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Apresentação
A tilápia foi o primeiro peixe a ser criado em cativeiro. Há mais de dois mil anos antes
de Cristo os egípcios cultivavam tilápias em tanques ornamentais visando o consumo
em ocasiões especiais. No Brasil, entretanto, os primeiros registros da piscicultura
datam da década de 30, quando foram feitas as experiências iniciais para obter a
desova de espécies nativas em cativeiro. Nas décadas de 30 e 40 foram introduzidas
no Brasil a carpa comum, a tilápia do Nilo e a truta arco-íris.
A tilápia deu a volta por cima. Tida como praga no Brasil até meados da década de
1970, em pouco tempo tornou-se um dos peixes mais requisitados do mundo.
Versátil, de sabor suave e agradável, a espécie, de origem africana e introduzida no
país na década de 1940, vive seu apogeu. O filé branco sem espinhas e o sabor
quase neutro possibilitam que ela seja adaptada a qualquer cozinha internacional.
Ela não concorre com nenhum outro peixe. Ganha um espaço próprio. Os pólos de
cultivo e processamento de tilápia se multiplicam no Brasil, impulsionados
principalmente pelo interesse dos consumidores dos Estados Unidos e da Europa
Mercado
Pode-se dizer que tudo começou há três anos pelas mãos do comerciante Humberto
Eduardo dos Reis. Interessado em produzir tilápia em sua propriedade de 12
hectares, banhada pelo rio Paraná, Reis se inscreveu num curso da Abracoa -
Associação Brasileira dos Criadores de Organismos Aquáticos, e adquiriu cinco
tanques-rede para iniciar o cultivo de alevinos, as formas jovens do peixe. A
experiência deu certo e outros 35 tanques foram adicionados à sua propriedade.
O peixe em números:
- O Brasil produz cerca 70 mil toneladas de tilápia;
- Esse negócio já movimenta 105 milhões de dólares por ano no país;
- Os Estados Unidos são os maiores compradores do peixe, adquirindo 135 mil
toneladas por ano no mercado mundial;
- A China é o maior produtor do planeta e responde por 45% da oferta global;
- Em 2010 o mundo produzirá 3 milhões de toneladas por ano.
- Pequenos pólos de criação se distribuem pelo Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil,
somando uma produção de 70 mil toneladas por ano
- Paraná - O vice-campeão na criação desta espécie de peixe, com 12 mil toneladas
- Santa Catarina - Praticamente o mesmo patamar da Bahia, com 7,13 mil toneladas
- Ceará - É o maior pólo de criação brasileiro, com cerca de 18 mil toneladas por ano
- Bahia - Empata com Santa Catarina na quarta posição do ranking nacional, os
baianos obtêm por ano 7,12 mil toneladas do peixe
- São Paulo - Os criadores paulistas mantêm o terceiro lugar em produção brasileira,
com 9 mil toneladas
Localização
Para decidir o local de seu criatório, o produtor deverá avaliar os seguintes aspectos:
Se o terreno tiver água, optar pela criação em tanques-rede e avaliar:
o A temperatura da água deve oscilar entre 26 e 29 graus. "E o Ph (índice
de acidez da água) deve ser entre 6,5 e 7";
o Existência de fornecedores de alevinos nas proximidades;
o E o mais importante: existência de mercado consumidor para a sua
produção.
Se o terreno não tiver mananciais apropriados optar pela criação em tanques de
alvenaria e nesse caso avaliar:
o Existência de água suficiente para abastecer os viveiros;
o Existência de lugares adequados para a construção de viveiros;
o Existência de lagoa ou açude no local;
o Adequação do terreno para a retenção de água (argiloso, por exemplo);
o Necessidade de bombas para abastecer os viveiros de água;
o Existência de fornecedores de alevinos nas proximidades;
o E o mais importante: existência de mercado consumidor para a sua
produção.
Estrutura
Existem várias maneiras de construção de viveiros. Deve-se optar pelo modelo mais
propício ao terreno disponível e de menor custo possível.
O sistema de drenagem deve ser planejado de forma a drenar a água de fundo, que
apresenta menores níveis de oxigênio e maiores concentrações de amônia e
metabólitos.
Quanto mais próximos da tela os peixes ficarem, melhor será seu acesso à água de
boa qualidade. Portanto, quanto menores os tanques-rede, maior poderá ser a
lotação por metro cúbico, e maior será a produtividade. Entretanto, tanques-rede
muito reduzidos ficam impraticáveis, pois requerem uma série de cuidados
individuais, tornando muito onerosa a atividade. Tanques-redes de 5 ou 6 metros
cúbicos são os ideais para tilápias, pois permitem despesca de até 1 tonelada por
unidade (lotação 1.250 Kg.). Além do que, essas medidas permitem a utilização de
materiais mais leves, como o alumínio. Algumas operações de manejo, como uma
recontagem ou redistribuição permitem por vezes ser feitas por uma única pessoa.
Equipamentos
Investimento Inicial:
Conforme a estrutura do empreendimento, o valor estimado, para o empreendedor iniciar esse tipo de
negócio, pode ficar em torno de: 122mil reais
Obs.: Os valores apresentados são indicativos e servem de base para o empresário decidir se vale a pena ou
não aprofundar a análise do investimento.
Pessoal
Todas as pessoas que trabalham com você devem ter algumas características para saber atender bem, tais
como a habilidade em ouvir e atender os clientes, naturalidade na orientação dos clientes, boa vontade,
persistência e paciência, saber negociar, equilíbrio emocional, identificar as necessidades dos clientes,
iniciativa, agilidade e presteza no atendimento, identificar o perfil do usuário. Essas características podem
ser adquiridas através de treinamentos o que deve ocorrer periodicamente para você e seus funcionários.
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Processo produtivo
Passo a passo
Matrizes - são elas que geram as tilápias que produzirão alevinos em grande escala.
Desova - as fêmeas guardam os ovos na boca para proteger as crias.
Incubação - os ovos são mantidos num recipiente (berçário) até a eclosão.
Reversão Sexual - os alevinos recebem uma ração que define o sexo que terão.
Recria - os peixes jovens são adaptados em tanques escavados antes de ir para o
rio.
Engorda - a tilápia pronta para o abate pesa entre 700 gramas e um quilo.
Curiosidades
- Nome popular: tilápia
- Nome científico: Tilápia rendali, Oreochromis niloticus
- Família: Chichlidae
- Distribuição geográfica: espécies da África, introduzidas em quase todo o Brasil
- Número de espécies: cerca de 100
- Ecologia: são oportunistas, e por isso têm grande capacidade de adaptação
- Características: peixes de escamas; suportam grandes variações de temperatura
- Reprodução: a partir dos seis meses, dependendo da espécie
- Hábitos alimentares: podem ser oníveras, fitoplanctófagas e herbívoras
Tilápia Nilótica
Entre as várias espécies existentes, esta é a mais utilizada para o cultivo, por
apresentar um melhor desempenho, principalmente os machos. É um peixe africano
muito rústico e com carne saborosa. Possui hábito alimentar planctófago, do
plâncton e em menor proporção de detritos orgânicos, aceita bem rações artificiais.
Atinge cerca de 400g a 600g no período de seis a oito meses de cultivo. É também
utilizado como peixe forrageiro, servindo de alimento na criação de peixes
carnívoros. A maior restrição ao seu cultivo é sua reprodução precoce, a partir de
quatro meses de idade, o que gera o superpovoamento de tanques. Este problema
pode ser contornado com a utilização apenas de alevinos machos, sexados (separar
macho e fêmea) manualmente ou revertidos através de hormônio sexual,
encontrados facilmente encontrados em vários fornecedores de alevinos.
Criação
Existe um terceiro tipo de criação, que envolve a produção de alevinos para repovoar
ou estocar águas interiores.
1. Cultivo Industrial
O uso de uma ração composta de alto teor protéico, com aporte nutritivo à criação de
peixes é uma escolha inerente à prática da aqüicultura, que tem suas próprias
características e princípios.
Tal atividade necessita do uso de tecnologias muito mais sofisticadas, tanto no que
concerne à infra-estrutura física, quanto à criação propriamente dita. Há alto
consumo de energia (casa de bombas, fabricação do alimento, planta de
processamento), além de despesas com mão-de-obra, transporte, refrigeração, etc.
2. Criação de Subsistência
A aqüicultura industrial opõe-se à aqüicultura de subsistência, que visa, sobretudo, o
meio ambiente aquático. Neste contexto, a água não é mais considerada unicamente
como o "meio em que vive e cresce o animal aquático", mas também como o
ambiente em que se desenvolve o seu alimento. Para estimular os processos
produtivos naturais do viveiro, os fertilizantes orgânicos e minerais são os meios de
assegurar o aporte dos elementos nutritivos necessários. Todavia, o emprego de
fertilizantes químicos eleva os custos de produção tornando-a pouco acessível à
maioria dos pequenos produtores rurais. Neste tipo de aqüicultura, o uso de rações
não está excluído, mas entra somente como complemento. A suplementação com
ração para viveiros que recebem a fertilização orgânica permite um aumento
importante na produção, chegando-se a atingir o ganho de peso 36 a 40
Kg/hectare/dia. Neste tipo de produção aquícola, é indicada a utilização do
policultivo, que aproveita com maior eficácia as potencialidades naturais do meio. Ela
é bastante integrada às outras atividades locais agrícolas, para-agrícolas e até
industriais.
Tecnologia
Por último, tem-se o sistema intensivo de criação. Caracteriza-se por uma tecnologia
de produção que envolve a renovação de mais de 10% da água do viveiro por dia,
intensivo monitoramento da qualidade da água, acompanhando-se a transparência,
temperaturas máximas e mínimas, Ph, alcalinidade, oxigênio dissolvido e amônia,
somando o uso de aeradores na proporção de 4 HP/ha e o uso de viveiros berçários,
alcançando a produtividade média anual acima de 10 mil Kg/ha.
Divulgação
Conquistar a preferência dos clientes pelos seus produtos não é uma tarefa fácil, por
isso, você deve traçar um plano para divulgar o estabelecimento e a marca de forma
atraente e que desperte curiosidade nas pessoas.
Componentes do marketing:
- Nome - deve ser de fácil pronuncia e memorização. Estar associado ao nome do
empreendedor pode ser um bom negócio, pois personaliza e aproxima o seu
relacionamento com os clientes;
- Logomarca e Slogan - a logomarca é a apresentação visual do nome da sua
empresa e deve promover uma associação imediata com o estabelecimento. O
slogan é o recado chamativo que acompanha a marca.
- A divulgação - está presente em três fases distintas: a primeira é o lançamento da
marca no mercado - a campanha publicitária de lançamento da sua empresa pode
ser feita através de distribuição de folder, convites por mala direta, outdoor, espaços
publicitários em rádio, TV, revistas e jornais. A segunda é a divulgação permanente -
feita dia a dia, através da qualidade do produto vendido. É a que mantém os clientes
assíduos. A terceira é a específica - direcionada para aqueles momentos especiais -
uma promoção no dia dos pais, por exemplo.
Diversificação