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SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS EMPRESAS PÚBLICAS MUNICIPAIS DE 1

TOLEDO

SINTRAEP
“AVANÇAR SEMPRE”

Registro Sindical no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nº 46010.005776/93-52

Reivindicações dos trabalhadores da Empresa de Desenvolvimento Urbano e Rural de Toledo


(EMDUR) para fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho 2011/2012

-Documento elaborado pela Comissão de Negociação Sindical

Ano 2011

RUA JÚLIO VERNE,42 – Jardim Porto Alegre – CEP 85906-040


TOLEDO – PR Celular: (45) 9926-5375
e-mail: sintraep@ibest.com.br home-page: www.sindicatosintraep.blogspot.com
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Reivindicações para realização do acordo coletivo de trabalho


2011/2012

1. Ganho acima da inflação


A maioria dos trabalhadores da empresa ganha baixos salários, assim consideramos justo a empresa
nos conceder um percentual acima do INPC, como uma forma, mesmo que mínima, de valorizar nossos
salários.
Lembramos que em 2010 a empresa, através do Sr Prefeito José Carlos Schiavinato, reconheceu a luta
do sindicato por ganhos reais ao conceder 6% em abril e mais 3% em outubro.
Sendo assim qualquer alegação de que a empresa não tem condições de atender nosso pleito salarial
será considerado como apenas desdenho e má-vontade da parte patronal.
Levando-se em consideração que os salários estão defasados, e também que o poder de compra da
classe está sensivelmente diminuído, justamente pela defasagem salarial, pedimos um ganho real de 5%
(cinco por cento).
Não se trata de um percentual absurdo, apenas queremos recompor, mesmo que minimamente, o poder
de compra dos trabalhadores através de salários mais justos.
Tudo dentro de uma política de maior valorização dos trabalhadores.

2. Implantação de uma política de recomposição salarial


Uma política salarial séria, definida claramente em lei, é condição fundamental para que os
trabalhadores da empresa obtenham significativos ganhos em seus defasados salários.
Sabemos que o poder aquisitivo de nossos trabalhadores tem sofrido constante corrosão durante as
seguidas administrações municipais, gerando intranqüilidade e conseqüente frustração.
Todos os anos a empresa tem meramente reproduzido, de forma mecânica, os índices inflacionários
oficiais. Não tem tido a ousadia administrativa de procurar, mesmo que minimamente, recompor o
poder de compra dos salários pagos.
Cremos que é chegada à hora de ousar, de inovar. E assim gerar satisfação aos trabalhadores, em
especial àqueles que ganham os mais baixos salários.
Reivindicamos, portanto, a adoção de um plano de recomposição salarial, iniciando na empresa uma
prática de ganho real nos salário, que a médio e longo prazo possam recuperar o poder de compra dos
trabalhadores.
O atendimento ao reivindicado no item 1 é fundamental.

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3. Implantação de avanço funcional por titulação aos


portadores de certificados de conclusão do Ensino
Fundamental e Médio
Sabemos que num mundo em constante evolução a educação precisa ser valorizada e estimulada.
Quanto mais conhecimento adquirimos, melhor realizamos nosso trabalho.
Todas as modernas técnicas administrativas trazem como uma de suas prioridades a valorização do
conhecimento, assim as empresas costumam incentivar o retorno às aulas de seus trabalhadores.
Acreditamos que a EMDUR precisa seguir esse caminho, valorizando seus trabalhadores com um
percentual sobre seus salários a título de incentivo, ou estímulo, para retorno aos estudos.
Sabemos que a grande maioria dos trabalhadores da empresa sequer concluiu o ensino fundamental,
assim acreditamos que tal estímulo seria um motivador para o retorno ao banco escolar.
Nossa sugestão é no sentido de que os portadores de certificados de conclusão dos ensinos ganhem um
adicional da seguinte forma:

I-Portadores de certificado de conclusão de ensino fundamental: 5% sobre o salário base;


II - Portadores de certificados de conclusão do ensino médio: 10% sobre o salário base.

4. Liberação de um membro da direção do Sindicato para


exclusiva dedicação às atividades sindicais
Entendemos que a EMDUR exerce a condenável prática anti-sindical ao não liberar ao menos um
dirigente sindical para exclusiva dedicação às atividades relacionadas à luta sindical.
É óbvio que, humanamente, torna-se praticamente inviável exercer as atividades sindicais tendo que
conciliá-las com o trabalho diário na empresa, assim reivindicamos que ao menos um dirigente fosse
liberado para dedicação exclusiva aos trabalhos relacionados ao sindicato.
Já há vários precedentes quanto a isso, citamos o exemplo do SINDSERTOO, dirigentes sindicais são
cedidos pela Prefeitura para exercer as atividades sindicais, sem prejuízo nos vencimentos e vantagens
inerentes a função que exercem na Prefeitura (Art. 140 § 2º, Lei Orgânica do Município de Toledo).

5. Auxílio de difícil acesso


Entendemos que a empresa carece de um sistema que possibilite transporte adequado aos trabalhadores,
veículos precisam ser adquiridos com a EXCLUSIVA finalidade de transporte dos mesmos.
Os trabalhadores da Pedreira Municipal e Usina de Asfalto, especialmente os vigias e operadores de
caldeira, enfrentam dificuldades nos horários de transporte.
O problema afeta também outros setores.
Reivindicamos que seja criado na EMDUR o auxílio de difícil acesso, nos moldes do que existe na
administração direta.

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6. Gratificação por qualificação (Atualização da tabela e sugestões


para melhoramentos)
A nossa tabela de adicional por qualificação se encontra totalmente defasada quando comparada com a
dos servidores públicos municipais, já que a EMDUR hipoteticamente acrescentaria um adicional de
3,75% por uma carga horária de 180 horas de curso, enquanto que os servidores recebem um adicional
de 5,0% pelas mesmas 180 horas de curso. (Vide Artigo 11,inciso III,alínea a,do Plano de Cargos e
Vencimentos).
Sendo assim, para que a tabela possa ser corrigida reivindicamos que ela fique assim definida:

I-30 horas/curso: 0,84%


II-60 horas/curso: 1,67%
III-120 horas/curso: 3,34 %
IV-180 horas/curso: 5,0 %
VI-240 horas/aula: 6,67%
VII- 360 horas/aula: 10%

Além disso, reivindicamos o acréscimo do curso de 160 horas, com adicional de 5%.

7. Gratificação de curso superior


Entendemos que a exigência de curso na área de atuação na empresa é uma regra totalmente
inútil, fora de contexto, e que na prática inviabiliza aos trabalhadores terem acesso a tal progressão
salarial.
Desafiamos a empresa a mostrar os beneficiados com tal adicional, nos provando que a regra consegue
atingir a parcela significativa dos trabalhadores.
Incentivar a qualificação, intelectual e profissional, dos trabalhadores é uma obrigação de uma
administração séria e sendo assim reivindicamos que a necessidade de curso superior na área de
atuação seja eliminada, possibilitando que os interessados tenham acesso a mais essa vantagem salarial.

8. Incorporação do abono salarial ao salário


A atual sistemática de concessão do abono tem gerado insatisfação entre os trabalhadores, em especial
na situação em que eles necessitam de mais de um dia de atestado médico e com isso perdem o direito
ao benefício.
Sendo assim solicitamos que o abono seja incorporado aos salários, corrigindo as distorções existentes
atualmente.

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9. Abono Salarial (Atualização de valor)


O abono salarial, conquistado pelo SINTRAEP no acordo 2007/2008, é de grande valia no reforço do
orçamento doméstico de cada trabalhador/trabalhadora da EMDUR, portanto deve ser constantemente
defendido e valorizado.
Entretanto, seu valor concedido ficou “congelado” por dois acordos coletivos (2009/2010 e
2010/2011).
Sendo assim, por uma questão de justiça social, reivindicamos da empresa a atualização do valor
concedido em 30%, passando dos atuais R$ 160,00 para R$ 208,00.

10. Abono salarial (Mudanças na cláusula 35)


Entendemos que o abono salarial por assiduidade foi criado com o objetivo central de valorizar aqueles
que trabalham, que produzem, que não possuem faltas ao serviço... etc.
Entretanto, na prática notamos que aqueles que trabalham e que produzem estão sendo prejudicados
com as regras atuais impostas para sua concessão.
Muitos trabalhadores/trabalhadoras estão sendo obrigados (justo para não perderem o abono) a
comparecerem ao local de trabalho doentes, praticamente incapacitados de produzir, ou seja:
incapacitados de cumprirem com o objetivo esperado deles pelo empregador.
O que sugerimos então?
Sugerimos que haja flexibilidade na cláusula 35, de modo que distorções sejam corrigidas.
Para tal apontamos duas importantes mudanças:

a) Que o parágrafo primeiro, inciso I, alínea “a”, substitua um dia de atestado por mês para cinco dias
de atestado;
b) Que uma comissão igualitária (composta por quatro membros) seja criada para análise de casos
específicos, tal comissão seria composta por representantes do sindicato e da empresa com o objetivo
de analisar casos de possíveis injustiças no corte do pagamento do abono salarial e seus membros
reunir-se-iam sempre que provocados pela parte prejudicada.

11. Fornecimento de protetor solar


Devido à redução da camada do ozônio no nosso país (em 1992 registrava uma redução de 4% em
relação à média dos 12 anos anteriores) os efeitos nocivos da radiação solar têm vindo a aumentar.

Estes efeitos podem ser imediatos − queimaduras solares e insolação − e ter conseqüências em longo
prazo − envelhecimento precoce da pele e, certamente o mais temido de todos, o cancro da pele.

No caso específico do cancro da pele (melanoma) sabe-se que é atualmente a forma de cancro que está
a aumentar mais rapidamente no mundo, duplicando a sua incidência de 10 em 10 anos, o que é devido
em 90% dos casos à exposição excessiva ao Sol.

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Sabemos do compromisso da administração em prevenir as doenças relativas à exposição aos raios


ultravioletas, ainda mais sabendo que no caso da EMDUR existem setores que na maior parte do dia
está exposta diretamente aos seus efeitos devastadores.

Reivindicamos, portanto, que seja incluída no acordo 2011/2012 um cláusula referente ao fornecimento
de protetor solar nos locais em que seu uso se faz necessário, gerando assim comprometimento da
empresa com a saúde de seu quadro efetivo.

12. Introdução de Cláusula de informações ao sindicato


Reivindicamos a introdução de uma cláusula que permita acesso a informações de interesse do
sindicato.
Ex: que a empresa comunique oficialmente à entidade sindical sempre que um funcionário estiver
respondendo alguma sindicância,aposentando,entrando em férias, quando novos funcionários forem
contratados... etc.
Aliás, entendemos que o citado acima já deveria ser feito pela empresa como o básico do respeito aos
representantes da categoria, sem necessidade de burocracia, que por vezes confunde-se com
“burrocracia”.

13. Regras claras e legais para sindicância, advertências e similares


Tomando-se por base a famigerada e ilegal “sindicância” 01/2008 e outros casos de que temos
conhecimento, todos levados a cabo de forma irregular, entendemos que a empresa precisa com
urgência padronizar e legalizar as formas de processo disciplinar, de modo a não cometer injustiças.
Não somos contrários a instalação de processos investigatórios, desde que feitos na forma da lei.

Somos 100% contrários ao modo atual como a empresa conduz vários processos disciplinares, por isso
a necessidade de colocarmos em acordo o comportamento da EMDUR de hoje em diante.

14. Aumento no valor das horas extras


Seguindo na linha de aumento da renda dos trabalhadores, reivindicamos que o valor pago por horas
extraordinárias prestadas à empresa passe dos atuais 50% para 75%%, assim em caso de necessidade de
realização de horas a mais, os trabalhadores terão um aumento considerável por elas, reforçando o seu
salário ao final do mês.

15. Licença-prêmio
Reivindicamos que seja criada, na EMDUR, a possibilidade de uma licença-prêmio, nos moldes do que
existe e beneficia os servidores públicos municipais de Toledo.

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16. Pontos facultativos e feriados


Na intenção de evitar desgastes desnecessários, a exemplo do que houve em relação aos dias 24 e
31/12/2009, reivindicamos que a empresa siga integralmente o calendário oficial do município
relacionado aos feriados e pontos facultativos.
Para tal, reivindicamos a criação de uma cláusula no acordo em que conste o compromisso da empresa
em seguir o calendário oficial de feriados e pontos facultativos do município.

17. Jornada semanal de 40 horas para o setor operacional


Apresentamos, abaixo, algumas das muitas razões que nos levam, mais uma vez, a REIVINDICAR a
redução da jornada de trabalho do setor operacional da empresa, que é o verdadeiro pilar dos 25 anos
de EMDUR.
a) Jornada normal de trabalho muito extensa
A jornada normal de trabalho do setor operacional na EMDUR, e no Brasil, é uma das maiores no
mundo: 44 semanais desde 1988.
A jornada total de trabalho é a soma da jornada normal de trabalho mais a hora extra. No Brasil, além
da extensa jornada normal de trabalho, não há limite semanal, mensal ou anual para a execução de
horas extras, o que torna a utilização de horas extras no país uma das mais altas no mundo. Logo, a
soma de uma elevada jornada normal de trabalho e um alto número de horas extras faz com que o
tempo total de trabalho no Brasil seja um dos mais extensos.

b) Ritmo intenso do trabalho


O tempo de trabalho total, além de extenso, está cada vez mais intenso, em função de diversas
inovações técnico-organizacionais implementadas pelas empresas (como a polivalência, o just in time,
a concorrência entre os grupos de trabalho, as metas e a redução das pausas).

c) Aumento da flexibilização da jornada de trabalho


Desde o final dos anos 1990, verifica-se, no Brasil, um aumento da flexibilização do tempo de trabalho.
Assim, às antigas formas de flexibilização do tempo - como à hora extra, o trabalho em turno, trabalho
noturno, as férias coletivas -, somam-se novas - como a jornada em tempo parcial, o banco de horas e o
trabalho aos domingos.
d) Aumento do número de doenças
Em função das jornadas extensas, intensas e imprevisíveis, os trabalhadores têm ficado cada vez mais
doentes (estresse, depressão, hipertensão, distúrbios no sono e lesão por esforços repetitivos, por
exemplo).

e) Condições favoráveis da economia brasileira


A economia brasileira apresenta condições favoráveis para a redução da jornada de trabalho e limitação
da hora extra, uma vez que:

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· o país apresenta crescimento econômico nos últimos cinco anos e com perspectivas positivas para os
próximos anos;
· a inflação tem variações moderadas desde 2003;
· a economia encontra-se relativamente estabilizada (diminuição das taxas de inflação, equilíbrio na
balança de pagamentos, superávit primário, crescimento econômico etc.);
· a redução da jornada de trabalho é uma política de geração de postos de trabalho com baixo risco
monetário;

f) Baixo percentual dos salários nos custos de produção


Conforme dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em 1999, a participação dos salários no
custo da indústria de transformação era de 22%, em média. Fazendo as contas, uma redução da jornada
de trabalho de 44 para 40 horas semanais (de 9,09%) representaria um aumento no custo total de
produção de apenas 1,99%.
Este percentual é irrisório se considerarmos que o aumento da produtividade da indústria, entre 1990 e
2000, foi de 113% e que, nos primeiros anos do século XXI, os ganhos de produtividade foram de 27%.
Portanto, o grande aumento de produtividade alcançado desde 1988 (última redução da jornada de
trabalho no Brasil) leva a um pequeno aumento de custo gerado pela redução da jornada de trabalho.
g) Baixo custo da mão-de-obra no Brasil
O custo da mão-de-obra no Brasil é muito baixo, comparado a diversos países, de forma que a redução
da jornada de trabalho não traria nenhum prejuízo à competitividade das empresas, sobretudo porque o
diferencial na competitividade não está no custo da mão-de-obra, mais sim nas vantagens sistêmicas
que o país oferece.

h) Criação de um círculo virtuoso


Além dos ganhos de produtividade verificados no passado e na conjuntura atual, eles devem continuar
a acontecer no futuro, o que explicita a necessidade de a redução da jornada de trabalho ser permanente
e contínua, acompanhando assim os ganhos de produtividade. Cria-se então, um círculo virtuoso, isto é,
os ganhos de produtividade e a sua melhor distribuição estimulam o crescimento econômico que, por
sua vez, levam a mais aumento de produtividade.

i) Apropriação dos ganhos de produtividade


A redução da jornada de trabalho é uma das possibilidades que os trabalhadores têm para se
apropriarem dos ganhos de produtividade por eles produzidos.
j) Instrumento de distribuição de renda
A redução da jornada de trabalho é uma das formas de os trabalhadores se apropriarem dos ganhos de
produtividade, logo, é um dos instrumentos para a distribuição de renda no país.

k) Pouco tempo livre


Em função do grande tempo ocupado direta e indiretamente com o trabalho, sobra pouco tempo para o
convívio familiar, o estudo, o lazer, o descanso e a luta coletiva.
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l) Perda do controle do tempo da vida


As diversas formas de flexibilização do tempo de trabalho, como à hora extra ou o banco de horas,
além de intensificar o trabalho, têm como conseqüência a perda do controle por parte do trabalhador
seja do tempo de trabalho ou do tempo livre. Isso porque, na maior parte dos casos, é o empregador que
define quando o trabalhador irá trabalhar a mais ou a menos, sem consulta ou com um mínimo de aviso
prévio, desorganizando assim toda a sua vida.

m) Qualidade de vida
Finalmente, a redução da jornada de trabalho irá possibilitar que os trabalhadores, produtores das
riquezas do Brasil e do mundo, possam trabalhar menos e viver melhor. Até para que outras pessoas
também possam ter acesso ao trabalho e à vida, para que possam viver e não apenas sobreviver.

18. Fornecimento de refeições para todos os setores


Fruto de uma luta constante do SINTRAEP, a criação do refeitório foi um grande avanço.
É inegável que agrada a classe trabalhadora, portanto sua implantação é um ponto positivo.
Entretanto, existe a necessidade real de que seus benefícios sejam estendidos a todos os trabalhadores
da empresa.
É de conhecimento pleno da diretoria da EMDUR que existem pelo menos dois setores que não contam
com os benefícios oferecidos pelo refeitório, que são: Cemitérios e Rodoviária.
As funcionárias que atuam na Rodoviária assinaram, inclusive, uma nota em que solicitam a
universalização no acesso às refeições. (Nota em anexo)
Portanto, reivindicamos que a empresa viabilize fornecimento de refeições aos trabalhadores, e
trabalhadoras, dos cemitérios e da rodoviária.
Impossível não é, basta olhar social e boa vontade.

19. Mudança no horário de trabalho da Rodoviária


Em reunião ocorrida no dia 03/12/2010, o sindicato tomou conhecimento do desejo de ampla maioria
das trabalhadoras do local em alterações em seu horário de trabalho.
Reivindicam elas que o horário seja alterado da seguinte forma:
Entrada pela manhã: 07h30min
Saída: 13h30min
Entrada à tarde: 13h30min
Saída à tarde: 19h30min
O horário noturno continuaria o mesmo.
A alegação principal é que a mudança proporcionaria facilidade em relação ao trato com afazeres
domésticos, em especial aos filhos e creches.
Das funcionárias consultadas, somente uma não concordou.
Portanto, as mudanças são quase consensuais.

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20. Plano de Cargos e Salários


Já antevendo a implantação do Plano de Cargos e Salários, reivindicação apresentada pelo SINTRAEP
aos candidatos a prefeito em 2008, entendemos ser necessária a criação de uma cláusula que
regulamente as formas em que se darão as alterações futuras que se fizerem necessárias em seu texto.
Reivindicamos a criação de uma comissão paritária para análise dos casos em que o PCS precise ser
alterado.
Além do mais é vital a necessidade de que após os entendimentos da referida comissão, uma
Assembléia dos trabalhadores coloque em votação os termos acordados.
A diretoria da empresa indicaria nº X para a comissão e o SINTRAEP nº Y, de forma a tornar
amplamente transparente e democrático todo o processo que se fizer necessário.

21. PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE


OCUPACIONAL
Reivindicamos que a empresa siga o preceituado na Norma Regulamentadora nº 7 (NR 7), que trata
do PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL (PCMSO).
Em especial solicitamos que o valor gasto com transporte,quando financiado pelo funcionário para
realização de exames exigidos pelo PCMSO,seja ressarcido pela empresa.
Outra solução seria que a EMDUR providenciasse o transporte dos trabalhadores para realização dos
exames necessários.
Alertamos para o item 7.3.1. da NR 7, onde se lê claramente:
Compete ao empregador:
b) custear sem ônus para o empregado todos os procedimentos relacionados ao PCMSO; (107.046-0)
Logo é vital que a empresa EMDUR custeie todos os procedimentos, não acarretando assim nenhuma
espécie de ônus para os trabalhadores.

Considerações finais:

Em 2010 a empresa comemorou 25 anos de excelentes serviços prestados à sociedade toledana, são
milhões de metros quadrados de asfalto, somados às inúmeras obras executadas pelos valorosos
trabalhadores.
Cremos que os trabalhadores, que são os verdadeiros pilares da empresa, merecem a justa valorização
por tanto esforço ao longo de ¼ de século.
Parte desta valorização pode vir com a celebração de um acordo coletivo que traga os avanços que a
categoria precisa, e merece, ter.
Contamos com o bom senso, aliado ao olhar social, dos administradores (EMDUR e administração
municipal).

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Luiz Carlos dos Santos Gilmei Zancheta

André Renato Pereira Mizael dos Santos

Geraldo Reis

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