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LIÇÃO – 5

SINAIS E MARAVILHAS NA IGREJA

Texto Áureo
“Testificando, também, Deus, com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo [...]” (Hb 2.4).

Testificando, Deus testifica do Seu Reino e da Salvação destinados para toda raça humana.

...por sinais, e milagres, e várias maravilhas, Deus Testifica a veracidade do Seu Reino, através dos SINAIS, MILAGRES e
MARAVILHAS, dos mesmos realizados pelo próprio Messias. Conforme profetizado por Isaías (Is 35.5,6; 61.1), quem iria realizar tais
SINAIS seria o Messias.

Tal profecia é condensada nesta passagem “Respondendo, então, Jesus, disse-lhes: Ide, e anunciai a João o que tendes visto e
ouvido: que os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e aos pobres
anuncia-se o Evangelho”. Lc 7.22. Note que Jesus não afirmou claramente que Ele era o Messias, mas, mencionou que estava
realizando os SINAIS que o Messias iria realizar ao iniciar seu Ministério. Logo, Ele era de fato o Messias.

Assim, a maior prova de que os discípulos estavam vivendo o Reino de Deus, era a realização dos SINAIS e o derramamento do
Espírito Santo, este condicional à ascensão de Cristo (Jo 16.7), aqueles deixados pelo próprio Messias. Logo, negar a atualidade
desses SINAIS é negar o Reino de Deus.

Objetivos
Compreender porque os milagres e maravilhas eram sinais tão comuns à Igreja Primitiva.
Explicar quais os objetivos de Deus ao realizar milagres e maravilhas.
Conscientizar-se de que a proclamação da Palavra é mais importante que milagre.

INTRODUÇÃO
Nesta aula trataremos de um assunto muito comum no meio dos cristãos, é comum porque ainda temos em nossos dias, sinais e
maravilhas da parte de Deus. Mas, porque eles eram tão comuns à Igreja Primitiva? Porque pregavam intensamente o Evangelho de
Cristo, note que Mc 16.15, é dada a ordem “Ide... pregai”, no v.16 tem uma condição “quem crer”, no verso v.17 temos uma
conseqüência aos que “crêem”, qual seja, os sinais do Reino os acompanham. Logo, à medida que os apóstolos pregavam o
Evangelho, o Espírito Santo ia executando a sua tarefa (Jo 16.8-11), as pessoas iam crendo e os sinais iam se realizando.

Alguém poderia perguntar – Qual o segredo daqueles cristãos? Eu diria, o segredo é uma entrega de corpo, alma e espírito ao Reino
de Deus, o segredo daqueles homens é que eles tinham “Visão de Reino”.

Se abraçarmos ardentemente o Reino de Deus, à semelhança dos apóstolos, Deus fará se cumprir em nós todas as bênçãos
inerentes ao Seu Reino (Is 35.5,6; 61.1).

I. SINAIS E MARAVILHAS, A AÇÃO SOBRENATURAL DA IGREJA


Os milagres não podem ser visto como eventos apenas nos tempos bíblicos, e nem com saudosismo “há no meu tempo... há na
época do falecido pastor... e etc.”
Devem ser vistos como um recurso espiritual, atual e exclusivo da Igreja de Cristo, exclusivo porque os milagres são bênçãos
exclusivas do Reino Messiânico (Is 35.5,6; 61.1). Logo, não reconhecemos cura ou milagres de outras fontes.

1. Definição
Sinais, Indícios, prova, vestígio, marca
Maravilhas, Ação extraordinária que causa admiração

Assim, os sinais ou a provas de que o Reino de Deus havia chegado, era os acontecimentos extraordinários, admiráveis, inéditos,
algo impossível aos homens, os quais se realizaram nos tempos da Igreja Primitiva

Assim, podemos concordar que são operações extraordinárias e sobrenaturais de Deus no âmbito das coisas naturais.

Quando o comentarista usa a frase “são uma suspensão das leis naturais” se refere a milagres óbvios, ou seja, é uma intervenção
divina no curso da natureza, exemplo, um cego vê, um surdo ouvir, um morto ressuscitar e etc. São eventos que a palavra “milagre”
deve ser aplicada, até porque o homem não é capaz de realizá-los; são exclusivos do Criador.

Se há milagres óbvios; há também milagres ocultos.


Os milagres ocultos, são os que envolvem a configurações de eventos usando unicamente processos naturais, ou seja, Deus opera
milagres secretamente em nossas vidas através de processos naturais. O maior exemplo, é o nascimento e vida de Jesus, e outros
eventos relacionados a sua morte e ressurreição, os quais aconteceram exatamente conforme profetizado, contudo, Deus estava no
controle dos eventos “ocultamente”, até suas conclusões, afim de realizar o maior milagre, a Salvação da raça.
Nótula Homilética.
No milagre óbvio, Deus intervém no curso da natureza; no milagre oculto Deus intervém através da natureza, não se preocupe Deus
está intervindo...

2. Objetivos do milagre
Existem vários objetivos, mas, destacarei quatro:
a) Glorificar a Deus.
Esta glorificação a Deus acontece por parte de quem recebe e por parte de quem presencia ou toma conhecimento de um milagre.
b) Expansão do Reino de Deus.
O Reino de Deus não cresce sem a pregação da Palavra, a fé salvadora vem por meio da Palavra (At 6.7; Rm 10.14,17).
c) Testificar a veracidade da divindade de Jesus.
Conforme fora profetizado no Velho Testamento sobre o Messias e suas obras, podemos entender que os milagres de Jesus têm o
objetivo de revelar sua divindade (Jo 2.11; 20.30,31).
d) Edificação.
Muitas pessoas precisaram ver ou receber um milagre, para renovarem suas forças espirituais, sua fé, sua esperança, o ânimo (1 Rs
19.8). Isso é fato, às vezes precisa-se de um milagre para que possamos retomar os “remos” da nossa vida com Deus.
e) Beneficiar o ser humano.
O milagre tem a capacidade de beneficiar o homem em todas as áreas da sua vida, financeira, familiar, profissional, conjugal,
ministerial, em fim em qualquer área.
O milagre restituir os sonhos.

O que não é objetivo do milagre


Espetáculos;
Exaltação humana;
Enriquecimento ilícito – (comércio da fé – 2Pe 2.3).

II. O MILAGRE NA PORTA FORMOSA


O milagre da porta formosa, é um marco para os cristãos que almejam experimentar o sobrenatural de Deus. Notaremos
basicamente dois aspectos desse evento de um modo geral.

O primeiro será o PANO DE FUNDO, informações básicas do contexto histórico, acredito ser importante o professor conhecer um
pouco. Sobre o Pano de Fundo, postagem abaixo ou aqui.

O outro aspecto será voltado para a aplicação em nós.


Pedro e João – dirigiam-se ao Santo Templo;
Objetivo – orar;
Depararam-se com um coxo (deficiente de uma perna ou ambas, impossibilita a locomoção);
O coxo estava a mendigar todos os dias;
Pedro e João – subiam juntos para buscar o Senhor;
Pedro e João – estavam juntos quando ocorreu o milagre;
Mas, quem ministra o milagre é Pedro – “...eu não tenho...” e não nós não temos.

1. Oração e Milagre
Temos agora uma causa e uma conseqüência
Com oração – milagres
Sem oração – sem milagres
É através da oração que o crente cresce espiritualmente e recebe poder e autoridade para a operação de milagres.

Exemplos de pessoas que realizaram milagres.


Observando a vida dos homens (V.T, N.T e Atualmente) que experimentaram e experimentam o sobrenatural de Deus, constatamos
que a oração, jejum e a devoção a Deus são os elementos ou o caminho que conduz o crente ao sobrenatural.
São homens como Moisés, Elias, Elizeu, Jesus, os Apóstolos (Êx 24.12-18; Mt 4.2; At 3.6, 14.10) e muitos do nosso tempo (YouTube).

Se quisermos entrar no sobrenatural e ter uma vida espiritual robusta, pujante; basta romper com os embaraços dessa vida (Hb 12.1
) e chegar com ousadia ao Trono da graça de Deus (Hb 4.16), feito isso, viveremos os milagres (Mc 16.17) .

Esta autoridade foi nos outorgada, ou seja, Jesus nos deu poder em Seu nome – Mt 10.1, tome posse.
2. Quando nem ouro nem prata fazem a diferença
Ao os apóstolos o coxo esperava receber algo material para o seu sustento;
Apesar de João está junto com Pedro, a descrição bíblica está no singular, Pedro falou por si mesmo; Intimidade com Deus é
individual.
Observações na fala de Pedro:
“E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o nazareno, levanta-te e anda”.
... Não tenho prata nem ouro, desprovido de bens; ricos da graça de Deus;
...mas o que tenho isso te dou, os bens celestiais são distribuídos gratuitamente, “ ... de graça recebestes, de graça daí..” Mt 10.8.
Em nome de Jesus Cristo, Pedro, mediante a fé ministra a cura ao coxo em nome de Jesus, pois o próprio Jesus havia prometido aos
seus discípulos o que haveria de acontecer quando usassem o Seu nome, e Pedro apenas tomou posse dessa autoridade. Tomemos
posse também dessa autoridade.

Situação de muitas igrejas hoje:


Ricas, poderosas, influentes, famosas, muitas propriedades no Brasil e no exterior, influencia na política nacional, em fim, possui
prata e ouro. Contudo, desprovidas dos bens espirituais (poder, cura, milagres, fruto do Espírito Santo, profecia, discernimento de
espíritos, unção, revelação da Palavra, adoração verdadeira, amor não fingido e etc...), isso nos assusta, mas, infelizmente existem
algumas igrejas que estão vivendo (Ap 3.17) e fazendo do povo de Deus negócio (2 Pe 2.3) e mercadejando a sua Palavra (2 Co 2.17).
Os bens materiais das igrejas e sua influencia na sociedade e na política, devem ser voltados para o Reino de Deus.

3. O milagre na Porta Formosa.


Temos uma imagem de um forte contraste;
Uma Porta Formosa e um mendigo – analisaremos ambos individualmente e para no final fazer a aplicação correta.

A Porta Formosa, era todo revestido de bronze fino, principal acesso para o átrio do templo, era o “cartão de visitas” do Templo,
ostentava vaidade e poder, com certeza causava admiração a todos que adentravam o templo.

O mendigo, era coxo desde o seu nascimento, era uma pessoa inválida, improdutivo, desprezado pela sociedade da época, pois, se
recorrermos ao contexto cultural, desde o V.T, os coxos eram inábeis para o sacerdócio (Lv 21.18), não se podei sacrificar animal
coxo (Dt 15.21; Ml 1.8,13), ser coxo; era ser o desprezo personificado.

Assim, porque esse coxo uma atenção tão especial pelos discípulos? vejamos, pois:

Na ótica de Cristo essa situação se inverte;


Com Cristo,
As riquezas são desprezadas – Mt 6.19;
As riquezas sufocam a Palavra – Mt 13.22;
A vaidade transformada em humilhação – Mt 23.12;
A riqueza, a vaidade, o orgulho não podem fazer nada para comunicar cura ao doente.

Com Cristo,
O coxo é amado – Lc 7.22;
Sua alto estima restaurada – Lc 14.21;
Seus sonhos restaurados – At 3.4;
Recebe convite para as bodas do Cordeiro - Lc 14.21;
É reconhecido semelhante aos demais da sociedade – Mt 11.28; 12.15;
Recebe a atenção do senhor Jesus – Mt 15.31.

Assim, nada pode impedir o agir de Deus, diante do Eu Sou, a oposição cai por terra (Jo 18.6).

III. O MILAGRE ABRE A PORTA DA PALAVRA


Neste ponto destaca-se pelos menos nove temas que são inerentes à vida cristã, porém, devemos atacar o foco principal, qual seja:
Porta da Palavra como conseqüência do milagre:
Sendo assim o professor deve conscientizar os alunos que é mais importante pregar a Palavra do que ministrar milagres sem a
pregação da Palavra.

Os temas elencados abaixo foram extraídos da revista, não é necessário falar sobre todos, até porque não daria tempo e perderia o
foco principal, mas, se der tempo, vale apena mencioná-los, de uma forma panorâmica e em seguida passar ao tema principal.

Temas extraídos:
a) Que os dons sempre são para a glória de Deus;
b) Nunca para a glória do homem;
c) A proclamação do Evangelho é mais importante que o milagre;
d) Aproveitaram a oportunidade para pregar o Evangelho;
e) Não precisamos criar dias específicos para receber milagres;
f) Devemos pregar a Palavra de Deus todos os dias;
g) O Senhor está conosco todos os dias, operando milagres; óbvios e ocultos;
h) Quantas e quais portas foram abertas? Após o milagre;
j) Aplicação
Tema Principal:
Para melhor desempenho na ministração da aula aconselho o nobre professor, ler At 3 e 4.
Porque a proclamação da Palavra é mais importante que o milagre?
R - A Palavra trás ao homem o maior milagre que a humanidade pode conhecer, a Salvação da ira futura.
Vimos isso no discurso de Pedro:
3.19. Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados.
4.12. E não há salvação em nenhum outro; ...nome, ....pelo qual importa que sejamos salvos.

Observamos então que Pedro não oferece milagres sem compromisso com a Palavra como vimos em nossos dias, sem
transformação de vida, mas, oferece o dono do milagre, pois só Cristo pode nos salvar e nos conceder vários milagres.

As portas que foram abertas após o milagre do coxo:


Abriram-se as portas para Pedro pregar a vários grupos de pessoas em pouquíssimo tempo:
1. Aos povos comuns; os que estavam presentes, e que não ocupavam posição social de destaque.
2. Aos sacerdotes; sacrificador, dos animais oferecidos nos holocaustos.
3. Ao capitão do templo; o segundo oficial no poder político e religioso judaico depois do sumo sacerdote.
4. Aos saduceus; negavam a ressurreição dos mortos.
5. Autoridades; seriam os lideres religiosos (anciãos) e os mestres da lei (escribas).
6. Caífas; sumo sacerdote no tempo de João Batista, Lc 3.2.
7.Todos que eram da linhagem do sumo sacerdote; o principal dos sacerdotes judaicos.
Podemos ver que diante desse milagre abriram-se as portas para a pregação do evangelho, a pelo menos cinco classes de pessoas:
Pessoas comuns, aos lideres religiosos, às autoridades do Sinédrio, aos membros de uma seita que não cria na ressurreição dos
mortos, e aos sumo sacerdotes.

Diante dos acontecimentos Pedro não negou o que havia ocorrido, até porque contra fatos não há argumentos (4.16), Pedro então
fortalecido pelo Espírito Santo, pregou-lhes a Palavra de Deus com ousadia e poder, pois a porta já estava aberta.

“Deus quer que a sua Palavra seja pregado a todos os grupos de pessoas, seja um atalaia da última hora aonde você convive, não se
preocupe, a obra é do Espírito Santo, apenas pregue”.

CONCLUSÃO
Esta lição nos fez crescer um pouco mais, no que se refere aos sinais do Reino de Deus, sabemos, que estes sinais devem nos seguir,
e nunca o inverso, mas para que isto aconteça é necessário crermos na atualidade dos mesmos, sabemos que os objetivos dos
milagres, são para a glorificação do nome do Senhor Jesus, edificação da Igreja e principalmente para a proclamação do Evangelho
de Cristo, estes sinais emanam do Seu Reino e nós pela sua infinita graça fomos alcançados, prossigamos pois, na proclamação das
Boas Novas.

“Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele, eternamente. Ámem” Rm 11.36.

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