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Sumário

3 16
Editorial Artigo de Revisão
Por: Carolina Carriço Segurança Informática:
Uma perspectiva

4
Comunidade comparativa entre
Inquérito TDTOnline 2010 HIPAA e Legislação
Europeia

10
Iniciativas

30
Foto Vencedora Concurso Legislação
Fotografia TDTOnline Set/Out/Nov 2010

12
Artigo de Opinião
Todos diferentes, mas
todos iguais

Ficha Técnica:
Responsável editorial:Bruno Glória
Colaboradores desta edição: Marlene Brandão, Carolina
Design e Redacção: Henrique Pimenta e Joel Graça Carriço, Ricardo Celestino, Liliana Rodrigues, Aida Silva,
António Pinto

Todos os artigos publicados na


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Editorial

…e eis que chega 2011!

É momento de reflectir na nossa história e delinear o nosso Mas eis que o final de 2010 nos coloca pelo menos duas
futuro, baseados no que o presente nos concede. situações que me parecem importantes referir:

Como o nosso percurso se alterou em tão “pouco” tempo, -por um lado este ímpeto de evolução e mudança choca
na escala com que se mede a evolução das profissões…!! hoje com uma dura realidade social. Os nossos projectos
Aproximadamente 15 anos bastaram para que ganhásse- poderão vir a abrandar o ritmo com que os queremos im-
mos um espaço no ensino superior, conseguíssemos o direi- plementar por força desta pressão que por todo o lado se
to à licenciatura e aos demais graus, abríssemos horizontes ouve: -“A Crise”! E ela, que embora ainda não se tenha
para olhar a Europa e o Mundo tentando perceber como mostrado de frente, está por detrás (pelo menos aparente-
“Nós” estamos organizados além fronteiras… mente) de algumas dificuldades como por exemplo as que
nos impedem de mudar as nossas carreiras ou de aumen-
Foram anos de muito dinamismo, motivação, empenho e tar a nossa empregabilidade. É certo que “ A Crise” não age
Esperança!! As escolas evoluíram, não só porque as suas sozinha e que muitas vezes é a desculpa fácil para camuflar
instalações se modificaram e porque Bolonha obrigou a outros interesses… Poderemos nós com ambos?
uma nova visão, mas porque a sociedade hoje espera mais
(muito mais) dos profissionais que outrora nem sabia que
existiam. Também muito ajudou o facto de cada vez mais 3
sermos nós e mais qualificados a estar à frente da nossa -por outro lado, mas com um impacto verdadeiramente
própria formação. sistémico, é a recente, fresquíssima, criação da Ordem dos
Nutricionistas. Parece matéria simples, sem dúvida impor-
tante, mas que nos obriga a parar e pensar em “Nós”. Esta
Ordem representará, logo que entre plenamente em fun-
Organizamo-nos ao ponto de percebermos quão complexas ções, nutricionistas e dietistas, consoante o que está des-
e diferentes podem ser as áreas das Tecnologias da Saúde crito em legislação. Não entendo se perdemos um braço
e a importância vital que uma Ordem Profissional tem para ou ganhamos mais um, ou sequer se este “polvo” metafó-
ajudar a que o puzzle se encaixe e seja perceptível com cla- rico que são os TDT estarão prestes a sofrer outras sérias,
reza para profissionais e a sociedade em geral. importantes e eminentes amputações ou anexações no
decorrer deste ano ou dos próximos… Só sei que uma nova
página se está a virar…

Quem somos nós afinal?


Será interessante observar nesta edição os resultados do
inquérito efectuado junto dos Técnicos de Diagnóstico e Te-
rapêutica e os do concurso de fotografia como espelho do
nosso actual dinamismo e procura de identidade colectiva.
Carolina Carriço

Licenciada em Farmácia e Mestranda em


Gestão do Conhecimento e Recursos Humanos

TDTOnline Magazine I/2011


Comunidade

Inquérito
TDTOnline 2010
Introdução
O TDT Online pretendia avaliar a si- sentados das 18 áreas dos Técnicos de
tuação dos Técnicos de Diagnóstico e Diagnóstico e Terapêutica.
Terapêutica (TDT) e para isso decidiu
lançar um questionário online nunca A amostra, neste inquérito, é constituí-
antes realizado. da pelo universo de utilizadores TDTs re-
gistados no TDT Online, que responde-
Queríamos respostas para as pergun- ram ao questionário (enviado por mass
tas que nos preocupam a todos neste mail). A amostra irá igualmente conter
momento...Qual o estado do desem- respostas de TDTs que não estão regis-
prego nos TDTs?! Quais as principais tados no TDT Online, como resultado do
áreas profissionais afectadas?!... reencaminhamento do questionário e
divulgação do mesmo junto dos Parcei-
4 ros do TDT Online (ESTESL e Horizontes
Para além disto, este inquérito fun-
cionaria também como os Census do Abertos), escolas que ministram cursos
TDT Online, para permitir conhecer na área das Tecnologias da Saúde, As-
um pouco melhor a nossa comunida- sociações Profissionais e Instituições de
de, conhecer as suas necessidades e Saúde (hospitais, centros de saúde).
avaliar até que ponto é que a acção
e divulgação do TDT Online tem sido A amostra é composta por 2622 respos-
eficiente e de que forma a podería- tas.
mos melhorar.
Período de recolha
Não sendo um dos objectivos princi-
pais deste inquérito, acabamos por O estudo teve início a 29 de Junho de
verificar com base nos resultados 2010 e terminou a 10 de Outubro de
que obtivemos, que não só o TDT 2010.
Online tem ainda muito para dar e
deve divulgar-se mais como também Instrumento de Medida
puderemos implementar um conjun-
to de acções que visam dar respostas O questionário foi realizado online, uti-
indirectas a algumas das questões lizando para o efeito uma ferramenta
deste Inquérito. gratuita, Google Docs ™.

Metedologia Análise
O tratamento estatístico dos dados re-
População & Amostra colhidos foi realizado com o auxilio do
Excel e Google Docs ™ (para a criação
A população alvo deste inquérito são
dos gráficos).
os estudantes, profissionais e apo-

tdtonline.org
Inquérito TDTOnline 2010

Resultados: Discussão
Mais de 77% dos inquiridos são indivi-
duos do sexo feminino, onde a faixa etá-
ria dominante situa-se entre os 18 e 24
anos, contudo obtivemos respostas de
individuos desde os 18 até aos 60 anos.

As áreas TDT com maior afluência de


respostas foram: Análises Clínicas e de
Saúde Pública, Cardiopneumologia e
Radiologia, sendo que as áreas anterior-
mente referidas correspondem a cerca
de 50% dos inquiridos.

Em 2622 respostas obtidas, 25% dos


inquiridos são ainda estudantes e 56%
profissionais no activo.

A taxa de desemprego entre os TDT ron-


da os 17% e se incluirmos os TDTs que
imigraram sobe para 19%, o que parece
contrastar com a percepção da realida-
de que actualmente se tem ou este va-
lor pode também ser devido a equívo-
cos na interpretação das perguntas.

A formação académica da amostra é 5


dominada pela licenciatura (63%), são
ainda muito poucos os que prosseguem
estudos, sendo que a soma das pós-gra-
duações, mestrados e doutoramento
não ultrapassam os 11%

A esmagadora maioria frequenta ou fre-


quentou o ensino público, 72% enquan-
to que apenas 28% da amostra frequen-
ta/ou o ensino privado.

O TOP5 das escolas que mais alunos for-


mam/formaram são:

• Instituto Politécnico de Lisboa - Es-


cola Superior de Tecnologia da Saú-
de de Lisboa 26%
• Instituto Politécnico do Porto - Esco-
la Superior de Tecnologia da Saúde
do Porto 16%
• Instituto Politécnico de Coimbra -
Escola Superior de Tecnologia da
Saúde de Coimbra 11%
Clique aqui para ver o tópico • Escola Superior de Saúde Egas
dos resultados no Fórum. Moniz 9%
• Universidade do Algarve - Escola Su-
perior de Saúde 8%

TDTOnline Magazine I/2011


Os cursos com maior feedback do top5 Quanto às vagas não há dúvidas 72% tiver trabalhadores sem cédula profis-
de escolas: quer que se faça algo para as controlar sional deve ser multado (44%) ou pro-
seja reduzindo-as (49% das respostas) cessado (42%). Quanto às entidades
Instituto Politécnico de Lisboa - Escola ou congela-las (23%). patronais que mantenham trabalhado-
Superior de Tecnologia da Saúde de Lis- res sem o devido curso, não há qualquer
boa 72% desejam um regime de internato dúvida para a esmagadora maioria, de-
no final do curso. vem ser processadas (78%).
• Cardiopneumologia
• Análises Clínicas 48% dos profissionais activos desempe- 43% concordam com as fusões referidas
• Radiologia nham as suas funções em full-time, es- no relatório do grupo de estudos reque-
• Ortóptica tando 20% efectivos, 14% com contrato rido pelo ministério da saúde, 26% crê
• Anatomia Patológica a termo certo e 12% a recibos verdes. que os cursos estão bem assim.
A média de ordenados ronda os 800 –
Instituto Politécnico do Porto - Escola 1200€ em 32% dos profissionais e uma Para 45% dos inquiridos não há qual-
Superior de Tecnologia da Saúde do pequena percentagem de 5% aufere quer problema na entrada de Podologia
Porto rendimentos que variam entre os 1400 e Reabilitação Psicomotora para a clas-
– 2000€. Apenas 35% diz trabalhar em se TDT, já no que toca a outros cursos
• Cardiopneumologia mais uma profissão para além de TDT como: Ergonomia, Gerontologia, Ma-
• Radiologia rketing Farmacêutico e a Optometria as
• Análises Clínicas 45% possui cédula profissional e encon- opiniões dividem-se, sendo que a maio-
• Saúde Ambiental tra-se com ela sempre na sua posse. ria rejeita a integração dos mesmos na
• Terapia Ocupacional classe TDT (37%), face a 26% que não se
importa. Ponto assente é que Optome-
61% não concordam com o exame de
Instituto Politécnico de Coimbra - Esco- tria é o curso mais aceite entre 20% dos
acesso à cédula profissional.
la Superior de Tecnologia da Saúde de inquiridos.
Coimbra
44% desejam uma ordem de carácter
61% concorda com a fusão entre as
privado, face aos 32% que desejam que
6 • Cardiopneumologia classes TDT e TSS numa só, mas 27% diz
seja constituído o Conselho Nacional
• Análises Clínicas desconhecer esta matéria.
das Profissões, mas mais relevante ain-
• Radiologia da é grande maioria dos inquiridos de-
• Saúde Ambiental seja que algo seja feito neste sentido. Já no que toca a sindicatos surge uma
• Audiologia resposta surpreendente, 58% dos inqui-
  ridos não são sindicalizados mas pre-
69% apoia a criação de um sistema de
Escola Superior de Saúde Egas Moniz tendem vir a sê-lo! 29% revela não ter
especialidades unicamente acessíveis
qualquer interesse em sindicalizar-se. O
pelos TDT.
• Cardiopneumologia sindicato ligado aos TDT com maior nú-
• Análises Clínicas mero de membros entre os inquiridos é
90% não tem dúvidas, a lei deve ser o SCTS (Sindicato das Ciências e Tecno-
• Radiologia
igual para todos, seja ele o sector públi- logias da Saúde) com 8% de respostas.
• Terapia da Fala
co ou privado.
• Fisioterapia
Quanto à situação contratual dos TDT,
Universidade do Algarve - Escola Supe- 89% desejam um órgão de fiscalização grande parte (42%) trabalha fora da
rior de Saúde com reforço de poderes e capacidades área (ou estão desempregados ou numa
de actuação. situação de contrato precário ou em
• Dietética regime de voluntariado) o que revela
• Terapia da Fala Para 43% todos os TDT que trabalhem uma grande discrepância face ao valor
• Análises Clínicas de forma irregular, devem ser multados, dos que dizem estar desempregados ou
• Farmácia aliás a maioria concorda que a pessoa a trabalhar fora da área (total de 17%)
• Radiologia deva sofrer alguma consequência, mes- numa das primeiras perguntas.
mo que não seja pela via da multa. Para
76% dos inquiridos diz não ter sentido os que não possuem qualquer curso O TOP5 de escolas com maior número
qualquer discriminação face à institui- TDT e exerçam como tal, só há um de de desempregados ou trabalhar fora da
ção que frequenta(ou). Dos 24% que dois caminhos: serem despedidos (39%) área são:
dizem ter sentido algum tipo de discri- ou processados (37%).
minação face à sua instituição, na sua • Instituto Politécnico de Lisboa - Es-
maioria são do ensino privado (56.84%). Já para com as entidades patronais os cola Superior de Tecnologia da Saú-
inquiridos são mais rígidos, quem man- de de Lisboa
tdtonline.org
Inquérito TDTOnline 2010

• Instituto Politécnico do Porto - Esco- Apenas 50% dos inquiridos diz conhecer Foi a primeira vez que fizemos um in-
la Superior de Tecnologia da Saúde o TDT Online, quer isto dizer que vamos quérito deste genéro e portanto temos
do Porto investir na divulgação do TDT Online agora a oportunidade de o melhorar,
• Instituto Politécnico de Coimbra - assim como das suas actividades. Até com base nas vossas sugestões e tam-
Escola Superior de Tecnologia da ao momento a divulgação da Magazine bém com base nas vossas respostas,
Saúde de Coimbra TDT Online era apenas feita através das para quem sabe lançarmos uma nova
• Escola Superior de Saúde Egas Mo- associações profissionais dos TDT, esco- edição!
niz las e cerca de 40 Hospitais, para além
• Universidade do Algarve - Escola Su- destes contactos a partir de Janeiro de O principal objectivo do inquérito foi
perior de Saúde 2011 iniciaremos a divulgação da Maga- atingido, conseguimos realizar os cen-
zine assim como das restantes activida- sos aos TDTs e ter uma melhor percep-
Pode concluir-se que as escolas que des do TDT Online, em mais 167 contac- ção daquilo que é a sua realidade e a
mais alunos formaram ao longo dos tos, incluindo novos hospitais, centros sua opinião.
anos, são as que mais se ressentem em de saúde, associações...
termos de desempregabilidade.
Percebeu-se que algumas perguntas
Para além de uma extensão dos nossos necessitavam de ser mais polidas ou
O TOP5 dos distritos onde há menos contactos vamos tentar realizar mais tinham algumas falhas nas alternativas
pessoas colocadas nas suas áreas de es- parcerias não só para divulgação de de resposta, portanto tomamos o com-
tudo são: ambas as partes mas também para mul- promisso de em 2011 lançar um novo
tiplicar e diversificar os conteúdos que questionário mais completo e que tenha
• Lisboa disponibilizamos aos nossos utilizado- em conta essas falhas. Qualquer dúvida,
• Porto res. questão ou sugestão que queiram fazer
• Braga em relação a este Census estejam à von-
• Aveiro Os anúncios de emprego que o TDT On- tade para as colocar, seja no fórum ou
• Santarém line disponibiliza não são exclusivos e em privado a algum dos moderadores e
estão disponiveis noutros sites, no en- administradores do fórum TDT.
Os cursos que, segundo as respostas tanto e também para tentar contribuir
dos inquiridos, aparentam estar mais de alguma forma para um aumento da
7
congestionados em termos de empre- empregabilidade, em 2011 tentaremos
gabilidade são: reunir mais parceiros para divulgação 04 Janeiro
de ofertas de emprego e informação de
interesse. Nascimento de Louis Braile
• Análises Clínicas
• Radiologia
• Cardiopneumologia Os resultados obtidos relativamente à A 4 de
• Anatomia Patológica sindicalização dos TDT é surpreendente, Janeiro
• Dietética não sabemos se por falta de informa- de 1809,
ção, se por falta de interesse, indepen- nasce, em
dentemente disso interessa-nos a todos Coupvray,
mudar o curso desta corrente. Em 2011 L o u i s
55% dos inquiridos diz conhecer o Por-
o TDT Online vai também trazer novida- Braille,
tal das Tecnologias da Saúde ao passo
des também para este tema. criador do
que 35% nunca ouviu falar.
sistema
de leitura
51% desconhecia a existência de anún-
cios de emprego no Portal e 29% não
Conclusão p a r a
invisuais,
fazia uso do mesmo para a procura de Antes demais o TDT Online gostaria de vindo a falecer a 6 de Janeiro de
emprego. agradecer a todos os que dispenderam 1852, vitimado pela tuberculose.
um pouco do seu tempo para participar Hoje, o método simples e
nesta acção. A adesão foi sem dúvida engenhoso elaborado por Braille
Acções a Implementar surpreendente, em menos de 3 dias torna a palavra escrita disponível
obtivemos mais de 300 respostas ao a milhões de deficientes visuais,
Com base nos resultados obtidos atra-
inquérito, e conseguimos no final obter graças aos esforços decididos
vés da aplicação deste inquérito o TDT
mais de 2500 respostas. Poderá não ser daquele rapaz há quase 200 anos.
Online vai desenvolver um conjunto de
um valor expressivo tendo em conta o
acções, que sabemos apesar de tudo,
número de profissionais e estudantes Fonte: www.leme.pt
não minimizarão parte dos problemas
do nosso país, mas para o TDT Online,
aqui identificados como a empregabili-
foi sem dúvida uma enorme satisfação.
dade.

TDTOnline Magazine I/2011


Sabia que...

Uma pessoa normal possui cerca de


cinco litros de sangue, representando
até 7% do seu peso.
O sangue retirado do corpo coagula-se
em 6 minutos.
Para quem vive ao nível do mar, uma
gota de sangue contém 5 milhões de
glóbulos vermelhos. Em habitantes de
regiões mais altas esse número aumen-
ta até 7 milhões.
O organismo destroi perto de um trilião
de glóbulos vermelhos por dia.
Se pudéssemos seguir o percurso de
uma gota de sangue, vê-la-
íamos passar pelo coração mais de
1000 vezes por dia.

Fonte: www.vocesabia.net
Parabéns ao

nome da foto
"Sem Fronteiras"

Área TDT
Ortoprotesia

Breve Descrição da Foto


Esta fotografia foi tirada numa viagem a
Madrid. Durante um passeio com as co-
10
legas, igualmente ortoprotésicas, esta
imagem saltou-nos à vista, por aquilo que
transmite relativamente à força de viver
com a diferença e com a limitação, algo
que nos foi muito bem transmitido ao lon-
go da licenciatura. É assim que vemos o
corpo humano do ponto de vista da nossa
profissão: com limites solucionáveis, sem
fronteiras.

Autora

Ana Dinis
O TDTOnline agradece a todos os partici-
pantes que contribuiram com os seus tra-
balhos fotográficos para este concurso.

Até ao próximo...

tdtonline.org
o Autor da Foto Vencedora!

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TDTOnline Magazine I/2011


Artigo de Opinião
Todos Diferentes, mas Todos Iguais
Num momento em que se arrasta uma crise económica e so- dade profissionais com formação profissional bastante dís-
cial mundial, as questões fundamentais da qualificação dos par, mas cujo denominador comum é a base de formação
recursos humanos e reestruturação dos serviços de saúde académica: licenciatura em Anatomia Patológica, Citoló-
parecem ter deixado as luzes da ribalta. Um exemplo que gica e Tanatológica. Sendo assim, a comunidade licencia-
personifica este estado é a discussão da reformulação da da em Anatomia Patológica engloba um grupo de profis-
carreira de técnico de diagnóstico e terapêutica, em que os sionais heterogéneo, provenientes da carreira técnica de
avanços e recuos são constantes, em que podemos constatar Anatomia Patológica, investigadores, técnicos assistentes,
que ao fim destes últimos anos de discussão pública, a car- técnicos de diagnóstico molecular, empresários, agentes
reira encontra-se completamente estanque. Paralelamente, comerciais, professores, entre outros.
o desenvolvimento das ciências laboratoriais não tem parado Certamente que a negociação da carreira técnica
nestes últimos anos, como é lógico, pois visa-se a melhoria de diagnóstico e terapêutica representa um ponto-chave
dos exames diagnósticos em prol da melhoria da saúde do na evolução de muitos profissionais de saúde do país, mas
doente. Naturalmente, que com esta evolução, as instituições não representam toda a comunidade licenciada nas ciên-
académicas respondem na melhoria da qualidade de ensino cias e tecnologias da saúde. Como tal, os sindicatos que re-
e preparação dos profissionais de saúde que estão a ser for- presentam os licenciados que estão integrados na carreira
mados, preparando-os para responderem às actualizações e técnica de diagnóstico e terapêutica têm um papel funda-
mudanças do mercado de trabalho. mental na negociação da carreira.
Um caso especialmente crítico é a mudança paradig- Já no caso das associações profissionais, se recuás-
mática que tem ocorrido no mercado de trabalho dos licen- semos alguns anos, as diferentes associações profissionais
ciados de Anatomia Patológica. Na falta de oportunidades de Anatomia Patológica, Análises Clínicas, Radiologia, en-
de emprego na carreira técnica de técnico de diagnóstico e tre outras, congregavam quase exclusivamente licenciados
terapêutica, neste caso, como técnico de Anatomia Patológi- que exerciam a carreira de técnico de diagnóstico e tera-
ca, cada vez mais profissionais da área têm-se integrado em pêutica. Obviamente, que com a evolução e a mudança
diferentes carreiras, nomeadamente na carreira da investi- significativa do mercado de trabalho, as associações pas-
gação, em carreiras relacionadas com diagnóstico molecular saram a representar grupos heterogéneos de profissionais
12 e citogenético, marketing farmacêutico, entre outros. Outro com diferentes carreiras, como já anteriormente referido
factor que contribui para um crescimento muito significati- no caso dos licenciados de Anatomia Patológica. Sendo
vo de profissionais licenciados em Anatomia Patológica que assim, as associações deparam-se hoje com um novo de-
enveredam por outras carreiras é o trabalho realizado pelas safio de reformular a sua estrutura e dinâmica de forma a
instituições académicas para a preparação destes licenciados ter capacidade de dar resposta a esta situação, com vista a
para um mercado que não esteja restrito à carreira de técnico facilitar a integração plena e contextualizada destes profis-
de diagnóstico e terapêutica. sionais dentro das associações. É de todo o interesse das
Neste momento, os recursos humanos licenciados associações essa mudança, pois se manterem estanque a
em Anatomia Patológica, que erradamente muitas vezes os estrutura em torno dos licenciados que exercem a carrei-
intitulam por técnicos de Anatomia Patológica, são na reali- ra de técnico de diagnóstico e terapêutica, correm o risco
de perder potenciais associados, assim como, uma comu-
nidade que pode ser uma mais-valia ao nível científico e
na representação das associações nos diversos campos de
intervenção nas ciências da saúde.
Ricardo Celestino As associações representam um conjunto de pes-
soas, no nosso caso grupos de profissionais de saúde. A vi-
são e políticas seguidas pelas associações são formadas pe-
Institute of Molecular Pathology and Immunology of the
los associados. É a nós que é atribuída a responsabilidade
University of Porto (IPATIMUP), Porto, Portugal
de discutir e intervir nos problemas do nosso campo profis-
sional, nas visões e perspectivas das associações. É incon-
Department of Cancer Prevention, Institute for Cancer tornável o tema da heterogeneidade profissional cada vez
Research, Norwegian Radium Hospital, Oslo University maior dos licenciados em tecnologias da saúde. Devemos
Hospital, Oslo, Norway reflectir, discutir e apresentar soluções que evitem a fuga
e desinteresse progressivo, relativamente às associações,
por parte dos profissionais das tecnologias da saúde que
2010 não exercem a carreira de técnico de diagnóstico e tera-
pêutica. Podemos ser todos diferentes, mas somos todos
iguais, e como tal, a harmonização das associações em tor-
no destes profissionais é fundamental.

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14 Fevereiro 08 Março
Dia Nacional do Doente Coronário Dia Internacional da Mulher

As doenças Desde 1975, em


cardiovasculares sinal de apreço
são a principal pela luta então
causa de morte encetada, as Nações
em Portugal. O Unidas decidiram
consagrar o 8 de
desenvolvimento das ciências da saúde veio Março como Dia
provar que a morte ocorrida em idades precoces, Internacional da Mulher. Durante séculos,
no mundo ocidental, não se deve a uma fatalidade o papel da mulher incidiu sobretudo na
do destino, mas antes a doenças causadas ou sua função de mãe, esposa e dona de casa.
agravadas pela ignorância das causas reais que Ao homem estava destinado um trabalho
a elas conduzem. Podemos incluir neste quadro remunerado no exterior do núcleo familiar.
as doenças cardiovasculares. Os hábitos de vida Com o incremento da Revolução Industrial,
adoptados por grande parte da população, como na segunda metade do século XIX, muitas
o sedentarismo, a falta de actividade física diária, mulheres passaram a exercer uma actividade
uma alimentação desequilibrada ou o tabagismo, laboral, embora auferindo uma remuneração
constituem hoje factores de risco a evitar. inferior à do homem. Lutando contra essa
discriminação, as mulheres encetaram
Fonte: www.portaldasaude.pt diversas formas de luta na Europa e nos EUA.

Fonte: www.leme.pt

13

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TDTOnline Magazine I/2011


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Artigo de Revisão

Segurança Informática: um
HIPAA e Legislação Europeia
Resumo:
Marlene Brandão
Téc. de Radiologia

Philips Portuguesa Healthcare

Liliana Rodrigues
Téc. de Radiologia

Hospital Privado da Boavista, Porto

16 Docente da Escola Superior de Tecnologia da Saúde Porto

Aida Silva
Docente e Gestora de Redes Informáticas

Instituto Superior de Saúde do Alto Ave | Departamento de


Informática

António Pinto
Enfermeiro

Enf.º Coordenador e gestor da Globalenf Unip. Lda.

2010

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Segurança Informática: uma Perspectiva Comparativa entre HIPAA e Legislação Europeia

ma Perspectiva Comparativa entre


Introdução aceder as suas informações de saúde
protegidas (Protected Health Informa-
Trata-se de uma lei federal que es-
tabelece normas para a segurança e
Segurança da Informação (SI) é um tion - PHI)). privacidade de informações de saúde,
conceito que está relacionado com a bem como normas para intercâmbio
protecção de um conjunto de dados, No mesmo período o Parlamento Eu- electrónico de dados (EDI) de infor-
no sentido de preservar o valor que ropeu e o seu Conselho, tendo por mação em saúde. [3]
estes possuem para um indivíduo ou base a Convenção Europeia para a
uma organização. Protecção dos Direitos do Homem e O HIPAA tem presente dois objectivos
das Liberdades Fundamentais, cria em principais, primeiro tornar o seguro
Existem três atributos que caracte- 1995 uma Directiva que legisla a pro- de saúde mais portátil quando o in-
rizam o conceito de SI, sendo eles, tecção, o tratamento e a livre circula- divíduo muda de empregador e fazer
Disponibilidade, Confidencialidade e ção de dados pessoais. Em Dezembro com que o sistema de saúde seja mais
Integridade. de 2000 regulamenta esta directiva, responsabilizado pelos custos, a fim
com o objectivo de assegurar a cada de reduzir o desperdício e a fraude. [1]
pessoa o direito à vida privada, não
Entendamos, disponibilidade como
proibindo nem limitando a sua livre O HIPAA contém a Privacy Rule, que
uma propriedade que garante que a
circulação. estabelece normas nacionais para
informação está sempre disponível
para o uso legítimo, ou seja, diz res- proteger os registos médicos dos indi-
peito ao direito fundamental de cada Portugal, desperta também para a ne- víduos e outras informações de saúde
indivíduo decidir quem deve ter aces- cessidade de legislar a protecção de pessoal e aplica-se aos planos de saú-
so aos seus dados pessoais; Confiden- dados pessoais, iniciando este proces- de, e os prestadores de cuidados de
cialidade, como medida e mecanismo so em 1991, no entanto, como mem- saúde que realizam transacções cer-
para manter a privacidade do indiví- bro da União Europeia, revogou esta tos cuidados de saúde por via electró- 17
duo, proporcionando uma estrutura lei com a Lei 67/98, fomentando assim nica. A regra exige salvaguardas ade-
que permita dar acesso a informação as relações e o progresso económico quadas para proteger a privacidade
privada, a quem foi dada autorização e social. das informações pessoais de saúde, e
para tal e Integridade como a não mo- estabelece limites e condições sobre
dificação, a menos que autorizada, da Este trabalho tem por objectivo efec- o uso e divulgação que pode ser feito
informação confidencial. tuar uma análise da legislação euro- da informação sem autorização do pa-
peia e americana sobre segurança ciente. [2][4]
Os registos clínicos contêm informa- informática em meio hospitalar. Pre-
ção clínica da saúde e da doença de tende-se fazer uma comparação entre A Privacy Rule estabelece, tendo em
um paciente, após este ter procurado as normas Europeias, em particular a conta algumas excepções, que um in-
auxílio médico, informação cuja pro- Portuguesa, e as normas relativas ao dividuo tem o direito a rever ou obter
priedade gera muitas controvérsias no HIPAA. uma cópia do seu PHI (Personal He-
mundo actual. alth Information), assegurando assim
que esta informação é devidamente
Daí surge a necessidade de analisar a
PROTECÇÃO DE protegida. [2][4]
legislação que regulamenta os direitos DADOS PESSOAIS NA
do indivíduo relativamente aos seus O direito de acesso é independente
registos clínicos. SAÚDE do formato em que se encontram ar-
mazenados os PHI, devendo ser gra-
Legislação Americana tuito e simplificado. [2][4]
Em 1996, o HIPAA foi definido nos
Estados Unidos da América. Esta lei - HIPAA
federal, que estabelece normas para O HIPAA Security Rule estabelece nor-
O Health Insurance Portability and Ac-
a segurança e privacidade de infor- mas nacionais para proteger as infor-
countability Act (HIPAA) foi definido
mações de saúde, bem como normas mações electrónicas de saúde de um
em 1996 e implementado nos Estados
para intercâmbio electrónico de da- indivíduo quando estas são criadas,
Unidos da América em Abril de 2003.
dos (EDI) de informação em saúde, foi recebidas, utilizadas ou mantidas por
[1]
implementada em Abril de 2003. O HI- uma determinada entidade. A Securi-
PAA define os direitos de um indivíduo ty Rule exige salvaguardas adequadas

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administrativas, físicas e técnicas para por profissionais de saúde, ou por in- Tempo de resposta
assegurar a confidencialidade, integri- divíduos ou entidades que operam em
dade e segurança de informação elec- nome de profissionais da saúde, estes A Privacy Rule estabelece prazos bem
trónica de saúde protegida. últimos devem estar sujeitos às mesmas definidos de resposta na sequência de
regras de confidencialidade ou seme- um pedido de acesso à PHI, com as de-
vidas excepções, a Privacy Rule obriga a
que o indivíduo seja notificado da deci-
são durante um período máximo de 30
dias após a entidade envolvida receber
o pedido.

Negação de acesso à PHI

Estão previstas na HIPAA Privacy Rule,


situações em que o acesso à PHI pode
ser negado, estando até classificadas
em impugnáveis e não impugnáveis.
Como impugnáveis temos divulgações
que poderiam causar ameaça de extin-
ção da pessoa ou de outra pessoa, situ-
ações em que a PHI se refere ao outro
e a divulgação é susceptível de causar
danos substanciais, pedidos feitos por
um representante pessoal quando a di-
vulgação é susceptível de causar danos
consideráveis. Nos não impugnáveis te-
mos registos de psicoterapia, informa-
ção compilada para uso em processos
judiciais, informações detidas por la-
18
boratórios de análises clínicas, pedidos
que são feitos por internos de institui-
ções correccionais, informações criadas
ou obtidas durante uma pesquisa que
Figura 1: Securiy Standards Matrix - Fonte: Disponível em URL http://www.hhs.gov/ocr/pri-
vacy/; Health Insurance Reform: Security Standards; Final Rule; United States Departement of
inclui o tratamento.
Health Human Services.
A Privacy Rule exige ainda que as recusas
de acesso sejam oportunas e por escri-
lhantes que compete aos profissionais to, desde que os indivíduos em lingua-
de saúde. [1] gem simples, descrevam da base para a
A Breach Notification Rule é um regu-
lamento provisório que aborda a notifi- negação e, se aplicável, incluam decla-
cação de uma violação à lei, foi emitido Direito de acesso à PHI rações de direitos do indivíduo para a
em Agosto de 2009, implementado na revisão da decisão e como tal pedindo
A PHI é propriedade do Indivíduo e seu uma revisão. Além disso, a notificação
secção 13.402 da Informação Tecnolo-
representante. Enquanto o direito do de recusa deve informar o indivíduo do
gia da Saúde de Desenvolvimento Eco-
Estado de privacidade de acesso per- modo como as reclamações podem ser
nómico e Clínica de Saúde (Hitech) Act.
tence principalmente ao indivíduo que apresentadas com a entidade envolvida
Exige às entidades cobertas pelo HIPAA
é objecto da PHI, a Privacy Rule tam- ou ao secretário do U.S. Department of
e seus associados uma notificação na
bém exige que as pessoas que estão Health & Human Services (HHS). [2][4]
sequência de uma violação da informa-
legalmente autorizadas a agir em nome
ção de saúde protegida. [3]
do indivíduo em relação a questões Segurança da informação
de saúde, tenham o mesmo direito de
De seguida menciona-se alguns aspec- acesso. A Privacy Rule requer que as Medidas técnicas e organizacionais de-
tos considerados característicos e im- entidades envolvidas implementem po- vem ser tomadas para proteger dados
portantes no HIPAA. líticas e procedimentos para verificar a pessoais contra a sua destruição aciden-
identidade ou autoridade da pessoa em tal ou ilegal perda acidental, bem como
Responsabilidade Profissional questão, podendo esta verificação ser contra o acesso não autorizado, alte-
oral ou escrita, esta última por via elec- ração, comunicação ou qualquer outra
O HIPAA define que os dados médicos trónica. [2][4] forma de processamento.
devem ser recolhidos e tratados apenas
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Segurança Informática: uma Perspectiva Comparativa entre HIPAA e Legislação Europeia

Essas medidas devem garantir um ní- dução de dados; Através do PHR, o paciente pode aceder
vel adequado de segurança tendo em à sua informação relativa a:
conta, por um lado, a parte técnica de h) Impedir a leitura, a cópia, alteração
acesso e, por outro lado, a sensibilidade ou supressão dos dados pessoais duran- - Alergias e reacções adversas a medi-
natural dos dados médicos e avaliando te a transmissão dos mesmos e trans- camentos;
os potenciais riscos. [2][4] porte de suportes de dados - controlo
do transporte; - Medicamentos (incluindo a dose/
Estas medidas devem ser revistas perio- toma);
dicamente a fim de assegurar, nomea- i) Salvaguardar os dados, fazendo por
damente, a confidencialidade, integri- exemplo cópias de segurança - controlo - Doenças e Internamentos Hospitala-
dade e precisão dos dados processados, de disponibilidade. res;
bem como a protecção dos pacientes.
[2][4]
Personal Health Record - Cirurgias (entre outros procedimen-
tos);
As principais preocupações do HIPAA Personal Health Record (PHR) é um tipo
são: de registo clínico electrónico, que pode
ser utilizado para que o paciente possa - Vacinação;
a) Impedir qualquer pessoa não autori- participar activamente nos seus pró-
zada de aceder às instalações utilizadas prios cuidados de saúde, para melhorar - Resultados de Análises Clínicas;
para processamento de dados pessoais a qualidade e a eficiência destes. [6]
- controlo da entrada nas instalações; Existem vários tipos de PHRs disponíveis - Historial Familiar.
com funcionalidades diferentes. Apesar
b) Evitar que os dados possam ser lidos, de o PHR não ser uma especificidade ou
Para além de poder aceder a esta infor-
copiados, alterados ou retirados por característica do HIPAA, a sua aborda-
mação, o paciente pode igualmente in-
pessoas não autorizadas - controlo dos gem surge como meio de exemplificar
cluir dados que o próprio julgue que são
suportes de dados; uma forma eficaz, flexível e prática de
relevantes para a sua saúde (Exemplo:
facilitar o direito e acesso aos dados clí-
Contacto em caso de Emergência).
nicos do paciente, mantendo o princípio
c) Impedir a entrada de dados no siste- da confidencialidade, disponibilidade e 19
ma de informação, e qualquer consulta integridade. O PHR electrónico é flexível, na medi-
não autorizada, alteração ou supressão da em que pode ser acedido através da
dos dados pessoais processados - con- Internet dando a possibilidade de o pa-
trolo de memória; Não existe actualmente uma definição
ciente visualizar os seus dados clínicos
universal e consensual de PHR. Este,
a qualquer hora e em qualquer local. A
pode ser entendido como um registo
d) Evitar que o sistema de tratamento acessibilidade da informação em saúde
dos dados clínicos do paciente, através
automatizado possa ser usado por pes- através de um PHR pode facilitar o trata-
do qual o paciente pode efectuar um
soas não autorizadas - controlo da uti- mento adequado e melhoria de condi-
controlo de acesso à informação, tendo
lização; ções ou emergências que ocorrem lon-
a capacidade de gerir, acompanhar e
ge do habitual prestador de cuidados.
participar na sua própria saúde. [6]
e) Assegurar que o tratamento como
uma regra geral é assim concebido de O PHR pode igualmente servir como um
O PHR não deve ser confundido com
forma a permitir a separação de identi- meio para agilizar os processos adminis-
um Electronical Health Record (EHR),
ficadores e dados relativos à identidade trativos envolvidos na transferência de
porque este é um registo, mantido pelo
de pessoas, dados administrativos, da- dados clínicos dos pacientes ou de co-
prestador de cuidados, que contém
dos médicos, dados sociais; dados gené- ordenação de assistência ao paciente,
toda a informação que existe no proces-
ticos - controlo acesso; entre as entidades prestadoras de cui-
so clínico do paciente, passando a estar
dados de saúde.
disponível em formato electrónico. [6]
f) Garantir a possibilidade de verificar e
determinar a que pessoas ou instâncias Tipos de PHRs
Os principais objectivos do PHR são:
os dados pessoais - controle de comu-
nicação; Os PHRs podem ser divididos em duas
- Proporcionar ao paciente a capacidade grandes categorias: aqueles que são re-
de gerir os seus dados clínicos; gulamentados pela HIPAA Privacy Rule e
g) Garantir que é possível verificar e de-
aqueles que estão fora de seu âmbito.
terminar à posteriori, quem teve acesso
ao sistema e quais os dados pessoais - Controlar quem pode aceder a estes
introduzidos no sistema de informação, mesmos dados. PHRS regulamentados pela HIPAA PRI-
quando e por quem - controlo da intro- VACY RULE

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Este tipo de pessoais em todas as áreas no geral,
PHRs permite pelo que, são mencionados de seguida
ao paciente ace- alguns pontos importantes nestas legis-
der total ou par- lações.
cialmente aos
dados clínicos Princípios relativos à qualidade e
mantidos pela legitimidade do tratamento dos dados
entidade pres-
tadora. A colheita de dados pessoais e a circu-
lação dos mesmos, exige rigor por parte
O paciente pode de quem os colhe, trata e conserva, pelo
ser capaz de que, têm que ser colhidos de forma leal
controlar quem e lícita, não podendo ser tratados poste-
mais tem aces- riormente de forma incompatível com a
so à informação Figura 2 - Esquema ilustrativo dos tipos de PHRs finalidade inicial da colheita, devem ser
no PHR como por adequados, pertinentes, não excessivos
exemplo, um cônju- dos direitos fundamentais das pessoas e devem ser exactos e se necessário ac-
ge, membro da família, ou outro presta- singulares, o direito à vida privada e à tualizados.
dor de cuidados de saúde. liberdade de circulação dos dados pes-
soais. [2] Relativamente à conservação dos da-
O PHR oferecido por um prestador de dos, estes devem ainda ser conservados
cuidados de saúde ou seguro de saúde Nos anos que se seguiram, esta Direc- de modo a permitir a identificação das
não pode ser um registo completo de tiva foi a base de outras legislações es- pessoas em causa durante o período
cuidados de saúde do paciente, porque pecíficas dentro da União Europeia e na necessário ou pelo período em que se-
ele não pode ser actualizado automati- área da saúde. A Recomendação (97)5 rão tratados posteriormente. A garantia
camente com informações de todos os faz recomendações sobre a protecção destes pressupostos é uma tarefa do
prestadores de cuidados de saúde que de dados clínicos e em 2001, a directiva responsável pelo tratamento dos dados.
tratam o paciente ou planos de saúde. é regulamentada (Reg.45/2001/CE), co-
20 No entanto, em muitos casos, os pa- locando as instituições e órgãos comu- No que diz respeito ao seu tratamento,
cientes podem solicitar cópias da sua nitários como entidades com obrigação os dados só podem ser tratados se hou-
PHI de outros prestadores de cuidados de proteger e tratar os dados pessoais. ver consentimento inequívoco da pes-
de saúde ou seguros de saúde e podem soa em causa, necessidade de utilização
actualizar os seus PHRs com esta infor- A legislação prevê uma série de normas para a execução de um contrato, uma
mação, para garantir que os seus PHRs que devem ser cumpridas por todos os obrigação legal, protecção dos interes-
contenham todos os seus dados clíni- estados membros da União Europeia ses vitais da pessoa em causa, execução
cos. Em alternativa, se a funcionalidade excepto nos casos em que não se aplica de uma missão de interesse público ou
existir, os pacientes podem autorizar os o direito comunitário, casos particula- para prosseguir interesses legítimos do
prestadores de cuidados de saúde ou res, como segurança pública dos esta- responsável pelo tratamento dos dados.
seguros de saúde para actualizar as suas dos e defesa nacional e nas situações [7][8]
informações, directamente no seu PHR. em que o tratamento de dados é feito
por uma pessoa singular no exercício de Tratamento de certas categorias de
A Privacy Rule aplica-se directamente actividades exclusivamente pessoais ou dados
a este tipo de PHRs sendo uma forma domésticas. [7][8]
de facilitar o acesso aos dados clínicos, Esta directiva refere que os estados
tendo em conta os direitos do paciente Relativamente ao direito nacional apli- membros devem proibir o tratamento
previstos no HIPAA, reduzindo a neces- cável, cada estado membro aplicará as de dados pessoais relativos a origem
sidade de consultar a sua PHI, através suas disposições nacionais quando o racial ou étnica, opiniões políticas, con-
do prestador de cuidados. No entanto tratamento dos dados for efectuado no vicções religiosas ou filosóficas, filia-
este não substitui o direito de acesso do seu território e deverá tomar medidas ção sindical, dados relativos à saúde e
paciente à sua PHI. [6] para garantir que cada estabelecimento à vida sexual, no entanto, ficam exclu-
cumpre as obrigações estabelecidas no ídas as situações em que a pessoa em
direito nacional bem como o que con- causa tiver dado o seu consentimento,
Legislação Europeia cerne à definição do responsável pelo o tratamento dos dados seja necessário
tratamento dos dados. [7][8] ao cumprimento das obrigações do res-
A 24 de Outubro de 1995, o Parlamen- ponsável e este esteja autorizado pela
to Europeu e o seu Conselho tomaram legislação nacional. Esta proibição será
a decisão de criar a Directiva 95/46/CE A Directiva 95/46/CE e o consequente
Regulamento 45/2001-/CE, contém vá- também excluída nos casos em que os
que legisla a protecção das liberdades e dados sirvam para proteger interesses
rios artigos sobre a protecção de dados
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Segurança Informática: uma Perspectiva Comparativa entre HIPAA e Legislação Europeia

vitais da pessoa, sempre que for efectu- dos tem o direito de se opor ao trata- descrição das categorias de pessoas em
ado legitimamente por fundação, asso- mento dos mesmos ainda que tenha causa e categorias de dados que lhes
ciação, organismo sem fins lucrativos de alegado interesse nacional ou em que o respeitem, destinatários, transferências
carácter político, filosófico, religioso ou responsável pelo tratamento dos dados de dados previstas para países terceiros
sindical e sempre que disser respeito a tenha essa incumbência e por razões e uma descrição geral que permita ava-
dados tornados públicos pela pessoa ou legítimas que lhe digam respeito, além liar a segurança dos mesmos.
estiver em causa um processo judicial. disso, poderá ainda opor-se a seu pedi-
do e gratuitamente. Os procedimentos de notificação à au-
São ainda excepções os casos em que o toridade de controlo são definidos pe-
tratamento destes dados for relativo à O conhecimento deste direito pelos los estados membros e devem ser exe-
medicina preventiva, diagnóstico médi- cidadãos deve ser garantido por cada cutados especialmente se estiverem em
co, prestação de cuidados, tratamento estado membro, dado que qualquer risco direitos e garantias. Esse controlo
médico ou gestão de serviços de saúde. pessoa tem direito a não ficar sujeito será feito pela autoridade de controlo
[7][8] a uma decisão que produza efeitos na ou ainda durante os trabalhos de pre-
sua esfera jurídica devido ao tratamen- paração de uma medida no parlamento.
Informação da pessoa em causa to automatizado dos dados excepto nos No entanto, devem manter um registo
casos de celebrações ou execuções de dos dados notificados e sendo estabe-
O Responsável pelo tratamento dos da- contratos e leis. [7][8] lecidos os dados não sujeitos a notifi-
dos deve fornecer à pessoa em causa al- cação e o responsável pelos mesmos
gumas das seguintes informações: iden- Confidencialidade e Segurança dos mantê-los disponíveis para serem apre-
tidade do responsável pelo tratamento Dados sentados a alguém que os solicite. O
dos dados, finalidades do tratamento, mesmo não se aplica no caso dos dados
as categorias dos dados envolvidos, os No que diz respeito à confidencialidade que estão disponíveis ao público. [7][8]
destinatários e a existência do direito e segurança, ninguém poderá proceder
de acesso aos dados. Ficam excluídas as ao tratamento de dados pessoais sem Recursos judiciais, responsabilidade e
situações em que os dados se destina- consentimento do responsável, salvo sanções
rem a fins estatísticos, históricos, de in- por força de obrigações legais. O res-
vestigação ou se a informação se revelar ponsável pelo tratamento dos dados Qualquer pessoa poderá recorrer judi-
impossível ou implicar esforços despro- deve pôr em prática medidas técnicas cialmente em caso de violação dos seus 21
porcionados. [7][8] e organizativas adequadas à protecção direitos garantidos e se tiver sofrido um
dos dados, contra a destruição acidental prejuízo tem o direito de obter por par-
Direito de acesso aos dados ou ilícita, perda acidental, alteração ou te do responsável pelo tratamento de
difusão não autorizada e garantir uma dados a reparação do dano sofrido. O
Todos os indivíduos em causa têm o di- segurança adequada, atendendo aos responsável pelo tratamento dos dados
reito a obterem do responsável pelo tra- conhecimentos técnicos e aos custos. poderá ser parcial ou totalmente exone-
tamento dos dados, o acesso livre e sem rado se provar que o facto que causou o
restrições aos mesmos, sem demora, 3 O responsável deverá escolher um sub- dano não lhe é imputável. [7][8]
meses a contar da data de recepção do contratante que ofereça as garantias
pedido, com a confirmação de terem de segurança adequadas e suficientes. Transferência de dados pessoais para
sido ou não tratados. Estas operações de subcontratação de- países terceiros
vem ser objecto de contrato ou acto ju-
A comunicação dos dados deve ser fei- rídico escrito em que o subcontratante A transferência dos dados para um país
ta de forma inteligível comunicando apenas actue sob instruções do respon- terceiro só pode fazer-se sob observân-
as rectificações, o apagamento ou blo- sável e de acordo com a legislação do cia das disposições nacionais e a ade-
queio dos dados e a sua notificação a estado membro em causa. [7][8] quação do nível de protecção oferecido
terceiros. No entanto, os estados pode- por um país terceiro será apreciada em
rão legislar derrogações se for necessá- função de todas as circunstâncias que
Notificação
rio proteger a segurança e a defesa do rodeiam a transferência. Os estados
estado, a segurança pública, observadas Os responsáveis pelos dados ficam obri- membros e a comissão têm que se in-
violações da deontologia das profissões gados a notificar a autoridade de con- formar dos casos em que consideram
regulamentadas e se estiver em causa trolo excepto se não forem prejudica- que um país terceiro não assegura a
um interesse económico ou financeiro dos os direitos e liberdades das pessoas protecção adequada e nestes casos to-
importante. [7][8] em causa, o responsável pode nomear marão as medidas adequadas para im-
um encarregado da protecção dos da- pedir a transferência dos dados.
Direito de Oposição da Pessoa em dos para garantir a aplicação das dis-
Causa posições nacionais e manter um registo A lei assume que esta transferência de
dos tratamentos efectuados com nome dados pode ser impedida pelos estados
A pessoa objecto do tratamento de da- e endereço do responsável, finalidade, membros excepto quando a pessoa em

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causa deu consentimento inequívoco, a dade dos dados do paciente, publicam cional de Protecção de Dados (CNPD), é
transferência seja necessária para a exe- a Recomendação (97)/5, que garante os a única entidade que pode autorizar o
cução de um contrato, para a protecção princípios gerais da protecção de dados tratamento ou utilização destes dados,
do interesse público, para proteger os pessoais na área da saúde. quando por motivos de interesse públi-
interesses vitais da pessoa em causa co importante essa utilização for indis-
ou seja efectuada a partir de um regis- Assim, esta recomendação, tenta garan- pensável, assegurando no entanto, as
to público. A proibição de transferência tir os seguintes aspectos: [9] várias medidas de segurança. [10]
pode ainda ser alterada sempre que o
responsável pelos dados dê garantia O mesmo artigo refere que, o tratamen-
- Respeito à privacidade;
suficiente de protecção dos mesmos. to dos dados pessoais relativos à saúde
Nestes casos o estado membro terá de para efeitos de medicina preventiva,
informar a comissão e os restantes esta- - Recolha e tratamento dos dados de diagnóstico médico, prestação de cui-
dos das autorizações e se houver opo- saúde, incluindo os dados genéticos; dados, tratamentos médicos ou gestão
sição à transferência por algum estado dos serviços de saúde, são permitidos,
membro a comissão tomará medidas de - Informação dos dados; desde que sejam manuseados por um
execução comunitária. [7][8] profissional de saúde ou outra pessoa
- Consentimento; sujeitas ao sigilo profissional. [10]
Autoridade de controlo e grupo de
protecção das pessoas no que diz O acesso posterior aos dados recolhidos
- Comunicação dos dados;
respeito ao tratamento de dados é por vezes encarado como um proble-
pessoais ma, apesar de que as leis Europeia e
- Direito de acesso aos dados;
Portuguesa prevêem o direito ao acesso
A fiscalização e controlo é efectuado à informação. Este acesso à informação
por uma ou mais autoridades públicas - Segurança e Conservação; na saúde, no artigo 11º da LPD é permi-
que o fazem com total independência tido, no entanto, apenas se for exercido
e estas autoridades deverão ser con- por intermédio de um profissional de
- Fluxo transfronteiriço;
sultadas aquando de alterações regu- saúde. De qualquer forma é um direito
lamentares ou administrativas. Assim, livre, sem restrições, com periodicidade
- Pesquisa científica.
22 qualquer pessoa ou representante po- razoável e sem demoras nem custos.
derá solicitar à comissão um pedido de [10]
protecção e um pedido de verificação Portugal
de licitude para tratamento dos dados
pessoais, cuja autoridade elaborará pe- Portugal, é desde 1986, membro da A informação pessoal deve ser acedida
riodicamente relatórios de actividade União Europeia, e consequentemente por pessoas devidamente autorizadas,
que serão publicados e as autoridades toda a legislação deve adaptar-se à le- controlando o acesso, suporte de infor-
de controlo deverão cooperar entre si e gislação europeia. Em 1998, foi criada mação, inserção e utilização, transmis-
ficarem sujeitas à obrigação de segredo em Portugal a Lei 67/98 de 26 de Ou- são e transporte dos dados. O artigo 15º
profissional. tubro - Lei da Protecção de Dados Pes- do LPD, refere ainda que os sistemas de-
soais (LPD), que transpõe para a ordem vem separar os dados pessoais de saú-
jurídica portuguesa a Directiva Europeia de, vida sexual e genéticos, podendo
Também está prevista a formação de ser estes dados transmitidos utilizando
95/46/CE.
grupos de controlo, de carácter consul- cifras. [10]
tivo e independente, sendo composto
por um representante da autoridade. Esta Lei 67/98 aborda todos os pres-
Cada membro do grupo será designado supostos sobre a protecção de dados Em 2005, entra em vigor a Lei 12/2005
pela instituição que representa e as de- europeia e adapta-os à realidade por- que regulamenta a informação genética
cisões serão tomadas por maioria sim- tuguesa. O tratamento de dados rela- pessoal e a informação de saúde, atra-
ples. [7][8] tivamente à qualidade e legitimidade, vés da sua história clínica e familiar.
direitos de acesso e a sua segurança são
juridicamente legislados através de vá- A informação genética é a informação
rios artigos. de saúde que versa as características
hereditárias de uma ou de várias pes-
O Conselho da Europa, em 1997, tendo soas, aparentadas entre si ou com ca-
A área da saúde é bastante sensível
por base a Directiva 95/46/CE e a Con- racterísticas comuns daquele tipo, com
aquando do manuseamento e trata-
vention for the Protection of Individuals excepção os testes de parentesco ou
mento de dados pessoais, pelo que, o
with regard to Automatic Processing of outros estudos. [11]
artigo 7º da Lei da Protecção de Dados
Personal Data (European Treaty Series,
(LPD), proíbe o tratamento de dados
No 108), convencidos da importância
sensíveis, tais como os dados da saúde O artigo 3º refere que a informação de
da qualidade, integridade e disponibili-
e genéticos. No entanto, a Comissão Na- saúde, incluindo os dados clínicos re-

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Segurança Informática: uma Perspectiva Comparativa entre HIPAA e Legislação Europeia

gistados, resultados de análises e outros sitários da informação, a qual não pode De igual forma, o titular da informação
exames subsidiários, intervenções e diag- ser utilizada para outros fins que não os tem, tal como refere o artigo 11º da lei
nósticos, é propriedade da pessoa, sendo da prestação de cuidados e a investigação 67/98, o direito a tomar conhecimento
as unidades do sistema de saúde os depo- em saúde e outros estabelecidos pela lei. da informação, quando acompanhado
por um profissional de saúde. [11]
HIPAA versus Europeia
Direito e Acesso à Informação
Legislação Americana Legislação Europeia
• Entidade responsável pelos dados ou pela recolha; • Entidade responsável pelos dados;
• Existência de um arquivo contendo seus dados médicos e do tipo de • Existência de um arquivo contendo seus dados médicos e do tipo de
dados; dados:
- Finalidades dos dados; - Finalidade a que os dados se destinam;
- Destinatários dos dados; - Destinatários dos dados.
• Carácter de recusa ao consentimento e consequências, identidade do • Carácter obrigatório ou facultativo da resposta;
controlador e do seu representante; • Direito de acesso livre, sem restrições, sem demora, 3 meses após o
• Adequação das informações para a pessoa tendo em causa as circuns- pedido e rectificação dos dados;
tâncias; • Notificação na utilização de dados quando utilizados por terceiros;
• A informação deve ser de preferência individual e estar disponível no • Direito de recurso.
prazo de 30 dias.

Tabela 1 - Comparação do Direito e Acesso à Informação

Segurança
Legislação Americana Legislação Europeia
• Assegurar a integridade e a confidencialidade da informação; • Garantir que os utilizadores autorizados não acedem a outros dados
• Proteger contra qualquer risco considerável: para os quais não possuem autorização;
- Ameaças ou riscos para a segurança ou a integridade da informação; • Registar quais os dados comunicados, quando e a quem;
- Utilização não autorizada ou divulgação da informação; • Garantir posteriormente o controlo e a verificação de quando e por 23
• Assegurar o cumprimento desta parte pelos gestores e funcionários da quem foram acedidos os dados;
pessoa. • Garantir que a utilização dos dados por terceiros só possa ser efectua-
da nos moldes prescritos pela instituição;
• Garantir que durante a comunicação e transporte de suportes de da-
dos, estes não possam ser lidos, copiados ou apagados sem autoriza-
ção;
• Conceber a estrutura organizativa de uma instituição para que os re-
quisitos especiais da protecção de dados sejam cumpridos.

Tabela 2 - Comparação da Segurança

Controlo de Acesso
Legislação Americana Legislação Europeia
• Evitar acesso não autorizado às instalações de tratamento de dados; • Confidencialidade dos dados;
• Evitar que os dados possam ser lidos, copiados, alterados ou retirados por • Tomar medidas de segurança para evitar a divulgação, ou acesso
pessoas não autorizadas; não autorizado, destruição acidental ou ilícita, perdas ou altera-
• Impedir a entrada de dados no sistema de informação, e qualquer consulta ções acidentais;
não autorizada, alteração ou supressão dos dados pessoais processados; • Impedir o acesso de pessoas não autorizadas aos sistemas infor-
• Evitar que o sistema de tratamento automatizado possa ser usado por pes- máticos;
soas não autorizadas; • Impedir qualquer leitura, reprodução, alteração ou remoção não
• Permitir a separação de identificadores e dados relativos à identidade de autorizada de suportes de armazenamento;
pessoas, dados administrativos, dados médicos, dados sociais; dados ge- • Impedir qualquer introdução, divulgação, alteração ou apagamen-
néticos; to não autorizado de dados em memória;
• Garantir a possibilidade de verificar e determinar a que pessoas ou instân- • Impedir que se utilizem sistemas não autorizados para transmis-
cias os dados pessoais são; são de dados;
• Verificar e determinar quem teve acesso ao sistema, quais os dados pesso-
ais que foram introduzidos no sistema de informação, quando e por quem;
• Impedir a leitura, a cópia, alteração ou supressão dos dados pessoais du-
rante a transmissão de dados pessoais e transporte de suportes de dados;
• Salvaguardar de dados Controle de disponibilidade

Tabela 3 - Comparação do Controlo de Acesso

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Exemplo de Aplicações disponibilidade, autenticação, controlo
de acesso, confidencialidade, integrida-
bro – Protecção das pessoas singulares no que
diz respeito ao tratamento de dados pessoais
pelas instituições e pelos órgãos comunitários e
A protecção de dados genéticos não de e não repúdio, para assim conseguir à livre circulação desses dados;
está contemplada no HIPAA.O HIPAA manter a privacidade dos indivíduos re-
obedece à GINA (Genetic Information lativamente aos seus dados clínicos. [9]. Recommendation Rec(97)5 of the Commit-
tee of Miniters to Member States on the Protec-
Nondiscrimination Act), que protege os tion of Medical Data;
cidadãos americanos de discriminação Para finalizar, podemos ainda concluir
com base em informação genética (Pu- que a informatização dos dados pes- [10]. Lei 67/98 de 26 de Outubro – Lei da protec-
blic Law 110–233). soais apesar de ainda incipiente, é um ção de dados pessoais;
processo imparável e que requer uma
[11]. Lei 12/2005 de 26 de Janeiro – Informação
Portugal regulamenta a informação ge- atenção permanente e actualizada por genética pessoal e informação de saúde.
nética através da Lei 12/2005. As duas parte dos governos, das empresas, pro-
legislações, têm um ponto comum, pro- fissionais de saúde e dos cidadãos.
íbem as seguradoras e os empregadores
de pedir ou exigir um teste genético an-
tes de realizar um seguro ou uma con-
Numa altura em que muito se fala da
criação do processo clínico electrónico,
21 Março
tratação. no nosso país, é importante começar- Dia Mundial da Árvore
mos a reflectir acerca das políticas de
A título de exemplo, um estudo de 2001 segurança inerentes a este processo. No
feito pela Management Association re- fundo a ideia principal é que os dados
velou que dois terços das grandes em- estejam disponíveis quando e onde são
presas E.U. exigiam exames médicos necessários, e protegidos de acesso in-
das novas contratações, enquanto, 14% desejáveis.
para realizar testes de sensibilidade aos
riscos de trabalho, 3% para o cancro da
mama e do cólon, e 1% para a anemia
falciforme e 10% recolhem informações
24
sobre o histórico médico familiar. [5] Referências
[1]. Ferreira, Ana M.; Modelling Access Control
DISCUSSÃO for Healthcare Information Systems - How to
control access through policies, human proces-
ses and legislation; PhD in Computer Science;
Tanto a legislação Americana como a (no prelo);
Europeia pecam pela subjectividade, ou
seja, permitem diferentes interpreta- [2]. Disponível em URL http://www.hhs.gov/ocr/ A comemoração oficial do Dia da
ções que permitem contornar a lei. privacy/; HIPAA Administrative Simplification
Árvore teve lugar pela primeira
Statute and Rules;
vez no estado norte-americano
Após um estudo comparativo destes [3]. Disponível em URL http://www.hhs.gov/ocr/ do Nebraska, em 1872. Nos EUA,
dois modelos de legislação acerca da privacy/; OCR Privacy Brief – Summary of the é comemorado no dia 23 de
segurança nos dados de saúde, pode- HIPAA Privacy Rule; United States Departement Setembro, junto do aniversário de
of Health Human Services;
mos concluir que o modelo americano Julius Sterling Morton, morador
– HIPAA é um modelo adaptável aos [4]. Disponível em URL http://www.hhs.gov/ da Nebrasca, que incentivou a
diferentes estados que constituem os ocr/privacy/; The HIPAA Privacy Rule’s Right of plantação de árvores naquele
Estados Unidos da América e, por outro Access and Health Information Technologiy; estado. O Dia Mundial da Árvore
United States Departement of Health Human foi instituído essencialmente com o
lado, o modelo Europeu constituí um
Services;
modelo único a que os diferentes países objectivo de sensibilizar a população
europeus se devem adaptar. [5]. http://www.ornl.gov/sci/techresources/Hu- em geral para a importância e o
man_Genome/elsi/legislat.shtml; valor que este recurso natural tem
É de referir que a legislação e regula- para o Homem, quer em termos
[6]. Disponível em URL http://www.hhs.gov/
mentação devem ser orientadas às pes- ambientais como da própria
ocr/privacy/; Personal Health Reccords and the
soas e às suas necessidades diárias, de HIPAA Privacy Rule; United States Departement qualidade de vida dos cidadãos.
forma a dar uma resposta inequívoca às of Health Human Services;
situações correntes do dia-a-dia. Fonte: www.abcdoambiente.com
[7]. Directiva 95/46/CE de 24 de Outubro – Pro-
tecção das pessoas singulares no que diz res-
A grande preocupação de qualquer le- peito ao tratamento de dados pessoais e à livre
circulação desses dados;
gislação deve basear-se na preservação
dos elementos básicos de segurança, [8]. Regulamento (CE) 45/2001 de 18 de Dezem-

tdtonline.org
Sabia que...
Cartão Europeu de Seguro de Doença (CESD)
Antes de partir em viagem, solicite este documento que lhe ga-
rante a prestação gratuita de cuidados de saúde em vários países
europeus

O CESD é um documento que assegura a prestação de cuidados de saúde quan-


do beneficiários de um sistema de segurança social de um dos Estados da União
Europeia, Espaço Económico Europeu ou Suíça se deslocam temporariamente
neste espaço. Identifica o titular. É um modelo único, comum a todo o espaço
da União Europeia, Espaço Económico Europeu e Suíça. Uma vez que o cartão é
individual, cada membro da família da pessoa segurada deve ter o seu cartão.

O CESD surgiu em resultado das conclusões do Conselho Europeu de Barcelona


de 2002 em todos os Estados da União Europeia, Espaço Económico Europeu e Suíça e pode ser utilizado em 31 Estados
Membros.

O objectivo é facilitar o acesso à assistência médica dos beneficiários e respectivas famílias nas situações em que, du-
rante uma estada temporária noutro Estado-Membro, como por exemplo, quando vai de férias, viagem de negócios ou
estudar no estrangeiro, tenha havido um episódio súbito e urgente de doença que tenha determinado o recurso a um
prestador local para receber os cuidados de saúde necessários. Não poderá usar este cartão em unidades de saúde pri-
vadas nem no caso de se deslocar de propósito a outro país com o objectivo de receber tratamento médico.

Com este cartão só terá de pagar as taxas ou comparticipações que os cidadãos do país que irá visitar também pagam
para ter acesso a cuidados de saúde nos serviços oficiais. Se for necessário receber tratamento médico num país em
que os cuidados de saúde não sejam gratuitos, o portador do cartão será reembolsado imediatamente ou mais tarde,
quando regressar ao seu país.

Este documento garante o mesmo acesso aos cuidados de saúde do sector público (ou seja um médico, uma farmácia,
um hospital ou um centro de saúde ) que os cidadãos do país que está a visitar.

Pode obter o CESD através da Segurança Social ou de outro subsistema de saúde. O cartão é emitido sem encargos para
o titular e em regra é remetido para casa do titular dentro de cerca de 7 dias úteis após a recepção do pedido. A validade
deste cartão é de cerca de 3 anos para o regime geral.

Para mais informações consulte:

Direcção-Geral da Saúde - http://www.dgs.pt/


Comissão Europeia - Cuidados de Saúde no Estrangeiro

FONTE: Portal da Saúde

Se viaja na União Europeia, Es-


paço Económico Europeu ou
Suíça, faça-se acompanhar do
Cartão Europeu de Seguro de
Doença.
Sabia que...
Os primeiros pães surgiram à cerca
de 12 mil anos na Pérsia. Eles eram
uma mistura de vários tipos de grãos
moídos e água, cozidos sobre pedras
quentes.
Era seco e duro, mas muito nutritivo.

O primeiro pão assado em forno de


barro foi há 7000 a.C., no Egipto, que
mais tarde descobriram o fermento.
O pão chegou à Europa em 250 a.C. sen-
do preparado em padarias, mas com a
queda do império Romano as padarias
fecharam e o pão teve que passar a ser
feito em casa. Somente a partir do séc.
XII a França começou a melhorar e en-
tão no séc. XVII o país destacou-se como
centro mundial de fabrico de pão.

Fonte: www.brasilescola.com
22 Março 24 Março
Dia Mundial da Água Dia Mundial da
Tuberculose
Ao longo da
História, o Com a celebração do Dia
abastecimento Mundial da Tuberculose
de água às (TB) pretende-se
populações sensibilizar a população,
nem sempre foi a nível mundial, para uma doença que continua hoje
um processo a causar a morte de vários milhões de pessoas cada
pacífico. O ano, principalmente do terceiro mundo. Vários países
transporte e organizações comemoram este dia, organizando
da água dos eventos com a finalidade de realçar o âmbito da doença
sítios onde e a necessidade de a prevenir e curar. A 24 de Março
era abundante para os locais mais povoados, onde recorda-se o dia do ano de 1882 em que Robert Koch
tantas vezes escasseava, exigiu a construção de anunciou à comunidade científica da altura que havia
aquedutos, canalizações, chafarizes e fontes. As descoberto a causa da tuberculose, o bacilo TB.
crescentes necessidades de água, a limitação dos
recursos hídricos, os conflitos entre alguns usos e Fonte: www.portaldasaude.pt
os prejuízos causados pelo excesso de água exigem
um planejamento bem elaborado pelos órgãos
governamentais, estaduais e municipais, visando
técnicas de melhor aproveitamento dos recursos
hídricos. Além das responsabilidades públicas, cada
cidadão tem o direito de usufruir da água mas o dever 31 Março
de preservá-la, utilizando-a de maneira consciente,
Dia Nacional do Doente com AVC
sem desperdícios, assim dando o valor devido à água.

Em Portugal o AVC tem uma dimensão alarmante: a


Use a água racionalmente, a fonte não pode secar!
sua taxa de mortalidade é de cerca de 200/100 000
habitantes (o que corresponde a morrerem em cada
Fonte: www.abcdoambiente.com
hora 2 portugueses), sendo das mais elevadas na EU,
é responsável pelo internamento de mais de 25 000
doentes por ano e por elevado grau de incapacidade –
27 Março 50% dos doentes que sobrevivem a um AVC ficam com
limitações nas actividades da vida diária. Estes números
Dia Nacional do ajudam a compreender a importância e o peso individual,
dador de Sangue familiar e social desta doença e reforçam a necessidade
de implementar medidas para a combater. A prevenção é
Este dia prentende fundamental. O AVC deve ser considerado uma urgência:
reconhecer a 112 – Via Verde para o AVC.
importância da
contribuição
desinteressada dos
Dadores Benévolos de Sangue para o tratamento
de doentes. A institucionalização do Dia Nacional
do Dador de Sangue constitui, assim, a expressão
oficial desse reconhecimento e serve para evidenciar,
junto da população em geral, o valor social e humano
da dádiva de sangue, estimulando a sua prática e
tornando mais conhecida a sua imprescindibilidade.

Fonte: www.spavc.org
Fonte: www.ipsangue.org
Legislação Set/
PORTARIA n.º 707/2010, de 16 de Agosto da Toxicodependência I.P.
(MINISTÉRIO DA SAÚDE) Decreto – Lei n.º 103/2010 de 24 de Setembro
Terceira alteração à Portaria n.º 1474/2004, de Estabelece normas de qualidade ambiental no
21 de Dezembro, que define os grupos e subgru- domínio da política da água.
pos farmacoterapêuticos que integram os dife- PORTARIA n.º 994-A/2010, de 29 de Setembro
rentes escalões de comparticipação do Estado (MINISTÉRIO DA SAÚDE)
no preço dos medicamentos. Primeira alteração à Portaria n.º 924-A/2010,
de 17 de Setembro, que define os grupos e sub-
PORTARIA n.º 801/2010, de 23 de Agosto grupos farmacoterapêuticos que integram os di-
(MINISTÉRIO DA SAÚDE) ferentes escalões de comparticipação do Estado
Estabelece os requisitos mínimos relativos à or- no preço dos medicamentos.
ganização e funcionamento, recursos humanos
e instalações técnicas das unidades privadas de DESPACHO n.º 15060-A/2010, de 01 de Outubro
serviços de saúde onde se exerça a prática de (MINISTÉRIOS DA ECONOMIA, DA INOVAÇÃO E
enfermagem. DO DESENVOLVIMENTO E DA
SAÚDE)
PORTARIA n.º 802/2010, de 23 de Agosto Aprova os preços de referência para cada um
(MINISTÉRIO DA SAÚDE) dos grupos homogéneos de medicamentos.
Cria o Programa Nacional de Doação Renal Cru- DECRETO-LEI n.º 106/2010, de 01 de Outubro
zada (PNDRC) para inscrição de pares dador-re- (MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, DO DESENVOL-
ceptor de rim e respectiva alocação cruzada. VIMENTO RURAL E DAS PESCAS)
Modifica as substâncias activas constantes da
LEI n.º 25/2010, de 30 de Agosto lista positiva comunitária para a colocação no
(ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA) mercado de produtos fitofarmacêuticos, com
Estabelece as prescrições mínimas para protec- o objectivo de reduzir os riscos de danos para
ção dos trabalhadores contra os riscos para a a actividade agrícola, para a saúde humana e
saúde e a segurança devidos à exposição, du- animal e para o ambiente em geral, transpõe
rante o trabalho, a radiações ópticas de fontes as Directivas n.os 2010/14/UE, da Comissão,
artificiais, transpondo a Directiva n.º 2006/25/ de 3 de Março, 2010/15/UE, da Comissão, de
CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de Março, 2010/17/UE, da Comissão, de 9 de
5 de Abril. Março, 2010/20/UE, da Comissão, de 9 de Mar-
ço, 2010/21/UE, da Comissão, de 12 de Mar-
PORTARIA n.º 839/2010, de 01 de Setembro ço, 2010/25/UE, da Comissão, de 18 de Mar-
(MINISTÉRIO DA SAÚDE) ço, 2010/27/UE, da Comissão, de 23 de Abril,
Segunda alteração à Portaria n.º 183/2006, de 2010/28/UE, da Comissão, de 23 de Abril, e
22 de Fevereiro, que aprova o Regulamento do 2010/34/UE, da Comissão, de 31 de Maio, e pro-
Internato Médico. cede à 28.ª alteração do Decreto-Lei n.º 94/98,
de 15 de Abril.
LEI n.º 30/2010, de 02 de Setembro
(ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA) DECRETO-LEI n.º 106-A/2010, de 01 de Outubro
Protecção contra a exposição aos campos eléc- (MINISTÉRIO DA SAÚDE)
tricos e magnéticos derivados de linhas, de ins- Adopta medidas mais justas no acesso aos me-
talações e de equipamentos eléctricos. dicamentos, combate à fraude e ao abuso na
PORTARIA n.º 925/2010 de 20 de Setembro comparticipação de medicamentos e de racio-
Alteração dos Estatutos do Instituto da Droga e nalização da política do medicamento no âmbi-
/Out/Nov 2010
to do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e altera Comissão, e procede à sexta alteração do Decre-
os Decretos-lei n.os 176/2006, de 30 de Agosto, to-Lei n.º 121/2002, de3 de Maio
242-B/2006, de 29 de Dezembro, 65/2007, de
14 de Março, e 48-A/2010, de 13 de Maio. DECRETO-LEI n.º 113/2010, de 21 de Outubro
(MINISTÉRIO DA SAÚDE)
PORTARIA n.º 994/2010, de 29 de Setembro Estabelece novos requisitos para a composição
(MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA SOLIDARIE- de produtos cosméticos, com o objectivo de
DADE SOCIAL) reduzir os riscos de alergias, transpondo a Di-
Determina a validade dos certificados de apti- rectiva n.º 2008/112/CE, do Parlamento Euro-
dão pedagógica de formador, emitidos ao peu e do Conselho, de 16 de Dezembro, e as
abrigo do Decreto Regulamentar n.º 66/94, de Directivas, da Comissão, n.os 2009/36/CE, de
18 de Novembro. 16 de Abril, 2009/129/CE, de 9 de Outubro,
2009/130/CE, de 12 de Outubro, 2009/134/
DECRETO-LEI n.º 112/2010, de 20 de Outubro CE, de 28 de Outubro, 2009/159/UE, de 16 de
(MINISTÉRIO DA SAÚDE) Dezembro, 2009/164/UE, de 22 de Dezembro,
Altera a lista de substâncias activas que podem 2010/3/UE, de 1 de Fevereiro, e 2010/4/UE,
ser incluídas em produtos biocidas, tendo em de 8 de Fevereiro, que alteram a Directiva n.º
vista a protecção da saúde humana e animal e 76/768/CEE, do Conselho, procedendo à segun-
a salvaguarda do ambiente, transpõe as Direc- da alteração ao Decreto-Lei n.º 189/2008, de 24
tivas n.os 2009/150/CE e 2009/151/CE, de 27 de Setembro
de Novembro, 2010/5/CE, de 8 de Fevereiro,
2010/7/CE, 2010/8/CE, 2010/9/CE, 2010/10/ DESPACHO n.º 16159/2010, de 26 de Outubro
CE e 2010/11/CE, de 9 de Fevereiro, todas da (MINISTÉRIO DA SAÚDE)
Comissão, e procede à sexta alteração do Decre- Alarga o Programa Nacional de Promoção da
to-Lei n.º 121/2002, de 3 de Maio. Saúde Oral aos utentes infectados com o vírus
do VIH/SIDA.
PORTARIA n.º 1056-A/2010, de 14 de Outubro
(MINISTÉRIO DA SAÚDE) PORTARIA n.º 1147/2010, de 03 de Novembro
Primeira alteração à Portaria n.º 801/2010, de (MINISTÉRIO DA SAÚDE)
23 de Agosto, que estabelece os requisitos mí- Homologa os contratos públicos de aprovisiona-
nimos relativos à organização e funcionamento, mento (CPA) com vista ao fornecimento de me-
recursos humanos e instalações técnicas das dicamentos do foro oncológico e medicamentos
unidades privadas de serviços de saúde onde se diversos.
exerça a prática de enfermagem
DECRETO-LEI n.º 122/2010, de 11 de Novembro
DECRETO-LEI n.º 112/2010, de 20 de Outubro (MINISTÉRIO DA SAÚDE)
(MINISTÉRIO DA SAÚDE) Estabelece o número de posições remunerató-
Altera a lista de substâncias activas que podem rias das categorias da carreira especial de enfer-
ser incluídas em produtos biocidas, tendo em magem, identifica os respectivos níveis da ta-
vista a protecção da saúde humana e animal e bela remuneratória única e procede à primeira
a salvaguarda do ambiente, transpõe as Direc- alteração ao Decreto-Lei n.º 247/2009, de 22 de
tivas n.os 2009/150/CE e 2009/151/CE, de 27 Setembro, e ao Decreto-Lei n.º 248/2009, de 22
de Novembro, 2010/5/CE, de 8 de Fevereiro, de Setembro.
2010/7/CE, 2010/8/CE, 2010/9/CE, 2010/10/
CE e 2010/11/CE, de 9 de Fevereiro, todas da
Fonte: Newsletter DIGESTO
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damente no que diz respei- páginas (incluíndo figuras, tabelas e re- forme o critério do autor (exemplo: In-
to à confidencialidade. ferências). trodução, Métodos, Resultados e Con-
clusão).
6. Os artigos/posteres serão
apreciados num primeiro 4. Para além do texto, os autores devem
enviar - em português ou inglês - um 5. Referências relevantes (Segundo a
momento pela equipa de
resumo do artigo (máximo 200 pala- NP405).
edição da TDTOnline Ma-
gazine que aferirá da per- vras) e até seis palavras-chave.
tinência das propostas no 6. 6. O Poster tem de ser apresentado no
âmbito editorial da revista. 5. As palavras estrangeiras devem estar formato Horizontal, na proporção A3.
O artigo/poster será devol- em itálico.
vido ao(s) autor(es), caso 7. 7. Os formatos aceites são .ppt ou .pptx
os pareceres sugiram mu- 6. As referências bibliográficas devem ser (Microsoft Office Power Point TM),
danças e/ou correcções. feitas segundo a Norma Portuguesa .JPEG ou .PNG
(NP405) - ver informação adicional.
7. Os posteres podem ser ela-
borados no máximo por 3 Os artigos publicados na TDTOnline Maga-
elementos. 7. O artigo deve ser enviado em formato zine ficam licenciados sob uma licensa Cre-
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