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Superior Tribunal de Justiça

AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.345.905 - SP (2010/0155260-0)

RELATORA : MINISTRA NANCY ANDRIGHI


AGRAVANTE : COOPERATIVA HABITACIONAL DOS BANCÁRIOS DE SÃO
PAULO - BANCOOP
ADVOGADO : ALESSANDRO VIETRI E OUTRO(S)
AGRAVADO : ASSOCIAÇÃO DOS ADQUIRENTES DE APARTAMENTOS
DO CONDOMÍNIO CONJUNTO DOS BANCÁRIOS HORTO
FLORESTAL
ADVOGADO : THELMA LARANJEIRAS SALLE
EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO


COLETIVA DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO DE
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO,
CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. NÃO OCORRÊNCIA. REEXAME DE
FATOS E PROVAS. INADMISSIBILIDADE.
- Ausentes os vícios do art. 535 do CPC, rejeitam-se os embargos de declaração.
- O reexame de fatos e provas em recurso especial é inadmissível.
- Agravo no agravo de instrumento não provido.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Terceira


Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas
taquigráficas constantes dos autos, por unanimidade, negar provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a) Relator(a). Os Srs. Ministros
Massami Uyeda, Sidnei Beneti, Paulo de Tarso Sanseverino e Vasco Della Giustina
votaram com a Sra. Ministra Relatora.

Brasília (DF), 08 de fevereiro de 2011(Data do Julgamento)

MINISTRA NANCY ANDRIGHI


Relatora

Documento: 1034778 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 11/02/2011 Página 1 de 5
Superior Tribunal de Justiça
AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.345.905 - SP (2010/0155260-0)

AGRAVANTE : COOPERATIVA HABITACIONAL DOS BANCÁRIOS DE SÃO


PAULO - BANCOOP
ADVOGADO : ALESSANDRO VIETRI E OUTRO(S)
AGRAVADO : ASSOCIAÇÃO DOS ADQUIRENTES DE APARTAMENTOS
DO CONDOMÍNIO CONJUNTO DOS BANCÁRIOS HORTO
FLORESTAL
ADVOGADO : THELMA LARANJEIRAS SALLE
RELATORA: MINISTRA NANCY ANDRIGHI

RELATÓRIO
Cuida-se de agravo interposto por COOPERATIVA HABITACIONAL
DOS BANCÁRIOS DE SÃO PAULO - BANCOOP contra decisão unipessoal que
negou provimento ao agravo de instrumento que interpusera.
A decisão agravada foi assim ementada:
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO
ESPECIAL. AÇÃO COLETIVA DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM
PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO. OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. NÃO
OCORRÊNCIA. REEXAME DE FATOS E PROVAS.
INADMISSIBILIDADE.
- Ausentes os vícios do art. 535 do CPC, rejeitam-se os embargos de
declaração.
- O reexame de fatos e provas em recurso especial é inadmissível.
- Agravo de instrumento não provido (e-STJ fl. 1098).
Em suas razões recursais, a agravante reitera a violação do art. 535 do
CPC, sob a assertiva de que em nenhum momento foram analisados os requisitos
que autorizariam a agravada a ajuizar uma ação coletiva. Aduz que não se
verificou se dentre os fins institucionais da agravada estaria a defesa dos
interesses e direitos protegidos pelo CDC, asseverando que não há relação de
consumo entre a agravante e a agravada. Ademais, reprisa a agravante que não
estão presentes os requisitos autorizadores à concessão da tutela antecipada. Pugna,
ainda, pelo afastamento da Súmula 7/STJ.
É o relatório.

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AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.345.905 - SP (2010/0155260-0)

RELATORA : MINISTRA NANCY ANDRIGHI


AGRAVANTE : COOPERATIVA HABITACIONAL DOS BANCÁRIOS DE SÃO
PAULO - BANCOOP
ADVOGADO : ALESSANDRO VIETRI E OUTRO(S)
AGRAVADO : ASSOCIAÇÃO DOS ADQUIRENTES DE APARTAMENTOS
DO CONDOMÍNIO CONJUNTO DOS BANCÁRIOS HORTO
FLORESTAL
ADVOGADO : THELMA LARANJEIRAS SALLE
RELATORA: MINISTRA NANCY ANDRIGHI
VOTO
A decisão agravada foi assim fundamentada:
- Da violação do art. 535 do CPC
No acórdão recorrido não há omissão, contradição ou obscuridade. Dessa
maneira, o art. 535 do CPC não foi violado.
- Do reexame de fatos e provas
Alterar o decidido no acórdão impugnado, no que se refere: i) ao fim
institucional previsto no Estatuto Social da agravada, com o fito de definir se
preenche, ou não, os requisitos para que a demanda siga sob o rito especial do
CDC e da Lei da Ação Civil Pública; e ii) a presença dos requisitos
autorizadores à concessão do pleito da tutela antecipada, exige o reexame de
fatos e provas, o que é vedado em recurso especial pela Súmula 7/STJ (e-STJ
fls. 1099/1100).
Pela análise das razões recursais apresentadas, verifica-se que a agravante
não trouxe qualquer argumento novo capaz de ilidir os fundamentos da decisão agravada.
De fato, o acórdão recorrido não incorreu em negativa de prestação
jurisdicional, de modo que não há que se falar em violação do art. 535 do CPC.
Isso porque, se o o TJ/SP entendeu tratar-se de ação coletiva, não se pode
considerar que não observou os requisitos autorizadores de seu ajuizamento, o que
também tornaria inviável o afastamento da aplicação da Súmula 7/STJ.
Reitera-se a aplicação do mesmo óbice sumular no que concerne à presença
dos requisitos autorizadores à concessão do pleito da tutela antecipada, já que exigiria o
reexame de fatos e provas, o que é vedado a esta Corte.
Desta feita, a decisão agravada deve ser mantida.
Forte em tais razões, NEGO PROVIMENTO ao agravo no agravo de
instrumento.

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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
TERCEIRA TURMA

AgRg no
Número Registro: 2010/0155260-0 Ag 1.345.905 / SP

Números Origem: 19652006 5426144 994070375140 9940737514050002


EM MESA JULGADO: 08/02/2011

Relatora
Exma. Sra. Ministra NANCY ANDRIGHI
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro MASSAMI UYEDA
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. MAURÍCIO DE PAULA CARDOSO
Secretária
Bela. MARIA AUXILIADORA RAMALHO DA ROCHA
AUTUAÇÃO
AGRAVANTE : COOPERATIVA HABITACIONAL DOS BANCÁRIOS DE SÃO PAULO -
BANCOOP
ADVOGADO : ALESSANDRO VIETRI E OUTRO(S)
AGRAVADO : ASSOCIAÇÃO DOS ADQUIRENTES DE APARTAMENTOS DO
CONDOMÍNIO CONJUNTO DOS BANCÁRIOS HORTO FLORESTAL
ADVOGADO : THELMA LARANJEIRAS SALLE
ASSUNTO: DIREITO CIVIL - Empresas - Espécies de Sociedades - Cooperativa

AGRAVO REGIMENTAL
AGRAVANTE : COOPERATIVA HABITACIONAL DOS BANCÁRIOS DE SÃO PAULO -
BANCOOP
ADVOGADO : ALESSANDRO VIETRI E OUTRO(S)
AGRAVADO : ASSOCIAÇÃO DOS ADQUIRENTES DE APARTAMENTOS DO
CONDOMÍNIO CONJUNTO DOS BANCÁRIOS HORTO FLORESTAL
ADVOGADO : THELMA LARANJEIRAS SALLE

CERTIDÃO
Certifico que a egrégia TERCEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:

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Superior Tribunal de Justiça
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto
do(a) Sr(a). Ministro(a) Relator(a). Os Srs. Ministros Massami Uyeda, Sidnei Beneti, Paulo de
Tarso Sanseverino e Vasco Della Giustina (Desembargador convocado do TJ/RS) votaram com a
Sra. Ministra Relatora.
Brasília, 08 de fevereiro de 2011

MARIA AUXILIADORA RAMALHO DA ROCHA


Secretária

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