You are on page 1of 5

A vid

a e ob
ra de
Raou
l Foll
ereau
Foi indiscutivelmente o pai dos leprosos. O andarilho de todas as
leprosarias do mundo. Arauto e precursor do Dia Mundial dos
Leprosos e paradigma da caridade. Chamava-se Raoul Follereau.
Cidadão francês, nascido em 17 de Agosto de 1903, em Nevers.
Ao serviço daqueles que ele chama "as mais dolorosas minorias
oprimidas do mundo", Raoul Follereau deu 32 vezes a volta ao
mundo, visitando 95 países. Foi sem dúvida o homem que, em
todo o mundo, mais se aproximou, tocou, abraçou e amou, o
maior número de leprosos ainda tristemente apelidados de
leviatãs, ou dejectos da sociedade.
Em 1952, Raoul Follereau dirigiu uma petição às Nações Unidas, pedindo a
elaboração de um estatuto internacional de leprosos e a substituição das
gafarias-prisões, que ainda existem em número vergonhoso, por centros de
cura e sanatórios para leprosos.

Em Maio de 1954, a Assembleia Nacional francesa, por voto unânime, aprovou


esta petição e pediu que fosse escrita na ordem do dia da ONU. Este documento
serviu de base à maior parte das leis, prescrições e regulamentos que, desde
então, no mundo libertaram juridicamente os antigos leprosos.
Foi em 1954 que Raoul Follereau fundou o Dia Mundial dos Leprosos. Sua finalidade:
obter que os doentes da lepra sejam tratados, respeitando a sua dignidade e a sua
liberdade de homens. Assim, após uma vida penuriosa e tristemente multissecular, os
leprosos foram dignificados através do estoicismo de Raoul Follereau. Celebrado hoje
em quase todos os países do mundo, o Dia Mundial dos Leprosos tornou-se,
conforme o desejo do seu fundador, "um imenso encontro de amor", levando aos seus
doentes, mais do que um considerável socorro material, a alegria e o orgulho de serem
tratados como homens. Este ano o Dia Mundial dos Leprosos é celebrado no dia 29 de
Janeiro.
No dia que fez 60 anos, Raoul Follereau não quis velas no bolo de aniversário. Pediu
60 ambulâncias para os leprosos. Recebeu 104. Após cinquenta anos de luta e de ter
curado dois milhões de leprosos, o Vagabundo da Caridade morreu no dia 16 de
Dezembro de 1977, em Paris. Nos últimos tempos, abanava a cabeça e, com um sorriso
cansado, dizia: "Ainda existem 15 milhões de leprosos. Só me resta um desejo: que os
jovens ocupassem o meu lugar. Gandhi, Luther King, Maximiliano Kolbe: eis os
vossos heróis. Não sois de tal dimensão? Quem vos disse? Para conhecermos a nossa
medida é preciso, antes de mais, ultrapassar-nos. Não vos deixei embrutecer nem
aviltar. Repudiai esta "anticivilização" que obriga o homem a engordar, amontoar, a
renunciar. Acreditai no impossível. Libertai a esperança. Fazei florescer a felicidade.
Repudiai as felicidades que não servem para nada. Perante esta civilização de escórias.
Incapaz até de se livrar dos seus próprios resíduos, conservai a graça de vos
maravilhardes".
Raoul Follerreau amigo dos leprosos
Trabalho elaborado por:: Maria
Batos 6ºe nº17

You might also like