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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

COMARCA DE SÃO PAULO


FORO REGIONAL I - SANTANA
1ª VARA CÍVEL
Av. Engenheiro Caetano Álvares, 594, 2º andar - Avenida "A" - salas 207 e 209, Casa Verde - CEP 02546-
000, Fone: 11-3951-2525, São Paulo-SP - E-mail: santana1cv@tjsp.jus.br

SENTENÇA

Processo nº: 0116263-40.2008.8.26.0001 - Monitória


Requerente: Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo - Bancoop
Requerido: José Daniel de Paula
Data da Audiência: 03/02/2011 às 15:30h

Se impresso, para conferência acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 0116263-40.2008.8.26.0001 e o código 010000001ZA8C.
Juiz(ª) de Direito Dr.(ª): Edmundo Lellis Filho

Vistos.

Trata-se de ação monitória pela qual a autora aduz


que, tendo o réu aderido a seus estatutos e a contrato de
compromisso de compra-e-venda de bem imóvel (“unidade
habitacional”), verificou-se, posteriormente, a necessidade
de cobrança de resíduo (“custo adicional/reforço de caixa”).
Contudo, o réu não pagou, tornando-se inadimplente, o que
justifica a cobrança em questão.

Eis o relatório.

Este documento foi assinado digitalmente por EDMUNDO LELLIS FILHO.


Determino, inicialmente, o cancelamento da
audiência, disponibilizando-se a data para outros processos.

Com efeito, a experiência tem demonstrado que as


partes, em processo dessa natureza, não transigem, razão
pela qual é o caso de ser a lide analisada.

Fica reconhecida a carência de ação, na forma do


artigo 267, inc. VI, 3ª figura, CPC, porque a cobrança do
adicional pretendido depende de autorização de assembléia, o
que não existe.
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
COMARCA DE SÃO PAULO
FORO REGIONAL I - SANTANA
1ª VARA CÍVEL
Av. Engenheiro Caetano Álvares, 594, 2º andar - Avenida "A" - salas 207 e 209, Casa Verde - CEP 02546-
000, Fone: 11-3951-2525, São Paulo-SP - E-mail: santana1cv@tjsp.jus.br

Como tem sido decidido, a autorização da assembléia


é condição para a cobrança:

Apelação nº 0104647-34.2009.8.26.001

Se impresso, para conferência acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 0116263-40.2008.8.26.0001 e o código 010000001ZA8C.
Relator(a): Vito Guglielmi
Comarca: São Paulo
Órgão julgador: 6ª Câmara de Direito Privado
Data do julgamento: 09/12/2010
Data de registro: 22/12/2010
Outros números: 990105221645
Ementa: CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRENCIA. AÇÃO
RELATIVA A CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE
IMÓVEL. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. POSSIBILIDADE.
MATÉRIA EXCLUSIVAMENTE DE DIREITO. PRELIMINAR REJEITADA.
COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA. IMÓVEL. CONSTRUÇÃO PELO
SISTEMA COOPERATIVO. OBRA ENTREGUE, COM SALDO A
FINALIZAR. COBRANÇA. IMPOSSIBILIDADE. HIPÓTESE EM QUE
NÃO HÁ COMPROVAÇÃO DA EXTENSÃO DOS CUSTOS E NEM
APROVAÇÃO DO VALOR EXIGIDO EM ASSEMBLÉIA. AÇÃO
IMPROCEDENTE. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. SUCUMBÊNCIA.

Este documento foi assinado digitalmente por EDMUNDO LELLIS FILHO.


VERBA HONORÁRIA. FIXAÇÃO. QUINZE POR CENTO SOBRE O VALOR
DA CAUSA. VALOR EXCESSIVO. CAUSA QUE NÃO APRESENTA MAIOR
COMPLEXIDADE. OBSERVÂNCIA DOS CRITÉRIOS ESTABELECIDOS NO
ART. 20, § 4o, DO CPC. DETERMINADA A REDUÇÃO DA VERBA.
OBSERVÂNCIA AO PRINCÍPIO DE QUE O PROCESSO NÃO DEVE
ONERAR EXCESSIVAMENTE AS PARTES. RECURSO PARCIALMENTE
PROVIDO PARA ESSE FIM.

Apelação nº 0047248-08.2007.8.26.0554
Relator(a): Teixeira Leite
Comarca: Santo André
Órgão julgador: 4ª Câmara de Direito Privado
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
COMARCA DE SÃO PAULO
FORO REGIONAL I - SANTANA
1ª VARA CÍVEL
Av. Engenheiro Caetano Álvares, 594, 2º andar - Avenida "A" - salas 207 e 209, Casa Verde - CEP 02546-
000, Fone: 11-3951-2525, São Paulo-SP - E-mail: santana1cv@tjsp.jus.br

Data do julgamento: 09/12/2010


Data de registro: 13/12/2010
Outros números: 990.10.472831-2
Ementa: COOPERATIVA HABITACIONAL. Compromisso de compra
e venda. Cobrança. Cooperativa que pretende a cobrança

Se impresso, para conferência acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 0116263-40.2008.8.26.0001 e o código 010000001ZA8C.
de saldo residual. Sem prova da origem do débito.
Pretensão que ocorreu muito depois de os cooperados
terem quitado o valor avençado em contrato. Insegurança
jurídica que não pode ser prestigiada. Violação ao
princípio da boa-fé objetiva, diante de comportamento
contraditório venire contra factum proprium. Não é
razoável a cobrança de resíduo após dar de forma tácita
a quitação. Nítido caráter de papel de incorporadora,
sujeita, portanto à Lei 4591/64. Acordo com o Ministério
Público que não descaracteriza os termos dessa decisão.
Recurso desprovido.

Logo, a falta de autorização acarreta falta de


interesse de agir para a cobrança, pois não está a entidade
autora autorizada por seu órgão máximo, sendo que a
"aprovação de contas" não substitui a deliberação para

Este documento foi assinado digitalmente por EDMUNDO LELLIS FILHO.


cobrança de saldo residual, pois se trata de matéria
especial sobre a qual deve haver decisão em específico.

Assim, julgo o processo extinto sem exame de


mérito, de modo que condeno a autora em custas e em verba
honorária correspondente a 10% sobre o valor da causa.

P.R.I.C.

São Paulo,18 de janeiro de 2011.

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