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Sistemas Operacionais

Administração de Rede
LINUX
Montando sua rede Linux: Aprenda a centralizar a base de
dados de usuários e a exportar seus diretórios de
trabalho para máquinas clientes, a partir de um
servidor, utilizando NIS e NFS.
Jansen Carlo Sena

N
a edição número 3 da PC&Cia, aprendemos te de arquivos, o que não é muito eficiente e
um pouco sobre os principais mecanismos e administrável. Para fazer com que todas as máquinas
estruturas para o gerenciamento de usuários compartilhem os mesmos diretórios homes, iremos uti-
em um ambiente Linux. Apesar desta ser uma lizar o NFS (Network File System) para exportar de um
tarefa inicial fundamental, outros serviços são necessá- servidor, diretórios homes para os clientes, fazendo com
rios para a configuração de uma rede Linux com funcio- que os usuários tenham a sensação de possuir uma cópia
nalidades mínimas. idêntica de todos os seus arquivos em cada computador
Considere uma rede de computadores com 100 má- da rede.
quinas. Imagine o trabalho necessário pelo administrador Bem, agora liguem seus PCs e vamos lá !
para criar em cada uma das máquinas a mesma base de
dados de usuários, para que estes possam logar em
qualquer computador da rede. Além disso, todas as ve-
zes que um novo usuário tivesse que ser adicionado no
sistema, o administrador precisaria alterar a configuração Para centralizar a base de dados dos usuários de uma
de cada uma das 100 máquinas... ufa ! E se um funcio- rede, iremos utilizar o NIS, um serviço comum ao mun-
nário é despedido e seu login não é removido de todas as do Unix que serve para distribuir, a clientes, mapas cen-
máquinas ? Revoltado, ele pode se aproveitar da possi- tralizados em um servidor, contendo informações úteis
bilidade de ainda ter acesso a algumas máquinas e pro- para o funcionamento de uma rede.
vocar alguns danos ao sistema, no intuito de “vingar-se” De maneira geral, o NIS consulta arquivos de sistema,
da empresa. como /etc/passwd, /etc/hosts e /etc/aliases, e a partir
Para resolver este problema, podemos escolher um destes, gera os mapas a serem distribuídos para os cli-
computador na rede para servir todos os outros com in- entes. Por exemplo, o arquivo /etc/hosts, que contém
formações sobre os usuários. Desta forma, uma única mapeamento local de nomes de máquinas para endere-
base de dados deverá ser utilizada por todos os compu- ços IP, pode ser utilizado para gerar um mapa a ser dis-
tadores, facilitando a tarefa do administrador e dando tribuído para os clientes mapearem nomes em endereços
maior concisão no que diz respeito ao controle dos usu- IP e vice-e-versa (Em geral, não se utiliza o NIS para a
ários da rede. Tal estratégia pode ser feita através da resolução de nomes em uma rede. Para tal, é muito
configuração de um servidor e clientes do serviço NIS comum a utilização do DNS). Desta forma, é possível
(Network Information Service), que centraliza em um fazer com que uma máquina da rede faça referência a
servidor determinadas informações de rede e distribui outra utilizando seu nome e não seu endereço IP, facili-
estas para as máquinas clientes. tando a vida dos usuários e do administrador do sistema.
O mesmo problema pode ser aplicado em relação aos Apesar de podermos utilizar o NIS para a distribuição
diretórios homes dos usuários. Em outras palavras, caso de várias informações para as máquinas clientes de
não seja possível distribuir o mesmo diretório home de nossa rede, iremos nos ater apenas aos mapas
cada usuário por todas os computadores da rede, em necessários para os serviços que iremos utilizar nesta
cada computador, um usuário terá um conjunto diferen- oportunidade.
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Vale ressaltar que, alguns sistemas executam a


montagem automática de um CD inserido no drive. Caso
Primeiramente, precisamos escolher uma máquina isto ocorra no seu sistema, o comando mount não é
para ser o servidor do serviço de NIS. Considerando a rede necessário.
mostrada na Figura 1, iremos utilizar a máquina obiwan A partir de então, precisamos configurar o nosso
para tal finalidade. servidor NIS de forma que ele gere apenas os mapas que
nós precisamos. No nosso caso, os únicos mapas que
iremos utilizar neste momento é o passwd (contendo
dados sobre nossos usuários) e o group (contendo infor-
mações relativas aos grupos definidos para os usuários).
Para fazer isto, precisamos editar o arquivo /var/yp/
Makefile e alterar a linha que contém a entrada “all” de
forma que esta contenha os mapas anteriormente cita-
dos. A Figura 4 ilustra as alterações necessárias.

Em seguida, precisamos nos certificar de que esta


máquina contém os pacotes de software necessários
para a configuração do nosso servidor. No Linux (Red Hat
e compatíveis), o pacote ypserv contém o software para
o funcionamento de um servidor NIS. Para verificar se este
pacote está instalado no seu sistema, execute o seguinte
comando como root:
# rpm -qi ypserv
Se a mensagem retornada é algo parecido com a
Figura 2, seu servidor já possui o software instalado e
pronto para ser configurado. Caso negativo, de posse do
CD da sua distribuição Linux, execute os comandos
mostrados na Figura 3 para instalá-lo. Na terminologia do NIS, todas as máquinas clientes,
em conjunto com o servidor, formam um domínio. Desta
forma, é necessário que definamos um nome a ser utili-
zado como domínio para nossa rede de exemplo. Que tal
starwars ? Para configurar manualmente o nome do do-
mínio NIS em nosso servidor precisamos utilizar o seguin-
te comando:
# ypdomainname starwars
Para consultar o atual domínio NIS da sua máquina,
execute o comando ypdomainname sem qualquer
parâmetro, conforme mostrado na Figura 5 (Não confun-
da domínio NIS com domínio DNS, são parâmetros dis-
tintos sem qualquer relação entre si.).

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