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INTRODUÇÃO GLOSSÁRIO

MATERIAL MÍNIMO JUSTIFICATIVAS FISIOLÓGICAS


PADRÕES DE MOVIMENTO CINESIOALONGAMENTO
PRESCRIÇÃO DE CARGA PADRÕES DO CINESIOALONGAMENTO
SÉRIES, REPETIÇÕES E INTERVALOS RESUMO METABÓLICO
SEQUÊNCIA ABSOLUTA REFERÊNCIAS
CAPÍTULO 01 O mesmo profissional da fisioterapia pode aplicar padrões de
movimento com os fundamentos do STS, sem caracterizar uma
sessão com todos os fundamentos. Da mesma forma, em uma
1. INTRODUÇÃO sessão de aula de grupo, em academia ou em empresas, o
profissional de educação física pode aplicar muitos fundamentos do
A partir da década de 90, houve um aumento significativo de STS, como em uma sessão circuito.
produções científicas que comprovassem os benefícios dos exercícios
resistidos (glicolíticos) sobre as populações especiais, onde se O que caracteriza principalmente o método é que o mesmo se
enquadram os idosos, diabéticos, hipertensos e obesos. Já que a vale da monitorização contínua da freqüência cardíaca enquanto o
referência de exercício para esta população seria a aplicação de paciente realiza os padrões funcionais de exercício, não permitindo
exercícios aeróbios (oxidativos), poucas eram as metodologias que que a mesma fique abaixo ou acima da faixa de treinamento, ou
direcionavam seus focos para o exercício resistido, ou musculação tratamento.
propriamente dita.
A ênfase do Método STS de Musculação Terapêutica consiste
Aproveitando estes referenciais científicos, foi moldado o Método em permitir que indivíduos sedentários, ou clinicamente sedentários,
STS (Strength Training Strategies) de Musculação Terapêutica. obtenham um perfil de trofismo muscular de aspecto funcional.
Onde o STS é a abreviação da aplicação de “estratégias para a Assim, como os mesmos encontram-se com uma capacidade de
aplicação de treinamentos e tratamentos de força”, já que o termo trofismo e força abaixo do normal, o método procura somente
“Strength Training” era, e ainda o é, encontrado em grande número de normalizá-los, ou prepará-los para um trabalho físico mais
artigos científicos relativos ao exercício resistido. específico, como uma determinada modalidade esportiva. Em função
deste aspecto, não costumamos dizer que a musculação com esta
O que este Método possui como fundamento e estratégia, é a característica promova a hipertrofia muscular, e sim desenvolva o
aplicação de 05 (cinco) pilares neurofisiológicos, que foram discutidos trofismo funcional. Pois, a partir do momento que o indivíduo passar
exaustivamente, ao longo de 10 anos (de 1989 a 1999) pela equipe de a possuir um grau de força e de trofismo normais, ele possuirá
profissionais do Centro Brasileiro de Fisioterapia (CEBRAF), para que condições de ingressar em treinamento físico específico com ênfase
atingisse o formato atual. Os fundamentos são: à hipertrofia propriamente dita.
• Controle contínuo da freqüência cardíaca; Como não entendemos o Método STS como fisiculturismo, não
• Execução de movimentos funcionais; lhe impomos o crivo de técnicas desta modalidade. Pois o público
• Estímulo óculo-motor;

• Estímulo pelo toque;


alvo da Musculação Terapêutica possui um padrão diferenciado e é
• Comando verbal.
de uma quantidade muito maior que a população que busca o
fisiculturismo. Além de tudo, a busca principal do público que
necessita da Musculação Terapêutica, é por qualidade de vida.
A Metodologia STS pode ser aplicada de forma completa, ou em
partes. Como exemplo de execução completa, é a atuação do
profissional de educação física em aplicação de sessão de Personal
Training, ou de um fisioterapeuta na aplicação da cinesioterapia
contra-resistida de uma sessão de fisioterapia.
2. MATERIAL MÍNIMO UTILIZADO PELO MÉTODO STS
Procuramos executar uma periodização, onde o macro-ciclo de trabalho
procura realizar uma intersecção entre a curva da regressão calórica e a da
progressão da atividade de Musculação Terapêutica. Todos os padrões de
exercício de membro superior no Método STS podem ser realizados com
pesos livres, tais como halteres e caneleiras. Alguns equipamentos de
musculação (máquinas) possuem capacidade para realizar os padrões de
movimentos funcionais exigidos pelo Método STS.

Existem algumas vantagens de se executar o trabalho de musculação


com pesos livres, onde podemos apresentar as seguintes considerações:

•Equilíbrio e habilidade - Levantar pesos livres estimula mais o equilíbrio


e a habilidade motora do que os aparelhos. Mais fibras musculares e
terminações nervosas (unidades motoras) são utilizadas para equilibrar o
Na busca pelo aspecto funcional ideal, e conseqüentemente estético, o peso durante o movimento. Esta atitude é funcional em relação às tarefas
Método STS de Musculação Terapêutica, quando acompanhado de dieta do dia a dia, e assim os músculos auxiliares também são desenvolvidos,
(regime) de regressão calórica (obviamente quando o paciente, cliente ou uma vez que precisam trabalhar sinergicamente com os motores primários.
aluno necessitar), apresenta seus melhores resultados, em relação ao
tempo de manutenção do aspecto estético-funcional, quanto em relação à •Biomecânica - Pesos livres acomodam a alavancagem natural do corpo e
velocidade deste ganho. Este desempenho pode ser demonstrado na forma as mudanças na força gerada em toda a extensão do movimento.
do gráfico abaixo:
•Plano de Movimento - Barras e pesos livres permitem que os membros
se movam em seus arcos naturais e funcionais. Isso ajuda a desenvolver a
coordenação motora e facilita o desenvolvimento da força.

•Variedade - Muitas e diferentes variações do mesmo exercício, ou padrão


do Método STS, podem ser executadas com pesos livres, aumentando ou
diminuindo o grau de dificuldade do movimento, o que caracteriza aumento
da carga sem mudar o peso absoluto. Ao realizarmos a atividade contra-
resistida do Método STS de Musculação Terapêutica, com pesos livres ou
máquinas, estaremos executando uma atividade onde o gasto energético,
baseado pelo aumento da freqüência cardíaca, possa se enquadrar em
leve, moderada ou intensa. Este consumo calórico é beneficiado pelas
modificações agudas e crônicas induzidas pelo exercício com pesos.

Assim podemos dizer que o Método STS potencializa o gasto energético


com segurança, com exercícios aeróbios e anaeróbios concomitantes. E
por realizar caracteristicamente movimentos funcionais, estimula o sistema
neuromotor a manter por um tempo maior o resultado tensional e
metabólico, do exercício contra-resistido.
3. PADRÕES DE MOVIMENTO DO MÉTODO STS

São chamados de padrões de movimentos, os exercícios do Método


STS de Musculação Terapêutica, e são em número de 16 (dezesseis),
aplicados em um macro-ciclo de trabalho, dividido em 03 (três) fases:
Fase de Choque, Fase de Adaptação e Fase de
Condicionamento.Estes padrões não são fixos, isto é, os exercícios não
são iguais, eles podem aumentar ou diminuir o seu grau de dificuldade, e
através das primeiras sessões, chamadas experimentais, descobre-se
quais são estes graus.

Com um grau de dificuldade mais baixo diminui-se a carga física de


trabalho imposto, e um grau de dificuldade mais alto aumenta-se a carga
física de trabalho imposto. O maior ou menor grau de dificuldade é
verificado pelo aumento ou diminuição da freqüência cardíaca monitorada.
Existem padrões de massa e padrões alternados. Alguns padrões de
massa são também excelentes corretores posturais.
Planilha 01 – MMSS
Nos padrões de massa os membros movimentam-se juntos. São
considerados padrões "primitivos” de movimento, de acordo com o
processo neuroevolutivo. Os padrões são executados de forma seqüencial
e progressiva, respeitando a forma de micro-ciclo em “dente de serra”,
cuja característica principal é a de corresponder à curva cardíaca de
progressão e recuperação. Assim, as freqüências cardíacas máximas
atingidas pelos padrões subseqüentes devem ser maiores que as
anteriores, até se atingir o padrão de pico. A partir deste, as freqüências
cardíacas máximas devem ser regressivas.

Para a sessão de membros superiores, a freqüência cardíaca de pico


ocorre no quarto padrão de movimento, e na sessão de membros
inferiores (que ocorre junto com a sessão de abdominais), ocorre no
quinto padrão.No trabalho personalizado, todo o processo de execução do
método é registrado em uma planilha, (que gera um gráfico) por dia de
sessão.

Nesta planilha, procura-se ressaltar os erros, ou situações fora do


normal obtidas na sessão, em cor vermelha, com o objetivo de corrigi-los
na sessão subseqüente. As sessões são realizadas de forma diária
intercalada, sendo o ciclo composto de sessões de padrões diferentes, ou
seja, um dia de membros superiores por um dia de membros inferiores:
Planilha 02 – MMII
Os 04 (quatro) primeiros padrões de membros superiores, podem
ser realizados em postura bípede ortostática ou sentada.

Apresentamos padrões de grau médio de dificuldade, a partir da


posição inicial e apresentação da posição do frequencímetro cardíaco:

Planilha 03 – Circuito Completo

Fig. 04 - Posição do Frequencímetro.

Planilha 04 – Circuito de Abdominais

Fig. 05 - Modelo de Posição Inicial para Bíceps I – B1.


Fig. 08 - Bíceps II - B2. Padrão alternado, com halteres livres; movimentação
Fig. 06 - Modelo de Posição Intermediária Bíceps I - B1. Padrão de massa, com flexo-extensora de cotovelo em prono-supinação.
halteres livres; movimentação flexo-extensora de cotovelo em prono-supinação.

Fig. 09 - Bíceps II - B2. Padrão alternado, com halteres livres; movimentação


Fig. 07 - Modelo de Posição Final Bíceps I - B1 flexo-extensora de cotovelo em prono-supinação.
Fig. 12 - Deltóide II – D2. Padrão de massa, com halteres livres, flexão
Fig. 10 - Deltóide I – D1. Padrão de massa, com halteres livres; anterior do tronco, fixação de escápulas; movimentação de ombro abduzido
movimentação abdutora de ombro até 900 com rotação lateral. Modelo de em diagonal póstero superior. Modelo de Posição Inicial. Vista lateral.
Posição Inicial.

Fig. 13 - Deltóide II – D2. Padrão de massa, com halteres livres, flexão


Fig. 11 - Deltóide I – D1 - Padrão de massa, com halteres livres; anterior do tronco, fixação de escápulas; movimentação de ombro abduzido
movimentação abdutora de ombro até 900 com rotação lateral. Modelo de em diagonal póstero superior. Posição Inicial. Vista anterior.
Posição Final.
Fig. 14 - Deltóide II – D2. Padrão de massa, com halteres livres,
flexão anterior do tronco, fixação de escápulas; movimentação de
ombro abduzido em diagonal póstero superior. Posição Final.
Vista lateral. Fig. 16 - Peitoral I. P1. Padrão de massa, com halteres livres, ombros
abduzidos em rotação lateral; movimentação de fechamento anterior.
Posição Final.
Outros quatro padrões de membros superiores podem ser realizados
em postura deitada, em decúbito dorsal. Citamos padrões de grau médio
de dificuldade:

Fig. 15 - Peitoral I. P1. Padrão de massa, com halteres livres, Fig. 17 - Peitoral II. P2. Padrão alternado, com halteres livres, ombros
ombros abduzidos em rotação lateral; movimentação de abduzidos em rotação lateral; movimentação de fechamento anterior.
fechamento anterior. Posição Inicial. Posição Inicial igual a P1.
Fig. 18 - Tríceps I. T1. Padrão de massa, com halteres livres, ombros em
flexão a 900, cotovelo a 900 e punhos neutros; movimentação extensora Fig. 20 - Tríceps II. T2. Padrão alternado, com halteres livres, ombros em
de antebraço. Posição Inicial. flexão a 900, cotovelo a 900 e punhos neutros; movimentação extensora
de antebraço. A posição inicial é a mesma de T1.

Os 04 (quatro) primeiros padrões de membros inferiores com


abdominais são realizados em postura deitada, sendo os dois primeiros
em decúbito dorsal, e os dois subseqüentes em decúbito ventral.

As variações nas posturas iniciais devem ser o mais próximo possível


das posturas neuromotoras. Isto quer dizer que os mecanismos de
facilitações neurológicas que acontecem com os movimentos funcionais
devem ser reproduzidos, o máximo possível, nos padrões. do Método
STS Como exemplo, citamos o padrão de tríplice flexão por tríplice
extensão que acontece durante a marcha.

Assim, se necessitarmos executar um padrão onde acontece a flexão


do quadril, é interessante também executar a flexão do joelho e do
tornozelo. Pois neste exemplo teremos perfis de irradiação neurológica
nos segmentos distais, semelhantes ao ato de caminhar.
Fig. 19 - Tríceps I. T1. Padrão de massa, com halteres livres, ombros em
flexão a 900, cotovelo a 900 e punhos neutros; movimentação extensora
de antebraço. Posição Final.
Fig. 23 - Quadríceps II. Q2. Padrão alternado, com caneleiras,
Fig. 21 - Quadríceps I. Q1. Padrão de massa, com caneleiras, cotovelos cotovelos fletidos, antebraços apoiados no solo, flexão de quadris e
fletidos, antebraços apoiados no solo, flexão de quadris e joelhos, dorsi- joelhos, dorsi-flexão do pé, calcanhar sem apoiar no solo;
flexão do pé, calcanhar sem apoiar no solo; movimentação extensora de movimentação extensora de joelho. Posição inicial a mesma de Q1.
joelho. Modelo de Posição Inicial.

Fig. 24 - Isquiotibial I. IT1. Padrão de massa, quadris em abdução a


Fig. 22 - Quadríceps I. Q1. Posição Final. 450, joelhos sem apoiar no solo e estendido dorsi-flexão do pé;
movimentação flexora de joelho até 450.
Fig. 25 - Isquiotibial I. IT1. Padrão de massa, quadris em abdução a
Fig. 27 - G/S - Gastrocnêmio/sóleo - Realizado em postura bípede
450, joelhos sem apoiar no solo e estendido dorsi-flexão do pé;
ortostática ou sentado. Um grau médio de dificuldade é realizado com
movimentação flexora de joelho até 450.
halteres livres em MMSS, postura bípede ortostática, pés afastados na
largura dos ombros, joelhos semi-fletidos; movimentação de gastrocnêmio
e sóleo com elevação e abaixamento do corpo, sem apoiar o calcanhar no
solo

Os três últimos padrões, que constituem em padrões de abdominais,


não concorrem à seqüência da linha gráfica, pois existem diversos graus de
dificuldades. Porém devem possuir sempre:

ABD1 - Abdominal I - Padrão isométrico.


ABD2 - Abdominal II - Padrão com componente rotatório.
ABD3 - Abdominal III - Padrão sem componente rotatório.

Fig 26 - Isquiotibial II. IT2. Padrão alternado, quadris em abdução a


450, joelhos sem apoiar no solo e estendido dorsi-flexão do pé;
movimentação flexora de joelho até 450. Posição Inicial a mesma de
IT1.
4. PRESCRIÇÃO DE CARGA NO MÉTODO STS

Desta forma, no exemplo citado, o limite inferior passa a ser 91


Para ser submetido ao Método STS, o indivíduo precisa bpm . Assim mantendo esta linha de raciocínio, para o trabalho
possuir o valor da sua freqüência cardíaca máxima. Este valor pode sentado ou deitado não podemos permitir que o paciente passe para
ser calculado por várias fórmulas, ou obtido através de teste de freqüência cardíaca abaixo deste limite, reiniciando a série.
esforço clinico (ergoespirometria).
A carga externa é traduzida pela utilização de halteres livres e
Para desenvolver um melhor plano de execuções dos caneleiras. O peso livre máximo a ser utilizada é de 05 (cinco)
padrões em Musculação Terapêutica, ao término das Fases de Kilogramas, tanto para halteres como para caneleiras.
Choque e de Adaptação, solicitamos novo teste de esforço, pois por
adaptações crônicas, uma vez existindo nova freqüência cardíaca
máxima existirá nova freqüência cardíaca de repouso e novos
cálculos deverão ser feitos. 5. SÉRIES, REPETIÇÕES E INTERVALOS NO MÉTODO STS
Uma vez sabendo-se a freqüência cardíaca máxima a O número de séries do Método STS de Musculação
qual o paciente possa ser submetido, calcula-se a freqüência Terapêutica é no mínimo de 03 (três) e o máximo de 05 (cinco). O
mínima, para se caracterizar o início dos exercícios em uma faixa número de repetições é de no mínimo 08 (oito) e no máximo 12
leve de trabalho. Por exemplo, se a freqüência cardíaca máxima de (doze). Ainda existe o perfil de padrões em circuito onde o número
um determinado paciente for 190 bpm, e necessitarmos tratá-lo em de séries é de no máximo 02 (duas) e o número de repetições é de
uma faixa cardíaca do treino de 60% a 85% da sua freqüência 24 (vinte e quatro) ou 36 (trinta e seis), que equivale a três séries de
cardíaca máxima, possuirá um limite inferior de 114 bpm e superior oito sem intervalo, e três séries de doze sem intervalo.
de 152 bpm, e logicamente um trabalho moderado de 133 bpm em
média de freqüência cardíaca. Isso utilizando esta fórmula de Em se tratando de trabalho personalizado, onde submete-se o
predição. Mas, costumamos utilizar o protocolo suposto de cliente às planilhas, os intervalos entre as séries devem ser
Karvonen, que leva em consideração a frequência cardíaca de baseados no cálculo da Faixa de Treinamento, isto é, não devemos
reserva (para pessoas não comprometidas clínico- deixar a freqüência cardíaca no intervalo ficar em patamares
cardiologicamente): menores que o limite inferior. Para isto normalmente o intervalo não
deve ser menor que 30 (trinta) segundos e não deve ser maior que
Limite Inferior = (FCM - FCRep) x (60%) + FCRep um minuto e trinta segundos. Por isso todo o trabalho é realizado
Limite Superior = (FCM - FCRep) x (85%) + FCRep com monitoração cardíaca constante.
É importante não permitir que a freqüência cardíaca O método completo é composto, em média, de 90 (noventa)
fique abaixo do limite inferior da freqüência de treino no intervalo de sessões, que podem ser se divididas em três grupos de 30 (trinta)
repouso entre as series de exercício, caso isto esteja prestes a sessões, nas referidas fases de Choque, Adaptação e
acontecer deve-se iniciar nova série. Condicionamento, e o acompanhamento nutricional é de
fundamental importância no processo da composição corporal do
Os exercícios do Método STS podem ser realizados de paciente ou aluno, pois esta deve ser feita seguindo as regras de
pé, sentados ou deitados, e a freqüência cardíaca máxima é regressão e posterior adaptação calórica, para a manutenção ou
estipulada para o trabalho de pé. Para se manter um nível ideal de elevação da taxa metabólica de repouso.
trabalho cardíaco sentado ou deitado, convém observar uma
diminuição média de 20% no limite inferior para estas posturas.
Ainda dentro do método, quando realizado de forma completa, Para Abdominais utilizar grau de dificuldade baixo, e evoluir de acordo
existem nuances de sessões alternativas de alongamentos ativos com o perfil do gráfico. O número de repetições dos abdominais não
(Cinesioalongamento), sessões de circuito de abdominais e exercícios deve ultrapassar 24 no ABD3 e 48 no ABD2.
aeróbios longos.
• Começa-se a alternância entre sessões de membro superior e
inferior/abdominais. Ao término de cada mês de atividade realiza-se a
6. SEQÜÊNCIA ABSOLUTA DO MÉTODO STS análise de composição corporal. Durante as 30 (trinta) primeiras
sessões, realiza-se a cada 10 (dez) sessões uma sessão alternativa
• Determina-se, a partir do resultado de Teste de Esforço os (aeróbio longo e alongamentos, ou um ou outro). Até a 30a sessão,
limites superior, inferior e médio de treinamento. O limite inferior evita-se aumentar o grau de dificuldade, mantendo os padrões médios e
corresponde a 60% da freqüência cardíaca máxima obtida no Teste de aumentando o valor absoluto dos pesos. Modifica-se somente os Tipos
Esforço, e o limite superior corresponde a 85%. A faixa média de das séries: 3x8x16; 5x8x16; 3x10x20; 5x10x20; 3x12x24; 5x12x24,
treinamento corresponderá à media entre os limites superior e inferior. podendo saltar a seqüência caso o paciente evolua rapidamente.
Após as sessões experimentais, até a 45a sessão evolui-se as cargas
(peso absoluto e grau de dificuldade) de acordo com a intensidade final •A partir da 30a sessão, caso o paciente já tenha atingido o tipo máximo
do treinamento. Sendo considerado treino fraco se a média da soma ficar de Sessão Simples (5x12x24), inicia-se as sessões de circuito com a
na faixa inferior (60 a 72% da FC Max) e treino forte se ficar na faixa seguinte seqüência: Circuito Simples 24x48; Circuito Simples 36x72;
superior (72 a 85%). Circuito Duplo Alternado 24x48; Circuito Duplo Contínuo 24x48; Circuito
Duplo Alternado 36x72 e Circuito Duplo Contínuo 36x72. Na faixa da 30a
• Elege-se o mecanismo ideal de preparação (esteira, bicicleta, a 60a evita-se aumentar o peso absoluto e dá-se ênfase a evolução dos
caminhada ou step) e inicia-se a preparação da sessão experimental, circuitos. Realiza-se a cada 10 (dez) sessões uma sessão alternativa
que não deve ultrapassar 20 (vinte) minutos e deve fazer com que atinja- (aeróbio longo e alongamentos, ou um ou outro e sessão de abdominais
se a freqüência média de treinamento. A partir do momento que o com preparação).
paciente sair das sessões experimentais (quanto menos sessões
experimentais melhor a habilidade motora do paciente e capacidade de •A partir da 60a sessão, caso o paciente já tenha atingido Circuito Duplo
predição de cargas do profissional) de preparação, deve-se utilizar Contínuo 36x72, com peso próximo ou igual a 5 kg, inicia-se as sessões
valores em carga que permita que por volta do primeiros 05 (cinco) de circuito completo intercaladas às sessões alternativas (aeróbio longo,
minutos o paciente atinja a faixa média de treino. alongamentos e abdominais). Nas últimas 20 sessões deve-se utilizar os
graus máximos de dificuldade e padrões variantes aos funcionais
• Inicia-se com sessão de membros superiores - Carga: mínima (principalmente D1 e D2).
(ex - 01 Kg); Intervalo: mínimo 30 seg e máximo 01 min/30 seg (ideal 45
segundos até a 30a sessão, e 30 segundos até a 90a ); Tipo: 03 séries
de 08 repetições nos padrões de massa e 16 repetições nos padrões 7. GLOSSÁRIO DO MÉTODO S.T.S
alternados.
• Academia Credenciada - São as academias ou centros de atividade
• inicia-se a sessão de membros inferiores e Abdominais - física especial, que possuem em seu quadro de profissionais Instrutores
Carga: mínima (ex - sem peso); Intervalo: mínimo 30 seg e máximo 01 ou Monitores de Musculação Terapêutica e que queiram formar Studio
min/30 seg (ideal 45 segundos até a 30a sessão, e 30 segundos até a ou Aplicar Sessões Circuito de STS.
90a ); Tipo: 03 séries de 08 repetições nos padrões de massa e 16
repetições nos padrões alternados.
• Aeróbio Longo - Sessão alternativa de STS com modalidade de • Circuito Simples - São circuitos com execução única por padrão de
exercícios ausentes de padrões, e utilizando os exercícios aeróbios movimento. O menor valor do circuito simples é de 24 (vinte e quatro)
clássicos, tais como: caminhada, corrida, esteira, bicicleta ou natação. O repetições. Nos padrões de movimento alternados (um segmento em
aeróbio Longo, na Fase de Choque de STS, deve preferencialmente, ser o alternância de movimento com o outro) a contagem de um circuito
mesmo eleito para a preparação (exceto para o caso de Step), e o seu simples é de 48 (quarenta e oito) repetições. Nos circuitos simples de 36
tempo o dobro do utilizado na preparação. (trinta e seis) repetições, os padrões de movimentos alternados possuem
contagem de 72 (setenta e dois) movimentos.
•Boa base - Comando verbal, por parte do profissional, de melhora do
posicionamento do paciente para executar padrões em postura bípede. •Empresa Credenciada - Unidade Fabril ou Administrativa onde ocorra
a aplicação de Musculação Terapêutica Empresarial.
•Boa série - Comando verbal, por parte do profissional, incentivando a
perfeita execução por parte do paciente. •Fase de Adaptação - Fase que dura da 30ª a 60ª sessão do Método
STS de Musculação Terapêutica.
• Cinesioalongamento - Também chamado de alongamento ativo, flexo-
alongamento ou alongamento proprioceptivo. Uma sessão de STS • Fase de Choque - Fase que dura a aplicação das 30 (trinta) sessões
alternativa que possua alongamento deve ser composta de manuseio iniciais do Método STS de Musculação Terapêutica.
inicial do profissional seguido do alongamento ativo do paciente, em
padrões funcionais e controle contínuo da frequência cardíaca.
•Fase de Condicionamento - Também chamada de Fase de Desmame,
e que vai da 60a a 90a sessão do Método STS de Musculação
•Circuito - São séries de movimentos com número elevado de repetições. Terapêutica.
Os circuitos são realizados quando o paciente já terminou a fase inicial de
Musculação Terapêutica. Os circuitos podem ser de 24(vinte e quatro) ou
•Grau de Dificuldade - Alterar o grau de dificuldade para mais ou menos
implica em gerar mudança na posição para a execução do movimento do
36(trinta e seis) repetições.
padrão. A mudança nos braços de alavanca e posições indutoras a
maior ou menor grau de isometria muscular caracteriza o grau de
•Circuito Completo - Sessões de circuito que utiliza na mesma sessão
dificuldade.
Padrões de Membros Superiores e Membros Inferiores com Abdominais.
Só deve ser utilizada a partir da 60a sessão. • Instrutor Máster - Profissionais Fisioterapeutas, Médicos ou
Educadores Físicos com certificação de Instrutores Plenos, com mais de
•Circuito Duplo - São circuitos com execução duplicada por padrão de
03(três) anos de atuação aprovados em Prova de Suficiência do
movimento, isto é, dois circuitos simples. A execução destes Circuitos
IBRATE.
duplos só acontecerá após o paciente ter completado a maior série de
circuito simples, que é a de 36x72. O Circuito Duplo possui duas •Instrutor Pleno - Profissionais Fisioterapeutas, Médicos ou Educadores
modalidades de execução, que possui graus de dificuldade progressivos:
Físicos que realizaram as 20 horas do Curso Básico, 20 horas do Curso
O Circuito Duplo Alternado e o Circuito Duplo Contínuo.
avançado e 20 horas do Estágio de Capacitação ou que possuam o
Curso de Extensão ou Especialização (Pós-graduação).
•Circuito Duplo Alternado - É o circuito duplo onde a sessão de STS é
executada de forma a se realizar um circuito simples, e logo em seguida • Instrutor Sênior - Profissionais Fisioterapeutas, Médicos ou
se realizar outro circuito simples.
Educadores Físicos com certificação de Instrutores Master, com mais de
03 (três) anos de atuação, ou Instrutores Plenos com mais de 06 (seis)
• Circuito Duplo Contínuo - É a modalidade de aplicação de circuito
anos de atuação, aprovados em Prova de Suficiência da ABMT
simples, de forma duplicada por padrão de movimento, isto é, repete-se
(Associação Brasileira de Musculação Terapêutica). Os Instrutores
duas vezes o padrão de movimento até o final da sessão. O Circuito Duplo
Sêniors podem ministrar curso de Formação em Musculação
Contínuo possui grau de dificuldade maior que o Circuito Duplo Alternado.
Terapêutica;
•Intensidade Forte da Sessão - A sessão de STS pode ser considerada •Padrões Variantes - São modalidades de padrões de movimento que
forte quando o somatório das Freqüências Cardíacas Máximas (FCM), são empregados de acordo com a utilização específica de determinado
resguardando a compensação para os padrões executados em posição grupamento muscular nas atividades de vida diária dos pacientes (ou
sentada ou deitada, produz um valor acima da freqüência cardíaca empregados de uma empresa). Os padrões variantes só devem ser
média de tratamento. utilizados a partir da 60ª sessão.

• Intensidade Fraca da Sessão - A sessão de STS pode ser •Posição - Comando verbal para iniciar nova série após o comando de
considerada fraca quando o somatório das Freqüências Cardíacas interrupção de intervalo.
Máximas (FCM), resguardando a compensação para os padrões
executados em posição sentada ou deitada, produz uma média abaixo • Prepara - Comando verbal de interrupção de Intervalo.
da freqüência cardíaca média de tratamento.
• Preparação - É a modalidade de atividade inicial utilizada no Método
•Movimento - Comando verbal de início imediato de nova série após o STS para se elevar a freqüência cardíaca do paciente até a faixa de
comando de posição. freqüência cardíaca estipulada.

•Movimentos Funcionais - Movimentos que respeitam a formação dos •Sessão Circuito - Sessão de Musculação Terapêutica aplicada a
sistemas articular e muscular para a execução dos planos de grupos homogêneos de condicionamento físico.
movimento, permitindo que durante a sua atividade normal se reestimule
a musculatura trabalhada, ou seja, são movimentos que trabalham os •Sessão de Abdominais - Sessão alternativa de STS, que só deve ser
músculos com os movimentos a eles destinados cinesiologicamente. utilizada à partir da 30ª sessão.

• Musculação Terapêutica - Trabalho físico que objetiva o ganho de •STS - Strength Training Strategies - Estratégia de Treinamento de
trofismo funcional. Força, ou Estratégia de Treinamento com Cargas.

• Musculação Terapêutica Empresarial - Cinesioterapia Contra- •Studio de STS - Consultório, ou Centro de Atividade Física Especial
resistida aplicada a contingente de funcionários, após avaliação físico- preparado especificamente para o atendimento personalizado de
funcional de unidades fabris ou administrativas. Musculação Terapêutica.

• Padrão Alternado - Padrão de movimento onde os dois segmentos •Trofismo Funcional – Desenvolvimento de força e volume muscular a
realizam os movimentos de forma alternada corresponde a uma escala níveis de normalidade de funcionamento ideais para não
mais evoluída no desenvolvimento do sistema nervoso, com inervação comprometimento da saúde e qualidade de vida.
recíproca e cruzada já desenvolvidas.

• Padrão de Massa - Padrão de Movimento onde os dois segmentos


realizam o movimento de forma não alternada, corresponde a uma
escala mais primitiva no sistema neuroevolutivo, com descarga eferente
equivalente para os dois segmentos.

• Padrão de Movimento - É realização do movimento dentro da


utilização do principal grupamento muscular a ser trabalhado na
funcionalidade. Os padrões de movimento do Método STS podem
possuir diversos exercícios, com maior ou menor grau de dificuldade
para a sua execução, mas, todos possuem necessariamente perfis
funcionais.
CAPÍTULO 02 A unidade motora é composta por corpo celular, dendritos, axônio e
ramos, e pelas fibras musculares inervadas pelos motoneurônios alfa.
Cada neurônio pode terminar em 2000 fibras musculares, apresentando
JUSTIFICATIVAS FISIOLÓGICAS DO MÉTODO STS uma média de 100-200 fibras para cada neurônio. Essas não ficam
localizadas no mesmo fascículo e nem arranjadas em feixes, porém,
O foco do Método STS de Musculação Terapêutica é melhorar encontram-se espalhadas sobre o músculo. Ao ser ativada a unidade,
ou manter a força muscular e a flexibilidade articular. Estas valências todas as fibras de sua competência se contraem em milisegundos,
físicas quando diminuídas, são capazes de interferir com a motricidade existindo para cada tipo de unidade motora fibras oxidativas de contração
humana, prejudicando sua performance e invariavelmente determinam lenta (Tipo I), de contração rápida (Tipo IIa) e as glicolíticas de contração
escores menores de qualidade de vida. Assim, para empreender também rápida (Tipo IIb), possuindo um determinado tipo de unidade
justificativas fisiológicas da metodologia STS, convém relacioná-la correspondente à mesma. Elas são predeterminadas geneticamente,
com os conceitos destas valências, fundamentando inicialmente com contudo com o treinamento específico, estas podem ser aumentadas.
os tipos de fibras musculares envolvidas no processo, junto com a sua Quadro 1.2.
bioenergética, a fisiologia da contração muscular, os tipos de
movimentação que envolve a musculação, e finalmente o estudo da
força.

1. O TECIDO MUSCULAR

O sistema nervoso comanda através dos gânglios da base e


cerebelo, as atividades das vias descendentes que levam
informações do encéfalo ou tronco encefálico sobre o movimento
até os motoneurônios inferiores, localizados na medula espinhal.
Neste local ocorre uma interação entre neurônios com a finalidade
de levar a resposta motora para os músculos, visto que essas
fibras nervosas inervam as musculares. Os motoneurônios
superiores que possuem seus corpos, no córtex ou no tronco
encefálico e, cujos axônios cursam as vias descendentes, são De Kraus W. Skeletal muscle adaptation to chronic low-frequency nerve stimulation.
responsáveis por movimentos grosseiros, aprendidos e voluntários. Exerc Spor Sci Rev, 1994; 22:313, e Chiesa;1999,Fleck & Kraemer;1999, Bacurau,
2000.
Os motoneurônios inferiores podem ser de dois tipos, alfa e gama,
estes possuem seus corpos celulares no corno ventral da medula e Os motoneurônios alfa conduzem os impulsos em altas velocidades,
seus axônios se projetam no músculo esquelético extrafusal e nas acima de 100 m/s, geram freqüências de alto grau de contração no músculo
fibras intrafusais do fuso muscular. Os neurônios motores alfa variando de 30 a 40 ms e inervam as unidades glicolíticas, sendo
apresentam corpos celulares grandes e calibrosos, axônios responsáveis pela atividade muscular de contração rápida, porém essas se
mielinizados, enquanto os do tipo gama têm axônios médios fadigam rapidamente. As proporções rápidas de neurônio para fibras
mielinizados. auxiliam atividades que utilizam potência e velocidade, como corridas de
velocidade, levantamento de peso e saltos. Já as unidades do tipo IIa,
Os axônios de alfa se ramificam em várias terminações conforme apresentam freqüências de contrações rápidas, porém são mais resistentes
se aproximam do músculo, estas acabam em uma só fibra à fadiga, criando tensões moderadas por períodos mais longos de tempo.
muscular na junção muscular. As do tipo I, geram baixas freqüências de contração, tendo sua tensão
sustentada por um longo período, possuindo um papel fundamental na
manutenção da postura, articulações e exercícios repetitivos.
A miofibrila exibe uma estrutura longitudinal repetitiva chamada de
O potencial de ação é dado com um impulso nervoso que se
sarcômero. O sarcômero possui várias bandas distintas: uma banda
propaga pelo axônio, com a mesma amplitude, até chegar na placa
opticamente menos densa chamada de banda I e uma banda mais
motora terminal. Ao passar por esta o mesmo percorre o músculo
densa chamada de banda A. A banda I tem uma linha densa em seu
desencadeando a produção de pontes transversas e o encurtamento
centro chamada de linha ou disco Z e no centro da banda A temos a
dos sarcômeros no músculo. Ao gerar múltiplos desses potenciais
linha ou disco M. Circundando a linha M existe uma zona menos densa
seqüenciados e próximos, são criados os movimentos. Outros
na banda A chamada de zona H. Um corte transversal do sarcômero
interneurônios e neurônios possuem a capacidade de se comunicar
revela que este padrão de bandas e linhas resulta da interdigitação de 2
com a unidade motora responsável pelo potencial de membrana,
tipos de filamentos, os filamentos grossos e finos.
através de ramos pequenos, que podem ser excitadores ou inibidores
do mesmo. Esse estímulo deve ser forte o suficiente para produzir uma
resposta no neurônio com que se conecta, já que este possui amplitude
modificável ao longo do trajeto, diferindo do potencial de ação.

A ordem de recrutamento dos motoneurônios alfa é o principal


mecanismo para a produção de força no músculo, esta se dá na ordem
crescente, assim os axônios menos calibrosos, com menos velocidade
de condução, inervam as fibras lentas, enquanto que os axônios de
maior calibre e com velocidade elevada de condução, inervam as
rápidas. Contudo, existem exceções à regra de que músculos lentos
são recrutados primeiro. O recrutamento das unidades é realizado de
forma não sincronizada, tendo sua ativação espaçada temporalmente e
somada com a atividade da unidade motora precedente, permanecendo
ativas até que a força decline, ocorrendo a desativação das unidades,
só que na ordem contrária de ativação.

A freqüência de disparo dessas unidades pode também influenciar


na quantidade de força ou tensão produzida pelo músculo, variando
Fig. 1.2. Esquema do sarcômero, mostrando a contração
com o tipo de fibra e modificando com o tipo de movimento.
Eventualmente, esta freqüência diminui durante qualquer contração muscular.
muscular contínua, quer seja leve ou vigorosa.
  Existe um retículo endoplasmático (chamado de retículo
O músculo esquelético representa, na maioria dos mamíferos, quase sarcoplasmático) que forma uma rede de vesículas e cisternas que
50% do peso corporal e contém mais da metade da água existente no rodeia a região da banda A. Em torno da linha ou disco Z este
corpo. Ele é formado por fibras musculares que são células cilíndricas retículo apresenta-se como um canal contínuo denominado cisterna
com até 100 núcleos, envolvidas por uma membrana excitável terminal. O retículo representa 8 a 10% do conteúdo celular e serve
chamada sarcolema. O citoplasma destas células recebe o nome de como reservatório de cálcio (Ca), que é bombeado do citosol e
sarcoplasma. Nele estão presentes as proteínas contráteis, organizada miofibrilas por uma cálcio ATPase eficiente.
em forma de filamentos, dispostas paralelamente ao eixo maior das
células. Estes filamentos são chamados de miofilamentos são as Existe também um sistema de túbulos e invaginações do
miofibrilas sarcolema que interage com o retículo sarcoplasmático. Este é
chamado de túbulos T ou transverso e são importantes para a
condução do sinal nervoso da periferia para o centro da fibra
muscular.
Fig. 2.2. Esquema do Sistema de túbulo T e interação com a miofibrila.

A observação ao microscópio das fibras musculares comprovou que os


filamentos grossos são formados pela proteína miosina e os filamentos
finos pela proteína actina. Na verdade, o filamento fino contém mais duas
proteínas chamadas de tropomiosina e troponina. Fig. 3.2a. Desenho esquemático da miosina, da actina e do sítio ativo.

A miosina é formada por seis cadeias peptídicas: as duas cadeias


Existem ainda no sarcômero, proteínas denominadas alfa actinina,
maiores enrolam-se para formar a parte linear e na parte aminoterminal
desminas e vimentina que servem para fixar a actina na região do disco
assumem aspecto globular. As 4 cadeias menores estão ligadas duas a
Z. Existe também uma grande proteína, a nebulina, que cobre toda a
duas na parte globular de cada cadeia maior . A porção globular contém a
extensão do filamento fino.
região de ligação com o ATP.
A linha M também organiza o filamento grosso. Ele contém as
No filamento fino, existe a actina, constituída de uma única cadeia
proteínas paramiosina, proteína C e proteína M. Outra classe de proteína
peptídica globular, quase esférica (G actina), ligados sob a forma de uma
chamada de titinas, a maior proteína conhecida de uma única cadeia
fita denominada F actina. A tropomiosina é composta por duas cadeias
peptídica, liga o filamento grosso ao disco Z. Acredita-se que a nebulina
peptídicas e parece funcionar como um suporte para a cadeia de actina.
e titina servem como "réguas moleculares" para regular o comprimento
Em uma de suas extremidades sempre existe uma molécula de outra
dos filamentos finos e grossos respectivamente.
proteína, a troponina.
A titina estende do disco Z à linha M, regulando o comprimento do
No filamento fino a proporção entre as três proteínas é de 7 G actinas
sarcômero e prevenindo a super extensão do músculo. O comprimento
para uma tropomiosina e uma troponina.
de um sarcômero varia de um tecido muscular a outro em organismos
vertebrados, o que é atribuído em grande parte à expressão de
diferentes variantes de titina.
4. Isso causa a movimentação da cabeça da miosina que toma a
conformação original do estado de repouso, empurrando a cauda da
miosina em direção ao disco Z. O ADP é então liberado, completando o
ciclo. Cada ciclo gera uma força de três a quatro piconewtons que move o
filamento grosso 5 a 10 nm em relação ao filamento fino.

Fig. 3.2b. Sarcômero esquemático com miosina, actina e da rede de ancoragem.

1. 1 MECANISMO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR

A teoria do deslizamento foi idealizada para explicar a


contração muscular. Por esta teoria, os filamentos finos
deslizam entre os filamentos grossos no sentido da zona H
Fig. 4.2. Mecanismo bioquímico da contração muscular.
(centro do sarcômero). A idéia veio porque durante a
contração, o comprimento da banda A não se altera, enquanto o
da banda I diminui e pode até desaparecer. Atualmente sabe- Como há muitas cabeças de miosina em um filamento grosso, em um
se que a contração muscular ocorre em um ciclo em 4 estágios. dado momento sempre haverá certa proporção (1 a 3%) de cabeça de
miosina ligada ao filamento. Isso impede que a miosina escorregue para
1. O ATP liga-se à miosina e abre-se uma fenda na molécula da trás quando é liberada da unidade de actina. Os filamentos grossos assim
miosina, rompendo a interação entre actina e miosina e liberando a deslizam ativamente em direção aos filamentos finos. Este processo,
actina. coordenado entre os inúmeros sarcômeros na fibra muscular, leva à
contração muscular.
1. O ATP é então hidrolisado, causando modificações conformacionais
na proteína dando-a um estado de 'alta energia" que move a cabeça Os sinais que levam à interação da miosina com a actina são
da miosina e muda sua orientação em relação ao filamento fino de regulados pelos impulsos nervosos. A regulação é mediada pela
actina. O complexo ADP-Pi- miosina então liga-se a uma tropomiosina e troponina. A tropomiosina liga ao filamento fino,
subunidade da F actina mais próxima do disco Z. A ligação com a bloqueando o sítio de ligação da miosina à actina. A troponina é uma
actina induz a liberação do Pi da molécula de miosina. proteína que se liga ao Cálcio. O impulso nervoso causa liberação do
cálcio do retículo sarcoplasmático. O Cálcio liberado liga-se à troponina e
1. Como o fosfato é liberado da miosina, uma nova conformação é causa uma mudança conformacional no complexo troponina-tropomiosina,
assumida, fechando a fenda na miosina e propiciando então uma expondo os sítios de ligação da miosina no filamento fino, possibilitando a
interação forte da miosina com a actina. contração muscular.
1.2 TIPOS DE CONTRAÇÃO MUSCULAR 2. A FORÇA NO
MÉTODO STS
A maior e mais freqüente fonte de força gerada no corpo humano é
pela contração dos músculos, sendo que estes nunca se contraem O exercício resistido, ou treinamento de força, também
isoladamente pois isto produziria um movimento não funcional conhecido como treinamento com pesos, tornou-se uma das formas mais
estereotipado. conhecidas para melhorar a forma física; as pessoas que participam de um
programa de treinamento de força esperam que o programa ofereça
Por exemplo, a contração isolada do bíceps braquial produziria flexão benefícios como aumento de força e tamanho dos músculos, desempenho
no cotovelo, supinação no antebraço e flexão do ombro. Ao invés disso, esportivo e diminuição da porcentagem de gordura corporal; um programa
diversos músculos em uma refinada combinação de forças contribuem de treinamento bem planejado pode produzir esses benefícios.
para produzir a força desejada e o resultante movimento. Existem três
tipos de contração muscular: Como nas atividades de vida diária, sempre se utilizam
movimentos contra-resistência, é compreensivo que o fortalecimento
•Isotônica - Consistem no tipo mais conhecido de contração muscular. muscular traga muitos benefícios para os praticantes, não devendo ser
Caracterizam-se principalmente pelo encurtamento do músculo com subestimada a sua importância para a manutenção da saúde e estética
tensão constante ao levantar uma carga. Dividem-se em dois subtipos: corporal.
A força contribui para o desempenho no trabalho e no
• Concêntricas; esporte, e o treinamento de força causa estresse nos ossos, o que reduz o
• Excêntricas. risco de osteoporose, e a musculação tem demonstrado ser a mais
eficiente forma de treinamento físico para estimular mudanças favoráveis
As contrações isotônicas concêntricas são aquelas onde as na composição corporal e que as qualidades de aptidão mais estimuladas
extremidades aproximadas. Já com a contração isotônica pela musculação também são as mais importantes para a vida diária e para
excêntrica fenômeno oposto ocorre, ou seja, a resistência ao o trabalho físico.
músculo supera a força muscular e as extremidades do músculo Várias definições de força são apresentadas em vasta
são afastadas. No padrão B1 do Método STS este tipo de literatura a respeito de exercícios físicos, mas o mais importante é
contração fica caracterizado quando o peso levantado volta a compreender que independentemente da definição ela sai inicialmente do
sua posição inicial, fazendo com que as extremidades do campo físico (biomecânico) para demonstrar que se trata de uma, ou várias
bíceps braquial sejam afastadas. resultantes, isto é, conseqüência de aplicação de vetores. E para o Método
STS de Musculação Terapêutica, o parâmetro de força buscado, é
•Isométrica - Neste tipo de contração o músculo produz força conhecido como grau de força funcional. Isto quer dizer que o resultado
sem alteração macroscópica no ângulo da articulação, ou seja, sobre o tecido muscular, não se trata de hipertrofia, e sim de trofismo
não há mudança no comprimento do músculo. funcional.
É interessante esta discussão a respeito do próprio
•Isocinética - Neste tipo de contração a força gerada pelo conceito de trofismo, pois entendemos que o termo hipertrofia, por via
músculo ao encurtar-se com velocidade constante teoricamente direta, fornece padrões de força acima do normal (funcional), assim como
é máxima durante toda a amplitude do movimento. O trabalho hipotrofia caracteriza padrões de força abaixo do normal. Assim, a
com este tipo de contração normalmente exige um equipamento metodologia STS foge do tradicional em relação à nômina hipertrofia,
especial criado para permitir uma velocidade constante de preferindo dizer que o seu objetivo é aumentar a força e o trofismo, até que
contração, não importando a carga. ambos atinjam padrões de normalidade. E como, de acordo com a OMS e
ACSM, quase 70% da população mundial em idade adulta produtiva possui
nível de condicionamento físico abaixo do normal, entendemos o benefício
da metodologia nesta população.
Podemos analisar então, que apesar da metodologia Força também pode ser definida a partir dos vértices do
STS propiciar aumento de força e trofismo, não demonstra perfil para “triângulo de força”: força máxima, força rápida e resistência de força, onde
modalidades desportivas, e sim para base de trabalho para as mesmas. diz que a força máxima representa a maior força disponível, que o sistema
Pois, a partir do momento que entendemos que determinado atleta está neuromuscular pode mobilizar através de uma contração máxima
completamente apto em termos funcionais, ele está apto a potencializar voluntária; que a força rápida compreende a capacidade do sistema
suas especificidades esportivas. neuromuscular de movimentar o corpo ou parte do corpo (braços, pernas)
ou ainda objetos (bolas, pesos, esferas, discos, etc.) com uma velocidade
Isto quer dizer que a metodologia pode auxiliar o máxima, e que a resistência de força é a capacidade de resistência à fadiga
treinamento atlético, em se tratando de uma base funcional para o em condições de desempenho prolongado de força.
mesmo. Principalmente se levarmos em consideração que facilitações
neuromusculares ocasionadas pelo treino de funcionalidade Se observarmos tais definições, veremos que nas
(normalidade), são passivas de menos destreinamento, e atividades de vida diária com perfeita funcionalidade, ou seja, onde se
conseqüentemente ajudam no treino específico. executa os movimentos para os fins que os mesmos foram projetados,
existe a utilização proporcional das três modalidades de força, e isto
representa um bom interesse em se trabalhar com a metodologia STS, já
que a mesma tem estes referenciais de força como objetivo principal.

A manifestação de força varia de acordo com a tensão, a


velocidade, o tipo de ativação ou contração produzida. Inicialmente, para
uma forma de análise mais simples, o gráfico abaixo (fig.6.2) mostra as
relações intercambiais das formas da força:

Fig 5.2. A faixa amarela representa a área objetivo do Método


STS de Musculação Terapêutica, e a intersecção entre profissionais de
educação física e fisioterapia; a faixa maior do triângulo corresponde ao
percentual de indivíduos na população mundial que possuem baixo nível de
condicionamento físico.
Fig. 62. As relações intercambiais das três formas de força (WEINECK, 1999, p.224).

A força é entendida como a capacidade do músculo de Como a Musculação Terapêutica STS, trata de uma metodologia de
produzir tensão ao contrair-se. Em âmbito ultra-estrutural, a força está exercícios resistidos, entende-se que pode desenvolver algumas
relacionada com o número de pontes cruzadas de miosina que podem manifestações de força e auxiliar no treinamento de outras, assim,
interagir com os filamentos de actina. E mais uma vez do ponto de vista movimentos concêntrico, excêntricos e isométricos neste método, ocorrem
da Física, a força muscular é a capacidade do músculo ou conjunto de de modo sinérgico no movimento contra-resistência. E para o
músculos, produzirem a aceleração ou a deformação de um corpo, mantê- entendimento destas manifestações, convém citar os tipos e mecanismos
lo imóvel ou frear seu deslocamento. de “hipertrofia”, que ocorrem como adaptação, à luz da fisiologia do
exercício.
3. ADAPTAÇÕES MUSCULARES PELO MÉTODO STS
Desta forma entendemos porque as fibras musculares mais finas e altamente
As principais adaptações a serem estudadas são o ganho de força, ou oxidativas (vermelhas – tipo I) são as preferidas para este tipo de trabalho.
seja, os mecanismos para melhorar a força que têm uma ligação direta com Por isso que alguns autores já citam o treinamento de utilização deste
a “hipertrofia” muscular e adaptação neural, e ocorrem também adaptações estímulo como treinamento oxidativo.
no tecido conjuntivo, ossos, ligamentos e tendões.
Se verificarmos a resposta cardíaca, no parâmetro freqüência cardíaca,
3.1 AS ALTERAÇÕES MUSCULARES veremos que o estímulo ocasionado pela hipertrofia sarcoplasmática
normalmente acontece entre 60 e 70% da freqüência cardíaca máxima, ou
O conceito de coordenação intramuscular e intermuscular coincide com entre 42 a 56% do VO2 Máx. Desta forma, entendemos que este estímulo
os perfis funcionais de movimento, e corrobora com o entendimento da ocorreria a partir da fase de adaptação, e seria mais efetivo na fase de
necessidade de um número menor de sessões de STS, e um perfil menor condicionamento, como citado na seqüência absoluta da metodologia
de destreinamento. Pois, a execução de movimentos biomecanicamente STS.
corretos, e que foram projetados para tal função, culminam por reforçar a
memória neuromotora. Hipertrofia tensional é como também é conhecida a hipertrofia miofibrilar.
Esta adaptação é conseguida através da utilização de carga mais altas que
Considera-se que a “hipertrofia” produzida no músculo pelo na hipertrofia sarcoplasmática, e sua aplicação é chamado de trabalho de
treinamento de força é devida ao aumento do tamanho e do número de força. Quando existe a necessidade de se realizar este tipo de estímulo, as
miofibrilas, e esse aumento de tamanho poderia ser devido a um acréscimo fibras musculares já deveriam estar preparadas pela modalidade anterior de
de filamentos de actina e miosina na periferia das miofibrilas. trabalho. A preferência das fibras glicolíticas (brancas – tipo II) são para este
tipo de trabalho, pois o perfil de utilização maior de glicose, tendo como
Estudam-se dois tipos de “hipertrofia”. Uma ele chama de hipertrofia resultado o aparecimento de “lactato” será beneficiado por uma rede vascular
sarcoplasmática, que é caracterizada por um crescimento do sarcoplasma previamente estimulada.
(substância semi-fluídica interfibrilar) e proteínas não contráteis que não
contribuem diretamente para a melhora da força; e a outra é chamada de Da mesma forma que na “hipertrofia” metabólica, existem níveis de
hipertrofia miofibrilar que é um aumento da fibra muscular na medida em freqüência cardíaca e sua proporção em VO2 Máx para este tipo de
que aumentam o número de miofibrilas e conseqüentemente mais actina e treinamento (ou tratamento): de 80 a 90% da freqüência cardíaca ou de 70 a
miosina. A esta hipertrofia é transmitida a responsabilidade do aumento real 83% do VO2 Máx. Em relação ao perfil neurológico, a capacidade de
da força muscular. somação e adaptação é mais precária nesta modalidade. Isto demonstra que
o corpo humano deve fazer incursões esporádicas em modalidades de
movimento que elevem tanto a sua freqüência cardíaca.
A hipertrofia sarcoplasmática, também chamada de hipertrofia
metabólica, é conseguida com repetições moderadas a altas e com cargas
(pesos absolutos) baixas, é conhecida também como trabalho de
“resistência”, que perante o estímulo neuromotor permite a facilitação Fazendo uma analogia com os níveis de condicionamento físico
neuromuscular proprioceptiva por somação e adaptação. Este tipo de apresentado na figura 5.2, verificaremos que quanto mais baixo for o nível de
estímulo quando aplicado em pacientes que possuam déficit motor, por vias condicionamento, mais baixo o nível das duas formas de hipertrofia, e
neurológicas, empreendem melhora. conseqüentemente, como em uma população normal o nível de hipertrofia
tensional já é menor, ele ficará proporcionalmente menor ainda. Esta é a
A exemplo disto citamos o trabalho em pacientes geriátricos. importância de se aplicar exercícios de força nesta faixa da população,
Interessante também citar, que este tipo de hipertrofia funciona como uma contrariamente ao que vinha sendo publicado.
preparação para o trabalho real de força, pois o mesmo propicia (além do
estímulo neurológico citado) estímulo a rede vascular.
Observando as fases do trabalho completo do Método STS de O sistema nervoso central, é de suprema importância para
Musculação Terapêutica: Fase de Choque, Fase de Adaptação e Fase desenvolvimento da força. A força muscular depende também da
de Condicionamento, veremos que a primeira e a última fase coincidem magnitude de ativação voluntária de cada fibra em um músculo
com o trabalho de hipertrofia metabólica e tensional respectivamente. Isto (coordenação intramuscular). A produção de força pelo sistema nervoso
também coincide com a faixa vermelha e verde da figura 5.2, nos depende de recrutamento - maior ou menor graduação da força de
indicando que a faixa amarela (intersecção) onde está enquadrada a acordo com mais ou menos unidades motoras ativas; taxa de codificação
normalidade de trofismo e de força, equivale a um trabalho intermediário - modificação na taxa de acionamento da unidade motora e
em relação às fibras musculares (Intermediárias – tipo IIa), freqüências sincronização - ativação das unidades motoras mais sincronizadas. Esta
cardíacas máximas (70 a 80%) e VO2 Máximos (56 a 70%). Por isso alternância de unidades motoras é que explica a necessidade de se
dizemos que o objetivo da metodologia STS é permitir que o indivíduo executar várias repetições e séries para o verdadeiro estímulo
busque o trofismo funcional, e o mantenha com trabalhos intermediários neuromuscular, como comentado em relação ao trabalho oxidativo e
de “hipertrofia”. glicolítico utilizado pelo Método STS de Musculação Terapêutica.

Observe na figura 8.2 uma adaptação inicial do treinamento


de força com relação ao recrutamento das fibras, e depois a hipertrofia
das fibras, aumentando o volume. Como um padrão de exercício
resistido nunca é composto de uma única série, possui ao menos 03
(três), entende-se que a primeira série queira propiciar o choque (start),
a segunda gera a adaptação, e somente a partir da terceira que se
condiciona verdadeiramente o músculo. Por isso que o Método STS de
Musculação Terapêutica possui suas divisões em fases, e com esta
nomenclatura.
Fig. 7.2. Hipertrofia Sarcoplasmática e Miofibrilar (ZATSIORSKY, 1999, p.95).

Os exercícios com altas resistências (cargas) podem levar 4. GANHO DE FLEXIBILIDADE COM O MÉTODO STS
tanto a hipertrofia sarcoplasmática quanto a hipertrofia miofibrilar das fibras
musculares. Por conta disto citamos outra adaptação muscular, a Da mesma forma que a metodologia STS, através de movimentos
hiperplasia, que seria o aumento do número de fibras musculares. contra-resistência de perfis funcionais, tem o objetivo de desenvolver a
Considera-se atualmente, ser desprezível a contribuição da hiperplasia valência física força, mantém-se este pensamento para a valência física
para os objetivos do treinamento de força, ou seja, o número de fibras não flexibilidade. Parece redundante lembrar que se um grupamento
é alterado substancialmente. muscular já se encontra em um perfil trófico e de força de aspectos
normais (funcionais), a conseqüência disto é a manutenção também de
As unidades motoras são elementos do sistema de produção um estado de flexibilidade funcional. Isto quer dizer, que os mesmos
motora. São compostas por axônios, placas motoras e fibras musculares mecanismos neurológicos e biomecânicos aptos a desenvolver e manter
ativadas por um motoneurônio. a força, são aptos também a desenvolver e manter a flexibilidade.

No Método STS de Musculação Terapêutica, existem as sessões


alternativas, que ocorrem a intervalos programados entres as sessões
Fibra muscular contraída Fibra muscular não contraída do exercício resistido propriamente dito. Uma das modalidades de
sessão alternativa é o “Cinesioalongamento”, nome próprio da
seqüência de exercícios de flexibilidade imposta ao
aluno/paciente/cliente, que por seguir todos os trâmites neuroevolutivos
Fig. 8.2.Mecanismo do treinamento de força (WEINECK, 1999, p 237). e biomecânicos, desenvolve e mantém a amplitude de movimentos.
A técnica do Cinesioalongamento se divide,e se confunde, em 03 (três)
Esta seqüência de exercícios, também conhecida como momentos:
alongamentos contra-resistência ou alongamento proprioceptivo, tem a
sua raiz voltada quase que exclusivamente para os mecanismos de • Momento Passivo,
facilitação neuromuscular proprioceptiva. • Momento Ativo-assistido e
• Momento ativo.
O Cinesioalongamento pode ser aplicado como uma sessão
personalizada de objetivos bem definidos, e que segue uma metodologia
diferenciada principalmente no que se refere a análise inicial da amplitude
de movimento da cadeia posterior. Mas, quando integrante da Estes momentos seguem o que prescreve a própria metodologia
Metodologia STS, se trata de uma sessão alternativa, pois como dito, a STS, que é a facilitação para o trabalho funcional, ou seja, o trabalho
execução de padrões de movimentos funcionais já é suficiente para “osteomioarticular” normal, por isso entendemos que ele também
desenvolver níveis razoáveis de amplitude de movimento, pois se descreve um perfil neuroevolutivo.
considera que a flexibilidade tende a aumentar durante o treinamento
resistido provavelmente porque os limites dos movimentos são Partindo da observação que as valências físicas força e flexibilidade
adequadamente solicitados nas amplitudes articulares disponíveis. caminham juntas para a manutenção de um perfil físico-funcional, e a que
maioria da população mundial está acometida de baixos índices nestas
Na vigência de processos patológicos, o ganho em flexibilidade pode valências. Entendemos que o Cinesioalongamento, por se tratar de uma
ser limitado por dor ou alterações anatômicas, independentemente do tipo modalidade de treino de flexibilidade que integra também o estímulo
de padrão realizado. Os graus de flexibilidade que pessoas sem contra-resistência indutor ao aumento de força, a partir de movimentos
alterações patológicas conseguem por meio do treinamento resistido neurologicamente funcionais, contribua de maneira significativa para o
funcional, são suficientes para uma boa qualidade de movimentos nas aumento do perfil físico-funcional da população.
atividades de vida diária.
É importante frisar, que apesar do Cinesiolaongamento poder ser
4.1 O CINESIOALONGAMENTO aplicado como modalidade para ganho e manutenção de flexibilidade em
atividades não funcionais (determinadas modalidades esportivas), o seu
Como definição, o Cinesioalongamento pode ser compreendido principal objetivo é ser utilizado em pessoas que possuam retração
como: muscular (encurtamento), por déficit específico de força (sedentarismo),
ou por desequilíbrio postural (local e sistêmico), ocasionado por
“Técnica de desenvolvimento, manutenção ou recuperação de amplitude aplicações conflitantes de vetores musculares. Em outras palavras,
de movimento articular, a partir de padrões físico-funcionais de devemos aplicar o Cinesioalongamento somente em quem efetivamente
movimento, com sequência de ações proprioceptivas”. possuir retração muscular.

A base para a compreensão desta modalidade de alongamento está O Cinesioalongamento foi idealizado a partir da observação que o ser
inserida nos princípios da Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva, e da humano sempre se movimenta de forma tridimensional, tanto para
ciência do movimento humano (cinesiologia) direcionada aos mecanismos movimentos isolados do esqueleto apendicular (membros), como para a
planares da posição e do movimento (osteocinemática). sua marcha. Isto nos remete ao pensamento que para economia de
energia, e para vantagem mecânica, se torna óbvio que o as ações
Desta forma, há a necessidade de se entender que o musculares em espiral sejam as neurologicamente mais aptas a uma boa
Cinesioalongamento, também chamado de alongamento proprioceptivo, função e qualidade de movimento.
flexo-alongamento, e alongamento contra-resistido, possui características
quase que exclusivamente baseadas na neurologia, com nuances da
biomecânica e da fisiologia do exercício.
4.1.2 BASES NEUROLÓGICAS PARA O CINESIOALONGAMENTO
4.1.1 BENEFÍCIOS DO CINESIOALONGAMENTO
Podemos entender a propriocepção como um sistema somato
Os benefícios da aplicação desta modalidade de treinamento, ou
sensorial, que nos permite conhecer a nossa postura global e segmentar,
técnica, de ganho de flexibilidade, se confundem com os benefícios
tanto em movimento como de forma estática. Para o real funcionamento
ocasionados pelo ganho de amplitude de movimento comprovadas pela
dos aspectos proprioceptivos devemos incluir as seguintes estruturas:
literatura: •Proprioceptores, ou receptores sensoriais que detectam e sinalizam as

deformações mecânicas, nos tecido muscular e conjuntivo;


• Melhora a aparência (postura), a forma física e a saúde.
•Vias aferentes, responsáveis pela condução dos impulsos sensoriais até
• Pode reduzir a descarga neurológica eferente, diminuindo o grau de
a medula;
tensão muscular, reduzindo assim as sensações negativas de estados
emocionais como o estresse e a ansiedade. • Neurônios distribuidores, localizados em segmentos medulares e
supramedulares, dos quais partem os comandos excitatórios e inibitórios;
• Estes altos níveis de tensão muscular têm vários efeitos negativos, que
predispõem para a fadiga, desta forma, o Cinesioalongamento promove a • Vias eferentes, condutoras desses comandos (motores) até os músculos.
redução da fadiga.
Estudando a ciência dos movimentos humanos, percebemos que a
• Permite um melhor conhecimento dos limites físico-funcionais do
ação muscular integrada e funcional (normal), permite que mantenhamos
indivíduo.
as amplitudes de movimento ótimas para o desempenho. Isto significa que
a grau de mobilidade músculo-articular, conhecido como flexibilidade, está
• A flexibilidade ajuda o individuo a criar autocontrole e total liberdade na
diretamente relacionado ao perfil proprioceptivo. Desta forma, qualquer
execução dos movimentos, e conseqüentemente ajuda na prevenção de
técnica de alongamento que procure restabelecer a amplitude de
lesões.
movimento, deve lançar mãos das bases proprioceptivas.
• Auxilia na normalização do sistema arterial e do retorno veno-linfático,
Seguindo os estudos da Escola de Osteopatia de Madri, os
pela ação neuroestimulante e biomecânica, reduzindo assim os prováveis
proprioceptores são receptores sensitivos que informam ao SNC sobre as
edemas linfáticos.
modificações mecânicas dos tecidos músculo-esqueléticos, e para a
técnica de Cinesioalongamento, os seguintes proprioceptores são
Da mesma forma, a ausência de graus funcionais de mobilidade músculo-
considerados essenciais: Receptor de Ruffini, Orgão tendinoso de Golgi e
articular pode desencadear algumas vertentes negativas:
Fuso Muscular.
• Dificulta ou impede a aprendizagem de determinadas habilidades
motoras.

• Pode favorecer o aparecimento de lesões.


• Os receptores intra-articulares de Ruffini são localizados dentro e ao
redor das articulações (cápsula e ligamentos), e informam ao SNC e à
Dificulta o desenvolvimento de outras capacidades físicas ou a sua

medula sobre os movimentos da articulação e a sua posição. As
aplicação. terminações localizadas nas cápsulas indicam muito precisamente a
direção e a velocidade do movimento, assim como a posição dos
• Limita a amplitude do movimento e conseqüentemente limita a rapidez da elementos da articulação. O papel desses receptores é essencialmente
sua execução. ligado ao controle da postura e da locomoção, sendo informadores
articulares para os centros superiores, mas não possuem influência direta
• Predispõe o indivíduo a estases veno-linfáticas, e a conseqüentes sobre o controle muscular.
alterações dermatofuncionais
• Os órgãos tendinosos de Golgi (OTG) são formados por delgadas
•O fuso muscular, ou fuso neuromuscular, é um mecanoceptor de estrutura
ramificações neurais em forma de ramalhete com pequenos botões, em formato fusiforme, situado no perimísio muscular e que varia de 0,5 a 13
encontrado em quase todos os feixes dos músculos esqueléticos, e são mm de extensão, responsável pelo “Reflexo de Alongamento Miotático”,
responsáveis pelo “Reflexo de Alongamento Inverso”. Situam-se tipicamente também conhecido como reflexo de estiramento ou monosináptico. A
nas junções miotendinosas das fibras musculares. As terminações Ib de terminação primária do receptor sinaliza a velocidade do estiramento e a
extensão de suas fibras, enquanto a terminação secundária informa apenas
cada receptor estão contidas dentro de uma cápsula fusiforme rodeada por
a extensão fusal. Em relação à sua sensibilidade, essa estrutura exibe tanto
feixes de colágeno. Acredita-se que eles fornecem o feedback da tensão na
propriedades fásicas (terminação Ia), quanto tônicas (terminações Ia e II). A
regulagem reflexa da contração muscular. Apesar de tal parâmetro ser
monitorado por esses mecanoceptores tendinosos, nem todas as fibras estimulação das terminações fusais (input) produz um efeito excitatório
musculares os possui. Suas formas de ativação apresentam maior sobre os neurônios motores alfa na medula, os quais, por sua vez, geram a
sensibilidade às forças (tensões) ativas do que às passivas. Os impulsos retroalimentação do sistema, enviando comandos motores (output) para
emitidos pelo OTG são direcionados à medula por meio de axônios aferentes que a contração muscular ocorra, reduzindo desta forma, o comprimento do
grossos (fibras Ib), de condução rápida. As informações alcançam essa músculo estirado e a seqüência de descarga do receptor fusal.
estrutura, excitando os interneurônios inibitórios que, por sua vez, inibem os
neurônios motores alfa do músculo homônimo, o qual se relaxa, limitando a
força desenvolvida em relação àquela que pode ser tolerada pelos tecidos
tensionados (reflexo de estiramento inverso ou tendinoso). Tal atividade
pode ser considerada como um mecanismo de proteção, limitante do
excesso de força exercido contra o tecido muscular. Durante a seqüência de
movimentos articulares, o reflexo tendinoso (Ib) atua em mecanismo
combinatório com o reflexo de estiramento (Ia), para a eficiência da atividade
muscular.

Fig. 10.2. Esquema de apresentação do Fuso Neuromuscular.

4.1.3. A FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA (FNP) E O


CINESIOALONGAMENTO

Como a técnica do Cinesioalongamento compreende modificações das


bases da Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva, convém revisar nôminas
Fig. 9.2. Esquema de apresentação do OTG. relativas à suas bases.
Para entender quais são os movimentos que sofrerão interferência da • Antagonistas - São aqueles que possuem ação anatômica oposta à dos
técnica, é necessário citar as Leis de Sherrington, amplamente estudadas agonistas, seja para regular a rapidez ou a potência desta ação. Usualmente
por Kabat: os antagonistas são músculos que não estão se contraindo e que nem
auxiliam nem resistem ao movimento, mas que passivamente, principalmente
• Indução Sucessiva – É a contração isométrica ou em atletas mais experientes e habilidosos, se relaxam permitindo a maior
isotônica de um músculo, seguida imediatamente pela facilidade do movimento. Um exemplo de músculo antagonista é o adutor
contração de seu antagonista. magno na abdução da coxa. Um antagonista é um músculo cuja contração
tende a produzir uma ação articular exatamente oposta a uma ação articular
• Inervação Recíproca – É uma alça reflexa mediada pela dada de outro músculo especificado.Um músculo extensor é, potencialmente,
célula fusiforme muscular. Faz com que um músculo relaxe. antagonista de um músculo flexor. Assim, o bíceps do braço é antagonista do
Quando seu opositor se contrai. tríceps do braço com relação à extensão do cotovelo, e do músculo pronador
redondo com relação a pronação rádio-ulnar. O bíceps do braço não é
• Irradiação – Acontece quando a contração máxima de um antagonista do músculo braquial, pois ele não se opõe a nenhum movimento
músculo origina a contração de outros músculos capazes para o qual o braquial seja agonista. O antagonista tem o potencial de se
de auxiliar ou estabilizar o movimento. opor ao agonista, mas geralmente se relaxa enquanto o agonista trabalha.
Quando o agonista se contrai no mesmo tempo do antagonista, ocorre uma
No estudo da flexibilidade e do alongamento, quando se trata da co-contração.
aplicação de mecanismos fundamentados em perfis neurológicos, é
interessante compreender como se classificam os músculos em As evidências sugerem que os músculos antagonistas se comportam de
relação à sua contração, pois em FNP esta contração é um dos três maneiras distintas:
fatores desencadeadores de amplitude de movimento.
Anatomicamente, os músculos esqueléticos podem ser classificados • Quando há resistência no agonista é tão grande que a
obedecendo a diversos critérios, sempre levando em consideração articulação não consegue se mover, os antagonistas se
que os músculos envolvidos em um movimento qualquer não se relaxam.
contraem independentemente uns dos outros, e que na verdade
eles estão interligados pelo processo de inervação recíproca, onde • Quando os agonistas estão atuando contra uma
cada músculo tem uma função diferente. resistência moderada, os antagonistas tornam-se ativos
Os músculos podem ser classificados em três categorias quanto para desacelera o movimento.
à sua função:
• Quando não há resistência externa a ser superada e o
• Agonistas - São os agentes principais na execução de um membro deve move-se com grande precisão, a tensão
movimento. Geralmente são os músculos que se contraem tende a ser mantida nos grupos agonistas e antagonistas,
ativamente, sendo que além daqueles que produzem movimentos, com o primeiro predominando.
também são considerados agonistas os que se contraem para
permitir a manutenção de uma postura. Um exemplo de músculo •Sinergistas – Podem ser conceituados como músculos que se
agonista é o glúteo médio no movimento de abdução da coxa. contraem ao mesmo tempo dos agonistas, porém não são
Quando um músculo sofre uma contração com encurtamento, ou considerados os principais responsáveis pelo movimento ou
retração, diz-se que ele é agonista para as ações articulares manutenção da postura. Normalmente os músculos sinergistas
resultantes. Por exemplo, o tríceps do braço é um agonistas para a sempre estão em número maior do que um.
extensão do cotovelo. Alguns músculos são agonistas para mais de
uma ação numa dada articulação; muitos têm uma ou mais ações A classificação anatômica das ações musculares ocorre
sobre cada uma de duas ou mais articulações que eles por acaso quando o músculo atua sozinho, sua fixação proximal é estabilizada
atravessam. O bíceps do braço, por exemplo, é agonista para a (por outros músculos ou pelo peso corporal), e a fixação distal
flexão do cotovelo e supinação rádio-ulnar, e, além disso, é agonista move-se em movimento de cadeia aberta com uma contração
para várias ações da articulação do ombro, devido a sua inserção concêntrica contra a gravidade ou muito leve resistência. .
proximal por duas cabeças da escápula. O agonista causa um
movimento, algumas vezes, é denominado músculo principal do
movimento, ou motor primário.
O principal procedimento é a verificação da positividade da limitação
de movimento da cadeia posterior, e conseqüente mensuração do déficit.
Para a análise desta limitação, o profissional pode lançar mão de
qualquer procedimento que objetive este fim: Teste da inclinação anterior de
pé, Teste de Schober, Seat and Reach Test (sentar e alcançar) referencial,
banco de Wells ou banco KR, enfim, qualquer teste demonstrativo da
positividade da retração, e que possibilite a sua mensuração para posterior
análise quali-quantitativa.

Fig. 11.2. Classificações musculares no padrão funcional B1.

4.1.4. PADRÕES DE MOVIMENTO DO CINESIOALONGAMENTO

Os padrões de movimento do Cinesioalongamento seguem o que


prescreve os estudos de podoposturologia, incentivando as correções
posturais e estímulos neuromotores na direção caudo-cranial (dos pés para a
cabeça), em indivíduos que já possuem de padrões de marcha definidos
(estejam deambulando). Estes padrões procuram trabalhar o indivíduo em
seu aspecto global, dando ênfase ao ganho de amplitude da cadeia
posterior.

Esta metodologia permite a conseqüente liberação das retrações do


esqueleto apendicular superior (membros superiores), assim como propicia Fig. 12.2. Teste de inclinação anterior de pé.
aumento de todos os graus de liberdade durante a marcha, perante a
atuação sobre o seu perfil tridimensional. Isto quer dizer que em todos os
eixos de movimento presentes na marcha (aspecto tridimensional)
acontecerão aumentos de amplitude.

A sequência de movimentos foi elaborada buscando permitir


coincidências neuromotoras com os movimentos funcionais, por esta razão
estes padrões também são em número de 16 (dezesseis), e assim como os
padrões de movimento do Método STS, podem ser aplicados em sua
totalidade, ou de forma parcial. O conhecimento às contra-indicações de sua
aplicação, deve ser considerado pelo profissional, após profunda análise do
indivíduo, para fins de reabilitação ou treinamento desportivo.

Quando o Cinesioalongamento necessitar ser realizado fora de


uma sessão alternativa da Metodologia STS, alguns procedimentos deverão
ser levados em consideração, fundamentalmente ao iniciar a metodologia. Fig. 13.2. Teste de sentar e alcançar referencial.
Outro procedimento importante é a verificação do perfil da limitação. Normalmente o indivíduo que possui a origem de sua limitação de cadeia
Deverá ser verificado se a retração é de fonte mais neurológica ou mais posterior causada por problemas “ortopédicos”, não chega a atingir 50% de
osteomuscular isolada. Os testes eleitos para este fim são os que ganho de mobilidade imediata pós-teste. Isto pode ser explicado pela fixação
possibilitam um aumento da descarga aferente postural, com seqüencial muito mais local que os distúrbios “ortopédicos” desencadeiam.
diminuição da descarga eferente. O teste do calço molar, e o da abertura
bucal forçada (respeitando as contra-indicações), são exemplos de testes
que possam gerar tais situações neurológicas.

Fig. 15.2. Mensuração da frequência cardíaca de repouso deitada, por 60 segundos.

O Cinesioalongamento por ser caracterizado como uma técnica de


FNP modificada e com grandes momentos de contra-resistência, pode
desencadear micro lesões musculares no grupamento motor primário, ou
Fig. 14.2. Teste de abertura bucal forçada em 60 segundos. agonista. Uma forma de se inibir esta conduta iatrogênica se faz
exatamente pela monitorização contínua da freqüência cardíaca, enquanto
Para a verificação deste perfil de limitação procede-se da seguinte forma:
o indivíduo é submetido aos padrões específicos do Cinesioalongamento.
• Realiza-se o teste de retração, e mensura-se a quantidade
Para tanto, verifica-se antes do início da sessão, a freqüência cardíaca
(normalmente em centímetros) deficitária do indivíduo;
de repouso do cliente, na posição deitada e na posição sentada. Durante as
• Aplica-se o teste de aumento de descarga aferente;
técnicas resistivas do Cinesioalongamento, mantêm-se o olhar no
• Mensura-se novamente a deficiência do indivíduo.
frequencímetro, e evita-se que a freqüência cardíaca ultrapasse o valor de
repouso somado a um máximo de 30 (trinta) batimentos, tanto para a
Caso o indivíduo venha a ultrapassar mais de 50% da
posição deitada como sentada
limitação após o teste de aumento de descarga aferente, isto pode
sugerir que a sua limitação de flexibilidade e conseqüente retração
O embasamento para esta limitação encontra-se nos estudos da
de cadeia posterior, se deve a critérios muito mais relacionados a
fisiologia do trabalho, fundamentado por Astrand, onde demonstram que em
desequilíbrios neurológicos do que critérios osteomusculares, ou
uma atividade laboral, onde existem cargas desencadeadoras de
seja, a causa da retração pode ser originada por desequilíbrios
movimentos isométricos ou isotônicos em posturas forçadas, a carga de
musculares (déficits biomecânicos) que desencadearam alterações
trabalho é limitada em 30 (trinta) batimentos por minuto acima da
desenvolvedoras de desequilíbrios neurológicos. O exemplo mais
freqüência cardíaca de repouso (na postura do trabalho), prévia à atividade.
simples a ser citado, é o das mulheres que utilizam rotineiramente o
salto alto.
Para esta limitação classifica-se o trabalho em leve, moderado e intenso,
para aumento de 10 (dez) batimentos, 20 (vinte) batimentos e 30 (trinta)
batimentos respectivamente, na média de batimentos na jornada de trabalho.
Os estudos do sistema nervoso visceral (autônomo) também demonstram Ativo-assistido . IT Dominante
que estímulos adrenais elevam a freqüência cardíaca, assim, a
monitorização contínua da freqüência cardíaca também é capaz de Ativo-assistido . IT Não Dominante
parametrar o grau de desconforto sentido pelo cliente, que, se for acima do
Ativo-assistido . IT Unidos
esperado pode resultar em quebra da somação neurológica objetivada.

Para se iniciar uma sessão de Cinesioalongamento dentro do programa Ativo . IT Alternado


personalizado do Método STS de Musculação Terapêutica, onde se Ativo . IT Unidos
constrói a planilha da sessão, calcula-se o gasto calórico mínimo e formata-
se o gráfico de micro-ciclo, é necessário empreender também a preparação Ativo . Leste / Oeste Dominante
(aquecimento). Para tanto, o parâmetro usado é o mesmo que o cliente vem
utilizando: Esteira, caminhada, step, corrida ou bicicleta. Assim, o tempo total Ativo . Leste / Oeste Não Dominante
de atividade será composto da soma do tempo de aplicação dos padrões,
com o tempo da preparação. Ativo . Norte

Não existe a necessidade da análise do cálculo do gasto calórico mínimo


nesta sessão, pois invariavelmente, o valor da freqüência cardíaca média de
treinamento adquire valores abaixo, ou muito próximos, a 60% da freqüência
cardíaca máxima. Apesar de saber que uma sessão de
Cinesioalongamento potencializa a diminuição do percentual de gordura do
praticante, os valores de freqüência cardíaca média não são compatíveis a A) “DISSOCIAÇÃO DO QUADRIL”, TRABALHO PASSIVO:
formula de gasto calórico mínimo no protocolo da musculação terapêutica.
Os padrões de movimento do Cinesioalongamento seguem a seguinte
sequência, que podem ser aplicadas em tatames, macas ou no solo:

Passivo . Dissociação de Quadril 01


Ativo-assistido . IT Intermédio

Passivo . Dissociação de Quadril 02

Ativo-assistido . IT Lateral
Passivo . Dissociação de Quadril 03

Ativo-assistido . IT Medial

Passivo . Dissociação de Quadril 04 Fig. 16.2. Dissociação do quadril dominante A.


Ativo-assistido . Lombar
•Inicia-se sempre em direção ao perfil de joelho valgo – Favorece a memória
medular (inconsciente), por se tratar de uma postura fetal, que normalmente
é associada a relaxamento, por “lembrança” do momento gestacional. Não
há necessidade de se executar flexão máxima, ou extensão máxima das
articulações do segmento trabalhado.

•Um ciclo completando por volta de oito segundos – Para somar e adaptar o
receptor de Ruffini aplica-se o movimento relativo à sua especificidade, por
se tratar de receptor de adaptação lenta.

•Devem ser realizados oito ciclos – Este número de ciclos, segue o mesmo
critério neurofisiológico do número mínimo de repetições para: chocar,
adaptar e somar, desencadeando a ação específica do principal receptor
(Ruffini).
Fig. 17.2. Dissociação do quadril dominante B.

B) “CINESIOALONGAMENTO ÍSQUIOTIBIAL INTERMÉDIO”,


TRABALHO ATIVO-ASSISTIDO:
Este padrão ocupa a primeira, terceira, quinta e sétima posição na
sequência de aplicação da técnica completa do Cinesioalongamento.

• Dissociação de quadril – Propicia somação temporal e espacial em uma


grande articulação sinovial, com presença significante de receptores de
Ruffini.

• Inicia-se pelo lado dominante – Estes lados são possuidores de


facilitações neuromusculares, que induziram por irradiação a facilitação do
contra-lateral.

• Evita-se tocar a zona reflexa no antepé – O toque na referida zona reflexa


induzirá o segmento a tender a planti-flexão, que quebrará a facilitação
induzida pela tríplice flexão e tríplice extensão.

• Executa-se o padrão de tríplice flexão por tríplice extensão – Trata-se de


um padrão sinérgico, semelhante ao padrão de marcha, que ativa a ação
dos músculos dos membros inferiores, sem a ação da gravidade na
musculatura do dorso, facilitando o engrama de marcha. Por ponto-chave
no calcanhar, comanda-se a flexão do tornozelo junto com a flexão do
joelho e a flexão do quadril, e a extensão do tornozelo junto com a Fig. 18.2. Cinesioalongamento Ísquiotibial intermédio.
extensão do joelho e a extensão do quadril.
• O profissional estabiliza no ângulo possível ao indivíduo, com a normal do
membro estimulado a 90° com a linha do solo, e este aplica força contra o
anteparo profissional durante 08 (oito) segundos – A ação isométrica
favorece ao aumento da descarga aferente em OTG, e ocasiona indução
sucessiva, que permitiria a contração da musculatura antagonista
(quadríceps).

• O indivíduo pára a aplicação da força, e o profissional ao sentir a


diminuição da tensão oferecida avança, e pára no próximo ponto por mais
08 (oito) segundos – Com a tendência à contração do quadríceps, existe a
facilitação para a inervação recíproca, que permite que se avance ao
próximo ponto sem a limitação fusal do ísquiotibial. Ao se posicionar por 08
(oito) segundos nesta nova postura, facilita-se a estimulação do receptor de
Ruffini, que memoriza a nova posição. Se a força oferecida pelo indivíduo
for moderada (freqüência cardíaca por volta de vinte batimentos acima da
freqüência de repouso), promove-se a contração também da musculatura
de quadríceps. Isto promove o relaxamento conjunto de OTG e fuso, em
função dos mesmos se encontrarem em período refratário à contração.

• Estas ações se repetem por 03 (três) vezes – A necessidade de realizar a


somação temporal e espacial nos receptores de Ruffini segue a sua
especificidade, com a primeira série sendo utilizada para chocar, a segunda Fig. 19.2. Cinesioalongamento Ísquiotibial lateral.
para adaptar e a terceira para condicionar à nova posição.

• Ao término da terceira série, dissocia-se novamente o quadril – Com a • O indivíduo pára a aplicação da força, e o profissional ao sentir a
cápsula articular mobilizada e a articulação coxo-femoral mais irrigada, diminuição da tensão oferecida avança, e pára no próximo ponto por mais
diminuição a descarga eferente para a mesma, que entra em sintonia com a 08 (oito) segundos.
especificidade de Ruffini, irradiando relaxamento para articulações
proximais e distais. Isto favorece a regulação da resposta vascular, • Estas ações se repetem por 03 (três) vezes.
determinando principalmente a melhor ação do sistema veno-linfático, que
funciona com limiares menores de cargas neurológicas. • Ao término da terceira série, dissocia-se novamente o quadril.

C) “ÍSQUIOTIBIAL LATERAL”, TRABALHO ATIVO-ASSISTIDO: D) “ÍSQUIOTIBIAL MEDIAL”, TRABALHO ATIVO-ASSISTIDO:

• O profissional estabiliza no ângulo possível ao indivíduo, em adução,


• O profissional estabiliza no ângulo possível ao indivíduo, em abdução,
com o membro estimulado a 45° com a linha do solo, considerando uma
com o membro estimulado a 45° com a linha do solo, considerando uma
normal no quadril, e este aplica força contra o anteparo profissional
normal no quadril, e este aplica força contra o anteparo profissional
durante 08 (oito) segundos – Este ângulo de trabalho favorece o trabalho
durante 08 (oito) segundos – Este ângulo de trabalho favorece o trabalho
no grupamento muscular lateral, induzindo aos mesmos critérios
no grupamento muscular medial, induzindo aos mesmos critérios
neurológicos do padrão intermédio, mas atingindo unidades motoras não
neurológicos do padrão intermédio e lateral, mas atingindo unidades
participantes no referido padrão. Dentro dos padrões de marcha, o
motoras não participantes nos referidos padrões.
valgismo de joelho é entidade comum ao ser humano, e a solicitação do
grupamento isquitibial lateral é parte integrante desta biomecânica.
Fig. 21.2a. Cinesioalongamento Íombar.

Fig. 20.2. Cinesioalongamento Ísquiotibial medial.

• O indivíduo pára a aplicação da força, e o profissional ao sentir a


diminuição da tensão oferecida avança, e pára no próximo ponto por mais 08
(oito) segundos.

• Estas ações se repetem por 03 (três) vezes.

• Ao término da terceira série, dissocia-se novamente o quadril.


O trabalho neste grupamento muscular conclui a ação de estímulo de
somação e adaptação dos receptores de Ruffini, por completo nos
isquiotibiais. Conseqüentemente, o seu antagonista também será
beneficiado, de acordo com as leis de Sherrington.
Fig. 21.2b. Cinesioalongamento Íombar.
E) “CINESIOALONGAMENTO LOMBAR”, TRABALHO ATIVO-ASSISTIDO:

• O profissional verifica se existe elevação de algum dos ombros, e ao cruzar


• O indivíduo senta-se em tríplice flexão, apoiando a zona reflexa do antepé
os segmentos (membros superiores) do indivíduo, inverte a posição,
no profissional – Esta postura desenvolve a facilitação neuromuscular abaixando o ombro mais alto, e elevando o mais baixo – O tracionamento
estudada na pliometria (saltos pliométricos), onde existe uma tendência à realizado pelo profissional, nesta postura funcional, é suficiente para induzir
reversão da fase excêntrica para a fase concêntrica em membros inferiores, à correção postural, se a incorreção não for por causas traumato-
potencializando a inervação recíproca não só de membros inferiores, como ortopédicas.
também de membros superiores e dorso-lombar.
• Primeiro tempo – 4. Ao término deste intervalo de tempo em tracionamento mútuo, o
profissional solicita ao indivíduo que pare de tracionar.
1. O profissional solicita ao indivíduo que realize uma inspiração nasal, e
expire deslocando o seu corpo para frente – O engrama neuro-funcional 5. Ao perceber que o indivíduo “relaxou”, o profissional traciona levemente
da expiração é compatível com ato de relaxamento muscular, por mais uma vez, vencendo a posição de tracionamento mútuo, e
diminuição da descarga de eferência. Isto permite que se avance em permanecem assim mais 08 (oito) segundos, antes de retornarem à posição
amplitude de movimento na região lombar, torácica e cervical, e que se inicial - Com a tendência à contração de toda a musculatura de membros
fortaleça a musculatura profunda da coluna vertebral. Além disso, a inferiores, abdominais e tronco, existe a facilitação para a inervação
postura em flexão com carga permite que a musculatura abdominal recíproca global, e ao término do tracionamento mútuo, constrói-se um
desenvolva um equilíbrio na coluna lombar, assim como os glúteos e a período refratário também global, que permite que se ganhe amplitude de
musculatura da coxa anterior e posterior. movimento, e ao permanecer nesta por 08 (oito) segundos, soma-se
estímulos nas terminações de Ruffini sacroilíacas e lombares,
2. Ao chegar a seu limite, o indivíduo permanece por 08 (oito) segundos, principalmente.
enquanto o profissional somente o estabiliza nesta postura - Ao se
posicionar por 08 (oito) segundos nesta postura, facilita-se a estimulação Este terceiro tempo deste padrão de Cinesioalongamento pode ser
do receptor de Ruffini, que memoriza a nova posição. modificado a partir do seu segundo ato, em indivíduos que já adquiriram o
aprendizado em sessões anteriores. Ao invés do profissional esperar 08
3. O indivíduo retorna à posição anterior, e permanece por mais 08 (oito) (oito) segundos para solicitar o tracionamento mútuo, ele espera somente
segundos em intervalo. 04 (quatro) segundos, e o tracionamento também será de 04 (quatro)
segundos. A partir daí, são idênticos ao quarto e ao quinto ato.
• Segundo tempo –
6. O indivíduo retorna à posição anterior, e permanece por mais 08 (oito)
1. O profissional solicita ao indivíduo que realize uma inspiração nasal, e segundos em intervalo.
expire deslocando o seu corpo para frente.
F) “CINESIOALONGAMENTO ISQUIOTIBIAL DOMINANTE”, TRABALHO
2. Ao chegar próximo ao término do ato expiratório, o profissional traciona
ATIVO-ASSISTIDO:
levemente o indivíduo, e permanece nesta postura por 08 (oito) segundos.

3. O indivíduo retorna à posição anterior, e permanece por mais 08 (oito)


segundos em intervalo.

•Terceiro tempo –

1. O profissional solicita ao indivíduo que realize uma inspiração nasal, e


expire deslocando o seu corpo para frente.

2. Ao chegar próximo ao término do ato expiratório, o profissional traciona


levemente o indivíduo, e permanece nesta postura por 08 (oito) segundos.

3. Ainda nesta postura, o profissional solicita ao indivíduo que tracione


ativamente para tentar retornar a postura inicial, durante também 08 (oito)
segundos, sendo impedido pelo profissional.

Fig. 22.2. Cinesioalongamento ísquiotibial Dominante.


3. O indivíduo retorna à posição anterior, e permanece por mais 08 (oito)
• O indivíduo senta-se em extensão do membro inferior dominante, sem segundos em intervalo.
apoiar a zona reflexa do antepé no profissional, com o membro
contralateral fletido e com a superfície plantar do pé apoiando a sua Segundo tempo –
parte côncava na parte convexa medial da panturrilha do membro em
extensão – Esta postura já está facilitada pelos três padrões iniciais de 1. O profissional solicita ao indivíduo que realize uma inspiração nasal, e
Cinesioalongamento de isquiotibiais, onde se trabalhou as porções expire deslocando o seu corpo para frente.
intermédia, lateral e medial. Assim, este padrão de
Cinesioalongamento desencadeará mais um estímulo de somação 2. Ao chegar próximo ao término do ato expiratório, o profissional traciona
neuronal, que sofrerá reforço neuromotor pelos movimentos realizados levemente o indivíduo, e permanece nesta postura por 08 (oito) segundos.
durante as atividades de vida diária, justificando a baixa necessidade de
mais exercícios de alongamento com este perfil. 3. O indivíduo retorna à posição anterior, e permanece por mais 08 (oito)
segundos em intervalo.
• O profissional solicita que o indivíduo apóie a mão do mesmo lado do
membro em extensão sobre o joelho estendido, e segura também em Terceiro tempo –
extensão, o membro superior contra lateral – O apoio sobre o joelho
estendido não possui a necessidade de ser com força,pois somente o 1. O profissional solicita ao indivíduo que realize uma inspiração nasal, e
toque é suficiente para induzir um bloqueio à flexão deste joelho. E, expire deslocando o seu corpo para frente.
manter o membro superior contralateral estendido e em padrão de torção
contrária, potencializa o grau de amplitude de movimento em cintura 2. Ao chegar próximo ao término do ato expiratório, o profissional traciona
pélvica e escapular, quando o indivíduo estiver em marcha. levemente o indivíduo, e permanece nesta postura por 08 (oito) segundos.

3. Ainda nesta postura, o profissional solicita ao indivíduo que tracione


ativamente para tentar retornar a postura inicial , durante também 08 (oito)
• Primeiro tempo – segundos, sendo impedido pelo profissional.

1. O profissional solicita ao indivíduo que realize uma inspiração nasal, e 4. Ao término deste intervalo de tempo em tracionamento mútuo, o
expire deslocando o seu corpo para frente, ao mesmo tempo em que profissional solicita ao indivíduo que pare de tracionar.
realiza dorsi-flexão tornozelo do membro estendido e flexiona
anteriormente a cabeça – O engrama neuro-funcional da expiração é 5. Ao perceber que o indivíduo “relaxou”, o profissional traciona levemente
compatível com ato de relaxamento muscular, por diminuição da mais uma vez, vencendo a posição de tracionamento mútuo, e
descarga de eferência. Isto permite que se avance em amplitude de permanecem assim mais 08 (oito) segundos, antes de retornarem à
movimento na região lombar, torácica e cervical, e que se fortaleça a posição inicial –
musculatura profunda da coluna vertebral. Além disso, a postura em
flexão com carga permite que a musculatura abdominal desenvolva um 6. O indivíduo retorna à posição anterior, e permanece por mais 08 (oito)
equilíbrio na coluna lombar, assim como os glúteos e a musculatura da segundos em intervalo.
coxa anterior e posterior, de modo contralateral, exigindo um padrão de
torção que é funcional à marcha. Na sequência dos padrões de Cinesioalongamento, vem o
“CINESIOALONGAMENTO ÍSQUIOTIBIAL NÃO DOMINANTE”, trabalho
2. Ao chegar em seu limite, o indivíduo permanece por 08 (oito) ativo-assistido. Este padrão é idêntico ao anterior, sofrendo todas as
segundos, enquanto o profissional somente o estabiliza nesta postura - nuances proprioceptivas, potenciais desencadeadoras de uma amplitude
Ao se posicionar por 08 (oito) segundos nesta postura, facilita-se a de movimento funcional.
estimulação do receptor de Ruffini, que memoriza (soma e adapta) a
nova posição.
G) “CINESIOALONGAMENTO ISQUIOTIBIAIS UNIDOS”, TRABALHO
ATIVO-ASSISTIDO: •Segundo tempo –

1. O profissional solicita ao indivíduo que realize uma inspiração nasal, e


expire deslocando o seu corpo para frente.
• Este padrão segue a mesma postura básica do Cinesioalongamento
lombar, com a única diferença para a extensão funcional dos membros 2. Ao chegar próximo ao término do ato expiratório, o profissional traciona
inferiores. levemente o indivíduo, e permanece nesta postura por 08 (oito) segundos.
• O indivíduo senta com ambas as pernas estendidas funcionalmente, 3. O indivíduo retorna à posição anterior, e permanece por mais 08 (oito)
evitando o apoio da zona reflexa do antepé no profissional – Esta postura segundos em intervalo.
desenvolve a facilitação neuromuscular estudada na pliometria, onde existe
uma tendência à reversão da fase excêntrica para a fase concêntrica em •Terceiro tempo –
membros inferiores, potencializando a inervação recíproca não só de
membros inferiores, como também de membros superiores e dorso-lombar. 1. O profissional solicita ao indivíduo que realize uma inspiração nasal, e
expire deslocando o seu corpo para frente.
• O profissional verifica se existe elevação de algum dos ombros, e ao
cruzar os segmentos (membros superiores) do indivíduo, inverte a posição, 2. Ao chegar próximo ao término do ato expiratório, o profissional traciona
abaixando o ombro mais alto, e elevando o mais baixo – O tracionamento levemente o indivíduo, e permanece nesta postura por 08 (oito) segundos.
realizado pelo profissional, nesta postura funcional, é suficiente para induzir
à correção postural, se a incorreção não for por causas traumato- 3. Ainda nesta postura, o profissional solicita ao indivíduo que tracione
ortopédicas. ativamente para tentar retornar a postura inicial, durante também 08 (oito)
segundos, sendo impedido pelo profissional.
•Primeiro tempo –
4. Ao término deste intervalo de tempo em tracionamento mútuo, o
1. O profissional solicita ao indivíduo que realize uma inspiração nasal, e profissional solicita ao indivíduo que pare de tracionar.
expire deslocando o seu corpo para frente – O engrama neuro-funcional da
expiração é compatível com ato de relaxamento muscular, por diminuição 5. Ao perceber que o indivíduo “relaxou”, o profissional traciona levemente
da descarga de eferência. Isto permite que se avance em amplitude de mais uma vez, vencendo a posição de tracionamento mútuo, e
movimento na região lombar, torácica e cervical, e que se fortaleça a permanecem assim mais 08 (oito) segundos, antes de retornarem à
musculatura profunda da coluna vertebral. Além disso, a postura em flexão posição inicial - Com a tendência à contração de toda a musculatura de
com carga permite que a musculatura abdominal desenvolva um equilíbrio membros inferiores, abdominais e tronco, existe a facilitação para a
na coluna lombar, assim como os glúteos e a musculatura da coxa anterior inervação recíproca global, e ao término do tracionamento mútuo,
e posterior. constrói-se um período refratário também global, que permite que se
ganhe amplitude de movimento, e ao permanecer nesta por 08 (oito)
2. Ao chegar a seu limite, o indivíduo permanece por 08 (oito) segundos, segundos, soma-se estímulos nas terminações de Ruffini sacroilíacas e
enquanto o profissional somente o estabiliza nesta postura - Ao se lombares, principalmente.
posicionar por 08 (oito) segundos nesta postura, facilita-se a estimulação
do receptor de Ruffini, que memoriza a nova posição. Este terceiro tempo deste padrão de Cinesioalongamento, também
pode ser modificado a partir do seu segundo ato, em indivíduos que já
3. O indivíduo retorna à posição anterior, e permanece por mais 08 (oito) adquiriram o aprendizado em sessões anteriores. Ao invés do profissional
segundos em intervalo. esperar 08 (oito) segundos para solicitar o tracionamento mútuo, ele
espera somente 04 (quatro) segundos, e o tracionamento também será de
04 (quatro) segundos. A partir daí, são idênticos ao quarto e ao quinto ato.
6. O indivíduo retorna à posição anterior, e permanece por mais 08 (oito) Este padrão de movimento é realizado de forma intercalada entre os
segundos em intervalo. membros inferiores, devendo sempre começar pelo lado dominante, sendo
realizado 03 (três) vezes com cada segmento. Cada movimento ativo deve
Ao término deste padrão de Cinesioalongamento, iniciam-se os durar 08 (oito) segundos, por 08 (oito) segundos de intervalo, antes de
padrões ativos,onde o profissional lança mão do comando verbal, e começar com o outro segmento. O perfil neurológico para a realização
aplicação de pontos-chave para facilitação do processo e segurança do destes padrões encontra-se facilitado pelos trabalhos passivos e ativos
indivíduo. antecedentes. Desta forma o trabalho ativo desencadeará uma consciência
corporal efetiva, resultando em fixação da amplitude de movimento
H) “CINESIOALONGAMENTO ISQUIOTIBIAL ALTERNADO”, TRABALHO desenvolvida.
ATIVO-:
• Posição inicial -

• Indivíduo sentado com o membro inferior dominante em extensão


funcional,

• O membro contralateral fletido e com a superfície plantar do pé apoiando


a sua parte côncava na parte convexa medial da panturrilha do membro em
extensão,

• Membros superiores relaxados ao lado do tronco,

• Em relaxamento do tornozelo dominante.

O profissional comanda que o indivíduo realize uma inspiração nasal, e


Fig. 24.2a. Cinesioalongamento isquiotibial alternado. faça uma expiração oral lenta, enquanto realiza flexão anterior do tronco, se
direcionando para a posição final.

• Posição final -

• Indivíduo sentado com o membro inferior dominante em extensão


funcional,

• O membro contralateral fletido e com a superfície plantar do pé apoiando


a sua parte côncava na parte convexa medial da panturrilha do membro em
extensão,

• Membros superiores estendidos horizontalmente em relação ao solo,

•Mão do membro superior do mesmo lado do membro estendido permanece


por cima;

Fig. 24.2b. Cinesioalongamento isquiotibial alternado. •Flexão anterior da cabeça, e tornozelo do membro em extensão
permanece em dorsi-flexão, evitando tracionar as extremidades dos
membros inferiores
I) “CINESIOALONGAMENTO ISQUIOTIBIAIS UNIDOS”, TRABALHO
ATIVO-: Este padrão de movimento é realizado 03 (três) vezes. Cada
movimento ativo deve durar 08 (oito) segundos, por 08 (oito) segundos
de intervalo. O perfil neurológico para a realização destes padrões
encontra-se facilitado pelos trabalhos passivos e ativos antecedentes.
Desta forma o trabalho ativo desencadeará uma consciência corporal
efetiva, resultando em fixação da amplitude de movimento desenvolvida.

• Posição inicial -

• Indivíduo sentado com os membros inferiores em extensão funcional,

• Membros superiores relaxados ao lado do tronco,

• Em relaxamento do tornozelo dominante.

O profissional comanda que o indivíduo realize uma inspiração nasal,


e faça uma expiração oral lenta, enquanto realiza flexão anterior do
tronco, se direcionando para a posição final.
Fig. 25.2a. Cinesioalongamento isquiotibiais unidos.
• Posição final –

• Indivíduo sentado com o os membros inferiores em extensão funcional,

• Membros superiores estendidos horizontalmente em relação ao solo,

• Mão acompanhando a alinhamento dos membros inferiores


homolaterais,

• Flexão anterior da cabeça, com tornozelo dos membros inferiores


permanecendo em dorsi-flexão, evitando tracionar as extremidades dos
membros inferiores.

J) “CINESIOALONGAMENTO LESTE / OESTE”, TRABALHO ATIVO-:

Este padrão de movimento é realizado de forma intercalada entre os


membros inferiores, devendo sempre começar pelo lado dominante,
sendo realizado 03 (três) vezes com cada segmento. Cada movimento
Fig. 25.2b. Cinesioalongamento isquiotibiais unidos.
ativo deve durar 08 (oito) segundos, por 08 (oito) segundos de intervalo,
antes de começar com o outro segmento. O perfil neurológico para a
realização destes padrões encontra-se facilitado pelos trabalhos
passivos e ativos antecedentes. Desta forma o trabalho ativo
desencadeará uma consciência corporal efetiva, resultando em fixação
da amplitude de movimento desenvolvida.
Outra característica deste padrão de Cinesioalongamento, é que o
mesmo promove um padrão contorcional ativo, de grande amplitude de
movimento, desenvolvendo um vetor de distração sacroilíaco lento, para
potencializar também as terminações de Ruffini.

Fig. 26.2b. Cinesioalongamento leste e oeste.

Fig. 26.2a. Cinesioalongamento leste e oeste.

Este padrão de movimento é realizado de forma intercalada entre os


membros inferiores, devendo sempre começar pelo lado dominante,
sendo realizado 03 (três) vezes com cada segmento. Cada movimento
ativo deve durar 08 (oito) segundos, por 08 (oito) segundos de intervalo,
antes de começar com o outro segmento. O perfil neurológico para a
realização destes padrões encontra-se facilitado pelos trabalhos passivos
e ativos antecedentes. Desta forma o trabalho ativo desencadeará uma
consciência corporal efetiva, resultando em fixação da amplitude de
movimento desenvolvida. Outra característica deste padrão de
Cinesioalongamento, é que o mesmo promove um padrão contorcional
ativo, de grande amplitude de movimento, desenvolvendo um vetor de
distração sacroilíaco lento, para potencializar também as terminações de
Ruffini. Fig. 26.2c. Cinesioalongamento leste e oeste.

Procedimentos –

• Indivíduo deitado com os membros inferiores em extensão funcional, K) “CINESIOALONGAMENTO NORTE”, TRABALHO ATIVO-:

• Membros superiores relaxados em posição de crucifixo, Este padrão de movimento é realizado 03 (três) vezes, e deve durar 08
(oito) segundos, por 08 (oito) segundos de intervalo, e objetiva aumentar
O profissional comanda ao indivíduo que realize flexão do quadril, amplitude de movimento nas últimas unidades vertebrais tóraco-cervicais.
estenda a perna, deixe a perna estendida virar para o lado contrário, O toque do solo, maca ou tatame com a região dorsal, potencializa a
enquanto a cabeça gira para o lado contrário à perna. O objetivo é capacidade de memorização destes ganhos de amplitude de movimento.
aproximar a ponta dos pés às mãos do mesmo lado.
RESUMO FISIOLÓGICO DO MÉTODO STS

Fig. 27.2a. Cinesioalongamento norte.

Fig. 27.2b. Cinesioalongamento norte.

Procedimentos –

• Indivíduo deitado com os quadris e joelhos fletidos, e pés apoiados no


solo, membros superiores relaxados e apoiados ao lado do corpo.

O profissional comanda ao indivíduo que realize inspiração nasal e


faça expiração oral lenta enquanto projeta os membros inferiores unidos
em direção à cabeça. Para o retorno, convém que o indivíduo mantenha
o controle sobre a musculatura abdominal, não permitindo que os
membros inferiores desçam bruscamente.

É muito importante observar a capacidade do indivíduo em realizar os


padrões de movimento das técnicas de Cinesioalongamento. Por isso
torna-se imprescindível uma anamnese detalhada, e uma avaliação bem
objetiva, para que seja possível traçar parâmetros do que seria contra-
indicação absoluta ou contra-indicação relativa. Os pacientes, clientes
ou alunos que não tenham indicação para a aplicação completa das
técnicas de Cinesioalongamento podem realizar parciais dos padrões,
pois todos possuem características de indução neurológica para o
aumento e manutenção da amplitude de movimento.
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