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Diário da República, 1.ª série — N.

º 50 — 11 de Março de 2008 1543

Artigo 10.º ANEXO

Sanções acessórias e apreensão cautelar Fórmula de cálculo do montante da garantia financeira


prevista no artigo 7.º
1 — Relativamente às infracções muito graves e graves
previstas no artigo anterior, pode a autoridade competente, O montante da garantia financeira ou equivalente, pre-
simultaneamente com a coima, determinar a aplicação de vista no artigo 7.º, é calculado com base na aplicação da
sanções acessórias nos termos previstos nos artigos 29.º seguinte fórmula:
a 39.º da Lei n.º 50/2006, de 29 de Agosto. GF = (T + E + A) x Q x Ns x 1,4
2 — A autoridade administrativa pode ainda, sempre
que necessário, determinar a apreensão provisória de bens em que:
e documentos, nos termos previstos no artigo 42.º da Lei
GF = garantia financeira ou equivalente;
n.º 50/2006, de 29 de Agosto. T = custo do transporte, por tonelada de resíduos;
E = custo de eliminação final/valorização, incluindo
Artigo 11.º eventuais operações intermédias, por tonelada de resí-
Instrução de processos e aplicação de sanções duos;
A = custo da armazenagem, durante 90 dias, por tone-
Compete à IGAOT a instrução dos processos de contra- lada de resíduos;
-ordenação instaurados no âmbito do presente decreto-lei, Q = quantidade média, em toneladas, por transferên-
bem como a aplicação das correspondentes coimas e san- cia;
ções acessórias. Ns = número máximo de transferências que se prevê
venham a ser efectuadas em simultâneo desde o local de
Artigo 12.º expedição até ao local de destino.
Taxas

1 — A apreciação dos procedimentos de notificação


de transferência de resíduos está sujeita ao pagamento de MINISTÉRIOS DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO
taxas, a cobrar pela APA ao notificador, cujos montantes DO TERRITÓRIO E DO DESENVOLVIMENTO RE-
são fixados por portaria do membro do Governo respon- GIONAL E DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPORTES
sável pela área do ambiente. E COMUNICAÇÕES.
2 — O produto das taxas referidas no número anterior
constitui receita própria e exclusiva da APA. Portaria n.º 232/2008
de 11 de Março
Artigo 13.º
A Lei n.º 60/2007, de 4 de Setembro, que alterou o
Norma revogatória
regime jurídico da urbanização e da edificação, remete a
É revogado o Decreto-Lei n.º 296/95, de 17 de No- indicação dos elementos instrutores dos pedidos de rea-
vembro. lização de operações urbanísticas para portaria, tal como
fazia a redacção actual desse mesmo regime.
Artigo 14.º Deste modo, reúne-se num único diploma regulamentar
a enunciação de todos os elementos que devem instruir
Aplicação às Regiões Autónomas aqueles pedidos, tendo-se optado por uma estruturação
As disposições do presente decreto-lei aplicam-se às baseada na forma de procedimento adoptada, de modo a
Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, sem pre- facilitar a sua consulta e actualizando os elementos que
contavam da Portaria n.º 1110/2001, de 19 de Setembro.
juízo das adaptações decorrentes da estrutura própria da
Assim:
administração regional autónoma, a introduzir em decreto Ao abrigo do disposto no n.º 4 do artigo 9.º do Decreto-
legislativo regional adequado. -Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, na redacção que lhe
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 27 de foi conferida pela Lei n.º 60/2007, de 4 de Setembro:
Dezembro de 2007. — José Sócrates Carvalho Pinto Manda o Governo, pelo Ministro das Obras Públicas,
de Sousa — Luís Filipe Marques Amado — Fernando Transportes e Comunicações e pelo Secretário de Estado
Teixeira dos Santos — Henrique Nuno Pires Severiano do Ordenamento do Território e das Cidades, o seguinte:
Teixeira — Rui Carlos Pereira — Alberto Bernardes Cos-
ta — Humberto Delgado Ubach Chaves Rosa — Paulo 1.º
Jorge Oliveira Ribeiro de Campos — Francisco Ventura Informação prévia referente a operações de loteamento
Ramos. 1 — O pedido de informação prévia para a realiza-
Promulgado em 14 de Fevereiro de 2008. ção de operações de loteamento em área abrangida por
plano de pormenor deve ser instruído com os seguintes
Publique-se. elementos:
O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. a) Memória descritiva esclarecendo devidamente a pre-
Referendado em 3 de Março de 2008. tensão e indicando a área objecto do pedido;
b) Extractos das plantas de implantação e de condicio-
O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto nantes do plano de pormenor assinalando a área objecto
de Sousa. da operação;
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c) Extractos das plantas do plano especial de ordena- com deficiência e mobilidade condicionada, nos termos
mento do território vigente. do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 163/2006, de 8 de Agosto;
q) Outros elementos que o requerente queira apresentar.
2 — Quando se trate de área abrangida por plano de
urbanização ou plano director municipal, o pedido deve 3 — No caso de a área não estar abrangida por plano
ser acompanhado com os seguintes elementos: municipal de ordenamento do território, o pedido deve ser
instruído com os seguintes elementos:
a) Memória descritiva esclarecendo devidamente a
pretensão e indicando a área abrangida, a descrição dos a) Memória descritiva esclarecendo devidamente a
elementos essenciais das redes de infra-estruturas, de- pretensão e indicando a área abrangida, a descrição dos
signadamente das redes existentes e da sobrecarga que elementos essenciais das redes de infra-estruturas, desig-
a pretensão poderá implicar, a área total de construção nadamente de redes existentes e da sobrecarga que a pre-
acima da cota de soleira e respectivos usos pretendidos, tensão poderá implicar, a área total de construção acima da
as cérceas, o número de pisos acima e abaixo da cota da cota de soleira e respectivos usos pretendidos, o número de
soleira e a área total de implantação; fogos habitacionais, as cérceas, o número de pisos acima e
b) Extractos das plantas de zonamento e de ordenamento abaixo da cota de soleira e a área total de implantação;
dos planos municipais vigentes e das respectivas plantas b) Extracto da carta da Reserva Agrícola Nacional
de condicionantes assinalando a área objecto da operação; abrangendo os solos que se pretende utilizar ou, quando
c) Extractos das plantas do plano especial de ordena- esta não existir, parecer sobre a capacidade de uso, emitido
mento do território vigente; pelos serviços competentes para o efeito;
d) Planta de localização e enquadramento à escala da c) Extracto da carta da Reserva Ecológica Nacional com
planta de ordenamento do plano director municipal ou à a delimitação da área objecto da pretensão ou, quando esta
escala de 1:25 000 quando este não existir, assinalando não existir, parecer emitido pelos serviços competentes;
devidamente os limites da área objecto da operação; d) Extractos das plantas do plano especial de ordena-
e) Estudo que demonstre a conformidade com o Regu- mento do território vigente;
lamento Geral do Ruído, contendo informação acústica e) Planta de localização e enquadramento, à escala de
1:25 000, assinalando devidamente a área de terreno em
adequada relativa à situação actual e à decorrente da exe-
causa;
cução da operação de loteamento;
f) Planta da situação existente, à escala de 1:2500 ou
f) Na ausência de classificação acústica da zona em superior, correspondente ao estado e uso do terreno e de
plano municipal em vigor, apresentação de elementos uma faixa envolvente com a dimensão adequada à ava-
previstos no n.º 4 do artigo 11.º do Regulamento Geral liação da integração da operação na área em que se in-
de Ruído aprovado pelo Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 sere, com a indicação dos elementos ou valores naturais
de Janeiro; e construídos, as servidões administrativas e restrições
g) Planta da situação existente, à escala de 1:1000 ou de utilidade pública, bem como a delimitação do terreno
superior, correspondente ao estado e uso actual do ter- objecto da pretensão;
reno e de uma faixa envolvente com dimensão adequada g) Estudo que demonstre a conformidade com o Regu-
à avaliação da integração da operação na área em que se lamento Geral do Ruído, contendo informação acústica
insere, com indicação dos elementos ou valores naturais adequada relativa à situação actual e à decorrente da exe-
e construídos, de servidões administrativas e restrições de cução da operação de loteamento;
utilidade pública, incluindo os solos abrangidos pelos regi- h) Os elementos referidos nas alíneas f) a o) no número
mes da Reserva Agrícola Nacional e da Reserva Ecológica anterior.
Nacional e ainda as infra-estruturas existentes;
h) Planta à escala de 1:1000 ou superior contendo os 2.º
elementos técnicos definidores da modelação do terreno, Informação prévia relativa a obras de urbanização
da volumetria, alinhamento, cércea e implantação da edi-
ficação e dos muros de vedação; 1 — O pedido de informação prévia para a realização de
i) Condicionantes para um adequado relacionamento obras de urbanização deve ser instruído com os seguintes
formal e funcional com a envolvente; elementos:
j) Programa de utilização das edificações, incluindo a a) Memória descritiva explicitando as obras, designada-
área bruta de construção a afectar aos diversos usos e o mente arruamentos, redes de abastecimento de águas, de
número de fogos e outras unidades de utilização; saneamento, de gás, de electricidade e de telecomunicações
l) Infra-estruturas locais e ligação às infra-estruturas e arranjos exteriores;
gerais; b) Extractos das plantas de ordenamento, de zonamento
m) Estimativa de encargos urbanísticos devidos; e de implantação dos planos municipais de ordenamento
n) Planta definido claramente as áreas de cedência des- do território vigentes e das respectivas plantas de condi-
tinadas à implantação de espaços verdes, equipamentos de cionantes, com a área objecto da pretensão devidamente
utilização colectiva e infra-estruturas viárias, acompanhada assinalada;
de quadros com as medições das áreas respectivas; c) Extractos das plantas do plano especial de ordena-
o) Certidão da descrição e de todas as inscrições em vi- mento do território vigente;
gor emitida pela conservatória do registo predial referente d) Planta de localização e enquadramento à escala da
ao prédio ou prédios abrangidos; planta de ordenamento do plano director municipal ou à
p) Plano de acessibilidades que apresente a rede de escala de 1:25 000 quando este não existir, assinalando
espaços e equipamentos acessíveis bem como soluções devidamente os limites da área objecto da operação;
de detalhe métrico, técnico e construtivo, esclarecendo as e) Planta da situação existente, à escala de 1:2500 ou
soluções adoptadas em matéria de acessibilidade a pessoas superior, correspondente ao estado e uso do terreno, e de
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uma faixa envolvente com a dimensão adequada à ava- ou, na sua ausência, apresentação de elementos previstos
liação da integração da operação na área em que se in- no n.º 4 do artigo 11.º do Regulamento Geral de Ruído
sere, com a indicação dos elementos ou valores naturais aprovado pelo Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de Janeiro;
e construídos, as servidões administrativas e restrições e.5) Condicionantes para um adequado relacionamento
de utilidade pública, bem como a delimitação do terreno formal e funcional com a envolvente;
objecto da pretensão; e.6) Programa de utilização das edificações, incluindo
f) Estudo que demonstre a conformidade com o Regu- a área bruta de construção a afectar aos diversos usos e o
lamento Geral do Ruído, contendo informação acústica número de fogos e outras unidades de utilização;
adequada relativa à situação actual e à decorrente da exe- e.7) Infra-estruturas locais e ligação às infra-estruturas
cução das obras de urbanização. gerais;
e.8) Estimativa de encargos urbanísticos devidos;
2 — Quando se trate de obras de urbanização em área e.9) Áreas de cedência destinadas à implantação de
não abrangida por plano municipal de ordenamento do espaços verdes, equipamentos de utilização colectiva e
território, o pedido deve ser instruído com os elementos infra-estruturas viárias;
mencionados nas alíneas a), c), d), e) e f) do número an- e.10) Caso se trate de obras de construção, alteração,
terior e ainda com: reconstrução, ampliação ou de urbanização, de promo-
ção privada, referentes a edifícios, estabelecimentos ou
a) Extracto da carta da Reserva Agrícola Nacional equipamentos abrangidos pelos n.os 2 e 3 do artigo 2.º do
abrangendo os solos que se pretendem utilizar ou, quando Decreto-Lei n.º 163/2006, de 8 de Agosto, plano de aces-
esta não exista, parecer sobre a capacidade de uso, emitido sibilidades que apresente a rede de espaços e equipamen-
pelos serviços competentes para o efeito; tos acessíveis bem como soluções de detalhe métrico,
b) Extracto da carta da Reserva Ecológica Nacional com técnico e construtivo, esclarecendo as soluções adoptadas
a delimitação da área objecto da pretensão ou, quando esta em matéria de acessibilidade a pessoas com deficiência
não existir, parecer emitido pelos serviços competentes. e mobilidade condicionada, nos termos do artigo 3.º do
mesmo decreto-lei;
3.º
Informação prévia sobre obras de edificação f) Quando se trate de obras de reconstrução deve ainda
ser junta fotografia do imóvel;
1 — O pedido de informação prévia referente à execu- g) Quando existirem edificações adjacentes, o reque-
ção de obras de edificação em área abrangida por plano rente deve, ainda, indicar os elementos mencionados nas
municipal de ordenamento do território deve ser instruído subalíneas e.1), e.2) e e.5) da alínea e).
com os seguintes elementos:
a) Memória descritiva esclarecendo devidamente a 2 — Quando se trate de obras de edificação em área
pretensão; não abrangida por plano municipal de ordenamento do
b) Extracto das plantas de ordenamento, de zonamento território nem operação de loteamento, o pedido deve ser
e de implantação dos planos municipais vigentes, das res- instruído com os elementos referidos no número anterior
pectivas plantas de condicionantes, da planta de síntese do e, ainda, com os seguintes:
loteamento quando exista e planta à escala de 1:2500 ou a) Extracto da carta da Reserva Agrícola Nacional
superior, com a indicação precisa do local onde se pretende abrangendo os solos que se pretendem utilizar ou, quando
executar a obra; esta não exista, parecer sobre a capacidade de uso, emitido
c) Extractos das plantas do plano especial de ordena- pelos serviços competentes para o efeito;
mento do território vigente; b) Extracto da carta da Reserva Ecológica Nacional com
d) Planta de localização e enquadramento à escala da a delimitação da área objecto da pretensão ou, quando esta
planta de ordenamento do plano director municipal ou à não existir, parecer emitido pelos serviços competentes.
escala de 1:25 000 quando este não existir, assinalando
devidamente os limites da área objecto da operação; 4.º
e) Quando o pedido diga respeito a novas edificações ou
Informação prévia sobre obras de demolição
a obras que impliquem aumento da área construída, devem,
sempre que possível, constar do pedido de informação O pedido de informação prévia referente à execução de
prévia os seguintes elementos: obras de demolição deve ser acompanhado dos seguintes
e.1) Planta de implantação à escala de 1:500 ou superior, elementos:
definindo a volumetria, alinhamento, cércea e implantação a) Memória descritiva esclarecendo devidamente a pre-
da edificação e dos muros de vedação; tensão e indicando a área objecto do pedido, bem como o
e.2) Fotografias do local; estado de conservação do imóvel;
e.3) Localização e dimensionamento das construções b) Planta à escala de 1:2500 ou superior e, quando exista
anexas, incluindo alçados a uma escala de 1:500 ou su- plano municipal de ordenamento do território ou operação
perior do troço de rua compreendido entre as duas trans- de loteamento, extractos das plantas de ordenamento, de
versais mais próximas, para um e para outro lado, quando zonamento, de implantação e das respectivas plantas de
se trate de situação enquadrável na alínea f) do n.º 1 do condicionantes e da planta de síntese do loteamento, com
artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, a indicação precisa do local onde se situa a obra objecto
na redacção que lhe foi conferida pela Lei n.º 60/2007, de do pedido de demolição;
4 de Setembro; c) Planta de localização e enquadramento à escala da
e.4) Caso inclua receptores sensíveis, apresentação de planta de ordenamento do plano director municipal ou à
extracto de mapa de ruído ou de plano municipal de orde- escala de 1:25 000 quando este não existir, assinalando
namento do território com classificação acústica da zona devidamente os limites da área objecto da operação;
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d) Extractos das plantas do plano especial de ordena- 7.º


mento do território vigente; Licenciamento das operações de loteamento
e) Descrição sumária da utilização futura do terreno;
f) Fotografia do imóvel. 1 — O pedido de licenciamento para a realização de
operações de loteamento deve ser instruído com os se-
5.º guintes elementos:
Informação prévia sobre alteração da utilização a) Documentos comprovativos da qualidade de titular
O pedido de informação prévia referente à alteração da de qualquer direito que confira a faculdade de realização
utilização de edifícios ou suas fracções é instruído com os da operação;
seguintes elementos: b) Certidão da descrição e de todas as inscrições em vi-
gor emitida pela conservatória do registo predial referente
a) Memória descritiva esclarecendo devidamente a pre- ao prédio ou prédios abrangidos;
tensão e indicando a área objecto do pedido; c) Extractos das plantas de implantação e de condicio-
b) Planta à escala de 1:2500 ou superior e, quando exista nantes do plano de pormenor, assinalando a área objecto
plano municipal de ordenamento do território, extractos da operação, quando exista;
das plantas de ordenamento, de zonamento e de implan- d) Extractos das plantas do plano especial de ordena-
tação e das respectivas plantas de condicionantes, com a mento do território vigente;
indicação precisa do local onde se situa o edifício objecto e) Memória descritiva e justificativa;
do pedido; f) Planta da situação existente, à escala de 1:1000 ou
c) Planta de localização e enquadramento à escala da superior, correspondente ao estado e uso actual do ter-
planta de ordenamento do plano director municipal ou à reno e de uma faixa envolvente com dimensão adequada
escala de 1:25 000 quando este não existir, assinalando à avaliação da integração da operação na área em que se
devidamente os limites da área objecto da operação; insere, com indicação dos elementos ou valores naturais
d) Extractos das plantas do plano especial de ordena- e construídos, de servidões administrativas e restrições de
mento do território vigente; utilidade pública, incluindo os solos abrangidos pelos regi-
e) Planta do edifício ou da fracção com identificação
mes da Reserva Agrícola Nacional e da Reserva Ecológica
do respectivo prédio.
Nacional e ainda as infra-estruturas existentes;
6.º g) Planta de síntese, à escala de 1:1000 ou superior,
Informação prévia sobre outras operações urbanísticas indicando, nomeadamente, a modelação proposta para o
terreno, a estrutura viária, as redes de abastecimento de
1 — O pedido de informação prévia referente à realiza- água e de saneamento, de energia eléctrica, de gás e de
ção das restantes operações urbanísticas deve ser instruído condutas destinadas à instalação de infra-estruturas de
com os seguintes elementos: telecomunicações, a divisão em lotes e sua numeração,
a) Memória descritiva esclarecendo devidamente a pre- finalidade, áreas de implantação e de construção, número
tensão e indicando a área objecto do pedido; de pisos acima e abaixo da cota de soleira e número de
b) Planta à escala de 1:2500 ou superior e, quando exista fogos, com especificação dos destinados a habitações a
plano municipal de ordenamento do território, extractos das custos controlados, quando previstos;
plantas de ordenamento, de zonamento e de implantação h) Planta com áreas de cedência para o domínio mu-
e das respectivas plantas de condicionantes, bem como nicipal;
da planta síntese do loteamento quando exista, com a in- i) Termos de responsabilidade subscritos pelos auto-
dicação precisa do local onde se situa o edifício objecto res dos projectos e coordenador do projecto quanto ao
do pedido; cumprimento das disposições legais e regulamentares
c) Planta de localização e enquadramento à escala da aplicáveis;
planta de ordenamento do plano director municipal ou à j) Cópia da notificação da câmara municipal a comu-
escala de 1:25 000 quando este não existir, assinalando nicar a aprovação de um pedido de informação prévia,
devidamente os limites da área objecto da operação; quando esta exista e estiver em vigor;
d) Extractos das plantas do plano especial de ordena- l) Ficha com os elementos estatísticos devidamente
mento do território vigente; preenchida com os dados referentes à operação urbanística
e) Estudo que demonstre a conformidade com o Regu- a realizar;
lamento Geral do Ruído, contendo informação acústica m) Planta com identificação dos percursos acessíveis,
adequada relativa à situação actual e à decorrente da exe- detalhes métricos, técnicos e construtivos e uma peça
cução da operação urbanística. escrita descrevendo e justificando as soluções adop-
tadas;
2 — Quando se trate de trabalhos de remodelação de n) Estudo que demonstre a conformidade com o Regu-
terrenos em área não abrangida por plano municipal de or- lamento Geral do Ruído, contendo informação acústica
denamento do território, o pedido deve ainda ser instruído adequada relativa à situação actual e à decorrente da exe-
com os seguintes elementos: cução da operação de loteamento;
a) Extracto da carta da Reserva Agrícola Nacional o) Plano de acessibilidades que apresente a rede de
abrangendo os solos que se pretendem utilizar ou, quando espaços e equipamentos acessíveis bem como soluções
esta não exista, parecer sobre a capacidade de uso, emitido de detalhe métrico, técnico e construtivo, esclarecendo
pelos serviços competentes para o efeito; as soluções adoptadas em matéria de acessibilidade a
b) Extracto da carta da Reserva Ecológica Nacional com pessoas com deficiência e mobilidade condicionada, nos
a delimitação da área objecto da pretensão ou, quando esta termos do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 163/2006, de
não existir, parecer emitido pelos serviços competentes. 8 de Agosto.
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2 — A memória descritiva e justificativa referida na 4 — Quando se trate de operações de loteamento em


alínea e) do número anterior deve ser instruída com os área abrangida por plano director municipal, o pedido deve
seguintes elementos: ser instruído com os seguintes elementos:
a) Descrição e justificação da solução proposta para a a) Os referidos nas alíneas a), b), d), e), f) e h) a n) do
operação de loteamento; n.º 1 e na alínea c) do n.º 3;
b) Enquadramento da pretensão nos planos municipais b) Extractos das plantas de ordenamento e de condi-
e especiais de ordenamento do território existentes; cionantes do plano director municipal, assinalando a área
c) Integração urbana e paisagística da operação; objecto da pretensão;
d) Superfície total do terreno objecto da operação; c) A memória descritiva e justificativa deve ainda referir
e) Número de lotes e respectivas áreas, bem como as a adequabilidade da proposta de loteamento às normas
áreas destinadas à implantação dos edifícios; e princípios de ordenamento contidos no plano director
f) Área de construção e volumetria dos edifícios com in- municipal;
d) Planta de localização e enquadramento à escala da
dicação dos índices urbanísticos adoptados, nomeadamente
planta de ordenamento do plano director municipal ou à
a distribuição percentual das diferentes ocupações propos- escala de 1:25 000 quando este não existir, assinalando
tas para o solo, os índices de implantação e de construção devidamente os limites da área objecto da operação.
e a densidade populacional, quando for o caso;
g) Cércea e número de pisos acima e abaixo da cota de 5 — Caso o pedido de licenciamento se localize em área
soleira para cada um dos edifícios; não abrangida por plano municipal de ordenamento do ter-
h) Áreas destinadas a espaços de utilização colectiva, ritório, deve ser instruído com os seguintes elementos:
incluindo espaços verdes e respectivos arranjos;
i) Natureza e dimensionamento dos equipamentos; a) Os referidos nas alíneas a), b), d), e), f) e h) a o) do
j) Natureza das actividades não habitacionais e dimen- n.º 1 e na alínea c) do n.º 3;
sionamento das áreas a elas destinadas; b) Planta de localização à escala de 1:25 000, indicando
l) Utilização dos edifícios e número de fogos e respec- o local da situação do terreno abrangido pela operação;
tiva tipologia, quando for o caso; c) Extracto da carta da Reserva Agrícola Nacional abran-
gendo os solos que se pretende utilizar ou, quando não
m) Condicionamentos relativos à implantação dos edi-
exista, parecer sobre a sua capacidade de uso emitido pelos
fícios e construções anexas, se for o caso; serviços competentes para o efeito;
n) Solução adoptada para o funcionamento das redes d) Extracto da carta da Reserva Ecológica Nacional com
de abastecimento de água, de energia eléctrica, de sane- a delimitação da área objecto da pretensão ou, quando esta
amento, de gás e de telecomunicações e suas ligações às não existir, parecer emitido pelos serviços competentes;
redes gerais, quando for o caso; e) A memória descritiva e justificativa deve ainda referir
o) Estrutura viária adoptada, especificando as áreas a adequabilidade da proposta com particular incidência
destinadas às vias, acessos e estacionamentos de veículos, sobre a relação das tendências dominantes em termos de
incluindo as previstas em cave, quando for o caso; transformação do uso do solo e dos respectivos ritmos de
p) Identificação dos técnicos autores e coordenador crescimento.
dos projectos.
8.º
3 — O pedido de licenciamento de operações de lote- Comunicação prévia de operação de loteamento
amento em área abrangida por plano de urbanização ou 1 — A comunicação prévia de operações de loteamento
plano de pormenor deve ser instruído com os seguintes deve ser instruída com os elementos referidos nas alíne-
elementos: as a), b), d), e), f) a o) do n.º 1 do artigo anterior.
a) Os referidos nas alíneas a), b), d), e), f) e h) a o) do 2 — A comunicação prévia de operações de loteamento
n.º 1; deve, ainda, ser instruída com os seguintes elementos:
b) Extractos das plantas de zonamento e de implantação a) Planta de síntese da operação de loteamento em base
dos planos municipais de ordenamento do território vigen- transparente e, quando exista, em base digital;
tes e das respectivas plantas de condicionantes, assinalando b) Descrição pormenorizada dos lotes com indicação
a área objecto da pretensão; dos artigos matriciais de proveniência;
c) Planta de síntese, à escala de 1:1000 ou superior, c) Actualização da certidão da conservatória do registo
indicando, nomeadamente, a modelação proposta para o predial anteriormente entregue.
terreno, a estrutura viária, as redes de abastecimento de
água, de saneamento, de energia eléctrica, de gás e de 9.º
condutas destinadas à instalação de infra-estruturas de Licenciamento de obras de urbanização
telecomunicações, a divisão em lotes e sua numeração,
finalidade, áreas de implantação e de construção, número 1 — O pedido de licenciamento e a comunicação pré-
de fogos com especificação dos fogos destinados a habi- via de obras de urbanização deve ser instruído com os
tações a custos controlados, quando previstos, o polígono seguintes elementos:
de base para a implantação das edificações, devidamente a) Documentos comprovativos da qualidade de titular
cotado e referenciado, com indicação das cérceas e do de qualquer direito que confira a faculdade de realização
número de pisos acima e abaixo da cota de soleira, e a da operação;
localização dos equipamentos e das áreas que lhes sejam b) Certidão da descrição e de todas as inscrições em vi-
destinadas, bem como das áreas para espaços verdes e de gor emitida pela conservatória do registo predial referente
utilização colectiva. ao prédio ou prédios abrangidos;
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c) Planta à escala de 1:2500 ou superior e, quando 2 — A comunicação prévia de obras de urbanização


existam planos municipais de ordenamento do território, deve, ainda, ser instruída com os seguintes elementos:
extractos das plantas de ordenamento, de zonamento e de a) Documento comprovativo da prestação de caução;
implantação e das respectivas plantas de condicionantes, b) Apólice de seguro que cubra a responsabilidade pela
com a indicação precisa do local onde se situa a obra reparação dos danos emergentes de acidentes de trabalho,
objecto do pedido; nos termos previstos na Lei n.º 100/97, de 13 de Setembro;
d) Planta de localização e enquadramento à escala da c) Termo de responsabilidade assinado pelo director de
planta de ordenamento do plano director municipal ou à fiscalização de obra;
escala de 1:25 000 quando este não existir, assinalando d) Declaração de titularidade de alvará emitido pelo
devidamente os limites da área objecto da operação; Instituto da Construção e do Imobiliário (InCI, I. P.), com
e) Extractos das plantas do plano especial de ordena- habilitações adequadas à natureza e valor da obra, ou título
mento do território vigente; de registo emitido por aquela entidade, com subcategorias
f) Projectos da engenharia das especialidade que inte- adequadas aos trabalhos a executar, a verificar através da
gram a obra, designadamente das infra-estruturas viárias, consulta do portal do InCI, I. P, pela entidade licencia-
redes de abastecimento de águas, esgotos e drenagem, de dora, no prazo previsto para a rejeição da comunicação
gás, de electricidade, de telecomunicações, arranjos exte- prévia;
riores, devendo cada projecto conter memória descritiva e) Livro de obra, com menção do termo de abertura;
e justificativa, bem como os cálculos, se for caso disso, e f) Plano de segurança e saúde;
as peças desenhadas, em escala tecnicamente adequada, g) Minuta do contrato de urbanização aprovada, quando
com os respectivos termos de responsabilidade dos técnicos exista.
autores dos projectos;
11.º
g) Orçamento da obra, por especialidades e global, base-
ado em quantidades e qualidades dos trabalhos necessários Licenciamento de obras de edificação
à sua execução, devendo neles ser adoptadas as normas 1 — O pedido de licenciamento de obras de edificação
europeias e as portuguesas em vigor ou as especificações em áreas abrangidas por plano de pormenor, plano de ur-
do Laboratório Nacional de Engenharia Civil; banização ou plano director municipal deve ser instruído
h) Condições técnicas gerais e especiais do caderno de com os seguintes elementos:
encargos, incluindo prazos para o início e para o termo da
execução dos trabalhos; a) Documentos comprovativos da qualidade de titular
i) Cópia da notificação da câmara municipal a comu- de qualquer direito que confira a faculdade de realização
nicar a aprovação de um pedido de informação prévia, da operação;
quando esta exista e estiver em vigor; b) Certidão da descrição e de todas as inscrições em vi-
j) Termos de responsabilidade subscritos pelos auto- gor emitida pela conservatória do registo predial referente
res dos projectos e coordenador de projecto quanto ao ao prédio ou prédios abrangidos;
cumprimento das disposições legais e regulamentares c) Extractos das plantas de ordenamento, zonamento e
aplicáveis; de implantação dos planos municipais de ordenamento do
l) Contrato de urbanização, caso o requerente entenda território vigentes e das respectivas plantas de condicio-
proceder, desde logo, à sua apresentação; nantes, da planta síntese do loteamento, se existir, e planta
m) Plano de acessibilidades — desde que inclua tipolo- à escala de 1:2500 ou superior, com a indicação precisa do
gias do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 163/2006; local onde se pretende executar a obra;
n) Estudo que demonstre a conformidade com o Regu- d) Planta de localização e enquadramento à escala da
lamento Geral do Ruído, contendo informação acústica planta de ordenamento do plano director municipal ou à
adequada relativa à situação actual e à decorrente da exe- escala de 1:25 000 quando este não existir, assinalando
cução da operação de loteamento. devidamente os limites da área objecto da operação;
e) Extractos das plantas do plano especial de ordena-
2 — Quando se trate de obras de urbanização em área mento do território vigente;
não abrangida por plano municipal de ordenamento do f) Projecto de arquitectura;
território, o pedido deve ser instruído com os elementos g) Memória descritiva e justificativa;
referidos no número anterior e, ainda, com os seguintes: h) Estimativa do custo total da obra;
i) Calendarização da execução da obra;
a) Extracto da carta da Reserva Agrícola Nacional j) Quando se trate de obras de reconstrução deve ainda
abrangendo os solos que se pretendem utilizar ou, quando ser junta fotografia do imóvel;
esta não exista, parecer sobre a capacidade de uso, emitido l) Cópia da notificação da câmara municipal a comu-
pelos serviços competentes para o efeito; nicar a aprovação de um pedido de informação prévia,
b) Extracto da carta da Reserva Ecológica Nacional com quando esta existir e estiver em vigor;
a delimitação da área objecto da pretensão ou, quando esta m) Projectos da engenharia de especialidades caso o
não existir, parecer emitido pelos serviços competentes. requerente entenda proceder, desde logo, à sua apresen-
tação;
10.º n) Termos de responsabilidade subscritos pelos autores
Comunicação prévia de obras de urbanização
dos projectos e coordenador de projecto quanto ao cumpri-
mento das normas legais e regulamentares aplicáveis;
1 — A comunicação prévia de obras de urbanização o) Ficha com os elementos estatísticos devidamente
deve ser instruído com os elementos constantes das alíne- preenchida com os dados referentes à operação urbanística
as a), b) e f) a n) do n.º 1 do artigo anterior e com a cópia a realizar;
da notificação do deferimento do pedido de licenciamento p) Acessibilidades — desde que inclua tipologias do
da operação de loteamento. artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 163/2006.
Diário da República, 1.ª série — N.º 50 — 11 de Março de 2008 1549

2 — O pedido de licenciamento de obras de edificação i) Quando se trate de pedido inserido em área unica-
em áreas não abrangidas por plano municipal de ordena- mente abrangida por plano director municipal, deve tam-
mento do território deve ser instruído com os elementos bém referir-se a adequabilidade do projecto com a política
referidos nas alíneas a), b), d) a j) e m) a p) do n.º 1, planta de ordenamento do território contida naquele plano.
à escala de 1:2500 ou superior e planta de síntese do lote-
amento, quando exista, com a indicação precisa do local 5 — Os projectos da engenharia de especialidades a que
onde se pretende executar a obra e, sempre que não tiver se refere a alínea m) do n.º 1, a apresentar em função do
havido lugar ao pedido de informação prévia ou esta não tipo de obra a executar, são nomeadamente os seguintes:
esteja em vigor ou não exista operação de loteamento,
deverão, ainda, ser apresentados os seguintes elementos: a) Projecto de estabilidade que inclua o projecto de
escavação e contenção periférica;
a) Extracto da carta da Reserva Agrícola Nacional b) Projecto de alimentação e distribuição de energia
abrangendo os solos que se pretendem utilizar ou, quando eléctrica e projecto de instalação de gás, quando exigível,
esta não exista, parecer sobre a capacidade de uso, emitido nos termos da lei;
pelos serviços competentes para o efeito; c) Projecto de redes prediais de água e esgotos;
b) Extracto da carta da Reserva Ecológica Nacional com d) Projecto de águas pluviais;
a delimitação da área objecto da pretensão ou, quando esta e) Projecto de arranjos exteriores;
não existir, parecer emitido pelos serviços competentes. f) Projecto de instalações telefónicas e de telecomuni-
cações;
3 — O projecto de arquitectura referido na alínea f) do g) Estudo de comportamento térmico;
n.º 1 deve conter, no mínimo, os seguintes elementos: h) Projecto de instalações electromecânicas, incluindo
a) Planta de implantação desenhada sobre levantamento as de transporte de pessoas e ou mercadorias;
topográfico à escala de 1:200 ou superior, incluindo o ar- i) Projecto de segurança contra incêndios em edifí-
ruamento de acesso, com indicação das dimensões e área cios;
do terreno, áreas impermeabilizadas e respectivo material; j) Projecto acústico.
b) Plantas à escala de 1:50 ou de 1:100 contendo as
dimensões e áreas e usos de todos os compartimentos, bem 12.º
como a representação do mobiliário fixo e equipamento Comunicação prévia de obras de edificação
sanitário;
c) Alçados à escala de 1:50 ou de 1:100 com a indicação 1 — A comunicação prévia referente à realização de
das cores e dos materiais dos elementos que constituem obras de edificação deve ser instruído com os elementos
as fachadas e a cobertura, bem como as construções adja- constantes das alíneas a) a c), e) a l), n) e p) do n.º 1 do
centes, quando existam; artigo anterior e com os projectos da engenharia de espe-
d) Cortes longitudinais e transversais à escala de 1:50 ou cialidades.
de 1:100 abrangendo o terreno, com indicação do perfil exis- 2 — A comunicação prévia de obras de edificação deve,
tente e o proposto, bem como das cotas dos diversos pisos; ainda, ser instruída com os seguintes elementos:
e) Pormenores de construção, à escala adequada, escla-
recendo a solução construtiva adoptada para as paredes a) Apólice de seguro de construção, quando for legal-
exteriores do edifício e sua articulação com a cobertura, mente exigível;
vãos de iluminação/ventilação e de acesso, bem como com b) Apólice de seguro que cubra a responsabilidade pela
o pavimento exterior envolvente; reparação dos danos emergentes de acidentes de trabalho,
f) Discriminação das partes do edifício correspondentes nos termos previstos na Lei n.º 100/97, de 13 de Setembro;
às várias fracções e partes comuns, valor relativo de cada c) Termos de responsabilidade assinados pelo director
fracção, expressa em percentagem ou permilagem, do de fiscalização de obra e pelo director de obra;
valor total do prédio, caso se pretenda que o edifício fique d) Declaração de titularidade de alvará emitido pelo
sujeito ao regime da propriedade horizontal. InCI, I. P., com habilitações adequadas à natureza e valor
da obra, ou título de registo emitido por aquela entidade,
4 — A memória descritiva e justificativa referida na com subcategorias adequadas aos trabalhos a executar, a
alínea g) do n.º 1 deve ser instruída com os seguintes ele- verificar através da consulta do portal do InCI, I. P., pela
mentos: entidade licenciadora, no prazo previsto para a rejeição da
comunicação prévia;
a) Descrição e justificação da proposta para a edifi- e) Livro de obra, com menção do termo de abertura;
cação; f) Plano de segurança e saúde.
b) Enquadramento da pretensão nos planos municipais e
especiais de ordenamento do território vigentes e operação 13.º
de loteamento, se existir;
c) Adequação da edificação à utilização pretendida; Licenciamento de obras de demolição
d) Inserção urbana e paisagística da edificação referindo O pedido de licenciamento de obras de demolição deve
em especial a sua articulação com o edificado existente e ser instruído com os seguintes elementos:
o espaço público envolvente;
e) Indicação da natureza e condições do terreno; a) Documentos comprovativos da qualidade de titular
f) Adequação às infra-estruturas e redes existentes; de qualquer direito que confira a faculdade de realização
g) Uso a que se destinam as fracções; da operação;
h) Área de construção, volumetria, área de implantação, b) Certidão da descrição e de todas as inscrições em vi-
cércea e número de pisos acima e abaixo da cota de soleira, gor emitida pela conservatória do registo predial referente
número de fogos e respectiva tipologia; ao prédio ou prédios abrangidos;
1550 Diário da República, 1.ª série — N.º 50 — 11 de Março de 2008

c) Termos de responsabilidade assinados pelo director 15.º


de fiscalização de obra e pelo director de obra; Autorização de utilização e alteração de utilização
d) Plantas à escala de 1:2500, ou superior, com a indica-
ção precisa do local onde se situa a obra objecto do pedido 1 — O pedido de autorização de utilização de edifícios
de demolição e, existindo plano director municipal, plano ou suas fracções é instruído com os seguintes elementos:
de urbanização ou de pormenor, extractos das plantas de a) Documentos comprovativos da qualidade de titular
ordenamento, de zonamento e de implantação e das res- de qualquer direito que confira a faculdade de realização
pectivas plantas de condicionantes, planta de síntese da da operação;
operação de loteamento, quando exista, com a indicação b) Certidão da descrição e de todas as inscrições em vi-
precisa do referido local; gor emitida pela conservatória do registo predial referente
e) Planta de localização e enquadramento à escala da ao prédio ou prédios abrangidos;
planta de ordenamento do plano director municipal ou à c) Termo de responsabilidade subscrito pelo director
escala de 1:25 000 quando este não existir, assinalando de fiscalização de obra, quando aplicável, e termo de res-
devidamente os limites da área objecto da operação; ponsabilidade subscrito conforme o disposto no n.º 2 do
f) Extractos das plantas do plano especial de ordena- artigo 63.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro,
mento do território vigente; na redacção dada pela Lei n.º 60/2007, de 4 de Março;
g) Memória descritiva e justificativa esclarecendo devi- d) Planta e corte do edifício ou da fracção com identi-
damente a pretensão, descrevendo sumariamente o estado ficação do respectivo prédio;
de conservação do imóvel com junção de elementos fo- e) Telas finais, quando aplicável;
tográficos, indicando os prazos em que se propõe iniciar f) Cópia do alvará de licença ou autorização de utilização
e concluir a obra, as técnicas de demolição a utilizar, as anterior, quando exista;
quais são acompanhadas de peças escritas e desenhadas g) Cópia da notificação da câmara municipal a comu-
justificativas das mesmas, bem como o local de depósito nicar a aprovação de um pedido de informação prévia,
dos entulhos; quando esta existir e estiver em vigor;
h) Descrição da utilização futura do terreno, com jun- h) Livro de obra, quando tenham sido realizadas
ção do projecto de arquitectura da nova edificação, se obras;
existir; i) Ficha com os elementos estatísticos devidamente
i) Cópia da notificação da câmara municipal a comu- preenchida com os dados referentes à operação urbanística
nicar a aprovação de um pedido de informação prévia, a realizar;
quando esta existir e estiver em vigor; j) Avaliação acústica.
j) Ficha com os elementos estatísticos devidamente
preenchida com os dados referentes à operação urbanística 2 — O pedido de autorização da alteração da utilização
a realizar; é, ainda, instruído com os seguintes elementos:
l) Plantas à escala de 1:2500, ou superior, com a in- a) Planta à escala de 1:2500, ou superior, e, quando
dicação precisa do local onde se situa a obra objecto do existam planos municipais de ordenamento do território,
pedido de demolição, dos elementos e valores naturais extractos das plantas de ordenamento, de zonamento e de
e construídos, servidões administrativas e restrições de implantação e das respectivas plantas de condicionantes,
utilidade pública, e, quando exista plano director munici- com a indicação precisa do local objecto da pretensão;
pal, plano de urbanização ou de pormenor, extractos das b) Planta de localização e enquadramento à escala da
plantas de ordenamento, de zonamento e de implantação planta de ordenamento do plano director municipal ou à
e das respectivas plantas de condicionantes e da planta de escala de 1:25 000, quando este não existir, assinalando
síntese da operação de loteamento, quando exista, com a devidamente os limites da área objecto da operação.
indicação precisa do local;
m) Memória descritiva esclarecendo devidamente a 16.º
pretensão, descrevendo sumariamente o estado de conser-
Licenciamento de trabalhos de remodelação de terrenos
vação do imóvel com junção de elementos fotográficos,
enunciando as razões demonstradoras da impossibilidade 1 — O pedido de licenciamento referente à realização
de recurso a outra solução, indicando os prazos em que se dos trabalhos de remodelação de terrenos deve ser instruído
propõe iniciar e concluir a obra, as técnicas de demolição com os seguintes elementos:
a utilizar, as quais são acompanhadas de peças escritas e
desenhadas justificativas das mesmas, bem como o local a) Documentos comprovativos da qualidade de titular
de qualquer direito que confira a faculdade de realização
de depósito dos entulhos;
da operação;
n) Declaração de titularidade de alvará emitido pelo
b) Certidão da descrição e de todas as inscrições em vi-
InCI, I. P., com habilitações adequadas à natureza e valor
gor emitida pela conservatória do registo predial referente
da obra, a verificar através da consulta do portal do InCI, ao prédio ou prédios abrangidos;
I. P., pela entidade licenciadora, no prazo previsto para a c) Extractos das plantas de ordenamento, de zonamento
decisão. e de implantação e das respectivas plantas de condicio-
14.º nantes, quando exista plano municipal de ordenamento do
território, e respectivas plantas de condicionantes e planta
Comunicação prévia de obras de demolição
à escala de 1:2500 ou superior, com a indicação precisa do
A comunicação prévia de obras de demolição é instruída local onde se pretende executar os trabalhos;
com os elementos referidos nas alíneas a), b), c), f), g), j), d) Planta de localização e enquadramento à escala da
l) e n) do artigo anterior. planta de ordenamento do plano director municipal ou à
Diário da República, 1.ª série — N.º 50 — 11 de Março de 2008 1551

escala de 1:25 000, quando este não existir, assinalando artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro,
devidamente os limites da área objecto da operação; na redacção dada pela Lei n.º 60/2007, de 4 de Setembro,
e) Extractos das plantas do plano especial de ordena- deve ser instruída com os seguintes elementos:
mento do território vigente;
f) Projecto de execução dos trabalhos; a) Documentos comprovativos da qualidade de titular
g) Memória descritiva e justificativa esclarecendo de- de qualquer direito que confira a faculdade de realização
vidamente a pretensão; da operação;
h) Estimativa do custo total dos trabalhos; b) Certidão da descrição e de todas as inscrições em vi-
i) Calendarização da execução dos trabalhos; gor emitida pela conservatória do registo predial referente
j) Cópia da notificação da câmara municipal a comu- ao prédio ou prédios abrangidos;
nicar a aprovação de um pedido de informação prévia, c) Extractos das plantas de ordenamento, de zonamento
quando esta existir e estiver em vigor; e de implantação do plano municipal de ordenamento do
l) Projectos da engenharia de especialidades necessários território vigente e das respectivas plantas de condicionan-
à execução dos trabalhos; tes e planta de síntese da operação de loteamento, quando
m) Termos de responsabilidade subscritos pelos autores exista, bem como planta à escala de 1:2500, ou superior,
dos projectos e coordenador do projecto quanto ao cumpri- com a indicação precisa do local onde se pretende executar
mento das normas legais e regulamentares aplicáveis; a operação;
n) Ficha com os elementos estatísticos devidamente d) Planta de localização e enquadramento à escala da
preenchida com os dados referentes à operação urbanística planta de ordenamento do plano director municipal ou à
a realizar. escala de 1:25 000, quando este não existir, assinalando
devidamente os limites da área objecto da operação;
2 — Quando se trate de trabalhos em áreas não abran- e) Extractos das plantas do plano especial de ordena-
gidas por plano municipal de ordenamento do território, o mento do território vigente;
pedido deve ser instruído com os elementos referidos no f) Memória descritiva e justificativa esclarecendo de-
n.º 1 e, ainda, com os seguintes: vidamente a pretensão;
a) Extracto da carta da Reserva Agrícola Nacional g) Projecto da operação;
abrangendo os solos que se pretendem utilizar ou, quando h) Estimativa do custo total da operação;
esta não exista, parecer sobre a capacidade de uso, emitido i) Calendarização da execução da operação;
pelos serviços competentes para o efeito; j) Cópia da notificação da câmara municipal a comu-
b) Extracto da carta da Reserva Ecológica Nacional com nicar a aprovação de um pedido de informação prévia,
a delimitação da área objecto da pretensão ou, quando esta quando esta existir e estiver em vigor;
não existir, parecer emitido pelos serviços competentes. l) Projectos da engenharia de especialidades necessários
à execução da operação, quando aplicável;
17.º m) Termo de responsabilidade subscrito pelos autores
Comunicação prévia de trabalhos de remodelação de terrenos dos projectos e coordenador do projecto quanto ao cum-
primento das disposições legais e regulamentares aplicá-
1 — A comunicação prévia referente à realização dos veis.
trabalhos de remodelação de terrenos deve ser instruído
com os elementos constantes das alíneas a), b) e f) a n) 19.º
do n.º 1 do artigo anterior e com o extracto da planta de
síntese do loteamento. Pedidos de informação prévia, licenciamento
ou autorização referentes a várias operações urbanísticas
2 — A comunicação prévia de obras de edificação deve,
ainda, ser instruída com os seguintes elementos: Quando o pedido respeite a mais de um dos tipos de
a) Apólice de seguro que cubra a responsabilidade pela operações urbanísticas referidos no artigo 2.º do Decreto-
reparação dos danos emergentes de acidentes de trabalho, -Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, na redacção que lhe
nos termos previstos na Lei n.º 100/97, de 13 de Setem- foi conferida pela Lei n.º 60/2007, de 4 de Setembro,
bro; deve ser instruído com os elementos previstos no pre-
b) Termos de responsabilidade assinados pelo director sente diploma para cada uma das operações constantes
de fiscalização de obra e pelo director de obra; da pretensão.
c) Declaração de titularidade de alvará emitido pelo
InCI, I. P., com habilitações adequadas à natureza e valor 20.º
da obra, ou título de registo emitido por aquela entidade, Termos de responsabilidade
com subcategorias adequadas aos trabalhos a executar, a
verificar através da consulta do portal do InCI, I. P., pela Os termos de responsabilidade dos autores de projectos,
entidade licenciadora, no prazo previsto para a rejeição da do coordenador de projecto, do director técnico da obra ou
comunicação prévia; do director de fiscalização da obra obedecem às especifi-
d) Livro de obra, com menção do termo de abertura; cações definidas nos anexos I, II e III à presente portaria e
e) Plano de segurança e saúde. que dela faz parte integrante.

18.º 21.º
Comunicação prévia de operações urbanísticas Revogação
A comunicação prévia referente à realização das ope- A presente portaria revoga a Portaria n.º 1110/2001, de
rações urbanísticas a que se refere a alínea g) do n.º 2 do 19 de Setembro.
1552 Diário da República, 1.ª série — N.º 50 — 11 de Março de 2008

22.º Instruções de preenchimento


Entrada em vigor (a) Identificação de qual o tipo de operação urbanística,
A presente portaria produz efeitos com a entrada em projecto de arquitectura ou de especialidade em questão.
vigor da Lei n.º 60/2007, de 4 de Setembro. (b) Nome e habilitação do coordenador do projecto.
(c) Indicar associação pública de natureza profissional,
Em 4 de Março de 2008. quando for o caso.
O Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comu- (d) Indicação da natureza da operação urbanística a
nicações, Mário Lino Soares Correia. — O Secretário de realizar.
Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, João (e) Localização da obra (rua, número de polícia e fre-
Manuel Machado Ferrão. guesia).
(f) Indicar se se trata de licenciamento ou comunicação
ANEXO I prévia.
(g) Indicação do nome e morada do requerente.
Termo de responsabilidade do autor do projecto de... (a)
(h) Discriminar, designadamente, as normas técnicas
... (b), morador na..., contribuinte n.º..., inscrito na... (c) gerais e específicas de construção, os instrumentos de
sob o n.º..., declara, para efeitos do disposto no n.º 1 do gestão territorial, o alvará de loteamento ou a informação
artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, prévia, quando aplicáveis, bem como justificar funda-
na redacção que lhe foi conferida pela Lei n.º 60/2007, mentadamente as razões da não observância de normas
de 4 de Setembro, que o projecto de... (a), de que é autor, técnicas e regulamentares nos casos previstos no n.º 5 do
relativo à obra de... (d), localizada em... (e), cujo... (f) foi artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro,
requerido por... (g), observa as normas legais e regulamen- na redacção que lhe foi conferida pela Lei n.º 60/2007, de
tares aplicáveis, designadamente... (h). 4 de Setembro.
(i) Assinatura reconhecida ou comprovada por funcio-
.... (data). nário municipal mediante a exibição do bilhete de iden-
.... (assinatura) (i). tidade.
Instruções de preenchimento ANEXO III
(a) Identificação de qual o tipo de operação urbanística, Termo de responsabilidade do director técnico
projecto de arquitectura ou de especialidade em questão. de obra/director de fiscalização da obra
(b) Nome e habilitação do autor do projecto.
(c) Indicar associação pública de natureza profissional, ... (a), morador na..., contribuinte n.º..., inscrito na...
quando for o caso. (b) sob o n.º..., declara, na qualidade de director de fisca-
(d) Indicação da natureza da operação urbanística a lização da obras, que a obra localizada em...(c), à qual foi
realizar. atribuído o alvará de licença ou autorização de obras de
(e) Localização da obra (rua, número de polícia e fre- edificação n.º..., cujo titular é... (d), se encontra concluída
guesia). desde...(e), em conformidade com o projecto aprovado,
(f) Indicar se se trata de licenciamento ou comunicação com as condicionantes da licença, com a utilização pre-
prévia. vista no alvará de licença, e que as alterações efectuadas
(g) Indicação do nome e morada do requerente. ao projecto estão em conformidade com normas legais e
(h) Discriminar, designadamente, as normas técnicas regulamentares que lhe são aplicáveis.... (f)... (g), morador
gerais e específicas de construção, os instrumentos de na..., contribuinte n.º..., inscrito na... (b) sob o n.º..., declara,
gestão territorial, o alvará de loteamento ou a informação na qualidade de... (h), que a obra localizada em... (c), à
prévia, quando aplicáveis, bem como justificar funda- qual foi atribuído o alvará de licença ou autorização de
mentadamente as razões da não observância de normas obras de edificação n.º..., cujo titular é... (d), se encontra
técnicas e regulamentares nos casos previstos no n.º 5 do concluída em conformidade com o projecto aprovado,
artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, com as condicionantes da licença ou autorização, com a
na redacção que lhe foi conferida pela Lei n.º 60/2007, de utilização prevista no alvará de licença, e que as alterações
4 de Setembro. efectuadas ao projecto estão em conformidade com normas
(i) Assinatura reconhecida ou comprovada por funcio- legais e regulamentares que lhe são aplicáveis....
nário municipal mediante a exibição do bilhete de iden- ... (data).
tidade. ... (assinatura) (i).
ANEXO II
Instruções de preenchimento
Termo de responsabilidade do coordenador do projecto
de... (a) (a) Nome e habilitação profissional do director técnico
... (b), morador na..., contribuinte n.º..., inscrito na... (c) da obra ou director de fiscalização de obra.
sob o n.º..., declara, para efeitos do disposto no n.º 1 do (b) Indicar associação pública de natureza profissional,
artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, quando for o caso.
na redacção que lhe foi conferida pela Lei n.º 60/2007, de (c) Localização da obra (rua, número de polícia e fre-
4 de Setembro, que o projecto de... (a), de que é coorde- guesia).
nador, relativo à obra de... (d), localizada em... (e), cujo... (d) Indicação do nome e morada do titular.
(f) foi requerido por... (g), observa as normas legais e (e) Data da conclusão da obra.
regulamentares aplicáveis, designadamente... (h). (f) A preencher nos casos previstos no n.º 2 do artigo 63.º
do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, na redacção
... (data). que lhe foi conferida pela Lei n.º 60/2007, de 4 de Abril.
... (assinatura) (i). (g) Nome e habilitação profissional.
Diário da República, 1.ª série — N.º 50 — 11 de Março de 2008 1553

(h) Indicar se se trata de técnico autor do projecto ou de tivo Regional n.º 24/89/M, que regula a Estrutura Orgâ-
mandatário do dono da obra com a habilitação legalmente nica da Assembleia Legislativa da Madeira, determinou a
exigida para o efeito. atribuição de verbas destinadas a gabinetes de apoio aos
(i) Assinatura reconhecida ou comprovada por funcioná- deputados dos partidos e grupos parlamentares, optando
rio municipal mediante a exibição do bilhete de identidade. então, deliberadamente, por não atribuir quaisquer verbas
aos deputados independentes.
Em 6 de Junho de 2006, através da Resolução
n.º 12/2006/M, a Assembleia Legislativa da Região Au-
TRIBUNAL CONSTITUCIONAL tónoma da Madeira veio prescrever que o regime previsto
no referido artigo 46.º, n.º 1, alínea a), fosse alargado aos
Acórdão n.º 85/2008 deputados independentes.
Sucede que as categorias ou formas de actos legislati-
Processo n.º 713/06
vos estão constitucionalmente fixados, especificamente
Acordam, em plenário, no Tribunal Constitucional nos n.os 1 a 5 do artigo 112.º da Constituição. Um decreto
legislativo regional não pode ser modificado por mera reso-
I — Relatório lução, visto que a resolução é, sob o ponto de vista formal
1 — Requerente e pedido. — Um grupo de 24 depu- e constitucional, um acto hierarquicamente inferior.
tados à Assembleia da República (do Partido Socialista) Ora, a Resolução n.º 12/2006/M opera uma verdadeira
veio requerer, ao abrigo do disposto na alínea a) do n.º 1 modificação do Decreto Legislativo Regional n.º 14/2005/
do artigo 281.º da Constituição da República Portuguesa M, pois altera substancialmente o seu conteúdo.
(CRP) e no n.º 1 dos artigos 51.º e 62.º da Lei n.º 28/82, de Deste modo, ainda que se entenda que o citado de-
15 de Novembro, a declaração de inconstitucionalidade, creto gerou uma omissão legal susceptível de configurar
com força obrigatória geral, da norma contida no n.º 1 da a violação de um imperativo constitucional decorrente dos
Resolução da Assembleia Legislativa da Região Autónoma princípios da igualdade ou da equiparação no que respeita
da Madeira n.º 12/2006/M, que «determina a extensão da aos deputados independentes, a correcção dessa eventual
aplicação do regime previsto no n.º 1 do artigo 46.º do «lacuna» só poderia ser feita através de um acto legislativo
Decreto Legislativo Regional n.º 14/2005/M — Estrutura de valor equivalente ao do decreto legislativo regional que
Orgânica da Assembleia Legislativa da Madeira — aos regula esta matéria.
deputados independentes». E a forma não é irrelevante, uma vez que só os decretos
O teor da norma questionada é o seguinte: legislativos regionais, e não as resoluções, estão sujeitos
à assinatura do Representante da República, que pode,
«1 — É extensivo aos deputados independentes que inclusivamente, requerer a fiscalização preventiva da sua
não integrem nenhum grupo parlamentar o disposto na constitucionalidade.
alínea a) do n.º 1 do artigo 46.º do Decreto Legislativo De resto, quando a Assembleia da República, numa
Regional n.º 14/2005/M, de 5 de Agosto, nos seguintes situação análoga, decidiu alterar a lei que atribui verbas
termos: aos grupos parlamentares para financiamento dos gabi-
Deputado independente — 15 × 14 SMNR (salário netes dos grupos parlamentares, conferindo verbas para o
mínimo nacional em vigor na Madeira)/mês. mesmo fim, também, aos deputados únicos representantes
de um partido e aos deputados independentes, fê-lo por
2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .» acto legislativo de valor hierárquico equivalente e, além
disso, distinguiu o deputado único representante de um
A remissão da resolução para a norma da alínea a) partido dos deputados independentes, atribuindo a estes
do n.º 1 do artigo 46.º do Decreto Legislativo Regional uma verba inferior.
n.º 14/2005/M deve ser entendida como querendo referir-se Os requerentes concluem, assim, pela inconstitucio-
à redacção dada ao artigo 46.º, n.º 1, alínea a), do Decreto nalidade da citada resolução da assembleia legislativa da
Legislativo Regional n.º 24/89/M, de 7 de Setembro, pelo Região Autónoma da Madeira.
artigo 29.º do Decreto Legislativo Regional n.º 14/2005/M,
de 5 de Agosto, redacção que passou a ser a seguinte: 3 — Resposta do órgão autor da norma. — Notificado
para se pronunciar sobre o pedido, o Presidente da Assem-
«Artigo 46.º bleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira veio
Gabinetes dos partidos e dos grupos parlamentares alegar, em síntese, o seguinte:
1 — Os partidos com um único deputado e os grupos A Constituição estipula, no artigo 180.º, n.º 4, que «aos
parlamentares dispõem, para a utilização de gabinetes deputados não integrados nos grupos parlamentares são
constituídos por pessoal da sua livre escolha, nomeação, assegurados os direitos e garantias mínimos, nos termos
exoneração e qualificação, de uma verba anual calculada do Regimento».
nos seguintes termos:
Esta disposição é expressamente aplicável às Assem-
a) Deputado único/partido e grupos parlamenta- bleias Legislativas da Regiões Autónomas, nos termos do
res — 15 × 14 SMNR (salário mínimo nacional em artigo 232.º, n.º 4, da Constituição.
vigor na Madeira)/mês/número de deputados.» A aplicação do princípio constitucional da igualdade
2 — Fundamentos do pedido. — Os requerentes funda- entre deputados da mesma assembleia nunca poderia en-
mentaram o pedido nos seguintes termos: volver a negação em absoluto do direito a verbas destinadas
aos gabinetes dos deputados independentes, face a uma
O Decreto Legislativo Regional n.º 14/2005/M, ao dar situação em que esse mesmo direito é reconhecido a todos
nova redacção ao artigo 46.º, n.º 1, do Decreto Legisla- os restantes deputados.

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