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Reforma e modernização do Estado

Estado tem três elementos constitutivos: povo, base territorial e soberania.

Administração Pública é um aparelho do estado e não o próprio estado.

Histórico da administração.

1903 – surge a administração científica cujo principal ator é Taylor


(engenheiro mecânico).

1916 – surge na França a teoria Clássica de Fayol.

Esses engenheiros viam o homem como máquinas.

Essas duas abordagens formam a abordagem mecanicista. Tratam homens


e organizações como máquinas, daí surgir o paradigma da administração
como máquina.

Administração pública burocrática, surge para coibir as mazelas e


nepotismos da administração patriarcal. Na adm burocrática o Estado olha
para o servidor com desconfiança por isso não dá liberdade de decisões ao
seus colaboradores que são engessados.

A reforma do aparelho do Estado é conseqüência de um processo


evolucional de nossa sociedade.

A sociedade civil organizada muitas vezes surge em função de omissões do


governo, mas por outro lado a sociedade civil já estruturada exerce um
controle para que o governo melhore sua administração.

Linha do Tempo:

Antes - Administração pública patrimonialista – não existia concursos


públicos; não havia a questão meritória, mas sim o apadrinhamento.

1938 – No meado da década de trinta surge com muita força a democracia


e o capitalismo que não tinha espaço para crescer num estado
patrimonialista que por essa razão foi enfraquecida. Com o pacto entre a
burguesia emergente e ... surge o Estado Novo. Presidente Getúlio Vargas.

DASP – Reforma burocrática – surgimento do Estado novo. Dasp significa


departamento administrativo do serviço público. A proposta do Dasp foi
modernizar a administração pública por conseqüência o Estado através de
uma administração burocrática. A administração privada constantemente
inspira a administração pública a evoluir suas técnicas administrativas.

Três nomes são inspiradores do DASP – Taylor, Fayol e Max Weber. Este
último é um sociólogo alemão que viveu toda sua vida estudando as
organizações (os outros dois só estudaram uma organização, que foram as
industrias) e depois de seu estudo, Max concebeu uma organização que foi
a ORGANIZAÇÃO RACIONAL LEGAL que é baseada na BUROCRACIA.
A burocracia é igual a gordura, seu excesso é ruim, e seu sua falta pode ser
mortal. O conceito de burocracia está associado à idéia de má
administração, quando na verdade o excesso de burocracia que é
prejudicial.

Divisão do Trabalho – se for excessivamente dividido haverá muitas pessoas


trabalhando; por outro lado se houver pouca divisão haverá ineficiência.

Comunicações Escritas – Por exemplo, pedido escrito para ir ao banheiro.

Hierarquia – Excesso de hierarquia (os subalternos chegam a bater


continência); os servidores não tem respeito aos colegas e nem há limites.

Normas/Regras – Regras até para fazer cafezinho.

A escassez e o excesso são as disfunções da burocracia.

Para Max Weber o ideal era o meio termo. O meio termo é o que devemos
chamar de eficiência burocrática. Daí a comparação de burocracia com
gordura. Nem falta e nem excesso.

A Reforma DASPIANA logrou êxito, embora não tenha conseguido conduzi o


ideal de Max Weber.

1967 – Ditadura – Governo Castelo Branco – Decetro lei no. 200/67. Esse
decreto foi a reforma da administração pública. Promoveu a
descentralização da administração pública. Temos então a administração
pública direta e a administração pública indireta. Promover a
descentralização é ir ao encontro da flexibilização. Embora tenha ocorrido
num governo militar, foi um grande passo para modernização da
administração pública.

O Dasp foi um fator que ajudou à implantação da ditadura.

O decreto-lei 200/67 foi considerado o marco da administração


pública gerencial no Brasil, uma vez que ele promoveu a
descentralização e a flexibilização da administração pública
brasileira.

Esse decreto apesar de modernizar reforça uma característica da burocracia


que é a meritocracia (o mérito na administração pública).

1979 – Presidente Figueiredo. Esse presidente tinha um braço direito muito


forte que era o ministro Hélio Beltrão que desenvolveu o PND, Programa
nacional de Desburocratização.

Objetivos:
1 - Redução do formalismo
2 – Dar início a processos de privatizações (a idéia surge aqui e
não do governo neoliberal de FHC).
Crise Estatal

1 - Crise fiscal
2 - Falência do modelo Burocrático
3 - Esgotamento da Estratégia Estatizante.

1985 – Diretas já. Pelo voto indireto foi eleito Tancredo Neves. Não chegou
assumir o poder. José Sarney assumiu em seu lugar. Processo de
redemocratização do país. Surge a Nova República. Quem financiou todo o
processo de redemocratização foram grupos que tinham interesse na volta
a democracia. Se analisarmos esses grupo chegaremos a administração
patrimonialista da oligarquia agrária que se transformou em elite capitalista
e nunca largou o osso. Para agradecer aos patrocinadores o Estado
promoveu o LOTEAMENTO DOS CARGOS PÚBLICOS. No passado o Estado
assumiu a posição de empreendedor, mas não tinha competência para isso.
Alguma coisa deveria ser feita. Veio então a CF de 88 que vai de encontro a
essas práticas patrimonialistas. O patrimonialismos começa a ser combatido
pela DASP; porém 50 anos depois com a Nova República o patrimonialismo
veio com toda força.

1988 – A solução seria a uma nova constituição, porém, a Constituição de


88 enrijeceu a administração pública. Por exemplo, levou as regras de
regime jurídico único para a administração indireta. Esse enrijecimento
levou ao agravamento da crise estatal. Chegamos no auge da crise do
estado. Inflação galopante. Administração inflexível. Em 1988 o poder
executivo tinha 700 mil servidores que levavam em folha de pagamento
2,89% do PIB. Em 1995, no governo FHC, havia 500 mil servidores. Nesse
período ocorre um déficit muito grande de servidores públicos, pois a
população continua aumentando. No entanto, mesmo com menos
servidores o gasto com servidores passou para 3,17%. A situação estava
indo de encontro à crise fiscal. Para solucionar a situação do funcionalismo
houve terceirização.

1995 - Proposta de FHC a partir de 1995 para tirar o estado da crise foi o
PDRAE – plano diretor de reforma do aparelho do estado. Quem conduziu
esse plano foi o ministro Bresser Pereira que era ministro do MARE –
ministério da administração federal e reforma do estado. Tentativa de
transformar a administração pública burocrática em administração pública
gerencial.

1998 – a reforma gerencial do estado esbarrava não falta de permissivo


legal, daí veio a EC 20/98, que trouxe o princípio da eficiência.

2000 - surge a LRF (lei de responsabilidade fiscal), lei complementar


101/00.

Evolução do Estado

1) Estado Oligárquico e Patrimonial – enfraquecido pelo capitalismo e


democracia.
2) Estado Autoritário e Burocrático – DASP tinha muito poder por
conseqüência se torna autoritário e burocrático

3) Estado de Bem Estar Social – Estado providência (Well far state); ex:
férias, previdência social, FGTS, 13 salário, etc. A política do bem estar
social tem forte aceitação pública, demandam muitos recursos, mas na
época de sua implantação não houve responsabilidade fiscal (LRF é de
2000). O estado de bem estar social não veio substituindo o estado
Autoritário e Burocrático e sim para complementá-lo.

Nos 15 primeiro anos, o período militar logrou muito êxito no


desenvolvimento econômico. Por volta de 1970, mais precisamente em
1973, aconteceu no mundo uma grande crise, a crise do petróleo. O Brasil e
o mundo tinham poucas fontes de petróleo. O preço do petróleo subiu
muito. Muita gente ficou bilionária por conta da crise do petróleo. São os
chamados petrodólares que decorreram da crise do petróleo. A crise do
Petróleo financiou o FMI que ganhou uma grande injeção de petrodólares. O
Brasil, país endividado recorre ao FMI para financiar sua proposta
desenvolvimentista. Os juros não eram altos e os prazos eram longos, mas
os recursos são mal administrados. O Brasil chegou a decretar a moratória
e deixa de pagar ao FMI no auge da crise fiscal. O FMI se reuniu em
washington com os representantes de países interessados (O CONSENSO
DE WASHINGTON) e determinou medidas a serem tomadas pelos estados
que precisavam do FMI. O FMI tinha uma proposta neoliberal por trás
dessas exigências para pode os países fazerem caixa com a venda das
empresas estatais e deixarem de gastar com as estatais. Hoje o Brasil é
credora do FMI. Porque um país deposita no FMI? Porque as economias
funcionam sistemicamente, de modo que um acontecimento em um outro
país pode influenciar muito na economia mundial. Hoje o Estado Brasileiro é
muito menor do que era naquela época. Apesar de menor é um estado mais
forte. O estado não é mais o estado empresário e sim o estado
empreendedor.

4) Estado Nacional Desenvolvimentista -

5) Estado Gerencial Burocrático

Para Aristóteles quando um estado democrático se degenera vira anarquia;


a monarquia vira tirania e a burocracia se transforma em ...

NPM ou NGP ou NAP


New Public Managemet ou Nova Gestao Pública ou nova Administração
Pública

Três Vertentes ideológicas

1) Gerencialismo
2) Consumerismo
3) Public Service Orientation (PSO)
Ministro Bresse Pereira está para a administração gerencial assim como o
papa está para a igreja católica.
Princípio da Reinvenção do Governo:

1) Governo de resultados
2) Governo orientado por missões
3) Governo descentralizado (transfere para as OS, OSIP, delega poderes
etc)
4) Governo participativo (o lema é o governo pertence a sociedade, logo a
sociedade participa da formação de políticas públicas; ex. orçamento
participativo)
5) Governo empreendedor
6) Governo orientado para mercado

OBS: O GOVERNO ORIENTA-SE PARA O MERCADO ATRAVÉS DAS


SEGUINTES MODALIDADES:

1) Produção (estímulo, fomento à produção)


2) Demanda (se há estimulo a produção e não ao consumo, há uma
recessão – queda de ações, economia estagnada, foi o que aconteceu em
1929 em NY na crise da bolsa; ex de estímulo do consumo – créditos
consignados aos idosos).
3) Acessibilidade
4) Regras
5) Informações
6) Policiamento.

A ênfase não está mais no processo e sim nos resultados. Isso não quer
dizer que o processo é deixado de lado. Ênfase!!!

Nova administração Pública

Iram é um Cidadão
Contribuinte
Cliente.

Técnicas de Gestão

Qualidade
Responsabilização
Eficiência

Ideologias

Gerencialismo
Consumerismo
PSO

Relação:
Cliente/consumerismo/qualidade
Contribuinte/gerencialismo/eficiência
Cidadão/PSO/responsabilização

O paradigma do cliente na administração pública não é a mesma coisa que


clientelismo. Clientelismo é uma prática gerencial, burocrática ou
patrimonialista? Patrimonialista.

MEGP

Modelo de excelência em gestão pública é conseqüência de um programa


que é o GESPÚBLICA que é um programa de qualidade e desburocratização
no serviço público. Existia um programa chamado QPSP (programa de
qualidade do serviço público) que em 2005 se une ao programa de
desburocratização – MPOG (ministério de programação organização e
gestão) coordena o GESPUPLICA pela SEGES ().
No entanto esse programa é federativo e não apenas federal. Ele é nacional
e de todos os poderes, não é exclusivo do governo federal.
Há alguns anos surgiu em brasília o COSEAD.

O MEGP tem dois aspectos:

Aspectos constitucionais e Aspectos de Gestão.

Aspectos constitucionais são: LIMPE

Aspectos de gestão: trabalho em equipe; transparência; treinamento e


desenvolvimento; competências; gestão estratégica, etc.

O que o órgão público deve fazer para se ingerir no programa do


GESPÚBLICO?

O órgão ou entidade da adm indireta deve utilizar uma ferramenta muito


importante chamada IAGP (instrumento de avaliação em gestão pública).
Quem avalia o ator é o próprio. Ocorre uma auto-avaliação. Há três grupos
de IAGP, de 250 pontos, de 500 pontos e de 1000 pontos. Recomenda-se a
adoção dos menores para os maiores progressivamente ao sujeitos que
estão iniciando no GESPUBLICA. O sujeito se autoavalia, mas é preciso
homologação pela equipe do GESPUBLICA.

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