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Sumario
2
1. AMPLIFICADOR OPERACIONAL
1.1.Introdução
(a) (b)
a) Ro= 75Ω
b) Ri= 1MΩ
c) Av=100.000
d) LF= 8Hz
Eletrônica Aplicada - Prof Rômulo
e) Vio=2mV
f) SR=0,7V/μs
Pinagem do 741
1. Ajuste de offset
2. Entrada Inversora
3. Entrada Não Inversora
4. -VCC
5. Ajuste de offset
6. Saída
7. +VCC
8. NC (Não conectado)
(a)
Pinagem do 1458
1- Saída AO A
2- Entrada Inversora AO A
3- Entrada Não Inversora AO A
4- -VCC AO A e B
5- Entrada Não Inversora AO B
6- Entrada Inversora AO B
7- +VCC AO A e B
(b)
Fig1.2: Encapsulamento Dual inline - DIP ( a ) 741 ( b ) 1458
Malha aberta significa que não existe realimentação (saída conectada com
um das entradas), nessa condição a tensão na saída é dada por:
VS=AV.(V+ – V-)
Vs=100.000.(3-0)=300.000V!!
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Obviamente que não será essa a saída, pois a máxima tensão esta limitada à
alimentação, nessas condições dizemos que a saída satura. Se a alimentação
simétrica for ±12V a saída será aproximadamente +12V.
No outro caso, figura 1.3b, V+=0 e V-=3V a saída também satura, porem
negativamente e em um valor um pouco menor, aproximadamente -12V. No terceiro
caso, figura 1.3c, teoricamente a saída será nula, mas devido ás imperfeições do
circuito interno a saída será diferente de zero.
(a)
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(b)
Fig1.4: Montagem do amplificador operacional em malha aberta ( a ) circuito ( b ) layout na matriz de
pontos
Circuitos Básicos
Os circuitos que serão estudados a seguir são considerados básicos, pois deles
derivam a maioria das outras aplicações.
RO .R2
ROf
AV .R1
Exercícios Resolvidos
ExResol 1.1. Calcule VS e a corrente de saída do AO (IAO) no circuito.
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Solução:
Ve =1V AVf = - 4K7/1K = -4,7 logo Vs = AVf.Ve = -4,7.1V = - 4,7V
IL = -4,7V/10K = - 0,47mA( para cima) e IAO = I1 + I2 = 1mA + 0,47mA = 1,47mA
( entrando no AO )
Ve = 1.senwt(V)
Solução:
a) AVf = Vs/Ve = -10 logo Vs = -10.1.senwt = -10.senwt(V)
Formas de onda
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(a)
(b)
Simulação: Para ver a solução com simulação abrir o arquivo Experiência AO_02.CIR
Nesse circuito a tensão de saída estará em fase com a de entrada, figura 1.6.
Como podemos observar a realimentação continua ser negativa, mas o sinal a ser
amplificado é aplicado na entrada não inversora.
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Ri . AV
Rif
AVf
AVf
ROf RO .
AV
(a)
(b)
1.3.3. Buffer
Este circuito é caracterizado por ter ganho de tensão igual a 1, altíssima resistência
de entrada e baixíssima resistência de saída, sendo calculadas respectivamente por:
Rif Ri . Av
Ro
Rof
Av
(a) (b)
Fig1.9: ( a ) circuito com alta resistência de saída conectado em baixa resistência ( b ) Buffer
interfaceando circuito com alta resistência de saída e carga de valor baixo
(a)
Fig1.10: ( a ) layout na matriz de pontos do circuito da figura 1.9a ( b ) layout na matriz de pontos do
circuito da figura 1.9b
Exercícios Resolvidos
ExResol 1. 3. Determinar VS no circuito.
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Solução:
A tensão de entrada do circuito é
2 K .2V
Ve 2V
2 K 10 K
VS = 1.2V = 4V
ExResol 1.4. Qual a máxima amplitude que pode ter a tensão de entrada Ve para
que a saída não sature distorcendo a senoide de saída ?
Vsat = 10V
Solução:
A máxima amplitude de saída é 10V, como o ganho é AVf = 1 +10K/1K = 11 a
máxima amplitude da entrada será :
Vemáx = Vsmáx/11 = 10V/11 = 0,91V
ExResol 1.5. - Qual o valor de Ventr que resulta numa saída (Vsaida) igual a 8V no
circuito ?
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Solução:
O ganho do 2º estágio é AVf2 = 4 logo a tensão de entrada do 2º estágio será:
Vs1=VS/AVf2=8V/4=2V
Solução:
A tensão no ponto A é igual à tensão no ponto B (a corrente através do 10K é nula).
Como o ganho do segundo AO vale 2, com VS =6V a tensão na entrada (ponto B)
será igual a:
VB = 6V/2 = 3V.
(a) (b)
Fig1.11: Amplificador não-inversor com saída de potência ( a ) entrada CC ( b ) entrada CA
Exercícios Resolvidos
ExResol 1.7. No circuito pede-se calcular: a) Corrente na carga b) Corrente na
saída do AO
c)Potência dissipada na carga. Dado: =200
Solução:
I1 = VR1/R1 =5V/10K =0,5mA = I2 VR2 = 10K.0,5mA = 5V
como VL = VR1 + VR2 = 5 + 5 = 10V IL = 10V/100= 0,1A = 100mA.
b) IE = I2 + IL = 0,5 + 100 = 100,5mA IC
IAO =IB = IC/= 100,5mA/200 0,5mA
c) PDRL = VL.IL = 10V.0,1 A = 1W a potência dissipada transistor é calculada por
PDTR = VCE.IC = 5V.0,1 A=0,5W.
Ve = 1senwt(V)
Solução:
No semiciclo positivo conduz TR2 e TR1 corta, e considerando o valor de pico da
entrada (1V), a corrente em 1K e em 10K será I =1V/1K =1mA resultando uma
tensão na carga de
A tensão de pico na carga é VP =10V como é uma tensão senoidal o seu valor eficaz
é
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VPico 10V
VRMS 7,07V
2 2
Portanto a potência dissipada na carga será
PD
2
VRMS
7,07 0,5W 2
100 100
Exercícios Propostos
ExProp 1.1 Calcular VS em cada caso.
1a.
1b
ExProp 1.3. O circuito a seguir funciona como uma fonte de corrente constante
(mesmo que a carga mude de valor , o valor da corrente não muda ). Pede-se:
a) Valor da corrente na carga (IL)
b) Quais os limites que pode ter RL, na prática, para que o circuito possa funcionar
como fonte de corrente?
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ExProp 1.4. O circuito é um voltímetro de precisão. Qual o fim de escala para cada
posição
da chave?
-20dB/decada
10000
0
1000
1000
10
1
0
Fig1.12: Curva de resposta em freqüência
Ganho(dB) = 20.logVs/Ve
LF
-20dB/década
Em malha aberta:
LF = fCS – fCi = 10 -0 = 10Hz Ganho = 100.000
6
Logo GxLF = 100.000.10Hz =10 Hz=1MHz = fu= freqüência de ganho unitario
Vamos supor que esse AO é usado em um amplificador de ganho de malha fechada
igual a 10.
-20dB/decada
(a)
Ve
3us
4V
3us 2us
2V
t
(b)
Vs
4V
t
(c)
t
(d)
Fig1.15: Buffer – resposta a um pulso de entrada ( a ) circuito ( b ) entradas ( c ) saída ideal ( d ) saída
real
SR = 2V/1s = 2v/s ou
SR = 4V/2s = 2V/s isto significa que a tensão de saída não pode variar mais
rapidamente do que 2V a cada 1s, e, portanto se o sinal de entrada for mais rápido
do que isso, a saída não responderá distorcendo o sinal na saída.
dVS/dtMáx = w.VM
A conclusão: enquanto o slew rate do AO for maior do que w.VM (derivada máxima
da senoide) não haverá distorção, caso contrário a senoide começa a ficar achatada.
Exercício Resolvido
Vs≠0 Vs=0
(a) (b)
Fig1.18: ( a ) Amplificador operacional desbalanceado ( b ) tensão de offset de entrada aplicada em
uma das entradas
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VS
(a) (b)
Fig1.19: Amplificador operacional – correntes de polarização
Na prática as duas corrente são diferentes, então dizemos que existe uma
corrente de offset na entrada, e no manual é especificado o valor médio das
duas correntes que é chamada de corrente de polarização de entrada (IP).
IP = (IB1 + IB2)/2.
Tipicamente IP = 80nA.
(a) (b)
(c)
Fig1.20: Ajuste de offset ( a ) amplificador inversor ( a ) amplificador não inverso ( c ) com
terminais próprios
Simulação: Clique aqui e veja como fazer o ajuste de offset ArquivoAO_011.CIR
Do gráfico da figura 1.22 podemos observar que existe uma faixa muito estreita
para valores de Vi para os quais o ganho é constante e o AO tem
comportamento linear. Para valores de Vi compreendidos entre –0,1mV e
+0,1mV o ganho é constante e vale:
AV =VS/Vi =10V/0,1mV = 100.000 para Vi>0,1mV ou Vi< -0,1mV o AO satura
com 10V ou –10V.
(a) (b)
Fig1.23: Amplificador operacional 741 – Encapsulamentos ( a ) TO-99 ( b ) Dual In Line
1 – Ajuste de offset
2 – Entrada inversora
3 – Entrada não-inversora
4 – VCC
5 – Ajuste de offset
6 – Saída
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7 – +VCC
8 – NC(Não Conectado)
Alimentação 18V
Potência dissipada 500mW
Temperatura de operação 0ºC a 70ºC
Exercícios Resolvidos
ExResol 10 Qual a máxima freqüência que pode ter o sinal na entrada do
circuito para a saída não distorcer por slew rate ? Dado: SR = 1V/s
Ve = 0,5.senwt(V)
Solução:
Solução:
VS = -Rf/R.(v1 + v2 + V3 )
E se Rf=R
VS = - ( v1 + v2 + V3 )
Com ve1 e ve3 nulos obtemos a saída (vS2) devida só a Ve2. Resulta um circuito
análogo ao da figura1.27 e de maneira semelhante obtemos : vS2= ve2
Se fizermos Ve1 e Ve2 nulos a saída (VS3) devida só a Ve3 será: vS3=ve3
Para obter a saída (VS) devido às três entradas, somamos as três saídas
individuais, isto é,
VS = Vs1 + Vs2 + Vs3 = Ve1 + Ve2 + Ve3
Vs1= - R2/R1.ve1
Ad = R2/R1.
Neste caso o circuito realiza a diferença entre duas tensões, daí o nome de subtrator
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Exercícios Resolvidos
a.
Solução:
VS = -5K/1K.(2+(-3)) =-5.(-1) = 5V
b.
Solução:
VS = 5K/1K.(2 –3) =5.(-1V) = -5V
VS 2.R2
AVf 1
Ve R1
Como o amplificador diferencial da saída tem ganho unitário então VS’ = Vsaida
(a ) (b) (c)
Como podemos verificar das figura 1.33 é usado um único resistor, RG, para impor o
ganho de acordo com a expressão:
49,4 K
RG
G 1
desta forma se for requerido um ganho de 100 o valor de RG deverá ser de:
49,4 K
RG 500
100 1
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Exercícios Resolvidos
V1
AO1
VB
VA AO3 VS
V2
AO2
Solução:
6 K .12V 6 K 5.12V
E V2 = = 6V V1 = = 6,24V
6K 5 6K 6K 5 6K
Solução:
10 K .12V
VS’ = VB - VA Para 250C RNTC =10K logo V2 =6V ( ) e como V1 =
10 K 10 K
6V
10 K .12V
Para 500C RNTC = 5K logo V2 = = 8V
5 K 10 K
20 K
Ve = V2 – V1 = 8 – 6 = 2V VS’= AV.Ve = ( +2. ).2 = 10V
10 K
250C 500C
0V 10V
Solução:
VS =5.(V3 + V2 ) – 10.V1
Solução:
Ve = V2 - V1
Solução:
resultando o gráfico :
Quando não for disponível uma fonte simétrica, através de uma polarização
adequada, podemos usar uma fonte simples. Este tipo de polarização é análoga à
polarização classe A com transistores na qual a tensão de saída quiescente é fixada
em VCC/2
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Como não tem corrente em C, R1 e R2, e como as duas entradas tem mesmo
potencial, na saída Vs1 a tensão será igual a VCC/2 e na saída VS2 a tensão será igual
a zero.
Para um bom acoplamento sem perdas (VSM1= VSM2) os capacitores devem ter
reatancia desprezivel em relação à resistência em série com eles, sendo
dimensionados por :
1 1
C1 = e C2 = onde fCi é a frequência de corte inferior do
2. . f Ci .R1 2. . f Ci R L
circuito
Exercícios Resolvido
Solução:
a) Formas de onda
O ganho vale 10 com inversão de fase, desta forma o valor de pico da saída será 10
vezes maior que o valor de pico da entrada (0,2V). A figura a seguir mostra as
formas de onda de entrada e de saída nos pontos Vs1 e Vs2.
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Simulação: Para ver a solução com simulação abrir o arquivo ArquivoAO_019. CIR
(a)
(b)
( c com
Fig1.37: Formas de onda no amplificador não inversor ) fonte simples ( a ) entrada ( b ) saída do
AO ( c ) saída depois de C3
1 1 1
C1 C2 C3 fCi = freqüência de corte inferior
2. . f Ci .
R 2. . f Ci .R1 2. . f Ci .RL
2
Exercício Resolvido
Solução:
1 1
C1 = = 0,063 F=63n
R 2. .50.50.10 3
2. . f Ci .
2
1 1
C2 = = 0,318 F
2. . f Ci R1 2. .50.10.10 3
1.6.6. Integrador
Fig1.38: Integrador
1
Vs
R.C
. Vedt
Por exemplo, se a entrada for uma tensão constante, a saída será uma
rampa. Se for uma tensão positiva a rampa será descendente (inclinação negativa),
se for uma tensão negativa a rampa será ascendente (inclinação positiva).
(a) (b)
Fig1.39: Resposta de um integrador a um degrau de tensão ( a ) positiva e ( b )
Negativo.
R2
Av
R1
1
R P daí obtemos
2. . f C .C
(a)
10.fc
(b)
Fig1.40: Integrador com resistor limitar de ganho ( a ) circuito ( b ) curva de resposta em freqüência
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Exercício Resolvido
1
fC 160 Hz
2. .10.10 3.0,1.10 6
Portanto, para freqüências muito acima de 160Hz teremos uma boa integração, isto
é, obteremos na saída uma onda triangular com grande linearidade.
(a)
(b)
Quanto maior for a frequência do sinal em relação à frequência de corte, melhor será
a integração do sinal. A figura 1.42 mostra a saída do integrador quando a entrada é
quadrada e de freqüência menor do que a freqüência de corte.
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f=100Hz
Fig1.42: Formas de onda de entrada e saída do circuito da figura 1.41a quando a freqüência é
menor que a freqüência de corte
f=2KHz
Fig1.43: Formas de onda de entrada e saída do circuito da figura 1.41a quando a freqüência é
muito maior do que a freqüência de corte
1.6.7. Diferenciador
Fig1.44: Diferenciador
dVe
V S R.C.
dt
(a)
(a) ( b)
Fig1.45: ( a ) Diferenciador prático e ( b ) curva de resposta em freqüência
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Exercício Resolvido
1
fC 1600 Hz
2. .10 3.0,1.10 6
Para freqüências muito abaixo de 1600Hz a saída serão pulsos muito estreitos e
negativos na borda de subida e positivos na borda de descida.
(a)
(b)
Simulação: Para ver a solução com simulação abrir o arquivo ArquivoAO_024.CIR
Como sabemos se todos os resistores do somador são iguais a saída será a soma
invertida das tensões de entrada.
Vs=-(V1+V+V3)
Consideremos um caso em que os valores são múltiplos de 2, isto é, R, 2R, 4R, etc,
como indicado na figura 1.46 Neste caso s saída será dada por:
V2 V1
VS (V3 )
2 4
V2 V1
VS (V3 )
2 4
Começando com V3 até V1, cada entrada dará um valor exatamente a metade
da anterior, em outras palavras, a entrada V3 apresenta um ganho de 1, a entrada
V2, um ganho de 0,5 e a entrada V1 um ganho de ¼. Esses valores foram escolhidos
de acordo com o peso do sistema de numeração binário. Podemos então dizer que
a entrada V3 corresponde ao MSB (Bit Mais Significativo) e a entrada V1 ao LSB
(Bit Menos Significativo).
Consideremos o circuito a seguir no qual podemos ter 8 combinações para
as 3 entradas (A3,A2,A1), correspondentemente teremos 8 valores de tensões na
saída. A tabela a seguir mostra os valores de tensões da saída para cada uma
combinação da entrada.
A3 A2 A1 Vs
0 0 0 0
0 0 1 -1,25V
0 1 0 -2,50V Observar que o passo na seqüência binária é 1,25V.
0 1 1 -3,75V
1 0 0 -5,00V
1 0 1 -6,25V
1 1 0 -6,50
1 1 1 -8,75V
Uma alternativa ao conversor de resistor de peso é o que usa somente dois valores
R e 2R, isso é importante pois uma diversidade muito grande de valores pode
diminuir a precisão do conversor.
Exercício Resolvido
1.6.9. Filtros
(a) (b)
(c) (d)
Fig1.50: Curvas de resposta em freqüência dos tipos de filtros
A seguir na figura 2.42 um filtro ativo passa baixas de um pólo. Para esse circuito a
expressão do ganho (Vs/Ve) é dada por:
VS AVf
Ganho
Ve f
1 j( )
fC
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R2
onde AVf 1 é o ganho no patamar (ganho DC)
R1
1
fC é a freqüência de corte
2. .R.C
Fig1.51: Filtro Passa Baixas de primeira ordem - Curva de resposta em freqüência do ganho
Fig1.52: Filtro Passa Baixas de primeira ordem - Curva de resposta em freqüência da fase do ganho
A seguir na figura 1.53 um filtro ativo passa baixas de dois pólo (queda de
40dB/década), sendo assim denominado por ter dois circuitos RC. A análise
matemática avançada mostra que a resposta é a mais plana possível quando o
ganho de malha fechada vale 1,586, ou 4dB, desta forma a relação entre R1 e R2
é dada por:
1
fC
2. .R.C
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Fig1.54: Filtro Passa Baixas de segunda ordem - Curva de resposta em freqüência do ganho
O gráfico da figura 1.55 mostra os dois cursores separados por uma década
de freqüência (o primeiro indica 200Hz e o segundo indica 2KHz), a diferença nos
ganhos é de 40dB isto é, a queda do gráfico é de 40dB/decada.
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Baseado no gráfico da figura 1.57 podemos construir circuitos comparadores nos quais
comparamos uma tensão com uma referencia.
(a) (b)
Fig1.58: Comparador de zero não inversor e característica de transferência.
Por exemplo, se Ve=1.senwt(V) no circuito da figura 1.58a a saída será uma onda
quadrada de mesma freqüência e em fase com o sinal de entrada.
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(a) (b)
Fig1.60: Comparador de zero inversor e característica de transferência
Vs
Ve
V2 V1
‘
(a) (b)
Fig1.62: ( a ) Circuito comparador de zero com histerese (b ) curva de transferência
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Observe que, o circuito terá imunidade contra ruído, porem para mudar de +VSat para -
VSat a amplitude do sinal deve ser maior do que V1 e para mudar de - VSat para + VSat a
amplitude do sinal deve ser menor do que - VSat.
Exercício Resolvido
ExResol 24. Vamos supor o circuito da figura 1.54a. Desenhar a forma de onda de
saída se a entrada for senoidal e de 4VP e R1=2K e R2=10K e Vsat(+)=+13V e
Vsat(-)=-13V
2 K .13V 2 K . 13V
V1 2,16V V2 2,16V
2 K 10 K 2 K 10 K
Observe que a forma de onda continua a ser quadrada, porém com uma leve
defasagem. Quanto maior for o valor de pico da senoide em relação à V1 e V2 menor
será a defasagem.
(a)
(b)
Fig1.63: Comparador de nível inversor- Circuito ( a ) – Curva de transferência ( b )
Exercício Resolvido
ExResol 25 Desenhar o gráfico de VSxt para o circuito consideando que a tensão de
entrada é senoidal e de 4V de pico
VSat =±14V
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Solução:
A tensão de referencia é a tensão na entrada não inversora e vale :
Enquanto Ve< 2V a saída será alta ( +14V ) e quando Ve >2V a saída será baixa (-14)
Solução: Para que o LED acenda a tensão na entrada não inversora deve ser maior do
que a tensão na entrada inversora, isto é:
4 K .12V Rv.12
V 4V e como V
8K 4 K Rv 10
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Rv.12
então para o LED acender V > 4V ou
Rv 10
Rv>5K
1.7.5. Monoestável
Após o circuito ter voltado ao estado estável ainda demora um tempo para que o
circuito possa dar inicio a um novo ciclo, isto porque apesar da saída ser +VCC o
capacitor ainda está se carregando, no caso através de R (33K), o que pode levar a
tempos de recuperação (trec) da mesma ordem de grandeza de Ti. Para diminuir o
tempo de recuperação do circuito a carga de C deve ser feita através de outra
resistência, no caso da figura 1.66 a resistência R6 de 100 Ohms.
1.7.6. Astavel
nesse instante a saída mudará para - VCC e o capacitor começará a se carregar através
de R tendendo a tensão agora para - VCC. Quando a tensão no capacitor for mais
negativa que a tensão na entrada V+ a saída voltará para +VCC e assim sucessivamente.
(a)
(b)
Onde
Caso seja necessário semi períodos diferentes pode ser usado o circuito da figura
1.68a.
(a)
(b)
Fig1.68: Astável assimétrico ( a ) circuito ( b ) formas de onda
Eletrônica Aplicada - Prof Rômulo
Na figura 1.68a se a saída é alta C se carrega através de R4 e diodo D2. Quando a saída
é baixa o capacitor se carregará através de R3 e D1, desta é possível ter o tempo alto (
TH ) diferente do tempo baixo (TL).
Exercício Resolvido
ExResol 26 Na figura 1.68a são dados : R1 = 10K = R2 R3 =20K R4 =40K C
=0,1μF.
Calcule os tempos em nível alto (Vcc) e nivel baixo (-Vcc).
Solução: Primeiramente calculemos os tempos alto e baixo.
Na prática, podemos associar às tensões VR2 e VR1 uma variável qualquer como
temperatura (T2 e T1 ). A tensão Ve por outro lado pode ser obtida num divisor de
tensão que tem um termistor. Enquanto a temperatura estiver dentro de uma
determinada faixa nada. Se a temperatura sair da faixa soa um alarme.
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2.1. Introdução
1 – GND
2 – Trigger (Disparo)
3 - Saída
4 - Reset
5 – Controle de tensão
6 – Threshold (Limiar)
7 – Descarga
8 - VCC
(a)
(b)
Fig2.1: CI 555 – ( a ) pinagem ( b ) Diagrama de blocos interno
Comparadores (1): Num comparador a saída será alta (nível lógico 1 ou VCC) se V+
> V- e será baixa (nível lógico 0 ou 0V) se V+ V-. A figura 2.2a mostra um
comparador com a saída alta e a figura 2.2b com saída baixa.
Eletrônica Aplicada - Prof Rômulo
Fig2.2: Comparadores
(a) (b)
Fig2.3: Flip Flop RS - (a) Símbolo (b) Tabela Verdade
Buffer de Saída (3): Tem como finalidade aumentar a capacidade de corrente do CI.
A corrente de saída do CI está limitada a 200mA, podendo entrar ou sair. Observe
que o buffer inverte a sua entrada, isto é, a saída do CI é Q.
(a)
(b)
Fig2.5: Astável ( a ) Circuito básico ( b ) Diagrama de bloco
2
Quando porém VC .VCC o FF resetará, isto é, na figura 2.5 R = 1 e S = 0 e
3
nesse instante a saída vai a zero, saturando o transistor interno e fazendo C se
descarregar através de RB e pelo transistor interno.
Eletrônica Aplicada - Prof Rômulo
(a)
(b)
Fig2.6: Formas de onda no astavel ( a ) no capacitor ( b ) na saída
Observe que o tempo alto é maior que o tempo baixo pois a carga se dá por (RA +
RB) e a descarga por RB. Caso se deseje tempos iguais deve-se impor RB muito
maior do que RA, sendo que RA deve ter valor de pelo menos 1K para que o
transistor interno não sofra danos.
Exercícios Resolvidos
Simulação: Para ver a solução com simulação abrir o arquivo ArquivoAO_45. CIR
.
Simulação: Para ver a solução com simulação abrir o arquivo ArquivoAO_046. CIR
Exercícios Propostos
ExProp Projetar um astável simétrico com 555 que oscile em 20KHz. Dado VCC =
12V.
ExProp Projetar um astável que gere uma forma de onda que tenha TH = 1ms e
TL = 3ms.
ExProp Projetar um astável com 555 que gere uma forma de onda com TH=3ms e
TL=1ms
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2.3. Operação Monoestavel
CH
(a)
CH
(b)
Fig2.7: Monoestável: ( a ) Circuito básico com componentes externos e internos ( b ) bloco com
componentes externos
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Ti=1,1.R.C
2.3.1. Temporizador
Simulação: Para ver a solução com simulação abrir o arquivo ArquivoAO_047. CIR
E para o monoestavel:
Ti = 1,1.82.103.0,047.10-6 = 4,2ms
Desta forma na saída o período será: TB= 5,92ms e como o período da entrada é
TA=2,96ms então a freqüência da saída é am metade da de entrada.
(a)
(b)
(c)
Simulação: Para ver a solução com simulação abrir o arquivo ArquivoAO_048. CIR
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3. Transistor Unijunção
(a) (b)
Fig3.2: ( a ) Polarização e ( b ) circuito equivalente do UJT
Na figura 3.2b enquanto VE < 0,7 + VRb1 o UJT estará cortado, pois o diodo está
reversamente polarizado.
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RB1
VRB1=η.VBB e é a razão intrínseca de disparo cujo valor
RB1 RB 2
está compreendido entre 0,5 e 0,8.
Após ter disparado, o UJT só voltará a cortar novamente quando a tensão de emissor
não for mais suficiente para manter a polarização direta da junção, essa tensão é
chamada de tensão de vale, VV.
(a)
(b)
(c)
I
VC .t
C
(a) (b)
Fig3.6: Gerador dente de serra ( a ) circuito com transistor ( b ) circuito com fonte de corrente ideal
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No circuito da figura 3.6.a, o transistor, R1, R2 e R funcionam como uma fonte
de corrente constante, desta forma a carga de C é linear. Quando VC atingir Vp, o UJT
dispara e C se descarrega bruscamente, e quando VC for menor do que VV o UJT volta
ao corte e o ciclo recomeça. A figura 3.6b mostra a forma de onda da tensão no
capacitor.
(V P VV ).C
O período das oscilações é dado por: T
I
U 1 0,7 R1
Onde I e U1
R R1 R2
Exercícios Propostos
VC
4. Tiristores
O estudo dos tiristores deve começar pelo dispositivo que origina toda a família,
o diodo de quatro camadas ou diodo Shockley (não confundir com o diodo Schottky,
diodo com duas camadas e usado para altas freqüências). As figuras a seguir
mostram a estrutura, símbolo e curva característica.
Aumento de temperatura
Incidência de radiação luminosa (LASCR – SCR ativado por luz)
Taxa de variação de tensão (dv/dt)
Injeção de corrente (SCR)
A(Anodo) A(Anodo)
K(Catodo) K(Catodo)
(a) (b)
Fig4.2: ( a ) Diodo de 4 camadas unilateral ( b ) Circuito equivalente com transistores
A corrente de anodo pode ser determinada em função dos ganhos de corrente dos
transistores da figura 4.2b, resultando a expressão a seguir:
I CBO1 I CBO 2
IA
1 (1 2)
Da expressão acima concluímos que, para baixos valores de corrente (corte) como os
valores dos ganhos são também baixos, então a corrente de anodo tem valor
próximo da corrente de fuga, dizemos que o dispositivo está cortado (comportamento
de chave aberta).
IG2>IG1
IG1 IG=0
UBO
Quando a tensão de anodo atingir o valor UBO, o SCR dispara, isto é, a corrente de
anodo passa bruscamente de zero para um valor determinado pela resistência em
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série com o SCR. A tensão no SCR cai para um valor baixo (0,5V a 2V), nessas
condições o SCR tem comportamento de chave fechada, mas com dissipação de
potencia.
O disparo pode ser justificado da mesma forma feita para o diodo de quatro camadas
através do modelo com dois transistores. A diferença é que, com a presença do gate,
a injeção de corrente permitirá controlar o disparo da estrutura de 4 camadas.
Se for injetado uma corrente na porta (gate), será possível disparar o SCR com
tensões de anodo bem menores do que UBO. Quanto maior a corrente de porta
injetada, menor a tensão de anodo necessária para disparar o SCR, dai o nome diodo
controlado.
Após o disparo, o gate perde o controle sobre o SCR, isto é, após o disparo o
gate pode ser aberto ou curto circuitado ao catodo que o SCR continua conduzindo. O
SCR só volta ao corte quando a corrente de anodo cair abaixo da corrente de
manutenção (IH).
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A tensão máxima que pode ser aplicada entre anodo e catodo no sentido
direto com IG=0 como vimos é chamada de UBO, mas muitas vezes é designada de
VDRM esta informação muitas vezes vem codificada no corpo do SCR, por exemplo:
Outra informação importante é a máxima tensão reversa que pode ser aplicada sem
que ocorra breakdown, é designada por VRRM, tipicamente é da mesma ordem de
VDRM. Os valores de corrente também devem ser conhecidos, IT, é a máxima corrente
que o SCR pode manipular e pode ser especificada em termos de valor continuo ou
eficaz (RMS) e depende da temperatura e do ângulo de condução (F). Por exemplo, o
TIC 106 pode conduzir uma corrente continua de até 5A.
A corrente de gate necessária para disparar o SCR é designada IGT e pode ser da
ordem de A no caso do TIC 106.
Encapsulamento: TO-220
No circuito da figura 5.8b existem dois reed switch ou relé reed em serie. Esses
dispositivos na presença de um campo magnético fecham um contato interno, desta
forma a corrente em R1 não entra no gate com os dois fechados . Quando qualquer
um dos imãs se afastar o contato abre, desviando a corrente para o gate e
disparando o SCR que energiza a bobina do relé.
(a) (b)
(a)
(b)
(a)
Fig4.10: Disparo por CA com carga CA ( a ) circuito genérico ( b ) formas de onda de entrada e carga
A tensão na carga tem um valor médio (V DC) que pode ser calculada usando o calculo
diferencial e integral. Através do cálculo diferencial e integral pode-se demonstrar que
a tensão média (contínua ) na carga é calculada por :
V M .(1 cos F )
V DC onde VM é o valor de pico da tensão senoidal de entrada e
2.
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F é o ângulo de disparo
Obs: A tensão média é a tensão que será medida por um voltímetro CC.
VM
que é exatamente o mesmo valor obtido em um retificador de meia onda com
diodo comum.
Por cálculo integral também obtém-se a expressão que dá a tensão eficaz (VEF ou
VRMS) na carga:
Se F = 180º VRMS = 0
Obs: A tensão eficaz está relacionada à potência dissipada na carga e pode ser
medida usando um instrumento TRUE RMS.
Exercício Resolvido
Considere que no circuito da figura 4.10a o angulo de disparo é 60º e que RL=100.
Calcular : a) Tensão e corrente contínua na carga b) Potência dissipada na carga
= . = 75V
PD = = = 56,25W
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4.2.6. Retificador Controlado de Onda Completa em Ponte
(a)
(b)
Fig4.11: Retificador de onda completa controlado ( a ) circuito genérico ( b ) formas de onda de entrada
e carga
Neste caso a tensão continua e a tensão eficaz na carga são calculadas por:
que são os mesmos valores do circuito retificador de onda completa com diodo
comum
(a) (b)
Fig4.12: ( a ) disparo vertical ( b ) disparo horizontal
(a)
(b)
Se a carga for colocada antes da ponte a corrente será nos dois sentidos e nesse caso
a carga deverá ser CA, por exemplo, uma lâmpada ou uma resistência aquecedora.
(a)
(b)
Podemos notar na figura 4.16 que o retardo introduzido (Δt) é tanto maior quanto
menor (caso 2) for a variação da tensão. Quando o disparo é feito por pulso esse
retardo é praticamente nulo, isto é, caso o pulso tenha amplitude e duração suficientes
ao ser aplicado dispara todos os SCR’s no instante que é aplicado independentemente
da amplitude da tensão de disparo de gate (VGT).
VL
VS VC
VRB1
VRB1
θF θF
(a)
(b)
Fig 4.20: Forma de onda no disparo por SCR’s em antiparalelo usando transformador de pulso 1:1:1
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4.3. DIAC e TRIAC
4.3.1. O DIAC
O Diodo de quatro camada bilateral (DIAC = DIode AC) é um dispositivo de
quatro camadas que pode conduzir nos dois sentidos quando a tensão aplicada, com
qualquer polaridade, ultrapassar um determinado valor chamado de tensão de
breakover (UBO), voltando a cortar quando a tensão (corrente) cair abaixo de um valor
chamado de tensão (corrente) de manutenção, UH (IH ). A figura 4.21 mostra a
estrutura interna, o símbolo e a curva característica.
BR 100
Encapsulamento: DO - 41
DB3
Encapsulamento: DO - 35
(a)
Fig 4.22: Controle de carga AC usando SCR ( a ) circuito ( b ) formas de onda na carga
O mesmo resultado, controle de carga AC, pode ser obtido usando um único TRIAC.
Os circuitos de disparo para o TRIAC são semelhantes aos usados para disparar o
SCR.
(a) (b)
Fig 4.23: Controle de carga AC usando TRIAC ( a ) circuito ( b ) formas de onda na carga
Ao contrario do SCR que só pode disparar com o anodo positivo em relação ao catodo
e com o gate positivo em relação ao catodo, o TRIAC tem 4 possibilidades de ser
disparado de acordo com as polaridades dos terminais MT2, MT1 e gate. A figura a
seguir mostra os modos de disparo do TRIAC.
(a)
(b)
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(c)
(d)
Fig 4.25: Modos de disparo do TRIAC
O TRIAC não tem a mesma sensibilidade em todos os modos, ela é maior nos
modos a e b isso porque a corrente de porta tem mesma orientação que a corrente
principal (IT) internamente. Isso significa dizer o seguinte, se o TRIAC está ligando uma
carga que consome 1A, necessitará de uma corrente de porta menor nos modos a e
b. Uma experiência que pode ser feita para comprovar a diferente sensibilidade nos
modos está indicada na figura 4.26 a seguir.
TIC 216
(a) (b)
A tabela a seguir mostra alguns valores limites para alguns modelos de TIC 226
TRIACs são usados basicamente como chave de estado sólido em CA, substituindo
em alguns casos e com vantagens as chaves mecânicas (reles, contactores, etc).
O TRIAC pode ser usado como chave de estado sólido substituindo com
vantagens a chave mecânica em algumas aplicações, tendo como principal
vantagem o fato de não gerar arco e de não sofrer desgaste, porem dissipa potencia,
necessitando de dissipador de calor. A chave no circuito de gate na figura 4.28 não
tem necessidade de capacidade de corrente, podendo em algumas aplicações serem
usados sensores tais como reed switch, termostato, transistores, etc.
Com a chave fechada logo no inicio do semiciclo positivo o TRIAC dispara no modo
a conduzindo até o final do semiciclo positivo quando cortará quando a tensão cair
abaixo da tensão de manutenção. Se a chave continuar fechada o TRIAC dispara logo
no inicio do semiciclo negativo, cortando no final. A forma de onda na carga será
próximo de uma senoide.
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RG(Ω)=Ve(V)
Ve
Ex: Ve=110V RG=110 Ω
Dimmer
(a)
(b)
Fig 4.32: Formas de onda controle de potencia por ciclos inteiros ( a ) potencia baixa ( b ) potencia alta
Luz Crepuscular
(a) (b)
Fig 4.32: Transistor Unijunção Programável ( a ) polarização ( b ) Circuito equivalente de gate
Substituindo o PUT na figura 4.32b pelo seu circuito equivalente com transistor resulta o
circuito:
Na figura 4.33 , se VA < VTH + VBE o transistor TR1 não conduzirá (lembre-se, para
um transistor PNP conduzir o seu emissor deve estar com o potencial abaixo do potencial
da base), e se TR1 não conduzir o mesmo ocorrerá com TR2.
Quando, porém, VA ≥VTH + VBE o transistor TR1 ficará polarizado diretamente
conduzindo assim como TR2. Nessas condições a realimentação positiva existente levará
o PUT ao disparo (análogo ao disparo do SCR ). Após ter disparado o PUT só voltará ao
corte quando a corrente de anodo cair abaixo da corrente de vale IV, análoga à corrente
de manutenção no SCR.
Se fizermos uma analogia com o UJT teremos no ponto de disparo
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UJT: VP ≥ VD + η.VCC
R B1
PUT: VA ≥ VBE + VCC
RB1 RB 2
RB1
é análoga à relação intrínseca de disparo do UJT
RB1 RB 2
somente que nesse caso o valor da relação intrínseca não depende do dispositivo mas
de resistores externos (RB1 e RB2) daí o nome programável pois é possível estabelecer
o valor de η previamente.
Oscilador de Relaxação
(a) (b)
Fig 4.34: Oscilador de relaxação ( a ) circuito ( b ) formas de onda
Simulação: Para ver a solução com simulação abrir o arquivo ArquivoAO_049. CIR
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Exemplo de PUT: 2N6027
5. Dispositivos Optoeletrônicos
Optoeletronica é o estudo e a aplicação de dispositivos que interagem com a luz,
podendo ser classificados em transdutores de elétrico para luz (LED) e luz para
elétricos (fotodiodo, LDR, fototransistor, célula solar), existindo os dispositivos que
operam com os dois (acoplador ótico).
(a) (b) (c
Fig 5.1: LDR ( a ) símbolo ( b ) resposta espectral ( c ) aspecto físico
|
(a)
(a)
(b)
Fig 5.2: circuitos de detecção de luz ( a ) com transistor ( b ) com amplificador operacional
O diodo emissor de luz (LED – Light Emitting Diode) é basicamente uma junção
PN na qual existe uma abertura pela qual sai radiação luminosa quando a junção é
polarizada diretamente. Quando polarizado reversamente tem o mesmo
comportamento de um diodo comum. A cor da radiação pode ser verde, amarela,
vermelha, azul ou mesmo infravermelha depende dos materiais usados para construir
o LED. Quando polarizado diretamente a queda de tensão pode variar de 1V a 2V
dependendo da corrente. Em geral uma corrente de 20mA é suficiente para uma boa
luminosidade. A figura 5.3 mostra o símbolo, polarização e aspecto externo de um LED
típico. São usados principalmente como elementos indicadores de condição (ligado,
alarme), como emissores infravermelho em sistemas de alarme, em displays de 7
segmentos e ultimamente substituindo lâmpadas incandescentes.
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(a) (b)
(c)
Fig 5.3: Diodo Emissor de Luz (LED) ( a ) símbolo ( b ) polarização ( c ) aspecto físico
10V
R 0,5 K 500Ohms usamos um valor comercial de 470 Ohms
20mA
Exercício Resolvido
Calcular RC e RB no circuito para que o LED acenda. Considerar para o LED uma
queda de tensão de 2V@20mA VCEsat=0,5V VBE=0,7V βmin=100 Vcc=12V
VBB=5V
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9,5V
RC 0,475 K 475 usamos um valor comercial de 470 Ohms
20mA
Para um transistor saturar: IC<β.IB como o β varia, usamos o mínimo para garantir.
Desta forma: 100. IB>20mA ou
5 0,7 4,3V
RBB 21,5 K adotamos RBB=15K
0,2mA 0,2mA
5.3. Fotodiodo
saturação
Vcc/R
Reta de carga
corte
Vcc
(a) (b)
Fig 5.4: fotodiodo( a ) polarização ( b ) curva característica
Na figura 5.4a observe que a junção é polarizada reversamente e desta forma com o
dispositivo no escuro a corrente será devido somente aos portadores gerados
termicamente (portadores minoritários), essa corrente é chamada de corrente no
escuro, IS.
IT= IS+IIL
5.4. Fototransistor
(a) (b)
saturação
Vcc/Rc
Reta de carga
corte
VCC
(c) (d)
O fototransistor pode operar no modo ativo e no modo chave. No modo ativo a saída
será proporcional à intensidade luminosa, essa aplicação é usada nos casos em que
se deseja comparar níveis de intensidade de radiação ou mesmo medir a intensidade
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da radiação. No modo chave (saturado/cortado) a saída será Vcc ou
aproximadamente zero.
(a) (b)
IC= β.IS=IE
IC= β.(IIL + IS) desta forma a corrente produzida pela radiação luminosa será
multiplicada por β. Pelo modelo podemos verificar a equivalência entre um
fototransistor e um fotodiodo ligado a um transistor comum.
Para obter maior sensibilidade pode ser usado um fotodarlington o qual consiste
basicamente de um fototransistor acoplado a um transistor comum possibilitando a
assim um ganho elevadíssimo e consequentemente uma altíssima sensibilidade.
5.5.1. Introdução
A figura a seguir mostra algumas das curvas características do acoplador ótico 4N25.
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(a) (b)
Um acoplador ótico muito usual e que é usado como driver de TRIAC são os
dispositivos da família MOC30XX, que são encontrados em encapsulamento DIP de 6
pinos e com isolação entre o LED emissor e o detector na saída da ordem de 7500V.
A figura 5.11 a seguir mostra a pinagem do acoplador da família MOC30XX que é
basicamente um acoplador que tem como fodetector um fototriac e que operam de
forma assíncrona, isto é, o disparo do fototriac pode ser feito em qualquer instante do
semiciclo positivo ou negativo gerando os mesmos problemas vistos anteriormente no
estudo de chaves assíncronas.
Tipo IFT (mA) VTM (V) VDM (V) IH (μA) IDRM (nA) VISO AC[PEAK]
(máx) (máx) (min) (máx)
MOC3010M 15 3 250 100 100 7500
MOC3012M 5 3 250 100 100 7500
(a)
(b) (c)
Fig 5.12: Acoplador ótico saída com TRIAC e disparo no zero ( a ) diagrama geral
( b ) esquema elétrico de conexões do acoplador sendo usado como driver de um
TRIAC de potencia ( c ) formas de onda
Fototriac de saida:
Tensão entre terminais (VDRM) 250V
Corrente eficaz 100mA
Corrente de pico (Peak) 1,2A
Dissipação de potencia 150mW
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1 3
2 4
200ms
Solução: Como somente existe uma ranhura significa que cada volta do eixo
corresponde a 1 ciclo da forma de onda, portanto podemos, através de uma regra de
três simples, determinar quantas voltas são dadas por minuto (RPM).
n = 5 voltas/s em 60s (1m) o numero de voltas ou rotações será 60 vezes maior, isto
é:
200ms
60s
Digital integrated circuits and operacional amplifier and optoelectronics circuit design;
Texas Instruments Electronics Series; McGraw-Hill Book; New York;1976;