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REFERENCIAL DE FORMAÇÃO Saída Profissional: Técnico/a Especialista em Condução de Obray Nível 4 1/26
Índice
1. Introdução 3
2. Perfil de Saída 4
4. Metodologias de Formação 6
5. Desenvolvimento da Formação 7
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1. INTRODUÇÃO
A actividade económica, genericamente designada de construção civil e obras públicas, engloba tanto a
construção de obra nova, como a sua demolição, reabilitação e conservação. Este é um sector essencial
da economia portuguesa, contribuindo para uma significativa fatia do PIB nacional e para o emprego
directo de trabalhadores. Assume, de igual modo, uma importância acrescida associada ao seu efeito
multiplicador em sectores a montante (promoção imobiliária, materiais de construção, construção de
equipamento) e a jusante (mobiliário, decoração, electrodomésticos e mediação imobiliária).
A indústria da construção caracteriza-se por um número reduzido de médias e grandes empresas e um
elevado número de pequenas e microempresas, muitas com um carácter quase artesanal, que
asseguram, principalmente, as obras no mercado regional e local.
O sector apresenta ainda baixos níveis de escolaridade da maioria dos seus trabalhadores, tendência
mais acentuada nas pequenas e microempresas. Esta área tem apresentado pouca atractividade para os
trabalhadores de faixas etárias mais baixas, todavia, tem funcionado como uma via de acesso privilegiado
à entrada no mercado de trabalho de jovens com insucesso e/ou abandono escolar precoce.
A baixa atractividade do sector junto de jovens tem criado algumas dificuldades em responder a
necessidades do mercado de trabalho sobretudo em qualificações de nível 2. Por outro lado, é também
escassa a procura de formação profissional por parte das empresas para os seus trabalhadores,
justificada, sobretudo, pelo elevado volume de trabalho.
Assim, e de um modo geral, constatam-se dificuldades em encontrar no mercado profissionais
qualificados, quer ao nível da execução, quer para as funções técnicas e chefias intermédias, quer, ainda,
para empregos em emergência (controlo de qualidade, segurança, preparadores/as de obra), o que
confere a este sector um positivo potencial de emprego.
A formação profissional assume, assim, um papel essencial de motor do sector, designadamente
elevando o seu nível de qualificação e dotando-o das competências necessárias às tendências de
evolução desta indústria, alterando o actual quadro de sector fortemente gerador de emprego não
qualificado e precário.
Neste contexto, revela-se fundamental uma oferta de formação profissional específica que permita, em
primeiro lugar, elevar os níveis de qualificação, reforçando um sector em evolução. É necessário,
igualmente, garantir o desenvolvimento de saberes-fazer tecnológicos, determinados pelo grau de
sofisticação tecnológica dos equipamentos e pela utilização crescente das TIC. Destacam-se, ainda, as
competências associadas a regulação e vigilância de equipamento e à adopção de comportamentos
adequados em matéria de ambiente, higiene e segurança no trabalho.
(Fonte: INOFOR (2000) Construção Civil e Obras Públicas em Portugal. Lisboa: Instituto para a Inovação na Formação.)
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2. PERFIL DE SAÍDA
Descrição Geral
Actividades Principais
• Coordenar e supervisionar o trabalho da(s) equipa(s) da produção afecta(s) à(s) sua(s) área(s)
de intervenção, com o fim de assegurar o cumprimento do plano de produção.
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3. ORGANIZAÇÃO DO REFERENCIAL DE FORMAÇÃO
1
Código UFCD Horas
Formação Geral
5210 1 Estática 50
5213 4 Fundações 50
450
Formação Prática em Contexto de Trabalho (Estágio)
1 Os códigos assinalados a laranja correspondem a UFCD comuns a dois ou mais referenciais, ou seja, transferíveis entre saídas
profissionais.
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4. METODOLOGIAS DE FORMAÇÃO
A organização da formação com base num modelo flexível visa facilitar o acesso dos indivíduos a
diferentes percursos de aprendizagem, bem como a mobilidade entre níveis de qualificação. Esta
organização favorece o reingresso, em diferentes momentos, no ciclo de aprendizagem e a assunção por
parte de cada cidadão de um papel mais activo e de relevo na edificação do seu percurso formativo,
tornando-o mais compatível com as necessidades que em cada momento são exigidas por um mercado
de trabalho em permanente mutação e, por esta via, mais favorável à elevação dos níveis de eficiência e
de equidade dos sistemas de educação e formação.
A flexibilização beneficia, assim, a construção de percursos formativos de composição e duração
variáveis conducentes à obtenção de qualificações completas ou de construção progressiva,
reconhecidas e certificadas.
A nova responsabilidade que se exige a cada indivíduo na construção e gestão do seu próprio percurso
impõe, também, novas atitudes e competências para que este exercício se faça de forma mais
sustentada e autónoma.
As práticas formativas devem, neste contexto, conduzir ao desenvolvimento de competências
profissionais, mas também pessoais e sociais, designadamente, através de métodos participativos que
posicionem os formandos no centro do processo de ensino-aprendizagem e fomentem a motivação para
continuar a aprender ao longo da vida.
Devem, neste âmbito, ser privilegiados os métodos activos, que reforcem o envolvimento dos formandos,
a auto-reflexão sobre o seu processo de aprendizagem, a partir da partilha de pontos de vista e de
experiências no grupo, e a co-responsabilização na avaliação do processo de aprendizagem. A
dinamização de actividades didácticas baseadas em demonstrações directas ou indirectas, tarefas de
pesquisa, exploração e tratamento de informação, resolução de problemas concretos e dinâmica de
grupos afiguram-se, neste quadro, especialmente, aconselháveis.
A selecção dos métodos, técnicas e recursos técnico-pedagógicos deve ser efectuada tendo em vista os
objectivos de formação e as características do grupo em formação e de cada formando em particular.
Devem, por isso, diversificar-se os métodos e técnicas pedagógicos, assim como os contextos de
formação, com vista a uma maior adaptação a diferentes ritmos e estilos de aprendizagem individuais,
bem como a uma melhor preparação para a complexidade dos contextos reais de trabalho. Esta
diversificação de meios constitui um importante factor de sucesso nas aprendizagens.
Revela-se, ainda, de crucial importância o reforço da articulação entre as diferentes componentes de
formação, designadamente, através do tratamento das diversas matérias de forma interdisciplinar e da
realização de trabalhos de projecto com carácter integrador, em particular nas formações de maior
duração, que contribuam para o desenvolvimento e a consolidação de competências que habilitem o
futuro profissional a agir consciente e eficazmente em situações concretas e com graus de complexidade
diferenciados. Esta articulação exige que o trabalho da equipa formativa se faça de forma concertada,
garantindo que as aprendizagens se processam de forma integrada.
É também este contexto de trabalho em equipa que favorece a identificação de dificuldades de
aprendizagem e das causas que as determinam e que permite que, em tempo, se adoptem estratégias de
recuperação adequadas, que potenciem as condições para a obtenção de resultados positivos por parte
dos formandos que apresentam estas dificuldades.
A equipa formativa assume, assim, um papel fundamentalmente orientador e facilitador das
aprendizagens, através de abordagens menos directivas, traduzido numa intervenção pedagógica
diferenciada no apoio e no acompanhamento da progressão de cada formando e do grupo em que se
integra.
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5. DESENVOLVIMENTO DA FORMAÇÃO
Carga horária
5208 Sociedade, economia e direito
50 horas
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Carga horária
5209 Ambiente e património
50 horas
Ambiente e desenvolvimento
Ordenamento do território
Princípios
Objectivos
Programa nacional de ordenamento do território
Ordenamento do território e urbanismo
Património Edificado
A valorização dos bens culturais imóveis e a planificação urbanística
Planeamento urbanístico
Planos de salvaguarda de património cultural
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Ambiente, segurança, higiene e saúde no trabalho – construção Carga horária
3909
civil 50 horas
y Interpretar os principais diplomas legais sobre segurança, higiene e saúde no trabalho, bem
como normas de legislação complementar e específica.
y Identificar as causas de acidentes de trabalho, suas consequências e custos associados.
y Identificar os riscos inerentes à execução de obras em estaleiro, assim como as respectivas
Objectivo(s) medidas para a sua eliminação ou redução.
y Reconhecer a importância do Manual de Segurança do Estaleiro e do Plano de Sinalização.
y Caracterizar o Plano de Segurança e Saúde (PPS) e os processos da sua implementação.
y Identificar os principais tipos de protecção individual e de protecção colectiva e respectivos
equipamentos.
Conteúdos
Acidentes de trabalho
Regime jurídico dos acidentes de trabalho
Causas de acidentes
Análises de acidentes de trabalho
Estatísticas de acidentes de trabalho
Formação
Protecção do trabalhador
Protecção individual
Protecção colectiva
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5.2. Formação Tecnológica – Unidades de Formação de Curta Duração (UFCD)
Carga horária
5210 Estática
50 horas
Introdução
Conceitos e princípios fundamentais da mecânica
Sistemas de unidades
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Carga horária
5211 Estruturas isostáticas
50 horas
Estruturas isostáticas
Tipos de apoio
Tipos de vigas isostáticas
Flexão
Diagramas de ssforços tranversos
Diagramas de momentos flectores
Vigas e estruturas hiperestáticas
Sistemas triangulares
Definição
Métodos de cálculo de esforços nas barras
Dimensionamento de barras
Carga horária
5212 Dimensionamento de estruturas
25 horas
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Carga horária
5213 Fundações
50 horas
Carga horária
5214 Noções de hidráulica
25 horas
Hidrostática
Lei fundamental da Hidrostática
Vasos comunicantes
Princípio de Pascal
Impulsão hidrostática sobre corpos imersos e flutuantes
Hidrodinâmica
Tipos de escoamentos
- Permanentes sob pressão
- Com superfície livre
Caudal e equação de continuidade
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Carga horária
5215 Redes de abastecimento de água
50 horas
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Carga horária
5216 Redes de drenagem de águas domésticas e pluviais
50 horas
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Carga horária
5217 Infra-estruturas de gás, eléctricas e de telecomunicações
25 horas
Infraestruturas de gás
Concepção dos sistemas
Sistemas de distribuição predial
Materiais e processos construtivos
Carga horária
5218 Infra-estruturas urbanas – vias de comunicação
50 horas
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Carga horária
5219 Reabilitação urbana
50 horas
Soluções de intervenção
Reparação de anomalias estruturais
Técnicas de reparação e reconstrução em terrenos e fundações
Reparação de anomalias não estruturais, revestimentos e acabamentos
Implicações económicas dos trabalhos de reabilitação
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Carga horária
5220 Projecto de construção - bases
50 horas
Carga horária
5221 Projecto de construção – caracterização técnica
50 horas
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Carga horária
5222 Técnicas de construção – toscos e acabamentos
50 horas
Carga horária
5223 Técnicas de construção – instalações especiais
25 horas
Sistemas de ventilação
Elevadores
Sistema de prevenção e extinção de incêndios
Domótica
Sistemas centralizados de segurança
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Carga horária
5224 Técnicas especiais de construção
25 horas
Reforço de estruturas
Princípios
Patologias
Técnicas de reforço
Carga horária
3907 Planeamento de obra
50 horas
Técnicas de planeamento
Noções gerais de planeamento
Diagrama de barras e histograma de cargas
Método CPM de planeamento de prazos
Método de PERT
Planeamento de construção
Rendimentos de mão-de-obra, materiais e equipamentos
Cálculo de tempos
Cálculo de recursos
Formação de redes
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Carga horária
5225 Fiscalização e controlo de qualidade
50 horas
Controlo de qualidade
A qualidade dos materiais e do processo construtivo
Sistemas de gestão da qualidade
Certificação de empresas de construção civil
Normas (NP EN ISSO 9001)
Técnicas de controlo de qualidade
Controlo de recepção de materiais
Controlo de qualidade de execução
Carga horária
5226 Gestão técnica de obras – empreitadas
25 horas
Obras particulares
Obras públicas
Adjudicações
Execução de empreitadas
Recepção de obra
Regime jurídico das empreitadas
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Carga horária
5227 Gestão técnica de obras – estaleiros
25 horas
Estudo do Estaleiro
Equipamentos
Organização e implementação do Estaleiro
Carga horária
5228 Gestão técnica de obras – análise de custos e auditoria
50 horas
Análise técnico-económica
Projectos
Obras
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Carga horária
5229 Gestão técnica de obras – controlo técnico de execução
25 horas
Metodologia da construção
Responsabilidade técnica da obra
Responsabilização e repartição de tarefas
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6. SUGESTÃO DE RECURSOS DIDÁCTICOS
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Informática
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Informática
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y Regime Jurídico do Enquadramento da Segurança e Saúde no Trabalho – Decreto-lei n.º 441/91, de 14
de Novembro / Decreto-lei n.º 133/99, de 21 de Abril
y Regime Jurídico dos Acidentes de Trabalho e das Doenças Profissionais – Lei n.º 100/97, de 13 de
Setembro
y Regulamentação do Código do Trabalho – Lei n.º 35/2004, de 29 de Julho
y Regulamento das Características do Comportamento Térmico dos Edifícios – Decreto-Lei n.º
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y Regulamento de Betões e Ligantes Hidráulicos – Decreto-Lei n.º 404/71, de 23 de Setembro.
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y Regulamento de Estruturas de Aço para Edifícios – Decreto-Lei n.º 211/86, de 30 de Junho.
y Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado – Decreto-Lei n.º 394-C/83, de
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y Regulamento de Segurança Contra Incêndios – Decreto-Lei n.º 61/90, de 15 de Fevereiro;
Decreto-Lei n.º 64/90, de 21 de Fevereiro
y Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes. Decreto-Lei n.º
235/83, de 31 de Maio e Decreto-Lei nº 357/85 de 2 de Setembro
y Regulamento de Segurança no Trabalho de Construção Civil – Decreto-lei n.º 41 821/58, de 11 de Agosto
y Regulamento dos Concursos para Empreitadas e Fornecimentos de Obras Públicas. Portaria
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y Regulamento Geral das Edificações Urbanas – Decreto-Lei n.º 38 382, de 7 de Agosto de
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y Regulamento Geral do Ruído – Decreto-lei nº 292/2000, de 14 de Novembro
y Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Águas e Drenagem
de Águas Residuais – Decreto-Lei n.º 207/94, de 6 de Agosto; Decreto Regulamentar n.º
23/90, de 23 de Agosto
y Regulamento Técnico relativo ao Projecto, Construção, Exploração e Manutenção das
Instalações de Gás Combustível canalizado em Edifícios – Portaria n.º 361/98.
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REFERENCIAL DE FORMAÇÃO Saída Profissional: Técnico/a Especialista em Condução de Obray Nível 4 26/26