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O protocolo digital HART

César Cassiolato - Diretor de Marketing - cesarcass@smar.com.br


SMAR Equipamentos Industriais Ltda

Introdução Na figura 1, temos um loop de corrente analógica, onde os sinais


de um transmissor variam a corrente que passa por ele de acordo
Atualmente muito se fala em termos de redes fieldbus mas tem- com o processo de medição.O controlador detecta a variação de
se muitas aplicações rodando em HART (Highway Addressable corrente através da tensão sob um resistor sensor de corrente. A
Remote Transducer), tendo vantagens com os equipamentos in- corrente de loop varia de 4 a 20mA para freqüências usualmente
teligentes e utilizando-se da comunicação digital de forma flexível menores que 10 Hz.
sob o sinal 4-20mA para a parametrização e monitoração das
informações.

Introduzido em 1989, tinha a intenção inicial de permitir fácil ca-


libração, ajustes de range e damping de equipamentos analógicos.
Foi o primeiro protocolo digital de comunicação bidirecional que
não afetava o sinal analógico de controle.

Este protocolo tem sido testado com sucesso em milhares de apli-


cações, em vários segmentos, mesmo em ambientes perigosos.O
HART permite o uso de mestres: um console de engenharia na
sala de controle e um segundo mestre no campo, por exemplo um
laptop ou um programador de mão.

Em termos de performance, podemos citar como características


do HART: Figura 01 - Loop de corrente convencional

• Comprovado na prática, projeto simples, fácil operação e ma- A figura 2 é baseada na figura 1, onde o HART foi acrescido.Agora
nutenção. ambas terminações do loop possuem um modem e um amplifi-
• Compatível com a instrumentação analógica; cador de recepção, sendo que este possui alta impedância de tal
• Sinal analógico e comunicação digital; forma a não carregar o loop de corrente. Note ainda que o trans-
• Opção de comunicação ponto-a-ponto ou multidrop; missor possui uma fonte de corrente com acoplamento AC e o
• Flexível acesso de dados usando-se até dois mestres; controlador uma fonte de tensão com acoplamento AC. A chave
• Suporta equipamentos multivariáveis; em série com a fonte de tensão no controlador HART em ope-
• 500ms de tempo de resposta(com até duas transações); ração normal, fica aberta.No controlador HART os componen-
• Totalmente aberto com vários fornecedores; tes adicionais podem ser conectados no loop de corrente, como
mostrado ou através do resistor sensor de corrente. Do ponto de
As especificações continuamente são atualizadas de tal forma a vista AC, o resultado é o mesmo, uma vez que a fonte de alimenta-
atender todas as aplicações. ção é um curto-circuito. Note que o sinal analógico não é afetado,
uma vez que os componentes adicionados são acoplados em AC.
Veremos a seguir alguns detalhes do protocolo HART. O amplificador de recepção freqüentemente é considerado como
parte do modem e usualmente não é mostrado separadamen-
te. Na fig.2 foi desenhado separadamente para mostrar como se
deriva o sinal de tensão de recepção. O sinal de recepção não é
A simplicidade: o HART e o loop de corrente
somente AC, nem no controlador ou mesmo no transmissor.
convencional

As figuras 1 e 2 nos mostram como entender o HART facilmente.

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Figura 03 - Sinal HART

Equipamentos de campo e handhelds(programadores de mão)


possuem um modem FSK integrado, onde via port serial ou USB
de um PC ou laptop pode-se conectar uma estação externa-
Figura 02 - Loop de corrente acrescido o HART
mente. A figura 4 mostra uma conexão típica entre um device
Para enviar uma mensagem, o transmissor ao ligar sua fonte de Host e um equipamento de campo, onde usualmente se tem co-
corrente, fará com que se sobreponha um sinal de corrente de municação ponto-a-ponto.Veremos posteriormente, outros tipos
1mA pico-a-pico de alta freqüência sobre o sinal analógico da cor- de conexões. Em uma conexão do tipo ponto-a-ponto, como a
rente de saída. O resistor R no controlador converterá este sinal
em tensão no loop e esta será amplificada no receptor chegando
até ao demodulador do controlador(modem). Do mesmo modo,
para enviar uma mensagem ao transmissor, o controlador fecha
sua chave, conectando sua fonte de tensão que sobrepõe um ten-
são de aproximadamente 500mV pico-a-pico através do loop.Esta
é vista nos terminais do transmissor e encaminhada ao amplifi-
cador e demodulador.Note que existe uma implicação na fig.2
que é que o mestre transmita como fonte de tensão enquanto o
escravo, como fonte de corrente.A figura 3 mostra detalhes do
sinal HART, sendo que as amplitudes podem variar de acordo com
as impedâncias e capacitâncias de cada equipamento e perdas cau-
sadas por outros elementos no loop.O HART se utiliza do FSK,
chaveamento por mudança de freqüência(Frequency Shift keying),
onde a freqüência de 1200 Hz representa o 1 binário e a de 2200
Hz, representa o 0 binário.Note que estas freqüências estão bem
acima da faixa de freqüências do sinal analógico(0 a 10 Hz) de tal
forma que não há interferências entre elas.Para assegurar uma
comunicação confiável, o protocolo HART especifica uma carga
total do loop de corrente, incluindo as resistências dos cabos, de
no mínimo 230 Ohms e no máximo 1100 Ohms.

Figura 04 - Conexão de equipamentos mestres HART

da figura 4, é necessário que o endereço do equipamento seja


configurado para zero, desde que se use o modo de endereço na
comunicação para acessá-lo.

Em sistemas considerado grandes, pode-se utilizar-se de multi-


plexadores para acessar grandes quantidades de equipamen-
tos HART, como por exemplo na figura 5, onde o usuário de-
verá selecionar o loop de corrente para comunicar via Host.
Nesta situação em cascata, o host pode comunicar com vários
equipamentos(mais do que 1000), todos com endereços zero.

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Ainda podemos ter rede em multidrop e condições de split-range. A condição de split-range é usada em uma situação especial onde
Na figura 5a, na conexão em multidrop, observe que podem ser normalmente dois posicionadores de válvulas recebem o mes-
ligados no máximo até 15 transmissores em paralelo na mesma mo sinal de controle, por exemplo, um operando com corrente
linha. A corrente que passa pelo resistor de 250 Ohms(foi ocul- nominal de 4 a 12 mA e o outro de 12 a 20 mA.Nesta condição,
tado na figura) será alta, causando uma alta queda de tensão. os poscionadores são conectados em série no loop de corrente
com endereços diferentes e o host será capaz de distingui-los via
Portanto, deve-se assegurar que a tensão da fonte de alimentação comunicação.Veja figura 6.
seja adequada para suprir a tensão mínima de operação.

No modo multidrop a corrente fica fixa em 4mA, servindo apenas


para energizar os equipamentos no loop.

Figura 06 - Conexão HART com técnica split-range

Endereçamento em redes densas

Para endereçar os equipamentos em redes densas, um formato


especial chamado de “long form adressing” é usado.Durante a
configuração,o endereço e o tag de cada equipamento, via ponto-
a-ponto são enviados aos equipamentos. Na operação, os equi-
pamentos operam com o endereço no formato long.Usando o
comando 11, o host pode acessar os equipamentos via tags.

Figura 05 - Conexão HART via multiplexador

Figura 07 - Formato short e long de endereços no HART

Figura 05a - Conexão HART em Multidrop

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As camadas(layers) do HART terra suficientemente baixa com capacidade de dreno sufi-
ciente para conduzir e prevenir picos de tensão.Deve-se evi-
O HART foi desenvolvido segundo o modelo OSI, de acordo com tar múltiplos terras.
a figura 8. O meio físico • Evitar loops de terra: quando se tem vários equipamentos
aterrados a um terra comum por caminhos diferentes, crian-
do diferenças de potenciais que podem danificar os equipa-
mentos.
• Possíveis fontes de captação de ruído ou de distorções do
sinal de comunicação podem ser citadas:
· Sistema de aterramento totalmente desbalanceado.
· Estruturas metálicas mal aterradas ou isentas de
aterramento.
· Presença de laços com grande área de acoplamento
magnético.
• O loop de terra do sinal AC determina um circuito elétrico
AC, alimentado pela tensão de desbalanceamento do terra e
a interferência será tão maior quanto maior for o nível de-
tensão do ruído e quão próxima for a freqüência do ruído da
freqüência do sinal de comunicação.
• Estruturas metálicas mal aterradas ou isentas de aterramento
podem servir de antena, captando ruídos de tal energia que
poderia fazer com que o circuito AC passe a conduzir cor-
rentes que possam interferir na qualidade do sinal de comu-
nicação.Este fenômeno, denominado indução magnética, pode
Figura 8 – Modelo do protocolo HART segundo o modelo OSI ser minimizado com a implementação de um circuito de re-
Como visto anteriormente, o HART se utiliza do sinal de 4-20mA, torno próximo ao cabeamento do barramento. Se o sistema
sobrepondo um sinal em técnica FSK, chaveamento por mudança de bandejamento e de dutos criar um circuito ininterrupto
de freqüência(Frequency Shift keying), onde a freqüência de 1200 de retorno junto ao cabeamento, o laço pode ser minimizado,
Hz representa o 1 binário e a de 2200 Hz representa o 0 binário. diminuindo a área de acoplamento. Normalmente, o proble-
Cada byte individual do telegrama do layer 2 é transmitido em 11 ma resultante deste tipo de falha de instalação, em plantas
bits, usando-se 1200 kHz. operando normalmente, não será aparente, e caso ocorra um
desbalanceamento de terra, o problema trará conseqüências
desastrosas ao sistema, com danos permanentes nos equipa-
Cabeamento
mentos.
Utiliza-se um par de cabos trançados onde deve-se estar atento
• Para detectar a presença de aterramento em múltiplos pon-
à resistência total já que esta colabora diretamente com a carga
tos, recomenda-se, uma vez terminada a instalação, abrir cada
total, e agindo na atenuação e distorção do sinal.Em longas linhas
ponto de aterramento e realizar a medição da impedância
e sujeitas a interferências, recomenda-se o cabo com shield, sendo
deste ponto para o terra (megagem – a impedância lida deve
este aterrado em um único ponto, preferencialmente no negativo
ser bastante alta, da ordem de alguns Mega Ohms).
da fonte de alimentação.Segue algumas dicas de distribuição do
• Se a impedância lida for baixa, isto indica que algum ponto
cabeamento, aterramento e shield (blindagem):
da linha deve estar em contato com o terra (curto com a
carcaça, conexão de equipamentos não isolados com os sen-
• Para curtas distancias, pode-se usar cabos com 0,2 mm2 e
sores aterrados, etc..) e o curto deve ser desfeito.Lembrar
sem shield.
que as recomendações são válidas não apenas para o sinal,
• Para distancias até 1500m, recomenda-se usar cabos de par
mas também, para a própria blindagem dos cabos. Uma das
trançados com 0,2 mm2 e com shield.
ocorrências mais comuns é abandonar o shield dos cabos
• Para distancias até 3000m, recomenda-se usar cabos de par
mal acabado no bandejamento ou no próprio invólucro dos
trançados com 0,5 mm2 e com shield.
equipamentos e isto pode levar a curtos indesejáveis com a
• Deve-se assegurar a continuidade da blindagem(shield) do
carcaça. A prática recomenda que se faça também a megagem
cabo em mais do que 90% do comprimento total do cabo.E
da blindagem. As megagens do sinal e da blindagem devem
ainda, esta deve ser aterrada somente em um ponto, pre-
ser sistemáticas, repetindo sempre que se faça algum tipo de
ferivelmente na fonte de alimentação. O shield deve cobrir
manutenção nos dispositivos ou na cablagem. Qualquer ma-
completamente os circuitos elétricos através dos conectores,
nuseio em qualquer uma destas partes pode ocasionar um
acopladores, splices e caixas de distribuição e junção.
curto para a carcaça, principalmente se o acabamento dos
• Isolar sinal HART de fontes de ruídos, como cabos de força,
cabos for mal executado (curto ao fechar a tampa, curto ao
motores, inversores de freqüência.Colocá-los em guias e ca-
manipular os cabos nas bandejas, etc).
lhas separadas.
• Deve-se sempre estar atento as normas de segurança se-
• Quando utilizar cabos multivias, não misturar sinais de vários
gundo as exigências dos órgãos certificadores e conforme a
protocolos.
aplicação.
• Em relação ao aterramento, deve-se ter uma impedância de

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Layer 2 • Status: são dois bytes que indicam a condição do equipamen-
to. Quando iguais a zero, o equipamento está OK.
O protocolo HART opera segundo o padrão Mestre-Escravo, • Data: são os dados transmitidos e que podem ser em vários
onde o escravo somente transmitirá uma mensagem se houver formatos onde os equipamentos converterão conveniente-
uma requisição do mestre. A figura 9 mostra de maneira simples mente.
o modelo de troca de dados entre mestre e escravo.Toda comu- • Parity: contem o checksum, atendo HD = 4 (Hamming dis-
nicação é iniciada pelo mestre e o escravo só responde algo na tance).
linha se houve um pedido para ele.Existe todo um controle de
tempo entre envios de comandos pelo mestre. Inclusive existe um Em um frame usando formato short, teremos 25 bytes mais 10
controle de tempo entre mestres quando se tem dois mestres no bytes de controle. Como usa 11 bits, teríamos:
barramento.
• 11*35 = 385 bits transmitidos
• o tempo por bit é de : 1/1200 bit/s = 0.83ms
• o tempo total de transação é de = 385*0.83ms = 0.319s
• o tempo de transação do 25 bytes(dados de usuário) é =
0.319s/25 = 12.8ms

A relação entre o tempo de dados de usuário e o tempo total de


transação é: 25 * 8 bits / 385 bits = 52 %.

Figura 9 – Modelo de comunicação Mestre-Escravo de Observe que em mensagens mais curtas, a proporção entre o
troca de dados no HART dado de usuário e o dado de controle pode chegar a 128ms para
Em termos de serviços de comunicação, o HART provê 3 tipos: um byte de dado de usuário.Em geral, tem-se um tempo de 500ms
para garantir duas transações mais alguma informação adicional
• Comandos padrões: onde se tem a troca de dados entre de manutenção e sincronização.
mestres/escravos;
• Comandos em broadcast: que são comandos que todos os Application Layer(Camada de Aplicação)
equipamentos recebem;
• Modo burst: onde alguns equipamentos ciclicamente a cada Como explicado anteriormente, o HART é baseado em coman-
75ms envia na linha o valor de processo medido.Normalmen- dos que uma vez recebidos pelos escravos, permitem certas
te, tem-se duas transações por segundo.Neste modo, pode- ações.Estes comandos estão divididos em classes:
se ter quatro por segundo.
• Universais: comandos usados e compreendidos por todos
equipamentos HART;
• Práticos e Comuns: suportados pela maioria dos equipamen-
tos HART e de acordo com a função do equipamento;
• Específicos de cada equipamento conforme o fabricante: são
dependentes das características particulares de cada equipa-
mento/fabricante.

Figura 10 – Frame padrão de um comando HART.


Na figura 10 podemos ver um frame padrão do HART, onde:

• Preâmbulo: pode ser 3 ou mais bytes FF de sincronismo dos


sinais da mensagem.
• SD: é o byte que indica quem está enviando o frame: mestre,
escravo ou o escravo em burst mode e ainda, qual o formato,
long or short.
• AD: é o campo de endereço onde no formato short com
um byte, possui um bit de distinção entre os dois mestres
possíveis e um para indicar burst mode.Em equipamentos de
campo, 4 bits são usados para o endereço, de 0 a 15.No caso
do formato long, o endereço tem 38 bits.
• CD: este é o byte que identifica o comando HART que vai
depender do layer 7, isto é, da aplicação.Os comandos são Figura 11 – Comandos Universais
divididos em classes: universais, comuns e de acordo com o
fabricante.
• BC: indica o comprimento da mensagem.No HART o com-
primento máximo é 25 bytes.

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Um exemplo de equipamento HART A figura 14 mostra o diagrama funcional do LD301, segundo os
padrões HART:
Vejamos a figura 12, onde temos o diagrama de blocos do trans-
missor de pressão LD301 da Smar.

Figura 14 – Diagrama funcional do LD301

Figura 12 – Transmissor de Pressão HART/4-20mA


Este transmissor possui a tecnologia do sensor capacitivo, que
é a tecnologia mais difundida e testada em nível de sensores de
pressão, em milhares de aplicações e segmentos, desde as mais
simples até as mais complexas e principalmente onde exigi-se
exatidão e confiabilidade. Não possui conversor A/D e a leitura
dos sinais de capacitâncias é totalmente digital(a Smar utiliza de-
sta metodologia digital desde a década de 80), eliminando drifts
comumente encontrados neste componente.Graças a um chip
desenvolvido e comercializado pela Smar, o HT3012, este trans-
missor possui um dos maiores MTBFs do mercado, onde este
chip, além de um modem HART, um conversor D/A de 15 bits e
um controlador de LCD, possui um co-processador matemático
que garante alta performance a todos os equipamentos HART Figura 15 – Uso do LD301 como controlador, dispensando o uso do
desenvolvido com o mesmo.Com todas estas funcionalidades e controlador
alto nível de integração, este chip permite que este transmissor
de pressão possua somente uma placa eletrônica, facilitando ma-
nutenção e controle de estoque, já que uma única placa atende to-
dos os modelos.Tudo isto colabora no aumento de confiabilidade
e diminui as probabilidades de falhas, garantindo seu uso em áreas
críticas.Além disso, o LD301 possui rápido tempo de resposta,
funções avançadas de diagnóstico, totalização com persistência e
um bloco PID, onde em muitas aplicações dispensa o uso de um
controlador.Veja figura 13 a 16.

Figura 16 – Recursos de diagnose facilitando a manutenção


Para conhecer a linha completa de equipamentos de campo Smar
Figura 13 – Super Chip HART – HT3012 – Smar acesse: www.smar.com.br

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A convivência de vários protocolos em uma
mesma planta

Daqui para frente é esperado que a convivência entre vários pro-


tocolos torne-se uma constante, principalmente onde o parque
instalado for grande e deseja-se preservar os investimentos feitos.
A figura 17 é um exemplo típico de sistema onde se tem em uma
mesma planta os protocolos Foundation Fieldbus e HART.Neste
caso, uma interface HART-FF, o HI302, é utilizado, permitindo con-
exões ponto-a-ponto e multidrop. O HI302 é uma ponte entre
equipamentos HART e sistemas Foundation Fieldbus, possui 8 ca-
nais HART master e permite ao usuário executar manutenção,
calibração, monitoramento de status do sensor, status geral do
equipamento, dentre outras informações.

Figura 18 – Utilização de FDT e DTM com o HART

Conclusão

Pudemos ver alguns detalhes do protocolo aberto HART, com


uma visão um pouco diferente do que se tem em nível de usuário,
isto é, envolvendo detalhes técnicos deste padrão. Além disso, vi-
mos o quê se tem em termos de desenvolvimento de chips HART
avançados e os benefícios em performance, recursos e funcionali-
dades de um transmissor de pressão com este desenvolvimento. E
ainda, a integração de fieldbus com HART e o uso do FDT e DTM
na configuração HART.

Referências:

• Material de treinamento LD301 Smar, César Cassiolato, 2003.


• Manuais de equipamentos HART Smar.
• www.smar.com.br

Figura 17 – Integração Foundation Fieldbus e HART usando o HI302


O uso de FDT e DTMs na configuração de equi-
pamentos HART

A tecnologia baseada em FDT( Field Device Tool) e DTM(Device


Type Manager) permite ao usuário ganhar versatilidade e flexibili-
dade de configuração, parametrização, calibração e principalmente
mecanismos de download e upload durante a fase de planeja-
mento/comissionamento dos projetos. É uma tecnologia aberta,
e que permite que um DTM de um equipamento de campo rode
em qualquer frame application suportando FDT e ainda permite
usar um único ambiente de software para integrar produtos de
diferentes fabricantes e protocolos. O DTM é um “driver”, ou
seja, é um componente de software (DLL, EXE) que representa
cada equipamento que estiver na planta. Este “driver” obedece
à norma FDT e pode ser usado em qualquer Frame Application,
independente do fabricante. A figura 18 mostra um configurador
baseado nesta tecnologia e o DTM do LD301.

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