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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL

UNIDADE DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA/RS

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CÉSAR HENRIQUE MACHADO

Projeto de Reestruturação da
Formação de Agentes Metrológicos no Brasil

PORTO ALEGRE

2010
CÉSAR HENRIQUE MACHADO

Projeto de Reestruturação da
Formação de Agentes Metrológicos no Brasil

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao SENAC EAD/RS como
requisito parcial para a obtenção do
título de Especialista em Educação à
Distância

Orientadora: Prof. Dra. MÁRCIA PAUL WAQUIL

PORTO ALEGRE
2010
CÉSAR HENRIQUE MACHADO

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao SENAC EAD/RS como
requisito parcial para a obtenção do
título de Especialista em Educação à
Distância

Aprovado em de julho de 2010.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________
Profª. Esp. Daiane Grassi
Professora da Pós-Graduação SENAC / EAD/RS

____________________________________________
Prof. Esp. Pedro Paulo Oliveira de Sá Peixoto
Professor da Pós-Graduação SENAC / EAD/RS

___________________________________________
Profª. Drª. Marcia Paul Waquil
Orientadora do Projeto – SENAC / EAD/RS
DEDICO

À Carmen, porque teu amor


me dá fé e forças para ser e fazer o que quiser.

Para Carina, minha melhor produção, porque sua existência


me incentiva a ser e fazer sempre melhor.

AGRADEÇO

Ao SENAC, pelo espaço.

Aos colegas de curso, pela acolhedora, rica e inspiradora diversidade.

Aos colegas do Inmetro, pelo apoio incondicional.

Aos mestres, com carinho. À Márcia, em especial, pela confiança.


RESUMO

Este projeto busca reestruturar o Curso de Formação de Agentes


Metrológicos, oferecido na modalidade à distância pelo Inmetro. Para tanto,
reflete sobre matrizes da cultura corporativa no meio metrológico e científico e
seu impacto sobre os programas de formação – particularmente em sua face
metodológica. Por outro lado, procura enumerar alternativas de atividades e
tecnologias interativas para consolidação de um novo modelo pedagógico, de
execução viável no triênio 2010-12, com foco na qualificação do programa atual.
Sobretudo, o projeto procura alinhar as atividades do Centro de Capacitação -
Cicma, na formação de profissionais melhor preparados para enfrentar os
desafios apontados para a metrologia num mundo em constante transformação.

Palavras-chave: Metrologia. Formação metrológica. Ensino à distância.

Interação. Inmetro.
ABSTRACT

The goal of this work is to restructure the e-learning Metrological Agent


Formation Course offered by Inmetro. For such, it reflects over corporative
culture matrices on scientific and technological environments and their impact
over formation programs – particularly their metrological related features. By
the other hand, it lists alternatives of activities and interactive technologies to
cement a new pedagogical model, with viable execution on 2010-2012
triennium, focusing qualification of current program. Above all, this project
seeks to align the activities of Capacitation Center – Cicma, on the formation of
professionals better prepared to face the challenges pointed to metrology on a
world in constant change.

Key Word: Metrology. Metrology Formation. E-learning. Interaction.

Inmetro.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Pirâmide de Rastreabilidade 21  

Figura 2 - Vista Aérea do Inmetro Xerém-RJ 24  

Figura 3 - Estúdio Porto Alegre 30  

Figura 4 – Suíte/Sala de Transmissão Porto Alegre 31  

Figura 5 - Sala de Aula Porto Alegre 31  

Figura 6 – Tela do Ambiente Moodle – Curso-piloto 32  

Figura 7 - Tela Moodle, atual Curso de Formação de Agentes Metrológicos 33  

Figura 8 – Foto de aula inaugural do curso em 2010, Telesala Porto Alegre 33  

Figura 9 – Síntese sobre modelos educacionais 36  

Figura 10 - Estrutura básica do Módulo Introdutório 47  

Figura 11 – Aula 1 – História da Metrologia 49  

Figura 12 – Aula 2 – Grandezas e Unidades 50  

Figura 13 - Aula 3 - Grandezas Físicas na Mecânica Clássica. 50  

Figura 14 – Aula 4 - Grandezas Físicas na Termodinâmica e na Eletricidade. 51  

Figura 15 – Módulo II / Aula 1 – Sistemas de Medição. 52  

Figura 16 – Módulo II / Aula 2 – Instrumentos de Medição. 53  

Figura 17 – Módulo II / Aula 3 – Erros de Medição. 54  

Figura 18 – Módulo II / Aula 4 – Incerteza da Medição. 54  

Figura 19 – Módulo III / Aula 1 – Planilhas Eletrônicas. 55  

Figura 20 – Módulo III / Aula 2 – Aplicações Práticas. 56  

Figura 21 – Módulo IV / Aula 1 – Conceitos Técnicos, Legais e Administrativos. 57  

Figura 22 – Módulo IV / Aula 2 – Instruções Operacionais da Metrologia Legal. 58  

Figura 23 – Módulo V / Aula 1 – Taxímetros. 59  

Figura 24 – Módulo V / Aula 2 – Bombas. 60  


Figura 25 – Módulo V / Aula 3 – IPNA. 61  

Figura 26 – Módulo V / Aula 4 – Pré-Medidas. 62  

Figura 27 – Projeção das salas remotas com perfil de mini-auditório. 70  

Figura 28 – Projeção das salas remotas com perfil de telesala. 71  

Figura 29 – Topologia de rede dos backbones da RNP. 75  

Figura 30 – AVA – Barra de funções. 78  

Figura 31 – AVA – Conteúdo. 79  

Figura 32 – AVA – Fórum 79  

Figura 33 – Adobe Connect. 80  

Figura 34 – Documento Interativo após produção no Adobe Presentation. 81  

Figura 35 – Suíte do IVA 81  


LISTA DE SIGLAS

AVA Ambiente Virtual de Aprendizagem

BIPM Bureau Internacional de Pesos e Medidas

Cicma Centro Integrado de Capacitação em Metrologia e Avaliação da


Conformidade do Inmetro.

CONMETRO Conselho Nacional de Metrologia. Conselho responsável pela


definições das políticas metrológicas no Brasil.

DIMEL Diretoria de Metrologia Legal do Inmetro.

DIMCI Diretoria de Metrologia Científica do Inmetro.

DIQUAL Diretoria da Qualidade do Inmetro.

Inmetro Instituto Nacional de Metrologia e Avaliação da Conformidade.

MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

OIML Órgão Internacional de Metrologia Legal.

Órgãos Autarquias públicas federais, estaduais ou municipais que se


Delegados integram à RBMLq.

PRAV Projetos de Áudio e Vídeo da UFRGS

RBMLq Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade.

RNP Rede Nacional de Pesquisa.

RTMs Regulamentos Técnicos Metrológicos.

SI Sistema Internacional de Medidas.

Sur RS Superintendência do Inmetro no Rio Grande do Sul.

UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

VIM Vocabulário Internacional de Metrologia.


SUMÁRIO

DEDICO ................................................................................. IV  

AGRADEÇO ............................................................................ IV  

RESUMO ................................................................................. V  

LISTA DE ILUSTRAÇÕES .............................................................VII  

LISTA DE SIGLAS...................................................................... IX  

SUMÁRIO ................................................................................ X  

1.   INTRODUÇÃO................................................................. 13  

2.   OBJETIVOS ................................................................... 14  

2.1. Objetivo Geral..................................................................14  

2.2. Objetivos Específicos .........................................................14  

3.   PÚBLICO ALVO............................................................... 16  

4.   JUSTIFICATIVA............................................................... 18  

5.   FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................... 19  

5.1. Metrologia e a lógica cartesiana ............................................19  

5.1.1. A eliminação de “erros” e “incertezas” ............................ 22  

5.2. Papel e desafios da metrologia brasileira ................................23  

5.2.1. Inmetro, órgãos delegados e agentes metrológicos ............... 23  

5.2.2. Novos desafios metrológicos .......................................... 26  

5.2.3. Desafios da Formação Metrológica................................... 28  

5.2.4. Do presencial à Ead - Formação metrológica no Inmetro ........ 29  

6.   METODOLOGIA ............................................................... 34  

6.2. Breve Contextualização ......................................................34  

6.2. Cultura Metrológica e seus reflexos na Formação Metrológica.......35  

6.3. Ead do Cicma – Uma leitura dos processos de interação ..............36  

6.4. Elementos para uma proposta pedagógica formadora. ................38  

6.5. Recursos atuais x Propostas de Melhoria. ................................38  


6.3.1. Ambientação (Recurso Novo) ......................................... 39  

6.3.2. Diagnóstico e Nivelamento (Recursos Novos) ...................... 39  

6.3.3. Conteúdo On-line (Recurso Novo).................................... 40  

6.3.4. Aulas Gravadas em Vídeo (Reestruturado) ......................... 41  

6.3.5. Repositórios de Apoio e Hiperlinks (Recurso Novo) ............... 42  

6.3.6. Professores-conteúdistas e Tutores (Reestruturado) ............. 43  

6.3.7. Simuladores (Recurso Novo) .......................................... 43  

6.3.8. Recursos de Interação Assíncronos (Reestruturado) .............. 44  

6.3.9. Recursos de Videoconferência Síncronos (Recurso novo) ........ 44  

6.3.10. Formação Continuada (Recurso Novo) ............................. 45  

7.   MATRIZ DE DESIGN INSTRUCIONAL....................................... 46  

7.1.   Unidade 0: Recursos e Atividades Virtuais. ............................46  

7.2.   MÓDULO I – Metrologia Básica .............................................47  

Aula 1 - História da metrologia (realinhado). ............................ 48  

Aula 2 - Conceitos de Grandezas e Unidades. ........................... 49  

Aula 3 - Grandezas Físicas na Mecânica Clássica. ....................... 50  

Aula 4 - Grandezas Físicas na Termodinâmica e na Eletricidade. ... 51  

7.3.   MÓDULO 2 – Metrologia Básica – Medição ...............................52  

Aula 1 - Sistemas de Medição. .............................................. 52  

Aula 2 - Instrumentos de Medição.......................................... 52  

Aula 3 - Erros de Medição. ................................................... 53  

Aula 4 – Incerteza da Medição. ............................................. 54  

7.4.   MÓDULO 3 – Metrologia Básica – Metrologia Aplicada ................55  

Aula 1 – Planilhas Eletrônicas. .............................................. 55  

Aula 2 – Aplicações Práticas. ................................................ 55  

7.5.   MÓDULO 4 - Metrologia Legal – Fundamentos .........................56  

Aula 1 – Conceitos técnicos, legais e administrativos da Metrologia


Legal. ..................................................................................... 56  

Aula 2 – Instruções Operacionais da Metrologia Legal.................. 57  

7.6.   MÓDULO 5 – Parte II - Metrologia Legal – Verificação/Ensaios de


Instrumentos de Medição e Medidas Materializadas...................................58  
Aula 1 – Medição de Comprimento e Força - Verificação de
Taxímetros............................................................................... 58  

Aula 2 – Medição de Fluidos - Verificação de Bombas Medidoras de


combustível líquido. ................................................................... 59  

Aula 3 – Verificação de Instrumentos de Medição e Medidas


Materializadas - Medição de Massa.................................................. 60  

Aula 4 – Controle Quantitativo de Produtos Pré-Medidos. ............ 61  

8.   CRONOGRAMA ............................................................... 63  

8.1. Cronograma de Atividades para 2010 .....................................63  

8.2. Cronograma de Atividades para 2011 .....................................64  

8.3. Cronograma de Atividades para 2012 .....................................65  

9.   RECURSOS .................................................................... 66  

9.1 Recursos Humanos .............................................................66  

9.1.1. Profissionais Envolvidos ............................................... 66  

9.2 Recursos Materiais/Tecnológicos ............................................69  

9.2.1. Ambientes de Trabalho ................................................ 69  

9.2.2. Telecentros.............................................................. 69  

9.2.3. Estúdios .................................................................. 71  

9.2.4. Auditórios ................................................................ 73  

9.2.5. Ilhas de Edição, Pós-Produção e Softwares de Produção......... 74  

9.2.6. Infra-estrutura de TI ................................................... 75  

9.3. Recursos Didáticos: ...........................................................78  

9.3.1. Recursos de TICs........................................................ 78  

9.3.2. Materiais de Apoio...................................................... 83  

9.3 Recursos Financeiros ..........................................................83  

10.   ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO .......................................... 86  

11.   REFERÊNCIAS.............................................................. 88  
13

1. INTRODUÇÃO

A metrologia legal se insere na combinação de saberes das ciências exatas


com um processo regulamentador, formalista, rígido. A linguagem é normatizada
num léxico próprio, adequado e desejável. Um ambiente que se estrutura sob a
hierarquia da especialização, da determinação vertical de padrões, que condena
os “erros”. Ainda assim, trata-se de uma área vital para a população e
economias de todo o mundo, que evita práticas comerciais e industriais espúrias
e caminha ao lado das tecnologias latentes, que ganham espaço nesse
“maravilhoso mundo novo”.

O ambiente é árduo para formação à distância, e é ainda mais para


processos colaborativos. Esse trabalho busca minar algumas barreiras da cultura
corporativa, na medida em que propõe a introdução gradativa de mecanismos
que busquem melhorias no uso dos recursos de comunicação e favoreçam a
elaboração coletiva do conhecimento em um curso já existente: O Curso de
Formação de Agentes Metrológicos. Para tanto, faz uma revisão nas
particularidades das demandas de formação, elenca as possibilidades
tecnológicas para atividades à distância, ajusta o formato da matriz de
conteúdos para o curso, propõe alternativas para a formação de um quadro de
conteudistas/docentes e revisa as possibilidades de interação no processo de
formação.

“Roladas as primeiras pedras, a avalanche é inevitável”.


14

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

Esse Plano traça uma proposta de mudanças no processo de formação à


distância de Agentes Metrológicos do Centro de Formação do Inmetro, num
processo de reestruturação implantável no triênio 2010/2013.

2.2. Objetivos Específicos

Ao promover uma revisão completa do modelo de formação de agentes


metrológicos no Brasil o projeto se propõe a:

• Realizar um levantamento do processo de formação em metrologia legal


existente, entender seus princípios, resultados e limitações, observando:

• As características do cenário da metrologia legal, reconhecendo as


demandas de formação;

• As características do conjunto de aptidões propostas, utilizados para o


desenvolvimento dos processos de formação existentes;

• O modelo de formação à distância utilizado, observando oportunidades


de melhoria;

• O modelo tecnológico empregado, levando em conta os resultados


obtidos com as ferramentas utilizadas;

• O modelo de produção de materiais (vídeos, apostilas), observando as


características de conteúdo, estéticas e eficiência pedagógica e de
comunicação;

• As dinâmicas de interações entre alunos, tutores e professores-


conteúdistas, e suas características;
15

• Projetar possibilidades de mudança e/ou melhoria na formação metrológica


considerando variáveis capazes de:

• Aperfeiçoar o perfil do curso ao cenário atual e futuro, adequando as


suas características atuais e demandas futuras;

• Rever os processos de formação pelo conjunto de aptidões propostas,


realinhando o modelo de formação e suas as possibilidades de ações em
busca de melhores resultados;

• Avaliar as características dos recursos tecnológicos (disponíveis e em


desenvolvimento) para propor alternativas de uso que possam
potencializar ações síncronas e assíncronas à distância mais adequados
ao modelo de DI, cenário e características do objetivo de aprendizagem;

• Propor novos formatos “standard” para os objetos de aprendizagem e


estruturar novos modelos para sua produção, a fim de melhorar os
resultados pedagógicos, racionalizar recursos e ampliar eficiência na
produção;

• Propor novos modelos de interação, capazes de potencializar as


dinâmicas de troca de saber e construção coletiva da aprendizagem;

• Introduzir mecanismos de avaliação de resultados e melhoria, com foco em


realinhamentos possíveis durante a própria realização dos cursos e revisões
de conteúdo e do processo educacional para edições futuras;
16

3. PÚBLICO ALVO

Como se trata de um projeto de reestruturação de um curso já existente,


com turmas em andamento, é preciso considerar o público alvo a partir de duas
matrizes. A primeira, mais evidente, compreende aluno (e potencial aluno) dos
Cursos de Formação de Agentes Metrológicos. O segundo, não menos importante,
se refere ao próprio grupo de trabalho que constrói o curso, já que qualquer
proposta deve passar por seu envolvimento na mudança.

Alunos

O público ao qual se destinam o curso tende a ser bem heterogêneo, com


perfis pessoais e de formação distintos. Considerando o perfil histórico do curso,
as peculiaridades da metrologia e as possibilidades para a área é preciso
considerar um universo de alunos composto de:

• Agentes metrológicos novos – Selecionados por concurso público para


atuação em vagas de agentes metrológicos nos órgãos delegados, devem
passar por programa de capacitação para atuar em áreas-fim do Inmetro ou
órgãos delegado, particularmente nas funções de controle. Perfil
predominante de jovens entre 18 e 25 anos, recém egressos de cursos
técnicos e/ou universitários. Embora alguns possam ser egressos de cursos
técnicos de perfil “aplicados” (mecatrônica, industriais, laboratoriais, etc...)
ou das engenharias, onde se espera alguma capacitação prática em medições,
a tendência é de “novos agentes” com boa base teórico-científica, mas
muitas vezes deficitária para a atuação na área metrológica, particularmente
nos seus processos aplicados como as de medição.

• Agentes metrológicos em atuação - formação formal de profissionais que,


por força dos processos de ocupação de cargos em órgãos delegados,
passaram a atuar em atividades metrológicas. Público de perfil diverso,
predominantemente formado por pessoas com mais de 30 anos, muitas vezes
sem formação técnico-científica preliminar, ou há muito tempo distantes de
processos de educação formal e que tende a constituir de grupos com
grandes diferenças de postura frente à busca de qualificação continuada, ao
17

comprometimento com resultados, formas de atuação, experiência1 e acessos


aos recursos da informação, entre outros;

• Técnicos metrologistas para mercado – profissionais que buscam atender


demandas por técnicos metrologistas em empresas públicas2 ou privadas.
Público formado predominantemente por jovens entre 19 e 25 anos, recém
egressos de cursos técnicos de nível secundário. Também essa fração de
público é heterogênea, podendo ser composta de candidatos com excelente
base de conhecimentos combinada com outros com deficiências de formação
que, a rigor, seriam pré-requisitos.

Quadro Técnico-pedagógico

O segundo público a considerar envolve o próprio grupo de profissionais


que atualmente se dedicam ao curso, já que uma reestruturação demanda
realinhar processos de trabalho e competências e, portanto, os resultados
dependem diretamente de seu envolvimento na implementação.

Esse grupo é composto pelo corpo técnico-pedagógico (professores,


tutores regionais) por um grupo de gestão (coordenação, secretarias,
facilitadores regionais) e um quadro técnico de produção de conteúdo
(profissionais de vídeo, impressos e tecnologia da informação).

1
Mesmo o perfil da experiência deve ser considerado, pois muitas vezes reflete a
cristalização de práticas metrológicas defasadas, inadequadas e/ou distorcidas.
2
Sobre esse perfil encontram-se também os potenciais técnicos que podem ser
absorvidos na rede de órgãos delegados do Inmetro nos estados, através dos contratos de
terceirização para as chamadas “atividades acessórias” - na realização de ensaios de verificação,
por exemplo.
18

4. JUSTIFICATIVA

Considerando-se que é preciso:

• Atender a carência de profissionais com qualificação em metrologia


legal, para atendimento das demandas da autarquia, dos seus órgãos
delegados e do mercado;

• Adequar o programa de formação em metrologia à distância existente


às realidades regionais, às características do público-alvo, ao
desenvolvimento de aptidões desejáveis, às novas possibilidades
tecnológicas, e aos desafios delineados para a metrologia no futuro
próximo;

• Melhorar os processos de trabalho para a produção de materiais de


apoio aos cursos de formação, particularmente na definição de
objetivos claros de aprendizagem e no uso de linguagem de
comunicação mais eficiente, além de melhorar a relação
esforço/resultado de cada material;

• Melhorar as dinâmicas de interação, ampliando possibilidades de troca


de saberes entre professores/tutores e alunos para favorecer o
desenvolvimento dos processos de aprendizagem;

• Favorecer a elaboração de materiais “cambiáveis” capazes de serem


aproveitados na difusão do conhecimento metrológico em parcelas
maiores da comunidade técnica e científica e/ou comunidade em geral
e/ou definir formas e estratégias específicas para esse fim;

Justifica-se o presente projeto.


19

5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Nos fatores que fundamentam o presente projeto é dado um destaque a


um apanhado amplo, ainda que superficial, de alguns elementos que compõem o
cenário da metrologia – de modo especial nas áreas de metrologia legal e
avaliação da conformidade no Brasil, pelo impacto que ela tem nas necessidades
determinadas aos técnicos em formação e nas formas e lógicas de reprodução do
conhecimento.

Em seguida buscamos confrontar esse cenário à luz das possibilidades do


fazer pedagógico, como propostas que buscam avanços sobre as práticas
pedagógicas atuais.

5.1. Metrologia e a lógica cartesiana

“Quando você pode medir um fenômeno e descrevê-lo com números


então pode afirmar que sabe algo sobre ele. Quando não pode medi-lo e
expressá-lo com números, seu conhecimento é de uma classe inferior e
insatisfatória.”
Lord Kelvin, 18833

A frase acima é ilustrativa para entendermos a lógica intrínseca ao “saber


metrológico”. A metrologia é “a ciência das medições”, e como tal é parte e
produto de vários campos das ciências exatas, particularmente as que se
dedicam a entender profundamente os fenômenos científicos para estabelecer
padrões, parâmetros numéricos, variáveis controláveis e métodos e
procedimentos de medição com níveis de incerteza cada vez menores.

Nesses termos, é flagrante a aproximação da metrologia com os conceitos


de “objetivação” e “verdade”, e o alinhamento de sua matriz com as lógicas

3
Texto citado na apostila da aula 01 – Evolução da Metrologia do Curso de Capacitação
de agentes Metrológico. A rigor, pode-se dizer que é o fragmento de texto mais citado em
publicações e/ou projetos voltados à metrologia.
20

tecnicistas e empiristas do desenvolvimento industrial e seu aprofundamento


contemporâneo. De um lado, o desenvolvimento científico se alinha cada vez
mais com novas demandas e dinâmicas de mercado. De outro, a ciência segue se
afirmando no que pode ser observado – mensurado por um procedimento
reproduzível, com variáveis controláveis – ou o que se ajusta a modelos teóricos
consagrados pela academia.

Num mercado globalizado, cuja tendência dos processos de produção


aponta para a miniaturização exponencial dos componentes (e, portanto, dos
processos fabris) é natural que se acentuem as exigências sobre as bases do
conhecimento metrológico. Ou seja, não por acaso a construção de padrões
internacionais tem início no século XIX4 e se consolidam com o Sistema
Internacional de Unidades em 1960, num paralelo interessante com os avanços
na globalização comercial e industrial, que culmina com a diluição das fronteiras
comerciais e onde o modelo produtivo se internacionaliza. Assim como não é por
acaso que as novas fronteiras da metrologia (nanometrologia, metrologia
química e biológica) se alinhem tão perfeitamente às novas tendências
industriais. Ou seja: a metrologia, enquanto disciplina per si, tem lógica e
função aplicada aos processos científicos, industriais e/ou comerciais.

Graças à função globalizante, a metrologia ganha duas outras facetas na


sua fronteira aplicada: as definições de padrões e regulamentos que regem o
mercado; e a cristalização de status de “especialidade técnica”, com lógicas e
conhecimentos consolidados na condição de disciplina aplicada em escala
mundial.

Assim, cada unidade de medida se afirma relacionada a um universo de


conhecimentos necessários para a constituição e manutenção de um padrão de
medida internacionalmente aceito, ao qual se somam procedimentos e
regulamentações que possam construir cadeias de rastreabilidade5 das medições
em todo o mundo.

4
Convenção do Metro, em 1875 com a adesão de 17 estados nacionais (Brasil entre eles)
quando foi criado o Bureau International de Poids et Mesures (Bureau Internacionais de Pesos e
Medidas).
5
É comum o uso industrial do conceito de rastreabilidade no controle de processos de
produção, particularmente no controle de origem de matérias primas e componentes até a
21

Figura 1 - Pirâmide de Rastreabilidade

No tocante ao conhecimento, apesar do caráter eminentemente


interdisciplinar6 da metrologia legal, ela começa a criar um escopo teórico
próprio em torno do núcleo regulamentador. Um exemplo típico é a criação, em
1984, do VIM – Vocabulário Internacional de Metrologia, que padroniza a
terminologia que envolve as unidades de medida e suas conversões, os
procedimentos de medição, interpretação de resultados, instrumentos de
medição e padrões.

Tal como nos lembra Magalhães:

composição do produto final. Mas na metrologia, rastreabilidade possui lógica diferente, ao qual
cabe entendê-la, mesmo que a grosso modo.
A cadeia de rastreabilidade das medições é comumente representada por uma pirâmide.
No topo se encontra o padrão internacional para cada unidade de medida seguida, logo abaixo,
pelos padrões nacionais. Todos os instrumentos de medição (incluindo as chamadas “medidas
materializadas”) para aquela unidade de medida se encontram em alguma posição da pirâmide,
utilizando como referência alguma medida “rastreada” acima de si, ao qual esse instrumento
e/ou medida materializada é comparado periodicamente. A lógica dessa cadeia é:
• Subindo a pirâmide o grau de incerteza da medição deve diminuir, os procedimentos de
medida são mais especializados, as condições mais controladas;
• Descendo a pirâmide a quantidade de medições ganha escala, mas o grau de incerteza
aumenta, já que o rigor sobre as condições e procedimentos para a medição atenuam.
6
Combina várias especialidades científicas (como disciplinas do campo da física, química,
biologia, matemática) ou de suas aplicações (engenharias) além de se articular perifericamente
com conhecimentos do direito, da administração (gestão), entre outros.
22

... Fixamo-nos à linguagem de nosso cantão social, profissional, e essa


fixação tem valor neurótico: ela permite-nos uma relativa adaptação à
fragmentação da nossa sociedade7”
Maria Isabel Santos Magalhães
Ou seja, tal o grupo desenvolve uma base terminológica que lhe é própria.
Mais do que isso, define-a como norma.

5.1.1. A eliminação de “erros” e “incertezas”

Um ambiente marcado pela especialização, regido pelas certezas


científicas, onde há até uma linguagem correta (padronizada) e com o desafio de
aprofundar continuamente a exatidão das medições, tende, naturalmente, a
pensar sua organização em cadeia, buscando o controle absoluto das variáveis.
Não é por acaso que as expressões “erro”, “incerteza” e “desvio” expressam
aquilo que deve ser preferencialmente controlado, abolido, e sistematicamente
eliminado, quando muito “tolerado” ou “admitido”, dentro de condições e/ou
níveis pré-determinados8.

Sobre esse viés, as bases do pensamento cartesiano impregnam não


apenas os referenciais do saber metrológico, mas também sua reprodução em
cadeia, expresso até mesmo na qualificação pessoal9. No presente projeto, o
impacto desse perfil de pensamento é considerado decisivo no momento da
metodologia pedagógica, como veremos.

7
Magalhães, 1996, p,94.
8
Todas expressões entre aspas são referências à vocábulos equivalentes no VIM, nos
regulamentos técnicos e procedimentos, sempre associados a distorções das medições. É
sintomático e irônico, por exemplo, que a referência ao mito de Babel esteja presente,
inclusive, no texto introdutório ao VIM.
9
É considerado qualificado para compor os quadros profissionais da metrologia legal
aquele técnico que cumpre requisitos mínimos de formação metrológica, acadêmico-científica
e/ou domine os procedimentos técnicos. Assim como ascende hierarquicamente (ou ao menos
seu conceito entre os pares) aquele profissional que se especializou nessa base de conhecimento
(incluído o uso adequado do jargão metrológico).
23

5.2. Papel e desafios da metrologia brasileira

No Brasil, cresce a importância do papel da metrologia na medida em que


o pais insere-se no mercado global. Alem disso, a fiscalização e verificação
metrológica se estruturam gradualmente na segunda metade do século XX, tendo
como principal objetivo a regulação do mercado interno10.

5.2.1. Inmetro, órgãos delegados e agentes metrológicos

Definidas as principais políticas metrológicas nacionais, pela legislação ou


pelo CONMETRO, cabe ao Inmetro zelar pelos padrões e variáveis de uso da
metrologia – particularmente nas atividades que afetam as relações de consumo,
segurança e impactos ambientais11. Ou seja, entre uma série de atribuições,
cabe ao Inmetro gerar regulamentos metrológicos e de avaliação da
conformidade, implantar esses regulamentos em todo território nacional e
fiscalizar sua observância pela sociedade. A grosso modo, pode-se dizer que a
ação do Inmetro impacta em grande parte das relações de mercado e envolve

10
Esta estruturação reflete a adesão do país à organização mundial em torno da
padronização das unidades de medida, citando-se a criação da Organização Internacional de
Metrologia Legal / OIML em 1956 e institucionalização do Sistema Internacional de Unidades – SI
em 1960, e tem as seguintes datas/episódios significativos na sua estruturação nesse período:
• 1960 - Brasil participa da Conferência Geral de Pesos e Medidas (CGPM) que cria o
Sistema Internacional de Unidades.
• 1961 - Reestruturação do Ministério da Indústria e Comércio, determinada pela Lei nº
4.048/61, criando o Instituto Nacional de Pesos e Medidas (INPM), transferindo as
atividades de cunho metrológico do INT para este novo órgão.
• 1962 - I Convenção Nacional de Órgãos Metrológicos realizada no Rio de Janeiro.
• ...
• 1967 - Primeira formulação de uma Política Nacional de Metrologia e a criação do Fundo
de Metrologia, para financiar o aparelhamento, custeio e manutenção dos serviços
metrológicos.
Fonte: http://www.inmetro.gov.br/inmetro/datas.asp
11
Esse escopo envolve dentro do Inmetro três diretorias distintas, cada qual com um foco
de atividade bem determinado, mas inter-relacionáveis entre si: a DIMEL (Diretoria de Metrologia
Legal), a DIMCI (Diretoria de Metrologia Científica) e a DIQUAL (Diretoria da Qualidade).
No presente trabalho não pretendemos avançar sobre as sutilezas das atribuições das
diretorias e sua função na metrologia nacional. Assim sendo, em se tratando da ação dos agentes
de metrologia legal, quando nos referimos ao Inmetro entenda-se que o foco pode estar restrito
às atribuições no âmbito das atribuições da Diretoria de Metrologia Legal, já que é nesse campo
que atuam os agentes de metrologia legal.
24

fiscalização direta sobre dezenas de linhas de produtos regulamentados e sobre


um amplo percentual dos instrumentos de medida em uso no país.

Figura 2 - Vista Aérea do Inmetro Xerém-RJ

Mas essa atividade não é realizada de forma isolada, ou mesmo


integralmente pelo Inmetro. Diferentemente de maior parte das autarquias
federais com atribuições fiscalizadoras, o Inmetro se articula com a RBMLq, uma
rede que integra superintendências regionais do próprio Inmetro (em dois
estados da federação), institutos estaduais (compreendendo a maior parte dos
estados) e um órgão municipal. No âmbito dos estados, as atividades de
fiscalização e verificação de instrumentos, por exemplo, são realizadas por estes
órgãos delegados12 a partir de regulamentos técnicos definidos pelo Inmetro.

A escolha desse modelo certamente contribuiu para a descentralização


das atribuições do Inmetro no país, alinhadas com o intuito de acelerar sua
implementação e sua aceitação com os núcleos decisórios dos estados.

Mas ele não está livre de problemas, dentre eles:

12
As entidades estaduais e municipais se integram ao sistema metrológico nacional
através da delegação de atribuições, com recursos repassados sob o regime de convênios regidos
por contratos de gestão. Do ponto de vista financeiro, o sistema é mantido basicamente pela
aplicação de taxas metrológicas aos instrumentos de medição utilizados pelo mercado e pelas
multas oriundas da sua atuação fiscalizadora. A definição genérica de “órgãos delegados”,
portanto, abrange qualquer órgão que por delegação do Inmetro realize ações em seu nome,
sejam eles instituições federais, estaduais ou municipal.
25

• O quadro de gestores dos órgãos delegados está sujeito às contingências dos


processos políticos locais (dos estados e município ao qual o órgão delegado
responde). O que tende a:

 Reduzir a capacidade de planejamentos e implantações de médio/longo


prazos;

 Reduzir a capacidade fazer valer procedimentos padronizados


nacionalmente, tanto no que diz respeito a processos administrativos
quanto técnicos. Ou seja, sob a definição de “ajuste à realidade local” os
processos técnicos podem, eventualmente, ser adaptados, ignorados ou
subvertidos às conveniências políticas, corporativas, ou mesmo pessoais;

 Produzir períodos de transição, onde a carência de liderança e decisão


pode imobilizar algumas atividades do órgão delegado nos períodos que
precedem ou sucedem cada troca de gestores;

• Os contratos de gestão por resultados, cujo objetivo é de agregar eficiência


nos órgãos delegados, pode induzir outros riscos de distorções. Na lógica dos
gestores regionais poder-se-ia, por exemplo, a partir da avaliação das tabelas
de taxas de serviços confrontada com sua própria planilha de despesas,
priorizar atividades rentáveis ao órgão delegado, relegando ao segundo plano
algumas atividades técnicas vitais à sociedade ou ao sistema metrológico;

• O processo de formação dos quadros técnicos dos órgãos delegados é


claramente deficiente e depende de iniciativas conjuntas com o Inmetro, que
até a pouco tempo eram isoladas e ocasionais.

 Em muitos estados essa realidade se soma a uma dificuldade sistêmica,


correspondente ao impacto das condições educacionais do próprio meio.

 Nos órgãos delegados somou-se o reflexo do formalismo da exigência de


contratação de quadros por concursos públicos, sem a correspondente
imposição de qualificação técnica ou metrológica13 prévia, ou políticas de

13
A rigor, apenas a superintendência do Rio Grande do Sul manteve um programa
contínuo de formação em metrologia, ofertando cursos presenciais, que, ainda assim não
impactou na qualificação direta de seu quadro de servidores (cuja última seleção por concurso se
deu a, pelo menos, 25 anos). O maior impacto dessa formação se observa na seleção de
profissionais para atuar na verificação metrológica, terceirizada.
26

formação constante posterior. Ou seja, dada a deficiência histórica de


formação, não é possível estabelecer padrões de formação uniformes, em
todos estados brasileiros, compatíveis com as demandas da metrologia;

 Muitos órgãos delegados sofrem com a rotatividade de pessoal, incluindo o


quadro técnico capacitado em metrologia, o que se traduz em um
agravamento da sua deficiência de quadros técnicos qualificados;

Ou seja, a metrologia brasileira enfrenta, pelo menos, dois desafios:


uniformização da ação pela excelência das atividades dos agentes metrológicos
que atuam em todo o Brasil e a adequação a um cenário tecnológico que impõe
novos paradigmas de maneira cada vez mais rápida e especializada. A ambos se
impõe a manutenção de um programa de formação de agentes metrológicos para
dar conta das demandas atuais e futuras.

5.2.2. Novos desafios metrológicos

Tornou-se lugar comum nas instituições, privadas ou públicas, grifar sua


determinação em olhar para o futuro e sua sincronização com os desafios
tecnológicos atuais. No Inmetro, particularmente em sua Diretoria de Metrologia
Científica, “o futuro” é paradigma do cotidiano dos pesquisadores14.

No entanto, até o momento, quadro é diferente no que toca à metrologia


legal e avaliação da conformidade. Essas áreas dependem de um processo de

14
Alguns exemplos:
• Pesquisa-se o OLED, próxima geração de painéis de TV (a suceder a geração LED que
chega ao mercado em 2010) com capacidade de apresentar telas transparentes,
flexíveis, etc;
• Gera-se procedimentos de análise e padrões de óleos de referência vitais para o
programa brasileiro de BioDiesel;
• Avaliam-se as vibrações estruturais nas aeronaves da EMBRAER;
• Desenvolvem-se padrões de medição para a monitoração de serviços de transmissão
digital, incluindo da TV digital até serviços de internet wireless (GSM, 3G, ... )
• Desenvolvem-se tecnologias de medição de pressão para uso a 12.000 metros de
profundidade no Programa Pré-Sal, da Petrobrás;
• Há diversas linhas de pesquisa e aplicações na nanotecnologia utilizando equipamentos
de referência mundial;
• Entre outras tantas pesquisas “de ponta”.
27

regulamentação longo, que exige a identificação de uma demanda social,


decisão política de agir, definição mecanismos de controle apropriados, criação
do regulamento técnico propriamente dito, submetê-lo às discussões setoriais e
consulta popular, afinar redação e aprová-lo, definir cronogramas de ajuste e
aguardar adequação do mercado, produção e testes para aprovação de modelos
de produtos dentro da nova especificação, capacitar os órgãos delegados para o
controle, aguardar o ciclo de adequação do mercado. Um processo dificilmente é
exeqüível num prazo inferior a quatro anos – com alguns se arrastando por
décadas, já que dependem de uma estrutura nacional dedicada à coordenação e
controle da aplicação da regulamentação.

O reflexo disso já se encontra em distorções de mercado – na existência


de produtos e serviços em áreas críticas sem controle estatal. Eles estão em
rotinas digitais de atualização de softwares de instrumentos de medição sem
previsão de rotinas de controle, na existência em mercado de instrumentos não
certificados15, nas dificuldades de fazer aplicar a regulamentação já existente,
entre outros.

Mesmo que consideremos como válida a lentidão atribuída ao estado


brasileiro e reconheçamos os reais desafios de implantar procedimentos
padronizados em um país de dimensões continentais e grandes discrepâncias de
realidades regionais, cabe reconhecer que a dificuldade de dar respostas à
sociedade frente a um mercado cada vez mais ágil não é um fenômeno isolado
ao Brasil16.

Está cada vez mais claro que esse descompasso deve ser atacado com
seriedade, sob risco de vermos comprometidas relações equilibradas de
mercado, ou mesmo a saúde, segurança e ambiente para a população.

15
Mesmo na área da saúde, como é o caso dos esfigmomanômetros digitais (medidores de
pressão arterial) ainda sem regulamentação e, portanto, sem controle.
16
O processo de criação do mercado comum europeu, por exemplo, buscou
denominadores comuns entre longas e reconhecidas histórias de controle metrológico (caso
alemão) com países onde inexistiam estruturas ou tradição de controle de mercado (como os
pequenos países desmembrados do bloco soviético). A chamada “Nova Abordagem” aplicada ao
sistema metrológico europeu buscou dar respostas mais ágeis ao mercado, mas sacrificou o
controle sobre a qualidade dos produtos e a confiabilidade das suas medições, em favor de um
modelo de “acreditação”. Hoje este modelo está sendo muito questionado e “em fase de
revisão”.
28

Independente do perfil das transformações na estrutura de


regulamentação e controle, está cada vez mais claro que, para implementá-las,
será preciso manter programas de formação metrológica cada vez mais amplos,
ágeis e profundos no âmbito do Estado, da cadeia produtiva, e da própria
sociedade.

5.2.3. Desafios da Formação Metrológica

Considerando as variáveis do cenário, quando falamos de um processo de


formação dos agentes metrológicos, pensando unicamente na sua função
instrumental, é preciso considerar:

 Que há grande deficiência de formação básica em metrologia,


particularmente na metrologia legal, em todos os estados da federação. Essa
realidade sugere a manutenção de programas contínuos, com formação
constante de profissionais;

 Que a profundidade da carência pela formação deste tipo de profissionais


sugere um programa de ação com escala nacional, capaz de associar
qualidade na formação com a quantidade de formandos;

 Que a formação metrológica demanda uma base de conteúdos que envolve


conhecimentos científicos/técnicos que vão da estatística à física aplicada, o
que tende a representar um problema sério na definição de pré-requisitos
mínimos, particularmente quando há um grande número de candidatos onde
essa formação é deficitária;

 Que a formação metrológica envolve uma substancial base de conhecimentos


teóricos, mas com um viés destinado para aplicações práticas. Isso implica
em prover recursos capazes de promover a aprendizagem aplicada,
particularmente na realização de ensaios metrológicos.

 Que as mudanças nos rumos da metrologia, pelos avanços tecnológicos e/ou


mudanças de abordagens, sugerem que é preciso rever continuamente o
conteúdo da formação metrológica ou gerar espaços de formação continuada,
acessíveis a todos agentes metrológicos em atuação no Brasil;
29

 Que as aptidões associadas ao fazer metrológico não devem se restringir ao


universo direta ou indiretamente ligado ao controle estatal, já que
contemplam muitos saberes vitais a vários campos das ciências aplicadas.

 Que o esforço pela formação primária de agentes metrológicos pode/deve ser


seguido de um processo de formação dos quadros ativos no Inmetro/órgãos
delegados. Mais do que mera reciclagem, isso permitiria reposicionar os
agentes na execução dos regulamentos técnicos, favorecendo a
uniformização de procedimentos no território nacional;

O atendimento de muitas dessas variáveis devem ser colocadas no tempo


futuro, em projetos paralelos sincronizáveis com este curso de formação. Ainda
assim, é preciso manter um olhar voltado para elas e manter as possibilidades de
um processo de formação mais amplo, como será visto adiante.

5.2.4. Do presencial à Ead - Formação metrológica no Inmetro

No Inmetro, a formação em metrologia legal se relaciona historicamente


às demandas internas. A oferta de cursos se combinou aos processos de admissão
de servidores e/ou a cursos esporádicos para atender demandas dos órgãos
delegados.

Mais recentemente, a representação gaúcha da autarquia manteve um


programa de formação constante (2005-2009) de perfil “aberto ao mercado”, o
que buscava promover o conhecimento metrológico na sociedade – para melhorar
a formação de mercado em áreas e mercados relacionados; e facilitar a
terceirização de ensaios metrológicos, capacitando técnicos que passam a ser
absorvidos na realização de ensaios em instrumentos, entre outros.

Nesse cenário é criado um centro de capacitação17 que passa a buscar


formas de potencializar os processos de formação metrológica. De imediato essa
área viu-se diante do desafio de pesquisar meios para resolver os problemas de
escala, custo, acesso e reprodutividade para todo o território nacional, inerentes

17
Centro Integrado de Capacitação em Metrologia e Avaliação da Conformidade
(chamado de CICMAC, à época).
30

aos cursos presenciais. A opção pelo ensino à distância – em que pesem as


dificuldades iniciais, e custos de implementação – se mostram a solução mais
racional. Do ponto de vista da infra-estrutura e pessoal, foram articuladas duas
unidades de produção de conteúdo, uma em Porto Alegre - Rio Grande do Sul,
outra na sede do Inmetro em Xerém, no Rio de Janeiro.

Figura 3 - Estúdio Porto Alegre

A unidade gaúcha estruturou o primeiro curso-piloto em metrologia com o


uso de tecnologias da informação, dividindo o processo de formação em dois
eixos: metrologia geral, com ênfase nos conhecimentos científicos básicos
(particularmente da física e estatística); e metrologia legal, com conhecimento
mais dirigido à formação de agentes metrológicos.
31

Figura 4 – Suíte/Sala de Transmissão Porto Alegre

Esse primeiro curso trabalhou experimentalmente com o conceito de “sala


de aula estendida”, privilegiando processos síncronos. O modelo partia de aulas
transmitidas com os professores em estúdio, com suporte de vídeos e animações,
e integravam apenas duas turmas, uma em Porto Alegre outra em Florianópolis
com a possibilidade de interação através de videoconferência.

Figura 5 - Sala de Aula Porto Alegre

Os processos assíncronos do curso-piloto incluíam um repositório com


vídeos das aulas transmitidas, apostilas, exercícios e trocas de mensagens
através do Moodle.
32

Figura 6 – Tela do Ambiente Moodle – Curso-piloto

Com a implantação da segunda unidade do CICMA, a formação em


metrologia passou a ser gerada no Rio de Janeiro, com boa parte do conteúdo a
cargo de professores-conteúdistas dos quadros especializados da Diretoria de
Metrologia Legal do Inmetro, já com o desafio de dar escala e acessibilidade a
um processo de formação que deveria atender as demandas de todos órgãos
delegados.

Estas características impactaram na mudança do modelo de transmissão,


que eliminou as atividades síncronas e elevou o Moodle à condição de repositório
on-line das aulas gravadas em vídeo, apostilas e fóruns/mensagens para
interação. Ao papel do professor foram acrescidos tutores on-line e tutores
locais para auxílio da aprendizagem, em especial das práticas em instrumentos
de medição, realizadas presencialmente com o apoio de vídeos disponibilizados
no ambiente de aprendizagem.

Os órgãos delegados estão sendo integrados a essa infra-estrutura através


de uma rede de 70 telesalas (em instalação) com equipamentos de informática,
videoconferência e multimídia, distribuídas pelas suas sedes e regionais.
33

Figura 7 - Tela Moodle, atual Curso de Formação de Agentes Metrológicos

Figura 8 – Foto de aula inaugural do curso em 2010, Telesala Porto Alegre


34

6. METODOLOGIA

6.2. Breve Contextualização

Ao propor reflexões e alternativas para o processo de formação dirigido


para a Formação de Agentes Metrológicos é preciso posicioná-lo ante aos debates
pedagógicos, que por sua vez reflete discussões acerca do impacto e
transformações decorrentes da disseminação das tecnologias da informação na
sociedade.

Do ponto de vista pedagógico encontramos (à grosso modo) duas visões


aplicadas à Ead. De um lado, as noções de globalização, reprodutibilidade e
acessibilidade nos remetem a elementos da visão tecnicista da sociedade, da
cultura de massas e do próprio ensino à distância, em padrões que referenciam o
modelo fordista, tal como lembra Peters:

“Estudo à distância é um método racionalizado (envolvendo a definição


de trabalho) de fornecer conhecimento que (tanto como resultado da
aplicação de princípios de organização industrial, quanto pelo uso
intensivo da tecnologia que facilita a reprodução da atividade objetiva
de ensino em qualquer escala) permite aos estudos universitários a um
grande número de estudantes independente de seu grau de residência e
de ocupação” (1983: p.111)
De outro, refutam-se essas bases tecnicistas em busca de modelos
educacionais à distância que privilegiem a autonomia no aprendizado, processos
de interação com o conteúdo e pessoas (professores, tutores e colegas),
mecanismos de construção coletiva do conhecimento e de sua expansividade
exponencial proporcionadas pelos recursos de hiperlink. Tal como lembra Moran:

Educação a distância não é um "fast-food" em que o aluno se serve de


algo pronto. É uma prática que permite um equilíbrio entre as
necessidades e habilidades individuais e as do grupo - de forma
presencial e virtual. Nessa perspectiva, é possível avançar
rapidamente, trocar experiências, esclarecer dúvidas e inferir
18
resultados .

18
MORAN, José Manuel. Novos caminhos do ensino a distância, no Informe CEAD - Centro
de Educação a Distância. SENAI, Rio de Janeiro, ano 1, n.5, out-dez de 1994, páginas 1-3.
35

6.2. Cultura Metrológica e seus reflexos na Formação Metrológica

Transpondo esse debate à cultura corporativa19 do Inmetro e seus órgãos


delegados, é sintomático que os atuais processos de formação tenham uma
aproximação tão clara com processos pedagógicos tradicionais e/ou tecnicistas,
já que tende a:

• Exigir que os profissionais afirmem-se pela especialização de um


conhecimento “normalizado”. Diante disso é natural a opção pela
transmissão do conhecimento, tradicional, como eixo da formação;

• Transpor o formalismo regulamentador para o trato da informação e difusão


do conhecimento;

• Restringir a linguagem “aceitável” no processo pedagógico a partir de


conceitos definidos no vocabulário metrológico20;

• Descrever os processos técnicos a partir das lógicas formais presentes nos


regulamentos técnicos21;

• Definir o “CERTO” através da normatização, e considerar um único


procedimento reproduzível como processo desejável;

• Refutar o erro como elemento de aprendizado, já que os fatores que levam


ao erro devem sempre ser controlados e eliminados;

Se, tal como afirma Geertz (1973, p.28) a cultura deve ser entendida
como reflexo de um processo onde...

(...)um modelo transmitido historicamente de significados integrados


em símbolos, um sistema de concepções herdadas expressadas em
termos simbólicos pelas maneiras que os homens se comunicam, se
perpetuam e desenvolvem seu conhecimento e atitudes em relação à
vida.

19
Aqui visto a partir do Inmetro e órgãos delegados, mas com características que podem
ser facilmente expandidas para amplas áreas da comunidade científica e áreas de ciência
aplicada.
20
Ou seja, está-se longe de garantir o uso de uma linguagem laica, tal como sugere Levy
(As Tecnologias da Inteligência.1993:p.???)
21
Estes por sua vez são escritos considerando meramente as variáveis procedimentais,
tecnológicas, sem um exame da aplicabilidade em escala, por técnicos de campo.
36

A cultura metrológica define a sua forma e lógica de reprodução. Limitada


ao modelo de transmissão, o processo de formação de agentes metrológicos
tende (refletindo o formalismo e cartesianismo do meio) limitar-se a difundir
informação, ao invés de proporcionar conhecimento; repassar habilidades, ao
invés de desenvolver competências.

Por tudo isso, ao olhar sobre o quadro abaixo, percebemos que o modelo
de simples capacitação, intrinsecamente conectado à cultura metrológica, tende
a se acomodar aos processos alinhados no lado esquerdo da ilustração, em
modelos tradicionais/tecnicistas.

Figura 9 – Síntese sobre modelos educacionais22

6.3. Ead do Cicma – Uma leitura dos processos de interação

Não por acaso que os processos de interação sejam tão pouco

22
Ilustração elaborada e apresentada como síntese das discussões ocorridas em um fórum
colaborativo megatendências educacionais, da 12ª Turma do Curso de Especialização de Ead do
SENAC-RS.
37

significativos nos processos de formação do Cicma.

Na experiência marcadamente síncrona (de “sala de aula expandida”)


adotada pela unidade gaúcha, era possível o aluno, a partir do ponto remoto,
interagir23 efetivamente com o professor. Foram evidentes os ganhos de fluidez
e de pessoalidade24 do processo, especialmente na efetividade garantida pela
pronta resposta do professor. Mas essa interação tende a replicar modelos de
relação de um ambiente de aula convencional, ancoradas numa relação ensino-
aprendizagem onde o professor explica e o aluno tira dúvidas25.

Já nos processos assíncronos, mesmo com as vantagens inerentes e sua


adequação natural a modelos colaborativos, também não foi possível construir
dinâmicas efetivas de interação. Basta uma leitura dos fóruns do AVA para
perceber que as mensagens raramente se relacionaram com os conteúdos
expostos. De fato, a grande maioria delas se dirigem ao gerenciamento e
organização do curso, não ao processo de aprendizagem.

Essas experiências, tanto síncronas quanto assíncronas, nos fazem


perceber não basta haver tecnologias ou espaços que permitam a participação
do aluno. É preciso repensar o processo educativo a partir da matriz de
conteúdos; de novos olhares, expressos na forma com que os conteúdos são
apresentados; e de dinâmicas onde a participação se processe de forma natural
e efetiva. Esse é, naturalmente, um processo mais longo que exige uma
“negociação” entre a cultura metrológica (tecnicista e tradicional), a adequação
das tecnologias empregadas e uma nova matriz pedagógica baseada na
colaboração. Mas, considerando os desafios colocados ao desenvolvimento
científico e industrial e seus reflexos na metrologia e no cotidiano da sociedade,
podemos partir da premissa de que mesmo avanços tímidos no uso de dinâmicas

23
Com o uso do IVA – Sistema Interativo de Áudio e Vídeo, em tempo real, com sinal de
vídeo e áudio de alta qualidade.
24
No sentido de que o professor tem sua presença notada de forma mais tangível, direta,
que em processos assíncronos. Esse fator era, inclusive, explorado por alguns professores através
de uma postura mais irreverente.
25
Para os alunos, segundo manifestações ao fim do curso, o grande ganho no modelo
estava em disponibilizar essas aulas em vídeo no repositório on-line, o que permitia consultas
posteriores.
38

interativas, que se aproximem das características da sociedade da informação,


podem representar resultados promissores para a construção de uma visão mais
ampla, na formação dos agentes, potencializados a partir de sua participação em
processos colaborativos.

6.4. Elementos para uma proposta pedagógica formadora.

Parte-se da premissa de que é possível um melhor aproveitamento dos


recursos, em favor de processos de comunicação mais eficientes e ação
educacional mais colaborativa.

Mas muitos destes processos e avanços não podem ser definidos à priori,
pois dependem de uma revisão do processo pedagógico, que passam por uma
mudança da perspectiva do corpo docente – notadamente formada por
especialistas que tem na cultura da regulamentação e controle a base de sua
formação e vivência cotidiana.

A proposta é de mudanças graduais, avançando sobre as possibilidades


apontadas por cada perfil de conteúdo e sua aplicação; na determinação de
objetivos específicos de capacitação (aptidões) exigidos em cada módulo de
curso e seu incremento com objetivos de formação mais amplos; e à luz das
possibilidades de melhorias nos recursos humanos, pedagógicos e tecnológicos.

6.5. Recursos atuais x Propostas de Melhoria.

Muito embora a reestruturação proposta nesse plano deva ser vista como
um processo global, é particularmente interessante perceber que há mudanças
possíveis, pontuais, em todas as facetas e dinâmicas atuais.

Assim, mesmo correndo o risco de apresentar redundâncias, elencamos


uma breve avaliação da forma como são utilizados os recursos atuais com sua
correspondente proposta de melhoria.
39

6.3.1. Ambientação (Recurso Novo)

É importante estabelecer ações de ambientação aos ambientes de


aprendizagem para explorar os seus recursos e favorecer a integração dos alunos
nos ambientes de interação coletiva. Nesse ponto, apesar do ambiente virtual
ter uma boa usabilidade, percebe-se que há dificuldades na sua operação nos
estágios iniciais do curso.
SISTEMÁTICA ATUAL PROPOSTA
 Atualmente não há atividades destinadas  Ambientação - Destinar uma semana de ambientação no
especificamente para a exploração do ambiente ambiente virtual, com atividades de interação dirigidas
virtual e seus recursos. como:
 O acesso tende a acontecer naturalmente, mas o Fórum de apresentação dos alunos onde pode-se sondar as
com algum atraso, especialmente até o expectativas com relação ao curso, perfil profissional e de
alinhamento do login e senha dos usuários. formação, etc.
 Vencidas as primeiras dificuldades os alunos o Chats simulados em horários específicos com propostas de
exploram livremente as opções disponíveis, discussão com temas paralelos ao curso, favorecendo as
como o preenchimento do perfil e respostas à interações e construção de identidade de grupo;
mensagem de boas vindas do fórum.
o Explorar, em horários determinados, o Connect como
ferramenta de videoconferência com grupos pequenos,
para familiarização com os recursos de interação, tal
como devem encontrar em tutorias dirigidas e/ou
nivelamento, reforços e eventuais revisões;
 Repositório: Vídeo-tutorial (Camtasia) sobre o uso do
ambiente virtual e das ferramentas disponíveis.

6.3.2. Diagnóstico e Nivelamento (Recursos Novos)

A realização de um curso para todo o território nacional tente a agregar


perfis muito distintos de pessoas, histórias de vida, vivências profissionais e
perfis de formação formal. Ou seja, gera-se um universo de alunos heterogêneo,
que na mesma medida em que pode constituir um grupo rico em discussões,
pode somar dificuldades na condução do curso, especialmente em processos de
discussão e/ou colaboração. Assim, cabe explorar a diversidade, desde que
alinhada com uma base de conhecimento (considerada mínima) comum a todos
do grupo de alunos.
SISTEMÁTICA ATUAL PROPOSTA
 Para permitir acesso ao curso é realizada uma  Prova de Seleção – Mantida como pré-requisito para ingresso
prova de seleção, que faz uma “triagem” a partir ao curso.
de conteúdos considerados como mínimos, ou pré-
requisitos para o Curso de Formação de Agentes  Avaliação Diagnóstica – Adicionada no Módulo de Introdução
Metrológicos. do Curso, com as seguintes funções:

 A prova existente não é uma avaliação o Diagnóstico prévio dos Alunos;


diagnóstica, já que seus não são considerados o Encaminhamento de alunos para o “Nivelamento”,
para reposicionamento do conteúdo ou avaliação conforme necessidade.
dos resultados ao final do curso.
40

 Não existe um escopo de conteúdo definido como o Reposicionamentos futuros do conteúdo;


“preparatório” ao curso.
o Ambientação dos alunos com o modelo de avaliação on-
 Uma vez aprovado o ingresso no curso, não line;
existem mecanismos de reforço ou de
nivelamento de conteúdo para os alunos.  Módulos de Nivelamento
Ou seja, as deficiências de formação não são o Repositório de apoio - Reforços extracurriculares com
tratadas e tendem a agravar, favorecendo à fundamentos de ciências e estatística, de perfil aberto ao
evasão ou gerando dificuldades de público, e não formal.
acompanhamento das disciplinas.
o Contêm tópicos considerados vitais, pré-requisitos ou
relacionados para o entendimento dos conteúdos
abordados no Curso de Formação de Agentes.
o Pode ser disponibilizado previamente para futuros
candidatos ao curso como “conteúdo preparatório” para a
seleção.
 Recursos:
o Aulas em páginas On-line (com aprofundamento por
hiperlinks) e replicadas em vídeo-aula de apoio;
o Apostilas de apoio com exercícios;
o Provas/exercícios simulados on-line;
o Tutoria virtual por mensagens e/ou videoconferências
(Connect), com horários agendados;
o Aulas de reforço para grupos de alunos do curso, sob
demanda, por vídeo-conferência (Connect);
 Implementação - até dezembro de 2010.

6.3.3. Conteúdo On-line (Recurso Novo)

Dentre os principais benefícios citados para o uso dos conteúdos virtuais


encontram-se a possibilidade de interação com o conteúdo e a expansibilidade
da experiência, onde o aluno dita seu próprio ritmo e segue seus campos de
interesse utilizando a lógica de hipertexto. O uso de hiperlinks, vistos como nós
(nodos) em uma rede de conhecimento, amplia o horizonte de um processo de
formação, na medida em que permitem a exploração de informações adicionais,
seguindo o interesse dos alunos. É um dos recursos mais importantes da nova
lógica de multiplicação do conhecimento, já que o aluno pode se conectar a
qualquer base de conhecimento disponível na internet.

É preciso, no entanto, que os professores-conteúdistas se atentem para


estas possibilidades quando desenvolvemos o novo modelo de curso “on-line”.
SISTEMÁTICA ATUAL PROPOSTA
 O conteúdo é armazenado de duas  Reformular os Vídeos (proposta adiante);
formas no repositório disponibilizado
 O conteúdo em PDF é mantido (redesenhado);
aos alunos:
 NOVO - uma versão on-line, com:
o Vídeos apresentam o conteúdo de
forma linear (como veremos o Design. Ilustrações (otimizáveis para uso em vários suportes);
adiante); o Navegabilidade controlada pelo aluno;
o Apostilas em PDF completam o o Recurso de hiperlinks para páginas externas, de aprofundamento do
41

material de estudo e materiais de conceito, etc... Esse recurso será particularmente útil em “laços” com
apoio, sem qualquer tipo de o VIM, portarias e outros conteúdos do repositório;
interação possível do aluno com o
o Ilustração e Animações pontuais, aproveitando recursos de ilustração;
material.
o Fortalecimento de uma base de exercícios simulados on-line;
 Material carece de revisões e
diagramação (ilustrações);  Suporte de tutoria na resolução de exercícios melhorado (estudar
tutoria síncrona via Connect);
 Faltam um programa mais amplo
de exercícios de apoio.  Implantação gradual:
 Há possibilidades de melhoria na o Revisão do conteúdo: dezembro 2010
tutoria virtual; o Design e projeto gráfico: dezembro 2010
 P.S. Em 2010 iniciou-se o uso de o Conclusão da base de conteúdos: até Maio de 2011.
provas realizáveis on-line.
o Atualização e hiperlinks: até Dezembro de 2011.

6.3.4. Aulas Gravadas em Vídeo (Reestruturado)

Com a difusão de redes de alta velocidade, o uso de vídeos tem se torna


do cada vez mais comum na educação à distância. No âmbito do ensino
científico e/ou técnico esse uso pode ser ainda mais importante, na medida em
que pode incorporar simulações de fenômenos, reproduzir situações cotidianas e
processos laboratoriais, com todos os recursos que essa tecnologia permite:
aceleração/desaceleração de imagem; combinação de áudio e vídeo em
movimento, ponto de vista aproximado ou visão de contexto, entre outros,
constituindo uma tecnologia poderosa de ilustração.
SISTEMÁTICA ATUAL PROPOSTA
 Todo conteúdo do Curso está  Reestruturar gradualmente o conteúdo do curso em vídeo de forma que:
estruturado sob a forma de vídeo-
o Tenha uma estrutura temporal sob blocos e unidades intercambiáveis,
aulas. Nelas, percebemos que:
com as seguintes características:
o Tendem a manter uma proposta  Blocos – Cada bloco é modelado sob um objetivo de aprendizagem.
pedagógica tradicional, de
repasse de informações e  Blocos (de vídeo) mais breves (15-20 min), agrupando vários “Drops”;
conteúdo; • Drops – são micro-unidades de informação (3-5 min), objetivas,
o A linguagem tende ao diretas, independentes em si mesmas, que possam funcionar como
formalismo, amparada sob objetos de informação isolados (repositório);
conceitos VIM; • Cada micro-unidade de vídeo pode ser seguida de uma tela interativa
o Tendem a ser longos e com questões de múltipla escolha (estilo Quiz) a fim de manter o
enfadonhos; interesse em um processo de interação constante (Connect
Presenter);
o Não apresentam recursos de
interação; • Os vídeos instrucionais passam a evitar o formato de “professor
explicando”, em favor de uma linguagem que agrega recursos de
o São construídos para serem imagens ilustrativas;
vistos de forma linear, contínua
e integral; • Preferência por base em áudio direta e condensada, coberta com
cenas, imagens, animações e simulações.
o Não permitem aproveitamento
em outras demandas de • Abordagens mais interessantes do conteúdo. Se possível, combinadas
formação do Cicma; com as qualidades emotivas permitidas pelo de vídeo e áudio;
o Pode-se ampliar o uso de • Se possível, utilizar linguagem menos formal, com texto laico para
imagens, animações e elucidar o VIM;
simulações com o efeito de  Blocos estruturados para serem assistidos de forma linear, mas um
ilustração; menu interativo (Adobe Captivate) permite ver os drops individuais,
rever, parar, retomar, etc.
 O enxugamento e objetivação do tempo dedicado ao vídeo é
aproveitado em atividades interativas;
42

 Cada bloco deve ser concluído com uma atividade interativa (exercício,
quiz, fórum, chat, etc...)
 A forma de validação de materiais deve ser reavaliada para minimizar
os erros.
 Implantação gradual:
o Bloco-Piloto (avaliação/ testes usabilidade): Dezembro 2010
o Revisão do conteúdo: julho 2011
o Design e projeto gráfico: julho 2011
o Conclusão dos vídeos até dezembro de 2011.
 Integração com repositório (hiperlinks). Março 2012.

6.3.5. Repositórios de Apoio e Hiperlinks (Recurso Novo)

É natural que o Curso de Capacitação de Agentes Metrológicos seja um


campo limitado para suprir todo o conhecimento necessário para uma formação
continuada dos agentes metrológicos, servidores do Inmetro e/ou órgãos
delegados. É preciso pensar o escopo do curso como uma base, expansível com
outros conteúdos de apoio. Há várias possibilidades de materiais que podem ser
desenvolvidos como objetos de aprendizagem (ou mesmo como documentos de
referência), organizáveis em repositórios on-line, para consulta em paralelo à
formação básica proporcionada pelo curso, dentre elas:

• O VIM – Vocabulário Internacional de Metrologia.

• O ISO GUM – Ou Guia para a Expressão da Incerteza da medição (Guide


to the Expression of Uncertainty in Measurement), pela sua
importância na metrologia de maneira geral.

• As regulamentações de metrologia legal, em especial as normas26 e


procedimentos de fiscalização/verificação com uso mais freqüentes.

SISTEMÁTICA ATUAL PROPOSTA


 Não há repositórios de apoio  Ao rever a estrutura de conteúdo, favorecer as conexões com bases de
substanciais, relacionados ao conhecimento adicionais, complementares;
curso;
 Os conteúdos adicionais, diretamente relacionados com a metrologia, que
 O conteúdo do curso não se não existam fontes de consulta confiáveis em repositórios on-line, devem-se
conecta com nenhuma base produzidos e disponibilizados em paralelo (exemplo VIM, ISO-GUM):
externa de conhecimento, recurso
 Implantação gradual:
de ilustração, ou base de
simuladores externos; o Revisão do conteúdo: julho 2011
 Não existem simuladores o Produção de novos repositórios: gradual, até março 2013.
desenvolvidos ou indexados a
partir do conteúdo do curso. o Link com a estrutura do curso: gradual, até março 2013.

26
RTM - Regulamentos Técnicos Metrológicos.
43

6.3.6. Professores-conteúdistas e Tutores (Reestruturado)

O quadro de pessoal dedicado à formação à distância é tão vital ao


processo de formação quanto o é em atividades presenciais. O fato de ser à
distância gera novas formas de apoio, o entendimento de sua especificidade
deve ser a tônica de um processo que permita apoiar constantemente os alunos
ao longo do curso.
SISTEMÁTICA ATUAL PROPOSTA
 O acúmulo de atribuições do atual quadro de  Definir formas de garantir um acompanhamento mais efetivo
professores27 dificulta o atendimento das dos professores ao curso, disponibilizando condições para
demandas do curso, na produção do material- atendimento das demandas dos alunos;
base das disciplinas e no suporte aos
 De forma complementar e/ou alternativa, manter ao menos
questionamentos dos alunos. Esse fato inibe a
dois especialistas (um para os módulos de metrologia legal e
opção por um modelo onde a interação seja
um para o módulo de metrologia legal) acompanhando o
mais contínua e efetiva;
processo de formação com tempo dedicado ao curso,
 Há pouca exploração de recursos de interação complementando o trabalho realizado pelos tutores não
no AVA para a melhoria do processo de especialistas;
aprendizagem.
 Incrementar as dinâmicas de interação no ambiente virtual, a
 As demandas sobre dúvidas quanto ao conteúdo partir dessas melhorias, dando particular atenção ao estímulo
dos alunos são atendidas por tutores não da participação dos alunos no processo e na efetiva
especialistas; apresentação de retorno à sua interação;
 As atividades práticas são presenciais,  Incrementar tecnologias de videoconferência síncrona, como
orientadas por tutores locais a partir de vídeos forma de acompanhar/apoiar a ação dos tutores locais nas
de apoio. atividades práticas;
 Em muitos estados há dificuldade de criar um  Cronograma:
quadro de tutores com domínio pleno dessas
o Reforço do Quadro Docente: setembro 2010;
atividades, que garanta qualidade e
uniformidade nessa formação; o Melhoria das atividades de interação: contínua, a partir de
dezembro de 2010;
o Implementação de estrutura assíncrona: julho 2011.

6.3.7. Simuladores (Recurso Novo)

Esse é um recurso tecnológico particularmente interessante em se


tratando de processos de formação científica, já que o uso de simuladores
poderia reproduzir virtualmente situações que permite “experimentar” os
efeitos de um determinado procedimento, sem que a situação real esteja de
fato ocorrendo.

É um campo de desenvolvimento novo para a capacitação metrológica, e


que exige um processo longo e complexo para viabilização. No Cicma há projetos

27
Todos desempenham atividades em outras diretorias do Inmetro, como a DIMEL (nas
aulas com conteúdos técnico-científicos).
44

para exploração do recurso, mas ainda em fase embrionária, conceitual. Por isso
optou-se pela sua simples citação, supondo de que devam ser recursos
integrados gradualmente aos processos de formação on-line, na medida em que
oferecerem resultados efetivos na construção de objetos de aprendizagem.

6.3.8. Recursos de Interação Assíncronos (Reestruturado)

O ambiente Moodle fornece várias ferramentas de interação, como fóruns,


mensagens e chats. Mas as reais possibilidades dessas ferramentas ficam
evidentes quando inseridos em uma lógica de DI favorável.
SISTEMÁTICA ATUAL PROPOSTA
 Há uma única área de mensagens (fórum) no Moodle  Separar os fóruns por unidade (módulo/aula),
do Curso. aproximando-o do conteúdo;
 Nessa área se concentra a postagem de mensagens  Uso mais efetivo das discussões como parte do processo
do ambiente, das dúvidas às notícias do curso; pedagógico, (incluindo-o na avaliação dos alunos);
 As provocações para participação em debates no  Otimizar o tempo de resposta atual, com a adição de um
fórum são tímidas, e seus resultados pouco tempo mais efetivo dos professores-conteúdistas, tutores
expressivos; especialistas, além dos tutores atuais;
 As poucas mensagens pertinentes ao conteúdo,  Buscar papel mais ativo dos alunos no processo
quando apresentadas nos fóruns, tem um tempo de colaborativo, lançando bases para um “estar junto
resposta alto. Raras recebem contribuições de virtual”;
colegas, como seria de se esperar de ambientes
o Revisão do papel dos fóruns: dezembro 2010;
colaborativos;
o Ajustes no AVA: dezembro 2010;

6.3.9. Recursos de Videoconferência Síncronos (Recurso novo)

Hoje a videoconferência, apesar de ser um recurso disponível, não é


utilizado. Considerando as características/demandas educacionais e
possibilidades de interação para Ead, o uso de videoconferência parece o mais
promissor para o Curso de Formação de Agentes Metrológicos. A previsão é de
utilizar em vários perfis/demandas de uso:

• Nos processos de formação de pré-requisitos, dando vazão ao entendimento


de conteúdos vitais ao processo de formação;

• No apoio à capacitação dos processos práticos, particularmente nos exames


de instrumentos metrológicos. O objetivo é de minimizar as dificuldades de
estabelecer especialistas em todos os órgãos delegados;
45

• No suporte às disciplinas, particularmente no atendimento de dificuldades de


aprendizagem pontuais, reforço ou recuperação de conteúdos;

• No incremento das discussões ao longo da formação, aproveitando as


possibilidades de interação com áudio e vídeo em tempo real,
particularmente nas discussões sobre os rumos da metrologia e suas
abordagens;

• Na articulação de eventos paralelos/ complementares ao programa do curso,


articulados com demandas do Inmetro e seus órgãos delegados

6.3.10. Formação Continuada (Recurso Novo)

Hoje não existem objetos de aprendizagem e/ou ambientes acessíveis que


permitam o desenvolvimento de ações de formação continuada, que podem ser
vitais à capacitação dos agentes metrológicos em atuação em todo o país. A
criação de materiais modulados, tal como proposta, pode cumprir essa função,
desde que articulada com outros recursos, dentre eles:

• Ambientes virtuais acessíveis a todos servidores do Inmetro e dos órgãos


delegados (potencializam o uso dos repositórios on-line);

• Criação de comunidades virtuais de debate técnico, favorecendo a troca de


informações dos especialistas das mais diversas áreas do Inmetro com os
agentes em atuação nos órgãos delegados. Essa proposta acentua processos
de mão dupla, ou seja, na mesma medida em que favorece o deslocamento
de informações dos especialistas para os agentes metrológicos (base da
cadeia de controle) mantém os primeiros conectados com a aplicabilidade
dos regulamentos que desenvolvem;

• Elaboração de objetos de aprendizagem combinados com materiais


periódicos, em parceria com a Diretoria de Comunicação, para acelerar a
difusão de novos regulamentos técnicos e procedimentos na área da
metrologia.
46

7. MATRIZ DE DESIGN INSTRUCIONAL

O Curso de Formação de Agentes metrológicos tem duração equivalente a


200 horas/aula (h/a), em dois módulos básicos com a seguinte composição:

Módulos Carga Horária


Metrologia Básica 60 h/a
Metrologia Legal 140 h/a
Total 200 h/a

A essa estrutura básica foi somada uma atividade extra, de ambientação


do aluno e experimentação das tecnologias envolvidas, como não compõem o
quadro de conteúdos ora previsto no processo de formação existente, recebeu o
nome de Unidade 0.

7.1. Unidade 0: Recursos e Atividades Virtuais.

Conteúdo: Apresentação do curso e seus recursos on-line. Atividades de


integração. Avaliação diagnóstica.

Descrição: Apresentação. Atividades dirigidas de exploração dos recursos


do ambiente com fórum onde são sondadas as expectativas dos alunos com
relação ao curso, perfil profissional e de formação, etc; Chats simulados com
propostas de discussão; Interações síncronas por videoconferência, para grupos
de interessem em horários determinados. Realização de avaliação diagnóstica
(encaminhamento de alunos com dificuldades em conteúdos vitais para revisão
de nivelamento).

Objetivos: Ambientação com o curso e com os recursos do ambiente,


tanto nas possibilidades assíncronas quanto síncrona. Realizar avaliação
diagnóstica para ambientar os alunos com a sistemática de avaliação on-line e
levantar as eventuais necessidades de reforço de “nivelamento”.
47

Figura 10 - Estrutura básica do Módulo Introdutório

Atividades Extracurriculares

Ao pensar em um processo de formação “conectado” às transformações


em na Metrologia, é preciso manter um olhar atento às oportunidades de
integrar o Curso de Formação de Agentes Metrológicos às discussões e eventos
pertinentes. Essa proposta de conteúdo já se alinha nessa direção, no entanto, é
possível expandi-la integrando o curso a atividades adicionais, extracurriculares.
A recente discussão na CORED sobre as Novas Abordagens Metrológicas na União
Européia, por exemplo, sugerem que há espaço para a realização de um debate
via teleconferência, integrando os órgãos delegados e com acesso permitido aos
alunos do curso.

7.2. MÓDULO I – Metrologia Básica

O módulo de Metrologia básica foi definido como uma etapa preliminar à


formação de Metrologia Legal, com objetivo possibilitar uma visão da
importância e dos fundamentos científicos da metrologia. Nessa proposta
procurou-se realinhar o modelo para, mais do que reafirmar certezas, ter uma
48

visão de possibilidades da metrologia, com vistas à formação de um agente


atento a um ambiente em transformação.

Em linhas gerais, o módulo se estrutura da seguinte forma:

Subunidade Carga horária


1. Grandezas e Unidades 20 h/a
2. Medição 20 h/a
3. Metrologia Aplicada 20 h/a
Total 60 h/a

Aula 1 - História da metrologia (realinhado).

Conteúdo: Importância da metrologia e a sua evolução. Novas


abordagens, conteúdo complementar (adicional): Importância da metrologia no
cotidiano (qual o seu alcance, onde falta metrologia?). Metrologia versus
desenvolvimento tecnológico. Novas abordagens da Metrologia Mundial; O futuro
da metrologia.

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com recursos


de hiperlinks para repositórios internos e externos ao Inmetro. Vídeos da história
da metrologia (10 drops de 3-4 min), ênfase na ilustração. Vídeos (novos) sobre
as abordagens adicionais (4 drops de 3-4 min). Encaminhamento de fóruns com
discussões sobre o papel da metrologia na sociedade atual, os problemas da
regulamentação versus velocidade do mercado, os rumos da metrologia no
mundo, novas abordagens e novas tecnologias. Recursos de apresentação de
trabalhos em grupo pode ser considerados nessas discussões.

Objetivos: Traçar um histórico da metrologia. Desenvolver a percepção do


papel da metrologia na sociedade moderna. Dimensionar a importância e
limitações em um mercado com transformações rápidas e com tecnologias
especializadas, muito recentes, traçando ao aluno um painel mais amplo dos
desafios que deve encontrar no cotidiano e no futuro. Introduzir a dinâmica de
discussões como parte do processo de formação.

Fóruns: Tira dúvidas da unidade e Fórum de Debate, com ênfase na


discussão sobre o futuro do controle metrológico.
49

Figura 11 – Aula 1 – História da Metrologia

Aula 2 - Conceitos de Grandezas e Unidades.

Conteúdo: Vocabulário de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia


(VIM). Definição de Garantia Metrológica e Qualidades Metrológicas de uma
Cadeia de Medição. Rastreabilidade. Calibração e Controle. Cadeias de
Calibração. Verificação. Erros de Medição e Cálculo de Erro. Conceito de
Incerteza de Medição. Importância e Determinação da Incerteza de Medição
através de Exemplos. Princípios de Mecânica dos Sólidos, Líquidos, Gases.
Termodinâmica. Eletricidade. Acústica. Outros Aplicáveis à Metrologia Legal.
Conceituação de Calibração e Verificação e suas Principais Diferenças. Erro
Máximo Admissível.

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com recursos


de hiperlinks para repositórios internos e externos ao Inmetro. Vídeos sobre
conceitos de grandezas e unidades (7 drops de 3-4 min), ênfase na ilustração,
com o uso de Quiz interativos intercalados aos vídeos. Exercícios on-line de
fixação (quis, de múltipla escolha) ao fim do conteúdo. Fóruns para tirar dúvidas
sobre os conceitos apresentados.
50

Objetivos: Além do domínio dos principais conceitos da metrologia, é


sugerido fazer uma reflexão sobre o VIM e sua aplicação nos aspectos mais
formais da prática metrológica. (Link com repositório adicional do VIM).

Fóruns: Fórum Tira dúvidas da unidade

Figura 12 – Aula 2 – Grandezas e Unidades

Aula 3 - Grandezas Físicas na Mecânica Clássica.

Conteúdo: 1. Força: Força e aceleração; Aceleração e velocidade. 2.


Trabalho e energia. 3. Pressão 4. Som.

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com recursos


de hiperlinks para repositórios internos e externos ao Inmetro. Vídeos de
Grandezas Físicas na Mecânica Clássica (8 a 10 drops de 2-4 min), ênfase na
ilustração, com o uso de Quiz interativos intercalados aos vídeos. Exercícios on-
line de fixação (Quiz, de múltipla escolha) ao fim do conteúdo.

Fórum: Tira dúvidas da unidade

Figura 13 - Aula 3 - Grandezas Físicas na Mecânica Clássica.


51

Aula 4 - Grandezas Físicas na Termodinâmica e na Eletricidade.

Conteúdo: 1. Temperatura, Dilatação 2. Eletricidade 3. Resistência 4.


Diferença de potencial 5. Circuitos elétricos.

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com recursos


de hiperlinks para repositórios internos e externos ao Inmetro. Vídeos de
Grandezas Físicas na Termodinâmica e na Eletricidade (8 a 10 drops de 2-4 min),
ênfase na ilustração, com o uso de Quiz interativos intercalados aos vídeos.
Exercícios on-line de fixação (Quiz, de múltipla escolha) ao fim do conteúdo.

Fórum: Tira dúvidas da unidade

Figura 14 – Aula 4 - Grandezas Físicas na Termodinâmica e na Eletricidade.

Fórum de fim de módulo: Conceitos precisos, práticas adequadas?


Discute os aspectos mais importantes dos conceitos e das grandezas físicas, além
dos erros mais comuns na sua aplicação. Estimulam-se os alunos a contar casos
conhecidos, ou evidenciar flagrantes através de fotos, onde há evidentes
problemas no uso dos conceitos grandezas e unidades e sua conversão. Serve
como atividade de fixação, entendimento dos conceitos e sua aplicabilidade
cotidiana.

Atividade de Avaliação de Final do Módulo: Prova de final de módulo


com possibilidade de prova de recuperação para os alunos que não atingiram a
nota mínima;
52

7.3. MÓDULO 2 – Metrologia Básica – Medição

Aula 1 - Sistemas de Medição.

Conteúdo: 1. Medições. Método de Medição. Amostra. Condições


Ambientais. Equipamento. Rastreabilidade. Operador. 2. Atividades de medição
Verificação. Calibração

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com recursos


de hiperlinks para repositórios internos e externos ao Inmetro. Vídeos de
Sistemas de Medição (7 drops de 2-4 min), ênfase na ilustração, com o uso de
Quiz interativos intercalados aos vídeos. Exercícios on-line de fixação (Quiz, de
múltipla escolha) ao fim do conteúdo.

Figura 15 – Módulo II / Aula 1 – Sistemas de Medição.

Repositório (Adidional): VIM.

Fórum: Tira dúvidas da unidade

Aula 2 - Instrumentos de Medição.

Conteúdo: 1. Parâmetros característicos dos sistemas de medição. Faixa


de indicação. Exatidão de um instrumento de medição. Repetitividade (precisão)
Reprodutibilidade. Faixa de medição. Valor de uma divisão. Incremento digital.
Resolução. Sensibilidade. Padrões de medida.

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com recursos


de hiperlinks para repositórios internos e externos ao Inmetro. Vídeos de
Instrumentos de Medição (10 a 12 drops de 2-4 min), ênfase na ilustração, com o
53

uso de Quiz interativos intercalados aos vídeos. Exercícios on-line de fixação


(Quiz, de múltipla escolha) ao fim do conteúdo.

Figura 16 – Módulo II / Aula 2 – Instrumentos de Medição.

Repositório (Adicional): VIM.

Fórum: Tira dúvidas da unidade.

Aula 3 - Erros de Medição.

Conteúdo: 1. Calibração. 2. Erros de medição: Erro sistemático. Erro


aleatório. 3. Expressão dos erros: Erro sistemático, Erro aleatório. Erro de
histerese. Erro fiducial. Erro máximo admissível.

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com recursos


de hiperlinks para repositórios internos e externos ao Inmetro. Vídeos de
Medição (7 drops de 2-4 min), ênfase na ilustração, com o uso de Quiz
interativos intercalados aos vídeos. Exercícios on-line de fixação (Quiz, de
múltipla escolha) ao fim do conteúdo.

Repositório (Adicional): Vídeos e Apostilas. Algarismos Significativos.


Conversão de Unidades com Potência de 10. Arredondamento. ISO GUM.
Glossário.
54

Figura 17 – Módulo II / Aula 3 – Erros de Medição.

Fórum: Tira dúvidas da unidade.

Aula 4 – Incerteza da Medição.

Conteúdo: 1. Definições Conceitos Básicos: Medição. Erros, efeitos e


correções. 2. Incerteza da medição. Principais Fontes de Incerteza. Avaliação da
Incerteza Padrão. Como expressar o resultado das medidas.

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com vídeos de


Incerteza na Medição (7 drops de 2-4 min), ênfase na ilustração dos conceitos,
com o uso de Quiz interativos intercalados aos vídeos. Exercícios on-line de
fixação (Quiz, de múltipla escolha) ao fim do conteúdo.

Repositório (Adicional): Vídeos e Apostilas. Algarismos Significativos.


Conversão de Unidades com Potência de 10. Arredondamento. ISO GUM.
Glossário.

Figura 18 – Módulo II / Aula 4 – Incerteza da Medição.


55

Fórum: Tira dúvidas da unidade.

Fórum: Debate: Medição e fatores de Erros.

Atividade de Avaliação de Final do Módulo: Prova de final de módulo


com possibilidade de prova de recuperação para os alunos que não atingiram a
nota mínima;

7.4. MÓDULO 3 – Metrologia Básica – Metrologia Aplicada

Aula 1 – Planilhas Eletrônicas.

Conteúdo: 1. Aplicação de planilhas eletrônicas na metrologia.

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, e com vídeos


de apoio produzidos com CAMTASIA sobre planilhas eletrônicas (5 drops de 3-4
min), ênfase na ilustração dos conceitos, com o uso de Quiz interativos
intercalados aos vídeos. Exercícios on-line de fixação (Quiz, de múltipla escolha)
ao fim do conteúdo, e atividades práticas dirigidas com o envio de arquivos para
o docente do curso.

Figura 19 – Módulo III / Aula 1 – Planilhas Eletrônicas.

Repositório (Adidional): Vídeocast de planilha eletrônica (Camtasia).

Fórum: Tira dúvidas da unidade.

Aula 2 – Aplicações Práticas.

Conteúdo: 1. Medidas de Comprimento. 2. Aceleração da Gravidade. 3.


Lei de resfriamento. 4. Medidas Elétricas.
56

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com vídeos de


apoio sobre a aplicação prática em diversos tipos de medição (8 drops de 2-4
min), ênfase na ilustração dos conceitos, com o uso de Quiz interativos
intercalados aos vídeos. As atividades práticas são realizadas com o apoio dos
tutores locais, em grupos onde persistirem problemas de aprendizado será
estudada a viabilidade de apoio do grupo com o uso de ferramentas de
videoconferência.

Figura 20 – Módulo III / Aula 2 – Aplicações Práticas.

Exercícios on-line de fixação (Quiz, de múltipla escolha) ao fim do


conteúdo.

Repositório (Adicional): Regulamentações associados à aplicação prática


para comprimento, medidas elétricas, temperatura e massa.

Fórum: Tira dúvidas da unidade.

Atividade de Avaliação de Final do Módulo: Prova de final de módulo


com possibilidade de prova de recuperação para os alunos que não atingiram a
nota mínima;

7.5. MÓDULO 4 - Metrologia Legal – Fundamentos

Aula 1 – Conceitos técnicos, legais e administrativos da Metrologia

Legal.

Conteúdo: 1. Sistema Metrológico Brasileiro. Características da Metrologia


Legal no Brasil. Infra-estrutura legal. Competência do Inmetro. Poder de polícia
57

administrativa. Delegação das atividades de metrologia legal. 2. Infra-Estrutura


Técnica e Administrativa.

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com vídeos de


apoio sobre a aplicação prática em diversos tipos de medição (7 drops de 4-5
min), ênfase na ilustração dos conceitos, com o uso de Quiz interativos
intercalados aos vídeos. Ao fim do módulo será disponibilizado material de
consulta e vídeos (estilo mesa redonda com 4 debatedores, duração de 30-45
min) para posterior debate em fórum que levantam discussões sobre o real papel
do Inmetro e órgãos delegados, efetividade do caráter meramente fiscalizador,
diferenças entre verificação x fiscalização e novas possibilidades de
terceirização das “atividades materiais acessórias”.

Figura 21 – Módulo IV / Aula 1 – Conceitos Técnicos, Legais e Administrativos.

Fórum: Tira dúvidas da unidade.

Fórum de Debates: Controle ou Parceria? Qual o papel social dos agentes


metrológicos?

Aula 2 – Instruções Operacionais da Metrologia Legal.

Conteúdo: 1. Equipe Metrológica. 2. Documentos Utilizados. 3.


Comportamento Ético e Profissional. 4. Atividades de Metrologia Legal. 5.
Aplicação das Marcas de Verificação. 6. Auditorias Técnicas.

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com vídeos de


apoio sobre o cotidiano operacional das equipes metrológicas (6 drops de 2-4
58

min), ênfase na ilustração do comportamento das equipes em situações de


campo, com o uso de Quiz interativos intercalados aos vídeos.

Figura 22 – Módulo IV / Aula 2 – Instruções Operacionais da Metrologia Legal.

Fórum de debates: Aspectos mais importantes no comportamento da


equipe metrológica. (Discussão sobre aspectos da prática de campo)

Fórum Final do Módulo: Debate: Metrologia Legal, limites e


aplicabilidades.

Atividade de Avaliação de Final do Módulo: Prova de final de módulo


com possibilidade de prova de recuperação para os alunos que não atingiram a
nota mínima;

7.6. MÓDULO 5 – Parte II - Metrologia Legal – Verificação/Ensaios

de Instrumentos de Medição e Medidas Materializadas

Aula 1 – Medição de Comprimento e Força - Verificação de Taxímetros.

Conteúdo: 1. Importância. Histórico e atribuições. Definições


Fundamentais. Taxímetro: Funcionamento. O Cronotacógrafo. 2. Características
Técnicas e Metrológicas dos Taxímetros. 4. O Controle Legal. 5. Verificação
Inicial. 6. Verificação Periódica. 7. Verificação Após Reparos. 8. Inspeção
Metrológica

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com vídeos de


apoio sobre a verificação dos instrumentos Taxímetros e Cronotacógrafos (10
59

drops de 2-4 min), ênfase na ilustração dos procedimentos de verificação,


preenchimento de formulários e cálculos, com o uso de Quiz interativos
intercalados aos vídeos. Os vídeos devem ser vistos em conjunto com os tutores
locais, e depois deve ser realizada atividade prática com os alunos, em
condições reais de verificação.

Figura 23 – Módulo V / Aula 1 – Taxímetros.

Fórum: Tira dúvidas da unidade, com tema de debate: Da teoria à


prática, o que muda?

Aula 2 – Medição de Fluidos - Verificação de Bombas Medidoras de

combustível líquido.

Conteúdo: 1. Objetivo e campo de aplicação. 2. Definições 3.


Classificação das bombas medidoras. 4. Limites de utilização. 5. Construção. 6.
Inscrições obrigatórias 7. Aprovação de modelo. 8. Exame inicial. 9. Aferições
periódicas. 10. Aferições eventuais. 11. Tolerâncias admissíveis. 12. Selagem.
13. Condições de utilização. 14. Disposições gerais

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com vídeos de


apoio sobre a verificação de Bombas Medidoras (10 drops de 2-4 min), ênfase na
ilustração dos procedimentos de verificação, preenchimento de formulários e
cálculos, com o uso de Quiz interativos intercalados aos vídeos. Os vídeos devem
ser vistos em conjunto com os tutores locais, e depois deve ser realizada
atividade prática com os alunos, em condições reais de verificação, em grupos
onde persistirem problemas de aprendizado será estudada a viabilidade de apoio
do grupo com o uso de ferramentas de videoconferência.
60

Figura 24 – Módulo V / Aula 2 – Bombas.

Fórum: Tira dúvidas da unidade, com tema de debate: Da teoria à


prática, quais são as maiores dificuldades para verificação de bombas
medidoras?

Aula 3 – Verificação de Instrumentos de Medição e Medidas

Materializadas - Medição de Massa.

Conteúdo: Introdução. Documentação pertinente. Definições. Requisitos


referentes à IPNA. Tipos de instrumentos (236/94). Tipos de equilíbrio.
Prescrições metrológicas. Erro máximo admissível (ema). Informações em
portarias de aprovação de modelo. Documentos, equipamentos e materiais
Condições gerais de verificação. Ensaios de Desempenho: IPNA classe III e IIII.
Ensaios em vários tipos de instrumentos de pesagem : 1 – Exatidão do dispositivo
de retorno a zero 2 – Pesagem 3 – Excentricidade 4 – Mobilidade 5 – Fidelidade 6 –
Exatidão do dispositivo de tara 7 – Pesagem com tara 8 – Estabilidade de
equilíbrio

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com vídeos de


apoio sobre a verificação de IPNA (Balanças) (10 drops de 2-4 min), ênfase na
ilustração dos procedimentos de verificação, preenchimento de formulários e
cálculos, com o uso de Quiz interativos intercalados aos vídeos. Os vídeos devem
ser vistos em conjunto com os tutores locais, e depois deve ser realizada
atividade prática com os alunos, com balanças instaladas no próprio telecentro,
em grupos onde persistirem problemas de aprendizado será estudada a
viabilidade de apoio do grupo com o uso de ferramentas de videoconferência.
61

Figura 25 – Módulo V / Aula 3 – IPNA.

Fórum: Tira dúvidas da unidade, com tema de debate: Da teoria à


prática, qual a importância social do controle sobre balanças comerciais e da
saúde?

Aula 4 – Controle Quantitativo de Produtos Pré-Medidos.

Conteúdo: Introdução. 2. Conceitos e operações matemáticas aplicadas


aos pré – medidos. Média aritmética. Desvio padrão. Erro. Algarismo
significativo. Arredondamento. Massa específica. 3. Tipos de exames aplicados
no controle de pré-medidos. Pré-exame. Coleta. Exame formal. Exame
quantitativo. Medidas de Comprimento. Número de Unidades.

Descrição: O conteúdo será estruturado na página do AVA, com vídeos de


apoio sobre a verificação de Produtos Pré-medidos (10 drops de 2-4 min), ênfase
na ilustração dos procedimentos de verificação, preenchimento de formulários e
cálculos, com o uso de Quiz interativos intercalados aos vídeos. Os vídeos devem
ser vistos em conjunto com os tutores locais, e depois deve ser realizada
atividade prática com os alunos, de preferência nos laboratórios de pré-medidos
do órgão delegado, em grupos onde persistirem problemas de aprendizado será
estudada a viabilidade de apoio do grupo com o uso de ferramentas de
videoconferência.
62

Figura 26 – Módulo V / Aula 4 – Pré-Medidas.

Fórum: Tira dúvidas da unidade, com tema de debate: Qual o impacto do


controle de pré-medidos na sociedade moderna?
63

8. CRONOGRAMA

8.1. Cronograma de Atividades para 2010

O restante do ano de 2010 é considerado base para arredondamento do


planejamento e reflexões sobre o perfil do curso, do corpo docente, objetivos e
limites e possibilidades da tecnologia e infraestrutura. Ao mesmo tempo,
propõe-se uma adequação do atual quadro de pessoal.
2010
Atividade
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Avaliação de recursos e DI

Reforço de Corpo Docente


Revisão de Conteúdos - Novo Modelo
Elaboração de Base de Conteúdos

Criação de Conteúdo ON-LINE


Melhoria dos Recursos de Interação
Web-Design / Implementação
Atualização e Hiperlinks

Vídeo - Elaboração de Piloto


Revisão de conteúdos
Elaboração dos Vídeos Curso
Integração com Repositório

Novo Projeto Gráfico


Elaboração de novos materiais
Atualização

Programa de Formação continuada


Programa de Formação Preliminar -
Nivelamento
Programa de Atividades Extra-curriculares

Elaboração de Repositórios de Apoio


Links com o Curso atual

Teleconferências e Recursos Síncronos


Infraestrutura e Rede
Desenvolvimento de Sistemas/Servidores
Atividades Simuladas / Integração ao Curso

Simuladores - Projeto e Experimentos


Elaboração de Núcleo Básico
Expansão de Base de Objetos
64

8.2. Cronograma de Atividades para 2011

2011 é o ano em que se afirmam as principais transformações no que diz


respeito ao conteúdo do curso, que passa por um realinhamento. É também ano
em que são realizados os primeiros materiais sob novo principio de interação,
permitindo avaliação prévia dos formatos propostos.
2011
Atividade
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Avaliação de recursos e DI

Reforço de Corpo Docente


Revisão de Conteúdos - Novo Modelo
Elaboração de Base de Conteúdos

Criação de Conteúdo ON-LINE


Melhoria dos Recursos de Interação
Web-Design / Implementação
Atualização e Hiperlinks

Vídeo - Elaboração de Piloto


Revisão de conteúdos
Elaboração dos Vídeos Curso
Integração com Repositório

Novo Projeto Gráfico


Elaboração de novos materiais
Atualização

Programa de Formação continuada


Programa de Formação Preliminar -
Nivelamento
Programa de Atividades Extra-curriculares

Elaboração de Repositórios de Apoio


Links com o Curso atual

Teleconferências e Recursos Síncronos


Infraestrutura e Rede
Desenvolvimento de Sistemas/Servidores
Atividades Simuladas / Integração ao Curso

Simuladores - Projeto e Experimentos


Elaboração de Núcleo Básico
Expansão de Base de Objetos
65

8.3. Cronograma de Atividades para 2012

2012 é o ano em que maior parte dos conteúdos já está consolidado no


novo formato do curso, e é quando está previsto o avanço mais substancial em
tecnologias de difícil implementação e nos repositórios adicionais.

2012
Atividade
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Avaliação de recursos e DI

Reforço de Corpo Docente


Revisão de Conteúdos - Novo Modelo
Elaboração de Base de Conteúdos

Criação de Conteúdo ON-LINE


Melhoria dos Recursos de Interação
Web-Design / Implementação
Atualização e Hiperlinks

Vídeo - Elaboração de Piloto


Revisão de conteúdos
Elaboração dos Vídeos Curso
Integração com Repositório

Novo Projeto Gráfico


Elaboração de novos materiais
Atualização

Programa de Formação continuada


Programa de Formação Preliminar -
Nivelamento
Programa de Atividades Extra-curriculares

Elaboração de Repositórios de Apoio


Links com o Curso atual

Teleconferências e Recursos Síncronos


Infraestrutura e Rede
Desenvolvimento de Sistemas/Servidores
Atividades Simuladas / Integração ao Curso

Simuladores - Projeto e Experimentos


Elaboração de Núcleo Básico
Expansão de Base de Objetos
66

9. RECURSOS

A atual proposta altera pouco o volume de recursos já disponibilizados


pelo Inmetro para seus programas de capacitação. De fato, muitas das atuais
propostas refletem a gradual adição de recursos novos, que tornam-se
disponíveis ao longo dos anos de 2010 e 2011. A ênfase é então a de melhorar o
aproveitamento dos recursos já locados e/ou prever como os recursos novos
possam ser melhor aproveitados.

9.1 Recursos Humanos

9.1.1. Profissionais Envolvidos

O desenvolvimento das atividades do Centro de Capacitação já conta com


um quadro de profissionais envolvidos diretamente na condução do setor, na
realização dos cursos de formação metrológica à distância; no suporte à
expansão da difusão da metrologia no setor industrial, em eventos e nas redes
de ensino técnico e superior; e na produção de materiais instrucionais
relacionados com as demandas de formação e difusão tecnológica da autarquia.
Ou seja, é uma equipe que se divide entre várias atribuições, dentre elas, o
Curso de Formação de Agentes Metrológicos.

É um quadro de pessoal que combina um quadro fixo de servidores


federais (em expansão) e profissionais terceirizados, contratado sob demanda
pela autarquia.

A eles foram adicionados alguns perfis de profissionais especializados em


TI e comunicação para avançar no desenvolvimento das ferramentas e recursos
desejados. Em linhas gerais, o quadro deve ser composto pelos seguintes
profissionais com suas respectivas atribuições28:

28
Muitas destas atribuições podem ser divididas, acumuladas, ou distribuídas entre vários
profissionais conforme o demanda do curso, disponibilidade e expansão de demandas em outros
projetos do CICMA;
67

• 1 Coordenação Geral (já existente). Responsável pela administração da área,


recursos e gestão da equipe, definição de política pedagógica e filosofia de
trabalho, aprovação final dos formatos-piloto e suas aplicações;

• 1 Coordenação de curso (já existente). Responsável pela administração e


gestão do curso, incluindo: calendários, políticas de curso, articulação com
os órgãos delegados, e gestão do Projeto Pedagógico;

• 1 Coordenação de conteúdo (já existente): Coordena os professores/tutores


das disciplinas e equipe multidisciplinar na elaboração do material didático
do curso, avalia material multimídia produzido, valida materiais multimídia
do curso.

• 2 Designers instrucionais (já existentes) ;

• 1 Coordenação de tecnologias (já existente);

• 8 professores especialistas, conteudistas/tutores (já existentes);

• 2 Tutores/assistentes de conteúdo (já existentes). Mediador e orientador das


atividades previstas na disciplina e acompanhamento do desenvolvimento de
cada aluno no uso dos recursos e instrumentos do Ambiente (Moodle).

• 25 tutores locais, nos órgãos delegados (já existentes);

• 25 facilitadores locais, nos órgãos delegados (já existentes);

• 70 operadores/suporte multimídia local, nos telecentros (a definir).


Responsável pela operação e manutenções nos telecentros distribuídos pelo
país. Auxiliam os tutores, facilitadores e alunos no uso dos equipamentos de
informática e multimídia nas atividades do curso. É responsável pelo suporte
local às ferramentas síncronas (Connect e IVA);

• 2 Coordenadores de núcleo (já existentes). Gerenciam os grupos de produção


multimídia (impresso, vídeo e virtuais) e estúdios das duas unidades de
produção (Xerém-RJ e Porto Alegre-RS);

• 2 Diretores/produtores de vídeo (já existentes). Dirigem a produção de


materiais em vídeo, áudio e ao vivo nas duas unidades de produção (Xerém-
RJ e Porto Alegre-RS);
68

• 3 Editores de vídeo (já existentes). Responsáveis pela edição (montagem) das


produções realizadas em vídeo, áudio e animações e sua preparação para os
repositórios e ambientes virtuais;

• 2 Operadores de suíte (já existentes). Apoio à produção de conteúdo,


especialmente na coordenação de equipe e switch (mesa de corte de vídeo)
realizadas em estúdio e/ou “ao vivo” na operação dos sistemas de broadcast
e suíte de sistemas síncronos;

• 3 Operadores de câmera / Vídeo (já existentes). Operam as câmeras de vídeo


durante as produções e/ou nas operações ao vivo de situações síncronas;

• 2 Auxiliares de produção (já existentes). Suporte à produção de vídeo e áudio


nas produções e operações ao vivo de situações síncronas. Respondem ainda
pela organização de estúdio e materiais de broadcast nas duas unidades
(Xerém-RJ e Porto Alegre-RS);

• 1 Designer/animador (já existente). Realiza Design e animações 2d e 3d para


simulações destinadas à vídeo e se integram a grupo que se dedica à
produção de simuladores virtuais;

• 1 Designer gráfico (a contratar). Responsável pela programação visual dos


materiais produzidos pelo setor. Realiza a edição e finalização dos tutoriais e
impressos (incluindo PDFs) destinados ao curso;

• 1 Web Designer (a contratar). Responsável pela criação e desenho do


ambiente do curso, desenvolvendo interface atraente, organizada e com boa
usabilidade. É responsável pelo desenvolvimento das infra-estrutura e
interface das páginas de repositório de apoio, se soma ao grupo que discute e
desenvolve simuladores;

• 1 Suporte de Informática (a definir): Auxilia os tutores e alunos no uso


adequado das ferramentas; cadastra senhas e gerência do site; dá apoio na
manutenção dos recursos de WWW; divisão e organização de grupos, chats e
fóruns, conforme proposta do curso; dá suporte às operação e uso de
ferramentas síncronas (connect e IVA).
69

• 1 Secretária de Curso (já existente) Auxilia a direção, coordenação e tutoria


nas atividades administrativas; encaminha registro acadêmico no ambiente
virtual, cadastramento e envio de materiais e certificados, etc.

9.2 Recursos Materiais/Tecnológicos

9.2.1. Ambientes de Trabalho

Os ambientes de trabalho da equipe de administração do curso, núcleo


pedagógico e núcleos de produção do Cicma estão distribuídos em duas unidades
do Inmetro, uma em seu campus de Xerém, no Rio de Janeiro e outra na
Superintendência do Inmetro do Rio Grande do Sul.

Na unidade de Xerém, conta-se com onze salas de trabalho


(desconsiderando-se estúdios, salas de treinamento e auditórios). No prédio nº 6,
anexo ao Auditório, encontra-se três salas que constituem a base da equipe de
produção e uma sala onde se encontra instalada a unidade de comando do
equipamento broadcast. Já no prédio 20, estão instaladas as ilhas de edição,
secretaria/coordenação, mais três ambientes onde se distribuem os profissionais
da área pedagógica e apoio administrativo do Curso.

Na unidade do Rio Grande do Sul, conta-se com três salas de trabalho


(desconsiderando-se estúdios, salas de treinamento e auditórios). Uma única
área de trabalho reúne a base dos profissionais que atuam na unidade, além de
duas salas de comando, numa encontra-se a unidade de comando do
equipamento broadcast e outra reúne as unidades de controle do equipamento
do auditório.

9.2.2. Telecentros

O Inmetro está instalando telecentros distribuídos nas sedes e regionais


dos órgãos delegados (lista em anexo), destinando mobiliário e equipamento
completo para integração à rede de formação do Cicma. É um investimento
substancial que inclui:
70

Equipamentos Quantidade
• Computadores monitor LCD 17¨para uso de aluno. 1200
Processador de núcleo duplo de 2,3 GHz (Gigahertz);
• Computadores e monitor 22¨ full HD para uso em 70
teleconferência e multimídia. Com núcleo quádruplo
(processador Intel i5), 2,5 GHz (+ overclock
automático), placas de vídeo dedicada de 1Gbit e três
saídas de vídeo, conexão firewire, rede gigabit .
• Impressora Laser P&B – A4 300 Dpi 70
• Roteador Wireless – 2,4 Ghz 70
• Nobreak 70
• Televisores LCD - 40¨ Full HD 70
• Home Theather - 300 W RMS 70
• Projetores Multimídia 2400 ANSI Lumens 70
• Tela de Projeção – 120¨ 70
• Câmera de Vídeo – USB 640x480 px, 30 FPS 70
• Microfones sem Fio – Cardióide, 2,4 Ghz 70

As Telesalas podem contar com duas configurações básicas, uma em


formato de mini-auditório; outra com o perfil de telesala com mesas dispostas
em U e computadores disponíveis para uso pelos alunos.

Figura 27 – Projeção das salas remotas com perfil de mini-auditório.


71

Figura 28 – Projeção das salas remotas com perfil de telesala.

9.2.3. Estúdios

Nas duas unidades de produção do conteúdo há espaços especialmente


projetados para transmissão e produção de vídeo, com equipamentos com
padrão broadcast29.

Estúdio Porto Alegre – RS

Muito embora possa receber a adição de alguns equipamentos para


adequar aos sistemas de transmissão, é a infra-estrutura que está em estágio de
instalação mais completo, com espaços e equipamentos plenamente funcionais.

A estrutura básica do estúdio do RS contempla iluminação cênica com


controles digitais programáveis, sistema dedicado de refrigeração e
tratamento/isolamento acústico. O ambiente foi organizado para ser usado como

29
Broadcast – referem-se a equipamentos especialmente projetados para uso por
emissoras de televisão e/ou produtoras de vídeo. Ou seja, são equipamentos robustos, com
capacidades de operar 24 horas por dia, 7 dias por semana, com alto padrão de qualidade de
sinal. No Inmetro utilizaram-se equipamentos de marcas consagradas no meio televisivo, tais
como Grass Valley, Thomson, Sony, Kraemer, entre outros.
72

“ambiente do professor”, com diversos recursos pedagógicos e interativos à


disposição como:

o Laptops com Sypódium30,

o Câmera de documentos,

o Louza - Quadro branco,

o Monitores de vídeo 42¨ para visualização de apresentações,


animações, vídeos, e/ou o sinal de áudio/vídeo dos alunos em
pontos remotos;

o Ponto Eletrônico, que permite comunicação com a suíte de


controle;

o Teleprompter, que auxilia o professor na leitura de textos prontos;

Na infra-estrutura de broadcast, destaque para:

o Câmeras profissionais com sinal digital SD e apoio de monitores


telepromter, tripés móveis e tally;

o Câmeras Robotizadas (PTZ), com sinal composto;

o Suíte de corte de vídeo profissional, digital, instalada em sala de


controle à parte, que integra diversos sinais do estúdio e do
auditório, de fontes adicionais, servidores de vídeo,
microcomputadores, geradores de caracteres, entre outros;

o Servidores de vídeo M-Series, que substituem as funções de


vídeotapes, com possibilidade de múltiplas gravações e
reproduções simultâneas, incluindo reprodução de playlists de
vídeos prontos e gravação de arquivos digitais, com envio de por
streaming de rede.

o Conversores de sinal, geradores de pulso e analisadores de ondas;

o Gerador de caracteres, para adição de informações e/ou animações


em sinal de vídeo;

30
Permite que o professor desenhe na tela, em sua apresentação por exemplo, e tenha
esse sinal transmitido em tempo real para os alunos.
73

o Além de microfones, sistemas de som e outros periféricos comuns


em estúdios de produção;

o Sistemas PET integrados aos ambientes de estúdio e Auditório;

o Computadores para integração aos sistemas de videoconferência;

A essa estrutura se soma, ainda, equipamentos para captação de cenas


em externas, constituindo-se de duas câmeras de perfil pro-consumer, com
câmeras mini-DV (Sony PD-170), além de tripés e outros acessórios para
produção.

Estúdio Xerém – RJ

A segunda unidade de produção, sediada em Xerém-RJ conta com a


mesma base de equipamentos broadcast que a unidade gaúcha, mas atualmente
se integra apenas ao Auditório do Inmetro de Xerém. A instalação do estúdio
está em fase de projeto e deve manter as mesmas características técnicas e de
funcionalidades.

9.2.4. Auditórios

O Inmetro mantém auditórios para eventos presenciais, tanto na sua sede


em Xerém quanto na unidade da Superintendência do Rio Grande do Sul. Na
articulação das infra-estruturas de ensino à distância buscou-se aproximar as
áreas de produção e transmissões a essa estrutura e adequá-las para permitir a
integração dos eventos presenciais aos futuros sistemas de teleconferência em
instalação no Cicma.

Auditório Porto Alegre – RS

O auditório gaúcho tem capacidade para receber 62 pessoas


presencialmente, além de ser adaptado com iluminação cênica e capacidade
para uso simultâneo de até três projetores multimídia, e câmeras robotizadas
PTZ. É uma estrutura que já se integra com as a suíte de produção, através do
deslocamento das câmeras broadcast e, por sua vez, às ferramentas de
videoconferência em uso pelo Inmetro.
74

Auditório Xerém – RJ

O auditório carioca tem capacidade para receber 300 pessoas


presencialmente, está recebendo projeto para instalação de iluminação cênica e
revisão de seu sistema de projeção. Essa estrutura já se integra com as a suíte
de produção broadcast e no momento está em fase de integração com as
ferramentas de videoconferência do Inmetro.

9.2.5. Ilhas de Edição, Pós-Produção e Softwares de Produção

Uma vez captado os vídeos, sejam através das câmeras em unidades de


externa, sejam em formatos de arquivo, nos estúdios de produção, as cenas são
combinadas em “ilhas de edição”31 e/ou unidades de pós-produção.

O Inmetro conta atualmente com três unidades de edição (duas unidades


em Xerém-RJ e uma em Porto Alegre-RS) baseadas em plataformas Apple - Mac
Pro, utilizando suítes Final CUT Studio, que combinam softwares de edição de
vídeo, animação, edição de som, colorização e autoração de DVD.

Além disso, utilizam unidades baseadas em Windows, com softwares


específicos para produção como Sony Vegas Studio (edição), Sony DVD Architecht
(autoração em DVD), 3D Max (Animação em 3D), Adobe After Effects (Pós-
produção, colorização e Animação em 2D), Adobe Flash Studio (animação web),
além de softwares de ilustração e composição de imagem, como o Photoshop,
Illustrator, Corel Draw, entre outros. Para autoração em vídeos a partir de
desktop de tela é utilizado o Techsmith Camtasia e pode-se utilizar o módulo de
documentos Presenter do Adobe Connect.

31
Ilha de Edição – É a denominação usual dada à área que se destina à montagem dos
vídeos em estações de televisão e/ou produtoras de vídeo. O nome se deve ao fato de que essas
unidades eram isoladas das demais áreas de produção para favorecer o controle absoluto dos
resultados e concentravam em um só lugar todos equipamentos de áudio, vídeo e efeitos
necessários para a realização dessas montagens.
75

9.2.6. Infra-estrutura de TI

Conexões

As características do programa de capacitação do Inmetro/Cicma, de


pesquisa de novas tecnologias aplicadas à rede de computadores, permitiram a
integração de suas unidades (tanto as sedes do Inmetro, quanto de seus órgãos
delegados), à infra-estrutura de rede da RNP – Rede Nacional de Pesquisa, como
instituições de pesquisa secundárias.

Figura 29 – Topologia de rede dos backbones da RNP.


76

Na prática, isso significa que todos os órgãos delegados podem ter acesso
a uma rede de dados de altíssimo desempenho, bastando resolver o fator “última
milha” de conectividade até os POPs regionais (que tem sede nas universidades
federais de cada estado).

Apesar dessa disponibilidade, apenas gradativamente os órgãos delegados


tem se integrado à rede da RNP. Uma parte dessas integrações está sendo
resolvda com a implantação gradual de anéis óticos metropolitanos nas capitais,
que aproximam a solução por fibra ótica das sedes dos órgãos delegados, em
outras foi preciso realizar a contratação de conexões junto à iniciativa privada.

Ou seja, gradualmente os telecentros se integram a uma estrutura capaz


não apenas de prover acesso à internet e aos recursos disponibilizados no
ambiente de aprendizagem, como também das ferramentas de videoconferência,
cujas características exigem conexões de melhor qualidade. Já as conexões com
as regionais no interior dos estados dependem de implantação de soluções
comerciais a cargo de cada órgão delegado. Atualmente o perfil dessas conexões
está sendo mapeado para permitir uma real avaliação da capacidade de
integração dos pontos remotos aos recursos que se pretende utilizar.

Além disso, a inauguração da rede de fibras da região metropolitana de


Porto Alegre deve desafogar as conexões à SUR-RS, hoje limitada a 8 Mbps. Essa
unidade concentra hoje todos servidores do Cicma (que veremos a seguir) além
dos servidores do SGI – Sistema de Gestão Integrada32, além das transmissões
experimentais do IVA33. Com a integração ao novo anel de fibra, essa integração
saltaria para 256 Mbps, eliminando os gargalos atuais.

A estrutura de rede desejável, considerando-se apenas as demandas do


CICMA34, deve ser constituída de:

32
Que controla a quase totalidade dos processos administrativos de maior parte dos
órgãos delegados
33
O IVA, sozinho, pode consumir de 1 a 2 Mbps (taxa de upstream) e 1 a 8 Mbps
(downstream), dependendo do perfil de qualidade e número de unidades remotas integradas ao
sistema.
34
Se a conexão não for dedicada aos Telecentros, por exemplo, deve ser dimensionada a
demanda de tráfego de dados de toda a unidade e adicionada aos valores propostos.
77

• Ao menos 16 Mbps (simétrico), para unidades produtoras de conteúdo


e/ou servidoras de conteúdo e streaming;

• Ao menos 8 Mbps (simétrico), para sedes de órgãos delegados com rede de


regionais distribuídas pelo interior do seu estado;

• Ao menos 2 Mbps (simétrico), para unidades com telecentros a integrar


por videoconferência;

• Ao menos 1 Mbps (simétrico), para áreas de conectividade precária, com


expectativa de uso apenas dos recursos disponíveis no ambiente virtual;

É desejável que essa estrutura de rede, considerando os pontos remotos


(telecentros), incluindo conexões e roteadores, seja compatível com o tráfego
de streaming multicast35, para integração dos pontos por videoconferência
utilizando o IVA (conforme veremos).

Servidores

A infra-estrutura do CICMA inclui, atualmente, três servidores de


aplicações, que hospedam:

• A Plataforma Moodle – instalada em um servidor Hp Proliant DL 320, com


processador de núcleo duplo;

• Sistema e repositórios do Adobe Connect – instalado em um servidor


SuperMicro SuperWorkstation 7036 series;

• Servidor Flash Media Server, para hospedagem/streaming de vídeos, além


dos sites do Cicma e Cronotacógrafo – Estes três recursos compartilham
um servidor Hp Proliant DL 320, com processador de núcleo duplo;

A estrutura de servidores deve ser constantemente monitorada e


redimensionada na medida em que cresçam as demandas do setor e do Inmetro.

35
O Multicast permite que um mesmo fluxo de dados (no caso, de streaming de áudio e
vídeo) atenda vários pontos simultâneos, potencializando os recursos de rede. É uma lógica
diferente do um-para-um que caracteriza as conexões Unicast, padrão do protocolo TCP-IP, que
geram fluxos paralelos (somando exigência de banda) a cada requisição de um mesmo fluxo de
dados.
78

Essa infra-estrutura está instalada fisicamente junto à área de TI da do


Inmetro-RS, se integrando à sua estrutura de apoio de roteadores, no-breaks,
geradores de força auxiliar, etc.

9.3. Recursos Didáticos:

9.3.1. Recursos de TICs

Moodle

O Inmetro já possui um Ambiente Virtual de Aprendizagem consolidado e


funcional a mais de quatro anos, baseado sob a plataforma Moodle, customizado.

As principais áreas do ambiente são acessíveis através de uma barra de


navegação mantida na parte superior do ambiente.

Figura 30 – AVA – Barra de funções.

A área de conteúdo reúne os principais recursos de aprendizagem


disponíveis. Mas esse conteúdo é disponibilizado no ambiente de forma a reduzi-
lo à condição de repositório (ver figura abaixo). A proposta é modificar a
apresentação do ambiente de forma a integrar páginas com o conteúdo, on-line,
de forma a favorecer o uso de elementos de ilustração, animações e hiperlinks.
79

Figura 31 – AVA – Conteúdo.

O fórum é a principal ferramenta de interação atualmente disponível no


curso. Mas ele está agrupado em uma área única, dispersa do conteúdo em
estudo, e pouco utilizado como recurso pedagógico, pois não expressa uma
estratégia de incorporação de discussões no aprendizado.

Figura 32 – AVA – Fórum


80

Adobe Connect (+Presenter)

Atualmente a SUR RS conta com uma licença para até 16 conexões


simultâneas aos Adobe Connect. Trata-se de um sistema que integra vários
recursos, grande parte deles em processos síncronos.

Figura 33 – Adobe Connect.

Através do Connect é possível integrar vários usuários utilizando apenas


um navegador de internet padrão, realizar videoconferências (divididos em
vários apresentadores, se for o caso), manter conversações por chat,
disponibilizar apresentações e/ou PDF para discussão, com navegação
sincronizada, compartilhar área de trabalho do computador, repositórios para
download, links para acesso, entre outras ferramentas síncronas. Ver aplicações
em (6.3.9. Recursos de Videoconferência Síncronos).

As sessões do Connect podem ser gravadas e assistidas de forma


assíncrona. Um módulo de edição do Connect, o Presentation, permite editar
vídeos, apresentações e documentos, preparando objetos educacionais
acessíveis através do Flash Media Server. Nesse recurso reside uma das propostas
do projeto para a apresentação de vídeos, na medida em que permite integrar os
pequenos módulos de vídeo do curso (aqui chamados de Drops) em uma interface
navegável por um menu interativo, além de permitir a adição do recurso de
81

Quiz, favorecendo a interatividade com o conteúdo e a rápida avaliação do


entendimento do conteúdo pelos alunos.

Figura 34 – Documento Interativo após produção no Adobe Presentation.

IVA

Dentre os recursos de videoconferência, conta-se com o IVA, um sistema


desenvolvido pelo grupo PRAV, da UFRGS36.

Figura 35 – Suíte do IVA

36
Em parceria com Inmetro, RNP e financiamentos da FINEP, CNPq e SEBRAE.
82

O Sistema IVA é uma solução multimídia desenvolvida para palestras


virtuais, cursos à distância, videoconferências, além de dezenas de outras
aplicações possíveis. Nele, novos conceitos em tecnologias de difusão são
utilizados para superar as limitações da distância física, ajudando a construir
redes de conhecimento baseadas na interação efetiva de vários pontos remotos.
Foi desenvolvido para teleconferências onde há uma exigência superior em
qualidade de sinal, mantendo recursos de rede otimizados37.

Entre as características do sistema, destacam-se o uso de multicast para


transmissão a muitos participantes, permitindo a conexão de até 200 pontos
remotos; a Interatividade com mensagens, vídeo e áudio; qualidade SD
Broadcast, equiparável à qualidade de DVD (720x486 pixels a 30fps); baixa
latência com uso de codificadores MPEG4, permitindo uma taxa típica de 1,4
Mbps, para vídeo SD; gerenciamento e moderação e dos sinais; transmissão de
câmera e/ou da tela do micro com recurso de PIP (Picture in Picture);

Na nova versão, o IVA além do modo videoconferência, que permitia


alternar rapidamente entre seis sinais de vídeo e ter seus áudios combinados
para transmissão simultânea, ganhou o modo “telepresença”, que permite a
escolha e transmissão visualização simultânea de até seis sinais nos pontos
remotos, em monitores independentes.

O uso do IVA é particularmente interessante na realização de


teleconferências e no apoio às aulas práticas. Ver mais aplicações em (6.3.9.
Recursos de Videoconferência Síncronos).

O maior limitador uso sistemático do IVA se relaciona com a exigência de


multicast funcional nas redes integradas à sessão de videoconferência. A solução
deve se basear na mudança da topografia do sistema, num desenvolvimento já
especificado entre Cicma e PRAV que deve se estender por todo o segundo
semestre de 2010. Uma vez implementada, essa solução deve acrescentar
demandas de infra-estrutura, distribuindo até cinco decodificadores e servidores
para geração distribuída de fluxos unicast escalonáveis.

37
Uma transmissão típica, com qualidade SD (720x480 pixels, a 30fps) exige algo em
torno de 1,4 Mbps.
83

9.3.2. Materiais de Apoio

Material Didático

Além dos materiais on-line, e dos manuais, vídeos e apostilas disponíveis


no ambiente virtual de aprendizagem, os alunos recebem uma pasta contendo
um DVD com o conteúdo completo do curso, apostilas sistematizadas das
disciplinas e o Manual do Aluno.

Espaço Físico

As telesalas são um espaço permanente para os alunos terem acesso ao


ambiente virtual. Nelas também são realizados os encontros presenciais,
realizadas as provas e onde são realizadas algumas das atividades práticas, com
suporte dos tutores locais. (Relação de equipamentos em 9.2.2. Telecentros)

Alguns ensaios e atividades de verificação de instrumentos, no entanto,


não realizadas em condições reais, em campo, aproximando os alunos das
condições encontram na atividade agentes metrológicos.

9.3 Recursos Financeiros

As atividades do Cicma são mantidas inteiramente com recursos próprios


do Inmetro. Mas qual o real impacto nas despesas correntes da Autarquia? Não
há resposta para esta pergunta. É difícil precisar as despesas da área com
instalações, custos fixos (como água, luz, telefone) pois não existem
ferramentas de controle de consumo individualizados por área. Outras despesas
são difíceis de levantar/estimar, como os custos e despesas decorrentes da
implantação e manutenção dos telecentros nos órgãos delegados, por exemplo.

As despesas de pessoal, por outro lado, permitem um levantamento mais


preciso, que no caso do Cicma combinam as despesas decorrentes da
manutenção de um quadro de servidores federais somado ao quadro técnico
terceirizado. Mas esse levantamento também não está livre de problemas. Tanto
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o corpo docente, quanto os quadros profissionais do próprio setor estão


diretamente envolvidos em outras atribuições.

Ainda assim, buscamos estimar alguns elementos de custos fixos e


variáveis, como forma de valorar os investimentos atuais no Curso de Formação
de Agentes Metrológicos. Consideramos o intervalo de um ano, a contar de
Agosto de 2010, como período de referência para estas projeções.
INVESTIMENTOS
Material VALOR VALOR
DESCRIÇÃO Qtde Meses
permanente UNIT TOTAL
Desenvolvimento IVA
1 7.600,00 6 45.600,00
Fase 1
Desenvolvimento IVA
1 7.600,00 8 60.800,00
Recursos Fase 2
Financeiros Implementação IVA
1 3.750,00 12 45.000,00
Fase 3 - Manutenção
Implementação IVA
4 5.000,00 4 20.000,00
Fase 4 - Cursos
Servidores IVA 5 7.000,00 35.000,00
Computadores+monitores 5 3.500,00 17.500,00
Licenças Atualizações de
Recursos 10 5.000,00 50.000,00
Software
materiais
Ilha de Edição 1 7.000,00 7.000,00
Periféricos 5 2.000,00 10.000,00
Depreciação/Manutenções 10 15.000,00 150.000,00
TOTAL DE INVESTIMENTOS 334.500,00
Custos

Centro de Quantidade VALOR Nº de VALOR


DESCRIÇÃO
Custos de itens MENSAL meses TOTAL

Energia 2.500,00 12 30.000,00


Água 200,00 12 2.400,00
Custos
Internet - - -
Fixos
Telefone 150,00 12 1.800,00
Salários e Encargos 230.000,00 12 2.760.000,00
Material de consumo 150,00 12 1.800,00
Passagens Aéreas 9.000,00 12 108.000,00
Custos
Variáveis Impressos 100,00 12 1.200,00
600,00
Mídias 50,00 12
TOTAL DE CUSTOS 2.873.400,00

Projeção de Despesas (Anual) 3.207.900,00


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O presente projeto se insere em uma lógica de melhoria das atividades.


Projeta-se que sua viabilização representa a adição em custos na ordem de
aproximadamente 12%, somando a previsão de crescimento dos custos fixos e os
investimentos previstos.

Nota: Perceba-se, no quadro acima, que nessa projeção estão incluídos os


valores a serem destinados ao desenvolvimento do sistema IVA. Não se trata
propriamente de alocar recursos da autarquia, já que os recursos para este
desenvolvimento serão deslocados de verbas já destinadas pelo MCT à RNP,
redirigidos para manutenção do grupo de trabalho. A rigor, apenas os custos de
manutenção (fase 3) e Cursos (fase 4), são atividades dirigidas diretamente à
implementação no Inmetro. Assim, para efeito de ilustração, mostram-se as
despesas de desenvolvimento da fase 1 e 2, mas apenas as 3 e 4 foram
consideradas na soma geral.
86

10. ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO

Ferramentas de avaliação podem ser utilizadas antes mesmo do início do


curso, na prova de seleção. Ou seja, ao tabular os resultados destas provas
podem ser construídos panoramas da formação prévia dos candidatos ao curso, e
os desafios apontados para iniciativas que busquem promover a assessabilidade.
Como resultados desse processo, podem ser preparados os materiais de
nivelamento do curso, que serão disponibilizados tanto para os alunos com
dificuldades em conteúdos considerados pré-requisitos, como para consulta
pública (como materiais preparatórios à seleção).

Logo no acesso ao curso esse processo de avaliação preliminar é


retomado, para subsidiar de forma mais precisa o encaminhamento dos alunos
com dificuldades aos módulos de conteúdo que necessita para acompanhar o
curso sem dificuldades adicionais, por conta de deficiências em sua formação.

A mudança de formato proposta aponta uma nova ferramenta para


avaliação de efetividade dos recursos de aprendizagem. Tratam-se dos pequenos
questionários (“Quiz”) que acompanham os mini-blocos de vídeo (aqui chamados
de Drops). O curso já mantinha o uso de vídeos como ferramentas de
aprendizagem como traço marcante. Ao reestruturá-lo com uma ferramenta de
avaliação igualmente modulada, é possível perceber de forma mais clara quais
destes apresentam os resultados alinhados com os objetivos de aprendizagem. A
fragmentação desses questionários pode ser também uma forma complementar
de fragmentação da avaliação dos alunos, atribuindo-lhes valor, mesmo que a
um peso pequeno.

A reestruturação do modelo de fóruns segue essa busca por novos


processos educacionais, a eles é dado um planejamento mais detido, com
objetivos de participação definidos, exigências claras ao que se espera dos
alunos, olhar mais atento aos resultados. Sobre os fóruns é possível perceber o
quanto foi possível avançar do modelo “capacitador” para o de “formação”, o
quanto a discussão revela e auxilia a formação com olhar mais amplo, o quanto é
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possível avançar em processos colaborativos. É natural que esses módulos,


quando existam, façam parte dos processos de avaliação dos alunos, mesmo que
com peso ponderado diante das avaliações convencionais.

O processo de avaliação formal segue sendo realizado através dos


processos on-line, ou presenciais diante dos tutores locais, no caso das
avaliações práticas. Mas seu confronto com os processos intermediários permitirá
perceber o quanto se avança na formação dos alunos. Mais, permitirá avaliar a
efetividade dos novos processos de interação, confrontado com os resultados
obtido pelo modelo atual, baseado em repositórios com baixíssima interação.

Para composição das notas das disciplinas de capacitação exclusivamente


on-line, utilizam-se os seguintes elementos:

Atividade Peso
Participação em Fóruns de Discussão (quando houver) 1
Realização dos Quiz (quando houverem) 1*
Participação em atividades extracurriculares (quando houverem) 1**
Avaliações formais por provas on-line. 5
* Permite a repetição da atividade e considera melhor desempenho entre as tentativas.
** Na forma de bônus por participação adicionado à nota média.

Para composição das notas das disciplinas de capacitação com perfil


“prático”, utilizam-se os seguintes elementos:

Atividade Peso
Participação em Fóruns de Discussão (quando houver) 1
Realização dos Quiz (quando houverem) 1*
Participação em atividades extracurriculares (quando houverem) 1**
Avaliações formais de atividades práticas, presenciais. 5
Avaliações formais por provas on-line (Parte Teórica). 5
* Permite a repetição da atividade e considera melhor desempenho entre as tentativas.
** Na forma de bônus por participação adicionado à nota média.

Considera-se aprovado o aluno que atingir média 7 (sete) na avaliação da


disciplina. Caso não atinja essa nota média o aluno poderá fazer uma prova de
substituição (para prova teórica e/ou prática, conforme disciplina) ou realizar
trabalhos, substituindo as avaliações das atividades complementares.
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11. REFERÊNCIAS

BERNARDES, Américo Tristão. Sistema Internacional de Unidades. Apostila do


Curso de Formação de Agentes Metrológicos, Aula 2. Rio de Janeiro: Cicma, sem
data.

__________. Grandezas Físicas na Mecânica Clássica. Apostila do Curso de


Formação de Agentes Metrológicos, Aula 3. Rio de Janeiro: Cicma, sem data.

GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Guanabara, 1989.

SILVA, Pedro Paulo Almeida. Evolução da Metrologia. Apostila do Curso de


Formação de Agentes Metrológicos, Aula 1. Rio de Janeiro: Cicma, sem data.

LEVY, Pierre. As tecnologias da Inteligência. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993.

MAGALHÃES, Maria Izabel Santos (org.) As múltiplas faces da linguagem.


Brasília: UnB, 1996.

MORAN, José Manuel. Novos caminhos do ensino a distância, no Informe CEAD


- Centro de Educação a Distância. SENAI, Rio de Janeiro, ano 1, n.5, out-dez de
1994, páginas 1-3.

PETERS, Otto. A educação a distância em transição: tendências e desafios.


Trad. Leila Ferreira de Souza Mendes. São Leopoldo, RS: Ed. Unisinos, 2004.

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