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Faculdade de Direito
Direito da Cultura
Prof. Dr. Vasco Pereira da Silva
Cláudia Castro
N.º 140108089
Lisboa
2010/2011
ÍNDICE
Introdução 4
Capítulo um 5
Tutela constitucional
Tutela legal
Tutela civil
Tutela penal
Capítulo dois 19
Liberdade de imprensa
Tutela constitucional
Tutela legal
Capítulo três 24
2
Conclusão 28
Bibliografia 29
Anexos 31
3
INTRODUÇÃO
4
CAPÍTULO UM
Tutela constitucional
1
GOMES, Mário M. Varges – O Código da Privacidade e da Protecção de Dados Pessoais
na Lei e na Jurisprudência. 1.ª ed. Lisboa: Centro Atlântico, 2006, p. 33.
5
fazendo uma leitura dos art.os 26.º e seguintes, da Constituição da República
Portuguesa (doravante designada por CRP).
2
MIRANDA, Jorge – Manual de Direito Constitucional. 2.ª ed. Coimbra: Coimbra Editora,
1998, tomo 4, p. 7.
6
• A abertura a novos direitos fundamentais, o que possibilita uma
concretização e desenvolvimento plural de todo o sistema
constitucional – princípio da não tipicidade dos direitos
fundamentais ou norma com fattispecie aberta, segundo
Baldassare3;
• A constituição dos direitos, liberdades e garantias, bem como dos
direitos dos trabalhadores, das comissões de trabalhadores e das
associações sindicais (alíneas d) e e), do art.º 288.º – anexo 2 –)
como limites materiais de revisão constitucional;
• A vinculação dos poderes públicos ao respeito pelos direitos,
liberdades e garantias – o art.º 18.º – anexo 3 – torna claro que o
respeito pelos direitos fundamentais deve ser incondicionado e que
sem ele nenhuma incumbência do Estado pode ser realizada;
• A projecção dos direitos económicos, sociais e culturais como
garantias e condições para a sua efectivação através da
apropriação colectiva dos principais meios de produção, a
planificação do desenvolvimento económico e a democratização
das instituições4;
• A reserva de competência legislativa do Parlamento sobre direitos,
liberdades e garantias (alínea b), do art.º 165.º – anexo 4 –).
7
1, do art.º 26.º e nos art.os 34.º e seguintes), e no Título III, sobre direitos
económicos, sociais e culturais (direito ao ensino, nos art.os 43.º – anexo 8 –,
73.º e 74.º – anexo 9 –; direito ao trabalho, no n.º 1, do art.º 58.º – anexo 10
–; direito à saúde, no art.º 64.º – anexo 11 –; direito à segurança social, no
art.º 63.º – anexo 12 –; direito à habitação, no art.º 65.º – anexo 13 –; direito
ao ambiente e à qualidade de vida, no art.º 66.º – anexo 14 –).
8
Os direitos fundamentais pressupõem relações de poder, os direitos
de personalidade relações de igualdade. Os direitos fundamentais têm uma
incidência publicística imediata, ainda quando ocorram efeitos entre os
particulares; os direitos de personalidade uma incidência privatística, ainda
quando sobreposta ou subposta à dos direitos fundamentais10. Os direitos
fundamentais são os direitos de personalidade no Direito Público; os direitos
de personalidade os direitos fundamentais no Direito Privado11.
10
Cf. MIRANDA – Manual, tomo 4, p. 59.
11
MIRANDA, Jorge – Ciência Política – Formas de Governo. Lisboa: 1981, tomo 2, p. 213.
Apud Cf. MIRANDA – Manual, tomo 4, p. 57 e seguintes.
12
FERNANDES, Luís A. Carvalho – Teoria Geral do Direito Civil. 4ª ed. Lisboa: Universidade
Católica Editora, 2007, tomo 1, p. 218.
9
dignidade da pessoa humana, concretizando parte do seu alcance através da
consagração, no seu art.º 26.º, de outros direitos pessoais.
13
MIRANDA, Jorge; MEDEIROS, Rui – Constituição Portuguesa Anotada. Coimbra: Coimbra
Editora, 2005, tomo 1, p. 280 e seguintes.
14
Cf. FERNANDES – Teoria, p. 226
15
NOVAIS, Jorge Reis – As restrições aos direitos fundamentais não expressamente
autorizadas pela Constituição. Coimbra: Coimbra Editora, 2003, p. 591. Apud Cf. MIRANDA
– Constituição, p. 280 e seguintes.
10
previstos na lei, não podendo ser fundamentada com base em
motivos políticos;
• Direito de protecção legal contra qualquer forma de
discriminação: apesar de já constitucionalizado o princípio da
igualdade no art.º 13.º – anexo 19 –, a sua referência no n.º 1, do
art.º 26.º vem trazer-lhe um sentido útil: não só acentua o alcance
dos outros direitos pessoais, como parece impor o dever de legislar
sempre que for necessário para combater as discriminações que a
CRP não tolere;
• Direito ao bom nome e à reputação: a importância deste direito
legitima a criminalização das ofensas que lhe sejam dirigidas
(condutas como injúrias, abuso da liberdade de imprensa, etc.).
Questões relativas ao bom nome e à reputação podem assumir
contornos específicos quando se trate de crítica política pois, aí, a
liberdade de comunicação cumpre também uma função político-
democrática. A resposta, em qualquer caso, passa pela distinção
entre a discussão política em sentido próprio, por um lado, e a
mera ofensa pessoal desnecessária, inadequada ou
desproporcional às exigências do debate político-democrático, por
outro16;
• Direito à palavra e à imagem: as imagens e as palavras devem
ser divulgadas com rigor e autenticidade. Acresce, ainda, o direito a
que não sejam registadas ou divulgadas palavras ou imagens da
pessoa sem o seu consentimento, independentemente de estar ou
não, de forma directa, em causa o bom nome e a reputação das
pessoas. Confere-se, assim, um direito à “reserva” e à
“transitoriedade” da palavra falada e da imagem pessoal,
garantindo-se a autonomia na disponibilidade da imagem e da
palavra;
• Direito de reserva da intimidade da vida privada e familiar: é
possivelmente um dos que tem maior alcance prático e é um dos
que apresenta maior índice de conflitualidade. O Tribunal
16
Cf. MIRANDA – Constituição, p. 289 e seguintes.
11
Constitucional (TC), em abundante jurisprudência, tem
concretizado o alcance do direito à reserva da intimidade da vida
privada e familiar, nomeadamente:
12
A Lei Constitucional n.º 1/2001 de 12 de Dezembro veio alterar o n.º 3,
do art.º 34.º – anexo 20 –, que passou a referir-se expressamente à violação
do domicílio durante a noite. Esta modificação veio trazer dificuldades de
conjugação com o n.º 2, do preceito. Segundo o Professor Jorge Miranda, por
se preverem casos de criminalidade especialmente violenta ou altamente
organizada, deve-se estender às situações que ocorram durante o dia
quando não seja possível obter em tempo útil uma declaração judicial17.
17
Cf. MIRANDA – Constituição, p. 372 e seguintes.
18
Outras manifestações deste fenómeno podem-se verificar nas sucessivas alterações ao
art.º 35º.
13
independentemente do respectivo suporte, incluindo som e imagem, relativa
a uma pessoa singular identificada ou identificável.
Por sua vez, os dados biométricos (que estão na ordem do dia pela
importância que têm vindo a assumir) encontram-se sujeitos ao regime geral
de tutela dos dados pessoais, não obstante a possibilidade de se qualificar a
sua recolha como ofensa à integridade física. A facilidade de recolha de
informação por parte de terceiros ou do estado, e a velocidade de acesso e
cruzamento de dados tem vindo a alargar de forma assustadora as
possibilidades de compressão dos direitos individuais ao nível de circuitos
informacionais, tornando justificado o receio de construção de um “Big
Brother” no mais puro sentido “orwelliano” (designadamente onde está em
causa a concentração de informação pelo Estado)19.
14
• O direito de acesso aos dados e registos informáticos que lhe dizem
respeito;
• O direito de rectificação e actualização dos seus próprios dados;
• O direito a ser informado sobre a existência e “finalidade” a que se
destinam esses dados.
Tutela legal
Código Civil
15
71.º – anexo 24 – alarga a tutela aos direitos de personalidade de pessoas já
falecidas.
16
tutela, o que não significa, contudo, que o autor das mesmas esteja
desprovido de qualquer protecção: impõe o art.º 78.º – anexo 31 – que o
destinatário respeite a expectativa daquele, ou seja, as limitações que
resultem implicitamente do conteúdo e natureza da carta, para além de
outras restrições estabelecidas pelo autor22.
17
revogáveis, sem prejuízo de indemnização pelos prejuízos causados à
contraparte.
Código Penal
18
CAPÍTULO DOIS
Liberdade de imprensa
Tutela constitucional
Esta análise será, mais uma vez, elaborada de uma óptica mais
generalista, pelo que se remete para aquilo que foi exposto a propósito da
intimidade da vida privada, e de uma óptica mais próxima à liberdade de
imprensa, fazendo uma leitura dos art.os 37.º e seguintes, da CRP.
23
CANOTILHO, J. J. Gomes; MOREIRA, Vital – Constituição da República Portuguesa
Anotada. 4.ª ed. Coimbra: Coimbra Editora, 2007, volume 1, p. 580.
24
Cf. MIRANDA – Constituição, p. 434.
19
Tutela dos art.os 37.º e 38.º
25
Cf. MIRANDA – Constituição, p. 434.
26
Cf. MIRANDA – Constituição, p. 434.
Cf. MIRANDA – Constituição, p. 435.
27
20
tratar do direito fundamental à cultura, uma vez que este poderá ser uma
mais-valia para a protecção da liberdade de imprensa.
28
SILVA, Vasco Pereira da – “A Cultura A Que Tenho Direito”. Direitos Fundamentais e
Cultura. 1.ª ed. Coimbra: Almedina, 2007, p. 55.
Cf. CANOTILHO – Constituição, p. 620.
29
30
Cf. SILVA – “A Cultura A Que Tenho Direito”, p. 68.
21
fundamentais31, o que os distingue das demais tarefas estaduais integrantes
do Estado de Cultura.
Tutela legal
A Lei n.º 2/99 prevê e pune ainda dois outros crimes: o crime de
desobediência qualificada (art.º 32.º – anexo 43 –) e o crime de atentado à
liberdade de imprensa (art.º 33.º – anexo 44 –).
31
Cf. SILVA – “A Cultura A Que Tenho Direito”, p. 83.
32
Cf. SILVA – “A Cultura A Que Tenho Direito”, p. 94.
33
Cf. SILVA – “A Cultura A Que Tenho Direito”, p. 94.
34
SILVA, Germano Marques da – Direito Penal Português. Introdução e Teoria da Lei Penal.
3.ª ed. Lisboa: Verbo, 2010, tomo 1, p. 134.
Cf. SILVA – Direito Penal Português, p. 134.
35
22
Também os art.os 71.º a 74.º, da Lei n.º 27/2007 de 20 de Julho, no
âmbito da televisão, dispõem em termos análogos aos da Lei de Imprensa,
prevendo os crimes cometidos por meio de televisão (art.º 71.º – anexo 45 –
), actividade ilegal de televisão (art.º 72.º – anexo 46 –), desobediência
qualificada (art.º 73.º – anexo 47 –) e atentado contra a liberdade de
programação e informação (art.º 74.º – anexo 48 –).
23
CAPÍTULO TRÊS
36
Cf. SILVA – “A Cultura A Que Tenho Direito”, p. 104.
37
ANDRADE, José Carlos Vieira de – Os Direitos Fundamentais na Constituição Portuguesa
de 1976. 4.ª ed. Coimbra: Almedina, 2009, p. 301.
38
Cf. SILVA – “A Cultura A Que Tenho Direito”, p. 105.
24
de direitos, liberdades e garantias. O problema, ainda, deve ser resolvido
segundo a ordem constitucional; aqui se deve considerar principalmente a
dignidade humana (...)39.
39
SCHWABE, Jürgen; MARTINS, Leonardo (coorden.) – Cinquenta Anos de Jurisprudência
do Tribunal Constitucional Federal Alemão. 1.ª ed. Uruguay: Konrad-Adenauer-Stiftung E. V.,
2005, p. 496.
40
Cf. ANDRADE – Os Direitos Fundamentais, p. 302.
41
Cf. ANDRADE – Os Direitos Fundamentais, p. 306 e seguintes.
25
lamentavelmente, se assinale a indisponibilidade de exemplos
particularmente férteis).
26
caso das figuras públicas, que são aquelas cuja área de privacidade está por
natureza mais restringida, mas limitada42.
42
Ac. 6700/04 de 14/06, do Supremo Tribunal de Justiça.
Ac. de 02/05/02, do Tribunal da Relação de Lisboa.
43
27
CONCLUSÃO
28
BIBLIOGRAFIA
29
SCHWABE, Jürgen; MARTINS, Leonardo (coorden.) – Cinquenta Anos de
Jurisprudência do Tribunal Constitucional Federal Alemão. 1.ª ed. Uruguay:
Konrad-Adenauer-Stiftung E. V., 2005.
30
ANEXOS
Anexo 1
Artigo 2.º
Anexo 2
Artigo 288.º
31
Anexo 3
Artigo 18.º
Força jurídica
Anexo 4
Artigo 165.º
d) Regime geral de punição das infracções disciplinares, bem como dos actos ilícitos
de mera ordenação social e do respectivo processo;
n) Bases da política agrícola, incluindo a fixação dos limites máximos e mínimos das
unidades de exploração agrícola;
32
o) Sistema monetário e padrão de pesos e medidas;
3. As autorizações legislativas não podem ser utilizadas mais de uma vez, sem
prejuízo da sua execução parcelada.
Anexo 5
Artigo 24.º
Direito à vida
Artigo 25.º
2. Ninguém pode ser submetido a tortura, nem a tratos ou penas cruéis, degradantes
ou desumanos.
33
Anexo 6
Artigo 26.º
Anexo 7
Artigo 27.º
b) Detenção ou prisão preventiva por fortes indícios de prática de crime doloso a que
corresponda pena de prisão cujo limite máximo seja superior a três anos;
34
4. Toda a pessoa privada da liberdade deve ser informada imediatamente e de forma
compreensível das razões da sua prisão ou detenção e dos seus direitos. 5. A privação da
liberdade contra o disposto na Constituição e na lei constitui o Estado no dever de
indemnizar o lesado nos termos que a lei estabelecer.
Anexo 8
Artigo 43.º
Anexo 9
Artigo 73.º
Artigo 74.º
Ensino
35
b) Criar um sistema público e desenvolver o sistema geral de educação pré-escolar;
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivação do direito ao
ensino.
Anexo 10
Artigo 58.º
Direito ao trabalho
Anexo 11
Artigo 64.º
Saúde
36
sanitária do povo e de práticas de vida saudável.
c) Orientar a sua acção para a socialização dos custos dos cuidados médicos e
medicamentosos;
Anexo 12
Artigo 63.º
4. Todo o tempo de trabalho contribui, nos termos da lei, para o cálculo das pensões
de velhice e invalidez, independentemente do sector de actividade em que tiver sido
prestado.
Anexo 13
Artigo 65.º
Habitação e urbanismo
1. Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão
37
adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a
privacidade familiar.
Anexo 14
Artigo 66.º
38
e) Promover, em colaboração com as autarquias locais, a qualidade ambiental das
povoações e da vida urbana, designadamente no plano arquitectónico e da protecção das
zonas históricas;
Anexo 15
Artigo 20.º
1. A todos é assegurado o acesso ao direito e aos tribunais para defesa dos seus
direitos e interesses legalmente protegidos, não podendo a justiça ser denegada por
insuficiência de meios económicos.
4. Todos têm direito a que uma causa em que intervenham seja objecto de decisão
em prazo razoável e mediante processo equitativo.
5. Para defesa dos direitos, liberdades e garantias pessoais, a lei assegura aos
cidadãos procedimentos judiciais caracterizados pela celeridade e prioridade, de modo a
obter tutela efectiva e em tempo útil contra ameaças ou violações desses direitos.
Anexo 16
Artigo 38.º
39
social perante o poder político e o poder económico, impondo o princípio da especialidade
das empresas titulares de órgãos de informação geral, tratando-as e apoiando-as de forma
não discriminatória e impedindo a sua concentração, designadamente através de
participações múltiplas ou cruzadas.
Anexo 17
Artigo 40.º
Anexo 18
Artigo 81.º
Anexo 19
Artigo 13.º
Princípio da igualdade
40
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
Anexo 20
Artigo 34.º
2. A entrada no domicílio dos cidadãos contra a sua vontade só pode ser ordenada
pela autoridade judicial competente, nos casos e segundo as formas previstos na lei.
3. Ninguém pode entrar durante a noite no domicílio de qualquer pessoa sem o seu
consentimento, salvo em situação de flagrante delito ou mediante autorização judicial em
casos de criminalidade especialmente violenta ou altamente organizada, incluindo o
terrorismo e o tráfico de pessoas, de armas e de estupefacientes, nos termos previstos na
lei.
Anexo 21
Artigo 32.º
3. O arguido tem direito a escolher defensor e a ser por ele assistido em todos os
actos do processo, especificando a lei os casos e as fases em que a assistência por
advogado é obrigatória.
41
integridade física ou moral da pessoa, abusiva intromissão na vida privada, no domicílio, na
correspondência ou nas telecomunicações.
9. Nenhuma causa pode ser subtraída ao tribunal cuja competência esteja fixada em
lei anterior.
Anexo 22
Artigo 35.º
Utilização da informática
1. Todos os cidadãos têm o direito de acesso aos dados informatizados que lhes
digam respeito, podendo exigir a sua rectificação e actualização, e o direito de conhecer a
finalidade a que se destinam, nos termos da lei.
Anexo 23
Artigo 70.º
Anexo 24
42
Artigo 71.º
Anexo 25
Artigo 72.º
Direito ao nome
1. Toda a pessoa tem direito a usar o seu nome, completo ou abreviado, e a opor-se
a que outrem o use ilicitamente para sua identificação ou outros fins.
Anexo 26
Artigo 73.º
Legitimidade
As acções relativas à defesa do nome podem ser exercidas não só pelo respectivo
titular, como, depois da morte dele pelas pessoas referidas no número 2 do artigo 71.º.
Anexo 27
Artigo 74.º
Pseudónimo
Anexo 28
Artigo 75.º
Cartas-missivas confidenciais
43
tenha levado ao seu conhecimento.
Anexo 29
Artigo 76.º
Anexo 30
Artigo 77.º
Anexo 31
Artigo 78.º
O destinatário de carta não confidencial só pode usar dela em termos que não
contrariem a expectativa do autor.
Anexo 32
Artigo 79.º
Direito à imagem
44
3. O retrato não pode, porém, ser reproduzido, exposto ou lançado no comércio, se
do facto resultar prejuízo para a honra, reputação ou simples decoro da pessoa retratada.
Anexo 33
Artigo 80.º
Anexo 34
Artigo 81.º
Anexo 35
Artigo 131.º
Homicídio
Artigo 132.º
Homicídio qualificado
45
e) Ser determinado por avidez, pelo prazer de matar ou de causar sofrimento, para
excitação ou para satisfação do instinto sexual ou por qualquer motivo torpe ou fútil;
f) Ser determinado por ódio racial, religioso, político ou gerado pela cor, origem
étnica ou nacional, pelo sexo ou pela orientação sexual da vítima;
g) Ter em vista preparar, facilitar, executar ou encobrir um outro crime, facilitar a fuga
ou assegurar a impunidade do agente de um crime;
h) Praticar o facto juntamente com, pelo menos, mais duas pessoas ou utilizar meio
particularmente perigoso ou que se traduza na prática de crime de perigo comum;
j) Agir com frieza de ânimo, com reflexão sobre os meios empregados ou ter
persistido na intenção de matar por mais de vinte e quatro horas;
Artigo 133.º
Homicídio privilegiado
Artigo 134.º
1 — Quem matar outra pessoa determinado por pedido sério, instante e expresso
que ela lhe tenha feito é punido com pena de prisão até 3 anos.
2 — A tentativa é punível.
Artigo 135.º
1— Quem incitar outra pessoa a suicidar-se, ou lhe prestar ajuda para esse fim, é
punido com pena de prisão até 3 anos, se o suicídio vier efectivamente a ser tentado ou a
consumar-se.
46
diminuída, o agente é punido com pena de prisão de 1 a 5 anos.
Artigo 136.º
Infanticídio
A mãe que matar o filho durante ou logo após o parto e estando ainda sob a sua
influência perturbadora, é punida com pena de prisão de 1 a 5 anos.
Artigo 137.º
1 — Quem matar outra pessoa por negligência é punido com pena de prisão até 3
anos ou com pena de multa.
Artigo 138.º
Exposição ou abandono
a) Expondo-a em lugar que a sujeite a uma situação de que ela, só por si, não possa
defender-se; ou
3 — Se do facto resultar:
Artigo 139.º
Propaganda do suicídio
Anexo 36
Artigo 143.º
47
1 — Quem ofender o corpo ou a saúde de outra pessoa é punido com pena de
prisão até 3 anos ou com pena de multa.
a) Tiver havido lesões recíprocas e se não tiver provado qualquer dos contendores
agrediu primeiro; ou
Artigo 144.º
Artigo 145.º
Artigo 146.º
a) Com pena de prisão até dois anos ou com pena de multa no caso do artigo 143.º;
b) Com pena de prisão de seis meses a quatro anos no caso do artigo 144.º
48
circunstâncias que revelem especial censurabilidade ou perversidade do agente, este é
punido com a pena aplicável ao crime respectivo agravada de um terço nos seus limites
mínimo e máximo.
Artigo 147.º
1 — Se das ofensas previstas nos artigos 143.º a 146.º resultar a morte da vítima, o
agente é punido com a pena aplicável ao crime respectivo agravada de um terço nos seus
limites mínimo e máximo.
Artigo 148.º
a) O agente for médico no exercício da sua profissão e do acto médico não resultar
doença ou incapacidade para o trabalho por mais de 8 dias; ou
Artigo 149.º
Consentimento
Artigo 150.º
49
1 — As intervenções e os tratamentos que, segundo o estado dos conhecimentos e
da experiência da medicina, se mostrarem indicados e forem levados a cabo, de acordo com
as leges artis, por um médico ou por outra pessoa legalmente autorizada, com intenção de
prevenir, diagnosticar, debelar ou minorar doença, sofrimento, lesão ou fadiga corporal, ou
perturbação mental, não se consideram ofensa à integridade física.
Artigo 151.º
Participação em rixa
1 — Quem intervier ou tomar parte em rixa de duas ou mais pessoas, donde resulte
morte ou ofensa à integridade física grave, é punido com pena de prisão até 2 anos ou com
pena de multa até 240 dias.
2 — A participação em rixa não é punível quando for determinada por motivo não
censurável, nomeadamente quando visar reagir contra um ataque, defender outrem ou
separar os contendores.
Artigo 152.º
Violência doméstica
a) Ao cônjuge ou ex-cônjuge;
a) Ofensa à integridade física grave, o agente é punido com pena de prisão de dois a
oito anos;
4 — Nos casos previstos nos números anteriores, podem ser aplicadas ao arguido
as penas acessórias de proibição de contacto com a vítima e de proibição de uso e porte de
armas, pelo período de seis meses a cinco anos, e de obrigação de frequência de programas
específicos de prevenção da violência doméstica.
50
fiscalizado por meios técnicos de controlo à distância.
6 — Quem for condenado por crime previsto neste artigo pode, atenta a concreta
gravidade do facto e a sua conexão com a função exercida pelo agente, ser inibido do
exercício do poder paternal, da tutela ou da curatela por um período de 1 a 10 anos.
Artigo 152.º-A
Maus tratos
a) Lhe infligir, de modo reiterado ou não, maus tratos físicos ou psíquicos, incluindo
castigos corporais, privações da liberdade e ofensas sexuais, ou a tratar cruelmente;
a) Ofensa à integridade física grave, o agente é punido com pena de prisão de dois a
oito anos;
Artigo 152.º-B
Anexo 37
Artigo 180.º
51
Difamação
Artigo 181.º
Injúria
Artigo 182.º
Equiparação
Artigo 183.º
Publicidade e calúnia
52
2 — Se o crime for cometido através de meio de comunicação social, o agente é
punido com pena de prisão até 2 anos ou com pena de multa não inferior a 120 dias.
Artigo 184.º
Agravação
As penas previstas nos artigos 180.º, 181.º e 183.º são elevadas de metade nos
seus limites mínimo e máximo se a vítima for uma das pessoas referidas na alínea l) do n.º 2
do artigo 132.º, no exercício das suas funções ou por causa delas, ou se o agente for
funcionário e praticar o facto com grave abuso de autoridade.
Artigo 185.º
b) No artigo 183.º.
Artigo 186.º
Dispensa de pena
2 — O tribunal pode ainda dispensar de pena se a ofensa tiver sido provocada por
uma conduta ilícita ou repreensível do ofendido.
Artigo 187.º
1 — Quem, sem ter fundamento para, em boa fé, os reputar verdadeiros, afirmar ou
propalar factos inverídicos, capazes de ofender a credibilidade, o prestígio ou a confiança
que sejam devidos a organismo ou serviço que exerçam autoridade pública, pessoa
colectiva, instituição ou corporação, é punido com pena de prisão até seis meses ou com
pena de multa até 240 dias.
53
a) No artigo 183.º; e
os
b) Nos n. 1 e 2 do artigo 186.º.
Anexo 38
Artigo 190.º
Violação de domicílio
2 — Na mesma pena incorre quem, com intenção de perturbar a vida privada, a paz
e o sossego de outra pessoa, telefonar para a sua habitação ou para o seu telemóvel.
3 — Se o crime previsto no n.º 1 for cometido de noite ou em lugar ermo, por meio
de violência ou ameaça de violência, com uso de arma ou por meio de arrombamento,
escalamento ou chave falsa, ou por três ou mais pessoas, o agente é punido com pena de
prisão até 3 anos ou com pena de multa.
Artigo 191.º
Artigo 192.º
Artigo 193.º
54
Devassa por meio de informática
2 — A tentativa é punível.
Artigo 194.º
Artigo 195.º
Violação de segredo
Artigo 196.º
Artigo 197.º
Agravação
As penas previstas nos artigos 190.º a 195.º são elevadas de um terço nos seus
limites mínimo e máximo se o facto for praticado:
55
Artigo 198.º
Queixa
Anexo 39
Artigo 37.º
2. O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou
forma de censura.
Anexo 40
Artigo 42.º
Anexo 41
Artigo 78.º
1. Todos têm direito à fruição e criação cultural, bem como o dever de preservar,
defender e valorizar o património cultural.
56
b) Apoiar as iniciativas que estimulem a criação individual e colectiva, nas suas
múltiplas formas e expressões, e uma maior circulação das obras e dos bens culturais de
qualidade;
Anexo 42
Artigo 30.º
Anexo 43
Artigo 32.º
Desobediência qualificada
Anexo 44
Artigo 33.º
57
b) Apreender quaisquer publicações;
Anexo 45
Artigo 71.º
Anexo 46
Artigo 72.º
1 - Quem exercer a actividade de televisão sem para tal estar legalmente habilitado é
punido com prisão até 3 anos ou com multa até 320 dias.
58
Anexo 47
Artigo 73.º
Desobediência qualificada
Anexo 48
Artigo 74.º
59