Professional Documents
Culture Documents
ECONOMIA
Joinville – SC
2008
2
ECONOMIA
Joinville - SC
2008
3
TERMO DE APROVAÇÃO
Joinville,_____de_____________________de 2008.
AGRADECIMENTOS
Aos professores que fizeram parte de minha vida nesses quatro anos dentro
do universo acadêmico. Também aos colegas que estiveram juntos nessa
caminhada pela busca do conhecimento.
LISTA DE TABELAS
1992/1999 (%)...........................................................................................................27
1992/1999 – (%).........................................................................................................28
1992/1999 – (%)........................................................................................................29
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE SIGLAS
SUMÁRIO
RESUMO.......................................................................................................................09
INTRODUÇÃO .............................................................................................................10
REFERÊNCIAS ............................................................................................................46
9
RESUMO
INTRODUÇÃO
Além disso, outros fatores que levam o País a buscar soluções devem-se ao
fato de que outros países estão de olho no governo e no modo como este exerce as
políticas econômicas e sociais sobre a população.
Por outro lado, ao contrário do que clamam vários setores da sociedade
brasileira, há os que argumentam que o centro da discussão sobre gastos sociais
deve se deslocar do volume da despesa para se concentrar em ações realmente
eficientes e confiáveis que atendam preferencialmente aos mais necessitados.
A literatura econômica tem enfatizado que somente o crescimento econômico
não garante acesso aos seus benefícios por todos os segmentos da sociedade. No
Brasil, a experiência dos últimos 30 anos tem mostrado que o crescimento
econômico, que resultou no aumento da renda per capita e queda na pobreza, foi
acompanhado pelo aumento da desigualdade da distribuição de renda.
Dessa forma, o que se almeja, entre outras ações, é a implementação de um
programa de renda mínima que esteja diretamente vinculado às áreas de
desenvolvimento, como a Educação e a Economia, alicerces estes que garantem a
sobrevivência e o crescimento de um país.
Partindo da constatação de que o recente processo de concentração de renda
está na base da crise econômica brasileira, os defensores dessa tese salientam que
para melhorar a distribuição de renda no País as políticas não podem ser de caráter
paliativo. O que ocorre é a necessidade de desenvolver programas efetivos, mas de
longo prazo, garantindo sua validação e sucesso em todas as regiões do País. Em
resumo, o que se propõem é uma política econômica de redistribuição da renda.
A primeira parte desse trabalho é dedicada a uma abordagem geral do
problema e sua importância por meio de fundamentação teórica, trazendo definições
fundamentais referentes à distribuição de renda. Na segunda parte serão apontadas
discussões inerentes ao desenvolvimento do tema. Na terceira e última seção,
seguirão as conclusões sobre a pesquisa e as suas relações causais para o
entendimento do tema.
Finalizando, salienta-se que o tema em questão desperta no autor o desejo
de conhecer melhor essa situação, pois considera a prática de uma política efetiva
de redistribuição de renda um fator decisivo, a partir do momento em que acredita
que todos devem dispor de um mínimo de condições para usufruir de uma vida
digna e um futuro amplo de possibilidades.
14
1 DISTRIBUIÇÃO DE RENDA
1817. Foi o primeiro economista a sugerir uma teoria relativamente acabada para o
processo de distribuição de renda, procurando explicar os mecanismos a reger sua
repartição entre os três principais fatores de produção, a saber: trabalho, capital e
terra.
Em seu modelo, o aluguel da terra ocupava um papel proeminente: no longo
prazo, os salários situam-se ao nível de subsistência, enquanto a taxa de lucros é
apenas alta o suficiente para a manutenção do capital. O restante da produção é
apropriado pelos donos da terra a título de aluguel. Embora salário e taxa de lucros
possam situar-se acima dos níveis mínimos no curto prazo, isso apenas serve para
estimular a expansão da população até os níveis de remuneração de longo prazo a
serem atingidos. Nesta teoria, a demanda por produtos finais não tem influência na
questão distributiva.
Segundo Stonier e Hague (1970, p.388),
demanda, que por sua vez dependiam da satisfação dos consumidores em relação
às mercadorias e serviços individualmente.
Para os marginalistas, a produtividade marginal pressupõe que a
remuneração oferecida a cada agente da produção tende a ser igual ao valor da
porção do produto que não existiria sem a atuação desse agente. Numa produção
global, portanto, devem ser determinadas as partes devidas, respectivamente, à
produtividade do trabalho. Segundo essa teoria, cada fator de produção é
empregado numa quantidade tal que a produtividade da última unidade equivale ao
rendimento desse fator. Em regime de liberdade econômica, o justo emprego de
cada fator determina sua justa remuneração.
Segundo Fusfeld (2001, p.116),
Assim como não existe mercado perfeito, também não existem políticas
governamentais de redistribuição de renda perfeitas. Apesar de existirem
dificuldades para corrigir as distorções do mercado, uma redistribuição da renda,
ajuda a eliminar focos de ineficiência que podem existir neste mercado. Devido à
certa rigidez institucional, a distribuição de renda pode não ser somente muito
desigual, mas também ineficiente, de modo que uma redistribuição de renda pode
resultar em maior renda total. Por isso, a presença do governo na distribuição de
renda é tão importante para definir qual será o impacto econômico do país, conforme
sua ação.
24
NORTE 2,1%
NORDESTE 3,3%
CENTRO OESTE 14,5%
SULDESTE E SUL 80,1%
TOTAL 100%
Fonte: IBGE – censo de 1970 apud Brum (2000)
INDICADORES ANO
Proporção de Renda Apropriada 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999
10% mais pobres 0,7 0,6 0,7 0,6 0,6 0,7 0,7
20% mais pobres 2,3 2,2 2,3 2,2 2,2 2,3 2,4
40% mais pobres 8,5 8 8 7,8 7,8 8 8,2
40% mais ricos 80,7 81,9 81,9 82,1 82,1 82 81,6
20% mais ricos 61,9 64,2 64 63,9 64 64 63,6
10% mais ricos 45,4 48,3 47,6 47,3 47,5 47,6 47,2
INDICADORES ANO
Proporção de Renda Apropriada 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999
10% mais pobres 0,8 1,1 0,9 0,8 0,9 0,8 0,8
20% mais pobres 2,8 3,2 2,9 2,8 2,8 2,8 2,8
40% mais pobres 9,4 9,8 9,3 9,2 9 9 9,4
40% mais ricos 79,2 79,8 80,3 80,2 80,7 80,6 79,2
20% mais ricos 59,6 62,1 62,8 62,3 62,9 62,4 59,6
10% mais ricos 43,1 46,8 46,9 45,8 46,6 46,4 43,1
Total 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
Fonte: IBGE, PNAD apud Boletim do IPEA/Políticas Sociais (2001).
28
INDICADORES ANO
Proporção de Renda Apropriada 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999
10% mais pobres 0,7 0,6 0,8 0,6 0,7 0,9 0,7
20% mais pobres 2,3 2,1 2,6 2,3 2,4 2,6 2,3
40% mais pobres 8,3 7,5 8,6 7,9 8,1 8,4 8,3
40% mais ricos 81,2 83,1 81,5 82,4 82,4 81,9 81,2
20% mais ricos 62,9 66,4 64,6 65,7 65,7 65,3 62,9
10% mais ricos 47 51,7 50 51,1 50,9 50,7 47
Total 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
Fonte: IBGE, PNAD apud Boletim do IPEA/Políticas Sociais (2001).
INDICADORES ANO
Proporção de Renda Apropriada 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999
10% mais pobres 0,9 0,9 0,9 0,8 0,8 0,89 0,92
20% mais pobres 2,9 2,8 2,8 2,6 2,7 2,79 2,9
40% mais pobres 9,3 8,7 9 8,5 8,7 8,73 9,31
40% mais ricos 80,4 81,8 80,8 81,8 81,5 81,7 80,4
20% mais ricos 63,3 65,3 63,2 64,5 64,6 65,2 63,3
10% mais ricos 48,4 49,9 47 48,5 48,7 49,7 48,4
Total 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
Fonte: IBGE, PNAD apud Boletim do IPEA/Políticas Sociais (2001).
INDICADORES ANO
Proporção de Renda Apropriada 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999
10% mais pobres 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9
20% mais pobres 3 2,9 2,8 2,8 2,8 2,8 3
40% mais pobres 10,1 9,4 9,4 9,4 9,4 9,4 10,1
40% mais ricos 78,4 79,8 79,8 79,5 79,7 79,7 78,4
20% mais ricos 59,1 61,7 61,1 60,5 60,9 61,2 59,1
10% mais ricos 42,6 45,6 44,7 43,9 44,5 44,8 42,6
Total 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
Fonte: IBGE, PNAD apud Boletim do IPEA/Políticas Sociais (2001).
29
TABELA 7 - Indicadores de Desigualdade de Renda por região – SUL - Brasil, 1992/1999 – (%).
Obs.: A renda considerada foi a renda domiciliar per capita
INDICADORES ANO
Proporção de Renda Apropriada 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999
10% mais pobres 0,9 1,1 0,9 0,9 1 0,9 0,9
20% mais pobres 3,1 3,2 2,9 2,9 3 2,9 3,1
40% mais pobres 10,2 10,1 9,6 9,7 9,7 9,7 10,2
40% mais ricos 78,1 78,6 79,5 79,3 79 79,1 78,1
20% mais ricos 58,9 60,2 61,1 60,6 59,9 60,1 58,9
10% mais ricos 42,9 44,6 44,6 44,2 43,4 43,7 42,9
Total 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
Fonte: IBGE, PNAD apud Boletim do IPEA/Políticas Sociais (2001).
Regiões Ano
Indicadores 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999
BRASIL
Pobres 40,6 41,5 33,8 33,4 33,7 32,6 33,8
Indigentes 19,2 19,4 14,5 14,9 14,8 13,9 14,3
Centro-Oeste
Pobres 33,6 32,2 26,1 26,2 23,7 22,6 24,9
Indigentes 11,7 11,1 8,7 8,9 7,6 6,8 7,9
Nordeste
Pobres 65,4 66,5 58,8 58,8 59,6 57,4 58,3
Indigentes 38,2 40,4 30 31,8 31,9 29,1 29,4
Norte
Pobres 52,5 52,1 42,8 43,7 45,2 45,1 45,6
Indigentes 27,4 22,9 17,4 18,1 19,4 19,5 19
Sudeste
Pobres 27,4 29,4 20,1 19,5 19,7 19,3 20,6
Indigentes 9,7 9,8 6,5 6,2 6,3 6,1 6,5
Sul
Pobres 32,1 30,2 25,5 24,5 24,5 25,7 24
Indigentes 12,1 10,2 9,4 9 8,2 8,6 9,4
Total 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
Fonte: IBGE, PNAD apud Boletim do IPEA/Políticas Sociais (2001).
30
Em primeiro lugar, seria preciso que uma parte maior dos ganhos de
produtividade do trabalho fosse repassada continuamente para os salários
reais, em comparação com o que até hoje tem se verificado na economia
brasileira. Esta possibilidade é concreta diante da tendência histórica à
redução no custo do trabalho no custo total dos bens e serviços produzidos,
bem como em função do tamanho da apropriação feita em nome de uma
maior acumulação de capital, tal qual verificada pelos incrementos de
produtividade alcançados nos anos 90 no Brasil. O meio político para estas
conquistas deveria passar pelo fortalecimento da representação sindical nos
locais do trabalho e por negociações mais amplas, como no caso das
câmaras setoriais, cujas agendas de reivindicação não estavam limitadas
simplesmente à reposições salariais, estendendo-se também para temas
como qualificação profissional, (re) emprego, sistemas de previdência
privados, participação nos lucros, etc. Em segundo lugar, seria preciso,
33
Portanto, existe uma importância para que sejam adotadas políticas que
intensifiquem a melhoria do fluxo de renda, diminuam a concentração de renda e
promovam o desenvolvimento social. Entretanto, deve-se salientar que as soluções
para amenizar a desigualdade social no País passam longe de uma abordagem
estática, localizada apenas na melhoria do fluxo de renda.
Lima (2002, p.7) confirma essa idéia ao argumentar que,
3 TRIBUTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO
rendimento foram deflacionados pelo INPC, entre 2001 e 2007, gerando novos
valores atualizados em 2007.
Deste modo, os limites aplicados à PNAD 2007 foram:
• Grupo 1 (de menor renda): de R$ 0,00 a R$ 545,66 de renda familiar por mês;
• Grupo 2 (de renda intermediária): R$ 545,66 a R$ 1.350,82 de renda familiar
por mês;
• Grupo 3 ( maior renda): de R$ 1.350,82 e mais de renda familiar por mês.
A região Norte, embora também possua um percentual elevado da sua gente
no Grupo 1 (40,9% ou 4 milhões de pessoas), representa apenas 7,2% da
população do País nesse grupo.
O Sudeste e o Sul, por outro lado, apresentam as melhores situações, ambos
com 21,4% da população; o Sudeste, com 15,4 milhões de pessoas e o Sul com 5,4
milhões, vivendo no grupo 1 de renda. Em termos, proporcionais e absolutos, ambos
possuem os maiores contingentes de pessoas vivendo no estrato superior de renda.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CAMARGO, José Márcio et al. Distribuição de Renda no Brasil. 2.ed. São Paulo:
Paz e Terra, 2000.
CANDELORI, Roberto. IDH, o índice que condena o Brasil. Disponível em: <
http://www.uol.com.br/folha/educação/ult305u10271.shtml > Acesso em: 10.
Out.2008.
IPEA. PNAD 2007 Primeiras Análises. Pobreza e Mudança Social. vol.1. Disponível
em: < http://www.acontecendoaqui.com.br/MyFiles/Pnad_PrimeirasAnálises_v1.doc
> Acesso em: 01.nov.2008.
JOHN, Rawls. A Teoria da Justiça. 2 .ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
SANDRONI, Paulo. Novíssimo Dicionário de Economia. 5 ed. São Paulo: Best Seller,
2000.
SMITH, Adam. O Economista. A Riqueza das Nações. Vol. 01. São Paulo: Abril
Cultural. 1983.
ZIONI, Cecília. Abismo Cruel. Problemas Brasileiros. São Paulo, n.336, p.5-15,
nov./dez. 1999.