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Administração Financeira e Orçamentária

ORÇAMENTO PÚBLICO

CONCEITO
• É o ato pelo qual o Poder Legislativo autoriza ao Poder Executivo, por certo período e em
pormenor, as despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins
adotados pela política econômica ou geral do país, assim como a arrecadação das receitas já
criadas em lei;
• É um processo de planejamento contínuo e dinâmico de que o Estado se utiliza para
demonstrar seus planos e programas de trabalho, para determinado período.
• Ele abrange a manutenção das atividades do Estado, o planejamento e a execução dos projetos
estabelecidos nos planos e programas de governo.
PRINCIPAL FUNÇÃO
• Controlar os recursos com que a sociedade terá que contribuir para manter em funcionamento os
serviços públicos necessários ao atendimento das necessidades econômicas e sociais da população,
bem como da aplicação desses recursos por parte do Estado.
TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS
- Orçamento Tradicional
- Orçamento Base Zero
- Orçamento com Teto Fixo
- Orçamento com Teto Móvel
- Orçamento Incremental
- Orçamento Sem Teto Fixo
- Orçamento Tradicional
- Orçamento de Desempenho
- Orçamento Programa
Orçamento Tradicional (Orçamento Clássico)
Processo orçamentário que se caracteriza por adotar instrumentos para controlar as despesas por:
- unidade administrativa (órgãos responsáveis pelo gasto)
- objeto de gasto (elemento de despesa)
Orçamento Base Zero (OBZ)
É uma previsão orçamentária ou um “Budget”, projetado sem levar em consideração o que ocorreu
nos anos anteriores. Principais características: análise, revisão e avaliação de todas as despesas
propostas e não apenas das solicitações que ultrapassam o nível de gasto já existente; todos os
programas devem ser justificados cada vez que se inicia um novo ciclo orçamentário.
Orçamento com Teto Fixo
Critério de alocação de recursos que consiste em estabelecer um quantitativo financeiro fixo,
geralmente obtido mediante a aplicação de percentual único sobre as despesas realizadas em
determinado período, com base no qual os órgãos/unidades deverão elaborar suas propostas
orçamentárias parciais. Também conhecido, na gíria orçamentária, como “teto burro”.
Orçamento com Teto Móvel
Critério de alocação de recursos que representa uma variação do chamado “teto fixo”, pois trabalha
com percentuais diferenciados, procurando refletir um escalonamento de prioridades entre programações,
órgãos e unidades. Em gíria orçamentária, conhecido como “teto inteligente”.
Orçamento Incremental
Orçamento feito através de ajustes marginais nos seus itens de receita e despesa.
Orçamento Sem Teto Fixo
Critério de alocação de recursos que consiste em conferir total liberdade aos órgãos/unidades no
estabelecimento dos quantitativos financeiros correspondentes às suas propostas orçamentárias parciais.
Em gíria orçamentária, conhecido como “o céu é o limite”.
Orçamento de Desempenho
Processo orçamentário que se caracteriza por apresentar duas dimensões do orçamento: o objeto de
gasto e um programa de trabalho (ainda não vinculado a um sistema de planejamento), contendo as
ações desenvolvidas. Toda a ênfase reside no desempenho organizacional (o que o Estado faz), sendo
também conhecido como orçamento funcional.
Orçamento Programa
• É um plano de trabalho no qual são detalhados os programas e despesas que se pretende realizar
durante o exercício financeiro, evidenciando a política econômica do governo, isto é, é um
instrumento de atuação governamental voltado para aspectos administrativos e de
planejamento;
• Foi instituído pela Lei Nº 4.320/64, mas somente implantado após a CF/88 com a criação do PPA , LDO;
• São demonstrados os propósitos, objetivos e metas para as quais a administração solicita os recursos
necessários, identificando o um custo dos programas propostos para alcançar tais objetivos e os
dados quantitativos que medem as realizações e o trabalho realizado dentro de cada programa;
• Está direcionado para o alcance dos objetivos almejados pela Administração Pública, sendo muito mais do
que mero instrumento financeiro;
• É um tipo de técnica de orçamento que mais se aproxima do modelo ideal do orçamento, tornando-se um
instrumento fundamental de todo o processo de gestão dos objetivos do Estado;
• Fornece o instrumento necessário para que o administrador público, a partir do estudo de problemas da
sociedade, possa estabelecer políticas públicas que irão solucionar esses problemas;
• Lógica do orçamento programa:
– Identificar e priorizar os problemas;
– Estudo das alternativas de solução desses problemas;
– Alocação dos recursos necessários para a solucioná-los.
• Todas as decisões sobre a alocação dos recursos são tomadas à luz do planejamento, de forma a maximizar
a atuação estatal e o retorno dos recursos investidos pelo setor privado no setor público;
• O orçamento programa permite:
√ Integração do planejamento e orçamento;
 Os recursos são alocados (orçamento) às ações dos diversos programas (planejamento);
√ Quantificação de objetivos e metas;
 Está intimamente ligado aos problemas que a sociedade pretende ver solucionados;
√ Relação insumo/produto;
 Identifica o volume de recurso necessário/utilizado para cumprir objetivos;
√ Alternativas programáticas;
 é o estudo de todas as formas de se alcançar o objetivo do programa;
 escolha da melhor maneira e o menor custo para a resolução do problema;
√ Acompanhamento físico-financeiro;
 Identifica quanto de meta e de recursos que já foram executados/gastos;
√ Avaliação de resultados;
 fornecimento de dados para avaliação do que foi produzido para saber se os objetivos estão sendo
alcançados;
√ Atribui responsabilidades ao Administrador Público;
 Deve haver a prestação de contas do responsável/gerente das ações previstas e dos resultados alcançados;
Principais Diferenças entre Orçamento Tradicional e Programa

TRADICIONAL PROGRAMA

- Dissociado do planejamento; - integrado ao planejamento;

- aloca recursos para adquirir “meios”; - aloca recursos para atingir objetivos e metas;

- ênfase nos aspectos contábeis; - ênfase nos aspectos administrativos e de planejamentos;


- foco nas necessidades financeiras das - considera todos os custos dos programas, inclusive os que
unidades organizacionais; extrapolam o exercício;

- não há mensuração de resultados; - há mensuração de resultados;

- controle visa avaliar a honestidade do - controle visa avaliar a eficiência e eficácia das ações
agente governamental; governamentais;

- principais critérios classificatórios : - principal critério de classificação:


- unidades administrativas e elementos; - funcional-programático;

- decisões tomadas tendo em vista as - decisões tomadas com base em avaliações e análises
necessidades das unidades organizacionais. técnicas das alternativas possíveis.

Fonte: Giacomoni, James - 13ª Edição pág. 159


Os objetivos podem ser classificados em:
√ derivados – demonstram quantitativamente os propósitos específicos do governo, contribuindo para o
alcance dos objetivos finais ou básicos;
√ finais ou básicos – demonstram os fins últimos de toda a ação do governo, evidenciando uma avaliação
qualitativa dos objetivos e indicando as orientações para as políticas nas áreas econômica e social;

QUESTÕES DE CONCURSOS
01- (FCC/AFC-TCU/1999) Assinale a única opção correta pertinente ao conceito de orçamento-
programa.
A) A estrutura do orçamento enfatiza os aspectos contábeis de gestão.
B) O principal critério de classificação é o funcional-programático.
C) O controle visa avaliar a honestidade dos agentes governamentais e a legalidade no cumprimento do
orçamento.
D) O processo orçamentário é dissociado dos processos de planejamento e programação.
E) As decisões orçamentárias são tomadas tendo em vista as necessidades das unidades organizacionais.
02- (ESAF/AFC STN 2000 II) - Assinale a única opção que é pertinente ao orçamento
tradicional e não ao orçamento-programa.
A) Os principais critérios classificatórios são unidades administrativas e elementos.
B) Na elaboração do orçamento, são considerados todos os custos dos programas, inclusive os que
extrapolam o exercício.
C) estrutura do orçamento está voltada para os aspectos administrativos e de planejamento.
D) alocação de recursos visa à consecução de objetivos e metas.
E) Existe utilização sistemática de indicadores e padrões de medição do trabalho e dos resultados.
3) (ESAF/TCI - PI 2003) - No tocante ao conceito de orçamento-programa, identifique a opção
falsa.
a) O principal critério de classificação é o funcional-programático.
b) Na elaboração do orçamento-programa são considerados todos os custos dos programas, inclusive os
que extrapolam o exercício.
c) O controle visa avaliar a eficiência, a eficácia e a efetividade das ações governamentais.
d) O processo orçamentário é dissociado dos processos de planejamento e programação.
e) Existe a utilização sistemática de indicadores e padrões de medição dos trabalhos e dos resultados.
4) (ESAF/TCU - 2000) - Somente uma das afirmações a seguir, referentes ao orçamento-
programa, não é verdadeira, assinale-a.
a) A alocação dos recursos tem em vista a consecução de objetivos e metas.
b) A utilização de indicadores e padrões de desempenho não é relevante para o setor público.
c) O orçamento está inserido num processo mais amplo de planejamento.
d) A estimativa dos custos dos programas é essencial para o seu acompanhamento e avaliação.
e) O orçamento identifica os responsáveis pela execução dos programas.
5) (ESAF/MPU - 2004) - A programação orçamentária, com base nas metas fiscais, admite vários
processos na elaboração do orçamento. Identifique qual é o processo que expressa financeira
e fisicamente os programas de trabalho de governo, possibilitando a integração do
planejamento com o orçamento, a quantificação de objetivos e a fixação de metas, as relações
insumo, produto e a avaliação de resultados.
a) orçamento de desempenho
b) orçamento-programa
c) orçamento base-zero
d) orçamento tradicional
e) orçamento com teto fixo
6) (ESAF- AFC/STN - 2005) - Confrontando-se as diferenças entre o orçamento tradicional e o
orçamento-programa, não se pode afirmar que
a) o orçamento tradicional é o processo de elaboração do orçamento em que é enfatizado o objeto de gasto.
b) o orçamento-programa é o responsável por apresentar os propósitos, objetivos e metas para as quais a
administração terá de prover os fundos necessários.
c) a integração planejamento-orçamento é uma característica básica do orçamento-programa.
d) o orçamento tradicional compatibiliza as programações anuais com os planos.
e) o orçamento-programa parte da previsão de recursos para que sejam definidos as atividades e os projetos
que serão executados.
7) (ESAF - AFC/CGU 2006 - Auditoria e Fiscalização) - Indique a afirmativa incorreta com relação
ás diferenças entre o orçamento tradicional e o orçamento-programa.
a) No orçamento tradicional, a estrutura do orçamento está voltada para os aspectos administrativos e de
planejamento, enquanto no orçamento-programa a estrutura do orçamento dá ênfase aos aspectos
contábeis de gestão.
b) No orçamento tradicional, o processo orçamentário é dissociado dos processos de planejamento e programação,
enquanto no orçamento-programa, o orçamento é o elo entre o planejamento e as funções executivas da
organização.
c) No orçamento tradicional, a alocação de recursos visa a aquisição de meios enquanto no orçamento programa a
alocação de recursos visa a consecução de objetivos e metas.
d) Na elaboração do orçamento tradicional, são consideradas as necessidades financeiras das unidades
organizacionais, enquanto na elaboração do orçamento-programa são considerados todos os custos dos
programas, inclusive os que extrapolam o exercício.
e) No orçamento-programa, o principal critério de classificação das despesas é o funcional-programático, enquanto
no orçamento tradicional os principais critérios classificatórios são as unidades administrativas e os elementos.
8) (ESAF - TCU 2006 - Analista) - Assinale a única opção incorreta em relação a orçamento-
programa.
a) A integração planejamento-orçamento é característica do orçamento-programa.
b) Orçamento-programa informa, em relação a cada atividade ou projeto, quanto vai gastar, para que vai gastar e
por que vai gastar.
c) O orçamento-programa identifica programas de trabalho, objetivos e metas, compatibilizando-os com os planos
de médio e longo prazos.
d) O orçamento-programa é o processo de elaboração do orçamento em que é enfatizado o objeto de gasto.
e) Processo de elaboração do orçamento-programa é técnico e baseia-se em diretrizes e prioridades, estimativa
real de recursos e cálculo real das necessidades.
9) (ESAF - MPOG/2002) Com relação ao conceito de orçamento-programa, assinale a única opção
correta.
a) No orçamento-programa, os critérios de classificação baseiam-se em uni¬dades administrativas.
b) No orçamento-programa, o controle visa avaliar a eficiência e a eficácia das atividades governamentais.
c) O orçamento-programa é totalmente dissociado do processo de planejamento.
d) A estrutura do orçamento-programa prioriza os aspectos contábeis da gestão.
e) Na elaboração do orçamento-programa, são respeitadas as necessidades financeiras das unidades
administrativas.
10) (FCC) É característica da técnica de elaboração orçamentária denominada orçamento base zero:
(A) dissociação dos processos de planejamento e programação.
(B) revisão crítica dos gastos tradicionais de cada unidade orçamentária.
(C) ênfase aos aspectos contábeis da gestão e controle externo dos gastos.
(D) avaliação da integridade dos agentes governamentais e legalidade no cumprimento do orçamento.
(E) direitos adquiridos sobre verbas orçamentárias anteriormente outorgadas.
11) (ESAF- AFC/STN - 2005) - De acordo com o conceito de orçamento, identifique a única
opção incorreta.
a) Orçamento público é o processo mediante o qual o governo traça um programa de projetos e atividades,
estimando suas receitas e planejando sua aplicação, com prévia fixação das despesas.
b) Os princípios orçamentários estão basicamente definidos na Constituição Federal e na Lei nº 4.320/64.
c) O orçamento incremental é o orçamento elaborado por meio dos ajustes marginais nos itens de receita e
despesa.
d) O orçamento tradicional destaca as metas, os objetivos e as intenções do governo, consolidando um
conjunto de programas a ser realizado durante determinado período.
e) No Brasil, a Lei nº 4.320/64 estabelece a obrigatoriedade do orçamento-programa, determinando que a Lei
Orçamentária conterá a discriminação da receita e despesa.
12) O orçamento-programa foi introduzido no Brasil por meio da Lei no 4.320/64 e do Decreto-Lei no
200/67. A Constituição Federal de 1988 consolidou definitivamente o orçamento-programa no Brasil,
ao vincular o processo orçamentário ao PPA, à LDO e à LOA. Orçamento-programa é um
(A) documento que prevê apenas a fixação da despesa e a previsão da receita, constituindo a principal
peça contábil-financeira para a orientação da ação governamental.
(B) programa que compreende as metas e prioridades da Administração Pública Federal, orienta a
elaboração da Lei Orçamentária Anual, dispõe sobre as alterações na legislação tributária e estabelece
a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
(C) documento que se preocupa com a efetividade e a eficiência dos gastos públicos das estatais.
(D) plano de trabalho, um instrumento de planejamento da ação do governo, por meio da identificação
dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, além do estabelecimento de objetivos e metas
a serem implementados, bem como a previsão dos custos relacionados.
(E) plano de trabalho que tem por finalidade estabelecer as diretrizes, objetivos e metas da administração
pública federal, de forma regionalizada, orientando a ação governamental apenas dos governos
subnacionais.

13. Com relação à técnica do orçamento base zero, assinale a opção incorreta.
A) É uma técnica de elaboração de orçamentos públicos e privados cujo objetivo é eliminar a prática
nociva de se alocar recursos a determinada unidade orçamentária ou departamento com base apenas
na justificativa do aumento de vendas ou projetos nessas unidades, em relação ao ano anterior.
B Essa técnica foi desenvolvida no final dos anos 60 do século passado, na empresa privada Texas
Instruments. Sua metodologia é centrada no conceito conhecido como pacote de decisão.
C O pacote de decisão é o documento que identifica e descreve uma atividade específica, de modo que a
administração possa avaliá-la e priorizá-la em relação a outras atividades.
D A adoção dessa técnica tende a reduzir os custos e o trabalho de preparação do orçamento, além de
diminuir a resistência por parte dos indivíduos/grupos, que deixariam de se preocupar com a
priorização de suas atividades.

GABARITO
1. B 2. A 3. D 4. B 5. B
6. D 7. A 8. D 9. B 10. B
11. D 12.D 13.D

PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
• São premissas a serem observadas na concepção da proposta orçamentária, implícita ou explicitamente
expressas na legislação;
• São os princípios:
√ da Unidade ou da Totalidade;
√ da Universalidade;
√ da Anualidade ou Periodicidade;
√ da Especificação, Especialização ou Discriminação;
√ da Exclusividade;
√ do Equilíbrio;
√ da Não Afetação;
√ do Orçamento Bruto;
√ da Clareza;
√ da Publicidade;
√ da Unidade de Caixa;
√ da Programação;
√ da Legalidade;
√ da Precedência;
√ do Estorno de verbas.

Princípio da Unidade ou da Totalidade


√ O orçamento deve ser uno, ou seja, deve existir apenas um só orçamento para um exercício
financeiro;
√ Possibilita o controle sobre os gastos públicos, evitando o excesso de despesas e conseqüentemente, o
déficit público;
√ Procura-se eliminar a existência de múltiplos orçamentos (orçamentos paralelos);
√ O princípio da totalidade prevê a coexistência de múltiplos orçamentos que, no entanto, devem ser
consolidados em uma única lei (LOA).
√ Princípio orçamentário constitucional que determina que a Lei Orçamentária Anual (LOA) deverá conter os
orçamentos:
 Fiscal;
 de Investimento das Estatais;
 da Seguridade Social.
Exceção: créditos adicionais

Princípio da Universalidade
√ O orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos,
órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive as fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público;
√ Evita que a arrecadação de algum recurso financeiro, bem como a sua aplicação, fuja à competente
apreciação e aprovação do Poder Legislativo.
√ Propicia a identificação das receitas e despesas de transferências;
√ Princípio orçamentário constitucional (art 165, § 5º ).
Princípio da Anualidade ou da periodicidade
√ O orçamento tem vigência limitada a determinado período;
√ Vigência = 01 ano (exercício financeiro);
√ Coincide com o calendário civil (1º de jan a 31 de dez);
√ Exceções: Créditos adicionais: Especiais e Extraordinários.
Princípio da Especificação, Especialização ou da Discriminação
√ As receitas e despesas devem ser detalhadas, ao máximo para conhecimento das origens e
aplicações dos recursos;
√ Não se pode agregar despesas ou receitas que inviabilize conhecer sua fonte e seu destino;
√ Despesa deve ser discriminada, no mínimo por elementos (pessoal, material, obras, etc);
√ Elementos – são os recursos colocados à disposição do estado para a consecução de seus fins;
Exceção: Dotações globais - Dotação não especificamente destinada a órgão, unidades
orçamentária, programa ou categoria econômica (reservas de contingências).

Princípio da Exclusividade
√ Princípio orçamentário constitucional;
√ A Lei Orçamentária deverá tratar de matéria exclusivamente orçamentária, somente estimativas
de receitas ou a fixação de despesas.
Exceção: Poderá conter autorizações para:
 Abertura de créditos suplementares;
 Operações de crédito, inclusive por Antecipação de Receita Orçamentária (ARO);

Princípio do Equilíbrio
√ Não é mais previsto na Constituição Federal;
√ Valor da despesa = Valor da receita;
√ Tem a finalidade de impedir que o setor público exerça suas atividades sem a preocupação com os
saldos orçamentários (déficits ou superávits) que influenciam nas finanças:
 Públicas – aumento do endividamento;
 Privadas – aumento da redução da demanda agregada da economia;
√ Quando o orçamento atua de forma deficitária, esse princípio, informa que deverá existir fonte
(operação de crédito) que financie o excesso de despesas sobre o montante das receitas.
√ Regra de Ouro
Art. 167. São vedados:
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;

Receitas Despesas

Operações de Créditos

Princípio da Não-Afetação de Receitas de Impostos


√ Princípio orçamentário constitucional;
√ É vedada a vinculação de impostos a órgão; fundo; ou despesa, salvo:
 Participação de estados, DF e municípios na arrecadação tributária;
 Recursos para saúde e educação;
 Prestar garantia à União;
 Pagamento de débitos para com a União; e
 Garantia de operações de antecipação de receita.

Princípio do Orçamento Bruto


√ Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer
deduções;
√ Os valores líquidos impedem:
 a averiguação do fluxo/caminho percorrido pelos recursos orçamentários; e
 que os recursos sejam disponibilizados de forma transparente.

Receitas Despesas

Imposto de Renda R$ 100,00 Transferência para Estados e Municípios R$ 47,00

Princípio da Clareza
√ O orçamento tem que ser claro e de fácil entendimento;
√ Princípio de difícil execução, devido à linguagem específica do orçamento.

Princípio da Publicidade
√ Princípio orçamentário constitucional;
√ Os atos da administração devem ser acessíveis a todos, salvo disposição contrária;
√ Objetiva garantir o acesso público do conteúdo do orçamento;

Princípio da Unidade de Caixa


√ Os recursos do governo devem ser recolhidos/depositados em uma única conta, facilitando a
administração e o controle de seus respectivos fluxos e estoques;

Princípio da Programação
√ É o princípio mais moderno;
√ O orçamento deve:
 servir como verdadeiro instrumento de administração do governo; e
 atuar como ferramenta que auxilia de forma fundamental no planejamento e gerenciamento
das ações do estado.

Princípio da Legalidade
√ As receitas e despesas públicas só podem ser efetuadas se autorizadas mediante lei.
Princípio da Precedência
√ O orçamento deve ser aprovado antes de iniciar o exercício financeiro;
Princípio da Proibição do Estorno de verbas
√ O Poder Executivo não pode desfazer o que o Poder Legislativo discutiu, apreciou e votou;
√ As alterações na Lei Orçamentária só podem ser efetuadas mediante nova autorização
legislativa;

QUESTÕES DE CONCURSOS
01. (ACE/2002) A ação planejada do Estado materializa-se através do orçamento público.
Indique o princípio orçamentário que consiste na não-inserção de matéria estranha à
previsão da receita e à fixação da despesa.
A) princípio da discriminação
B) princípio da exclusividade
C) princípio do orçamento bruto
D) princípio da universalidade
E) princípio do equilíbrio
02. (FCC - Mare – Analista de Orçamento – 1999) Relaciona-se diretamente com o princípio da
unidade de tesouraria
A) a previsão da receita.
B) o recolhimento das receitas.
C) a arrecadação da receita, apenas.
D) a liquidação da despesa, apenas.
E) a arrecadação da receita e a liquidação da despesa.
03. (FCC - TRT – 20ª Região – Analista Judiciário – 2006) Em relação ao princípio orçamentário
da universalidade, é correto afirmar que:
A) em regra, não se inclui na lei de orçamento, normas estranhas à previsão de receita e à fixação de
despesa.
B) Cada orçamento deve se ajustar a um modelo único não querendo dizer que deva compreender todas as
receitas e despesas numa única peça.
C) O orçamento inclui todas as receitas e despesas, quer da Administração direta, quer da Administração Indireta.
D) O orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e completa, e manter o equilíbrio, do ponto de vista
financeiro, entre os valores de receita.
E) O orçamento inclui somente as receitas e despesas da Administração Direta.
04. (FCC - Analista Judiciário – TRF 4ª REGIÃO/2001) Constitui exceção ao princípio da anualidade:
A) os créditos especiais e extraordinários abertos nos últimos quatro meses;
B) a inscrição em restos a pagar processados
C) a inscrição em restos a pagar não processados
D) a inscrição do serviço da dívida a pagar
E) a utilização do superávit financeiro do exercício anterior.
05. (AFC-TCU/1999) No tocante aos objetivos dos princípios orçamentários, assinale a opção correta.
A) Segundo o princípio da exclusividade, o orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos
poderes da União.
B) De acordo com o princípio da unidade, o orçamento deve conter apenas matéria orçamentária.
C) O princípio da publicidade representa uma regra técnica administrativa, segundo a qual a lei do orçamento
somente deve veicular matéria de natureza financeira.
D) O princípio da legalidade determina que o conteúdo do orçamento deve ser divulgado por veículos oficiais de
comunicação.
E) O princípio da unidade recomenda que deve existir apenas um orçamento.
06. (FCC - PMJAB – Auditor Tributário – 2006) Todas as receitas e despesas constarão da Lei
Orçamentária pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. Trata-se do principio orçamentário
A) da Unidade.
B) do Orçamento Bruto e Universalidade.
C) do Equilíbrio Orçamentário.
D) da Anualidade.
E) da Não-Afetação de Receitas.
07. (FCC - MARE – Analista de Orçamento – 1998) Constitui exceção ao Princípio da Anualidade
A) os restos a pagar.
B) a dívida ativa.
C) a reabertura de créditos.
D) o serviço da dívida a pagar.
E) o plano plurianual.
08. (FCC - TRF - Analista Judiciário – 4ª Região – 2004) O princípio da anualidade estabelece que
as autorizações orçamentárias e, conseqüentemente, o exercício financeiro no Brasil deve
corresponder a doze meses e coincidir com o ano civil. Contudo, constitui EXCEÇÃO ao princípio
mencionado
A) o processo dos fundos especiais.
B) os restos a pagar não processados.
C) a autorização para os créditos reabertos.
D) as receitas vinculadas.
E) o processamento das despesas orçamentárias de exercícios anteriores.
09. (TCU/1996) Desde seus primórdios, a instituição orçamentária foi cercada por uma série de
regras, com a finalidade de aumentar-lhe a consistência no cumprimento de sua principal
tarefa, que é auxiliar o controle parlamentar sobre os executivos. No Brasil, a prática
orçamentária, que é fundamentada nessas regras, também chamadas princípios orçamentários,
A) não respeita o princípio da unidade, dada a existência do orçamento fiscal, do orçamento das estatais e do
orçamento da seguridade social.
B) respeita o princípio da universalidade, mesmo não havendo a exigência de inclusão das receitas e das
despesas operacionais das empresas estatais.
C) não respeita o princípio do orçamento bruto, porquanto permite que algumas despesas sejam deduzidas de
certas receitas.
D) respeita o princípio da anualidade, mesmo havendo a exigência de elaboração de planos plurianuais.
E) respeita o princípio da exclusividade, mesmo havendo a possibilidade de o orçamento conter autorizações
para a abertura de créditos suplementares.
10. (TRT 4ª Região – Analista Judiciário – 2006) A autorização, na lei do orçamento, para abertura
de créditos suplementares é exceção ao princípio orçamentário
A) da não afetação de receita
B) da unidade
C) da universalidade
D) da exclusividade
E) do orçamento bruto
11. (FCC – TCM/CE – Auditor – 2006) O princípio que estabelece que todas as receitas e despesas
do ente público devem constar na elaboração do orçamento é denominado principio da
A) unidade.
B) exclusividade.
C) universalidade.
D) não afetação.
E) especificação.
12. (TCU/1996) Assinale a opção correta referente à aplicação dos princípios orçamentários.
A) De acordo com o princípio da unidade, os orçamentos das três esferas da Administração deveriam ser
unificados em um orçamento nacional.
B) Em consonância com o princípio do orçamento bruto, as transferências no âmbito interno de cada esfera
da Administração se anulam.
C) A existência da conta única encontra respaldo no princípio da unidade de caixa.
D) A destinação dos recursos das taxas para o custeio de serviços específicos contraria o princípio da não-
afetação de receitas.
E) A adoção do princípio da exclusividade condiciona a criação ou aumento de impostos a sua inclusão no
orçamento.
13. (TRE-AM/2003) “Todas as receitas e despesas constarão da Lei do Orçamento pelos seus
totais, vedadas quaisquer deduções”, constitui enunciado do princípio orçamentário
A) da unidade.
B) da universalidade.
C) da não afetação da receita.
D) do orçamento bruto.
E) da exclusividade.
14. (TRT-21ª REG/2003) A inclusão de dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa na Lei Orçamentária Anual fere o princípio orçamentário
A) da não afetação da receita.
B) da unidade.
C) da anualidade.
D) da exclusividade.
E) do orçamento bruto.
15. (TRF 5ª REG./2003) O domínio orçamentário próprio e independente pela pessoa jurídica
central do Estado, em coexistência com os das suas entidades da administração indireta e a
visão geral do conjunto das suas finanças públicas é obtido por consolidação, segundo o
princípio orçamentário
A) da anualidade.
B) da totalidade.
C) da universalidade.
D) da não afetação das receitas.
E) da exclusividade.
16. (TRF-CE/2004) O princípio da anualidade estabelece que as autorizações orçamentárias e,
conseqüentemente, o exercício financeiro no Brasil deve corresponder a doze meses e
coincidir com o ano civil. Contudo, constitui EXCEÇÃO ao princípio mencionado
A) a autorização para os créditos reabertos.
B) as receitas vinculadas.
C) o processamento das despesas orçamentárias de exercícios anteriores.
D) o processo dos fundos especiais.
E) os restos a pagar não processados.
17. (TRE-AP/2003) No que diz respeito ao orçamento público, a formulação de objetivos e o
estudo das alternativas da ação futura para alcançar os fins da atividade governamental;
assim como a redução dessas alternativas de um número muito amplo a um pequeno e,
finalmente, a prossecução do curso da ação adotada, referem-se ao princípio da
A) programação.
B) unidade.
C) universalidade.
D) estabilidade orçamentária.
E) exclusividade.
18. (CESPE-STM/Analista/2004) O princípio da legalidade dispõe que o orçamento deve ser objeto de uma lei
resultante de processo legislativo completo. Isso não impede que o orçamento seja às vezes entendido
como uma lei especial, ou lei apenas no sentido formal, já que o seu conteúdo guarda mais correlação
com os atos administrativos que propriamente com preceitos legais.
19. (CESPE–Anatel/Analista/2004) Com base na Lei nº 4.320/1964, a LOA conterá a discriminação da receita
e da despesa, de forma a evidenciar a política econômico-financeira e o programa de trabalho do
governo, obedecidos os princípios da unidade, universalidade e anualidade. A partir da Constituição
Federal de 1988, nenhum outro princípio poderá ser relacionado ao orçamento público.
20. (CESPE-Procurador TCU/2004) Em cumprimento ao princípio da exclusividade, todas as receitas e todas
as despesas dos poderes, fundos, órgãos e das entidades da administração pública direta e indireta
devem estar incluídos no orçamento anual geral.
21. (CESPE-Procurador TCDF/2002) Os basilares princípios da universalidade e da exclusividade,
expressamente previstos no texto constitucional, implicam, respectivamente, que o orçamento deve
conter todas as receitas e despesas, inclusive a dos Poderes, fundos, órgãos e entidades da administração
direta e indireta, e que o orçamento não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não incluídas nessa proibição as hipóteses definidas na própria Constituição da República.
22. (CESPE-Procurador TCDF/2002) O princípio da não-vinculação ou da não-afetação da receita, positivado
no texto constitucional, veda a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, admitindo,
todavia, algumas exceções, expressamente definidas, a essa regra geral.
23. (CESPE-TCE-PE/Auditor/2004) Pelo princípio da não-vinculação da receita de impostos, é proibido
vincular a receita de impostos a órgãos, fundos e a despesas. Apesar disso, é admissível a utilização da
receita de impostos para a realização de atividades de administração tributária.
24. (CESPE-Procurador TCU/2004) Em observância ao princípio da especificação, que comporta exceções, o
orçamento não contem dispositivo estranho à previsão das receitas e à fixação das despesas.
25. (CESPE-Procurador TCDF/2002) O princípio do equilíbrio orçamentário, considerado, em uma concepção
clássica, como o verdadeiro princípio fundamental dos orçamentos públicos, está expressamente previsto
na Constituição da República.
26. (CESPE – Técnico Judiciário – TRE Alagoas – 2004) O orçamento brasileiro tem alto grau de vinculações,
tais como transferências constitucionais para estados e municípios, manutenção do ensino, seguridade
social e receitas próprias de entidades. Essas vinculações tornam o processo orçamentário extremamente
rígido.
27. (CESPE – 2004 – Contador - Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará) O princípio do equilíbrio
surgiu com o objetivo de impedir que a lei de orçamento, em função da natural celeridade de sua
tramitação no legislativo, seja utilizada como meio de aprovação de matérias que nada tenham a ver com
questões financeiras.

GABARITO
1. B 2. B 3. C 4. A 5. E
6. B 7. C 8. C 9. E, C, E, C, C 10. D
11. C 12. C 13. D 14. D 15. B
16. A 17. A 18. E 19. E 20. E
21. C 22. C 23. C 24. E 25. E
26. C 27. E

Orçamento na constituição de 1988: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes


Orçamentárias (LDO), Lei Orçamentária Anual (LOA)
LEIS ORÇAMENTÁRIAS

Características
- São leis ordinárias, entretanto, as leis que as regulam, são leis complementares;
- São privativas do chefe do executivo;
- A CF/88 estabelece que a competência para legislar sobre matéria orçamentária é “concorrente”
entre União, Estados e Distrito Federal;
- São leis apenas no sentido formal;
Os prazos estão dispostos no ADCT art. 35
Base legal

De acordo com o artigo 6º do Decreto-Lei 200/1967, as atividades da Administração Federal


obedecerão aos seguintes princípios fundamentais:
Planejamento
Coordenação
Descentralização
Delegação de Competência
Controle
Determina ainda que estes princípios devem ser obedecidos na consecução de todas as
atividades da administração pública federal. No que se refere ao planejamento reza o seu
artigo 7º:
A ação governamental obedecerá a planejamento que visa a promover o
desenvolvimento econômico-social do País e a segurança nacional norteando-se
segundo planos e programas gerais, setoriais e regionais de duração plurianual.(com
adaptações)
De acordo com a Constituição, em seu artigo 165, os instrumentos de planejamento são:

Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


O PLANO PLURIANUAL – PPA
A LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS – LDO
A LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL - LOA
PLANO PLURIANUAL (PPA)
A lei que o instituir estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da
administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as
relativas aos programas de duração continuada.
Art. 167. São vedados:
§ 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem
prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de
responsabilidade.
Lei complementar prevista no art. 165, § 9º da CF, irá dispor sobre o exercício financeiro, os prazos, a
elaboração e a organização do PPA, LDO e LOA.
Como ainda não temos esta lei utilizaremos o que está disposto no art. 35 do ADCT.
Prazo do PPA
O ADCT estabelece que no âmbito federal o projeto de lei do PPA será encaminhado, pelo Poder
Executivo, ao Congresso Nacional até 4 meses antes do encerramento do exercício (31/08) e devolvido
para sanção ate o encerramento da sessão legislativa (22/12).
Vigência do PPA
O ADCT estabelece que o PPA cobrirá o período compreendido entre o inicio do segundo ano do
mandato presidencial e o final do 1º exercício do mandato subseqüente. Esta regra, entendida como
norma geral, é extensiva aos demais entes da Federação.
O PPA tem a mesma duração do mandato do chefe do Poder Executivo, porém vigência distinta.
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO)

Objetivos
Instituída pela Constituição de 1988, a Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO é o instrumento
norteador da elaboração da lei orçamentária anual na medida em que estabelece para cada exercício:
• as prioridades e metas da administração pública federal.
• a estrutura e organização dos orçamentos
•  as diretrizes para a elaboração e execução dos orçamentos da União e suas alterações.
•  as disposições relativas à dívida pública federal.
• as disposições relativas às despesas da União com pessoal e encargos sociais.
• a política de aplicação dos recursos das agências financeiras oficiais de fomento.
• as disposições sobre alterações na legislação tributária da União.
A Lei de Responsabilidade Fiscal atribuiu à LDO a responsabilidade de tratar de outras matérias:
• estabelecimento de metas fiscais
• a fixação de critérios par a limitação de empenho e movimentação financeira.
• a publicação da avaliação financeira e atuarial dos regimes geral de previdência social e próprio dos
servidores civis e militares.
• a avaliação financeira do Fundo de Amparo ao Trabalhador e as projeções de longo prazo dos
benefícios de amparos assistenciais - LOAS.
• a margem de expansão das despesas obrigatórias de natureza continuada.
• avaliação dos riscos fiscais.
Anexo de Metas Fiscais

O Anexo de Metas Fiscais – AMF demonstrará como será a condução da política fiscal para
os
próximos exercícios e avaliará o desempenho fiscal dos exercícios anteriores.
Desta forma, o AMF fixará as metas de Receita, Despesa, Resultado Primário e Nominal e
montante da dívida pública a ser observado no exercício financeiro a que se refere, além de
sinalizar
com metas fiscais para os dois exercícios seguintes. O anexo conterá, ainda:
I - a avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;
II – demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que
justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios
anteriores,
evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica
nacional;
III – evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a
origem e
a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;
IV – avaliação da situação financeira e atuarial do regime próprio dos servidos públicos e
dos
fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial; e
V – demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de
expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.
É primordial, para a elaboração do Anexo de Metas Fiscais, o domínio dos conceitos de
resultado primário e nominal, renúncia de receita e margem de expansão.
Anexo dos Riscos Fiscais
Conterá a avaliação dos passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas
públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.
Para entender a finalidade do Anexo de Riscos Fiscais é necessário, primeiramente,
compreender o que são passivos contingentes. Define-se passivo contingente como uma
despesa incerta ou eventual, ou seja, como a situação de risco que envolve um grau de
incerteza quanto à sua efetiva ocorrência. Entretanto, para que conste no anexo, o mesmo
deverá ser capaz de afetar o equilíbrio das contas públicas.
O Anexo de Riscos Fiscais resguarda o equilíbrio das contas públicas. Por intermédio deste
anexo serão determinadas, previamente, as medidas que serão adotadas em caso de
efetivação
da despesa. Esse relatório poderá servir como base para a fixação do percentual a ser
destinado a
Reserva de Contingência, conforme dispõe a alínea "b" do inciso III do art. 5º da Lei de
Responsabilidade Fiscal.
Critérios e Forma de Limitação de Empenho
A Lei de Responsabilidade Fiscal determina que, em até trinta dias após a aprovação da Lei
Orçamentária, o Poder Executivo deverá estabelecer as metas bimestrais de arrecadação
bem como a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso,
respectivamente arts. 13 e 8º da mencionada lei. Destes dispositivos legais inferimos que a
execução da despesa deverá ficar atrelada a realização da receita.
O Poder Executivo, bimestralmente, fará a verificação do comportamento da receita e, caso
se constate que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de
resultado estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, todos os Poderes deverão proceder, no
prazo de trinta dias, a limitação de empenho e movimentação financeira
(contingenciamento) nos montantes necessários para o cumprimento do resultado fixado.
Após a LRF, todos os Poderes são co-responsáveis pelo atingimento das metas fiscais
estabelecidas, cabendo ao Poder Executivo informar o montante de limitação para cada
Poder. Caso o chefe do Poder deixe de expedir o ato determinando a limitação de empenho
e movimentação financeira ficará sujeito à multa de trinta por cento dos seus vencimentos
anuais. A data para a informação dos demais poderes, bem como das despesas que ficarão
sujeitas à limitação, deverá constar na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Desde já, cabe
ressaltar que a LRF Administração Financeira e Orçamentária dispõe que não serão objeto
de limitação as despesas originárias de obrigações constitucionais e
legais, bem como as destinadas ao pagamento do serviço da dívida.
Ressalte-se que, conforme o disposto no § 1° do art. 9° da LRF, no caso de
restabelecimento da receita prevista na lei orçamentária, ainda que parcialmente, as
dotações serão recompostas, desde que se preserve a meta de resultado.

Prazos da LDO
Segundo o ADCT o projeto da LDO deverá ser encaminhado ao Congresso Nacional até 8 meses e
meio antes do encerramento do exercício (15/04), e devolvido para sanção até o encerramento do 1º
período da sessão legislativa (17/07).
O primeiro período da sessão legislativa somente será encerrado após aprovação da LDO (art. 57, §
2º, CF).
As emendas ao projeto da LDO não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o PPA (art. 166,
§ 4º, CF).
Vigência da LDO
Em relação à execução da LOA: exercício financeiro;
Em relação à elaboração e execução da LOA: superior a 1 ano.
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)
A lei orçamentária anual compreenderá:
• o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração
direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; tem como função reduzir
desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
• o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto; tem como função reduzir desigualdades inter-
regionais, segundo critério populacional.
• o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder
Público.
Exemplo : Saúde, Previdência e Assistência social.
Prazos da LOA
O ADCT estabelece que no âmbito federal o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado,
pelo Poder Executivo, ao Congresso Nacional até 4 meses antes do encerramento do exercício (31/08) e
devolvido para sanção ate o encerramento da sessão legislativa (22/12).
De acordo com a CF/88 é vedado o inicio de programas não incluídos na LOA (art. 167, I da CF). As
emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos de créditos adicionais somente podem ser
aprovadas caso sejam compatíveis com o PPA e com a LDO (art. 166, § 3º, I da CF).
Vigência da LOA
Um exercício financeiro (01/01 a 31/12).
- O exercício financeiro coincide com o ano civil.
Art. 167. São vedados:
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da
seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos
mencionados no art. 165, § 5º;
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.
X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de
receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas
com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
XI -
§ 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem
prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de
responsabilidade.
QUESTÕES DE CONCURSOS

01. (TRE-PE/2004) O instrumento que contém a previsão de receita e a fixação da despesa para
um determinado exercício, elaborado em consonância com a LDO −Lei de Diretrizes
Orçamentárias, é denominado
A) leverage financeiro.
B) cash-flow.
C) orçamento público.
D) contabilidade pública.
E) programa de governo.
02. (FCC - TRE-MG – Analista Judiciário – 2005) Elaborar-se-á no primeiro ano do mandato do
Executivo e terá vigência de 48 meses:
A) Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO
B) Orçamento Público
C) Plano Plurianual
D) Lei do Orçamento Anual – LOA
E) Ciclo Orçamentário
03. (FCC - TRT – 20ª Região – Analista Judiciário – 2006) O sistema orçamentário público é
composto por três leis de iniciativa do Executivo sendo que a Lei de Diretrizes Orçamentárias
A) Constitui-se no instrumento utilizado para a conseqüente materialização do conjunto de ações que foram
planejadas, visando ao melhor atendimento e bem estar da comunidade.
B) Prevê despesas de capital que não se associam a ações corriqueiras de operação e manutenção de serviços
pré-existentes, apresentando projetos de forma individual e financeiramente quantificados.
C) Estabelece metas de governo para um período de 4 anos.
D) É integrada pelos orçamentos fiscal, de investimento das empresas estatais e da seguridade social.
E) Propões critérios para limitação de empenho e movimentação financeira e apresenta anexos de metas e
riscos fiscais, entre outros conteúdos, conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal.
04. (TRT-RN/2003) O exercício financeiro compreende
A) 12 meses consecutivos quaisquer.
B) 12 meses coincidindo com o ano calendário.
C) 18 meses consecutivos.
D) 18 meses coincidindo com o ano civil.
E) 24 meses consecutivos.
05. (TRF-CE/2004) Estabelece as diretrizes e objetivos da Administração Pública
A) a Constituição Federal.
B) o plano plurianual.
C) os planos e programas gerais, setoriais e regionais.
D) a lei de diretrizes orçamentárias.
E) a lei orçamentária anual.
06. (FCC - MPPEP – Analista Ministerial – 2006) A Lei nº 4.320/64, conforme art 1º, estatui
normas gerais do direito financeiro, para elaboração e controle dos orçamentos e balanços,
A) da União, apenas.
B) dos Estados e dos Municípios, apenas.
C) dos Municípios e do Distrito Federal, apenas.
D) da União, dos Estados e do Distrito Federal, apenas.
E) da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
07. (ACE-MA/2005) O Anexo de Metas Fiscais deverá integrar
A) o Plano Plurianual (PPA) disposto pela Constituição Federal, estabelecendo metas de resultados primário e
nominal para o seu período de vigência.
B) a Lei Orçamentária Anual (LOA), estabelecendo as metas de resultados primário e nominal para o exercício
a que se referirem e para os dois seguintes.
C) o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), estabelecendo em valores correntes e constantes a
meta para o montante da dívida pública para o exercício a que se referir e para os dois seguintes.
D) a Lei Orçamentária Anual (LOA), estabelecendo as metas de resultados primário e nominal somente para o
exercício a que se referir.
E) o Plano Plurianual (PPA) disposto pela Constituição Federal, estabelecendo as metas anuais em valores
correntes e constantes relativas a receitas, despe¬sas, resultado nominal e primário e o montante da dívida
pública.
08. (FCC - MPPEP – Analista Ministerial – 2006) No Brasil a duração do exercício financeiro é
A) semestral, com inicio em 1º de janeiro e término em 31 de junho.
B) bimestral.
C) anual, com inicio em 1º de janeiro e término em 31 de dezembro.
D) anual, com inicio em 1º de fevereiro e término em 31 de janeiro do exercício seguinte.
E) quadrimestral.
09. (FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO – TRF 4ª REGIÃO/2001) É vedada a movimentação sem prévia
autorização legislativa, de recursos orçamentários:
A) de uma categoria de programação para outra, apenas;
B) de um órgão para outro, apenas
C) de um poder para outro, apenas
D) do orçamento fiscal e da seguridade para cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, mesmo que não
compreendidos nos orçamentos constantes de Lei Orçamentária Anual.
E) De uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro.
10. (TRE-AP) A lei anual que compreende as metas e prioridades da Administração Pública
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, sendo que,
dentre outras situações, dispõe sobre as alterações na legislação tributária, diz respeito à
A) lei de diretrizes orçamentárias.
B) mensagem do plano plurianual.
C) proposta orçamentária anual.
D) norma específica de natureza tributária.
E) aplicação dos créditos adicionais.
11. (TRE-MG) Elaborar-se- no primeiro ano do mandato do Executivo e terá vigência de 48 meses:
A) Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO.
B) Orçamento Público.
C) Plano Plurianual.
D) Lei do Orçamento Anual - LOA.
E) Ciclo Orçamentário.
12. (FCC - TRF - Analista Judiciário – 4ª Região – 2004) Estabelece as diretrizes e objetivos da
Administração Pública
A) a lei de diretrizes orçamentárias.
B) a lei orçamentária anual.
C) a Constituição Federal.
D) o plano plurianual.
E) os planos e programas gerais, setoriais e regionais.
13. (MPPEP – Analista Ministerial de Planejamento – 2006) Com relação ao Orçamento Público,
analise:
I. A Lei Orçamentária Anual compreenderá o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das empresas, em
que o Estado, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto e o orçamento
da seguridade social.
II. A Lei de Diretrizes Orçamentárias tem a finalidade de nortear a elaboração dos orçamentos anuais de forma
a adequá-los às diretrizes, objetivos e metas da administração pública, estabelecidos no plano plurianual.
III. O Plano Plurianual é um plano de médio prazo, através do qual procura-se ordenar as ações do governo que
levem à realização dos objetivos e metas fixadas para um período de cinco anos.
IV. A lei dos orçamentos anuais é o instrumento utilizado para a conseqüente materialização do conjunto de
ações e objetivos que foram planejados visando ao atendimento e bem-estar da coletividade.
V. A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública.
É correto o que consta em:
A) I, III e IV, apenas
B) I, II, IV e V, apenas
C) II, III e IV, apenas
D) IV e V, apenas
E) I, II, III, IV e V
14. (Fiscal da Receita – Auditoria Tributária – DF – 2001) Em matéria de orçamentos, é certo
que
A) cabe à lei ordinária, entre outros casos, determinar condições para instituição e extinção de fundos.
B) cabe à lei complementar, entre outros casos, estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da
administração direta e indireta.
C) o Poder Executivo publicará, até vinte dias após o encerramento de cada trimestre, relatório da
execução orçamentária.
D) é vedado, em qualquer hipótese, conter na lei orçamentária anual dispositivo estranho à previsão da
receita e a fixação de despesa.
E) leis de iniciativa dos três Poderes estabelecerão o plano anual, os orçamentos qüinqüenais e as
diretrizes orçamentárias.
15. (MPPEP – Analista Ministerial – 2006) O período no qual se exercem todas atividades
administrativas e financeiras relativas à execução do orçamento denomina-se
A) Exercício Financeiro.
B) Período Adicional.
C) Período Trimestral.
D) Exercício Semestral.
E) Exercício Contábil.
16. (TCE – AM – Procurador – 2005) A espécie de orçamento que “compreenderá as metas e
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o
exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual,
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação
das agências financeiras oficiais de fomento” denomina-se
A) Orçamento fiscal
B) Plano Plurianual
C) Orçamento da seguridade social
D) Lei de diretrizes orçamentárias
E) orçamento de investimento das empresas estatais.
17. (MPPEP – Analista Ministerial de Planejamento – 2006) A Constituição Federal de 1988
introduziu diversas inovações no processo orçamentário. Define corretamente uma dessas
inovações:
A) Recuperou a figura do planejamento na administração pública brasileira, mediante a integração entre
plano e orçamento, por meio da criação do Plano Plurianual (PPA) e da Lei de diretrizes Orçamentárias
(LDO).
B) concluiu o processo de modernização orçamentária, criando, além do Orçamento Monetário, o
Orçamento Fiscal e o Orçamento da Seguridade social.
C) Restaurou a prerrogativa do Congresso Nacional de iniciativa de proposição da lei em matéria
orçamentária ao longo de todo o ciclo orçamentário.
D) unificou o processo orçamentário, propondo um PPA válido por 5 anos.
E) aprovou a Lei de Responsabilidade Fiscal
18. (FCC – Prefeitura Municipal de Santos – Administrador – 2005) Os princípios básicos que
devem ser seguidos para a elaboração e controle do orçamento Público Brasileiro estão
definidos pelos seguintes dispositivos legais:
A) Constituição Federal do Brasil, Lei nº 4.320⁄64, Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias, Lei de
Responsabilidade Fiscal e Lei nº 8.666⁄93.
B) Constituição Federal do Brasil, Lei nº 4.320⁄64, Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei de
Responsabilidade Fiscal.
C) Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias, Lei de Orçamento Anual e Fluxo de Caixa
Governamental.
D) Constituição Federal do Brasil, Lei nº 4.320⁄64, Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias, Lei de
Responsabilidade Fiscal, Orçamento pelo regime de caixa e de competência e Fluxo de Caixa.
E) Política Fiscal, Política Regulatória e Política Monetária.
19. (FCC – TCE/CE – Auditor – 2006) Considere as seguintes afirmações:
I. o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato
presidencial subseqüente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro
exercício financeiro e devolvido para sanção até encerramento da sessão legislativa.
II. O projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até seis meses antes do encerramento do
exercício financeiro e devolvido para sanção até encerramento da sessão legislativa.
III. O projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do
enceramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
SOMENTE está correto o que se afirma em
A) I B) II C) I e II
D) I e III E) II e III
20). (MMA - ANALISTA - 2004) - No Brasil, tanto a iniciativa como a competência em matéria orçamentária
são do Poder Executivo.
21). (TCE-RN - PROCURADOR - 2004) - As leis do PPA não podem ser de iniciativa popular.
22). (MPOG 2003) - A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) instituída pela Constituição de
1988 é o instrumento norteador da Lei Orçamentária Anual (LOA). A Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF), de 04 de maio de 2000, atribuiu é LDO a responsabilidade de tratar também de
outras matérias. Indique qual opção não representou uma responsabilidade adicional é
criadas pela LRF.
a) A avaliação de riscos fiscais.
b) A fixação de critérios para a limitação de empenho e movimentação financeira.
c) A publicação da avaliação financeira e atuarial dos regimes geral de previdência social e próprio dos
servidores civis e militares.
d) O estabelecimento de prioridades e metas da administração pública federal.
e) O estabelecimento de metas fiscais.
23). (STJ - ANALISTA - 2004) - A LDO deve conter as metas e prioridades da administração pública federal,
com as despesas de capital para o exercício subseqüente.
24). (STJ - ANALISTA - 2004) - É vedado o inicio de programas não-incluídos como prioridade na LDO.
25). (STJ - ANALISTA - 2004) - É vedada a utilização, sem autorização legislativa especifica, de recursos dos
orçamentos fiscais e de investimentos das estatais para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas,
fundações e fundos.
26). (STJ - ANALISTA - 2004) É vedada a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização
legislativa.
27). (STJ - ANALISTA - 2004) - É vedada a transferência voluntária de recursos e a concessão de
empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos governos federal e estaduais e suas instituições
financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos estados, do
Distrito Federal e dos municípios.
28). (TCU - ANALISTA -2004) - Instituído pela Constituição Federal de 1988, o plano plurianual, de vigência
coincidente com a do mandato do chefe do Poder Executivo, estabelece, de forma regionalizada, as
diretrizes, os objetivos e as metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
29). (TCE-RN - PROCURADOR - 2004) - Em conformidade com a Constituição da República, o PPA terá
vigência de quatro anos, independentemente da duração do mandato do chefe do Poder Executivo.
30). (TCDF - AUDITOR - 2002) - O projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado pelo
presidente da República ao Congresso Nacional até oito meses e meio antes do encerramento do
exercício financeiro e será devolvido para a sanção até o encerramento do primeiro período da sessão
legislativa.
31). Considere as seguintes afirmativas:
I. A Lei Orçamentária Anual compreenderá o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das
empresas em que o Estado, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a
voto e o orçamento da seguridade social.
II. A Lei de Diretrizes Orçamentárias tem a finalidade de nortear a elaboração dos orçamentos anuais de
forma a adequá-los às diretrizes, objetivos e metas da administração pública, estabelecidos no plano
plurianual.
III. O Plano Plurianual é um plano de médio prazo, por meio do qual procura-se ordenar as ações do
governo que levem à realização dos objetivos e metas fixadas para um período de dez anos.
IV. A lei dos orçamentos anuais é o instrumento utilizado para a conseqüente materialização do conjunto
de ações e objetivos que foram planejados visando ao atendimento e bem-estar da coletividade.
V. A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública.

Sobre o Orçamento Público no Brasil está correto o que se afirma SOMENTE em


(A) II e IV. (B) IV e V. (C) I, II e V. (D) I, III e V. (E) I, II, IV e V.
32). É INCORRETO o que se afirma em:
(A) O projeto de lei orçamentária anual deve ser elaborado de forma compatível com o Plano Plurianual,
com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas da Lei de Responsabilidade Fiscal.
(B) A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos
contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a
serem tomadas, caso se concretizem.
(C) A lei de diretrizes orçamentárias disporá sobre normas relativas ao controle de custos e à avaliação
dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos.
(D) A lei orçamentária poderá consignar dotação para investimento com duração superior a um exercício
financeiro que não esteja previsto no Plano Plurianual.
(E) O Plano Plurianual, a lei de Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento anual são instrumentos relativos
ao processo orçamentário.

GABARITO
01. C 02. C 03. E 04. B 05. B
06. E 07. C 08. C 09. E 10. A
11. C 12. D 13. B 14. B 15. A
16. D 17. A 18. B 19. D 20. E
21. C 22. D 23. C 24. E 25. E
26. C 27. C 28. E 29. E 30. C
31. E 32. D

Leis de Créditos Adicionais

CREDITOS ORÇAMENTÁRIOS
Créditos Orçamentários - São autorizações constantes na Lei Orçamentária para a realização de
despesas.
Dotação - Limite de crédito consignado na lei de orçamento ou crédito adicional, para atender
determinada despesa.
Créditos Ordinários: Estão na Lei
Créditos Adicionais:
• São as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de
Orçamento.
• O ato que abrir crédito adicional indicará:
√ a importância;
√ a espécie; e
√ a classificação da despesa, até onde for possível.
• Classificam-se em:
√ suplementares;
√ especiais;
√ extraordinários.

Créditos suplementares
√ são os destinados a reforço de dotação orçamentária;
√ serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.
* Suplementação automática - Consta na LOA, basta o decreto.
√ dependem da existência de recursos disponíveis e requer indicação destes recursos.
√ Vigência: Exercício Financeiro.
Créditos especiais
√ os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica (novas
despesas);
√ serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.
√ dependem da existência de recursos disponíveis e requer indicação destes recursos.
√ Vigência: Exercício Financeiro, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos 4 meses
daquele exercício, caso em que reabertos no limite dos seus saldos, serão incorporados ao exercício
financeiro subsequente.

Créditos extraordinários
√ os destinados a despesas urgentes e imprevisíveis tais como: as decorrentes de guerra, comoção
interna ou calamidade pública.
√ serão abertos por Medida Provisória (União) ou Decreto (Estados e Municípios, podendo ocorre por
MP desde que previsto na Constituição Estadual ou na Lei Orgânica)
√ Não precisam de autorização legislativa; comunicam de imediato ao legislativo
√ Não é necessário haver recursos disponíveis nem indicação destes recursos
√ Vigência: Exercício Financeiro, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos 4 meses daquele
exercício, caso em que reabertos no limite dos seus saldos, serão incorporados ao exercício financeiro
subsequente.

Dos recursos disponíveis


√ Consideram-se recursos, desde que não comprometidos:
 o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior; é a diferença positiva
entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais
transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas.
 o excesso de arrecadação é o saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação
prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício.
 o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder
executivo realizá-las.
 os recursos que ficarem sem despesas correspondentes, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do
projeto de Lei Orçamentária Anual.
 Operação de crédito é a receita decorrente da colocação de títulos públicos ou de empréstimos
obtidos junto a entidades estatais ou particulares internas e externas;
 a anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados
em Lei;
 dotação global - reserva de contingência - não especificamente destinada a órgão, unidade
orçamentária, programa.
Artigos da CF
Art. 166.
§ 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos
especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
Art. 167. São vedados:
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos
orçamentários ou adicionais;
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação
dos recursos correspondentes;
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
QUESTÕES DE CONCURSOS

01-(ACE/2002) Com relação aos créditos adicionais, aponte a única opção correta pertinente aos
créditos extraordinários.
A) São destinados a reforço de dotação orçamentária.
B) São destinados a despesas para as quais não haja dotação específica.
C) São autorizados por lei e abertos por decreto.
D) São abertos por decreto do Executivo, que dará conhecimento ao Legislativo.
E) Sua abertura depende da existência de recursos disponíveis.
02. (FCC - PMJAB/2006) São créditos adicionais especiais os destinados a
A) reforço de qualquer dotação orçamentária.
B) despesas urgentes e imprevistas, como calamidades públicas.
C) despesas para as quais não haja dotação orçamentária especifica, não necessitando de autorização por lei,
devendo, porém, ser abertos por Decreto do Executivo.
D) despesas para as quais não haja dotação orçamentária especifica, devendo ser autorizados por lei e abertos
por Decreto do Executivo
E) despesas urgentes e imprevistas, como calamidades públicas, necessitando de autorização por lei, mas
dispensando Decreto do Executivo para a abertura.
03. (FCC - TER-MG – Analista Judiciário – 2005) Na Lei do Orçamento, as autorizações de despesas
não computadas ou insuficientemente dotadas denominam-se:
A) Despesas Correntes B) Despesas de Capital C) Despesas Operacionais
D) Restos a pagar E) Créditos Adicionais
04. (FCC - TRT – Analista Judiciário – 2006) Não são considerados recursos para cobertura de
créditos adicionais os provenientes de:
A) Operação de crédito realizada para atender insuficiência de caixa, possuindo natureza extra-orçamentária.
B) Anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos autorizados em lei.
C) Superávit financeiro do exercício anterior apurado em balanço patrimonial.
D) Excesso de arrecadação.
E) Empréstimos e financiamentos de natureza orçamentária
05. (FCC - TRT – 20ª Região – Analista Judiciário – 2006) Créditos adicionais são autorizações de
despesas nãocomputadas ou insuficientemente dotadas na Lei Orçamentária Anual. Créditos
especiais, extraordinários e suplementares, respectivamente, são autorizados para:
A) despesas não consideradas na Lei Orçamentária; atender a despesas imprevisíveis e urgentes; reforço de
dotações orçamentárias que se acrescem aos valores das dotações constantes da Lei Orçamentária.
B) atender a despesas imprevisíveis e urgentes; reforço de dotações orçamentárias que se acrescem aos
valores das dotações constantes da Lei Orçamentária; cobertura de despesas eventuais não consideradas
na Lei Orçamentária.
C) cobertura de despesas eventuais não consideradas na Lei Orçamentária; reforço de dotações
orçamentárias que se acrescem aos valores das dotações constantes da Lei Orçamentária; atender a
despesas imprevisíveis e urgentes.
D) reforço de dotações orçamentárias que se acrescem aos valores das dotações constantes da Lei
Orçamentária; atender a despesas imprevisíveis e urgentes; despesas eventuais não consideradas na Lei
Orçamentária
E) reforço de dotações orçamentárias que se acrescem aos valores das dotações constantes da Lei
Orçamentária; cobertura de despesas eventuais não consideradas na Lei Orçamentária; atender a
despesas imprevisíveis e urgentes.
06. (TRF - Analista Judiciário – 4ª Região – 2004) A reabertura de créditos adicionais abrange,
no seu todo,
A) os suplementares e especiais.
B) os especiais.
C) os suplementares.
D) os especiais e os extraordinários.
E) os extraordinários.
07. (AFC-TCU/1999) O orçamento público no Brasil, após a sua aprovação em lei, poderá sofrer
modificações no decorrer de sua execução através do mecanismo de abertura de créditos.
Identifique o único tipo de crédito que já é previsto.
A) crédito ordinário
B) crédito suplementar
C) crédito especial
D) crédito extraordinário
E) crédito adicional
08. (FCC - TRT – 5ª Região – Analista Judiciário – 2003) Para fins orçamentários, consideram-
se créditos extraordinários as autorizações de despesas que
A) resultam da anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados
em lei.
B) se destinam a reforço de dotação orçamentária, sendo autorizados por lei e abertos por Decreto
executivo.
C) visam a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica, sendo abertos por Decreto
executivo.
D) dependem da existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa, devendo ser precedidos de
exposição justificativa.
E) se destinam a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade
pública.
09. (FCC - TRE – Analista Judiciário – 2002) Quanto aos créditos adicionais previstos na Lei no
4.320, de 17/03/64, observa-se que, aqueles destinados a despesas, para as quais não
haja dotação orçamentária específica, classificam-se como
A) comuns. B) suplementares. C) extraordinários.
D) especiais. E) empenhados.
10. (TCU/1996) No transcorrer de um exercício financeiro, pode ocorrer a necessidade de
abertura de créditos adicionais para cobrir despesas não-computadas ou insuficientemente
dotadas. Com base na legislação vigente, relativa a esse assunto, julgue os itens seguintes.
A) Créditos extraordinários são os destinados ao reforço de dotação orçamentária já constituída.
B) Os créditos especiais são os destinados a despesas urgentes e imprevistas, tais como as decorrentes de
guerra, comoção intestina ou calamidade pública.
C) Os créditos adicionais suplementares são autorizados por lei e abertos por decreto, após a apresentação
de exposição justificativa, dependendo da existência de recursos disponíveis.
D) A vigência dos créditos adicionais especiais e extraordinários pode ultrapassar o exercício financeiro em
que foram autorizados.
E) No que se refere às despesas extra-orçamentárias, há a necessidade de adoção dos mesmos
procedimentos relativos à administração dos créditos orçamentários.
11. (TCU/1996) Com relação aos créditos orçamentários e adicionais, é correta a afirmação de
que
A) a lei orçamentária pode autorizar o Poder Executivo a abrir créditos suplementares e especiais até
determinado limite
B) o cancelamento de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais exige autorização legislativa,
genérica ou específica
C) quando a receita arrecadada está aquém da prevista, pode-se abrir crédito suplementar mediante
operação de crédito por antecipação de receita
D) receitas extra-orçamentárias são utilizadas para a abertura de créditos adicionais, que serão utilizados
tão logo se dê sua conversão em receitas orçamentárias
E) os créditos extraordinários podem ser abertos independentemente da existência de recursos e da
indicação de sua destinação
12. (TRE-MG/2005) Na Lei do Orçamento, as autorizações de despesas não computadas ou
insuficientemente dotadas, denominam-se
A) Despesas Correntes.
B) Despesas de Capital.
C) Despesas Operacionais.
D) Restos a Pagar.
E) Créditos Adicionais.
13. (TRF/2003) Quando da apuração do superávit financeiro, o balanço patrimonial do exercício
anterior indicava para o ativo financeiro o valor de $150 e para o passivo financeiro o de $70. No
exercício haviam sido reabertos dois créditos adicionais: um especial pelo saldo de $50, que
havia sido aberto com recursos de operação de crédito, do qual deixou de ser arrecadado no
exercício anterior o valor de $20; e um extraordinário pelo saldo de $28. Considerados esses
dados, o valor máximo do crédito adicional a ser aberto será
A) $80. B) $52. C) $30.
D) $22. E) $ 2.
14. (TRF/2004) A reabertura de créditos adicionais abrange, no seu todo,
A) os suplementares.
B) os especiais e os extraordinários.
C) os extraordinários.
D) os suplementares e especiais.
E) os especiais.
15. (FCC – TCM/CE – Auditor – 2006) Os créditos adicionais extraordinários
A) precisam ser aprovados pelo Poder legislativo.
B) destinam-se a reforçar dotação orçamentária já existente.
C) podem constar previamente da lei orçamentária anual.
D) independem da existência de recursos para financiar o gasto.
E) destinam-se a cobrir despesas através do excesso de arrecadação.
16. (TCESP) Os créditos adicionais especiais, assim entendidos os destinados a despesas para as
quais não haja dotação orçamentária específica, são
A) inconstitucionais no regime hoje vigente no Brasil.
B) autorizados por decreto e abertos por ato da autoridade fazendária.
C) autorizados por lei e abertos por decreto executivo.
D) autorizados por decisão judicial e abertos por lei.
E) autorizados por decisão judicial e abertos por decreto executivo.
17. (FCC – TRT 24ª Região – Analista Judiciário – 2006) Em relação aos créditos adicionais, é
correto afirmar:
A) A abertura de crédito especial independe da existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa,
porém será precedida de exposição justificada.
B) Os créditos extraordinários são destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária
específica, sendo aberto por lei específica.
C) São classificados como suplementares quando destinados a reforço de dotação orçamentária e especiais
quando destinados a atender despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra ou calamidade pública.
D) Os créditos extraordinários serão autorizados por lei e abertos por decreto, destinando-se às despesas
urgentes e imprevistas em caso de guerra e comoção intestina.
E) Somente os créditos suplementares e especiais dependem da existência de recursos disponíveis para a
ocorrência de despesa pública.
18. (TRE-MG) Na Lei do Orçamento, as autorizações de despesas não computadas ou
insuficientemente dotadas, denominam-se
A) Despesas Correntes.
B) Despesas de Capital.
C) Despesas Operacionais.
D) Restos a Pagar.
E) Créditos Adicionais.
19. (FCC – TRT 24ª Região – Analista Judiciário – 2006) A autorização, na lei de orçamento, para
abertura de créditos suplementares é exceção ao princípio orçamentário:
A) Da não afetação da receita
B) Da unidade
C) Da universalidade
D) Da exclusividade
E) Do orçamento bruto
20. (FCC – TRF 4ª Região – Analista Judiciário - 2006) É recurso de cobertura de créditos
suplementares ou especiais, decorrente de receitas não gastas em períodos anteriores,
A) o saldo do orçamento
B) o superávit financeiro
C) o excesso de arrecadação
D) a anulação de crédito
E) as operações de crédito com amortização e encargos a serem pagos em exercícios financeiros
subseqüentes.
21. (FCC – TRF 4ª Região – Analista Judiciário – 2006) Os créditos orçamentários têm vigência
adstrita ao exercício financeiro em que forem autorizados. Porém, se o ato de autorização for
promulgado nos últimos quatro meses do exercício, a Constituição autoriza sejam reabertos,
nos limites dos seus saldos, os créditos adicionais.
A) Especiais
B) Suplementares
C) Extraordinários
D) Especiais e extraordinários
E) Suplementares e extraordinários
22. (FCC – TRF/1ª Região /2006) Dos Créditos Adicionais abaixo relacionados poderão estar
previamente autorizados na Lei Orçamentária Anual (LOA) os
A) ordinários B) suplementares. C ) simples.
D ) especiais. E ) extraordinários.
23. (FCC - MPPEP – Analista Ministerial – 2006) A autorização, na lei de orçamento, para
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de créditos, constitui
EXCEÇÃO constitucional ao principio orçamentário da
A) Universalidade. B) Não-afetação de receitas.
C) Unidade. D) Exclusividade.
E) orçamento Bruto.
24). (CESPE - MC&T/Analista/2004) Classificam-se como créditos adicionais as autorizações de despesas
insuficientemente dotadas ou não-computadas na lei orçamentária anual, inclusive os créditos
extraordinários.
25). (CESPE – Anatel/Analista/2004) O conceito de créditos adicionais está disposto no art. 40 da Lei nº
4.320/1964. Na classificação desses créditos, incluem-se os destinados à reversão de dotação
orçamentária (suplementares), os destinados a receitas para as quais não houve dotação orçamentária
específica (especiais) e os destinados a receitas urgentes e imprevistas (extraordinários).
26). (CESPE - TCDF/Procurador/2002) Os créditos suplementares, especiais e extraordinários são sempre
adstritos ao exercício financeiro, ou seja, vigoram, sem exceção, da data em que forem abertos até,
impreterivelmente, o último dia do respectivo exercício financeiro.
27). (CESPE - Cearaportos/Analista/2004) Os créditos adicionais terão vigência no exercício financeiro em
que forem abertos. Os créditos especiais e os extraordinários poderão ser reabertos, dependendo de seus
saldos, no exercício seguinte, desde que autorizados pelo Congresso Nacional.
28). (CESPE - TCDF /Procurador/2002) Para a abertura de crédito suplementar ou especial, não é suficiente
apenas a respectiva autorização legislativa.
29). (CESPE -BASA/Técnico/2004) Em caso de relevância e urgência, o presidente da República pode criar
créditos especiais por meio de medidas provisórias.
30). (CESPE - TCRN/Procurador/2002) De acordo com o texto constitucional, é possível utilizarem-se, por
meio de créditos extraordinários, recursos que, em razão de veto, ficarem sem despesas correspondentes.
31). (CESPE - Câmara/Consultor/2002) De acordo com a Constituição Federal, a abertura de crédito
extraordinário somente será admitida para atender as despesas decorrentes de guerra, comoção interna
ou calamidade pública, por meio da edição de medida provisória.
32). (CESPE - TCDF/Consultor/2002) Ocorrendo grave acidente natural gerador de situação de calamidade
pública, o presidente da República pode, por intermédio de decreto, proceder à abertura de créditos
extraordinários, dando imediato conhecimento ao Poder Legislativo.
33). (CESPE - TCU/Analista/2004) Para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de
guerra, de comoção interna ou de calamidade pública, o Poder Executivo federal, amparado nas
disposições da Lei nº 4.320/1964, pode editar decreto abrindo crédito extraordinário.
34)(CESPE - MC&T/Analista/2004) Denominam-se créditos orçamentários, no entender de Giacomoni, a
quantidade de recursos financeiros com que conta uma unidade orçamentária.
35). (CESPE - MC&T/Analista/2004) Machado Júnior e Reis afirmam que o crédito orçamentário seria
portador de uma dotação e esta, o limite autorizado, quantificado monetariamente.
36). (ESAF - MPOG/2003) Com base na Constituição Federal de 1988, identifique a opção
correta com relação aos créditos adicionais.
a) Os créditos adicionais são classificados em crédito complementar, crédito especial e crédito
extraordinário.
b) Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados,
salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que,
reabertos nos limites dos seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro
subseqüente.
c) O crédito especial destina-se ao reforço de categoria de programação orçamentária já existente.
d) O crédito extraordinário destina-se às despesas para as quais não haja categoria de programação
orçamentária específica, visando atender objetivo não previsto no orçamento.
e) É vedada a abertura de crédito especial ou extraordinário sem prévia autorização legislativa e sem
indicação dos recursos correspondentes.
37). (ESAF - Compras Recife/2003) Os créditos adicionais:
a) são vedados em qualquer hipótese.
b) compreendem os créditos suplementares, os extraordinários e os excepcionais.
c) compreendem os créditos suplementares, que se destinam ao reforço de
dotação orçamentária insuficiente.
d) não se sujeitam ao controle externo, considerada a sua singular natureza.
e) não admitem para o seu tratamento, qualquer que seja a sua espécie, por força de sua condição de
matéria orçamentária e do princípio da transparência, a adoção de Medida Provisória.
38. (FCC-Anal. Jud. Adm.-TER-PI/2002) Sob o ponto de vista constitucional em relação às
finanças públicas, é vedada, dentre outras situações, a
A) assunção de obrigações diretas, ainda que não excedam os créditos orçamentários ou adicionais.
B) instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.
C) concessão ou utilização de créditos limitados.
D) transferência, em qualquer hipótese, de recursos de um órgão para outro .
E) abertura de créditos extraordinários, sem qualquer exceção.
39. (FCC-Anal. Jud. Adm.-TER-PI/2002) Quanto aos créditos adicionais previstos na Lei no
4.320, de 17/03/64, observa-se que, aqueles destinados a despesas, para as quais não haja
dotação orçamentária específica, classificam-se como
A) comuns. B) suplementares.
C) extraordinários. D) especiais.
E) empenhados.
GABARITO
01. D 11. B 21. D 31. E
02. D 12. E 22. B 32. E
03. E 13. D 23. D 33. E
04. A 14. B 24. C 34. E
05. A 15. D 25. E 35. C
06. D 16. C 26. E 36. B
07. A 17. E 27. E 37. C
08. E 18. E 28. C 38. B
09. D 19. D 29. E 39. D
10. E, E, C, C, E 20. B 30. E

CICLO ORÇAMENTÁRIO

ETAPAS PRINCIPAIS
• O ciclo orçamentário apresenta as seguintes fases:
√ Elaboração e revisão da proposta da LOA;
√ Discussão, votação e aprovação da LOA;
√ Execução da LOA;
√ Controle e avaliação da LOA;
Elaboração e revisão da proposta
ETAPAS PRODUTO

- Definição de Macro Diretrizes - LDO: diretrizes para a elaboração da lei orçamentária. Parâmetros,
Metas Fiscais. Riscos Fiscais. Objetivos das Políticas Monetárias,
Creditícia e Cambiais. Demonstrativo da estimativa da margem de
expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado
- Definição de Prioridades e Metas - Rol de metas e :prioridades que terão precedência na alocação de
LDO recursos na lei orçamentária e na sua execução.

- Definição das etapas, agentes responsáveis, metodologia,


- Planejamento do Processo Global
instrumentos, prazos, processo decisório. Instruções, Manuais de
de Elaboração
Elaboração – MTO, Cronograma Global de Elaboração.

- Estrutura Programática do Orçamento, Programas, Ações e


- Revisão da Estrutura Programática
Localizadores de Gasto

- Série Histórica de execução de exercício anterior, alinhada em relação


- Montagem da Série Histórica
à estrutura programática e classificações orçamentárias vigente. Base
Alinhada
de revisão 2002 e previsão do exercício anterior.

- Revisão de Receita e Despesa - Valor da Execução Provável do orçamento vigente (estimativa de


Orçamentárias do exercício anterior fechamento da receita e da despesa)

- Receitas estimadas para proposta orçamentária. Ênfase nas receitas


- Estimativa da Receita
próprias e vinculadas.

- Parâmetros financeiros para apresentação da proposta orçamentária


dos órgãos setoriais. Dossiê de Informações Setoriais e institucionais,
- Fixação de Limites de Despesa
contendo organização e funcionamento dos órgãos, avaliação de
desempenho institucional e da programação setorial.

- Elaboração da Proposta Setorial - Proposta Orçamentária dos Órgãos Setoriais detalhada no SIDOR

- Proposta SOF de dotações para Pessoal, Divida, Precatórios,


- Análise da Proposta Setorial
Atividades, Projetos e Operações Especiais.

- Processo Decisório - Alocação Final da Proposta Orçamentária

- Compatibilização e consolidação - PPA LDO LRF Metas fiscais ReceitaXDespesa

- Formalização - Projeto de Lei e Anexos

√ Inicia-se com a definição, a cargo de cada unidade gestora, da sua proposta parcial de orçamento, que
deverá ser consolidada a nível de órgão ou ministério;
√ As propostas setoriais dos órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário serão encaminhadas ao
órgão central do sistema de orçamento da União, Secretaria de Orçamento Federal (SOF) do MPOG, para a
revisão e consolidação;
√ Após a consolidação, o projeto de lei é submetido ao Presidente da República para encaminhamento ao
Congresso Nacional, através de mensagem.
√ Agentes envolvidos na tarefa de elaboração:
Órgão Central – é a SOF (Secretaria de Orçamento Federal) que tem como função:
• Definição de diretrizes gerais para o Sistema Orçamentário Federal.
• Coordenação da elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias.
•  Coordenação da elaboração da Proposta Orçamentária da União.
• Preparação dos projetos de lei de diretrizes orçamentárias e de orçamento anual da União.
• Definição das ações orçamentárias de cada exercício que comporão a estrutura programática dos órgãos
e unidades orçamentárias.
• Fixação de normas gerais de elaboração dos orçamentos federais.
• Orientação, coordenação e supervisão técnica dos órgãos setoriais de orçamento.
• Fixação de parâmetros e referenciais monetários para a apresentação da proposta setorial.
• Análise da Proposta Setorial.
• Formalização da Proposta Orçamentária da União.
• Coordenação das atividades relacionadas à tecnologia de informações orçamentárias necessárias ao
trabalho desenvolvido pelos agentes do Sistema Orçamentário Federal.
Órgão Setorial
O Órgão Setorial desempenha o papel de articulador do processo no âmbito de seus respectivos
órgãos, atuando verticalmente com o processo decisório e integrando os produtos gerados no nível
subsetorial, coordenado pelas Unidades Orçamentárias. Sua atuação no processo de elaboração envolve:
• Estabelecimento de diretrizes setoriais para elaboração da proposta orçamentária.
• Estabelecimento de prioridades dos programas do órgão e das respectivas ações.
• Promoção de avaliação da adequação da estruturação programática e coordenação do levantamento
das alterações necessárias.
• Formalização da proposta de alterações na estrutura programática, junto à SOF.
• Coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento da qualidade das informações constantes do
Cadastro de Programas e Ações.
• Comunicação dos referenciais monetários para apresentação das propostas orçamentárias das unidades
orçamentárias.
• Definição de instruções e normas de procedimentos a serem observados no âmbito do órgão durante o
processo de elaboração da proposta.
• Coordenação do processo de elaboração da proposta orçamentária no âmbito do Órgão Setorial.
• Análise e validação das propostas orçamentárias provenientes das unidades orçamentárias.
• Consolidação e formalização da Proposta Orçamentária do Órgão.
Unidade Orçamentária
A Unidade Orçamentária desempenha o papel de coordenador do processo de elaboração da Proposta
Orçamentária no seu âmbito de atuação, integrando e articulando o trabalho das Unidades
Administrativas componentes. Trata-se de momento importante do qual dependerá a consistência da
Proposta do Órgão, em termos das metas quantificadas, valores e arrazoado que fundamentam a
programação.
As Unidades Orçamentárias são responsáveis pela apresentação da programação orçamentária
detalhada da despesa por programa, ação orçamentária e localizador de gasto. Seu campo de atuação no
processo de elaboração compreende:
• Estabelecimento de diretrizes no âmbito da Unidade Orçamentária.
• Estudos de adequação da estrutura programática do exercício.
• Formalização da proposta de alteração na estrutura programática sob responsabilidade de suas
unidades administrativas junto ao Órgão Setorial.
• Coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento das informações constantes do Cadastro de
Ações Orçamentárias.
• Estabelecimento de prioridades das ações dentro dos programas sob sua responsabilidade.
• Definição de critérios de distribuição dos referenciais monetários para detalhamento das propostas
orçamentárias por programas e ações das unidades administrativas.
• Análise e validação das propostas orçamentárias provenientes das unidades administrativas.
• Formalização da Proposta Orçamentária da Unidade Orçamentária.
• Enviar a proposta ao seu respectivo órgão setorial.
O fluxo apresentado a seguir é uma representação esquemática do processo de elaboração do
orçamento. Destaca os eventos na seqüência de sua implementação, o papel e as responsabilidades de
cada entidade interveniente, a saber, Secretaria de Orçamento Federal, Órgãos Setoriais e Unidades
Orçamentárias.
FLUXO DA ELABORAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
O fluxo apresentado a seguir é uma representação esquemática do processo de elaboração do
orçamento. Destaca os eventos na seqüência de sua implementação, o papel e as responsabilidades de
cada entidade interveniente, a saber, Secretaria de Orçamento Federal, Órgãos Setoriais e Unidades
Orçamentárias. * Fonte: MTO 2004, com adaptações.

ÓRGÃO UNID. MPOG


SOF SETORIAL ORÇAMENTÁRIA PRESIDENTE

INÍCIO

Fixa
DEFINE: Deretrizes
- Diretrizes Estrangeiras Setoriais PROPOSTA
- Parâmetros Quantativos
Programa

Analisa Atividade
Limite
Projeto

Compra Limites Operação


Atividades Especiais
Operações Especiais
Consolidação
Valida Localizador
Proposta de gasto
Avalia
Expansão
Formaliza
Projetos
Proposta Formaliza
Proposta

Ajusta
propostas Decide
Setoriais

Consolida
Formaliza PL

Encaminha

Congresso Nacional

Discussão, votação e aprovação da proposta:


• Encaminhado ao Congresso Nacional, o projeto de lei orçamentária deverá ser apreciado pelas duas
casas através de uma comissão mista permanente, cabendo a ela a tarefa de examinar e emitir
parecer sobre o projeto, e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária;
• As emendas serão apresentadas na comissão mista, que sobre elas emitirá parecer;
• A apreciação do projeto de lei orçamentária e das emendas será feita pelo plenário em sessão
conjunta, obedecendo ao regimento comum;
• Não cabe ao Congresso Nacional delegar a aprovação das leis referentes ao PPA, LDO e LOA;
• A emenda efetuada deve manter a compatibilidade entre o PPA > LDO > LOA;
• É possível apresentar emendas que se destinem a:
 alterar dispositivos do texto do projeto de lei;
 correção de erros ou omissões;
• Caso um parlamentar deseje efetuar emendas em despesas constantes no projeto de lei orçamentária,
somente poderá fazê-lo se indicar a fonte de recursos que somente poderá ser encontrada na anulação
de outras despesas;
• São vedados os cancelamentos/anulações de dotações relativas a:
 pessoal e seus encargos;
 serviços da dívida; e
 transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal;
• Caso sejam constatados erros ou omissões na previsão da receita orçamentária, o Poder Legislativo
deverá emendar o projeto de lei orçamentária, se ocorrer o aumento da receita, a diferença poderá ser
utilizada como fonte de recursos para apresentação de emenda de despesa, portanto não necessitando
de anulação de outras despesas;
• O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor emendas ao
projeto de lei orçamentária enquanto não iniciada a votação, na comissão mista, da parte cuja
alteração é proposta;
• Aprovado pelo Plenário do Congresso Nacional, o projeto será devolvido ao Presidente da República que
poderá sancioná-lo ou propor vetos. Sancionando-o deverá encaminhá-lo para a publicação.
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da
República, que, aquiescendo, o sancionará.
§ 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou
contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da
data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os
motivos do veto.
§ 2º - O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
§ 3º - Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará sanção.
§ 4º - O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só
podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em escrutínio secreto.
§ 5º - Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da
República.
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do dia da
sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 32, de 2001)
§ 7º - Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República, nos
casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá
ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.

Execução da Lei Orçamentária:


• Essa etapa trata das operações que são efetuadas para que se possa ser colocado em prática o plano de
governo para o exercício;
• É a etapa onde efetivamente serão despendidos os recursos na consecução dos objetivos que
foram propostos no PPA, priorizados ou não na LDO e quantificados na LOA;
• Ocorre a contabilização do orçamento aprovado, pela STN que providencia a consignação da dotação
orçamentária a todos os órgãos e ministérios contemplados na lei de meios;
• As unidades orçamentárias passam efetivamente a executar os seus programas de trabalho, por meio da
concretização de diversos atos e fatos administrativos, inerentes à execução de receita e da despesa
orçamentária tais como:
 emissão de empenhos;
 liquidação da despesa;
 emissão de ordens bancárias;
 arrecadação da receita; etc.
• O registro detalhado dos créditos e respectivas dotações é fundamental para:
 identificar claramente as receitas e despesas previstas e autorizadas, respectivamente; e
 facilitar a contabilização, o controle, a fiscalização e a avaliação da execução.
Caso ocorra algum contratempo no desenvolvimento das etapas do ciclo orçamentário, que impeça a
colocação da dotação orçamentária à disposição das unidades, no início do exercício financeiro, os órgãos
lançam mão do mecanismo previsto na lei de diretrizes orçamentárias denominado de duodécimo. Esse
mecanismo oferece aos órgãos a possibilidade de utilizar, a cada mês do exercício financeiro, um doze
avos dos valores previstos no projeto de lei orçamentária que está sendo apreciado, de modo que não se
prejudique totalmente a execução orçamentária daquele exercício, em razão de um possível atraso na
aprovação da lei de orçamento. Além de adotar esse mecanismo, a LDO também autoriza, previamente, a
execução de despesas obrigatórias de caráter constitucional ou legal, relacionadas em anexo próprio.
Ressalte-se que, de acordo com o art. 32 da Lei n° 4.320/64, se o Poder Legislativo não receber o projeto
de lei de orçamento no prazo fixado nas Constituições ou Leis Orgânicas dos Municípios, considerará
como proposta a lei de orçamento vigente.
Controle e avaliação da Lei Orçamentária:
• Essa etapa consiste no acompanhamento e avaliação do processo de execução orçamentária;
• O controle poderá ser:
 Interno – cada um dos Poderes manterá, de forma integrada, um sistema de controle interno que terá os
seguintes objetivos:
• avaliar o cumprimento das metas previstas no PPA;
• avaliar a execução dos programas de governo;
• avaliar a execução dos orçamentos da União; e
• comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto a eficácia e eficiência, da gestão orçamentária.
 Externo – está a cargo do Congresso Nacional e será exercido com o auxilio do Tribunal de Contas da
União.

QUESTÕES DE CONCURSOS
01. (ACE 2002) O Ciclo Orçamentário é a seqüência das etapas desenvolvidas pelo processo
orçamentário. Assinale a única opção correta no tocante à etapa de elaboração do orçamento.
A) É fase de competência do Poder Legislativo.
B) Constitui a concretização anual dos objetivos e metas determinados para o setor público, no processo de
planejamento integrado.
C) Compreende a fixação de objetivos concretos para o período considerado, bem como o cálculo dos recursos
humanos, materiais e financeiros, necessários à sua materialização e concretização.
D) Configura-se na necessidade de que o povo, através de seus representantes, intervenha na decisão de suas
próprias aspirações, bem como na maneira de alcançá-las.
E) É a etapa que impõe a necessidade de um sistema estatístico cuja informação básica se obtém em cada uma
das repartições ou órgãos.
02. (TCU/1996) Em relação aos procedimentos no processo orçamentário, no nível federal, julgue os
itens abaixo.
A) Cada um dos três poderes é responsável pela elaboração da proposta orçamentária a ser encaminhada ao
Congresso Nacional.
B) A lei das diretrizes orçamentárias deve ser elaborada em conjunto com a lei orçamentária anual, de forma a
orientar a execução das despesas relativas ao exercício financeiro seguinte.
C) O projeto da lei orçamentária anual deve ser enviado ao Congresso Nacional até três meses antes do início do
exercício financeiro seguinte.
D) O Presidente da República poderá encaminhar mensagem retificativa à proposta orçamentária, desde que não
tenha sido iniciada a votação da parte cuja alteração esteja sendo proposta na Comissão Mista de Deputados e
Senadores responsável pela redação final do projeto.
E) A discussão e a votação da proposta orçamentária acontecerão em sessão conjunta das duas casas do
Congresso Nacional.
03. (TCU/1996) A propósito do ciclo orçamentário, é correto afirmar que
A) a sessão legislativa só pode ser formalmente encerrada após a aprovação do projeto de lei orçamentária
B) matérias orçamentárias são votadas sucessivamente, no âmbito de cada uma das Casas do Congresso Nacional
C) no primeiro ano de cada mandato presidencial, a lei de diretrizes orçamentárias para o segundo ano é aprovada
antes do plano plurianual para o respectivo mandato
D) se o veto presidencial à lei orçamentária for total, será adotada a última lei orçamentária aplicada
E) os projetos de créditos adicionais não tramitam pela Comissão Mista, sendo votados diretamente no plenário do
Congresso Nacional
04. (TRE/MG) A fase de competência do Poder Executivo, na qual, com base na Lei de Diretrizes
Orçamentárias, são fixados os objetivos para o período, levando-se em conta as despesas correntes
já existentes e aquelas a serem criadas é
A) Avaliação. B) Elaboração. C) Execução.
D) Análise. E) Estudo e aprovação.
05. (TRE / SP – 2006) Quanto ao orçamento público, dispõe a Constituição Federal que
A) compete ao Senado Federal apreciar os projetos de lei relativos ao plano plurianual e às diretrizes orçamentárias
e à Câmara Federal a apreciação dos projetos relativos ao orçamento anual e aos créditos adicionais.
B) o Poder Executivo publicará, até quarenta e cinco dias após o encerramento de cada trimestre, relatório detalhado
da execução orçamentária.
C) os planos e programas nacionais, regionais e setoriais serão elaborados em consonância com as diretrizes
orçamentárias e apreciados pelo Senado Federal.
D) nenhum investimento cuja execução ultrapasse o exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no
plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
E) os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro subseqüente ao da autorização,
salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos três meses daquele exercício.
06. (TRE 21ª REG./2003) O Poder Executivo pode enviar mensagem ao Poder Legislativo propondo
modificação de parte do projeto da lei de diretrizes orçamentárias enquanto não iniciada sua
votação na
A) comissão permanente de orçamento.
B) mesa da Casa.
C) comissão de constituição e justiça.
D) primeira discussão em plenário.
E) segunda discussão em plenário.
07. (TRE 21ª REG./2003) O projeto do plano plurianual de um mandato presidencial com duração de
quatro exercícios financeiros, encaminhado para o Poder Legislativo quatro meses antes do
encerramento do seu primeiro exercício financeiro, devolvido para sanção quatro meses antes do
encerramento da sessão legislativa e sancionado no prazo, será aplicado por
A) 48 meses. B) 42 meses. C) 36 meses.
D) 24 meses. E) 12 meses.
08. (TRE 21ª REG./2003) A lei orçamentária anual, segundo a Constituição, é de iniciativa
A) do Congresso Nacional.
B) do Senado Federal.
C) do Presidente da República.
D) da Câmara Federal.
E) do Ministro da Fazenda.
09. (FCC - TRF – Analista Judiciário 1ª Região 2001) Em sua fase ascendente, teoricamente, em cada
unidade orçamentária a elaboração do orçamento deve iniciar-se
A) no gabinete de seu dirigente.
B) nas unidades que integram o gabinete de seu dirigente.
C) nas unidades imediatamente inferiores às que compõem o gabinete do seu dirigente.
D) nas suas unidades de maior porte.
E) nas suas unidades de menor nível.
10. (FCC - TRE-MG – Analista Judiciário – 2005) A fase de competência do Poder Executivo, na qual,
com base na Lei de Diretrizes Orçamentárias, são fixados os objetivos para o período, levando-se
em conta as despesas correntes já existentes e aquelas a serem criadas é:
A) Avaliação B) Elaboração C) Execução D) Análise E) Estudo e Aprovação
11. (ESAF - MPOG/2000) O orçamento do governo representa um sumário dos planos de receita
e gastos para determinado ano. O processo orçamentário envolve quatro fases distintas.
Aponte a opção não adequada ao processo orçamentário.
a) Elaboração da proposta orçamentária.
b) Execução orçamentária.
c) Discussão, votação e aprovação da lei orçamentária.
d) Exposição das técnicas da análise custo-benefício.
e) Controle de avaliação da execução orçamentária.
Julgue os itens nas questões seguintes.
12. (CESPE – Anatel/2004) O processo orçamentário pode ser representado como um sistema com quatro
fases sucessivas e interligadas para evidenciar o processo orçamentário: elaboração da proposta
orçamentária; discussão, votação e aprovação da lei orçamentária; execução orçamentária; controle de
avaliação da execução orçamentária para realimentação do processo.
13. (CESPE - Cearaportos/Analista/2004) As propostas orçamentárias dos Poderes Legislativo e Judiciário,
bem como a do Ministério Público da União, são enviadas à SOF, que é responsável pela compatibilização
final que é encaminhada ao Congresso Nacional.
14. (CESPE - Cearaportos/Analista/2004) A Secretaria de Orçamento Federal (SOF) do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão é o órgão central do sistema de orçamento.
15. (CESPE - Cearaportos/ Analista/2004) A aprovação do orçamento da União é de responsabilidade do
Senado Federal.
16. (CESPE – Anatel/2004) As mensagens do presidente da República, encaminhando os projetos de lei
relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, aos orçamentos anuais e aos créditos adicionais,
serão recebidas pelo presidente do Senado Federal e encaminhadas à Comissão Mista de Planos,
Orçamentos Públicos e Fiscalização em 48 horas após a comuni¬cação imediata às duas Casas do
Congresso Nacional.
17. (CESPE - Câmara/Consultor/2002) As emendas parlamentares aos projetos de lei de créditos adicionais
devem ser compatíveis com o que dispõe a LDO e a Lei do Plano Plurianual.
18. (CESPE - MC&T/Analista/2004) As emendas ao Projeto de Lei Orçamentária somente podem ser
aprovadas caso indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de
despesas, excluídas as que incidem, entre outras, sobre os serviços da dívida.
19. (CESPE - TCDF/Auditor/2002) O presidente da República poderá, mediante mensagem enviada ao
Congresso Nacional, propor modificações nos projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes
orçamentárias e ao orçamento anual, antes de ser concluída a votação, no plenário das Casas do
Congresso Nacional, a parte cuja alteração é proposta.
20. (CESPE - TRT 10ª Reg./Analista/2004) O Poder Judiciário pode encaminhar ao Congresso Nacional, com
força de emenda a projeto de lei, dispositivo que pretenda ver contemplado na lei de diretrizes
orçamentárias (LDO), que se refira as suas atribuições, exclusivamente.
21. (CESPE - Câmara/Consultor/2002) Após a Emenda Constitucional (EC) nº 32, ficou definido que o projeto
de lei relativo às diretrizes orçamentárias será apreciado separadamente pelas duas Casas do Congresso
Nacional, na forma de seus respectivos regimentos internos.
22. (CESPE - MC&T/Analista/2004) A fiscalização orçamentária é exercida pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada poder.
23. As emendas ao projeto de lei do orçamento anual podem ser aprovadas se indicados os
recursos necessários provenientes de anulação de despesa, que podem incidir sobre dotações
para
A) pessoal.
B) encargos de pessoal.
C) amortização da dívida.
D) encargos da dívida.
E) transferências constitucionais não tributárias.
24. (TRT/Anal. Jud.-21ª Reg./2003) O Poder Executivo pode enviar mensagem ao Poder
Legislativo propondo modificação de parte do projeto da lei de diretrizes orçamentárias
enquanto não iniciada sua votação na
A) comissão permanente de orçamento.
B) mesa da Casa.
C) comissão de constituição e justiça.
D) primeira discussão em plenário.
E) segunda discussão em plenário.

GABARITO
01. C 02. E, E, E, C, C 03. C 04. B 05. D
06. A 07. A 08. C 09. E 10. B
11. D 12. C 13. C 14. C 15. E
16. C 17. C 18. C 19. E 20. E
21. C 22. C 23. E 24. A

EXECUÇÃO DAS DESPESAS


DESCENTRALIZAÇÃO DOS CRÉDITOS E DOS RECURSOS
DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
A lei de meios (lei orçamentária contempla as unidades setoriais de orçamento de cada órgão com dotações
orçamentárias. Entretanto, existe um grande número de unidade que realizam gasto e que, por conseguinte,
necessitam de dotações também. Essas unidades administrativas recebem o orçamento por descentralização da
unidade orçamentária, em regra geral.
A descentralização dos créditos orçamentários ou adicionais poderá ocorrer sob os seguintes títulos:
* a. PROVISÃO OU descentralização interna de créditos:
quando envolve unidade gestoras de um mesmo órgão, ministérios ou entidades integrante dos orçamentos
fiscal e da seguridade social; e
* b. DESTAQUE ou descentralização externa de créditos:
quando envolve unidade gestoras de órgão, ministérios ou entidades de estruturas administrativas diferentes
(de um órgão para outro)
Para fins didáticos, pode ser entendida também como uma transferências de créditos orçamentários e
adicionais, a consignação das autorizações às unidades setoriais de orçamento feita pelo órgão central do
sistema de orçamento (Secretaria de Orçamento Federal – SOF/Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão – MOG) que denominaremos de “Dotação” ou “Fixação”.
Créditos orçamentários: autorização da própria lei orçamentária ou de crédito adicional expressa nos
programas de trabalho.
Exemplo: recuperação da pavimentação das rodovias federais.
Dotação orçamentária: o montante (limite) da autorização dada na lei orçamentária para gasto, ou seja, o
valor que pode ser gasto em um crédito.
Unidade orçamentária (UO): aquela contemplada com dotação diretamente na lei orçamentária.
Unidade administrativa (UA): aquela que recebe autorização por descentralização de uma UO ou outra
UA.
Compõem o sistema de orçamento federal, além do órgão central que é a secretaria de Orçamento federal
(SOF) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MOG), as unidades setoriais existentes em cada
ministério ou órgão equivalente e, ainda, as unidades orçamentária, as quais efetivamente realizam o gasto, ou
seja executam a despesa orçamentária, por meio de uma unidade executiva no SIAFI (Sistema Integrado de
Administração Financeira do governo federal)
O fluxo dessa descentralização pode ser definido conforme a seguir:

(DOTAÇÃO ÓRGÃO CENTRAL DE ORÇAMENTO (DOTAÇÃO


) )

MINISTÉRIO “A” MINISTÉRIO “B”


DESCENTRALIZAÇÃO EXTERNA DE CRÉDITOS - DESTAQUES
(Unidade Orçamentária) (Unidade Orçamentária)

DESCENTRALIZAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO INTERNA


INTERNA DE CRÉDITOS - DE CRÉDITOS - PROVISÃO
PROVISÃO

MINISTÉRIO “A” MINISTÉRIO “B”


(Unidade Administrativa) (Unidade Administrativa)

A dotação (ou fixação) é materializada num documento Nota de dotação (ND): documento do SIAFI
denominado de Nota de dotação – ND. O destaque e a Provisão são para contabilização do orçamento aprovado
realizados por meio do documento chamado Nota de Movimentação Nota de Movimentação de crédito (NC):
de Crédito – NC. Ambos documentos de entrada de dados do SIAFI a documento do SIAFI para contabilização do
serem examinados em capítulo próprio destaque e da provisão

PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA
Introdução, Conceito e Etapas
A programação financeira é o conjunto de ações desenvolvidas com o objetivo de estabelecer o fluxo de
caixa da união, para determinado período, tendo como parâmetros a previsão da receita, os limites
orçamentários da despesa e sua demanda e a tendência de resultado (déficit, equilíbrio ou superávit)
considerada para o mesmo período.

A programação financeira Solicitação, aprovação e De recursos financeiros de natureza orçamentária


compreende os procedimentos liberação / recebimento ou extra-orçamentária, como conseqüência da
referentes à: aplicação do conceito de caixa único estabelecido:

 pelo artigo 56 da Lei 4.320/64


“O recolhimento de todas as receitas far-se-à em estrita observância ao princípio de unidade de tesouraria,
vedada qualquer fragmentação para criação de caixa especiais”

 pelo artigo 92 do decreto-lei 200/67


“Com o objetivo de obter maior economia operacional a racionalizar a execução da programação financeira
de desembolso, o Ministério da Fazenda promoverá a unificação de recursos movimentados pelo Tesouro
Nacional através de sua caixa junto ao agente financeiro da União”.
 pelo artigo 1º do Decreto 93.872/86
“A realização da receita e da despesa da União far-se à por via bancária, em estrito observância ao princípio
de unidade de caixa”.
A programação financeira tem por finalidade assegurar às unidades orçamentárias os recursos financeiros
tempestivos e suficiente à execução dos programas de trabalho e manter o equilíbrio entre a receita e a
despesa realizada, evitando eventuais insuficiências financeiras.
O sistema de programação financeira é administrada pela Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da
Fazenda (órgão central), tendo ainda em sua composição os órgãos setoriais de programação financeira (OSPF)
que são as secretarias de administração geral dos ministérios civis e órgãos equivalente da Presidência da
República e Ministério Militares e, finalmente, as unidades executoras. Esses órgãos têm atribuições específias.
Veja a seguir o fluxo da programação financeira.

ÓRGÃO
CENTRAL 3º
2º (STN / MF)

MINISTÉRIO MINISTÉRIO 4º
(ÓRGÃO 4º (ÓRGÃO
1º SETORIAL) 1º 6º SETORIAL) 6º

UNIDADE UNIDADE UNIDADE UNIDADE


EXECUTORA EXECUTORA EXECUTORA EXECUTORA

ACOMPANHE PASSO A PASSO


1º PASSO: As unidade executoras elaboram a PPF solicitando ao OSPF o montante de disponibilidades
financeiras que necessitam para atender seus gastos.
2º PASSO: os OSPF consolidam as solicitações das suas unidade executoras e encaminha uma única solicitação
referente ao ministério ao órgão central (STN / MF) por meio de nova PPF.
3º PASSO: A STN / MF, após examinar cada solicitação dos OSPF, emite a PFA aprovando o montante de
disponibilidades financeiras que será liberado para cada OSPF.
4º PASSO: Os OSPF, em face do montante individual aprovado pela STN / MF, redistribui o valor às suas
unidades executoras, emitindo nova PFA onde fica indicado o montante aprovado a ser liberado.
5 PASSO: A STN / MF, finalizando suas atribuições, emite documentos transferindo para os OSPF as
disponibilidades financeiras cuja liberação anteriormente tinha sido aprovada.
6º PASSO: Os OSPF, finalizando todo o processo de programação financeira e depois de receberem as
disponibilidade financeiras da STN / MF, fazem nova transferência destinando a cada uma de suas unidades
executoras o valor antes aprovado pelo próprio OSPF.
Com isso, as disponibilidades financeiras necessárias ao pagamento da despesa chegam até as unidades
executoras. Isso permite a efetuação dos pagamentos das despesas, encerrando o processo de execução
orçamentária, que começou com a autorização dada na LOA.
Descentralização Financeiras (Liberação)
COTA
Figuras de Descentralização Financeira: REPASSE
SUB-REPASSE

Após a solicitação e aprovação as disponibilidades financeiras são descentralizadas (Liberadas), assim como
ocorre com os créditos orçamentários (disponibilidades orçamentárias), entre os órgãos que compõem o sistema
de programação financeira vistos anteriormente. Essas disponibilidades financeiras são liberadas (últimas etapa
da programação financeira), sob a forma de:
 Cota: é a primeira figura da descentralização de disponibilidades financeiras caracterizada pela
transferência do órgão central de programação financeira para os órgãos setoriais do sistema. Isto é, ocorre
quando a STN / MF libera as disponibilidades financeiras vinculadas ao orçamento para qualquer ministério ou
órgão. Essa movimentação está condicionada, entre outros fatores, à efetiva arrecadação de recursos
financeiros pelo Tesouro Nacional e ao montante dos compromissos financeiros assumidos pelos órgãos;
 Repasse: é a descentralização das disponibilidades financeiras vinculadas ao orçamento, recebidos
anteriormente sob a forma de “cota” da STN / MF, sendo de competência dos órgãos setoriais de programação
financeira, que os transfere para outro órgão ou ministério. O repasse é então caracterizado pela transferência
de disponibilidades financeiras entre órgãos de estruturas administrativas diferentes, ou seja, entre ministérios,
destinados a atender o pagamento dos gastos orçamentários. É a movimentação externa de disponibilidades
financeiras. Pode ocorre entre órgão da administração direta, ou desta para entidade da administração indireta,
ou entre estas entidades, bem como de uma entidade da administração indireta para um órgão da
administração direta.
 Sub-repasse: é a descentralização de disponibilidade financeiras vinculadas ao orçamento, realizado
pelos órgãos setoriais de programação financeira, para as unidade executoras (orçamentária ou administrativa)
a eles vinculadas, ou seja, que faça parte da estrutura do ministério onde se encontra o OSPF. O sub-repasse é
a movimentação interna de disponibilidades financeiras destinadas ao pagamento das despesas orçamentárias.

(COTA $) ÓRGÃO CENTRAL DE ORÇAMENTO (COTA $)

MINISTÉRIO “A” MINISTÉRIO “B”


(DESCENTRALIZAÇÃO EXTERNA – REPASSE
(OSPF) (OSPF)
$)

(DESCENTRALIZAÇÃO (DESCENTRALIZAÇÃO
INTERNA SUB-REPASSE $) INTERNA SUB-REPASSE $)

MINISTÉRIO “A” MINISTÉRIO “B”


(Unidade Administrativa) Administração (Unidade Administrativa)
Repasse Repasse
Indireta
NOTAS:
- OSPF: Òrgão Setorial de Programação Financeira
- COTA, REPASSE E SUB-REPASSE: são figuras de descentralização financeiras de natureza orçamentária.

ATENÇÃO
As figuras da descentralização orçamentária têm uma estreita relação com as figuras de
descentralização financeira: a dotação, o destaque e a provisão representam disponibilidade orçamentária; e
a cota, o repasse e o sub-repasse representam a disponibilidade financeira.

Enquanto a SOF / MOG consigna as “dotações” aprovadas na LOA às unidades orçamentárias, a STN / MF
libera as disponibilidades financeiras sob a forma de “cota financeira”.
DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA COTA FINANCEIRA

Numa segundo momento, os órgãos setoriais do sistema de orçamento e do sistema de programação


financeira estão envolvidos, respectivamente, na descentralização orçamentária, que pode ser feita sob a forma
de “destaque” ou “provisão”, e na transferência de disponibilidades financeiras, que respeitada a ordem
anterior, provocará o ‘repasse” ou “sub-repasse”.
Ou seja, se ocorrer uma descentralização do orçamento sob a forma de destaque, então o OSPF efetuará a
descentralização financeira sob a forma de “repasse”; e se ocorrer sob a forma de provisão, então o OSPF
realizará um “sub-repasse”.
DESTAQUE ORÇAMENTÁRIO REPASSE FINANCEIRO

PROVISÃO ORÇAMENTÁRIA SUB-REPASSE FINANCEIRO

ATENÇÃO

DISPONIBILIDADE DISPONIBILIDADE FINANCEIRA


ORÇAMENTÁRIA
O orçamento deverá chegar até Os recursos financeiros somente
as unidades executoras de uma estarão disponíveis para a
só vez, isto é, serão consignadas efetuação do pagamento da
dotações para o ano inteiro, de despesa orçamentária à medida
janeiro a dezembro, a partir da lei que se for verificado a
orçamentária e conseqüentes arrecadação da receita
alterações por meio de créditos orçamentária e considerando os
adicionais. compromissos assumidos pelas
unidades gestoras.

UNIDADE
EXECUTORA
Para melhor entendimento dessa série de movimentações financeiras entre os diversos órgãos e etapas
envolvidos e suas relação com a descentralização do orçamento, observe o quadro a seguir referente às formas
de descentralização orçamentária e de financeira

SOF/MPO STN/MF
NIVEL
DOTAÇÃO DOTAÇÃO DE COTA (NS) COTA (NS)
(ND) (ND) ÓRGÃO
CENTRA
L
MIN. “A” DESTAQUE MIN. “B” MIN. “A” REPASSE (PF) MIN. “B”
U. O. (NC) U. O. NIVEL U. O. U. O.
DE
ÓRGÃO
SETORI
PROVISÃO PROVISÃO SUB-REPASSE SUB-REPASSE
AL
(NC) (NC) (PF) (PF)

NIVEL DE
DESTAQUE REPASSE (PF) MIN. “B”
SOF/MPO SOF/MPO UNIDADE MIN. “A”
(NC) EXECUTOR U. A. U. A.
A

OBSERVAÇÃO
A unidade orçamentária (UO) que recebe créditos orçamentários sob a forma de dotação (fixação) receberá
sob a forma de conta financeira as disponibilidades financeiras.
A unidade administrativa (UA) que recebe créditos orçamentários por descentralização de uma U. O. sob a
forma de destaque receberá as disponibilidades financeiras sob a forma de repasse.
A unidade administrativa (UA) que recebe créditos orçamentários por descentralização de uma U. O. sob
forma de provisão receberá as disponibilidades financeiras sob a forma de sub-repasse.

DOCUMENTOS UTILIZADOS PARA FORMALIZAR A DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E


FINANCEIRA
- ND: Nota de Dotação
- NC: Nota de Movimentação de Crédito
- PF: Nota de Programação Financeiro
- NS:Nota de Lançamento de Sistema

DESPESA PÚBLICA

CONCEITO DE DESPESA PÚBLICA


• É a aplicação de certa quantia em dinheiro, por parte da autoridade ou agente público competente,
dentro de uma autorização legislativa, para a execução de um fim a cargo do governo (Luiz Emygdio
F. da Rosa Jr.);
• É o conjunto de dispêndios do Estado ou de outra pessoa de direito público para o funcionamento dos
serviços públicos. É onde se encontram classificadas todas as autorizações para gastos com várias
atribuições e funções governamentais (João Batista Fortes);
• São todos os pagamentos efetuados a qualquer título pelos agentes pagadores.
• Para efeito de classificação de despesa, considera-se material permanente o de duração superior a
2 anos.
ESTÁGIOS DA DESPESA
• Os estágios da despesa orçamentária são:
√ Fixação;
√ Programação;
√ Licitação;
√ Empenho;
√ Liquidação; e
√ Pagamento.

FIXAÇÃO
√ Ocorre durante a elaboração do orçamento;

PROGRAMAÇÃO
 Visa compatibilizar as disponibilidades financeiras com os compromissos assumidos, procurando
manter o equilíbrio entre receita e despesa de acordo com a LRF.

LICITAÇÃO
√ Tem a finalidade de escolher a proposta mais vantajosa – princípio da competição ou isonomia;Alguns
autores e bancas (Cespe)não considera a licitação como um estágio.
ESTÁGIOS DA EXECUÇÃO DAS DESPESAS

EMPENHO
√ É o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento
pendente ou não de implemento de condição;
√ É garantir a um fornecedor de serviços e bens que a repartição pública tem autorização legal para
realizar gastos, oferecendo como suporte para essas despesas um documento denominado nota de
empenho;
√ Não poderá exceder o limite dos créditos concedidos;
√ Sem prejuízo da responsabilidade do Prefeito, reputam-se nulos e de nenhum efeito:
 O empenho feito pelos Municípios, no último mês do mandato do Prefeito, de mais do que o
duodécimo da despesa prevista no orçamento vigente.
 O ato de assumir, por qualquer forma, compromissos financeiros para execução depois do
término do mandato do Prefeito.
√ É vedada a realização de despesa sem prévio empenho;
 OBS:
• Em casos especiais previstos na legislação específica (ex.: pagamento de pessoal), será dispensada a
emissão da nota de empenho.
√ Para cada empenho será extraído um documento denominado nota de empenho que indicará:
 o nome do credor;
 a representação;
 a importância e a dedução da despesa do saldo da dotação própria;
√ O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação;
√ Ao emitir um empenho, o Ordenador de Despesas deve deduzir o seu valor da dotação adequada à
despesa a realizar, por força do compromisso assumido, não podendo, jamais, o seu valor exceder o
saldo da dotação.
√ Orçamentariamente contabiliza a despesa;
√ Pertencem ao exercício financeiro:
 as receitas nele arrecadadas; e
 as despesas nele legalmente empenhadas;
√ Modalidades do Empenho:
 Ordinário
• O montante conhecido e pago de uma só vez;
 Global
• O montante conhecido e pago parcelado;
 Estimado
• Não se pode estabelecer previamente o valor e pagamento único;
• Normalmente é realizado um empenho com valor mínimo e ao longo do exercício é realizado o reforço do
mês;
• Exemplo: Luz, Água, Telefone, Passagens Aéreas, etc.
√ Anulação de Empenho:
 Ocorrerá quando:
• Parcialmente, quando o valor da despesa for inferior ao valor empenhado;
Ex.: Empenho estimado R$ 100,00
Montante da despesa R$ 80,00
Será anulado parcialmente R$ 20,00
• Totalmente , quando não liquidados, salvo se satisfizer as condições para serem inscritos em
RESTOS A PAGAR
√ Limitação de Empenho:
 A LRF prevê que os Órgãos do Executivo, Legislativo, Judiciário, MP, TC, Autarquias, Fundações Públicas,
Estatais dependentes, devem ajustar a emissão de empenhos às disponibilidades reais.

LIQUIDAÇÃO
√ Consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos
comprobatórios do respectivo crédito.
√ Essa verificação tem por fim apurar a:
 origem e o objeto do que se deve pagar;
 importância exata a pagar;
 quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.
√ A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá por base:
 o contrato, ajuste ou acordo respectivo;
 a nota de empenho;
 os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.
√ A despesa é considerada realizada com a liquidação;
√ Há a verificação se o contrato foi efetivamente cumprido pelo fornecedor, e nesse momento é feita a
contabilização da despesa;
√ O ato de liquidar a despesa exige que a mesma seja contabilizada, pois, ao se receber o objeto do
empenho, ocorre uma alteração na qualidade ou na quantidade do patrimônio da entidade, que tem
que ser registrado na contabilidade;
√ Ordem de pagamento
 é o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa seja paga.

PAGAMENTO
√ Consiste na transferência de recursos da conta única do Tesouro Nacional para a conta do
credor, via ordem bancária;

RESTOS A PAGAR
CONCEITO
• São as despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de dezembro distinguindo-se as
processadas das não processadas.
√ Os empenhos que correm a conta de créditos com vigência plurianual, que não tenham sido liquidados, só serão
computados como Restos a Pagar no último ano de vigência do crédito.
• Não afetam o orçamento do ano em que for pago.

CLASSIFICAÇÃO
• De acordo com a Lei 4320/64, os Restos a Pagar classificam-se em:
√ Processados (empenhados e liquidados); e
√ Não processados (apenas empenhados).

RESTOS A PAGAR PROCESSADOS


√ Podem ser representados pelo saldo de despesas empenhadas, liquidadas e não pagas;
√ São os valores que atingiram o estágio da liquidação, ou seja, ao final do exercício estavam prontos para
pagamento, em razão do credor ter cumprido com as suas obrigações, através da entrega do material, da
prestação dos serviços ou da execução das obras, dentro do exercício de emissão do empenho, tendo por
conseguinte direito líquido e certo a receber;

X1 X2 X 2 EXTRA-ORÇ.

Empenhada Não afeta X 2 Pagamento de Restos a


Pagar X 1

Liquidada

(não foi pago até 31/12)

Foi escrito em Restos a


Pagar

RESTOS A PAGAR NÃO-PROCESSADOS


√ Podem ser representadas pelo saldo de despesas empenhadas e não liquidadas;
√ São os valores das despesas que estando empenhadas não conseguiram, por algum motivo, atingir o
estágio da liquidação até o dia 31 de dezembro;
√ Tais despesas ficam na dependência da prestação do serviço, do fornecimento do material ou da execução das
obras por parte do credor;
√ Não existe ainda, para o credor, o direito de receber e também não há a obrigação do Estado de
pagar;

INSCRIÇÃO DOS RESTOS A PAGAR


• Será feita no encerramento do exercício financeiro de emissão da Nota de Empenho, tendo validade
até 31 de dezembro do ano subseqüente;
• Os empenhos não liquidados somente serão inscritos como restos a pagar, quando:
√ ainda vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
√ vencido o prazo para cumprimento da obrigação:
 esteja em curso a liquidação da despesa; ou
 seja de interesse da Administração exigir o seu cumprimento;
√ destinar-se a atender transferências a instituições públicas ou privadas; e
√ corresponder a compromisso assumido no exterior.
• Não necessita de haver recursos para a inscrição;

PRESCRIÇÃO DOS RESTOS A PAGAR


• Os valores não reclamados, até 31/12, serão cancelados, assegurado ao credor o direito de
receber em 5 anos a contar da data da inscrição;
• O credor receberá os valores através de um novo empenho por meio da conta de despesas de exercícios
anteriores.
X1 X 2 X 2 EXTRA-ORÇ.

Empenhada Pagamento de Restos a Pagar


Não-Liquidada
Inscreve em Restos a Pagar

* Os restos a pagar deverão ser liquidados até 31/12 de X2 caso não sejam serão anulados
* Se forem liquidados deverão ser pagos no Extra-orçamento de X2.
DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES

CONCEITO
• São as dívidas resultantes de compromissos gerados em exercícios financeiros anteriores àqueles em que
devem ocorrer os pagamentos;

OCORRÊNCIA
• Poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos,
obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica:
√ as despesas de exercícios encerrados que não se tenham processado na época própria, para as quais o
orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las;
* pode ser representada pelo caso de um fornecedor que prestou serviços no ano de X1, entretanto não chegou
a emitir o documento fiscal e, também, a área responsável pelo acompanhamento dos serviços não comunicou
o fato ao setor de contabilidade que dessa forma providenciou o cancelamento do empenho em X1, impedindo
a inscrição em restos a pagar. Logicamente, no ano de X2, se o fornecedor questionar o pagamento, somente
poderá ser atendido como despesa de exercício anterior, onerando o orçamento do ano de X2. Observe o
quadro a seguir que resume os acontecimentos orçamentários:

ORÇAMENTO DO ANO DE X 1 ORÇAMENTO DO ANO DE X2

- EMISSÃO DO EMPENHO (PARA - EMISSÃO DE NOVO EMPENHO


SERVIÇOS) (PARA DESPESA DE EXERC.
- NÃO OCORRE LIQUIDAÇÃO NEM ANTERIOR)
PAGAMENTO DO EMPENHO; - LIQUIDAÇÃO DO NOVO EMPENHO -
- ANULAÇÃO DO EMPENHO PAGAMENTO DO NOVO EMPENHO
CONCLUSÃO: não afeta o CONCLUSÃO: o orçamento de X2 é
orçamento de X1 afetado

√ os Restos a Pagar com prescrição interrompida;


* A área responsável pelo acompanhamento dos serviços comunicou ao setor de contabilidade acerca da execução
dos serviços, mesmo não tendo o fornecedor do serviço emitido o documento fiscal em X1. Com isso, a
contabilidade providenciou a inscrição do empenho emitido em restos a pagar. Até o final do ano seguinte (X2),
dentro da sistemática do SIAFI, a inscrição em restos a pagar é cancelada. Como permanece o direito do credor
de cobrar pelos serviços prestados, pelo prazo de cinco anos a contar da data do fato gerador, se o fornecedor
em X3 exigir o pagamento, mais uma vez teremos que recorrer à figura das despesas de exercícios
anteriores/Examine a seguir os quadros explicativos:

ORÇAMENTO DO ANO DE X2
ANO DE X1 ORÇAMENTO DO ANO DE X3
ORÇAMENT EXTRA-
O X2 ORÇAMENTO

- emissão do empenho (para - conclusão: o - não ocorre a liquidação e - emissão de novo empenho (para
serviços); orçamento de o pagamento do empenho despesa de exerc. anterior)
- não ocorre liquidação nem X2 não é de X1 (restos a pagar); - ocorre a liquidação do novo
pagamento do empenho; afetado. - em 31.12.X2 O empenho empenho;
- o empenho é inscrito em de X1 é anulado - ocorre o pagamento do novo
restos a pagar; (cancelamento de restos a empenho;
- conclusão: afeta o pagar). - conclusão: o orçamento de X3 é
orçamento de X1. afetado.

√ os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente, criados em virtude de


lei, reconhecido após o encerramento do exercício ao qual pertence.
* Essa hipótese pode ser exemplificada pela aprovação, no ano X2, de uma lei que concede gratificação para
servidores com efeito retroativo a janeiro de X1. As despesas relativas ao ano de X1 somente podem ser pagas no
exercício financeiro de X2 por meio de processo próprio à conta de “despesas de exercícios anteriores”. Apenas o
orçamento de X2 foi afetado, sendo necessária a emissão de empenho com conseqüente liquidação e pagamento
dele.
√ Valor inscrito em restos a pagar menor que o valor real da despesa a ser paga.
* O exemplo a ser citado pode ser o de um empenho emitido por estimativa para atender despesas de telefone no
montante de $1.200 durante o ano de X1. Se as faturas dos meses de janeiro a novembro forem liquidadas e
pagas em X1, no total de $1.100, então o valor a ser inscrito em restos a pagar para esse empenho será de $100.
Suponha que em X2, quando o órgão recebe a fatura de dezembro, percebe que o seu valor é $120. Como só foi
inscrito em restos a pagar o valor de $100, então a diferença de $20 que se refere ao ano de X1, deverá ser paga
à conta de despesas de exercícios anteriores, afetando também o orçamento de X21 Acompanhe o exemplo
fornecido acima com mais detalhes no quadro a seguir:

ANO DE X2
ORÇAMENTO DO ANO DE X1
ORÇAMENTO X2 EXTRA-ORÇAMENTO

- emissão do empenho $1.200 - novo empenho (despesa exerc. - pagamento do empenho de X1


- ocorre liquidação e pagamento anterior) por $20 (restos a pagar) por $100
no valor de $1.100 - liquidação do empenho
- o saldo de $100 do empenho é - pagamento do empenho
inscrito em restos apagar - conclusão: o orçamento de X2 é
- conclusão: afeta o orçamento afetado por $20.
de X1 por $100

* Exemplos extraídos do Livro Curso Básico de Contabilidade Pública do Professor Francisco Glauber Lima
Mota. Pág. 126-127.

PRESCRIÇÃO
• As dívidas de exercícios financeiros anteriores, que dependem de requerimento do favorecido, prescrevem em 5
anos, contados da data do ato ou fato que tiver dado origem ao respectivo direito;
• O início do período da dívida corresponde à data constante do fato gerador de direito, não sendo considerado,
para a prescrição qüinqüenal, o tempo de tramitação burocrática e o de providencias administrativas a que
estiver sujeito o processo.

QUESTÕES DE CONCURSOS
01. (FCC - TRT – 20ª Região – Analista Judiciário – 2006) Na ordem normal de processamento, a
despesa pública passa pelas seguintes fases:
A) reserva de dotação orçamentária, empenho, pagamento e liquidação.
B) Liquidação, empenho e pagamento.
C) Pagamento, empenho e liquidação.
D) Empenho, liquidação e pagamento.
E) Empenho, reserva de dotação orçamentária e pagamento.
02. (AFC STN / 2000) O art. 35 da Lei nº 4.320/64 consagrou, para a contabilidade pública, o
regime misto, estabelecendo o regime de competência para a despesa e o de caixa para a
receita. Todavia, constituem exceções a esse regime
A) a aquisição de bens de capital e o recebimento de doações
B) os restos a pagar não processados e a inscrição da dívida ativa
C) os restos a pagar não processados e o recebimento da dívida ativa
D) os restos a pagar processados e a inscrição da dívida ativa
E) os restos a pagar processados e o recebimento da dívida ativa
03. (AFCE/1995) A despesa pública, a exemplo da receita, apresenta diferentes estágios, que
compreendem procedimentos com finalidade específica. A propósito desses estágios,
discriminados no Regulamento de Contabilidade Pública, julgue os itens seguintes.
A) No caso de um contrato com vigência entre 01/07/X1 e 30/06/X2, as despesas relativas à parte a ser
executada em X2 serão empenhadas em X2.
B) O empenho da despesa não-liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro sempre que estiver
extinto o prazo para o cumprimento da obrigação assumida pelo credor.
C) Os valores empenhados não poderão exceder o limite dos créditos concedidos, na dotação própria, exceto na
hipótese de estar tramitando, em regime de urgência, solicitação de crédito especial.
D) São consideradas como despesas de exercícios anteriores aquelas cujo empenho tenha sido considerado
insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, por falta de cumprimento da
obrigação pelo credor.
E) Despesas empenhadas durante o exercício e não-pagas até 31 de dezembro são consideradas Restos a
Pagar, identificando-se tanto as despesas processadas como as não-processadas.
04. (TRE-PE-2004) Na execução da despesa pública, o ato que cria uma obrigação de um
pagamento a ser efetuado é denominado
A) caução.
B) suprimento de fundos.
C) contração de dívida.
D) averbação.
E) empenho de despesa.
05. (TRF 1ª REG. 2001) As etapas a que se submetem as despesas, desde a fixação até seu
pagamento, devem necessariamente observar a seguinte seqüência:
A) empenho, licitação, ordem de pagamento, liquidação.
B) licitação, liquidação, empenho, ordem de pagamento.
C) empenho, licitação, liquidação, ordem de pagamento.
D) licitação, empenho, ordem de pagamento, liquidação.
E) licitação, empenho, liquidação, ordem de pagamento.
06. (TRF 1ª REG. 2001) Consiste na verificação do direito adquirido pelo credor,
A) a liquidação.
B) a licitação.
C) o empenho.
D) a ordem de pagamento.
E) a ordem de serviço.
07. (FCC - TCE – AM – Procurador – 2005) As fases de processamento das despesas públicas
seguem a seguinte ordem:
A) Ordem de pagamento, liquidação, nota de empenho e pagamento.
B) Liquidação, ordem de pagamento, empenho e pagamento.
C) Empenho, liquidação, ordem de pagamento e pagamento.
D) pagamento, liquidação, ordem de pagamento e empenho.
E) empenho, pagamento, liquidação e ordem de pagamento.
08. (TRF 1ª REG. 2001) Considerando que a despesa do exercício apresenta a seguinte situação:
• Fixada 200
• Economia Orçamentária 5
• Liquidada 155
• Paga 125
Os restos a pagar processados têm valor de
A) 25 B) 30 C) 35
D) 40 E) 45
09. (TRF 1ª REG. 2001) Uma despesa de um exercício nele não processada, embora tivesse saldo
suficiente, pode ser atendida no exercício subseqüente por
A) crédito especial.
B) dotação para isso suplementada no exercício seguinte.
C) despesas de exercícios anteriores, após reconhecida.
D) restos a pagar restabelecidos.
E) dotação dessa mesma despesa, do exercício seguinte.
10. (FCC - TRF – Analista Judiciário 1ª Região 2001) As etapas a que se submetem as despesas,
desde a fixação até seu pagamento, devem necessariamente observar a seguinte seqüência:
A) empenho, licitação, ordem de pagamento, liquidação.
B) licitação, liquidação, empenho, ordem de pagamento.
C) empenho, licitação, liquidação, ordem de pagamento.
D) licitação, empenho, ordem de pagamento, liquidação.
E) licitação, empenho, liquidação, ordem de pagamento.
11. (FCC - TRF – Analista Judiciário 1ª Região 2001) Consiste na verificação do direito adquirido pelo
credor,
A) a liquidação. B) a licitação. C) o empenho.
D) a ordem de pagamento. E) a ordem de serviço.
12. (FCC - MARE – Analista de Orçamento – 1998) A certificação do recebimento do fornecimento, da
prestação do serviço e da ocorrência do encargo, é exigida na fase de
A) fixação. B) licitação. C) empenho.
D) liquidação. E) pagamento.
13. (FCC - TRF - Analista Judiciário – 4ª Região – 2004) Segundo a Lei no 4320/64, o pagamento é
imediata e necessariamente antecedido
A) pela ordem de pagamento. B) pela liquidação. C) pela fixação.
D) pela licitação. E) pelo empenho
14. (FCC - MPPEP – Analista Ministerial – 2006) Sobre as fases da despesa, é correto afirmar:
A) è composta por: previsão, fixação, empenho, lançamento e pagamento.
B) O empenho da despesa é o ato pelo qual é verificado se o direito adquirido pelo credor é baseado em
documentos processados pela Contabilidade.
C) A despesa sem prévio empenho não é permitida, inclusive nos casos cujo montante não se possa determinar
o valor exato.
D) O empenho da despesa poderá exceder o limite dos créditos concedidos nos casos de assunção de
obrigações com vigência superior ao exercício financeiro.
E) A existência de dotação e autorização na Lei Orçamentária Anual é condição única e suficiente para a
aquisição de material, fornecimento e adjudicação de obras e serviços.
15. (TRT 21ª REG. 2003) A Lei no 4.320/64 estabelece no artigo 90 que a contabilidade deve
evidenciar os créditos orçamentários vigentes, a despesa empenhada e a realizada, à conta dos
mesmos créditos e às dotações disponíveis. Em estrita observância dessas disposições,
anulados os valores não remunerados, as despesas de pessoal, nas suas parcelas fixas
mensais, devem ser objeto de empenho
A) ordinário pelo valor mensal da folha de pagamento.
B) ordinário anual.
C) por estimativa mensal, de acordo com a folha de pagamento.
D) por estimativa anual.
E) global com projeção até 31 de dezembro do exercício.
16. (FCC – TCE/CE – Auditor – 2006) O empenho que se destina a atender despesa determinada e
quantificada, mas a ser liquidada e paga parceladamente durante a fluência do exercício, é
denominado empenho
A) Ordinário
B) Operacional
C) Por estimativa
D) Global
E) De gestão
17. (TRT 21ª REG. 2003) A verificação do direito adquirido pelo credor corresponde
A) à liquidação.
B) à fixação.
C) ao empenho.
D) à licitação.
E) ao pagamento.
18. (FCC – TRF 4ª Região – Analista Judiciário – 2006) A fase da despesa orçamentária, que
gera no sistema financeiro o registro do compromisso decorrente de uma despesa
orçamentária adequadamente fixada e processada, denomina-se
A) Licitação
B) Empenho
C) Entrega da mercadoria ou prestação do serviço ou encargo
D) Liquidação
E) Ordem de pagamento
19. (FCC – TRF/1ª Região – Analista Judiciário – 2006) A seqüência correta de fases da despesa
pública é:
A) licitação, empenho e pagamento.
B) empenho, programação e pagamento.
C) licitação, programação e pagamento.
D) empenho, licitação e programação.
E) liquidação, programação e pagamento.
20. (FCC – TRF/1ª Região – Analista Judiciário – 2006) A Nota de Empenho contém:
I. o valor do Crédito Orçamentário a que se submete a Despesa;
II. o nome do credor;
III. os termos contratuais da Despesa:
Está correto o que se afirma SOMENTE em
A) I. B) II. C) I e II.
D) I e III. E) II e III.
21. (TRF 5ª REG. 2003) Os restos a pagar não processados, caracterizam-se por não terem sido
objeto de
A) protocolização.
B) licitação.
C) liquidação.
D) anulação de empenho.
E) ordenação de pagamento quando empenhadas.
22. (TRF 4ª REG. 2004) Segundo a Lei no 4320/64, o pagamento é imediata e necessariamente
antecedido
A) pela fixação.
B) pela licitação.
C) pelo empenho.
D) pela ordem de pagamento.
E) pela liquidação.
23. (TCESP) O empenho de despesa é o ato, emanado de autoridade competente, que
A) ordena o pagamento de quantia devida ao credor.
B) cria para o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição.
C) lança, na lei orçamentária, a previsão de despesa.
D) lança, no decreto de execução orçamentária, a previsão de despesa.
E) efetiva, concretamente, o pagamento de quantia devida ao credor.
24. (TCE-MA) As despesas empenhadas e não pagas até o final do exercício financeiro são
consideradas como restos a pagar. Sobre a matéria é correto afirmar:
A) Dividem-se em duas categorias: as processadas, aquelas que foram empenhadas e pendem de liquidação
e as não processadas, aquelas que foram empenhadas e pendem de pagamento.
B) Compõem-se unicamente de obrigações a longo prazo.
C) Os empenhos decorrentes de contratos com vigência plurianual, que não tenham sido liquidados, serão
computados pelo valor total como restos a pagar ao final do primeiro exercício financeiro.
D) Os restos a pagar com prescrição interrompida poderão ser pagos à conta de dotação específica
consignada no orçamento.
E) A anulação de restos a pagar não será considerada como receita no exercício em que se efetivar.
25. (TCE-MA) Em relação à despesa pública é correto afirmar:
A) A ordem de pagamento da despesa será materializada em documentos processados pelo serviço de
contabilidade.
B) É vedada a realização de despesa sem prévio empenho e sob hipótese alguma será dispensada a emissão
da nota de empenho.
C) Serão indicados no empenho o nome do credor, a especificação, a importância da despesa, os
comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.
D) São tipos de empenhos da despesa: global, extraordinário, estimativo e ordinário.
E) É vedada, sob qualquer hipótese, a redistribuição de parcelas das dotações de pessoal de uma para outra
unidade orçamentária.
26. (FCC) Assinale a opção que contém o conceito do segundo estágio da execução da despesa
orçamentária.
A) Consiste na verificação do direito adquirido pelo devedor, tendo por base títulos e documentos
comprobatórios do respectivo crédito.
B) Despacho exarado por autoridade competente determinando a extinção da obrigação.
C) Ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou
não de implemento de condição.
D) Verificação do implemento de condição do empenho, tendo por objetivo apurar a origem, o objeto, a
importância que se deve pagar para extinguir a obrigação e a quem se deve pagar.
27. (FCC) Assinale a opção que caracteriza o primeiro estágio da execução da despesa
orçamentária:
A) cria para o Estado direitos a receber pendentes de verificação de sua Iiquidez e certeza
B) implica o comprometimento do crédito orçamentário ou adicional, limitado ao total dos créditos
concedidos
C) deve ser emitido em momento posterior à realização da despesa
D) pode ser feito por estimativa, para as despesas de valor certo e pagamento único.
28. (CESPE) Julgue os itens.
A) É vedado o empenho de despesa cujo montante não se possa determinar.
B) O empenho da despesa não poderá exceder o total da dotação orçamentária.
C) A liquidação é o estágio da despesa em que a autoridade competente efetua o pagamento ao credor.
D) Os empenhos relativos a despesas não pagas são automaticamente anulados no final do exercício, ainda
que referentes a compromissos assumidos no exterior.
E) É permitido o empenho global de despesas contratuais e de outras sujeitas a parcelamento.
29. (CESPE) Ao final do ano, deverão ser inscritos em restos a pagar não processados os saldos
de empenhos não liquidados e considerados não insubsistentes, onerando o exercício
financeiro de sua emissão. Julgue esses procedimentos:
A) é fruto de determinação legal
B) é recomendado pela boa técnica contábil
C) gera um passivo de origem extra-orçamentária a ser liquidado ao longo do exercício subseqüente
D) em nada afeta o patrimônio público, posto que a despesa deverá ser contabilizada pelo regime de caixa
E) interfere no cálculo realizado para apuração do superávit financeiro, definido como a diferença positiva
entre o ativo e o passivo financeiro.
30. (CESPE) A respeito da prescrição relativa a Restos a Pagar, julgue os itens.
A) ocorre no final do exercício financeiro subseqüente ao da respectiva inscrição, no casos dos não-
processados
B) ocorre quanto tiver havido cancelamento da inscrição, sem manifestação contrária do credor
C) ocorre por decreto do Poder Executivo, nos casos de conveniência e oportunidade para a Administração
D) ocorre quando o credor se tornar inadimplente de suas obrigações contratuais, por mais de noventa dias
E) ocorre após cinco anos contados a partir da data de inscrição, excetuando-se os casos em que haja
interrupções.
31. (CESPE) A inscrição de um compromisso em restos a pagar:
A) transfere para o orçamento do exercício subseqüente a responsabilidade pelo seu pagamento.
B) tem efeito no resultado da execução orçamentária do exercício de emissão de empenho.
C) constitui despesa extra-orçamentária do exercício e receita extra-orçamentária no exercício subseqüente.
D) corresponde a uma despesa orçamentária.
E) aumenta o montante das obrigações financeiras do balanço patrimonial.
32. (CESPE) Poderão ser pagos à conta de dotação destinada a despesas de exercícios
anteriores:
A) despesas cujo empenho considerado insubsistente foi anulado no encerramento do exercício
correspondente, porém dentro do prazo definido o credor tenha cumprido sua obrigação.
B) restos a pagar já prescritos, porém liquidados dentro do prazo legal
C) compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, criados por lei
D) valores inscritos em restos a pagar superiores ao valor real a ser pago
E) despesas que não possam se subordinar ao processo normal de aplicação
33. (CESPE) Quanto às despesas de exercícios anteriores, pode-se afirmar que (assinale os itens
verdadeiros e os falsos):
A) representam gastos que não necessitam de autorização orçamentária
B) sua execução deverá exigir o mesmo ritual adotado para a despesa orçamentária
C) se existir empenho inscrito em restos a pagar com saldo insuficiente para atender a certo gasto, o gesto r
público poderá saldar esse compromisso fazendo uso da figura chamada despesa de exercício anterior
D) apresenta-se como uma solução para correção de falhas durante a execução da despesa.
E) diferencia-se de restos a pagar não processado em razão de referir-se a ano encerrado
34. O domínio orçamentário próprio e independente pela pessoa jurídica central do Estado, em
coexistência com os das suas entidades da administração indireta e a visão geral do conjunto
das suas finanças públicas é obtido por consolidação, segundo o princípio orçamentário
A) da anualidade.
B) da totalidade.
C) da universalidade.
D) da não afetação das receitas.
E) da exclusividade.
35. Quando da apuração do superávit financeiro, o balanço patrimonial do exercício anterior
indicava para o ativo financeiro o valor de $150 e para o passivo financeiro o de $70. No
exercício haviam sido reabertos dois créditos adicionais: um especial pelo saldo de $50, que
havia sido aberto com recursos de operação de crédito, do qual deixou de ser arrecadado no
exercício anterior o valor de $20; e um extraordinário pelo saldo de $28. Considerados esses
dados, o valor máximo do crédito adicional a ser aberto será
A) $80. B) $52. C) $30.
D) $22. E) $ 2.
36. Os restos a pagar não processados, caracterizam-se por não terem sido objeto de
A) protocolização.
B) licitação.
C) liquidação.
D) anulação de empenho.
E) ordenação de pagamento quando empenhadas.

GABARITO
01. D 11. A 21. C 31. E,C,E,C,C
02. B 12. D 22. D 32. C,E,C,E,E
03. C, C, E, E, E 13. A 23. B 33. E,C,C,C,C
04. A 14. C 24. D 34. B
05. E 15. E 25. A 35. D
06. A 16. D 26. D 36. C
07. C 17. A 27. B
08. B 18. D 28. E,C,E,E,C
09. C 19. A 29. C,E,E,E,C
10. E 20. C 30. C,E,E,E,E

DESPESA PÚBLICA

1. Estrutura da Programação Orçamentária da Despesa


1.1. Programação Qualitativa
A estruturação atual do orçamento público considera que as programações orçamentárias estejam
organizadas em Programas de Trabalho, e que esses possuam programação física e financeira. O
Programa de Trabalho, que define qualitativamente a programação orçamentária, é composto dos
seguintes blocos de informação: Classificação por Esfera, Classificação Institucional, Classificação
Funcional e Estrutura Programática, conforme detalhado na tabela a seguir:
1.2. Programação Quantitativa
A programação física define quanto se pretende desenvolver do produto, conforme a tabela a
seguir:

A programação financeira define o que adquirir, com quais recursos, de acordo com a tabela a
seguir:
1.3. Estrutura Completa da Programação Orçamentária
Exemplo:
2. Componentes da Programação Qualitativa – Programa de Trabalho
2.1. Classificação por Esfera Orçamentária
A esfera orçamentária tem por finalidade identificar se o orçamento é fiscal (F), da seguridade
social (S) ou de investimento das empresas estatais (I), conforme disposto no § 5º do art. 165 da
Constituição:
• o orçamento fiscal: referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
• o orçamento de investimento: orçamento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto; e
• o orçamento da seguridade social: abrange todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público.
O § 2º do art. 195 da Constituição estabelece que a proposta de orçamento da seguridade social
será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e
assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes
orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
Na base do SIDOR o campo destinado à esfera orçamentária é composto de dois dígitos e será
associado à ação orçamentária, com os seguintes códigos:
10 - Orçamento Fiscal;
20 - Orçamento da Seguridade Social; ou
30 - Orçamento de Investimento.
2.2. Classificação Institucional
A classificação institucional reflete a estrutura organizacional e administrativa governamental e está
estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária. As dotações
orçamentárias, especificadas por categoria de programação em seu menor nível, são consignadas
às unidades orçamentárias, que são as estruturas administrativas responsáveis pelos recursos
financeiros (dotações) e pela realização das ações.
O código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois primeiros
reservados à identificação do órgão e os demais à unidade orçamentária.
XX XXX
1º / 2º dígitos: identificam o órgão orçamentário; e
3º / 4º / 5º dígitos: identificam a unidade orçamentária.
Um órgão ou uma unidade orçamentária não corresponde necessariamente a uma estrutura
administrativa, como ocorre, por exemplo, com alguns fundos especiais e com os “órgãos”
“Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios”, “Encargos Financeiros da União”,
“Operações Oficiais de Crédito”, “Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal” e “Reserva
de Contingência”.
2.3. Classificação Funcional da Despesa
A classificação funcional, por funções e subfunções, busca responder basicamente à indagação “em
que” área de ação governamental a despesa será realizada. Cada atividade, projeto e operação
especial identificará a função e a subfunção às quais se vinculam. A atual classificação funcional foi
instituída pela Portaria nº 42, de 14 de abril de 1999, do então Ministério do Orçamento e Gestão, e
é composta de um rol de funções e subfunções prefixadas, que servem como agregador dos gastos
públicos por área de ação governamental nas três esferas de Governo. Trata-se de uma
classificação independente dos programas, e
de aplicação comum e obrigatória, no âmbito dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da
União, o que permite a consolidação nacional dos gastos do setor público.
2.3.1. Função
A classificação funcional é representada por cinco dígitos XX XXX. Os dois primeiros referem-se à
função, que pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do
setor público. A função está relacionada com a missão institucional do órgão, por exemplo, cultura,
educação, saúde, defesa, que guarda relação com os respectivos Ministérios.
A função “Encargos Especiais” engloba as despesas em relação às quais não se pode associar um
bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos,
indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra. Nesse caso, as ações
estarão associadas aos programas do tipo "Operações Especiais" que correspondem aos códigos
abaixo relacionados e que constarão apenas do orçamento, não integrando o PPA:

0901 Operações Especiais: Cumprimento de Sentenças Judiciais


0902 Operações Especiais: Financiamentos com Retorno
0903 Operações Especiais: Transferências Constitucionais e as Decorrentes de Legislação
Específica
0904 Operações Especiais: Outras Transferências
0905 Operações Especiais: Serviço da Dívida Interna (Juros e Amortizações)
0906 Operações Especiais: Serviço da Dívida Externa (Juros e Amortizações)
0907 Operações Especiais: Refinanciamento da Dívida Interna
0908 Operações Especiais: Refinanciamento da Dívida Externa
0909 Operações Especiais: Outros Encargos Especiais

2.3.2. Subfunção
A subfunção, indicada pelos três últimos dígitos da classificação funcional, representa um nível de
agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar cada área da atuação governamental,
por intermédio da agregação de determinado subconjunto de despesas e identificação da natureza
básica das ações que se aglutinam em torno das funções. As subfunções podem ser combinadas
com funções diferentes daquelas a que estão relacionadas na Portaria nº 42, de 1999. As ações
devem estar sempre conectadas às subfunções que representam sua área específica. Existe
também a possibilidade de matricialidade na conexão entre função e subfunção, ou seja, combinar
qualquer função com qualquer subfunção, mas não na relação entre ação e subfunção. Deve-se
adotar como função aquela que é típica ou principal do órgão. Assim, a programação de um órgão,
via de regra, é classificada em uma única função, ao passo que a subfunção é escolhida de acordo
com a especificidade de cada ação. A exceção à matricialidade encontra-se na função 28 –
Encargos Especiais e suas subfunções típicas que só podem ser utilizadas conjugadas.
Exemplos:

Na base do SIDOR, existem dois campos correspondentes à classificação funcional, quais sejam:
A seguir encontra-se a íntegra da Portaria nº 42/1999 e se anexo, a qual atualiza a discriminação
da despesa por funções.

ANEXO

FUNÇÕES E SUBFUNÇÕES DE GOVERNO

FUNÇÕES SUBFUNÇÕES

01 - Legislativa 031 - Ação Legislativa 032 - Controle Externo

02 - Judiciária 061 - Ação Judiciária 062 - Defesa do Interesse Público no Processo


Judiciário

03 - Essencial à 091 - Defesa da Ordem Jurídica 092 - Representação Judicial e Extrajudicial


Justiça

04 - Administração 121 - Planejamento e Orçamento 122 - Administração Geral 123 -


Administração Financeira 124 - Controle Interno 125 - Normatização e
Fiscalização 126 - Tecnologia da Informação 127 - Ordenamento Territorial
128 - Formação de Recursos Humanos 129 - Administração de Receitas 130 -
Administração de Concessões 131 - Comunicação Social

05 - Defesa 151 - Defesa Área 152 - Defesa Naval 153 - Defesa Terrestre
Nacional

06 - Segurança 181 - Policiamento 182 - Defesa Civil 183 - Informação e Inteligência


Pública

07 - Relações 211 - Relações Diplomáticas 212 - Cooperação Internacional


Exteriores

08 - Assistência 241 - Assistência ao Idoso 242 - Assistência ao Portador de Deficiência 243 -


Social Assistência à Criança e ao Adolescente 244 - Assistência Comunitária

09 - Previdência 271 - Previdência Básica 272 - Previdência do Regime Estatutário 273 -


Social Previdência Complementar 274 - Previdência Especial

10 - Saúde 301 - Atenção Básica 302 - Assistência Hospitalar e Ambulatorial 303 -


Suporte Profilático e Terapêutico 304 - Vigilância Sanitária 305 - Vigilância
Epidemiológica 306 - Alimentação e Nutrição

11 - Trabalho 331 - Proteção e Benefícios ao Trabalhador 332 - Relações de Trabalho 333 -


Empregabilidade 334 - Fomento ao Trabalho
12 - Educação 361 - Ensino Fundamental 362 - Ensino Médio 363 - Ensino Profissional 364 -
Ensino Superior 365 - Educação Infantil 366 - Educação de Jovens e Adultos
367 - Educação Especial

13 - Cultura 391 - Patrimônio Histórico, Artístico e Arqueológico 392 - Difusão Cultural

14 - Direitos da 421 - Custódia e Reintegração Social 422 -Direitos Individuais, Coletivos e


Cidadania Difusos
423 - Assistência aos Povos Indígenas

15 - Urbanismo 451 - Infra-Estrutura Urbana 452 - Serviços Urbanos 453 - Transportes


Coletivos Urbanos

16 - Habitação 481 - Habitação Rural 482 - Habitação Urbana

17 - Saneamento 511 - Saneamento Básico Rural 512 - Saneamento Básico Urbano

18 - Gestão 541 - Preservação e Conservação Ambiental 542 - Controle Ambiental 543 -


Ambiental Recuperação de Áreas Degradadas 544 - Recursos Hídricos 545 -
Meteorologia

19 - Ciência e 571 - Desenvolvimento Científico 572 - Desenvolvimento Tecnológico e


Tecnologia Engenharia 573 - Difusão do Conhecimento Científico e Tecnológico

20 - Agricultura 601 - Promoção da Produção Vegetal 602 - Promoção da Produção Animal


603 - Defesa Sanitária Vegetal 604 - Defesa Sanitária Animal 605 -
Abastecimento 606 - Extensão Rural 607 - Irrigação

21 - Organização 631 - Reforma Agrária 632 - Colonização


Agrária

22 - Indústria 661 - Promoção Industrial 662 - Produção Industrial 663 - Mineração 664 -
Propriedade Industrial 665 - Normalização e Qualidade

23 - Comércio e 691 - Promoção Comercial 692 - Comercialização 693 - Comércio Exterior 694
Serviços - Serviços Financeiros 695 - Turismo

24 - Comunicações 721 - Comunicações Postais 722 - Telecomunicações

25 - Energia 751 - Conservação de Energia 752 - Energia Elétrica 753 - Petróleo 754 -
Álcool

26 - Transporte 781 - Transporte Áreo 782 - Transporte Rodoviário 783 - Transporte


Ferroviário 784 - Transporte Hidroviário 785 - Transportes Especiais

27 - Desporto e 811 - Desporto de Rendimento 812 - Desporto Comunitário 813 - Lazer


Lazer

28 - Encargos 841 - Refinanciamento da Dívida Interna 842 - Refinanciamento da Dívida


Especiais Externa 843 - Serviço da Dívida Interna 844 - Serviço da Dívida Externa 845 -
Transferências 846 - Outros Encargos Especiais

Despesa Pública
3. Estrutura Programática
Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos objetivos
estratégicos definidos para o período do Plano Plurianual – PPA, que é de quatro anos.
3.1. Programa
O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto
de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido, mensurado
por indicadores instituídos no plano, visando a solução de um problema ou o atendimento de
determinada necessidade ou demanda da sociedade. O programa é o módulo comum integrador
entre o plano e o orçamento. A organização das ações do Governo sob a forma de programas visa
proporcionar maior racionalidade e eficiência na administração pública e ampliar a visibilidade dos
resultados e benefícios gerados para a sociedade, bem como elevar a transparência na aplicação
dos recursos públicos. Cada programa contém objetivo e indicador que quantifica a situação que o
programa tenha como finalidade modificar e os produtos (bens e serviços) necessários para atingir
o objetivo. A partir do programa são identificadas as ações sob a forma de atividades, projetos ou
operações especiais, especificando os respectivos valores e metas e as unidades orçamentárias
responsáveis pela realização da ação. A cada projeto ou atividade só poderá estar associado um
produto, que, quantificado por sua unidade de medida, dará origem à meta.
3.2. Ação
Os programas são compostos de ações, que, conforme suas características, podem ser classificadas
como atividades, projetos ou operações especiais.
Atividade
É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo
um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um
produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. Exemplo: “Fiscalização e
Monitoramento das Operadoras de Planos e Seguros Privados de Assistência à Saúde”.
Projeto
É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo
um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a
expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo. Exemplo: “Implantação da rede nacional de
bancos de leite humano”.
Operação Especial
Enquadram-se nessa classificação as despesas que não contribuem para a manutenção, a expansão
ou o aperfeiçoamento das ações de Governo Federal, predefinidas na listagem a seguir:
1. Amortização, juros, encargos e rolagem da dívida contratual e mobiliária;
2. Pagamento de aposentadorias e pensões;
3. Transferências constitucionais ou legais por repartição de receita (FPM, FPE, Salário-Educação,
Compensação de Tributos ou Participações aos Estados, Distrito Federal e Municípios,
Transferências ao GDF);
4. Pagamento de indenizações, ressarcimentos, abonos, seguros, auxílios, benefícios
previdenciários, benefícios de assistência social;
5. Reserva de contingência, inclusive as decorrentes de receitas próprias ou vinculadas;
6. Cumprimento de sentenças judiciais (precatórios, sentenças de pequeno valor, sentenças contra
empresas, débitos vincendos, etc.);
7. Operações de financiamento e encargos delas decorrentes (empréstimos, financiamentos diretos,
concessão de créditos, qualizações, subvenções, subsídios, coberturas de garantias, coberturas de
resultados, honras de aval, assistência financeira) reembolsáveis ou não;
8. Ações de reservas técnicas (centralização de recursos para atender concursos, provimentos,
nomeações, reestruturação de carreiras e etc.);
9. Complementação ou compensação financeira da União;
10. Contraprestação da União nos contratos de Parcerias Público-Privadas;
11. Contribuição a organismos e/ou entidades nacionais ou internacionais;
12. Integralização e/ou recomposição de cotas de capital junto a entidades internacionais;
13. Contribuição à previdência privada;
14. Contribuição patronal da União ao Regime de Previdência dos Servidores Públicos;
15. Desapropriação de ações, dissolução ou liquidação de empresas;
16. Encargos financeiros (decorrentes da aquisição de ativos, questões previdenciárias ou outras
situações em que a União assuma garantia de operação);
17. Operações relativas à subscrição de ações;
18. Indenizações financeiras (anistiados políticos, programas de garantias de preços, etc.);
19. Participação da União no capital de empresas nacionais ou internacionais.
A ausência de produto, no caso das operações especiais, deve ser caracterizada em relação ao ciclo
produtivo objeto de orçamentação.
3.3. Estrutura Programática na Base do SIDOR
Programa: Na base do SIDOR, o campo que identifica o Programa contém quatro (4) dígitos XXXX.
1º / 2º / 3º / 4º dígitos determinam um programa.
Ação e Subtítulo (Localizador de Gasto): Na base do SIDOR a Ação é identificada por um código
alfanumérico de 8 dígitos:
1º / 2º dígitos numéricos;
3º/ 4º dígitos alfanuméricos; e
5º / 8º dígitos numéricos.
1º / 2º / 3º / 4º dígitos determinam uma ação; e
5º / 6º / 7º / 8º dígitos determinam um subtítulo (localizador do gasto).
Quando o 1º dígito for:
• 1, 3, 5 ou 7, a ação corresponde a um projeto;
• 2, 4, 6 ou 8, trata-se de uma atividade;
• 0, refere-se a uma operação especial; e
• 9, corresponde a uma ação não-orçamentária, isto é, ação sem dotação nos orçamentos da
União, mas que participa dos programas do PPA.
4. Componentes da Programação Física e Financeira
4.1. Programação Física
4.1.1. Meta Física
Meta física é a quantidade de produto a ser ofertado por ação, de forma regionalizada, se for o
caso, num determinado período e instituída para cada ano. As metas físicas são indicadas em nível
de subtítulo e agregadas segundo os respectivos projetos, atividades ou operações especiais. Vale
ressaltar que o critério para regionalização de metas é o da localização dos beneficiados pela ação.
Exemplo: No caso da vacinação de crianças, a meta será regionalizada pela quantidade de crianças
a serem vacinadas ou de vacinas empregadas em cada Estado, ainda que a campanha seja de
âmbito nacional e a despesa paga de forma centralizada. O mesmo ocorre com a distribuição de
livros didáticos.
4.2. Componentes da Programação Financeira
4.2.1. Natureza de Despesa
Os arts. 12 e 13 da Lei nº 4.320, de 1964, tratam da classificação da despesa por categoria
econômica e elementos. Assim como no caso da receita, o art. 8 o estabelece que os itens da
discriminação da despesa mencionados no art. 13 serão identificados por números de código
decimal, na forma do Anexo IV dessa Lei, atualmente consubstanciados no Anexo II da Portaria
Interministerial nº 163, de 2001. O conjunto de informações que formam o código é conhecido
como classificação por natureza de despesa e informa a categoria econômica, o grupo a que
pertence, a modalidade de aplicação e o elemento.
Na base do SIDOR o campo que se refere à natureza de despesa contém um código composto por
seis algarismos:
1º dígito: categoria econômica da despesa;
2º dígito: grupo de natureza de despesa; e
3º /4º dígitos: modalidade de aplicação; e
5º /6º dígitos: elemento de despesa.
4.2.1.1. Categoria Econômica da Despesa
A despesa, assim como a receita, é classificada em duas categorias econômicas, com os seguintes
códigos:
(3) - Despesas Correntes: classificam-se nessa categoria todas as despesas que não
contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital;
3.x.yy.zz
(4)- Despesas de Capital: classificam-se nessa categoria aquelas despesas que contribuem,
diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.
4.x.yy.zz
4.2.1.2. Grupo de Natureza da Despesa
É um agregador de elementos de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de
gasto, conforme discriminado a seguir:
1 - Pessoal e Encargos Sociais;
2 - Juros e Encargos da Dívida;
3 - Outras Despesas Correntes;
4 - Investimentos;
5 - Inversões Financeiras;
6 - Amortização da Dívida; e
9 - Reserva de Contingência.
4.2.1.3. Modalidade de Aplicação
A modalidade de aplicação destina-se a indicar se os recursos serão aplicados mediante
transferência financeira, inclusive a decorrente de descentralização orçamentária para outras
esferas de Governo, seus órgãos ou entidades, ou diretamente para entidades privadas sem fins
lucrativos e outras instituições; ou, então, diretamente pela unidade detentora do crédito
orçamentário, ou por outro órgão ou entidade no âmbito do mesmo nível de Governo.
A modalidade de aplicação objetiva, principalmente, eliminar a dupla contagem dos recursos
transferidos ou descentralizados.
20 - Transferências à União
30 - Transferências a Estados e ao Distrito Federal
40 - Transferências a Municípios
50 - Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos
60 - Transferências a Instituições Privadas com Fins Lucrativos
70 - Transferências a Instituições Multigovernamentais
71 - Transferências a Consórcios Públicos
80 - Transferências ao Exterior
90 - Aplicações Diretas
91 - Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e
Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social
99 - A Definir
4.2.1.4. Elemento de Despesa
Tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros,
diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma, subvenções
sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros
que a administração pública utiliza para a consecução de seus fins.

01 - Aposentadorias e Reformas
03 - Pensões
04 - Contratação por Tempo Determinado
05 - Outros Benefícios Previdenciários
06 - Benefício Mensal ao Deficiente e ao Idoso
07 - Contribuição a Entidades Fechadas de Previdência
08 - Outros Benefícios Assistenciais
09 - Salário-Família
10 - Outros Benefícios de Natureza Social
11 - Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil
12 - Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Militar
13 - Obrigações Patronais
14 - Diárias - Civil
15 - Diárias - Militar
16 - Outras Despesas Variáveis - Pessoal Civil
17 - Outras Despesas Variáveis - Pessoal Militar
18 - Auxílio Financeiro a Estudantes
19 - Auxílio-Fardamento
20 - Auxílio Financeiro a Pesquisadores
21 - Juros sobre a Dívida por Contrato
22 - Outros Encargos sobre a Dívida por Contrato
23 - Juros, Deságios e Descontos da Dívida Mobiliária
24 - Outros Encargos sobre a Dívida Mobiliária
25 - Encargos sobre Operações de Crédito por Antecipação da Receita
26 - Obrigações decorrentes de Política Monetária
27 - Encargos pela Honra de Avais, Garantias, Seguros e Similares
28 - Remuneração de Cotas de Fundos Autárquicos
30 - Material de Consumo
31 - Premiações Culturais, Artísticas, Científicas, Desportivas e Outras
32 - Material de Distribuição Gratuita
33 - Passagens e Despesas com Locomoção
34 - Outras Despesas de Pessoal decorrentes de Contratos de Terceirização
35 - Serviços de Consultoria
36 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física
37 - Locação de Mão-de-Obra
38 - Arrendamento Mercantil
39 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica
41 - Contribuições
42 - Auxílios
43 - Subvenções Sociais
45 - Equalização de Preços e Taxas
46 - Auxílio-Alimentação
47 - Obrigações Tributárias e Contributivas
48 - Outros Auxílios Financeiros a Pessoas Físicas
49 - Auxílio-Transporte
51 - Obras e Instalações
52 - Equipamentos e Material Permanente
61 - Aquisição de Imóveis
62 - Aquisição de Produtos para Revenda
63 - Aquisição de Títulos de Crédito
64 - Aquisição de Títulos Representativos de Capital já Integralizado
65 - Constituição ou Aumento de Capital de Empresas
66 - Concessão de Empréstimos e Financiamentos
67 - Depósitos Compulsórios
71 - Principal da Dívida Contratual Resgatado
72 - Principal da Dívida Mobiliária Resgatado
73 - Correção Monetária ou Cambial da Dívida Contratual Resgatada
74 - Correção Monetária ou Cambial da Dívida Mobiliária Resgatada
75 - Correção Monetária da Dívida de Operações de Crédito por Antecipação da Receita
76 - Principal Corrigido da Dívida Mobiliária Refinanciado
77 - Principal Corrigido da Dívida Contratual Refinanciado
81 - Distribuição Constitucional ou Legal de Receitas
91 - Sentenças Judiciais
92 - Despesas de Exercícios Anteriores
93 - Indenizações e Restituições
94 - Indenizações e Restituições Trabalhistas
95 - Indenização pela Execução de Trabalhos de Campo
96 - Ressarcimento de Despesas de Pessoal Requisitado
99 - A Classificar
4.2.2. Identificador de Uso - IDUSO
Esse código vem completar a informação concernente à aplicação dos recursos e destina-se a
indicar se os recursos compõem contrapartida nacional de empréstimos ou de doações ou
destinam-se a outras aplicações, constando da lei orçamentária e de seus créditos adicionais.
0- recursos não destinados à contrapartida;
1- contrapartida – Banco Internacional para a Reconstrução e o
Desenvolvimento - BIRD;
2- contrapartida – Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID;
3- contrapartida de empréstimos com enfoque setorial amplo;
4- contrapartida de outros empréstimos; e
5- contrapartida de doações.
4.2.3. Identificador de Doação e de Operação de Crédito - IDOC
O IDOC identifica as doações de entidades internacionais ou operações de crédito contratuais
alocadas nas ações orçamentárias, com ou sem contrapartida de recursos da União. Os gastos
referentes à contrapartida de empréstimos serão programados com o Identificador de Uso – IDUSO
– igual a 1, 2, 3 ou 4 e o IDOC com o número da respectiva operação de crédito, enquanto que,
para as contrapartidas de doações serão utilizados o IDUSO 5 e respectivo IDOC.
O número do IDOC também será usado nas ações de pagamento de amortização, juros e encargos
contratuais para identificar a operação de crédito a que se referem os pagamentos.
Quando os recursos não se destinarem à contrapartida nem se referirem a doações internacionais
ou operações de crédito, o IDOC será 9999.
Nesse sentido, para as doações de pessoas, de entidades privadas nacionais e as destinas ao
combate à fome, deverá ser utilizado o IDOC 9999.
4.2.4. Classificação da Despesa por Identificador de Resultado Primário
O identificador de resultado primário, de caráter indicativo, tem como finalidade auxiliar a apuração
do resultado primário previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias devendo constar no Projeto de Lei
Orçamentária Anual – PLOA e na respectiva Lei em todos os grupos de natureza da despesa,
identificando, de acordo com a metodologia de cálculo das necessidades de financiamento, cujo
demonstrativo constará em anexo à Lei Orçamentária.
Nenhuma ação poderá conter, simultaneamente, dotações destinadas a despesas financeiras e
primárias.
Os investimentos governamentais ao Projeto Piloto de Investimentos Públicos - PPI (gastos em
infra-estrutura: portos, aeroportos, estradas e ferrovias, entre outros) não são contabilizados no
cálculo do superávit primário.

0 - financeira;
1 - primária obrigatória, ou seja, aquelas que constituem obrigações constitucionais ou legais da
União e constem da Seção I do Anexo V da LDO;
2 - primária discricionária, assim consideradas aquelas não incluídas no anexo específico citado no
item anterior;
3 - despesas relativas ao Projeto Piloto de Investimentos Públicos – PPI, conforme o art. Disposto
na LDO, constante de Anexo específico da Lei Orçamentária Anual; e
4 - despesas constantes do orçamento de investimento das empresas estatais que não impactam o
resultado primário.
DÍVIDA PASSIVA
Compreendem a chama da dívida passiva: a dívida flutuante e a dívida fundada ou consolidada.
Dívida flutuante
Lei 4320/64 Art. 92. A dívida flutuante compreende:
I - os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
II - os serviços da dívida a pagar;
III - os depósitos;
IV - os débitos de tesouraria.
 Oriunda de despesa orçamentária: restos a pagar e serviços da dívida a pagar
 Origem extra – orçamentária: depósitos de terceiros, débitos de tesouraria
 Dívidas a ser paga em até 12 meses

Decreto 93872/86 Art . 115. A dívida pública abrange a dívida flutuante e a dívida fundada ou
consolidada.

§ 1º A dívida flutuante compreende os compromissos exigíveis, cujo pagamento independe de


autorização orçamentária, assim entendidos:

a) os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;

b) os serviços da dívida;

c) os depósitos, inclusive consignações em folha;

d) as operações de crédito por antecipação de receita;

e) o papel-moeda ou moeda fiduciária.

Dívida Fundada ou Consolidada

Lei 4320/64 Art. 98. A divida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a
doze meses, contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e
serviços públicos.
Decreto 93872/86 Art . 115. § 2º A dívida fundada ou consolidada compreende os compromissos
de exigibilidade superior a 12 (doze) meses contraídos mediante emissão de títulos ou celebração
de contratos para atender a desequilíbrio orçamentário, ou a financiamento de obras e serviços
públicos, e que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate.

RECEITA PÚBLICA
Receita Pública é a soma de ingressos orçamentários (impostos, taxas, contribuições e outras
fontes de recursos) arrecadados para atender às despesas públicas.
Outro conceito para Receitas Públicas são todos os ingressos de caráter não devolutivo auferidas
pelo poder público para alocação e cobertura das despesas públicas. Dessa forma, todo o ingresso
orçamentário constitui uma receita pública, pois tem como finalidade atender às despesas públicas.
As receitas públicas constituem rendas do Estado e podem ser originárias ou derivadas.
a) Receitas Originárias: São aquelas que provêm do próprio patrimônio do Estado. Ex:
Patrimoniais, Agropecuárias, Industriais, de Serviços.
b) Receitas Derivadas: São aquelas obtidas pelo Estado mediante sua autoridade coercitiva.
Dessa forma, o Estado exige que o particular entregue uma determinada quantia na forma de
tributos ou de multas.
A Lei nº 4.320/64 regulamenta os ingressos de disponibilidades de todos os entes da federação
classificando-os em dois grupos: orçamentários e extra-orçamentários.
Os ingressos orçamentários são aqueles pertencentes ao ente público arrecadados
exclusivamente para aplicação em programas e ações governamentais. Estes ingressos são
denominados Receita Pública.
Os ingressos extra-orçamentários são aqueles pertencentes a terceiros arrecadados pelo ente
público exclusivamente para fazer face às exigências contratuais pactuadas para posterior
devolução. Têm caráter provisório. Estes ingressos são denominados recursos de terceiros.
De acordo com os conceitos contábeis e orçamentários estabelecidos, a Receita Pública pode ou
não provocar variação na situação patrimonial líquida. Conforme os efeitos produzidos ou não no
Patrimônio Líquido, a Receita Pública pode ser efetiva e não-efetiva.
A Receita Pública Efetiva é aquela em que os ingressos de disponibilidades de recursos não
constituem obrigações correspondentes e por isto alteram a situação líquida patrimonial. É aquela
proveniente das funções próprias do setor público enquanto agente arrecadador. Ex. impostos.
A Receita Pública Não-Efetiva é aquela em que os ingressos de disponibilidades de recursos não
alteram a situação líquida patrimonial. As receitas não-efetivas não partem da arrecadação. Ex.
operações de crédito.

ESTÁGIOS DAS RECEITAS

Previsão
É a estimativa do que se espera arrecadar durante o exercício.
Lançamento
De acordo com artigo 53 da Lei nº 4.320/1964, o lançamento da receita é assim
definido:
"... é o ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e
a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta”.
O Código Tributário Nacional, em seu artigo 142, estabelece que o lançamento
compete privativamente à autoridade administrativa preenchendo as finalidades de:
a) verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação;
b) calcular o montante do tributo devido;
c) identificar o sujeito passivo; e, conforme o caso,
d) propor a penalidade cabível.
É preciso destacar que algumas receitas não estão sujeitas a lançamento e ingressam
diretamente no estágio arrecadação. É o caso, por exemplo, das receitas realizadas
pelo lado empresarial do Estado, isto é, receita originária. Só passam pela fase de
lançamento as receitas provenientes de tributos, receitas derivadas.
Arrecadação
O momento da arrecadação é aquele em que os contribuintes comparecem perante
os agentes arrecadadores, geralmente através de estabelecimentos bancários oficiais
ou privados, devidamente credenciados, a fim de liquidarem suas obrigações para
com o Estado.
Recolhimento
Caracteriza-se pela entrega do produto da arrecadação efetuado pelos agentes
arrecadadores diretamente ao caixa da União, Tesouro Nacional. Só através do
recolhimento, em conta específica, é que se pode dizer que os recursos estão
disponíveis para a utilização pelos gestores financeiros, em nome da União.
Não é demais lembrar que artigo 56 da Lei nº 4.320/1964 estabelece que "o
recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de
unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas
especiais”.

A lei 4.320/1964, em seu artigo 35, estabelece que pertencem ao exercício financeiro
as receitas nele arrecadadas. Em decorrência dessa determinação diz-se que na
contabilidade pública adota-se o regime de caixa para a classificação da receita.

Conta única do Tesouro Nacional


O Decreto-Lei 200, de 25 de fevereiro de 1967, ao promover a organização da
Administração Federal e estabelecer diretrizes para a Reforma Administrativa,
determinou ao Ministério da Fazenda que promovesse a unificação dos recursos
movimentados pelo Tesouro Nacional, através de sua Caixa junto ao agente financeiro
da União, com o objetivo de obter maior economia operacional e racionalizar a
execução da programação financeira de desembolso.
Essa determinação legal foi cumprida em setembro de 1988, com a promulgação da
Constituição, quando todas as disponibilidades do Tesouro Nacional, existentes nos
agentes financeiros, foram transferidas para o Banco Central do Brasil, em uma conta
única centralizada, exercendo o Banco do Brasil a função de agente financeiro do
Tesouro Nacional.
C.F. Artigo n. º 164 §3.
“As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central (...)”.
A instituição da Conta Única possibilitou a racionalização da administração financeira,
reduzindo a pressão sobre o caixa do Tesouro, além de agilizar os processos de
transferência de recursos e os pagamentos a terceiros.
As regras dispondo sobre a unificação dos recursos do Tesouro Nacional em Conta
Única foram estabelecidas inicialmente no decreto n. º 93.872, de 23 de dezembro de
1986, nos seguintes termos:
“CAPÍTULO I
Da Unificação dos Recursos de Caixa do Tesouro Nacional
Art 1º A realização da receita e da despesa da União far-se-á por via bancária, em
estrita observância ao princípio de unidade de caixa (Lei nº 4.320/1964, art. 56 e
Decreto-lei nº 200/67, art. 74).
Art 2º A arrecadação de todas as receitas da União far-se-á na forma disciplinada
pelo Ministério da Fazenda, devendo o seu produto ser obrigatoriamente recolhido à
conta do Tesouro Nacional no Banco do Brasil S.A. (Decreto-lei nº 1.755/79, art. 1º).
§ 1º Para os fins deste decreto, entende-se por receita da União todo e qualquer
ingresso de caráter originário ou derivado, ordinário ou extraordinário e de natureza
orçamentária ou extra-orçamentária, seja geral ou vinculado, que tenha sido
decorrente, produzido ou realizado direta ou indiretamente pelos órgãos competentes.
§ 2º Caberá ao Ministério da Fazenda a apuração e a classificação da receita
arrecadada, com vistas à sua destinação constitucional.
§ 3º (revogado pelo § 3º Art. 164 da CF/1988)
Art 3º Os recursos de caixa do Tesouro Nacional compreendem o produto das
receitas da União, deduzidas as parcelas ou cotas -partes dos recursos tributários e
de contribuições, destinadas aos Estados, ao Distrito Federal, aos Territórios e aos
Municípios, na forma das disposições constitucionais vigentes.
Parágrafo único. O Banco do Brasil S.A. fará o crédito em conta dos beneficiários
mencionados neste artigo tendo em vista a apuração e a classificação da receita
arrecadada, bem assim os percentuais de distribuição ou índices de rateio definidos
pelos órgãos federais competentes, observados os prazos e condições estabelecidos
na legislação específica (Decreto-lei nº 1.805/80, § 1º, do art. 2º).
Art 4º (Revogado pelo pelo § 3º artigo 164 da CF)
§ 3º Em casos excepcionais e para fins específicos, o Ministro da Fazenda poderá
autorizar o levantamento da restrição estabelecida no caput deste artigo.
Art 5º O pagamento da despesa, obedecidas as normas reguladas neste decreto,
será feito mediante saques contra a conta do Tesouro Nacional (Decreto-lei nº
200/67, parágrafo único do art. 92).
....”
A conta única do Tesouro Nacional mantida no Banco Central constitui a unificação de
todas as disponibilidades financeiras das unidades gestoras do governo federal
participantes do Sistema Integrado de Administração Financeira - SIAFI.
A partir da edição da Medida Provisória nº 1.782, de 14.12.1998, atual MP 2.170-36,
de 23.08.2001, as disponibilidades das Autarquias, Fundos e Fundações públicas
passaram obrigatoriamente a ser movimentados sob os mecanismos da conta única.
Art. 1º Os recursos financeiros de todas as fontes de receitas da União e de suas
autarquias e fundações públicas, inclusive fundos por elas administrados, serão
depositados e movimentados exclusivamente por intermédio dos mecanismos da
conta única do Tesouro Nacional, na forma regulamentada pelo Poder Executivo.
Parágrafo único. Nos casos em que características operacionais específicas não
permitam a movimentação financeira pelo sistema de caixa único do Tesouro
Nacional, os recursos poderão, excepcionalmente, a critério do Ministro de Estado da
Fazenda, ser depositados no Banco do Brasil S.A. ou na Caixa Econômica Federal.

DÍVIDA ATIVA
Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão escriturados
como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias.
(Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979)
§ 1º - Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento,
serão inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro próprio, após
apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse título. (Parágrafo
incluído pelo Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979)
§ 2º - Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de
obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa não Tributária
são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos
compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as
tributárias, foros, laudêmios, alugueis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços
prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos
responsáveis definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda
estrangeira, de subrogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de
outras obrigações legais. (Parágrafo incluído pelo Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979)
§ 3º - O valor do crédito da Fazenda Nacional em moeda estrangeira será convertido ao
correspondente valor na moeda nacional à taxa cambial oficial, para compra, na data da notificação
ou intimação do devedor, pela autoridade administrativa, ou, à sua falta, na data da inscrição da
Dívida Ativa, incidindo, a partir da conversão, a atualização monetária e os juros de mora, de
acordo com preceitos legais pertinentes aos débitos tributários. (Parágrafo incluído pelo Decreto Lei
nº 1.735, de 20.12.1979)
§ 4º - A receita da Dívida Ativa abrange os créditos mencionados nos parágrafos anteriores, bem
como os valores correspondentes à respectiva atualização monetária, à multa e juros de mora e ao
encargo de que tratam o art. 1º do Decreto-lei nº 1.025, de 21 de outubro de 1969, e o art. 3º do
Decreto-lei nº 1.645, de 11 de dezembro de 1978. (Parágrafo incluído pelo Decreto Lei nº 1.735,
de 20.12.1979)
§ 5º - A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na Procuradoria da Fazenda Nacional.
(Parágrafo incluído pelo Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979)
A inscrição da dívida é um fato de natureza extra- orçamentária e provoca um aumento no
patrimônio líquido representado por uma conta de variação patrimonial aumentativa.O
cancelamento da dívida ativa , que também é um fato de natureza extra- orçamentária, provoca
uma redução no patrimônio líquido representada por uma conta de variação patrimonial diminutiva.
Já o recebimento da dívida ativa, é um fato de natureza orçamentária e que não altera o
patrimônio líquido.

1. Natureza da Receita
Cabe à Secretaria de Orçamento Federal/MP o detalhamento da classificação da receita a ser
utilizado, no âmbito da União, o que é feito por meio de portaria de classificação orçamentária por
natureza de receita.
A classificação da receita por natureza busca a melhor identificação da origem do recurso segundo
seu fato gerador. Face à necessidade de constante atualização e melhor identificação dos ingressos
aos cofres públicos, o esquema inicial de classificação foi desdobrado em seis níveis, que formam o
código identificador da natureza de receita, conforme consta no Manual Técnico do Orçamento –
MTO, bem como no Ementário de Classificação das Receitas Orçamentárias, de 2006, às páginas 42
e 43.
O sistema de classificação de receitas obedecia a seguinte codificação:
Com a finalidade de melhorar o entendimento dessa codificação, a mesma foi substituída pela
codificação a seguir:
Observa-se que esta atual classificação substitui a anterior com relação aos itens Y e Z, em que
esses eram classificados como fonte e subfonte, respectivamente.

CORES RUBRAS
C ategoria Econômica
OR igem
ES pécie
RUBR ica
A línea
S ubalínea
1.1. Categoria Econômica da Receita
A receita é classificada em duas categorias econômicas, com os seguintes códigos:
11. Receitas Correntes: classifica-se nessa categoria aquelas receitas oriundas do poder
impositivo do Estado - Tributária e de Contribuições; da exploração de seu patrimônio –
Patrimonial; da exploração de atividades econômicas - Agropecuária, Industrial e de
Serviços; as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito
público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas
Correntes – Transferências Correntes; e as demais receitas que não se enquadram nos
itens anteriores – Outras Receitas Correntes; e

12. Receitas de Capital: de acordo com o art. 11, § 2º da Lei nº 4.320, de 17 de março de
1964, com redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.939, de 20 de maio de 1982, são as
provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da
conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de
direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de
Capital e, ainda, o Superávit do Orçamento Corrente. O Superávit do Orçamento Corrente
resultante do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, apurado na
demonstração a que se refere o Anexo nº 1 da Lei nº 4.320/64, não constituirá item de
receita orçamentária.

Cabe ainda destacar a distinção entre Receita de Capital e Receita Financeira. O conceito de
Receita Financeira surgiu com a adoção pelo Brasil da metodologia de apuração do resultado
primário, oriundo de acordos com o Fundo Monetário Internacional - FMI.
Desse modo, passou-se a denominar como Receitas Financeiras aquelas receitas que não são
consideradas na apuração do resultado primário, como as derivadas de aplicações no mercado
financeiro ou da rolagem e emissão de títulos públicos.
1.2. Origem
A origem refere-se ao detalhamento da classificação econômica das receitas, ou seja, ao
detalhamento das receitas correntes e de capital de acordo com a Lei nº 4.320, de 1964. A
mudança da atual nomenclatura (de “fonte” para “origem”) deveu-se à imprecisão do conceito
existente entre a fonte a que se refere esse classificador de receitas e a fonte
relacionada com o financiamento das despesas constantes da programação orçamentária. Os
códigos da origem para as receitas correntes e de capital são respectivamente:
Receitas Correntes
1. Receita Tributária
2. Receita de Contribuições
3. Receita Patrimonial
4. Receita Agropecuária
5. Receita Industrial
6. Receita de Serviços
7. Transferências Correntes
9. Outras Receitas Correntes
Receitas de Capital
1. Operações de Crédito
2. Alienação de Bens
3. Amortização de Empréstimos
4. Transferências de Capital
5. Outras Receitas de Capital

Receita Tributária
De acordo com o art 3o do Código Tributário Nacional (CTN) tributo é toda prestação
pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua
sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada.
As receitas tributárias (receita derivada) são compostas pelas receitas definidas como
tributos pelo CTN (impostos, taxas e contribuições de melhoria) e pelos empréstimos
compulsórios.
Impostos
Os impostos, de acordo com o art. 16 do CTN, são tributos cuja obrigação tem por fato
gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica relativa ao
contribuinte, ou seja, são cobrados pelo poder público sem um fim específico definido como
contrapartida. Os impostos são tributos não-vinculados, ou seja, o fato gerador não é uma
atividade do Estado, mas uma atividade ou situação econômica do contribuinte.
Taxas
De acordo com o art. 77 do CTN, as taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal e pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato
gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de
serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. As
taxas são tributos vinculados, pois o fato gerador é uma atividade estatal específica.
Cabe destacar a diferença entre taxa e preço público ou tarifa. As taxas são cobradas
coercitivamente, se sujeitam aos princípios tributários, o regime jurídico adotado e o de
direito público, podendo ser cobradas também pela utilização potencial do serviço e sua
cobrança não precisa ser proporcional à utilização. As tarifas utilizam o regime jurídico
contratual, de direito privado, admitem rescisão, decorrem da autonomia da vontade, sua
cobrança só pode ser feita com a utilização efetiva e deve ser proporcional à utilização e
não estão sujeitas aos princípios tributários.
Contribuições de Melhoria
Segundo o art. 81 do CTN, a contribuição de melhoria cobrada pela União, Estados, pelo
Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída
para fazer face aos custos de obras públicas que decorra valorização imobiliária, tendo
como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da
obra resultar para cada imóvel beneficiado. São tributos vinculados.
Empréstimos Compulsórios
De acordo com a CF, os empréstimos compulsórios, tributos de competência privativa da
União, sem exceção, são instituídos por lei complementar nas seguintes condições:
calamidade pública, guerra externa ou sua iminência; e investimento público de caráter
urgente e relevante interesse nacional. Podem ser vinculados ou não-vinculados,
dependendo da hipótese de incidência estabelecida pela lei complementar que o institua.
Entretanto, são tributos de arrecadação vinculada, pois a aplicação dos recursos obtidos
deve estar vinculada á despeça que fundamentou sua instituição.
Receita de Contribuições
As contribuições arrecadadas pelo poder público podem ser divididas em fiscais e
parafiscais. As contribuições fiscais são arrecadadas para utilização em fins específicos,
como é o caso da CPMF, cujo produto da arrecadação é destinado à saúde, previdência
social e Fundo de Combate à Pobreza. Já as contribuições parafiscais ou especiais são
arrecadas pela administração fiscal para órgãos de representação e defesa de interesses
profissionais, podendo ser administradas por entidades governamentais ou não
governamentais e não estão previstas no CTN. Como exemplo de contribuições parafiscais
temos as do Sistema S (Senar, Sesi, Senai, Senac, Sest, Senat, Sebrae, entre outros).
As contribuições ainda podem ser divididas em sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse de categorias profissionais.
As contribuições sociais são destinadas ao custeio da seguridade social, que compreende a
previdência social, a saúde e a assistência social. São exemplos de contribuições sociais:
contribuições previstas no art. 195 da CF, PIS/PASEP, COFINS, contribuições do Sistema S,
salário-educação, etc.
As contribuições de intervenção no domínio econômico são resultantes de uma atuação
estatal exercida em favor de determinado grupo ou coletividade. Como exemplo, temos a
CIDE-combustíveis, que incide sobre a importação ou comercialização de petróleo e seus
derivados, gás natural e seus derivados, e álcool combustível. São de competência
exclusiva da União, sem qualquer exceção.
As contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas são de competência
exclusiva da União, sem qualquer exceção, e sua arrecadação é destinada aos órgãos
representativos de categorias profissionais legalmente regulamentadas ou órgãos de defesa
de interesse de empregadores ou empregados. Como exemplo, temos as contribuições dos
Conselhos Regionais de Economia, Conselhos Regionais de Odontologia, etc.
A partir da emenda no 39/2002, surgiu uma nova contribuição definida no art. 149-A, da
CF: a contribuição de iluminação pública, cuja competência para instituição é exclusiva dos
municípios e do Distrito Federal e cujo fato gerador é vinculado à prestação do serviço de
iluminação pública. Sua arrecadação também é vinculada ao custeio da iluminação pública.
Receita Patrimonial
A receita patrimonial é uma receita originária relacionada ao resultado financeiro oriundo
da exploração do patrimônio poder público, sendo proveniente de receitas imobiliárias
(aluguéis, arrendamentos, taxas de ocupação de imóveis, entre outros), receitas de
valores mobiliários (juros, rendimentos de aplicações financeiras, etc) e receitas de
concessões e permissões (outorga de serviços de telecomunicações, de transportes,
etc).
Receita Agropecuária
A receita agropecuária é oriunda de produtos de origem vegetal, animal e derivados, isto é,
receitas advindas de produtos agrícolas, da pecuária, criação de animais de pequeno porte
e das atividades de transformação ou beneficiamento de produtos agropecuários, entre
outros.
Receita Industrial
É a receita proveniente da venda de mercadorias ou serviços relacionados a atividades
industriais, como, por exemplo, de construção civil, de extração mineral, de transformação,
etc.
Receita de Serviços
A receita de serviço é advinda da prestação de serviços de transporte, de comunicação,
portuários, de saúde, de inspeção, de fiscalização, comerciais, financeiros, judiciários, etc.
Transferências Correntes
Transferências correntes são receitas provenientes de outros órgãos ou entidades, que são
transferidos a entidade recebedora e utilizados em despesas correntes.
Outras Receitas Correntes
São recursos provenientes de outras origens não classificáveis em nenhuma das categorias
expostas acima, mas que são considerados receitas correntes.
Operações de Crédito
As operações de crédito são recursos oriundos da venda de títulos públicos ou contratação
de financiamentos e empréstimos junto a outras entidades públicas ou privadas.
Alienação de Bens
É a receita de capital proveniente da alienação de bens e direitos do ativo permanente.
Amortização de Empréstimos
Amortização de empréstimos corresponde aos recursos obtidos através de recebimento de
parcelas de empréstimos ou financiamentos concedidos.
Transferências de Capital
Transferências de capital são receitas provenientes de outros órgãos ou entidades, que são
transferidos a entidade recebedora, desde que sejam utilizados em despesas de capital.
Outras Receitas de Capital
São recursos provenientes de outras origens não classificáveis em nenhuma das categorias
expostas acima, mas que são considerados receitas de capital.

1.3. Espécie
A espécie constitui um maior detalhamento da categoria anterior (origem). Essa classificação não
está relacionada à Lei nº 4.320, de 1964, mas sim à classificação adotada pela SOF/STN
(classificação discricionária). No caso dos tributos, a espécie relaciona os tipos de tributos previstos
na Constituição Federal. A mudança da atual nomenclatura (de “subfonte” para “espécie”) deveu-se
também à imprecisão daquele conceito, uma vez que alguns entendiam que se tratava de
especificação das fontes de recursos relacionadas ao financiamento das despesas constantes da
programação orçamentária.

A rubrica é o nível que detalha a espécie com maior precisão, especificando a origem dos recursos
financeiros. Agrega determinadas receitas com características próprias e semelhantes entre si.
1.5. Alínea
A alínea é o nível que apresenta o nome da receita propriamente dita e que recebe o registro pela
entrada de recursos financeiros.
1.6. Subalínea
A subalínea constitui o nível mais analítico da receita, o qual recebe o registro de valor, pela
entrada do recurso financeiro, quando houver necessidade de maior detalhamento da alínea.
1.7. Exemplo de Natureza da Receita
SUPRIMENTO DE FUNDOS

Em face da necessidade de se haver um efetivo planejamento quanto à gestão pública dos recursos
diante das demandas surgidas, planejar é preciso. Porém, como em muitas vezes não se pode
imaginar todas as possibilidades dessas demandas, poderão ocorrer eventualidades
(excepcionalidades) que terão de ser atendidas, uma vez que o seu não-atendimento poderá
ocasionar prejuízos ou conseqüências desastrosas à Administração.
Ao ocorrer uma eventualidade, e houver a necessidade de atendê-la, de maneira rápida, não
podendo aguardar o processo normal (procedimento licitatório), uma das possibilidades é atendê-la
por meio de um procedimento denominado concessão de suprimento de fundos.
O Suprimento de Fundos consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de
prévio empenho na dotação própria à despesa a realizar, e que a critério do Ordenador de
Despesas, e sob sua inteira responsabilidade, não possa subordinar-se ao processo normal de
execução de despesas.
De acordo com o artigo 45 do decreto nº 93872/1986, o suprimento de fundos poderá
ser utilizado nas seguintes situações:
• para atender despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços especiais, que exijam
pronto pagamento em espécie;
• quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento; e
• para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso, não
ultrapassar limite estabelecido em Portaria do Ministro da Fazenda.
Os valores de um suprimento de fundos entregues ao suprido poderão relacionar-se a mais de uma
natureza de despesa, desde que precedidos dos empenhos nas dotações respectivas, respeitados
os valores de cada natureza.
O limite máximo para a concessão de suprimento por meio do Cartão de Pagamento do
Governo Federal, quando se tratar de despesa de pequeno vulto:
• para obras e serviços de engenharia será o correspondente a 10% (dez por cento) do valor
estabelecido na alínea “a” (convite) do inciso “I” do artigo 23, da Lei 8.666/93, alterada pela Lei
9.648/98;
• para outros serviços e compras em geral, será o correspondente a 10% (dez por cento) do valor
estabelecido na alínea “a” (convite) do inciso “II” do artigo 23, Lei 8.666/93, alterada pela Lei
9.648/98.
O limite máximo para realização por despesa de pequeno vulto em cada NOTA
FISCAL/FATURA/RECIBO/ CUPOM FISCAL:
• na execução de obras e serviços de engenharia, será o correspondente a 1% (um por cento) do
valor estabelecido na alínea “a” do inciso “I”(convite) do artigo 23, da Lei 8.666/93, alterada pela
Lei 9.648/98;
• nos outros serviços e compras em geral, será de 1% (um por cento) do valor estabelecido na
alínea “a” (convite) do inciso “II” do artigo 23, Lei 8.666/93, alterada pela Lei 9.648/98.
O limite máximo para a concessão de suprimento por meio de conta-corrente, quando se tratar de
despesa
de pequeno vulto: • para obras e serviços de engenharia será o correspondente a 5% (cinco por
cento) do valor estabelecido
na alínea “a” (convite) do inciso “I” do artigo 23, da Lei 8.666/93, alterada pela Lei 9.648/98;
• para outros serviços e compras em geral, será o correspondente a 5%(cinco por cento) do valor
estabelecido na alínea “a” (convite) do inciso “II” do artigo 23, Lei 8.666/93, alterada pela Lei
9.648/98.
A concessão de SF deverá ocorrer por meio do Cartão de Pagamento do Governo Federal.
Excepcionalmente, onde comprovadamente não for possível a utilização do cartão, poderá ocorrer
por meio de depósito em conta corrente ou por posse de valor em espécie.
O limite máximo para realização de despesa de pequeno vulto em cada NOTA
FISCAL/FATURA/RECIBO/ CUPOM FISCAL:
• na execução de obras e serviços de engenharia, será o correspondente a 0,25% (vinte e cinco
centésimos por cento) do valor estabelecido na alínea “a” do inciso “I” (convite) do artigo 23, da
Lei 8.666/93, alterada pela Lei 9.648/98;
• nos outros serviços e compras em geral, será de 0,25% (vinte e cinco centésimos por cento) do
valor estabelecido na alínea “a” (convite) do inciso “II” do artigo 23, Lei 8.666/93, alterada pela Lei
9.648/98.
Limite máximo para concessão de SF
CARTÃO DE PAGAMENTO CONTA-CORRENTE
Limite de concessão
Obras e serviços de engenharia R$ 15.000,00 R$ 7.500,00
Compras e serviços R$ 8.000,00 R$ 4.000,00
Limite de despesa por NF
Obras e serviços de engenharia R$ 1.500,00 R$ 375,00
Compras e serviços R$ 800,00 R$ 200,00
 vedado o fracionamento de despesa ou do documento comprobatório, para adequação dos
valores constantes dos limites máximos para realização de despesa de pequeno vulto em cada
NOTAFISCAL/ FATURA/ RECIBO/CUPOM FISCAL.
 O valor do Suprimento de Fundos inclui os valores referentes às Obrigações Tributárias e de
Contribuições, não podendo em hipótese alguma ultrapassar os limites estabelecidos quando se
tratar de despesas de pequeno vulto.
 Excepcionalmente, a critério da autoridade de nível ministerial, desde que caracterizada a
necessidade em despacho fundamentado, poderão ser concedidos suprimentos de fundos em
valores superiores aos fixados com os limites máximos.
A proposta de concessão de suprimento de fundos deverá conter:
• a finalidade;
• a justificativa da excepcionalidade da despesa por suprimento de fundos, indicando fundamento
normativo;
• a especificação da ND - Natureza da Despesa e do PI – Plano Interno, quando for o caso; e
• indicação do valor total e por cada natureza de despesa.
O servidor que receber Suprimento de Fundos é obrigado a prestar contas de sua aplicação,
procedendo - se, automaticamente, à tomada de contas se não o fizer no prazo assinalado pelo
Ordenador de Despesa, sem prejuízo das providências administrativas para apuração das
responsabilidades.
A importância aplicada até 31 de dezembro será comprovada até 15 de janeiro seguinte.
A comprovação das despesas realizadas deverá estar devidamente atestada por outro servidor que
tenha conhecimento das condições em que estas foram efetuadas, em comprovante original cuja
emissão tenha ocorrido em data igual ou posterior a de entrega do numerário e compreendida
dentro do período fixado ara aplicação, em nome do órgão emissor do empenho.
Não se concederá suprimento de fundos:
 a responsável por dois suprimentos;
 a servidor que tenha a seu cargo a guarda ou a utilização do material a adquirir, salvo quando
não houver na repartição outro servidor;
 a responsável por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, não tenha prestado contas de
sua aplicação;
 A concessão de suprimento de fundos deverá respeitar os estágios da despesa pública:
empenho, liquidação e pagamento.
 vedada a aquisição de material permanente por suprimento de fundos.
 a servidor declarado em alcance, entendido como tal o que não prestou contas
no prazo regulamentar ou o que teve suas contas recusadas ou impugnadas em
virtude de desvio, desfalque, falta ou má aplicação dos recursos recebidos.
Obs: o suprimento somente pode ser concedido a servidor público, nunca a terceirizado ou
estagiário.

SIAFI

A História do Siafi
Até o exercício de 1986, o Governo Federal convivia com uma série de problemas de natureza administrativa que
dificultavam a adequada gestão dos recursos públicos e a preparação do orçamento unificado, que passaria a vigorar em
1987 :

 Emprego de métodos rudimentares e inadequados de trabalho, onde, na maioria dos casos, os controles de
disponibilidades orçamentárias e financeiras eram exercidos sobre registros manuais;

 Falta de informações gerenciais em todos os níveis da Administração Pública e utilização da Contabilidade como
mero instrumento de registros formais;
 Defasagem na escrituração contábil de pelo menos, 45 dias entre o encerramento do mês e o levantamento das
demonstrações Orçamentárias, Financeiras e Patrimoniais, inviabilizando o uso das informações para fins
gerenciais;
 Inconsistência dos dados utilizados em razão da diversidade de fontes de informações e das várias interpretações
sobre cada conceito, comprometendo o processo de tomada de decisões;
 Despreparo técnico de parte do funcionalismo público, que desconhecia técnicas mais modernas de administração
financeira e ainda concebia a contabilidade como mera ferramenta para o atendimento de aspectos formais da
gestão dos recursos públicos;
 Inexistência de mecanismos eficientes que pudessem evitar o desvio de recursos públicos e permitissem a
atribuição de responsabilidades aos maus gestores;
 Estoque ocioso de moeda dificultando a administração de caixa, decorrente da existência de inúmeras contas
bancárias, no âmbito do Governo Federal. Em cada Unidade havia uma conta bancária para cada despesa.
Exemplo: Conta Bancária para Material Permanente, Conta bancária para Pessoal, conta bancária para Material de
Consumo, etc.

A solução desses problemas representava um verdadeiro desafio à época para o Governo Federal. O primeiro passo para
isso foi dado com a criação da Secretaria do Tesouro Nacional - STN, em 10 de março de 1986., para auxiliar o
Ministério da Fazenda na execução de um orçamento unificado a partir do exercício seguinte.

A STN, por sua vez, identificou a necessidade de informações que permitissem aos gestores agilizar o processo
decisório, tendo sido essas informações qualificadas, à época, de gerenciais. Dessa forma, optou-se pelo
desenvolvimento e implantação de um sistema informatizado, que integrasse os sistemas de programação financeira,
de execução orçamentária e de controle interno do Poder Executivo e que pudesse fornecer informações gerenciais,
confiáveis e precisas para todos os níveis da Administração.

Desse modo, a STN definiu e desenvolveu, em conjunto com o SERPRO, o Sistema Integrado de Administração
Financeira do Governo Federal – SIAFI em menos de um ano, implantando-o em janeiro de 1987, para suprir o
Governo Federal de um instrumento moderno e eficaz no controle e acompanhamento dos gastos públicos.

Com o SIAFI, os problemas de administração dos recursos públicos que apontamos acima ficaram solucionados. Hoje
o Governo Federal tem uma Conta Única para gerir, de onde todas as saídas de dinheiro ocorrem com o registro de
sua aplicação e do servidor público que a efetuou. Trata-se de uma ferramenta poderosa para executar, acompanhar
e controlar com eficiência e eficácia a correta utilização dos recursos da União.

Objetivos
O SIAFI é o principal instrumento utilizado para registro, acompanhamento e controle da execução
orçamentária, financeira e patrimonial do Governo Federal. Desde sua criação, o SIAFI tem
alcançado satisfatoriamente seus principais objetivos :
a) prover mecanismos adequados ao controle diário da execução orçamentária, financeira e
patrimonial aos órgãos da Administração Pública;
b) fornecer meios para agilizar a programação financeira, otimizando a utilização dos recursos do
Tesouro Nacional, através da unificação dos recursos de caixa do Governo Federal;

c) permitir que a contabilidade pública seja fonte segura e tempestiva de informações gerenciais
destinadas a todos os níveis da Administração Pública Federal;

d) padronizar métodos e rotinas de trabalho relativas à gestão dos recursos públicos, sem implicar
rigidez ou restrição a essa atividade, uma vez que ele permanece sob total controle do
ordenador de despesa de cada unidade gestora;

e) permitir o registro contábil dos balancetes dos estados e municípios e de suas supervisionadas;

f) permitir o controle da dívida interna e externa, bem como o das transferências negociadas;

g) integrar e compatibilizar as informações no âmbito do Governo Federal;

h) permitir o acompanhamento e a avaliação do uso dos recursos públicos; e

i) proporcionar a transparência dos gastos do Governo Federal.

Vantagens

O SIAFI representou tão grande avanço para a contabilidade pública da União que ele é hoje reconhecido no mundo inteiro
e recomendado inclusive pelo Fundo Monetário Internacional. Sua performance transcendeu de tal forma as fronteiras
brasileiras e despertou a atenção no cenário nacional e internacional, que vários países, além de alguns organismos
internacionais, têm enviado delegações à Secretaria do Tesouro Nacional, com o propósito de absorver tecnologia para a
implantação de sistemas similares.

Veja os ganhos que a implantação do SIAFI trouxe para a Administração Pública Federal :

 Contabilidade : o gestor ganha tempestividade na informação, qualidade e precisão em seu trabalho;

 Finanças : agilização da programação financeira, otimizando a utilização dos recursos do Tesouro Nacional, por
meio da unificação dos recursos de caixa do Governo Federal na Conta Única no Banco Central;

 Orçamento : a execução orçamentária passou a ser realizada tempestivamente e com transparência,


completamente integrada a execução patrimonial e financeira;

 Visão clara de quantos e quais são os gestores que executam o orçamento : os números da época da
implantação do SIAFI indicavam a existência de aproximadamente 1.800 gestores. Na verdade, eram mais de
4.000 que hoje estão cadastrados e executam seus gastos através do sistema de forma “on-line”;

 Desconto na fonte de impostos : hoje, no momento do pagamento, já é recolhido o imposto devido;

 Auditoria : facilidade na apuração de irregularidades com o dinheiro público;

 Transparência : poucas pessoas tinham acesso às informações sobre as despesas do Governo Federal antes do
advento do SIAFI. A prática da época era tratar essas despesas como “assunto sigiloso”. Hoje a história é outra,
pois na democracia o cidadão é o grande acionista do estado; e

 Fim da multiplicidade de contas bancárias : os números da época indicavam 3.700 contas bancárias e o
registro de aproximadamente 9.000 documentos por dia. Com a implantação do SIAFI, constatou-se que existiam
em torno de 12.000 contas bancárias e se registravam em média 33.000 documentos diariamente. Hoje, 98% dos
pagamentos são identificados de modo instantâneo na Conta Única e 2% deles com uma defasagem de, no
máximo, cinco dias.

Além de tudo isso, o SIAFI apresenta inúmeras vantagens que o distinguem de outros sistemas em uso no âmbito do
Governo Federal :

 Sistema disponível 100% do tempo e on-line;

 Sistema centralizado, o que permite a padronização de métodos e rotinas de trabalho;

 Interligação em todo o território nacional;

 Utilização por todos os órgãos da Administração Direta (poderes Executivo, Legislativo e Judiciário);

 Utilização por grande parte da Administração Indireta; e

 Integração periódica dos saldos contábeis das entidades que ainda não utilizam o SIAFI, para efeito de
consolidação das informações econômico-financeiras do Governo Federal - à exceção das Sociedades de Economia
Mista, que têm registrada apenas a participação acionária do Governo - e para proporcionar transparência sobre o
total dos recursos movimentados.

Principais Atribuições
O SIAFI é um sistema informatizado que processa e controla, por meio de terminais instalados em todo o território nacional,
a execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil dos órgãos da Administração Pública Direta federal, das
autarquias, fundações e empresas públicas federais e das sociedades de economia mista que estiverem contempladas no
Orçamento Fiscal e/ou no Orçamento da Seguridade Social da União.

O sistema pode ser utilizado pelas Entidades Públicas Federais, Estaduais e Municipais apenas para receberem, pela Conta
Única do Governo Federal, suas receitas (taxas de água, energia elétrica, telefone, etc) dos Órgãos que utilizam o sistema.
Entidades de caráter privado também podem utilizar o SIAFI, desde que autorizadas pela STN. No entanto, essa utilização
depende da celebração de convênio ou assinatura de termo de cooperação técnica entre os interessados e a STN, que é o
órgão gestor do SIAFI.

Muitos são as facilidades que o SIAFI oferece a toda Administração Pública que dele faz uso, mas podemos dizer, a título de
simplificação, que essas facilidades foram desenvolvidas para registrar as informações pertinentes às três tarefas básicas da
gestão pública federal dos recursos arrecadados legalmente da sociedade:

 Execução orçamentária
 Execução Financeira; e
 Elaboração das Demonstrações Contábeis, consolidadas no Balanço Geral da União.

Estrutura do Siafi

O SIAFI é um sistema de informações centralizado em Brasília, ligado por teleprocessamento aos Órgãos do Governo
Federal distribuídos no País e no exterior. Essa ligação, que é feita pela rede de telecomunicações do SERPRO e também
pela conexão a outras inúmeras redes externas, é que garante o acesso ao sistema às quase 17.874 Unidades Gestoras
ativas no SIAFI.

Para facilitar o trabalho de todas essas Unidades Gestoras, o SIAFI foi concebido para se estruturar por exercícios : cada ano
equivale a um sistema diferente, ou seja, a regra de formação do nome do sistema é a sigla SIAFI acrescida de quatro
dígitos referentes ao ano do sistema que se deseja acessar : SIAFI2000, SIAFI2001, SIAFI2002, etc.
Por sua vez, cada sistema está organizado por subsistemas - atualmente são 21 - e estes, por módulos . Dentro de cada
módulo estão agregadas inúmeras transações, que guardam entre si características em comum. Nesse nível de transação é
que são efetivamente executadas as diversas operações do SIAFI, desde entrada de dados até consultas.

Cada subsistema tem uma função própria e bem delimitada no SIAFI. Podemos organizá-los informalmente em cinco grupos
principais :

 Controle de Haveres e Obrigações :

- Dívida Pública - DIVIDA


- Haveres - HAVERES
- Controle de Obrigações - OBRIGACAO
- Operações Oficiais de Crédito - O2C

 Administração do Sistema :

- Administração do Sistema - ADMINISTRA


- Auditoria - AUDITORIA
- Centro de Informação - CI
- Conformidade - CONFORM
- Manual - MANUALMF
 Execução Orçamentária e Financeira :

- Contábil - CONTABIL
- Documentos do SIAFI - DOCUMENTO
- Orçamentário e Financeiro - ORCFIN
 Organização de Tabelas:

- Tabelas administrativas - TABADM


- Tabelas de apoio - TABAPOIO
- Tabelas do cadastro de obrigações - TABOBRIG
- Tabelas orçamentárias -TABORC
- Tabelas de receitas orçamentárias - TABRECEITA
 Recursos Complementares com Aplicação Específica:

- Programação orçamentária - PROGORCAM


- Convênios - CONVENIOS
- Contas a pagar e a receber - CPR
- Estados e Municípios - ESTMUN.

Principais Documentos

GSE Eletrônica

GSE é a sigla para Guia do Salário Educação. A GSE é o documento que registra o recolhimento do salário educação
destinado aos seus beneficiários e do valor que lhes é pago, mediante transferências intra-SIAFI de recursos entre a
Unidade Gestora recolhedora e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE.

Nota de Programação Financeira - PF

A Nota de Programação Financeira é o documento que permite registrar os valores constantes da Proposta de Programação
Financeira (PPF) e a Programação Financeira Aprovada (PFA), envolvendo a Coordenação-Geral de Programação Financeira
da Secretaria do Tesouro Nacional - COFIN/STN e os Órgãos Setoriais de Programação Financeira - OSPF.

Orçamentários:
Nota de Lançamento por Evento - NL

A Nota de Lançamento é o documento utilizado para registrar a apropriação/liquidação de receitas e despesas, bem
como outros atos e fatos administrativos, inclusive os relativos a entidades supervisionadas, associados a eventos
contábeis não vinculados a documentos específicos.
Nota de empenho – NE

A Nota de Empenho é o documento utilizado para registrar as operações que envolvem despesas orçamentárias
realizadas pela Administração Pública federal, ou seja, o comprometimento de despesa, seu reforço ou anulação,
indicando o nome do credor, a especificação e o valor da despesa, bem como a dedução desse valor do saldo da
dotação própria.
Nota de Movimentação de Crédito - NC

A Nota de Movimentação de Crédito é o documento utilizado para registrar a movimentação interna e externa de
créditos e suas anulações.
Nota de Dotação - ND

A Nota de Dotação é o documento utilizado para registro das informações orçamentárias elaboradas pela Secretaria
de Orçamento Federal , ou seja, dos créditos previstos no Orçamento Geral da União (OGU). Também se presta à
inclusão de créditos no OGU não previstos inicialmente e ao registro do desdobramento do Plano Interno e do
detalhamento da fonte de recursos.

Financeiros:
DARF Eletrônico

DARF é a sigla para Documento de Arrecadação de Receitas Federais. Por meio desse documento se registra a
arrecadação de tributos e demais receitas diretamente na Conta Única do Tesouro Nacional, sem trânsito pela rede
bancária, ou seja, por meio de transferências de recursos intra-SIAFI. O DARF eletrônico nada mais é que o
instrumento de registro dessas informações no SIAFI.
GPS Eletrônica

GPS é a sigla para Guia da Previdência Social. Esse documento permite registrar o recolhimento das contribuições
para a Seguridade Social por meio de transferências de recursos intra-SIAFI entre a UG recolhedora e a Conta Única
do Tesouro Nacional.
Nota de Lançamento por Evento - NL

A Nota de Lançamento é o documento utilizado para registrar a apropriação/liquidação de receitas e despesas, bem
como outros atos e fatos administrativos, inclusive os relativos a entidades supervisionadas, associados a eventos
contábeis não vinculados a documentos específicos.
Ordem Bancária – OB

A Ordem Bancária é o documento utilizado para o pagamento de compromissos, bem como à liberação de recursos
para fins de adiantamento, suprimento de fundos, cota, repasse, sub-repasse e afins, em contas bancárias mantidas
no Banco do Brasil.
*As informações sobre o SIAFI foram extraídas do site www.tesouro.fazenda.gov.br

SIDOR

O Sistema Integrado de Dados Orçamentários- SIDOR é um sistema de tecnologia da informação


implantado e utilizado pelo Governo Federal para fins de estruturar, organizar e elaborar a
proposta orçamentária, via “on line” , por todas as unidades orçamentárias.

Exercícios
21. A codificação da estrutura programática a seguir corresponde a uma atividade de um programa de serviços ao
estado.
Funcional Programática
10 302 0004 3863 0047 E
22. A classificação da despesa segundo a natureza, que passou a
ser observada na execução orçamentária de todos os entes
da Federação a partir do exercício financeiro de 2002,
compreende: categorias econômicas, subcategorias econômicas
e elementos. E
23. As classificações econômicas da receita e da despesa
compreendem as mesmas categorias: correntes e capital.
O superávit do orçamento corrente, que resulta do
balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes,
constitui item da receita orçamentária de capital. E
25. A classificação funcional da despesa engloba funções e
subfunções e têm por finalidade agregar conjuntos de despesas
do setor público . Uma das funções refere-se às despesas às
quais não se possa associar um bem ou serviço a ser gerado
no processo produtivo corrente, tai s como d í v i d as,
ressarcimentos, indenizações e outras, o que implica, portanto,
uma agregação neutra.C
27. São receitas correntes: as receitas tributárias, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industria l, de serviços e,
ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas
a atender despesas classificáveis em despesas correntes. C
28.O superavit do orçamento corrente é uma receita de capital,bem como as provenientes da realização de recursos
financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão,em espécie, de bens e direitos; e os recursos recebidos de
outras pessoas de direito público ou privado. O superávit corrente é destinado a atender despesas classificáveis em
despesas correntes. E

30. Na concepção moderna, o orçamento deixou de ser mero


instrumento financeiro de previsão de receitas e fixação de
despesas para representar um compromisso político de
cumprimento dos objetivos ali consignados, vinculando a ação
político-administrativa do Estado na consecução desses objetivos.
A respeito do orçamento, assinale a opção correta.
A) A destinação de receita proveniente de impostos para custeio
de atividades pertinentes à administração tributária viola o
princípio orçamentário da não-afetação.
B) A lei orçamentária anual compreende os orçamentos fiscais,
de investimento e da seguridade social. Como orçamento de
investimento, são considerados apenas os orçamentos das
empresas cuja maioria do capital social com direito a voto
pertença à União.
C) Apesar de ser considerado lei, o orçamento possui
características que o diferenciam das leis comuns. Um
exemplo é a limitação constitucional do conteúdo das emendas
ao projeto de lei do orçamento anual.
D) A lei orçamentária anual não pode conter dispositivo que
autorize a União a contratar operação de crédito por
antecipação de receita destinado a atender insuficiência de
caixa durante o exercício financeiro.
31. Com base na Lei n.º 4.320/1964, que estatui as normas gerais de
direito financeiro, assinale a opção correta.
A) O superavit do orçamento corrente é classificado como
receita corrente.
B) Os créditos destinados a reforço de dotação orçamentária são
denominados créditos adicionais extraordinários.
C) As despesas de custeio são classificadas como despesas de
capital.
D) O superavit do orçamento corrente é classificado como
receita de capital.
Acerca da Lei Federal n./ 4.320/1964, julgue os itens
subseqüentes.
32. As receitas de capital podem ser provenientes da realização
de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas
ou da conversão, em espécie, de bens e direitos. C
33.Os créditos suplementares são aqueles destinados a despesas
para as quais não exista dotação orçamentária específica. E
34. Os empenhos não liquidados com vigência plurianual só serão
classificados como restos a pagar no último ano de vigência
do crédito. C
35. O regime de competência exige que as despesas sejam contabilizadas conforme o exercício a que pertençam, ou
seja, em que foram geradas. Se uma despesa foi empenhada
em um exercício e somente foi paga no seguinte, ela deverá
ser contabilizada como pertencente ao exercício em que foi
empenhada. Por ter sido realizada no ano anterior, o eventual
pagamento da despesa no exercício seguinte deverá ser
considerado como extra-orçamentário. Tal situação é que
gera, na execução financeira e orçamentária da despesa, a
figura dos restos a pagar.C
36. O ciclo orçamentário é o espaço de tempo compreendido entre o primeiro dia de janeiro e o dia 31 de dezembro de
cada ano, no qual se promovem a execução orçamentária e
os demais fatos relacionados com as variações qualitativas
e quantitativas que afetam os elementos patrimoniais dos
órgãos e entidades do setor público.E
37. Receita orçamentária é a entrada que é acrescida ao patrimônio
público como elemento novo e pos i t i v o , integrando-se a ele
sem quaisquer reservas, condições ou correspondência no
passivo.E

Ao final do exercício X1, verificou-se que, em


determinado ente,
 foram empenhadas e liquidadas despesas no total de R$ 150
 mil, do qual R$ 20 mil foram despesas inscritas em restos a
 pagar;
 foram pagos, no mesmo exercício X1, R$ 15 mil de despesas
 inscritas em restos a pagar no exercício anterior — X0;
 foram pagas, no exercício subseqüente — X2 —, as despesas
 inscritas em restos a pagar em X1.
Com base nessa situação hipotética e considerando a apuração dos
resultados e a composição das receitas e despesas no balanço
financeiro, julgue os itens a seguir.
38. Desconsiderando-se outras transações, no exercício X0,
houve despesas extra-orçamentárias de R$ 15 mil e, no
exercício X1, de R$ 20 mil. E
39. As despesas efetivamente pagas no exercício X1 totalizaram
R$ 145 mil. C
40. O resgate de uma dívida contraída pelo poder público constitui, segundo a contabilidade pública, uma mutação
patrimonial da despesa, provocando apenas redução equivalente no ativo e no passivo desse ente.C
41. - A Lei n.º 4.320/1964 representa o marco fundamental da receita orçamentária. Acerca das receitas orçamentárias e
extra-orçamentárias, assinale a opção correta.
A São receitas correntes as receitas tributária, patrimonial, industrial e diversa, excluindo-se as provenientes de recursos
financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis
em despesas de capital ou em despesas correntes.
B Os restos a pagar do exercício serão computados na receita extra-orçamentária para compensar sua inclusão na despesa
extra - orçamentária.
C As receitas extra-orçamentárias são valores provenientes de toda e qualquer arrecadação que não figure no orçamento,
mas que constitui renda do Estado.
D São receitas de capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da
conversão em espécie, de bens e direitos; além dos recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado
destinados a atender despesas classificáveis em despesas correntes.
E O superavit do orçamento corrente que corresponde à diferença entre receitas e despesas correntes é considerado receita
corrente.

Lista 6
01. A codificação da estrutura programática a seguir corresponde a um projeto de um programa de serviços ao
estado.
Funcional Programática
20 138 0029 4753 0001

02. Na legislação atual, não existe formulário específico para formalizar a fase da despesa denominada liquidação da
despesa. A liquidação da despesa far-se-á por meio de exame
do próprio processo ou do expediente que verse sobre a
solvência do direito creditório, em que serão demonstrados
os valores bruto e líquido a pagar. Somente após a apuração
do direito adquirido pelo credor, tendo por base os
documentos comprobatórios do respectivo crédito, ou da
completa habilitação da entidade beneficiada, a unidade
gestora providenciará o imediato pagamento da despesa.
03. Considere que, para as despesas de uma obra, não haja categoria de programação orçamentária específica na lei
orçamentária anual vigente. Nesse caso, visando atender a
objetivo não previsto no orçamento, há necessidade da
aprovação legislativa de crédito especial, cujo projeto de lei
deverá ser de iniciativa do governador do estado.
04. O regime de competência exige que as despesas sejam contabilizadas conforme o exercício a que pertençam, ou
seja, em que foram geradas. Se uma despesa foi empenhada
em um exercício e somente foi paga no seguinte, ela deverá
ser contabilizada como pertencente ao exercício em que foi
empenhada. Por ter sido realizada no ano anterior, o eventual
pagamento da despesa no exercício seguinte deverá ser
considerado como extra-orçamentário. Tal situação é que
gera, na execução financeira e orçamentária da despesa, a
figura dos restos a pagar.
05. O ciclo orçamentário é o espaço de tempo compreendido entre o primeiro dia de janeiro e o dia 31 de dezembro de
cada ano, no qual se promovem a execução orçamentária e
os demais fatos relacionados com as variações qualitativas
e quantitativas que afetam os elementos patrimoniais dos
órgãos e entidades do setor público.
06. As classificações econômicas da receita e da despesa
compreendem as mesmas categorias: correntes e capital.
O superávit do orçamento corrente, que resulta do
balan ceamento dos totais das receitas e despesas correntes,
constitui item da receita orçamentária de capital.
07. Receita orçamentária é a entrada que é acrescida ao patrimônio
público como elemento novo e pos i t i v o , integrando-se a ele
sem quaisquer reservas, condições ou correspondência no
passivo.
Acerca d as disposições da Lei Complementar n.º 101/2000
Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) —, julgue os itens a seguir.
08. Os atos que criam ou aumentam despesa corrente obrigatória
de caráter continuado devem ser instruídos com a estimativa
do impacto orçamentário e financeiro no exercício em que esta
deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes.
09. Considere a seguinte situação hipotética.
No decorrer do segundo semestre do último exercício do
mandato,
determinado titular de poder realizou despesas que,
por não terem sido pagas até o dia 31 de dezembro, foram
inscritas em restos a pagar.
Nessa situação, considerando que não houvesse suficiente
disponibilidade de caixa para essa finalidade, a inscrição em
restos a pagar foi irregular.
10. A operação de crédito por antecipação da receita
orçamentária, proibida no último ano de mandato do
presidente, governador ou prefeito municipal, destina-se a
atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro
e deve cumprir, entre outras exigências, as seguinte s :
autorização em lei para a contratação; liquidação até o dia
dez de dezembro de cada ano; previsão na receita
orçamentária.
11. Com base na Lei n.º 4.320/1964, que estatui as normas gerais de
direito financeiro, assinale a opção correta.
A) O superavit do orçamento corrente é classificado como
receita corrente.
B) Os créditos destinados a reforço de dotação orçamentária são
denominados créditos adicionais extraordinários.
D) As despesas de custeio são classificadas como despesas de
capital.
12. A dívida flutuante corresponde ao passivo financeiro do balanço patrimonial e compreende os saldos das contas que
permaneceram abertas no sistema financeiro, não necessitando de autorização orçamentária para seu pagamento.
13. De acordo com a LRF, as despesas destinadas ao pagamento do serviço da dívida não serão objeto de limitação, ainda
que se verifique, ao final de um bimestre, que a realização da receita possa não comportar o cumprimento das metas de
resultado primário ou nominal estabelecidas no anexo de metas fiscais.
14. O resgate de uma dívida contraída pelo poder público constitui, segundo a contabilidade pública, uma mutação
patrimonial da despesa, provocando apenas redução equivalente no ativo e no passivo desse ente.
15. O orçamento base-zero caracteriza-se como um modelo do tipo racional, em que as decisões são voltadas para a
maximização da eficiência na alocação dos recursos públicos. Adota-se, como procedimento básico, o questionamento de
todos os programas em execução, sua continuidade e possíveis alterações, em confronto com novos programas pretendidos.
16. O veto do presidente da República a determinado programa contido no projeto de lei orçamentária aprovado pelo
Congresso Nacional permite a superveniência de recursos que poderão ser utilizados mediante créditos suplementares, sem
necessidade de prévia autorização legislativa.
17. A Lei n.º 4.320/1964 representa o marco fundamental da receita orçamentária. Acerca das receitas orçamentárias e
extra-orçamentárias, assinale a opção correta.
A São receitas correntes as receitas tributária, patrimonial, industrial e diversa, excluindo-se as provenientes de recursos
financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis
em despesas de capital ou em despesas correntes.
B Os restos a pagar do exercício serão computados na receita extra-orçamentária para compensar sua inclusão na despesa
extra - orçamentária.
C As receitas extra-orçamentárias são valores provenientes de toda e qualquer arrecadação que não figure no orçamento,
mas que constitui renda do Estado.
D São receitas de capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da
conversão em espécie, de bens e direitos; além dos recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado
destinados a atender despesas classificáveis em despesas correntes.
E O superavit do orçamento corrente que corresponde à diferença entre receitas e despesas correntes é considerado receita
corrente.
Com base nos conceitos e na legislação acerca de orçamentos públicos, julgue os itens a seguir.
18. O orçamento público passa a ser utilizado sistematicamente como instrumento da política fiscal do governo a partir da
década de 30 do século XX, por influência da doutrina keynesiana, tendo função relevante nas políticas de estabilização da
economia, na redução ou expansão do nível de atividade.
19. A utilização da política orçamentária para os propósitos de estabilização econômica implica promover ajustes no nível da
demanda agregada, expandindo-a ou restringindo-a, e provocando a ocorrência de deficits ou superavits.
20. De acordo com a atual legislação brasileira, a Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO) disporá sobre as alterações na legislação tributária, que, para todos os fins, não estarão
sujeitas aos princípios da anterioridade e da anualidade.
21. Considere-se que, diante da existência de excesso de arrecadação no exercício em vias de encerramento, um
parlamentar tenha encaminhado projeto de lei para abertura de créditos suplementares.
22. Cada ente da Federação deve indicar os resultados fiscais pretendidos para o exercício financeiro a que a LDO se referir
e para os dois exercícios seguintes. Para se obter superavit nominal, é preciso que os juros nominais líquidos sejam
inferiores ao resultado primário.
23. O orçamento-programa se diferencia do orçamento incremental pelo fato de que este último pressupõe uma revisão
contínua da estrutura básica dos programas, com aumento ou diminuição dos respectivos valores.
24. A principal característica do orçamento-programa, em contraposição com os orçamentos tradicionais, é a ênfase no
objetivo — e não no objeto — do gasto. Em organizações mais simples, que desempenham uma única função, a indicação
do objeto do gasto ou a natureza da despesa é suficiente para se identificar, ainda que indiretamente, o objetivo dos
dispêndios realizados pela unidade responsável.
25. As chamadas renúncias de receitas, apesar de não representarem dispêndios de recursos, devem ser objeto de
estimativa que acompanha o projeto de lei orçamentária, de forma a se evidenciarem os seus efeitos segundo critério de
distribuição regional dessas renúncias.
26.Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias destinadas ao Poder Judiciário ser-lhe-ão entregues até o dia 20
de cada mês, na proporção das liberações efetuadas pelo Poder Executivo às suas próprias unidades orçamentárias.
Com relação às receitas e despesas públicas e aos créditos orçamentários, julgue os seguintes itens.
27.A receita extra-orçamentária é representada no balanço patrimonial como passivo financeiro, por se tratar de recursos de
terceiros que transitam pelos cofres públicos.
28. Os empréstimos compulsórios são considerados de natureza tributária, estando o produto de sua arrecadação vinculado
à despesa que lhe fundamentou a instituição. Dependendo de sua modalidade, estarão ou não sujeitos ao princípio da
anterioridade.
29.Constituem receitas de capital as receitas imobiliárias e as intergovernamentais das quais não decorra exigência de
contraprestação por parte do beneficiário dos recursos.
30. As despesas de pessoal permanente de um órgão ou entidade podem ser classificadas como correntes ou de capital,
dependendo de o pessoal ser empregado nas atividades normais, de manutenção do órgão ou entidade, ou alocado a um
projeto de que resultará um investimento.
31. Em termos agregados, a distribuição por categoria de gasto depende da distribuição funcional da despesa. Em princípio,
quanto maior for a parcela das despesas públicas destinada à produção de bens públicos e semi-públicos, mais elevada será
a participação dos investimentos, e, quanto mais aplicações houver em melhoria e expansão da infra estrutura econômica,
maior será a participação das despesas de pessoal.
32.Considere-se que um órgão da administração tenha apresentado, nos últimos dias do exercício financeiro, a situação
mostrada na tabela a seguir.
totais do orçamento aprovado, já com as alterações no exercício
R$ 500.000,00
receita arrecadada R$ 570.000,00
despesa empenhada R$ 460.000,00
despesa liquidada R$ 410.000,00
Com base nesses dados, e sabendo-se que os valores de despesas não serão alterados, é correto concluir que os recursos
disponíveis para a abertura de um crédito especial correspondem a R$ 110.000,00.
33.Os créditos suplementares autorizados na lei orçamentária de 2008, no âmbito do TST, serão abertos por ato do
presidente do STF, dispensada a manifestação do Conselho Nacional de Justiça.
Tendo como referência a Lei Complementar n.º 101/2000 — Lei de Responsabilidade Fiscal —, julgue os itens subseqüentes.
34. O limite das despesas de pessoal dos tribunais e juízes do trabalho, obedecido o teto global de 6% da receita líquida da
União para o Poder Judiciário, corresponde à proporção média que representava no período de 1997 a 1999 no âmbito do
Judiciário.
35. Para fins de cumprimento da chamada regra de ouro da Lei de Responsabilidade Fiscal, computam-se também as
operações de crédito por antecipação de receitas, desde que liquidadas no mesmo exercício em que forem contratadas.

Com base na doutrina e nas legislações orçamentária e financeira públicas, julgue os itens .
36. A adoção do orçamento moderno está associada à concepção do modelo de Estado que, desde antes do final do século
XIX, deixa de caracterizar-se por mera postura de neutralidade, própria do laissez-faire, e passa a ser mais intervencionista,
no sentido de corrigir as imperfeições do mercado e promover o desenvolvimento econômico.
37. Com a Constituição de 1891, que se seguiu à Proclamação da República, a elaboração da proposta orçamentária passou
a ser privativa do Poder Executivo, competência que foi transferida para o Congresso Nacional somente na Constituição de
1934.
38. Tem-se observado, no Brasil, que o calendário das matérias orçamentárias e a falta de rigor no cumprimento dos prazos
comprometem a integração entre planos plurianuais e leis orçamentárias anuais.
39. A fixação da meta de superavit primário constitui preocupação inicial dos responsáveis pela formulação orçamentária.
Nesse sentido, as necessidades de financiamento do setor público no conceito primário
correspondem ao deficit primário, de cujo cálculo se excluem do deficit nominal os efeitos da correção monetária.
40. O TCU tem chamado a atenção para o fato de que o Poder Executivo, no afã de assegurar e antecipar o alcance da
meta de superavit primário, contingencia dotações orçamentárias, promovendo sua descompressão quase ao final do
exercício.
Isso tem levado à inscrição de elevados valores em restos a pagar, notadamente em restos a pagar processados.
41. O orçamento-programa constitui modalidade de orçamento em que a previsão dos recursos financeiros e sua destinação
decorrem da elaboração de um plano completo. Para autores como João Angélico, o orçamento-programa distingue-se do
orçamento comum, tradicional, porque este inicia-se com a previsão de recursos para a execução de atividades instituídas,
enquanto, no orçamento-programa, a previsão da receita é a etapa final do planejamento.
42. O orçamento-programa, como atualmente concebido, é
instrumento do planejamento e, desse modo, tem de integrar-se aos planos e programas governamentais. A esse propósito,
uma das condições para a aprovação de emendas aos projetos de lei do orçamento anual e de suas alterações é a de que
sejam compatíveis com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
43. Quando o presidente da República veta dispositivo da lei orçamentária aprovada pelo Congresso Nacional, os recursos
remanescentes podem, por meio de projeto de lei de iniciativa de deputado federal ou senador, ser utilizados para abertura
de créditos suplementares ou especiais.
44. A reabertura de créditos especiais não utilizados, que
tiverem sido autorizados até quatro meses antes do
encerramento do exercício, está condicionada à existência de superavit financeiro apurado no balanço patrimonial, ao final
desse mesmo exercício.
45. Uma diferença que usualmente se estabelece entre receitas correntes e receitas de capital é o caráter recorrente das
primeiras e esporádico das últimas. Do mesmo modo, entre as receitas próprias e as receitas de transferências: as primeiras
são livres, e as últimas, vinculadas.
46. Receitas imobiliárias e de valores mobiliários constituem receita patrimonial, que se classifica como receita corrente, para
qualquer esfera da administração.
47. A forma de execução de determinado programa condiciona a classificação da despesa por categoria econômica. Por
exemplo, se o ente público oferece diretamente programas de alfabetização, haverá predominância de despesas correntes,
com pessoal e encargos; se esses serviços forem terceirizados, haverá também predominância de despesas correntes, só
que com serviços de terceiros.
48 .Na instalação de um órgão público recentemente criado, para que haja contribuição do setor público para a formação do
Produto Interno Bruto, deve-se optar pela construção de um prédio, em vez de, simplesmente, adquirir um imóvel já
construído.
49. A CF, ao tratar dos créditos extraordinários, referiu-se, corretamente, às despesas imprevistas, e não às imprevisíveis,
pois, no primeiro caso, admite-se que houve erro de previsão, enquanto, no segundo, as despesas não podiam mesmo ser
previstas.
50. Suponha a situação em que, em virtude da criação de um novo órgão, não havia recursos disponíveis. Verificou-se que:
< havia insuficiência de arrecadação acumulada, durante o exercício, de R$ 45.000,00;
< até então, registrava-se uma economia de despesas de R$ 60.000,00;
< o saldo, no balanço financeiro, tinha aumentado em
R$ 15.000,00 durante o exercício.
Com base nesses dados, é correto concluir que seria possível abrir um crédito suplementar de R$ 30.000,00.
51. Se, na apreciação das contas do governo relativas ao exercício de 2006, o relator do TCU tiver ressalvado o fato de um
tribunal regional ter ordenado ou autorizado a realização de despesas, nos últimos dois quadrimestres do mandato de seu
presidente, que não podiam ser cumpridas integralmente dentro dele, ou que tinham parcelas a serem pagas no exercício
seguinte, sem que houvesse suficiente disponibilidade de caixa, nesse caso, pela LRF, a inscrição, em restos a pagar, das
despesas empenhadas e não-liquidadas estaria limitada ao saldo da disponibilidade de caixa.
52. Na hipótese de a receita corrente líquida da União atingir, em determinado período, R$ 400 bilhões, a despesa de
pessoal do Poder Judiciário não poderá exceder R$ 14,4 bilhões.
53. As contas do Poder Judiciário serão apresentadas, no âmbito da União, pelos presidentes do STF e dos tribunais
superiores, que, por sua vez, consolidarão as contas dos
respectivos tribunais.

Lista 06

“01. A codificação da estrutura programática...”

1- F 12- V 23- F 34- F


2- F 13- V 24- V 35- F
3- V 14- V 25- V 36- V
4- V 15- V 26- F 37- F
5- F 16- F 27- V 38- V
6- F 17- B 28- V 39- V
7- F 18- V 29- F 40- F
8- V 19- V 30- V 41- V
9- V 20- F 31- V 42- V
10- F 21- F 32- V 43- F
11- F, F, F 22- V 33- F 44- F
45- F 48- V 51- V 53-V
46- V 49- F 52- V
47- V 50- F

Questão 3 MPU – Analista Orçamento (ESAF –2004) ADAPTADA


Com base na classificação da receita publica por ORIGEM, indique a única opção que não é incluída nas receitas
correntes.
a) Receita Patrimonial.
b) Receita Agropecuária.
c) Receita Tributária.
d) Receita de Contribuições.
e) Operações de Crédito.

Questão 6 TCU - Analista de Controle Externo - ACE (ESAF –2002)


A classificação da despesa por categoria econômica é inspirada no esquema estabelecido pela
Contabilidade Nacional. Assinale o objetivo da classificação por categoria econômica.
a) Dimensionar a participação do dispêndio governamental nos principais agregados da
análise macroeconômica.
b) Identificar os principais programas que refletem as prioridades explicitamente
estabelecidas pelo governo.
c) Demonstrar a distribuição funcional da despesa.
d) Classificar os gastos em funções, programas e sub-programas.
e) Medir a participação do governo federal no PIB (Produto Interno Bruto).
Questão 10 TCE/SP – Agente da Fiscalização Financeira - Adm. Geral (FCC –2005)
São Receitas de Capital
a) as receitas tributárias.
b) o superávit do orçamento corrente.
c) as receitas de contribuição.
d) as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras entidades para atender despesas com
pessoal.
e) as receitas patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras.

Questão TCE/SP – Agente da Fiscalização Financeira - Adm. Geral (FCC –2005)


11
Constitui-se inversão Financeira
a) a aquisição de títulos representativos do capital de empresas já constituídas, que não importe em
aumento de capital.
b) a constituição de capital de entidades ou empresas que não visem objetivos comerciais ou
financeiros.
c) a participação em constituição ou aumento de capital de empresas ou entidades industriais ou
agrícolas.
d) o aumento do capital de entidades ou empresas que não visem objetivos comerciais ou financeiros.
e) a aquisição de equipamentos e instalações ou serviços em regime de programação especial.
Questão 12 TCE/SP – Auxiliar da Fiscalização Financeira V (FCC –2005)
De acordo com o disposto na Lei nº 4.320/64, as receitas tributárias, as receitas de serviços e o
superávit do orçamento corrente classificam-se, respectivamente, como receitas
a) correntes, correntes e de capital.
b) correntes, de capital e correntes.
c) de capital, de capital e correntes.
d) de capital, correntes e correntes.
e) correntes, de capital e de capital.

Questão TCE/SP – Auxiliar da Fiscalização Financeira V (FCC –2005)


13
De acordo com o disposto na Lei nº 4.320/64, para efeito de classificação de despesa, considera-se
material permanente o
a) que não seja consumido com o uso.
b) que não possa ser alienado.
c) que tenha sido adquirido com recursos públicos.
d) de caráter essencial para manutenção do serviço público.
e) de duração superior a dois anos.

Questão 24 TRF 1ª REGIÃO – Analista Judiciário - Administrativa (FCC –2001)


Na codificação da receita orçamentária os dígitos que correspondem à categoria econômica são os
a) primeiros.
b) primeiros e os segundos.
c) segundos.
d) segundos e os terceiros.
e) terceiros.

Questão 27 TRT 23ª REGIÃO – Analista Judiciário – Administrativa/Contabilidade (FCC –


2004)
As despesas públicas que resultam em oferta de bens e serviços diretamente à sociedade são programas
a) de gestão das políticas públicas.
b) de apoio administrativo.
c) de apoio à decisão.
d) de serviços aos estados.
e) finalísticos.

Questão 35 Tribunal de Contas do Estado/SE – Subprocurador (FCC –2002)


No que concerne à classificação da receita pública, é correto afirmar que na Lei nº 4.320/64
a) a receita tributária é instituída pelas entidades estatais e autárquicas, compreendendo
os impostos, as taxas e as tarifas.
b) são receitas correntes as receitas tributárias, patrimonial, industrial e diversas.
c) são receitas correntes as provenientes de recursos financeiros oriundos de constituição
de dívida.
d) são receitas de capital as receitas tributárias, de contribuições, patrimonial,
agropecuária, industrial, de serviços e outras.
e) são receitas correntes as provenientes da conversão, em espécie, de bens e direitos.

Questão 37 TRF 4ª REGIÃO – Técnico Judiciário - Contabilidade (FCC –2004)


O maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público é relativo
a) às funções.
b) às subfunções.
c) às categorias econômicas.
d) às modalidades de aplicação.
e) aos programas.

Questão 38 TRF 4ª REGIÃO – Técnico Judiciário - Contabilidade (FCC –2004)


O instrumento de programação, o qual envolve um conjunto de operações que se realizam de modo
contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação do governo, é
a) o programa.
b) o projeto.
c) a atividade.
d) a operação especial.
e) a ação orçamentária.

Questão 46 MPU – Técnico Judiciário – Controle Interno (ESAF –2004) ADAPTADA


Quanto à origem de receitas orçamentárias, não são classificadas como receitas correntes as
a) receitas de contribuições.
b) receitas de serviços.
c) receitas patrimoniais.
d) receitas provenientes de alienação de bens.
e) receitas agropecuárias.

Questão 48 MPU – Técnico Judiciário – Controle Interno (ESAF –2004) Entre as despesas
de capital do setor público, não se enquadram as despesas com
a) serviços de terceiros.
b) material permanente.
c) obras públicas.
d) aquisição de imóveis.
e) concessão de empréstimos.

Questão 50 Ministério da Cultura – Analista - Administrativo (FGV –2006) Uma


determinada Unidade Orçamentária realizou no exercício financeiro vigente uma despesa e, ao
registrar o seu pagamento, utilizou o seguinte código: 3.3.90.35. De acordo com a classificação da
despesa utilizada atualmente no Orçamento Público, o primeiro dígito representado pelo algarismo
"3", o terceiro e o quarto dígitos formando o número "90" indicam, respectivamente:
a) a categoria econômica e o grupo da despesa.
b) o grupo da despesa e o elemento da despesa.
c) a modalidade de aplicação e o grupo da despesa.
d) o elemento da despesa e a modalidade de aplicação.
e) a categoria econômica e a modalidade de aplicação.

Questão 54 Ministério da Cultura – Analista - Administrativo (FGV –2006)


Com base na estrutura programática utilizada atualmente nos orçamentos públicos, analise as
seguintes afirmativas:
I. Atividade é o instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um
programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e
permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação do
Governo.
II. Projeto é o instrumento para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um
conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para
expansão ou aperfeiçoamento da ação do Governo.
III. Operações Especiais são as despesas realizadas que contribuem para a manutenção,
expansão ou aperfeiçoamento das ações de Governo, das quais não resulta um produto e
não geram contraprestação direta em bens ou serviços.
Assinale:
a) se somente a afirmativa II estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Questão 62 MPU – Técnico Orçamento (ESAF –2004)


A receita orçamentária, consoante à legislação vigente no Brasil, passa por três fases denominadas
de estágios. A fase que está ligada aos pagamentos realizados diretamente pelos contribuintes às
repartições fiscais e à rede bancária é denominada
a) arrecadação da receita.
b) recolhimento.
c) previsão da receita.
d) liquidação.
e) totalização.

Questão MPU – Técnico Orçamento (ESAF –2004)


63
Identifique a única opção incorreta com relação à classificação funcional da despesa pública
brasileira, instituída a partir da Portaria n° 42/1999.
a) É composta de um rol de funções e subfunções prefixadas.
b) Agrega gastos públicos por área de ação governamental.
c) Independe dos programas.
d) É utilizada na elaboração da proposta orçamentária do Governo Federal desde 2000.
e) Com sua instituição, os programas passaram a ter caráter classificador.

Questão MPU – Técnico Orçamento (ESAF –2004)


65
Identifique a única opção correta no que diz respeito a receitas correntes do Estado.
a) receitas de operações de crédito
b) receitas de alienação de bens
c) receitas de amortização de empréstimos
d) receitas patrimoniais
e) receitas de transferências de capital

Questão MPU – Técnico Orçamento (ESAF –2004)


66
A classificação legal da receita por categoria econômica divide o orçamento em dois grandes
grupos:
a) corrente e capital.
b) orçamentária e extra-orçamentária.
c) compulsória e não-compulsória.
d) ativa e passiva.
e) pecuniária e não-pecuniária.

Questão 67 MPU – Técnico Orçamento (ESAF –2004)


Com base na conceituação da despesa orçamentária brasileira, as dotações para a manutenção de
serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e
adaptação de bens móveis, são denominadas
a) transferências correntes.
b) transferências de capital.
c) despesas de custeio.
d) inversões financeiras.
e) investimentos.

Questão TRT DA 21ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO - CONTABILIDADE (FCC -


74 2003)
Na codificação da classificação orçamentária “por natureza da despesa” correspondem à
“modalidade de aplicação” os dígitos
a) 1º ou 2º
b) 2º ou 3º
c) 3º e 4º
d) 4º e 5º
e) 5º e 6º

Questão AGER/MT - CONTADOR (NCE/UFRJ 2005)


77
Com relação às receitas públicas, pode-se afirmar que:
a) as receitas que não constam do orçamento inicialmente aprovado são ditas extra-
orçamentárias;
b) após lançamento de determinada receita, esta deve ser inscrita em Dívida Ativa;
c) a receita orçamentária, por categoria econômica, subdivide-se em: receitas correntes
e receita de capital;
d) o princípio da unidade de tesouraria se verifica quando do lançamento da receita;
e) a receita arrecadada só é considerada disponível para a Fazenda Pública após
homologação da declaração.

Questão TRE RJ - ANALISTA JUDICIÁRIO –CONTADOR (NCE/UFRJ 2001)


79
Segundo as categorias econômicas, as receitas de Contribuições e de Alienação de Bens classificam-
se, respectivamente, em:
a orçamentária e extra-orçamentária;
)
b) corrente e extra-orçamentária;
c) corrente e de capital;
d) de capital e não operacional;
e) corrente e custeio.

Questão TRE RJ - ANALISTA JUDICIÁRIO –CONTADOR (NCE/UFRJ 2001)


80
Os gastos com a construção de rodovias integram o grupo das despesas:
a) correntes;
b) de custeio;
c) de transferências correntes;
d) de investimentos;
e) de transferências de capital.

Questão TRE RJ - ANALISTA JUDICIÁRIO –CONTADOR (NCE/UFRJ 2001)


81
As despesas classificadas de acordo com as categorias econômicas podem ser:
a) corrente e de capital;
b) orçamentária e extra-orçamentária;
c) financeiras e não financeiras;
d) patrimoniais e extrapatrimoniais;
e) efetivas e por mutação patrimonial.

1. As receitas são classificadas quanto à afetação patrimonial em efetivas e mutações. Assinale a


alternativa que apresente, respectivamente, uma receita efetiva e uma por mutação.
(A) aluguel ativo e empréstimo contraído
(B) pessoal ativo e aquisição de bens
(C) alienação de bens e ISS arrecadado
(D) IPTU arrecadado e multa arrecadada
(E) amortização de empréstimos contraídos e empréstimos concedidos
2. Observe as informações a seguir:
O valor das despesas correntes é:

(A) 25.000.
(B) 50.000.
(C) 60.000.
(D) 45.000.
(E) 65.000.
3. De acordo com as informações abaixo, o valor a ser inscrito em Restos a Pagar Não
Processados é:

(A) 5.000.
(B) 25.000.
(C) 10.000.
(D) 15.000.
(E) 30.000.
4. O valor das Receitas de Capital com base no quadro a seguir é:

(A) 2.500.
(B) 8.500.
(C) 4.000.
(D) 10.000.
(E) 8.000.
5. O valor da Dívida Ativa a ser inscrita conforme as informações abaixo é:

(A) 3.000.
(B) 2.000.
(C) 5.000.
(D) 8.000.
(E) 10.000.
6. As receitas que afetam o resultado econômico do governo apurado na Demonstração das
Variações Patrimoniais são:
(A) todas as de mutação.
(B) todas as efetivas.
(C) todas as correntes.
(D) todas as de capital.
(E) todas as receitas, sejam correntes ou de capital.
7. O limite legal definido pela LC 101/00 para as despesas com pessoal do Poder Executivo
Municipal é:
(A) 60% da receita corrente líquida.
(B) 25% de toda receita.
(C) 51,3% a receita corrente líquida.
(D) 6% de toda receita.
(E) 54% da receita corrente líquida.
8. A Classificação Funcional-programática definida na Portaria 42, de 14/04/99, é dividida em:
(A) Função, Subfunção, Programa, Projeto, Atividade ou Operações Especiais.
(B) Função, Programa, Subprograma, Projeto, Atividade ou Operações Especiais.
(C) Função, Programa, Subprograma, Projeto ou Atividade, Subprojetos ou Subatividade.
(D) Função, Subfunção, Programa, Subprograma, Projeto ou Atividade, Subprojeto ou
Subatividade.
(E) Função, Programa, Projeto ou Atividade, Subprojeto ou Subatividade.
9. De acordo com a classificação funcional-programática da despesa, o item que envolve um
conjunto de operações limitadas no tempo, das quais resulta um produto final que concorre para a
expansão ou o aperfeiçoamento da ação do governo é:
(A) atividade.
(B) projeto.
(C) programa.
(D) função.
(E) operações especiais.
10. O orçamento dos municípios brasileiros envolve os Poderes Executivo e Legislativo. As etapas
de elaboração, aprovação, execução e controle são de responsabilidade dos seguintes poderes,
nesta ordem:
(A) Legislativo, Legislativo, Executivo e Executivo.
(B) Legislativo, Executivo, Executivo e Legislativo.
(C) Executivo, Executivo, Legislativo e Legislativo.
(D) Executivo, Legislativo, Executivo e Legislativo.
(E) Executivo, Legislativo, Executivo e Executivo.
11. O regime da contabilidade pública utilizado para as receitas, bem como o estágio em que a
Lei 4.320/64 considera a receita pública são, respectivamente:
(A) caixa e arrecadação.
(B) competência e recolhimento.
(C) competência e arrecadação.
(D) caixa e recolhimento.
(E) competência e caixa.
12. A peça orçamentária que compreende as metas e prioridades da administração, além de
estabelecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento é:
(A) Lei de Créditos Adicionais.
(B) Lei Orçamentária Anual.
(C) Lei de Diretrizes Orçamentárias.
(D) Lei de Responsabilidade Fiscal.
(E) Lei do Plano Plurianual de Investimentos.
13. Quanto ao orçamento, correlacione os conceitos com suas definições correspondentes:
(
1) INICIATIVA VINCULADA
(2) LDO
(3) DUODÉCIMO
(4) PPA
(5) LOA
( ) É o plano de ação governamental de médio prazo.
( ) O Poder Executivo está obrigado aos prazos da lei para apresentação do projeto de lei
orçamentária ao
Legislativo.
( ) Prevê receita e fixa despesa.
( ) Compõe a programação do orçamento na busca do equilíbrio da execução.
( ) Tem a finalidade principal de orientar a elaboração do orçamento.
Assinale a alternativa que apresente a ordem correta, de cima para baixo.
(A) 1, 3, 2, 5, 4
(B) 4, 1, 5, 3, 2
(C) 2, 4, 5, 3, 1
(D) 4, 3, 2, 1, 5
(E) 2, 1, 4, 3, 5
14. O tipo de empenho a ser utilizado para um contrato anual com pagamento parcelado é:
(A) estimativo.
(B) ordinário.
(C) global.
(D) geral.
(E) subempenho.
01-A práxis vigente permite que a despesa pública possa ser classificada de maneira funcional,
institucional ou, ainda, segundo a sua natureza. Do ponto de vista da natureza, investimentos
devem ser classificados como
a) modalidade de aplicação
b) categoria econômica
c) elemento de despesa
d) subelemento de despesa
e) grupo de despesa
02. A respeito da classificação funcional-programática da despesa pública, julgue os itens abaixo.
(1) Programas e subprogramas típicos são aqueles que se apresentam classificados dentro da
função governamental que melhor caracteriza suas ações.
(2) Programas exclusivos são aqueles que se caracterizam por ações que somente poderiam ser
classificadas em uma única ação governamental.
(3) Alguns projetos, quando de seu término, podem ensejar a criação de uma nova atividade no
âmbito da administração orçamentária.
(4) A discriminação ordenada da despesa pública, na classificação funcional-programática, visa
conjugar as funções do governo com os programas e subprogramas a serem desenvolvidos.
(5) Se houver necessidade, podem-se conjugar programas de diversas áreas com as funções que
possibilitem a identificação dos seus objetivos, mesmo que essa não expresse a melhor
caracterização de suas ações.

03. Relativamente à classificação da despesa orçamentária por natureza, constitui a síntese racional
da discriminação mínima exigida para o orçamento, pela Lei no 4.320/64,
(A) a categoria econômica.
(B) o grupo.
(C) o elemento.
(D) a classificação institucional.
(E) o subelemento.

04. A despesa orçamentária classifica-se em


(A) Categorias Econômicas, Grupos de Natureza de Despesa e Elementos de Despesa.
(B) Despesas Correntes e Despesas de Capital.
(C) Categorias Econômicas, Grupos de Natureza de Despesa e Despesa de Capital.
(D) Despesas Correntes, Despesas de Capital e Elementos de Despesa.
(E) Despesas Correntes, Despesas de Capital, Grupos de Natureza de Despesa e Categorias
Econômicas.

05. De acordo com a legislação, quais das despesas abaixo são classificadas como Despesas
Correntes?
(A) Material de Consumo; Encargos Diversos; Material Permanente.
(B)Material de Consumo; Serviços de Terceiros; Encargos Diversos.
(C) Serviços de Terceiros; Equipamentos e Instalações; Subvenções Sociais.
(D) Subvenções Sociais; Subvenções Econômicas; Serviços de Terceiros.
(E) Encargos Diversos; Material de Consumo; Subvenções Econômicas.

06. A atual classificação funcional-programática segue a seguinte ordem:


(A) função, programa, subprograma e projeto ou atividade ou operação especial.
(B)função, subfunção, programa e projeto ou atividade ou operação especial.
(C) função, subprograma, programa e projeto ou atividade ou operação especial.
(D) programa, função, subfunção e projeto e atividade.
(E) função, subfunção, programa, projeto e atividade.

07. Na codificação da receita orçamentária os dígitos que correspondem à categoria econômica são
os
(A) primeiros.
(B) primeiros e os segundos.
(C) segundos.
(D) segundos e os terceiros.
(E) terceiros.

08. Na codificação da classificação orçamentária “por natureza da despesa” correspondem à


“modalidade de aplicação” os dígitos
(A) 1º ou 2º
(B) 2º ou 3º
(C) 3º e 4º
(D)4º e 5º
(E) 5º e 6º

09. Indique, dentre as alternativas abaixo, a que contém o principal elemento de distinção entre os
conceitos de Projeto e de Atividade.
(A) Tempo de duração.
(B) Bem e/ou serviço associado.
(C) Objetivo a ser alcançado.
(D) Área beneficiada.
(E) Nível de agregação de despesa.

36. Na codificação da classificação orçamentária “por natureza da despesa” correspondem à


“modalidade de aplicação” os dígitos
(A) 1º ou 2º
(B) 2º ou 3º
(C) 3º e 4º
(D)4º e 5º
(E) 5º e 6º
37. O regime orçamentário da receita é estabelecido
(A) pela sua previsão.
(B) pela sua arrecadação.
(C) pela sua inscrição como dívida ativa.
(D) pelo seu recolhimento.
(E) pelo seu lançamento.
38.Para efeito de classificação de despesa, considera-se material permanente o
(A) que não seja consumido com o uso.
(B) que não possa ser alienado.
(C) que tenha sido adquirido com recursos públicos.
(D) de caráter essencial para manutenção do serviço público.
(E) de duração superior a dois anos.
39. Em matéria de despesas públicas considere as assertivas:
I. As despesas de capital, quanto a investimentos abrangem, dentre outros, a aquisição de imóveis,
a constituição de fundos rotativos e a concessão de empréstimos.
II. As despesas correntes, quanto as de custeio remuneram os serviços necessários ao desempe-
nho do serviço público a teor do pagamento efetuado aos servidores públicos civis e militares.
III. As despesas de capital têm natureza econômica produtiva, pois implicam mutações no
patrimônio público. Dentre outras, podem ser de aquisição de imóveis.
Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II.
(D) III.
(E) II e III
LEI Nº 4.320, DE 17 DE MARÇO DE 1964
Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e contrôle dos orçamentos e balanços da União, dos
Estados, dos Municípios e do Distrito Federal
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei;
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 1º Esta lei estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e contrôle dos orçamentos e balanços da
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, de acôrdo com o disposto no art. 5º, inciso XV, letra b, da
Constituição Federal.
TÍTULO I
Da Lei de Orçamento
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica
financeira e o programa de trabalho do Govêrno, obedecidos os princípios de unidade universalidade e anualidade.
§ 1° Integrarão a Lei de Orçamento:
I - Sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do Govêrno;
II - Quadro demonstrativo da Receita e Despesa segundo as Categorias Econômicas, na forma do Anexo nº. 1;
III - Quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislação;
IV - Quadro das dotações por órgãos do Govêrno e da Administração.
§ 2º Acompanharão a Lei de Orçamento:
I - Quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos fundos especiais;
II - Quadros demonstrativos da despesa, na forma dos Anexos ns. 6 a 9;
III - Quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do Govêrno, em têrmos de realização de obras e de
prestação de serviços.
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá tôdas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei.
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de credito por antecipação da receita, as
emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros . (Veto rejeitado no D.O.
05/05/1964)
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá tôdas as despesas próprias dos órgãos do Govêrno e da administração
centralizada, ou que, por intermédio dêles se devam realizar, observado o disposto no artigo 2°.
Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de
pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu
parágrafo único.
Art. 6º Tôdas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.
§ 1º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra incluir-se-ão, como despesa, no orçamento
da entidade obrigada a transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber.
§ 2º Para cumprimento do disposto no parágrafo anterior, o calculo das cotas terá por base os dados apurados no
balanço do exercício anterior aquele em que se elaborar a proposta orçamentária do governo obrigado a transferencia.
(Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
Art. 7° A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:
I - Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições do artigo 43; (Veto rejeitado
no D.O. 05/05/1964)
II - Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por antecipação da receita, para atender a
insuficiências de caixa.
§ 1º Em casos de déficit, a Lei de Orçamento indicará as fontes de recursos que o Poder Executivo fica autorizado a
utilizar para atender a sua cobertura.
§ 2° O produto estimado de operações de crédito e de alienação de bens imóveis sòmente se incluirá na receita
quando umas e outras forem especìficamente autorizadas pelo Poder Legislativo em forma que jurìdicamente possibilite
ao Poder Executivo realizá-las no exercício.
§ 3º A autorização legislativa a que se refere o parágrafo anterior, no tocante a operações de crédito, poderá constar
da própria Lei de Orçamento.
Art. 8º A discriminação da receita geral e da despesa de cada órgão do Govêrno ou unidade administrativa, a que se
refere o artigo 2º, § 1º, incisos III e IV obedecerá à forma do Anexo n. 2.
§ 1° Os itens da discriminação da receita e da despesa, mencionados nos artigos 11, § 4°, e 13, serão identificados
por números de códigos decimal, na forma dos Anexos ns. 3 e 4.
§ 2º Completarão os números do código decimal referido no parágrafo anterior os algarismos caracterizadores da
classificação funcional da despesa, conforme estabelece o Anexo n. 5.
§ 3° O código geral estabelecido nesta lei não prejudicará a adoção de códigos locais.

CAPÍTULO II
Da Receita
Art. 9º Tributo e a receita derivada instituída pelas entidades de direito publico, compreendendo os impostos, as taxas
e contribuições nos termos da constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinado-se o seu produto ao
custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por essas entidades (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
Art. 10. (Vetado).
Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital.
(Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.939, de 20.5.1982)
§ 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços
e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado,
quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes. (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.939,
de 20.5.1982)
§ 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de
dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou
privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superavit do Orçamento
Corrente. (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.939, de 20.5.1982)
§ 3º - O superavit do Orçamento Corrente resultante do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes,
apurado na demonstração a que se refere o Anexo nº 1, não constituirá item de receita orçamentária. (Redação dada
pelo Decreto Lei nº 1.939, de 20.5.1982)
§ 4º - A classificação da receita obedecerá ao seguinte esquema: (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.939, de
20.5.1982)
RECEITAS CORRENTES
Receita tributária
Impostos
Taxas
Contribuições de Melhoria
Receita Patrimonial
Receitas imobiliárias
Receitas de valôres Mobiliários
Participações e Dividendos
Outras Receitas Patrimoniais
Receita Industrial
Receita de Serviços Industriais
Outras Receitas Industriais
Transferências Correntes
Receitas Diveras
Multas
Contribuições
Cobrança da Dívida Ativa
Outras Receitas Diversas
RECEITAS DE CAPITAL
Operações de Crédito
Alienação de Bens Móveis e Imóveis
Amortização de Empréstimos Concedidos
Transferências de Capital
Outras Receitas de Capital
CAPÍTULO III
Da Despesa
Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas:
DESPESAS CORRENTES
Despesas de Custeio
Transferências Correntes
DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos
Inversões Financeiras
Transferências de Capital
§ 1º Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados,
inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis.
§ 2º Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as quais não corresponda
contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à
manifestação de outras entidades de direito público ou privado.
§ 3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei, as transferências destinadas a cobrir despesas de custeio
das entidades beneficiadas, distinguindo-se como:
I - subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem
finalidade lucrativa;
II - subvenções econômicas, as que se destinem a emprêsas públicas ou privadas de caráter industrial,
comercial, agrícola ou pastoril.
§ 4º Classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as
destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas
especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do
capital de emprêsas que não sejam de caráter comercial ou financeiro.
§ 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a:
I - aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;
II - aquisição de títulos representativos do capital de emprêsas ou entidades de qualquer espécie, já
constituídas, quando a operação não importe aumento do capital;
III - constituição ou aumento do capital de entidades ou emprêsas que visem a objetivos comerciais ou
financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.
§ 6º São Transferências de Capital as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas
de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços,
constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei
especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública.
Art. 13. Observadas as categorias econômicas do art. 12, a discriminação ou especificação da despesa por
elementos, em cada unidade administrativa ou órgão de govêrno, obedecerá ao seguinte esquema:
DESPESAS CORRENTES
Despesas de Custeio
Pessoa Civil
Pessoal Militar
Material de Consumo
Serviços de Terceiros
Encargos Diversos
Transferências Correntes
Subvenções Sociais
Subvenções Econômicas
Inativos
Pensionistas
Salário Família e Abono Familiar
Juros da Dívida Pública
Contribuições de Previdência Social
Diversas Transferências Correntes.
DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos
Obras Públicas
Serviços em Regime de Programação Especial
Equipamentos e Instalações
Material Permanente
Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Emprêsas ou Entidades Industriais ou Agrícolas
Inversões Financeiras
Aquisição de Imóveis
Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Emprêsas ou Entidades Comerciais ou Financeiras
Aquisição de Títulos Representativos de Capital de Emprêsa em Funcionamento
Constituição de Fundos Rotativos
Concessão de Empréstimos
Diversas Inversões Financeiras
Transferências de Capital
Amortização da Dívida Pública
Auxílios para Obras Públicas
Auxílios para Equipamentos e Instalações
Auxílios para Inversões Financeiras
Outras Contribuições.
Art. 14. Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição
a que serão consignadas dotações próprias. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
Parágrafo único. Em casos excepcionais, serão consignadas dotações a unidades administrativas subordinadas ao
mesmo órgão.
Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos. (Veto rejeitado no D.O.
05/05/1964)
§ 1º Entende-se por elexentos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de
que se serve a administração publica para consecução dos seus fins. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
§ 2º Para efeito de classificação da despesa, considera-se material permanente o de duração superior a dois anos.
SEÇÃO I
Das Despesas Correntes
SUBSEÇÃO ÚNICA
Das Transferências Correntes
I) Das Subvenções Sociais
Art. 16. Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras a concessão de subvenções sociais visará a
prestação de serviços essenciais de assistência social, médica e educacional, sempre que a suplementação de recursos de
origem privada aplicados a êsses objetivos, revelar-se mais econômica.
Parágrafo único. O valor das subvenções, sempre que possível, será calculado com base em unidades de serviços
efetivamente prestados ou postos à disposição dos interessados obedecidos os padrões mínimos de eficiência
prèviamente fixados.
Art. 17. Sòmente à instituição cujas condições de funcionamento forem julgadas satisfatórias pelos órgãos oficiais de
fiscalização serão concedidas subvenções.
II) Das Subvenções Econômicas
Art. 18. A cobertura dos deficits de manutenção das emprêsas públicas, de natureza autárquica ou não, far-se-á
mediante subvenções econômicas expressamente incluídas nas despesas correntes do orçamento da União, do Estado,
do Município ou do Distrito Federal.
Parágrafo único. Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas:
a) as dotações destinadas a cobrir a diferença entre os preços de mercado e os preços de revenda, pelo Govêrno, de
gêneros alimentícios ou outros materiais;
b) as dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de determinados gêneros ou materiais.
Art. 19. A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira, a qualquer título, a emprêsa de fins lucrativos, salvo
quando se tratar de subvenções cuja concessão tenha sido expressamente autorizada em lei especial.
SEÇÃO II
Das Despesas de Capital
SUBSEÇÃO PRIMEIRA
Dos Investimentos
Art. 20. Os investimentos serão discriminados na Lei de Orçamento segundo os projetos de obras e de outras
aplicações.
Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se
subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser custeadas por dotações globais, classificadas
entre as Despesas de Capital.
SUBSEÇÃO SEGUNDA
Das Transferências de Capital
Art. 21. A Lei de Orçamento não consignará auxílio para investimentos que se devam incorporar ao patrimônio das
emprêsas privadas de fins lucrativos.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se às transferências de capital à conta de fundos especiais ou
dotações sob regime excepcional de aplicação.
TÍTULO II
Da Proposta Orcamentária
CAPÍTULO I
Conteúdo e Forma da Proposta Orçamentária
Art. 22. A proposta orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo nos prazos estabelecidos
nas Constituições e nas Leis Orgânicas dos Municípios, compor-se-á:
I - Mensagem, que conterá: exposição circunstanciada da situação econômico-financeira, documentada com
demonstração da dívida fundada e flutuante, saldos de créditos especiais, restos a pagar e outros compromissos
financeiros exigíveis; exposição e justificação da política econômica-financeira do Govêrno; justificação da receita e
despesa, particularmente no tocante ao orçamento de capital;
II - Projeto de Lei de Orçamento;
III - Tabelas explicativas, das quais, além das estimativas de receita e despesa, constarão, em colunas distintas e para
fins de comparação:
a) A receita arrecadada nos três últimos exercícios anteriores àquele em que se elaborou a proposta;
b) A receita prevista para o exercício em que se elabora a proposta;
c) A receita prevista para o exercício a que se refere a proposta;
d) A despesa realizada no exercício imediatamente anterior;
e) A despesa fixada para o exercício em que se elabora a proposta; e
f) A despesa prevista para o exercício a que se refere a proposta.
IV - Especificação dos programas especiais de trabalho custeados por dotações globais, em têrmos de metas visadas,
decompostas em estimativa do custo das obras a realizar e dos serviços a prestar, acompanhadas de justificação
econômica, financeira, social e administrativa.
Parágrafo único. Constará da proposta orçamentária, para cada unidade administrativa, descrição sucinta de suas
principais finalidades, com indicação da respectiva legislação.
CAPÍTULO II
Da Elaboração da Proposta Orçamentária
SEÇÃO PRIMEIRA
Das Previsões Plurienais
Art. 23. As receitas e despesas de capital serão objeto de um Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital, aprovado
por decreto do Poder Executivo, abrangendo, no mínimo um triênio.
Parágrafo único. O Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital será anualmente reajustado acrescentando-se-lhe
as previsões de mais um ano, de modo a assegurar a projeção contínua dos períodos.
Art. 24. O Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital abrangerá:
I - as despesas e, como couber, também as receitas previstas em planos especiais aprovados em lei e destinados a
atender a regiões ou a setores da administração ou da economia;
II - as despesas à conta de fundos especiais e, como couber, as receitas que os constituam;
III - em anexos, as despesas de capital das entidades referidas no Título X desta lei, com indicação das respectivas
receitas, para as quais forem previstas transferências de capital.
Art. 25. Os programas constantes do Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital sempre que possível serão
correlacionados a metas objetivas em têrmos de realização de obras e de prestação de serviços.
Parágrafo único. Consideram-se metas os resultados que se pretendem obter com a realização de cada programa.
Art. 26. A proposta orçamentária conterá o programa anual atualizado dos investimentos, inversões financeiras e
transferências previstos no Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital.
SEÇÃO SEGUNDA
Das Previsões Anuais
Art. 27. As propostas parciais de orçamento guardarão estrita conformidade com a política econômica-financeira, o
programa anual de trabalho do Govêrno e, quando fixado, o limite global máximo para o orçamento de cada unidade
administrativa.
Art. 28 As propostas parciais das unidades administrativas, organizadas em formulário próprio, serão acompanhadas
de:
I - tabelas explicativas da despesa, sob a forma estabelecida no artigo 22, inciso III, letras d, e e f;
II - justificação pormenorizada de cada dotação solicitada, com a indicação dos atos de aprovação de projetos e
orçamentos de obras públicas, para cujo início ou prosseguimento ela se destina.
Art. 29. Caberá aos órgãos de contabilidade ou de arrecadação organizar demonstrações mensais da receita
arrecadada, segundo as rubricas, para servirem de base a estimativa da receita, na proposta orçamentária.
Parágrafo único. Quando houver órgão central de orçamento, essas demonstrações ser-lhe-ão remetidas
mensalmente.
Art. 30. A estimativa da receita terá por base as demonstrações a que se refere o artigo anterior à arrecadação dos
três últimos exercícios, pelo menos bem como as circunstâncias de ordem conjuntural e outras, que possam afetar a
produtividade de cada fonte de receita.
Art. 31. As propostas orçamentárias parciais serão revistas e coordenadas na proposta geral, considerando-se a
receita estimada e as novas circunstâncias.
TÍTULO III
Da elaboração da Lei de Orçamento
Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos
Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente.
Art. 33. Não se admitirão emendas ao projeto de Lei de Orçamento que visem a:
a) alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando provada, nesse ponto a inexatidão da proposta;
b) conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado pelos órgãos competentes;
c) conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja anteriormente criado;
d) conceder dotação superior aos quantitativos prèviamente fixados em resolução do Poder Legislativo para concessão
de auxílios e subvenções.
TÍTULO IV
Do Exercício Financeiro
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.
Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
I - as receitas nêle arrecadadas;
II - as despesas nêle legalmente empenhadas.
Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de dezembro
distinguindo-se as processadas das não processadas.
Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurienal, que não tenham sido
liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no último ano de vigência do crédito.
Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com
saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com
prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente poderão ser
pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que
possível, a ordem cronológica.
Art. 38. Reverte à dotação a importância de despesa anulada no exercício, quando a anulação ocorrer após o
encerramento dêste considerar-se-á receita do ano em que se efetivar.
Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão escriturados como receita do
exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias. (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.735,
de 20.12.1979)
§ 1º - Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento, serão inscritos, na
forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva
receita será escriturada a esse título. (Parágrafo incluído pelo Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979)
§ 2º - Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obrigação legal relativa a
tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais
como os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou
natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, alugueis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços
prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis
definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de subrogação de
hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de outras obrigações legais. (Parágrafo incluído pelo
Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979)
§ 3º - O valor do crédito da Fazenda Nacional em moeda estrangeira será convertido ao correspondente valor na
moeda nacional à taxa cambial oficial, para compra, na data da notificação ou intimação do devedor, pela autoridade
administrativa, ou, à sua falta, na data da inscrição da Dívida Ativa, incidindo, a partir da conversão, a atualização
monetária e os juros de mora, de acordo com preceitos legais pertinentes aos débitos tributários. (Parágrafo incluído pelo
Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979)
§ 4º - A receita da Dívida Ativa abrange os créditos mencionados nos parágrafos anteriores, bem como os valores
correspondentes à respectiva atualização monetária, à multa e juros de mora e ao encargo de que tratam o art. 1º do
Decreto-lei nº 1.025, de 21 de outubro de 1969, e o art. 3º do Decreto-lei nº 1.645, de 11 de dezembro de 1978.
(Parágrafo incluído pelo Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979)
§ 5º - A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na Procuradoria da Fazenda Nacional. (Parágrafo incluído pelo
Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979)
TÍTULO V
Dos Créditos Adicionais
Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de
Orçamento.
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
I - suplementares, os destinados a refôrço de dotação orçamentária;
II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou
calamidade pública.
Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer
a despesa e será precedida de exposição justificativa. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos: (Veto rejeitado no D.O.
05/05/1964)
I - o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior; (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
II - os provenientes de excesso de arrecadação; (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
III - os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados em
Lei; (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
IV - o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo
realiza-las. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
§ 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro,
conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de credito a eles vinculadas. (Veto
rejeitado no D.O. 05/05/1964)
§ 3º Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo, o saldo positivo das diferenças acumuladas
mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício. (Veto rejeitado
no D.O. 05/05/1964)
§ 4° Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-a a importância
dos créditos extraordinários abertos no exercício.(Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que dêles dará imediato
conhecimento ao Poder Legislativo.
Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos, salvo expressa
disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários.
Art. 46. O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a espécie do mesmo e a classificação da despesa, até
onde fôr possível.
TÍTULO VI
Da Execução do Orçamento
CAPÍTULO I
Da Programação da Despesa
Art. 47. Imediatamente após a promulgação da Lei de Orçamento e com base nos limites nela fixados, o Poder
Executivo aprovará um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade orçamentária fica autorizada a utilizar.
Art. 48 A fixação das cotas a que se refere o artigo anterior atenderá aos seguintes objetivos:
a) assegurar às unidades orçamentárias, em tempo útil a soma de recursos necessários e suficientes a melhor
execução do seu programa anual de trabalho;
b) manter, durante o exercício, na medida do possível o equilíbrio entre a receita arrecadada e a despesa realizada,
de modo a reduzir ao mínimo eventuais insuficiências de tesouraria.
Art. 49. A programação da despesa orçamentária, para feito do disposto no artigo anterior, levará em conta os
créditos adicionais e as operações extra-orçamentárias.
Art. 50. As cotas trimestrais poderão ser alteradas durante o exercício, observados o limite da dotação e o
comportamento da execução orçamentária.
CAPÍTULO II
Da Receita
Art. 51. Nenhum tributo será exigido ou aumentado sem que a lei o estabeleça, nenhum será cobrado em cada
exercício sem prévia autorização orçamentária, ressalvados a tarifa aduaneira e o impôsto lançado por motivo de guerra.
Art. 52. São objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas com vencimento determinado em
lei, regulamento ou contrato.
Art. 53. O lançamento da receita, o ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a
pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.
Art. 54. Não será admitida a compensação da observação de recolher rendas ou receitas com direito creditório contra
a Fazenda Pública.
Art. 55. Os agentes da arrecadação devem fornecer recibos das importâncias que arrecadarem.
§ 1º Os recibos devem conter o nome da pessoa que paga a soma arrecadada, proveniência e classificação, bem
como a data a assinatura do agente arrecadador.(Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
§ 2º Os recibos serão fornecidos em uma única via.
Art. 56. O recolhimento de tôdas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade de tesouraria,
vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.
Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3. desta lei serão classificadas como receita orçamentária,
sob as rubricas próprias, tôdas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não
previstas no Orçamento. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
CAPÍTULO III
Da Despesa
Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de
pagamento pendente ou não de implemento de condição. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
Art. 59 - O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos. (Redação dada pela Lei nº
6.397, de 10.12.1976)
§ 1º Ressalvado o disposto no Art. 67 da Constituição Federal, é vedado aos Municípios empenhar, no último mês do
mandato do Prefeito, mais do que o duodécimo da despesa prevista no orçamento vigente. (Parágrafo incluído pela Lei
nº 6.397, de 10.12.1976)
§ 2º Fica, também, vedado aos Municípios, no mesmo período, assumir, por qualquer forma, compromissos
financeiros para execução depois do término do mandato do Prefeito. (Parágrafo incluído pela Lei nº 6.397, de
10.12.1976)
§ 3º As disposições dos parágrafos anteriores não se aplicam nos casos comprovados de calamidade pública.
(Parágrafo incluído pela Lei nº 6.397, de 10.12.1976)
§ 4º Reputam-se nulos e de nenhum efeito os empenhos e atos praticados em desacordo com o disposto nos
parágrafos 1º e 2º deste artigo, sem prejuízo da responsabilidade do Prefeito nos termos do Art. 1º, inciso V, do
Decreto-lei n.º 201, de 27 de fevereiro de 1967. (Parágrafo incluído pela Lei nº 6.397, de 10.12.1976)
Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.
§ 1º Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a emissão da nota de empenho.
§ 2º Será feito por estimativa o empenho da despesa cujo montante não se possa determinar.
§ 3º É permitido o empenho global de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento.
Art. 61. Para cada empenho será extraído um documento denominado “nota de empenho” que indicará o nome do
credor, a representação e a importância da despesa bem como a dedução desta do saldo da dotação própria.
Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.
Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e
documentos comprobatórios do respectivo crédito.
§ 1° Essa verificação tem por fim apurar:
I - a origem e o objeto do que se deve pagar;
II - a importância exata a pagar;
III - a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.
§ 2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá por base:
I - o contrato, ajuste ou acôrdo respectivo;
II - a nota de empenho;
III - os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.
Art. 64. A ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa seja
paga.
Parágrafo único. A ordem de pagamento só poderá ser exarada em documentos processados pelos serviços de
contabilidade (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
Art. 65. O pagamento da despesa será efetuado por tesouraria ou pagadoria regularmente instituídos por
estabelecimentos bancários credenciados e, em casos excepcionais, por meio de adiantamento.
Art. 66. As dotações atribuídas às diversas unidades orçamentárias poderão quando expressamente determinado na
Lei de Orçamento ser movimentadas por órgãos centrais de administração geral.
Parágrafo único. É permitida a redistribuição de parcelas das dotações de pessoal, de uma para outra unidade
orçamentária, quando considerada indispensável à movimentação de pessoal dentro das tabelas ou quadros comuns às
unidades interessadas, a que se realize em obediência à legislação específica.
Art. 67. Os pagamentos devidos pela Fazenda Pública, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão na ordem de
apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, sendo proibida a designação de casos ou de pessoas
nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para êsse fim.
Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em lei e consiste na
entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria para o fim de realizar despesas, que
não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Art. 69. Não se fará adiantamento a servidor em alcance nem a responsável por dois adiantamento. (Veto rejeitado no
D.O. 05/05/1964)
Art. 70. A aquisição de material, o fornecimento e a adjudicação de obras e serviços serão regulados em lei,
respeitado o princípio da concorrência.
TÍTULO VII
Dos Fundos Especiais
Art. 71. Constitui fundo especial o produto de receitas especificadas que por lei se vinculam à realização de
determinados objetivos ou serviços, facultada a adoção de normas peculiares de aplicação.
Art. 72. A aplicação das receitas orçamentárias vinculadas a turnos especiais far-se-á através de dotação consignada
na Lei de Orçamento ou em créditos adicionais.
Art. 73. Salvo determinação em contrário da lei que o instituiu, o saldo positivo do fundo especial apurado em balanço
será transferido para o exercício seguinte, a crédito do mesmo fundo.
Art. 74. A lei que instituir fundo especial poderá determinar normas peculiares de contrôle, prestação e tomada de
contas, sem de qualquer modo, elidir a competência específica do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
TÍTULO VIII
Do Contrôle da Execução Orçamentária
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 75. O contrôle da execução orçamentária compreenderá:
I - a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o nascimento ou a
extinção de direitos e obrigações;
II - a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos;
III - o cumprimento do programa de trabalho expresso em têrmos monetários e em têrmos de realização de obras e
prestação de serviços.
CAPÍTULO II
Do Contrôle Interno
Art. 76. O Poder Executivo exercerá os três tipos de contrôle a que se refere o artigo 75, sem prejuízo das atribuições
do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
Art. 77. A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária será prévia, concomitante e subseqüente.
Art. 78. Além da prestação ou tomada de contas anual, quando instituída em lei, ou por fim de gestão, poderá haver,
a qualquer tempo, levantamento, prestação ou tomada de contas de todos os responsáveis por bens ou valores públicos.
Art. 79. Ao órgão incumbido da elaboração da proposta orçamentária ou a outro indicado na legislação, caberá o
contrôle estabelecido no inciso III do artigo 75.
Parágrafo único. Êsse controle far-se-á, quando fôr o caso, em têrmos de unidades de medida, prèviamente
estabelecidos para cada atividade.
Art. 80. Compete aos serviços de contabilidade ou órgãos equivalentes verificar a exata observância dos limites das
cotas trimestrais atribuídas a cada unidade orçamentária, dentro do sistema que fôr instituído para êsse fim.
CAPÍTULO III
Do Contrôle Externo
Art. 81. O contrôle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, terá por objetivo verificar a probidade da
administração, a guarda e legal emprêgo dos dinheiros públicos e o cumprimento da Lei de Orçamento.
Art. 82. O Poder Executivo, anualmente, prestará contas ao Poder Legislativo, no prazo estabelecido nas Constituições
ou nas Leis Orgânicas dos Municípios.
§ 1º As contas do Poder Executivo serão submetidas ao Poder Legislativo, com Parecer prévio do Tribunal de Contas
ou órgão equivalente.
§ 2º Quando, no Munícipio não houver Tribunal de Contas ou órgão equivalente, a Câmara de Vereadores poderá
designar peritos contadores para verificarem as contas do prefeito e sôbre elas emitirem parecer.
TÍTULO IX
Da Contabilidade
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 83. A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a situação de todos quantos, de qualquer modo,
arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados.
Art. 84. Ressalvada a competência do Tribunal de Contas ou órgão equivalente, a tomada de contas dos agentes
responsáveis por bens ou dinheiros públicos será realizada ou superintendida pelos serviços de contabilidade.
Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução
orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o
levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros.
Art. 86. A escrituração sintética das operações financeiras e patrimoniais efetuar-se-á pelo método das partidas
dobradas.
Art. 87. Haverá contrôle contábil dos direitos e obrigações oriundos de ajustes ou contratos em que a administração
pública fôr parte.
Art. 88. Os débitos e créditos serão escriturados com individuação do devedor ou do credor e especificação da
natureza, importância e data do vencimento, quando fixada.
Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária, financeira patrimonial e industrial.
CAPÍTULO II
Da Contabilidade Orçamentária e Financeira
Art. 90 A contabilidade deverá evidenciar, em seus registros, o montante dos créditos orçamentários vigentes, a
despesa empenhada e a despesa realizada, à conta dos mesmos créditos, e as dotações disponíveis.
Art. 91. O registro contábil da receita e da despesa far-se-á de acôrdo com as especificações constantes da Lei de
Orçamento e dos créditos adicionais.
Art. 92. A dívida flutuante compreende:
I - os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
II - os serviços da dívida a pagar;
III - os depósitos;
IV - os débitos de tesouraria.
Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por credor distinguindo-se as despesas
processadas das não processadas.
Art. 93. Tôdas as operações de que resultem débitos e créditos de natureza financeira, não compreendidas na
execução orçamentária, serão também objeto de registro, individuação e contrôle contábil.
CAPÍTULO III
Da Contabilidade Patrimonial e Industrial
Art. 94. Haverá registros analíticos de todos os bens de caráter permanente, com indicação dos elementos necessários
para a perfeita caracterização de cada um dêles e dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração.
Art. 95 A contabilidade manterá registros sintéticos dos bens móveis e imóveis.
Art. 96. O levantamento geral dos bens móveis e imóveis terá por base o inventário analítico de cada unidade
administrativa e os elementos da escrituração sintética na contabilidade.
Art. 97. Para fins orçamentários e determinação dos devedores, ter-se-á o registro contábil das receitas patrimoniais,
fiscalizando-se sua efetivação.
Art. 98. A divida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídos para
atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que permitam verificar, a
qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos serviços de amortização e juros.
Art. 99. Os serviços públicos industriais, ainda que não organizados como emprêsa pública ou autárquica, manterão
contabilidade especial para determinação dos custos, ingressos e resultados, sem prejuízo da escrituração patrimonial e
financeira comum.
Art. 100 As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da execução orçamentária, bem
como as variações independentes dessa execução e as superveniências e insubsistência ativas e passivas, constituirão
elementos da conta patrimonial.
CAPÍTULO IV
Dos Balanços
Art. 101. Os resultados gerais do exercício serão demonstrados no Balanço Orçamentário, no Balanço Financeiro, no
Balanço Patrimonial, na Demonstração das Variações Patrimoniais, segundo os Anexos números 12, 13, 14 e 15 e os
quadros demonstrativos constantes dos Anexos números 1, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 16 e 17.
Art. 102. O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas.
Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os
pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e
os que se transferem para o exercício seguinte.
Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita extra-orçamentária para compensar sua
inclusão na despesa orçamentária.
Art. 104. A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes
ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício.
Art. 105. O Balanço Patrimonial demonstrará:
I - O Ativo Financeiro;
II - O Ativo Permanente;
III - O Passivo Financeiro;
IV - O Passivo Permanente;
V - O Saldo Patrimonial;
VI - As Contas de Compensação.
§ 1º O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis independentemente de autorização
orçamentária e os valores numerários.
§ 2º O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de
autorização legislativa.
§ 3º O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas fundadas e outras pagamento independa de autorização
orçamentária.
§ 4º O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa para
amortização ou resgate.
§ 5º Nas contas de compensação serão registrados os bens, valores, obrigações e situações não compreendidas nos
parágrafos anteriores e que, imediata ou indiretamente, possam vir a afetar o patrimônio.
Art. 106. A avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá as normas seguintes:
I - os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu valor nominal, feita a conversão, quando em moeda
estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço;
II - os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de construção;
III - os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras.
§ 1° Os valores em espécie, assim como os débitos e créditos, quando em moeda estrangeira, deverão figurar ao lado
das correspondentes importâncias em moeda nacional.
§ 2º As variações resultantes da conversão dos débitos, créditos e valores em espécie serão levadas à conta
patrimonial.
§ 3º Poderão ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis.
TÍTULO X
Das Autarquias e Outras Entidades
Art. 107. As entidades autárquicas ou paraestatais, inclusive de previdência social ou investidas de delegação para
arrecadação de contribuições parafiscais da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal terão seus
orçamentos aprovados por decreto do Poder Executivo, salvo se disposição legal expressa determinar que o sejam pelo
Poder Legislativo.
Parágrafo único. Compreendem-se nesta disposição as emprêsas com autonomia financeira e administrativa cujo
capital pertencer, integralmente, ao Poder Público.
Art. 108. Os orçamentos das entidades referidas no artigo anterior vincular-se-ão ao orçamento da União, dos
Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, pela inclusão:
I - como receita, salvo disposição legal em contrário, de saldo positivo previsto entre os totais das receitas e
despesas;
II - como subvenção econômica, na receita do orçamento da beneficiária, salvo disposição legal em contrário, do
saldo negativo previsto entre os totais das receitas e despesas.
§ 1º Os investimentos ou inversões financeiras da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, realizados
por intermédio das entidades aludidas no artigo anterior, serão classificados como receita de capital destas e despesa de
transferência de capital daqueles.
§ 2º As previsões para depreciação serão computadas para efeito de apuração do saldo líquido das mencionadas
entidades.
Art. 109. Os orçamentos e balanços das entidades compreendidas no artigo 107 serão publicados como complemento
dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal a que estejam vinculados.
Art. 110. Os orçamentos e balanços das entidades já referidas, obedecerão aos padrões e normas instituídas por esta
lei, ajustados às respectivas peculiaridades.
Parágrafo único. Dentro do prazo que a legislação fixar, os balanços serão remetidos ao órgão central de
contabilidade da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, para fins de incorporação dos resultados, salvo
disposição legal em contrário.
TÍTULO XI
Disposições Finais
Art. 111. O Conselho Técnico de Economia e Finanças do Ministério da Fazenda, além de outras apurações, para fins
estatísticos, de interêsse nacional, organizará e publicará o balanço consolidado das contas da União, Estados, Municípios
e Distrito Federal, suas autarquias e outras entidades, bem como um quadro estruturalmente idêntico, baseado em
dados orçamentários.
§ 1º Os quadros referidos neste artigo terão a estrutura do Anexo n. 1.
§ 2 O quadro baseado nos orçamentos será publicado até o último dia do primeiro semestre do próprio exercício e o
baseado nos balanços, até o último dia do segundo semestre do exercício imediato àquele a que se referirem.
Art. 112. Para cumprimento do disposto no artigo precedente, a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal
remeterão ao mencionado órgão, até 30 de abril, os orçamentos do exercício, e até 30 de junho, os balanços do exercício
anterior.
Parágrafo único. O pagamento, pela União, de auxílio ou contribuição a Estados, Municípios ou Distrito Federal, cuja
concessão não decorra de imperativo constitucional, dependerá de prova do atendimento ao que se determina neste
artigo.
Art. 113. Para fiel e uniforme aplicação das presentes normas, o Conselho Técnico de Economia e Finanças do
Ministério da Fazenda atenderá a consultas, coligirá elementos, promoverá o intercâmbio de dados informativos, expedirá
recomendações técnicas, quando solicitadas, e atualizará sempre que julgar conveniente, os anexos que integram a
presente lei.
Parágrafo único. Para os fins previstos neste artigo, poderão ser promovidas, quando necessário, conferências ou
reuniões técnicas, com a participação de representantes das entidades abrangidas por estas normas.
Art. 114. Os efeitos desta lei são contados a partir de 1º de janeiro de 1964 para o fim da elaboração dos orçamentos
e a partir de 1º de janeiro de 1965, quanto às demais atividades estatuídas. (Redação dada pela Lei nº 4.489, de
19.11.1964)
Art. 115. Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 17 de março de 1964; 143º da Independência e 76º da República.
JOÃO GULART
Abelardo Jurema
Sylvio Borges de Souza Motta
Jair Ribeiro
João Augusto de Araújo Castro
Waldyr Ramos Borges
Expedito Machado
Oswaldo Costa Lima Filho
Júlio Forquim Sambaquy
Amaury Silva
Anysio Botelho
Wilson Fadul
Antonio Oliveira Brito
Egydio Michaelsen

LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000.


Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a
Mensagem de veto
responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei
Complementar:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1o Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão
fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição.
§ 1o A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e
corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados
entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas
com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por
antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.
§ 2o As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
§ 3o Nas referências:
I - à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão compreendidos:
a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o Ministério
Público;
b) as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes;
II - a Estados entende-se considerado o Distrito Federal;
III - a Tribunais de Contas estão incluídos: Tribunal de Contas da União, Tribunal de Contas do Estado e, quando
houver, Tribunal de Contas dos Municípios e Tribunal de Contas do Município.
Art. 2o Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:
I - ente da Federação: a União, cada Estado, o Distrito Federal e cada Município;
II - empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ou
indiretamente, a ente da Federação;
III - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para
pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles
provenientes de aumento de participação acionária;
IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais,
agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos:
a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal, e as
contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituição;
b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de
previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9 o do art. 201 da
Constituição.
§ 1o Serão computados no cálculo da receita corrente líquida os valores pagos e recebidos em decorrência da Lei
Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996, e do fundo previsto pelo art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias.
§ 2o Não serão considerados na receita corrente líquida do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e de Roraima
os recursos recebidos da União para atendimento das despesas de que trata o inciso V do § 1 o do art. 19.
§ 3o A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze
anteriores, excluídas as duplicidades.
CAPÍTULO II
DO PLANEJAMENTO
Seção I
Do Plano Plurianual
Art. 3o (VETADO)
Seção II
Da Lei de Diretrizes Orçamentárias
Art. 4o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da Constituição e:
I - disporá também sobre:
a) equilíbrio entre receitas e despesas;
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do inciso II deste
artigo, no art. 9o e no inciso II do § 1o do art. 31;
c) (VETADO)
d) (VETADO)
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos
orçamentos;
f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas;
II - (VETADO)
III - (VETADO)
§ 1o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas
metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e
montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.
§ 2o O Anexo conterá, ainda:
I - avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;
II - demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados
pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as
premissas e os objetivos da política econômica nacional;
III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos
recursos obtidos com a alienação de ativos;
IV - avaliação da situação financeira e atuarial:
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador;
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;
V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas
obrigatórias de caráter continuado.
§ 3o A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos
contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se
concretizem.
§ 4o A mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo específico, os objetivos das políticas
monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis, e
ainda as metas de inflação, para o exercício subseqüente.
Seção III
Da Lei Orçamentária Anual
Art. 5o O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com a lei de
diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
I - conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e
metas constantes do documento de que trata o § 1o do art. 4o;
II - será acompanhado do documento a que se refere o § 6o do art. 165 da Constituição, bem como das medidas de
compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado;
III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita corrente
líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao:
a) (VETADO)
b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.
§ 1o Todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão,
constarão da lei orçamentária anual.
§ 2o O refinanciamento da dívida pública constará separadamente na lei orçamentária e nas de crédito adicional.
§ 3o A atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada não poderá superar a variação do índice
de preços previsto na lei de diretrizes orçamentárias, ou em legislação específica.
§ 4o É vedado consignar na lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada.
§ 5o A lei orçamentária não consignará dotação para investimento com duração superior a um exercício financeiro
que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize a sua inclusão, conforme disposto no § 1 o do art. 167
da Constituição.
§ 6o Integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei orçamentária, as do Banco Central do Brasil relativas
a pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a benefícios e assistência aos servidores, e a
investimentos.
§ 7o (VETADO)
Art. 6o (VETADO)
Art. 7o O resultado do Banco Central do Brasil, apurado após a constituição ou reversão de reservas, constitui
receita do Tesouro Nacional, e será transferido até o décimo dia útil subseqüente à aprovação dos balanços semestrais.
§ 1o O resultado negativo constituirá obrigação do Tesouro para com o Banco Central do Brasil e será consignado
em dotação específica no orçamento.
§ 2o O impacto e o custo fiscal das operações realizadas pelo Banco Central do Brasil serão demonstrados
trimestralmente, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias da União.
§ 3o Os balanços trimestrais do Banco Central do Brasil conterão notas explicativas sobre os custos da remuneração
das disponibilidades do Tesouro Nacional e da manutenção das reservas cambiais e a rentabilidade de sua carteira de
títulos, destacando os de emissão da União.
Seção IV
Da Execução Orçamentária e do Cumprimento das Metas
Art. 8o Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes
orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4o, o Poder Executivo estabelecerá a programação
financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para
atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.
Art. 9o Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das
metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público
promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de empenho e
movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
§ 1o No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das dotações cujos
empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas.
§ 2o Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente,
inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.
§ 3o No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público não promoverem a limitação no prazo
estabelecido no caput, é o Poder Executivo autorizado a limitar os valores financeiros segundo os critérios fixados pela lei
de diretrizes orçamentárias. (Vide ADIN 2.238-5)
§ 4o Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento
das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na comissão referida no § 1 o do art. 166 da Constituição ou
equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais.
§ 5o No prazo de noventa dias após o encerramento de cada semestre, o Banco Central do Brasil apresentará, em
reunião conjunta das comissões temáticas pertinentes do Congresso Nacional, avaliação do cumprimento dos objetivos e
metas das políticas monetária, creditícia e cambial, evidenciando o impacto e o custo fiscal de suas operações e os
resultados demonstrados nos balanços.
Art. 10. A execução orçamentária e financeira identificará os beneficiários de pagamento de sentenças judiciais, por
meio de sistema de contabilidade e administração financeira, para fins de observância da ordem cronológica determinada
no art. 100 da Constituição.
CAPÍTULO III
DA RECEITA PÚBLICA
Seção I
Da Previsão e da Arrecadação
Art. 11. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva
arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação.
Parágrafo único. É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe o disposto no
caput, no que se refere aos impostos.
Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na
legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão
acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que
se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas .
§ 1o Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se comprovado erro ou omissão de
ordem técnica ou legal.
§ 2o O montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá ser superior ao das despesas de
capital constantes do projeto de lei orçamentária. (Vide ADIN 2.238-5)
§ 3o O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo
trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das
receitas para o exercício subseqüente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo.
Art. 13. No prazo previsto no art. 8o, as receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas
bimestrais de arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das medidas de combate à evasão e à
sonegação, da quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do
montante dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa.
Seção II
Da Renúncia de Receita
Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de
receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua
vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes
condições:
I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei orçamentária,
na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da lei de diretrizes
orçamentárias;
II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput, por meio do aumento de
receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou
contribuição.
§ 1o A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não
geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou
contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado.
§ 2o Se o ato de concessão ou ampliação do incentivo ou benefício de que trata o caput deste artigo decorrer da
condição contida no inciso II, o benefício só entrará em vigor quando implementadas as medidas referidas no
mencionado inciso.
§ 3o O disposto neste artigo não se aplica:
I - às alterações das alíquotas dos impostos previstos nos incisos I, II, IV e V do art. 153 da Constituição, na forma
do seu § 1o;
II - ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança.
CAPÍTULO IV
DA DESPESA PÚBLICA
Seção I
Da Geração da Despesa
Art. 15. Serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio público a geração de despesa ou
assunção de obrigação que não atendam o disposto nos arts. 16 e 17.
Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa será
acompanhado de:
I - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois
subseqüentes;
II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a lei
orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.
§ 1o Para os fins desta Lei Complementar, considera-se:
I - adequada com a lei orçamentária anual, a despesa objeto de dotação específica e suficiente, ou que esteja
abrangida por crédito genérico, de forma que somadas todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar,
previstas no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício;
II - compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias, a despesa que se conforme com as
diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos e não infrinja qualquer de suas disposições.
§ 2o A estimativa de que trata o inciso I do caput será acompanhada das premissas e metodologia de cálculo
utilizadas.
§ 3o Ressalva-se do disposto neste artigo a despesa considerada irrelevante, nos termos em que dispuser a lei de
diretrizes orçamentárias.
§ 4o As normas do caput constituem condição prévia para:
I - empenho e licitação de serviços, fornecimento de bens ou execução de obras;
II - desapropriação de imóveis urbanos a que se refere o § 3o do art. 182 da Constituição.
Subseção I
Da Despesa Obrigatória de Caráter Continuado
Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou
ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois
exercícios.
§ 1o Os atos que criarem ou aumentarem despesa de que trata o caput deverão ser instruídos com a estimativa
prevista no inciso I do art. 16 e demonstrar a origem dos recursos para seu custeio.
§ 2o Para efeito do atendimento do § 1o, o ato será acompanhado de comprovação de que a despesa criada ou
aumentada não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo referido no § 1 o do art. 4o, devendo seus
efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução
permanente de despesa.
§ 3o Para efeito do § 2o, considera-se aumento permanente de receita o proveniente da elevação de alíquotas,
ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.
§ 4o A comprovação referida no § 2o, apresentada pelo proponente, conterá as premissas e metodologia de cálculo
utilizadas, sem prejuízo do exame de compatibilidade da despesa com as demais normas do plano plurianual e da lei de
diretrizes orçamentárias.
§ 5o A despesa de que trata este artigo não será executada antes da implementação das medidas referidas no § 2 o,
as quais integrarão o instrumento que a criar ou aumentar.
§ 6o O disposto no § 1o não se aplica às despesas destinadas ao serviço da dívida nem ao reajustamento de
remuneração de pessoal de que trata o inciso X do art. 37 da Constituição.
§ 7o Considera-se aumento de despesa a prorrogação daquela criada por prazo determinado.
Seção II
Das Despesas com Pessoal
Subseção I
Definições e Limites
Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como despesa total com pessoal: o somatório dos
gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções
ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e
vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais,
gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições
recolhidas pelo ente às entidades de previdência.
§ 1o Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à substituição de servidores e
empregados públicos serão contabilizados como "Outras Despesas de Pessoal".
§ 2o A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no mês em referência com as dos onze
imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência.
Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada
período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a
seguir discriminados:
I - União: 50% (cinqüenta por cento);
II - Estados: 60% (sessenta por cento);
III - Municípios: 60% (sessenta por cento).
§ 1o Na verificação do atendimento dos limites definidos neste artigo, não serão computadas as despesas:
I - de indenização por demissão de servidores ou empregados;
II - relativas a incentivos à demissão voluntária;
III - derivadas da aplicação do disposto no inciso II do § 6o do art. 57 da Constituição;
IV - decorrentes de decisão judicial e da competência de período anterior ao da apuração a que se refere o § 2 o do
art. 18;
V - com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e Roraima, custeadas com recursos transferidos pela
União na forma dos incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição e do art. 31 da Emenda Constitucional n o 19;
VI - com inativos, ainda que por intermédio de fundo específico, custeadas por recursos provenientes:
a) da arrecadação de contribuições dos segurados;
b) da compensação financeira de que trata o § 9o do art. 201 da Constituição;
c) das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a tal finalidade, inclusive o produto da
alienação de bens, direitos e ativos, bem como seu superávit financeiro.
§ 2o Observado o disposto no inciso IV do § 1o, as despesas com pessoal decorrentes de sentenças judiciais serão
incluídas no limite do respectivo Poder ou órgão referido no art. 20.
Art. 20. A repartição dos limites globais do art. 19 não poderá exceder os seguintes percentuais:
I - na esfera federal:
a) 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas da União;
b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;
c) 40,9% (quarenta inteiros e nove décimos por cento) para o Executivo, destacando-se 3% (três por cento) para
as despesas com pessoal decorrentes do que dispõem os incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição e o art. 31 da
Emenda Constitucional no 19, repartidos de forma proporcional à média das despesas relativas a cada um destes
dispositivos, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente
anteriores ao da publicação desta Lei Complementar;
d) 0,6% (seis décimos por cento) para o Ministério Público da União;
II - na esfera estadual:
a) 3% (três por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Estado;
b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;
c) 49% (quarenta e nove por cento) para o Executivo;
d) 2% (dois por cento) para o Ministério Público dos Estados;
III - na esfera municipal:
a) 6% (seis por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Município, quando houver;
b) 54% (cinqüenta e quatro por cento) para o Executivo.
§ 1o Nos Poderes Legislativo e Judiciário de cada esfera, os limites serão repartidos entre seus órgãos de forma
proporcional à média das despesas com pessoal, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios
financeiros imediatamente anteriores ao da publicação desta Lei Complementar.
§ 2o Para efeito deste artigo entende-se como órgão:
I - o Ministério Público;
II- no Poder Legislativo:
a) Federal, as respectivas Casas e o Tribunal de Contas da União;
b) Estadual, a Assembléia Legislativa e os Tribunais de Contas;
c) do Distrito Federal, a Câmara Legislativa e o Tribunal de Contas do Distrito Federal;
d) Municipal, a Câmara de Vereadores e o Tribunal de Contas do Município, quando houver;
III - no Poder Judiciário:
a) Federal, os tribunais referidos no art. 92 da Constituição;
b) Estadual, o Tribunal de Justiça e outros, quando houver.
§ 3o Os limites para as despesas com pessoal do Poder Judiciário, a cargo da União por força do inciso XIII do art.
21 da Constituição, serão estabelecidos mediante aplicação da regra do § 1 o.
§ 4o Nos Estados em que houver Tribunal de Contas dos Municípios, os percentuais definidos nas alíneas a e c do
inciso II do caput serão, respectivamente, acrescidos e reduzidos em 0,4% (quatro décimos por cento).
§ 5o Para os fins previstos no art. 168 da Constituição, a entrega dos recursos financeiros correspondentes à
despesa total com pessoal por Poder e órgão será a resultante da aplicação dos percentuais definidos neste artigo, ou
aqueles fixados na lei de diretrizes orçamentárias.
§ 6o (VETADO)
Subseção II
Do Controle da Despesa Total com Pessoal
Art. 21. É nulo de pleno direito o ato que provoque aumento da despesa com pessoal e não atenda:
I - as exigências dos arts. 16 e 17 desta Lei Complementar, e o disposto no inciso XIII do art. 37 e no § 1 o do art.
169 da Constituição;
II - o limite legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal inativo.
Parágrafo único. Também é nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos
cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão referido no art. 20.
Art. 22. A verificação do cumprimento dos limites estabelecidos nos arts. 19 e 20 será realizada ao final de cada
quadrimestre.
Parágrafo único. Se a despesa total com pessoal exceder a 95% (noventa e cinco por cento) do limite, são vedados
ao Poder ou órgão referido no art. 20 que houver incorrido no excesso:
I - concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a qualquer título, salvo os derivados
de sentença judicial ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão prevista no inciso X do art. 37 da
Constituição;
II - criação de cargo, emprego ou função;
III - alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa;
IV - provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição
decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança;
V - contratação de hora extra, salvo no caso do disposto no inciso II do § 6 o do art. 57 da Constituição e as
situações previstas na lei de diretrizes orçamentárias.
Art. 23. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão referido no art. 20, ultrapassar os limites definidos no
mesmo artigo, sem prejuízo das medidas previstas no art. 22, o percentual excedente terá de ser eliminado nos dois
quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no primeiro, adotando-se, entre outras, as providências previstas
nos §§ 3o e 4o do art. 169 da Constituição.
§ 1o No caso do inciso I do § 3o do art. 169 da Constituição, o objetivo poderá ser alcançado tanto pela extinção de
cargos e funções quanto pela redução dos valores a eles atribuídos. (Vide ADIN 2.238-5)
§ 2o É facultada a redução temporária da jornada de trabalho com adequação dos vencimentos à nova carga
horária.(Vide ADIN 2.238-5)
§ 3o Não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o excesso, o ente não poderá:
I - receber transferências voluntárias;
II - obter garantia, direta ou indireta, de outro ente;
III - contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao refinanciamento da dívida mobiliária e as que
visem à redução das despesas com pessoal.
§ 4o As restrições do § 3o aplicam-se imediatamente se a despesa total com pessoal exceder o limite no primeiro
quadrimestre do último ano do mandato dos titulares de Poder ou órgão referidos no art. 20.
Seção III
Das Despesas com a Seguridade Social
Art. 24. Nenhum benefício ou serviço relativo à seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a
indicação da fonte de custeio total, nos termos do § 5o do art. 195 da Constituição, atendidas ainda as exigências do art.
17.
§ 1o É dispensada da compensação referida no art. 17 o aumento de despesa decorrente de:
I - concessão de benefício a quem satisfaça as condições de habilitação prevista na legislação pertinente;
II - expansão quantitativa do atendimento e dos serviços prestados;
III - reajustamento de valor do benefício ou serviço, a fim de preservar o seu valor real.
§ 2o O disposto neste artigo aplica-se a benefício ou serviço de saúde, previdência e assistência social, inclusive os
destinados aos servidores públicos e militares, ativos e inativos, e aos pensionistas.
CAPÍTULO V
DAS TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS
Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferência voluntária a entrega de recursos
correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não
decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde.
§ 1o São exigências para a realização de transferência voluntária, além das estabelecidas na lei de diretrizes
orçamentárias:
I - existência de dotação específica;
II - (VETADO)
III - observância do disposto no inciso X do art. 167 da Constituição;
IV - comprovação, por parte do beneficiário, de:
a) que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e financiamentos devidos ao ente
transferidor, bem como quanto à prestação de contas de recursos anteriormente dele recebidos;
b) cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde;
c) observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de operações de crédito, inclusive por antecipação
de receita, de inscrição em Restos a Pagar e de despesa total com pessoal;
d) previsão orçamentária de contrapartida.
§ 2o É vedada a utilização de recursos transferidos em finalidade diversa da pactuada.
§ 3o Para fins da aplicação das sanções de suspensão de transferências voluntárias constantes desta Lei
Complementar, excetuam-se aquelas relativas a ações de educação, saúde e assistência social.
CAPÍTULO VI
DA DESTINAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS PARA O SETOR PRIVADO
Art. 26. A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits
de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições estabelecidas na lei de diretrizes
orçamentárias e estar prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais.
§ 1o O disposto no caput aplica-se a toda a administração indireta, inclusive fundações públicas e empresas
estatais, exceto, no exercício de suas atribuições precípuas, as instituições financeiras e o Banco Central do Brasil.
§ 2o Compreende-se incluída a concessão de empréstimos, financiamentos e refinanciamentos, inclusive as
respectivas prorrogações e a composição de dívidas, a concessão de subvenções e a participação em constituição ou
aumento de capital.
Art. 27. Na concessão de crédito por ente da Federação a pessoa física, ou jurídica que não esteja sob seu controle
direto ou indireto, os encargos financeiros, comissões e despesas congêneres não serão inferiores aos definidos em lei ou
ao custo de captação.
Parágrafo único. Dependem de autorização em lei específica as prorrogações e composições de dívidas decorrentes
de operações de crédito, bem como a concessão de empréstimos ou financiamentos em desacordo com o caput, sendo o
subsídio correspondente consignado na lei orçamentária.
Art. 28. Salvo mediante lei específica, não poderão ser utilizados recursos públicos, inclusive de operações de
crédito, para socorrer instituições do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão de empréstimos de
recuperação ou financiamentos para mudança de controle acionário.
§ 1o A prevenção de insolvência e outros riscos ficará a cargo de fundos, e outros mecanismos, constituídos pelas
instituições do Sistema Financeiro Nacional, na forma da lei.
§ 2o O disposto no caput não proíbe o Banco Central do Brasil de conceder às instituições financeiras operações de
redesconto e de empréstimos de prazo inferior a trezentos e sessenta dias.
CAPÍTULO VII
DA DÍVIDA E DO ENDIVIDAMENTO
Seção I
Definições Básicas
Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições:
I - dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do
ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de
crédito, para amortização em prazo superior a doze meses;
II - dívida pública mobiliária: dívida pública representada por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco
Central do Brasil, Estados e Municípios;
III - operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e
aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens
e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;
IV - concessão de garantia: compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por ente
da Federação ou entidade a ele vinculada;
V - refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para pagamento do principal acrescido da atualização
monetária.
§ 1o Equipara-se a operação de crédito a assunção, o reconhecimento ou a confissão de dívidas pelo ente da
Federação, sem prejuízo do cumprimento das exigências dos arts. 15 e 16.
§ 2o Será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à emissão de títulos de responsabilidade do
Banco Central do Brasil.
§ 3o Também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas
receitas tenham constado do orçamento.
§ 4o O refinanciamento do principal da dívida mobiliária não excederá, ao término de cada exercício financeiro, o
montante do final do exercício anterior, somado ao das operações de crédito autorizadas no orçamento para este efeito e
efetivamente realizadas, acrescido de atualização monetária.
Seção II
Dos Limites da Dívida Pública e das Operações de Crédito
Art. 30. No prazo de noventa dias após a publicação desta Lei Complementar, o Presidente da República submeterá
ao:
I - Senado Federal: proposta de limites globais para o montante da dívida consolidada da União, Estados e
Municípios, cumprindo o que estabelece o inciso VI do art. 52 da Constituição, bem como de limites e condições relativos
aos incisos VII, VIII e IX do mesmo artigo;
II - Congresso Nacional: projeto de lei que estabeleça limites para o montante da dívida mobiliária federal a que se
refere o inciso XIV do art. 48 da Constituição, acompanhado da demonstração de sua adequação aos limites fixados para
a dívida consolidada da União, atendido o disposto no inciso I do § 1o deste artigo.
§ 1o As propostas referidas nos incisos I e II do caput e suas alterações conterão:
I - demonstração de que os limites e condições guardam coerência com as normas estabelecidas nesta Lei
Complementar e com os objetivos da política fiscal;
II - estimativas do impacto da aplicação dos limites a cada uma das três esferas de governo;
III - razões de eventual proposição de limites diferenciados por esfera de governo;
IV - metodologia de apuração dos resultados primário e nominal.
§ 2o As propostas mencionadas nos incisos I e II do caput também poderão ser apresentadas em termos de dívida
líquida, evidenciando a forma e a metodologia de sua apuração.
§ 3o Os limites de que tratam os incisos I e II do caput serão fixados em percentual da receita corrente líquida para
cada esfera de governo e aplicados igualmente a todos os entes da Federação que a integrem, constituindo, para cada
um deles, limites máximos.
§ 4o Para fins de verificação do atendimento do limite, a apuração do montante da dívida consolidada será efetuada
ao final de cada quadrimestre.
§ 5o No prazo previsto no art. 5o, o Presidente da República enviará ao Senado Federal ou ao Congresso Nacional,
conforme o caso, proposta de manutenção ou alteração dos limites e condições previstos nos incisos I e II do caput.
§ 6o Sempre que alterados os fundamentos das propostas de que trata este artigo, em razão de instabilidade
econômica ou alterações nas políticas monetária ou cambial, o Presidente da República poderá encaminhar ao Senado
Federal ou ao Congresso Nacional solicitação de revisão dos limites.
§ 7o Os precatórios judiciais não pagos durante a execução do orçamento em que houverem sido incluídos integram
a dívida consolidada, para fins de aplicação dos limites.
Seção III
Da Recondução da Dívida aos Limites
Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao final de um
quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término dos três subseqüentes, reduzindo o excedente em pelo menos
25% (vinte e cinco por cento) no primeiro.
§ 1o Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido:
I - estará proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive por antecipação de receita,
ressalvado o refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária;
II - obterá resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite, promovendo, entre outras medidas,
limitação de empenho, na forma do art. 9o.
§ 2o Vencido o prazo para retorno da dívida ao limite, e enquanto perdurar o excesso, o ente ficará também
impedido de receber transferências voluntárias da União ou do Estado.
§ 3o As restrições do § 1o aplicam-se imediatamente se o montante da dívida exceder o limite no primeiro
quadrimestre do último ano do mandato do Chefe do Poder Executivo.
§ 4o O Ministério da Fazenda divulgará, mensalmente, a relação dos entes que tenham ultrapassado os limites das
dívidas consolidada e mobiliária.
§ 5o As normas deste artigo serão observadas nos casos de descumprimento dos limites da dívida mobiliária e das
operações de crédito internas e externas.
Seção IV
Das Operações de Crédito
Subseção I
Da Contratação
Art. 32. O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento dos limites e condições relativos à realização de
operações de crédito de cada ente da Federação, inclusive das empresas por eles controladas, direta ou indiretamente.
§ 1o O ente interessado formalizará seu pleito fundamentando-o em parecer de seus órgãos técnicos e jurídicos,
demonstrando a relação custo-benefício, o interesse econômico e social da operação e o atendimento das seguintes
condições:
I - existência de prévia e expressa autorização para a contratação, no texto da lei orçamentária, em créditos
adicionais ou lei específica;
II - inclusão no orçamento ou em créditos adicionais dos recursos provenientes da operação, exceto no caso de
operações por antecipação de receita;
III - observância dos limites e condições fixados pelo Senado Federal;
IV - autorização específica do Senado Federal, quando se tratar de operação de crédito externo;
V - atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da Constituição;
VI - observância das demais restrições estabelecidas nesta Lei Complementar.
§ 2o As operações relativas à dívida mobiliária federal autorizadas, no texto da lei orçamentária ou de créditos
adicionais, serão objeto de processo simplificado que atenda às suas especificidades.
§ 3o Para fins do disposto no inciso V do § 1o, considerar-se-á, em cada exercício financeiro, o total dos recursos de
operações de crédito nele ingressados e o das despesas de capital executadas, observado o seguinte:
I - não serão computadas nas despesas de capital as realizadas sob a forma de empréstimo ou financiamento a
contribuinte, com o intuito de promover incentivo fiscal, tendo por base tributo de competência do ente da Federação, se
resultar a diminuição, direta ou indireta, do ônus deste;
II - se o empréstimo ou financiamento a que se refere o inciso I for concedido por instituição financeira controlada
pelo ente da Federação, o valor da operação será deduzido das despesas de capital;
III - (VETADO)
§ 4o Sem prejuízo das atribuições próprias do Senado Federal e do Banco Central do Brasil, o Ministério da Fazenda
efetuará o registro eletrônico centralizado e atualizado das dívidas públicas interna e externa, garantido o acesso público
às informações, que incluirão:
I - encargos e condições de contratação;
II - saldos atualizados e limites relativos às dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito e concessão de
garantias.
§ 5o Os contratos de operação de crédito externo não conterão cláusula que importe na compensação automática
de débitos e créditos.
Art. 33. A instituição financeira que contratar operação de crédito com ente da Federação, exceto quando relativa à
dívida mobiliária ou à externa, deverá exigir comprovação de que a operação atende às condições e limites estabelecidos.
§ 1o A operação realizada com infração do disposto nesta Lei Complementar será considerada nula, procedendo-se
ao seu cancelamento, mediante a devolução do principal, vedados o pagamento de juros e demais encargos financeiros.
§ 2o Se a devolução não for efetuada no exercício de ingresso dos recursos, será consignada reserva específica na
lei orçamentária para o exercício seguinte.
§ 3o Enquanto não efetuado o cancelamento, a amortização, ou constituída a reserva, aplicam-se as sanções
previstas nos incisos do § 3o do art. 23.
§ 4o Também se constituirá reserva, no montante equivalente ao excesso, se não atendido o disposto no inciso III
do art. 167 da Constituição, consideradas as disposições do § 3o do art. 32.
Subseção II
Das Vedações
Art. 34. O Banco Central do Brasil não emitirá títulos da dívida pública a partir de dois anos após a publicação desta
Lei Complementar.
Art. 35. É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da Federação, diretamente ou por intermédio
de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive suas entidades da administração
indireta, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente.
§ 1o Excetuam-se da vedação a que se refere o caput as operações entre instituição financeira estatal e outro ente
da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, que não se destinem a:
I - financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes;
II - refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição concedente.
§ 2o O disposto no caput não impede Estados e Municípios de comprar títulos da dívida da União como aplicação de
suas disponibilidades.
Art. 36. É proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da Federação que a
controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo.
Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe instituição financeira controlada de adquirir, no mercado, títulos da
dívida pública para atender investimento de seus clientes, ou títulos da dívida de emissão da União para aplicação de
recursos próprios.
Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão vedados:
I - captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição cujo fato gerador ainda não
tenha ocorrido, sem prejuízo do disposto no § 7o do art. 150 da Constituição;
II - recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Público detenha, direta ou indiretamente, a
maioria do capital social com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma da legislação;
III - assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou operação assemelhada, com fornecedor de bens,
mercadorias ou serviços, mediante emissão, aceite ou aval de título de crédito, não se aplicando esta vedação a
empresas estatais dependentes;
IV - assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores para pagamento a posteriori de bens
e serviços.
Subseção III
Das Operações de Crédito por Antecipação de Receita Orçamentária
Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência de caixa durante o
exercício financeiro e cumprirá as exigências mencionadas no art. 32 e mais as seguintes:
I - realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício;
II - deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano;
III - não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a taxa de juros da operação,
obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que vier a esta substituir;
IV - estará proibida:
a) enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente resgatada;
b) no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal.
§ 1o As operações de que trata este artigo não serão computadas para efeito do que dispõe o inciso III do art. 167
da Constituição, desde que liquidadas no prazo definido no inciso II do caput.
§ 2o As operações de crédito por antecipação de receita realizadas por Estados ou Municípios serão efetuadas
mediante abertura de crédito junto à instituição financeira vencedora em processo competitivo eletrônico promovido pelo
Banco Central do Brasil.
§ 3o O Banco Central do Brasil manterá sistema de acompanhamento e controle do saldo do crédito aberto e, no
caso de inobservância dos limites, aplicará as sanções cabíveis à instituição credora.
Subseção IV
Das Operações com o Banco Central do Brasil
Art. 39. Nas suas relações com ente da Federação, o Banco Central do Brasil está sujeito às vedações constantes do
art. 35 e mais às seguintes:
I - compra de título da dívida, na data de sua colocação no mercado, ressalvado o disposto no § 2 o deste artigo;
II - permuta, ainda que temporária, por intermédio de instituição financeira ou não, de título da dívida de ente da
Federação por título da dívida pública federal, bem como a operação de compra e venda, a termo, daquele título, cujo
efeito final seja semelhante à permuta;
III - concessão de garantia.
§ 1o O disposto no inciso II, in fine, não se aplica ao estoque de Letras do Banco Central do Brasil, Série Especial,
existente na carteira das instituições financeiras, que pode ser refinanciado mediante novas operações de venda a termo.
§ 2o O Banco Central do Brasil só poderá comprar diretamente títulos emitidos pela União para refinanciar a dívida
mobiliária federal que estiver vencendo na sua carteira.
§ 3o A operação mencionada no § 2o deverá ser realizada à taxa média e condições alcançadas no dia, em leilão
público.
§ 4o É vedado ao Tesouro Nacional adquirir títulos da dívida pública federal existentes na carteira do Banco Central
do Brasil, ainda que com cláusula de reversão, salvo para reduzir a dívida mobiliária.
Seção V
Da Garantia e da Contragarantia
Art. 40. Os entes poderão conceder garantia em operações de crédito internas ou externas, observados o disposto
neste artigo, as normas do art. 32 e, no caso da União, também os limites e as condições estabelecidos pelo Senado
Federal.
§ 1o A garantia estará condicionada ao oferecimento de contragarantia, em valor igual ou superior ao da garantia a
ser concedida, e à adimplência da entidade que a pleitear relativamente a suas obrigações junto ao garantidor e às
entidades por este controladas, observado o seguinte:
I - não será exigida contragarantia de órgãos e entidades do próprio ente;
II - a contragarantia exigida pela União a Estado ou Município, ou pelos Estados aos Municípios, poderá consistir na
vinculação de receitas tributárias diretamente arrecadadas e provenientes de transferências constitucionais, com outorga
de poderes ao garantidor para retê-las e empregar o respectivo valor na liquidação da dívida vencida.
§ 2o No caso de operação de crédito junto a organismo financeiro internacional, ou a instituição federal de crédito e
fomento para o repasse de recursos externos, a União só prestará garantia a ente que atenda, além do disposto no § 1 o,
as exigências legais para o recebimento de transferências voluntárias.
§ 3o (VETADO)
§ 4o (VETADO)
§ 5o É nula a garantia concedida acima dos limites fixados pelo Senado Federal.
§ 6o É vedado às entidades da administração indireta, inclusive suas empresas controladas e subsidiárias, conceder
garantia, ainda que com recursos de fundos.
§ 7o O disposto no § 6o não se aplica à concessão de garantia por:
I - empresa controlada a subsidiária ou controlada sua, nem à prestação de contragarantia nas mesmas condições;
II - instituição financeira a empresa nacional, nos termos da lei.
§ 8o Excetua-se do disposto neste artigo a garantia prestada:
I - por instituições financeiras estatais, que se submeterão às normas aplicáveis às instituições financeiras privadas,
de acordo com a legislação pertinente;
II - pela União, na forma de lei federal, a empresas de natureza financeira por ela controladas, direta e
indiretamente, quanto às operações de seguro de crédito à exportação.
§ 9o Quando honrarem dívida de outro ente, em razão de garantia prestada, a União e os Estados poderão
condicionar as transferências constitucionais ao ressarcimento daquele pagamento.
§ 10. O ente da Federação cuja dívida tiver sido honrada pela União ou por Estado, em decorrência de garantia
prestada em operação de crédito, terá suspenso o acesso a novos créditos ou financiamentos até a total liquidação da
mencionada dívida.
Seção VI
Dos Restos a Pagar
Art. 41. (VETADO)
Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato,
contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem
pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos e despesas
compromissadas a pagar até o final do exercício.
CAPÍTULO VIII
DA GESTÃO PATRIMONIAL
Seção I
Das Disponibilidades de Caixa
Art. 43. As disponibilidades de caixa dos entes da Federação serão depositadas conforme estabelece o § 3 o do art.
164 da Constituição.
§ 1o As disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos, ainda
que vinculadas a fundos específicos a que se referem os arts. 249 e 250 da Constituição, ficarão depositadas em conta
separada das demais disponibilidades de cada ente e aplicadas nas condições de mercado, com observância dos limites e
condições de proteção e prudência financeira.
§ 2o É vedada a aplicação das disponibilidades de que trata o § 1 o em:
I - títulos da dívida pública estadual e municipal, bem como em ações e outros papéis relativos às empresas
controladas pelo respectivo ente da Federação;
II - empréstimos, de qualquer natureza, aos segurados e ao Poder Público, inclusive a suas empresas controladas.
Seção II
Da Preservação do Patrimônio Público
Art. 44. É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o
patrimônio público para o financiamento de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência
social, geral e próprio dos servidores públicos.
Art. 45. Observado o disposto no § 5o do art. 5o, a lei orçamentária e as de créditos adicionais só incluirão novos
projetos após adequadamente atendidos os em andamento e contempladas as despesas de conservação do patrimônio
público, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias.
Parágrafo único. O Poder Executivo de cada ente encaminhará ao Legislativo, até a data do envio do projeto de lei
de diretrizes orçamentárias, relatório com as informações necessárias ao cumprimento do disposto neste artigo, ao qual
será dada ampla divulgação.
Art. 46. É nulo de pleno direito ato de desapropriação de imóvel urbano expedido sem o atendimento do disposto
no § 3o do art. 182 da Constituição, ou prévio depósito judicial do valor da indenização.
Seção III
Das Empresas Controladas pelo Setor Público
Art. 47. A empresa controlada que firmar contrato de gestão em que se estabeleçam objetivos e metas de
desempenho, na forma da lei, disporá de autonomia gerencial, orçamentária e financeira, sem prejuízo do disposto no
inciso II do § 5o do art. 165 da Constituição.
Parágrafo único. A empresa controlada incluirá em seus balanços trimestrais nota explicativa em que informará:
I - fornecimento de bens e serviços ao controlador, com respectivos preços e condições, comparando-os com os
praticados no mercado;
II - recursos recebidos do controlador, a qualquer título, especificando valor, fonte e destinação;
III - venda de bens, prestação de serviços ou concessão de empréstimos e financiamentos com preços, taxas,
prazos ou condições diferentes dos vigentes no mercado.
CAPÍTULO IX
DA TRANSPARÊNCIA, CONTROLE E FISCALIZAÇÃO
Seção I
Da Transparência da Gestão Fiscal
Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em
meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e
o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões
simplificadas desses documentos.
Parágrafo único. A transparência será assegurada também mediante incentivo à participação popular e realização
de audiências públicas, durante os processos de elaboração e de discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e
orçamentos.
Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante todo o exercício, no
respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos
cidadãos e instituições da sociedade.
Parágrafo único. A prestação de contas da União conterá demonstrativos do Tesouro Nacional e das agências
financeiras oficiais de fomento, incluído o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, especificando os
empréstimos e financiamentos concedidos com recursos oriundos dos orçamentos fiscal e da seguridade social e, no caso
das agências financeiras, avaliação circunstanciada do impacto fiscal de suas atividades no exercício.
Seção II
Da Escrituração e Consolidação das Contas
Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará
as seguintes:
I - a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vinculados a órgão, fundo ou
despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma individualizada;
II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de competência, apurando-se, em
caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa;
III - as demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjuntamente, as transações e operações de cada
órgão, fundo ou entidade da administração direta, autárquica e fundacional, inclusive empresa estatal dependente;
IV - as receitas e despesas previdenciárias serão apresentadas em demonstrativos financeiros e orçamentários
específicos;
V - as operações de crédito, as inscrições em Restos a Pagar e as demais formas de financiamento ou assunção de
compromissos junto a terceiros, deverão ser escrituradas de modo a evidenciar o montante e a variação da dívida pública
no período, detalhando, pelo menos, a natureza e o tipo de credor;
VI - a demonstração das variações patrimoniais dará destaque à origem e ao destino dos recursos provenientes da
alienação de ativos.
§ 1o No caso das demonstrações conjuntas, excluir-se-ão as operações intragovernamentais.
§ 2o A edição de normas gerais para consolidação das contas públicas caberá ao órgão central de contabilidade da
União, enquanto não implantado o conselho de que trata o art. 67.
§ 3o A Administração Pública manterá sistema de custos que permita a avaliação e o acompanhamento da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial.
Art. 51. O Poder Executivo da União promoverá, até o dia trinta de junho, a consolidação, nacional e por esfera de
governo, das contas dos entes da Federação relativas ao exercício anterior, e a sua divulgação, inclusive por meio
eletrônico de acesso público.
§ 1o Os Estados e os Municípios encaminharão suas contas ao Poder Executivo da União nos seguintes prazos:
I - Municípios, com cópia para o Poder Executivo do respectivo Estado, até trinta de abril;
II - Estados, até trinta e um de maio.
§ 2o O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação seja regularizada, que o ente
da Federação receba transferências voluntárias e contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento
do principal atualizado da dívida mobiliária.
Seção III
Do Relatório Resumido da Execução Orçamentária
Art. 52. O relatório a que se refere o § 3o do art. 165 da Constituição abrangerá todos os Poderes e o Ministério
Público, será publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre e composto de:
I - balanço orçamentário, que especificará, por categoria econômica, as:
a) receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a previsão atualizada;
b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício, a despesa liquidada e o saldo;
II - demonstrativos da execução das:
a) receitas, por categoria econômica e fonte, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o exercício,
a receita realizada no bimestre, a realizada no exercício e a previsão a realizar;
b) despesas, por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando dotação inicial, dotação para
o exercício, despesas empenhada e liquidada, no bimestre e no exercício;
c) despesas, por função e subfunção.
§ 1o Os valores referentes ao refinanciamento da dívida mobiliária constarão destacadamente nas receitas de
operações de crédito e nas despesas com amortização da dívida.
§ 2o O descumprimento do prazo previsto neste artigo sujeita o ente às sanções previstas no § 2 o do art. 51.
Art. 53. Acompanharão o Relatório Resumido demonstrativos relativos a:
I - apuração da receita corrente líquida, na forma definida no inciso IV do art. 2 o, sua evolução, assim como a
previsão de seu desempenho até o final do exercício;
II - receitas e despesas previdenciárias a que se refere o inciso IV do art. 50;
III - resultados nominal e primário;
IV - despesas com juros, na forma do inciso II do art. 4o;
V - Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão referido no art. 20, os valores inscritos, os pagamentos
realizados e o montante a pagar.
§ 1o O relatório referente ao último bimestre do exercício será acompanhado também de demonstrativos:
I - do atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da Constituição, conforme o § 3 o do art. 32;
II - das projeções atuariais dos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos;
III - da variação patrimonial, evidenciando a alienação de ativos e a aplicação dos recursos dela decorrentes.
§ 2o Quando for o caso, serão apresentadas justificativas:
I - da limitação de empenho;
II - da frustração de receitas, especificando as medidas de combate à sonegação e à evasão fiscal, adotadas e a
adotar, e as ações de fiscalização e cobrança.
Seção IV
Do Relatório de Gestão Fiscal
Art. 54. Ao final de cada quadrimestre será emitido pelos titulares dos Poderes e órgãos referidos no art. 20
Relatório de Gestão Fiscal, assinado pelo:
I - Chefe do Poder Executivo;
II - Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou órgão decisório equivalente, conforme regimentos internos
dos órgãos do Poder Legislativo;
III - Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho de Administração ou órgão decisório equivalente,
conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Judiciário;
IV - Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados.
Parágrafo único. O relatório também será assinado pelas autoridades responsáveis pela administração financeira e
pelo controle interno, bem como por outras definidas por ato próprio de cada Poder ou órgão referido no art. 20.
Art. 55. O relatório conterá:
I - comparativo com os limites de que trata esta Lei Complementar, dos seguintes montantes:
a) despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas;
b) dívidas consolidada e mobiliária;
c) concessão de garantias;
d) operações de crédito, inclusive por antecipação de receita;
e) despesas de que trata o inciso II do art. 4o;
II - indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites;
III - demonstrativos, no último quadrimestre:
a) do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro;
b) da inscrição em Restos a Pagar, das despesas:
1) liquidadas;
2) empenhadas e não liquidadas, inscritas por atenderem a uma das condições do inciso II do art. 41;
3) empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da disponibilidade de caixa;
4) não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados;
c) do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea b do inciso IV do art. 38.
§ 1o O relatório dos titulares dos órgãos mencionados nos incisos II, III e IV do art. 54 conterá apenas as
informações relativas à alínea a do inciso I, e os documentos referidos nos incisos II e III.
§ 2o O relatório será publicado até trinta dias após o encerramento do período a que corresponder, com amplo
acesso ao público, inclusive por meio eletrônico.
§ 3o O descumprimento do prazo a que se refere o § 2o sujeita o ente à sanção prevista no § 2o do art. 51.
§ 4o Os relatórios referidos nos arts. 52 e 54 deverão ser elaborados de forma padronizada, segundo modelos que
poderão ser atualizados pelo conselho de que trata o art. 67.
Seção V
Das Prestações de Contas
Art. 56. As contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo incluirão, além das suas próprias, as dos Presidentes
dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Chefe do Ministério Público, referidos no art. 20, as quais receberão
parecer prévio, separadamente, do respectivo Tribunal de Contas.
§ 1o As contas do Poder Judiciário serão apresentadas no âmbito:
I - da União, pelos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, consolidando as dos
respectivos tribunais;
II - dos Estados, pelos Presidentes dos Tribunais de Justiça, consolidando as dos demais tribunais.
§ 2o O parecer sobre as contas dos Tribunais de Contas será proferido no prazo previsto no art. 57 pela comissão
mista permanente referida no § 1o do art. 166 da Constituição ou equivalente das Casas Legislativas estaduais e
municipais.
§ 3o Será dada ampla divulgação dos resultados da apreciação das contas, julgadas ou tomadas.
Art. 57. Os Tribunais de Contas emitirão parecer prévio conclusivo sobre as contas no prazo de sessenta dias do
recebimento, se outro não estiver estabelecido nas constituições estaduais ou nas leis orgânicas municipais.
§ 1o No caso de Municípios que não sejam capitais e que tenham menos de duzentos mil habitantes o prazo será de
cento e oitenta dias.
§ 2o Os Tribunais de Contas não entrarão em recesso enquanto existirem contas de Poder, ou órgão referido no art.
20, pendentes de parecer prévio.
Art. 58. A prestação de contas evidenciará o desempenho da arrecadação em relação à previsão, destacando as
providências adotadas no âmbito da fiscalização das receitas e combate à sonegação, as ações de recuperação de
créditos nas instâncias administrativa e judicial, bem como as demais medidas para incremento das receitas tributárias e
de contribuições.
Seção VI
Da Fiscalização da Gestão Fiscal
Art. 59. O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle interno
de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento das normas desta Lei Complementar, com ênfase no
que se refere a:
I - atingimento das metas estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias;
II - limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição em Restos a Pagar;
III - medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal ao respectivo limite, nos termos dos arts. 22 e
23;
IV - providências tomadas, conforme o disposto no art. 31, para recondução dos montantes das dívidas consolidada
e mobiliária aos respectivos limites;
V - destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos, tendo em vista as restrições constitucionais e as
desta Lei Complementar;
VI - cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais, quando houver.
§ 1o Os Tribunais de Contas alertarão os Poderes ou órgãos referidos no art. 20 quando constatarem:
I - a possibilidade de ocorrência das situações previstas no inciso II do art. 4o e no art. 9o;
II - que o montante da despesa total com pessoal ultrapassou 90% (noventa por cento) do limite;
III - que os montantes das dívidas consolidada e mobiliária, das operações de crédito e da concessão de garantia
se encontram acima de 90% (noventa por cento) dos respectivos limites;
IV - que os gastos com inativos e pensionistas se encontram acima do limite definido em lei;
V - fatos que comprometam os custos ou os resultados dos programas ou indícios de irregularidades na gestão
orçamentária.
§ 2o Compete ainda aos Tribunais de Contas verificar os cálculos dos limites da despesa total com pessoal de cada
Poder e órgão referido no art. 20.
§ 3o O Tribunal de Contas da União acompanhará o cumprimento do disposto nos §§ 2o, 3o e 4o do art. 39.
CAPÍTULO X
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 60. Lei estadual ou municipal poderá fixar limites inferiores àqueles previstos nesta Lei Complementar para as
dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito e concessão de garantias.
Art. 61. Os títulos da dívida pública, desde que devidamente escriturados em sistema centralizado de liquidação e
custódia, poderão ser oferecidos em caução para garantia de empréstimos, ou em outras transações previstas em lei,
pelo seu valor econômico, conforme definido pelo Ministério da Fazenda.
Art. 62. Os Municípios só contribuirão para o custeio de despesas de competência de outros entes da Federação se
houver:
I - autorização na lei de diretrizes orçamentárias e na lei orçamentária anual;
II - convênio, acordo, ajuste ou congênere, conforme sua legislação.
Art. 63. É facultado aos Municípios com população inferior a cinqüenta mil habitantes optar por:
I - aplicar o disposto no art. 22 e no § 4o do art. 30 ao final do semestre;
II - divulgar semestralmente:
a) (VETADO)
b) o Relatório de Gestão Fiscal;
c) os demonstrativos de que trata o art. 53;
III - elaborar o Anexo de Política Fiscal do plano plurianual, o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais da
lei de diretrizes orçamentárias e o anexo de que trata o inciso I do art. 5 o a partir do quinto exercício seguinte ao da
publicação desta Lei Complementar.
§ 1o A divulgação dos relatórios e demonstrativos deverá ser realizada em até trinta dias após o encerramento do
semestre.
§ 2o Se ultrapassados os limites relativos à despesa total com pessoal ou à dívida consolidada, enquanto perdurar
esta situação, o Município ficará sujeito aos mesmos prazos de verificação e de retorno ao limite definidos para os demais
entes.
Art. 64. A União prestará assistência técnica e cooperação financeira aos Municípios para a modernização das
respectivas administrações tributária, financeira, patrimonial e previdenciária, com vistas ao cumprimento das normas
desta Lei Complementar.
§ 1o A assistência técnica consistirá no treinamento e desenvolvimento de recursos humanos e na transferência de
tecnologia, bem como no apoio à divulgação dos instrumentos de que trata o art. 48 em meio eletrônico de amplo acesso
público.
§ 2o A cooperação financeira compreenderá a doação de bens e valores, o financiamento por intermédio das
instituições financeiras federais e o repasse de recursos oriundos de operações externas.
Art. 65. Na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo Congresso Nacional, no caso da União, ou pelas
Assembléias Legislativas, na hipótese dos Estados e Municípios, enquanto perdurar a situação:
I - serão suspensas a contagem dos prazos e as disposições estabelecidas nos arts. 23 , 31 e 70;
II - serão dispensados o atingimento dos resultados fiscais e a limitação de empenho prevista no art. 9 o.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput no caso de estado de defesa ou de sítio, decretado na forma da
Constituição.
Art. 66. Os prazos estabelecidos nos arts. 23, 31 e 70 serão duplicados no caso de crescimento real baixo ou
negativo do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, regional ou estadual por período igual ou superior a quatro trimestres.
§ 1o Entende-se por baixo crescimento a taxa de variação real acumulada do Produto Interno Bruto inferior a 1%
(um por cento), no período correspondente aos quatro últimos trimestres.
§ 2o A taxa de variação será aquela apurada pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ou outro
órgão que vier a substituí-la, adotada a mesma metodologia para apuração dos PIB nacional, estadual e regional.
§ 3o Na hipótese do caput, continuarão a ser adotadas as medidas previstas no art. 22.
§ 4o Na hipótese de se verificarem mudanças drásticas na condução das políticas monetária e cambial, reconhecidas
pelo Senado Federal, o prazo referido no caput do art. 31 poderá ser ampliado em até quatro quadrimestres.
Art. 67. O acompanhamento e a avaliação, de forma permanente, da política e da operacionalidade da gestão fiscal
serão realizados por conselho de gestão fiscal, constituído por representantes de todos os Poderes e esferas de Governo,
do Ministério Público e de entidades técnicas representativas da sociedade, visando a:
I - harmonização e coordenação entre os entes da Federação;
II - disseminação de práticas que resultem em maior eficiência na alocação e execução do gasto público, na
arrecadação de receitas, no controle do endividamento e na transparência da gestão fiscal;
III - adoção de normas de consolidação das contas públicas, padronização das prestações de contas e dos
relatórios e demonstrativos de gestão fiscal de que trata esta Lei Complementar, normas e padrões mais simples para os
pequenos Municípios, bem como outros, necessários ao controle social;
IV - divulgação de análises, estudos e diagnósticos.
§ 1o O conselho a que se refere o caput instituirá formas de premiação e reconhecimento público aos titulares de
Poder que alcançarem resultados meritórios em suas políticas de desenvolvimento social, conjugados com a prática de
uma gestão fiscal pautada pelas normas desta Lei Complementar.
§ 2o Lei disporá sobre a composição e a forma de funcionamento do conselho.
Art. 68. Na forma do art. 250 da Constituição, é criado o Fundo do Regime Geral de Previdência Social, vinculado ao
Ministério da Previdência e Assistência Social, com a finalidade de prover recursos para o pagamento dos benefícios do
regime geral da previdência social.
§ 1o O Fundo será constituído de:
I - bens móveis e imóveis, valores e rendas do Instituto Nacional do Seguro Social não utilizados na
operacionalização deste;
II - bens e direitos que, a qualquer título, lhe sejam adjudicados ou que lhe vierem a ser vinculados por força de
lei;
III - receita das contribuições sociais para a seguridade social, previstas na alínea a do inciso I e no inciso II do art.
195 da Constituição;
IV - produto da liquidação de bens e ativos de pessoa física ou jurídica em débito com a Previdência Social;
V - resultado da aplicação financeira de seus ativos;
VI - recursos provenientes do orçamento da União.
§ 2o O Fundo será gerido pelo Instituto Nacional do Seguro Social, na forma da lei.
Art. 69. O ente da Federação que mantiver ou vier a instituir regime próprio de previdência social para seus
servidores conferir-lhe-á caráter contributivo e o organizará com base em normas de contabilidade e atuária que
preservem seu equilíbrio financeiro e atuarial.
Art. 70. O Poder ou órgão referido no art. 20 cuja despesa total com pessoal no exercício anterior ao da publicação
desta Lei Complementar estiver acima dos limites estabelecidos nos arts. 19 e 20 deverá enquadrar-se no respectivo
limite em até dois exercícios, eliminando o excesso, gradualmente, à razão de, pelo menos, 50% a.a. (cinqüenta por
cento ao ano), mediante a adoção, entre outras, das medidas previstas nos arts. 22 e 23.
Parágrafo único. A inobservância do disposto no caput, no prazo fixado, sujeita o ente às sanções previstas no § 3o
do art. 23.
Art. 71. Ressalvada a hipótese do inciso X do art. 37 da Constituição, até o término do terceiro exercício financeiro
seguinte à entrada em vigor desta Lei Complementar, a despesa total com pessoal dos Poderes e órgãos referidos no art.
20 não ultrapassará, em percentual da receita corrente líquida, a despesa verificada no exercício imediatamente anterior,
acrescida de até 10% (dez por cento), se esta for inferior ao limite definido na forma do art. 20.
Art. 72. A despesa com serviços de terceiros dos Poderes e órgãos referidos no art. 20 não poderá exceder, em
percentual da receita corrente líquida, a do exercício anterior à entrada em vigor desta Lei Complementar, até o término
do terceiro exercício seguinte.
Art. 73. As infrações dos dispositivos desta Lei Complementar serão punidas segundo o Decreto-Lei no 2.848, de 7
de dezembro de 1940 (Código Penal); a Lei no 1.079, de 10 de abril de 1950; o Decreto-Lei no 201, de 27 de fevereiro de
1967; a Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992; e demais normas da legislação pertinente.
Art. 74. Esta Lei Complementar entra em vigor na data da sua publicação.
Art. 75. Revoga-se a Lei Complementar no 96, de 31 de maio de 1999.
Brasília, 4 de maio de 2000; 179o da Independência e 112o da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Pedro Malan
Martus Tavares

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