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AGRU P AMEN TO DE ESCOLAS

P RADO

Agrupamento de Escola de Prado


Concurso «A Poesia está no ar»

O concurso “A poesia está no ar"


é uma iniciativa conjunta entre o
Departamento de Línguas e a Equipa
da BE, inserida na Semana da Leitura /
Feira do Livro, e procura incentivar o
gosto pela leitura e escrita de poesia,
destinando-se aos vários níveis de
ensino – 1º, 2º, 3º, PIEF, CEF e EFA.
Assim, para a dinamização da
actividade, indicamos as várias etapas
a cumprir pelos docentes de Língua
Portuguesa nas respectivas turmas.
Sugere-se que, na primeira
semana de Fevereiro, numa aula de Língua Portuguesa ou de Área de Projecto, se
proceda à leitura dos poemas “História do Sr. Mar” e o “O Berlinde”, de Matilde
Rosa Araújo, a partir dos quais construirão um poema individual.
Os poemas sugeridos deverão ser os mesmos para todos os níveis de ensino.

Desenvolvimento da Actividade:

Os alunos deverão construir livremente um poema, partindo da temática dos


poemas propostos ou simplesmente partir do mote “Era uma vez…”, não
obedecendo a parâmetros rígidos. Posteriormente, o professor recolherá os textos,
corrigi-los-á e escolherá os trabalhos que considerar com melhor qualidade em cada
turma. Formar-se-á um júri (constituído por professores que leccionam esse nível),
para cada ano, que seleccionará os três melhores poemas de cada ano.
Os alunos vencedores poderão receber um prémio simbólico e na Feira do
Livro serão lidos e interpretados os melhores trabalhos.

“(…) eu sinto que na história de cada um de nós está toda a história, e em


cada poema todos os poemas.”
Manuel Alegre

Prado, 25 de Janeiro de 2011

A Equipa responsável
Aqui ficam os poemas propostos de Matilde Rosa
Araújo que poderão servir de mote inicial à
construção/criação do poema:

O Berlinde HISTÓRIA DO SR. MAR

Era uma vez uma pomba Deixa contar...


Sem um ninho, sem um pombal, Era uma vez
Era branca como a Lua O senhor Mar
E os seus olhos de cristal. Com uma onda...
Com muita onda...
Era uma vez uma pomba
Que não sabia chorar: E depois?
O seu choro trrru… trrru… E depois...
Era um modo de cantar. Ondinha vai...
Ondinha vem...
Era uma vez uma pomba Ondinha vai...
Que noite e dia voava: Ondinha vem...
Fosse noite, fosse dia, E depois...
Nunca a pomba descansava.
A menina adormeceu
Nos braços da sua Mãe...
Era uma vez uma pomba
Que nos céus, longe, voava, Matilde Rosa Araújo
Seu coração um berlinde
Grande segredo guardava.

Era uma pomba tão Um espelhinho de mil Logo desceu para o


estranha flores. monte
Que voava noite e dia: – Era aquele o seu
Quanto mais alto voava Um dia longe nos céus, pombal.
Mais da terra ela se via. Viu um menino a
chorar
Era uma vez uma Sentadinho sobre um Poisou nas mãos do
pomba monte, menino
Com penas de seda Numa noite de nevar. Com seu corpo, seu
real: calor:
Era uma pomba do Não era branco nem Mãos por debaixo da
Mundo negro neve,
Com seus olhos de Assim na neve o Ninguém lhes sabia a
cristal. menino, cor.
Seu chorar era triste,
Seu coração um Tornava-o mais
berlinde pequenino. Dorme, dorme, meu
De vidros de sete menino…
cores, E a pomba logo o viu Branco ou negro tanto
Que do sol tinha o Com seus olhos de faz:
brilhar, cristal:
Meu coração é um
berlinde,
Tem o segredo da Paz.

E o menino já ria,
Podia dormir sem
medo,
Sonhava com o
berlinde,
Coração feito
brinquedo.

Há quem diga que uma


estrela
Fugiu do céu a correr,
Atravessou todo o
mundo
Para o segredo dizer.

Escutaram-na os
meninos,
Têm um berlinde na
mão:
Seja noite de Natal,
Seja noite de S.João.

Matilde Rosa Araújo

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