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MÓDULO 12: Animação em Destinos Turísticos

1. Destinos Turísticos
1.1. Principais destinos turísticos em Portugal
1.2. Estruturação do destino turístico
1.3. Potencialidades do destino turístico
1.4. Estruturação da animação do destino turístico
2. A Animação do Destino Turístico
2.1. Os diversos meios promocionais
2.2. O marketing directo
2.3. A recepção de clientes
3. Tipologia da animação nos Destinos Turísticos
3.1. Os City-Breaks
3.2. Animação Cultural
3.3. Animação Desportiva
3.4. Animação Nocturna
3.5. A animação nas unidades hoteleiras
4. Os grandes eventos e os seus impactos na atracção de visitantes
Disciplina: TIAT Turismo – Informação e Animação
Turística

1. Destinos Turísticos
1.1. Principais destinos turísticos em Portugal

Portugal sempre se mostrou como um dos destinos turísticos mais seguros da


Europa. Se apesar de até 1974 o país ter sofrido com seu regime ditatorial, após
esta data o turismo em terras portuguesas cresceu imenso.

Lisboa e Cascais foram os pólos iniciais do turismo, aos quais se juntaram mais
tarde a Ilha da Madeira e o Algarve; actualmente todo o país goza de um prestígio
em todo o mundo.

Hoje em dia, mais de 13 milhões de turistas anuais percorrem os cerca de 1000


quilómetros de costa, visitam os inúmeros locais considerados Património da
Humanidade, cruzam as Planícies do Alentejo, escalam a Serra da Estrela, sobem o
Rio Douro, mergulham nas praias do Algarve e da ilha do Porto Santo, encantam-se
nos Açores ou, ainda, divertem-se nos muitos casinos portugueses.

Actualmente, o Algarve, a região de Lisboa, Cascais e Sintra, a Madeira, e o Porto


lideram o ranking de destinos nacionais. O Alentejo Litoral começa também a
afirmar-se como um grande pólo turístico onde estão a efectuar-se grandes
investimentos nesse sector nomeadamente em Tróia (Grândola) e Santiago do
Cacém.

O Algarve é um dos principais destinos de férias, durante todo o ano, dos países
nórdicos e do Reino Unido. Vilamoura (o maior complexo turístico da Europa),
Portimão, Albufeira e Faro são o centro da actividade algarvia.

Ao passo que os portugueses elegem o Brasil, a Espanha, Cuba, Tailândia, o México,


a Itália, Marrocos, Moçambique, Tunísia, Cabo Verde ou a República Dominicana
como seus destinos principais, Portugal é escolhido, preferencialmente, por turistas
oriundos do Reino Unido, Irlanda, Países Baixos, Dinamarca, Suécia, Noruega, Itália,
Bélgica, Alemanha, Suíça, França, Espanha e um número cada vez maior turistas da
Rússia, Polónia, Estados Unidos da América, Canadá, Países Bálticos, República
Checa, Hungria, Japão e China.

Cultura, sol, praias, diversão, natureza, história e gastronomia são os pratos fortes
do turismo português. O turismo é um dos mais importantes sectores da economia
portuguesa, representando cerca de 8% do PIB.

Portugal encontra-se entre os 15 países com maior procura turística em todo o


mundo

1.2. Estruturação do destino turístico

Será útil reconhecer a importância que o desenvolvimento turístico pode ter numa
estratégia territorial integrada. Pela sua natureza, de facto, o turismo tem um
impacto sistémico, visto que tende a envolver transversalmente a economia de um
território no qual se desenvolve, com impactos também de natureza social, cultural
e ambiental. Se é verdade que o turismo é um potencial mecanismo de geração de
riqueza para as populações residentes, é também verdade que tem um impacto
sobre o território, visto que orienta a actividade económica local, consome recursos,
requer um adequado conjunto de obras em estruturas e infra-estruturas, determina
exigências de consumo (energia, água, transportes) desproporcionais em relação às
necessidades normais da zona.

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Turística

Nos últimos dez a quinze anos, a literatura internacional especializada tem definido
e delimitado o conceito de tourist destination (destino turístico). Nesta perspectiva,
a atenção tem sido focada nas estratégias e acções de marketing dos
destinos/territórios considerados estes como um sistema de actores que cooperam
de modo a fornecer um produto turístico integrado ( Boix e Capone, 2004: 2). A
Comissão Europeia (2000) define o destino turístico como:
”as an area which is separately identified and promoted to tourists as a place to
visit, and within which the tourist product is co-ordinated by one ore more
identifiable authorities or organisations”.
Os destinos turísticos têm vindo a ser definidos geralmente como territórios com
características singulares, sejam elas naturais ou construídas (humanas). Para
Mathieson e Wall (1992: 12) a definição de destino será:

a destination area is a place having characteristics that are known to a sufficient


number of potential visitors to justify its consideration as an identity, attracting
travel to itself, independent of the attractions of other locations.

Assumindo que a indústria turística é considerada um sector com uma estrutura


fragmentada e caracterizada pela presença, colaboração e de articulação entre um
vasto número de actores da fileira (operadores turísticos, agências de viagem,
hotéis e outros fornecedores de serviços), as vantagens competitivas são cada vez
mais relacionadas com um sistema local de actores fornecendo um produto final
complexo: a experiência turística (Asworth, 1991).
A oportunidade de uma abordagem territorial sistémica surge, assim, em
consequência da focalização nos territórios, de forma a fomentar o processo de
desenvolvimento local. De facto os modelos territoriais, que tiveram a sua origem
em modelos industriais, têm sido recentemente adaptados à actividade turística.

1.3. Potencialidades do destino turístico

Um destino é um “local de consumo” e a experiência cultural tornou-se um


processo holístico. Neste contexto, dois elementos praticamente contraditórios, mas
interrelacionados, determinam o sucesso de um destino turístico: o primeiro é a
criação de infra-estruturas com standards internacionais e com elevado grau de
previsão que permitirá a atracção do destino, não tanto pelo turista
individualmente, mas antes pela indústria turística (nomeadamente aos agentes
transnacionais) – isto significa que um destino deve ser muito semelhante com
outro lugar seu concorrente; o segundo é a presença de um mercado que
impulsione uma elevada fragmentação, que permita responder e propor uma super
segmentação dos produtos turísticos e identificar posições e nichos de mercado Van
den Berg, Vand der Borg and Van der Meer (1995)
Há cidades e territórios que não conseguem transmitir um pensamento colectivo
enquanto destinos turísticos. Determinados acontecimentos, tais como crime e
insegurança, podem danificar a imagem de uma cidade. É fundamental investir em
infra-estruturas, pois a sua falta ou deficiência poderão por em causa a riqueza
cultural e patrimonial. Não basta criar uma imagem de destino. Os factores
intangíveis assumem uma importância na atractividade dos destinos. Os vários
elementos do produto turístico, primário, secundário, eventos, transporte, centros
de informação e estacionamentos, devem ser geridos de forma sistemática,
integrada e dinâmica, sendo os recursos humanos, pela natureza de trabalho -
intensiva da sua actividade, o elemento mais importante Russo e Van den Borg
(2002).
Para Crouch e Ritchie (1999) a competitividade de uma determinada industria é
uma determinante crucial para o seu desempenho no mercado mundial.
Desenvolver o potencial turístico de qualquer país ou região depende
substancialmente na sua capacidade em manter a vantagem competitiva no
fornecimento de bens e serviços aos visitantes. Já Dwyer, Forsyth e Rao (2000)
afirmam:

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Tourism competitiveness is a general concept that encompasses price differentials


coupled with Exchange rate movements, productivity levels of various components
of the tourist industry, and qualitative factors affecting the attractiveness or
otherwise of a destination.

O objectivo fundamental da competitividade é o de manter ou incrementar o


rendimento real dos cidadãos, o que se reflecte na nível e qualidade de vida do
território. Nesta perspectiva, a competitividade não deve ser vista como um fim em
si mas como um meio para um determinado fim: o aumento do nível de vida da
população.
Quando se pretende medir a competitividade começamos a ter problemas na sua
definição, porque é um conceito relativo (em relação a outro) e é multidimensional.
Como referimos, Crouch e Ritchie (2000) viam a competitividade nacional como a
capacidade que um país que possuía para criar valor acrescentado e incrementar
desta forma o bem-estar nacional mediante a gestão de vantagens, processos,
atracções, agressividade e proximidade, integrando essas relações num modelo
económico e social..
Notaram também que se trata cada vez mais de estratégia e cada vez menos de
resultado de legado natural. Referem ainda que competitividade é “produzir mais e
melhores produtos e serviços que tenham aceitação no mercado interno e externo”.
O conceito ainda não está suficientemente uniformizado, levando a que surjam
várias definições, de acordo com o propósito pretendido.
Os mesmos autores, acrescentam que pela importância que o turismo tem
adquirido nos últimos anos, assumidamente irá contribuir fortemente para a
prosperidade das populações e para a qualidade de vida de muitos lugares do
mundo. Se existir um boom nas diferentes formas turísticas no futuro, então
poderão surgir graves problemas com implicações dramáticas nas características
dos destinos e na sua competitividade, assim como no estilo de vida das
populações residentes.
Quando se trata de analisar a competitividade do sector dos serviços e, mais
concretamente, a dos destinos turísticos, Crouch e Ritchie (1999) introduzem a
teoria da vantagem comparativa e vantagem competitiva. Segundo estes autores a
vantagem comparativa refere-se aos factores de que está dotado o destino
turístico, incluindo tanto os factores que ocorrem de forma natural como aqueles
que tenham sido criados.

1.2. Estruturação da animação do destino turístico

O turismo como fenómeno humano é rico, complexo e polivalente. Numa


perspectiva de Marketing, recorre-se á utilização dos recursos a fim de criar
produtos turísticos e finalmente conceber as ofertas turísticas. Estas são
percepcionadas pelos consumidores como destinos turísticos. Como tal há que
proceder, numa dada região à inventariação dos recursos ai existentes, pois eles
são a base sobre a qual se vai desenvolver a actividade turística. Os serviços e
equipamentos deverão ser definidos com vista a proporcionar ao turista a utilização
dos recursos, satisfazendo as suas necessidades e possibilitando-lhe a fruição dos
atractivos do destino. Neste sentido estamos face a produtos turísticos ou seja, a
conjuntos de componentes que agregados são capazes de satisfazer as motivações
e as expectativas de um determinado segmento de mercado. Precisamos agora de
lhe atribuir um preço, distribui-los e dá-los a conhecer de forma a que os
consumidores os percepcionem e saibam como e onde podem adquiri-los.
Concebemos assim ofertas turísticas (conjuntos de serviços) que se podem comprar
por determinado preço, que se desenvolvem em determinado local num tempo
especifico possibilitando a quem os adquire a fruição de uma experiência de viagem
completa.

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Turística

O turista requer pois, um conjunto de serviços que não se limitam ao alojamento e


ao transporte, exigindo também actividades recreativas. Neste caso a inovação e o
desenvolvimento de novos produtos surgem como fundamentais no sentido da
obtenção de êxito por parte das empresas que trabalham na área da animação. A
imaginação reveste-se de extrema importância e a criatividade é imprescindível
para não criar fadiga ou cansaço no turista. O marketing assume assim um papel de
extrema importância e relevo.

Caso se pretenda lançar um programa de animação á que ter em atenção ao


seguinte:

- Estudo da procura e das sua motivações em relação às actividades recreativas


(estar em ambientes agradáveis, alargar as relações sociais, divertir-se,
desenvolvimento da personalidade etc)
- Estudo da oferta ( recursos naturais e histórico-culturais adequados para o
desenvolvimento de programas de animação, existência de instalações
turísticas adequadas etc)

As fases de lançamento de um produto de animação requerem um plano de


marketing que comporte:

- A criação de possíveis ideias de recreação e animação


- Processo de selecção das mesmas mediante testes feitos a terceiros
- Valorização económica da sua rendibilidade
- Desenvolvimento de projectos e produtos para a sua aplicação
- Distribuição e promoção do produto
- Comercialização e venda concreta.
Assim é importante que os gestores de animação realizem as seguintes actividades:

- Estudos de da procura e da oferta (características dos clientes e dos recursos)


- Planificação dos projectos de animação de acordo com os resultados dos
estudos
- Definição dos pressupostos e dos meios financeiros
- Definição das relações de cooperação com os diversos sectores que participam
na campanha turística geral (alojamento e transportes)
- Utilização racional dos recursos e do projecto de animação
- Realização dos programas definindo os diferentes campos de acção
- Actividades de promoção e venda (sites, folhetos brochuras etc)

2. A Animação do Destino Turístico

De acordo com Guibilato (1983) não basta estimular a vida do turista, alimentá-lo e
alojá-lo. Ele desloca se com um objectivo muito claro, ou seja, aproveitar os
recursos (em sentido amplo) assim como praticar determinadas actividades. Por tal
há que oferecer-lhe a possibilidade de o fazer: esta é a função dos
equipamentos de distracção e de acesso aos recursos (utilização e
exploração dos recursos turísticos). Permite ainda a "animação" da estância ou do
centro de alojamento. Baptista (1990) na esteira de Guibilato (1983) identifica 4
grupos de equipamentos de distracção ou animação:

1) - Equipamentos ligados à natureza: circuitos de manutenção, parques naturais,


parques zoológicos, museus oceanográficos, etc.
2) - Equipamentos desportivos para a prática ou para o espectáculo:
a) Desportos náuticos: portos de recreio, escolas de vela, esqui náutico,
"surf", mergulho submarino, etc.

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b) Desportos e jogos terrestres: campos de ténis, pavilhões polivalentes,


áreas de jogos para crianças, terrenos de voleibol e de minigolfe, piscina,
jogos de praia, estádios de futebol, etc.
c) Desportos de Inverno e de montanha: meios mecânicos de subida
diversos, teleféricos e telecabines, telecadeiras e tele-esquis, pistas de
esqui alpinismo e esqui de fundo, escolas de esqui, de alpinismo e de
montanhismo, etc.
d) Desportos equestres: escolas e centros de equitação.
3) Equipamentos culturais : teatros, salas de espectáculos e concertos, museus,
bibliotecas, galerias de arte, cinemas, salas de congressos ou de reuniões, oficinas
de artesanato e de trabalhos manuais, etc.
4) Equipamentos de diversão: salas de jogos diversos, casinos, discotecas, cabarets,
salas de baile, clubes, bares, etc.

As estruturas de diversão ou animação podem ser utilizadas por iniciativa pessoal


do turista que decide fazê-lo, ou podem aparecer inseridas no âmbito de programas
organizados pelos operadores turísticos. Baptista (1990) cita J.J.Monnard e Guibilato
para apresentar diversos tipos de animação:

1) Animação sociabilidade , que facilita a comunicação entre os turistas, através


da organização de manifestações regulares ou particulares (festas de boas vindas,
noites dançantes, "coktails", festas oficiais, jantares à meia luz, bailes de máscaras,
etc.) ou de jogos de sociedade ("bridge", loto, etc.);

2) Animação em movimento, com actividades físicas, desportos e jogos;


3) Animação criatividade, que oferece aos turistas a possibilidade de fazer, de
criar qualquer coisa (desenho, pintura, olaria, fotografia, tecelagem, etc.);
4) Animação cultura, descoberta, vida, que permite satisfazer necessidades de
informação, de curiosidade, de mudança, de manifestações ou actividades diversas;
festivais de música, conferências, cursos de línguas, cursos de cozinha, iniciação e
técnicas novas como a informática, ralis, excursões, visitas comentadas a cidades,
etc.)
5) Animação aventura, dirigida aos turistas que gostem de imprevistos, do
desconhecido, do risco, quer através do regresso à Natureza, mais ou menos
organizada (circuitos de manutenção, expedições, etc.), quer através da prática de
um desporto arriscado ou como tal considerado (pára-quedismo, asa delta,
escaladas, etc.), quer ainda através de uma saída-aventura, frequentemente em
confronto com elementos naturais que representam um risco (vulcões, descidas de
rápidos em rios, esqui fora de pista, etc.);
6) Animação tranquilidade, reencontro de si mesmo, que permite compensar o
"stress" da vida quotidiana, não por uma distracção movimentada mas através do
repouso, da calma, da reflexão, o que pode revestir-se de diferentes formas, como
sejam ioga, meditação em grupo, audição de um concerto gravado, passeio na
Natureza, discussões junto à lareira, etc.

1.1. Os diversos meios promocionais

Publicidade
Quando relacionada com outros meios de comunicação da empresa, funciona com
as seguintes características:
- Permite alcançar muitos públicos;
- A publicidade utiliza uma mensagem simples, forte e única;
- Na publicidade o conteúdo da mensagem é perfeitamente controlado pelo
anunciante.

A Publicidade utiliza mecanismos psicológicos para influenciar o espírito e o


comportamento das pessoas tais como:
- Notoriedade

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- Informação factual
- Persuasão
- Simpatia pela marca
- Emoção, Desejo, O Sonho

Marketing Directo
O Marketing Directo é um conjunto de técnicas de comunicação individualizada e
interactiva que por norma têm características comuns. As principais formas de
Marketing Directo são:
- Mailing(correio electrónico);
- Telemarketing(marketing telefónico);
- Directresponse(resposta/ encomenda imediata por telefone).
Em suma o Marketing Directo é o conjunto de técnicas de marketing que,
recorrendo aos diversos meios de comunicação, visa estabelecer uma relação
continuada com um cliente, de uma forma individualizada, através da obtenção de
uma resposta mensurável.

Força de Vendas
As empresas têm por objectivo final vender os seus produtos de uma forma
rentável aos seus clientes, mantendo-os com uma relação de longa duração.
A força de vendas de uma empresa, é composta pelo conjunto de pessoas que têm
como objectivo vender ou fazer vender os produtos da empresa, por meios de
contactos directos com os clientes potenciais, distribuidores ou “prescritores”.

Merchandising
A técnica de MERCHANDISING assenta em quatro princípios básicos:
1. Procura psicológica do melhor ambiente envolvente para cada produto;
2. Criação de condições que tornem a estadia do cliente na loja agradável;
3. Trabalho conjunto do produtor e do distribuidor com objectivos e métodos
comuns;
4. Transformação do moderno ponto de venda num moderno “Campo de
Batalha”para conquistar o consumidor.

Relações Públicas
Os objectivos principais das relações públicas, são:
- Aumentar a credibilidade da empresa, dos serviços e dos produtos;
- Criar um sentido de pertença;
- Estimular a força de vendas e distribuidores;
- Melhorara imagem da empresa e as suas marcas;
- Criar e aumentar a notoriedade da empresa e dos seus produtos/serviços;
- Prevenir e minimizar o impacto de eventuais crises;
- Atrair investidores;
- Criar boas relações de vizinhança com a comunidade local;
- Revelar os contributos da empresa para o desenvolvimento do país ou região

1.2. O marketing directo

O marketing directo permite alcançar um conjunto bastante diversificado de


objectivos. Vejamos os mais importantes.

Pesquisa: O marketing directo permite efectuar acções de pesquisa de mercado a


uma fracção do custo das acções tradicionais. Como as acções de marketing directo
são individualizadas, será muito mais fácil a uma empresa definir o perfil dos seus
clientes, as suas necessidades e determinar a melhor forma de as satisfazer.

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Divulgação e promoção de venda: Este é o objectivo mais frequente das acções


de marketing directo, consistindo na apresentação directa de um produto ou uma
oferta específica aos potenciais clientes.

Identificação de clientes potenciais: Quando os clientes do seu produto são


muito difíceis de identificar, uma acção de marketing directo pode ser muito útil,
demonstrando as atitudes dos clientes em causa perante o produto.

Conquista de novos clientes: Frequentemente, clientes que não adquirem a


marca no ponto de venda são sensíveis a ofertas especiais distribuídas através de
estratégias de marketing directo.

Fidelização de clientes: Paralelamente, clientes da sua marca tenderão a


fidelizar-se a ela ao receberem ofertas que considerem interessantes. Os clientes
actuais são os mais importantes para a sua empresa, dado que a sua fidelidade é
uma garantia de sustentabilidade futura, mas, paradoxalmente, são
frequentemente negligenciados pelos gestores de marketing, mais concentrados no
desafio de conquistar novos clientes.

Rentabilização da força de vendas: Através do contacto prévio com os clientes


potenciais, é possível determinar quais deverão ser visitados pessoalmente por um
vendedor da sua empresa, evitando as visitas em massa que terão uma taxa de
eficácia muito mais baixa.

1.3. A recepção de clientes

A boa comunicação / bom atendimento é o primeiro passo para levar os outros a


agirem conforme o esperado. Por outro lado, o mau atendimento pode conduzir a
vários problemas como mal-entendidos ou informações erradas. Sem uma
comunicação eficaz, o entendimento é impossível. Se não comunicarmos claramente,
ninguém saberá o que pretendemos, o que queremos dizer ou aquilo que temos em
mente. A transmissão correcta de mensagens faz a ligação entre o pensamento e a
acção.

Por essa razão, comunicar não é algo que acontece pura e simplesmente; requer
atenção quanto ao conteúdo da mensagem e, mais importante, à forma como é
apresentada, para que possa chegar a ser correctamente recebida e compreendida.
Caso contrário, nem vale a pena começar a comunicar.

Saber onde é que o processo de comunicação pode correr mal, é um importante


ponto de partida, quando se procura uma boa comunicação. O Atendimento, mais do
que uma transacção, é uma forma de comunicação, de troca de ideias e de relação
com as pessoas a partir das coisas.

Este processo baseia-se em três princípios:

- As pessoas que todos os dias procuram a Instituição são os seus clientes


preferenciais.
- Os colaboradores que atendem o público na Instituição são o rosto da
mesma.
- A Instituição é a imagem que os seus colaboradores transmitem, por isso a
instituição tem de criar em cada situação de atendimento um momento de
excelência.

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UM BOM SERVIÇO NÃO É SORRIR PARA O PÚBLICO

MAS SIM

CONSEGUIR QUE O PÚBLICO LHE SORRIA

Não podemos ignorar que o público é constituído por seres humanos, com
problemas, ideias, desejos, necessidades, sentimentos e emoções, que como tal
exigem ser bem tratados.

No domínio do relacionamento humano não há fórmulas milagrosas (“receitas”).

- Familiarize-se com a empresa.


- Conheça bem os produtos e/ou serviços, os departamentos, os circuitos e,
na medida do possível, as pessoas.
- Mantenha a calma. Seja reflectido(a) independentemente da dificuldade de
cada situação e atitude do interlocutor.

- Organize o seu posto de trabalho. Procure ter à mão todos os documentos,


impressos e informações necessárias.
- Interesse-se pela empresa e pelos problemas correntes. Mantenha-se
informado(a). Não se transforme numa “ilha”.
- Procure raciocinar rapidamente mas com frieza.
- Mantenha a discrição em todas as situações.
- Seja humilde. Admita que o erro pode ser seu ou da sua organização
(cuidado).
- Trate o interlocutor pelo nome. Sempre que possível.
- Faça sentir a quem espera que não está esquecido. Mantenha o contacto.
- Quando não puder atender prontamente, dê um minuto de atenção a quem
chega.
- Utilize uma linguagem correcta, adequada
- Use a empatia. Escute. Tente compreender o ponto de vista do interlocutor.
- Sorria. Use a simpatia.

Numa Instituição vamos considerar que existem:

Clientes Externos

- São as pessoas e organizações que contactam com a nossa Instituição e as


pessoas e organizações que ainda não contactaram, mas que poderão vir a
contactá-la no futuro.

Clientes Internos

- São os colegas de trabalho com quem todos os dias falamos e trabalhamos


e que devemos tratar da mesma forma que o público.

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SEM PÚBLICO NÃO HÁ ORGANIZAÇÕES

A satisfação do público é primordial, é ele que julga o serviço e decide o futuro da


Instituição.Uma forma de fidelizar o público é ouvir as suas sugestões e críticas e
você tem aqui um papel essencial...

Porque...

VOCÊ É O OUVIDO E A FACE DA INSTITUIÇÃO

OBJECTIVOS DA INSTITUIÇÃO

Em relação ao público:

- Todas as pessoas têm os seus objectivos próprios, no entanto, todas elas ao


procurarem a instituição pretendem estabelecer contactos frutíferos.
- Atender de forma excelente o público.
- Atender todas as pessoas para que nenhuma se esqueça do atendimento prestado
na Instituição e no futuro volte a procurá-la.

Em relação ao Colaborador/Atendedor:

- Actuar de acordo com os objectivos da Organização ou Instituição.


- Actuar de acordo com a imagem que a Instituição tem.
- Guardar os segredos da Instituição.
- Defender os interesses da Instituição.
Objectivos do Público

Em relação à Instituição:

- Satisfazer de forma rápida e eficaz as suas necessidades.


- Ser tratado com consideração e que a Instituição mostre interesse pelo seu caso e
suas necessidades.

Em relação ao Atendedor:

- Você é o representante da Instituição e, por isso, para todas as pessoas você é a


própria Instituição, aquela que o público espera:
- A possibilidade de exigir um sorriso.
- A satisfação de sentir o seu pedido bem entregue.
- A certeza de ser tratado com respeito.
- A garantia de ser compreendido.
- A certeza de ser escutado.
- O bom Atendedor é aquele que consegue que a Instituição e o público concretizem
os seus objectivos:
 Prestação do serviço
 Satisfação com a relação de Atendimento.

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3. Tipologia da animação nos Destinos Turísticos


3.1. Os City-Breaks

Consiste numa Estadia de curta duração para visitar várias atracções de uma
cidade. A principal motivação é conhecer uma cidade e as suas atracções
monumentais, arquitectónicas, culturais, comerciais, gastronómicas, etc.

City breaks standard: os turistas viajam para uma cidade com o objectivo de
visitar atracções relacionadas com uma variedade de temas (histórico, cultural,
social, etc.). Durante a sua estada, ficam alojados em hotéis confortáveis de 2-3
estrelas e procuram produtos e serviços com preços acessíveis.

City breaks upscale: os turistas viajam para uma cidade com o objectivo de
visitar atracções relacionadas com uma variedade de temas (histórico, cultural,
social, etc.). Durante a sua estada procuram serviços personalizados de alta
qualidade, boutique hotéis, hotéis de 4-5 estrelas e com charme, menus de
degustação e provas de vinho, etc.

City breaks temáticos: os turistas viajam para uma cidade com o objectivo de
visitar atracções e de viver experiências relativas a um tema específico, por
exemplo, assistir a um evento musical, teatral, cinematográfico, desportivo, de
moda, etc.

3.2. Animação Cultural

Entendemos a animação cultural como um meio importante para atingir objectivos


muito concretos, integrada nos princípios do Comércio Justo e do Turismo Ético.
A partir das tradições nos ofícios, nos contos, na música e na dança entre outras, do
seu estudo e divulgação, recriá-las no presente para projectá-las no futuro. As
tradições só sobreviverão como referências de um povo, se forem
permanentemente recriadas em bases de respeito pelo passado, mas atendendo às
condições do presente.
O Comércio Justo, baseado na total transparência no circuito que vai dos produtores
aos consumidores, pressupõe a educação destes, através da divulgação das
condições ambientais e sócio-culturais da comunidade que produz um determinado
artigo. As visitas a esses locais terão esta função, além obviamente, de outros
aspectos inerentes ao Turismo Ético, tais como o intercâmbio e a valorização
cultural e humana.
Por outro lado as viagens a locais que padecem dos mesmos males, não resolvidos,
seria uma forma de divulgar e incentivar a adopção de novos caminhos,
potencializando a resolução de parte dos seus problemas, através da troca de
experiências. Como não entendemos o turismo de uma forma isolada do meio e
meramente como factor económico, consequentemente invasor, as actividades de
animação cultural tomam especial relevo e percorrem de uma maneira transversal
o Comércio Justo e o Turismo Ético e Solidário. Deverão ser desenvolvidas de forma
a serem respeitadas as tradições locais, o seu quotidiano, proporcionando a
integração entre o visitante e o visitado.A animação de um determinado local,
atendendo ao respeito pelos princípios exaustivamente enumerados, ambientais,
sociais e culturais, deve ser levada a efeito envolvendo as pessoas e/ou associações
da região, tendo em vista o benefício directo a esta mesma comunidade.

3.3. Animação Desportiva

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Os novos desafios relacionados com o fenómeno desportivo e com os tempos livres,


decorrentes das constantes mudanças ambientais e sociais, geram problemas e
objectivos — que assumem uma crescente e fulcral importância — motivados pela
necessidade de oferecer programas aliciantes de prática desportiva e de ocupação
dos tempos livres.
A animação desportiva assume-se claramente como um meio para uma oferta
diversificada de actividades, com a finalidade de dinamização dos tempos livres.
Mas porque o seu contributo só se fará sentir se for encarada de uma forma séria e
organizada, abordaremos a animação desportiva desde a sua origem, passando
pelas várias mudanças registadas, funções e campos de acção.
Os aspectos da organização de actividades, a tipologia de programas de animação
desportiva, as diferenças da prática consoante o género, o local, o objectivo, os
meios e a formação, ou seja, os princípios fundamentais da prática desportiva e da
organização de actividades são abordados numa visão lúdica, de participação e de
recreação.
A animação desportiva integra os valores lúdicos dos jogos desportivos. Lima
(1994) refere os três campos em que a animação desportiva se deve apoiar:
As características do lazer (não lucrativas, voluntárias, recreativas e formativas)
que, embora não criem condições necessárias para que a função animação exista,
incentivam e implementam-na de forma significativa;
Os valores lúdicos que intervêm no processo de animação ao introduzirem o
hedonismo e a regra, viabilizando e dinamizando a recreação na perspectiva
pedagógica;
A inserção e utilização da motricidade humana na animação, por meio de matérias
desportivas operacionais, que determinam o campo da animação desportiva
abrangidas pela ciências da Educação Física e do Desporto.
A animação desportiva conquistou o seu próprio espaço dentro da animação e do
sistema desportivo. Cada vez mais se recorre à animação no desenvolvimento das
actividades desportivas e exercício físico, com o intuito de aumentar o número de
participantes e o seu nível de motivação. Os programas de animação para o pré-
escolar, 1º e 2º ciclos e secundário incluem a animação desportiva nas actividades
curriculares. Os objectivos não são proporcionar ou aperfeiçoar técnicas de
modalidades específicas, mas sim promover o contacto com o maior número de
actividades possível que se destinam a gerar um elevado grau de adesão e
interacção, entre os participantes.
A contribuição da animação desportiva para a formação e desenvolvimento dos
participantes deve ir mais além do que a componente física, deve contribuir para o
desenvolvimento psíquico e servir como exemplo de espírito e ética desportivos.
O animador, como responsável pela actividade e o seu conteúdo deve guiar o
participante para que este tenha um comportamento e atitudes que se enquadrem
dentro do espírito desportivo e da saudável competição. Ao surgir como uma
alternativa às competições desportivas, a animação desportiva assume um papel
mais social, que se adapta ao público-alvo à realidade em que e encontra inserida,
em que o mais importante é a satisfação do participante e não resultado obtido.
A animação desportiva é o resultado da ligação da actividade e recreação
desportiva com as técnicas da animação, uma vez que se baseia nas técnicas da
animação, que se apoiam em pedagogias e actividades participativas.

3.4. Animação Nocturna

A Animação nocturna é extremamente importante num determinado destino


turístico. A existência de espaços de lazer são importantes para a dinamização do
destino à noite. Muitos visitantes procuram destinos turísticos famosos pela sua
animação nocturna. Para que um destino seja completo em termos de animação
deve possuir espaços abertos à noite, como é o caso de discotecas, bares, feiras de
artesanato, festas, concertos, entre outros, de forma a aumentar a procura turística
da região.

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Disciplina: TIAT Turismo – Informação e Animação
Turística

3.5. A animação nas unidades hoteleiras

É o conjunto de acções sociais que um estabelecimento hoteleiro leva a cabo de


uma maneira programada, organizada e continua com o fim de complementar o
bem estar dos seus clientes. Assenta na criação de uma estrutura que transmita
tranquilidade e distracções complementares aos serviços clássicos hoteleiros.

• Entretenimento dos hóspedes dentro do empreendimento turístico,


oferecendo-lhe a todas as horas do dia, numerosas e diversificadas
actividades recreativas vocacionadas para os mesmos.
• Não é suficiente organizar as iniciativas e esperar que os hóspedes adiram
espontaneamente, é necessário cativá-los a participarem
• Animação nas unidades nunca é obrigação ou responsabilidade, é sim
prazer, espontaneidade, divertimento, inter-relação.
• Só a promoção adequada e eficaz das iniciativas produz sucesso
• Os programas do dia deverão ser expostos nos locais mais frequentados do
empreendimento, de modo a que possam ser vistos em pleno por todos os
clientes
• Os programas podem ser anunciados por vídeo, circuito rádio interno etc
• Durante as actividades nocturnas dever-se-á anunciar os programas do dia
seguinte, pois a noite é o prime–time da animação
• A equipa de animação deve informar os clientes dos programas, conteúdos e
objectivos
• Os animadores devem inscrever na altura os clientes interessados, evitando
que estes pensem melhor ou sejam influenciados
• No mínimo uma unidade deve ter dois animadores, um de rua com
actividades ao ar livre e outro internamente

TIMIMING DA ANIMAÇÃO NAS UNIDADES:

- Manhã

Actividades desportivas, actividades infantis, Jogos de praia, figuras na areia, caça


ao tesouro, Ginástica, golfe, ténis, jogos aquáticos, Mini concursos, culinária e
doçaria com piqueniques, Marchas passeios pedestres, jeep-safaris

- Tarde

Jogos de mesa, xadrez, bridge, Educação e formação de saberes, Tiro ao alvo,


dardos, ténis, golfe, Vídeo, cinema, visitas culturais, Exposições, artesanato, visitas
guiadas, Jogos ao ar livre, caça ao tesouro, pedy paper, pintura, barro

- Noite

Jantares temáticos com animação localizada, Dança com concursos e noite de


talentos, Loto, bingo e karaoke, Musica e live shows, passagens de modelos

4. Os grandes eventos e os seus impactos na atracção de visitantes

Os mega eventos turísticos são acontecimentos de grande dimensão realizados, por


uma ou mais vezes mas de duração limitada, com o objectivo de promover um
destino turístico a curto e longo prazo. Os efeitos esperados destes acontecimentos,
que em regra exigem a mobilização de consideráveis meios financeiros, são:

• Aumento da cobertura publicitária e de informação através dos meios de


comunicação internacional e/ou mundial;

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Disciplina: TIAT Turismo – Informação e Animação
Turística

• Melhoria e expansão das infra-estruturas turísticas e dos serviços de


turismo;
• Aumento das actividades promocionais das indústrias do turismo a fim de
capitalizar o ambiente favorável que o acontecimento cria;
• Aumento dos fluxos turísticos durante e após o acontecimento.

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Disciplina: TIAT Turismo – Informação e Animação
Turística

EXEMPLO: Impactos do Euro 2004 no Desenvolvimento do


Turismo
IMPACTOS POSSÍVEIS ACÇÕES A EMPREEND

A visita de cerca de 3.000 jornalistas, Criar pacotes educacionais para visitar as regiões onde se enc
com milhares de horas de reportagens e EURO 2004.
notícias sobre o país.

Investimentos directo de 700.000.000 Começar já a convidar quer os agentes de viagens e operad


milhões de Euros (estimativa), na nacionais e internacionais do sector, a visitarem alguns estád
construção de cinco estádios e na motivo de interesse turístico para visitarem determinadas regiõe
remodelação de outros tantos.

Investimento directo em vias de Devemos ser agressivos e objectivos na mensagem e na prom


comunicação: estradas, linha férrea e isto é, os aeroportos do Porto, Lisboa e Faro, devem conter de
comboios, animação turística e outras EURO 2004 e painéis publicitários com a marca Portugal, o m
infra-estruturas. caminhos de ferro das principais cidades, nos postos de abastec
estradas, nos hotéis e restaurantes das cidades EURO 2004, etc.

Aumento do emprego induzido pelo Criar já pacotes de (in)formação turística e atendimento de curt
EURO 2004. de hotéis, para os empregados de mesa e bar, para os taxistas,
de aeroportos, agentes da PSP e GNR, etc. De uma forma gera
de sensibilização para a população local por forma a envolv
processo.

Receitas de bilheteira entre 12 a 17 Os bilhetes do futebol devem aludir a locais de interesse turístic
milhões de contos. de um bilhete dever ser entregue, de imediato, informação turíst
que está.

A vinda de centenas de milhares de Devemos cativá-los a voltar, fruto de um serviço e instalações de


adeptos do Futebol, que têm de “comer” a quem cá fica.
e “dormir” deixarão nos cofres das
nossas empresas do turismo, cerca de 50
milhões de euros.

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