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FONTES DE INFORMAÇÃO

• O que é a Bibliografia?
Toda a informação editada que existe sobre um assunto, qualquer que seja o suporte em que
ela esteja.
Essencialmente técnica, a nível nacional e internacional, sendo a colaboração fundamental .
É o 1º passo para um trabalho de investigação.

• O que são as bibliografias?


As bibliografias são documentos secundários que resultam de documentos primários como os
livros, filmes, etc.

Bibliografia é um termo que deriva do grego biblion (livro) e


graphein (escrever);
Sinónimo de Bibliografia é a palavra inventário do património
cultural, impresso ou não;
O termo Bibliografia é muito posterior ao aparecimento do
objecto que designa.

• O que a Bibliografia não é: a definição pela negativa


• Uma simples lista de autores e títulos publicada por um livreiro ou um editor com
fins publicitários

• O catálogo de uma Biblioteca, por muito completos e bem classificados que


estejam os seus registos

• A Bibliografia não se limita nem à localização do material nem à descrição de um


exemplar concreto existente numa Biblioteca; o Catálogo refere-se ao conteúdo
de uma Biblioteca ou um conjunto de Bibliotecas descrevendo somente os
exemplares de livros que se podem ali encontrar.
• O que a Bibliografia é
• A Bibliografia está relacionada com a total e vastíssima produção da mente
humana sobre o papel, onde quer que se encontre

• O seu objectivo não é guiar o investigador até ao conteúdo de uma colecção, mas
ajudá-lo a encontrar o seu caminho no imenso mar de literatura em contínua
produção

• Trata-se de responder à questão:

• Que se escreveu que me possa ajudar neste tema?


• Que edição ou variante deste livro é esta que tenho que difere de outro?, etc.
• A Bibliografia ocupa um sector da Bibliologia (ciência do livro) e tem por objecto
a busca, enumeração, descrição e classificação dos documentos impressos com a
finalidade de constituir repertórios destinados a facilitar o trabalho intelectual
(o trabalho de investigação)

• O objecto da Bibliografia
• Pesquisar, identificar, descrever, classificar documentos impressos (objecto
preciso).

• Estas 4 operações são a base do trabalho bibliográfico cujo resultado é o


repertório ou a bibliografia.

• Implicam o conhecimento de:

• 1. métodos de pesquisa (pesquisar, identificar),

• 2. regras de catalogação (descrever) e

• 3. regras de classificação e ordenação (classificar).

• Ajudar o investigador a descobrir a existência ou determinar a identidade dos


livros ou de outro material documental que possa ser de interesse

As Bibliografias têm de preencher uma necessidade, o tema


tem de ser escolhido com cuidado e a ordenação tem de ser
aquela que seja mais útil para o utilizador.
• Aplicação

• Serviço de Catalogação

• É importante que qualquer serviço de catalogação tenha como fonte de


informação Bibliografias porque são imprescindíveis numa procura de
elementos identifica

• Serviço de Aquisições

• A Bibliografia corrente é uma base importante na escolha dos livros a


encomendar

• Utilizam-se os repertórios simples dos livreiros.

• Serviço de Empréstimo Domiciliário

• Apoio da Bibliografia para corrigir os pedidos de empréstimo, sobretudo


se se organizar à distância entre bibliotecas

• Serviço de Informação e de Referência

• É o serviço de contacto com o público (Reference Services)

• É fundamental a presença de Bibliografia para o auxílio de utilizadores. É


um sector básico.
• Por terem esta importância de auxiliar uma pesquisa fala-se, muitas vezes,
do valor da Bibliografia enquanto disciplina a que se procura dar um
carácter científico sendo uma técnica de elaboração de repertórios e
técnica de auxiliar importante na pesquisa

• Com a existência das Bases de Dados podemos saber, através do trabalho


da Bibliografia, tudo o que é publicado no mundo.

• Função da Bibliografia

• Auxiliar uma pesquisa

• Para cumprir a função de auxiliar uma pesquisa exige determinados critérios,


ordem. É preciso rigor para cumprir a função para a qual se propõe e isto
pressupõe regras.

• A Bibliografia exige Normalização

• História da bibliografia
• As primeiras compilações remontam ao séc. II: são sobre as primeiras
publicações.

• A partir do séc. XVII é que surge o termo com um sentido próprio. Até aí as
palavras usadas para repertório bibliográfico eram biblioteca, catálogo,
inventário, index.

• Até ao fim do séc. XVIII a Bibliografia não é considerada uma disciplina


independente: é quase exclusivamente constituída por obras de eruditas

• Evolução do conceito
• Definição em França, 1762:

• Bibliógrafo é aquele que decifra os artigos manuscritos e que é versado no


conhecimento de todos os livros, tanto impressos como manuscritos.

• Durante a Revolução Francesa:

• Após o saque efectuado às bibliotecas particulares a recolha e a colocação


dos livros em locais próprios deu origem às Bibliotecas Municipais.
• Durante o Séc. XIX:

• A bibliografia é o estudo dos reportórios nos quais os livros são descritos


e classificados e aos quais devemos constantemente recorrer, seja para
identificar os livros seja para saber o que foi publicado sobre um assunto.

IDENTIFICAR

BIBLIOGRAFIA

INFORMAR

Ocupa-se tanto

da técnica de elaboração de repertórios

como do repertório em si (documento físico)

como da técnica da sua utilização

• Períodos da História da Bibliografia

• Século XVI :

• Os primeiros bibliógrafos seguem os métodos convencionais


característicos da época dos manuscritos:

• Interessa-lhes fazer conhecer os textos e os seus autores

• Conrad Gesner em 1545 - Bibliotheca Universalis - Bibliografia


Internacional

• É o primeiro investigador que reúne tudo: 3000 autores de textos


impressos e manuscritos

• Século XVII :

• Surgem quer as Bibliografias gerais correntes (são as Bibliografias


periódicas)

• E também as Bibliografias nacionais

• 1810-1812 :
• Surgem as primeiras preocupações com as Bibliografias correntes

• Aparecem na Europa 75 Bibliografias deste tipo

• A primeira digna de importância é a de Brunet: “Manuel du libraire et de


l’amateur du libre”

• E também as Bibliografias gerais nacionais

• 1812-1910 :

• 23 países começam a organizar as suas Bibliografias nacionais, o que


significa que o volume de produção bibliográfica se torna cada vez maior

• A partir de 1910 :

• Pessoas como Brunet dão origem a uma nova época

• Há um trabalho de equipa, de organismos nacionais e internacionais

• Há o apogeu de Bibliografias discriminadas, o que significa que existem


necessidades dos utilizadores ao procurarem Bibliografias especializadas
e selectivas

• Surge a necessidade de se criarem centros nacionais bibliográficos que


tratem as Bibliografias e organizem toda a produção nacional.

• Exige-se também que, em cada país, existam centros de documentação que


tenham um controlo das publicações periódicas estrangeiras, que possam
localizá-las e facilitar o acesso à informação.

• Organizações nacionais e internacionais


• Necessidade de cooperação internacional no domínio da informação é inegável
(“explosão quotidiana” do conhecimento)

• A partir dos anos 60, a B. passou a usufruir das novas tecnologias de informação
na produção de Bibliografias

• A pesquisa vai sofrer as vantagens da informatização (consulta em linha, bases


de dados)
• Objectivos da cooperação internacional
• 1/6. Satisfação das necessidades dos utilizadores de todos os países;

• 2/6. Permitir uma utilização tão completa quanto possível do capital comum de
conhecimento da humanidade com vista a um progresso mais rápido;

• 3/6. Rentabilizar os sistemas de informação existentes aumentando o número


dos seus utilizadores;

• 4/6. Evitar a paralisação dos sistemas individuais ao repartir o número das


informações a tratar e os custos que daí resultam;

• 5/6. Harmonizar e integrar progressivamente os sistemas de informação a fim


de atender aos objectivos precedentes;

• 6/6. Fazer com que todos os países disponham de sistemas de informação


adaptados às suas necessidades.

• Actividades e programas internacionais

• O que são?

• Conjunto de acções, decididas pelas organizações internacionais ou os


representantes de vários países, visando facilitar a circulação e a
exploração da informação, sendo os sistemas internacionais de informação
aqueles que a tratam.

• Formas de cooperação
• Desde a permuta de publicações até programas internacionais de pesquisa e
recolha de dados

• Grande variedade no plano formal:

• Contacto informal estabelecido e mantido entre os indivíduos e os organismos.

• Acordo particular ou um programa.


• UNESCO

• As suas actividades de informação situam-se a vários níveis:

• 1. Realização de sistemas de informação internos;

• 2. Animação de sistemas internacionais de cooperação;

• 3. Promoção de sistemas de informação internacionais e de sistemas de


informação dos países em desenvolvimento.

• A participação dos centros nacionais e regionais é muito


importante já que:

• compilam a informação produzida no seu país,

• tratam-na segundo procedimentos normalizados

• enviam-na para um centro internacional onde é integrada numa base de


dados única, estando pronta a ser explorada pelos utilizadores.

• Organismos Nacionais
• A actividade internacional dos organismos nacionais em matéria de informação
constitui uma parte importante dos esforços de cooperação e de promoção dos
sistemas de informação nos países em desenvolvimento
• O objectivo é permitir um acesso mais completo, rápido, prático e económico às
informações mundiais no seu domínio.
• Os países participantes asseguram, cada um deles, a colecta dos documentos
primários (por exemplo, da literatura produzida no seu território) e
posteriormente o seu acesso, a sua descrição bibliográfica e de conteúdo,
segundo regras e formatos comuns
• Em Portugal, a Biblioteca Nacional (BN) reúne a informação produzida no país,
estando já parte dela disponível por acesso remoto, a nível nacional ou
internacional
• Memória do Mundo
• Programa lançado em 1992 pela UNESCO

• Confiado à Divisão do Programa Geral de Informação (PGI)


• É concebido como um novo modo de salvaguardar o património documental em
perigo, da democratização do seu acesso e duma difusão mais alargada

• Objectivos:

• Protecção dos documentos manuscritos, impressos e audiovisuais de maior


interesse e que correm maior perigo

• Assegurar o acesso mais vasto possível aos documentos, quer a especialistas quer
ao público em geral, através da sua transferência para outros suportes.

• Agência Bibliográfica Nacional


• Uma das finalidades da Bibliografia refere-se à identificação de documentos.
Quanto maior, mais completa e exacta for a notícia maior exactidão na sua
identificação. Esta notícia deve ser elaborada a partir do próprio documento de
acordo com as normas definidas.

• De facto, ela é realizada pela Agência Bibliográfica Nacional - ABN - a qual terá
a competência de redigir a B. nacional (tudo o que se publica num país).

• A criação da ABN surgiu por uma necessidade de colaboração a nível


internacional (Controlo Bibliográfico Universal).

• Controlo Bibliográfico Universal


• A Conferência Internacional sobre as Bibliografias Nacionais Correntes (Paris,
1977) enunciou como objectivos para a realização do CBU os seguintes pontos:

• realizar um acordo sobre as fórmulas mínimas normalizadas e aceitáveis para o


âmbito, o conteúdo e a forma de registos bibliográficos nacionais tendo em conta
as necessidades de trocas internacionais;

• realizar um acordo sobre as regras mínimas aceitáveis para a apresentação, a


ordenação e a frequência da B. nacional impressa;

• examinar e formular as proporções para a partilha de recursos, a fim de ajudar


os países a realizar o CBN utilizando métodos manuais ou informáticos na
produção das B. nacionais.

• Definição e objectivo:

• O CBU é um programa de longo curso adoptado pela UNESCO e pela IFLA

• Objectivo: criar um sistema mundial para controlo e troca de informação B., a


fim de que seja possível dispor em qualquer parte e rapidamente de uma forma
aceite internacionalmente de B.. É uma contribuição para uma rede B.
internacional.
• A melhor forma de o conseguir é começar pelas componentes nacionais.

• Conceito que assenta em duas premissas essenciais:

• 1. Cada país é o melhor qualificado para identificar e registar as publicações dos


seus próprios autores.

• 2. Todos os países deverão aplicar as normas bibliográficas internacionais para o


estabelecimento das notícias bibliográficas
O CBU está ligado a outro programa, o do Acesso Universal às Publicações (UAP) que o completa
fornecendo os meios pelos quais uma publicação, uma vez identificada, possa chegar ao
utilizador.

• Condições de realização:

• 1. Criação duma ABN responsável pela elaboração da B. oficial e catalogação única


centralizada. Em Portugal é a BN.

• 2. Colocação à disposição da ABN dos meios necessários para assegurar o


recenseamento B. exaustivo (lei do DL) Regulamentação do D.L.:
Decreto-Lei nº 74/82, de 3 de Março
• 3. Publicação regular da B. nacional corrente. Decreto-Lei nº 362/86, de 28 de Outubro

• Controlo Bibliográfico Nacional


• O CBN permite descobrir, identificar e registar todas as publicações de um país
com o fim de:

• 1. Constituir a B. nacional e as colecções de arquivos (o património nacional)

• 2. Satisfazer os pedidos de informação nacional

• 3. Contribuir para o desenvolvimento de um sistemas integrado de Bibliotecas,


Centros de Documentação e Arquivos.

• O CBN está relacionado com:

• Processos que intervêm na produção e registo das publicações

• Múltiplos organismos: todas as entidades que se relacionam com o livro, desde a


sua produção, registo e identificação das publicações (só assim se cumpre o
ponto anterior)

• A implementação da rede de componentes nacionais exige certos requisitos.


Assim, cada país deve dispor de:
• um sistema que permita estabelecer uma notícia bibliográfica para cada nova
publicação que é editada (DL ou regulamentação análoga)

• um organismo com o papel e funções de uma agência bibliográfica nacional


encarregue de:

• 1. estabelecer a notícia de autoridade completa de todas as publicações do


país, conforme às normas internacionais

• 2. publicar, no mais curto espaço de tempo, uma bibliografia nacional com


periodicidade regular

• O que é a Bibliografia Nacional?

• É o conjunto de notícias de autoridade completas das edições nacionais de um


país, redigidas pelo organismo responsável do mesmo país

• Porquê completa?

• Porque reúne o máximo de informação sobre a publicação

• Actualmente, as bibliografias nacionais, oficiais, correntes, são de 3 tipos:

• 1. Bibliografia nacional territorial

• Documentos em todas as línguas publicadas num dado país

• 2. Bibliografia do tipo linguístico

• É o tipo reconhecido pela Conferência de 77: todos os documentos numa


mesma língua, independentemente do local de publicação

• 3. Bibliografia do tipo documental

• Todos os documentos relacionados com um dado país, i.e., publicados no


estrangeiro mas referentes a um dado país.

• Quais são os fins da Bibliografia Nacional?

• 1/7. Fornecer os meios necessários para a selecção e aquisição de bibliografia

• 2/7. Fornecer os elementos para a identificação e referência da produção


bibliográfica

• 3/7. Servir de modelo para a elaboração da notícia catalográfica

• 4/7. Servir de retrospectiva às edições nacionais (evolução literária do país)


• 5/7. Estabelecer estatísticas sobre a produção bibliográfica nacional

• 6/7. Verificar em que medida cada país é capaz de produzir, pelos seus próprios
meios, as publicações de que necessita

• 7/7. Verificar do sucesso ou insucesso da lei do DL

• Agência Bibliográfica Nacional


• Funções:

• 1. Estabelecer notícias de autoridade tão completas quanto possível de novas


publicações de acordo com as normas aceites internacionalmente

• 2. Publicar, no mais curto espaço de tempo, as obras da BNC

Para cumprir esta dupla exigência tem de:


1. Ter acesso às novas publicações (Lei do DL)
2. Ter pessoal treinado e em nº suficiente
3. Ter meios administrativos e financeiros

• Funções suplementares:

• Pode ser a depositária legal (de forma a ter acesso a todas as publicações)

• Deve exercer um controlo efectivo sobre tudo quanto é publicado

• Para elaborar as notícias de autoridade deverá elaborar um ficheiro nacional de


autoridade segundo os autores e segundo a colectividade-autor

• Deverá controlar a aplicação dos ISBN e dos ISSN, podendo, ainda, ter adstrito
a si a criação de um centro nacional de publicações em série ligado ao sistema
internacional (ISDS)

• Se a ABN for, em simultâneo, a distribuidora das referências bibliográficas que


elabora para outros serviços passa a assumir o papel de Centro Nacional de
Coordenação da Catalogação (em Portugal é a BN)

• Se assim acontecer, será também o agente para as trocas internacionais.

• Com a introdução da automatização, a ABN passou a assumir outras funções:

• responsável pelas trocas internacionais de registos legíveis por computador.

• Controlo Bibliográfico Nacional


• Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL)

• monografias.

• Biblioteca Nacional (BN)

• Publicações em série.

• Há organismos internacionais que controlam esses números: Centre International


des Enregistements des Publications en Serie (CIEPS)

• O CIEPS
• Finalidade do CIEPS:

• Estabelecer um arquivo básico das referências dos títulos das publicações em


série

• Garantir o registo dos títulos

• Em países que não têm números bibliográficos internacionais, atribuem números


aos seus títulos.

• Isto constitui uma rede internacional denominada ISDS (Sistema


Internacional de Dados sobre Publicações em Série) enquadrada no programa
UNISIST

• Rede Bibliográfica Internacional:


CBU ABN UAP

NORMALIZAÇÃ
O
A normalização é uma característica essencial do desenvolvimento económico.
É, em simultâneo:
• um processo e formulação de acordos técnicos necessários à comunicação entre
diferentes níveis de actividade ou ao longo das cadeias de responsabilidade
• uma ferramenta formulações em si: procedimentos para testes, acordos sobre
dimensões, linguagem técnica especializada, etc.
A normalização é muito antiga:

• O nosso calendário remonta ao tempo de Júlio César (46 A.C.)


• A Magna Carta normaliza em 1215 os pesos e as medidas a serem usados nas
práticas comerciais

• Definição de normalização
• Actividade conducente à obtenção de soluções para problemas de carácter
repetitivo no âmbito da ciência, da técnica e da economia com vista à realização
do grau óptimo de organização num dado domínio
• Consiste, em geral, na elaboração, publicação e promoção do emprego das normas
que são os produtos desta actividade de normalização
• À medida que as tecnologias evoluem, maior é a necessidade da normalização

• Definição de norma:
• Uma norma responde a uma necessidade ou problema que surgiu
• Documento que estabelece as características de um produto ou um serviço tais
como os níveis de qualidade, padrões de comportamento, a segurança e as
dimensões
• Pode também, ou apenas, estabelecer terminologia, simbologia, ensaios a realizar
e técnicas de ensaio e prescrições relativas a embalagens, marcação e rotulagem
• Pode, ainda, tomar a forma de código de boa prática
• A norma visa sempre a optimização e está, portanto, ligada à prática
• A norma é um tipo de especificação técnica
• Há a necessidade de um consenso das partes interessadas para que seja norma e
seja aprovada
• Esse consenso é baseado em resultados da ciência e da tecnologia e experiência,
visando um grau óptimo de organização
• A norma vai permitir que os princípios que estabelece sejam baseados e
aprovados por uma organização
• Isto relaciona-se com os vários tipos de documentos e a necessidade de definir
se é norma ou não
• É norma quando é preparada por um organismo legalmente criado para fazer
este tipo de documentos (como regras de especificação técnica)
• De contrário é um regulamento, código de boa prática, princípios de tipo
normativo, mas não norma
• Especificação técnica ou outro documento do domínio público preparado com a
colaboração e o consenso ou aprovação geral de todas as partes interessadas,
baseado em resultados conjugados da ciência, da tecnologia e da experiência,
visando a optimização de benefícios para a comunidade no seu conjunto e
aprovado por um organismo para tal juridicamente qualificado a nível nacional,
regional ou internacional
“Normas são acordos documentados que contêm especificações técnicas ou outros critérios preciosos para serem usados de uma
forma consistente como regras, guidelines, ou definições de características, para assegurar que os materiais, produtos,
processos e serviços sejam adequados aos objectivos. As normas internacionais contribuem para tornar a vida mais simples e
para aumentar a fidedignidade e a eficácia dos bens e serviços que usamos”

• O que são, então, as Normas?


• Documentos normativos com um dado domínio de acção e para um dado campo de
aplicação, válidos para um determinada área geográfica
• São feitas e aprovadas por organismos de normalização ou com funções de
normalização e contêm regulamentação baseada na melhor prática estabelecida
• Daí que as normas sejam sempre feitas a posteriori, após a experiência
• As normas são “fenómenos” contraditórios porque o desenvolvimento científico e
técnico leva a que rapidamente se desactualize uma determinada prática
estabelecida
• Necessitam, por isso, de rectificações constantes (ferramentas dinâmicas)
• As normas enquanto especificações técnicas são centrais em toda a actividade
de normalização moderna:
• 1. As normas têm diferentes aspectos de acordo com a função ou propósito que
servem
• 2. Operam como degraus numa escala da norma da companhia à norma
internacional (os diferentes degraus do desenvolvimento normativo)
Os dois tipos de normas mais comuns:
Normas relativas ao produto
Normas relativas à execução (performance)
Outras normas podem existir como normas separadas como, por exemplo, as de
terminologia, testes e análises, etc.

• O problema:
• O grande problema da normalização é a evolução técnica que pode vir a trazer
incompatibilidades, o que é quase uma contradição na normalização
• Solução: a revisão e a adaptação das normas
• Na adaptação aos utilizadores, as normas são de difícil compreensão
• É necessário preparação para as saber utilizar.
• Preparar uma pessoa é também sensibilizá-la para a norma

• A razão de ser das normas:


• Antes de mais, possibilitam a comunicação humana

• A normalização entende-se em qualquer área dado que a linguagem é comum

• Por outro lado, as normas têm como finalidade melhorar o próprio trabalho
humano:

• Repartição de trabalho: determinadas práticas repetitivas que podem ser


entregues a alguém para que possa ser sempre efectuado da mesma maneira, o
que confere maior eficácia

• Racionalização: a eficácia passa por este aspecto

• Treino: melhoria porque ao regulamentarem procedimentos repetitivos implicam


um treino e maior rendibilidade

• Tipos de normas:
• 1. De terminologia
• 2. Básicas
• 3. De dimensões
• 4. De execução
• 5. De redução de variedade
• 6. De teste e controlo de qualidade

• Finalidades da normalização:
• Economia
• Os benefícios económicos derivados da normalização referem-se a um uso mais
produtivo das pessoas e materiais na execução de uma tarefa ou trabalho

• Segurança e protecção da vida humana

• Se os requisitos enunciados numa norma forem condição de compra então


produzir de acordo com a norma significa ganhar o acesso ao mercado

• Melhor comunicação

• A melhoria de comunicações subjaz ao objectivo da ISO de encorajar a “troca


internacional” e “cooperação mútua” entre as nações do mundo

Objectivos da Normalização
Permitir/facilitar a comunicação humana
Permitir a compatibilidade dos sistemas
Facilitar a interoperabilidade dos sistemas
Melhorar a qualidade dos serviços
Permitir a cooperação entre sistemas, serviços, organismos e pessoas

Permitir uma melhor utilização da informação

Problemas da Normalização
Desenvolvimento da ciência e da técnica
Limitação das normas
Ausência de normas
Desactualização
Adaptação dos utilizadores
Diferente interpretação

• Meios de vinculação
• De que forma é que se faz com que uma norma seja aplicada?
• Via legal (legislação)
• Contratos
• Convenções (acordo entre as várias partes interessadas)
• Adaptações de normas existentes
• Preparação do trabalho normativo - quem prepara as normas está vinculado à
sua aplicação
• Razões de racionalidade - a aplicação de um certo bom senso e eficácia levam a
aderir à norma

• Tipos de vinculação
• Vinculação directa

• quando há um Despacho (quem não observar a norma é punido)

• Vinculação indirecta

• sabemos que devemos usá-la, mas não existem sanções para o caso de não o fazermos

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