fietes e direitos só iiierces em di~ilieirode coiitado.
A conta de vossa merces fica psota de acordo iia siia conforiiiidadc, e do resto iiic
fará vossa merces iiierce iiiaridar liuma duzia de paos de Faja muito boili para varais
de sega que nâo tiiihaiiios de vinte e lium paliiio de coinyiiido, e lium palmo de gro-
sura, einqiiadrado, para qiie depois varais cada pao.
Taiiibéiii peGo a vossa merces liuiiia peça de Iiolailda fina que lie ptirii huin aiiiigo,
e que tudo venlia na priiiieira occazião fazeiido seguro, e cla que hltar para esta
reiiieça asertada a nossa coiita pasara vossa inerce letra sobre inim, a pagar a pessoa
que lhe parecer a que logo darei satisfação seridoiiie apreseiitatla.
O governador qiie foi de S. Thoiiie, Julião de Ca~iiposBarreto iiie deu uina perda
coiisiderável eiii huiii navio qiie foi a costa da Guiné rileu e do cappilsiiii Diogo
Feriiandez Braiico, qiie pertendo aver delle eiii hoiiie necessario que vossa iiierce nlc
faça favor saber porque lié nlii seu coniresporide~iteiiessa prsic;:i e se remete algurilii
couza para este icino, e a qiiein veiii a eiiitreguac
E eni caso que este hoinein alii teiiha cabeda1 ina faia vossa iiierce iainbcin avim
se pode alii fazerçe algum eiilbargo pellas perdas que te~iliodito a vossa iiicrcc me
deu, e se desta parte ouverein quc eii sirva a VIISS;I iiierce o farci coiii graiiclc gosto
Deos goarde a vossa itierce inuitos aniios Lixboa 20 de Dezeiiibro 677 // [67vn]
Copia da ordem que dei ao governador Airez de Souza de Castro
que foi para Pernambuco feita
em 14 de Janeiro 678

Aiiiigo o que vos teiilio pedido he que em chegando tnarideis cliamar Diogo
Lopes Caldeira, que Iie meu conirespondcnte nessa terra, e o advirtali prepare tudo o
que lá teni de resto de nossas coiitas, para o embarcar em nssucar fino no navio de
Diogo Ratnires, a quciii direis de iiiititia parte o inailde receber como lhe pedi diante
de vos em vossa casa, c com effeito Ilie fareis fazcr, porque iião Iie rezão deixe lá nada
tio dito escreico vos dein os vinte niil reis para o que sabeis.
Taiiibem advirtireis Lioilel Goriies me inaiide o procedido das licenças que Ilie
renieteo por iilirilia coiita Aires de Saldanlia empregado eiii assucar f i ~ i oentregue ao
iliesiilo cappitam tirando 60$ que lhe maiido entregar lá, e o valor de Iiuriia negra que
vos elle entregará que li6 para Salvador Luis, e me fareis favor remeterina iio navio
que vos parecer fazendo declarar aa mestre, a quciii se entregar no conheciniento,
vcili por coiita, e risco do dito Salvador Liiiz o qual virá na carta que ine fizeres favor
escrever.
Pririieiro que tiido vos peço vos 1150 esqueçais de me dar novas vossas, e inanda-
do eiii que vos sirva Deos vos de iaii boin sucesso e saude conio dezejo para i~iim
Lixboa 14 de Janeiro 678
Ao capitão João de Saldanlia em nenhum caso consintais que estes honiens car-
reguem tabaco por 11ii1ihaconta //[68]

Carta feita para Leonel Gomes morador em Pernambuco


em 14 de janeiro 678

Seiilior ineu respondi ao avizo que tive de vossa ~iicrcce111Rum navio que partio
ein coiiipanhia do governador da Rahia que qiiereiá Deos ter levado a salvainento, e
que assim aquelle conio este cni que vai o governador acliem a vossa niercc c0111
iiluita saude.
Do dinheiro que vossa iiierce ja deve tcr cobrado ctas letras qlie lhe passou tiieu
primo Airez de Saldnriha nie far6 vossa iiierce favor entregar sessenta mil reis a queiii
Ilie iliostrar huiiia letra iiiiiilia, que passei sobre vossa niercc, que são para se coni-
prar liuma negra, a huni hoiiie~iia quem devo aqui alguinas obrigações, e assiili
tainbeni mo fará de coilzprarine outra cle vinte annoz pouco ninis ou menos, a cl~ial
entreagrá ao governador Aires de Souza, que a remeterá tia fornin que Ilie tenlio
encoinendado, espero que seja com o maior coiiiodo que for possivel. e o deiuais virá
em assucar fino que se liade entregar a Diogo Raiiiircz para que coiii sua ordein se
meta no seu navio, ou 110 mais seguro que vier lia fsota coiiio I l ~ etenho pedido, iio
preço dos assucares não ralo, porque o sey os IiB vossa iiierce de tirar com toda i1
coinodidade, visto ser com o diiilieiro na iiião, e se para a cobrança deste dinlieiro for
necessario alguin favos, pedindo a vossa inerce ao governador lho dará. coiiio lhe
mereçe a inirilia aniizade, e se cu prestar para servir a vossa rnerce nesta terra me tem
nnuito as siias ordens
Deos goarde a vossa merce muitos aiirios Lixboa 14 de janeiro 678
A letra vai a pagar ao cappitarii João da Silva auzente a Doiningos Roiz de
Andrade.

Foi 2" via em 10 de Março 678 //[68v0]

Carta para Diogo Lopes Caldeira morador em Pernambuco


feita em 14 de Janeiro 678

Serilios meu recebi a de vossa merce vinda em companliia da frota da Baliia e


folguey muito de ver que vossa Inerce passava com a saude que lhe dezejo a qual lhe
conserve Deos por muitos anos
Vejo a rezão que vossa ~nercerne dh de 1150 remeter na iiiesma ocasião o resto que
lá ficou, e suposto me fes falta agardeço a vossa merce pello com que se 11á ern inin-
has couzas, e espero que com o inesmo ine reineta na ocazião desta frota tudo o que
I8 está empregado em assucar Fino o qual se hade entregar as pessoas que a vossa
nierce lhe diser o capliitaiii Diogo Ramires, a quem peço que quando mo não possa
trazer no seu riavio o iliande receber no que lhe parecer inaiz seguro e se para effeito
desta segurança ou da cobrança destes effeitos for necessario alguma ajuda do gover-
nador 1110 advirta vossa i-iierce que elle a dará loguo, como espero da nossa amizade,
e pareritcsco.
Ao dito teillio pedido favoreca a vossa merce em tudo o que a justiça der lugar, e
sei certo o hhde Sazer c o ~ ninuita voritade.
Eu Ilie eiiconiendo me compre 18 1150 sey que para o que vossa merce mc fará
favor darlhe vitite mil reis, que meterá iia nossa conta e veja vossa merce se destas
partes 118 em que o sirva que o farey com toda a vontade Deos goarde a vossa inerce
muitos anilos. Lixboa 13 de Janeiro 678. Em nerilium caso quero tabaco, senão assu-
car fino como assirna digo

Foi 2" via e111 10 de Março 678 / I [69]

Memoria que dey ao governador Manuel da Costa Peçoa

Em ~ L I pataxo
I ~ que foi no aiino de 673 para a costa de que hera mestre Ailtoiiio
Diniz iilaridey huma eiicomeilda coin o coiiego Antonio Valente de Sain Pedro a
entregar a Manuel Pereira que hia no dito pataxo, Ilum, e outro faleceo, e tivemos
avizo o ficara em Caclieu declarado o que nos tocava para cobraiiça do que detnos
proc~iraçãoao cappitão nior, que foi, e agora vai 2 9 i a para que vossa senlioi-ia, por
h~lnlcriado nos faça reineler este retorno, ordenaildollie que havendo einbarcação
para a ilha da Madeira remeta em sera ao dito conego a ametade que Ilie toca ein falta
venha tudo a esta cidade a entregar a 1ni11.
Taiiibeni dey ao goveriiiidor João Cardozo que Deos tciii liumas quartolas de
agoardciite cujo procediclo está e111 poder clos officiaes dos defuntos, e para a
cobr;iiiça remeto iiiíi~idadode.justificac;ão, c procuração que vossa senhoria matidará
sobstabelecer. Do que isto iiiiportar me tàrri vossa senlioiia iiierce ordenar se coin-
17reni duas iiegritas tle nthe 12 aniios iguais, c boiiitas, e o resto iio que vossa senlio-
ria ciiteiider terá aqlii mais coiita a entregar ;I 1iiiiil auzeiite, a queiii meu poder tiver,
Lixbori 24 de Abril 678. /I [69v0]

Carta do governador do Porto Santo Diogo de Betancurt Pestrello


de 3 de Agosto

Aveia 20 dias recebi liiiina de vossa scnlioria de 4 de Maio vinda por Cadiz de
(111' í'is giaiide estimassrini; airicla qiie não sejam as iiovas qiie me da riella da sua
skiude iaiii boas coiiio c11 d~z;i[ja]~ii.
O Senlior Vitiirino de Vit:iiiicor nào se rezolve a ficar a ferias eiii Coiiiibra e assiin
veio para Lixboa para cara de tio coni algiiiis clicqiies que iio caminho o aportaram
cni huiila cliiiiita tlc liuiii seu aiiiigo aonde levou Iiiiiiias poucas de sangrias porem jri
agora o vi aqui liesta caza aveia 8 dias que se veio despidir de iiiiin para partir para
C'oiiiibra eiii compariliia de otro fidalgo n provar em couza iiZ« sei sirva de tempo que
:ipaiiha csta eiiibarquaçào eiil cliie respoiida as cartas que Ilic dei de vossa seiilioria.
Nesta mesma ocnziào recebi hiiiiia carta de credito de 1 109; qiie passou Diogo de
Climpos por orcIe1ii CIO sc1111c>rpadre Piiulo M:icliado a qual assertci sein eiiibargo de
c tiiilia sritislèita a iiíaior parte da divida da pessoa sobre quem viiilia efeito lhe
q ~ i ja
coiiisiiiassriiii do resto Iíoreiii por iic50 ftizcr este diiiheiro falta ao seiihor Vituriaiio e
por nào pagar g:iiilios do dinlieiru quc se tiiilia toiiiatlo coiii que creio ficara satisfeito
pouco mais i i ~ iiiieiios c ~~riiiieiro gasto de qiie se iiiniicla a conta u o Pacire Paulo
Mncliado ngorii iiovrimciite Ilie maiido Sares visliclo de verain coiiio iilais iicssccorio
para clle por me paresser ciii rez5o as iiiczaclas vào continiiaiido boiii scra veiiliii diii-
hciro para otra antes cliie se ricnbe cliic iiido sern te jaiiciro. Ella se Ilic dc1.a como iiic
parccci rczào c 1150 co111o elle quer, qiie coiiio lie iiiuit<igcncriuo gasta rilais do quc
;i mim iiie pareçe jiisto cciiiili)rmc a siiii pacibilitludc c de vossri seiihoria sobrc qiie
tcnlio muitas gerias com elle c lia j~oiicosdias Ilie escrevi huiii escrito iiiuito aspero
de que clle csta seilitido, I)OI.CI~I e111 coino lhe Icnlio amor porque elle me use e por
cuuza de vossa senlioria siiito coiiio proprios/l[70] os seus c~iiiiinliosaiiida que lhe
seguro ri vossa senhoria que iieiiliiiiii deste li&em iiiateriris que o dcshoinreiii antes
c o i ~ a en.i
s que mostre a vir :i ter Iiuiii graiide oiiiiiio e o seu prosediiiieiito ciii Coiiibra
tninbcni iiiostrn 1150 aclc l't~zer ~iienitirozaa opiiiião que tive seiipre delle porqiie me
iií'irniani Iie geiitil estucluntc c qiie est~idadesmaziadamcntc
A siciisia que scge Iie caiioiies por coinsscllío que Ia lhe c1cr;io c rião me parece
iiias ascrtado porcluc apliilzo Cio que lua preiicleo Ilie basta parri saber argiiiiieiitar em
forma até que as iiovas cie scii í'illio de vossa seiiliorin agora cintrniil as iiiiiihas que
sào bcin mas.
Eu Sciilior iiic acho Iioje coin o prezo desta caza para levar Dcos para si a iiicu
iriiiào o senhor Luis dc Saldaiilia coiza que iiie tem iiiiigoado iiiuito pla graiide
aiiiizude q ~ i cst.1iiIii.e ti! em[)>e por mc. ficar ein parte do lucro de aunientos e111 que
caiiiinhava c o n espransa de fazer hliiila grande fiirt~iiiacllie posso segir promever a
cedo coni as obrigacois de LLII~COde miiiha caza e coni grande quantidade de dividas
yiie satisfazer a que tenlio dado em comsinassão mais de 4 mil criizados da minha
falenda e me ficão só aç rendas para sustcnto de mais de 40 criados coni as mais dis-
pczas que h s a corte. e eu coni isto irnpocebilitado de fazer O qiie dezejava com o
senhor Vituriano porcm scinpre farei o quanto puder e os ter parte na. gloria q u e e de
ter de o ver lili~ngr:iridc Iioniem
Deos lhe de vida a vossa riierce iniiita saude para o ver Junqueira 3 de Agosto
167S/l[70v"]

Carta do capitam Domingos dos Santos Soarez


de 5 de Agosto 1678

Por Cadis me cliega Iiiima de vossa nierce de 28 de Maio e como nella vejo que
vossa nierce p a p com saude o estimo muito.
O credito de 1 10s mil reis para Vitiiriano de Vetancor aseite suposto não devia j l
muito Afonso Mendes as Ilie tinlia feito conisitlassam nos asucres que este anno me
avião de vir do Bnizil ficam aboilados fica a vossa nierce ria conta do dito e eu iiluito
por o sevir ein tudo qiie eu prestar Deos goarde a vossa inerce. Junqueira 5 de Agosto
i h78//[7 I]

Carta de Diogo Fernandez Branco


de 5 de Agosto 1678

Senhor nieo a 15 de Julho recebi a de vossa merce vinda por Cadiz que foi para
miin de grande estimação por nie sertificar passa inellior delhe Deos a vossa inerce
e a tudo dessa a saude qiie lhe dezejo
Eu suposto paço com ella he com tantto desgosto por falecimento de ineu irmão
o senhor Luis de Saldailha qiic Deos foi servido levar que não sei encaresser porque
por nossa amizade foi seinpre muito grande e fiquei coin muitos travalhos e eiicnr-
gos, e fora de esperança aos ineus acrescentamentos que pelo caminlio q u e seja
+
estaxlanl mais sertos e com intentos ein que me parece não podia deixar de fazer liuma
grande f~irtuna
Agora a buzcareiuos por otrus caininhos ainda que i d o tam sc parte inais des-
cançada e rnetios arriscada folgarei coinsigila por ter mais algum prestimo no serviço
de vossa inerce.
Luis Roinaiii lie serto ser poiica rezão mas não podeixar delle esperar pela frota
ein que fico de acordo e qiiaiido faça a velliaquaaria que vossa merce prezuina e elle
tem toiuado o coititrato das sarges, e hacttas e não az ade faltar o broiide page e eu o
apertace o que não tudo sera nasecario, porque João Furtado que ine tein pedido de
espere he seu fiador de palavra o mais aboiiado pla sua verdadc, a Antoiiio Roiz
Marques mandei dizer formara a minlia conta pla satisfação, vindo a frotalidade acor-
do sem niolestia iiein duvida lia verdade de vossa iiicrce.
O ncgocio do pataxo se deteve por eu querer os eiiteiidese Aiitoiiio Telles Caldeira
porei11 não pode por ter sido 13rociirador da coroti c]uarid« Ilie Foi a iiião e dispoiz com
a 1niiiIia desgracia se deteve inais alguns dias liias aiiida asiiii de 40 iiciii o juiz João
Sanpria de Vargas sem o servir hcijc, lioiitciii estive coin elle coiiio teiilio feito iniiitas
vezes c iiic proiiieteu de dentro ciii X dias o dar sciilciissinclo se esta eiiibarquaç5o se
detiver levara a iiovn e creia na« lera iiic seg~iiidoo que se cleixa ver iicllc, e as iiiihr-
lilações que teni toriirida de vossa mcrcc taiiibciii inc Iie bein iicssessario esse pouco
r~tiellaestara e eu tenlio sciiipre escreve a ao gover11:iclor tle S. Tlioiiié que lic ii~uito
lileu aiiiigo rcmctii a Perii:iinl~iico :i Aircs de Souza o que for iiisso, cinlircga-
dol/[71v"] ciii iicgnls c a o dito Aires u remessa 1-10qiie ri nos estiver iiiellior de esta
desp~içisaiiinlio I'or boa vossa mcrcc avizc cliic il~icrse S:i~aas l-iropoiiins coiiiissoes.
Cioilçalo V;is inc iilailcln agoni dizer Aiitoiiio ele Olivcria v:ii iicsiri ocazião conio
VOSS;I iiicrcc veia eni lium escrito qiie vai na carta do vigario ele S. Pedro. Ao Conde
de Viiiiioso i'rilci segunda vcs dis que tciii inaiidado ordeni de S. A. c quc iião quer
fiizcr niriu exciiiplo em iiiatcria de scii cintcrccc iião l.:is iiiiiitris pasagciis j6 eu Ilie não
falara riestc pnrticular sc vossa iiicrce 1150 apcr1rii':i tamto que o coiilic~onestas iiiate-
rins iiiuito beiii por i~irloiiinis 1150 há ii1clIior cav;ilIicir~;se ilisto POSO servir i1 VOSS;~
meice dcstiasão hcm sabe a miiiha voiitadc poro as suas c«iiz:is priiicipaliuciitc sendo
tnmbem de s c ~ priino
i tlc cliicin so grniide nriiigo.
As crirt;is tiiq~i:iiit~s a Peso cluc cscl~iesciaiii:i Aiitoiiio de Oliveira.
No cliie toqun n Simiio de C'iiiilia vcrci se poco ver a carta qiie vossli iiiercc dis
~wre~ni ellc hc iii~iitoSerrolliado,
Tciilio no L:ivcin 1?1riiitas q ~ i ciiiaiidara vohsa mcrcc l?«r(...) c g ~ i i d ecanticlndc de
llorcz cstravog:intcs cliic Icvoii eiiitain Iic o tciiipo i~iilliorr)«sto 1180 podein agoni vir
vossa iiierce sciiiío cscluci;a dos í'igeirns maiisiiilias c pltiiitri rlc batatas qiie agora
tcnlio tão boa terra iicstn quilitii por tiido qtie rlciejo iiiio qiri ii:id:i q ~ i ciião tcnlia c
coiiicssci Iium piiiiirlrsinlio cliic com poiicos ntiiios espero inc rciidcrn 4s cruziiclos
poiico iiiais oii iiicnos isio 3 ~ ~ o r tde í i L,ix1)0;1 c111Ii~iiiiacluiiitri q ~ i ji'ci rciidc perto ele 3
vosse mercc posto rij~itlac diiiliairo qiic o iiiiiis 1150 liiltri c vqja voss:i iiicrcc o cliic me
ordciia de seu serviso cl~icpor L L I ~ O iiic teiii os siias orclciis
A Pcro Vas c~iiircgoIiuiii qiiaixiio coni Iiiiiii par clc clu~irisrlc laiiiprcas sccris pnin
vossa iiicrcc provei cslo vigririii qiic agor;i(...) tlc toiiic vossa ii~crccesse credito rio
coiicgo novti comscguisse rliic Scis poiico cazo clc iiiiiii q ~ i csaiba tciiliti Iiiiiiia qiiinta
iiicllior q ~ i ca siii~./I 1721

carta do Padre Paulo Machado de Govea


de 3 de Agosto 1678

A de vossa iiicrcc viiidri para C'titlis rccchi cstiiiiaiiclo iiiuito tenha a saiiclc que Ilic
eii clczqici sqja sciiil.lrc rissiin
A carta de crcdiio clc Doiiiinyos dc C'ompo;r so :ireos :iscitc por coin»ditl:itlc tlo
seiili<ir Vituriniio de l3itoiicurt c parci ver :i iicsscsid:ide c111que se achtiva siiposto
tiiilia iilguiii:is rczois por o 1150Sn~crc cla conta iiiicliii:~vci:i vcissri incrcc tio cluc :ipli-
coti cstc dinlleiro he ncssecaiio que vossa mcrce lhe mu~itleitvizus coiii as mezadaç
por qiialq~iervia que for porque as qiic teni \Iam no f'iin e Iic nesse~arioadvertir :i
qlieiiz Itics clcr que aiide ser i10 principio do mes se ti)re~npia inesiiza pcgoa Iie
tiesseçario advertirlhe oiide ccim mais ~.io~itii;~li~ladc e veja VOSS;~ 111erce se ha c o ~ ique
i
o sirva q ~ i cpara tudo me tem iniiito as suas ordens.
Deos goarde a vossa nzerce i~l~iitos aiios . Juilrliieira 3 de Agosto cie 1678. il [72v0]

.
1677 Novembro. Despesa que se tem feito com o senhor Vituriano de
Bitancurt e Vasconcellos

Setcmhro. 29
12 covaclos c nieio de baeta a 460 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5% 180
cle card:ir . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $120
2 covados e meio de palio lii-ilosje para jubào e barrete\ . . . . . . . . . . . .4Sh00
1 covaclos de tafctta a 280 reis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .35920
3 covaclos e meio de fiistam a 120 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .$420
6 cov:idos de retror . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . SI50
soria para o csibeção da capa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $0211
3 duzias e ilieia de botois . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .$140
3 duzins - de cazas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .$175
de feitio do vestido e jubiio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14;100 .
vestido deveião . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15$825

1678. diilho 15
30 covados de silicio a 300 reis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9S000
12 covaclos de tafeta por aroba e calça de jubào a 280 . . . . . . . . . . . . .3S6-1.0
9 covados de vogoraiii iiegro para calçzo e jubem a 650 . . . . . . . . . . . .5$850
2 covados e meio de p a i i i ~ oa 200 rs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4$000
3 covados de organdillia por entre ferro de juba a 120 . . . . . . . . . . . . . .$360
10 oitavtis de retroz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .$250 .
algibeiras dos calçois com areriiedo cabeção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .$100
4 durias de botois . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $110 .
cazas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $175 .
iirriniar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $050.
ao feitio do vistido de lago . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1$100
Ao calção c jubão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .$800 .
47 varas de fittn e iizcio covado de olaildelhe iiiais . . . . . . . . . . . . . . . .2$400
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40$090
6 taniborctes do Brasil a 1800 cada huiiz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10$800
Iitim baiil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2$000 .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52$890
..
//[73] Val a lii~idaatras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .52S890 .
Dezeinbro . 15
diiiheiro que sc toinou de ganhos a rezno de Iiuin por 100 cada mes eni dito dia e
Outiibro
~iiaisein diliheii.~qiie lhe maiidei cm oitiibro . . . . . . . . . . . . . . . . . ..50$000
niuis qiie Ilie iilaiidei por hiiiii criado cle João de Silva . . . . . . . . . . . . . ..22$

1680 Marco 9
mais qiie lhe dei em S. Jozeph de Ribaiiisir . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..30$
mais que dei ao correio que se foi biiscar o percatorio a Coiinbra . . . .3$600
de Maio 20
i-ilais que (lei ao carsereiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..8$800
.
Jullici 6
mais que dei para a comedoria de Vittiriano . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..11$200
Julho 27
iilais cluc dei par:^ o letrado de Vilurialio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..4$
inais rluc dei para o letrado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4$00 .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .371$930
..
iibatidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..35X$000
.
Eiii 9 de Seteiiibro de 680 serrada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..21$
clepois de saiiada csta conta se achou liuin recibo de 8 de Jaiieiro de 679 di
cpie lhe inniidei a Coimbra clue sio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..24$
iiiais se deichou de asseiitar Ia vestido negro que se lhe deu quando veio a
clc iiiorte de seu pai . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9$5
..
1/[701
ceccbi dc hlim credito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..110$ .
recebi por Iiiiiua letra viiida e111oitobro de 679 . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..100$
o diriliciro dc co~itaclocliie entregou Iiuin padre da compailhia . . . . . . . . .50$
mais dc Iiuina letra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .90$ .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .350$
..
1/[74v" a 76v" - ein brnricc3//77]

Carta de Hironimo Nunes da Costa


de 10 de Oitubro

Seiilior nicu :I do primeiro de Agosto que vossa inerce 111e fes favor iiiatldar etn
resposta da quc Ilic escrevi em 27 de Juriho recebi e com ella muito gosto de que
vossa niercc logre iiiiiita saucle quc Deos lhe conserve por inuitos aniios.
Vc-jo a n-iiii~arezúo ~ l ~ ~ e v o mcrce
s s t i tem para a queixa do i-i-iaoterino de ITICLI ir1113
qiic Dcos 1~117que siiposto teve algrima descitlpa na tardança plos iiluitos gastos que
teve nesta jornada conitiido pudera Ler pago a alguma coiza a vossa merce que a pon-
tualidade hc iniiito nesseqaria neste miinclo para a boa comrcspoildencia priilcipnl-
nieiite çoi-ii pessoa a qiiein devia a obrigação qiie vossa iiiercc rclata de qiir eu sein-
pre serei ngiirdecitlo, e folgara muito riesta ocazi8o ter com qiic satisfazer a vossa
merce para conl-iecer o quanto estinio e iia pessoa e boa coinrespoiidenciii mas at'ir-
1110 a vossa inerce que faço mais do que poço em asinar para pagainento destas divi-
das itiais de iiietade de minha fdzenda corii que me sera forçozo retirarime da corte
alguns atinos corno detremino, e csta Iie a rezão porqtie apenas posso pagar a seiis
procuradores o que meri irmão deixou declarado, e elles podem iiiforinar a vossa
merce a iilinlia rez5o c a pouca obrigação que tiriha de o fazer e a perda que vossa
merce tiver pagar faço de conta nia quebra coiilo faze111 todos os mais aiiida do
declarado. O quc seguro a vossa iuerce que a coiisinação lie serta e segura, e que
q~iandoeii neste tic cio teiiipo tenha coin que satisfazer a vossa meicc seguro Ilie o
farei, cuido o inais que for do serviço de vossa merce ine tem muito as suas orderis.
Deos goardc iiiuitos aiinos. Jiiiiqueira 10 de Oitubro 167X
Captivo de vossni merce. //[77v"]

Carta de Manuel Dias a Francisco Jorge


de I0 de Oitubro

Munto estimei as novas que vossa merces me dar suas elii carta d o primeiro de
Agosto se-iam sempre como eu dezejo.
Os navios que vossa iiierce ine dis estavào para partir elii que iile iriandGo os
varais, c algumiis sementes de plantas e flores n5o he chegado o.je estraiihamos esta
falta porque lia muito veio avizo e que nào aparece navio desas bandas e so ontem
chegarão liuiis 6 de Dinan-iarca com taboaclo e alc:itraiil (ambos geiiero) beru
nesscçario priiicipalniente o taboado e :isim iião posso dizer a vossa ruerce o que
quero se111 saber o que iiie manda corno cliegareiii quererido Deos logo avimrei entre-
tanto iile faça vossa merce da eomodiclacle quc terei ein iiianclar vir dcsa parte Iiiiiis
poucos de sentos de taboado ordiiiario c seili quintais de ferro para coiitiriuar Iiiiiila
obra que ine he iiluito nesscçario acabar por ficar iiiiperfcit:~nesta quinta porque
como avim de vcissa iiierce do valor serto que Ia tciii vcrei o que iue conveiii, o ferro
advirto que adc scr q~iadradoque la chamam os oficiaes vergalham. Ao laiida a iiào
quer para o ainigo que ma eiicainendou em q ~ i cvejo que estez partes saiu inui
inudavens 110 que querem e por ilisto não quero coin mais a vossa merces e sO lhe
pec;o muito em quaiido sirva.
Dezejo a vossa mcrces iiluitos anos. .lunqileira 10 de Outubro 678 n5o sei se me
esquesse inais alguiiia couza a que respoilder que esta faço coiliforiiie rninha
Ienbrança que acerca de vossa iiicrce a iião poça achar ncstii ocaziào // [78 - cm bran-
co li 78v0]
Carta para o capitam João Ribeiro
de 25 de Setembro

Cl~egouaqui este navio ingres arribado coiilo dira e ainda que parte logo iião qilis
dixar de fazer esta a vossa rnerce para lhe agradecer as novas que me da suas e111
huma de 13 de seteinbro vinda plos frades que vierão ao capitollo que estimei niiii\o
por serem boas.
Fico serto que vossa inerce fara toda a diligencia que lhe te11110 enicoinendado tio
toquante as madeiras que provavelmente vier20 em companhia do governador ailida
que iião se fala por hora em socecos
Martiin de Mevira e Sovaire bem mostrão sua poca vergonha em dicereln seililo
lenbrai~ise era a fazcnda livre por acotnpaiiliar sendome dado hum escrito jurado que
Ia leiido deixei a vossa merce quando busca10 entre os meus papeis que agora IIS~Q
pode ser que o inandou no priinciro navio e juntamente clareza se sam 57$ ou 50$ o
que se ade dar a gama ainda que cu inteildo que não 11e mais que o que ficou em Ici11-
brança a vossa inerce porque oserei da sua conta e na fonna que vossa inerce lhe quer
fazer a pagamento me parece rezão.
Ao procurador agradeço vossa inerce a rnerce que fes das caixas e lhe diga llic
niio escrevo pla preça e a mesma rezão ine fara favor dizer ao senliores Bispo e gov-
ernador que não l ~ coiza
a de novo por iço lho iião digo e ao vigario de S. Pedso que
o seu papel esta corrente que ine não rezofvo a inandalo tiesta einbarquação a Diogn
Fernaildcz que ainda iião recebi carta sua nesta ocazião conio de todos os amigos
tirando vossa merce e o dito vigairo de S. Pedro e governador que ilio do por novas
que saio a sentença a nloço favor coin todas as sircuilstancias corno as puderainos ilas
escrever rnandandonos as negão tudo e deixando ao escrito rezervado por cobrnr
perda se da nos de quem serve a culpa que o noço amigo ainda não chega que me
cliegase logo arco com elle que csteja seguro que se ade fazer// [79] muito bem a dili-
geiicia que veio a fiota de Baliia que coii 110 segundo a Antonio Roiz Maqucs
pagarcellie o resto de Luiz Roiiião Sinel e sobre que lhe tenho escrito a João Furtado
que ficou por seu fiador tambéin vi o o prosedido dos negros de Pernainbuco que la
fara delle o que Siia Majestade tem ordenado por suas cartas.
No mais que vossa nierce me diz fico de acordo e servirei a vossa lilercc eiu lutio
como pede a minha amizade pobre 1150Ine alargo mais.
Deos goarde a vossa merce. Jiinqiieira 25 de setembro 1678
Dos Valentes não tcve ordeiii de vossa merce lhe de muitos recados diga i11ais a
Doiniligos Fernandez que fica com toda a diligencia tratando de navio que va a cosM
para na volta de S. Tlionle nos se ver aquella pouq~~idade etnpregiiada eni iicgrn n
Pernaillbuco avendo governador qiie esse navio acliaiido-o ade ir por essa illía tomar
agoardente ein que Sua Merce eni que se entereçem primeiro e por avera ri teinpo
coinoda a clareza eni navio que partc para la OLI no que Ia he as pazcs de Castella c0111
França esta111 assinadas//[79v0]
Carta para o Senhor Aires de Saldanha governador de Angolla
8 de Dezembro 1678

Nestas fiotas de l3cin?iinhiicoc Baía recebi os cartas kitas eili doze clc Jullio 2 vias
311110 p51qado de 18 C 20 cie .l~iiicirodeste prcsciite aiiilo dc todi1.i Sis siiiguliir esti-
lll;l(;ã~ coiiic~podcis crer dns rcçois qiic teiiliu de inc alegrar coin vciça saiidc que o iiicii
c]iiiia dese pai7 fas iiiaior n nossa chtiiiiaqiio cliiaiido sitbemos cluc u rcccl.icqào teiiclcs
vos sauclc.
Na confiaiiqn cluc fiicciz de mim c cin iniiilia aiiii~adevos iiào ciigonnir porcluc Iic
serto nào veiides cllierii vos uinc iii;iil e qiicin acutla beni inais proiitidoiii aos vosos par-
ticulares sendo iicssccnrio porcni ate o prcrciite o iiào fis porclue qiiero govcriio asegii-
i.a esta heiii asscrlo e ussiai crcio o sem ale 0 Sim que ainda cliic ns ausois scraiii eirtre-
Pcrtatlns iiinl iiS veLcs cliic por iliohc11ci:l O llliili~iilde cjiieili iiS IISC piira csiiiollas hera111
taltas coino Iic re~iioc com suiii Siin seiiipre u vciciotlc se vciii a conliccei:
No negcicio cios basciilnmciiioh nào Ilirci iiinis porcliie Rui Tclles com qiiein sciiiprc
lii~olias vciças coizas coiiio me urelciiiiis iiiio li)i de pniccci qiic scgiiiiii~so caiiia111iii-
Iio cliic vos cu tiillia nvi~nclo.
Aa ~ ~ i i r v o i Jo5o
x ~ ~Correiri
c siiiil bem coiiliccidas tle toclos cliicja iiiiigein fiis cum
dellas c ussiiil Sizetcis bciil o iioiiicnclo coni qiic vos oiivcstcs com cllc c qiic csta ein
caLa clu iiiiiicio e creio se puqui.a ;i caslellos Iiorcllie o seii iicgocio esln bciii pnrndo c
aupeia qiie ellc ciitcntlin qiic coiiio clicgaqc Ilic aiviti ilc h7cr iiicrces plo cliic tiiilia obra-
rio cliie tal lic cciiiio isso.
A wmcças cluc I'izcslcs clc Lcoi~clIioiiics c ii .Io~cMiiiiiicl de q ~ i cIii tiiilicis iiicii 111c
I'i~eràocllcs a iiiiili iiii Iòiii-io q ~ i cIlic c11tinlin pididci cm qiic iicstil ~liiitci'i;~ iincia ieiilia
iiiiiis cliic vos dizer C so agriidcscr\~osa iiiiiilin//[XO] mcrcc qiic iiic fiircis merecicio.
A iiiiiiliii tciiqào de vos ir sosedcr se dcsvniiccco coiii o lilcciiiiciito de iiicii iriiirio
qiic Dcos tciii: clc qiic jli vos nvi~cicluc qiiiiiido iiic iiào dcixu~icsta l'iiltn de sua coiii-
}xiliiiin por 11i:lgontin 1101'til~itiisic(;ois i1 silltir síi 110r tiriir ;i e~j.ieI';i1iq;1qilc iiiio cstiiva
iiial tiiiiclud:~he iios viver sciitlo :igor:i o perteiitlcntc cliic 110spiiiccc a toclos Icv:ii.;i o.jc
Jcroiiiiiio c João clc Silva e Soii/:i uiiiclu se iiào iiiandc coiisultiii sciido J M tempo iiai-
Iiiirii tlc i i o ~
Ililniiios iiisso poilliic sei cliic tciidch ~xiqiicloc!jc trov~illioboin scrii cliic voz
aprovcitcis inais algiim tciiipci oiiiclu cliic seja ii visia das saiidades ii cstii tcrru pai;i cliic
cabcis coiii tis trab:illicis de 17ric;asiiiiiis c solici ciiipcrtciiciiqiiisque tiido Iiri iiiiiito Liem
o cliic custa.
1:n~eiiiic liivor de nic iro~cr~icllucliiiiitn C'liuiiiiiscii conipuiiliio Iiiiiii iidcrcqn por
Iiiiin~ic o ~ dc a ~iiilliiicomo o cliic iiiaiitlnsics a voxii iriiiii adc ser liiima alcutilù de i,vtirus
ele coiiipriclo c 3 de largo c 12 :iliiiolàdos c 7 panos de biilctcs graiitlcs c 2 para haii-
quiiilia de cstiatlo c 7 ~icgrctcsbein Seitas clc 12 aiiiioz pouco iiiniz oii iiieiios Siaildo de
iiiiiii v07 ciarci boi1 sntisllicção tio custo qtic tiiclo I'ixct' :itc qiii de Aiitoiiio ine 1150dais
1itiViiS ~iciiliiiniiisnus cni'las cliie digo iisiii-ia c iião sei cjiic rc;.iio tiiilinis paw qiic çoii-
hcsciido o iiiiiiio eliic Ilic qiicio clnr iiinis ngoru e Ilic dii Iiiim ~ibiaçoela iiiiiilio Iiartc das
terras volns iião doi1 ;ihsiiii 1)orc111c11~11TcIics iiic cliqc vo ics deviii coino pciiqiie iiic
aclio tai-ii cmi:,idaclo eni iilgiins iiegocios cia cluc iiic mctcqc siiccsão desta cu/n que li30
tcnlio liiiiii oiri tlc incrcc.
Aci.esciiiacla aos 7 de 1:cvcreiiu clc 1077I/[t10v"]
Carta de Bernardim Freire de Andrade.
11 de Dezembro 1678

Senhor meu de I8 de Agosto do anno paçado tive huma de vossa mcrce que me
Fds vir c111conhesimeiito de inuitas coizas Iiuina he ver seiião descuido vossa nierce
cia merce que sempre ine fes otra eni que não m~idouneste particular nem em otro
alg~iina tinha plo que oiiço de seu boin governo de que eu numqua duvidei e a iiiais
prova para rni he conheçer que S. Tliome he mais longe que a Indisi pois sendo esta
de que faço inensão feita dias que digo a pouco mais de mes me chegou a mão e
tendo eu escrito ja por tres vezes não sei se tesa chegado algiiiiia estiinando que vossa
inerce paçe com saude Deos lha conserve ou a restituir a sua patria apezar do snao
cliiníi desse Paiz.
Ja dei a vossa inerce conta do meu desgosto lia falta de meu irliião que Deos tein
que Deos foi servido levar vai por 7 mezes tambeni lha dei da sentença que se deu
iio meli pleito dese riavio a meo favor o maildado se ine eiitregaçe tudo e ouvesse as
peidas e danos da pcçoa que tive a culpa na velhaquaria que se iiie fes com que se
seii antesseçor de vossa merce chegar coin vida o que duvidainos por algumas noti-
cias que temos eiiteiiderei logo com elle quando nào c0111 sua fazenda e c0111a do sen-
hor provedor dessa ilha que 1150he o menos culpado siessa injustica que uzou coin o
niestre do navio estes papeis mandarei pcrcarias vias com procurassam para que
vossa inerce inaiide por em arrecadação essa pouca que se achar e nesse tenlpo man-
darei dizer a vossa iilerce o que ade dizer por desta fazenda que agora seu breve
porque ainda com seu irmão de vossa inerce fazelido diligencia por mandar lium
pataxo ein que escreverei largo se se comsegiiir o efeito desta viage quando não
avizarei por onde puder e agora//[&! 11 só servira esta de aviso para que vossa merce
inande ter inais algum cuidado para que senão devirta as coiizas que estaiii ainda em
ser e se nesta terra eii prestar para servir a vossa merce iião tem irmão parente e
amigo que com inais vomtade dezeje servir. Deos goarde a vossa inerce inuitos
annos.
Junqiieira 1 1 de Dezembro de 1678 /I [8 lv"]

Carta de Diogo Lopes Caldeira


de I I de Dezembro de 1678

A de vossa inerce de 3 de Jullio vinda na frota recebi com gosto particular de


saber vossa inerce paça com boa saude que Deos Ille de senipre.
Aires de Souza he tain meo amigo que iião ade faltar no que vossa nierce o obri-
gar coino lhe eu inereso.
As sete caxas de asucar ficam ja entregas em Alfandega bejo a vossa inerce as
111ãos pela pontualidade e ciiidado coin que iiie fes inerce de que eii sempre serei
inuito lenibrado nas ocaziões e111 que vossa merce ouves mester ineu pouco preslimo,
No que toqua o rluc dice a vossa merce o governador sobre eu ir reilder meu primo
a Aiigolla coin esas cspereilcas estava porem se desvaneçerain c0111 o faleciinento cle
iiieu irn~àoque Deos tem com quc fica nesta terra ja de asento por tudo o que vossa
llierce me quizer inaildar de seu serviso
Deos goarde vossa iiierce. Juilqueira I I de dezembro 1678. 11[82]

Carta de João Fernandez Vieira


de 11 de Dezembro 1678.

Porque vossa senlioria ine fes iiicrcc nesta frota iiie foi de grande alivio para a
peiina com que me acliou na iàlecimeiltii de meu irinão que Deos teiii foi Dcos servi-
do levar eili Maio pasado que cuidcni das reçois de piireiltczeo tivemos seiipre eiitre
lias tanta amizade que cada vez sitito iliais as miilhas saudades. quc logo niuito que
vossa senhoria teiilia ti saude que lhe clczqjo que Deos Ilie comserve seinpre.
Estiino niuito qlie vossa senhoria ache em Aires de Sousa aquela cornresponden-
cia que eu lhe segurei e clle cin vossa scilhorin a i.iiesma para coiiservar co11.iaiibos o
meu credito e ineu gosto neste particular que sem seilipre que asiilia ate o cabo co111o
espero da prudeiicia e boiidade de aiibos de doiz.
As sete caxas chegarai~ic siilvamento c fis a eiitrega da conta c muito agradeci-
do a vossa nierce que vossa sci.ilioria iiie Tas de que eu seiiipre saberei ser agradcci-
do tio que nestas partes prestar para o servir para o qiie seiiipre i~icachar inui proil-
to.
Toriio agradecer a vossa seiilioria o bciii que Fas a Aiitonio Roiz de Freitas da
Silva espero no seu boin procccliiiicilto servira a vossa senhoria coino o deve e clara
inteira satisfação de si e a iloticia que iiic d6 das coizas de Sulião de Caiiipoz de queili
vivo muito queixozo da sein sezão qiie uzo coiiimigo. 11 [82v0]

Carta do Padre Paulo Machado de Gouvea,


24 Dezembro 1678

Recebi a clc vossa iiicrcc de 24 de Nc)veiubro iicstc Srances que agora se espera dc
feita ine clizeili parte a i~iiiiliac0111 ~ I I Ciiie í i l s fazer cstii tiiiiito a prcça para dizer a
vossa niercc o coiiio mc adiniro se vai ilesa terra perdcilclo dc todo o credito da gente
della terra e eu que queria por clle inc vai vossri inerce dezenganando coni este siias
costas porque c111i5opoco crer que cciiitailto desaToro Faltain a vossa merce nesa terra
adonde avelido iiellc liuin govcrnaclor qiie coii tanta vistoria obia que vossa iiierce Ilie
clicgar a razão csta queixa dezei~dolhepara que era este diiihciro sei ao scrto que ilo
iiiesiiio iiistantc Ilie ouvera dc Tiizcr pagar cu iiieu scnlior eiiquai~tcicuidei que par
falta cnxarquaçiio se fi~ltavaa ellc fidalgo siipria coiiio podia porem agora que veio
oiide nada este Salte o Saqo acabar a vossa mcrçe de hum real mais 1150 cdc de dar a
vossa inerce qiie tein a scu cuiclado(7) esta remcça dar coiita a Deos cla perdição deste
moso qiie eu (...) ein q ~ i cncle l~assiitaiito quc sc lhe acabarcin as ~iiczadasque são até
o fim de kvcreiro eu Ilie asisti i10 cluc dis 0 rol iiicluzo c porlhc nas Si~ltasestou
pagando Iiiiiii dc iiieio por 100 cada i11cs cm que elle pagava plo reiiiir c por iião ter
este o prezci~tec0111 qiic Ia Iio Tazcr este dinlieiro pla impocibiliclade coili qlic iiie
aclio plos grandes gastos deste cazo com que í'iqiici as costas e duvido clc tneli irnia
cllie Dc(~s[e111 qiie eslo pagaiido aleili de 5 inil c i ' ~ ~ a dqilc i > t~~ c / ~ i l i h i ) l piir:i
~ c i mapa
correrite 110s riovos despnclios e scii pay hei11 sei 0 í]liC SeiitiI' cstii iiiitn ih diligeilcia
de vosso ilierce porrliic coiiheço n siia poiitiinlidacle \/cissri rncicc fiicn o qiie Ihc liare.
cei. por cc)LiZaqLle tcnli» declarado ri nieti folgci iiinis clr> tliic me ~oiivci1.i.
Deos goc?i.de a vossa ii-iercc l / [ X 3 ] iii~iitcisaiiiios .lur-ic]ucira24 de I)c/enibrci 1678
ao cnpità, João Ribeiro ii-iantlo hitii~aciirtii tlc creditri para c l i i ~VOSSI nicrce 1 l . i ~page
e qile ncllc dezeiilbolçnclo vossa ii-icicc iiie hz liivoi iliir Ilic C ninndar cc~ii-iocu ca.
A orcleiil do seiilior capitlio Joào Iiilieiso me tiis vossa incrcc I'ZIVO~ dar Ci8$70() rs
qiie tanto tenlio dezeriiholçado por iisistii. ali sciilior Viiuiiuiio c1c V;,iscoiiccllos coiila
coiista da coiita que iiiandei ria casta 11 vossii incrcc c lioro qiic c11 prestar inc tcin
mliitci as suas ortleiis qiic vossa incrce Deos çoarde. Jiiiiqiicira 74 cic I l c ~ e m b r o1678
11 [&3v"j

Copia da carta de Diogo Fernandez Branco


de 25 de Dezembro de 1678

Folgci iiiuito as iiovnh qiic por este hitzcc~inc ci:i vossa tiicrcc suoi. qiie Iic sem-
]ire c) ~ L I Cc11 dezc-jo a essa leria rii:iis qiic tiido.
Pcln iiicrcc q ~ i ceu scinprc expriii-ientei cie vossi\ iiicscc criiihcc;o ~nuitiibciii ilie
avia de uc«ii-ipanliar iio incii sciiiiilicnto: c11 iicllc ainrla pntlcco ns iiiinhíis saiidudcs
qiie ;i niiiilia iczlio inas rilici tlcicliíir:~nçahoi toin scilo porciil c01110 coiiccllio dc vossa
inerce que eu muito lhe mercçci trntiirci de buzc;ir (i alivio qtic 1:iiito ciiiiivcin n iiiitiha
caz3.
I1ella copia .iuiita veia vossa iiicrcc cciiiiii tctilici ncu/;iclii por 2 oii 3 vias de boa
sciiieiiça qiie tiveii-ios 1710 11xir;o pleito c ;i clcspiisisiio dii l~i/ciirIiivisto vossii iiicrcc
:ipr»wila a sogerei c iiestii »ca/iG« riittiiilo por 7 vias oidcm iio govcriincloi de S.
Tlioilic deixo otra a Aiitoni« tlc Oliveira cliie arremelo o vossa iiicrcc qiic :I vcja e a
ciiivio aveiitlo ocaziào com carta s11;i i10 dito govciiiodrir iic S. 'l'lioiiic se quizcr da
sua p:i~.tcsegii orrn caiiiinho.
Luis Iioinã Siiicl sc csla cspciniitlo por cll:i por Iiorus ciii viiitlo hc iiiia coiitu c se
diiiil satisfhçiio a Aiitonicr Roi/ Míiirlucs c eii clcixo oiclciii pari1 isto a Aiitoi~iocic
Oliveira porque me parto depois de ;iinciiI-i3parti Snlvatcrríi com S. A. niiiclci h!jc me
avizou Luis de Albuqiieríluc parlin pura I:i aiiiciilià c que fic:ivii ja Iii!jc ciibrriquado
coiii qiic tiiiiito EiIireço hço estas 4 regias sciii ciiiLrr:igo tlc cskii ociipado com ohras
c trinla cciizinhas para estajurnada rliic lic este iiniii) iIc 50 c tniitos tii;~s.
Com o Vimioso fiiici aiiicln algiimn clcligciicin iiu li)riii:i qiic vossa mercc iiiandur
1Blgarei aprovcitc aiiicla q ~ i eelle ncstc piii'ticul;ir Iic o tliic tciilici cesto c rtlcgoi-a lhe
rifio pude falar porqiic esta carta clc vossa incrcc iiic dcrào n 2 diiis aiitlaiitlo c11 8 ciii
busca dclla seiii acliar iiciticiu dc clucin ii ti.a/in c cuidtivn sciiu pzrclicln conio LI cliie
clcvia dc vir por C'adis eii cornpanliin elos Ii.iidcs qlic ntc ;igoiadiiic iiào chegoli c cu
1151)creio qire vossa iiicrce dcixtiriu tlc cscicvcr e liilai o dito cotiio o Scs a ruililia seli
cstribcirc~n~idaestes tli~iscom iiiiitlanc;íis tlcsta cliiirita porn íi cit1:itlc c com (I oviri-
iizciilo 1/[84] de Salvatoirn taiiibein ciii Iiiiiiin I;isliii~ii.
13ci.jo a vossn nlescc as inàos plu biilaliitloc se pci.ddc uiiiclii qiic isto veio tlc sorte
qLie senão podeii aproveitara parte porcl~iea batatada dcvia ser muito frezca, e que111
a emcaxou vcrou huns ciibos para baxci e outroz para siriia de sorte que tudo vinha
entoriiado plo caxáo clicia de palli~ique tive giariclc inagoa disso porque illostrava ser
inuito exceleiite c he o doce porcluc acliii ine perlogcm iiiuitos e as albriquoques
ta11lbem vilihão h~mkilastillla.
O caxam das figciias chegou mnltralacl« não sei se pagara alguma plaiita de
batatas 1150 veio ilclc colllo vossa iiicrcc diz, c pczain muito porque stava cotii graiide
aperto de aspas 1150sei coiiio foi isso. Ao goveriiador de Periiaiiibuco teiilio escrito o
que vossa iiiercc niordcna c creio nic fara a iiiercc que custumii se vossa inerce o ocu-
par.
Coiii Pcro Víiz da C ~ L IseZ haverri vossri iiiercc conlo lhe parecer elle me escreve
agora peca a vossa mercc llie ioinc as suils contas eu mc pnreçc que seiiãci perde iiada
niso e fique cn abcrlo o que pnrccci; tninbcin ine da o pnrabeiii da sentença que tive-
1110sa iioço Favor lirio sei como clle o sabe, c vossa iiiercc iião teiido o avi~atloplas
vias qiic digo.
O iriiiã aqui veio coiii algiini diiihcirci dessa que dcvia fiirt:ir aos fraiicezes e indo
para Viaiia coin sctcsciitos iiiil reis ciii iiuiii baul por avizo tle Ii~iiiitio seu a coiii1~rar
parte em hum navio o robario iio camiiilio tfc que iiic diçeiii cndoidcsco c honte cn
iiiaiiclo ccim que esta iiial paciradri a cobariiç:i ou :i divida das pipas de viiilio de Cabo
Vercle c a divida do IYiiiicez que vcissa iiicrcc iiie dis. O rncmorial dos padres da coiii-
panliia iiio siparcçco ca.
No cpie toclua ao eiiibnraço do dois iiiil reis iivizarci lia preincira ocazião q ~ i c
agora por caliza do que digo iiào o poso fi~zernem í'alur cciiii Anloiiio de Oliveira
vossa mcrce veja ciii que iiic //[84v0] «rtieii:i de seii serviço que para tuclo iiieteo
inuitos as was ortlcns.
Dcos goarde a vossa iiicrcc i.ii~iilosrliiii~s.duiiq~ieira25 de Dezeiiibro 1678.
Suposto digo n v«ss:i inercc nriba m:ind» a copia do carta cl~icreiltloatresladnr do
ciipiador, iião n aclici não sei coiiio 1i)i este tlcscuiclo cliic Iic scrto que eu escrevi a
vossa meice por S. Mig~iclai litiin ~iavii)iiigre~que indo dcsa ilha carregar aquella
aribou iiclui c c111 oi~troiilgre~~ L I C~>rirtiiiclcste porto parli elle que depois cic ter a
vossa nicrcc iiiaiidatlo secrido lia carta de João Ribeiro cllc se deteve e eu escrevi
estes dous tais tliiais vossa mcrcc gtiarrlai'ci por seu ir1115coiiio vossa iiiercc diz.
Estas vias que digo iiâo pudcráo ir Imrciii vossa mcrcc ein jaliciro v50 e no iliesilio
teiiipo via o ~ L I A11tc)ilio
C de Oliveira adc iiiai~darcom sc cnrgoçc iião pude comcluir
prezo alguiii para priços escrito a Antoiiio Fcrrcira Marilucz qiie iião quer dar iiiaior
que 950(...) eu 1150quero iiicnciz de 12$200 coiii que aritla hoje ver ]?era da jornada
estive bntalliantlo iião cl~iissubir clo vallor 1710 preço iião que vos deixo «rclciii que se
o marclucs os cllier pios 12$200 Ilios ciitrcgciil em Jaiieiro se avi7ará iiiíis os v.jo
vossa mcrcc descaiiç:itlo iicsic piirticular quantlo o Marques ja sabe por avim meu c
do dito (i;ii.cc c de João Furtado n 28 arrobris isto serto e vcissa iiicrcc com poda culyiii
vqja vossa iiiercc o que inais isic oideiiri tlc SCLI serviso iile te11111i~iiloas S L I ~ordens.
S
ri copia do restante a C 89 que 110 o cliic Salt:~ncstci il[X5]
Copia da carta de João Ribeiro de Aragão
de 25 de Dezembro i678

Scillior meu recebi 2 de vossa iiierce Iiuiiia dc 13 de Seteinbro vinda ~ i l o sfrades que
vierao a Cadis otra por este rapaz Sraiicez e de tii~~bas fis aqircl:~estimação que seli aino
de vossa inerce me iilcresc e coino cu conheço iiiiiitc) hcm iião poço duvidar na coili-
pailhia que 11ie faria rias inii~hasiiiolestias de que aiilda tiao cstoli livre porque cada vez
siilto mais a iiiinlia saudade c a filia tlc iileii iriiiio qiie Dcos Lcin.
Vivailie vossa mcrce mil aniios pla diligeiicia da inacieira tliie a 1oin:ira ca ter rio priii-
cipio do ver50 porque tenlio leiiqão dc pegar iia obra tieste Icmpo iilns isto arle ser com
coiiiodidade de fretes. Vereiiios sc sai gcivcriinclor para qiie vcnlia cse que Ia esla c111 fia-
gata para o que Ilie ntle fazer dcligencia.
No quc toqlia ao pleito de gaiila vcrn vossa nierce o qiie digo lia copia juiita o piipcl
qiie iiella digo iião piide biiscar c agora i~iiiitonieiios qiic estou coiii o pe iio cslril-iopara
Salvaterra e 1180 tciilio lugar de iiic coçar que como sc aiilecipoii este a11110 a joriiada a
todos 110sachou desj-irc)vicios
A letra para Luiz Pcrcirci Ilic maiidci cliciiciiio í'illio estilo atlui por iço não respoii-
dein a vossa merce.
As sadiiihas que qiieria iua~iclara vossa. iucrcc cslc aiiiio ciuvc lati1 poucas que iieili
pafii os negros dc caza as Siz aiiidri poreni por suprir esta fiilla iunntlo 1.i credito ii~~cluso
que vossa mercc cobrarii c111diiilieiro deste rcvercildo que iiie piirccc triin ral-ioço como
o coeligo Fraiicisco de Souz:i e como toclos os deqa se Ilic qiier iilais hzciido galatite.
Diogo Valciitc tcin muita razio iieslcs fieles e a varios que gailiio que 11ic deu nas
olaildas porque liercli 30s iilil reis cio preço tliic iiie custarão tlevia de hii ~iriiladoc o i ~ ~ i -
go ciii partuia perda cluc Scs iiacl~iclaterra
E Aircs clc Suiiza cscrcvi ticsta ocazião a qiic vossa merce iiic dis se Ia se okrccer
ocmi6o escreva vossa ii-iercc tainbciu dizcnclollie//[X5v1'] Ilic petli eu o fizcçe p u a que
sc rcineta este resto lodo iia fiota que qiic vem porcllianlo eu tiiiliii p:irlc ilellc como ja
Ilie escrevi.
Avcado ocazião para ca riic remeta vossa iucrcc Iiuiii quarto dc boili siiiilagre braii-
co qlie teiiios ca giaiidc Salta clcllc c cii tenho saiitlntlcs dri clcssa terra.
Bo~iifoi cobrar os 19 mil c qiiinhciiti>sde Pero %lz do C:~LIZ das vcllns cle sebo c do
iiiais Taça vossa iiicrcc coiilo coizn sua g i c eu 11ão tciilio qiic llic tlizcr neste ~iarlicular
porque sci que ade í'irzcr scml~rco qiie me esliver milhoc
Senti iiiuito i150 i ~ i cvir a praiila de batata e as clciuais clc tl~icse cticarrcgou Atiloiíio
Correa porcluc estou coin grriiidc apclitc de as por e coii-i isto não 11or;osei iilais largo
porque lciilio iiiil criuzas que fazer 1)ai.a esta jorilacla
Dcos gorii.de a vossa incrce. Junqucira 25 de Dcicmbro 1678.
A Scilliora Dona Philipri bc.jo as iiiiíos, vossa mcrcc i11c íl~çnIàvor dar llic as boas
fcstas tla ~iiiiiha1i;irlc c as Lciilia vossa iilcrcc tambciii como Ilic eu clexqio.
Soii~oscin 8 tle Fcvcrciro a clc siiiia Iie a copia da que cscrcvi 3 vossil IZICI'CC csfai~do
para partir para Salvaterra c a niaiidci por Luis tlc Albucl~icrclucque foi iio Li.a~iccsfòl-
garei iiiuilo lenlin chcgado a salvarnciito.
Nn qiie escrevi :i vossa iiicrce c11123 rlc setcmbro pacydo Ilic tlizia que Marli111 cla
Silveira c Sovnirc inc tinlião claclo 0 escrito virnclo rl~iccili a Liixciidri cla diivida do
gailla livre para O comprador o qual biiscaria ciitre os nicos papeis o que ris agem c
o achei vossa iiiercc se esta entre os secis que cu tiido que falllo dcixei,e 170
que toca a ser 509; OLI 57s t i ~ l Ci ~~ L hc
I ~ t50 pouca a direrciiça que iiiais ineiios saria
tornar a rever as coiiitas tio qiie hc a coiitin cla defercnc;ri asim que deixo a dcspucisbo
de vossa mercc o obrar o qiic Ilie parecer iieste pnrliculai:
A Aires cie Souza telili0 escrito iilriis largo o qiic vossa liicrcc ine malida coillo
digo na copia ati'tiz porcm ailida asilll lhe escrevo csa q ~ i eiilc retlieteili vai a mais
copia desta carta a 1: 89 //[86]

Carta para Bernardim Freire governador de S. Thome escrita


em 15 de Janeiro de 679

Da carta qiie ~iitilllnilieiitccscrcvi 11 vossri incrcc viiy a copeii inciuza, e deliri vera
vossa inerce 1150 I';ilt~CM ~ C ~ C ~ C I I Sir~ iiíis~ I S SLI~IS,
estimar as de qiie logre prc[cita
saude c0111 a qual qucrcsií tieos se recolha vossri iiicrcc desta corte aciiide o espero ver
c o a acreseiitainciito, igiiois o scii mcrcciiiientti cliic a niiiilia aiiii~adclhe dezeja.
Reiileto a vossa iiicrcc a seiitciiça qiic aicaiiscy iio juizo ria S~izciidnc coroa eiu
que se julgou scin esle tcvcssc n carrcgução cliic ulii se coii2'iscou por Julião de
Cailipos, e provctlor clri Sc\zcnd:i coiii l?ertlris em clai~iioscluc alii se lcquidariãci, e
provizao dc SA. prii'a vossn iiicrcc a Srizcr cxcculai; c taiiibciii prociiração de Pero Vxz
da Cruz eiii que se fiiça c1111'cgaa iiiiniiu orticiii loyiici scnlior tio iiavio c li~zeiidri;c
outra iiiinlia para voss:i mcrcc mc Srizer iiicrce iiinildrir sobstabnleccr c ~ i Iiuiii i criacto
seu clue iiie f;ic;a cstc iiegociti qiic c«iiiSiad» iia cliie inc Sas poiilio a sua disposição,
para iielle obrar c cl~icCLI Ilic iiiercc;» por scii amigo c crinclo.
Maiido tnmbciii 0 protesto cliic o iiicstrc 1Cs aos oll'issiais ela iil'zciida para se
cobrarei11 as pcrdns, c driiiiiiis cin q ~ i c1iC a priiicipal, alciii tla q ~ i coiivc nri arninçiio,
e inaiz fiizciid;~cl~icse arreinrito~ipor oidciii dos iionicudos I'rictorcs cicstci obra o
pataxo, que qiiíindo saio tlri illia nic ciistou, e íi Diogci Fcinoiidcs Brriilco colii totlcis
os materiacs iicccssririos sinco iiiil criizatlos, o iliial coiii csln rctciiçãci ir50 \lnlerá Iioje
siiico tostões elii criio cliic cstcja ciii ter, c toda esta l-icrdn IiC n cliic se Iiatle 1ciliiicl;tr
coiii a iiiais de cluc vossn iiicrcc tcrú bristaiilc iiiliiriiiaqão na forlna tla tlitri scnlciiça
c pagar d a frizcncla dos sobrcclitos, cliie iiicrccião o recto castigo míiior pla scin rczão
qiic mc ficarão.
Entrcguc a pcssoíi cliic vosso iucrce iitiincar para esta ccibriiiiça íisirn ela iiiipcir-
taiicia elo quc se vciirlcii qiie I'icoii ciii dcpoiilo, coiiio tlo iluc importareiii 11s ditas
perdtis, orcleiiara///XOv"] vossa iiicrcc se cíiriegue cin pcssas, c nos mais gcncms
dessa terra, que vcissri lncrce ciitcnclcr nos tcrd melhor conta iio i3i.azil rio primciro
navio que sc oSScrcccr ri ciilregar em Pcriiciinhuco n mcii priino Aircs de Sousa tle
Castro, auzenle tio gciicriil .i050 F ~ r i ~ i i i iVicircl.
tl~~
Na Baía a Doiiiiiigos Martiiis I'crcira, c Joscph Mciitlcs tlc I3arros, c lios ccinliec-
í a tlitri la~ciitlaclc ininlia conta, da cliic Iiii a cssa teria iio iiavio
iinentos se d c ç l a ~ r í Iic
Nossa Senlior~idii I',iiçariiciçã», c Santo Aiiloiiio, rlc cliic Iicrri mestre I'crci Vas rla
Crus. veziillio cla illiri cln Mriclcira; c quc por i 5 0 poder Síizcr viogcm o dito liavio se
carrega tio em quc voss~iiucrcc ortlcníir se rciiicla, c Stic;ri csta dcclaríição, porque
tenho feito seguro desta fazenda, e lié iiecessarro conste ser o que segurcy.
Ao cliarite João Pires Maiisiiio escrevo clando lhe noticia deste negocio porque
obrou o que pode nelle a ineu favor rio teinpo de Julião de Campos, e entendo que se
for ilecessario para alguii-iacouza o fará com grande gosto, ainda que teiido eu o favor
de vossa nierce e juizo outro algurii.
Peço a vossa mercc que faça porque vá esta fazenda toda a Periiaiiibuco, e coin-
preille algulii par de negras até close aiiiios beiii feitas, as quais tetido effeito avizará
vossa merce a Aires de Souza12 qiie vão para iiias eiiiviar e quaiido haja e~iibarcaç,?~
eni dereitiira folgarei iiie venlião aqui, e se há ein que o sirva me tem riiuito as suas
orcleiis.
Deos goarde a vossa iiierce. Salvaterra 15 de Janeiro de 1679.

Sai1 beiu alguns negros bons para a iiavallia atlie 15 arinos


Esta lie a copia da que escrevi a vossa merce a iiiandei ja por 3 para 2 vias porque
não vão coin ella os papeis que dis e por partirem os iiavios iiiais sedo do que se
entendia não estava algurn soiiiente faço as ordeiis de quem queira Deos goarde,
Juiiqueira 1 de Abril 1679 //[a71

Carta para João Pires Mansino Chantre de S. Thome feita


em 15 de Janeiro 679

Teiiho escrito a vossa merce iniiito veses, por Inglaterra, e Brasil, eiitendendo, que
por estas vias averia esperaiiça de cliegarem as cartas a essa teirti, para onde iião liá
desta embarcação I i i taiitos tempos, porem cin iiiiiii nliiica ouve o nieiror descuido de
preciirar novas da saude de vossa merce, agartieçeiidollic a mcrcc que iiie fez iio
iiegocio do pataxo clo lilestre Pero Vas da Cr~is,que o govcrixidor Julião de Caiiipoz
Barreto, e provedor da fazenda querião coiitra toda a rczão coii~fiscar,porei11 quis
deos que se conlieçesse a miillia e se julgasse sein este livesse a carregação; e
pagassem as perdas, e daniios que recebi i~clla,e no pataxo qiic alii se hãode liquidar,
e pagar da fazeiicla dos culpados qiie as cauzarlo, em agora espero eu se eiiipenhc
iiiuito o favor de vossa iiierce, para que coin todsi a brevidade se entregue tudo,
sidverlindo que sO o pataxo, e coiiipareça aviado quando saliio da ilha iiie custou, e a
Diogo Ferriandes Fraiico siilco mil cruzados aleiii clas iiiais 11ci-das dc fazci~dade que
vossa iiierce clarli iiiiii boa iiiforinação plo que vio, c a dita sentença com provizão de
SA para o gover~iadorFazer executar, protesto, e proc~iraçãobastaiite em que vossa
riierce vay notiieado llie remeto, e a vossa merce peço que i10 qiic o ocupar o ajude,
e quaiido tenha eii~pediilieiitotoilie vossa iiiercc csta cohraiiça 3 sua coiita coiiser-
vandonie lia posse eiii qiie estou de me fazer iaercc desde o pri~icipioclesle iiegocio
Cobrado que seja assiiii o que estiver ein ser das arreiiiataçc5cs que ahi se Fizer50
da fazenda que trouxe o pataxo, como o prcço tlella, c o mais perdas que se
leq~iidaremavizo ao dito goveriiador se reiiieta eiii pcssas, c iiiais //[87v0] geiieros de
coiita a Periiaiiibuco, e Baliia as pessoas que llie iioiiieio, coii-lei vossa merce verá da
carta que lhe escrevo, de que tudo faço avizo a vossa incrcc para obrar o que costu-
ina a meu favor, e iio que vossa iiierce iiie ordenar de seu serviço precurarey iriostrar
,OLI agaidecido o elles.
Dcoi goardc a vossa inerce. Lixboa 15 de Janeiro 1679
por 7 virls. 3" via em o primeiro de Abril
I-ie a copia t l ~ que
i teiilio escrito a vossa iiierce por varias vias que conio todas sào
tain iiisertas não se percle a repetisão. Folgarei q ~ i cvossa iiierce tenha paçado seiiipre
coin boa saude qiic 1160 piquein~idita nessa terra
0 s papeis tornar a ir ao governador eiii aiizeiicia a vossa tiierce na íòrnia que Ia
veia se acazo isto soseda os perda clue vossa iiicrce continue a iiierce que ate gora me
fC4 neste particular na lòrma cia ordein qiie vai ao dito governador e se vossa iilerce
11cstxterra tiver iicgciciu ciii que lhe eu seja de prestimo segurese que ade servir com
boa vontade. Dcos goarde vossa meice iiiuito. Juiiqueira. 28 de Setembro 1679
Por 3 vias. I/ [88]

Carta para Domingos Martinz Pereira e Joseph Mendes de Barroz


feita em 12 de Janeiro 679

Na ilha de S. Thome teiilio Ii~iiiiapouca dc làzcnda proqedida de hiiiii pataxo que


ali lki ter vindo da costa da Guiné, a qiial urdcno ao goveriiador Bernardiiii Freire
reiiicta a essa praqa a entregar a voss~iiilcrce ein pessaz, e outros generos que lhe
p;irecerciii niiliz coiivinientcs para elln. Os iiepros que viercni maiidniào vossa nier-
ces wiider f~i7cndotoda a deligcncia; porqiie gozein h0111 preço, e o que iielies se
riser ine ciiiviarãci em letras seguras a esta cidade, e eiii iiiiiilia auzeiicin aqiie meu
poder tivci; e iin l*~iltiidas ditas letr:is se etiiprcgarri em asiicatez finos coin a mesiiia
coiisigiiaçào, c seiido caso cllie veiiha oiro, e inarfim liuma e oiitra couíra rne reine-
terio vossa mcrccs na iiiesma espessie nos navios de coniboy, e 1150 o sabendo nos
de inais f o r p que d:ilii ~>artireiii,
porque quero se precure no que vossa inerces man-
dnrcm toda a segliraiiça de cmbareação.
Da dita fi~zeiidapertcnçe metade ao cappitam Dirigo Fcriiancle~Branco iiiorncloi
iln ilha dn Madeira, o qual cscreveiido n vossn merces na desposiq5o da suri parte
segliiiio siia orcleiii, coiiio t:imbeiii toda íi que ilcr em hcneficio cln iiiinlia.
Deos go:irde a vossa iiierce.

a fl 125 vai o rcsttiiitc desta por carta que oje escreve0 em 23 de Março 1681
II[XXv"]

Pernambuco carta para o governador Aires de Souza escrita


em 14 de janeiro 679

Esta sh serve de :icoiiipnnliar n carta incluza, c sentença sobre aqiielle meu iiego-
cio de S. 'Th»nie, cliic iiie iárcis favor aveiido ocasiãci para aquella porte rcnieter ao
gooeriiador Bcriinrilirii Frcirc a qiiciil avi7o rciiicta o que se cobrar tendo eiiibiircação
para essa cai>pitaiiia a vossa ordem.
[)esta hzeiidn que vier pcrteiice iuetacle ao cappitaiii Dicigo Fernandez Branco
~iioradorna ilha da Madeira, em cazo que elle mande dispor da sua parte se fara a
entrega a quein elle ordenar, quando não iile remetereis reduzido o que se fizer nos
effeitos dessa terra a esta cidade, e não trato de sircunstancias, asim na venda dos
negros, coino no que se hade reineter posclue conheço sabeis inuito bem emcoiiieii-
dar os vossos iicgocios a quem não necessite destas advertencias, e que neste meti
seguirá o inesmo caminho a pessoa que v010 fizei; se vierem alguinas negras peque-
nas me remeterey duas, de athé doze annos, e alguiii negro, que vos pareça boin para
o trabalho, e mandareis entregar h~imbem feito a ordem cie Lioiiel Goniez que toca
a Antonio de Oliveira a quem elle aviza, e por outra via vos escrevo logo.
Deos vos goarde. Salvaterra 14 de Janeiro 679

2" via ein o priineiro de Abril com acresentainento em que lhe passo 10 duzia de
pranchas (...) S. Thome em que fosse letra ou diga o que pedc//[89]

De João Ribeiro de Frasão vem de tras

remetera que não sc perde e boiii sera vossa inerce pondo aqui tudo que veio que
ja se vai falando em consultar ese governo e como acabarem com as coizas de
Ingalaterra que he o que agora se fas creio se consertara elle ade por por obra o que
vossa merce me tem ordenado em que tudo não pode aver duvida.
A letra de Luis Pereira esta aserta quando vossa merce poça Ilie remetera a Iclra
e quando 1150 darei a execusão a ordem que lhe elle iiiandar que me parece que Ihc
escreva.
Da planta de batatatas (sic) não esqueça vossa merce ine iiiade ine eni via da
Madeira achaiido comodidade q~~aiido iião vira com o governador os paos de casta-
nho bem podein ser de 15 ate 30 palmos com foriiia de acharein eii coiiiodidade
quando comprimento que tinha recuzado basta os que vossa merce tein coinprado vai
2" via do credito e veja vossa merce acha ein que o servia que para tudo me tein muito
as suas ordens. Junqueira 6 de Fevereiro 679
Este he a copia da que escrevi ein fevereiro folgarei chegace e achase a vossa
merce coin saude e a senhora dona phelipa e que tenha muito boas festas com Ilie eu
dezejo. Hoje sabado daleluia mc avizão partem os navios que entci.idiamos todos
irião em 10$ a sua e o tinlião dito coin que faço estas regras muito a carreira digaine
vossa inerce a valente que a farei ao Marques apertada inuito antes da somaiia santa
e ine pormeteo fazer aquilo logo não sei se o fes o Roclia deve de avizar que ficou
comigo de a procurar a Manuel Leitão que cu não pude tiiais que pedirlhe levasc o
papel ao Marques com recado seu que lhe dei porque teiiha asiin pedido liseiiça ao
dito Marques se ~ L ? o vai que einfaliveliiiente ira no pri~iieironavio as batatas ii5ia
esqiiesão ao provedor e aos inais ainigos que não poço escrever pla rez2ío que diga
que me perdoem e vossa tiierce veja o que me ordena e de Abril I/ [89v0] 89 de Diogo
fernaiidez Branco
A incluza 11e a copia da que escrevi a vossa merce por Luis de Albuq~ierq~ie que
partio ern liuni navio frances que troxe os padres da companliia queira Deos veiitici
chegado a salvamento a achado a vossa merce coin a sa~lcleque Ilie dezejo e a toda
esa caza logo vai a 2" via de sentença com procuração e os mais papeis iiesecarios
que vossa merce vera e depois a vossa inerce inasara poiido Ilie a sobescrito a
Bernardim Freire de Aiidrade goverriador e capitam general da illia de S. Thoine e
c0111 otra coliea para Aires de Souza a re~netere com a carta que vai ein liuiii navio
e11 direitura 110 maço da irmã do governador que cuido tanibeiii tocara esa ilha.
COIII o Viinioso tornei a falra e apertar defendese comdizer que niío quer fazer
mao exeiiiplo para os otros reildeiros ou ouvidores comtudo diseiiie que sempre avia
de vir na coriive~lieliciado esperar na forma que vossa Iiierce me escreve0 ultima-
mente e creio deve mandar ao dito embargador ordem para isso mas 1160 quer que se
saiba.
Fomos, e viemos de Salvarerra e Luis Roilião Siilel não cl~egoue agora manda
dizer que não pode vir seiião por Março coiii que foi ter c0111Aritonio Roiz Marques
a darllie esta rezão e jiintamente dizer Ilie que o não sc lhe entregar tambeili o proce-
dido do asucar que maiido João Feriiandez Vicira he porque sczsir garcc não quer dar
mais que 50 por arroba a que nâo Iie rezão que eu lhe queime estas fazendas que por
ora estas coiisra pouca reputação que espero que o dito garce se comsertc deste coini-
go em milhos preço porquanto Ilie faço a coiiveriieiicia de Ilie dar asim este asucar
que me toca como otra partida que tariibem me veio de Pernanibuco ein pagainento
de huina divida que iiieu iriiiâo que Deos teni Ilie devia de 6009; com que avia mui~as
duvidas ein se embarcar e os que vossa merce logre desta co~iiveilie~icia que Ilie
toq~icme quando não que ouvese que hahi estava asucar o requeria tolilar que a vossa
merce teriariios o preço//[L)O]porem eide com todo o bom tenno iiie respoiideo que
esperaria com qiie nesta parte beiil ver vossa merce que não Iie inenlia culpa de riáo
estar satizfeito este homc clle tainbe~iio ficou de que vossa iiierce não tiilha athe
2509; mil reis que eu Ilic disse einprestarião estas 2 coiiciiiasois pouco mais ou il~eiios
porem que no mais que Fora isto se Ilie resta ade vec
No navio qiie vai ein dircitura para S. Tlioiiie ade tocar esse porto vai Martinlio
Ferriandez da Cruz a buscar ventiira Ia abirigiiaia vossa mcrce o que ine diz o que lhe
pedein os fraiicezes de Sainalo cliie elle aqui 1150tem com que pagar plo fiirto quc Ilic
fizerão de que eiitendo ficou alguina coiza seildo tivizo coin» se tevera.
Para o enbaraço clo 509; inil reis do ouvidor João clc Morais busquei as iniiihas
contas e puchei pla ineinoria ao quc açhci c inc Icilbra Iic que aperlaiido o dito ouvi-
dor ein iiovembro clc 675 coinigo fizesc favor pagar 200$ mil reis que devia ao conde
de Vimioso para remctcr naquclla ocazião que se oferecia ciiibarcasão e eu falando a
vossa merce iiestc par~iculariiic rcslíoiitlco que paçaria letra de 50$ mil reis que lio
o qiie tinha coino paçoli, e c11 Ilie clisc que para perfazer os 2009; daria eu 50$ como
boi11 efeito clci na mão dc Pedro Iioibavel por conta de vossa merce a queni os car-
reguei c o dito Rabavcl mos carregou tainbcm a inim lia colita que teve comigo pios
darei11 a Doiningos Pcrcira Cainaclio por coiita do dito ouvidor, e o dito Caiiiacho
devia ter leinbrança dc quc Ilies devo.
O owidor quc lie o quc cu sei deserto seguiitlo coinccc livro hc que os dei por
coiita de vossa iiierce em iiiiio do dito Robavel e elle nuilqua deve riada ao ouvidor
porque delle este dinlieiro para sua conta eu Ilie escrevo iiesti~ocazião csa carta que
vossa iiierce llie cmviara por ver iioticiris da para que isto se aclare.
2" via e111 priiiieiro de Abril
c11ponlio ir ticscntos v"]
l<iii caii;irios nào fiilei a vossii iiicrce 1~1rt1~rc uitt"'<lique 1150 eni iicscç:irio falar-
Ihc !]c porqlie u iniiiliii coriosiei;idc ~5 bciià» cilicndc ii~riisqiie ate 2, 3 botis sc vossa
iiicrcc mos pedir iiiandar c na ciirilio scgiira estimaloci e se vier o irmão do que ca
time niuitas iiiilliiis cii com as niiiilias ocupaçoi~tlcsgostcis c alguns cuidados dos
rneos pariiciilnres nà» tenho gosto iicin tciiipo ptira biiscar os paçnros que prometi a
VOSS~Iniercc nesta ocaziiio iliic os qiic tinli:i e outros iiic liiorcrão tainhem por falta de
cuidado coiiin iile icstituiu algiiiii descniic;~o hrci ciitretniito. Fico as ordciis de vossa
incrcc por liido o cliic prestar.
Dccis gouidc n viiasti iiicrcc. .lunq~icira6 elc fcvcrciro 1079
0 s C ~ ~ I W L I ii iiiiin eii~eri1 vossa i~lerceqLie Maiiiicl da ('osi;i I'ocirii qitc csta eni
C'nbo Verde iiic avirou cluc nclioii iia mli« tios dcfiiiitos c: auzeiitcs só 452$104 porse-
clidos ellis iioxiis cliiaitoliis de niigliardeiiic :io illial escrevo iicstn ciçn~iiioo elite adc
fi1~61.tiil niinliu parlc qiie iiic tocii r: qiic vossíi iiicrcc Ilic ;ivirni.;i tlcssa icrra e que
o dc sii;i c qiiiiiido iiào rccchii nvi/o clc vciss:i incrcc ma rcmctu 110 que Ihc
~ l c \ ~fii/cr
P;LSN"L'iniellioi ii\~ciidooc;isiilo
I,stn I i t x ii copiii clti qiie escrevi cm os navios cliie piiiliiio ciii I.'cvcrciro dc crit9o
para cki iiiio Iiii iiiitlu ile novo c eu l'ii~ocsln iiiiiiio :i pi'eçn qiic Iic!ju sahatlo de Aleluia
nic iiviiiio piirteiii os ii:i\lios iciicla priineim dito parli30 em ii iiovn deste mes que hc
ii 10 u siiial :iiiitl;i iido veio setiir gíricc iiiiii sccliicr c1icg:ii. copiar he cliie biiscluci por
oti'as viiis cllicin coiiipr:ic;c c i150 nclici sctiiio no iiicsino 17rcç0, he fi)r~;:resperar ahi
eiiti'cgo as pevides de iiicll:ie) cxscleritc a este iiicstrc iiiio sei cllicii~li&c l'ico :is ordens
dc viissii iiicrcc u q~iciiiD o s gonrdc 1 dc Abril 1679
L)c wssir iiicrcc iii~iitosrcctidos 210s ainigos c ciigiillrc a cnuzn clc Ilic iião cscrev-
cr sco itiiià jir uqiii o iciiios ainda cpc i1iio scgiii'o inos cicio o cstirrii so lhe 111~1idei
//rL)
orcl;i~siisq ~ i cvossii iiicrce iiic clczi;i I1

Copia da carta de Antonio de Barros Bezerra


de 7 de Fevreiro 1679

A de vcissil iiicrce de 30 ele Mniço piiçiitlo rcc;chi c cciiii clta grniidc gosto tle que
VOSS:I IIICTCC p:içc coiin ;i sniitle q ~ i cIlic clc~qjiiiiessn terra apcmr clc seu riiao clitzin e
cio iiiuo siic;eso de iiiuitos coml~anliciroscluc voss:i iiicrcc Icvau qiic eu tci~liiiscfitido
111iijtol~i'iiicjptilinciitcíi moric de iiicii :iii~igoJoHo C'ardozo 1'oz;iri.a qiic Ilcos Lei11
coiii ti de stiii caia 1Fs gniiielc a Insliiliil nesta tcrrki cin cluc tiiiiibcni o v90 scgindo
iii~iitosI)oi'ciiites, c iiniigos ciitrc os qiiais iiii I)cos scrvitlo levas a inei irti~àcio sen-
Iior L.iiiz de Sn1d:iiiliii c111iiiaio pac;iido qtie iuc clcixoli çoiii o sciitiincrilo qiic pede o
siriigc ele Iiiini piii.cntcsco tíiiil clicgn<Ioe tlc hi1~1i:i:iiirirade ta111 gpnde qiie avia cn@e
IlOh.
V.jo o qiic vossa mctcc inc dis ele acli;rr so h70 baiiraliilaz clns cliiais iilc toca a
i~ictiiclcq~rcccitii otio poiico de clinliciro qiic Iiic uclc rcmcicr :i vossa iizcrcc o gcivar-
iiiidos M;iiiiici t!a C'cistll 1'cço:i nlc liira IiivOi. corlzlirur 2 ilugrilas dc 10 ale 13 8i11108
:is iii:iis quw;ictirir pcirrlue siio pai';i sci.vic;o de cuiia c mas icrncin :\o clito governador
ii cliicin escrevo icriict3 u vossa iiicrcc ;i miiilin procunic;5ei cl~icrcin sol~siahclccicla
Par3 fazer essa cobraiiça e a justificação do juiz da Iiidia e Mina que vossa inerce
pede teiiho eu e o conego Aiitonio Valente de Sanipaio (a qliein toca a otra metade)
Rc~iietidopor 2 ou 3 vias que não pudera deixar de ser chegada alguma e quaiido seja
caro qiic iiáo chegaçeiil nem chega nesta ocazião eiii que escrevo ao dito conego
reriieta otra que tein lia siia 11150 pode vossa inerce por me fazer inerte cobrar dalido
fiaiiça c que ira a dita seistificação(sic) e coin avizo seu ri~anclarcmosos papeis ila
Forma que vossri merce os pedir e se iicsta terra aja ein que sirva a vossa iiierce iião
ade ter quem com mais voiitade Iie obedeça.
Deos goarcle a vossa iiierce iiiuitos alios Juiiqueira 7 de Fevereiro 1679
2" via eiii pririiciro de Abril //[9 1v0]

Copea da carta de de Manuel da Costa Peçoa


de 7 de Fevereiro 1679

Sciilior ilicu agrlideço a vossa iiierce muito as novas qiie ine da da sua viagem qlie
aiiicln que sc vc taiitos naufragios boi71 lic contar delles qiierera Deos darlhe a vossa
i-iicrce iiessa tersa 111uita snude c muitos auiiientos e que iia volta a faça lilais pros-
pera.
Eu tenlio paçado com bciii desgostos quc ale111de sentir a saudade de vossa merce
fico sentindo a cle iiicu irmão qiie foi Deos servido levar em Maio paçado e como
esta Iie ta111 sem reinedio e tailto por sentida plas rezoiz que vossa rncrce lhe são
patentes Siizcni maior a magoa c cada vez esta se vai acresentando com a filta dc ailii-
gos e parentcs eiii que csle anno tem sido cruel porque neste jailciro eiiterrainos Rui
de Figueircdo e Rui Feriialidez João Alves Soares c I~oiitcmD. Martiiilio da Ribeira
coiii lastiiiia de todri esta tcrra qiic geralinentc sentem a sua falta todos os que o coii-
lieção e asini creio o Iàra vossa mcrcc pois tililia dcllc inais coillieciiiie~itosque tudos
e iio iliesiilo dia ciiitcrranioz tambcm a iiiollicr de meu primo I-Ieilrique Correa.
Outras iiiwas ai iia terra que ri vossa mcrcc clarão os amigos que quer riesta com
o corac;ãc) niagoaclo não ela senão dor fiiilestas.
No que toca 11 esa riiiiitação quc vossa inerce achou iia iiiiio dos defiiiitos e
aiizciitcs me fim vossa iiicrce ftlvor clc toiiiar a metadc de 245$104 coin a metade de
679. Bnraliilas que taiitas iiic avizou a Aiitoiiio de Barros Bezerra estavain ein
Caclico tiiiiibcin iiic iiio dos oficiais de def~iiitose auzeiitcs e tuclo ii~aiidaraao dito
Bc~ernime coiiiprc 2 iiegritas boiiitas c as remeiri a vossa iiierce pain que me faça
incrcc rciuctclas aqui ria primeira ocazião c quando não bastem para as 2 negritas o
qiie digo se vossa iiicrcc ficar clc iniiii o que custareili de i~laiso darei aqui a sua
orcleiii a qiicm iiiaiiclnr c as otras a mctacle o que Iie do procedido das quartolas dali-
giirdeiitcIl[92] tocar a Diogo Fcriiandcs Uraiico que avizara a vossa merce o que quer
qlie sc laça clessc graiide cabcdal c qiiai~doelle não avizc antes de se ofereser oca-
zião para ca vossn ii~crccine rcmcta 1x0 que lhe parecer mellios, e a inetade das batc-
fiilas fora ao arccdiago da Scc do Fiinchnl Aiitoiiio Valente de Sailipaio que devc
avizar a vossli mcrcc o cluc se nde Iàzcr ou a vossa incrce ou ao dito Bezcrra coin
queiil corre, c advirto que Iie iicsecario mailtlar vossa iiierce sobstabclecer a inililia
prociiinção que tein o capitão inor dc Caçhco para cobiar as Batnliilas qiie digo e com
i t o r.iif:i~luJci a to\\;i I I I C ~ L ' CLI^ qilt' lhe JIC<O >C tinge dnndom
isto teiillo i ~ ~ i ~beni
niuito rin qiie u sir\il nesta terra qiie iiii conta de e«iii L ~ L K eu fver por obra s u a
ordens vern nào eiiil-~rcgã111~1« fin i)r que IIIC Eis.
»tos gotirde u iiicrce riiiiitos :iiinoz Junqiieirn 7 de kxereiro 1079
7 t i a ein o prinieiro de .-iliril 1 1 [02\"]

Para capitam Domingos de Canpos Soares


3 de Fevereiro 1679

Pla iiiclu;rn \em \ o s s ~iiierce a ~ c r d a d ede que lhe escrevi no navio frances que
daqui partio coni Luis de .-\lbuquerque que eu sentira muito não conhecer vossa
ruerce a qiie senipre lhe tratei iirssa forma e bem escuzado tinha Francisco Mendez
de Bairros pol:~em diivida qiiiiridn dcsdc a primeirli era que aqui cheguei evitamos
fiii7cr elle este avizu a \assa ii~ercena forma qiie aqui vai por procurão irntender era
iicseçario ine desse a i~iiriicíirta nesta forilia a\ ii-ou a \assa merce como lhe pareceo
se sezuraxi mais.
Peco a ~ o s s anierce iiic conhcqa na singeleza com que trato porque lho mereça a
osca incrcc por ~iiuituseu afeiçoado e me iiiande muito boas novas a ver muito em
que sir\ ão que farei com grande .iontade
Deos goarde ri vossa nierce niuitos tziinos. Junqueira 12 de Fevreiro 1670 C[93]

Para Senhor cappitam Domingos de Campos Soares em 10 fevereiro 1679


que lhe mandou Francisco Mendes de Barroz

Ja nesta ocaziào teiilio escrito a vossa nierce c Ihe digo como a duvida que d e ~ e
e com o senhor João de Saldanha que são 253S413 de vossa merce direito deIles em
minha cointa e desobrigar rio dito Francisco do credito que a vossa merce vejo deven-
do de ii-iajor com via e conio não se1l.e de niais.
Deos goarde a bossa nierce miiitos annos de vossa merce //[93v0]

Carta para Francisco Manoel Dias Jorge


feita em 3 de Abril 1679. Olanda

Srnliores meos já plo correio respondi a vossa merces as queirão no uso criado
em que Ilie dezia chegarão os 4 varais porem que não erão de faia porque quem co-
nhcce csia madeira dis são de ulmo que he nia coiza para este menester porem que
os protparei r como me achar com elles avizarei.
A casinha veio com 19 sobollas porem de mas sortes que erão huns jacintos e
junquillios cousa que ca ha muitos; e as sementes de orteliça se acliarão 2 papelinhos
de quuzi nada de semente que se snmiou e não naseo, asim que me he forçado pedir
a vossa merces agora ine mandem, pera a entrada do inverno 50 sabollas de boas tuli-
pas algrimas dobradas que me dizem Iie e vierão j i aqui ao conde de Sabugal por seu
cunhado de vossa nlerce. e a Dioga de Mendonça, e algumas piornas, e alguns pes de
inaternatheon que nno conhcscillos ch, muitos plo iiome qiie se secarão os quilllic?o
co111 os craveiros c sc ouvcr algiimn coiza iiiais iiova, e galarite tambeiii, e alguii~as
se\la&asde boas castas c ciliflor, que esta quiiita lie iiiuito grande, e não se me lic com
qiidq~iercoiiza, e por o utsto desta coriozidadc i-i-iaiidnreilias pri~iieirasemlíarcasois
8 ou 10 iiiillieiros tlc laraii.ja no aniio que vem e espero de vossa merce que vossa
iiierces me fazem iiie mandei11 couzti que faça iinvqja tios mais curiosos, e quando
lião tenha eu como me sussede agoni.
Triii-ibem pedia a vossa iiierccs Iiuin rcgallo de liuina inarta com sua cabeça, e
rabo, oii collas, miii boiiitn parri liirma parenta qiie tenho no paço, e que a dezeja, e
que ine maiidassc hzcr huina calei'h de 2 cavallos iiluito ligeira e bonita de boili
gosto porem tiião de groiidc custo iidc vir co1114 guariiiçois e 8 rodas; para isto vão
2 pipas de azeite, c se custar iilais aviziirùo vossa iiierccs plo estafetta para que se Ilie
liiande iicste gciiero, ou eiii asucar.
'rabciii vão para vossa iuerccs proviirciii siiico caixois de laraiija da Cliiiia que
ainda a que não hc tempo de sc iiavcg:ir se Ia clicgar tilgunla a iião acliario ma, a que
agora li6 que se custunia, caiiz:idor dclla. No caxão 5 vai algtinia iiiais escolhida e iião
ser toda asim lic lios ser tam tarde c iio dito ci~xiíivão 2 ri~ule7osde Iiuiila sorte que
lneo irriião qiie Deos tem trouxe tlc Iú clc que vossa incrccs me maiiclarão 400 a
llietade de liiiiiia desta 11 iiictadc cle outra para qiie sigão ca c111 liuma obrn cliie csta-
va coiiiessncla
Mais inc pcdc hiiiii ~iiizigc)iiico vc~iiihoque vossn rnerces inforineii iiti niaiiciiri
incluza do qiic pedc p:iia o que mc andarão iizeite iiccessario este verão por iiiiiiha I/
[94] vin façaiii inc vossa incrces favor Srizclla asiiii plo correio priiiieiro depois desta
cliegacla.
Este inestrc iiic 1150 falou e111 1i'iit:i tla cliina iiein notra, devia de ser por eu iiGo
estar acl~iiiio tciiipo quc clicgoti se iio tciiipo coiivciiieiitc vicreiii alguiis coiiliecidos
aq~iicarregar vossa iiicsccs os cmc~uaiiiiiiliciiiaqui que se lhe dara toda a qiie oiiver
coin iiliiitas mais comoditlades cluc lias otras para ter npniiliniidose nos dias da parti-
da aqui e111 b;ixc) \i;lra ir in~iisficsc:~c quando a minha se+jap~ticiio tcm aqiii ineos
parentes e aiiiigos tambciii boa.
O azeitc de 2" e 3" iiui-iiero lic :ilgirin;i crium inclliorcs q i ~ co ouiro sciido que este
Iic i'ii~iitobom, c coni isto inc ii~anclciiiuiis sciiiprc inuitci boas iiovas suas e muito eiii
que o sirva que para tudo iiie terio c111in~iit«as SII~LSorcieiis.
Deos goartle a vossa mcrccs muitos anilos .luiiqitira 3 clc Abril 1679
T~idoo qiie vossn ineiccs tiic m:iiidiirem destas c«iizas imc faro o graiide favor
fazer vir c111sinla de ludo, c cl~iciis carlas se deni aqui em Bclleiii aos guardas da caza
da saudc qiianclo vão 11vizit:ir para qiic eu o tire aqui com comvciiieiicia dos iiavios
sem a isto acorinreiu risco os incstres

Memoria de que se pede de Olanda e do custo que tara para o conde de


Averras

4 Sigciras de cliuiibo todas sobre lium pc como as que para Piirtugal tem viiiclo
amle vir suas, e so coiii h~irncitlianlha iia sctitur:i as ciiras niOssi\s; e os sentidos dcl-
Ias.
O seginte
2 em aitão de ter nas mãos arco e septa para o arcazão nos onbros para la se
dourarein. As outras 2 para descançareni sobre 2 aii-ihais e nas mãos terão pustura
para terem huma hum sol e otra a lua e vira mais Iiuma agia com as azas abertas para
voar, e a cara etnclinada para o ar e tan~anliosera mais que O natural, coatro chaves
de bronze para tamques de ineia manillist cada huma e 2 de niailillia enteira com que
são seiz.
Advirto que as 50 sebollas não ande ser dois que custão a grandes pressos e so a
gosto que farão vossa inerces sera o que possa dar os 10 rnillieiros de lar~?nja//[94~01

Carta a Gonçalo Aires de Souza 10 de Abril

Meu amigo ja nestes navios vos escrevo largo e asiill esta so serve de capa ao con-
hecimento incluzo de esse mulato que vos entregara o mestre Manuel Guedes de Saa
que me fareis favor mandar vender ahi plo que mais derem que como vai segiiido o
que custumava com meo irmão que Dcos tem em fugir todas as vezes que Ilie da na
cabeça me não atrevo a sofiella inda que as fugidas não são mais que para Lixboa e
como tinha medo de tornar andava continuamente buscando padrinhos coiza que
mais ine niolestava qtie a falta ine resolvi aliviariiiho(?) por me dizereili tem ahi
prezo elle anda já muito bem a cava110 he niuito fiel não bebe e Ia sera iil~iibem
porque não pode fugir farmeeis inerce de me mandar do procedido 20 duzias de
huiilas varas de parreira que dahi vein quanto iiiais delgadas milhor não importa que
sejão muito cotnpridas, o mais ein asucar fino de fechos no navio que vos pareção
mais seguro e vede o que me ordenais de voso serviso.
Deos goarde.Juiiqueira 10 de Abril 1679
Mensão vos pedia conduzia de pranclias para genellas c portas desta q~~iiita de 15
palrnos cada huma e veilhão mais duas duzias de 20 palmos para as portas da quinta
se não tiver chegado o clinlieiro de S. Tlioiiie podereis iiiaiidar deste //[95]

Carta para Francisco e Manoel Dias Jorge para Amsterdão


escrita em 3 de Julho de 1679

Não Iie a distancia desta quinta a quc tem a culpa de tardarem tanto as cartas que
vossa inerces ine dizem receberão ininlias e clevia ser da peçoa a queiii a remeti a
Lixboa porem daqui em diante eu remediarei esta falta porque sinto aves coiza que
me desvie o procurar novas de vossa inerces de qtle sempre faço inuita estiinação
como ao prezente: plas que me dão nesta de 22 de Maio que liontein recebi logrem
vossa n-ierces sempre a saude que llie dezejo: espero que vossa inerces maiidem as
flores que dizem nos prinieiros navios que de Ia me vem que ja he tempo de ascol-
her.
Os varais creio serão o que vossa inerces dizem iiida os não tinha provado como
o fizer avizarei qiierendo mais.
No cl~ietocaii Iixita vindo OS iiiestrcs arllii se Ilic hin toda I' c~~iveiiie~icia.
b
., Marta nie aprese clirci. \/Ossa illciC~Sqiic cli~lii0acliii a tiiais i[~iando11e111
I l ~ i l l iiioeda
l~ clc oiru cliic heiviia de iivizo para vossa merccs se regcrcm para o iiiais
custo Ja calcasa I;e ciivinra eslii:indo O tciiipci miiis seis qunrt«s cle a ~ e i t cda parte
oiitlc lie millior que ali1 se vio c c011 isto ciltclideinos scrn de sobra plo que temos
C ~ I I Ciil;iii~lt)\iscu ~iiiiliiid~>
\isto 110 C L I S ~ Olliic f i 7 ~ i i 0iilgliiii~l~ (!C VOSSLI I I I C I C ~ S C o~lt-
ias i ~ c ç o ~ d c s spaitcs
os e de Fisi~c;iih ~ i i ~iiihiirgo
1 de vossa iilerces tiizcrem iiào a\lcr
h)rmas pai.;+ ;is fcgcinis clti :liiiigo aspcrn plo nvizo d o custo qiie lhe 111150 c plo qiic
IIiè saibào vossa I I I C ~ C Cse ~ ~iiiidapersistem as Sorii~asctas cliic vici.iio para o ~iiaiq~ic7
ela Fciiitcrin ~ L I Cctitciido 1'i.s se11 de vosi:i nicrccs L) iliic as envioii.
I:icci nvizacio cio tciiipo eiii que ndc ir o Sriita paiu o custo das flores e estiiiiarci
t~.iiliaclicgiido (...)coitado coii~:i cl~icIòi riii boiii esic tliiiliciici e se nestas p;irtc~
C)II\ICI c111q~icaiiva u vossn incrce4 nic tciii cili gruiide voiit~ideti ilueiii Dcos go:ircle
iiiiiitii\ iiniias. ~~iicliicii.ii 3 de J ~ l l i o1070
Fsquwi:inic di~ci-n vohh:i ii1ci.c~i l i i ~:i ~>~$i>:i cliic qiicr ,i coluitn de~cjiicliic veiilia
c011 dois es~iilliiiihos~itrohciii'v~idcis('.))cio fsirici do ~inl~cliiilio tpic \zii cclii cstti de
poiicci iiiuis ctc liiiiii palriio de coiiiprido c iiiciios do elito dc 1 i i ~ 0c qiie o forro seja
tie fii\~el//[c)í\~"]

Ao Capitão João Antonio


21 de Jull~o

Muito a pevLi liiq:i cstu por iiic d i ~ c r c maiiitl:~ayor:i parte Iiiim navio proprio para
o Posto n levar Iiiiiiiah cartas ;I liiini navio qiic dih vai ptira cilsii temi ihI~r,areio apnii-
Iic aiiiclu.
Vossa iiicicc icin govcriiudor~:iiiciiiiiatlo pura essa tcrr:i coiiio avim :io clLie Ia esta
'i CLI 1150I > ~ O I > L: I SI ~goi;~i) I I C ~ O C de
I ~ V O ~ X E~I i i c r ~ ~ e 111cellc pedir o hiihstit~iissc
I7:iiii
Iiiiiis tliaa ;itc ~icciiii~ii liiiiis pupcia pnia eiiiiuholnr liiiiii iriniio seu qiic clliei Invni' coiu-
sigo coiii ehsti ocul~aq5o;niio iiic ntlc descucl;ir c o tlc voss:i iiicrces por ekito pera Ia
~i~i;irclIi:isi i h coiii~ii;~ ilc IILIIIS iiiíiclie)~~ i e )govcsiiiiclor iliic vai p~iraAi~gc>lI;icoin
coiicliyào qiic Ilie uvi:i clc clíir porte elo ~iuguiiiciiti,cjiie ser50 pcrlci de 200%em viiilios
cliiuiiclo cllc p a p r iliic acni cin iiicrcc cliicm c c~~iniitlo o govcriindor vciilin aiitcs disso
voss:i iiicrcc vil In tlispolilio isso tla muilciru qlic se Iindc c~itrcgnreste viiilio a Diogrr
1 criiniide7 I3rnnco iio tciiilm coiivci~iciitcc eu cii l i i i ~ oi pagíimciito n vosso mcrce ca
ULI :i siia ordcni.
A casta q ~ i cvossa inerce cscrcvco por C'ndis ein I 5 clc Maio rccehii c13111 agosto
de aciiipre o protesto clc L.liis I'cieiiii ii.:'i tio piiriicirn ocari50 cin cLcrcit~ir:ic C) ~ivilttr
eu :i vossa iiicrcc cstnv:i ascilo :i Iclrii fiii por iiic iiàu oviznrciii cici 50 uscitc de mais
de h i~iehcspnc;eilo d:i enirego tlclla fico lii~ciidodcligciiciii pio iiiivio por i1 govci--
nador vir iiclle poilcrn vir a iii;idciin sciiào se clcr conio deicio vira tin cliinlqiici qLie
sc' Ièst:ir soiii;iiiilo 17;irtc CILIC li)t iiches;iri:i pai'n qirc cllc c o iiovo go\iciiilidor que adc
vir daiàcr toda i!juiiu por me iiiyeiciii iiieicc e por Ilio ciiipcclir viera i] plaiita ile
hatntas, c rr riiais cluc teiilio cricorncticiatlo clcpciia qiic teve este de vossn iiicrcc qiic
tligli de ('adir 1i5o~ ~ r vir. d c /l(O(i] I). .loào dn Silva por ico ii,;ici Ilie liilci iicstl: iicgii-
cio mas buscaloei e avizarei por qualquer via que acliar que posa Ia chegar a carta
advirto a vossa inerce por obra de Mesericordia ao percurador do goveriiador do
porto santo que mande asistir a seo fillio para torilar para Coiinbra iio teiiipo qiie não
tein coin que nem eu me acho amestado de o socorrcr scin faltar a otra obrigncoiz
mas pedirvos e poi. cauza do desgosto que llie fazem estas 1.aiias esta bein pouco
tempo I.ie a lllorte oje niio fora que a huiii ~neclicoque lhe eu inaiidei creio cscuzara
110 outro ln~lndoporque la os outros Ilic tinham mandado por apostollos a cabiceira
111e fica jh de pé a qileili eiii Lixboa ein caze de seo tio e com islo inc 1150 poso rogar
mais seniio pedir a vossa nierce iiie de inerce ein que o sirvo a iliici-ii Deos goarde.
Junqueira 2 1 de Julho 1679//[96v0]

Carta a Francisco e Manuel Dias Jorge


em 31 de Julho de 679

Pellos que tcrilio escrito largo a vossa merces sobre iiossos particulares tisiin só
serve esta de aviso em coino o procurador dclla he ja livre João de Sui qiie foi ilicu
criado aqui e lia ilha de Madeira vai a csa sua terra se sc valer elc vossa mcrces para
o favoressercin ein alguma cousa iiiuito folgarei o ajudem; c se cllc voltrir para. esle
posto lhe podciii entregar alguina cousa
Das flores que Ilie teiiho peclido vindo a teinpo conviliicntc qutindo lifio seinprc
lie iiecessario estejiio aqui pellns prii~icirasilgoa que Iie iiiil dc sctciiibrci tambciii
estimarei ine traga 1iuil-i barril de 3 ou 4 arrobns de iiiaiitcign cln iiiais cxcclcntc que
se acliar e alguin par de peixes tniiibem dos inilhores que 1i:i poreiii iniiito l'rcscos quc
cá iião gostamos se160 dos iiiuito moll~esc o que vossa mcrccs qiiiscrcin tle c4 por
paga irá ou ~netãoo ciisto iias ilossas contas c vcjão o c~iiciiie orclciião de scti scrvis-
so que para tiido ine tem muito as suas ordeiis Deos goarcle cm dita //[97]

Carta para Frei Estevo do Rosario


prior do mosteiro de S. Domingos de Santarem
em 15 de Agosto de 1679

Estimei inuito que V. Padre teiilia a saude que Ihc clczcjo que por doininiço a qucin
deveiiios os saldaiilias tantas obrigaçois, e por queii~lia não serii pouca.
Na erança que tive dc iiieo irmão que Deos tcin ilão tive Iium viiilc~iitle bens
livres c01110 sabe muito bem o Pe. Frei Tl-ioinas de S. Domingos c11111 qiic ine 1i2o
fizcse obi-igaçso alguma de satisfi~zei.ris suas diividas, coniludo por dcscii~carrcgnra
alina sua nie obriguei a csta pciição dando todas as iiiinlias coinciitlris c111 coiiçiiiasão
a Iiiim hoiiicii-i que se obrigou a pagallos e no rol qlic tiiilia para hzcr pagsii~iciítohia
a divida de Vossos Pr»curadroes porcm iião dcclnmda a coiltia por i150 Lcr aiiirlii kilo
Iiuin comserto que aviamos de fazer o dito Frei Tlioinas como i>rocur:idor dcssa cciza,
e eu eiii que viiilia o proviiicial paçndo e o prior clessa caia rluc Ilcos lcvoii I+ci
Aiitotlio dos Iicis c quaiiclo iião qiie esperariainos pla sciiícnça clos dois descmba-
gaclores do ]~aç«e111 que nos tinliainos louvado João C'ai'iieiro clc Mornis c Joiio
Lanprea de Vargas e estando eu esperando por dia para este avistainento me escreve0
o dito prior paçado Iiuiiia em 29 de Julho do aniio paçado por mão do dito Frei
TI1oil-iasde S. Domingos eiii que iiie dis que ilão queria fazer coinserto para cobrar o
(porque o que façiamos avia de ser coin asi mcsiiias esperas dos otros acre-
dores), e que queria fosc a caiiza por diante, e conio eu 1150podia riigir ele sua von-
tade plo que tinliainos avistado porque me prezo de verdadeiro fiquei espcraiido ate
o dia de hoje porque iiiaiidassc os papcis para que se tivesseiii o que lhe parcssese
nisto fico aiiida aqiianlo Vosso Padre ache coinviilie~iciaeili que se Iargc a caliella
para que com o diiihciro da veiida dclla ao trem riinão a vnxacli5o de sua duvida
fiq~iandoeu com boa comsieiiiçia deseiiibaraçado asim desta divida como do ciucar-
go aiiual da dita capella verei iiisso ainda que coin beiii magoado ineo coração de iião
ter c0111 que sustentarem esta honra por 1150 pesuir bens livres alguiis que lhe poca
aplicar, de q ~ i cine Siira V. Padre favor avizar para ver o que se deve fiizer que ein tudo
quero estes 3s siias ordeiis c siipor a minha coiliviriieiicia as suas terras. Deos goardc
a V. Padre. Junqiicira 5 de Agiisto 1679 //[97v0]
Comesa Sollias 80
He a copia da que escrevi a vossa iiierce e tein ido por 2 vias agora que se ofer-
esse esta eiii direitiira c iiiais segura rluereiido Deos ter no a niandar 3 via visto serei11
as coizas c10 mar taiii insertns ~irincipaliiieiiteas dessa terra folgarei ache a vossa
mercc coiii a saucle que Ilic rlezqjo livres das rapciznrias desse Iionrrado bequain que
nào dcixão de inolcstar estas coizas aiiicla que iisio cliegein a Iioiirra,
Se vossn merce iião tem maiidadci para Periiiimbirco esse pouco que esta ixie tara
favor eiitregallo a Diogo Velho capitam deste navio i ~ r iSorriia que digo asiii-ia que pla
incrce queme Sas espero taga tudo c0111 grantJe cuidado e quaildo não puder ser tudo
sera parte e o iiiais vir:) a Pernaiiibuco aiiidii qtie cnteiido tlo cuidaclo dc vossa iilerce
que já Ia estara Leiido avido oc:izião e iião dcixc vossa iiicrce de me avizar por todos
aiiiios se cmbargou a fazciicla a Julisio dc Canipoz e a qiiatro c porqiie vias, e se olivcr
algum nvizo qiic seia ciuportantc a cii ca cobrar perdas c dniiiios iiio avize vossa
merce tainbcin coin a niaior brcviclaclc quc possa ser c pro qiie tuclo acliareiii qiic na
vontade tle ser estas ocaciois 1130 a dcvcm dar vcntagc ao seiilior Cioiiies Freirc
porque i150 Leili vossn iiicrcc cliieiii mais 0 anic.
Deos goarde a vossa mercc iniiitos aniios. Juiiqueira 28 tle Seteinbro 1675)
por 3 vias // [98]

Senhor meii a iiiercc que inc Iàs o seiilior doutor Manuel Alves i11e tla confiaizça
para pidir a vossa iiicrcc ciii priiiiciro lugar novas suas c logo qiicira dar o seu favor
para que iicssa terra cobiain ii~eosprociiratlorcs (que s5o vossa inerce primeiro lugar
o govcriiador crn 2" Jacinto tle 1:igiieireclo ein 3" o Chantrc João Pires Maiisiino cri1
4% ccapitaiii Diogo Velho) 21 Iàzcilcla tlo pataxo N"Sra. clc Eiicariiação e S. I-Iicroiiiino
que lanto sciu rezào o govcriiador paçaclo c provcrlor riiilescdcnte de vossa iiiercc iria
fizcriío confiscar para o q ~ i vaic a senteiiça q ~ i ctivc li« juizo da coroa c i'azciida ujuii-
taineiito hiiina provisão clc S. A. toda n Iioiiia qiic vossa iiicrcc me fizer iiestc partic-
ular lhe saberei mostrar n:is ociiziois que me tlcr iiestc corte de sco serviso pilrii o qiie
seilipie mc acliar as suas orcleiis.
Deos goarclc. Jiiiicliicii.li 2 tlc Oitiibro 1679 //[9Xv"]
Carta para Francisco e Manuel Dias Jorge
de 27 de Novembro 1679

Não respondi a de vossa iilerce, a qiie veio com 21s contas por esperar fazello
depois da viriida do iiavio S. João que pello aviza esperamos esta para partir por
horas coino se dilata tainto a siia partida e muito mais a chegada porque ainda iião
foi pois aribou a Gali7a chegaiido os otros todos nlia me parcseo nesecario este avim
e tambeiri porqiie juiitainentc detrcmiiiava escrever ein liuni iizivio q ~ i edaqui estava
para partir para essa terra com laranja zin que eu queria iiiandar os des millieiros de
laranja que eu tinha dito a vossa nierces aj~intaiiientoo azeite que falta para a conta
da calessa poreni não iiie foi possiveI por alcailqar praça para a ditas carregaqois
ficaiido prestes para ir lia priiiieira que se ofereser e sirva de íivizo.
O l-iaqado recebi otsa de vossa iilerces de 24 de Setenibro que estimei plas boas
ilovus que me dão suas qlle se-ião selilpre coiiio eu dezejo c como lleiía vejo não tiii-
hão vossa inerces reriletido as flores que lhe tililia pedido fico coin grande sentimeii-
to diso porqiie qiiaiido vcnhão c otra cinbztrquação já será tão tarde que se pasiio
niiiitas e para que as que vierem escaparem veiihào a tempo que iião dein gasto pois
os otros as terão primeiro e COI~IOiieste pais 1150 vem a entrada de oitubro como cu
tiiilia maiidado pedir a vossa inerces logo se iiào logriio iiluito ainda asim espero que
vossa nierce as tenliào renietido e quando não sejão eiitc~idereique vossa inerces 11ão
tein inuito gosto desta corrirespondeiicia e buscarei queiii a queira ter que Iie serto
que Ilie ade satisfazer muito beiii imda asim se nestas partes ouver eiii que sirva a
vossa rnerce ade fazer coin grande voiitade a conta ainda a iliio pude ver creio niso
coiilo vossa iiierce(...) //[99]

Carta para Aires de Soiza


em 17 de Dezembro 1679

Ariiigo e seiilior meu plos navios que vierào ao porto tive huma nosa e otra nesta
frota 12 de Agosto a que faqo reposta c estiiiiaiido muita que est.jais j a restituido a
saudr que vos dizes Deos vos Ia conserve e111 todo o tempo desse governo e vos traga
com ella ao descanço da Vosa caza.
Ja creio tereis enviado os papcis para S. Thome ou o mais serto tereis já recebido
algiiliia coiza do qire esta ~iaqiiellailha porque maiidei mais 2 ou 3 vias e111 direitura
qiie se qualquer dellas cliegasse a salvainerito iiào d~ividoque para os primeiros
riavios que partirein para esse porto tinhais já que iiiaiidai na forina do que vos teriliii
pedido c porquanto niaiz sedo vier sera mais coiiveiiieiile e111 esa tivera mais para a
ocaziào que vos direi abaclio.
Com Doiniiigos Lopcs me fareis favor de as não descuiclar para que tambem niio
faltein coin que Ia teiii do capital11 João Ribeiro porque já 11s disse iiie tocava parte.
Maiiuel Gedes chegou e iiie entregou sij 30 varas niuito iiias dizelido deitara todas
as ininlias ao inar em huns teiiiporais que tiverao c que aquellas cliie iiie dava das suas
c0111 que vejo nos fes verdadeiro no receio que vos tiiihain delle de que eu niio esta-
va muito fora porque o coiilieço a mais tempo taiiibein entregou 20 coisoeiras m~iito
inas, e cristas e coino 1150 trazia que 1/[99v0] inaqlia iietn vos iieiii Lionel Goilies me
remeterão coiiliesinieiito dellas me foi forsozo aseitalas como elle quis.
As cartas tio navio João da Silva em que vos tivestes taiii grande perda quc eu ca
senti muito se salvar80 c estou entrege dellas poreiii as coicoeiras que riie dis Lionel
Goiiies viiihão ilelle suposto se salvarão todas 111e dis o iilestre lhe iiiostre clareza das
qiie tiieterão que mas entregara porem como a Diogo Lioiiel po~ihamdescuido taiil
grande coino iião reiuctcr corihesiii~entoconta iiein niarqua 1150 sei como ~iiudchaver
neste particular ate que vos renietais esta clareza lias priiiiciras einbarquaqois que
della vierem espero que asim o f'açais com a pontualidade que em o mais e c0111 a
proiltidão que vos iiiereso a niinlia amizade e coin a iiiesina me tendes inuito as vosas
ordens e eu dele sc lia coin que vos sirva
Deos goarde coiiio dezejo. Junqueira 17 dezembro 1679. //[I 001

Carta para o rendeiro João Antunes de Mattos


de 9 de Dezembro 1678

Vai Maiiuel Borges criado iileu ii toinar posse desas comeiidas visto eu não poder
ir dezejaiido o inuito e estalido ja aparelliado para isso iiie sobreviversiin algliiis mgo-
cios que ine fazeiii delatar esta jornada por inillior teinpo vossa iiierce o eiiicamiiihe
eii tudo o que Ilie for iicsecario porque elle iião he iliuito versado ilesas coizas para
que abrevie dahi a jornada ao porto aoiide taiiibem vai e na escolta que fizer espero
vossa inerce Ilie eiitrege o dinheiro vensido do qriartel deste Natal inenos o qtie
iiioiitareiii 2 pipas de azeite de pe de oliveira inuito exceleiite para gastos desta caza
aos cluais aildc vir lios quartos que la estam ein caza de Antonio Marques tle
Barquiiihn maiidaiidoos comsertar iiiuito bem advertindo que se tivcr pcsoa scglinl
pode mandar por ella quando iião coiii avizo seu iio priiiieiro correio mandarei peçori
que conduza este azeite e os mais quartos que sobrarein porque os pcrle seu doiio c
se destapilo se ouver e111 que sirva a vossa merce i1ie tem muito as suas ordciis.
.luilqueira 9 de dezeinbro 1678 coin recibo de Maiiuel Boi.gcs pode vossa iiierce
entregar o diiilieiro que estiver vci~cido//[lOOv" ein branco] //[101]

de Antonio Cardozo de Saa


de 27 Dezembro

Pln cai-ta que vossa iiierce iiie escreve« no outro dia mando~idizer dos 4 :ilqueiics
de trigo que se llie iiiiliilo pago e so ilie mostrou este masso o recibo dclles e cuidnii-
do eu que era pago este iiiiiio escrevi a vossa merce na foriua que via que chcg:ira ~ L I C
sei que he do aii~iopacado torno a dizer a vossa mercc que jh Ilie dissc que iião lie
rczilo que page seili saber de que clcvo Iie riesesario que vossa merce iiie ii~aixlcdizcr
a clareza dizeiido ao alcaide e poiiha e111 papel de que se deve isto coin tocla iiiciiclcza
e cor11 que autoridade ou por ordeiii de que111fazer o einbargo para saber :i qiiein se
ade fazer o requerimento para se averiguar se devo ou se podia elle iuzer este einbar-
go e vossa iiierce sempre leme sua divida scgura porque cluaiido eu não deve fazer
com que lhe paga a vossa inerce o alcaiode c a inin o dezaforo com que fes o embar-
go e quando eu deve farei com que lhe pagc a vossa inerce o alcaide e a inin o
desaforo c0111 que fis o embargo e quando eu deva sempre pagarei a vossa merce se
averiguando que seguro o tem com a renda do ano que vem.
Visto não aver ahi cliixaros para o contia que pedia facaine vossa merce favor por
ine mandas sequer huni saquo delles e o mais mandara de afergois(?) quer vellios este
que qua estão me bastão trigo 5 moios e 18 alqueircs que a preso de 220 com o diti-
heiro que vossa merce me tem dado e ade dar tia forma do rol que vai com este fas
contia do quartel de S. Miguel do natal c0111 que vossa iiierce me fica fazendo favor
de me adeeiitar este quartel e fica de minhas perseseçois e que tudo o que ca prestar
me tem as suas ordens a quem Deos goarde. Junqueira 27 de Dezenlbro 1679//[101v0
e111braiico]//[l02]

Carta para o capitam João Ribeiro


de 4 de Novembro de 1679

Recebi a de vossa merce do 1 de outubro vindo no fsances e quanto mais defecul-


tozas são e rraras as noticias que temos dessa terra são para o meu gosto de maior
estiinação as de vossa merce. estimo que logre boa saude e a Dona Pliilipa quem bejo
as maos.
Na incluza vera vossa merce como lhe eu escrevi plo Porto eni huma einbar-
qiiação que depois não foi tainbem para S. Migtiel escrevi esta mesma noticia creio
sera ja ia chegada e no imgres em que faltou carta mitilia foi a rczão estar nas min-
has coineiidas que fui arendar por Cadis tive a de que vossa merce fas menção.
Fico servido no que Luis Pereira de Saa tem uzado com vossa inerce ainda tne
não acertei com elle por estar ern Aleilqucr nem com o filho que fizerão corego ein
Coiinbra porem eu lhe porei as mãos e a boa vontade cmquarito o não faço vossa
rilerce faça neste particular o que Ilie parecer que eu tainbem me não e de meter inais
com esta gente e qualques dia deste se lhe ade mandar as suas letras, e fazer a noti-
ficasão que digo.
Folgo de vossa inercc estar ja livre do gama e faca por se livrar do Valente e de
todos os mais dessa ilha que ficando menos cornersio com eiles mellior.
A madeira espero esteja conduzida toda quando haja de vir o governador para que
em sua companhia venha ou em fragatta de gerra ou em qualquer otra eiiibarquaçiio
que a coiiduza.
O quarto de vinagre tenho recebido aos 2 cunlietes meu e de D. João da Silva que
Iho deseinbarquei e 1110 mandei logo porque bejo a vossa merce as mãos e o que vossa
merce deu ao desembargador esta bem dado ao escrivào me parece bem vossa mercc
faça a que dis porque he bom se llie agradeça a sua cortezia.
Com João da Costa falarei sobre a embarq~~ação //[102v0] do madeira. Desses tra-
pos que Ia ficarão pode vossa merce fazer leilão a pessa de castellete de baeta de
Bristol picotilho de França se ainda estão em ser e vossa merce lhe não puder dar
saida ate sua vinda que fora por isso a trara em sua conipanhia que quem tein tanta
faiiiilia como eu sempre lhe dara saida.
Eu me não teiilio descuidado 110 seu iiegocio de vossa merce, ainda liontem a
noite desde as 8 até perto das 10 estive falarido com S. A. neste particular e me deir
ordeni fose dizer ao sacrctario da sua parte fizese a carta hoje vou la para que se faça
e a leve asinar se puder ser nesta einbarquação quando não emfalivelmente ade Iiir
com o goveriiador que mandario sem tempo serto asiin que vossa merce esteja apar-
elhado, e advertido dc que a paga deste pequeno serviço quero que seja vir deseni-
barquar a esta caza aonde ade estar ate acliar coinotlidade quando não queira liuma
que lhe posporei como nos justissimos(?) S.A. so duvidada em conio avia de chamar
a vossa nierce sem ter logo posto que lhe dar eu lhe respondi que vossa nierce niio
queria alguns mais que para seu desca~içopor hora corno ca vier toinara seu cargo.
Indo navio de gerra levara ordeni para a sua coinodidade de vossa merce e toinara
eu se olivera ocaziiio de vossa rnerce avizar e o govenlador se querião que não aven-
do enibarquação de gerra lhe busquase aqui alguiiia acomodacla e segura para que
pagando entre todos os que quizcsein vir c os que quizesein embarcasem fazenda
ilelle Ihes achase com toda a coinoclidade e eu e o monteiro mor pagariainos a parte
que nos tocase para nos conduzir a nosa madeira e cuido se nos fasilitara mais ou
huma ou otra couza se dereclor o bispado de Miranda como eiitendemos e siilijitainos
a este bispado.
D. João da Silva tai-iibern lioiite o fui buscar ao chafaris da aridaluz para que me
ajudase 110 requerimento ele vossa inerce iiiaiz //[103] no da fiagala se fose iicsesario
porque lic bem visto de S. A. e grande aniigo do Silveira como vossa merce sabc e
iião ade deixar de fazer muito que deze-ja muito a vossa tnesce ca e Iie verdadeiro
amigo e com isto não quero einpadar iiiais a vossa nierce senão pedirlhe me iião falte
com noticias suas emquanto esse que vejo destas bandas Deos goarde a vossa nierce.
Juiiqueira 4 de Novembro 1679.

Vai esta carta que tive nesta fortc de Aires dc Soma elle me diz que Diogo Lopes
1150 lhe foi poçivel liialidar nesta ocazião mas que mandara na primeira einfalivel.
Aos soldados que estão ciii Argel tenho apertado com S. A. para os inandar a res-
gatar sem tornado isso a sua coiita creio os iiiaiidara vir sedo vossa iilerce traga ein
sua companhia o que as inolheres tivereni tirado porqiie lhe podera ser neseçario para
os seos gastos das sahidas e otras miodezas e quando não seja lhe entregara vossa
inerce aqui para que lho leve empregado no que lhe parecer por suas cazas.
Vai a carta de S. A. ainda que dis logo eiii a resebendo vossa merce a iiiio mostre
seiiâo quaiiclo o sequeira vir para ir vensendo o soldo 6 meses o governador ira otra
via.
Digaine ao Morim que Ilie não poqo responder achão que tive sao folgo esteja
coin saude que se quer vai para ininlia caza que o terei nelle com boa vontade com
ocupação que se não devirta das suas dcvoçoes e querendo peço a vossa inerce o
traga em sua çoiiipaiiliia perclenc10 lhe os gastos por iiiinlias contas. //[103v"]
Carta para Roque Acciaolli de Vasconsellos
de 4 de Oitubro do anno de 1679

Recebi a de vossa iiierce de 2 de oitubro viiida iia í'sagatiiilia fraiiçesa de que Siz
graiide estiinaçiio por ver que vossa merce ficava coiii a saude que llze dezejo.
A letra de 100$ fico aseita para se pagar a seu teinpo recebi os 509; do Pe. Maiioel
de Aiictrade os quais reineti ao senhor Vituriano de Vasconscllos o qual ja estava em
Coimbra que aqui o aviei coino pude para que não perdesc o s c ~ aiiiio i que coin as
faltas de einbarq~iaçoisdessa terra coin a sua palavra aiidc vir a fazer a perder este
moso asim so vossa inerce lie tain bom parente comci eu o coiiliesi seilipre lhe adc
fazer h v o r e a inin a inerce o não Ilie f'lltar com os LO$ quc Ilic vira a vossa iiierce
cada ines e os 50$ ou 60$ para os gastos di vistidos, e de o~itrusvczcs que llie impos-
sivel tira dos 10$ que lhe jeiro n vossa merce pla fe de fidalgo íluc ja devia mais cic
70s quando isto chegou por aqui pode vossa iiierce jiiignr o que Ilie fica ptira acudii*
c0111 tudo o que puder eiii coinpanhia do governador porque coino se coiiipriio fiado
bei-ii sabein que custa dobrado e se elle tivera a tcnipo esta sua mczada escuzara
deixar de Coimbra aqui tein as ferias gastado superior por siia mercc 20s eiii ida, c
vinda, e vendc~icloIa toda a cnza que Ilic eu tirilia posto e iiesesc1arcii.i agora de fazcr
otra de novo veja vossa merce o que Fazciil as faltas desscs homens c»in que vossa
mcrces sc dcsculpão e aleiii de tudo //L1041 isto teve aqui Iiiiiiia cfoeiisa ciii que esia-
va a inorte e se Ilie não niaiidara 11~1111í'isiq~~o iiieu que he dos inelhores desta tcrra
cuido estivera iioiitro inundo que já estava c0111 OS padres a cabcçcira espero q11e
vossa iiierce coiii a siisi prudeiicia. siipra alii a falta do seiihor goveriiador do Porto
Santo para quando se poiiha direita esta assisleiicia a veiilin ciii compaiiliia do gover-
nados tiido o que puder ser e antes avc~idoocazião e se iiesta terra algciina couza do
serviso de vossa inerce iiie tem muito as suas orcleiis cn lutlo o que eu p~iclcrscrvillo
q ~ i co farei coiii grande voiitade.
Dcos goarcle a vossa inerce Junqueira 4 de Novcinbro 1070
Faça ine vossa iilerce favor i~iandaresta carta ao scnlior goveriiador do Porto
Santo porque a que Ilie escrevo não podc ser tain larga em rez5o de iiie dixcrcrn quc
esta sumaquiiilia parte coiii iiiuita brevidade //[104v0]

Carta para Diogo Fernander Branco


em 4 de Novembro de 1679

Recebi as de vossa ri~ercevindas ncste barco e no li.ances cliic troxe o i r m b d o


provedor e ine alegrei inuito de que vossa merce Sicase com sriude quc seiiil-ire Ihc
dezejo e Deos lhe coinscrvc por largos niiiios.
Como vossa iilerce sabe a rezio porque iião escrevi iio h i i c c s quc Iòi por S.
Miguel niio tenho qric Ilic repetir
Seu iri.i.ião dc vossa merce a que fica e cuido que clcste Serro scra para sciupre
ainda rnc não acintei coiii elie depois que cliegarão estas cartas porque cslc barco inc
clizei-ii parte C O I ~tanta preça, e eu ameiiliii tainbeiii vou a Ii~iiiiajoriitidn coiiz quc riie
aclio afogado con obra e respoiiclerei brevemente as 2 que digo Deos levc c Lragtt ~)cr.«
Vas coin saude qne se toriiar para essa illia vossa iiiercc para o que Sor rcziio e eu a q ~ i i
1 iiidu c ellc p:irn ca.
n s coiiias clc L 111slioiiia Siiiel iosnaraiiise ein nada cciiiio vossa iiiercc vera das
( I I . ~ ~ ' I coiii
Z clle clue com riiliiio pouc:i vergoilha me clissc diaiite de Jogo Furtado eiii
~ J / ; I cIe cliieiii se f'i/eriio us diias coiitas qiic visto :ipertar CLLc0111 clle iiSo queria
~ » ~ i ~;i icumisiio
ir a vossa iiicrce "~illi Iile Carregou coiiio iiiais largaiiiente escreve
LI tliitonici dc Oliveirn c eu iiiio cliiis asciiar 0 resto seiii ver o cllie vossa merce orde-
1121.
)\o Marqties tciiho ciitrcge o que tcicava dos asucres de Pernaiiibuco elle i-rie
dizciii Ilie frizcr jeito n5o asi niiida tle sesta.
He sesta a noiiiiasilo ele Joàci da Custa de Rritto Iie 1111iitoboiil Iioiiie aqui vem jaii-
tar iiiliitas vezes a iiiiiilia cíiza e seiiiprc Ihc teiilio cncoiiielidado a pesoa de vossa
iilcrccll [ I 05 1 creio q i ~ cSaru dcllc a esliiiiac;ão cpie se deve.
Os jasiiiiiis rlubiridos oiiida os iiùo vi 0 niais iiào niaiida visto vossa iiierce não
qiicrer e darnic ii csl~wmçíitle iliie as vim lograr a esta terra queira Deos tocalo n
voss;i iiicrcc da siiu gi'ac;n para iso cjuc iião í'iirn iiial.
No qlic toca a carrcgação de Giiic i'ico de acordo iiisto que vossa iiierce dis c
glinrdo cstii c:irtn pi\ia a seu tciiipo aiver qiicira Deos trazello algiiiiia coiza a salva-
iiiciitci agorn anidiici 4 via por liiiiliii litigata de gcriri que foi em direitura para Ia coiti
iiovo govci~iiadorcliuiiindo .Iacinto de Figueircdo mtiita boiii hoiiie.
Dci iiossci aiiiigo ainda nào as novos cajií o cspcro c0111alvoroso que o traga corn
niuitci diiiliciro qiic cuiclo cllic Ihc emos tirar algliiiia coiza se por as coiaas de junta
por nesecaria n iniiilin pcço:i e beins tiicio csti~.:i:I orclciii do senlior Aiitotiio de Freitas
e ~ l c vossa
: iiicrcc.
No prlmciro cllic vai 1,iii.a /\iigolla ieiii escrito c escreve a vossa merce sobre o seu
iicgocio iio q ~ i ctciii uvisiado coiii V;ileiitc cluc 1150pode tlcixar de ser e niío poço dizer
as rc~oisiicstn eu tninbciii Ilic ctlc iiiaiidar dor lu n ordeiii, e coiii aprovaçào de vossa
nierce viii~cpipns dc viiilio ~,o~ico iii:iis ou iiieiios por Iiuiis iiiaclios que aqui Ilie coin-
pro.
Estiiilarci iiitiit» que veiilia o m:iis tlepreça que ~?iidcr(icnx5o coni a plwiii:~d;i\.
bnt~itas,c ;i icrra c iiiodo coiii que se cultiva ns I'igciiiis que mc rilio iiluiliic vossa
iiierce pcircliic das ~->riiiiciirs cliie iiie iilaiiclo~icstiio trcil pcyuclab c niliito boiiittiis que
iiic bustlio.
Nilo entciidii vossii iiieicc (ILIC cstc sciilior g~verii;id~r de Aiigoll:i lhe ade fazer o
qiie Ilie tCs o tlo Riti tlc .I:iiiciio que cstii bcin Iòriificado, c eii i ~ ã oiiie descuidarei
coni cllc c cc)iii istt) ti50 poço ser iiiais largo pla rcz5o qlic cligo veja se presto para
:ilgliinii coiza que iiic icm iii~iitoas siins orclciis n quciii Deus goarde Junqiieira 4 de
Novciiibro I h79
Vai essa caiia cliic inc vcio iiqui clc Aiies cSc S o i ~ /l[IO5v"]
a

Carta para o arcediago


de 5 de Novernbro de 7 679

Miinta cstiiiia$i« Iòi dn cluc voss~imcrcc iiic escreveo iio fraiices que troxe o
dcsembnrg:idor por saber qlie vossa iiici.cc logiwa boa saiide livre ja d:i sua sariia.
Sl~postoque eu por iiieiios mal a tenho lias miios do que a Ilor cio castanlieiro;
pi.ilicipalinente aos qlic nellas to111iio Decis tcidos OS dias. N ~ sc o espante vossa iiierce
da pregaçKo que seilipie asim ma oiivio e agora e ílvi~oag0i.a i l l l l i t ~vezes ~ a Frei
Aiitoiiio das Chagas.
0 direi soube fazer liicl~orseu iicgocio gi.ai1dc C111 Se por slllb (Ilie so cssc 1ie Q
fazer ainda que eiltendo 1150 acle trazer iil~lit0~. 0 gOvcri1a~~or (luC v:li Iie niiiito boili
lio~necreio seliao darão iiial coiii elle siip~stoqiic hc gcntc he de gigiiBoquia mriior
o boin modo acaba tudo
De Cabo Verde vierão aqui 2 iiavios e iião veio coiia nlglima sci iile iiiandou ilizcr
o goverIlador que tla iniiilia parte tein eiiib~irgodc iião cstarciii ciiibolçatlo por estar
ainda e111 facl~onle tililia comprado hiiiiia iiioleqiia e cltic a iião 11iiind:ivn por riclocser
Ii~ins diris aiites de partir a cii~barqiiaçãosciião iiit?i.ci. de dociisa coiiici ciii(Io
ciiililiveliliente toiiiar2o os ~iioiri?~ O 11;ivioc111C ~ L I Ce1Ic vier 11i:is j:i iiic 1150 toinzo a
iiiin de sobresalto que isso espera sempre tlcpois qiic aiiiiitlci cssii cmcoiiicndo.
Do que tive cie vossa inerce iiie 1150dis ii:ida si: ni:iiidur ~ilgiiiiiacciizn conio vossi1
inerce dis Ilie ordeiiou scgiiei esta sua cirdcin.
No que toca aos folliaiiiciitos falei por vczcs ao martlucs c I'iquaiitlo coiiiiyci tle
que despacharia //[I061 o papcl sai oiide lhe Manuel Leitão o dito Icvou c iião tliiis
despacliar toriieillic n falar discinc qiic Ilic iião 1cvai.n pidillic iiic dcssc 1isciii;n p c i ~
dizer de siia parte coisi Leitão 1110 levasse iio primeiro dia coiii se clcu c Icviindollic a
não quis tainbetn despachar htleillie trcceira ves respoiidcunic que hc vcrtlatlc rliic Ia
lhe levara o papel poreiii que aquella inaiicirn qiie ii5o se cstciidin ao i'illio rcpliqliei-
Ilie que a todos os filhos de fidalgos se Ilic iiiio iicjiaro. iiiiinquri 0 lixo tliscinc que
estava eu eligailado eu iião quis tciniar porqiic voss:i incrcc bciii o coiilicssc cltic ciii
toiiiaiido o freio lios deiitcs niio para coin tliie me rcsolvi a clizcr ao coiicgo Roclia
Sizese liiiina petição dc vossa mcrcc Iciilio a d:itlo aci s~ici.:il:iriotlc cslntlo a perto tle
dois meses, e quazi toclos os dias Iliri Iciiibro perto tlc tlois iiic ciiitretcvc coiiidizcr
que andava coiii Iium iicgocio S. A. que 1180ptiii1i:i os oliios ciii otro algiiiii :isim ci.a
porque o cazanieiito qiic se avistou (Ia ii«ss:i 1iiSritil:i; c (I iicgocio tlc iinqiiicisiio c tlc
Imgalaterra s6 se tratavão seili otin coiza :ilgliiiia rigtxi~que ali.ocIiririio iiic :iiitln
eiitretetido 1111111dia, e outro cliic a levara o t ~ i vczcs
s qiic a Icva e coiii us iii:iis ci1li.c-
tinidas que vossa iiiercc sabe agora o tliic vossa iiicrcc iiic tlis qtie ~rdciir~i. a I;rci
Maiioel falle a Sua Altczri Ilia diirci para qiic n Icvc c o ciiicaiiiiiiliciii se cllc cliiizcr
que eu iiicla o iião tcnlio visto tlcpois tliic ca cslou inais iliic Iiiiiii cliii eiii Iitiiii c111cr-
e ngora quando clicgou a sumaquiiilia pasou por cicliii I i ~ i i i itlia tlc bciii cliiiva n ir ii
)rdo sem querer dctersse liuin poiilo neiii jíiiitai'.
Com João da Silva acabei a loiiirir este dinliciro ciii viiilios ;i seu pny c vossa
.mce lia Sorriia cpie ellc c o coiiego dcvciii escrever c 1150me CLIS~OLI~ O L I C íO10 IIiogo
de Meiidotiça que iiic ajudou a por sua clisso portllie eslavn jiisiriiiiciilc c~coiiiliilcsii-
do do mas terino qiie scu pay de vossa inercc coiilrir coiiz cllc c //[I Ohv"] o tlito Ilicigo
cle Meilidoilsa rião craiiios os cliic iiiciios sciili;iinos iso pcirqiic Soiiios os qiic
aboiiaiiios a seu pay dc vosso iiicrcc priiicipal incio qiic l i i i o cltic Ilic pccli isto c
seg~irolhca vossa iiicrcc que se c11s o u b c ~:iiitcs dc l'íi~crcsla tliligciicia :i orclciil que
me disse o Rociia viiilia ii frei Maiiucl piira Ihlar :i S. A. soubi'c ns coi~trisclo sliscdi-
do que n5o ouvera tlcixar dc í'irzcr ir isto ao cabo c Icviir cllc rlacliii 3 ortlc~ii~~csceariíi
130' inolestar a seu pai porque coin liseniça de vossa iiierce iião vi coiza mais cruel
nem mais sem rezão que querer do iliais vil gracaria merquanal coiitra a mais
cavalhcira acçiio que se podia fazer naquele particular vossa merce julgar isto sem
paixão, e veia se era reziio veiider seu pay de vossa nierce lium filho ern Argel para
acudir aquelle primo quando o lhe faltassem otros meios que eu sei iião faltarião se
o seiihor Manuel Valeiile quizese percler alguiiia couza mas disto iião lia mais que
fillar seiião ter boils viiilios para disdizer corii a opinião que tem aqui das suas care-
gacois eu tambeiii daqui tiro rileu emterese porque quaiido não seja mais que com-
servar o credito de seu pay de vossa nicrce porquem cuiiipre acudi ilão tão pouco
alei11 de que ficoine o escandallo por me 1150ser ila dita afim de pcçoa iieiiliuina da
illia poiz ade que niais me fiava ine Sas ao menos ficar coiihesido por pouco prudeiite
e iião coiiheser as peçoas coili queiii liclei 4 aniios inda asiin para tudo o que eu
prestar de t5o nesesario de vossa iiierce em tera inuito as suas ordens a que111 Deos
goarde. lunqueira 4 de Novembro 1679 //[I071

Carta para Alexandre de Moura


em 7 de Novembro 1679

Neste navio Srances ein que veio o desenibargador recebi 2 de vossa seilhoria e
como era graiicle faltti que tinha dellas foi maior a minlia estiiiiação na sertesa de que
lograva a saude que lhe dezejo seiiipre vejo o que vossa seiihoria ine dis que teiii
~>açacIoneste iiegocio de iiigrcces e creio saira tambein della como de tudo o mais
porque coiil~eçoi~iiiitobcin o zello com que vossa seiilioria obra e111tudo, e a ser zello
1.iccaria ciellcs eu tciiho por noticia qiie hum dia destes e de ser chamado para Ii~iina
juiitn e111 qiie cuido se ade tratar dcstc iicgocio e de Iiuma queixa que me dizeiii fueiii
os fraiiceses tambcm os ti.alainentos que se Ilie filzeiii nessa terra scguresse vossa
seiilioria qiic não se ade aliviar o seu credito aiincle eu poça ser ouvido e teiiliairie se-
gredo neste particular porqiic não qiicro clicgcni com a notiçia destes bebados.
Por via das illias dos Asorcs escrevi a vossa seiilioria a eleição do seu suçesor e
pello porto a tiiilia reito a iiiicluza que são as einbarcl~iaçoisque se ofereserão depois
dellc [Cito e siiito iiiío ter c l i ~ g i i dalguma
~ para que vossa seiilioria tivesse esta iioti-
cia primeiro plo meli cuidado que eu sciiiprc de o servir eiii tudo o dito he João da
Costa de Britlo que ei~teiidopartira ale Março que veiii c eiiibarqusiqão de gerra que
o que cii e elle tcmos fiilado a S. A. outras vezes as priinciras duas inc rcspoiideu que
aiiiidu tiiio linha viiiclo a armaclzi que iião sabia se viiilia alguma fiagatla capas de
pciclcr ir clle clicgo~ia qiiatro dias inuito dciiefiq~iaclodos tcinporais que teve c sem
dois aratcs cle Liiscoito qiic h i Instimoza ciiiza « ver coiiio vierfio aiilcla asiin ]ião quis
perder a ocaziiio dc as não :ileml?rar isto a S. A. rcspondeiime que 1150virihão capazes
de tornar alcin//[107v0] tic qiie estava jrí o tempo i~iuitoverdc para ir a cssas illias o
que por estas duas rccois fieiava clle agora como Sretou Iiuiii iiavio geiioves por 3 mil
cruzados cada i~icsc comer parli a geiite e guariiissão de soldndos quc leva e seguro
do navio para ir buscar arias de galizti liuina das ilaos de Iiidia.que vinliii lia li-ota coin
quiiizc iiavios mais que para Ia se desgarrarfio coin Iiuma trorileiitta que aqui tiverão
na boca da barra coiii a qu:il sc pcrtlcrão 2 Iium e111 Peiiixc e outro iia barra de Viaiia
clue por cuid;idos iiaos da Iiidia veria se podia dar aiiida qiic eLi dit'ic~iltomuito isto
porquaiito se esta fi~zendohuiiia grniiclc pcrvesào para naqiicllc tempo irelii oito ira-
gatas iiieravilliozo iiiuito guarticbidas e iipaielli:id~is:i buscluiii-n D~iquccle S:ilioia que
era cazado com ;i iiossa infantil. e quaiitlo iiào pc7aiiio.; acabar isto que eu sentir
iiiuito creio iri iieste tciiipo o dito siiscsor cni algiirn iiavio cla forca que va para o
Brazil coin qiie vossa senhoria estcj:i advertido por cst:ir corrente e se ouver alguma
ocaziiio para que vossa senhoria qiieiia qiie lhe eu frcttc ca alguiii iiavio estrangeiro
cle força para o que traga avizeme creio Ilie 1150 ifii ;I c~istarmilito porque para ajuda
de o pagar creio avera iiiuitos pacageiros c iiào fiiltur:i qiieiii llie Iiie ca caige pagati-
do o que for rezãn qiie esta era a ii1111h:i iiltiinii lençáo quando alii estava c0111 avizo
de vossa seiilioria verei o que de ti7er.
O inoiiteiro Maioi; e eii teinos alii iiiiiitta iiicitleira quc comduzir :ijudariamos a
que lios terào e c) senhor bispo saliir provendo iio bispado de Miraiida coiilo emteri-
cleiiios nào sera nino para rcqticrieiilnto eLi e de eiitentar cliiantcis caiiiinlios puder e
se.jiui-eis \Josss senliorin qiie sc o nào coiisegii qiie o 1120 nde conscgir otreiit.
Faqo ~idverticloda qiicisa tlri deseilibargados para se ouvcr oca~iiiofazer o que
devo ira nossa terra iiio Iiii coiza de liovo de qiie dar conta inais qiie esle cazainento
qiic iligc) e cortes y ~ i csào este ines slguiiias mortes em que ciitrou litiriia de minha
prim;iI/[lOY] molhcr de Liiis de Saldaiiha deisaiido o coiii 8 filhos e a nos todos ccim
Iiiirii grande desgosto porqiic alei11 clc magoa e dcsciii1.iarci daquella caza perdcnios
liiiiiia p w a m muito para estiiiiar por todas as rezriis.
De Iniglaterru as iiielhoras novas a iiiorte tlo tiltio ilo Marques lie serta dc ROIII~L
tanibeni estaiiios coiii csperalas de as avrr hoaa qiicini Deos trazella. e guarde a vossa
senhoria como clczejo. Juiiclueira 7 dc iioveiiibro 1079 /l[lUSv"l

A Manuel da Costa Pessoa


en? 19 de Novembro de 679

Seiilior iiieo a de vossa iiiercs de I I de Jullio de 079 recrl~icoiii aqiiclle gosto que
pede Iiiiitici grande ainisade pois tiella vejo fica vossa iiiercc ja livre dos s c o s
achaques quere Deos coiisei-vallo na saude que lhe desejo.
Coiihesso iiluito bem 1x1 ( ...'!) que vossa inerce me lês sciiipre iiie acompaiil~aria
iio meo seiitiniento e a cornpanliava iio coin que fico iin riiorte de miiilia prima a scn-
liora Doiia Magdnnela que pellas suas iiiuitas prendas era iiiuito capas de todo o
estremo qriaiido ~iãcifora niiligo de ver seo niariclo que a priiiia nossa com 8 filho a
mais velho de 10.
Vc-jo o que vi~ssainerce i i ~ cdis da conipra da negra e a causa que Leve para ii5iri
vir o que seiiti porque ine era iieccssaria e porcliic vierào estas iiavcs a salvamento que
iiào esperalo, se escapou me fassn vossa merce favor rciiictella na priiiieira ocasigo,
e se pagara vossa inerce do iiiais que 1Iie custoii iio qiie esta c111 Cnclieo qne siio 62%
blirafiillas e iiieia de que iiie fica a iiietiicle e sc sobrar para outra iiegrita piquei~ae
hiiiiiia folgarei mri eiivic, tainhein vossa inerce e do que ficar devedor pagarei a q u c i n
vossa inerce iiie ordenar e se prestar pard o servir tile teiii vossa inercc as suas ordeiis
c a w s s a iiierce lhe paresse qiie a iiegrita que digo se cciniprava coni iiiítis cornoíli-
dade em Cacheo iiie faru aviso a Aiitoiiio de Barros Besscm que lia inclusa Ihc digo
o que vossa meice veia //[I 091

A Antonio de Bairros Beserra


em 19 de Novembro 1679

Seiilior iiieo 2 iiiivios vier50 dessa terra e como iiellcs nZo recebi carta de vossa
illerce fiquei com ciiidado avendo ocasião iiic livre vossa incrce delle daiidoiiie
riluitas novas de sua saude que scinprc as cidc cstiiiiar priiicipalmentc se as acoiii-
p a h a r c«m ocasiois de seo scrvisso.
Na ultima que escrevi a vossa ilicrcc qiic jB deve ter cliegado, pois sei Sis a inão
do gcivcriiador e iiie suspciideo a qiic .ia coiii ellas tlisia a vossa merce ine comprasse
2 iiegriiíis agliora vc.jii te111 o dito goveriiadcir .ia Iluina sc vossa merce a puder corii-
prar outra me Iàra hvor c o dito faw aviso D vossa mcrce na iorma clile de seti, os
~ a p c i sqiie vossa iiierce ine pedia jíl os terá na ii-ião para a cobraiisa desse graride
cabedal e se ncsta Icrrn oiivcr ciii que sirva a vossa ii.icrce me tera seiiipre as suas
ordens. //[I 09v1']

A Manuel Correia de Laserda


em 19 de Novembro de 679

Senhor ii.ieo eiii 2 eil~barcassoisque aqui clicgarão dessa terra iile faltou carta de
vossii iiierce iieiii sciiclollic ca milito toda a lcinbramsa, estimarei iiio seja por Salta
de saude qiic ~ i i clei11 coin grailclc tiido os niuitos achaclucs que iiic clis o gvoerilador
ouve ahi estes 2 iiiios,
Ao dito escravo sobre meus j7articullai.c~com ausciisiii a vossa iiiercc que esj3ci.o
seiido asim cliic se 1150 ~ireiiiitaobra vossa incrce tia sua liilta o que lhe ssibcrei
scrvclles em ludo que nie ter ocasirio de se» scrvisso ncst:i terra
Dcos goarclc. /I[ I 1 O]

De Francisco e Manuel Dias son


em 25 de Dezembro 1679

Estn iião scrvc tle in:iis qiie dc avizo de como recebi as tlc vossa mcrccs de 14 e
20 de Agosto a q ~ i c1180rcspciiidi iilc o prczci~lcpor cspcrar plo iiavio S. .lurio que niío
cliegoii riem iioticio tlcllc coiii cliic se prcziimc sera pcrtliclo queira Dcos seja Salça
esta nossn prczutisão c0111o que nic peclc csic prcseiiie piini qiicin vinha n calessa que
escreva a vossa ii-ierces avciiclo scrtcza msta licrclisrio se ciilbolseiii vossa iiierces dos
600 Iloriiis cl~ic1Cs de scgiiro nclla ate rivizo de vossa meice peço cliie ade hzer clelles
poclliaiito cllc ncscsita rla diia ç~ilcssapor se aclirircc vossíi mcrccs c coniciic;ois cle
fazer daqui hiiiiia jornada.
D~iquipartio Iiiiiir iiavio para cssa parte c por iiiiiis dcligciicias que I'is para ciiibiir-
quar nesta a des nlillieiros de laranja cle que fis avizo a vossa inerces não pude aver
praça o que suposto o senti naquelle tempo isto agora o não sinto porque como vossa
merces se descuidarão 113s flores ein que eu estava com tanto gosto em que escuzadas
as laranjas.
A conta ainda não tive tempo de aver nein de a arrancar como tiver as farei e
avizarei a vossa incrces entretanto vejão se lia em que o sirva. Deos goarde 25 de
Dezeinbro 1679. il [ 11Ovo]

Carta para o capitam João Ribeiro de Aragam


de I de Abril 1680

Por 2 vias tenho escrito a vossa incrce todas c011 tanta brevidade como vossa
merce Ia veria e a rezão que eii tinha para isto agora que eu tenho mais tempo supos-
to que ainda não iiiuito descanço respondo as de vossa inerce que tenho recebido por
varias vias agradeseiido lhe a inerce que me fas em me dar provas suas que senipre
as estimo muito logre vossa merce a saude que lhe dezejo em coinpanliia da Senhora
D. Phelipa que não sera pouca.
Tlieiilio escrito a Aires de Soiza por todas tis vias que se ofereserão e seillpre
falando lhe iiisto que vossa nlerce me aviza e creio que nesta frota que vem fara
reineter a Diogo Caldeira o que la teili de vossa inerce porque asim ino escreve ou
como já avizei D. Luis Pereira de Saa estaiiios se fis vossa nierce em sua compai~hia
para o resto niio n~adnandoelle Ia cobrarlos por seos senhores que jtí Ilie avizei.
D. Luis Pereira de Saa estainos Sa fis vossa merce ein sua coinpanhia trsu-a o reslo
não iiiandando elle Ia cobrirser por seos particulares que ja lhe avizei o fizesse que
nem vossa inerce nein eu nos aviamos meter mais com isto.
Estimo tniiito que chegasse a barqua a salvainento e a carta que mandei nella de
S. A. a vossa inerce e que vossa merce sc de coni ella por bein servido que he a maior
paga que poço ter.
O navio ingres em que se embarcava a Madeira não devia de partir pois niio
chegou ate gora com que as iinbrulliadas dos senliores dessa tem rne vierão a dai 11a
cabeça conl mais gastos e ainda que sinto iiEo ter vindo por otra parte folgarei porque
vera segura em conzpanliia de vossa inerce.
0 s vinhos que avizei a vossa merce ine ticesse perparados erão para fazer hui-ii
pagaineiito de huns iilachos que coiiiprava a João da Silva de Soiza que nesta ocazião
vai como govesnador dessa ilha João da Costa de Britto porem este fidalgo despois
de ter contratado isto coinigo iiie disse avia mister dinheiro e que tinha Ia muito vinho
com que me foi forçado da ilha.//[ll I] Ii~iniescrito de Francisco Mendes de Bairros
que se obrigava a pagarlhe a que dentro ein scrto tempo 2009; e 40s que vossa merce
que importavão os duzentos machos e querendo eu com esses vinhos satisfazer ao
dito Bairros me disse os mandasse por minha conta e risco OLLAngolla ou a qualq~ler
parte do Brazil a que achasse contta e qne o proçedido llie mandaria se emtregar n
seos procuradores ou nlandasse vir em efeitos para aqui e como eu estou tio dc nego-
cio não me sei resolver o que farei neste cazo que seja ineiios perda iniizl~aasim peço
a vossa inerce i ~ i remder
e este negocio com que este lioiiie de queri1 me vali tenha sat-
isiação porque eii com os muitos cnipenhos que fis neste meu recebimento me acho
coni inlpoçibildiade de lhe poder satisfazer dentro ein hurn anno como fiquei coin
elle e para satisfação de vossa nierce ade receber de João da Costa de Britto f 00$ dos
sitiais que me comprou que fica comigo de os entregar a vossa merce enchegando de
que Ilie farei fazer escrito que vira ainda com esta se eu puder valer se ha mais vossa
nierce dos particulares do governador do Porto Santto a quem escrevo erntregeiii o
diiiheiro que tiverem para seu filho que já ine avizarão tinlião vossa merce ser porqiie
eu ca lhe vou dando e asistindo como meu, e agora c0111 muito niais despeza porque
esta prezo no liinoeiro na caza do segredo carregado de ferros e inuito ariscado a
cortarem lhe a cabeça em breves dias porque llie fazem sulnario da culpa em que
dizem esta compreendido de morte de Pero Furtado por ser com artua defeza na
metade da ora do dia como vossa merce Ia ouvira; porei11 eu ando trabalhando neste
negocio de noite e de dia para ver se o poco livrar desta peniia e a seu pai que he por
quem a sinto mais que elle plas suas doidisses ineresia maiores castigos Deos 11 livre
que não fas pequeno iiiilagre vossa nierce peça que lhe deiu dinheiro que p~iderern
//[l 1 lv"] que todo lhe ade ser neseçario.
Espero quc o govcriiador tenha feito cobrar a divida de Christovão Monis e que
venha na primcira ocazião e111 letra para satisfaçio deste homem a quem estou obri-
gado.
Thenho falado varias vezes a S. A. que Deos goarde sobre a irnbarcasão e estes
dias o tenho apertado muito poreni respondeu o que vossa nlerce vera sanado goves-
nador com que nein as minhas diligencias nem as de Frailcisco Barreto, e de D,
Diogo da Silva me paresse valerão sem eilibargo de que eu ainda ede fazer toda a dili-
gencia pocivel porquantos caminhos puder exciigitar, e quando de todo ein todo não
ha-ja ordem ate meado de julho fico advertido para fazer na forma da ordem de vossa
merce e segurese que eide fazer neste particular todas as deligencias que fes em
maior coiiivenieiicia sua e o navio ira na entrada de agosto que lie o tempo que vossa
inerce apontanie fazer diligencia para que vera carregado de sal se antes deste teinpo
não tiver otro avizo dc vossa iiierce e sc vossa merce tiver por onde o faza não deixe
de dar ca orderil alguin cornrespoizdente seu para que aseite corri algiiin dinheiro adi-
antado porque entendo não achareii~osalgum que deixe de crer que Ihc aseitão com
parte do afretaineiito para seu aviamento e bem creio que vossa inerce não ade perder
neste negocio muito nein lhe ade sair com a jornada queira Deos seja a salvanieiito a
tomar que isto fora ja inuita despeza por ver a vossa merce descançado nesta sua terra
por hora não he inais do que avizei fico a ordem de vossa nlerce Deos goarde como
dezejo. //[I 121

Carta para Diogo de Bitancor de Perestrelo


2 de Abril 1680

Muntos tempos ha que 1150 tinha carta de vossa se~ilioriae tomara agora ter otros
tantos de falta de ocaziiio que não dar a vossa senhoria as novas que lhe dou de seu
fillio porei11 visto aver esta o i ~ ã oquero deixar a vossa senhoria sem enteira noticia
do que tem susedido depois das ultimas cartas que Ilie tenho escrito.
0 scnllor Vituriano iiic tililia nl~litosde~gosiospor dar em estudar pouco, e inda
agora soube que vossa scníioria tiver a aculpa em Ilie c»iiioilicar della serto peliqa-
lllento seu que dailcloo por efeito sc por a aiidar eiti cavalliarias e joriiadas compran-
do cavallos gastando o que não tiiiiia, c c~ci.cvcviidoiiic castas iiiiiito sol.tl do que llic
Ineressc o meu amor que Iiie eu tcllh0 c SCglii.0 1 l . i ~a VoSSa senhoria que ligo deve
pouco a ininlia pacieiicia porcllie a Illiill iilli0 IllCU ilào solicra, c coillo as osiozidades
são dos vicios as suas o troxerão 11 Verse Iil!j~pl'eZi> 110 I,iniociro na caza do se-
gredo por Ilie eiiiputarem a morte dc Pedro Furtado de Mcndonsa que foi feita de
asuada e cazo peiiçaclo na iiietridc da 0i.a do dia de Iiuina jcriclla coiii Ilul1ia carviIia
aolide o lliatarão coiiio a liuiii cão sciii c ~ l i i l ' i ç ãe~o pior Iie que dize111 esta o cazo
provado porque dizeni foi coiiipaiiíieir» de h~1111 I'ilh« cfc Christovâo de Aliliada gov-
erilador que esta lioje cm Mazagão cliic coiza cia sua lioiirra a obrigaráo a este exceqo
c0111 mais iiiosidadc que rezão dc tliic o priiicipe e os mcnistros estiio t5o escan-
delizados plo desprezo que se fes a jlistiç:~cllic lciii« qiic nos suceda alg~imatlesgra-
tia pois niaiidoii liiiiii decreto tle tliic vai ti copi:i ci1icl~~:i vossa senlioria logo
rollipera porqiic se tiie deu c111 scgrctlo c com cllc ci-iiterlcinos sc lhe ias a caiiza
sumaria o que iião clão muito trab:ilho /I[1 I ~ v "sem ] embargo de que cu trabalho isto
coill todo o empenho e coni o mesino estão totlos os mcos :~iiiigt>se pareiiles e 1)asllln
ter so boas esperanças os bons juizes iioiiieaclos que plira todos aclici boa que darcolll
que ciiido emterterei este iiegocio qiie Iie o cliie 110s importa meter tempo c111 iileio
para o que lic iieseçario qiie vossa sciilioria iiic inaiirlc lia primciiri ocazião coii~todo
o cuidsldo certidão da idadc de cluc i150 coiistc qiic tclii mais de dcsaccis annos porque
com csta pouca tle iiieiios idadc Iic so (i caiiiinlio que tciilio para o livrar da peiiiia e
eu teiilio ja espalliaclo por toda a terra qtic clle te111 a idadc! que digo c o te11110 tlilo
aos scos jiiizes e n S. A. a quem pcrli licciiça para aiitlar no seu liviniiieiito dandollie
as rezois que tiiilia para isto e sul7osto o acliei diiro 1150 me pode iicgnr c advirto que
esta sertidão veillia plas vias qiic se :icliíircii~c paiti a avcr l i 7 C voss:i sciilioria como
seu poder e como seu juizo de todas tis !raças que piidcr porqiic asiiii Ilic coiiivcmelle
na priineira coiiifiç5o que se Ilic les coml'cçoii paçava clc 20 :iiliios porem iio inais
andou coii~valor e acordo c logo o I'is atlvcrlis com boiii custo iiicii clo cliic avia de
~~spoiiclcr a scgundas poiz llic coiiipri pcssoa q ~ i c1~ii~lcssc 1:i eiitrar c clcscansse vossa
:iilioria eiiteiidciiclo cliie Ilic niio adc hzcr c;\ Stilta ri sii:i pcssoa porc~iicsc adc obrar
.ir10 quaiito poça aves plo livrar c coiiisolassc qiic cliiaiido sqja iiiuiio ira para Iiiiii~n
comqiiista aonde por eslc meio pcidcra vir a ser huin griintlc Iioiiicm asiin o espero
eiii Dcos.
O ii1odo eoii7 que o 1,rciitlcrão c as 11i:iis sircuiisiuiicias tlcslc cnzo as iião poço
dizer por papel o govcrnad«r cliic vai por essa //[I 131 illi:i c o que vai para Angolln
coiii seu Sillici que foi scii c:iiiiai.litl~itlirio lutlo (i cliic ouve c como eti mandei Ioga
liuiii proprio as viiiile a buscar porcalorio parti tidvocar os aiitos no seli comservatlor
da uiiivcrsidade qiic cntentlcmcis 1150~ipiovcitaromas ciiibtirciçara iniiito qiic lie o qiie
quero por Iiora.
Sii tio Paulo Frcire iiic qiucln conio pode :iiiicl:i que eu cuido lhe mcrcsia clle beiil
pouco laiiibciii Iic iicsccario 1Bizcr vossri sciilioria se Ilic rciiicta algiini çabedal que (i
ca tiiiha csta gasto cciiiio vira iia coiit:i c eu tão cxniisto clc cabeclais plos iiiiiilos gas-
tos qiic Tis iicste meu rcccbiincnlo clc cliic jií tlci cont:i a vossa setiliosia qiie lhe aiir-
1ii« tiro cio (1112 ine he iniiito iiesesario para Ilie acudir ~~orcliie sc iiiuito se nàc,
11;idii iiesta terrzi iisn-i eiii sernclliaiites ncgocios c Lie~iiseiito hlíir a vcissíi senliui-ia
iiisto 170rcn1iiio ~ o d e~ I ~ i ~dclcsi i r clicg;iii~l~ti estes teriiios e seca he mas alguma
cora eiii qiic sir\~a;i voss;i senliciriu iiie ieiii niuito as srius ordcns a clucni l)cos
gciaiil~..[iiiiqucriii .?C1 ilc Marvci 1 h80 13\:"1

Para Diogo Fernandez Branco


a 1 de Abril 1680

4 rle tussa iiicrcc de 14 de tle;.eiiibro coiii acroseiitaiiiciito de 4 cic Janeiro i iiicla


n:i setl:i qiie despuclic~~ Ia para C'ntli;. rcccbi. c sinto iiliiito cliie voss;i ~iicrceme dip;i
riellri passa itidis~-icistopoiqiic Ilic tlc/clo iiiiiiia saii~lec niiiito descaiiçci clueira I)e«s
d,irllic a vtissa iiicrcc Ii\~r;iiidooele toelos os iiialcs coiiio iiccccitu a siiu cnzii.
Scii iriiiào de vosso merce estoii iiiiiito coiicentc de o ver I A ticliii c espero cliic
v c ) mercc ~ tciihu o gostci ele o l e r eiii lugarci míiicires c ii~iiitoco~iifori~ie ao sei1
iiicicsimeiit».
r o1113s I ~ I V I ~ ; Ise
S e1il;itào iiiiiito logo os dc.vedoics eliie tcin coiivcrtiilo o diiiheiro
qiic devem eiii sniigric iiz5o diiiiidíis para riào pag:irciii como li.?, Liiis Roiilào Sinel
eu 1130 toriiei a f:~l:ir nesta iiiatcria ti Sorío Fiirtiido pc)rcluc dispois cliic entre iio coii-
tlxte~de nicii c:iraiiiento de qlie ]:i dei coiita a vossa incrcc c iio galanteio ilo palacio
e slepo~snciiiparellio c ohias das miii1i;is curas scgiiro a ilussa incrce cliie n5o tive er:i
de ii-~ciiporei11 espero aiiida fii~ercilyuiiias diligciicias coiil Joào Furtado n ver se o
poso coi-Ivuicer, e cliep;ir ao que Iie icznc, qi~~~iiclo iiàii iiào cliicira ii:irci a seu iriiirio
de ertleiro ;is iiia\ coiitas e alguinns c:irt;is qiic teiilio tla C'iivillit5 eiii rlrie coiifeça n
di\ ida paiu ver sc ;I poclc obrigzir por ilistiçn t;iiiihcni lhe darei esta iiltiiiin coiit~cliic
cllc dcii qiic ine paresse clesiicscçnrio iiiniidalla voss:i iiierce foi ;i rcrào ~>c,i'cliic a iiào
iiiundou Aiitoiiio iic ()liveir:i qiiaiido escic\!ciiius pela bniiclun.
Nesta oc;izilio vai o çovcriiador Soào (Ia C'osta ele 13nrrcio ;i queiii por vczes teillio
eiicoiiiciiclndo a peqcia de vossn inercc espero cle cllc qiic 1':iça diso a estimac;ào cliic
VOhbil IllL'I'CC lllCi.CSe.
Da ciirrcgaçio de (iiiic n$o lia iiotici:is alguri~astia fiota qiie eu incspero algiimn
coira c1tieii.n Ilcos \lcnlio //I1141 n sal\/uiiiento qiie o dcsqo tarito ~ i o rvossa iiicrcc
como por iniiii qiic coniu iiesccito tiitiibciii de tado o socorro 1110s iiiiiitus g1st0.r cpie
fi71iiiiiiliciii iicst:i oc;i/i,;io c de iiicu iccebiiiiciito qiie foi Doniii~gogoi'clu.
O çovcriintloi dc Aiigolla tniiibeii~víii jo Ilic iiào iiiaiiclo entregar as pipas de vinlio
de qric 115 avizu a \!c)ss;i iiierco l)i)rqiii:~ C ~ I I I Ccoin
I cllc citro acordo.
( ) iiatio iiigres 1150 veio c11 iiào sei c;i 11 rczào so sei qiiaiito o scnti Iior iiicir cin
iiiiiihn m;idciiu cliic viiilia cinharcíirla iicllc c por a iii:is da plaritn das batatas cliic n
cie/clo iiiiiito.
Agra~lcço3 vossn iiicrcc iiiliitu os iniiiios cliic iiic iiiniidiivn iiclic c o cuiclado clue
teiii ele iiic fiircr iniiito.
L>e Cabo Vcrcle nic I I I ; I I I ~ ~ O LOI g~)vcril;~d~r
11~1111rcc~bode hiiili I~~;~iicisc« Pereira
proclirudor de vossa iiicrcc dnq~icllailha dc 22$052 qiic crn u mct:idc do proscelido
da cliinrtoln de augiinnleiitc vei ii coiit~icio asricrc qiic iii:iiitloii Soào 1:eriiancic~Vieira
por onde vossa merce vera a parte que lhe cobe que se entregou a Antonio Roiz
Marques por ora não ha mais de que avizar Deos goarde a vossa merce Juilqueira 2
de Abril 1680 //[I 14v0]

Carta para Aires de Soiza


em 2 de Abril 1680

Atnigo e senhor meu ein liuns navios que daqui partirão a dias atras vos escrevi
niui breve por andar tão ocupado coin coizas perteaseiites ao rneu recebimento que
apennas vos pude fazer aquellas 4 regras agora que já tenho acabado c011este nego-
cio vos peço mui particular novas vosas e folgarei in~iitosejão conio sempre as deze-
jo porque só asim estareis livre de todas as queixas que vos inolestarão nesse pais.
No que toca aos meos particulares que vos teiilio escrito se me não oferessa nada
de novo, e espero que rne façais o que vos inereso e que nesta frota que vem me venlía
a dernizia do mulato advirtindo que do que ine avizastes ine mandastes o anno paca-
do rne não foi entregue mais que 20 pranchas ou mas que me entregou o Gedes e
como não venha conliesimeilto de alguem nem ellas trazião mas oje desdeu me as
que llie pareseu prares c o ~ ~ t que
r o deu ein Penixe suposto que salvo todas as que
troxe me respondeu quando lhas malidei pedir que lhe mostrase o conliesimeiito e
como eu o não tinha ficou tudo no ar asini que he nesecario rnandar mas e o modo
de poder obrigar a estes homes a me dareli1 o que se Ilie entregou as varas e iiie cntre-
gou o g~iedes30 muito mas chegaridon-ieservisos mas dava das suas porque as mIi1-
lias qitinhentas em no noin as deitou ao inar com o teinpo sube desta parte dii ver-
dade e João da Silva me eiitrejou as 30 que trazia plo sei1 conliesiiiicnto dc tudo o que
recebi agora vos peço me remetais a demazia como digo eiii 2 fexos de asucar que
traga111 ate 20 arrobas pouco mais ou ineiios e o mais em covoeiras e varas lia forma
que vos tenho dito nas atrazadas ou na que a vos vos pareser sera n-iilllor //[I 151.
Na fazenda de Guine espero e111 Deos estejais já ciltrege e que na ocazião desta
frota me remetais alguma coiza para ajiida dos muitos gastos que foi nesta ocaziiio
vede se ha alguma coiza em que vos sirva que para tudo ine tereis muito as vosas
ordcns Deos goarde. Juiiqueira 2 de Abril 1680 //[I 15vu]

Carta para o capitão João Ribeiro escrita


em 23 de Maio de 680

Hoiitem soube partia este navio para essa ilha e no inesmo instante FLI~a cnza de
Jaques Godofrey a buscar este cappitam para ver se podia ajuslar coin clle o freta-
ineiito que vossa merce me tem eincoi~iendado,porem como são fiaiiceses, seriiprc
vendem as suas couzas inais, e não quis dois rnil cruzados, que Ilie chcguei a proiiie-
tter dentro iio navio, honde fui hoje e por não exceder a ordenl, e elle hir a essa ilha
c111 direitura lhe não quis dar inais, supposto que critendo que he o inellior ques e
podia acliar, para o intento, por bem coiicertado, de arinais, e o mais rieçesario para
a deí'ença de qualquer incontro desa lei e asiin aconsclllo a vossa merce quc por mais
uin ou duzciitos iiiil reis 11'50 deixe de vir iiclle c creio que viiiclo o goveriladoi. aos
pasajeiros que alii cndcixlo cliie cslam para vir niio pcrdcri miiito visto elle Iiir coili
telição de hizcr viagcili as Tercciiris ~ L I vir6
C tio propriori porto que vossa iilerce tliie-
ria para achar largíi de casei1 do niais ~ L I oC Moiitciro Moi riiaiidii ordeni para qiie sc
]lie CarregLic a sua liiadeira, e cciiu a iiiiiilia vira bastaiitemciite aborrctado e coirio a
ludo isto vossa mcrce Ilic liadc por o p r c ~ opodcrií srihir muito convciiiciile o desta
viagem, e eu j;i 1iã0 lSat(3 de Ollti.(i, SCill lloV(1 avim de vossa iiicrcc porc111 par21 que
este cappitam iiiío ponlia o baraso ila gargniita a vossa iiicrce Ilie teiilio clito que huiiia
veç clue não quis qjusiar coiiiigo, que fico parli Ikclar oulro a vossa mercc iião claiiclo
sua h. a hig:ita de gircrro utlie sclcinbro como Iic dito coiiiigo, para coiii isto o eiifi-
ar mais ria cxorbitaiicia rlo presso, c liisto es1?1111;1iri vossri IIICTCC pclla terra e o diri
asim ao goveriiaclor c c o i i i ~cst:i iiiio scrvc de iiiais pclla brevidade c0111 que partc,
11ie iiào alargo, e mc rciiietio a qiic teiilio ti vossri incrce escrito, c I'ico coni muito
alvo roi;^ ],ara ver i1 V O S S ~ I~iicrccin~iitosedo iicsla cazn, c se ciitrctaiito sc offcrcçer
aigiima couza de seu sciviço, ricliii me tcin vossa niercc m~iilotis suas ordciis n quem
deos goiirdc //[I 161

Carta para o governador do Porto Santo


de 23 de Maio de 680

Por esta gvocriiador cluc Iòi daqiii cscrcvi Iíii&iiiiiciitc n vossa seilhoria, asim para
saber cle sua saudc, c«iiio dandollic iioticios tlas couzas de sc~ifilho, e porquc agora
partc este navio (irida que coiu brevidade depois dc clicgrir n niiiilia iio~icia)1150 quero
deixtir de dar noticio a vossa sciilioria de coino cll:i cstti iio iiicsii~oestado, sem se (lar
Iiuiii passo no seu livraiiienlo porqiianlo o corrcgcdor tlo criiiic dii corte seu juiz rcl-
latos estti suspciiso por liuina prizaiii cllie í'cs c111hlim criado do Nuiicio, e de outro a
quem passoii, lic incu aiiiigo c detem este ricgocio, e bcin ncccs:irio li1i isto porquc
este cavalliciro csti de forte, que cada dia da ilova causa aos meus tlesgostos, c scus
riscos, e I'oi a proxima, cliic sintiiidii o frivor que Ilie hzia o carcereiro por meu
respeito, Ilic pcdio licciiça para se Iiir qriiiitri. feiiri de Eiidociiças(...<)e Iòi com tal
deszuzo que aiitlou correiido igsqjas c S~ilaiidocom toda a pessoa coiiliecitla dc sortc
que o escliaiidalo foi aos ouvidos de S. A. por rliicixa dc varias pcsoas de que nasceo
iiiiiiidar Iiuina ordem se rec«llicccm clu~iiitosprczos avia com iiiuito aperto, com que
não só I'cs inril a toclos, senão iiiuito iio seu iiegocio e iião admitte concelho algum
que eu Ilie dc l-icllo qual me he hrçozo pedir a vossa sciilioria cliic lia octizião cLa vinda
do gciveriiador A1cx:iiidi.e tle Moiili Ihc ii-ianclc ortlem ci pcssoíi que Ilic hadc assistii;
que eii mc ilão atrevo :i mais que asisliiiclolhc ao toc:iiitc ao seu livraiiienlo que lie o
iiiais que posso h e i . por servir a vossa scnhoria c se outra c i m a ouver eiii que o
possa fazer para tudo mc te111sempre certo as ~113s ordeils ctc.//[l I0vL'].
Diogo Fernandes Branco
de 23 de Maio 1680

Senhor ineu recebi a de vossa inerce de 14 de dezembro passado e depois por


Cadis otra copia da dita com acresentamento de 17 de Janeiro c de todas faço sem-
pre aqiiella estiiiiasiío que devo a nierce que vossa inerce sempre me fes e lhe respoii-
do agora con toda a brevedade plo pedir asim a com que parte este navio depois de
eu saber a sua segunda.
A segunda que digo recebi respondi en companliia do gvoernador e porque enten-
do não avera duvida ter se chegado não repito o que dizia a vossa merce e só respoii-
do ao acreseiitamento.
O iiigres como estava carregado (...?) sempre rcsiei o susseso que teve corno coiza
sua sinto que vossa merce tivese o trabalho que me dis, e de novo llie agradesso a boa
vontade com que ine faz favor.
A planta de batatas s o lie o que sinto poreiii espero que iicsta ocazião venha iiiuito
be1i1 encomendada ao capitani João Ribeiro que creio vira neste navio e o capital11
delle que já ine conhese e lie muito boin liomein.
Vi a carta c10 goveiiiador de S. Tlioiiie e estiino muito as novas que nos da espero
em Deos que algiiin dia nos ade favoreser a f~~rtuiia eu não me duvidarei de escrever
avendo ocazião juntariieiite o farei a beja vossa merce tambem o deve ftdzer para que
lhe remetam a sua parte como melhor lhe pareser que eu Rogarei que vossa iiicrce sc
embolse com brevidade do que llie dera e por hora não posso ser mais largo. Deris
goarde a vossa inerce.
Se ouver jB algiiiiia pesa da nova Faça me favor de ine re~ileterIiuma diizia de
caboz são os que me bastão e algum peseginho de conserva para ca se secar digo cu
teer iiiiliior e digo 8 reais o como se seca e toinara a reseita de como se fas e a cln
batatada e dos ollios de sidra//[l17] digaine vossa merce a Antonio Correa nie iiialiclc
as sementes que lhe tenho encoinendado e alguin caxão de viiiho figos os iiiais quc
puder e de (..?) algurii e diga me vossa merce cometida com este governador e a telu
e aos ainigos que mais queixas que não llie escrevi ine desculpe que niio
pude//[ 117vU]

Carta para João Antunes o Boga


em 12 Novembro 1680

Eu j52 estava coiii cuidado de não ver novas vosas quatido me cliegou esta vosil
escrito me livrou delle.
Espero que tinhais deitado o lagar e pelo que ca houve entendo que o de lionii-
gais sera ja augoa tallibem por não perderinos essa iiieia inaquia que este aimo iiào
se pode perdcr liada porque nem sabeis o estado em qlie estou coni as perdas que iive,
e asiin vos ordeno que façais esperar tudo quanto puder ser os donos dazeitc iia atc
se Deos da auga, e so quando não possa ser inenos farei o que tendes ordcnado.
O ajuda~itainentodos celrigos esta beiii feito espero pella pitissão dos moraciorcs,
e sertidões dos escrivais que ahi ouver e dos vigairos ein como este Iogas Iic muito
necessario a comenda que os dois não podem dar vazão azeitona dos olivais que sc
teln posto de novo c que fica de liuiii anilo para o outro 110 desa feira com que os
donos teiii muita perda, e ilsiili liiais me Iie muito iiecessario otra servidão que justi-
fique e niesino aqueiie soiilii e111 que iiicu irinão Antoilio Francisco começou o lagar
a co~iiprarãoos frades para com isso estrovareni a fabrica deste 11egocioisto logo c0111
~ o ã oAntunes e coiiierá que o iiiais dc preça quc puder ser a por parte segura reineti
//[I 181 vão 6 iiioios de scvada porquanto niio fica mais aiiida elle a tiro da boca das
lilinhas bestas por mil dcsscs Iioliieiis se uin pudese i~iaiidarinealgum dinheiro ou
ouver qucin a queira alguina coin a sciitetiça lia ilião muito folgarei porque estou e11
grande ilecessidade qiiaiido iião ficara para pagareili por o novo e lhe aveis de fazer
fazeriiie escritos illuito seguros aos qlieili a deses e se achares que não tein por oilde
pagar alguili Iie ilecessario quc dc fiador por iiiais seguraiissa, e a direito que hoje
levaildo a 200 aqui e que toliiario cslcs iii~iitoque iião faltaria queiii me desse iiiais
daqui a h~iilspoiicos de dias de plarovos isto por aver de vezes collio aveis de dar
porque fiado paresia rczão olro prec;o vão taiiibeiii 2 cluartos e h~iniapipa para vir
viiilio que reiiietereis o iiiiios deprcça cluc puder ser ser dizelido a Manuel da Costa
que o ade vir aqui clciiter lia praia que asiin o digo ao seu ardis do barco e se ouver
algumas capaiidurris Iiilgarei que iiias ~iiaiideshuin cortiço dellas bem cmpalliado e
iapiiialdos que outra Ii-iiln iiáo querri sc onver iaiiibcrn nozes baratas quero h u n ~par
de alqucires Deos vos goardc //[I 1Xv"]

Carta para Manuel da Costa Paçoa


em 18 Dezembro 1680

Rccebi a cle vossa iiicrce dc 10 de Jullio e suposto que ine dis passa coin acliaques
a estimei muito c folgarei esteja vossa iiierce j B livre de todas as inolestias poipue o
vejo aqui iuuito scclo se acazo vossa inercc e VLI par das rilãos desse bispo que he a
iiiais cruel geria que podia Ler coiiio eu espriineiitei coin otro tal antescssor deste na
ilha da Matleira espero tlo bom niodo de vossa iiierce e da sua purdencia tenha tam
boa vitoria C O I ~ Oc11 tive pois o cntcntei dentro eiii G iliezes depois de ine escumungac
Si1110 muito que a negra inorrese porque hera 111uito necessaria que coin o ilosso
cstado que toiiici dc que ja dei coiita a vossa iiierce sempre são iiecessarias estas
peças, e ininlia iiiolher estava com bom apetite esperaiido estotra que vossa merce dis
taiiibem cleviri lcvar o iiiesilio caiiii~ilioque suposto que vossa iiierce dis e remete o
mcstrc dis Ilia niio edregarão e asiin o inostra o coiiliesimeilto porque 11ão falle mais
que nos trcs iicgros quc cliegaráo eiii tal estado de Some e sede que depois de os ver
iiiais de clois iiiescs ciii caza coiiienclo sustaiisias iiic morreráo os 2 inaiores coin que
estas iniiilias eiicoiiieiiclas c1 tudo Soriio tlesgraçadas.
A coilta que vossa iiicrcc dis tainbeiii rciliete iiilo veio devia de ficar la por des-
cuido coin que não sei o que dc avizar ao conego Antoiiio Valente de Sailipaio se para
ia oiiver alguma eiubarsiío vossa merce lhe rciiietera Iiuiiia via e a outra a iniii quan-
do //[I 191 poder, c sc a negra esta eiii iso iainbem folgarei milito venha que avcndo
teiiipo sera boa c vcja vossa iiierce se desta portesta em que eu poça servir que para
tudo me tera iiiui proi~to.DCOSgoardc. Juiiqi~eira18 de Dezeiizbro 1680 //[I 19v01;
escrito da quita que se deu ao rendeiro das alencases
e alcadaria mor de Soire

Por este par mim feito e asiiiado digo eu João de Saldanha que cu quito Manue]
de Alvellos Ribeiro meu rendeiro da comeiida das alcncases e alcatlarin mor dc Soire
sento e siiicoenta mil reis por aver respeito a perda que tive o ainio pasado de 680 da
dita comenda e pera verdade lhe dou esla hoje iia miiilia quinta da Juiiqlieira em 19
de fevereiro de 1681
Não se lhe quito11mais de 50s i i i i l reis suposto se lhe deu este escritii //[I201

Para o vigario de S. Martinho de Lagares


em 20 de Fevreiro 168 1

Senhor meu iiiuito teinpo lia que 1150 tcnlio carta de vossa mcrce inas como se1
pasa com saude asini por alguns Iioiiieils, que aqui trai.,cm gado dessas partes, a que111
senpre o pergunto, como pello padre Anitonio de Motte Iie iii~iiosa peiiiia que teiiho
dessa falta; vossa nierce inande iiiuito particulzires tomaiido esse tiabalho por conta
de alguma peiiitencia da coresrria se a ocupassão dclla lhe deo lugar.
Da carta que vossa merce escreveu ao dito Mota qiic vciri ~>eiloportador desta
saube como vossa mcrce satisfes os bois logo 1710 lhe bc-jo tis mãos e tail-ibeiiipias
liiigoas que erão tão excellentes que erão iieçessarias ter eu olras tantas para as saber
encareser.
Digame vossa merce se lhe cliegou huma carta em que Ilie dizia a tcnipo atras
sobre o arendaincnto da comenda que qiiem mais desse era mais amigo, c o que tem
feito neste particular porqiie suposto que lhe cu falava ein alguiis que aqui iiic iiiail-
darão falar se entendia so para que vossa incrce tivesse eiiteiidido a gciite cl~ica qiie-
ria, e iião para que vossa merce a deixe de a dar da su:i 11150, a qucni vossn inercc Ilie
parecer milhor e mais seguro 110s pagamentos poiquc 11e serto que este sempre scra
o qiie mais me convei.ilia e asirn nâo tenlio que dizer a vossa mcrcc mais iieste par-
ticular que o meterlhe todo o jogo ila inão que vossa mcrcc o giiveriiiira coiiio Ilie
pareser/l[l20] e so a direito que quero doze arobas de prezunto de pitailssas que iilo
gastarei rneiios ein iiiiiiha caza e que destes :iiicle vir seis para 3 Pascoa e seis para o
S. João e 100 varas de estopa e 5 ou 7 o de palo de linlio a mctadc insiis fino que se
achar e outra aniilade ate preço de 160, 24 guardailapos ortliiiarios coiii 2 toallias
irmãs de 3 varas ao inenos de compridas e vara e iiieia de largo e 110 corcgimeiito (lar
por tudo e por 2 bois cada anno vindos pla pascoa ficando livirs os 400.Y;inil reis para
gajurelles sera tiido grande como vossa iiierce for o qiie custuiua c eu aseitaiei tiido
o que vossa merce fizer coi~iocus~irii~a.
Pella copia junta vera vossa iiierce coi110 1l1e tenho jlí escrito coii toda a iniudeza
e clareza que vossa merce ine pede nesta siia de 18 de Fevreiro qlie ine clicgou agoia
iieste correio pacado a 2 1 de Março que eu estimei pellas boiis iiovas quc vossn iiierce
ine de de sua inelhoria que quizera nsio padecer achaque iicnliiiii~e taiiibeli~queira ou
borilara saber coiiio sc cleteiii tanto oii perde111 estas cartas que tem inais pciigo que
iisque vào a Iiidia e asiiu iiie tiiilia resoluto a dcxallas registadas e a ~iiaiidar2 ou 3
vias como agora faço neste particular ita cuiiieiida me parese 1150 teriho niais qLie
dizer a vossa ii-iercc e só que me maiide avizo do que teni obrado e teiido areiidado
como cuido Ilie peço iile faça vir logo os papeis juiitos que digo a restarite desta vai
f. 126 //[I211

Carta para Bernardim Gonçalves de Moura


em 22 de Fevereiro de 1681

Senlzor meu ntc gora 1150 escrevi n vossa iiierce sobre o arcizdaiiieiito da miiilza
coiiiencia d:i sav~icheirriporque ficarei primeiro esperar por liuii~criado meu que Ia
tiiilia arccaiiclatido alguns caiiatros de azeite qiie Ia ouve agora que he chegado a iloti-
ci;i í ~ i i c e ucspcrava avim a vossa iiierce que pode escrever a seu pai que Ilie diga o
ultimo preqo porque cllicr tomar si coiiieiida para que vossa iizcrce ajuste coiiiigo dari-
doiiie iiiais cio que aqui jíí se iile oreresse qtie são 350s em diiilieiro e duas pipas de
ii~eitepostiis aqui fora as pitaiiças de í'ruta e gnlinhas; porein eu i ~ à oquiz deferir a
isto que lie o iiiesiuo poi-cliie eu 3 dava n João Antuiies de Mattos parque a dita coineii-
da cresru e scra iiiais iirciidado viiiho passaiitc de duas pipas, e ao diantc sera iiiais
porqt~enijri os inciwdorcs dclle a pag:irem da fiiita ursurpado este disimo asim que
coiii o avim que vossa inercc de Iíi tiver qjustnremos e se iso não tratarei cle outra
couza, e iidese advertir que vossa mcrce adc dar o diiiheiro que queria dar ao
Meircllcs arlicritado de clois siiiiios areiidaiido por seis e sc acazo veriser a clenianda
que trago para Sazcr o lagar tambein/l[l2 lv"] se adc asistir coi1-i diillieiro por elle e
então se poderi1 dnr mciios :io Mcirellcs e depoiz dc f'cita a acreseritara a renda aque-
Ile niidiiiiento q ~ i csc ciiteiid~ique elle poticrii ter isto he o que por nzeudo vossa
iiierce pode iiviznr iicste corrcio e a iiiim se hn iilgiima couza c111que o sirva para que
tudo nic teiu ii-iuito iliais proiito as suas ordciis.
Llcos goardc a vossa inerce. Junclucii.a 22 de Fevereiro 168 1 /I[: 1221

Carta para Antonio Luis da Rocha sineiro


sobre arrematasão das fazendas da ilha Terceira
em 22 de Fevereiro 168 1

Meti amigo Mnrtim de azevedo Cotitinlio e Bernardo Cordeiro de Espinoza me


escreve silo os tem1,os atraz da ilha Terceira sobrc liuinas reiidas que aqui querem
toinar e nic dizciii que vossa merce aclc ser o que as ride arcmatar e ser fiador dellas
c maiidaiido c11 dizer isto a vossa inerce pello cappitaiii Frailcisco Borges Leal Ilon-
tciii mc disse qiic vossa iiierce duvidava elii querer fazer esta aiiiizaíle c estes Iioiiieizs
e como a tempo he cliegiido pois se aiide arematar terça feira as dittas reridas lie
iiessec:irio que vossa iiicrcc ine :ivize logo 1) q ~ i ceu dcvo obrar neste particular
porque adc ser coiiiforme a seu iiite~itode vossa merce e para tambein poder avizar
iia primeira ocazião.
A ilha espero pela reposta. Deos goarde a vossa inerce. Junqueira 22 de Fevreiro
168 111 [122vn em bi-aiico] // [I231
Carta para D. Rodrigo da Costa
de 23 de Março de 68 1

Depois de vossa inerce tcr escripto honteiii faley com D. Duarte e como soube
dellc, que totalinentc S. A. 1150tii-iha negado a licença, a só não deferido ao requeri-
mento, nos pareceo, que se lhe tornasse a falar, e duvidando O Maltes enl o fazer
dizer senão atrevia a falar mais neste particular, com que me eu rezolvi a ser a quem
fallase e o fis, Dizendo: que D;' Aiitla de Aliueida ine maiidava sabera reposta no
tocante a liceiiça, que tinha pedido para seu sobrinlio elle me respondeo que como
Duarte lhe não falara mais que l-iuiiia ves entende0 que era muchcharia poreln que Ille
diçesse eu que queixa era a que vos tinheis sua para pedirdes dessa licença:
Eu Ilie dice que as rezoins que eu sabia só erão OS muitos gastos que vos Ia tinheis
e a queixa de vos não fazereili geral das gualioins; ao que respondeo que essa queixa
de gcral das gualioiils não era justa pois vos sabieis quando fosteis de quá, e que se
se fes Aiitonio de Mello que eu alleguei por exemplo, a fes Luis de Meiidoilça sem
ordem como oiilras rniiitas couzas se fazem em negar a confirmação, perguntandome
logo se coinvindo inuito ao seu serviço ficareis VOS 16 mais algum tempo. Se o farieis
ao que respondi que pcllo que vos 111c dizeis, e porque eu entelidia de vos qualq~ler
coi~vei~iei~cia do seu serviço; iiiio só ficarieis lá, inas VOS deitarieis no mar mas que
era rezão S. A. conliecesse essa vossa vontade daild~ilosOS (...?) para a poderes por
em execução, a isto clice que clle devia a Francisco dc Tavira, a quein comvinha aos
vossos particulares asiin para a licensa quatido fosse tempo, coiiio por o mais
//[123vo] lmrque por falta clc tninlia diligeilcia não se perca alguma nossa convenien-
cia. Vou logo buscar Frailcisco de Tavora para que elle saiba de S. A. a sua tenção
neste particular e só do que rezultas, puder saber inda alguma couza de que avizar, o
fkrei e não obrei i~iaisnem dc outra sorte nesta lilateria, porquc IIZO tcnlio ordem
vossa ilei11 sei o que vos estS lá n~ill~or.
I-ie ~iecesarioque vossa inerce me avizeis inui partic~~larn~eilte de tudo o que qui-
zercs qtie eri vos sirva, asiiu ilcsta inatcria como nas inais qiic forem de vosso serviço;
advertiilclo que vos heidc servir iiiillior com tnais vontade que todos, e aveis de con-
hecer, que iio vosso irinão me liade levar veiitajein, em solicitar os vossos nego-
cios.//[124 e 1 24v0 eiii branco] // 11251

a carta que esta a E 88


Por esta copia vera vossa rncrcc que me iião veilha descuidado de o avizar do que
avia de fazer desta Sazeiida que Ihc remeteu Beri-iardii~~ Freire, a quem tinha manda-
do elle ordem, que ellc dco tão proiltameiile a exec11são c01110 vossa lnerce me dis
nesta sua de 10 de Dezembro que cu recebi com grande gosto de saber vossa merce
pasa coiii saudc alem desta nova que ii-ie da que ja dava esta fazenda por perdida;
agora so se me ofcrcsa prirneira qilc tudo agradescr a vossa iiierce o cuidado, e pedir-
lhe que parle desa fazencla que lnc toca fi~cainemerce rerncter logo o procedido della
em letra coino aponta, e sa o ouro se ainda esta c111seu peço inc iiiande os dois mer-
cos e iiieio c01110 me toca asim como veio; eiitreges a pcçoa que vossa inerce enteii-
cler clara iiiillior conta e no que toca aos dois moleques maildeiiie vossa iilerce o mais
heili feita, e o oiitro veja se me pocle trocar por Iiuiiia negrinha bein fecta atlie 12
anlios e se custar mais alguma coilza do que eiiiportar a venda do moleque poilI.ia
vossa merce e da parte de Diogo Feriiaiidez rara vossa merce c iio que toca aos cabos
e vellas sedo Sara vossa iiicrce no iiiiiis que dcreiii para remeter lia iiiesiiia forina e se
destas partes ouver c111 cluc sirva a vossa iiierce o hrei coiii graiide voiitade Deos
goarde a vossa incrce. Jiiiiqiicira 22 de Março 1681
A carta de q ~ i claço iiicilsão asiliin foi feita por vossa iiierce e padre Jozepli
Mcndes de Bairroz bem podera ser que cllc teilha alguma das vias //[125v0 eiii braii-
c01
que eu iiiaiidci viiido iiiais alguiiici fiizentla de Beriiardim Freire segira vossa
1ilerce isto iiicsmo qiie aqui Ilie digo.
Somos etii 7 de Scteiiibro de 168 1
Esta hc :i c«pi:i da que escrevi a vosso inerce por 2 ou 3 vias lia frota paçnda e
inaravillioine ciizcrine vossa mcrcc Ilic i150 clicgoii iienhiiiiia desta, tudo vira a ser por
desgracia miiilia Iiorqiie esta cticoiiieiitlr~clcsde o pri~icipioatlic o cabo seiiipre foi
desgraçada c sc vossa iiicrcc dcra iioliciri si me» priiiio Aiics de Saclanha de que tiiilia
vista elle sc entregara a trrizelo nindn quc iião ouvera ortlein miilha, aguora não tem
mais rctiicdio que piclir a vossa mcrce ina ciilbnrque iio iiavio de Aiitoiiio Dias Reguo
que fica para partir prira essa Bai;~a procedido dos mgros e111 letra segura se puder-
ser e qiiaiicio se iião :iche scgiira seja de risco qualido iião puder liuiiia couza iiein
outra seja em nsiicrc f i i ~ oc iio qiie vossa mcrce quizer porque ja se me ião da de o
perder con isto não sc oí'crcssc iizais//[126]

Carta de Antonio Valente de Sampaio


em 24 de Março de 1681 annos.

Seiihor meu vai o gran NLIIIOC ci~idobeiii ciiifndado desta terra do succc;ci ,?oseu
~ileitode cluc dar:\ nova :I vossa ~ncrccasi~iias mais da terra que voss~iriierce dczeja;
porcliie só cllc as sabe bem c cuido qiic serio clc iiiaiiciin quc vossa inerce perca de
todo o dczqjo de vir sabeliis de mas vossa mcrce suas que esas se o forem boas serão
para iuin de graiidc estimac;ão.
J:í ~ivizein vossa iucrcc em como Manuel ela Costa Pesoa mc iiiandou de Cabo
Vcrclc tres iicgros clois graiitlcs e hun pec1iieno dizciiclo faziio por conta de vossa
meice c minlia clcclriraiiclo viiihão a. rccluzido de duas emcomeiiclas que eii Ia tiilha
liunia com vossa incrce outra coiu Diogo I;enlsiiicles Braiico c que iiiaiiclava a coiita
liarri saber eli o clue tocava a vossa mcrcc porem iiiio a maiido por iso não ser o que
eicle entregar n quein vossa merce ordcnar de 45$000 que se fizerão do negro
pecluciio q ~ i cniriiidei para o alciitcjo c se ião vciider iiial porque era iiiuito pequeno
e magro, os oucros clois clepois tlc os ler dois iíiczes ciii caza bciii cloentes gaslaiidoiiie
mtiis galinlias clo que clles viiliiio coli~ii.iriitos boiis vcstidos c cainas ixe i ~ ~ m e r i í o
l~uiiic tigo c outro baiizou de o ver iiiorer e iião ouve ieiiiedio escapar c pedem
15$000 de frctc iiias eu iiicla os 1150 quis clar dizemlo 1150 lhe derão de coiiier 110 mar
c por iço iiiorrerão não sei se nie obrigarão diso como souber huina e ouira coiiza
farei o que vossa merce me te111 ordenado neste particular e avizarei do que cobrar
e erntretanto fico fiel depuzitario e nluito as ordens de vossa merce para o que
prestar.
Deos goarde a vossa merce. Junqueira 24 de Março de 68 1 //[126v0]

o principio desta carta vai a f. 120


me ina~idepagar pla Pascoa
Agradeço a vossa merce a pontualidade coiii que satisfes a Manuel Pais de Foilte
arcada e so ine dixa queixozo de vossa merce que ine dis dos 15$ que fes de custo
o breve porque 11e iso tão pouca couza e deve eu tanta obrigasão a vossa merce que
daria a entender o iiieu pouco conhesiinento em lhe deixar pagar a vossa merce esta
despesa e asiin 11ão tem vossa nierce que fazer neste particular senão pagase do
primeiro dinheiro que lhe cair do que renderem os paçais daqui por diante os clos 30$
que acreserern na comenda que se ande meter na escritura de mais dos 400$ c111 cli-
nheiro tudo o que não for necessario para as pitanças qiie digo e se a vossa inerce llie
parese meta na escritiira para maior clareza todo o rendimento da coinenda e os
pacais que eu disse a vossa iiierce atidasein de froa mas com declarasão que so deste
dinheiro se ade dar 400$ ao ineirelles e o demais acle estar a minha ordein eiitregaii-
dose a vossa inerce para dispor delle o que eu diser e se vossa iiiercc ncliar coinf~~sio
nestas minhas declai-açois me avize declaraiidoine ota ves por meudo tirando o pacal
que tein o seilhor MAnuel da mote a sua ordem ou faça o que lhe parecer que scm-
pre sera o mais aserlado eni ordem liuiiia clareza de tudo o que obrar para por e111
nieinoria e de ktdo o que elle rende pello meudo porque não estoii leiilbrados (10s
pacais que vossa merce me dise andavão de fora que agora qucro sc meta tudo iia
escrita e os que as novas I/ [127] farão obrigasão de pagar o rcnideiro.
E elle acusou nos 43$ tudo o inais que derem pellos pacais e veja vossa iilercc se
nie ordena algunla coiiza de seu serviço que se tudo nie for com pontualidade Deos
goarde a vossa inerce. Junqiieira 29 de Março 1681 //[127v0]

Carta para o capitão Diogo Fernandes Branco


feita em 3 de Setembro do anno 1681

Seilhor meu os dias atras escrevi a vossa iiierce coiii liuin navio fraiices que daqui
partio pedindo lhe novas suas queira Deos levalo e trazelo a salvaineiito para que
vossa nierce inande do que passa com saude de que estas são as que cu dczcjo mais
rião me falte vossa nierce em todas ocaziois que puder com ellas cluc 1110 inereço
muito.
Da Baía cliegou nieo prirno Aires de Saldaiilia iio navio madrc clc Deos c
Doiiiingos Martiils Pereira não inandou tiada dizciido~ncem huma carta 1150 tiriha
ainda ordem para iso se beni lhe mandei por duas ou 3 dias lia frota, e porque vejo
que neiii naquele se espera maiidara o que Ia tem por csta rczão Ilie cscrevo ag1icii.a
por Antonio Dias Reguo que parte sedo iiie mande tudo o que tein iiieu, e de vossii
inerce porque he boi11 navio e bom cappitain não achando Ia outra orcleiii de vossa
liierce i10 que toca a sua parte e tenho tenssão de segurar a minha, e se vossa merce
quer que segure a siia pode avizar nestas enlbarcasois que vem de Ia que ainda que
virão a tempo diso entendo que o seguro scra 3 por 100 que não he muito:
Ao senhor Antonio de Freitas Branco escrevi hoje para que nos vejamos antes de
partir esta einbarquasão em respeito de ver se lhe convinha a vossa merce toiiiar as
rendas da senhora marqueza de casteln~illiordaiidolhe aqui huma mezada, e creio
segundo o que me elle disse não lhe estava a vossa merce mal //[I281 a partida se
tiver peçoa ca que se obrigue a dar estas inezadas que he o que ella quer depois de
lho falar acerca a vossa merce mais larguamente do que pertende, se esta embar-
quassão nos der lugar que inda aguora soube que ella partia athe depois de enienhã.
De JuliTio de Campos veio noticia que esta metido ein hiiin forte que larguariio os
dinamarquezes lia costa da Mina fazendo seu negocio e fazelidoo iiiuito mao para nos
porque se entende que se o levar a por huina seili poderinos tirar delle o nos deve e
não sei o que Bernardim freire arecadou porque não tive carta nenhuma sua porem
esperasse por ella na frota do Rio de Janeiro que la foi parar c se perdeo o navio em
que elle Iiia junto ao dito porto della escapou milagrosamente já eu estou reçeando o
que rios abrangera a nos daquella desgracia queira Deos livrarnos de todos que eu me
não poço livrar que quanto das se~nelliantescustas eu me livrarei; coin não mandar
iiiais huni real pella barra fora par hora nao se oferesse iiiais veja vossa inerce o que
ordena de seo serviço para que tudo me tesa iniii pronio
Deos goarde a vossa iiierce. Junqueira 2 de Setembro 1681

Falei coin o senhor Antonio de Freitas ajustamos que fosse otra ves falar com a
senhora Marqueza para saber o que queria que se avizasse a vossa inerce nesta ocaz-
ião f ~ i alheia
i já notra volta porque iiuilqua he segura //[128v0] ein huina asiin que
neste particular por hora não podemos fazer nada; so ine parese que vossa merce nos
avize se ella tornar a preticar o que devemos fazer inforinandosse primeiro nessa
terra muito pello meudo da renda a que tem, advertindo que o que me disse 11u11-icria-
do seo que lhe escreve que elle queria a inil cruzados livres nesta terra e 170$ de
mezada e o resto en-i 2 pagamentos nata1 e S. João por aqui julgará vossa merce o que
nos pudiarnos fazer tendo eintendido que elle quer mercador na terra que se obrigue
a isto e não espero que venha eca licenca Ia plas trapeças e velhaquai-ias as que lhe
tem feito.
A frota do Rio enitrou hontem nella veio Bernardin Freire na tive mais tempo que
de saber delle coino vililia 110 paço e so me dise que me hera muito devedor porem
que nein elle sabia ainda adequadainente asiiii que não puderei a vossa merce avizar
do serto se niio em otra embarquassão que Iie o navio do Reguo que apartira daqui
ate 20 do mes e se elle troxer algunia couza farei o que vossa merce me tein avizado
a Domiiigos Martiiis Pereira neste mesmo navio vossa inerce o fará taiilbem para que
elle remeta na priiiieira ocazião o que Ia tem //[I291 estando para asigiiar esto me
chegou por despachar hum autos de lium navio olandes que por ahi veio de canarias
porque ao ineu cuidado faça aguora este trabalho e loguo mandei a bordo huin cria-
do buscar cartas e estiinei milito achar loguo as de vossa merce para mim para o se-
nhor Antoiiio de Freitas Branco a quem loguo remeti o maço para poder responder
airida neste.
Agradeço a vossa nierce as novas que 111e da suas ainda que fico sentido que a
essa terra se lhe coiiti~iuetanto os achaques queira DCOSlivrdl0 para que vossa iilerce
se livre tanibem desse cuidado.
Com rezão deve vossa merce darme os parabciis da vinda de ineu primo &res
porque a estimei riiuito elle vcm bem de saude e de cabedais e Aiitonio M ai.tins
' cre-
cido c ii~uitogalante.
Esta nova de Antonio Gonçalves que iiie deu seo irinio de vossa mcrce proveria
a Deos que fora serta porctii na Baia se acha ate o prezclltc mais que os 5 iiavioç de
oiro e os desanove negros de que ficio alguiis com bcxigas 110 ultinio avizo coiii que
vos faço vossa merce prestar este negocio 2 inil cruzados pouco iiiais ou iiienos vindo
elitregarei a Sezar Garsia a parte de vossa mercc como ordeiia c tudo o iiiais que
mandar farei coin grande vontade.
Minha prima e ineo fillio ficão j6 livres de todo O achacliie viva vossa merce lili]
alinos por esta mcrce que ine fas e sedo eslicro de lhe dar nova dc que vcni iiiais Ii~1111
criado ou criada nesta caza.
A Francisco de Silveira darei o recado que vossa merce iiiaiida.
Deos goarde a vossa nierce. //[129v0]

Baia: Carta para Domingos Martins Pereira


feita em 12 de Novembro de 1681

A ultima que escrevi a vossa merce foi e111 7 de Sctcmbro pacado c nclla me pasou
por alto avizalo de que tinha recebido os 2 inolcques vindos i10 navio de Antonio Dias
Reguo que aguora faço; depois diso chegava frota eiii quc recebi otra dc vossti inerce
do priineiro de Julho quc cstiiilei muito pellas boas novas que vossa iiiercc me da de
sua saude quc Dcos lhe conserve seinpre mui perfeita.
Vejo o que iue dis sobrc a venda dos 4 negros c coiiio iiie iião dis o prcço e so iiie
dei os gostos que se fizer20 não me fui lugar de peclir a Antonio Dias Rcguo qiie hc
o portador deste com cspccialidadc a praça iiecessaria para a condussio desse proce-
dido, posem ficou coinig~~o de trazer tudo o que vossa incrce Ilic dcr, asiin que vossa
inerce me fas favor de lhe inandar entregar o que ficar liquido asim tla iiiiiilia conio
da que toca si Diogo Feriiandes Branco poique asiiii iile avim ter dispsoto quando iião
tenlia otra ordem em contrario sua, e se acaso prinieiro que ficaráo de pagar asucar
o puder vossa inerce reduzir a tabaco muita i-iiercc me rara rezervando porem hunl
par de feclios que tinhão atlie 20 arobas que me são iiecessarios para caza c quaiido
não venha na foriila qiie esta ajustado, intls sciiil~revossa iiicrcc clara orcicin a fazer
os 2 fechos bons coi~iodigiio para caza.
O acero tnc foi eiitregue pelo inestrc Aiitoiiio Maiiuel lia forma que vossa iiierce
o mandou.
Advirto a vossa iiierce que se cobrar alguiiia couza ein diiilieiro //[130] mo mande
eiilpreguar e111 tabaco a contento do dito Antoiiio Dias Reguo e sc o asucar otro aver
neste genero tainbei1-1seja a contento do diillieiro 1160 se oí'eresc inais qiic ficar a
oi-deiii de vossa mcrce a quem Deos goarde 12 de iiovciiibro 1681.
No que toca auzeilcia e inais petrcicl~osdo iiavio que vossa iilcrcc tcni ciil seo
poder ja cuido se tem de efeito de tudo Para que venha empregado na ft>rlliuaiimLi
/1[1 30v0]

Carta para Antão Martins Pegas de S. Thome a provedor da fazenda


23 de janeiro 1682

Senhor meu despois que recebi huma de vossa merce de 12 de Fevereiro do armo
paçado de oitenta não soube de mais embarcassão que partisse para essa terra senão
esta em que não quero deixar de agradecer a vossa merce a merce que me fel, de
novas suas, e pedirlhe mas contenue que estimarei sejão de que logra perfeita saude
como lhe dezejo.
Por e111 tudo ser desgraçado nesta viagem do Pataxo se errou o caminho que de\ i:i
segir hindo a ouvidoria este negocio porem ainda asim quero dever a vossa nlercr: a
vontade que me mostra, e assim llle peço me faça favor aplicar a Jacinto de
Figueiredo a diligencia que lhe peço nesta ocazião faça e quando seja auzente torne
muito por sua conta subir o estado em que fica este negocio e não o podendo por em
aricadasão me avizein o que devo fazer para que tenha efeito o embolço desta d i ida
~
a vossa merce me tera muito as suas ordens. Deos goarde a vossa merce. Lixboa 1 3
de Janeiro de 1682 // [13 11

Carta para Jacinto de Figueiredo governador da ilha de S. Thome


23 de Janeiro 1682

Senhor meu depoiz da cheguada de Bernardim Freire he esta a primeira embar-


cassão que eu soube partia para essa terra, e por esta rezfio não manifestei a vossa
merce o gosto que tive chegara com boa saiide, e a lograva quererá Deos seja asim
sempre como ea dezejo que não he pequena. postura nessa terra.
Este fidalguo seu antesesor de vossa merce ine disse quando veio que todos os
papeis que trazia de darezas do que tinha a seu carguo cobrar do meu navio que ahi
ficou se lhe perderão no seu naufragio porem que Ia deixara os mais importantes a
pessoa que vossa merce deve saber que me mostrou huma memona que vai com esta
para que com inais clareza vossa merce me faça favor de os procurar e de me por em
arecadasão o que la ficou de que não dou clareza a Vossa Mercê porque nzo tenho
tempo de o avizar a Villa Vizosa aonde elle esta morador ma mande por saber deste
navio a vespora de sua partida e como vossa merce era o segundo nomeado na
procurassão que Ia ficou paresse não deve faltar a fazerme esta merce pois no tempo
que daqui partio me fes de aseitar esta trabalho e o maior entendo sera a execussão
na fazenda de Jullião de Campoz, e do procurador pella grande perda~i[131vo]que
me derão sem rezão nenhum e o dito Bernardiin Freire me disse deixava embarguo O
que pode saber que elles tinhão pella ouvidoria dessa ilha avendo outra ocacião terei
la sabido com mais clareza o que eide avizar que eu buscaria por todas as vias porque
vou tambem neste diligencia com o interesse de que vossa merce me de novas suas e
merce em que o sirva que por tudo me achara muito as suas ordens. Deos goarde a
1Cl. .luncliiciia 23 tle Jaiiciru de 1682. i1 [I321

os papeim qiie deixou o governador Bernardim Freire são os seguintes

Item o irnentiirio do qiie se toiiioii ;iíi Pataxo ciii ilha


ltetii o protesto de Pero \as da Crus niestre delle
Iteni a senteiiça purd a Ieqiiidnssào e execiissào
Iterii o treslado da escritura q ~ i ctrazia o paíaxo
Itaii as procui-ilçuis clc Joào de Saldanha Diogo Ferna~idezRraiico e Pero Vas da
C'i.us
Itetn a proviziio para qiie o g~)~~t'l.iliid~re~eciitecoiiiforiiie e l l ~inaiida
Iteiii o iri\-,entarioou treslado dellc esta c111iiillo de Cliristovào Leite
Iteiii liiiiii escrito de Aiitoiiio Pais Machado de 17 nrobas de niarfim
Itcii~siiicoeiita e sete livras em ser do dito niarfiiii li [132v0 eiii broiico] 1 / [ 1 3 3 ]

Carta para Diogo Ferrnandes Branco feita


em 2 de Fevereiro de 1682

Senhor iiieo 21s de vosaa iiicrce de 7 de o~tiibroc tle 26 cle iioveiiibro recebi com
gr,iiide gosto dc saber vossa iiiercc paqa com wiidc qiie s , j a scriipre coiiio lhe dcze-
JL' c asiiii o iiiais siiito ciessa caza eu riào fiiço coni oiitra com pouco gosto estes dias
1x)rque :i 76 dias tenlio D. Caiariri:i coiii iii~iitodoeiite cie I i ~ i i i icrcqameiito que lhe
cleião sohrc parto c caiizados da pennn dc Ilie iiicirer a filhti qiir lhe iiasceo dentro eiii
ti.ch citas dc cliic csiiiva niiii perigoso airida qiic esta millior 1150csia de toilo livre.
J u Eciilio vcrgoiilia de ftllar lias coiizas tleate pataxo dc S. Thoine ~-iorqiiecada ves
iios sucede pior cotii clle eiii tocios os rei~~edios cliie buscaii~ospara cobrar a nossa
1lireiiil;i Ir3eriiardini Freire veio comoji escrevi a vossa iiiercc para forma que 1150 erLi
bciii na pririirira oii seguiida v i ~ i t afalarlhe no iiegocio ;i3" lhe iàlci respodctinie quc
no p a t u ~ oein que se pude0 l-ierdera os papeis tcidos clas clauz;is do que tinli~iohsado
poreni que erii S. Thoiiie deixara os trcslados coino vi aqiiella I i i e ~ arlisclhc qiie diss-
cse j~oriiiaior o que tinha çobr:ido respoiideo qiic o marfim qiie cstrivii em ser o
rcrliirio iio ouro qiie iiiandou e cluc 0 qiic aclio~ido iiavio o entregou 3 Cais Vellio de
cliieiil iiie dava os conliecinieritos de íluc maiido a vossa iiierce o trcll:iclo e diseilic
iniii\ o 1':i1~1 que va sei11 dizer o iiomc da pcqoa que recebeo estes piipeis que Iic
g;il;iiitc ~ ~ c I I > Leste
) e que elle tirilia o seci fdto cntroxado por iiào ter ailida caza que
IiiLi ;i viII:i V i ~ o s aver o irmiio e que ciii iiiuito d;~riai1 ninis clnrezns Soi cstar iiciis aqui
5 OLI O ~11;isscr11 O eu //[I 33v0] lei~ibrare lewir todo avim outra vez p:iru Villa Miijor
e sc ii~iIa c;irar coin Iiuma curihadn de sco iniido agora so~ibepartia Iiiiiiia embar-
c.asslo para S. 11ioiiic IIic escrevi a corte de qiic vai aos que dií.eiidollie aqui verenie
cluciii Deos veiilia 1130 cleixci e heiii para qiie vai riesta q ~ i cnie iiâo cliai bem estc
niuclo cic 1';izer se« e dcviii dc cobrar inuito iiiais qiie gastou porqiie do diriheiro quc
cstuva ine da ponta não podia so tirar os 10 negros que iiiaiido~ia Haia \lellas e ii-iais-
comoclos; Doriiingos Martiii: c disse iiiais que a Jullião de C'nmpoz se iiâo acliou nad:i
p»i. ciiib;irgni qiie niiidii uaim Iiii~coiinigiima cou/u qiic 121 ficava ciiib;irg;itlri tilclo
lladn e qiie o provedor liiiina posse coiii liiiii.; riegrnh cliic clle o b tiriira riirti\ nniciitc c
c l rolli~ tiiilia
~ leito
~ l i ~ i i i i i ivciido fcstivn c ficou ttido ciiiclo pior qiic u11tr-l~.O ~ C 10I
Iic q i i ~todos OS cliie viiu nquclln Lei-ia são liiins c liifcin o iiicsmo iuais ou mcii~i\
tltsuforadaiiiciitc c iiào o 1117ciii iinciii por [iingem in~iisiliic o seo negocio c ,ixiiii \c.
;icli>irpcqon qiic aqucllns 1)urtcs coiii cliiciii posa iicg~ici;iri~lgiiiii1i:irtido cnnveiiieiiti.
dancltiiiie olgiiiiia piiiic tlii qiic cohrnr u etelc h / c i cliiu isto iiio 1 ~ 1 1 1oti.o rcmc(tic).
.iniiiheni viii n copia ela qiic ciicrc\lco :i .laciiiio de I~igiicircdoc Aiito~iiobl;iitiii\
pc\ciii c~iidiciriiiàci tle lium Ictrudo ~iiiligomco iião sci se se satisi.:ts 21 vosszi rnci-i.~
(Ia iiiiiilia diligcncin c III cuido qiic iiic tcra iio iiicsii~ucoiii;i que eii cunta cliie c ~ieiiho i
;i chtes Iiorncns c cciinl'ii'niaiu Iieiii iiùo tci c11diido o tliriliciio plos 188s qiic se tks no
;i11110 iigol.;~sem pcii'~iiieu o i-iiio rlci Ilorcllie seir //r 1341 iriiiiio iilc disse c nrio ctcssc
qiic o coiita cin i i i i i i t ~ iiii;i~or,C qiic riùotliici ti;iqiiill» ii;id;i CILICO ~ V I C S Slia~ iii1111i;i111;io
c Ilic clle uvi/ni. a vossii mcicc cliic ri clisporiii [>;iraoiiti.ii coiini asini o 1'17 e o teiihu
c111scrviqo ciii iiiào tle litini criiicio iiico L. tom;irn por snbci o cliic vossa iiicicc ii~aiiclc
\>:iraIogiici inc tirar dcstn carga cliic Iic inuito uriscadn prii~cipiiliiic.ii\cciii tcii~pocI;is
Scst;is cliic sc cspcriio avi/c voss:~I I I C ~ C L jlor ' ilii;tlqi~civia.
A Sciilioi.;~rnoiqiic/;i nic tcin iicwu i) inaiidar clininai c iilc 11iIoii ci~itrcivcs sc. qiic-
riai \~oss;iIIICI.CC tis stiiis 1 . 6 1 1 l tc11
~ ~ Ihc respoiidi O ili1c V O S S ; ~IIICSCC iilc dis: ~ L I C irI IZI.
gii\~crii;~r c iiioirii sqio o cliie liii:
13cio ns iiíiios ii VOSSii nicrcc pcllii ~ > i i ~ ; i t lcn pe/iginlic> cl~iciiiinqiiii cri vciu coiini
iiiillioi. íicoiodisiciiiiiclii.
A plniita das híitiitas llic hiit,ir,io iiti riiai. ngo:i siilgida, c 1130 pegoii cti esta pcii.t;i-
tlorcs d;i illia scm coii/;i elos clc S. Tlioiiie c go~crii;iclorcstciiclo 1Cito chia atc qiiç
clicgo~iIiiiino itilhuicassiio dcssii icrra c li:i ties tti:i\ peiciir(i carta rle vossi iiieicc sctii
podclla dcsciihiir i1i;i.s clicci';iiii iiic I>;\SiiV;I \/OSS;I IIICI.CÇ ~(1111s;tiitIc citiiiii~milito seci
iiiiiào cstii kito .jiii/ tliis co~i[;iti,isIioiltciii O I;) I ~ I I X C ~ I I . iii;iiitlomc cli~crIiia n liiiinn . ~ o I -
ii;itln iiiío Sossc, o cil'l'icio Iic hoiii c J7Lli.il L'IIL. iiiilhor ca 1110 ti,i\i:ilhiiiiios O ~ l i i t
ptitlciiios 17odc alivi;ir ;i \Josx;i iiicicc rlos g~isiosq ~ i cIli;.oin coiii ellc. voshn
iiiercc o qiie inc ortlciiu c sco ser\~ic;oqiic p:ir;i tido ii~ctcin I / [ 133v"sic1'];ia siins
ortlc~is.ricos go;ir~Ic;i \/oss:i ~i-ieicc.J ~ i i i c ~ ~ i2c i~iI' ~cI<c\~rciro~ iic 1082
Nii ciiihnrcnssiiti cscrcvcrci ai) govcriiaclot- cscrcvcrci o cliic iiic iiiiiiidnr tli7ci poi
iii;iiid;ir a (iiiic scii,'io liir i~cstii.I/[ 1341

Carta para Bernardim Freire de Andrade


28 de Fevereiro de 1602

Scrihoi nico iilgliinu tlc vossii iiicrce lcilho escrito u vossa iiicrcc pcllo corcici
porei11 C01110 11501IvC I.cl>osl;lc ~ . c ~dc( IeL1 L1S ~erdcrssc:IS lllillllils cili-t;lh011 iIb de VObS11
~iierceC ~isiiiii i ~ crc/olvo ;I iiiaiidi~rcstil propriu por cluc sc me iiud;i de pcrcler iiiiiis c
icr p;ir tlc. iiiil rcis atriirlc ici.ilio pciclirlo tniito; 1-triiicipoliiiciiteq~iniidovoii ;i gi.iiiigiar
i~o\~iisiIe vossii iiiei'c~~ ;i:, q11;iix Ilic 11cqo C lidgarci scjiio de iluc pnyo coin hou s:iiidc.
()iioiicl~voss;i ii~crccclicpoir mc íks iiicrcc cli~crnicno p;ic;tr nondc 110s viiiios it
priiiieii;i vcs qiic nos cni clcvcclor dc iliuito cliiilicii-o c coiiio iiiiíliicll~teinpo nno subc
mais e estava para partir ao outro dia huni ~i:i\io para iihs a\ izei iito a T)icyo
Fernandez Branco que inanda dispor delle para pagaeinnto de nlgurnar ahngaSks r
as pecoas a quem se ande fazer me pertesenl cuidando tenho ein mim este dinhctTi!
vossa tiierce me faça favor avizar do que lhe a de rcspoiidcr porque corli a siia rew+
ta o satisfarei já ao dito Diogo Fernandez Brrinco pois tenho enibarcíissao para Ia t:
juiitamente Ine mande tambem a clareza do que esta cobnidc) e por cobrar em s
Thoine porque o riavio qu estava para partir se detem conl o teriipo de maneira qut
indo este coinserteza o achara ainda aqui e importame saber o que ternos Ia para dii-
por a que ine paresa n~elhore saber a forma em que ede escre\er ít Jacinto &
Figueiredo porque vossa merce me /1[134v'" deixou clareza nenhuma disto quanto5
e foi dizendo me tornava, e por esta volta corn tanta presa que o não sobe eu e
me deichou h~insconhesimentos de Diogo Velho e otro recibo de otro home sem ç r ~
asinado que dis lhe ficavão huns papeis que vossa merce Ia tinha de procurasoes as
senterissa e mais cauzas que val o mesmo que nada para eu saber o estado em que
ficou aredacassão que vossa merce me fes favor tornar a seo cargo espero que vossa
Inerce mo mande declarado, o que cobrou d e que estava em ser e em depozito o de
que ficou lá e asim mais do estado em que ficou a embarcas50 do provedor e gober-
nador Julião e Campos porque ainda que vossa merce perdesse os papeis no n a ~ i oem
que se perdeo não pode deixar de ter de melnoria o mais sustancial detse negocio e
me faça vossa merce favor emcaminhar o que devo fazer porque não quero que por
minlia nigligencia se perca este negocio mais do que esta e que Diogo Fernandez
segurese de eu ser inão procurador veja vossa inerce se ha em que o s i n a que por
tudo me tem muito as suas ordens.
Deos goarde a vossa merce Junqueira 28 de janeiro 1682
Peço a vossa merce nie reineta este com toda a brevidade porque os navios não
esperão mais que por tempo e me de niuito recado ao senhor Gomes Soeiro /1[135j

Carta para Diogo Fernandes Branco


18 de Março 1682

Senhor meu a detenssa destes no cudiar foi tão grande que deu tenipo a tudo asim
rnandei huin proprio a Berriardim Freire com a carta que vai a copia responde0 o que
vossa merce vera com que escrevo nesta forma a Jacinto de Figiieiredo, e via delle
ser estes papeis e tornado isto a seo cargo não paresse rezão por em pratica o que
avizava a vossa inerce em outra nesta mesma ocazião, e so Ine paresse avizallo da
avizo que tive de Bernardim Freire e por não lhe pedir arrecade aqui110 e o remeta as
mesnias peçoas a que estava Ia ordenado que he o que me pareseo mais asertado fol-
garei paressa asirn a vossa merce o reguo se espera aqui athe mes que vem queira
Deos traze110 a salvanlento e que nos traga o que Ia ficou na mão de Domingos
Martins Pereira que asim mandei por ordem seo irmão de vossa merce ainda me não
quer livrar de tizoureiro já o busquei por vezes e o não achei.
Fassame vossa merce favor mandar na primeira ocazirio 6 pais de asucar 11[135]
muito calvo, e o seo custo dirá etn que o quer deva sem serimonia e se vossa nlerce
fizer outra couza me fara desconfiar e mande mais 7 coreas das maiores que Ia se
acliarciil que as 1150 sabem ca fazer e se vier algm~iapeçoa de Ia que poca enisinar ca
iiieos criados a carregar iiellas c a tralxilhar folgarei.
Estava espeia~idode minha comenda por horas huiis prezuntos por mandar a
vossa merce não acabão de chegar se viereiii a tempo irão ou na prinieira ocazião veja
vossa iilerce se ha ein que o posa servir que para tudo estou pronto as suas ordens
Deos goarde a vossa merce. J~inqueira18 de Março de 1682 /1[134(sic)]

Carta para Jacinto de Figueiredo governador da ilha de S. Thome

Senlior meo depois de ter escrito a vossa inerce, se deteve o navio por cauza do
tempo que escrevi a Beriiardiiii Freire, e tivc a reposta de que vai o treslado que vossa
mcrce vera, façanlc fi~vorde me matidas por c n ~arecadasiio tudo o que Ia esta proce-
dido deste Ineo pataxo e emviarnio a Baia a cmtregar a Domingos Martins Pereira,
auzerite a Josepli Mendes de Bairros e a tiiim darrne muita ocazioes de o servir que
o eide fazer coiii inui boa vontade
Deos goarcle a vossa merce. Juiiqueira 18 de Março 1682
Advirto a vossa iiierce que o que se reineter a Baia ade ser aos dois iioineados
asima sein auzencia e avendo ocazião por Pernarnbuco a D. Diogo de Souza gover-
nador da terra espero iluc vossa iiicrce neste particular ade fazer o que não peso dever
aos inais a quem como iso pellas maos ao que sempre me tesa mui pronto e rccon-
Iiecido //[134v0 em branco] 11 [135]

Carta para Don Rodrigo de Costa


feita em 24 de Março de 682

Prinio e aiiiiguo de meu coração recebi 11uma voça feita em Bacaim com 10 de
janeiro do armo paçaclo e siiposto que iiella tile digais que fas afrontas quereis todas
sofro c0111 muito gosto, a troco das novas que ine dais voças e so liam poço sofrer a
falçidade de nie dizeres que não perdeis ocazião de ine escrever, tendo vindo muitas
sem essa diligcncia, riias conl que daqui por diante vos ecoinendeis, logo ficarão sa-
tisfeitas as rniiilias queixas; voça prima, e eu, c vosso sobrinho Aires ficamos coir
saude para vos servir e só c0111 » disgosto, de nos iiiorrer hcima menina que mais no!
riaseo, e do disgosto tive D. Catherina bem apertada.
Beni crcio da noça amizade que iiie iião avieis de negar o gosto do eiiiprego de
vos servir c111 clualqucr coiza que foses e~iipenliadoporque asiiil volo mereçe o meu
airios.
O empcnho coiii que ine escrevestes sobre liuni negocio do capital11 João da Silva
Cocorella, nic fcs logo que recebi aveça ir buscar o primo para se fazer a diligei~cia
que Soçe iieseçaria para se coiisegir n pertcnção do oiicio que tinha vagado por
Manuel de Motta //[135v0] elle nie diçe ser nccesario falar com os ineriistros da junta
do labaco que prizideiite que he o-je o Colide Poiiteves, e depois de os ter todos ser-
tos para o favor fiserão liunia comsulta a S. A. em que lhe pedião liceiiça para noiilc-
rarein peçoa em lugar do ditto Mota visto ter acabado o seu governo Antonio Pais de
Sande que he so o que tinha Wculdade por nomear a esta consulta baixou por respos-
ta e decreto de S. A. que elle era servido, ordenar ao vedor da fazenda de Goa, tiveFe
o cuidado da arecadaçáo daquelle negocio, e puzeçe peçoa que lhe parecece, e cm sua
auzeilcia dava esta comição ao secratario de cstado eiii segundo lugar; c em terceiro
ao chanclianrel, com o que atou as mãos a este tribunal da junta para iiào poder fazer
o que dezejava o quc ficarão bem sentidos, e eu a Vicente Loure~içomuito inais por
furtarem as muitas diligencias que tiniiamos feito neste particular e nos dois mais da
perteiição do abitto, e do outro oficio de silfandega, que fomos tão disgraçados que
em tudo achamos obstaculos emveiisiveis, porquc na perteiição do abito maildarão
acertar serviços para se despençar em alg~imasfaltas da calidade da peçoa //[136] e
0s que cliegarão a Vicente Louieilço for20 iiiuita de inda asini nos acostamos a liunla
petição que se fez na meza da concicilcia em ~ L I C~iiostra~nos pelas sertidois de estar
elle serviildo, que paresia que bastava para fazer liuina tão pequcna graça sem quer-
ermos cativarinos oss crviços só por isto, porque asim lios pareceo, c seu primo dite
que tiillia ordem para isso com que na ditta ineza não quizeráci defirir dizelido
não podião ir contra a rezulçáo de SA que dizia sello comsultace avendo serviços
com que nos parcseo fazer paçando esta ocxzião huma nova peliçáo cin que se
tacem todos os serviços, e pedir iiella por elles o abito de Cristo a dispci-içaçãoe algum
ina tença boa OLI merce de oficio isto tomo a meu cargo para o tcr iiegociado para a
primeira ocazião; na outra pertenção do oficio da alí'andega sc rczolvco no comellio
Ultrainarino que aquillti cra huiii oficio novo qiie Ia elegio o Vice Rei por acoinodar
aq~~elle, de que elle náo queria tomar conheciine~itopor nào fazer iiovos ordenado
isto Iie coiil toda a iniudeza o pouco que se tem obrado e scg~iraivosque não que não
foi falia de diligeiicia neili ~iiiiilianem de Vicente Lourcnço que trabalhou neste
negocio quando se pode trabalhar nesses negocios coiii //[136v"] Iiuin disvelo e
cuidado grande dc vossa merce vindo aqui muitas vczcs darme partc do que se fazia
e devia fazer e suposto que esta diligeiicia me apaiiliou c111estado de não vestir vesti-
do negro nem apareser em publico na corte por alguinas rezois quc tenho por estar
metido nesta quinta não deixei de ir fechado na ininlia litcira ii falar a todos os
menistros no que toca a cama de damasquo alqiisitihs me Iíarccc dizcrvos 1150 quero
caza alguma com eiiipenlio voço e suposto teiil~onesecidade dessas alaias não quero
nenhuma molher que servir nesta terra livre de todos os trabalhos e sein o inaior que
são as dividas e por 1150 saber serto se estaves ayiarihara Ia vos 1150 escrevo mais larga
as novas do Reino, e vos não n~aiidoalgiima coiza que dczejava mandar cuide se a
alguina coiza e111 quc vos sirva que para tudo estoii as voças ordens. //[137]

Carta de Martim de Azevedo Coutinho


feita em 26 de Julho de 1682

Sciilior meu hoje soube partia amanliã esta embarcassiio c não quero deixar iiella
de precurar novas de vossa inerce coiiio I'i~erac11 loclas as outras que tcni daqui par-
tido se o soubera a tempo porque não dczqjri outra couza mais que tcllas inui repti-
das de vossa iiierce e de todos csses sciiliorcs a quem be.jo as mãos c Dona Catarina
a essas senlioras a quem não escreve por ficar saiigratln 4 vezcs, c ao senhor daiãa
,llc fara vossa iiiercc favor recomeiidar na sua graça e lhe iião escrevo plo não
molestar.
Agraclcço a vossti iiierce iiiuito a batatada e botões que iile mandou em coinpa-
iiliia do bispo e a plaiita que veio ainda verde porem a seco depois de parte coin que
60quero fazer mais cxperiencia de 1ú neii darvos traballio cie que me toriie a inaii-
(lar
As coroas não iiie clicgarào porque tis partio o mancebo quc as troxe no camiriho
coiiio fizerão a loclas as iiiais que de Ia tera viiido sabendo eu chegarào iiiaes e asiiii
qiie tainbeiii quero livrar a vossa iiiercc desse traballio.
As iiovas do provedor sinto porque inc parece nlui boin liome e taiiibem sinto a
desgraça de Bernarclo Ciirdciro c jutltaiiiente Folgo il[137v0] que vossa merce não
tivesse feito iiq~iellareii-iatac;ãopor senào ver agora coiii elle eiiifado.
A carta cliie vossa iiierce nre dis me escreve sobre o bispo Frei João dos Prazeres
iiie n5o cliegou l.>or iço não sei o que ede escrever neste 1-iarticularporem tcrci cuida-
do de Ilie falar antes que va c buscar queiii lhe fiille por lhe eiicoiiiendsir a peçoa de
ic;o e do senlior daião coni todo o afiiico.
Os teiiipixi atras chegou aqui Iiuiii sobririho de vossa inerce cliaiiiado Feliciailo da
Rocha em coinpanhia dc liiiin Maniiel de Mello iiieii coiilieçido e coriio este e Iiunia
iiiulata que aqui esta cl~icfoi de criza do serilior daião nie serve ficari ser verdacle este
~iareiitesco,c cii o vi eiii iieccssidade de o remediar, o justifico ajudai coiii o que pode
fazendo o se Diogo tlc Criivallo e coino nesta vida se iião deu bein, e padecia iiiuito
em rezão de ser Iiuin Iinucti laf~11 iiie pareseo fazia scrviço a vossa mcrce e ao senhor
dai50 ciii o acoiisclliar fi)sse para a Iilclia aonde pode ter algiima fortiiiia se quizer
proceder ccimo Ilic acoiiscllici c para esse efeito o visti e Ilie dei tiido o que me pare-
seo Ilic ci.a iiccessario por ir cciiiio paiente de vossa rnerces e escrevi eiii sei1 fi~vora
alguiis parciites c amigos cluc tc~iliodaquella parte, c ate ao inesruo Vizo Rei e por
elle clcclarar cluando sc veio dcspcdir de mim que vir e o senhor dai5io lhe pesuia
algiinia hzcnda que lhe tocava de sco pai iiie obriguei a lhe pedir a vossa iiicrce( e
isto por asiin) lhe poiiliiío cin dcl.>ozito//[138] o que Ilic tera para que elle o ache se
deve Ilic dar vicla, cliianclo cllc tornar eu sini o creio da liciiirn c cristaiidade de vossa
merce asim 11 làsãci coilio lic rczão e seja vossa riierce serto de prestiiiio cri1 algu~iia
coiiza de que preste, que 11ic tciii niliito as suiis orde~is//[13Xv0]

Carta para Joseph de Freita Sarrão


felta em 14 de Novembro de 1682

Scnlior iiieu cstimo muito Ler ocazião dc pedir a vossa nierce iiovas suas o que 1150
faço miiitas vezes por ilic iião tciiiiar a tciiipo que lei11 taiiibem eiiipregado de nias
vossa iiicice tlc cciino passa que cstiníarci seja coia inuita saude.
Bcrnartlim Fieire tic Aiitlrailc me arecadou uni poiico de dinheiro em S. Thoiiic c
lia conta que te aguora .jiistoii coiniguo me mete 25s que por ordeili de vossa iiieicc
rccebco na Raia Francisco Jorge scu prociiratlor de Mailucl de Oliveira posto que cor-
ria coin eis iicgocios do cliio governador c suposio que eu lhe disse que iilda que era
m~iitoamigo de vossa iiicrcc Ilie não escrevi nunca sobic a se pagar a Baia, iieiii
Dioguo Fernandez Bra1lco da ilha da Madeira a quein toca a riietade desta cobrança
como ine malidou dizer com liuma carta sua que agora tive I I ~ Odeixa de cluerer lhos
leve ein conta e para o desuadir me he necessario mc mande vossa nierce dizer por
conta de quem recebe0 este dinheiro para que coin a sua reposta se desfaça este erro
da sua conta, e com isto me mande vossa nierce merce enl que o sirva que bem sabe
o eide fazer com grande vontade. //[I391

Carta para Domingos Martins Pereira


feita em 21 de Novembro de 1682 Baia

Senhor meu a ultima que tive de vossa nierce de 26 de Maio [aço reposta esti-
inando ver iiella vossa nierce paça coin boa saude que Deos lhe conserve coiiio Ille
dezejo.
Athe o prezente iião tenho tido nesta frota carta nem avizo de vossa mercc telllo
que viesse na capitania que perdeu e que viesse nella a parte que tocava a Diogo
Fernandes Branco como vossa merce iue aviza o faria nesta monssào, e coino elle
tinha disposto desta sua parte para couzas de einportanciri sinto a falta que lhe fara
asiin que com Antonio Dias Rego espero que vossa ri-ierce acabe de ajlislar esta conta
que inais por elle que por niiin a dezejo finda desfazcild«sse dessa fabrica velha por
aquilo que lhe dereni porque não perca inais na dilacçào.
O credito de 102$ e os dois fechos de asucnr recebi e Iico i~luitoagradecido ao
cuidado com que vossa inerce me h s riiercc e muito as suas ordens por tudo aqui110
que vossa merce me mandar. Deos goardc a vossa i-iicrcc Juiiqiicira //[139v"]

Reposta de José de Freitas Sarmo a f. 1 3 8 ~ "

Senlior meu com grande alvorozo e c011 tensa111 recebi a de vossa mcrce de 14 do
corente pellas boas novas que vossa inerce nella me da cle sua saude e sempre a vossa
merce sera quando vossa iiierce se sirva de repetirnie csle Favor.
Domingos Carneiro livreiro e iilorador na Rua Nova clcssa cidade me disse que o
bispo de S. Thomé irmão do doutor Pedro Luis Seco lhe era tlevedor de quantia pro-
cedida de livros que Ilie vendeu e me pedio que imlo de S. Tliomc e se clesta quantia
a Baia a mandasse cobrar e lha reiiietesse coino proineti a inoric do bispo e dilassiío
da cobrança retradose tanto estc negocio que nesta frota IIIC inaildo Frrincisco Jorge
morador lia Baia huina carta de S. Thoine lia qual me dizião quc viiiha esta letra sobre
Manuel de Oliveira Porto a pagarine a niitn auzente ao dito 1:rniicisco Jorge meu cri-
ado esta carta mandei a Domiilgos Carneiro para por clla çahcr do que avia, e niio me
lembro quem a escreve0 e sonlente sei que elle teni iioticia inteira deste negocio
porque he seo e eu nelle não entrevier cou7a alguma como digo; o qiie parcsse seili
duvida he que o provedor de Domiilgos C:iinciro que csca em S. // [I401 Thome por
Bernardini Freire de Andrade pesar a letra Ilic avia Ia de coiitíir ri ditihciro ou dar
couza que o valesse coni que se quer que a 1cti.a lhe servia de desc~irgac clc car-
regarsse da letra que recebeo para a pasar pois esta quantia não pertencia (ao que
pasesse) a esse negocio isto lie o que sei e poço dizer delle que em todos me tcrii
vossa iiierce sempre a suas ordens
Deos goarde eiii 21 de novenibro 1682 ll[l40v"]li[repete carta anterior] 1![141]

Cartas para Bernardim Freire de Andrade feita em 15 de Dezembro 1682


em que lhe manda a carta que me responde0 Joseph de Freitas Serrão
e o treslado da carta que lhe escrevieis.

Pellas iincluzas vcra vossa merce o que ine responde Josepli de Freitas Sarrão no
tocante aos 250$ que vossa iiierce nos carregava na minha conta de Diogo Fesnandes
Branco e asirn abatidos de que vossa merce Ine deixou fica vossa merce devendo
309$453 e fora o tiiarfim que recebeo de que espero lle viesse a vossa nierce agora
clareza nesta frota como rnc dissc esperava se asiin he peço a vossa silerce faça por
ina inandar e ao merios a parte que toca a Diogo Fernandez Branco a entregar a min
ou a seo irniáo Antonio de Freitas Branco porque necessita della para couzas como
iiie escreve0 em dois iav vi os que agora vierão e veja vossa merce se me ordena algu-
ina couza e111 que o sirva que para tudo ine tera muito as suas ordens.
O que toca a Diogo Fernaiidez dos 309$45 1 são 233$725 por eu ter recebido os
dois inolcques e a negra que vossa merce mais aqui me deo /i[141vo em branco[ li
i1421

Carta para Diogo Fernandez Branco

Coiii miiiias ine aclio de vossa inerce a que faço reposta larga para satisfazer a
falta ein que estou de não escrever a vossa merce em algumas embarcacoes, que
daqui partirão, de que afirma a vossa merce não soube porque ainda que estou na
boca de barra são taiitos os navios que entrão e saeni todos os dias que não pergunto
para onde v50 nem donde vem, e forme saber iiieiios de tudo o retiro em que me pus
eiiifkdado descnibaraIlos da corte depois da deichassão que fis do vreador do serado
e de procurador mor deste reino da saude, folgo que vossa merce passe com saude
que sempre lhe de Deos como llie dezejo em con~panl~ia de toda a sua caza.
Ainda athe gora não lia bispo dessa ilha noiiiiado como o ouver terei cuidado do
que vossa iiierce me ordenou toquante a Manuel Carvalho o desinando.
N o que toca ao acrescntatiieiito do cura João Ferreira por vossa nierce o bispo
ioiiio inuito por miiilia conta pello inuito quc elle meresse desculpeme vossa inerce
coiii elle e com os mais amigos delle não escrever nesta ocazião por saber hoje do
provedor partia amanhã este navio olandes.
O asucre que vossa inerce me mandou em 24 de Julho recebi e agradeço a vossa
merce muito o cuidado e a escolha delle que hera muito excelente e OS dos pais de
que iue fes merce iile vejo tão obrigado desta grandeza e das mais que estou todos OS
dias exprimentando que não sei como me ede dezeilipirihar dellas muito de que a
livre //[142vo] abonarem na conta que vai com esta.
Vcjo o en~peiilioque vossa merce tem na cadeia que esta em inão de João Rebelo
Cabra1 e logo que recebi a carta de vossa inerce em que me fala neste particular fui
buscar o seo irmão de vossa inerce para que me dissesse quem era este h o n i e ~e ~ ~
entendelido elle o que Ilie eu queria nie disse que elle esta seguro de se ttoinar e tolllar
por parte de sua irinãa de vossa merce que como eu tivesse o diiilieiro atirariainos e
não fis logo lia forma que vossa merce ine dis porquc iiie acho tão empinhado que
pello juro de inais de 25 cruzados(?) por me deixar nieu irmão que Deus tein ein
einpenlio de perto de 40 cruzados de siias dividas e depois diso fazem os gastos t.an-
tos que en lugar de tne desemperiliar me eiiipinharão iiiais priiicipalmeiite este armo
c0111 einpenho qiie tililiainos por a falta que se mal lograrão que iia deixou a todos llor
pertos.
O provedor da fazenda chegou em saude e ter llie hindo beni a descanço que dis
no que veio este inais preço porem liuni mercado a par do eiiibaxador de França por
achar orden para agraridarern mas esperamos que sedo se despache li~iniapetissão
que fes para o deixarem livre mostrar avia verdade.
Ao governador de Arigolla tiiilia falado se cra vossa inerce elle prometeo 1160 so
tomar a vossa Inerce todos vinho que quizesse mas que ergo poucas a caza de vossa
nierce com 110 irmão lhe escrevera e eu folgara que esta 2koinissão não se cumprir
porque sei o que isto 1/[141] custa nessa terra priilcipalmente o que tem a graiideza
de vossa merce as coreas e o caixão cfe doces porque me eiltegou que veia exceleilte
a batatada que veio neste veleiro taiiibe~ncreio viera da mcsina sorte por em ainda
senão dese~nbarcoupor estar o navio em huina duvida com alfaiidega a planta da
batata iião apareseo parese que não quer Deos se cle ncsta terra 1150 sc cansse vossa
merce em mandar ~nais.
A Senhora inarqueza rezolveo nào areiidar o Bogio porque se lhe não dava aqui-
lo que ella queria diseiiie o seu escudeiro que lhe corselou iso a ~iiaiidavaIa arendar
coni que ne~iliuiiiafoi posivel fazer e que desajava neste particular a Alvaro Ferreira
page 144$728 como conta da conta que veio incluza de« inais dez 188s tenho ainda
em ineo poder para entregar ao seill~orAiitoiiio de Freitas coiii algiini dinlieiro que
espero ine ~iiandeBernardiin Freire conio fico comigo junto aqui a esta terra e huin
negocio aonde o al3anliei e a fez a carrar o sctil da que tinlia cobrado que pella conta
vera vossa iiiercc que Iie tiido o que iiiihainos ein S. Tlioinc tirando a vcrigassão das
perdas e danos a esta conta Iie tão ao coiitrario ciaquelle que we tiilha dito que hera
coii~praraoiro c0111 o procedido do ~iiarfiilie agora vemos que o comprou coni o
ieiro qiie recebeo//[143vU]do clepozito e o iilais fim dis que iião sabe quanto hera
ue ainda Ilie ~iiíoveio a clareza da pcça que recebi e por iso se pos eni branco como
vossa merce vem e eu lhe escrevi agora a carta de que vai a copia espero pella repos-
ta e se iiiandar o diiiheiro como cuido entregarei logo rio senhor Antonio de Freitas
por resgato da cadeia quc cspero a va a riião de vossa merce por qualquer modo que
seja ein companhia do governador de Angolla os 250$ mil reis que punha na conta
entregar a Manuel dc Oliveira foi ilecessario de fazer este erro escrevenclo a Joze de
Freitas conio vossa inerce vera a copia da niiiilia carta e a sua reposta e eu Ilie não
falei na pouca sezão que teve na venda do inarí'im porquc aquilo jã 1180 tiilha reme-
dio vão tiío bem a copia da carta ultima de Doiningos Martin Pereira e da que lhe
escrevi lia poucos dias e c0111iso tenho dado conta de todas as vclhaquarias proprias
e olliei vossa inerce tenha santa pacieiicia coni Iiuinas e outras iiias 1150 cuide que
abatidos dos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .200$000
deveme . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8$145 //[I451

Em 23 de Dezembro de 1683 o mosso

Carta para Diogo Fernandez Branco


6 de Dezembro 1683

Senhor iiieu vi nesta de vossa merce de 5 do pacado a qucixa que vossa merce ine
fas da falta de seu tio o senhor Diogo Fernandez Branco que Deos te111 e iicliollie talita
rezão qiie me não fica lugar de o conçolar c só de o acoinpanliar nesta pcima e Ilie
seguro que o não pode vossa merce padeccr inaior porque conheço muito bem
amizade e tão verdadeira que lhe deis seiiipre que iiie não esquecem nunqua pura ein
agradecimento della servir a tudo o que por couza sua principalmeiite a vossa inerce
em que espero ver o seu retrato ein todas as suas boas partes pois se aproveitaria
i~iuitoda sua doctrina, e e asim esteja vossa merce seguro qiic ein tiido aqiiillo que
eu o puder servir o eide fazer com todo o corassão.
Coin o senlior Antonio de Freitas fiii logo falar e estive devagando coni eile e o
acliei tgo sentido como o merecia a cauza que asiii-i o liiilia c no qiic loca a compu-
sissão com vossa inerce alguma couza espero porque dis que não ade perder o que
lhe toca, que o testamento que fes seu irmão Iie nulo por Ilie faltar o siiliniclade de lei
que lhe niio tinha dado o que lhe ficou da legitinia por morte de seu pay e de siia inay
alem de que tainbein hera lierdeiro de seos irmãos, e Pedro e Lucas que inorrerão sem
testamento que se lhe ade dar conta dos rendimei~tosde fazciida de a iliorte e seu pay
aclie a entrega da sua legitima que se vossa nierce e seos iriiiãos quizcrem entrar a
partilha pello que llie toca a meassão de sua avb ande vir a colaçiío com as dividas
que a caza pagou por seu pay de vossa incrce que j i então tinha a. sua legitima rcce-
bido que tambem lhe ande descontar a parte que lhe toca dos gastos que Sizerão as
freiras; aleni de que //[146] sempre a casa sustentoii a vossa iilcrces c a scu puy e cria-
dos desde que foi de Lixboa e tainbein Ilie avião de pagar h ~ i mnegocio que i) senlior
Diogo Femandez Tez com a legitinza delle senhor Antonio dc Freiias q ~ i eo que o se-
nhor Diogo Fernandez lhe tinlia dado aclia a prezelite ainda não chcgava aos reiidi-
nientos dos jiiros da sua legitima alem de que llie devi50 d c pagar os negocios que
ele aqui fazia(...?) caza e outras iiiuitas couzas quc a iniiil não Icnibrão e que se
ouvesse demanda vossa inerce davião de vir corcr c0111 ella aqui porquanto elle tinlia
privilegias de Dezembargador; que todo o dineliiro qLic eu c:í tiiihn era seu que eu
niesmo embnrgava lia tuinlia inão para couzas quc o senhor Diogo Fernaiides Ilie
tinha mandado satisfazer cotno mostraria por cartas eu o abrriridei o que pude ainda
que não sabia o que lhe avia de responcler a estes particulares e ficou comigo que avia
de ajudar vossa iilerce, e tudo o que pudesse etite~iclcndoque vossa merce se avia de
ajustar coin a reziío para a einposissão deste seu direito vcja vossa iiicrce o que quer
que lhe responda e o que faça nisto que estou pronto para Ilic obedecer com tocln a
boa vontade.
A Luis tainbem falei logo que queira oiivece de carregar algiiiis viiilios para
l 1 1 ;I Loinava a vossa nierce ficou coiiiigo que f'ilria quando pasase as
~ ~ ~ 6 o lqiic
dei1lnis que carrcgaviio i l n 0 sei L~lieillsal por iço liie não falo iilandome dizer faloei
"ier iiiais alguiiin couza rle Chiine e arreciidarei e avimrei.
pcllo feito de doces bqjo a vossa merce as màos que cliegarão todos esceleiites.
O pc. Migiicl liois Pcstaiia niiida 1150 vi iiaquilo que se valer de 1iiin ine achara iil~li
da mcsiiia iiiaiicirri iiic acliariio vossa iiierces a quem Deos goarde. //[14úvU]

24 de Março 1684
Esta lic n ct>l?iada que maiiclei os dias atrns a vossa iiicrce folgarei de (...?)porca
tiilha pac~idocoiii saudc LI que iiie resp~iiidevossa iiierce iiveiido ocazião a tudo isto
por saber e qiic cicvo liizcr c juntaiiiente em qiic estado esta a coiita de juiita de co-
lllcrcio porclue dois mciiislros delle iiiiforiuai~losscde mi~iiqiie peçoa liera capas da
ocupassiio qiic sco tiii de vossa iiierce tinha c iioii~iandolliccu a I-ieçoa devia um
l-iiiiiieiro Iiignr iiic respcriaçiio qiic coiii iiiiiilia caza por dia sci r>orque a alcaiisara
coin iiiiiitci diiilieiro em cluc lie iiecessario iiiniidnr acudir a isto por peçoa que vossa
iiiercc Ilie parecer a qual Ilic niaiicle vossa mercc osdeili iiie busque para que eu o
emcaininlie c qjiidc, c cliiando vossa mcrcc 1150 tciilia peçoi de tl~ieillnde ficar lixe
maiidara dizcr para qlic cii o busque c que o sirva bem neste particular porque coiiio
cu vivo distantc tlo corte scinprc hc ~icccsscirioIiiiiii sclario que Ilie faria nella ca dita
a voss:i iiicrcc q ~ i ccoin ol'icio iiic pcrseguciii pcllo diiilieiro que tenlio e elic iião sei
coiiio iiic cicie iivcr iiestc ]-iarticul:ir e Sico as onlcns dc vossa merce si quem Deos
goarde. Jiiiirl~\eira24 dc Março de 1684
Esqiicsiaiiic dizcr a vossa iiicrcc quc depois cliic Ilic escrevi a ultiiiia recebi por
coiita disso so 4 caixkis cic ayuciir cliie tciilio vciiditlo I/[1471

Carta que escrevi a Dioga Fernandez Branco


em 21 de Dezembro 1684

Seiilior incu clicgaiido de lilinia jori-i:icl:i a poucos dias cichci a ultima de vossa
iiicrcc tliic estimei 1701. siibcr pava coiu a saudc cliicllie dczcjo clue Deos lhe coiiserve
por iiiuitos niiiius.
Logo tluc clicgci quis por em xccussão tudo o que vossa incrcc iiie manda nesta
sua carta c iiaclri fiz pelas rexois seguiiites.
O Moigiiclo tlc D.lliogo cle 'Tcivc aiiida se 1160 pos elii 17eiisGo porque seo Lio de
vossa mcrcc o teiii pcdiilo a el Rei por adniiiiistraçiio para si, e suposto ai~iclao não
lho tein [lado ii-ic pnrcssc iiic iiiio iicgarão, c quanclo llio iicgueiii o peclirei para vossa
iiicrcc, c se o 1150dercni c puzcrciii c111 pregiio ucho iiiuito Iiiao iiegocio este de vossa
iiicrcc porcl~iccciiiio cií iião iiclincn pcqoa cliic hça Siaiiça para este seo arciidaineiito
o 1150aiitlc arcntl~ir:i c1ticiii as 1150 de iiiliilas botis, e SLIIIOS~Oque eu de ii~uitoboa vo11-
tiidc fora fiilar clc voss:i merce iiic 1150ariclc iomnr c lia praça não acho quein a queira
ser de iiiiiliiiii-iri tla illiii pi'iiici~~altiiciitc
de vossa. inercc porque airiela iiiiiglicm tem
c«iiliccimciito tlo sco procctliincil~oc quais hc iiororio a todos o empciiho em que
vossa iiicrcc esta coiii a jui1l:i.
A sua iriiiii tluc tudo hc o iiiesino c os l-ilcitosc0111 se» tio C O I ~ Ique iieii1 faz a segu-
ra tein vossa merce para se poderem fiar e ainda para administração cuido avera a
meswa duvida ainda que eu eide fazer as diligencias necessarias para servir a vossa
merce.
No que tocão aos pleitos de seo tio de vossa merce tenho ~ubslabelecid~ a
procuração //[147vo] em huni procurador e por hora nle parese senão tem feito nada
mais que acudido se não lançassem a vossa merces a quem sinto muito niao pleito
porque tudo o que ha vossa mercc dezeiilbargador hE niao ainda que seja do iilais
poderozo ministro desta terra porque elles niui bem se enteiideiii Iiuns aos outros e
huma mão lava a outra; e asiin o que eu acste particular a ~ 0 n ~ e l lai 0vossa inerce e a
senhora D. Antonio Philicia lie se queirão comsertar com seo tio no que toca ao pre-
ito das partilhas para que se me fas merce de se qiicrer louvar eiil huiii ou dois ou tres
dezembargadores que eu numiar querendo vossa merce mais nisto eu busquarei
peçoa as mais dezenteresadas de concieiiçia e ~ L I Cdelle tenhão nienor depcndencia e
s6 desta sorte me parese poder ser melhor junto este iiegocio e comsiguirão vossa
inerces corti isto a sua q~iietaçãoe tornar a terem seo dinheiro huin bom procuiador
nesta terra para todos os seos negosios e excusar de andar c111autos publicos e o qile
andão dizendo Iiuns dos outros que por as suas contas de vossa inerce iiiilgue~iina
junta a pode dar senão elle que nesta materia tem todas as noticias ~iielliorqiie vossa
inerce inesino estar estas cá muito trabalhozas porqiie O capiiiilo da carta que vossa
merce me inanda não emperta nada por a sua descarga e seo tio de vossa inerce Iile
disse que visse vossa inerce na dita carta de qiie tirou o capitolo o que elle dis em
supra de que la tem vossa nlerce achava e que vejo beni a se0 cupiador de seo tio o
senhor Diogo Ferna~idezBranco que Deos tem e ainda que iiaq~ielletempo se eliteli-
desse estar aquella conta boa no resenciaiiiento diferente couza he resenciar //[148]
huina conta que della de pé a pé e eu não sei como vossa inerce ade livrar cstc nego-
cio principalmei~tepor procuradores e se vier ca a da10 taiiibeiii sein serem conve-
nientes a vossa iilerce que o que tudo hé niellior conserto coiii seo tio qiie ajuda qlle
lhe fizer neste 11egocio ade recuperar o que vossa inerce entender lhe dão mais se
acazo Ilie julgarem alguiiia couza na partilhas que nesta so 1ic que elle se levou em
niim ou em qriein noriliar que no que toca ao outro pleito da fazenda de seo avó como
he ponto de dinheiro lié couza que ade paçar eni julgado o posso fazer iielle Iie em
ao mandar cobrar ao solicitador para que não Iisi.ja descuido e falar aos tneiiistros
quando for ocazitio diso CLI paso nesta quinta com gente dc Lisboa não posso asistir
aos negocios senão desta sorte porque eu aos meos falto ainda que ine sinto iiiui pre-
plexo cin fazer as partcs de vossa mcrcc contra seo tio o senhor Antonio de Freitas
Branco conl quem tenho aniizade 11h muitos anilos do que tive com o senlior
Domingos Fernandez B ~ ~ I I eC estaO primeira amizade foi cauza da seguiida e asiiii
julgue vossa merce coni que rezão posso eu fazer mal c deter liiiiii pleito dc com-
sideração contra elle cotiio vossa inerce acomsellia na sua iiitrusão.
De mais que a minha coilciencia não se acomoda 111~iitoa deniandas em que se
~ I ' O C L Idelasois
I ~ ~ O 1ieni a tornar sobrc mjm Iiuina dcmailda em quc a meo descuido
pode fazer //[148v0] mal a vossa nicrce a rluein pesso ve-ja sobre cstc particular se me
pode escuzar par todas estas rezois de niais qiie detrcmino auzeiitar dcsta corte huiii
par de aiinos em vindo o verão por arilor dos empei~hosein que inc aclio coni os gas-
tos que tenlio feito e dividar quc nic deixou rneo iriliiío e sendo isto asim iiial posso
asistir coino quizeia a este ~iegocioque nisisita de Iiuiiia asistencia continua.
A Mailuel d e Miranda falei niio esta ein querer arciidar a conieilda a vossa inerte
coiilo sabe o empeiilio eiii que esta coin a junta reçeia a falta do pagamento fas isto
foi antes que fosse por a ii~i~ilia jornada agora depois que recebi esta de vossa inerce
o tenho buscado e o niio acliei por estar eiii liuina q~iiiitaIlontein ine diserão viera
hoje a toriiase a buscar e se puder ainda avizarei a vossa iiierce.
A Luis Goriqalvez falei laiilbetii dis que rião quer abaixar nada que buscara qriern
arende mas que advirta vossa merce na obrigassão que lhe fes seo tio que largalido a
ilha avia deixar coiiiorgados c fabrica coin que llie entregarão.
No que loca as otras que vierio sobre Miguel de Rocha azeiite a Maiiuel Delgado
da Cuillia iiao forão aseitas por disereiii se tiiihiio pagas na Baia coiiio iiiostraria
clareza e só a paçada por Mateus Maseri e o Bidialeii foi aseita e asim tambeili
Aiitoiiio de Oliveira 1i5o foi aseito 111ais que eiii 200$ que ade pagar a junta dos tres
estados e com isto se tiiiha fcito antes de eu vir da minha jornada a que farei sobre
este particular he fazer presente aos iiieiiistros a falta que fazem a vossa nierce estes
que iiáo aseitiío a letra para cpie niío v6 contra 1/[149] vossa nierce algutiia ordein.
O caixiio se me emtregou e beijo a vossa merce a mão pla mercê que nie fas que
eu saberei agradeser a sco teiripo.
Os treslados dos papeis que vossa inerte iilaiidou todas ficam em meu poder e
abililassâo segura e por Iiora riao posso ser mais largo por iiida agora saber partem os
liavios e fico iiiiiito a s ordens de vossa merce a qiiein Deos goarde. Junqueira 22 de
Dezembro 1684.
Nâo estranlie vossa merce falar com esta clareza porque eu em tudo folgo de não
erigaiiar a niligiieni. /I[ 149vo]

Copia da carta para a senhora D. Antonla Teodozia Branco


feita em 21 de Dezembro 1684

Miiilin scliliora 1i:i iiluitos poucos dias que cheguei de liuma jornada de 60 legoas
dist:i~ilcdesta corte e estimci muito achar novas de que vossa inerce paça coni saude
c coni gostos que 11e darse estimar iiiuiio e conl~ecerque tudo o que vossa merce obra
Iie aseito, c asiin lhe dou os parabens em os nlais ao senhor Francisco de França a
q~ieiiiiiie olèreço por criado nesta terra D. Catarina tambelii se oferesse a vossa
iiierce beijandolhe as iiiâos pella muito que lhe fas.
Recebi o s piipeis todos qric vossa rilerce me manda dizer nesta sua para uzar del-
ligeiicia no que hrein iiccessarios einquanto iiie 1150 reposta de vossa mcrces no que
porponho ao senlior Diogo Feniaiides Braiico que vossa inerce lá vcra sobre o com-
certo coin seo tio, q~iailclovossa nlerce iiitendão ser isto o que llie conivein, ine
~ o d e iii~andar
~i nova r)rociiração para este cazo, e todas as demais clarezas que ouves,
e lium papel feito por Maiiiiel Miciel coin toda a clareza, e com toda a miudeza falail-
do a verdade que cust~imElo,c iiiio imcobriiida couza que se aja coni de provar, ou
saber por que de outra meileira se não pode fazer nada a conta das letras se aprezeil-
tara na junta ou ao prezideiltc coiuo vossa inerte manda, ainda que isto não parese
ser necessario; seiiiío quaildo se der a eoiita.
A procuração fica substabelecida e111 sulicitador que rne parese dar a boa conta,
e entregue de~ilaisa n~aisa hurn frade scgo procurador dos carainelitas que he beln
diligente elle aviza o estado em que estc negocio esta.
No que toca a fazer diligeiicia para fazer suspender o sucristo ainda não fis liada
porque pude seisil[150v0] fora estes dias dispois que vim nein que duas vezes que llle
não foi pocivel fazer que o que tcnho dito a seo irmão de vossa merce diivido muito
que se possa acabar com estes senhores da junta isto se111 se dar aqui hunia fiança
niuito abonada a este pagamento.
No que toca a ordens que vossa merce pede para Rogcro Auxiolj he couza que
elles não pode fazer nem pode tirar escamii~hosde direito cm amterias ein que se core
pleito.
Andre Freire Mondim mandei buscar por huni criado ineo por que soubesse delle
o que tinha pago ainda me não troxe clareza alguma noticia que tellho neste particu-
lar he que o senhor Alitonio de Freitas tem cobrado este dinheiro 30$ ou 40$ pouco
mais ou menos que o dito Mondim não tem por onde pagar hunl vinte111 eu acudira a
alguns empenhos destes senão tivera tantos ineos que ficario de meu iriilão qiie me
vejo afogado a me tirar da corte que me poder valer e do que tinha do senhor Diogo
Fernandez que Deos tem esta satisfeito o senhor Antonio de Freitas da fiança que
tinha feito como já mandei dizer a vossa merce e se pagou na m i o de Bernardo Freire
e não rnando a conta porque a não tem vindo aiiida a Justa comigo como tem ficado
na primeira ocazião a remeterei com toda a clareza que pello Irno resenciarnento
cuido ainda se me ade dever dinheiro.
No inorgado da Ribeira Brava aviza ao senhor Diogo Fernandez Branco quando
eu o tome por adininistração para elle Iie direi que ade scr com partilha por vossa
nlerce.
O caixão recebi e beijo a vossa niercc as maos pello muito que me fico nluito as
suas ordens coin muito /l[l5 11 sentimento de não poder executar nellas tudo o que a
minha vontade pede. Deos goarde a vossa merce. Junqueira 21 de dezeinbro
16841/[152]

quitação que o senhor João de Caldeira deu a Manuel Ferreira Serão


do anno de 1683 a 1684

Recebi do se~iliorManuel Ferreira Ferrão qualrosentos e setenta niil rcis do areii-


damento de minha coinenda de S. Martinho de lagares bispado do Porto em dinheiro
e bois e carne de prezuilto em que me tem saitsfeito toda a renda vensida pello S.
João do ano de 1683 atlie o S. João de 1684 declaro n'ão entra aquj os prezuntos que
nlandou este anilo, nem o pano de li11110 C estopa porque estou esperando que estas
en~conlendasficarão no anno que se seguc c para sua descarga dou este por mim feito
e asignado. Juilqueira 7 de junho 684. /I E1521
Quitasão do anno de 1684

Recebi do seiilior Maiiuel Ferreira Ferrgo quiiiliciitos e vinte iiiil reis da relida da
comenda de S. Martiiiho cle l a g ~ r c sc111qiie eu iiiiio sillcoeiita mil reis que deo
lliiiiIiri
aleili do arciidaiiieiito CILIC lhe ailclc dar da i~iaiiciraque inaridei cortar declaro qiie
nesta coritn eiil mHo todas as ciicoiiici~dasque me iiiaiidarão de prezulltos panos e
toalhas dc iiieza c por sua clcscarga e de coiiio estou satisfeito delle. elle o S. Jogo qiie
iinbora viril Ilie dei este por iiiiti Seito c aaiiiado liojc 12 de Abril 1685 //[152vo]

Carta para Diogo Fernandes Branc


feita em 25 de Janeiro de 1686

Recebi a de vossa iimrce de 29 de Noveinbro estimando ver iiella, que vossa


nicice passe coin a saiiclc que Ilic dezqici qiie s.ja por largos aiiilos.
Na cliarrua cm qiie foi o Poiiibo 1120 cscrcvi, porqile não o soube devia de estar
fora da teria; hlgo qiic vossci mcrce fique dcscaiiçada iio iiegocio de Liiis Goiiçalvez
da Cniiiara e clc Mriiiiiel tle Miiaricla qiic huma ves que iiiio 116 mriilo sucuro mellior
i t ~trabalho só o que sirva daqui que liaja de aver
hc pouuxcoiii dcscaiiço ~ L I ~C i i ~ icoiii
tleiilaiidn entre vossa mcrce e Liiis Gonçalvez porque inc parece que Iirí pouca reza0
para isso quc tudo se podc compor coin boas lialavras porque elle he inui bom fidal-
go.
No que toca a loiío Rebclo eu o biisqiici logo elle disse o que vossa merce ine
dezia lia sua carta dcu i i ~ cpor reposta o que vossa merce vera ncste papcl quc depois
Ilie mandci pedir p:trri qiie vossa iiiercc visse iliais clara~iieiiteas suas rezoes este
papel qiic dis h1ta aiiclo atraz dclle que iiio acabe de entregar seinpre anda com des-
culpas 16 iiiaiidci hqjc qiicirn Dcos vcnlia a teiiipo dessa eriibarcaçiío q~raiidoligo for
iiestri ocaziiici liir6 cni Marqo polo Pombo que lie portador scrto se outra couza ouvcr
eiii que sirvri a vossa incrcc ine tcin mlii pronto a quem Dcos goarde. Jutiqueira.
I / [1531

Carta para D. Antonia Phelicia Branco


feita em 25 de Janeiro de 1686 annos

Estiiiio i~iiiitode saber iiesta clc vossa iiiercc de 26 do passado Noveinbro passa
c0111S:LIICIC que Ihc LICY.~O que seiiiprc ser5 boa c tainbem estimo qiie vossa inerce se
eiiiyircgassc tainbcm em scu priino coii~oeii espcrav;~de seu bonl juizo eu Ilie beijo
as iiiãos c me olFi+cço:is suas orclciis pani aqriillo qiie prcstar.
Scmlírc sabcrci iiiereccr a vossa ilicrce a merce que me fas iio coiihecimento que
tcm clc niinliíi vontade c da fcc qiie tcin c111 quc licide sabe ser seiiipre bom amigo
de cliicni Dcos tciii cliiaiido avizci a vossa riicrcc que alguiii dinhciro de seu tio esta-
va eni incii j~ocicrera ~ o r q ~1110
i c tiiiha proinetido darmo Bcrnardim Freire erão sete-
centos iiiil rcis que clcvin de que cu tiiiha parte iicles e tanto iiie fiei nisso que duzeii-
tos iiiil reis quc tiiilia em meu padcr quc era para partirinos como cobrasse o inais os
dei ao senhor Aiitoiiio de Freitas parque ine upeiiliace tanto dizeiiclo me qiie era para
pagar h ~ i m adivida de seu irmão de que elle era fiador e de clue estava pagando juro
qiie fis escrupulo de lhe deter aquele diiiliciro por vossa mercc nc?o pagar reditos
delle e qua~idovvossa mercc nesta demanda que teiu com seri tio esteja corilposta e
este dinlieiro llie toque a vossa iiierce eu Ilie tirarei para o pagar a vossa inerce o
siinto muito o que lhe tocar dos setecentos niil reis que deve Bcrnardirn Freire de que
fez escura a seu tio da conta que Ilio fis//[I 53v0] fazer que eiic coin mais brevidade
o a de cobrar de que eu era já disso ao dito Beriiardim Frcirc cllie lhe ii5o desse liada
sein rninha ordem conio vier o senhor seu tio de vossa ii~ercc cspcranios por elle
por lioras porei esta conta coreiite que sein isso nào pode ser c averiguarei se
enganou nisto que vossa inerce dis deste juro fantastico o que eii 1150 posso crer de
iieiiliuni homem honrado quanto iilais dellc.
A sua procuraçao de vossa iilerce sini me roi dada mas que qiicr vossa merce que
obrasse com os embargos que c i nie punlia seu tio dizeiidome q ~ i ctlicto visto llle
tocava e cuidando eu que vossa mercc iiào deixara cle vir em lodo o concerto qiic e11
ajustasse eintrc ambos que a teima que vossa mcrcc toinciii sobre cstc particular per-
doeine falarllie assiiii lhe tem feito todo o mal eflc liri dc fazer m~iitoninis coiiio vossa
merce vera e agora terá pouco rcmedio por vossa iiicrce deixar ~ii~biirgiir priiiieiro a
e1 Rei que a seu tio a sua fazenda.
O iiiarques da Roiiches falei e llie disse o estado ein qiic cstovn estc iiegocio me
disse esperacemos pelo senhor Antonio de Freitas liaia ver o qiic se devia fazer clle
ficou nisto como ve-jo veremos coiilo se Iiacle compor estc iicgcicio c iiào pocleri
deixar de ver atlie Março entretanto fico as ordens clc vossa iiicrcc tlcpois de ser feito
gosto a vossa merce iljustei essa conia que reiiieto porque vossa iiicrcc.
a veja pasa o acrecentaiuenlo a fl. 18..//[154]

Conta ajustada em 30 de janeiro de 686 para aver D. Antonia Phelicia

Conta com o seiilior Diogo Feriianclcs Branco tio qiic toca ao piitaxo e ciiicoiiieii-
da que mandamos a S. Tlioiiie do qual teiilio recebido o seguinte
O caixas de asucar que niaiiclou Joâo Fernaiidcs Vicirli clo ~~roscclido tlos sete
negros que entregou I'ero Vas da Crus coin arrob~is21 0 c: livras 10
a preço de 1$080 ..................... .
......................................................... 227$340
Uma caixa do dito de iiiascavaclo coiii 28 nsrolins c I0 livras u 400 ... l l$600
5 marcos de oiro menos duas oitavas vcntlitio aci orivcs Maniicl Cortleiso ri I$220
paga a corretage a Manuel Siii1~5oque h r ã o 4$400 Iicn ............... .......3X2$YXO .
.
.
.
por dinlieiro que deo Beriiardiiii Frcirc ................... .............................. 150$
4 caixas asucar vindas da Raya reiilesa clc Domiiigos Martiiis I'crcira elo prosedi-
do de 20 negros qiie lhe reiiieteo Beriiiirdiiii Frcirc coiii 100 iirrobas
e 16 livras vendidas a 19;840.................................................................. I 6(1$920
4 caixas do dito com outras 140 nmobris c 16 iivras em cj~icouve
2 arrcibas cle quebra veiiideussc a 1$050 monta ................................ 106$425
Por dinheiro clue esta obrigado a pagar Beriiardiiii 1;rcirc .....................73 I$398
....................
.........................a.a... .
. .................................................. I ,X30$628
da fabrica do pntaxo que se iiiaiiclou a Baia veo esta frota
de 686 liuma de fiadora ............................................................... 79$ //[154v0]

ade aver o seiihor Diogo Fcrriai-ides Branco

Da conta ntras d e 1836$628 do que Ilie toca a metacle que sào ............9 l 8 $ 3 I 4
Por duas arrobas e 8 livras de asiicar
que ine iiiaiidou da illi:i ii 2$800 .......................... .
. ..................... 6$100
Por juro que fiquei de pagar a Alvaro Ferreira desde o primeiro de Agosto dc 83
o ~ilti~iio jaiieiro de 84 dc 144$728
do tempo que detive este pagaiiiento ....................... .
. ......................... 4$520
Por liuma negra qiie tomei a Beri1:irciirn Freire por preço
de 50$000 dc que lhe clevo hzer bons .................... .
.. ...........A$
.................................................................................................................. 9539;
Falta aqui a clareza de dois ticgros que ine vier50 que 1120 achei o preço
eiii 934 o :~clianclcios liirci bciiis dos 2 nioleques asinia Ilie tocão ..........359;000
................................... .
.. ..................................................................988$934
Deve
Por dinliciro cliie ciitrcgiiei a Antoiiio Rodrigucs Marques por ordem sua de que
teiilio recil-io............................................................................................. 115s
Por diiihcim que dei LI Alvaro krrcira por ordem sua ............................. 1509;
Por diiiheiro ao sciilior Aiitoriio de Freitas Brailco por ordem siia para fazer Iiiima
cadea cle oiro em pcnlioi.ri .................... .
. .................................................. 1509;
Por ri nictnde clos gastos qiic sc fizerrio lia deinarida do p:itiixo ..............21$800
por clin1icii.o qiic (lei inais ao senhor Aiitoilio de Frcitas Braiico qtie ine
pedi» I?iIi'n sntisí'd vrio clc Iiiimri divida cic seu irmão depois de morto .........2009;
................................................................................................................ G36$800
//[I 553
Coiitn ali-as. . . . . . . . . . . . . . ..
.. ..............................................................G3G9;800
Coiil o cl~icdeve cobrar tlc Uernarcliin Freirc que Ilie toca dos 73 li6393

.
.
o scguiiitc ...................................... . . .............................................. 3 17s 134
a de col7rar inais de Beriinrclini Frcirc que Ilie loca da coilli~e111 fienlc ........35$
........
................... .......................................................................... 9889;934
veni n ser o cliic liadc cobr:ir ao tiido cle Bcriinrdiin Freirc ................. 3529;134 ...
e do seiihor João de Salclaiiha ................... . . .
.
......... ......
................................................................................ .
. ......................73 1s393
desta uliii-i-ia atlicão adc cobrar o scnhor Joiio de Saldiiiilia escriviio de Bcrnardiin
Freirc
1111 I'rota d e ANO vcyo iiiais hui~ialetra cle 7% de que Il-ic tcillio feito
boiis iia coi-ila ~ L I 1C1 1 ~~Iei:I i i ~ ~ t i que l d ~são ............................. ..... 39$50O
com quc atlc çahiai dtrs 3 1303 ................................................... 4 3 4
eii cobro ............................................................................................. 339r6759
.................................................................................. ............739X393 //[155v1']
Acresentamento da carta atras de D. Antonia Phelicia

Depois de tcr escrito esta a vossa iilcrce ajustei cslri coiita cluc i'cmcto para que
vossa merce a veja, e remeto mais esta conta ullirna que veio da Iàbiica que iiida esta
por cobrar na Baya corno tanibem vossa mcrce 0 verh iicssíi carta de Domirigos
Martiiii Pereira que veio esta ultima Rota c quaiido vossíl iiierce cliieira mais clareza
neste ilegocio pollos conhecimeiitos e cartas que maiidou Uomiirgos Martins Pereira
os mandarei tresladar e reineterei e estc ciiiiliciro que se adc cubrar de Beriiardiin
Freire que dis a conta da dita fabrica quaiido vier terei lia il~iiihainão allle avizo de
vossa merce olivcr a qliein toca posqiic eu sei qlic » seiitior Antonio dc Freitas Branco
ein viiido o lade crnbasgar lia iiiinka n15o pellas diiviclas c l ~ ctem ccim vossa iiierce e
pelo goveriiador qiie vai este ariiio para S. Tlioinc inaiido OU~S:I vcz todolos os pcipeis
para ver se pode obrigar o provedor quc era da hzciicla q~iaiidocmbargarão a pataxo
J pagíir as pcrclas e danos qiic 110s I'es e arccadiir Iiiiiis rieiites de marfim que ca
Sicariio mas dovido muito de toda esta cobraiiça. //[I 563

Carta de Domingos Martins Pereira vinda de baya


e feíta em 25 de Junho de 685

Meu seiilior pala dilaçiío que teiii havido ila cobraiiça dii Ihbrica cluc vcndi n 3030
Ribeira da Costa, pertciicci~te:i vossa sciih~rialhe ~~itreceTá co1niss5o rniiiha 1130
estar vossa seilhoria eiiibolsado este 1ioiuci.i.i iiic Iiavia prometicio que iicsla frota sein
1-altsi iiic Iinviii de pagar, asiiii n ríibrica como o coniitia cluc mc hc devedor; por me
ftiltar tirci contra elle scriteiiça que cstou cxcctitíintlo paré\ cluc cobrc por força o que
não pude acabar coiii a cortezia, pcrri cl~icíl vosso scnht~riaIhc conslc csla verclacle
tirci a certidão jiii~la pcra que se.ja prezeillc a V Sciilicisiti c justiricaclo riicu clizer
l>orcllieílevo certificar a Vossa Senhorio a v«ltiacic qiic tciilio tlc o scrvir iirais os s~ig-
citas desia baiida com as S:iltas quc uzão dos pngíinicntos cl5o ocaziio a tlue pnrcssa
descuiclo o iiãc.r çcr eu p~iiitiialiicsta rciuessa que 1150 podcra faltar para os priiiieiros
navios visto estas a cxecuç5o lios lermos r l ~ i ca V; Sciihoriri S21ço prczeilte giinrclc
nosso scnlior a pcssoa de vossn scnlioria largos aiiiros. Briya 29 de juill~ode 685
'1 56vU]

;ta ca carta atras de Domingos Martins


7 2 de Janeiro de 686.

Dcs~ioisde partitla cliego~ia ~iiaiscoiupniilii~irccchi a dc vossa mercc dc 28 dc


junho pasado c ja cu lirilia cstranhaiido a fiiliii dcstíi iiolicia c agora o esliiilo e falgo
cliie vossa iilercc passc c o i i ~sautlc q ~ i cseja ~isiiiisempre.
Siiposto que a tarc1:iiiça cln viiidn da fabrica c cobraiiça tem sido tão dclalada nLii1-
qlin eu poclin cmlender quc avia cin vossn iiicrcc uiiiição alguilía c Iiern cscuzado o
maiidaiiiie vossa ~iicrceO Ircslaclo da sciitcilça porcliic iiliiicllia cluviclei da vcrdacle de
vossíi inercc c agora cicio cslai'i jti cobrndo tlido S:i~umcvossa mcrcc merce icmeler
pello rego se ahi estiver ainda, qualido não por qualquer outro, que seja seguro, ein
fechos e dizerme se ha ein que o sirva que para tudo me tein mui pronto e obrigado.
Juiiqucira 2 de Janeiro de 686 //[156"sic]

Carta para Domingos Escorsio na Baya


com reposta de huma sua de 10 de Julho de 686

Rccebi a pr-iiiieira e segunda via de vossa liierce de 10 de jullio passado com a


letra de 79$IXO que Pica satisfeita, e eu agradecido ao cuidado de vossa nierce
sperai-idome. cotitii~ueeste favor maiidandome a deiuazia que la fica na primeira
ociizião que ja a chegada desta terá vossa merce obrigado a João Ribeiro da Costa a
qlicin pague e para o que eu prestar do servisso de vossa merce e do senhor
Doniingos Martiiis Pereira a quem beijo ao inãos estou sempre serto deos goarde a
vossa merce. Lisboa 17 de Maiço de 687 //[l5(,v0-1 57 e 1 57v0-158vo em branco]
//[I501

Papeis que levou Antonio de Britto para bem da cobrança


do que ficou em S. Thome

Copia do rccibo que deu Jasiilto de Figiieiredo a Bernardim Freirc o qual mando
ao Padre Frci Josepli da Conceição irinão do dito Figueiredo frade de Sam João de
Deos liara me buscar estes papeis entre os seus

Rcccbi do dito Bernardim Freire de Aildradc os papeis seguintes o inventasio do


cluc se toinou ao pataxo da illia o protesto de Pero Vas da Crus a sentença para a liq-
iiidasão c execusfío o treslado da escritura que trazia o pataxo a procuraçiio e o dito
Frci Francisco a provizão para se execute coiiiforiiie niaiida a procuração de Pero Vas
da Crus a proc~raçiiode João de Saldanha o iniveiitario e treslado delle que esta em
podcr do escriviio Cristovfío Leite hum escrito de Aiitonio Pais Machado de 17
aricibas de iliarfini tudo de conta a pagar a miiii, e sincoeilta e sete livros que ficão
cm ser dito niarfim.

Conta do emventario da fabrica do pataxo que entegou ao senhor Bernardim


Freire a quem deve dar conta segundo a certidão que prezentou abatendo o
que entregou a Diogo Velho que vay tresladado abaixo

2 vellaz graiidcs eiil merios de i i ~ e ouzo avaliadas em . . . . . . . . . . . . . .14$000


I vella graiidc iiova avalliada em . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13$ .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..27$000//[155v0]
.
corita atraz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..27$000
.
2 vellas de taguete em mais de iiieo uzo em . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..8$
2 vellas de gavia liuiua de lona muilo velha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $.
a outra de treu quazi nova avaliadas anibas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..12$
1 hunisi niazena muito velha e huina vclla de gavea em . . . . . . . . . . . . . . . . .4$
82 varas de lona a 250 reis a vara são . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..20$500
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .71$500
.
1 liuma amarra de I08 braças com 15 quintais a 6$ reiz . . . . . . . . . . . . . . .90$
6 arrobas de insarsca nova ao dito preço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9$
9 quiiitais e meio de insarsca boa a 3$ são . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..28$500
1 calabrote vellio com 6 quiiitaes a 2$300 são . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..15$
175 barretes de cobre que pezavão 6 arrobas c 12 livras . . . . . . . . . . . . . . . .$
liuma aroba e 12 livras de inialhar em . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..l$200
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .215$200
.
liuin velhacho, 11~1111joanete, liuni cutilho e h~iiiianioilita tudo muito vellio sein
prestinio
4 1 massos de inerlim que pezarâo 1 1 livras a 100 . . . . . . . . . . . . . . . . ..1$100
39 meadas de Fio de vella que pesou 15 livras a 170 . . . . . . . . . . . . . . . .2$500
2 bandeiras vellias sem serveiltia
1 liunia mangeira seiu serveiitia
22 liaças de estopa a rezão de 200 arroba . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .$700
29 arcos de ferro sem serveiltia, e liuni pouco de sello hiini pedaço dc virador
avalliadoein . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1$500 .
liurna lavanca, Iium barril de ferros velhos
431 pregos de lancha, 2 ferros de fogiío hum leme de lancha, um biclieiro, huiil
bacamarle, 2 pistolas, 3 alvados velhos huma pedra de robollio huma caldeira de
armação, huni barril coiii ferro velho
2 fisgas
2 pedreiros com 3 caniaras
82 arcabuzes coiii algumas coronhas quebradas
20 rnoitois avaliados ein . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12$000
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .233$090
..
//[I 601

Funchal24 de outubro de 676. Carregação feita com o favor de vinho por mim
Diogo Fernandes Branco, espero conta do Senhor João de Saldanha gover-
nador e cappitam geral desta ilha e minha cada hum em igual parte para a
costa de Guine em o pataxo N. Senhora da Encarnação e Santo Antonio,
mestre Pero Vaz da Crus a ordem de Martinho Fernandes da Crus.

Poi- custo das fazendas que mandou vai de Inglaterra Richarte Piquefort c0111 gas-
tos, coinições seguros custou nesta illia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3
. 19$207
Por custo de caixões das ditas fazendas levar a praya e a bordo . . . . . . ..3$580
Por ciisto das fazendas vindas de Olanda como consta da carregiic;$io coin gastos,
coniissões seguros e fretes custou riesta ilha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..371$640
Por custo dc lium cofre, o caixâo 2$500 reis levar l-iuiiia e outra couza a praya e o
ferro 680 barco abordo de tudo 750 tudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..2$930
cr,iI1de ~ t o \ i ,i~.iI~,id~~
l c111135 reli I \ellcisde tíiq~icte~ I I 111uis
I de meio iizo a\aliiidas
:ni s j rri, 2 \i>ild\ ciil gri\ i;i hi~ni;i~ i Innu
c iiiiiitci \clha oiitrn de treu quari tiota a~ali-
;itl;i, ;inih,is. cni 175 rei, hiiiiiii n-ieurnrt riiiiitci \t.lha e hiimti \ella de grivea ataliadas
,inih,i, eiii 4%rei, s3 \;ir,i, Jr I t ~ r i í ia 750 11 5:ir;i por terem rilgiiiiias piilgris de agoa
tiuma oin;lrr,i qiie Ia >c tem I o h hraças qiic perciii 15 quintais a\aliados ri 6s reis o
clLirnralqiir iriiprotn 01)s r4.i h ,irrc~bnjde iin~ar?~ca noxa :i 6 s reis 1) qiiiiltal emporta
YS rc'~.,3%urrclh~,Ilt. ernsarhca bnn eni que fíreni quintais 9 e mea arrobn a rezão de
35 O qliln~alcrnporta 283500 reis h pedaços dc callabretes \elhos que tem 24
arrt,b:is qiie fazem yuiiitais 6 ;i\aliadoi cri1 25500 reis que fazem 15s reis 775 bar-
rr't:ii dt. ccihra yiie pesririio h arn)ba\ e 13 li\ ra\, Iiurna arroha e 12 livras de fios de
nir,tlli,i a\rilidd«.i eni rriil e duzentos rei\ Iiiini \clliuclio r hurn joanete. e hum cutel-
lo. c. huni:~iiiorr't,i iiiuito [I h1 1"1 \elhos que iitio tem prestiino nenhum 4 1 inassos
de riit.rliiii que pcroii I 1 li\ riis ;i liJ0 rei:, a li\ M 39 meadas dc fio de \lella que pezou
15 li\ras a 170 rei, a i I hsndeirris ~ellirissem ser\entia hiima de popa oiitra de proa
hum:i mangueira que 1190ttni ser\ entia. 37 li\ ras de estopa a rer5.0 de 200 arroba 29
arcti, de ftrn) que ~ ~ k u eser\cntin,
ni hurn pouco de sebo que não tem serventia comi-
do dos rat»s. r podre hiiiil pedaço de \ iradur cie piac:i\íi qucbrsido avalliado em 1S500
Iiiimu la\;tricri. huni barril de ferro5 \elh»\ 43 1 pregos de lanchas e ferros de fogào,
hum leme de 1~neli:i.liuni bicheiro. huni bncrirnarte. 3 pistolas velhas. 2 larnbadores.
hum sccana\o. 3 al~ado:,\clhos. huma pedra de rabollo, huma caldeira de armação,
huni cnldririo furado. hurn caldeirrio relho sein senencia 26 ancoras sein serventia
tudo passado do bii7iino. 3 fisgas. hum barril com os niais ferros velhos com 3 cama-
ra5 20 arcahuze~~ r l h u scom as coronhas quebradas, 2 reinos de pau quebrados 20
rnousciis a\aliadc)s em 17s reis as qiiaiq couzas for50 avaliadas pello louvados que se
ach,irá» prezentrs perante o cappitam Joào Tabares de Souza, e mandou a mim o ditto
cappitani r a/~i~o\arife. o crippitarn hlanuel da Silva da Costa que portasse minha fee,
que botasse no irieu portocollo para constar. as quais couzas avalliadas tomou
entregue do cappitan-i Jo5o Tabares de Souza, com elle asigiio~iaqui coin os ditos
lou\ados t. fir de tudo fis este termo de entrega no dito portocolo para todo o tempo
de [lh7] dar tredado a quem o pedir eu Christovam Rodrigues Leite escrivão da
ciirrric.50 e ehanceller que o cscre\ i.
E ri30 dizia tnais O dito termo de entrega que eu escrivão fis tresladar do proprio
que esta iio meu portocolo que em meu poder e cartorio fica ao qual me reporto elle
todo e por todo o qual treslado fis em vertiide do espacho atras do juiz ordinario o
alferc:, Sebastiiio da Siha e pagoii deste treslado 120 concertado por mim escrivão
coni outro oficitil abaixo asignrido em S. Thome hoje 26 dias do mes de Fevereiro de
I h 8 0 aiinos ncsto cidade ilha de Santo Thom6 eu sobredito que escrevi confirmado
por mim escri\ 511 Christcwão Rodrigues Leite e comigo escrivão Sebastião Lobato de
.'bl,lKil.
Nos abaixo asiçnados certificamos c juramos pello juramento dos santos avan-
gelhos qiie a sobscricção atras e sinal ao pee della o reconhecimento e do escrivão
Crist«\áo Rodrigues Leite e asim mais o dito reconhecimeiito he do escrivjo
Sehastiiio Lobato qiie atualinente asim como outro estão servindo de escrivaes e a
todos os seus papeis se lhe da inteira fee e credito em juizo e fora delle e por verdade
nos a\signamos em santo Thome 18 de Março de 682.
a s . : L)»iiii~lgt)sCorcsiiia 1ncsti.c e Juzepli de Oliveira por ilierçe q ~ i edis, Aiitoiiio
Piliio Faria, Francisco Luis Carneiro, Fraiicisco Correa //[I 62vn]

A memoria dos papels que levou Antonio de Brito dora dos que v20 treslada-
dos atraz.

Iteiii 11~11ii;icarta de Bcriiardim freire clii qiie dis o modo com que se hade fazer a
cobratiço do prc)vcdor
Itein a cscrituia qlic Icvou o pataxci quaiido partio da ilha
Item o invciitario do navio
Item o pi'c>vi&o por honde S. A. ciiaiidou Iiordci~icobrasse as perdas e dalios d o
pntaxo.
Itein ri procuraçiio de Diogo Fcrnandes Braiico e outra iiiinha//[163]

Carta para Bernardim freire


de 20 de Abril 1686

Scnlior mcu hlgarci que vossa nicrce teiilia paçada todos estes te~iiposcoiil a
sautle qiie Ilic dczcjo coni mais alegres Sestas c coiii iiiuita saude e de toda a fainil-
i:i.
Dispos qiic mc avistei coiii vassn merce nesta corte ajustei a iiiiiilia conta que
liiili;i coiii Diogo I~criiaiitlezBraiico porque Iòi necesario dar eiii coiita delles a seos
parentes clri ilh:i c tlc iiiiiii porqiie ciiidavaiii que eu me tiiil~aill)roveitado deste di1-i-
hcirci c aclici qiic dos 73 l!$393 tle qiic vossa iiierce fez escrito de obrigaçzo a Aiitoilio
de Freitas 13~iii1~0 nic toc:i r i miiii 379$259 de que vossa merce me ade fazer iiierce
cin podciido para satisfiixcr algiiiiia clivicla das que ine obrigaram c virine iiieteiido
iicstc da tcriiici ctc rluc cstou pagando juro qiie beiii sabe vossa iiierce o que isto custa
e dos juros tjttc VOSS:I iiicree cstn a dever ao dito Aiitonio de Freitas Braiico me tocão
íi ii~iiii0 qiic impcirla esta iiiinlia qiiaiitia dcscle o tempo do escrito da obrigação feito
vossa n-icrcc qiic o 12s iiic fara Savoi razcr esta conta que como vossa merce deve
algum tciiipo. sçgiitido iiic ílis litiiii criado de Antonio de Feitas que c i corre com as
suas couzas oii iicgocios pode iiiitcirarme a iniiii e abaiello a elle e quando vossa
niercc sciiiio c1iicii.a laiiçar cin h z e r esta conta inc iiiaiide clizer a teiiipo cni que fes a
obrigaçiio e o trcslado dci recibo do quc teiii pago e eu a farei clara ainda que isto não
adc ciistar miiilo iraballio a vossn iiicrce c suposto que vossa iiiercc repare em que
teiido dí~tlocscri~ocliic se obriga ii Antoiiio clc Freitas Braiico o podera elle obrigar
segiiressc vossa mcrcc o niio SarA porque o que teinos ajustado ciitre rios 114 que
cobrado este dililiciro cadri liuiil toiiiarin a qiie lhe tocasse feita a coiita cle inais que
o dito niio cota cstc tliiiliciro ~íorqucvossa merce o 1150 cobrou//[l63v"] seiião com
prociiraçõo iiiiiilia c excrciioii obrigado a dar R parte que Locava a Diogo Fernandez
Branco q ~ i cDcos tem aos herdeiros a que tocar que coino aiiclão em pleito ainda
seniio sabe e qucm adc ser c o Marques de heroncIies a quein o dito defi~iitodevia
Iiiiina clivida iiic ciiil-~olsliestc diiiliciro para siia satisfação a vossa ii-iercc que vossa
merce o não deve numqua dar sem ininha ordem tanto e que me tesa como o que toca
a parte de Diogo Fernandes e como tiver o dito Aiitonio de Freitas fazem nisto com
niaior clareza para que vossa ~ncrcefique sem receio alguili e os panos pode vossa
inerce mandar buscar entregare dellas que não lia quem os queira tieln por pouco nein
por inuito e façaine vossa merce inerce responder logo e ve.ja se ine ordena eiii que
o sirva que para tudo me teiri as suas ordens. Se vossa inerce ine mandar dar este din-
heiro logo eu me obrigarei a tiralo a salvo em toda a duvida que haja Aiitonio de
Freitas Branco //[I641

Treslado da quitação geral que fis ao senhor Manuel Ferreira Serráo do anno
quecomessouaherade685eacabanode86

Receby do senhor Manuel Ferreira Ferrio setecentos e quarenta e trcs mil e


diizentos reis; a saber qui~~lientos e sincoenta da coinenda e sento e siiicoenta de
inadeira qlie tinha ja recebido do ditto e o deii~aise111 encoriieiiclas que tiiilia pedido,
e para sua descarga lhe dou esto feito por iiiiiilia nião c asigiiada, e declaro que este
dinheiro toca rio areiidamento que se acaba este Sain .r050 de 86 e fico devendo para
o anno que veni de 87 secenta e sete inil qliatrosenlos e sincoeiita reis os qiiais levarei
em conta na que ajustar para o que vem feita eln 24 de Junho de 686 //[164v0]

Escrito que se passou a Manuel Ferreira Ferrão


este anno de 87

Tenho dado de renda a minha comeiida dc S. Martinho dc Lagares ao senl~or


Padre Manuel Ferreira Ferrão, ein presso de quinhentos e siiicoenta iiiil reis u pagar
cada trez niezes sento e vinte mil e as setenta que faltão pare o coinposto irie Iiade
dar nas encomendas que lhe pedir postas em Lisboa a sua custa coin as mais clauzul-
Ias da escritura arendaniento passado que acaba neste S. .I050 qiie cri~lioravossa
merce viera donde coinessa este que agora faço de 4 ailnos e para sua clareza, a scgu-
r a n p de ambos lhe dou este por mim feito, c asigiiada, e ellc ine da oiitro do incsn~o
teor ein que se não fas a escritura que ine obrigo asigiiar, ou clrir procurriçiio a qucin
o fassa por mini Azeitão 18 de junho de 687//[165 a 166 cin branco] /I[ 1 6Gv0]

Carta para Sebastião Valente


em 23 de junho de 1693

Todas as vossas vindas iio pataxo recebi; e c01110 ile11as nie certific;lis passais coiii
saude, e toda a vossa caza as estimo. Da tardansa do pano dc Luis Moilteiro aiiigueni
tem culpas sei150 eu porque co~ll~ecetrdo o que elle Ire, c o seu discuido iiie tornei a
fiar delle, agora não lia inais reiiledio que persegui110 todos os recoveiros qiic liouver
para aquellas partes, e q~iandonão baste falay a D. Fraiicisco Martinz oiclcne a Josepli
Manuel inande logo o pano jcí que por sua via lhe Foi e dentro para elle.
Os vestidos que Iiailde fazer vão e111 liuiiia iiieiioria a parte se se puder ter feito
isto seri miiito boin, porque qiiaiido for o pataxo (qiie fica esperando huin judeu que
liade hir iicllc) cslqjn isto feito porque hade voltar logo com o valor, e iielle vai o
a1làyat.e que aqui Sas de vestir que dara mais clareza das medidas, que como tudo
este,ja c111CtiZit sc podera Fazer em oito o des dias que se deterá o pataxo.
Boiii seLt dar contas a Aiiloiiio íle Oliveirn, qiie coillo tem procurasão geral a elle
Ilic tocão, e traballio Iic qiie iiie polipais a iniin, no que toca Li taverlia não me esta
bem a iiiinlia cowiiiieilçia se parie vale aos direitos, e quaiido sciião queirão avanqai;
e vos achares i150 tereis ganlio iiella arendaya a quem vos der mais, por mira não lhe
faltara que111a queira ficando ellc iiella, que melhor lie pouco com a coiiciencia segu-
ra, do qiie miiito com clla carregada e só os viiihos de Juiiqiieira veiidereis nella
porqlie coino este iião paga iaritos clireitos porqiic Iie da iiiiiilia lavra seiiipre se tirar&
alguin lucro, e quando iiio liouver clueiii a arreiidc tiraillie o ramo que c0111 elles
virein scniio vciidc vinlios trilvcs que se sugciteiii avciiça.
Ao mcrcecyro Aiiionio Luis im parece podereis dar ailie oito iiiil reis pellos seus
papeis, cliie sempre porem coiii sertidiio de que esta seviiido Josepli lhe darão ao
inenos 6$ rs clc tcii<;acoiii o liíibito de C'hrisro, porem a Iiinda agora 1150 he tempo de
o requerer por isso volos iião maiido, coiiio eu o //[I 671 nioiitar então avizarei do que
se hadc fazer.
Dizciii me que vos tendes klini csivalo boin se lic capas de servir iielle podeis man-
dallo tio ptitaxo e coliiprar oira besta o hum iiiacliinlio q ~ i cpara o vosso servisso lic
incllioc Tainbcii-i maricio Liiiscar por via cle Luis cle Salclanlia, iiiais dois poutros para
ter ti todas iiionlados ci custo dclles pcdircis a Aiitoiiio de Oliveira que liade pedir ao
contratadoi; c piini o aiiiis que v:iy no i.01.
Fizcstes JJciii de eiitrcgiir a c:idclla ao ciiibaxador, por i ~ ã oFaltar à palavra que Ilie
dcy. Siiito in~iitoo cluc Ses Luis o negro, logo ein esta cliegaiiclo lhe toiney a espada,
e tiido o iiiais qiic serve cle siiliir Iòra Sicaiido só com os vestidos tlc trabalhar; e lhe
botay n colcira íio pcscoso, e se ilie 1150 tire sem iiiiiilin hordeiii, inas o que pessa S.
Fvaiicisco, c lkzcndosc tlociitc Ilíc iião dcis mais que abobora a coiiiei; e Iraballie scm-
prc lias obras, c 1150 L'azendo tudo o que lic obrigado o inaty a pancadas todos os dias
I.3ai.a qiie vos tciilia aclucIe reqiieriiiieiito coino sc Iòra a iniiilia peçoa, a Fc Bernardo
digo isto iiicsmo. Do pcclreiro vos 1130 clescuidcis, clue para o iiiuito teiiipo que eu de
li íi~ltolie niuito pouca \r obra cluc ine dizeis se tcni feito deve de ser falia de avia-
iiieiito, o sobra de preguissí~,que plirt-i quciii se obrigava ein tres aiiiios ter feito cazas
atlic S. Aniaro, Iie niiiil» pouco ciu dcs I ~ C S C SIiii11ia morada de cazas, dizei isto a
Aiitonio 1)ctlrozo. No qiic toca ao aluguer do Boga vos c Fr. Beriiardo farão 16 o que
eiiteiitlcrc~n,hC melhor. No Sorno ouve iiiuito descuido eiil se cozer. Os bois velhos
I'izeslcs bciii eiii vciidcr, e refazervos dc outros iiovos assim farei lodos os anilos. Niio
eiitciidu o que inc clizeis clo c:iiito clo //[167v0] muro do almargucin que serve para
palhciro por isso i-ião osso rcsl~ondera isto, cxlílicavos inais, o riscai ein Iiuin papel
para cliiaiido eii possa cntentlcr millioi: Se pareser a Fi: Beriiarclo, e a vos que se con-
tiiiucin as cozas das do Bogri atlic Belcin taiiibein se iiie 1150 dara diso porque ficão
iiiiiis a vista, c lapão as tcrras as cnvalliarins, e ciiegaiido perto do forte esperareis o
tluqiic liiini ciin iiessri estrada, c Ilic direis se li5 alguiii eiicoiiiveriieiite para que
cliegiieiii atlic de Ii.oiitc do hrte porque liavendo 1150 bulireis c0111 coiiza alguiiia, e
tudo isto lhe direis da iiii~iliaparte, e vos aproveitai de toda a pedra mcuda que esta
pella estrada, porqiie coni isto fazeis dois proveitos, e tambem alguma que esta afin-
cada no clião se pode arencar enchendo as covas de terra, a mais donde for mais facii,
e mais conveniente, e Antonio Pedrozo que faça as cazas mui iguais nas geanellas; e
portas como Ilie dise, e todas com seus quintais.
Folgo muito que a Junqueira esteja prospera; e Azan~b~lja, coiilo ine dize111 se
assim for ficais livre desses bicos que ficarão por pagar. A Antonio de Saldaiiha se
lhe não podião negar as cazas para Miguel Diogo por emprestimo, porein, dise Ilia os
mais se q~iizeremmeter oiitrcm que tendes ordem ininha para e não fazer sem ino
~naiidareindizei; porque nunca isto he de proveito. Tarnbem não entendo dizeres me
que há muitos que governem a Juriqueira porque eu o não deichei entregue niais que
a vos; e a Frei Bernardo que fosse ver de quando eili quando se se fazia o que hera
rezão. Algumas couzas que vos teiilio pedido não n~andeisnein a rezão porqiie lié
necessario seiilpre veres as 1ili11lia.scartas, e os n-ieos //[I681 rois e respoiideres a tudo,
os encliertos que vos inaiidei pedir são escuzados virem ja cá huma ves que não
vierão no principio.
Os papeis de velhasco estavão no buffete junto ao relogio, senão heriio os que ten-
des, dcvem estar nos armarios debaxo da banda da caza que se ladrilhar de novo, se
h6 que os não entreguei a Custodio Aires para os iiiandar a scu irmão de quem o
sal-iereis. Esta divida que me dizeis de João Pereira a não te11110 de memoria, porque
os papeis por onde me podia constar la ficarao; porem, elle Iie Iionienl de tanta ver-
dade que ine pareseu ião levará o que se lhe não dever, e assim se lhe pague no que
oliver, o por vos o por Antonio de Oliveira este senão descuida ein tudo o que llie
toca, nem no procurar da demanda, e só o clerigo se iile mostra queixozo dc vos mas
liao me dis a cauza e hera necessario detralores amizades com elles athe agora serve
bem. O homem da estancia se quer as cazas junto das do Boga lhas podcni fazer, e
que quaiido não espere que se Ilie vão lá chegando que então se Ilie farão.
Este quarto de azeite venlia, e para o iiovo avizarei, dizendoine vossa merce se ha
novidades, e para que parte será melhor que se fasa. Tancliões de oliveira não
esquesão ainda que seja poucos cada anno; folgo muito que exprimciitais o que custa
o acoinodar biilhas de criados proque agora conliesereis o quc tenho padecido, c
padeso sempre. A João Rois não consintais o fazcr velhacarias, e fazendo-as o botay
fora de caza que não aparesa alii, e se vier cá dizei Jhe que o heide deitar ao niar com
liuma pedra ao //[168v0] pescoso.
Esta divida que dis o medico de Bellern, de tal Iiie iião Icinbra, antes rne parese
que tudo llic tem pago muito mais do que elle iiierese. A Fr. Bernardo não fallo nos
40$ reis conlo me dizeis; os boyões de manteiga, e o iiiais qiie inaildastes tcrsa entre-
gou tudo, c do que se gastar do que eu mando pedir, ja digo se iião tire da Junqueira
iieni dc outra qualqiier parte alguma einquanto se não pagareili as dividas, e se pessa
ao contratador. Coin a madeira de Manuel Coelho lie nccessario muita carta, dizei iile
se se fas isso de empreitada, o de quc sorte se fas, se isto que dizeis do Iioineiii da
estancia lié querer elle fazer as cazas 9 siia custa, é pagarse nos alugcis os jiiros do
dinheiro que inil~ortareiilatlie lhe pagarem o principal venho nisto.
Maimel Mauris fica imito bein acomodado, e eu o favorecerei eiii tudo como elle
ja vay esperiinentando, senão for antes de eu liir liirá comigo, quc lie o que posso fa-
zerIIie, Deos vos goarde coiiio dezejo, dizeime que ouve de fruta, e seinpre venlia
toda a que possa c6 chegar, e a Maria Plielipe o que lhe for iiecessario para o desses
e dizei o que rctideo o verde, estas cartas guardai, e deixai as vossas loucadas que
assim faço. Disinc mais o Padre Simiio Ci»iiçalvez que depois de cliegadas as miilhas
cartas 20 ciias Ilie niandastes a sua liberta por Roiz, iião sey a que possa atrebLlir isto
aveiiguayiiie este iiegocio, e inandaimo dizer porque dezejo saber quem foi tgo atre-
vido; ncm se.jii coiiio as dilata ser taiito iiiandandome clizer que logo as eiitrcgastes
todas, c inliis sabenclo cllie tcnlio iiegocios cciw estc lioinein Mazagao 19 dejunho de
1693 //[l69]

Carta para o Colide da Castanheira


em 24 de Junho de 1693

Priiilo c sciiI10r IIICLI, recebi a ile vossa senhoria de 12 de Mayci iio pataxo, e
suposto iiie :ilcgrci de ver qiic vossa sciihoria. passava coni saude senti iuuito a nova
da inortc de Maiiiici rlii Ciiiilia qiie Dctis tein, e do seu serviço, e dos inais traballios
q u w i ~ ccc>iita O S C I I I I O ~ se ]>:issarào I I ~ C ~ L I C Icaza
; ~ de que lhe dou a vossa senlioria os
pcznmcs, sentindo tniiibciii cstar c111 parte oiidc o 11ão acoliipanhasse coni a peçoa
:issiiii coiiio o ;~C»III~;III~IO coin a pciiila.
Bcni creyci não seriri culpa de vossa senli«ria a detensa do pataxo só sei que quem
a teve Iiadc dar iiiuito estreita conta a Dcos de o li50 iuandar iiiais sedo coiiz a repos-
ta elos cativos porque ciii 5 iiiczcs qiic cllc IIí csteve podia estar o resgatte dos cativos
;ij~istaclo,c ellcs a esta lilira ~iostosaqui o pouco meiios, e agora não sey se podera
coiiicluir aiilcs qiic ciitrc o iiivcrno, coni que cstcs pobres terão iiiais huiii anno de
iiifcriio scii2o Ibr totlri a viela, poiiclo se el Key de Mcc]uiiiés ein outra volta, fora ou-
tras coiiscq~iciicinsbcni iigrlivantes, para. ~ L I C I I Ideve fiar delgado. O pão 1150 ròi inao
vir porclue.iii Liiiliriiiios dado cinco mcyas rc~ois.c não tinhainos niais que out1.a mey:i
clica de ~ L I ~ ~ L Ie Is;ll>c I I O ,Ucos q~i;iiidovir3o as cmbrtrcasois da illia, que pella queixa
q~ic1110 Iàs o ctiiitintaclor clc Ilic Iàltiireiii coni as einbarcasois, vai vendo que sc niio
Iiacle poder iiictcr c6 toclo o irigu iicccssario estc anno e Qqui ao Inverno não lia inais
cluc dois iiicLcs,vc)ssn sciilioriii clcvc por toclo o cuidaclo nisto, e iião por esta pressa
~icstcrisco assim pcllo qiic Ilie convem ao seu oficio, como pella merce que me faz,
c evittar a El rcy os gastos que tigora Ses, o que hrB eiii todas as occazioes de aperto
por 110s1150 tleixar pcrcsscr. A c:ir:ivelln vcyo ccliii a cal, e confeço a vossa senhoria
que tive grande raiva dc cluc vosssi seiihoriri largticc //[I GOv"] ti iiietade no contrata-
dor 1,orrluc alcni ela cliie rica scr iiiui pouca para as obras cliizeiltos mil reis o mais que
clle gniili;~iiclla era mcllior que os ganhace ElRcy alilicaiido-os b ditas obras por ser
coiiciiiassào tão pouca p;iru cllas, c liaver inuito que hzer, e porque me dicc aqui o
mcslrc cluc 16 sohrc os Srcucs oiivcra rilgunia cluvicla cotn que vossa senhoria dicera
a porto da cara ele Cciita que i150 os pagaiiclo veriii toda por coiila de1 Rey, liordeney
se ciitrcgacc a« l'citor do nsceiita coiii coiiiciiçiio que vinclo de 18 a clareza de que 1150
viiilia por coiita tlo contratacloi mc havia cnlregar todo o cliiilieiro que fizesse nela a
6$ reis o i n o y ~coii~oaqui se vcridc, que coiiio na carta de qiiitasiío Ilie iiiandava
entregar, cxprcss~ii-iicntcnão pude làzcr otra couza, vossa seiilioria deve mandar
clareza deste negocio.
A gente desta caravella, dis a coiiverterão liavendi de lhe pagar a tostão cada dia
estaiido neste porto, e estando no iiiar o fora do dito porto a 150 ou reção, e 100, e
que lia caza de Ceuta se lhe avia fazer paganiento, e c01110 ella se não fes para acis-
tir nesse porto senáo neste, deve ser o conserto do tostão aqui, e os 150 quando saliir
a alguiii avizo, o viagem qiie Ilie maildarern fazer, e o pagaiueiito taiiibeili deve ser
aqui para terei11 de que coinei; e o regimento assini o declarara no cap. 2" $ 12 com
que vossa senlioria deve passar as ordens tiecessarias, digo inaiidar passar as ordens
necessarias para isto com o acrescntarnerito do soldo que dis se lhe Ses a respeito dos
do pataxo, entretanto tenho tomado c6 cliiiliciro por emrpestinio a qiie me tenho obri-
gado, para lhe liir dando a sua conta. Os soldados qiie vierão são muito bons vay no
papel incluzo a quantia clos que hltaiii para a lotcisão qiie espero este.jão feitos para
virem rio pataxo /1[170] e os cavallos, elle fica esperando pello judeu que foi a
Mequines buscar as ordens nesessarias coiiio vossa senhoria verh na carta que vay ao
coiisellio e faso o estai- Ia atlie 15 de julho, e pode vir aqui, e tornar einquaiito o judeu
ajusta o resgatte, que vay eni tão bons portos qlic ine parece não avera duvida niais
que no iiiodo do pagaiiiento a Cautella me parece se tem todas a qiie hé necessarias,
e em tudo isto trato senão teiu ariscado da parte delRey Iiuiii viiiteiii, c só a i~iiiilia
fazenda; porque para 2$ cruzados Ilie não falta muito do que tenho gasto em
prezentes.
Folgo que vossa senhoria achase acertada a viiida do arros e c o ~ n oo contratador
esta de posse do conl.iecimeiito do trigo que se deu por elle Iie riecessario que venha
o dinheiro do seu vnllor para ajuda das obras coiiio teilha pediclo. Ao barco se clarão
as 10 espiiigardas coiiiovossn senhoria adeiia. O vigario estS nluito manço, e dos inais
clerigos não teilho queixa porque toclos estão coiii suiiio respeito, e ciiitlii que
ninguem i110 pcrdcrá (benditto Deos) iieiii cuido nlaiidarão, occnzião de que lhe eu
risqiic as ]irassas de que c d m o muito a ordem. Mazagão 24 de .lunlio de 693 //[I 701

Carta para Diogo Pedro de Alonso


em 24 de junho 1693

A de vossa nicrce clc 24 dc Mayo rccebi na ptltaxo que Scs muito boa viagcin
chegando aqui c11127 e csti~iioiii~iitover nclla que vossa incrcc passa com satidc livrc
das doensas desa terra.
Bcm scy náo 116 descuido de vossa iiiercc o tardar tanto o patnxo Ia, c não tem
duvida que ncsta occazi5o fes grantle mal a sua tarclansa porquc Saz graiidcs demora
no rcsgattc dos cativos poder ser neste verão c quciii sei11 culpa disso o pagaram, cu
cá o mctto coii e s c r ~ i p ~n~~lLiI~C I I cntciitlo
I qlie foi a cauza.
Logo que clicgou inandci cliaiiiar o jiidcii veyo, e e111p o ~ ~ c dias,
o s ajustei coiii elle
o que me parecco cowciiicntc, c o inadcy a Mccluinês a buscrir o seguro, c as inais
Iiordciis iiecessat.ias para Iiir a Lisboa a coiitluzir ii contratatlor, crcyo que cslarii aqui
athc S. Pctlro, c ponlio~iictão sedo a hzcr cstas, c outras mc~idezaspcllo não deter
ein chegaiido, Icvaiido-o Dcos a salvainciito, vossa incrcc clevc logo fiilar com E1 Rcy
nossi>scnlior para se iiianclarcm fiizer os cavallos que vão na nicmorin eiicluza, e que
ordeiie logo ao coiltratador poillla a feitoria, e os dois quarteis correntes qiie de vez
e logo com isto para ir depois buscar o judeu, c se entretalito viera gavarra como
espero a cleterniiiio aviar logo c maildalla coiii esta para que sirvâo para vossa iilerce
a estar tudo ap~-irclli>.ido, c advirta vossa ilierce a El rey, e ao Conde que não admittão
daqui por diante a pratica do coiltratador dizer que não Iie obrigado a dar 0s quarteis,
e as roupas senão 110 cabo do aiino porque 1-16huma abuzão a que se quer pegar sein
reza0 nlg~ima,ci trigii veyo a inuito bom tei~ipoporque ja não tiiiliainos mais que
liuma iiieya rcsão no scleiro c cssa co~iigrogullio, a cal tiíobein cliegou, e beiii se pu-
dera iião largar tanta //[I711 ao coiitratador porque a que me fica he muito pouca o
que tenho qiic reparar, cu estou in~iitocoi-itet~tecom a caravella porque ainda que
ciizem que não he grande couza de vella para o que deu a quero baixa e sobra, eu a
não quwo tnandar 1) trazcr coiiio vossa ii-ierce dis por não ficar seiii ella, se vossa
inerte puder avanqar que veiilia a cal do Algarve scrá inais barata, e o mais breve a
jornada.
Os soldados são iii~iitoboiis só ine cldoescrão inuitos Saltãome para a coiita os que
viio declarados vossa iucrce peça qiie vwil~ãoseiii Falta, e nein se achareiii entre os
prezos cis ofSiciais que digo a vossa iiiercc 1x1 dita niciiioria será iiiuito coweilieiite
que vcnhão, e o inais qiic ~icdia vossa inerce tio rol passado, e advirto se ine iião
deteiilia o patrixo e111iiciiliuiii ciizo, aiiida que riâo estejão as roupas todas juntas traga
as que iivcrein para qiic possa lori-iar antes do iiiveriio. O clii~ichorrojá não vcyo
quando estes verão iiciii scy sc vir8 para o outro, bem sei que nTio lie culpa de vossa
iiiercc ncin ri terá cm couza alguma, porque a miiil Ilie coilvem h sua obrigasão, aos
officiais tla car;a dc Ccuta ~ i ~ c r c seo ,nicresserei iião faltein ao que devem, nem me
obrig~icma S~izcrqueixa dcllcs qiie o sentirci inuito. Joâo Momeiii quis fazer sai-geti-
tos de meu sobrinlio iii:is clle o não ascitou não sei se fez bein iio cabo lhe acliará o
erro, cicvia ser poip~ico 1150 I'izcrão sargeiito vivo, o que iião podia ser porque o esta-
va jQ cxcrcitaiiclo havi:i iiiuitos mezcs Jo5o dc Sequeira que vossa nierce colihece,
coino tcm suas piczuiisois tlc vallido ciiida Ilie ilão Saltar8 couza algutna, mas estes
As vczcs lhe sai o g:iclo iiioscoso, aiiicla asi1z-i o maiido iiesta occazião porque se 1150
queixa Ilic tiro os mcyos de seu ncrcssciitaineiitos. Ao secretario do Estado conheso
o f':~vor que iiic Tas, c ag~iarclcsiineiito.A inSorinasão de //[177v"] Luis Gomes conio
esin a cargo de Aiitonio de Freitas Ilie clnrii coiita clella. Os sobreseleiites que presto
vão c111mcmoria à parte para que scilão clisculpem que iiiío sabein o que 1150 de inan-
dai: Ayrcs, c Jo5o bci-jam as iilãos R vossa incrce pella inaneira que Ilie faz. O Coilde
de Casinii11cii.a sc Sizcr o qiic clis de iile iiio fiiltar com couzn alguma fará o que deve
porqiicccli lhe iiiio pcsso senão o prcsizo.
Tciiclo í'citci esta atllc aqui cliegou a &avaria oiltcin 19 do correilte, e nella nos fal-
tou carta cle vossa incrce tlcvia de 1150 siiber a sua partida, eu a faso voltar logo e
cscrcvci a El Rcy N«so Sci.ilior pcclimlo lhe ii~ailclcter feitos os cavallos coiiio digo e
l~rcvciiirlcisos q~iartcis,c roupas, vossa iiiercc com todo o callor aplique este nego-
cio, cl~iccslqia proiitissiino, c o iiiais clue vai lia ii~ciiioria.Tainbein nesta occazitio vay
imhriiias5o sobre c? pagtimciito do trigo a cliiilieiio coiilo isto lie tanto eiii proveito
dcstc povo 1151) tciiho quc lhe etiico~iiei~dar a. vossa iiierce, e só que asista h cotiipra
dos cavnllos 1,ai.a que scjão muito capazcs, tii'amlo os que iile dizem El Rey quer
largar dos seus cliic seiiil.irc scriio os que ellc quizcr. Tainbem escrevo a Iiieu primo
Luis de Salda~ihanie escollia dois para iilitii qite terá na sua estrebaria athe se enibar-
carem, por ora não se ine offerece iilais que ficar proinpto as ordens de vossa rnerce
a qriein Deos goarde Mazagio a 19 de junho cle 1693 /1[172]

Memoria a vossa merce do que se pede agora como do que faltou


da memoria paçada

Iteiii os 300 frascos cotii cordois de lã


Itein ballas de livra da pecinlia do execicao e a carretta se se Tes
Iteiii hliin boticario e111 todo o cazo coin alguina batica clo que se tem pedido ao
boticario de S. Josepli João Godinho.
Item o Relogio paro a torre quando não quatro ampullietas grandes para o corpo
da guarda de meya hora
Itcm carviio de pedra boili
Iteiil o cliiartcl de roupas que deve E1 Rei que importa o que se Ili tem avizado
Item os sobrecelle~ltesque te11110 pedido para as ernbarcaçois que aqui perigio as
vczes cciiiio vossa inerce sabe e pode111 vir os seguintes
Itcili duas amarras como as do pataxo que aqui cá havia já esta Scita ein pedaços
Item d«is viradores ~ilaisdelgados
Itcin duas aticlioras de forma liui~iacoriio a do pataxo outra c01110 a da caravella
Item dois mastareos pellos do pataxo
Ilcm quatro vergas huilia mestra outra tracluette hu~ilacle velhaclio, outra de gavia
tocfas como as do palaxo pouco mais ou ~iienos
Item alguiiias polles sorteadas
Iteii~doze faxas de amarias

O qiie se pede de iiovo he o seguintes


Que este.j*hos cavallos c soldados proiiiptos para quaiido for o pataxo são os cw-
,2110s que Salta 25 os soldados 70 que sei1~5oclesciiidem das cmbarcaçois que //[I 72v0]
Iiaiide ir buscar asim do que se deve coii~odo qiie Ilie iieccssario para este alino se
terrio pagar a diiilieiro algiiiii conio escrevo a EL Rey
Taboado em groço que iião li6 esse iiiaiida dar a Iiordeiil terceira hiiiiia caiitidade.
Venlião as ordens iiccessarias para se pcigar a caravella porque Ia liade ser a sua
asistericia e os soldados que liaiidc vir(...'?) para que tragiio caiiiizas capas espadas
q u e não podei11 cU passar sem isso, e se trouxercin camas iiiellior que se tnande
679;365 que iiiiporlou a virida da arros que I'icão carregados ein trigo ao ;1111ioxarife
e o coiitratadro Iiadc pagar cri este diilheiro por orcleili que o concelho lhe li6 de dar
para isso

O que sc pede a Glrei


Piovizor
Fazer passar ordciil ao contratador que as roupas se paguei11 cada 6 iiiezes e o di-
iihciro aos quc e vossa nierce riie hacle peclir ao secretario de estado que se malide
aclartlr isto ol'í'iciais que são iiccessarios que peço a vossa iiierce Saça toda a dilli-
geiicia porque vi~iliãona gente que agora vier advertindo que não fallo nelles a nen-
Iilima outra peçoa por estarem ja as cartas fechadas
Hum ferrador lie iniiito precuzo e se souber alveitaria seri inuito melhor
Dois cavoqueiros que estainos sem aves que111 arranque I-iuma pedra
lium ladrillaclor taii~béinscrb iiiuito boi11 para //[I 731 os selleiros
llum espadeiro e lium baliiieiro
Se vossa merce puder fazer 50 espadas para este hoiiiens que vierâo venhão na
conta do alrnoxarifes qiie cb se lhe pagar5 no seti soldo por conta do coritratador que
tambem lhas farei pagar e se o dito contratador inandar 25 pequenas para rapazes
tambem se Ilie pagarão //[I 73v0]

Acrescentamento da carta do Conde da Castanheira


de 24 de Junho mandado em 29 de Julho

A de siina Iie a copia da que foy pello Algarve depois disso querendo ti~andaro
prilaxo iiie deu Deos huma tal doença, que foi necessario i~iilagrecom muitas
cricuiistaiicias para poder vcrinc vivo esta hora atribuindo a mayor cauza desta
doeliça as inuitas penas que paço ein ver o ~ ~ o u ccuidado
o que a vossa senhoria Ilie
da esta praça pois1 deixa cliegar ao iiiayor extrcino da mizeria que pode ser, e se acha
seiii lium grão de trigo clcl.iois de seis iiieyas rcçois continuadas, tres quarteis venci-
dos sein real lia piaqa iiem para niiin q ~ i eestou viveiido de cinprestado; hum aniio de
roupasttan~beiiivciiciclo sem se dar nada o coiitralaclor zombaiido de tudo, e vossa
senhoria dexniidoo zonibai; sciil eii-ibargo clo que llie teiilio escrito sobre elle os cav-
alios ficiio c111 niizcravcl estado. o pataxo vay coin toda apreça para que vciilia com
o ren~edioiieccssario c fiizer a saber que silo precizos meterem-se este anno dois mil
moyos de pão para satisfaçgo do qiie se deve e para o proviinento iiecessario e não
tciiios iiiais que huiii mcs c meyo que isto coticiclere vossa seizhoria a preça que 11é
riccessario se dc a erribarcnçois.
Vay a rcccnceainento clc Joseph Gutterrcs na inellior forliia que se poude fazer
inuilo tinha qiie clizer neste particular IZZEISnão ine acho capaz. As letras de Mati~~el
Lopcs Mediiia vão j B ~netidnspode vossa senhoria. mandarlhes pagar que he rezão
//[i 743
Ao coiicelho rciiieto a coiitn do que lie necessario para provii~ieiitodesta praça,
por iiio cliegar ora que o contratados se teiii obrigado e como elle tem concinaçois
para poder tirar ficaiidolhe ainda boas sobras h6 necessario o mandem obrigar que de
o que iinporta para que não fiquem alguiis de fora, Vay tainbein a conta das roupas
que deve El Rei para que vossa seiilioria nlande satisfazer esta gente para que ein
algiiin iiiodo se rcsi.aiirciti do que vejo estão padecenclo coin todas estas faltas
I / [1 74v0]
Acrescentamento da carta de Diogo Pinto
de 24 de Junho mandado em 25 de Julho

Esta copia lic a da que foy na gavaiia pello nlgarve e estando parli aviar ci pataxo
i i ~ cdeu li~iiiiadoeiiça que me pos no iiiais iiiizcravcl estado que se pode coiisiderar,
e hi caliza de se deter iiiais alg~iiisdias o pataxo agora o ívizo coiii toda a preça, e
O vossa iiiercc eiii coiiio os selleiros estão varridos teiicio datio a sexta c ultiina
; ~ V ~ Za
ineya reçgo, e estiiiiios iio ines de agosto seiii o tei~ipoiiccessario para iiicter tiesta
praça dois iiiil i-iioyosde trigo que são prccizoseste iiiiilo, de dois cliiartcis de roupas
que se deveiii nrio lia Ii~iinfio com que estes iiiizeravcis se ciibrão tle tres cliiarteis ein
diiilicii-ci iiào Iii Iium real iieiii para ir comci; a gci~lcpasma, eiiibarcor;ão clc trigo liao
aparece a cavalaria vayse cosuiiiiiitlo tcidas estas iiicilcstins são iiiliito iiocivns parece
Iium daliiiiio cluniito iiiais para quem Iirí l-ioucos cli:is cscalioii da iil«rie por ii-iillagre
evidente. vossa mercc nestes particulares deve iiizcr acluilIo ii qiic 116 »biig:ida //[I751

Carta para o senhor Antonio de Caldeira


em Agosto 30 de 93

PI-i1110e sciilior iiicu como esta vay j-icllo Algnrvc c o pataxo I'icn para partir dcii-
tro em 15 dias não l-ioderey ser tào largo cciiiio dc~qjo,daiiclovos os ngiadcciiiici~tos,
priiicipalnieiite lias ctiligciicias que fi~rcispor tiiclo ci qiic Ilic toca q ~ i caiiidn que o iiicu
aiiior vos iiierecc toda esta fiilezri iiiío clcixa de ine obi'ig:ir dc iiovo íi cliic I'íireis quaii-
elo tendcs t:iiiti> a que acuctii: O piitaxci lèz inuito hcia jorliiida para cii c íiiiidii tlue avia
tres dias cluc tiiilia chcglido a naci caravclla, se Ilic fez bciii kita nesta Lcrra, a do
Algnrvc clicgaira i i i j iiicsmo dia se scnào enganarli o pratico cliic trazia cl~ica fez
dilatar mais seis, c agora vein clicgniido mais o~itrliiliic 110s p:irccc a rlc 'Icrccira, j6
cliegou com 170 iiioios da terceira, espero ciii Detis qtic tr:iga os tliias cluc tlaqui
fosào. e as dessa tcrra a salvaiilciltci para cliie I'icliiemos iiicllior prciviclos este riiiiic) que
o passado, quc iudo se devc h vossa diligêiicia, c não Iic nino ciisayo para bispo
coii-iessar a iiiatar a Iòiiie h l>obre~a. Eu cstoii com alg~imíiincllioi~iiipoicnz iiiuito
fraco, c Falio de vista, porque quniitlo clicgoii o I-iatíixo Iinvia milito poucos dias que
nie tiiilia lev:iiitado tla iiiinlia rccayda eiii cliic lambem estive com pii-igo livrundo ii-~c
este seiilior do ciiterro por sua cliviníi iiiizericordia.
Vejo tudo o que me dizcis cio C'aslrinlieii~icili liuiiia, c o u t u carta, c coii-~ciiiãu he
iiovo para iiiiiii o scu disciiiclo c o seu gciiio, c otlio cluc tciii o csín tcrra, iião me
cspaiito que se csclticsa da niiiizadc, c parentesco, c proiiicss:is q ~ i eiiic I'cy. qiiarido
vim para est:t tcrsa, pois ellns nic rcduziiio a asscitar csic gvociiio; cii Ilic cscrcvo
iicsta cicciisiiio Iitima carta de cuiiiprimciito scin llic liiliir eiii coii/;a alglimii dc
M~izaçio,iii:is viva intiitos aiinoslI[l75v"]
El Rcy iiossos eiilicir o qlicrn vos bci.javcis 11 ni50 díi iiiiiilra pnrtc pclo cuiclotlo coii~
iltic me iiií111clascic»rrcr j-ior dccríitos ela sccrctaiia clc Ilst;iclo, c no Sccictario taiiibca
o agraclesercis :i ii-ici.cc. com qiic obtx tiido o clLie tocíi :I cslii prnssa qiic Ilic cstou
iiitiito obrigacio, eu Ilic maiido iicstii occa~ião:i iiiciiiorin tlo que tciilio pctlitlo ao
Coiidc, c a« ciincellio, e crcyo qiie isto clevc dc scr ordem clcl Rcy prii.ii cscuiíir as
dernoras do concelho e as oinissões de Castanheira, se asiril for coino entendo, será
a niayor xnerce que se me possa fazer. Os frascos que este senhor diz não sereiii nec-
essarios, Iie a mais necessaria couza que aqui ha, e eu náo pesso couza que iiãa seja
preciza, contando ainda niiuito pello necessario.
Agradesovos niuito a diligencia de Diogo Dias que a empregastes muito bein,
porque o lnerece, o engenheiro não duvido que não esteja muito ineu companheiro
porque lhe dey cá huin lavadentes de boa inarca por pouco zelozo da fazenda real, e
não estimara eu pouco que 16 o acomodara E1 Rey, ainda que não ouvesse outro que
quizece vir eiii seu lugar. As novas que me dais dessa terra todas estimo mas não
posso responder a ellas, só vos digo que estimo muito que E1 Rey esteja satizfeito do
procedimerito de Ayres de Saldatilia elle tudo faz bem feito
O ncgocio de Lurida Motta irá corremte no pataxo no que fica ao que me diseis
que se estra~ihou,dizer eu que avia de fazer quarentena lia sisterna desta prassa, quem
v010 crintou acressentou, porque o que eu disse foy, que na dita sisterna (que he sep-
arada de tudo o comercio desta prassa, porque ningueni la entra) se podia abrir algum
fardo quando foce necessario sem miiito perigo, c que a mais que viesse avia de ir la
a Lixboa fazer quarentena, porque o fazella //E1761 ca no campo como vos dizeis he
eilipraticavel, coino podem clizer as pessoas que catem estado que agora não posso
pella brevidade. O contratador Iie serto que lias obrigasois do contrato se obsigão a
dar llie eiilbarcasois, e que so essa desculpa tein que dar, e o tornarem lhe o trigo
vellio que tinha para provimento desta prassa na ilha de S. Miguel, mas não tem rezâo
em deixar de mandar os quartos que estão vencidos, e feitoria, e agora tainbein, deve
inaiidar dinheiro para pagar a todo este povo as seis ineyas rezois que lhe está deven-
do, pois assim lho ordena E1 Rey de que elle não tem pouco en ter este, e ouço dizer
que clle diz que está desco~ifiadode que digáo que elle deixou de mandar trigo para
lograr cste entcresse, e que assim que não quer pagar neme star por este despaclio, e
eu que sou mao, entendo que isto lie traça para dilatar e mandar o dinlieiro a este
h o n ~ e n scom esta caramunlia, e v010 digo para que estejais de acordo para o rebater
quando elle falle nisto, não vos dando por entendido que eu v010 mandey dizer, e
quaiido entendais que elle o não iiiaiida no pataxo o deveis fazer obrigar coin ordem
de1 Rey, porque estão estes honiens em o inizeravel estado seni hiim vinten~,e muitas
vezes o não ha para m e darem a mim para eu comer que me he necessario valerne de
emprestirnos e no que toca aos quartos se vos elle dicer que ja tem pago no que tem
dado fiado a estc povo, responde lhe que isso são quatro particulares pobres, que ha
muita parte deste pouvo que não tein pedido nem hum vintem fiado esperando por
este dinheiro, e o Hospital, as obras, as cofnrarias todas os padres, e tudo clama, e
ainda os mesinos que estão pagos clamão que lhe detem os pagamentos pellos obri-
garem a comprar as fazendas do contratador para se remediarem em que elle ganlia
i~iuitobem e quando de todo em todo vires que elle não manda todo este dinheiro
podeis ler isto ao secretario desta do,^, a E1 Rey N. Senhor 1/[176v0]semdo necessario
porque quero dezencarregar a minha conciencia neste particular, e suposto dezgo
favorecer cste co~itratador,não hade ser ein couza que prejudique a estes niizera~~eis,
e asim se deve tambem obrigar a que não falte com os quartos a seu tenipo coino
varias vezes tenho escrito ao conceIho, e ao secretario de Estado, quaiido não
entendais alguiiia cauza disto pella pouca pratica que tendes delles o informador
volas explicari coiii isto i150 posso ser mais largo Deos vos gonrde coiiio dezejo,
Mazagão I de Seteiiibro de 693 //[I 771

Carta para Antonio Manço Setembro 3 de 93. Mazagão

Seiilior mcli recebi a de vossa iilerce viiitia iio potaxo, e cstiiiio ver ~iellapassa
coin sniide, a iiiinha lie ainda iiiuito pouca, porque qua~idoesta cliegoii havia poucos
dias que me tiiiha levaiiiado de Iiuiiia recaida q ~ i ctive iiiiii trabalhoza, querer&Deos
coiitinunriiie esta iiiellioria, e darinc forças para poder servir si vossn merce como
dezqjo.
Lciiibrado estava vossli mcrcc cl~icIlie pronicti 0 avia de servir em tiido o que llie
tocasse nesta prassa, criiquaiito i150 fòce contra os nioradores clella assistilido vossa
incrcc com pontualtliadc aos pcigiirnciitos coiiio hc obrigiido, Siillando a estas duas
coiitliçcics 1150 pcicic avcr qiicixn eiu vossa iiicrcc que eu falte A iiliiiha promessa
cJniid» coiita a E1 licy N.Scnlior clc qiic se falta aos iiioradores coii~o que se lhe deve
de que cstoii servindo iodos os dias qticixas, c tais que iiie clicgiio a dizer que eu vou
coiii vossa merce tio eoiitl'ato [Ias Iàxcnclas cliic acliii inclc, c que por isso cieciiiiullo
ris liiltlis cl~icaqui lia, e I'avciresso os seus Scilores taiito; iiins a iiliiii pouco se me dera
disto. A iiiiiilia coiicicncia iiie iião obrig:ira, a 1150 tlcsiin~ilar,:i que queira vossa
mercc tardar iio p~ignincntopara que se ilie gnslc ?i sirit l'azcnda, o, por litrça, o, por
voninde, c coin islo os cluc toinão riado c l a i i ~ o c, os rluc niio toiiiiio pndcceiii, e eu
soii Iiiiin tlcllcs poiqiic Iiciclc misler tliiihcirri, e o iiâo te111 0 Scitol; iiciii pera outras
co~izasm~iitasque siio iicccssarias para íis obras taiiibciii busco diiiliciro. Sobre
iiiiiihn palavra, aos procuraclores estou sustciitanclo tics q~iartcis,sciii iiie darein
real, a iui~cricortliatla ii1csiiia iiiaiieira as coiifiarias todos cstáo por pngiir, e iiiuita
gente qiie n5o cl~iiztomai. I'iado, l?odcre vossa iucrcc estas rczois, c verti, as que eii
tciiho pnra viver qiicixozo tlc vossn Iiiercc iião Illc iiicrccciiclo por nmliiiiii camiiiho,
c assim esl~crose ciniiieiitlc cstc iiegocio iiiaiiciaiido vossa iiiercc logo cliiiliciro para
se Iiagarciii estes três qurtos qiie csllio vciicidos ti:i v«lt:i tio [iataxo, c asim iiiais todo
0 diiiheiro qiic inoiitiio as iiicyas rczois que vossa iiiercc ndc p~igarri diillieiro sem sc
valer cla cnrain~iiili:~ que me clizcm fiiz de qiic csla dcscunSiodo//[l 79v0] por dizercri1
q ~ i cI'aito~icoiii o trigo liara levar os 15 reis em cada alqiicirc, tlixciido que qLieii1 qui-
xcr va Ia cobrar, couza iinpralicavcl, e que clicga qliazi a iiisolciicia, porque sou tão
iiiao cltie ciilcntlo que esta cnraiii~iiiliii,lic sí, para tlilatíir este Iiagainciito aos inizar-
ivcis, cliic iião teiii otiiríi parte cloiiclc se reniir c111 O SCLI eiii~~e111i0,e estas rezois 1180
ciilio iiiaiidatlo tlizci atS agora, c sí, as digo a incii priiiio o bispo dizciiclolhc qlie
lualito vossa mcrcc iião inantlc Loclo o tliiilieiro ncccssíirio para cslcs pagaiiieiitos
rcyirezenle todos a EI licy N. Sc~iliorl7ai.n eii í'icnr dczciic:irregocl« iicsl:i piirte.
Lispero qiie vossa iiicrcc qiiciro cluc conscrveiiios aquella aiiiizatlc quc cu clezcjo,
c segliro o vosso mci.cc cl~icils ininlia partc ilão hciclc i'riltnr i1 coiiza algliiiia que seja
tlc seu serviço. As roiipas Lainbciii cslicrti qiie veiilião iiias coiuo vossa ii~crec~ C M
proinciido ~~orc~iic lia iiiiiitci iiccessiclade rlclliis, ti cl~icse mc 1150 dilatem para o aiiiio
que vem.
A« sccrctai.io ilc Ilsintlti escrevo para rclirczciiliir ri E1 licy q ~ i ca ciiiizn cla ftilta
que aqui ouve de pão foy terse devertido o velho que vossa mercc tinha c111 S. Migtiel
para hir para a Madeira com que foy forsozo que a iiao caravella esperace por trigo
novo ella veyo, e e111 6 dias a pus corrente para se poder ir, e se se deteve mais Iium
par foy por sua culpa até que veyo desse reino o Dataxo em 3 dias e fez descarregar,
a do Algarve eiii oiitros 3, a da Terceira que fica dentro em 4 dias poderá tanibem par-
tir, e nenliuilia das mais que venlião se queixarão de demoras, porque ein nenhum
teinpo se aviario c0111 111ais brcvidade.
O pataxo partira até 15 deste mez, nelle escrevery o que iiiais ouver eiitretanto
fico muito pronto As ordens dc vossa merce a quem Deos goarde. Mazagão 3 de
seteiiibro de 1693

A Francisco Gracia de Liiiia ine fitrtí vossa nicrce inerce dizer que não lhe respon-
do porqiic espero Iiiirna resposta de Mequincs que tenlio i'iiuitas esperanças de quc o
judeu traga o seu sobriiiho //[I 781

Memoria do que se tem pedido de couzas necessarias


para provimento desta prassa,
Mazagão 4 de Setembro de 93

Itein os q~iinlieiilosIknscos com os seus cordões de lii para a sintura


Iteii? liuiii sento ou iiiais ballas de zebra para a pioi~inhaque se i~iandoupara o
cxercicio das artellieyros
Itein li~imboticario em todo o cazo por ser inuito necessario
Itein carvão de pedra o cliie paiasser
Item o quartel dc roupas que deve E1 Rey da que tenho avuzado
Iteiil os 50 soldados que faltiío para a lotação
Item i-iiais alguiiia cal qiie a que vcyo lie poca
Itein qiiiiiitidade tle pecieri~cyraspara espingardas francczas que siio as que aqui
lia advertirido que j B vier20 duas vezes quaiitidade de calliaos por pederiieyras, que
riem hiiriia serve para as ditas espiiign~las.
Ileni tailibein são mcessarins mais 110 espingardas para os soldados qiie teni
vindo ca as il,?o ha para todos quando ião possa ser arinnlo henios com niosquetes
qiie elles ja csrraiilião muito.
Item hiiina duzia de parcbos para as caxas que se rompem
Iteiii os cavallos que faltão são 25 com que Sua Ma-jestade ine fará inerce niandar
sair que 1120 sejio potros para montar atalayas que ca não lia neiihuin capaz, estas
bestas quesejão Iòrtes, c corredores.
Item fazer coin o coiltratador que inaiide os quartos, o dinheiro que deve do trigo
e o que se deve dar 2 meyas resois, que deve S. Majestade que elle lie obrigado a
pagar, porque Ilie vay Ecyto boin, e assim mais 67$365 reis que taiilbem llie v80 fey-
tos bons iio tesoiireiro que aqui recebeo pello arros que inaildey tocar os que tenlio
recebido para ajuda das abras que não basia a conciilação sobre isto desta ultiiiia
diriio tcnlio escrito ao coiiccllio largamente iiesta occazião.
Tambeiii reprczei.itey a El Rcy N. Senhor que seria coilveiiieiite ao seu serviço ter
iiclui alguns sobrecelentes para remediar118 1 78v0] algutiias embarcasois que correrem
perigo neste porto foy servido respoiider que mniidaria, remeti ao Colide da
C':istanlicira a tilernoria abaxo fcyta por Seiliiào Porto, se se quizer rnaildar serámuito
botii, qiiaiido ri50 para a prassa niio lie ilecessario liada disto
Iteni duas aiiiarras coino as do pataxo porque hu~liaca avia esta feita em pedasos
Item dois viredorcs tilais delgados
Itciii duas ancoras de forilia, huma c o t i i ~a do pataxo, outra como a da caravella.
Item dois iiiastaraos pellos do pataxo
Itcii~quatro vergas huiiia iliestra, outra do traquete, outra do velacho, e outra de
gtivin, icidas como as do pntaxo.
Item alguiuas polas sortcadas
Itcin doze boyas de ainarras

(-1 i.judaiitc da artilli:iria que veyo de iiovo pede para fogos ceriefico ais que tlie
iiioiiclo ter prcvcnidcis.

Itcin iintii~iotiio
I tcin olco pctr«li»
I lci1.i I>erbalilc
Itciii ulclodii»
1lc1u ciiccnço inaclio
Itcm gonia afiibia
Itciii iilcri dc liiiliaça
Ilcin cnpnsraza
itcni scncc:i
Itc111 klic:lill-~ir
Itcni cordas rlc lit~ho
I tciii visco
Itciii tcichas de boinbn quaiitidacle
iCciil Azoiigiie
Itciii papclliici
Ilci~ipci~cyiaspara pencyrarem pó
Ilcni alg~iidarcsviclr~idospcqueiios, e graiides //[179]

'liii~ibeiii iiii viugei~ipnssaclu j6 escrevi a S. Majestade pello concellio da sua


Ilinciic1;i qirç ilão bnstaviio os 1$600 reis que lic obrigado a meter o coiitador que ergo
iicccss:irios mais 1 17 c tlo diiilieiro que tainbem era iiecessario meter mais do que era
ohrig;iil« pcllo coii~rato3.3 17$37 1 que para tudo tinlia coiici~laçiiobastante e aiiida
Ihc sobra.
'Riiiibci11 1 1 nccessorio
~ Tsizci llie mandar as roupas deste a11110 que estão veiicidas.
I lum culabrc para a nova em tocio o cazo de piacava
C'cin ~rlcatt~izes cciin li,ll.in para os atarem
I1ii;is corcliis ctc espaito dc clezoito cada huina de 29 brasas, e outra de 20 para se
11:igiii.ciiiii iliicm se pcdirlo emprestadas //[179vneiil braiico //[180]
Carta para Antonio de Oliveira Mazagão
7 de Setembro de 93

C'onlieso muito beiii cio ainor de vossa iiierce o sentimento que teria do iiieu mal
de que Deos Soy servido livrariiie milagrozaiiieiile, e asim susedeo lia recaida que
tanibeiil foy iiiuito perigosa, e iiie deixou táo fraco que quiiiido chegoii o pataxa riia1
saia dcsta caza. Seja Dcos bciidito que paresse quis não faltace i creasão destes iiieiii-
iios que tão dczeiiiparitdos ficavão.
A brevidade do pataxo toda foy iiecessaria ainda que tres dias antes que elle
chegace tiilha. chegado Ii~iiiiaciiibarcasão de S. Migucl, e lia cliegado isto a estado,
que tardarem oito, o dcs riias coiiieriamos este par cle vaccas que aqui lia, iilas sein
pão e ja estes pobres iiiissioiiarios aiicli~vãopelas portas dos iiiais abastados pedindo
esinola para o s mais neccssiíndos, que avia clois, o trcs dias q ~ i cnão comião, aiiida
que o senhor vcdor da Siizcnda, c o coiitratador dicesscm Ia outra couza, mas estou
coiri esperaiiqas que o proviiiieiiti? dcsta prassa tonic outro caiiiiiilio iiiais breve pella
secretaria para iiie livrar deste iiial que vossa mcrce dis rzio tem cura. A juiiqueira
coiiio me dicerão que o pno estava tão alto que cobria lilini hoinei-i? quando veyo o
pataxo a penultiiiin vcs, logo Fiz o estamago a que o grão iião avia de ser grande
coiiza pella experiei~ciaqiic tcriho, liias tudo o que Deos dá hc bom, e ainda assiiii
espero que com isto po~ico,e com a A z a i ~ i b ~ ~e jse
n livre vossa merce dos acredores
que ficarão na. cabeseira clo rol, ciii que lhe leiiibro iião fique de fora Igilacio Coelho,
e a in~illierclc João Pedro, e taiiibeiii o alfayate dos Belleiis, João Phelipe me maiicla
Ii~iiiirol que dis não iiictco iio qlie la dcixey cle 7s c tantos reis de Iiiiiiia obras
//[I XOv"]quc lèz a vespora da partida iiiandallos vossa inerce pagar; A Sevaxeira de
Azaiubii.jri iião tciii rcmedio mais que deixalle no caiiiiiilio em que esta este dois
atinos que nos Caltão, que eiiiquaiito Pcdro Alvres Ia esta tera iiluito c0111 cuidado
iiella; iio arrendamento da Jutiqueira tiie não dá cuidado senão Mace iiiais porque o
discomodo daq~icllafiimilia, e criados que servem era grande, o que importa Iie que
vossa iiicrce se1150 discuide ciiz toinnr conta do seu reridimeiito, que valente esta cor-
icntc ciii o dar segundo iiie escreve. O capitain João Ribeiro me escreve qiic c111 Mayo
vay para 1" que o iiia~idcordciis a Valeiite sciii declarar o modo, tendo preccdiclo inaii-
dariiie Pwer rilgutiias queixas clc que cu o não quizera nuiica IA, aquella dey a satis-
liisão que rievia mostrarido Ilic o cai110 andei seili presizo neste particular, e dizelido
Ilie que quaiido elle tivesse iiiiida a iilesma teiisão de querer Iiir Ia viver, que no maii-
clacc dizer para llic mandar ftlzcr liiiiiias cazas convciiicntcs na quinta de alleiii que
era a sua tensão arreiidar, cleclartiiido Ilic que ca nas ciizas da quinta iiáo tinlii~corilo-
didadc eiii rczão dc que indo cu daqui o avia clc cazar logo o meu filho se Deos nos
dese vitlii que bciii sabia que todas as cazas ncccssarias para o nosso coiilodo, e iiiais
Ilic faley táo claro tieste particular quc lhe disc que quaiido eii 1150 tivese dinheiro
para Iliris acabar coiii brevidade, c elc o quizece dar Ilic pagaria de juro, ou scria coiiio
elle dispozcsse por estas palavras, o outras scmelhaiites segundo iiiinlia leriibraiisa,
agora lhe respoiido ao que 11ic diz que hc iieccssario declararnie o modo com que
queria ir para a Juiiqiieira pai'a cotiií'ortiie isso iilaiidar ordem a Valcrite se vossa
inerce, se ericotnrar coili cllc fasa pello meter nesta pratica a ver o que Ilie diz.
Estimo que Bcrnardo Gomes esteja pago. Não Foy iiiao cobrar o arreiidamento por
enche0 da coiiienda de Soure, que nunca ia1 cuidey, o Alvellos me escreve huma carta
bem larga e de betn iná letra, e ine farta ein coritinuar o arrendamento visto ter
fianças seguras l/[lX I] e o capitain inor cobrar. Coiiio esta carta era antes de sua f~lgi-
da está isto ein diferente terino, vossa merce faça o que melhor entender neste par-
ticular, e inais seguro. A Savacheyra esta muito bem arrendada bom será fazcr a conta
com Silverio da Silva quc já esta pago, e Bernardiiio o ficará neste priinciro alino, e
nos oferecerá este rendimento.
O Padre Simão Goncalvez tne escreve que o conde de Vimiozo deziste da demail-
da do morgado, e tainbcm Antonio de Saldanha coili que se apressará mais esta cauza
ainda que dczejará quc ellsi se detivesse até que eu fosse antes da ultiina sentença,
tainbern me escreve que despedira o requerente, e que andava buscaildo lium i satis-
fação de vossa merce, e sua; folgarey o ache melhor que o passado, eu seinprc lhe
escrevo que aplique as demandas de Solire, e o mais que convem. A Manuel Armão
respondeo vossa inerce muito bem ascentado sobre o que elle me tinha dito que lhe
custara iiiuito pouco, o que era couza de muito pouco valor a figura não fale vossa
merce mais neste particular, com iniilha iniiaa dos Cardais tenho as contas que dis se
Ilie pedir a vossa meire mais alguin dineliiro deilho que ella o irá assentando. No que
toca 5i notissia que vossa merce me dh de S. Clara nio tem inais que falar neste par-
ticular a cera venha nesta occazião porque he nccessaria tailiheni mando pedir outra
pouca a Valentc para a Mizericordia de que sou provedor para o que vossa lnerce lhe
dará diiiliciro pedindo0 ao coiltratador, e para outras couzas que Ilie pesso. A Maria
Pliellipe não se dara vossa inerce o que fie nccessario para as meniiias senão o que
ella pedir para os dosses que ine faz João ine paresse que escreve a vossa inerce e
Ayres Ilie inaiida muito recados e ca fico As suas ordens Deos goarde a vossa iilerce.
7 de Seteiiibro de 1693//[18l v"]

Carta para Diogo Pinto de Almeida Mazagão


7 O de Setembro de 1693

A duas rcspondo de vossa merce liuina quc iiie vcyo pella ilha Terceira, e outra
pello pataxo, estimando verem aiiibas que vossa merce passa com saude.
Estimara eu muito que esta propeia de vossa merce fora certa e que esta prassa
avera muitos auginentos no ineu tenil-io, e so iue fará crer isto porque vossa iilerce he
procurador della que fará tão boas diligencias em tudo que experiinentemos por
certo, isto que ine dis por lisonja.
Estiino iiiuito esta ~ioticiaque vossa inerce me dá de que E1 Rey Nosso Senlior
perdoa a estas almodezas porque he 1iu1i-igrande bein que faz a esta terra a sua
piedade he tal, e o an~arque tein a esta prassa. que a tudo o Ile proveito seu se aco-
moda, eu ja tinlia ouvido fallar nisto antes que esta carta viesse da Terccira mas c01110
vossa t~ierce1110 não dizia no pataxo não llie dava inteyro credito, elle vay buscar os
cavallos visto cstareni coniprados, antes que entre o imvcriio, vossa rnerce passa toda
a diligeiicia para que volte com elles, porque o capitain dis que vay conl receyo de
que lhe fujão os iuarinheyros, e que o leme n de mister concertado, e outras duvidas
que vossa inerce fará por alhaiiar falando a E1 Rey, c aos inenistros porque lie liiiiila
a iiecessidade que tenlio dos ditos cavallos para este inverno, e dos hornells qile faltgo
para prefazer estas coinpanhias allem dos 20 que váo por guarni~ão1x0 pataxo porque
tenho 170' IIOW c u l a cllie E1 Rey de Meq~iiiicssc handa para novo informando dolide
lera fraqueza esta prassa para poder ser acometidas e para isso faz alguInas deligen-
tias, e coino esla coiiipai~lialie tiio falta de agua ( o que ele sabe iiiuito bein) he serto
que só pelo inveriio nos pode acoineter, a Simião Porto e111 8 dias pode crenar, e ineter
lelnc, e carregar os cavalios, e advirta vossa inerce a que escrevo a E] Rey Nos0
Senlior que obrigue ao coiitratador a iiiaiidar o dinlieiro das 6 riieyas //[I821 resois, e
dos quartos, iiicste pataxo, e esta gente teiii tais trasar que poderão fazerllie demora,
para que iiivcriiala c o não maiidarem esteja vossa merce de acordo neste particular.
J;iqueS. M.jestadc que Deos goardc Ilie dice a vossa inerce que Ilie desse coiita
dc tudo deilha pari1 o que inaiido essa nie~iloriside tudo o que se pede, e outra simi-
IIiante vay ao secretario de Estado, que iiie dice lhe mandace tainbein, porque nos
dezeja favorecer iiiuito, c lhe estou iilui obrigado, e seria hiinia grande coizveniencia
ara esta praça se El Rey N. Seiilioi toinace rezolusão de inandar por decreto de se-
cretaria de estado que se cntregaceni estas couzas todas, por escuzarinos as deteiisas
do coiicellio cla Sazeiida e os dcsc~iidose diividas do conde da Castanheira, vossa
inerce Saqa as diligencias que Ihc parecer nisto com coiicellio de meu primo o bispo
a qiian iinostrará esta nieinoria qiie vay iiiiii beiii clara.
As iiiSc~rma~6esde Luis Gomes. c Manuel Coelho, espero sejão muito bem
dcspacliadas, visto as tomar este ntiiio ii sua conta vossa nierce lho dirh assiin.
João I-Ioiilcii~por ora nào podc deixar de hir, em o advirto que iiào falle tanto,
algiiina coiiza se eii~cndarií.O C'liiiicliorro Ia ficou em Bcllein ainda que 1-150 vay na
iiicinoria iiio csquessa. Ayres agradesc a vossa iiicrcc a merce que Ilie Faz elle iuaiida
iiiuil«s recados, eu peso a vossri Inerce cluc teiiha iniiito cuidado coii~tudo isto, e ine
icspoiiila a tiido, e à outra carta q ~ i cIa estrí. Joizc Correia iiie falia ein liuns 16$ reis
que vossa incrcc lhe avia <Ic cobrar de Frailcisco Nuiics Santareiii, pesall~ovossa
niercc cla ininhti parte que ellc lic tão botu Iioinem, que 1130 duvidar8 a pagallos
deveiido-os. Nsi nieiiioriri clo Sccrctari« tlc Estado iião frillo nos oificiais que siio ile-
ccssarios sc senão nclirircin nos clcgrcdados para vireni //[182v0] Salle vossa inerce ao
clito secretariii que v.ja sc podc tuandar ao mciios dois cavoqueiros, porque os veiilos
iiiiiito n trabalhos com o lastro das eml~arciisois,por niio terinos aqui mais que dois
vellios para isso, q ~ i nào
c podei11 coiusigo.
Por ora iião se oll'crcce 111ais. Dcos goiirde a vossa inerce Mazagão 10 de
Sctcmbro tlc 93.
M:intle vossa mcrcc cili todo o cazo o calibre de piaçava para a nora que niio lia
cciin que tirni. agua para esta cavnllaria c coiii alcatr~~zes, e follia para se atarem em
cortlas qiie vào i1« rol quc sc tciii pecliilo emprestadas para s~ipriresta falta //[I831
Carta para o contratador Mazagão
6 de Oitubro de 93

Senhor iiieu na gavana reccbi hiiina de vossa merce de 9 de Agosto que chegou
aqui em 29 de Setembro, e suposto que tão antiga, e iiiais que aqui veyo no pataxo 5i
que já respondi por elle, a estimo porque toda a repetissão de novas de saude de vossa
merce, lle para mi de grande gasto, dita gavaiia volta e suposto que dis vay por Cadix
não quero deixar de escrever por ella, e pedir a vossa inerce crn responda tambein por
ella porque ine dis o padre Paulos niaiida ordem para quc este com fruta seca, e
provavel~nentedara tempo para que esta vá e venlia a resposta, c nella me fara vossa
merce favor remeter cartas de minha tia, e senhora D. Pfielipa a quem avizará desta
partida.
Sobre a deteiisa do pataxo já avizey nelle as 2 vezes quando larga aí depois desta
de vossa merce agora estamos espcranclo por elle todas as oras para voltar com o
jiideu, que me fes avizo viilha ate 20 deste pouco mais, o menos, e me pedio detivesse
o dito pataxo se viesse prinieiro, e ine dis Iras 400 quintal de lain 100 de cobre, e 160
de sera, fora olitras miudezas para levar para esse Reyiio, o inesmo avizo tenho d o
Baxa, e dc alguils cativos dos quais hum delles lie o sobrinho de Francisco Garcia de
Lima se a vossa inerce lhe estiver bern negociar coiii elle creyo não faltará ao que ine
teiii prometido que não buscará outro coiilprador einqinanto vossa merce o iião dezeii-
ganas de que não quer a fazenda do judeu não me trouxe o que ficou comigo, dando
por disculpa que o Padre Pai110 não tinha fazenda com que se pagar da quantia dos
2$ cruzados por 1Iie iião convir levar dos generos que so lhe ficavão, de que vossa
merce deve ter avizado dito padre//[l 83v0] Cliinchorro 1150 veyo e por esquesi~nerito
que ficoli eiri Belleiii, porem agora espero por elle e juiitamente que veiilião as cor-
eias para ter teiiipo para se fazer para o ano que vem fico advirtido de ficar carrega-
da a minha conta dos 71$500. Sobre o sobrinho do dito Fraiicisco Gracia de Lima
torney agora a escrever ao judeu que vise se o podia trazer comsigo nesta ultiilia
prometendo lhe o meu moyro, e algum mimo se o iiegociace verainos a reposta que
Iras.
A feitoria espero que venha em coinpaiiIiia do dito pataxo, e assi o dinlieiro que
os quarteis, e com 29 vossa inerce mande eliteiros, e o dinlieiro das iiieas resois, esse
obrigo a se pagarem 4 i120 me falte vossa merce com ellc se me quer ter pronto para
o servir com boa voiitade que em vindo o que vossa iuercc não falta a satisfazer todos
os quarteis como vossa iilerce me promete, e Iie obrigado para ttido o mais que for
de seu eilteresse, e gosto heide cobrar o que o tempo lhe mostrar8.
As enbarcasois todas dou o expediente de que vossa inerce tera avizo, e iião avcrb
niestrc que se queixe senão da presa que lhe eu dou.
A caravella da Terceira estamos esperando por ella, e a nao caravella vai 2 que
foraõ desse porto Deos as traga a salvarilento para ficariiios este ano descansados, atc
aqui he o que ine posso alargar, na volta porque vay, esta carta e na incerteza desta
caravella que parte coin ella ein que vay 2" via porque o Iilestre diz que o veiito o
eirsiiiará e111 saindo daqui se Iiade tornar i s illias, o ir ao Algarve, e a Lixboa e seili-
pre fico i s suas ordeiis de vossa merce para o que prestar coiii niuy boa votnade Deos
goarde a vossa merce. Mazagão 6 de oitubro de 93 //[184]
Carta para Diogo Pinto Mazagão
22 de Outubro de 93

A de vossa nicrce de 10 do corrente estiino por nclla ver logra a saude que 1lle
deze.io a minha bein dito Deos já está capaz de trabalhar neste officio, ailida qLie não
c0111todas as minhas forças.
O contratador iião a vossa nierce tâo lizo corno devia, pois l]le dite lnanda-
va dinlieiro para se pagar o que se deve, e n8o inandou inais que tres iiiil criizados de
que manda pagar sí, os dois que do anno passado, porem o feitor hade pagar os tres,
o hade geinar na prizão até que venha ordem para os pagar, e cada tres inezes Ihe ade
succeder o iizesiiio, se1150 pagar pontualmente os quartos, que assim coino o con-
tratador clucr eiiteiides a scu niodo O contrato, eu O quero entender ao meu, e enlquaii-
to El Rey iicisso senhor mc não mandar huina ordem expressa, de que o não obrigue
a pagar cacla trez inezcs, e não lieide deixar de fazer, ncm vossa inerce deve fiarce do
que se Ilie dis seiu o saber de serto so se iiianda o que he necessario para a prassa, e
o dinheiro das iiieyas resois taiiibein iião veyo, e vossa merce faltou à sua obrigação,
ein nào reprczentar a E1 Rey csta falta que se fez a este povo mui concideravel porque
se o reprezcntara lie serto quc o dito senhor obrigará a vir, porque a rezâo que me
dizelu. que da hé que Pedro Alvares (...'?)pagou algum trigo a dinheiro foy lá por con-
liecimentos, clc sabia, porque aqui o inesino Padre Paulo Feriiandez a dinheiro e
tambeiii lie niuito iii8 rezâo dizer elle que 1150 Iie obrigada a arriscar o seu dinheiro
para este pagamento porque tendo obrigaçio de correr o risco ao trigo que lhe faltou
tanibcm a tem de corrcr o risco ao dinheiro coni que ade pagar, e por estas faltas esta
a terra crn tão iiiizcravel estado que se estão coinprando cargas de agoa coin escritos
para a tavcrna, dantlo por cadti Ii~iinaIiuina medida de vinho que sáo 10 reis, poden-
do-a comprar por 6, e o tal vinho o bebe111 os negros, e ficão seus senhores //[lX4vu]
scni o lucro quc dcveria ter, e todos vão tomando a fazentlas e a vinho o lucro que
dcvião ter assi111 dos quaiitos como do trigo que lie o que elle quer, e tais q~iaisos
acliáo, e algiiri~ascouzas, nlais que pudera dizer que carrega inui bem a coiiciecriia
de qiie111 as dcci~nullai;c vossa iilerce iliio he o iilcnos gravado nella, pois falta ein
reprezcntar todos os dias, isto, a E1 Rey iiosso Senhor, c aos seus meiiistros, e não he
reziio que vossa iilcrcc iiciii CLI lios vaiilos ao inferno por amor do contratador. As
roupas taiiibctn ele, c vossa merce cuidão que ine satisfazcin em ine dizererii estão
1x1 cnza de Ceuta, e a gente esta nua principrilinente os soldados artellieiros, e os
honiens do mar qiic vieAo de 16, que tieliuiii teni com que se cobrir, nem na terra ha
iiemhum covado de pano, quailclo se queira fazer alguiila caridade, a alguns, e ahi me
inorrerão nas seiltiiiellas, se vossa incrce não fizer diligencia que veiil-ião as roupas
mas que sei50 110 rigor do invcrno, quc esta tarda~içaque tem feito até agora bem sey
Iic armar a nao vierem seniío na prirnslvera sc vierem, e os requerimeiitos que vossa
incrcc diz fez ao coiicelho, aléni de náo constarem a este povo, ~iiaisque pelo vossa
iiiercc clizcr, dcvião de ser a E1 Rey pois de mesmo deu ordetn a vossa merce lhe
reprczentasse as faltas que ouvessein. A rezão que vossa nlerce me dá primeira não
virei11 os soltlados, 1150 adinitto porque nio estavarnos j i tiestes rermos de assentarei11
prassa por sua vontatlc, porque vossa rilerce o Conde da Castaillieira, e o secretario
de estntlo nas ultimas que iiie escrever50 me clicerão que avião de vir degredados, e
agora iiie dizeiii não vierão porque nào cabião no pataxci, e vossa iiierce o dis que
nâo lia quem asiste, e se vossa rncrce sentir làlarlhc eu coiu esta clareza, entenda que
não sey falar de outro iiiodo, e se ficar agora 1i1alcoiiligo, terá inais rezâo do que teve
agora, porque me dizem que vossa inercc se queixa de iiiirn 11 11851 e eu não sei que
tenlia feito contra vossa merce até esta ora prezente, o pataxo volta logo como vossa
iilerce diz, mas 1150 teilho C S ~ C ~ ; ~ I I de
( ; Lque
~ venha ca, este i~iverno,inuita inerce ine
fara Deos se vossa merces o fizerem vir cin janeiro até Fevereiro.
O barco iião vay buscar a cal, porque iião quero ficar seni elle este iilvcrno, irá no
tempo que digo.
Meu fillio, e iiieu sobi.iiilio bcjão as rnfios a vossa inerce pella inercc que Ilie fez.
As iiiforinaçòes dos nieiis criados tempo lhe chegara Deos de salide e A~itoniode
Freytas, e goarde a vossa incrce como dezejo Mazagão 22 de oitubro 1693 //[I X5v0]

Carta para o contratador


de 24 de Outubro de 693

Senhor iiicu vejo neste de vossa ~iierceque passa coni saude que he o que sempre
esiimo; :i iiiinlia ja he mellior do qlie Iiiereço A cteos aiiicla que iiic ficarão bastaiites
q~ieixase da niiiilia inferriiidade.
Os eiitendimeiitos são tão diferentes conio as caras vossa iiierce eiiteiide pello seu
contraio que não lie obrigado a pagar cada 3 vezes, e eu enteiido que o lié; porque
ttiinbeii~me Iciiibra que dizendo eu a vossa iiierce qiie me havia de pagar a gerite cada
3 vezes não iile poz a duvida coin que sahio dcpois, p o q ~ i ceu a aclnrlireiii antes de
vir; e vossa iilerce c0111 a stia rezão que enteride dcixtirá de iuaiidar o dinheiro, e eu
coin a minha eiil se me não dando pont~irilmenteno cabo cio qtiailel Iieidc iiieter o
feitor em li~iiiicallabouço e ilão Iiadc sahir dali sem vir o cliiiliciro porqiic s6 desta
iiiaiieira satisfiiço o meu credito, a minlia obrigação c ri. minha coi.icieiicia c c111que
1150 vier liuiiia ordeiii expreça dclRcy N. Scnlior em que i ~ i cdiga q ~ i c1150 116 vossa
merce obrigado ao pagaiucnto iicsta forina, não Iieyde fazer outra couza c se Pero
Alvares 1150 provou cada tres rnezes (como vossa merce clis) e os govcrriadores o não
obrigarão entende110 hião asim, ou tcrião rczois particulares para isso, « que eu nsio
tenho; e se tainbe11-io dito Pcro Alvcres ou otitros aiitecedeiiles riãci iiicterc50sis roupas
dentro eiii 11~1111 atino, como vossa merce dis, scriii pcor justos iiiipediiiici~tose
ciciiiais, iiãoaclio que esta noticia seja verdade e os govcriiaclores que ciitão erão
coino 1150 tinlião iri~pedimeiitono mercaiiciai; poderá ser que fosse provcitci seu csta
tlysim~ilaçào;c os exeniplos iiiaos não iiie coiivenccrii a iiiiiil ainda qiic ido seja ver-
dade.
Eu 1120posso deixar de fazer prczeiite a Sua Majestade as faltas que vejo se clle
lifio obrigar a vossa iiierce//[lSb] porque o eiiteiiclc asini fico eu alliviadc~do meu
escrupulo.
Eiitetide vossa inercc iiiíiis que iiiio 116 obrigado a ineter o clinliciro das iiieyas
reçois, e eu eiiieiido que o hé, correr llie o risco porque coiilo era obrigatlo a correl-
lo ao trigo, tainbein o 1x5 a corrello ao diiilieiro c coiitra isto iião liaveri quem diga
couza algunia coin rezEto, iiein que a ieiilin vossa iilerce para obrignr a estes pobres
lioineiis a que corrão o risco para c6 do diiiheiro que haiide ir Ia cobrar, Iieni que a
pobre viiiva e doirzella que tem duas faiigas de trigo, haja de fizer huIn procurador
que cobrar da m30 de vossa rnerce que não duvido o dari coln a pontualidade que
dis, inas que o poderá o dito procurador gastar como custunião e disme vossa merce
inuito seguramente neste particular que niio l-icide achar quem pagasse aqui o din-
heiro mcyas reçois, assim hé, porque a iiiiiguein se fez a inerte que se fez a vossa
iilerce; e só a Peso Alvercs em huma falta grande que houve se Ilie concede0 e pagou
nesta praça o dinlieiro por mão do padre Paulo Fernanclez no selleiro, e asim não tem
vossa merce boili excmplo que allegar, e só neste particular o que posso louvar a
vossa inerce he R t r a p de que tein uzado de lhe mandar meter medo que lhe pagaria
a trigo quando elles não q~iizessempassar coillieciinentos com que obrigou aos
procuradores do pouvo a fazerem petição ein que pedião se lhe passasem conheci-
melitos em que tonley por exepdieiite mandar por huin papel em que cliegasse a noti-
cia de todos os que tiidião trigo que quem tivesse conveniencia de lhe passarem con-
heciii~eiitospara Lixboa se Ilie passarião e que os que quizessein cobrar aqui seu din-
Iieiro o feitor lho pagaria a qucni eu o farei dar quer elle queira qucr não e so neste
proprio o que fasso farei por servisso de vossa merce he que quando lhe iiào chegue
o dii-iheiro Ilia buscarei einprestando de que passara letras a vossa merce e quando as
não queira a i g u n ~//[I 8ó]//[falta 186v0-1881 //[188v0]
ou El rei o niio obrigue eu os pagarei por que fico por fiados, e a miseria deste
pouco se Ilie ineteo em cabessa quc vossa merce puderia inaiidar trigo eu via perder
a coiivenieilsia de pagar a 120 o trigo e (...?) frette e gastos que já vossa nierce deve
saber e os clamorcs do povo se não obrigão a vossa meice como dis obrigãome a inim
e ilão posso (...O) que sejiio obrigados a tomar fasendapor forssa tal qiial lha diio prin-
cipalme~itesabeiido que toiiiâo escritir de 10 tostois ao seo feitor para a taverna e o
v50 vender aos taverneiros por 6 em dinlieiro por peixe e agoa e outras cousas nec-
essarias e que lia inuitos que estiio em tão miseravek estado que mandão a taverna
escritos de 10 reis de vinho por liurna carga de agoa que custa 6 e se esta pagando
frettes de barcos e dos carros com fasenda que não ouvera algum que quisesse tral-ia-
lliar se eu o niio obrigara cousa que nunca se vio ein outro teinpo de que fica com
beiii escrupollo, e vossa iiierce diz a todo o mundo, que faz mais que todos os con-
tratadores, não fazeiido ainda tanto como eles. Agradeso a vossa nierce assistir a
At~toniode Oliveira coin os 260$ reis que me diz, e o 1150 faltar a todo os meus par-
ticulares, ese eu disse a vossa inerce que com 60$ reis passaria aqui assim o faria,
coin inenos se se não abrira comercio com os inouros que 1/[189] me tem levado bom
cabcdal a1leii-i do que Il~ccompro para maildar de prezente a escritura que todos
pcdeln e espera que o iião he o menor dispendio meo a falta que vossa mercc tetn
feito a este povo poque nas suas necessidades, e iiiizerias todos se vallem de mi, e lia
poucos iiles a esta parte que em dadivas a cavalgares e em prestimos me tem saido
de caza perto de 200s para 300$ reis, e até o vedor geral e alnioxarife por se lhe fal-
tar com polica rezão ao seu pagainei-ito se tem valido desta caza, das enibarcasois qLie
tetil vindo dará corita ao Padre Paulo Fernandez, o que se me offeresse dizer a vossa
iilerce neste particular para seu provimento Iie que pellas notissias que tenho O feitor
que esta e m S. Miguel não he muito capaz daquclle exercicio, e no pouco priinor coiii
que me manda o cpe lhe pesso acho ser verdadeira a dita notissia vossa merce lá virá
o que lhe coiiveni, e o que Ilic dizeni os mestres das caravellas; o clesta iiao csiravel-
Ia esta aqui lia muitos dias por sua livre voiitade, c n5o faz diligeiicia algiiiiia se aviar
depressa tomaildo hoiiieiis da terra para Ilie ciicliercin sacaria por iião obrignr os liiaii
iillieiros couzas qiie rião fez outro alguin, c atlvertiiido-o eu disto rcspoiide //[I 89v0]
que coiila os inarinlieiros vei11 aos iiiczcs não querem fazer nadu neiii se Ilie cla de se
cleterein com que por aqui julgartí vossa iiicrcc o que lhe cotivciii; o a Framisco
Gracia de Liliia, de q~ieiiiiiie dizein Iie a iiiilyor partc.
Por ora iiao se me oflèresse niais que esperar qiie vossa mercc daqui por diailie,
nic fassa viver sei11 queixa. neiii cscilipolo, que Il-ie iião estar6 mal, porque iião
estando de primeiro estas coiizas, o Iieide servir em tiido coin iiilii boa voiitatle Deos
goarde a vossa niei.ce Mazagâo 24 de oitubro de 93 //[I 901

Carta para o senhor Conde da Castanheira. Mazagão


24 de Oitubro de 93

I'riino c scnlior iiieu, recebo esta carta de V. Exa. e I'olgo clc ver iiclla cstri livre de
tliieixas, eu da iniiiha não estou aiiicla inuito livre por me ficarei11 basloiilcs niolcstas
tlclla, iiias tlc todo o iilodo para servir a V. Exa. tambein Salgo que V; Ilxa iiic diga
está fora clc cscrupiilo porque iiie parecia iiiiiito ao cc?iilrarioc que o devia V; Exa ter
giandc das Iàltas qiic teiii cxpriiiiciitatlo esta pr:issa c das que pudeia cxl-iritnciitar se
tivera algiiiiias (Ias occaziocs que cspcraiiios, achaiidoiios scni o cllie se Lei11 pedido
tão ncccssririo para a sua clclCiiça, e coiiio :I tiii ine parcssia que V. B x í ~era O iiiais
eiii~ci-iliarlonellas assim por ler a seu cargo o scii socorro, como pclla oiiii~atle,e par-
entesco que tem com o seu govcriiiidor 1150Iic tiiuito que estranhasse o ser V. Bxa sO
ciii todo o cciiicellio cla lhzciitla « cluc se opuzessc no que se tem mtiiitliido ~~cctii;
rlcvciido pellas rczois assiina, ser o solicitador de tuclo.
De trigo Sicamos iii~iilobciii proviclos c por oro cstarciuos seiii q~icixíistJcslii ihlta
//[I 90vL']ate 0 aiici qiic vciii clicgaiido hlima c:irovclla que aintln se cslicrii, suposto
lios f;illou outra que vcyo t~qiiidri ilha Rrccirii c toriiavri lá ri biiscíir ciiitru carga, e 50
moios clc Silvas para esta leria, c outras coiizas ncccssarias, c o iiicstsc liigio para
Sctuval ciii clla, c veyo iiritissia t~cslcpataxo q ~ i clogci Ia í'izcrn vciicln dclln Iie iiec-
cssario que Iiaja alg~iiiicastigo iiislo.
O conlraladoi diz bcii~que tciu pago a inayor partc dos q~ic,iiins rliso Iic que iilc
eu queixo deos ter cllc pago na foisiiia quc Icm, e clisso iiclc cllc (lar coiitri Dcos, c
toclos os qiic 1) tlissimtill5o, c não cii quc « lciilio avizaclo iuuilns vczcs :i V. Ilxri, e a
El Rey, e se se liverzo visto os iiiiiihas cartas, não me diccrri V; Exti iicsta, cluc cllc diz
qtic iião Iic obrigado a pagar os c~~iartcis como se bnstar:~o tlizclo cllc, c não o coii-
ccllio O V Exa a qlicin tcnlio pcdiclo a cxplic:issão deste poiilo cluc c111 tl~iaiiclo1180
vici Iiade cada 3 inczes pagar, o ir a Iium calti:ibouç« pciia cnr1:i dcl Rcy qtic provavcl-
tnciitc vcrY V Exa vcri ris coiicccliieiicias que bem esta tarclaiic;a, o 113clc Ai~loiiiode
Saldanlia que taiiibetn Ihc digo IJiirlc clcllas c ciitão veremos se Sicii seni cxcii~l~lo tlc
« 1120 obrigar ao cciiitratnclor :I liizcr o cluc Iic rczão //[I 9 I]
As iolipas iiem dcl Rcy iicin tlo çoiilisatad«r virão j a ca iicslc inveriio, c nqiii niío
Iin Iilim covado clc pano, c 1iiiiii:i graiiclissiina parte dos soltlatlos cslia titix ~-ii'incipal-
nientc os que vier80 estc anno sem terem com que se cobrir nas sentinellas nem lios
quarteis, e dormindo sobre a calsada e eu he verdade que o sinto mais porque o vejo
porein n5o o Iieide pagar com so que o não vem.
Tambern me dizem que ha muitas mullieres que deixão de ir i missa por estarem
11LlBS.
Tendo entendido o que se inaada com os marinheiros da caravella, e tambem que
os não teremos mais que até h priiileira viagem que será no principio da primavera,
porque não quero ficar ca este inverno sem ella, que cstou com ameasos deste vez-
inho, e com avizos secretos de que fas alg~rmasdiligencias donde se pode entender
que poderá fazer a iiltima dc nos vir vezitar.
Ao conceilio respondo que vossa senhoria verá, a ElRey escrevo mais largo do
que he rezão poreni sou obrigado do nieu escrupolo a dizer tanta iniudeza o pataxo
rezrio Iie que volte eiii o tempo lhe dando lugas, coino que está pedido. A João
Machado ajudo c111 tudo o que posso agora que vossa senhosia mo ordena com mais
rezão o farey e todo o iiieii pouco prestiino esti A ordem de vossa senhoria a quem
Deos goarde Mazagão 24 de outubro de 1693 //[I 9 lvOem branco] I1 C1921

Carta para Moises Brites


escrita em 26 de Oitubro de 693 mandada

Aqui me xega a de vossa iiierce de 19 do corrente e logo respondo a ella esti-


mando logre boa saucle a nninlia ja esta muito prefeita para o que vossa merce inan-
dar a quem meo sobrinlio e filho agradecem o favor que lhe fas.
Vossa merce não se engana no amor que dis lhe tenho porque ahinda he mais do
que VOSSB merce covida, e espero que o saiba conhecer na diligencia que tanto lhe
tenho ciuc«mmeridado e sinto que por ella aja iniinigos como vossa merce dis mas
tudo vcncera a dilligencia de vossa merce, e amizade do Boxa e como vossa nierce
dis ~ L I Ceste iiegocio depende da voiitade de sua majestade de Mequines e de ocaz-
ino, para negosiar com elle, e esta coizas ambos são tão inçertas me rezolvo o man-
dar o pataxo logo para que volte coin a brevidade posivel porem enterida vossa merce
que lie iiesecario vir aqui esperar por elle por todo este mes que vem e mais a fazen-
da que ouver de liir porque o dito pataxo fas m~iitosgastos e tem feito com as esperas
de vossa merce os alfailges,
Avizei i1 vossa merce que so vi herão 2 que se axerão antigos e se ficou fazendo
por os outros dois, e o maridar dizer que os não lie de mandar senão coino vossa
merce vier Iie a rezão que como sua Majestade de Mequiiles he tão observante da sua
ley que 1150 podem mandar cativos por lia vosto que foi tão bem eu quero ser obser-
vaiite da noça que nos //[192vU]manda que não demos armas a noços inimigos sem
ser por resgate dos escravos e asiin scni os ter c6 ou esperança sesta diço não me he
possivel malidar os ditos alhiiges e as espingardas que ~ilaiidey,foi entendendo que
1150teria duvida o dito resgate mas agora que lhe vejo tantos, nem quero fazer este
pecado nem que me rey e senhor me de alguma repreenção. A resposta do Padre
Paulo Fernandes vay e a rezão de não estarem aqui niiiitas fazendas lie as faltas e a
poca segurança e vendo aqui alguinas dessa parte logo se inandão vir em muito poco
tempo todas quaiitas se quizereiii, o Baxo não teni rczHo de rasior o riscar as fazen-
das de se« rey porqiie he falcidade dizerce que cslairios cm guerra coin E1 Rey de
frança quc Iie o mayor ainigo que tenl pori~igale 1150 ha iiiemoria de que numa
ouvese giierra entre Portugal e Fraiiça riein averli porque ii5ío ha rezoes para isso e os
novos cativos desa caravela poderão sertificar esta verdade.
O Ligo tenho dito a vossa inerce que se ngo estima c i porque nas coiiquistas de
E1 rey meu senhor não faltão esse animais cada ves que os quer e outros de var-
iedades e coino vossa merce im tem pedido lhe diga o que cá se estiina o u não lhe
digo isto, que se ein Olailda se estimão pode hir para lá esse e o inais prezentc que
vossa nierce dis a Martinlio tem para elle Rey rneo senhor j i mandei //[I931 dizer que
o milhor que elle hera a esperança serta do resgate dos cativos todos que esse esti-
iiiara e por ora muito bem.
Sinto o cativeiro de Belxior de Torres e dos inais coinpaiilieiros e seguro a vossa
incrcc que o h l ç o é dizerce que he rico porque tanto pelo contrario qiie tomara vossa
merce a dinheiro que elle deve e EIRcy inco senhor iiianddva governar o castello so
clii ilha Trcscira para ver se se podia desciupenhar se vossa inerce lhe poder dar Ia des
patacas cle esniola para securro porquc me dis esta doerite Ilios pagarei recibo seo
cluaiido vier tamberii tcnhci por falço dizerce se lhe axoii serviço de prata porque o
conlicço a inuito tempo c sempre e111 miscravel estado e prova diço seja a hir hunia
caravella indo todos o governaclores de Portugal em fargatas de1 Rei de giierra.
No que toca :iJozé Rodrigiies de Liliia vossa merce 1150 entendeu o que dizia
neste particiiliir o que dezia Ile respoiidendo o vay vossa merce dis que veria no res-
gnte que val qiie nisto nie não fazia favor liias como o Boxa teiii eni tanta estinia o
náo fiile vossa merce nem Iiera palavra iielle padeça a sua desgraça coino so mais.
Dcos C) goarde Mazagão 26 de oitubro 693//[193v0]

Carta para Antonio Manço Cazado Mazagão


10 de Março de 94

Sciihrir iiieu suposto 111e não espantão its dilasois desa cortc sinto tnuito, e assim
toda esta gente t c n ~O MCSIIIO seiitiriiei~toda tardalisa do pataclio que tinha jii bastaiitc
teiiipo para podcr vir, c ca corre beni prospero para a viage111 ha inais de liuni inez,
qucitx Dcoz qiie i120 scja esta tardança mais que pellas dilasois cusiuiiiadas, porque
essas sc podcr~isofrer inellior que qualquer disgrasa. talilbcin nos falta eii~barcasão
d« Algarve que nos faz padcscr beni grande necessidade tle tudo o que della espe-
ravaiilos, e não tein vossa iiierce perdido poiico enteresse nesta h l t a porque pudera
tcr feito duas viagens e terein-se consumido os gciieros que se pedião inuito à von-
tade, e se eu adiviiilirira esta tardaiiçii tivera lançado ~iiâocle algiini offeresiinelito que
sc ine Ses de se iiie manclarem aqui todos os generos que eu pedise daquelle reyno
Ixir iilinlia conta, e de outro Iiomein o que 1150 aseitiío, por não dar alguma perda a
vossa incrce, e por algiinia oiitra rezão, irias quando vossa merce senão rezolver a
si1çcc)rrernos com o necessario scrá forsozo malidar ordem ine venlia por qualquer
outro caininlio iiiais convenientes, e nesta conforii-iidade escrevo ao algarve nesta
occaziilo, e quaiiclo tião este-ia pronta a iiiibarcasão por conta de vossa inerce que
vciilia por conta de quem se Iiie offcresse para estes provimelitos que eu Ihe farey
veiider os generos priineiro que quais quer outros que venhào, o qiievossa nlerce não
estranliarA, porque eu sou obrigado a reniediar este povo coin tudo o que puder, e se
esta falta lic dezavença que vossa merce tenha com os correspondeiltes //[I941 que la
tinha (COIIIO eu entendo) me pausa disera vossa merce que não seria inao ajustasse
com o capitam. Manuel lopes que he mais afcctivo dandolhe a quarta parte da fazen-
da que se meter, e as tres para vossa merce só o para vossa merce; e seus compa-
nheiros.
O seu feilor lie vossa merce não tenlio aperlado até agora pello quartel que deve
de anno passado, conio escrevi a vossa merce por senão ter posto corrente o papel
por onde se hade pagar pella doensa do vedar geral porem em se acabando o obri-
garei, e meterei na cadea até que venha pagaiiiento della porque he força dar satis-
fiisão a este povo que está eni mizaravel estado pellas faltas de dinheiro, roupas, e
c«mer, e do inais que avizarh a vossa inerce o Padre Paulos Fernandez. da Berberia
não Leili vindo notissia a 7 mezes, que como não tem cá fazendas das que Ihe são ne-
cessarias, o sabe111que i ~ ã ohá dinheiro na prassa iião venl com negocio a ella, e até
isto se perde pella tardansa do pataxo que tambem ine hade trazer huma reposta
tocante ao regaste porque 18 se espera, por hora não ha mais de que avizar fico
prompto As orderis de vossa inercc a quem Deos goarde. Mazagão 10 de Março de
694 141 94vL']

Carta para gaspar dias Crasto Mazagão


10 de Março de 94

Senlior meu a tardança desta grivarra ine tem inuito com sentimento da falta de
novas de vossa iiierce, e coiii cuidado entendendo alguma desgraça o que vossa merce
se tenl desavindo coiii o contratados nos particullares que cada Iium entende lhe estão
niellior q~iatidoassim seja pessoa a vossa nierce que a memoria que lhe tenho man-
dado para provi~nelxtode algumas couzas; de minha caza, mande ao capita~nManuel
Lopes Medina a quem pesso iiiande a gavarra por sua conta com toda a brevidade que
creyo não ~luvidarhem o fazer pello ganho que Ilie dará se vier a presa visto o con-
tratador pcrcler o que podia ter se ella viera li6 muitos dias, e se eu entendera que avia
aver tanto discuido nestes provimelitos, eu tivera dado hordem a embarcasão que
andara nesta carreira coin mais cuidado por ora não se offeresse mais de que avizar
a vossa iiierce fico inui pronto as suas ordens a quem Deos goarde. Mazagão 10 de
Março de 94.
A iiior caiitella torno a mandar cssa tneinoria porque não sei a quem mandei
chegaria la 1/[195]

Carta para o capitam Manuel Lopez Medina


10 de Março de 694

Senhor iiieii do ines de janeiro ate aliora prezente estamos esperando pella gavar-
ra sein acabar de chegar, e nos fazem falta a sua tardança nesta coresma queira Deos
que a cauzgi ri'5o se-ja couza que de mais peiina, se acazti elle não tem partido nem tem
orcleti-i para partir e vossa inerce a quer rnandar carregada de fruta secca e de algu-
irias cariies para a Pnscoa e das mais couzas que avizar o padre Silva, que não seja
vinho iielii agaordente tomarei por ininlia conta fazerlhe fazer as cobranças, e as
reniessas do proccdirlo, e quando o contratador queira que vossa inerce, lhe corra
coiii o seu negocio largandolhe a quarta delle na forma que Ilie eu escrevo me não
paresse iiial aseitai vossa iiierce este partido, nia~idaiidoessa embarcasão mais vezes
do qiie se avizar, e nesta forriia todos ficarão bem, e vossa merce terá mais seguros
os seus pagaliientos, e as S I I ~ Sletras.
Pessci a vossa riierce que de qualq~iersorte que veiilia a gavarra me reiiietta nella
o que tinha inanclado em huma inemoria a Gaspar Dias Crasto, qiie clle não dwidari
dallri a vossa merce não o i~iandaiidoelle como lhe avizo, e o vallor dc tudo inaii-
clarcy ordem para se pagar erii Lixboa com toda a satisfação he o satisfarei ao Padre
Silva, e ii Jogo Pires coiiio a vossa iiierce inellior lhe estivcr, e psiineiro que tudo esse
dc vossa iiierce boas novas de sua sa~ide,e muito ein que o sirva que para tudo nie
tein ris suas I~ordeiis.Deos goardc a vossa merce. Mazagiio 10 de Março de 94
Vay a memoria do que pesso a Gaspar Dias Crasto 110 cazo que elle ~iiandeo que
pesso iiiande vossa inerce 1/[195v"]

Carta para o Conde da Castanheira


em I I de Mayo de 694

Duas recebi dc vossa senhoria iicste pataxo ambas breves iiias coiiipeildiozas, e
sinto ver- tliie tenha a coridesa minha senliora passado tão nial~ratadaquererá Deos
Iivrnla dc todas as iiiolesteas corno iiiiporta a toda essa caza de vossa senhoria, e a
todos os clLie lhe clczejarnos bem, eu inellior ando das ~iiinliasqueixas porem não livre
dcllas, c iiias espero senão na dunqueira assiin pellas falias que aqui lia de tudo o
iiesessario para a saude, coti cliriia tão difereiite do iiosso coirio tatiibein por outras
iiiuitas caiiras que Ilie tetil sempre tão desconsolado que não podem deixar de ine
serei11 ncicivas.
Aircs cstií livre; e agradece a vossa scnhoria a inerce que lhe faz. Creyo porque
vossa sciilioria mo diz que iião liade aver disciiido no que faço para esta praça, nem
fi11t tle diligeiicia e111 vossa senhoria, sc assim for he sesta qiie vossa seilhoria faz o
qiie devc 3 parente, e amigo, e o que deve a Cliristão, e ao serviço delRey porque nada
pcsso scin ser miiito iiecessario nem sc desperdisa l i u n ~real pois tudo se gasta coiii a
senda na mão e porque 111e dize111 que iio coilcelho se disse que eu peço mais que
todos os goveriiadores digo n vossa senlioria pouco que llie saiba responder sem ser
pic7~iiiç5opropria, que eu tainbcm obro mais que toclos elles j~intosnos comodos e
serviços que vou f~~zerido a esta praça porclire de todos só Maiiircl de Souza fez obras
ticertadas c beiii Seitas, e que para as que deixou, e lie rezão que se acabem, lie nec-
cssario tudo 0 que pesso, a iiiuito mais e taii~beiii,podigo ei.itencler csses particulares
qiie isto lic liuma praça no ineyo da AiYica e que não ha nella ontra couza serião o que
vein de Ia.
Lido o qiic Sc 1 1 l ~ i i ~ pcllfl ~ O ~ i Carta de guia se recebeo e vao 0s con~ecilneiltas,
o que O iii:iis (~~i"t"iilio pcilidii iue vciilia lia caravellilihsi, e 110 pataxo se voltar
vossn sciihoi'ia llle diz beiil i i ~ c e ~ ~ aIie r i que
0 traga os fir1los que lá ficarao e
ldadris qiic 1':iltRci e se ellc vier em coililiíiiiliia das fiagattas que llallde vii- esta
como me diz Siiilii0 PcirlO bcill potk vir aqui cleitar isto e ficar fazendo 1) cliie
2 ordenar. I/[ I()()]
'iiltti iiiiiito qiic li aiiiio poiiliri de sorte qiie possniilos receara fome qiic. vossa
?ria iire dii. C CLI St>lgocle Ler coiiicsado ~ s tpreveiiçaci :~ qiie lne aconcellla ter
j i liunia incn rcylio, c deixiido 110 ccleir~)~illlitotrigo de colifradias, e outras
;as que ncliii sc 17:igliti a 17cssons qlic iicccssitavão pouco delles e agora toi.llarei a
ili[i.ii ii1c:i i'cva0 qLiniicl0 i i l C {>odeicilcgar o trigo até jiilllo se Deos quizer agora
le hc iicccssori:~mais cliligcnciu de vtissn sciiliciria pilra não f"lltaretil as carave-
~ l r q ~bcifi
i c s;ihc VOSS:~scliiiori:i ~ L I Cagora Iiaricle cluerer todas occiiparce em ]e-
); cssc Rciiio I.iurqlic lcill illtlytr~~S s~ctcsc ineiios perigo, c estou veiido que o
.atncIor iiiio Ii:ide li/cr iiiiiitii diligciici:i para quc c0111essa ~ I i s c u l ~liao , ~ coilll~re
cilio conio o Iiiidc coinprur cslc nniia e q ~ i ctlcliois pague as iiieas reçois como
a ;i rciiici dc h viiitcis u iii:iycir parte ciii S:~,izciidasnesta praça oiidc i ~ ã oquis
nibolsnr Iiiiin viritciii c l>iIj.Jl)LI h~iiuig ~ i n d ccliiaiitia por azeite ein sabao, e vina-
,or vinlio. cliic tal lic cllc c oiit~iscbrogiis sci~~elliriiites e assim vay vagalido os
[eis, e vossa sciiliorin q ~ i ctlcvin :icuclir a isto por descargo de sua coilcieiicia iiEo
11iío S:I/ obrigar ii-iris taiiibcni ~-i~irecc íl~icti(lesciilpa eiu parte o que segura a
:i sciiliorin iicstc pariiciiliir. Ire cliic se sc 1150piizcr eiii coiiipanhia por cstes pobres
cns tciii qlic tlnr coiiin de Iiiiina groiidissima rcstitiiiç,?~,eit respoiido ao çoiice-
;obre o dil:iqRo tlos piigíiiiiciitos dus cl~i;irlcis,c outros coiizas que vossa senlioria
e coiii isto i'icn tlcscíirrcgatln a miiilin ~ciiiciciiciii,c Ia se ti venlia cada Iiiim coiii
i qiic eu pnclcccrcy estes 15 ~iic/cscl~iciuc hllio o ver as faltas iicstc povo qiic
itao cie~ic1.inriiciiliir iiins ciiiciii Sor çniiiíi deste d:~iiiiii o por oiiiição, o por coii-
[i Ii:iclc ter O teiiipo in:iis largo tlc p:~tlcccriio ciiitro miiirdo, c na« se liacle pagar
padres iiossos iiciii Ave Mnrias o q ~ i cpcrtlcii~estes iiri~cravcise este.ja vossa seri-
i serto q ~ i c1150 li:^ 11i:lis i ~ i s ~ l c ~ iiiei~i
t c s cilviloitis Iioii~c~is cliic os coiitriitadores
) LI LI^ (':l/ciii ;~qili,e iiite~itiiiji'ii~cr se OS c11 niio rchatcrii t:iiito, e que iiacla dizem
ss:i sciilioria, c aos i)iiti'os cliic iiâo scja coin c:ivillac;ão, c maldezas /1[19Gv"]
:LI :iiiieillinii pago í1 cstc povo ciii tliiiliciso (i li'igo que IiIRey inaiiclou pagar
~iico coiitraíndor /oiiiboii tl:i orclcii~cliic se Ilic iiiaritlo~i,e iião riiaiida dinlieiro e
L 1 ~(10i ~ m c t ~1701' Ilic lii~crosia csniolln qiic Iic bein grande i10 aperto em qiie se
, c sc iifio cliicisci~ide ~ L I I:IKey C Nosso Sctihor lhe paga tão iual como o con-
idor a cliicrii se ~ ~ ~ sos s ãcoiiliccinicrilos
o a píigar :i Aiitoiiio tlc Oliveira, se o nilo
cr piigar S:ircis tlc coiilo cliic Icrcis iiiais cssc giiiili« iicstii raça.
4 lillicy ii1:iiitlo pctlir tliic c111píissíiiitlo Agosto mc rioii~cosussessoi; porque iierii
[c ilci11 1-j:issicilci:i teiiliij 1ioi.n csl:ir iiiliii 1i~iii-1tiia iilais dos lrcs alios vossa selllio-
t,jiitlc 11isl0 qiii11~~10 I)IILICI.: c III;III(I~I~~C: c111 cliic o sirva Dços goarde a vossa se-
ria Ma/ngGo I I tlc M;!jo de 004 //I 107 1
Carta para Semeão Porto

Leya vossa iiierce esta para si só eill que Ilie advirto outra vez que toda a gente
qudcvii desta praça allcm de ser mui po~icopratica no mar, c lias occaziois que i-ielle
se offcrecea~e vossa inerce vai buscai; 116 ~icccssoriotodo o rigor para obcdccer e
quaiido vossa iiierce os iião possa meter a cainiiilio os toqiie nas ii-agatas lia forliia
qiie Ilic disse, e taiiibein pode pedir alguiil cabo que o ajude porqiic o coiicidero iiiui
só, e aqui o ii6o hrí capaz por ora por falta de experiencia e para este fim escrevo aos
capitais as q ~ i evão com esta quc vossa iiierce veia antes qiie as de c advirto c a vossa
merce mais que esta geiilc vai toda Sorçnda e que eii escrevo a S. Majestade coiii a
copia dcstil para que iião liaja desculpas. Deos goarde 21 vcjssa inerce Mrizagão G de
jullio de h94//[197v0]

Carta para Manuel da Costa Braga


de 12 de Julho de 94

Respoiidi a de vossa mcrcc de h de Agosto c o ciã» pude hzcr a de 16 clc Sctei~~bro


por partirem clacl~iias cnravcllas para Lixboa agora o fi1'ai;opclla mcsiiia cidade pediii-
elo a vossa rncrce me reinetta « que vai ria mcmoria iiicluza ~ L I CLaiiibciii marido a
C'oiltle cln Ribeira o qual se maiidnr com algiim crcarlci coiii esta provisão vossa
merce lhe assista com o diiiheiro qiic pedir e com recibo c coiilieciiiicnto rciiicttido
ao patlrc Piiiilo se piigsira 1x1 sua ma» lias inczaclas qiic i i ~ cela.
Este atino Iie iieccssririu todo o c~iicladoiio proviii~ciilorlcst~iprnç:i a que i ~ ã ohade
hltai; o dito coiide pelloinuito q ~ i cme h z .
A scvada q ~ i cpeço vinlia ciisacada c os s;lcos hão de Síiicr por miillin conta.
O trigo vinha lia iucsma Iòriila do iiiellior que cii pagarei c i o qiic custar clc mais.
Para cliic tis gallinlias venlião ii-iaiiclo cíipuciras.
A ScbasliEo Meicncs P~imploniipcço 50 nioios cic liivas voss;i iiicrce se çon-
scriein e os niaiideiii como Ihc estiver inelhor //[I981

Carta para João de Soveral Barbuda


de 2 de Julho de 94

Senlior mcu a de vossa iiicrce de 28 clc outubro do pnssiitfo se iiic rcilieteo por
Lixboa c bci-ri ~lodccicr o gratidc gosto coiii cluc a recebi por ver iiovlis tlc sua saude;
1130 respondi a vossa iiiercc porque a caravclla s:iliio com tcnc;ãci (Ic ir par:\ Lixboa c
qriniiclo qiiis dai a vclla mc disse se tivesse vciitos fiivorrivcis iria ptira 16.
Eiii o~1ti.acaravclla tiiilia cscrito a vossa mcrcc a qual liigio pnrii Scluval nella
tlizia a vossa mcrcc cl~icS. Majcslacle tinlia maticlaclo publicnr hiiiii dccictto que todos
os mestrcs cliie fiigissciu de vir a Malagão Ilic serião coiií'iscudas as caravcllas ou as
piirics qiie nelliis Livcsscin c os miiriiiliciros riigissciu scriiio prczos c dcgrcdatlos por
dcr. aiiiios para esta terra; cslcja vossa IIIC~CCde acorclo nisto sc Iòr ncccssario fflzcr
alguilia c1iligeiici:i iicstc prirlicular.
A Scbastiiío Mcrciiis csci.cvo iiesl;i ocíizião sobre csic ~>rovii.i~eiilo c Ilie peço
algliiii p x 1 iilinlia caza vossa merce me fará f*avoraplicallo para que ine ngo falte e111
todas as einbarcaçois e juiitamciite eilcomendar aos rnestres qiie tragão tudo c0111
cuidado segiirando Ilie « Srcte que Ia se ajustar.
Quancio o dito Merenis não faça tudo com cuidado o que toca ii proviziio de
iniillia caza vossa merce ine fava favor riiaiidallo fazer por huiii ciiado seu a qiiein o
dito Mereiiis dai6 o cliiilieirci iieccssario e digaine qiiaiito tempo estará nessa terra
r! 198v" eiii branco] !/[I 991

Carta para o Conde da Ribeira Grande


escrita em 12 de Julho de 1694

Seillior mco a qiie recebi tle vossa senlioria de 15 de Seteiiibro do anna pasado
iião respondi a por ir a embarcaç5o em que veyo cm direitura daqui para Lixboa
agom o fíiso pella mesnia parte por iilc dizereiii estão lá eiilbarcaçois para partir para
essa illia e tino qi~ci-operder occazião algiiina de nie iiiostrar a vossa senlioria o iiieo
agradecimento da nierce qiie ine fiis.
Esta iiinsn se acha coiiio i10 aiino pasado s6 com liuiiia i~iediareg50 que se da
daqui a eles o doze clikis teiido jP clado tres meas reçois, tenlio pcor noticia que tein
ido caiavelii n carregar a csa illia de piio vellio, e esperaiiça de que vossa senhoria ti
tenlia despachado coiii totl:i a brevidacle para o nos remediar esta falta ci~iiioo a m o
pasado Scs CCIIII a iiao caravclla; e 110 iiiwis de ilovo que se tiiaiiciar carregar espero ine
contctiiic vossa senhoria este favor ii~aiidaticl«dar todo o expedietite iieccssario por
ser giwide serviso dc Deos, e dcl Rei Noso Senhor e para inini seri hum grande
clcsvaiiessiineiit» d:lr ;i coiilieccr a todos qiie por seci criado me socorre com tanta
gei~erozidadecio sco iiobrc aiiiino reii-iediando com a sua delligeiicia as faltas deste
procuiridor tlo coiitinto que 11~50dovido as coiitinue c o i ~ ~o oanil« passado a dilligeii-
cia para ireiii e11ib~rc;içoisbastantes ieiilio Seito; c nesta ocazião escrevo a El Rei N.
Seiilior e dos iiiais a qlicm coiiipette o proviiilento desta praça; creio tião faltarão pois
iiie wizão cstaviio jh qiiatro toiliadas por partir Sora duas que ja tiilliiio partido.
As iicccsidacles que tenhci padecitlo nesta terrn, e as grandes Saltas que aqui h i de
tlido me obrigariio a inaiidartiic 11 valler iiessa ilha de Mailoel da Costa Uraga feitor
do contrato parn inc Ssizer o liroviiiiento de iiiiiiha caza, e proqire este 0 por pouco
pratico, o por ii~uitodescucliaclo, me nio iilaiiriou o que lhe pedia me valli de João
I-Ioiiie qiie taiubeiii me Saltou coiii íi1guiii:is couLas. e porqiie ine dizein que este he
iiiortci, iiie vallio dc vossa sciilioria pcdimlo lhe iiiaiiclc peIlo seo comprador fazer esta
dcligencia t1goi.a o dito Mnnocl da Costsi assitis8 coiii « direito que lhe pedir e pei-
dcicmc vossa setiliorin //[I 99v0] a coiií'iaiiçn que lia de Iiuiii sco criado, pondo esta em
o iiuiiiero tlas deiiiais obrcis dc inil que fès deme tiiuito eiii que mostre a iiiiiilia obri-
gação iio scii serviso Deos gonrde a vossa seiilioria Mazagáo 12 de .lullio de I694
!![200]
Carta para João de Sovral Babuda
escrita em 11 de Julho de 1694

Senlior ineu a de vossa merce de 28 de outubro do passado se me remeteu por


Lixboa a ordelii a caravella ern ella foi arribada, e da nossa amizade pode vossa
iiiercc crer o grande gosto com que a recebi por ver nella passa coiii a saude que lhe
dezejo ~iella1120 escrevi a vossa merce porque o mestre inc disse saia daqui coiii
tenção de ir para Lixboa e so quando quis dar a vella me disse que só se acliasse veii-
tos favoraveis tornaria lá elle ine tirilia dito que vossa iiierce estava 110 Faia1 quaiido
elle partio perguiitaildo lhe eu por vossa merce e por cartas suas porque lie serto iiie
1120 havia faltar c0111 este favor pello muito que 1110 mereço se não com liuma inuito
grande cauzaz e antecedeiitemeiite tiiilia escrito a vossa merce em outra caravella
laigaii-iente a qiial fugio para Setuval como vossa merce lá sabia e o mestre a veildeo
logo e se auzentou com medo de castigo que merecia e parece0 que adiviiil~ouque
dezia eu a vossa inerce iia carta que obrigasse a voltar e que a tivese adevertido que
S. Majestade que Deos goarde inaiidou publicar lium decretto que Lodos os mestres
que fugisscm de vir a Mazagão Ilie seriilo coilfiscadas as caravelas, ou a parte que
nellas tivesseiil e que os inarinhciros sc ouzentassei~ida dita caravella por 1150 fazer
esta viagem serião prezos, e degradados por des annos para praça; de que vossa
nierce estará de acordo se se ofiecer alg~imaocaziiio em que lhe requeirão obrigar
alguma embarcação. A dita carta dava a vossa merçe particulares recados de Ayres,
que tainbein agora llie rnaiidar muito agradecido a iucices que Ilie fas e leii~bramlo
das lioiirras que sempre llie fes ele vai aildaildo 110 seu cerviso cotiforme pode si sua
idade, folgarei iião deiiieresa ter vossa tiierce: nelle liuin criado e atiiigo Iiorirrado.
A Sebastião Mereiies Painplona escrevo nas occaziilo sobre particulares dcsle
provimento e lhe peso para o da iiiinha caza alguliias couzas pela iiiuita mizeria desta
terra vossa merce ine fará grande favor aplica110 para que 1150Wlte com isto ein
todas as ei.iibarqiiaçÕis que se oferecerem, e juiitaiileiite obrigar os mestres que
tragão tudo com ciiidado a bem aco~iidicioiiadoporque nisto teiii muitos descuitlos e
1150 cliega ca a metade da que de la maiidaii~seguraridollie o freie //[200v0] i~aquilo
que ajustarem com o dito Merenes. E se iiesta limitada praça ha cm que sirva a vossil
merce dispoillia da niiiilia vontade co~iion. mais prompta a Ilie obcdecer Deos goarde
a vossa iiierce. Mazagão 11 de jullio de 694.
Eu estive aqui a morte de Iiuina malina de que me ficarão bastantes queixas Ayres
tanibeiu caio huni cava110 com elle c deo com a cabessa em liurna pedra de sorte que
aiiiolgou o casco e iiio troxerão para caza quazi sem acorclo e iiie (leu boili cuidado
rnas foi Dcos servido leinbrarse de tniiii seili o saber iilerecer a darllie grasas.
Digaiiie vossa merce até quando estará nesta terra.
Quando Sebastiiio Merenas iião fassa a delligencia eoin cuidado de que llie passo
me fará vossa tnercc favor i~iaiidallafazer por hui-ii criado seu e ele dara o custo de
tudo como Ilie aviso para o que vai o niesino rol que Ilie iiiaiido lia sua//l20 I]

Recebi de Joâo de Chiveira iiovelita e tres mil e liavecentos reis do quartel clo S.
João de 1678 que com o diiilieiro que tinlia pago das poses da coiiieiida e alçadaria
iiior e o que mostrou por recibos ter eiiitregue a ineu iriilão que Deos te111 o senhor
Luis de Saldanha de Albuquerque faz a comtia de seiscentos e scsentu niil r r ' ~de
, doi,
annos que troxe a cornenda arendada que se acabará pio S. Jwào de 078 r. para sua
descarga cuidou esta por mim feita e asinada Junqueira 2 8 de 3larqo l b?8 [?O 11"]

Carta para o Conde da Castanheira


copiada em 16 de Julho de 1694
Chegou o pataxo, e o barco com muito boa viagem e for20 muito festejador,
porque já estavainos com grande receyo da tardança, e não foy paru mim menor fes.
tejada a notissia que vossa senhoria de que passa com saiide, e a c o i n d e ~ ~minha
a
senhora livre do que tem padecido. O pataxo chegou a 3 já de noite. a 5 descarregou
os fardos, a 5 deu lados e lhe meti os 3S homens que me ordena\ ãoe se pas prompto
para partir esse mesmo dia o que o teiilpo não premotio senão ao segiiinte pella men-
hãa quererá Deos darlhe bom suseço na empresa a que vào que será milagre pello
mao custume em que estão as nossas fragattas.
A caravellinha me paresse muito bem para este servisso da praça e que foy muito
acertada a compra, ella volta a buscar o taboado que tenho pedido porque estHo o!,
armazéns quaze levantados, e vigados não falta mais que o taboado para os asoalhar.
e a ripa para os cobrir, e he rezão que o senhor logo, e logo a fassa expedir com o dito
taboado para nos podermos valer destes armazens para o trigo que esperamos, e no
inverno hir concertando os velhos por dentro que estão em mizeravel estado. e de
vossa senhoria de caminho huma advertencia aos continuos da caza de Cruta que não
embarquem a fazenda de partes e deixem lá a dEl Rey como fizerào nesta occazião.
e tudo o q u e não vier com ordem de vossa senhoria o heide tornar para os armazens
de1 Rey.
Sobre o dinheiro dos quarteis não /1[202]queria já falar mas confesso a Xossa se-
nhoria que não tive ainda mayor em paciencia nesta praça que \ai esta rezolução do
concelho e m ordenarem a mim nesta occazião com ordem expreça o que n5o proce-
da contra o seu feitor, e digo a vossa senhoria com a confiança que me da o par-
entesco, e amizade que huinas negras soco por senão enganão com tanta facilidade
como vossa senhoria e todo o concelho se engana com o contratador com quaisquer
quatro rezois aparentes, que lhe dá, e se eu fora tão mao como devia ser nesta occaz-
ião me aprecera que todos estavão coinprados delle mas o que só me parece hé que
todos se metem no inferno por amor delle, e isto sem duvida, pellas rezois que tenho
reprezentado a senhor e concelho largamente, e para mostrar mais claro isto a vossa
senhoria ainda que o diga ao concelho lhe peço lea o paragrafo que se segue com
atenção, e tenha passiencia na largueza desta carta.
Tendo mostrado eu ao concelho por muitas rezois concludentes que deiião obri-
gar ao contratador a pagar aos quarteis, e que não hera nada. contra o seu cantrato.
teve este llomem tais poderes que tem detido isto com que se não rezolveo porque lhe
não hande achar rezão a querer pagar no cabo do anno; e na ultima que escrevi dite
qlle já que o não tinhâo a pagar aos quarteis que se tinha acabado 0 armo
que o obrigassem a pagar estes que devia e o mesmo pedia o inforniadur P rh m a
petissão a qual mandou por por despacho ao concelho que o contador Manuel Pereira
informasse do que tinha pago por conta dos quarteis O dito contratador. res~ndec'
este innocente sugeito que mostrava papeis correntes de ter dado sinco quarteis
depois que eu aqui estou e (de que não lia duvida) e que para os tres que se devião
mostrava tardando la iiiais a ordenando vedor senhor alinoxarife, e ouvidos liuiis
trezentos, e tantos mil reis, estes he rezão que se descoiitacem no priineiro que de
vossa inerce sei está carregado o almoxarife dis que os dará (se deos for servido)
porqiie Il~esderão de mais.
Itcin dis mais o mesino segeito que tein dado perto dc huni conto dc reis o dito
contratador a varias pessoas por esta praça de que inostrou recibo com que por tudo
vem a montar liuili geral dos tres pouco mais, o menos, o pudera entender este sen-
hor já que he tão iiiteligeiite //[202vn] coi1io eu conheço que isto que se deva aos par-
ticulares não era rezão se descontacc no geral, porque 1150 Iiade pagar este o favor que
o dito contratador quis fazer aquclles hoinens os quais todos, o os mais delles não
poderão pagar isto senão em muitos dos quarteis que estão por vencer porque allem
de lhe dar mais do que era iezão lhe dece estas cá em contas coin o alnioxarife deven-
do à fazenda Real que sc hade embolcar priineiro que todo este diiilieiro hade vir a
faltar pelo primeiro dos tres que se devem.
Itcni dis iiiais o senhor Manuel Pereira de Afonceca (sem lho perguntarem ileni
elle fazer figura para poder dar concelhos a esse tribunal) que o não lie obrigado o
coiltratador a pagar aos governadores, e que quanto o se-ja deve pagar tudo quando
depois de doiis velicidos coino se uza lios alilioxarifados, e contratos do reino como
se dicera que se uzava no pagaiiieiito dos soldados de todas as provincias que são só
os que podião fazer exeinplo a estes e o concelho não só conceiitio que elle se
metesse no que lhe não o i~~aiidavão, mas deferio, que vista a inioriiiação se não
pagasse mais que lium quarto; veja agora vossa senhoria se acha alguma rezão para
o difirido, e se a te11110 eu para entender que o contratador hade fazer quando quizei;
e qiie acie por este povo por portas, pois Vossas Senhorias a ajudarão cle que darão
conta a Deos que eu com a que tenho dado a Vossas Senhorias teiilio ciiinprido coin
a n-iinha obrigação e concluo coni que se deve malidar ao cotnratador que nesta car-
avella mande o dinheiro que desconta destas partes que digo acima, e assiin mais qiie
o iiltiiiio que Iie obrigado a pagar sem lhe fazerem exemplo os aliiioxarifados a pagar
sem lhe fazereni exemplo os almoxarifados do Reino porque neste que veyo não
ieiiho teiição de bulir por ora até não vir essoutro por não deixar a metade deste povo
desconçolado, e eii fico pedindo a Deos que alumeye a V. Senhorias, e que me acabe
este ano que me falta, o que iiie tirem daqui inas que seja coin I~iimacorda ao //[203]
pescoso por não ver o que ve.jo.
Chegarão os 15 soldados que vossa senhoria dis faltavão para a lotação, e que
dice Francisco de Araujo la lios armazcns não sey queili deu esta noticia porque o que
eu mandei era que faltavão muitos mais c para que coiiste ~nandeypassar mostra
geral e vaj o contrato por scitidão do vedor que faltão aiiicla 42$ sc os inaiidareiii são
bem i.ieccssarios para a praça, porein para iniili tão pouco que todos ine carreggo
sobre as costas para os succurrer, nas suas necessiílades, lucrar, e acoiiiodar que he o
mais traballiozo nesta terra, folgara que nelles vier50 40 officiais de pedreiro que são
beiii iiecessarios e dous ladrilhadores para ladrilharem as settiiias os quais podem vir
logo lia caravella.
Nos papeis dos meus criados creyo fará vossa seilhoria o que lhe eu ,llieressa
porqlie iicstc iicgocio iião lia coLiza e111 que eincarrcgue a conciencia e coilio he
certo, t ~ i d oo que voss:i seiili»ria Fizer se ade fazer; o exeiiiplo que aleguey a vossa
senhoria tio seu criado 1150 fi)y dizerllie que se fas ein seu teinpo, porque eu collheço-
o lll~lilobciii, e scy clue aiitcs de liir para caza de vossa serihoria teiilia o dito despa-
cho, inas o qiic iiie clizeiii lic cluc í'oy despacliado lia í'orina que eu peço para os meus.
A cnr:ivclla da ilha iiiici cliegou ate o prczeiite Deos o traga a salvalilento porque
outra sorte pcidcccrciilos h~iiiigraiidissiino tiaballio porque teiiios dado tres meyaç
i-eçois c Icmos sí) 0~11i.iiiilcya qiie sc adc (lar a 25 deste e ficão os seleiros varridos, e
o iiovo 11ãO virh ~ ( 1S ~ I T ~ para O Setembro, COii1o custunia, principalinente coin a
iliccrleza clas caravellas cliic iiie dizciii de 15 que neiiliuiiia esta escrita vossa senhoria
pellas clitigas de C'lirislo ollic para este iiegocio coiu toda a atenção, e deve roiiiper
por todos OS ~ I ~ C ~ ~ I I V ~ I ~ ~ C I IaL Ctroco
S de 110s ri20 deixar perecer, e conserve illeza a sua
coliciciicia na forliia cliic iilc clis. Aceito a proiiiessa que riie faz de me iiegocear
sucessor porqtic dcxcjo miiito vcrnic iia Jiiiiqueira para me vingar de vossa seilhoria.
A 1 3 Rcy peço cavallos cliic me hltão, e coiiio o iiiestre me dis que não cabem
msla caravclla poderi vossa sciilioria Ih, //[103v0]acoi~~odarce coin o coiitratador
largatidolha para cllc iiiandeir os gciieros quc daqui se lhe pccleiii porque iiâo hh couza
alguma liesta terra cio que se gasta nella, c clle pode bargar a vossa seiihoria a em que
lilaiiclar içlo, onde podcin vir os cavallos, taboado, e ripas, que tudo he inuj pre-
cizo, c quaiido 1150 possâo vir totlos os cavallos vililiiio sette para os atalayas porque
os tciiho disinonttieios, c iicsla Lcrrii i150 lia cavallos capazes para elles, estes pode
vossa seiilioria I'azcr coin El Rcy os mande de sua estrivaria, c 1150 lie necessario mais
dc que, corifo bcin, c pareili.
Vc)ssa sci~hriiiaiiie Eira iiiuila mcrcc ein I'tizcr vir tudo o que digo ao iiiforinador,
c clariiic incrcc c111 qiic o sirvii Deos gorirde a vossa senlioria. //[204 eiii branco]
//[204v"]

Carta para Manuel da Costa Braga


feita em 18 de Julho de 694

Rcslioiidia a tlc vossci incrcc dc 0 dc Agosto e o iilio pudc fazer a da 16 de setem-


bro por parlirciu claclui ris car:ivcllas para Lixboa, agora o faço pella mesma cidade
pediiiclo iíic rcincta coiíí toclii o cuitlado o cluc vai ria iiieiiioria iiiclu~aque tambeiii,
ao coi~dcda 12ibcirli (irn~iclc,a rcinelo, por ver sc poço poupar a vossa merce este tra-
balho c qu~ii~clci cstc cavalhcirti inc qiicira fazer o favor de inaiidar fazer esta provizão
por alguiii criado seu, vossn i~icrccIhc asisla com o cliiiheiro iiecessario que se Ilie
pcclir e coil-i recibo, c coi~hccimciitoreinelido ao padre Paullo Feriiandes se pagara
Ioga i ~ witi
a iííZio nas mczatlas cluc iiic (Ia este aniio he iicccssario ter muito cuidado
iio povimeiito clcsta praça para o qiic, o clito coridc tein todos as ordens necessarias e
qiiaiido as nTio 1ivci.a fio eu tla mcrcc que me í'as quc não faltaria ein couza alguma
que cstivccc lia sua t17go. A S O V B ~ Rqiil: IICSO para iiiiiilia caza veiiha ensacada e os
sacos ftlç$(i por iliiiilia coil[al" O trigo liade vir rin iiiesiiia forma se custar mais eu
sntisTarci c6 avansos c s.ja tlo milliai:
Para as giiliiihas m:iiltlo cal>~leirasc quaiido isio clieg~ielicompreas vossa merce
e encomende tudo aos mestrcs para que o tragão.
A Sebastião Merenes peço 50 inoios dc favas vossa inerces se ajusteili Ia e as
mandem donde lhe estiver mais coiivenieiite fico Bs ordens vossa merce a quein Deos
goarde.
As favas são para este povo porque as pedein se estiverem em conta e quando
custem mais alguiiia couza que o trigo ca ce darão ein modo que o contratador.
Mazagão 17 de Jullio de 1694.//[205vn]

Carta para Sebastião Merenes.


Pamplona escrita em 18 de Julho de 694

Na caravela que veyo o anno apsado desa ilha tive liuma de vossa rnerce de 16 de
Agosto (a ditta caravella fogio para Setuval) a que respondi em 7 de Setembro, nella
tne parece dava a vossa merce os agradecimentos do cuidado a carregou e do bom
trigo que nella veio e tambem do ofreciinento que iiie fazia de que eu não posso
deixar de me aproveitar pella ticessidade que tenho dc provimento para as faltas desta
terra; mas como a dita caravela não voltou para esta praça, e foi para Lixboa, ine he
necessario repetir este agradeciiiieiito e pedirlhe juntamente que a caregaçois que
fizer sejain de trigo tão escolliido coino o anno passado por obra de mizericordia por
aiiior desta pobre gente que não coine iiiais que pão e que remeta siiicoeilta moios de
favas estendo em coniodo e ainda que estejão mais caras que o trigo podem vir a
metade das que puder ser que os moradores as tomarão eiii foriila que o contratador
não perqua e por iniin me rara vossa nierce favor de mandar 15 nioios de sevada
efiçaqiiada e111 que os sacos só ande fazer por iilinlia conta e a scvada pella do con-
trato porque me dão pello trigo clue são obrigados a dartne para os nicos cavallos e o
mais que peço tainbeiii venha, na volta d e s t ~ por
, tninlia conta e a iinportansia do
custo resultará vossa nierce o conliesiinento ao padre Paulo Feriiandes para que se
paguem as n~ezadasque aqui ine da e declararam ao dito padre o que custar o fiete
disto para tambem o pagar o mestre da caravela porque iião dovide vossa merce em
trazer &ido isto e coni cuidado que conlo lhe ecoinendara prencipalinente nas couzas
vivas e frutas, em que inuntas vezes se descuidão, a parte espero que vossa inerce nZo
faltara a este favor ein que não sera iiienos darme inuito ein que o sirva que o farei
com boa vontade.
Deos goarde a vossa inerce Mazagão 12 de lu1110 de 694
A de 29 de outirbro que vossa inei-ce escreve0 pella caravela que foi a Lisboa
tanibciii se me entregou e agradeço o cuidado suposto não clicgou cá o trigo.
Para o provieiniito da iniiilia caza tambeiii me são iiecessarios 12 inoios de trigo
escolhido do milhor que ouver ainda que custe mais que vira por conta do contrato e
eu farei boin ao contratador o que custar de mais //[205vn]venlia por ininlia conta
ensacado. As favas se for mais coveniencia virem de S. Miguel ajuste vossa inerce
coin Manuel da Cosia Braga isto com que 1150 venhão mais que 30 rnoyos que o
mesino lhe digo a elle.
Na que vay com csta vão os quartos para a carne quando não chegiicm se com-
prein por tninlia conta; e quando o do~itorJoão de Soveral queira totiiar por sua conta,
o mandar fazer esta inatolotagem vossa nierce llie acista, com todo o custo, e pace
letra coin recibo ao dito Pedro Paiilo Fernandez para eu lhe satisfazer.//[206]

Carta para Antonio de Freitas Branco


feita em 19 de Julho de 694.

Senhor meu muito estimo este de vossa merce de 27 de Junho, por me sertificar
passa com saude, e como estou sempre coin o sentido nos seus achaques em vossa
merce me certificando os não padece acrecenta o meu gosto em tanta parte como eu.
o meu dezejo de o ver fora de todas as rnolesteas.
Eu athe agora padeci nas preguiças ao Conde da Castanheira o que vossa nierce
sabe mas agora vejo nesta occazião que não são só ellas as que me fazem mal, e para
justificar esta mii~haqueixa sem me alargar taato riesta carta remeto a vossa merce a
treslado de hurn capitulo de huma que escrevo ao Conde da Castanheira faça me
vossa merce favor de o ler com atenção e se me não achar rezão confessarey que sou
hurn asno, e hum mao homem pois julgo tão mal dos meus proximos (se he que
vedores e concelheiros da fazenda são próximos) porqiie tenho minhas duvidas a isto
pois se o forão lie certo se doem de tantos que aqui tem nesta praça, eu não sey quais
forão os tres que se acharão, e assinarão este ultimo despacho de que faço menção e
sempre sey que João Pinheiro já foy dar conta a Deos de tudo o que obrou nesse con-
celho, e que os outros haiide liir dar infalivelmente e como a mim me ade suceder
tambein o niesmo parecerne se me não engano que não posso deixar de fazer esta
diligencia com o concelho fale mais moderadamente neste particular em reposta da
ordem que se me mandou porque Iie rezão a vossa merce pella nossa amizade, e a
conde por esta, e pello parentesco fallo com esta clareza porque se me engano no que
entendo nesta ainteria me reponderão com a mesina. Os papeis dos meus criados
espero que vossa merce os tenha despachados como me dis na interpelação da doença
do Conde da Castanheira quando não seja assim, o vossa merce não ache caminho
para se I/ [206v0] despacharem me fará favor guardallos na sua mão e avizame.
Nesta occazião não vierão mais que tres duzias e meya de taboas tendo eu OS
armazens já levantados, e descubertos vossa inerce por serviço de Deos queira lem-
brar este negocio que venha logo porque senão perca o que esta feito que lie pedra e
barro. No provimento do pão estou confiado nesta promeça devossa merce e dos
mais que nc50 faltarão porque sabem a importância deste negocio porque não temos
mais que meya reção no seleiro que se dá à gente a sinco dias.
O barco me parece bom para o serviço desta praça. Se eu puder evitar os perigos
d e João, e Ayres lhe tirara esta honra que vossa merce lhe faz, e não quero que elles
a percão ainda i custa de mayores sobresaltos meus; Elles beijão a mão a vossa merce
pella merce que lhe faz e todos estamos à sua ordem muyto seguros para 0 que nos
mandar Deos goarde a vossa merce Mazagão 19 de Julho de 694.
O Castanheira não teve rezão alguma de se escravejar e o que eu lhe dice na carta
d o seli criado porque eu não lhe dice que elles se despachara no seu tempo Porque
bem sey que foy muito antes mas se eu ca estivera pudera ser que lhe nomeace alguns
qiie no seu tempo se despacharão, o elle se acha110 O navio no concelho como 0 do
arcebispo. // r2071
181
Carta para Antonio Manço Cazado
escrita em 19 de Julho de 94

Senhor meu a divida estimação faço das novas que vossa iiierce rne da de sua
saude tambem estimo que vossa merce coi-iheça que o meu zcllo e a coii-iizeração
destes inoradores mc fação fazer todas as diligeiicias que passo para lhe acudir, e
seinpre nas que foi dczcjei que fossein coin menos molestea de vossa merce e assiiii
lhe mandey dizer quc sc rnandace dous quarteis nesta occazião eu lhe não falaria em
dinheiro em todo o mais tempo que me falta do meu governo, e vossa inerce não só
me não quis fazer este favor que como tão lhe pedia em que tinha tantas eonvenieii-
cias, e descanço Inas manda só huni e com tão extravagantes modos na reposta que
fez Manuel Pereira ao concelho que rne escaiidalizou de malieira que ine lic força
responder tudo quarito ha neste particular ao dito eoncell~o,e fazer as dcmoristraçoi~is
de que vossa rilerce terá noticia por evitar litii~iabuzo scmelliaiite, e me livrar do
escrupulo de co~icentirnelle, tudo o que respondo ao concclho neste particular ler8
vossa iiierce la vista disso, por isso Ilio não repito aqui.
A hordem que ine manda o concelho li6 que faça guardar a vossa rnerce o con-
trato, pudera entender iiella o que elle soa porem não quero entender senão a favor
de vossa nierce que he que não deixa obrar contra vossa merce; e seus compaiiheiros
couza alguiiia cin prejuizo do contrato, assim o faço e farey seinpre. e e m tudo o
q~iaiitoquis obrar contra o seu feitor de vossa nierce, sabe elle inuito bem o como
acudi a isso e os favores que lhe fiz ein titdo o que toca a vossa merce ein esta occaz-
ião não fiz pouco ern fazer coin os procuradores o fizeceii~o ter1110 que aqui vay para
vossa merce ineter aqui fazendas coii-i coiiveiiie~iciasua, e não perde0 vossa iiicrce
pouco e11 não ter inetido alguma porque esta muito em rnizerkvel estado se a quizer
ineter o proveito Iie seu seiião como agente //[207v"] so pao porque eu ainda que
tenha peçoas que se riie offeresão a meter ca fazendas por amor de min Ilia 1150quero
aceitar porqqlie vossa merce não tenha com rezão a iniiiima queixa inirilia q u e as que
tem sein pelo poiico cuidado Ine dão porque vossa nierce vir8 a entender o dezejo que
seinpre tive de o servir, e eu com este dezerigatio me mando já aviar para o s gastos
de iniiiha caza como se estivera embarcado e o peyor lie que não he só para ~iiini,e
os meus criados senáo para muita gente desta terra, que c01110 iião acha e m caza do
feitor o que Iiie lie iiecessario h conta dos seus provimentos se vallen-i desta caza que
estes são os gaiilios que eii cri vim buscar, e que me dão estas faltas que ha na terra,
e para que iiie venha todo o i-iecessario ine lie forçozo dizer a vossa nierce q~ieiradar
isto que resta a dever lia contii-ilu~que deu a Aiitonio de Oliveira para que m e mande
o que lhe niaiido pedii-, e assim do cabo de Agosto por diante Ilic Iiir dando os scm
niil reis cada ines, e assiiil tanibern para satisfazer alguinas letras que mando de di-
iilieiro que la tenho toniaclo por me faltar o que emprestey para pagainento do trigo,
e o que vou dando para as obras, para os paclres para o hospital e para alguns gastos
secretos que todos me saheii~da minha bolça pela falta de pagatnentos veja vossa
nierce se tenho rezfio para o sentir alem da do povo, e assitn viio qitaiitidacle de letras
nesta occazião, em que torno a pedir a vossa merce não falte a Antonio de Oliveira,
c do Padre Paulo Fererriandez não quero mais que os seiii iiiil reis cada mez que hade
comeqar a dar no ri111 de Agosto e nelles se pagar8 de tudo o que vier das ilhas dos
Asaores porque nesta conforrnidadc livi70 ritstn occarião por eb\ii ccirtr. ao, feitores
de vossa inerce dizendollie qlie tudo « que mandarem inandrin logo 3 conta ali dito
padre / i [ Z U f ( ] para este descoiitu. e nesta 1neiiii:i conftrrmidiide rniinduri tussa Iiterco'
avizo aos ditos feitores para que gustaiido Ia nlg~iniacouza sigáo este caininho.
O qiie he iiecessario pard a terra dirá a vossa nierce o Padre Paulo Ferntindcr ii.
O quizer mandar. e em tudo o inais q ~ i e for proteito de t o w t Iiierce. \em dannn de41e
povo me tein prompto para o servir como sempre lhe dize.Deus goardc. íi \o\.a
merce. Mazagáo 19 de Julho de 1694 1 [208 I"]

Carta para Sebastiam Vallente


feita em 20 de Julho de 694

Senhor ineii festejamos a vinda do pataso. e caravella pois 110s trouxe nows de
estarem todos os parentes com saude e não estimamos menos as nossas. c dri ~cisbii
familia agradecendo lhe o terço que rezào por mim na hirmida.
Estimo que vão as obras de estrada tanto por diante.
Pareceme que me dicestes no principio que as cazas erão dobradas. para a5 banda
das torres huma, e outra para a estrada como as do Boga pareceme melhor que tapar
mais depreça fazer as duas cazas de cada morada armadas ao comprido com ~ i s t i i
para a estrada e so com hum quintal para as teras huma com ganella. e outra c o ~ n
porta, e assim ir continuando tudo se Manuel Coelho se concertar me que he rezno
pagarlhe eis quando não tera paciencía ate que eu va. o da ilha o que entenderes e que
o mais averiguará coniigo quando eu for Boin he fazer as cazas com quem as fizer
mais baratas mas he necessario t7erque se fação bem feitas o filho do Portugal cuido
que assim as fará porque he muito bom official. Se provares os jornaib hc necessario
muita assistencia bom he saber de tudo: a saca do nrros folgarey ~enhrique he heni
necessaria e o mais que Ia ficou principalmente lenha e carvão que fareis por aco-
modar algum nesta caravela que volta logo. As encomendas que \em para 0, riieiis
criados bem podem vir com o meu nome porque esbas são corno p a ~ dinirn. Das
ameixas vos provey como dizeys. No que toca aos dos averido occnziiio de que Deos
nos livre não quero inais que meos negros para iiiim e para Ayres o demais cU tenho
folgarey que o pão dessa I/ [209] quinta renda muito porque tudo Iie necessario pella
conta dos peixes parece que pouco paçarão de 20 moios do que escolherey. o do da
Azambuja, pagareis a João Plielipe hum resto que dis se lhe deve de quando eu me
embarquey se vos eu não teiilio mandado a conta seja pella sua verdade que cuidem
se não meterá no enferno por 4 tostoins, e tambem se paguem os 12s reis a João
Ferreira empalho, o este terço, o os que melhor parecer porque não quero I5 achar
bicos como dos dice. O barril de vinho chegou, diz Luis Gomes que emtende se fará
como o outro se se fizer paciencia, he necessario ter conitudo quando matidares
algum vinho não seja em quartos que tenhão sido de viiiho, só o de Tomar tem prova-
do admiravelmente se de lá vier algum mandayo senão, não quero outro poderá ser
quando dois vos la huma chegada segundo hiima hordem que mando a Antonio de
Oliveira e lá fareis essa diligencia e vereis se podeis ajustar algum negocio de vinho
com o que nunca para a taverna, e se se rezolver Antonio de Oliveira a amndar só a
Mina como llie tenho dito poderi taiiibeiii fazer este negocio. Os papeis de Joseph, e
Bento não vão nesta occaziào porque he necessaria certa diligencia irão no pataxo em
Setembro. Vejo o que ficastes com Bernardo Gomes elle não ~nandarSvinho senso
tiver tiiuita conta nisso, e estas veiiliaiii entretendo, se ouver outrem que alugue que
1150 seja dos que arendarão o real dagua, o cauza e sua dezeiiganai vos com elle por
1150perderinos isso ate termos vililios.
Nos papeis do Serrão ainda me n5o infonney iri tudo no pataxo e ao informador
iilaiido cartas para as ilhas tende cuidado lembrarlhe que as rnaiide avendo occazião
porque importa para proviiiieilto desta caza.
As periis de Rio Frio chegarão boas, e se festejarão iniiito como se faz a toda a
friita que de Ia vem //[209v0].
Nesta occazião vão os caixoes e arcas vazias que ha para que nos inarideis inais
alguinas das que ouvcr capazes que não importa que se percão 50 a troco de
chegarem duas para estes rapazes, e tainbeili estay advertido de fazer provizão de
melloins e bellaticias, e se fores a tomar, dc alguma fruta de li. As favas que maildei
crao 15 arrobas para o duque, as outras a metade para semeares lii, e a metade para
inaiidares a Pedro Alveres Cabra1 ainda vay a tempo este avizo, e se forem iiiuitas
para seineares tomay as que vos parecer, e vendei as que sobrarem que dizeiii valem
Ia iii~~ito bom dinheiro.
Do iiiouro burro não me dizeis nada de novo como tal o aveis de tratar dando lhe
algiiiiia couza de coiner, e se se quizer ir deixayo. A laranja iiie espaiita muito dizeres
cluc 1150 lia nciiliunia, porque aqui vierão alguiiias muito exceleiites a algumas
peçoas, e náo pode deixar de as aver em Lixboa inanday sequer meyo sento dellas
porque lie o retiiedio do rileu estalecidio. No que toca a Maiiuel Luis tendes Jeito bem
cluaiido elle veiiha fareis a diligeiicia coni Antonio Pcdrozo. Advertivos que não
inaiide Luis de Saldarilia ca o mouro em nenliurn cazo, dous teillio que vos mandar
110 pataxo l~tiiiide quiiizc anos, e outro de 20 bizarros iiiocetoins para o traballzo, o
~iiaispequeno sirva os pedreiros, outro lia outra. Sinto que iiiandaes os 3 inoios de cal
do iiiestre da caravella porque vos tinha ii~andadodizer que debaixo de mcu noine
lliio eiiibarcasses coisa alguma e ella //[2 I O] porque de outra maneira vos liande pre-
ceguir para mil couzas e se tivera a praça para virem as couzas de1 Rey, e minhas para
se dar a esta gente. O Boyão de manteiga que dizeis senão entregase, e como iiiio
viillia no rol seniio procurou, e a carta em que mo mandaveis dizer ma 1-150 cleriío
sciião depois de partido o pataxo se a não ouvcr boa, e a coinei~dadaiio preço a iião
quero remedeareinos conio puderinos. Vay Iiuin rolzinlio de Luis Gomes inaiidai
estas couzas day i May da inulher de 5050 Luis dois mil reis que cá me deu para ella;
inaiiday para illia Terceira liuni barril dos 2 grandes que vos niaiidey que farão de
carne, e diias quartollas que de cB foriio que telihão servido de viiilio para ine vir
cariie, isto Iiadc hir a entregar a Sebastiam Merenis Paiiiploiia, o ao corregedor João
do Soveral de Barbuda (se ainda Ia csta) coiii liuina carta que eu lhos iila~itloentre-
gar para o que llie niando pedir nas suas. O mesino maiiday a ilha de S. Miguel eiitre-
gar a Manuel da Costa Braga o a ordem do senhor Conde da Ribeira Grande; por via
de Aiitoilio Maiiço pode ir isto bem; essas capireiras que vão duas R liunia parte, e
duas 51 outra coilccrtadas a l i pello carpiiiteiro. Vão só Ires capoeiras poride Ia hutna
por ora iiáo tenlio iiiais de quc vos avizar: Deos vos goarde. Mazagão 20 de Julho de
694. 11 [2 1Ovo]

Carta para Antonio de Oliveira


escrita em 20 de Julho de 694
Scniprc esiii~ioas iiovas devossa iiicrce qiiatido iue segiira que esta livre doss eus
acliaqtles assim qiicira Deos coiisertar a vossa iiiercc tanto como llie dezejo. Os meus
vou eiltretaiito para cspcraiiçn de qirc vou jtí no irlti11ioi1110 queira Deos deixanlie ver
lhc o fiiil.
Este despacho cla pc1ic;iío que vossa inerce fcz rião podia deixar de ser bem suce-
dido dando Ilie vossa iilerce o tlirccção que sabe dar c111tutlo, agradcço avossa merce
o trabaIlío que teve iicstc particulnr, c a inolcstea ílc buscar os iiicus parelites ],ara
lhe dar parte clistri o que fiz pari1 escuzar a queixa de alguns meliiidrozos que de qual-
quer coma a forma c semprc IIC :ilguiis que busciío este achaque para faltarei~ia ou-
traz couzas que teiii ii seu cargo, taiiibcin Ilie agradeço o que tcln de cobrar de
Ailtoiiio Maiiço irias inuitns couzas quc iiUo podei11 dcixar cle ser, e cu não terilio la
clc queiii iiie fie rilais quc de vossa mercc para cobrar e dcspeiider como vossa mercc
sabe, agora digo ao dilo Manvo qiic de a vossa iiicrcc os trezeiitos e talitos inil reis
que deve na. coizta cwc iiiandaii dos i~zeussoldos e que iio í'im de Agosto comece a
dar a vossa niercc sem mil rcis cada iiics qiic tudo ir6 vossa inerce guardalido lia sua
i1130 parsi nlguli~asdisl.ioziçciis qiic eu clcva I'izcr, e para por ci iiiinhn caza quando for
achaiido nclla alguils toslois i>ara o prii~cipiodos gastos,
Toti~ouvossa mcrcc iiicllior acorclo cm dar os 30s rcis tlc Mariaiia a minha tia ella
18 os eiiiprcgarB criino Ilic parccei:
N60 clicc a vossa iilcrcc qiic fixcce oiira cni critrcgai A mulhcr de Manuel Ribeiro
os 49$ //[21 I ] rcis ileiil vossa lncrcc o poder fazer ein couza algu~iiae só dezejard
que vossa rricrcc ajuslartí csla carta clo qiic Ilic iiiaiidci dizer clos aliigueis das cazas
para ver o que 111c dcvemos Juiitaiiicnlc, agora lic iieccssario neste iiegcicio quevossa
iiicrcc advirta que cskt iiiulhcr 1150 tciíic ~iii~glie~ii 1ie111sabc cle iiegocios, e podcrh
dcixar pcrcler os alugiicis das cazas por falta clc inleligci~cia,e dcpois dizer que os não
cobrciu, c clcpois zoiubareni clclla. Na cauza do iiiorgaclo cstou com muita clesconfi-
ança c iíluitos iiiais a tcrcy se vossa iuercc dezairiparar csle iiegocio porque então
serão mayorcs as oii-iissGcs iicllc, c este parlicular Iic ncgocio muita teinpericlia para
o levar, bein coi~licçc)quc a vossa mcrcc Ilic ciistard inuito este iiegocia porque quem
vay por caiuinho clircylo, c c0111a. verdade diante cusfallie iiii1ii.o Iiílai com quciii anda
por becos c encruzilhatlas iiias como nestc inundo sc iião aclião sugcitos coiiio 11~1ma
peçoa os quer Iic iicccssaria j.ieciciicia, e mcsiila iilai-ilin que a vossa merce lhe i1ão
falta, se eu livcro outro camiiil~olaiiibcrii o scgiiira, irias niio o acho. A Ayres cle
Souza csctevo para quc spaclri~ilicu quc for ncccssario com os clezei~ibargadorcs;elle
tem etitendinicnlo para compor couzas ri~uilogrntlcles quaiiclo iliais esta, vossa iiicrce
lhc diga o quc Iic iieccssario scguircc 11cslc parlicular que cllc tciii pnrarii este nego-
cio c0111 siia iiiuih prudciiciti clixendo lhe tambcrn a coiiclição do clerigo, c se isto
piider entreter até que eii vá livrarey a vossa rnerce deste trabalho daiido-me Deos
vida. Vejo o que vossa inerce ine dis sobre a comeiida de S. Martinlio de Lagares, e
o caii-iinlio que tem tomado i-iisso que lie mellior. Agora ine chega essa carta qiie vay
e a reposta della e eu iião sey avia por qlieiii elle ma iilaiidoii porque aqui ina (lerão
ente outras, e não sey se este he o mesino Iioineni em que fala a senliora D. Phelipa
ou o padrc Roinãc> Cloilçalvcz este Iiigar donde lhe escreve Iie liunia Icgoa (pouco
mais, o nicilos) antes de chegar a comenda, veja vossa inerce se la via segura para
//[212]0 avizar e reineter a reposta que t~iclodeixo na sua iiião. Tanibem sobre a de
Castro deboreiro vaya carta que nie escreve Viceiite Henriq~ies,e a reposta quevossa
inerce terá, e lhe (iari; o dito Pedro digo que rne offeressem 18$ reis por ella sein elle
dizer qiieni por evitar queixas, o dezaveriças; ainda assini iião quero tirar a seu irinão
darreiidala, que se elle não achar queni lá chegue, o pace e sem se escandalizar quiz-
er dar liceiiça que vossa merce a arrende que lho diga, sobstabeleça vossa inerce a
sua ilelle, o lia peçoa que nomear, sem eriibargo diço se vossa iilerce lhe parecer que
de precurac;?to vay iiesta, e vossa iilerce Ilie darão lá porque eu não Ilie digo que a
ni:iiido he necessario coiiiteinporizar coin este liornem, por ainor do toi~iboaiiida que
sc perca alguma cotizn, e só toinara ouvera seguraiiça 110s pagamentos. Este Beriiardo
(;iin~;alve~ não sey que inangra Ilie deli depois de eu vi111 que nem responde avossa
ii-icrceril nein a Víilciite, liem a miin a muitas que lhe teiilio escrito de ci. Sebastiain
Valeiite bom faria hir Ia porein cuido me hade fazer iiiuita falta na Ji~iiqiieiraqual-
quer teinpo que elle gaste Iicsta jornada, pareeiaiiie mellior maiidar vossa merce.
Mira por huin barco a Tancos e dalii alugaqc Iitirila besta para Tomar; escrevendo a
Bernardiiio que esse inosso liia e que Ilie pedia averiguasse as contas da coineilda do
tempo que a teve Jogo Aiituiies de Mattos que foy o que pagou a Silverio da Silva,
que Deos teiii, e 1150 cuido que ouve eiitrepelação de outro rendeiro neste teinpo, e
coino creyo que no papel que lhe deixei declarey a divida de Silverio //[21 lv"] da
Silva que hera e a quantia eili qiie andava a coinenda, c o teiiipo em que se acabava
de pagar o dito Silverio que era naquele Natal do ano qiie parti, de sein inil reis que
só llie devião dahi para ca se pode pedir ao dito Mattos porque só dará se o não tem
dado a Bernardiiio, o mostrarií recibos para se averiguar esta coiita, e quaiido o dito
mira iião faça nacla pouco se perde iio gasto que fizer, e coin a clareza que trouxer
liia então Valente com os olhos iiinis abertos quando a vossa mercc i150 pareça isto
beiii faça o que eiiteiider que seiiipre seri mellior, advertiiido que Sebastia~nValelite
não Iie dos mais intcligeiites para tomar contas iieiil desfazer duvidas. Folgo que a
Azaiiibi!ja esteja tão boa Deos a teiilia levado adiante esta fabrica está c111 boa
direcçào com a adininistração de Pedro Alvres Cabral, creyo que iiiío largará inão
disto até que eu vá que eritgo se fará o que se entender ser mellior. Ayres de Saldailha
e Fr. Beriiardo me escrevem sobre esses tres iiiil e quinlientos cruzados eu Ihc des-
Faço as duvidas que por elle digo em suma quc se os quer dar qiie vossa iiierce os
aseita~á,e que qiianclo 1150 queira que menos carregado ficarey, o quc vossa inerce
entende nesta materia he o mais serto. No quc toca i negra fico satisfeito filçase o
que clis a senhora D. Phelipa qiie sempre lhe devenios dar gosto.
Nesta occazisio paço alguinas letriiilias de dinheiro para vossa iiierce Ia pagar, per-
doe este tralxtlho que i150 poço escuzar-lhe. Meu sobrinlio iiie pede que Ilie i~iande
vir a sera que diz o rol incluzo por ser provedor e da Mizericordia este aiiilo para o
que vossa iilerce liade cobrar de iilão de Diogo Pinto o procedido de S. M,de trigo
pertencentes a dita Mizericordia que elle ciibrou do coiltratador que dará pella ordem
iilcluza. Tainbeiil W I ~outra ii~cmoriapara sera do Çaiitissiino Sacramento, de qile
Ayres Iie juiz, c a rnayor cauza de dar a vossa iiierce /I [212vo] este trabalho hé a esti-
1.ilação q ~ i iiesta
c terra sc làz da sera que vcyo por sua ordem que dizem que iião
couza 111cllior a coiilii cleixo e fico de acordo que se tein pago se alguma couza tivcr
que aviznr iicsie particular ser8 ein Seteiiibro que ade Iiir daqui o pataxo. Mandenie
vossa iilcrce dar ao rcilor dos inglezcs Iium barco de pallio, porque me inandou cá
tres cliapctis dc Castor, e tres paus de iiieas c Iie ilecessario pagar lhe coin isto; a
Maiiuci dc Silva Pcdrono outro, e quando haja pouca, a metade basta, tambenl se
Valente Itic pcdir dinliciro para huns poutros, e para huina emcoiiieridinlia, couza
pouca quc Ihc in:intlo pcdir Ilio dar8 por ora 1130 Iie inais de que avizar a vossa merce
a quem Dcos guarde. Maz:iy$o 20 de Julho de 694 //[213]

Memoria de que hade vir da ilha de S. Miguel

Quilizc moios dcr scvada, c I2 de trigo na foriila que dis a carta


I-lu111 cax5o graiiclc clc inaçans, e liuta dura bein empalhada de boa salmoura e
mais hum dc 4 dc cariic dc vacca dc boa salmoura e iliais h u ~ nde 4 de carne de porco
cla iliesina sorte
Dois porcos vivos ciii cacla cilibarcação que de IA vier
Lew galiiilias ctii cluas capuciras c111todas as eiiibarcaçoiiis
Quiiize, e 20 arrobns clc batatas boas, e sc vierem mais será bom
Qualro, o b duzias dc bclanci:is, e outros tantos iiiclloins que virão na boes da
cscotillia sobre o trigci ou oiidc parcsscr iiielhor.
Mais huiii caxiici dc liiiioiiis, liiuas doces, c laranjas da China
Seis caiiieiros, c111 cada cinbarcac;ão quc vier, e se forcrn inais serh boiii
I-luiíi barril de perdizes, c cocllios cle escavechc, advertindo que serão primeiro
assados, c riíuilo sccos scln paçarciii por &lia quente
1,cnlza locla a cliic piiclcr trazer a caravclla na esiiva, 6 fora della que he inuito nec-
csssiria,
Dozc nzcyas de solla mais X meios inaiiclo vir só a S. Migiiel a sola.
O trigo scvada c tis fi~vtisandc vir só por Iiuii~avez o mais c111todas embarcassois
~ u d oc0111 conhc~inic111oC clcclaracio ofrcssc. I/ [213v0]

Carta para Dlogo Pinto


feita em 22 de Julho de 1694

Llicgali o palrixo a csla praça, e carrivella a 4 do corrciite corn boin suceço, e ja a


sua 1nrclnilc;a nos clava muito cuidado nclla ine chegou esta de vossa inerce de 26 do
p ~ s n c l a estimo
, ver líassii coizi saudc e taiilbem 1150 estiiiio ver passa coin sa~idee
tarnbcii~não cslima pouco que vossa i-i~crceconheça o dezejo que tenlio de o servi5
c bciii iicccssario inc Toy iiiostrar estou nesta occazião por grande aperto que se fes
para aver de se noinear outro informador o que eLi vou entretanto coin as melhores
escuzas que peço como avizara inais largamente o Padre Pedro Valente, llirey vendo
o que poço fazer mais nesta parte porem he necessario que vossa inerce de a enten-
der a esta gente não falta h sua obrigaçào não só c0111palavras inas coin obras fuzen-
do por ter iniiita inteligencia co~itudoo que se obra no tocante a esta praça o que não
veja nesta occaziào em que falo avossa inerce com toda a clareza porque dezejo
muito que vossa merce proceda da maneira que nunca a tirem com rezão advertindo
que isto que digo aqui nem o alcansão estes hoineiis nem lho eu dita por não fazer
mayor a saca queixa primeiramente vejo esta petição que vossa merce fez ao concel-
ho sobre o pagamento dos três quarteis a qual podia ser inais larga e com mais
rezoins que declararein o muito que padece esta gente lia falta deste dinheiro a repos-
ta de Manuel Pereira dafoilceca escrivão do contrato esta feita com inuita velliacaria
a que vossa tnerce podia responder se tivera a deligencia neste negocio que he iie-
cessaria (dos recibos das //[214] peçoas primeiras que vein inetidos na carta não
devião descontarce iio quarteis que se devcrn mais que o que soubece nelles das ditas
dividas porque deu este diilheiro a rililitas peçoas que lá não podem pagar e os n~uitos
quarteis dos que estão por vencer e desemtandoce dos que cstão veilcidos; vem a
[atará ao geral que elle por sua vontade deu aos padres e isto não Ile justiça nem rczão
porque a bem dc lhe dar muito a estes homens elles devem cá quantias a fazenda rcal
que se hande cobrar priineiro, e assim dos 987$ reis a peiinas se poderão cobrar nos
quarteis veiicidos duzentos, e os settesentos, e oitenta se ficarão devendo a este povo,
e isto he feita a coilta por inayor Mais dis o dito contador que não hé obrigado o con-
tratador a pagar aos quarteis sem se lhe perguntar, e disto devia vossa inerce fazer
queixa, delle ao coilcelho em se meter no que lhe não toca nein lhe mandão iilforrnar.
Dis niais que em coiza seja obrigado a pegar aos quarteis não devia de pagar sen'ão
hum depois de dois vencidos o que se vir 110s alrnoxarifados, e contratos do Reino e
nisto mostra este sqeito, e li~imagrande innocencia, ó huina grande velhacaria, com
afeiçào aos coiltratadores pellas rezoiiis que elle sabera porque no pagameiito dos
soIdados não sc uzão o que nos contratos nem elle o inostrará que111faça e alguma
das provincias do Reino, e se vossa merce reprezentará todas estas rezoiils ao con-
cellio feito ein h~iinapetissão por letrado que percebece este ilegocio Iic sem duvida
que o concelho não daria o segundo despacho, e se o tivece dado o revogaria vendo
estas rezoins tão forçozas e tarnberii o ineu amigo Antoiiio Freitas Branco não aclara
reçoiiis ao contratador e vossa mercc lhe dicera estas, iiiostrall-ie vossa mcrce este
capitulo desta carta até //[214v0] aqui e verá o que lhe dis e tainbeiil com islo con-
heceiá este sujeito, e creyo votará no concellio se lhe de huma reprelienção em cazo
quc os procliradores maildem nesta occazião petissão coiii todas estas rezoins, e
emquanto não vier o que se deve senão pode buliir neste diiilieiro por não deixar tanta
gente desençolada, e advirta vossa inerce que não deixe cste req~iiine~lfo para as ulti-
irias lioras, porque I-iuma das traças destes homens lie espciarein a partida para
embarcarem tudo nella, e riao aver tempo para que se replique ris suas cavilaçoins o
que conheço pello que vossa merce ine relata, e por oiitras muitas circunstancias, e
neste particular, e no outro de n-iaildar o dinlieiro do trigo dis vossa merce que falou
ao concellio e que 11ão acabarão, de rezolver mais iião vejo que falacc a e1 Rey ein
peçoa como devia fazer para que tnandace por decreto rezolver estes particulares e
outros mais que lá estão assili1 porque o mesmo senlior dice a vossa nlerce lhe falace
quando lhe 1150 defericem como por Ihc ter eu advertido muitas vezcs co111oach~~i
nas cartas que lb tem, faça vossa merce isto logo, huma e inuitas vezes, e logo verá
que s e disere coirio mais brevidade visto o secreto de Estado nos fazer o favor que
vossa inerce dis.
Tainbem vossa inerce Ine dis repetidas vezes nesta carta que não sabe o que vem
para esta praça o o que fica 16 não devendo einbarcarce huina palha sem vossa merce
saber o que Ile, e coiiio vem, e o quanto falta, e assim lá deve vossa mcrce procurar
na caza de Seuta o que mandariio nas cartas de guia porque eu me não heide lancar
eili lhe estar declarando cb, e tudo o que pedir he precizamente necessario, e por isso
volta a caravella a buscar o iilais e principalmente o taboado, que tenho pedido para
o s arinazeils //[215] que as paredes ficiio quaze levantadas, e as vigas postas e não he
rezão que se deixein de acabar porque são necessarios, assim o mais que inando nesse
papel incluzo, a faça vossa iiierce vir a dita caravella com brevidade, e em cazo que
o coiitratador se rezolva a iiiandar o que Ilie pede o seu feitor pode vir nella, e os cav-
allos que peço a E1 Rcy, lia. que elle deve mandar coni mais algumas couzas das que
peço e ja que o coiicellio tem dado despacho para virem, dc vossa merce me eide
queixar sei150 vierem. As inforinaçoins de Luis Gomes e Maiiucl Coelho ma manda
dizer Antoiiio de Frcitas as despachará na terra do Conde de Castanheira se me pare-
cer escrever ao Marques de Alegrcte o farey, e a carta hiri a vossa inerce, a infor-
maçiio de Domingos de Medina sc entregou; No que toca ao retablo respondo em
papel d parte para ei1leligeiicia de Andre Rainalho; Ao que dis o contratados que
inande E1 Rey o trigo que gasta a praça de inais, não deve de se lembrar o que dis-
põe a primeira condição clc seu contrato ao que elle se não pega neste particiilar, e
talnbeiii senão paga ao poiito que declara não liade dar as fazendas que aqui mete ein
desconto do dinheiro que Iie obrigado a nieter coino da.
Fico advertido eni inniidar pedir ao concellio cada couza em carta particular ainda
que pareça redicula couza pedir 40 couzas em 40 cartas. O lageclo pode vir pouco e
pouco nos lastros. A caravella da ilha esperamos, e fazendo esta faz em sinal de liuma
queira Deos seja clla posqiie i ~ ã otenios mais que huma inea reç5o no seleiro teiido
dado taes e j6 a cavalaria vay sentindo folgarey sejamos tanibein providos este ano
coilio vossa tilerce dis.
Hera l-iiiina setis que passou cle largo. 11 [215vn]
A caravelinlia lie iiiuito bonita para o serviço de praça; a rezulação da carta que
escrevi lia caravella venha em todo o cazo que Iie necessaria; se está ainda em caza
do procurador cla fazenda Ihc falle vossa inerce da niiiilin parte que veja bein o que
digo riella e que mc faça responder; vossa iiierce me dis no cabo desta carta que vem
;a taboado, e 1150 vem innis quc tres duzias pcdiildo eu 150, e a couza de não vir inais
lhe porque lia caravella se meteo, cal taboado, e barrotes de outras peçoas, e coino
Ideve ter muito sentido iiisto, e 1150 deixar o mestre, e aos continuos meter o que
tqllereiii dc pwtes fica~lcloo delRey tão iiecessaria faça vossa nierce que venha em
itodo o cazo, e com a 11iayorbrevidade que poça ser&este taboado que digo, oito mi-
r o vierão e 200 duzias de ripas; tudo isto he
[Lheiros inais cle iellia allein dos q ~ ~ a tque
precizo logo por iile ilio ficarcm os arinazens descubertos este inverno.
Tambeiil varias vezes tenlio pedido a vossa merce que faça Com que lne venllão
pedreiros, e vossa merce me não responde0 nunca a isto, veja vossa merce se nesta
occazião podeili vir quatro que sào inuito necessarios, e tanibem pedi dous
ladrilhadores que são precizos para os seleiros, e como agora vai em hu~iiasertidão
40 e tantos soldados que faltão, nesta podem vir se vossa nierce o fizer diligencia no
limoeiro Iiade achar alguns, se vierem logo nesta caravella será miiito bom, tambem
peço os 15 cavalos que faltZio, e que sette o oito venhão para (...?)que não 1iá ca Iium
capas //[216] e os tcnlio a pee peço que sejão de trts para quatro anos pesa logo
servirem, os mais podem vir de primeiras que ha la ordens para isso, tres mando vir
de minha caza para peçoas que riios te111cá pcdido espero que vossa merce nesta dili-
gencia de a conhecer a este povo quc i~ijustaiilciitefalia em fazer outro inforinadoi:
Deos goarde a vossa itierce como dezcjo. Mazagão 22 de Julho de 694 //[216v0]

Carta para o Capitão de Mar e Guerra Francisco Carvalho


de 25 de Agosto de 94

Com esta devem entregar a vossa rnerce lium cativo que esta em Salle por iioine
Aritonio Martiiiz Garras que está tocado por lium iiiouro que aqui teiilio dado cazo
qiie esta entrega se consiga passará vossa inerce recibo a quem lho entregar para por
elle fazer eu entrega tainbem do dito inouro a que me tenho obrigado, e tambem
tenho feito obrigação de que aos inoiiros que o levareni a bordo sc Ilie não fará vio-
lencia alguma antes toda a boa passagem e levando algumas couzas para vender se
Ilie pagarão inuito b e ~ nassim o peço a vossa merce da parte delRey Nosso Serilior a
cujo serviço não faltar8 nem a mim a voiltade de vossa riierce a que111 Deos goarde,
/1[2 171

Carta para o consul João Baptista Bolette auzente a Sumuel Roy visconsul
da nação olandeza ou a Miguel Henriques ou a pagar Nunes da Fonseca
mercadores aos quais se fas a obrigação abaxo declarada.

Antonio Martiliz Garras cativo nessa praça de Salle nie escreve0 em 12 de Junlio
passado que seu patrão linha ordem para o embarcar erii qualquer navio que partisse
dalii dando dando fiador a que eu etitregasse com aviza de vossa iuerce a Hamette
Bandau que esta ~rocadopor elle ou seu vallor, sendo elle morto eu lhe resl~oildique
neni conhecia a vossa iilerce, nem o seu sinal que ine podião eiigaiiar com qualquer
carta fingida; agora que sei estão as fragatas de1 Rey mcii senhor nessa barra inc
parcce iazer avizo a vossa iiierce que se pode mandar o dito Antonio Martinz as ditas
fragattas embarcar e que vindo carta do capitão que anda nellas me obrigo por esta a
cntregar o dito Hamette Bandau o seu vallor sciide morto e para que não liaja receio
dos niouros qiie o levarem no barco a bordo vai cssa carta para o capitão e por elle
pode vossa tiierce estar seguro, e iodos os mouros que lhe não liande fazer offença
alguiiia antes muito agazallio de tudo o que se passar neste particular me fará vossa
~riercemerce avizar e tarnbe~iise quer alguii-ia couza desta terra que o servirei coitl
tnui boa vontade. Deos goarde a vossa inerce. Mazagão //[217v0]
Carta para Antonio Martins Garras
de 23 de Agosto de 94

Antonio Martinz Garras pello dezejo qiie tenlio de Ilic abrcviar esse cativeiro e
mandar Hatnette Baiidaii daqui inc paieseu fazer a carta que vai com esta a João
Baplista Borlette e quaiido não estcja ahi a alguils dos nomeados nella vossa iiierce
a veja e negoceie como lhe corivelii; e em cazo que o mandem por bordo das fragatas
mande recibo do capitão com carta de vossa inerce que coiiio coiilieço j i o seu riariie
ficarei mais seguro tambem vai carta para o capitão para seguiar a gente da barca que
levar a vossa iliercc que deve levar bandeira braiica e podem ser sertos lhe não Iiaiide
fazer agravo alguiii antes se lhe levarem algiimas frulas Ihcs pagarao iiiuito bem
qiiando tGo se eí'fcctue este iiegocio iieiii iiiandein a vossa nierce aqui dentro eiil 20
atlie 30 dias teiiha entendiclo que remetto o dito IIaniette a Lisboa na fragatinha do
serviço desta praça o11ein qualqirer caravella porque assim convem por iiiuitas rezois
e asiiil o deve vossa niercc pcriiiitir c avizarme de tudo o que Iiouver iieste particu-
lar. Não serve de mais //[218]

Recibo das trezentas pattacas que entregou Semeão Porto, que se mandou a
Luis da Motta Feyo.

Recebi d a capitão Semeão Porto trezentas pattacas que pella caza de Ceiita iiie
maiidou entregar E1 Rey Nosso Senlior para certa diligencia de seri real serviço e para
descargo da dito capitão lhe dou este por iiiiin feito e assinado e cieclaro que no
teiiipo ein que se eiitregarão as ditas patacas deu deilas hum recibo o meri secretario
Maiiuel Coelho de Souza por 1110 eii assim mandas, e iile parccer bastava; o qual não
ser&por elle obrigado porque inas eiitregoil na ininha 111ão e dellas darei conta ao dito
senlior q~iaiidofor tempo. Mazagão 2 de Scteri~brode 694 /1[2 18vc']

Carta para Diogo Pinto


escrita em 3 de Setembro de 694 em Mazagáo

Cliegou e111 iiove dias e nella recebo esta de vossa merce com grande gosto esti-
ino ver tielIa passa com saude eu coiii alguma mellioria ando pri~icipaltiieiite iia
e s p e r a ~ ~ dc
ç a liir ver cedo n vossa merce.
Nesta occaziilo ter4 vossa iiierce quem lhc relatte o clue se passou coin os procu-
radores do povo e riiais gente qiie se ajuntori iiesta salla que os tinlião obrigado a fazer
requerimento para que se iiomcacem dous hometis para virem a essa cortc ao requer-
iiiiento cle que vossa iiierce tambem clcve ter noticia, e para a quitar os que mais
apaixoilados se inostravão me foy iiecessario por em piiblico duas cartas que iiie
maildarão o Secretario de Estado e Marques de Marialva a favor de vossa riierce ao:
qunis vossa inerce deve dar as grassas do einpeiilio com que o acredit-ao a vossa
iiicrce e declarar liir que agora corre por sua conta para coilccrvação do seu credito
o patrocina110 em todos presentes desta terra para que ella coiiheça que não lhe está
inal o concervallo a vossa rnerce por seu procurador, se se fizer assim, e vossa merce
iião faltar ao que deve creyo que em meu tempo o iião tirarão, e com nenhuwa outra
coiiza pode vossa inerce quebrar mais os olhos aos seus emulos que com as suas dili-
gencias. Não sei por ora se coiiiuiiicarão a vossa merce os procuradores o negocio a
que querião mandas, a todo o tenipo que o coiiiuiiicarem deve vossa mcrce oporce a
elle com toda a força, e tendo vossa merce a E1 rcy tão favorável como me dis e dice
sempre sem duvida acabará tudo que lhe encomendasem seiido possivel. O trigo
chegou mas já estavamos providos para este inez do que veyo dalii lia primeira car-
avella mas boin hé que o coiitratador experimente estas perdas por nos n"ao estar sein-
pre pondo nas ultiinas. O dinheiro espero que vossa merce o faça vir lia forma que
Sua Majestade tem rezoluto que até agora senão tein feito paga por falta delle e como
não pode vir na caravela virá no pataxo que dentro em 20 dias (o mais tardar)//[219]
para l i porqiie o secretario de estado iile segura que ein viiido trará os cavallos, pesso
a vossa nierce o tiecessario que lia compra delles se veja que são para (...?) todos os
8 que peço e que sejão já cavallos que possão servir logo, e vossa inerce conhece os
que são bons para este exercicio creyo que agora não faltarão por estar a pallia e seva-
da cara, e faça vossa inerce tanibem diligencia porque se rezolvão esscs papeis que
estão em caza do procurador da fazerida e que se me responda aos pontos do regi-
ineiito que tantas vezes tenho pedido.
Ao inarqucs de Alegrette estou in~iitoagradecido e assim lhe digo na que llie
escrevo, estimarei tome elle ainda a seu cargo a expedição da caravella. As das ilhas
ainda não tein vindo inas espero por ellas por oras e que esta praça seja bem succor-
rido visto estare111 la tantos.
Vossa inerce me diz lhe faça avizo do taboado quc vcyo sZo 30 duzias para 150
faltão 20 e 8 millieiros de telhas, e as ripa que falta pard a quantidade que pedi. O
contratador não quer iiiandar nada porque lhe não deve achar boa coiita pella causa
ein que esta tudo; pella muita falta que lia de azeite vinho, e agoardeiite na terra, e
outras couzas escrevo ao Algarve a Maliuel Lopes de Mediria que i~iaildea gavarra
rogo e quando não possa escreva a vossa inerce que não veiii para que busq~~e quein
queira mandar estes geiieros, e os mais que lhe avizrein os procuradores para o que
liade pedir a El Rey Nosso Senhor lhe mande dar do dinheiro que esth para vir, o que
bastar, porque os moradores veein nisso, e eiiipregallo por sua conta e risco, e
tnandão a vossa incrcc a ordciii ~iecessariapara que veiilia isto com toda a segurança,
ein que vossa nierce deve obrar com toda a diligencia possivel; dizeiii elles quc até
duas pipas de azeite boili Ilic será iieccssario para este inverno porque para as can-
deas ca tem o Padre Silva, tambein quereiii algumas pipas cle viiilio ainda que iião
seja rii~~itopela careza em que esta, sc na caravella se puder acomodar alguina coiiza
disto pode vir com condiçáo quc me iião deixe de vir a tellia que lei1110 pedido e a
ripa e só do taboado poderão ficar 50 duzias para vir no pataxo que taiiibeiii seri iiec-
essario para o coiiiodo dos cavallos iiias mais não porque he precizo para se acabarem
os ariiiazeiis que Ilande servir//[2 19vn] de trigo por alguns dos seleiros estarem ilica-
pazes e iiecessitareln de liuin concerto graiidc.
Folgo muito que a iilforrnação de Luis Goiiiines se despacliace, a parte que vossa
merce teve nisto lhe agradeço, e iiiityor será í)nieii agndeciiricntci qriuriti> o di.
Manuel Coelho tenha tido o inesmo sucesso poriltic. para e m he iníi>uro nlru cnlprri-
ho sobre o que escreLo ao Marques de Alegrete iin incliizu que \ o \ i í f incrcr Ilic dcirLi.
Sobre o negocio do retábulo nào posso rigora escre1c.r pella brr~idadrcom quc
parte a caravella no pataxo o hrey o em ;ilgiiriin das cíira\ell;i que daqui handc hir.
A medida do lagedo Ia esti porque a maridei no concelho ria L iugrn~passada desta
caravella bem podem liir mandando que bem detle he nece5scirio. Se o procurador díi
fazenda nio despachar os papeis peco a vossa merce diga a Luis de Saidanhu que
pessa ao Conde da ponte lhe ira para sobre este particular.
Muita falta me fizer50 os pedreiros nesta occariào quando agora possào ir ~ e n -
hão mas que sejào só dous os ladrilhatirocs basta que ~ e n h à ono pataso.
Folgo que vossa merce já fizece o avim dos fruscos scrí bom qlie ~ c n h i pcirqiie
o
são necessarios. O Secretário de Estado iiie diz que S. Xlajestride quer mandar humus
poucas de espingardas leves para a cavalaria procure-as tossa merce r \ enhào qunii-
tas mais melhor. Por hora nào se aferesse mais fico as hordens de iossa merce miii
prompto a quem Deos goarde. Mazagão 3 de setembro de 694.
Depois de ter feito esta me veyo pedir o feitor do contrato se n5o niandecac bus-
car fazendas que elle se obrigava a mandalla vir a sua custa com que \assa merct'
pode eseuzar a diligencia que digo asinia. li [220]

Carta para Antonio e Oliveira feita e,


5 de Setembro de 694

Folgo muito que me chegue esta notissia da doença de xossa rnerce na mesma
occazião com que me chega a de que esta já livre della porque ainda que me fique a
pena me fica minorado o cuidado que ella me avia de dar. tenha kossa merce conta
saude como eu lhe dezejo, e como necesito pella merce que me faz Bom he ter cobra-
do de Antonio Manço os 4005 reis a conta não vay nesta occazião com a duvida des-
feita porque necessita de vir huma clareza da ilha de S. Miguel. que mando saber
agora que estão aqui hun~ascaravellas para lá, para outubro quando ellas forem daqui
de volta para esse reyno hirá tudo claro,vossa merce hirá deixando estar, este dinheiro
na forma que tenho escrito, e me fará merce dar des mil reis a minha irmaa D. Joanna
da Silva na Anunciada que ella mandará buscar com recibo. e dois a humas criada
que está com as meninas que chamão Joseplia; como vossa nlerce puder buscar5 a D.
Philipa que isso não tem pressa, e avizeme se cazo. o o que faz de si.
O arrezoado da cauza do morgado ca me veyo porem 1130 o pude t e r porque rne
foy forçozo mandar esta casa velha em 3 dias do zelo, e a~iiorcom qiie vossa merce
trata de todas as minhas conveniencias, mas faltara a diligencia alguma que conduza
ao bom fim della.
M. crevo a coinenda de Castro Laboreiro, eu fico com o mesnio que vossa merce
aponta, he força esperar o susceço sein por hora mostrar desconfiança.
Se vossa merce ao rendeiro velho que se arrendou por hordem sua (como elle per-
gunta) poderá ser se não biilla em demanda, o clerigo tambem arrecia. e por isso me
manda pedir huma procuraçào para mover elle a demanda ao dito rendeiro, porque
dis que telido-a iiiiiilia para cobrar a coiiicnda de Castro Laboreiro arreiidou a oiitreni
por 2 300$ reis, e airida que me dis que isto //[220v0] lie para sc defcnder eni cazo
que elle h ç a deiiianda e a creyo que elle Ilie não liade deixar de mover porque he liuin
pouco teiicioiieiro, e eii não quizera inais detilaiidas tias que tcnlio, e assim lhe digo
porqiie elle 1150 conheça a desconfiança com que inando estas procuraçoiils que pede
que as manda na carta de vossa merce para que 1150desconfie pois tendo procuração
geral iniiiIia a deu a outreni sabendo vossa nierce dos negocios que corrcin sobre as
ini~lliasrendas que tem obrigação de cobrar, vossa merce se acoiicclhe se conveiii
dar-se-lhe, e se pode valler procuraçfio de Ayrcs estando debaixo da ~iiinliatutoria,
cpie ellas vão feitas pellas itiiriuttas que elle mandou; vossa inerce tempcre l i isto que
eu sempre estou treineiido com estas couzas, e com as suas descorifianças.
No que toca a de Lagares vossa merce tem avizado c creyo rias faltaiido ao que
pronleteiii, o que tambem creyo dará o rcndeiro velho, e Maiiuel Fcrreira Ferras me
escreve qiiaze abalado a acrescentalla; A de Soure está bem arreiidada; mas csta sein-
pre foy terrivel de cobrar, porque a mais má carta de gente que li5 Iié a daquclla parte;
No que toca ao abatimento que pede o Alvellos (senão I'izer exeiiiplo) iile parece mel-
hor fazerllio de alguma cauza, que ter 11uma deinailda, e darliie lium pretexto para que
nào pague daqui a cemana e assim Ine parece iiielhor fazer Iium contrato coiii elle
que pague logo que lhe darão algumas quebras por cauza das siins prizoiiis; e 1150 por
outras, vossa merce farh o que ilie parecer inellior.
Se eti estivera lia Jririqiieira dera a vossa iiierce toda a clareza de Silverio da Silva,
rnas riem valente hade achar papel iieiil eii sey dizerlhe onde deixei asseiitado tudo
por onde iiie parece se pode averiguar isto por Iicira Iié vir vossa merce. Se Ilie leiil-
bra o escrivão que fez o ter1110 da coiiil~oziçâoque eu fis c0111 o dito Silverio par coii-
celho de vossa merce e de Antonio dos Santos de /I C2221 Oliveira, e iielle se acliarh
a clareza de quanto hera divida he de quando começou elle a cobrar a coinendn que
llie coiicignei, e se vossa inerce tiver pcçoa capaz, a. quem pague, para liir a Tlioinar
toiiiar conta aos rendeiros que trouxcrão a comciida desde esse teitipo piira cB, que
seiilprc me parece q ~ i cfoy João Ant~inesde Matos sem eritcrpolaçào de outro, serri
bom porcliie Valente nlal se pode tirar de Junq~ieriae Silverio da Silva Iie serto se
acabara de pagar pello Natal de 92 (c01110 deixey declarado a vossa iiicrce) e dalii
para cá devia vossa nierce de cobrar, o inando vossa incrcc o vira coino tenho dito
coni espicificação de tudo isto a Beriiardiiio Goiiçalvcz pedindo Ilic tome por sua
conta esta diligeiicia, porque iiiira bein sei que 1 5 0 Iie capaz inais dc quc levar huni
recado, e trazer a reposta.
Os frutos da Azamb~ija,e da Junqiieira sou de parecer quc vossa iucrcc os venda
porque sevada a 320 Iie huiii grande preço e o trigo taiiibciii graiidc preço a 480 e
beiii poderá ser que deili a 500 principalrneiite pello da Junqueira, c a cxpcricncia tem
mostrado qiie em anos cecos iião durão as novidades iiiiiito nos seleiros, c logo sc
corronzpeii-i, c llie da gurgulho, e liuina 111ão clieya que ine maritiarâo cá h iaostra, do
trigo, hiiido partindo hum grão c0111 os dentes para ver se era tluro sc achoii dentro já
coiiiessado a gerar huin gurgulho, e partindo mais se achou eiii muito vossa iiicrcc se
desfaça logo de tudo, e creyo que fará diillieiro coiii que livrar a comdessa clos
Alencarses, e pagar a divida de Manuel Lopes da Lavra, o algiiiiias outras coiti mais
algunia couza das rendas segundo o orsameiito que cá tenho feito. Os ordenados de
inedicos e barbeiros me iiâo parece rezào cortallos sua aventura lhe valha; se Maria
Plielipe lhe pedir a vossa merce os reditos Iie do seu dinheiro lhos de ainda que eu
cuido deixe hordern para quc se lhe pagaceni ein trigo da Junqucira nias não se llie
devia de dar depois que eii cá estou; vay o escrito de Francisco Pereira para que vossa
merce desconte esta quantia a sua May quando lhe acabar de satisfazer que he o ja
teinpo; Por Iiora iliio me lembra mais que ficar as hordei~sde vossa rnerce a que111
Deos goarde. Mazagão 5 de setembro de 694.
Se o inforinador Diogo Pinto pedir a vossa Inerce alguiii dinheiro para liuma
habilitação// [222v0] de Luis Cioincs vossa inerce lhe de todo riecessario que com
recibo seu o pode ineter na lilinha conta.
O que se acrecenta vay h margem. Este ouvidos que aqui está lie o letrado e dis
que Ayres tem inuita justiça para pedir ao rencleiro estes XOS reis que avançava ria
coinenda, vossa merce Ia se infortilará deste negocio e se não iivcr muita justiça não
quero demandas.
Pois o dito ouvidos que pode valler e lie necessaria.
A Manuel Ferreirsi Ferrão pagará vossa rnerce dois rollos de tabaco que me man-
dou.
O filho de Silverio da Silva 111e rnanda dizer em carta de meu pririio Fr.
Hieronimo que aclio que seu pay que não esta pago da corneilda que he huma galante
couza, que lhe inaiide eu paga6 e que o rendeiro llie não dera nada be necessario
averiguar isso porque eu creyo que he ignorancia do rapaz//[223]

Carta para Belchior de Torres


em 11 de Setembro de 694

Recebo a de vossa nlerce de 30 do passado, e sinto ver nella todos os seus tra-
balhos mas coino estes iiaserâo para os homens hé necessario paciencia para os levar.
e vallor para os sofrer, e a vossa merce o por Deos tão dotado deste que me parece
desnececario aceiitallo, vejo tão bein que vossa inerce não recebe0 as minhas cartas
não me espanta porque as via conio são de inimigos iião podem ser sertas.
Tocante aos alarves como o Baxa esteja de acordo que se não haiide dar mais que
tres por tres não teinos que falar niais neste particular. A Rezulução que vossa merce
tem toinado de se não cortar lie inui necessaria porque como a importancia do corte
hade sahir de esmollas, essas não pode vossa merce saber a quanto chegarão, e S.
Majestade que Deos goarde ainda que deseje muito ver a vossa merce livre, e tenha
obrigação de acudir aos seus vassallos captivos (principal aos que os servem) não hé
obrigado a dar todo o que se lhe pede, principalmente quando he com tanta exurbi-
taiicia, coino vejo o que me tem proposto Lage Abraham Buraber, porque nem lá
lionra de S. Majestade lhe esta bem que os seus inimigos lhe ponh5o leys neiii d nossa
Religião meter tantos cabedais nas inãos dos nossos inimigos, e aflitos só se deve dar
o justo vallor da pessoa que se deve resgatar, e lie isto tanto assim que já houve Rey
nosso que deixou inorrer lium irinfio seu lia escravidão por não faltar u estes dois pon-
tos tão políticos e necessários, e o mesnio irmão lhe aconselhou de Marrocos onde
estava cativo. Eu teiil~odeclarado a este homem tudo isto, e dizendo llie que vossa
nlcrce ]ic hLinlsoldado de fortuna, qrie subio a esse posto pello seu valor que não tem
bt.11~Iicl~h~iils
de rais. nem cazas, que sempre vive0 só do que lhe dava E1 Rey, que
inu[her. e filhas estavão vivendo de esrnollas ein Lixboa entregues a 11um criado
rueil que he Manuel de Silva, que o posto para Vossa merce Ilia níio era inais que
de eo\rerIlar até 150 igual a capitatn de infantaria que o titiilo de governador 1150 116
o que e1les cilidjo. que este se dá a qualquer hoinein que governa fortalezas ainda
Iliuit« peqirenas, que esta verdade liade achar eiil todas as informaçoiils que tirar, e
assitil que se elle não trazia liordem para moderar o preço, eu a não tinlla de dar mais
de tres mil pntacas e que sobre ellas só podia dar algunia esniolla minlia aqiiillo a que
p&ce clirgar a minha possibilidade, e que isto liera dar ainda mais do que vossa
nierce valla só pella compaxão de o 1150 ver nesse cativeiro coin tanta idade isto pode
\,assa merce reprerentar ao Baxa, quc coiilo he de tanta rezão creyo se acoinodará
com ella. e adevirto que as tres inil patacas s80 por vossa merce e seu filho, e que
daqui se n5o hade passar hi1il-i real inais.
Este hoinein de tudo sito lá conta a el Rey de Meqiiines e dis inaiida buscar para
passar a licenca para o que lhe marido vir navio que estari aqui para Outubro Iá creyo
se itj~istarámelhor este negocio porque lá poderá tomar melhores noticias do pouco
que vossa merce tem.
No que toca i s fragatas hirem por respeito de vossa inerce à costa de Salle te111
pouca rezão para o cuidare111 assim, porque farão por se reprezentar a E1 Rey N.
Senhor a quem inelhor guardaria as suas costas assim, porque for50 por se rcprezen-
tar a El Rey N. Senhor a quein melhor guardaria as suas costas assim e juntamente
niaiidou outras para o estrito para as fragattas de Argel
O Religiozo aqui chegou a falar coilljgo ]nas nào esteve mais qiie hnina hora, logo
tornou para Azamor senti muito vello tosliar e as novas quc tne deu de vossa merce
e da sua pouca saude.
O portador que vay coin cartas deste Talbe eiitrcgará a vossa inerce 30 pataccas,
20 para vossa merce, 6 para hurn Manuel de Souza Roiz, e li~iincorilpaiiheiro se0
duas para João Venode, e as outras duas para Josepli Roiz Lima c0111 inais cimo que
agora ine dão aqui para lhe mandar coin que í'azein por todas 35 ahi vão alglimas car-
tas de cativos ein que dizem Ilie iiiandão alguinas patacas, e roupa iilas liada se me
eiltregou. A justificaçiio que vossa mercc me diz ja 1x5 nluito tempo //[223v" que 1113
tenho inaiidado, a todos os cativos mando muitos recados, e quereri Deos qiie por
este cnniinho por onde se trata este resgatte de vossa merce se abra para todos, elle
goarde a vossa nlerce com dezejo Mazagão I I de setembro de 694.
Dois alfanges muito bons mando nesta occazião a E1 Rey de Maquiliez que ine
tinha mandado encomeildar estimarey Ilie conreriteiii e que disto tire vossa merce e
os mais cativos o boi11 tratamento que lhe dezejo //[224]
Ceguro que se Passou ao alfaqueque
em 27 de Outubro de 94

jono de Sultlaiiliíi ctc.


DOU scgiiri) n o 111ciui.o I-lainette Benarcliie ilorileado pello alcaide de Azainor por
atfaquequc para iiodci ctitrai c saliir na dita praça cti.111 cargas ou sei11 ellas vilido
pella praya c0111 briiidciia Icvaiitndu c para siia segiitai~çaIlie inandei passar este
seguro por iniiii tissiiiado dito tiia ines e iiiiiio. //[224v0]

Conta que deo o almoxarife Juse Guterre do trigo que se tem mettido do con-
trato e the oje priemiro de Novembro de 694 e foi com certidão de seo envia-
do Nuno Alvares do Couto.

No prilncii'o aiiiio do scu coiiti.eti) meteu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .I 04liiioios


que prirti 19; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . S . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . I.600 ,
rica ci dcvcr . . . . . . . . . . . . . . 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ,548 iiioios
No scguiitlo ai10 tio scu coiitrato ii~ctcu. . . . . . . . . . . . . . . . . ,2232 . iliciios 34
para ris iiiil c sciscciiios iiicleii clemais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..I 6
iilelcu cic iziiiis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .632
. ~iioios74
de que ribatitlos os . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .558 . . inoios 34
Reste a dever para o segiiiitlo :inii» . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .73 i~ioios33 114
No terceiro at1iio qiie priiiicil~ir)110 primeiro de jiillio rle 94 c hadc Fiiidar ein o
dito clia de 95 clcllc tem iilctitlo por conta clclle ttic o dia prczeiite 662 moios 33 114
para os iiioleiros I O 000 clcvc . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 937 . . moios 4 314
Abritciiilo çc Ihc dcstri clivitla os . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .73 . moios 112
resta para iiitcii~areste uiiiiri :i dcvcr . . . . . . . . . . . . . . . . . . .,864 inoios 3 1 112
Dcvo iniiis par;i o cliic se gasta cleiiiais tlos 1600 i~ioycispella despczii clue esta
feita eili cada ~iiiiirimcltcr hX inoios
que c111Ires aiii~oss5o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..L04 iiioios
que com os . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .,864 . iiioios 3 1
rcsta a devor parn iiitcirar este alino . . . . . . . . . . . . . . . . . .I 068 ~iioios3 1 -IV
restou s6 a rlcvci . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..793 . inciios 44 //[225]
Lugar tlc Ilsli.cmac1cii.o cslh a pique a csc civczar pcllo eiiia.ticii.aiiieiitoporqiie
fiizeiicloci por Iiortlcm tlo giivcri~acloi-c cnjiitio da Scvaclicira o fez clc paos tLc piiilio
c cstiíci podres tanto quc sc Ilic odc tirar [i lellici por ilciltro por 1150 aves porqc~ciriali-
clar por siina clo cnii~iadciraiiiciito,logo sei11 111:lis avim o maiido destelliar por sc 1150
pcrdcr ~clliacllc iiiciizclo rcciillicr as trrivcs ptirn se coilccrtrir a se11teiupo; Ao mesi110
a cliiem ela Sevaclicirti sc tinha tlilo se se tiraria a tcllia c rcspíindeo se separasse o
ei~iiiindeirsimctl(osciirlo o rcpuro cluc por ter Iic l~rezciitciiovo.
Ajurla do csircii~etlcire)coiii a íigoo, passada e qiiebrar lia pedasso coiiza tle pouca
suslancia nBo sc Ilic acudio l~orqiicus agoiis iião dão lugar, c cin o dando se Ilie acu-
clircio.
A caza tla çonclcssa ii3o te111 mriis clai~ii'icasãocluc estar coiuicla huiiia verga de
pao; sobre o portal está feita huma dc pedra para se Ilie meter, c outra no lagar que
taiiibe~ilhera de pao, e corti o tempo está incapas de servir. Nào foi por diante que
ficou o treslado eni Lixboa.

Carta para Bernardo Pereira de Moira

Esta disgraça de que vossa tiierce se queixa foi por iiiirii a riiayor pois a mais de 2 anos
me faltam novas suas c dou muitas grdssas a Deos de mas trazer agora e boas que ainda
que nesta que recebi de 18 de Novembro me dis vossa merce tem passado com algliis
achaq~iesda sua gotta os iweciios passados o bom he acordar em pé e estar agora melhor
eu tanibérn tive ca ~iieuscainarços, porem agora (grasas a Deos) ando bem e Ayres que
manda iiiuitos recados a vossa ilierce. 1/[225v"]
Veyo a corita que vossa iiierce inaiidoii das couzas da coinenda, e dos rendinieiitos, e
a nossa, e tudo estás com a verdade que eu seiiipre experiineiitei c111 vossa merce só na
duvida que vossa inei-ce tem de que sei~ãodeviti remeter o escrito da divida na conta,
segu~idoa minha Iembraiiça, pareseiiie se meteo tudo, e biisquc vossa merce a carta e coiita
qiie Ilie foy com os inachos e liteira e nella achará esta clarcm que se eu estivera ria
J~inq~ieii-a liera logo a vossa merce porque tudo dcichei em tiicinoria c q~iatidoisto não
basta a inini inc falta já pouco tenipo para acabar este governo se Deos iiie levar a saiva-
mcnto clcrpessa nos veremos iiessas partes onde sc ajustará a tudo, cluaiido este senhor
dispoillia outra coiizu a conciericia de vossa mercc hc tio christão que sc ajustari a tudo o
que for verdade, eiitsetaiito pesso a vossa nierce seii,5o descuide coin o que lhe pedir
Antonio de Oliveira tocame a esta coiiieiida assim nas cobranças, coino no reparo deIla
porclue lhe meresso toda a deiiiostraçâo neste partic~ilare quando iiio possa lá chegar inail-
darb pessoa de toda a satisfação, e verdade, e setiipre os gastos que puzer Iie certo saii.ão
das inesmas reiidas.
A frlita que vossa inerce tinha teiição de mandar fora iiiuito boa pella grandissiiiia falta
que lia della nesta terra, inas nâo devia poder fazersellie avizo coni que farciilos abstinen-
cia assim deste como das mais couzas eniquaiito não cliegarnios a essa terra; tainbem
necessitava iiiiiito de liuma pipa do seu vinlio escolliido em Ilie chegando esta ine fará
favor de //[22ú] mandar por na Jiriiqrieira donde lhe liiriio os quartos, e se forem duas ó três
taiiihem lhas aceitará porque lhe afirino a vossa merce que nfio lia melhor couza no inundo
porque do que trouxe de lá ainda me durio liiuis fiascos tão fino e mais do que quero saliio
de sua caza, e lia iiiiiito teriipo que se não dis niissa nesta terra senão coni elle por se acabar,
todo o mais e o vallor delle pagará Aiitónio de Oliveira eiii Lixboa a qiiein vossa iiierce
inandrir por ciija via vay esta carta e pella iaesiiia ine reineter6 vossa merce, e ine de iiierce
eiu que o sirva poi-cliie iiie tem inuito i s suas ordens. Deos goarde a vossa merce. Mazagiio
3 de Janeiro de 695. // [226vU]

Carta para Antonio de Oliveira


Cliegoii o pataxo ein poucos dias ainda que com muitos perigos iielle recebi a de
vossa iiierce que estimei miiito ainda que com sentinieiito de ver que vossa iiierce se
queixa de falta de saude porque lhe dezejo m~iitaa nossa agora iiiio 116 má (bendito
Deos) elle por sua tnizericordia nolla coiicerve até por veriiios vivos das inconstan-
cias de mar, e das turinentas, e expediçoins dessa terra que sào aiiida peyores
A c:ii.:lvella aliida n,'lo clicgoii C bein sitito a sila tarhilça porque sei perderi&)
lodos 11s relicscos qiic iiclla viiilião. Folgo que vossa illerce telilu satisfeito a ~~~~~~l
L o ~ c zdíi lavra cuni 0s frutos deste aiilio por nos verillos livres dessa poiltada, e
tamhctii li20 CSI~III:II.CY 170LICO (111e VOSS:I Ilierce livre a coiiidessa de Soure. A Alltónia
Maiiqo cscrcvci sobrc c) pngaiiicnto de vossii merce e seilicoiiido ao Colide da
~ a ~ l a l l h ~ci rni L
i l l i ~dc I'alclciI'a. O seu vaiior nâo são por miillla conta senão de huns
cavaleiros iile d:io c6 O d~rilieirodo seu custo e do que rizcrelll ate se porem aqui.
FoI&o í1Ue VoSSLl iilCi.CC tciiha avcrigiindo os ilegocios da Coilldessa da Savatheira, e
as ciistíis d c \ h heiii scrií llt'io clcscuitlar com Jogo Ant~lileçde Mattos que está já illui~o
velho c Lciii nliiitíis coiilíis coiii oiitros.
Dc Beriiardiiio Ci«iicavcl: tive a carta, e contas iiicluzaç pareceln e que em tudo o
que dis te111 i'cr'i0 c vcissíi iilcrcc veri lia memoria que Ilie deicllei se dizeill estas divi-
das sua e de Silvcri0 Silva coii~as qiie2"dis na carta, veja vossa lnerce a rniilha
reposta e iiic h s s a dis lia ciirlu, iilercc de lha reineter logo e pareciarl~erllelhor que
aos erdciros de Silverio da Silva tocace ii cobiaiiqa que se Ilie dei1 por vossa iiierce
cscuzar cssa deiii~iiidavcj:i vossa incrcc coinci pode coinpor isso, e se pode botar esta
carga rosa de si, c veja t:iinbcm se pode iiieter a Bernardo a que se obrigue a fazer
esta cobraiic;a IA cciriio cllc diz; cii 1112271 lhe emcomendo os iiegocios da coindessa
líorclue mc ptircsia iiiclfior camiiilici este qiie Fra~iciscoGoiiçalvcs Ferras porque este
esl8 j 4 velho c tem í'illios inuito iiiossos coilztuclo vossa iiierce lhe pode reconieridar
scrriprc tudo i> íliie ia. se fizer I:c~zcil~Io coilfi~iiçadelle, e que lhe de avizo do que se
raz por aos ccicncrtos sa coiiidcssa scilipre Iie ileccessario acudis, e a riào deicliar
toii~iirposse aos li.uclcs dii clucbro da agiia do Iiigar isto pode compor Beriiardo
Cioiicalvcz ctitii o L>. I'ricir cliic Iie scii aiiiigo se iòr iiecessario
Folgo que vossi1 iiicrcc cstc.ja coiiio capitam inor de Soiire boili camiilho hc ser
seu pracurador porn cluc ellc iclilia cuidtido do que tocn à comdessa eu lhe escrevo a
incluzii coiilo vossa iiicrcc me cliz LIS clciiiaiidas de Castro lt~boreirosempre as recebi
ilias j B iigoi'a tiiío pocic dciclinr de ser, se eu ainda chegar a tempo verei se posso coni-
por isso e sc a scnteiiçn elo iiiorgado tivera saiclo mais scdo poderá ser escuLar,i eu
estrotllas dcinandas, 11e serto qirc os i~ieiiistrosacliiirião mais rezois; A Diogo de
Mci~cloiiça,purquc sc 11% iivi8o de qiierer meter ilo inferno por amor delle porem não
sc inc tira ela cabeça íllle a iiiiliiza aiizeiicia foi graiirle falta se os elilbargos se pud-
cr8o dclcr iitc que cii v6 j~ode1'5airida ser que Iwja alguma volta. No que toca a D.
Pliilipa Csilaiiho bem Loiilaru se desviara o liir para a Juiiqueira porque he tão
clcs~~o~ioxilail~i c01110 vossa iiicrcc sabe, e 11slcle brigar logo coin SabastiaiiiValeiite, e
iia mulhcr rjuc taiiibem tem sua coiidiqiío aliciii de levar duas ilegras e huiiia mullata
mossas acii~dcestão Ires moiros mossos, e inais algurna gente solteira que em tudo ha
perigc, ur,c vossa incrcc de tocla a clcstreza que puder para a desviar por iiie fazer
lllcrcc c loilli\ra eu jd que cwara por i ~ i cliviar do que me hade precegliir com as
suas tlcma~idas.
(>()o$reis 1' 0 porto de Mariallila iiic fiir6 vossa incrce mercê depozitar a parte
porc-uc tc11l.i~~cilçtiodc 110s Iiir ajuntando para o seu dotte, e assi111 o mais que se ror
cabrnnclu '[esta tcllçfi. Do que vossa mcrce vay c0bElild~lileu llã0 te111 necessidade
lme dar collla clunntlo ror a vcrciilos toda julltn qiie j& 0 telllpo breve. //f227vn1
O iil~lllorial ele Josepll da Giicrra c111 que vossa illerce me pede o favoressa o
iiiodo com que o pude fazer foy dar lhe liceiiça para hir por soldado para IA negociar
oss eus papeis quando iiiio possa fazer tornari a voltar duzentos e noventa e tres niil
diizentos e siiicoenta paço ein liiima letra a vossa inerce a pagar ao padre Aiitoliio
Pinto porque o contratador nie terii posto em cerco seri1 me iiiaiidar cB dinheiro nem
o dar IA a vossa inerce creyo me darão ainda niais algum aqui o porei na carta porque
de t~icloiiecessito. 11[228]

Carta para Diogo Pinto


feita em 26 de Fevreiro de 95

Tenlio respondido a vossa merce iio pataxo, e lia caravella que aqui veyo do
Algarve com trigo, e foy para Setuval, a tudo o quc vossa merce iiie tinlia escrito eiii
liumas coiitras e~ilbarcaçoiiis,e assim só tratarcy ncsta cle alguiiias couzas inais iie-
cessarias pello risco de terem cliegado as passadas. Nesta caravella dos nove mi-
Ilieiros de sellia que vossa inerce embarcou não clicgarBo inais de seis, por se alijar
Iiuiil ao iiiar; e vir iiiuita parte dellas qiiebradas por serem de ta1 cnlidade qiie eiii liuin
asopro cle desfazem, ca pede Aiitoiiio da Foiiscca o inillieiro que vossa riierce me diz
lia sua carta lhe eiiibarcou porem não veiil com justiSicação de l i para se llie entre-
garcin viiido se lhe darão as quc lhe tocareiii, ciitrctanto ine liirey serviiido clellas para
as obras delRey, que siío iiiuito iiecessarias. Tarnbeiii não parece sezão enibarcar tanta
couza, e deixar l i o que 1ié necessario para E1 Rey, se iião veja vossa iiierce coiil
poderes reiiiediar coin seis duzias de taboas qiic se carrcgsirão, 150 diizias que heide
mister c teiiho pedido; a caravelliiilia que cstava para liir buscar este tabonclo vau ao
Algsirvc por 1110 pcclir este povo, e ver cu a ii~izeriadelle para trazer os gcneros que
Ilie í'altão; iiella mando vir 10 inillieiros de telha por conta de1 Rey N. Seiihoi; e pas-
sar letra ao tliezoureiro inor qiie vossa merce Sai6 IIí pagar as ripas ctiegarâo ein paz,
c essas sáci iiiciios iiecessarias que tiiclo, assiiii que não veiilia inais inas o taboado
venlin ria pritiieira occnzião por 1160 ficarem os seleiros, e ai.m~izeiissein se ac:ibarem.
Os pedreiros espero que veiihiio, em todo cazo, e se puder ser os Iadrilhaclores.
Tambein vossa merce ine iião falla lias iiltimas que iiie escrcveo //[22Xv"] iio retabu-
10, c por carta de Pascaal Rodrigucz vejo iião estar iiacla ajustiido na reposta veri
vossa merce o que Ilie digo, vossa iiiercc Ilia de, c ajuste, c boiu seni que seja em
prczcnça do viziiilio a quem taiubeiii escrevo stihrc cste particul:ir
Veiilião tai1ibeii-i os frascos quc faltão que s5io muito iieccssarios; c as repostas das
minhas cartas que te11110 pedido por mil vezes.
Do erro da coiiia CIO trigo foy satisf~içãoila primeira ciiibarcaçiio a outra rcvi c i ~
( o que iiâo pude fazer lia primeira por se me dar lia 1ioi.a ein que dava as cartas) e
creyo lido hirb erro iiella. O que falta da comciiiação d o trigo para poiivcr a praça
parccia qiie hera obrigado a mete110 o contratador inas como E1 Iiey acha que o hé
iião quero hzcrllie esse mal ~iiaiidasesatisk~zervenha pcll~ivia qiie vicc
Na queixa que vossa iiicrcc diz se faz li6 da repartição do ~rigo,roupas, c dinliciro,
m c parccc dizer a vossa iiierce que iio qiie toca ao trigo se reparte como se rcparlio
seinpre, o que fby diante de iniin. As roupas lambem me aprece se não rcapiiirão
iiuiica coiii mais igualdade, do que com rez5.o sc podeiii queixar Iie clc qiie ao rece-
ber, e medir dellas a ~ L I cri C nfio assistir neiii sou obrigado, se tirarão alg~~inasqLle se
reparliriio ii-ial, de C ~ L Io~ alinoxarife dar6 conta a quein o concelltio que tillha &ri-
g a ~ ã ode o evitar o que se sabcri a seu tempo, e verá El Rey de quem fia as suas
fazelidas; que eu o que poço fizer lie dar lhe conta do que convein ao seu serviço.
No que toca ao diiiliciro ainda agora Iiaverá mais queixas, e corn mais alguina
rezão iiiío por ser mal repartido, senão por se fazer 1/[229] agora com iiiais exacção
o s pagaiileiilos do que os passado, porque 110s que sc fizerão no tempo de Sebastiaii
d a Costa houve algiima oniissãa, c se piigar,? algumas teriças que lião cabião c0111 que
veyo a despetidai o almoxarii'e de diiihciro mais do sei1 recebimento, mais de 200$
reis como se maiidarh niostrar clnraiiiciitc, erro que lhe eu achey depois que elle se
foy reveiido as eni i-iiiiilia caza, e como agora se deixão de pagar muitas, e se cobrão
de alguns que as tiilliã« recebi 10 seiii cabimeiito, o estraiihho milita, declaro a vossa
merce tudo isto pani qlic diga IA estas rczoiiis, oiivindo falar nesto que vossa inerce
farB por explicar bein; liias ainda que as tciiças í'iclueiil sein diiilieiro todas te111 cabi-
mento rio solda porque c0111elle btistava coiiiciiiação para tudo, e a rezão porque falta
este clitiheiro teiili« riado a E1 Rey N. Scnlior Iii inuitos tempos, e l ~ huina
e das couzas
dc que peço reposta a vossa inerce, vciii a ser pellos ordenados que S. Majestade
manda dar dai t~clisiheiro aci Vcdor Geral, c alinoxarife, e ajudaiite ciigcnheiro, Padre
Amtoiiio Brax, ~iiissioiiiirios,e obras, e IiC força que esta quantia que se tira do terço
do diiilieiro liacle [altar iicçc, c sobrar nas roupas, eu tenho reprezentaclo a e1 Rey que,
o o manda dnr pcla caza clc C'euta, o iilandc ao coiitador que o iiietade inais, c logo
todos Sicarão snlisrcilos; vossa iiicrces devem fazer este requeriinento com todo o
cuidado, eale capitulo scrvc piira que todos tciilião coiiliecimeiito clelle, e saibão o que
haiide responder iiesle particultir, lios liora iião lia iiiais de que avizar ate a viiida do
pataxo cluc espero ccrlo coili os c:ivallos,
Deos goarcle a vossa iiicrcc como clezcjo. Maziigão 24 de Fevereiro de G95

Obras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .400$
..
Veclorgeral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .120s
.
Alnioxarifc . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .100$
..
Missioi~tírios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
O Paclrc Antoiíio Brax . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .35$ ..
Eiigeiilieiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ,110s
..
Siia os que lia do tcrqo do diiiliciro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..866$ II[229v1']

Carta para Manuel Lopez Medina

Sciílíos incu hQ poucos cliíis que partio clciqiii a caravella que veyo de Vila Nova
c0111 pao iiclla ine I'nlroii carta clc vossa iiicrcc. Sein eiubargo diso lhe escrevi por rne
proiiict~ro IIICSI~C fazcr cliligci~ciaspor toiiiar alguiii por clessc Reino nella respoiide
h de vossa nlercc ~ L I Clivç de 21 dc Sctclilbro por Lixboa elle repelia a petissão de
~LIC maiidacc en1br7rc~çn0COM OS gciieros que tinhti pcdiclo, porein depois disso iile
rcprezenlou cslc povo R iiluilsi ~iecessicladequc tililia, pellos seus procuradores,
pecliiidome maiiclacc a caravella de scrviço desta praça, o que Ilie cocsiedi sein embar-
go de ine ser bem neccssario inaiidallo a Lixboa :I btiscar outras couzas cle tiiiiibem
lia bem necessidade, c ella tambciil tinha de muitas couzas que por cauza das arrib-
adas passadas (lhe fàltão) coilio Ia dirá o mestre (tudo rliianto nella se piider rcmedi-
ar coiii coiiicididade da F~izeiidatlel Rey para a sua volta o iiiande vossa nierce fazer,
e inaiitle nell:i ao inenos 10 inilheiros de telha) se puder ser mais inelhor) por coiita
do dito senhor, e de Iiiima e outra couza passarh coilhecimento sobrc o tliezoureiro
mor <Ia caza de Ce~itaa queiii escrevo para fazer este pagaiiieiito juntaiiieilte ao dito
conde da Casta~iheira,os inais fornecimentos de niaiitimentos para s~istciitoda gente
ate esta praça corre por conta de vossa iilerce na forina que tenlio ajustado com os
procuradores, e pella miiilia a arrecadaçgo da fazenda cle vossa iiierce nos pagatilen-
tos que se forem fazendo, a brevidade com que vossa iiierce a deve despachar he sua
coiiveniencia e iiiais nossa, e digai~ievossa inerce o custo da telha, e cal, e se ha
taboado quando for iiiais conveniente que ern Lixboa poderá ser qua torne a iiiandar
carregar alii; passarido letra na riicsina forina sobre que escreve0 a Lixboa cujas car-
tas leva o iiiestre 1/[230] em Iiiim saco para ciitrcgar ao bispo para que por htiiii pro-
11rio as re~iietacoin toda a brevidade, e quando o dito bispo não esteja nessa terra
vossa iiiercc por siia conta esta diligencin qtie o secretario de estado mandar8 Ia pagar
o proprici, se a caravella puclcr esperar por ella, se for, e vier em 10 dias como enteii-
do Solgarey muito ine venhão as repostas iiella quailclo não volte logo que a inayor
brevidiide Iie o que inais nos convem. Para 1iiin1ine fiirá vossa merce merce mandar
o quc vay na mesma incliiza para o que vay essa letra que vossa inerce iiiaiidará a
quein diz, qiie logo ser8 paga lia rilesma Iiora que cliegc, se o qtie mando buscar pas-
sar desta coiita satisfarey ao Padre Silva, o niaiidarey letra clo avanço a Lixboa ao
rilesma o a queiil ao qiial j6 tenho passado oiitsas para vossa merce que espero tenlio
experiinentado a stia politualidade.
Quando vossa iiierce não queira arriscar tanto quaiito se lhe pede iicsta caravella,
e qiieirn que venha alguma couza por minha conta, por não faltar a este povo o
Iiavei.ey poi- bem, e da iiuportaiicia conl avim de vossa merce passarey credito ria
~nesiiiaforina. Por liora 1120 se uffiece iiiais; fico para o que prestar as Iiordens de
vossa inercc a qlieni Deos goarde Mazagão 26 de Fevereiro de 695

Memoria d o que se pedio a Manuel Lopes Medina

Galiiihas todas as qtie p~idertrazcr a caravela e comer para ella com mais dois
alqueires de millio ineudo.
Algiini pexe seco a mayor parte clelle de Icngoados arrisciados
Duas caxas de laraii.jas da China que liade dai o bispo cluaiido elle não esteja alii
se coiiiprem outra que vai veiilia de liniois azedos c Iiouver doces taiiibem se esti-
iiiarão/I[23Ov"]
Mais 11~111barril que vay para iizeite clieyo delle o ~iicll~or
que Iiouver
r o vay cheio de vinlio tambein o iiiellior para a minlia ineza
O ~ ~ t que
Oiitro peqiieiio cheyo de agua ardente boa e o mais pcqucno dc coelhos graiides
c peqiiciios enterados ein azeite boin advertindo que se não inetta iieiiliiim que tiiilia
iliao clieyro.
Duas pipas de cur\ào escolliiiio c b~iilip,iru ( I ~jti.iI \e iuiit,ir,i infiir111~1qio ci3111
hum pedreiro para que seja do cl~ic.culdcyu iiicllior. Sr. piidcr ;i c,iiL~tcli,i Ir,l/cr ,~Igtii~,
carneiros venhão a s que ~ ~ i i d e ~te~ndii:Ii hortaltqu qtic piirier \ ir priiicip:iliiiriitl- ahti-
boras carneiras e sebolliis eni caiitid:iiir..
Se houver alguns bezerros \erili5o quatro c ct. I-ioti\crccrrd;iri)i-, c ce ho~l\ili
vaquettas boas venhão qiiutro iiii seis.
Tenha toda a que puder ir sc fiir dc oli\itira niellitir.
Huma ceyra de bons figos e outra de bom p a ~ c c.. l i i i i i ~ uct.jr,i de iinicn(iod3 c
de tudo venha recibo e memoria do contra inestrc u qiicrn \i. h3de r.ntreg,ir 13to. [23 I
em branco] i/ [23 1v" em branco] [232] i

Sam 67$
Belchior de Meirelles a ordem de Maria da Siltii de JoZo Fr,uicihco nic3ti.c
pedreiro já morto que he hum dos que estam no Rol que \ci\sa n1c.rc.c tcnl assinado
por minha mão mandará vossa rneree dar sesenta L' sete mil reis deste jant.int que
vem a dois annos em duas pagas de seis meses cada Iiuina dos qiitiis tiissa merce Ihc
pacara escrito de obrigação para emquanto lho nZcr satishs na forniu qiie tt.mui cctns-
tado. Junqueira 15 de Agosto de 1678. Pagou hfeircles.

Senhor Belchior de Meireles. Sain 98$360


A ordem de Mateus Joaquim mestre carapintriro com ordem de seu pii Baltdllir
Jacome Jamosto que he hum dos que estam no rol que wssa 1ni.rc.r. tem asiiii de por
minha mão mandara vossa merce dar 98S350 r5 em 7 papas seis mezes cada hiimí de
dia de S. Joâo que de 679 a 2 annos que lie a forma que ternos ajustado lhe pacard
escrito em que se obriga a esta satisfação a seu tempo porquanto me de fia todo5 uc
que tenho de obrigação de minha may a senhora D. Iz~belda Silta de meu irrnao o
senhor Luiz de Saldanha de Albuquerque. Junqueira 30 de oitubro de 1678

sam 100$
Pero Belchior de Meirelles a ordem do senhor PhiIipe da S i l a~ wii~dara a \ ossu
merce erntregar deste dia de S. Joâo que embora \ira de 679 a dois annos sem mil
reis que são da divida de Senhora Natalia França que he hunri das do rol que \-assa
merce se obrigo a pagar: os quais serão em 2 pagamentos sincoenta e tal dia, e os
otros dahi a seis mezes como temos acertado lhe paçara escrito de obrigaçiio ao pi.
deste de fazer este pagamento ao tal tempo, e pesso defesa para \assa merce que tudo
o fazer que lhe puder fazer o passa porque o estimarei por ser 1 [232kU]dos mais per-
sizos e a quem e u dezejo mais satisfazer. Junqueira 9 de Novembro de 1678

Senhor Belchior de Meirelles sam 1.1945


A ordem do senhor Gregorio Gonçal\-resmandara trossa merce entregar deste dia
de S. João que vem seiscentos he sento e iio1.e a dois annos hum conto e sento r
noventa e quatro mil reis que lhe ficarain devendo meos irmãos que Deos teni o sen-
hor Antonio Francisco e o senhor Luis de Saldanl~ae he huma das dividas do rol que
vossa merce se obrigou a pagar com declaração que ade ser este pagamento em pagas
de seis em seis mil os primeiros tres pagamentos de sincoenta mil reis cadi hum os
niais ao seu inteiro p:iç:imcrito de 5~111~ n i l L ' O ~ I ~tL~~ i n ~ajustado,
t, e lhe paçara
escrito ao pe deste dc obriguç5o ncstti fòrmn para tempo lhe dar satisfação e
coin este Ilie serai-i-i levados ciii conta n:i clLie a\ristarnios Junqiieira 2 de Noveinbro
1678

Senhor Belcliior ivleirelles sani 40S601)


Hordein do seiihor Aglistinho Ferreira inadiiar6 1ossa merce dar deste jaiieiro que
vem de 1679 a tres anos 405 reis cliic sarn prosedidos de hunia seiiteiisa que contra
ineu irnião que dis teiii o seiihor Luis de Saldanha de Albuqiierq~ie~ I C ~ ~ ÇD.O U
Jonnna de Menezes inoltier que foi de D. Jorge Masquarciihas que suposto não esta
no rol que dei n vossa iiierce he a que Ilie dise de palavra e~iicoritraiido,e ilie paçara
escrito de obrigação ao pi- clestc de a seu tempo Ilie fazer este piigamento porquanto
vossa merce iileii poder ficão os auttos e tudo o favor que vossa merce lhe fizer neste
pagainerito lhe agradeserei. Junqueira 17 de No\~embrode 1677 11[233]

Senlior Belcliior de hlcirelles sain 109SJ.40


X ordem do mestre hlnthias Iioir iiiandara vossa merce entregar deste dia a S.
Joiio qLie veni de 679 a dois zinnos sento e nove mil e quatroseiitos e sincoenta que
lhe ficou deveridu rneu iriiião qiie Deos tem o seiihor Luiz de Saldanha de
Albuquerque que he liunia das dividiis do rol que Lossa merce se obrigou a pagar com
declaraçào que ade ser este pagai-iiento em 2 pagas de G meses cada huma corno
teiilos ajustado e lhe paçara vossa tiierce escrito de obrigação ao pé deste para a seli
teinpo llie farer ernteiro pagamento e com este lhe serão levados em conta no que
ajiistareiiios hoje 27 de No\eiiibrci 678.

Senlior Belcliior de Meirelles sai11 60OS


A ordeln do scnlior Antonio de Crabto Giiiiarans ii-iandara vossa merce entregar
deste dia de S. João que veni de 1679 a 2 annos sissentos mil reis que meo irin,lo que
Deos tem ficou devendo a Jeroniiiio Nunez da Costa em Olanda cujo procurador elle
l-ie e ficou declarado no testamento e huina das dividas do rol que vossa nierce se
obrigou a pagar com declaraçào que ade ser este pagamento em pagas de seis em seiz
mczes, os primeiros quatro pagamento de sincoeiita mil reis cada huin os mais até seu
inteiro pagamento de sein inil reis cada huni como temos aucertado que llie paçará
escrito ao se deste de obrigação nesta forma, para a seu tempo lhe dar inteira satis-
fação, e coni este Ilie seram levados ein conta no que avistarinos Junqueira 11 d e
Dezembro 1678 11[233vu]

Senhor Belchior de Meirelles sào 270s


A ordem do senlior Agostiiilio Velho iiiandar vossa merce entregar deste dia de S.
João que vem de mil setesentos, e seteiita e nove a dous aiiiios dusentos e setenta mil
reis que ineo irmão que Deos tein o senlior Luis de Saldaiilia Albuquerque, llie ficou
desevendo, c deixou declarado em seo testamento lhe pagasse, e Iie Iiuma da divida
do tal que vossa merce se obrigou a pagar; com declarasão que ade ser este paga-
mento ein quatro pagas de seis ein seis ineses cada liurna, para as tres de sincoenta
mil reis cada huina e a qiirirta desto como teinos ajustado e lhe passará escrito ao pé
A ordeili de Izabel Pereira iiiandara ine eiitregar de dia de S. Joiio que veiii a liuiii
aiino que he da era de mil e seissentos e outeiita c Ii~imscnto c desaseis mil reis etii
dois pagaii-ientos de siricoeilia c outo iiiil reis cada liuni que veiii a ser o ultimo eii
rialal do dito aniio que tanto lhe Sicou deveiido iiieo irmiio que Dcos tem o seiilior
Luis de Saldailha de Albuq~ieiquea seo iiiarido Doiniiigos Joiio ja dcfiiiito, c he liuina
das dividas que vossa iiierce se obrigou a pagar c Ilie paçarií vossa inercc escrito ao
pe deste obrigaçiio nesta fori~iapara a seo tempo lhe dar satislq~~çáo e como este lhe
serão levados em conta lia que ajustarmos. Juiiqueira e de Julho 679 //[235v0]

Seiihor Belcliior de Meirelles s5o 743$125


A ordeiii do se~ihorFraiicisco Meiides dc Bairos testarneiiteiro clc Martiin
Goiiçalvez do Souto já defiinto ou dc clualqiier outro de testaineiros cliic eleixou iiiaii-
dara vossa merce eiitregar deste dia de janeiro que veiii de seissentos c outentn a dois
anilos setcaentos e qiiareiita e tres inil e sctito c viiite e siiico rcis cliic mco iriiiiio o
seiilior Luis de Salclanlia que Deos teiii Ilie l'icoii clcveiido c coiiit~ipor cscrito seu que
fica em iiieu poder c lhe Iiiima das dividas do rol que vossa iiicrcc se ohriyoii a pagar
ainda que Ilie iiài forno declarados mais quc 5XO$ adc mciião lic de rcditcis veiicidos
com clcclaração que a de ser este pagamcrito em pagas dc seis c111seis iiiczcs a sem
iiiil reis cada pagailiento para o que lhe apsarií vossa iiicrcc escrito ao pc deste ele
obrigaçiio nesta forma pala a seu tempo lhe dar inteira satisliiç5o c com cstc Ilie seiYo
levados eiil coiita wia que ajustariiios. J~inqueirii27 de Setcrnbro de 1679
Por se desfacer esta orcleiii do Meirelles levou procurassão para l>odcr cobrar iio
aliiioxarifacio do Campo ele Ouricliie 150$ atlie scrcm pagos 111) cscrito asiinri e de
ZOO$, e 138$541 que eLi lhe devia com priiicipal e juros de lionze ~iiii~os aclic 22 tlc
Setciiibro de 1683 c coinesarâo a cobrar esta teiiça o niiiio cl~icvcni de 1084 por
cliaiite li[236]

Seiilioi. Belclii«r de Meirelles siio 40093


A ordeiii ao padre prior de S. Domiiigos de Sant~irciiidarti voss:i mcrcc qiiii-
lrosentos iilil reis c como Sorain este pagniiiciito de clia cic S. Soào po diniltc dcsic
aiino de 680, e hum a 100$ cada oi~iiolia Sorina que temos .i~isliidopor ser csl:~divi-
da Iiuiiia das cluc cstiio iio rol dc vossa inercc a qiic esta »hrig;iclo Illc tl:ir cliic ficarao
ele meii irmiio 0 sei~horLuiz de Saldaiiha qiic Dcos tem, c lhe 17asai.hcscrito cin cjiic
se obriga a esta satisfassiio a seo tciupo advirto que o S. Jo50 do ~1111111c I 682 ~ veiisc
o primeiro pagniiiciito. Juiiqiieirn 26 de Março de 168 1 . S5o 400$ /1[23(1v"]

A Grcgorio Cioiiçalvcs se coi~sigiioupara pagaiiicnto clc hiiiii cotltii c scnto c


rioventa e quatro mil reis se coiisiiio~ia coriieiitla clc Savaçlicira q ~ i crciiclc lrczcnlos
c sincoeiiia mil rcis os quais çomesoii a cobrar cstc S. Joiio clcstc prczciitc anno dc
i i i i l c seisseiitos c outenta e tres. Vaicrite //[237]

Carta para Antonio de Oliveira


de 26 de Fevereiro de 1695

I-Ia oito dias escrevi a vossa mcrcc por liuina caravclla cliie prirtio daqui liara
Setuval prometciido ser mais largo nesta, cuictaiido foce em direitura, poreiii a neces-
sidade desta terra iiie obriga a maiidalla ao Algarve, ainda assim respondo iio que 1150
tenlio respondido nc) pataxci, qiie sey he chegado. Sobre Antoiiro Maiiço i120 pagar a
vossa inerce llie respondi jili e pedi ao concle da Castaiihcira o f i ~ c c epagar. creyo o
ter&feito. A re1lac;ão do quc vossa merce teiii pago te11110 visto, neste particular irão
tenlio qtie fallar senâo ir vista que espero enl Deos seja iiiuito sedo para riie ver des-
caiiçado lia ~iiinhaquiiita, e aliviar a vossa inerce de tanto trabalho e teiii tido coiil as
ininhas couzas. A sera sc entregou ainda que teve seu iiautiagio ao deze~iibarcarpor
quebrar o caxrio, e se iilisturou, poreili pella conta que vem bem clara se somará a
apartar. No que toca. nos pagaiiie~itosestou serto que vossa inerce os fará como inais
coinvier; de Jorio da Serveira de Perniz peco a vossa merce antepolilia agora aos
inais, porque lie rezâo se lhe satisfaça jtí D. Plielippa esta beril acoinapaiihsda com os
coiides; iiiuito boiii sena que assiin como ella os hospeda, a Iiospedaceiii elles ein
caza por escuzar de hir para a Juiicliicira. A conta da ciespe~ade trigo passado fica em
meu poder; todos os reparos de vossa iiierce estao Ibons mas esta 1150 se pode
averiguar seiião B vista. Muito bem rendeo a palha, eu bem dezejara acliar a com-
pozição de Antonio da Costa feita, elle teve totla :iculpa de se perder esse dinheiro
d e Coinibra, e o devia pagar toclo, assim porque a deixoii de cobrar ein tempo habil
por oiiiissrio, e por iiie 1130 dar parte, conio por não executar nuiica este rencieii-«
qtiaildo tinha c0111 q ~ i cpagar, dalido-lhe eu todas as hordeiis necessarias para essa
execução, sem que se não clava passada, c que em iiiuitos iiiezcs passados entendia
cu estava tudo cobrado, nie dizia, que nada, e vossa inerce beiil sabe qtre elle tinha
lodos os poderes para cobrar e executiir, e co111o o iião fez , elle he o que devia ter a
perda, c eu lirio devia estar obrigiido; seiiâo //[237v1'] no caso ein qiie fàltace a canti-
dade seguiido a escriturli qiie se fez o se dcsviace a consigtiaç2o a meiios os jiiros
deste dinl.ieiro que elle deixou de cobrai; hera cu obrigado a pagar, como tenlio pago
até agora; dciiiais que teiilio nlgiiiiias suspeitas, e ainda vericiiiiilitlicies que o rendeiro
llie pagava juro nas deiiloras do paganieiito, alleiii de ser peitas qiic sei qlie lhe dava
pello mesmo executar, e cobrava delle huiis juros, e de iilirn outros. e tudo isto me
atrevo a provar, eii1 chegando lá, coin que se vossa niercc se não tem ajustado, com
elle o elle seniio ajustar coili a rcziio, e vossa nierce vendo estas rezoins com liui11
letrado, achsr que teiiios justiça para lhe iiio pagar quaiido elle quer, se defende até
que eu v i coino puder,
Folgo inuito ver o arrcndaineiito qtie vossa merce fez h comenda de lagares, esta
inuito boiii; e ni10 a nleu gosto ficara Maiiiiel Ferreira com ella que seiiipre pagou
bein. O trabailio do Alvcllos he lho iilsofrivcl coino vossa inerce diz;se puder coin-
por coin cllc, aiiicla que lhc faça alguma quita o Fari por nos livrarinos dessa
ri~olestca,e por ter algun~apiedade com elle pellos trabalhos que te111 passado.
N o que Loca ao negocio de Tliumar, e a comcilda da Savacheira tenho respoiidido
n o pataxo, niio teiilio por liora que dizer neste aprticular. O Padre Siiuão Gonçalvez
1130 m e parece estava tão discosifindo na poiica segiirança que cuidava tinha eu 110
dsi. cometida coiiio eiii liirem as procuraçoins por n ~ ã ode vossa mercc
~i~.rendali~ei~to
Seguiido a queixa clue ine f izlia sua carta, jB llie respondi com a satisfaçâo que
ine parecia, Iic liecessario liir tendo paciei~ciacoiii isso.
Sinto muito qLie vossa iiierce se não sirva da Junqueira porqrie cuida Ia havia de
melliorar dos seus acl~aques.Na caravella passey hunia letra de 40$ reis por Aiitoiiio
se lá se perder me fará favor de a pagar por outros tantos ca recebidos. Nesta occa-
zião vay tainbem //[238] liuma letra ao vigario que daqui ioy de que ca me Iiande dar
o dinlieiro vay outra de cem mil reis de couzas que mando b~iscarao Algarve para
rniiil~acaza, que tainbem vossa merce pagará com a pontualidade que custunia e
quando não tenha dinheiro prezenteme~itebasta que seja do primeiro que cobrar,
tirando o de Antonio que lie para o calçado de toda esta caza. Ayres de Saldailha me
escreve que mandara entregar a vossa lnerce os 3$500 cruzados que faltavão para os
doze, e que vossa merce os não quizera aceitas, e conio vossa merce iiie não fala nisto
nesta carta, neni na qiie veyo no pataxo, depois della, não lhe so~iberesponder
digame vossa merce o que ha sobre este particular, e veja o que nie ordena de seu
serviço que para tudo me tem mui proiiipto. Deos goarde a vossa inerce. Mazagão 26
de Fevereiro de 695 1l[238vfl]

Conta com o senhor Bernardino Goncalvez de Moira

Devo
do ajus~ainentodas contas que se fizerão coni Maiiocl pretto . . . . . . . .1 194$
que einprestou para a compra e concerto do lagar . . . . . . . . . . . . . . . . ..210$
por o rnesmo mais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..8$
.
mais para o inesmo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..$.
do que se tein gasto no toinbo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .$
/ / [ 23 91

Bando que se mandou botar


a 2 de Agosto de 695

O governador e Capitão Geral João de Saldanha de Albuquerque fas a saber que


não he rezão comer a praça a E1 Rey Nosso Seiihor faltando a obrigação preciza de
assistir nas coinpanhias os soldados delles qualido se inanda saliir fora para a segu-
rança dos que vão descobrir o campo a que muitas vezes se tem ordenado reprelien-
dido e castigado sem reiiiedio c para que o teiiha inanda que todo o soldado iiifaiite
que se não achar com os seos officiais para de cstacada não tendo desculpa suficiente
de ocupação preciza, ou ordeiii de seos iiiayores ou justo iinpediineiito de doença que
constarn por certidão que faça fee antes de sahirem, os atacantes da unha do foriio
para fora indo pella rua do factio, e pellas ~neiaspartes eiii igual distancia perderá
liuma fanga de trigo pella priiileira ves pella peimeira ves pella segunda outra, e
ficará prezo no corpo da guarda, quatro dias e noites entrando todos na guarda do
muro do quarto que lhe assignar capitão que estiver de guarda e a tcrceira ficarii ao
arlitrio delle dito seiilior governador castiga que seri com tudo o rigor c os capitaes
(a quein IiLí por muito encarregada a execução desta ordem) terão cuidado de mandar
o rol dos quc faltarem no mesiiio dia ao ajudante para dar parte e se dar n exccução
este balido que será laiiçado e rezistado no livro do registo da ouvedoria, e fixado na
porta da vila para se não allegar igiiorancia. Mazagão etc. //[239v0]
Carta para o governador de Mazagão
em 15 de Maio de 1698

Primo c ~ ~ l i ~ i mCUt i i . a~lui110s cllegoii a caraveiía da Louçai eln abril paçado e


mlla esliiilcy as iiovas clue ilic dais vossas, c a mesma estimação faço das que trollxe
este barco qiic Iluilla klix viageili, porque partiiido dclla o premeyro de mayo e
indo a Catlis a d o ~ pclln c inailliniii recebemos as vossas cartas e a tl-eze chegoli elle
c0111 ~odsia gciitc sani e salva.
Na cx~)ccic<;ii~ da riitla ciiravella aiidou vosso iriz~ioiiegocio tanto como vos dizeis
que eu ncgoceio porqiic 1150 lia incios Iiuiiianos que veiição o falarsse a EI Rey,
reinctc ao secrclíirici clcslndri, cstc ao conde da Castaiiheyra, este Ile o que vos sabeis,
porque 1ifii) SLIXiitidti C' ~ L I esta
C Ifyto tiido c daclui 1~20se .faça esta vos tenho respon-
d i ~ as! ~VOSStiS LlliCyXilS SCillpie C í l eln que fazeis agora mais força que lle na falta do
paiil b ~ i i vedes
i que sc cxl?ctiiriio este alirio c ~ i i i otodas as embarcasolns lieceçarias
e dos SLICCCOS tivcnio cllas i10 inar triinbeiii sabcis que não lle por nossa culpa e
agora se lit~ tarn boi11 n dcligcncia c0111esta serleza da perda do grego que dentro em
Ires dias ~íartchuili~icarLlvcliir c dois dias clepois partira outra; por 1150 ariscar ambas
juiilas Dcos RS leve i1 S ~ I ~ V R I I IC~ logo I I ~ ~rica toiiiada outra para ir as illias o que he
iiccessario por amor do risco do mtir 116 qiic va deitando ilião nesse pam e dando
mcyas rcqois por vossi1 iiicrcc niío veres c111 outro risco mayor; e depois disto ser
vestircriios COIIIO fiizcr Iiir I), Saiiclici do Faro que esta iioiiieado a elle se dão e tem
dado todos OS rois clas iicccssidiiclcs dii praça qiie os ilegoceye ainda que inc não tem
gcylo de fazer yi.aialcs prowas iiestc parlicular íiinlieyro e roupas ta~nbemande ir
c0111cllc //[240] coin cllc c I I ~ OI'iizciiios dcligeiisia porque vio antes asim porq~ienão
hadc aprovcilar coino i>orclue com esta vos livro do graiidicimo traballio do paga-
mento c rcparliçfici clc roupas porcluc sey o qiic isso 116 iio que toca a falta do azeyte
13" iinuilo tC111130 I i Ú que CLI csl)eri~vi~ que a liouvesse c de tudo o iiiais iieceçario para
a prriçci. porqLic cslcs iitiiinnis n cliiiicrão por iiisso polido preços 18 de iiianeyra que os
iiícrcsidnres loilos pcrdciii c lic iuuito galaiitc coiiza maiiclarcs ine vos dizer e elle
inuihs vczcs ~ L I 1150C qi1cri80 liada do coiitrataclor c agora aviz,?o que estão com falta
que Ilía ac~icliosciii dizcrciii iliiciii iieiil quem Iiadc mandar este azeyte eu acoince-
lhcy a vosso iriiiiío c ao iiili~riilaclorcliic se pedice diiihcyro ao comtratador a comta
dos qutlrlcis e CILIC C S ~ Csc ~ I I I P ~ C ~ ~ Icc1111
S S Cazeyte por co~itiie risco dos moradores e
que 16 se lhe tlcçc por coiila dos seos vcnciiiiciitos porem o iiiforimador paresse qiie
1120 estava por cstc izcgcicio, c iisiiii iiegociarão quc o cointratador o mandasse com
prcsso c iiicdidas clc lh c asiiil os clevcis obrigar a tomallo e reparti110 entre essa gerite
com~oi'ii~c a cinlcm clçl Rcy qiic viiy, c j a dc oiitr:i ves que for50 se estranhou iiiuito o
~iaucarcspcyto com qiic os moraclorcs qucbrariio as medidas e a vos o 1150 castigares
os iiggi'eçorcs que cprcleriio o respeito ri orclciii coiu a chegada das cartas foinos logo
ralar a E1 IIley vosso i r ~ ~ i ãc oCLI c (lar Ilic noticia da vossa vitoria de que elle fes
grai~descxcyci.ciçi,cs de goslo c louvoi~csvossos c de todos os Saldanlias rnas tudo
fica como dailtcs e 17ior hi11li pouco c01110 tlis o padre Jacome de Cai.vdlh0 que lle
tainbciii o iiieu 13erla como o metlico ele Belleiii o vosso. A preza de li Mancon foi
grklilde couza. liias irao ciliclo li~~iltlc dar por C!~C OS C ~ T ~ S qlle
~ ~ Ovos
S entcndeis lll~li~a
lllerce ilos sc i ~ » sijercm Aizloiiio d:i Foiiscca // [240v0] colllt11do bom lle pedir
e porfiar El Rey diz que o iiâo quer ca riias esta rebentando pello ver daqui athe que
va D. Sanclio cuido que iiiudara de propozito tende vos a boin recado e ao outro
porque o aperta em que elles se virelii os hrA e ao outro porque o aperto ein que elles
se virein os f i r i apertar pella troca. Boiii foi reformares a cstacada mas advirti qiic
tuclo que sahe desse iiavici lie do dotio que o perdeu e assim deveis de por e m pouco
tudo o que se fizer lia vei-ida dc alguriias couzas mas o mais seguro era recolher tudo
rios armazens ewentariado e dar cotita para dela se vos ordeiiar o que se devia fazer
disso e sem esta ordeiii 1150 deveis obrar couza alguma nem gastar huiii pedaço de
pao nein Iiuin prego porem já que o tendes feito 1ié iiecessai'io que tudo o que gas-
tastes seja ilvvaliado aiiteiiticainente diante do ouvidor e se faça carga ao aliiioraxife
porque El rey Iiade pagar tudo e Iiade vir de 18 em conliecimeiito que de outra maneira
« não haride querer os tliezoul.ciros pagar, e porque ei~teildonão haver6 lá esta per-
caução volo advirto porque não liaja que vos seiisurar e d se podia vender alguiiia
couza para pagar aos que aildão no desmanche e carrettos mas tariibcin auteiitica-
iuenie e coni recibo de todos os qiie cobrareiii coiil livro de receita c despeza a 11artc
qiie deve h z e r o almoxarife a ~ L I C I I Imostrareis este paragrafo c ao ouvidor e cuido
qiie llies niio pareceri isto innl e só o que me parece podeis gastar sem ordem li6 ciii
fazes dois barcos precizos por a praça clesses pagaiiielitos iiias coiii a minha conta de
rcceita e despezn corii liuiua //C2411 declaração iio auto que a iiccessidade da praça
vossa nierce obriga a Sa7cr este gasto para que El Rey Iiuja dc pagar c para que fiiçais
ello coni ineiios iiotta determino fazer corii El Rey qiie i-iiaiide esta ordem seiião
piider ir i-iella iri lia outra caravela que se segue. Das provisoiiis de Grispar Brás já
teiilio dado parte a E1 Rcy. Bom lie que Antonio Dinis aiidc iiiais brando Aiitoiiio
Valeiite para inuiio beiii a obrigac;ão de alinoeacletii.
Os procediineiitos do ~idaildissc a El Rey c lhe pedi cavallo para elle n5o me
respondeu de sim iieiu clc não iiias creyo que lho iiinatlari dar cii tornarei a solicitar
cste iiegocio. Agradeço a iiierce qiie fazeis a Luis Goines c cuido qiic a não desiiierc-
cerá elle i-io que toca aos cavallos falarey a D. Sariclio de Friro e a E1 Rey para vos dar
licciiça para os venderes porem agora niio quis fi~ltariiiais quc na rci~ieçado trigo por
reinedio da iiccessidaclc. Na falta das alicoras Sallci n E1 Rey c cllc boiii sabão deu a o
Castaiilieira iiesie particular os co~ilieci~iieiitos que me iiiniidastes deios a vossa
irmGo porque eu não Callo com o coiitrataclor riiem coiii o Castanlieira iicsle particu-
lar e ao iiiformador disse qiie não recebesse o pagamento seiião por encluzo as car-
tas todas vinlião //[241v0] riiui bem feitas e se ciltregarão logo a E1 Rey na sua iiião
a siia e as oiitras ao secretario cle estado diaiite clell quc Ilias deu ciiantc de nós c fcs-
te.joo iiiiiito a cópia da qiie escrevestes ao allct~yiytlede Aziiiiior que clis parccia tirilcla
do livro das giici.r:is civis de Ciraiiatla.
Niio que toca a não darein erctlito aos vossos ilvizos hzeyos vos que seiiiprc iercis
essa desciilpa eu fklley bcin largaiiieiitc a El iey lieste particular diante d o bispo, c
cllc iios aclio~italiia rezào que orcletiou diailte dc nOs ao secretario e tio Cotide clc
Cnstanheira que fi~csscintodo o que as Ihcs dissece no socorro de Mazagào, e assiili
eii pedi só a s cluaa caravcllas que í'ossem coiii tudo o pao que pudcssem levar c s6
ciiias pipas d e azeitc ctida liuma c que ricasse o iiinis azeitc para a volta desta da praça
que reiiietereis logo. El Iiey esta muito coiitcnte coill os cavallos quc ieiiclcs
iiiouriscos isto li6 o que tenho que vos clixer e que traleis de vos coilservar sciii fkicçl?o
alguma c0111 OS i~-i»lii.oslhe acabar O vosso governo. Novas (10 Reirlo deixo a vosso
irmão 1:raiicisco e a nieu cciii-ipanlieiroAyres de Souza que as toilla por slia conta que
esi&aqui cclnv:i //[242]leceiido liú inais de 20 dias, e bein vos dezejalnos qlie ,,esta
I"allelirilin 411" l à ~ e m oDCOS
~ VOS traga a descatisar nas vossas cozas que acl~areiç
boiiilas e para acabares o que faltar que niío deve sei- por ainda qiiando
cliegares.

Encontrado no archivo do extinct0 Conselho Ultramarino em 12 de Abril de


1883 A. Basto2'.

NOTAS

16. Página repetida


17. A numeração da página 156 surge duas vezes
18. A margem: 15 moios de sevada 12 de trigo.
19. Nota margem: estti errada.
20. A margem: ficarão declaradas, e sobre o ponto da duvida que
21. Com letra recente.
INTRODUC.'ÀO

AS CARTAS

Ao senhor Francisco Mendes de Barros em Pernambuco em 28 de Outubro de


673 do Fuilchal

A Pero Cezar de Meiiezes governador do Maralihão Fuilchal em 25 de Junho de


673

Carta para o goveriiador de Pertlainbuquo, Funclial em 3 de Julho de 1673. Foi


ceguilda via c111Agosto

A João da Silva So~izagoverilador do Rio de Janeiro, Funclial em 25 de Mayo


de 673

A Pero de Souza Pereira provedor da fazcnda do Rio de Janeiro, Fuiichal ern 25


de Maio de 673

A Fraiicisco Ribeiro da Costa eili 24 de Mayo Funchal 673 para a ilha Terceira

Carta para Ferriaiido de Souza Coutinlio governador de Pernambuco e m o


priiileiro de Fevereiro 674 Funclial

Carta para Periialiibuquo a Manuel Vieira Leão Funchal o primeiro de Fevrt-eiro


674

26 de Maio de 674, a Jogo Furtado de Melidoiiça Bairros (?)

Periian~buco,Carta para Manuel Vieira Tião, Funclial26 de Mayo 674

Ilha Terceira, Carta para Francisco Antonio da Costa, Funchal 20 de Mayo 674

Carta para João da Silva de Souza, Funclial27 de Junho de 674

Carta para Francisco Mendes de Barros, Funchal 12 de Jdho de 674

Baliia, Carta para Luis Roinão Siilel, Fiinclial 11 de Novembro de 674

Conta do Senhor Ayres de Saldanlia remetida em Noveinbro 674

Capítulo da carta quc foi a Ariloiiio Valente em 12 de Fevereiro 675


23 Para Joáo Diaz Fogaça, Fuiiclial 16 rle Fevereiro 675

Senhor capitiío Joào Goines Catanlio, Seilhor Antonio Alvaro Liiila, 15 de


Noveiilbro de 674

Conta para Fraiicisco Mcndes de Barros, Funchal 10 de Fevereiro de 675

Rio de Janeiro para Diogo Valente, feita ein 6 dc .lulho de 675

Para Fraiicisco Ribeiro da Costa ila ilha Terceira em 27 de Julho de 675

Carta para Nicolao Rotifei1-i i~ioradorern Loiidres, Fiiilclial 13 de Agosto de 675

Carta para o cinbaixador de Loildres, Funclial 13 de Agosto de 673

Carta para Antonio Mendes dc Barros, Funclial 3 de Setembro de 675

Carta para Fraricisco Ribeiro da Costa de 21 de Seteiiibro 675

Carta para Ruaiii para Beijaiiiiii li~iselinem recoineliclação de sincoeilta arrobas


e 17 livras de casca que foi por via de Ricliarte.

Carta para Manuel Gomes de Silva elii Ainsterdão de 18 de Outubro 675

Clarta para Frailcisca e Mariiiel Dias Jorge de I8 de Outiibro 675

Carta para Diogo Lopez Caldeira morador em Pernarilbuco, Funclial 10 de


Novembro de 1675 anos

Carta para Peri~ãobuquopara João de Freitas Solvas

Carta para Lisboa de Francisco Meiidez de Barros

Carta para Fraiicisco Ribeiro da Costa, 15 de Fevereiro 1676

Carta para Manuel Goines da Silva, 6 de Março (I?) 676

Carta para Frailcisco e Manuel Dias Jorge tle 6 de Fevereiro 676

Carta para Fraiicisco Ribeiro da Costa feita ein 3 1 de Março 676

Carta para Francisco MeiicIes tlc Barros de 2 de Maio de 676


42 CJartri de( ...) dc Maio ele 1676 para a Bnhia a Luiz Româo Siilel

43 Carta de 3 cle Majo de 676 para Lixboa a Manuel Doiliingez Pereira

43 Carta dc 4 de inqjo cie 076 para Perilambuco a Diogo Lopez Caldeira

43 Carta dc 5 de Majo dt: 676 para o Rio cle Janeiro a Diogo Valente

44 Selillor Frii~icisctiMentlcs de Bairus 8 de Maio

44 Carta para ti scnlior L.iii~dc Saldaiiha da G:iinaxo de O de Majo de 676

45 Cnrta tlc I X dc M:~.it)dc 070 liaia Ag~stiiilioBorjcz de Sousa Cinibron provedor


(13 i'uzenda da illia Terceira

45 Carta dc 15 rlc Sctcmbio de 076 para Diogo Lopes Caldeira a Periialilbuquo

46 Carta dc 2 1 tic Setembro 070 pnia João Fcriiaiidez Vieiia

46 Carta para o Rio de Saticiro para Dicigo Valeiite do Qiiintal escrita em 24 de


Sctci1117ro h70

47 Uiiliiíi: Scnlioics Aiitcinio Cioiic;nlvcs Piiilieiro c Mrin~icl de Aliileida Mar.


Fulichnl. 24 clc Sclcmbrci clc 070

48 Carlii ptiru I lolítiiclíi Ixirn Maiiocl Cioii~csda Silva 9 dc Outubro 676

48 Carta 17ili.a I-l~)lniiclíipiii'ii Fi'aiicisco Manuel Diíis Jorge clc 0 clc Outiibro 676

49 Mcii-ioriii do cllic o sciilior cnppilniii João liiL7cii.o nic hadc fizer favor fazer

50 Memoria tlo cliic fica pniu se vciitlcr

51 Rol clo rluc tciiho ii1iiiid:itlo clespcnrlcr

51 C'arla para Diogo Vtilciilc cin I0 clc Jaiiciro tlc 077 Rio de Ja11eii.o

52 Para JOGO C'urdoso I>isnrrogcivcriiailor de Cabo Vcrtle

53 C'nrta p l ' u Aiiloilio tlc I3;iirros Dczcrra, cappiloiii inor tlc Caclieo e111 19 de
Fevcrçiro dc 682

54 C'arla para ()iailcli, I:ruiic:isc« c: Maiiocl Dias Sorgc, Lisboa 19 de Fevereiro de


54 Carta para a ilha da Madeira a Rixarte Piqileforte em 4 de Abril de 1677

55 Carta para o cappitarn Domingos dc Campos Soares na ilha de Madeira e111 4 de


Abril de 677

55 Carla para Diogo Lopes Caldeira a Pernambuquo o primeiro de Abril 677

57 Carta para ilha da Madeira ao cappitam João Ribeiro em 9 de Abril 977

58 Carta para a illia da Madeira ao capital11 Joào Ribeiro em 13 de Abril de 677

58 Carta para Olanda a Francisco Manuel Dias Jorge em 26 de Abril de 677

59 Escrito que se inandou a Antonio de Oliveira com a conta abaicho para reincter
S C O Branco ein 14 de Majo de 677.
ao posto a F ~ ~ I I C ~Freitas

60 Carta para o goveriindor de Santo Thome Bernardirn Freire, 10 de Setembro


1677

60 Pera o Chantre de Santo Thome João Pirez Malisiilo, 10 de Setembro 677

61 Carta para Angola pai-a Si: Aires de Saldaiiha feita em 3 de Dezeil-ibro677

63 Carta para Angola para João de Mesquita, 3 de Dezei~lbrode 677

63 Carta para a illia de Macieira para o capitam João Ribeiro, 30 de Julho 677

65 Carta para Diogo Fernandez, Lixboa 4 de Dezembro 677

68 Carta para Holanda para Francisco Matiuel Dias Jorgc escrita em 20 de


Dezembro 677

69 Copia da ordem que dci ao governador Airez de Souza de Castro que foi para
Pernaillbuco feita em 14 de Janeiro 678

69 Carta feita para Leonel Gonlcs morador ern Periianlbuco e111 14 de Janeiro 678

70 Carta para Diogo Lopes Caldeira i~ioradorem Pernaillbuco feita em 14 de


Janeiro 678

70 Memoria que dey ao governador Manuel da Costa Peqoa. 24 de Abril 678

71 Carta do governador do Porto Santo Diogo de Betancurt Pestrello de 3 de


72 Carta do capitain Domiiigos dos Santos Soarez de 5 de Agosto 1678

72 Carta de Diogo Fer~landezBranco de 5 de Agosto 1678

73 Carta do Padre Paulo Machado de Govea de 3 de Agosto 1678

74 1677. Novembro, Despesa que se tein feito coin o senhor Vituriario de Bitancuit
e Vascoiicellos

76 Carta de Hiroiiiino Nunes da Costa de 10 de Oiiubro 1678

77 Carta cle Manuel Dias a Frailcisco Jorge de 10 de Qitulíro

78 Carta para o capitain João iiibeiro de 25 de Seteiiibro

79 Carta para o Seiiliur Aires de Saldanlia governador de Arigolla 8 de Dezeiiibro


1678

80 Carta de Bernardiin Freire de Aiidiade. 1 1 de Dezeinbro 1678

80 Carta de Diogo Lopes Caldeira tle 1 t de Dczeinbro de IG78

81 Carta de João Feriiandcz Vicira de I I de Dezembro 1678.

81 Carta do Padre Paulo Macliado de Goiivea, 24 Dezembro 1078

82 Copia da carta de Joiío Fcrnaiiclez Braiico de 25 dc Uczembro de 1678

84 Copisi da carta de João Ribeiro clc Aragão de 25 rie Dezembro 1678

85 Carta para Bcriiardim Freire goveriiador dc S. Tlioiiie escrita eiii 15 de Janeiro


de 079

86 Carta para João Pires Malisiiio Chaiitrc de S. Thome feita eiii L5 de Janeiro 679

87 Carta para Doniiiigos Msirliiiz Pereira e Josepli Mci~desde Barroz feita em 12


de Jaiiciso 679

87 Perilambuco carta para o govcrriadcir Aircs dc Souza escrita e111 14 de laiiciro


679

88 De João Ribciro clc Frasiio 6 dc Fcvcrciro 1G79


90 Copia da carta de Antoriio clc Barros Bezerra de 7 de Fevreiro 1679

91 Copea da carta de de Manuel da Costa Peçoa de 7 de Fevereiro 1679

92 Para capitam Don-iingos de Cailpos Soares 3 de Fevereiro 1679

92 Para Senhor cappitam Domirigos de Campos Soares em 10 Fevereiro 1679 que


lhe mandou Francisco Mendes de Barroz

92 Carta para Francisco Manoel Dias Jorge feita ein 3 de Abril 1679. Olailda

93 Meiiloria de que se pede de Olanda e do custo que fara para o conde de Averras

94 Carta ;i Gonçalo Aires de So~iza10 de Abril

94 Carta para 1:raiicisco e Manoel Dias Jorge para Ainsterdão escrita cm 3 de Julho
de 1679

95 Ao Capitãa João Aiitonio 21 de Julho

96 Carta a Francisco e Manuel Dias Jorge ein 3 1 de Julho de 679

96 Carta para Frei Estevo do Rosario prior do mosteiro de S. D o i ~ ~ i ~ l gde


os
Santarem em 15 de Agosto de 1679

98 Carta para Frailcisco e Manuel Dias Jorge de 27 de Noveiiibro I679

98 Carta para Aires de Soiza eiii 17 de Dezernbro 1679

99 Carta para o reiideiro Jolo Ai~tunesde Mattos de 9 de Dezembro 1678

99 De Antonio Cardozo de Saa de 27 Dezembro

100 Carta para o capitam João Ribeiro de 4 de Novembro de 1679

de 4 dc Oitiibro do anno de 1679


102 Carta para Roque Acciaolli de Vasco~~sellos

102 Carta para Diogo Ferilaridez Branco em 4 de Novembro de 1679

103 Carta para o arcediago de 5 de Novenibro de 1679

105 Carta para Alexandre de Moura eni 7 dc Novcmbro 1679

106 A Manuel da Costa Pessoa em 19 de Noveinbro de 679


107 A Antonio de Bairros Beserra em 19 de Novenibro 1679

107 A Maiiucl Correia de Laserda em 19 de Novembro de 679

107 De Fraiicisco e Maiiuel Dias soii eiii 25 de Dezembro 1679

108 Carta para o capitam JoZo Ribeiro de Aragain de 1 de Abril 1680

109 Carta para Diogo de Bitancor de Percstrelo 2 de Abril 1680

f 11 Para Diogo Fcrnandez Brarico a 1 de Abril 1680

112 Carta para Aires de Soiza ein 2 de Abril 1680

112 Carta para o capitão João Ribeiro escrita em 23 de Maio de 680

113 Carta para o goveriiador do Porto Santo de 23 de Maio de 680

114 Diogo Feriiaiides Branco de 23 de Maio 1680

114 Carta para Joiio Asit~iiieso Boga em 12 Novembro 1680

115 Carta para Maiiuel da Costa Paçoa em 18 Dezembro 1680

116 Escrito da quita que se deu ao rericleiro das alesicases e alcadaria mor de Soiisa.

116 Para o vigario de S. Marliiiho de Lagares eiii 20 de Fevreiro 168 1

117 Carta para Beriiardiiii Goiiçalves de Molira ein 22 de Fcvcreiro de 168 1

117 Carta para Aiiloiiio Luis cfa Roclia siiiciro sobre arrematas50 das fazendas da
ilha Terceira eiii 22 cie Fevereiro 168 1

118 Carta para D. Rodrigo da Costa de 23 de Março de 681

119 Carta de Aiitoriio Valente de Salilpaio eiii 24 de Março de 16881 aiiiios.

120 Carta para o capitHo Diogo Feriiandes Branco feita em 3 de Setembro do aiiiio
I68 1

122 Baia: Carta para Doinii~gosMarlins Pereira feita em 12 de Novenibro cie 1681

123 Carta para Aiiião Martins Pegas cie S. Tlioil~ea provedor da fdzcnda 23 de
Janeiro 1682
123 Carta para Jaciilto clc Figueiredo governiicior da ilha de S. Tliome 23 de Janeiro
1 h82

124 Os papci;r que deixoli o governador Bcrnardiiu Prcire siio os segiiiiltes

124 C'nrta para Diogo Fcrriiandes Branco feita e111 2 de Fevereiro de 1682

125 Carta para Beriiardim Freire de Aiidrade 28 de Fevereiro de 1682

126 C'arls para Diogo Fernaiides Branco 18 de Março I682

127 Carta para Jacinto de Fig~ieiredogoverilador da ilhn ele S. I'lioine

127 Carta pai-a Doi1 Rodrigo de Casta feita em 24 de Março de 682

128 Carta de Martiiii de Azevedo Coiitiillio feita eiii 26 de Jtillio tle l (i82

129 Ciirla para Joseph de Freitn Sarfio Sclta em I4 de Novembro clc 1682

130 C'arta para Domitlgos Mastim Pereira feita cin 21 de Novcinbrti dc 1682 Raia

130 Iiepostri de José de Freitas Sarmo. 2 1 de Ncivcii1bi.o 168

13 1 C'artns para Bcrnardiin Frcirc de Andiadc fcila e11115 dc Dc~cinbrci1682 cni que
Ilic inailda a carta que me respondeo Joscpli tlc Prcitas Scrrfio c « trcsl:iclo da
carta quc lhe escrevieis.

131 C'aria para Diogo Fernandez Bi.aiico. 19 ele Dc~ciiibroI682

133 C'oiita coin o rendeiro Diogri clc Gois I lciiriclucs ciii 7 clc Jiillio tlc I O83

134 C'arta para Diogo Feriiaiiclez 13ratico 6 de Dezeiilbro 16x3

135 C'arta q ~ i cescrevi a Diogo Feriiaildcz Branco c111 21 cSc Dcxcmbro 1684

137 Copiri da carla parti a scnlioia I). Aiitoiiia 'Fcocl»i.ir\ Urniicci fCili1 cin 21 dc
Dezcrilbro 1 684

139 QuilasGo clo aiiiic) tle 1684

139 Varia para Diogo Fcriiandes Branco Seita ciii 25 clc J:iiiciro tle 1086
139 Carta para D. Antonia Phelicia Branco feita em 25 de Janeiro de 1686 anlios

140 Coiita ajustada ein 30 dc Janeiro de 686 para aver D. Aritoiiia Phelicia

L42 Acreseiitameiito da carta ati.ds de D. Antoilia Phclicia

142 Carta de Doii-iii-igos Martins Pereira vinda de baya e feita ein 25 tie Junho de 685

142 Resposta c a carta atras 11e Doi~iii~gos


Martiiis feita em 2 de Jaiieiro de 686.

143 Carta para Domiiigos Escorsio iia Raya coin reposta de huma sua de 10 dc Jullio
d e 686

143 Papeis que levou Antoiiio dc Britto para bem da cobrança do que ficou ein S.
Thoiiie

143 Conta do einveiitario da fabrica do palaxo qiie eiilegou ao senhor Berilardim


Frcire a quem deve dar coiita seguildo a certidão qiie prezentou abateiido o q ~ i c
entregou a Diogo Vellio que vay tresladado abaixo

144 Fuiiclial 24 de o~itubrode 676. Carregaçãci feita com o favor de viiil-io por iniin
Diogo Feriiaildes Braiico, espero conta do Senlior Jogo de Salclariha goveriiador
e c a ~ p i l a i geral
i ~ desta ilha c miiiha cada hiiiii ein ig~ialparte para a costa de
Guine c111 o pataxo N. Seiihora tla Eiicainação e Santo Aiitotiio, iiiestre Pero Vaz
da Crus a ordeiii de Martinho Fcrnandes cJa Crus.

145 Petição e a cerlitlão apoiiladas asiiua

147 A t-ilenioria dos papcis cliie levou Antoi~iode Brito doia dos qiie vão treslaciados
alraz.

147 Carta para Bernrirdim Srcirc de 20 tle Abril 1680

148 Treslado tla quitação geral que fis ao sciilior Manuel Ferreira Serriio do aiino
que coiiiessou a 1ici.a clc 685 e acaba tio cle 86

148 Escrito que sc passou ri Mariucl Fcrrcirn Fcrrão este aiiiio de 87

148 Carta para Scbastiiio Valeiilc em 23 de Jiiiilio dc 1693

151 Carta para o Coiidc da Caslanlicira em 24 cle Juilho de 1693

152 Carta para Diogo Pcrlio clc Aloiiso ciii 24 de Jiiiiho 1693
154 Menloria a vossa nierce do que se pede agora como do que faltou da meriloria
paçada

155 Acresce~itamentoda carta do Colide da Castanheira de 24 de Junho mandado


em 29 de julho

156 Acrescentan~entoda carta de Diogo Pinto de 24 de Junho mandado em 25 de


julho

156 Carta para o senhor Antoiiio de Caldeira eni Agosto 30 de 93

158 Carta para Antonio Manço Setembro 3 de 93.Mazagão

159 Memoria do que se tem pedido de couzas tiecessarias para provimento desta
prassa, Mazagão 4 de Setembro de 93

161 Carta para Aiitonio de Oliveira Mazagào 7 de Seteinbro de 93

162 Carta para Diogo Pinto de Almeida Mazagão 10 de Setembro de 1693

164 Carta para o contratador Mazagiio 6 de Oitubro de 93

165 Carta para Diogo Pinto Mazagão 22 de Outubro de 93

166 Carta para o contratados de 24 de Outubro de 693

168 Carta para o senhor Conde da Castanheira. Mazagào 24 de Oitubro de 93

169 Carta para Moises Brites escrita em 26 de Oitubro de 693

170 Carta para Antonio Manço Cazado Mazagão 10 de Março de 94

171 Carta para gaspar dias Crasto Mazagão 10 de Março de 94

171 Carta para o capitam Manuel Lopez Medina 10 de Março de 694

172 Carta para o Conde da Castanheira ein 11 de Mayo de 694

174 Carta para Seineão Porto

174 Carta para Manuel da Costa Braga de 12 de Jullio de 94

174 Carta para João de Soveral Barbuda de 2 de J~ilhode 94

175 Carta para o Conde da Ribeira Grande escrita em 12 de Julho de 1694


176 Carta para Soáo de Sovral Babuda escrita em 1 1 de Jiilho de I694

177 Carta para o Conde da Castaiihcira copiada em I6 dc Julho de 1604

179 Carta para Mariiiel da Costa Braga feita eiii 18 tlc Julho de 694

180 Caita para Sebasiiào Merenes. Paiii]iloiia escrita eiii 18 de Julho de 694

181 Cartn para Aritotiio de Freitas Branco feita eili 19 de Julho de 694.

182 Carta pura Antonio Manço Cazaclo escrita em 19 de Julho de 94

183 Carta para Sebastiain Vallcnie feita e111 20 dc Julho de 694

185 Carta para Antonio de Olivcira cscrita cm 20 de Jiillio de 694

187 Menioria de que Iiade vir da ilha dc S. Migiiel

187 Carta para Diogo Pinto Feita em 22 de Julho de 1694

190 Carta para o Ctipilão de Mar e Guerra Francisco Carvallio de 25 dc Agosto de


94

190 Carta para o cot~sulJoão Daptista Bolettc auzeiite a S i i i ~ ~ ~Roy


i e l viscoiisul da
riaçãn olandeza ou R Migliel I-letiriqiies ou a pagar Nunes dii Foiiseca ii-ier-
cadores aos quais se fas a obrigcição ~ibaxodeclarada.

191 Carta para Aiitoiiio Martiiis Garras de 23 de Agosto de 94

191 Rccibo das trezeritas píittactis qiie eiitregou Selileão Porto, que se iiiaiidou a Luis
da Motta Feyo. 2 de Sctcilibro de 694

191 Carta para Diogo Pinto escrita cni 3 cle Seteinbro de 694 em Mazagào

193 Ccirta para Ailtoiiio c Oliveira feita e, 5 de Seleiiibro de 094

195 Carta para Bclcbioi de Torres c111 1 I de Setcinbro de 604

197 Ceguro que se passou rio alfiirlucque em 27 de 0uttlb1-ode 94

197 Coiita quc dco o ali~ioxririf'cJuse Guterie do trigo que se tciil iuettido do coii-
trato c rlie oje primeiro de Novcnzbro clc 694 e foi cain certidão de seo eiiviado
Nuiio Alvares do Couto.
198 Carta para Bernardo Pereira de Moira. 3 de Janeiro de 695

198 Carta para Antoiiio de Oliveira

200 Carta para Diogo Pinto feita em 26 de Fcvreiro de 95

201 Carta para Manuel Lopez Meclina. 26 de Fevereiro de 695

202 Meinoria do que se pedio a Manuel Lopes Medina

203 Contas. 1677-79

207 Carta para Aiitonio de Oliveira de 26 de Fevereiro de 1695

208 Conta c0111 o senhor Bernardino Goiicalvez de Moira

208 Balido qire se niandou botar a 2 de Agosto de 695

209 Carta para o governador de Mazagão em 15 de Maio de 1698

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