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Eficiéncia Energética na Arquitetura — PROCEL ‘insert Curriculum redu: Roberto Lamberts Professor Titular do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Caterina {(UFSC),nesceu em Pore Alegre em 1857. Formou-se em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1980, Obteve, Delamesma universidade,othulo de Mesire em Engenharia em 1989. Desanvolveu seu programa ‘Be Doutoraco no period de 1983 a 1988 no Department of Cll Engineering, The University of ‘Leeds, Inglaterra, Fol protessorvisitanie na UFSC em 1988 e 1989 eIngrossou no quacro permanente medianto ‘oneurse paleo realizado em 1989, Atualmente, participa dos cursos de pés-graduagso em Engenharia Gil (Mestrado), Engenharia Mecénica(Mestrado e Doutorado) e Engenharia se Producao estado e Doutorado) da UFSC, ralizando aividades de orientagao e pesquisa nas {reas “Eciénela Energética do Ambiente Constrvid, Arquitetura Bloelimatia, Conforto Termicoe Desempenno Térmico de Ediicacdes". Luciano Dutra Pesquisador na érea de Eficiéncia Energética do Ambiente Construido no Nicieo de Pesquisa em ‘Construgdo (NEC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), nasceu em tai em 1967. Formou:se em Arqitiura ¢ Ufeenismo pela UFSC.em 1981, desenvolvendo trabalhos de pesquisa em ‘Conforte Ambiental jana fase académica. Sou Pojeto de Graduaci, 3000 thulo Agénc‘a Bancéria— alfislo Comerci,reoebeu Menge Honosa no Concurso Nacional “Opera Prima 1891", publcado ra revistaProjoto, edlgso 156cde eetembro.de 1292, edesenvoNvido em co-auloria com Ars Schit CObteve o tule de Mestre em Engenharia também pela UFSC em 1994. Foi professor de Conforto Ambiental na Fundacdo Universidade Ragional de Blumenau (FURB) tite 1988.0 1985. Nesta época desenvolveu diversos abalhos de design gro, entre oles ‘agao da logomarca do NPG, a oregso dos manuals de "Apicacao de Revestimentos Cerdmicos ‘Verso para Obra’ da Cordmica Portobello ea criagao das ustragbes para este livro. ‘Atwelmente esté finalizanda o desenvolvimento de um Mulimicia sobre Efciéncia Energétioa na ‘Arquitlura patrocinado polo RHAE @ pelo NPC. Fernando Oscar Ruttkay Pereira -rotessor Titular do Departamento de Arquiteturae Urbanismo da Universidade Federalde Santa (Catarina (UFSC), nasceu em Porto Alegre em 1956. Formou-se em Engenharia Cl pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1979. Obteve, pela mesma unversicade,o tulo de Mestre om Engenharia em 1984. Namesma época recebou Mencao Honrosa no Prémio Jovem Cientista- 1982, CNP - “Conservagdo de Energia", como ‘tabaihoinitslado “Energia Ambiental: Um Catriepara Projto de Ealicagoes” Ingressou na carrera univeretria meciante concurso pico raelizado om 1882. Desenvolveu seu programa Ge Doutorado no period de 1988 a 1992 na School of Architectural Studies, University of ‘Shettel,inglatera. Atuelmante, participa em cardter permanente dos cursos de pés-graduagao em Engenharia Chl (Mestraco), Engenharia de Procucéo (Mestrado e Doutorado) e Engenharia de Segurengano Trabalno (Especializgéo) da UFSC, rcalzando alvidedes de orientagéo e pesquisa ras éreas “Insolagi lluminagao no Ambiente Urbano, Sisemas Inovatives de lluminagao Natural, Ecidncia Energética do Ambiente Construido ¢ Ensine de Conforto Ambiental ¢ Eficiéncia Energétioa em Eeooias de Arquitetura™. Eficiéncia Energética na Arquitetura Roberto Lamberts Luciano Dutra Fernando Oscar Ruttkay Pereira lustracées - Luciano Dutra io Pave 1807 Edigio PW Orifoos Eatores Assocados Lids, ores Al Wssondscs ‘valor Tounero Produgioedtoral Prokatores Astouados id, ‘Autores RoberoLamberts {eels Dave Fernando Oscar thay Poria Projet gre “cuusregdes | Luclane Dutra Lcbovignto 19 PW Getoon Eotores Asroiados Lita Coop 887 Lasane Duatuacsee |AMBERTS, Ropero oane NS sénetaenergétoa na arquietura) Roser Lamers, Lucian Duval Femando Oscar Ruteay Perea. ‘Sto Paul: Pu 1997 "825.1 rages Luciane Dora. 4, Aguila e ena. |. Dua, Lucian 1 Pereira, Franco Oscar Pues Tule 721001 (COU-FIDws16) EA Cuter PREFACIO ‘© PROCEL 6 um Programa de Combate 20 Desperdicio de Energia Elétrica, Institue ppelo Governo Federal, através da Portaria Interministerial n° 1.877 de 80/12/85, com o Objotivo de integrar as agses visando o combate 20 desperdicio de energia elétrica no pals. © despardicio de energia elétrica em nosso pais 6 bastante elevado, As estatisticas ‘mostram que 42% do consumo dessa energia se da nas edifleagoae resicenciais e comerciais ® que seu potencial de conservacdo om prédios ja consiruidos pode atingira casa dos 30% © ‘em novas construgdes esse valor pode chegar a 50%. ‘OPROCEL sabe que o principal elemento na execugdo de uma scificacao 60 arquteto. Portanto, um programa junto as escolas de arquitetura vem send desenvolvide, com o objetivo do esclarecer essa significante gama de profsslonais da importancia cada vez malor do uso racional 9 inteligente da energia. Dentro desse programa encontra-se a dlvuigacao do tema Uso efciente da energia, através do fornecimento de um conjunto de materiais cicaticos de ‘apoio a professores e estudantes de arquitetura, Est lvro faz parte desse conjunto. A idéia desta publicagéo nasceu de uma visita a UFSC, realizada em setembro de 1994, quando o PROCEL - Programa de Combate 20 Desperdicio de Energia Elétrica tomou conhecimento do trabalho de um jover e talentoso arquiteto, Luciano Dutra, que possul ‘dom da clareza na redagao e grande expressividade no desenho, O talento desse profissio- nal ea orientagdo dos protessores Roberto Lamberts e Fernando Ruttkay Pereira, arrbos pro- {undos conhecedores do tema abordacio neste trabalho, deram origem a este liv. A publica. {ga0 50 propée a transmit aos estudantes de arquitetura nogdes basicas Ge técricas de com. ‘bate a0 desperdicio de energia elétrica em ecificagoes, a fim de que daqui a algune anos os ‘novos ediicios possam ser projetados visando sua eficiéncia energética, ‘Se levarmos em consideraedo que nosso objetivo maior & que num futuro préximo os Projetos visem 0 conforto ambiental atrelado & reduc do consumo de energia, para que isso Scorra deveremos ter como pareeiros priortrios os arquitetos, icando entao caracterizada & ‘grande importancia de um livro como este para a formagdo dessa nova consciéncia, Esperamos ter atingido nosso propésito com a edicéo deste liv e contamos com 0 ‘apoio de vooés, fuluros percelros, para atingir nosso objetivo maior. MARIO FERNANDO DEMELO SANTOS ‘Seeretério Executvo do PROCEL APRESENTAGAO objetivo deste tv 60 de Introduzir 08 prncipais concetosraltivos 20 manojo @ controle do consumo de enerata nas ediicagdes, tendo come citrio central de projlo @ onforts dos usuarios. Um dos pressupostos ¢ de que os concetos fsicos bsicos precisam ser bern en- ‘tendidos @ assimilados quando so busca aplcar e implementar 0 contre ambiental de ‘modo intaigente. Para isso, 0 ivvo basela-se Intersamente em esquemas e diagramas Coneeltuals ¢ ansiogias pare gular leltor aa entenaimanto intulvo sobre como o aquecl ‘onto, resiamonto ¢ luminagao afetam as pessoas, oprojlo das ediicacoes e aenercla Ublizada pelos principals sistemas mecanicos e elévices. [Als moadios do século X, 0 arquiteto se via, de certo modo, obrigado a considerar as cconcigaes lmaions para o projelo do envoltrio ia eaieagoes: ora predis reoonna0et oom ‘ert dotano os ellie postvos @ nagatvos do cima, para 6 desenvolvimento de estates ‘sdequades ao seu eprovetiemien ou reeicao. Arépida evolust teenolégie pés-Revolugéo Indust] mudou quase tudo. Oarquteto fol toralmente iberado pera buscar outros paradigmas que no os reeultaias da coneidora- ‘seo dos elementos naturals Embova encontremos nesse perioco exerpios arqustonicos no- {veisnoe quais ss identifica a manutengao de pincipios bioclimaioos historcos, os desemN- vvimentos na area de sistemas estruturas, na producao do vero e, posteriormente, no avert ‘dalluz elética conirbuiram pera retrar a fungao térmica do envotirioe pesséla aos sistemas ‘macinicas de aquecimentoe retigeragdo, e para substitu as aberturasna fungéo de fontes doluz primaias. (Oambargo do patrsiao em 1979 # oconsequente aumento dos pregos ca anergias8- ‘ucltam a socledade,forgando todos os sotoes a reavaler suas pits de uso de ener. cides emergenciais, como conserver os recurses simplesmenta por nao ussoe, ot sis \desigando as lampades eajustando os termostlos, foram as mensagens paioticas 6o da, (© embargo coecou, mas os pregos co mantveram alte; além dio, a eociedad tem ‘Sido forcada a ncarar 0 apontar solugbes para a crosconta dogradardo ambiotal do panota. ‘Gom essa pressto ea oportunidad de uma resposta mas sensveleeltva para uma mudanice ‘de perspective no projeto do ambiente consirico, a aten¢do tem se votado para eealéclas e ‘fcidncla energéica através do uso mals clonal dos recureos natura. Enretanto, se para. clan ou investidor ineresse © 0 apoio a uma posigéo de uso ‘mais oficionte da snergia paasam apanas por uma anise de custofoenetia, para o arquitrs 3 questao 6 bom diferente. A tarefa assume outa magntde, exigindo uma reavalacso doe Imetocos eestategias de projet: iso exige a retomade de Um connesimanto Basico impres- opulagdes (nidrelétrcas), a poluigdo @ 08 Fiscos com a seguranca putea (ermosletrcas e nucloares).Além dleso, 2 suigencia de grandes investimenios do {governo nestes projetos implica arecucto fee invectimenton em outros aaae (ea, educagdo ¢ habtagéo), antagonizando a Idéla de progresso embutcs nessa politics. ae ‘tmpnda Incandencete 1 Puarssente Compocte ‘Aalterativa que se mostra mais adequada ‘2.osse quadro 6 aumentar a afeiéncia no Use do enorgia. Sogundo Gallor, 6 mais beraio ECONOMIZAR anergia do Gu FORNECE-LA, pols sereduz a necessidade ‘de gastos com 0 ator publica, passendo ‘206 fabrcantes de equipamontos © 206, ‘coneumidoros os investimontos necessérios Também se recuzem, com ‘66a solucto, 0s cusios de producao de ‘ateriais constrtivos, como 0290 80 ‘alumina, tornando sous pregos mais baios na marosdo interna s compstivo ‘enema, Valea pena rescatar que a energia ‘létrioa pesse por tes feses cistintas ate ‘chegar na edieacto: geragto, ‘eansmiseao, sinouigao e consumo. ‘Quanto malor foro Gesampenno dos ‘componanias do cada uma costas tases, menores serdo as pordas de enorgia do Brocesso como um toda. Ao arqutto cabs ‘concencso de projetos que possbiitem & ‘execugao de ecifcios mes e‘entes, Jogrando com esa postura © confor doe usuarios @ 0 uso racional ea energia. (© século xx tom sido partcularmente tél para a arcuftetura @ hoje, quando estamos ‘no final do séeulo, 0 panorama arquiteténico lover e pluralsa. Estos como o pés- ‘medemismo, ofigh-ech, 9 consinvismo e ‘ deconstnatvemo most experéncias ‘Sniicativas da preocupacao crescent ‘dor atguielos com a melhova éa qualidade das ediicagbes, inclusive considerando ‘sspectos de afciénea ancrpetioa 9 de ‘confor ambiental. A poderosa cascata no Pauihdo de Seviha do arquiteto Nicholas Grimshaw, por ‘exemplo, fez com que o eaticio ‘consumissa apenas um quarto da enargla (que seria necessari so fosse cimatizado ‘com ar condicionado™. Venn 0 (© instruto do Mundo Arabe de Jean Nowwel teve sua fachaca mais importante revestca ‘com dispostvos om forma de diatagma {que lambram a tapacaria arabe”. Esies tloments tam aus forma controiass ‘lotonicaments, erando dfrertos ‘condigdes de luminaglo e oferecendo protegao contra oso (use ea tuminagto natural & tame bastante explorado no Hong-Kong and —_> {nate de Mundo irabe com brie em deste ‘Shanghai Bank de Norman Foster, que se Ula linguagem high-ch eanstruindo elementos raietores dentro e fora do iio. Assim a luz 6 aistrbuide pelos verses andares, aumentance a qualicade {do ambiente sual no interior do acicloe ‘eduzindo o consumo de enersia para luminacao aril, ‘Shanga Bast Mas nem tudo 6 assim! Embore existam varios eattcios que respondem ae necessidades de desempanno termico @ visual, também exietom multos ‘exomplos ruin. A SITUAGAO aTUAL Da energiaelética coneumica no Bras (228 TWh em 1992), 42% 6 utlizada por cifcacdes residenciais, comerciais © ppblcas. Em 1992 isto epresentou 88 TWh e consumo, oque anlogamente equivale ‘2.um potencial de energia instalado semelhante a duse Mereltieasiguals ‘tspu. No setorresidonclal, 0 consume de onergia chega a 23% do tain nacional, ‘Senso qua nos sotores comercial ¢publico choga & 11% ¢ 8% respectivamente™ Consume de anargiaelétics no Bast So.0s arquitetos ¢ engenheiro tvessom ‘mais conhecimento sobre a sfléncia, energetics na arquiteura, 20 nivel do projet ou de especicagio de materiis © ‘equipamentos, estes valores poderiam ser Yeduzidos. Além de evitar a necessidade de Maior produdo de elevieidads no pas, {sto retemaria em benefice dos suarios ‘come eeonomia nos custos da obra emo ‘consume de energia, © consumo de enero eerie no setor Fesidoncial fi o que mais erescou nos titimos anos, sendo gue. consumo total de energia no pale quasetripicou nos ditmes ‘doz0it anos. Netto limo, opotoncial ‘létrco insiaado no Bra e torera insuftente em brave, tomando Inevitével a construgdo de novas usinas ¢ 0 ‘consequente impacto ambiental. TamBgm 4 importante rssaliar que as reservas de diminuindo com o tempo e que no & Possvel constuirusinas hdeolétricasindetinigamente, pole edo imitados o8 locale quo ‘Viabitzam eua implantagso. Este cendro tna evisente para 0 meroado futiro de enerGia ‘letrioa a necossiaade de conservagao, CONSUMO NOS SETORES RESIDENCIAL, COMERCIAL E PUBLICO £ importante que se entonda que em uma indivi @ malor pate éa enero erica ‘consumidia prover das maquinas (consumo que independ do projeto aquiteténien), limtanco a atuagao do arquiteto no sentiso ce economia enargia, Desia forma, 08 satores reskdencial, comercial ¢pablico concentram a parte signticatva 6a atuacao do projetsta, ‘em aumentar a eficéncia energétca nas edicagces (Como fi cto, do total da produgio nacional de anergia elética, 20% se destinam a0 use ‘om arquitoura resigencal A cisvbuigdo deste consumo pode se vista @ seguir. Observe-se que 2 malor parte da enersia consumida om res geladeiras, chuveiros lampadas. Ao ar concicionado, apenas 7% do total 6 Gestinado, ordm o uso deste aparaino a nivel nacional é ainda paqueno (apense 6% dae residéncias Possuem ar condlsionado). lec indiea que, com o dagenvolimento aocll ereecente 0a Pouca qualidade das consirucbes aluals, a aquisiggo desse aparolho cord cada vee male Significativa, podendo se tomar um problema em Brave. Do total da produedo nacional de energiaoldtrca, 19% sio usados om ediicos ‘somercias e pubicos. A distribuigdo dese consumo segundo o PROGEL™ pode ser vista na proxima pagina <—_P> bserva-se que iuminagdo @ ar condicionado sto os ‘esse aetor. Os dacos sobre 6 consumo por metro dus ‘2m aditcios comerciais © pibiicos no Brasil nao sae muito esis presenta os principals usos finals em ealicioe comerciais om Sao Pa (9m méda'o consumo com lluminaglo & de 48%, com ar condiciones ‘ober GELLER ule. Observase que 20% ecom oultos Em Savor os eiicos oomercais mais a ‘consomem ern media 80 kWh ao ano, ot fenvidracados) consomeorn ern mécia 139 Mi eifctos que consomem até 940 kWh rtigos (que possuem maior massa trmice) quanto que os mais rooeres(normalmente «Whvm" a0 ano © No Rio de Janeiro existe -20 ano (méala eta em quatro eaiiios comarca), => Se ‘endo 0 ar condlclonado rogponsével por |_normas de efciéncia energetica em ‘50% deste consumo". Jd.em Florandpots | odiicagéee. Atualmento o Braeil participa ‘ammécla so stua om 120 kWh ao ano, luntamente com Bangladesh, Sotsuana, ‘onde o ar conclcionad representa 0% India © Nicaragua, entr outros, da lista ‘Seat valor overdo, chogance 2 70% para | de niagdee que ainda no poss ‘eaicios envicragacos™. rormas de eficiencia energética em ‘odifcagdes. Para que este quadro se reverta 6 importante o desenvolvimento do normas ligadas & ediicagdo e 20s ‘equipamentoe responsave's pelo uso tinal {da energia. Tambam sao necessirios © troinamento e 2 stualzacto periécicos os protsslonals envaivicos com 2 feioagao com relagao 20 Sevenvolvimonto tesnalogico, pars que SoiicagSeeleverarn A mnplamentagao ce | possam somprreseas norms. A NECESSIDADE DE AATUAGAO DE CADA PROFISSIONAL E errénoa a ita de associa 0 trabalho do arqultsto apenas &elaboragdo do projeto ‘nruiteténieo, passando aos euros profislonais a responeabildade da excourao dos projets complomentares e, posteriormente, do eulfclo. Os problemas precisam ser 2 seh. rqitetn cone ceordenmdor do process ‘coretamente definides - um processo que tem sico enormemente negiigenciado. A matriz ‘Ge espostas para as ciferontos mas interaisctonadas quasioes ce projeto dave sor ‘Soordenaca para, #0 muss de procure reaullados uperpeston,cheger @ um resultado Integrado. O ideal © que o arquiteto tenha 0 conhecimente bésico ce todos 08 concaltos <=> Pcaprotot felativos a0 desempenno energético de tdifcagses para tomar possive eficiente ‘8 multelecipinaricect co e0u projet. (Os msterais de construeio tim uma forte Influsncia sore a conaigdes de contors io ambiente interior. A especticacao dos. ‘atorials exige 6 entondimento de suas propriedades ¢ de sua adequacdo as Caractorsticas plasticas do projeto. © uso {Se isolamento térmico ou proteego solar fom paredes,janclas @telhados, o tipo de tatha #0 tipo de vidro emprogado nas. Janolat devem ser estudaoe a fim de se teviiar ganhos temicos excessivos e obter ‘alhorlas nas concigoes de contorto no Interior Esta tarefa Gove sor balanceada nite engenhelros cvs 6 arqultotos, Sevendo aelos coneatos estar presents esde as etapas iniciais do projeto arquiteénico. Um melhor aproveitamento do cima pode ‘ser obtide pelo planejamento apropriado a detalhes da edficacao. O paisagismo, ‘ otlentagdo e a escolha da tipclogia ‘rquitetGnica sao fundamentals na ‘sdequacto do edie ao cima. Algumes deciades do arquteto quanto a lecalizagéo de abortures, pot exemlo, ‘Bodom molhorae a vontlagae cruzadia do lum ambiente @ 0 ganho de calor solar no invomo. Os eispositves ce ‘Sombreamento devem eer usados de ‘maneira a ovtar a penetragao co {adlagao solar durante 0 varao e permit S entrace da raciagao, aquecende passivamente as salas, nos periods ‘los. Além disso, a execugao da obra deve ser {9 acordo com 0 projet, garantindo 0 ‘bom desempenho da ediicacao. O fengenneiro mecanico Geve saber ‘lmensionar corretamanta osistoma de ‘ar congietondio do um edtioto ‘onsiderando oprojeto arquitetonico eos ‘uidados que o arqultetoteve para fedugdo das cargas termicas, Ge forma a cevitar desperdicio de onergia. © engenheito eletricista, ao elaborar 0 projeto de iluminagao, precisa considerer ‘blu natural ea ava intogragao com = Scifcial, Bom como eepeciicar luminarias, lampadas e reatores mais tcientes sistomae ce controls a liuminagso. Temaam # funcamental 2 listiouiggo correta dos pontos de luz, {que podem ser drecionacos para tluminagho de taretes, possibiitando maior efieléneia visual nos amblentos do trabalho e, conseqientemente, menor consumo de enargia. ‘Acnergla que ediicagao consumiré tom fe tornado um fore determinanie na ‘Secisio dos sistemas de controle ambiental uiizados. A analiso co to importante para o procasso de pojeto ‘Quanto qualquer das outras ferramentas Usades comumente pelos projetisas. (Gabe 20 arquiteto coordenar a Interlocugdo dos varios profissionais com objetivo de mothorar a eiciéncia ‘onargética de sua concopcéo arquitetonice, participou de diversos momentos Fistérioos, cade qual com suas especiicidades culturais, sociis @ Teenoiogions Se sdave-ge lombor quo a arguitotura co dads climiticos de diversas cidades ‘Sncontra hoje om um panorame que toma | bracloras 0 da earta bioelmatcs para ‘cada vez male nevessério 9 contole do. eciicacdes serao abordadas 2 ‘Consumo de energia isto, como fl ete, | ssirategias naturs para aumentar a Indu & novessidage de concaber Sfciéncia energética da arquitetura sob 0 ‘eifeagSes com melhor eicdncia onto de vista do tio @ do calor. ‘enorgétca, Para que esta realidad so {ome possiveléuigente aos arqutstosa No gexto capitulo sto Vistas 28 estatepias ‘compreensao do canforto ambiental {o projeto mals indicadas para a arquiteture Consogdentemente, oeonhecimento dae residence para a arqultolura comercial. € Interrolagdee de és catogorias distintas _esclarecida a importancia da uifeagan de ‘varavers olmatieas, vanavels sistemas naturas para resicéncias e ca varaveisarquiteténicas. O bmizagan dos sistemas ations 6e Segundo capitulo ceste Ivo apresentaré | climtizagto ¢ luminagéo para ecicios as principals vaiavels cimsticas do comercial. Ressalese 2 Imporancia dos Interesse para 2 arquttcture.Atemperatura, | recursos de simulacto para os estudos de ‘omovimento do at, a umicade rlatvaea | conguma de energia em eciicacdes tree 2 frciagso solar sto fnores cimaticas que complesidade de trabalnar races as, Docom eer aabiementeexplorasos na vargvels simuttaneamet rquitetura com o intuto de garantt 0 ‘confora dos usuarios aa consequenta ‘Ap6s as conclusbes sobre 0 assunto, sto ‘ecionalizagao do uso da energia. abrescentados nos anexos varios ‘oneettes sie e uma tabeia com {A seguir, no tereiro capitulo, s80 ‘ondutlvidades térmicas para dversos ‘ectudads os concatos de conforo térmico | materiais de construczo, ullizada para (visual do homer - varivels humanas ‘tlculos de trensmitaneta térmica, ‘romissas para a eflciéncia energetiea na arquiteture. No quarto capitulo estudam-se as Principals veréveisarquileténicas que Podom ser trabalhadas como fundamento Bara projtos de ecieagses male ‘adoguadas ao clima eas necessidades de ‘onforto do homem. Elements comoa forma ea fungae arquittenica, 0 ips de echamentoe uilizadoe na consinigao 8° Use de eistomes aticiais deluminagao © {Ge condicionamento 20 fatoves importantes © decisives com relagko 20 esempenho energético da arquitetura. [A seguir sort esclarecica aintervelagto 1 todos estes ftores atraves da Biocimatciogia, tems do quinto capitulo Go lvro. E ai quo afloram as questoos quo {ornam possivel o controle do consumo de conorgia de uma odficacdo. A partr dos => bcarmuiot REFERENCIAS | VITRUVIO, ML; [1982]. Los oz eros de arqultectura. Eaiore eri 8. ‘A, Barcolona 2, ENARCH'S3; [1889]. Architetture bioclmaticn-bioclmatic architecture. Be Luca Editore, Rome aly. 8 RUDOFSKY,, [1961]. Architecture tnithout architects a short introduction to1nen peeigread architecture. 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Tempo éa Varig clara das condicbes ‘tmostéreas, enquante quo cima 6a tondligio médka do tompo em uma dada regio, baseada em mecicoes (formalmente durants vinta ance). AS ‘varagoos cimétioes sao avibuidas a blamentoe de controle, ais como: proximidade & agua (pois agus se fguece ou estia mais rapidamente que ‘era; alttude (a temperatura do ar tendo a diminulr om o aumanto da altude): berreras montanhosas coerenies oeeanieas. Os fatores ciméticos atuam deforma Intinseca na natureza.A acao simultanea das verive's lations tera infudncia io fespago arqultotbrico construe. Enirotento, por necees.cade de omar esta ‘lapa de analise mais clara v organizace, $e achou convenients civic o cima em tres escalnscitinias porem inlssocidvele: rmacroctima, mesoctima e microcims. MACROCLIMA ‘As variévels do macrocima sto ‘Guantiicadas em estagbes meleorolégicas. Podem descrever as caracteristcas eras, ‘do.uma regao em temos de sol, ruvens, temperatura, ventos, umidade e precintagées. O conhecimonto dostas ‘arlavels éfundamontal para o projeto de ediicagées mals adequadas 20 contorto do seu ocupante @ mas eicientes em termes Se consumo de energie, Os dados climatioos mais itundidos no Bras sao as normals cimatoiogiens, publcadas pelo Instituto Nacional de Metecrologia ‘NAO “TENA MESO De BPE O.LockL = 0 Cima! A GUANTIDADE DE RESHISIAS ARQUITE TONICAS coUTINUAEA BENTO ENCRME E Ay ResteINGie€ "A CRIATIVIOADE. DO AOD TEND] Entretanto, ofato de estes serem ‘composios por valores mécios ¢ extremos: Timita bastante sua aplicagao no estuco da ‘eficéneia enorgética na arquitetura, Devido A varlablidade do tempo metaorologico de la para ca, © pelo fato de aresposta termica da ediicacao estas, multas vezes, ligada ao cia antrior, a andlise das ormais, de dias tipicos de verao einverno (04 de temperatures de projato, no 6 suficente para avaliaro desempenho tenergético de um eaificio. O Ano Climético {do Raferéncia (TRY, do inglés Test Reference Year) € a base de dados mais precisa para uma andlise completa da adequagao da edificacso ao clima local. Fomece a possibildade de simulagao horéria do consumo de energia durante um ano, possibiltando a avaliagao do custo- bboneficio de opedes mais efcientes. Em Floriandpolis oi eto 0 tretamento dos {adios climaticos para algumas cidades do Brasil", paraa detinicao do TRY. Estes B Poctgde retetiva do Sol poente #2 pine SO vaniaverscumaricas | nublado for 0 oéu. Nestes casos, a parcela rota da raciacao solar se reduz bastante fe todas as fachadas de um edifcio tenderio a recaber @ mesma quantidade e raciagto ditusa, Na escala macroclimtica, a obtencéo dos ‘dados de raciacso solar deveria ser feita or medicées, de proferéncia jé separando 2 radiagdo om suas parcelas direta e ‘itusa. Estos valores poderiam ser medidos diretamente para as superticies verticais © horizontals (0 idea) ou medidios apenas para as supertcies horizontals, sendo Corrigidos posteriormente para as verticals, atraves de métodos de célculo. Porém, 0 {ue ge utliza normalmente no Brasil sao as ‘ormais clmatolégicas (valores médios de horas de sol) ou estimatvas feitas a partir dos valores de nebulosidade do Ano’ Cimatico de Reteréncia, A modieao da radiagao solar poderia evita toda = Impreciséo de trabalhar com os dados de nebulosidade, que sao registrados de forma visual (Sem instrumentos), fcando & ‘meroé da eansiblidaca do olho de quem faz a observacio, Infelzmente ainda sé0 poucas as estacdes que medem a radiacdo Solar instantanea (Wim') no Brasil. Entre ‘outras pode-se destacar a estacéo do Labsolar da UFSC, que estéintegrada a uma rede internacional de medigées (SSRN Base Line Surface Radiation Networ) ‘Aluz solar dretaiumina uma superficie normal com 69,000 8 100,000 lux". Este valor & muito intenso para ser usado (Curso de Pés-graduacéo em Engenharia Givi, UFSC, Flosanépots, SC. FONSECA, M. R; [1988]. Desenho solar Ed. Projeto, AB, Bahia. SZOKOLAY, SV; [1980]. Environment ‘selene handbook for architects and builders. The Construction Press Ltd, Lancaster, UK EVANS, J. M; SCHILLER, §; (1904). Disero bioambientaly arquitectura ‘solar. 3 ed, Serie de Ediciones Provias. Facultad de Arquitectura y Urbanism, Buenos Aires, Argentina, KOENIGSBERGER, O.H.; INGERSOLL, T.G.s MAYHEW, A; SZOKOLAY, S. V; [1977]. Viviendas y editicios en zonas Ciélidesy tropicales. Peraninfo'S.A., Madrid, Espanna. PEREIRA, FO. [1993]. Luz sole crete: ‘Tecnologia para melhoria do ambiente luminico e economia da energia na ‘eicagao. In: Il Encontro Nacional de Contorto no Ambiente Construco. Florianopolis, SC, pp 257-287. ‘COMMISSION OF THE EUROPEAN COMMUNITIES; [1882]. Energy con- scious design: primer for architects. BLT. Batsford Lid, London, UK. OLGYAY,V; [1973]. 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CONFORTO TERMICO re) hhomem é um ser homeotérmico, ou sea, a temperatura interna do organismo tende ‘a permanecer constante independentemente das condigdes do ci ‘Com 0 uso do oxigénio, ‘© organismo promove a quaima das calorias exstentes nos alimentos (processo conhecido ‘como metabolism), ransformando-as em energia. Assim & gerade o calor interno do corpo. Entetanlo, sempre existom trocas temicas entre 0 corpo humano e 0 meio. Na figura abaixo ‘observa-se que estas trocas podem ocorre por condugdo, conveepéo,raciagéo e evaporagéo. ‘Troces termicas ante corpe humane 9 meio MECANISMOS TERMORREGULADORES Havendo ganho ou perda de calor, pode ‘ocorrer uma tend@ncia ao aumento ou & EE ‘aumentar sua rugosidade, evitando perdas {de calor por conveccéo. Apés o arrepio, se 0 fio ainda for agressivo, haverd 0 aumento do metabolisma entre 30% @ 100%, que pode se manifestar pelo tremor dos misculos. Assim o calor produzido Internamente seré maior, compensando as pperdas do organismo para o meio. A partir dal o homem ianga mao de mecanismos Instintivos (como curvar 0 corpo, ‘boa distribuigao de iuminaneias: * auséncia de ofuscamento; * contvastes adequados (proporcéo de lumindncias); ‘s bom padréo e diregio de sombras. Dove se restallar que a boa ditrbuigéo de lumindncias no 6 sindnimo de uniformidede = ‘que o contraste @ 6 padrao das sombras dependem da tarefa visual. NIVEL DE ILUMINAGAO importante balancear & qualidade e 2 quantidade de lluminagdo em um ambiente, bem ‘como escolner acequadamente a fonte de luz natural ou arfcial. Torna-se dificil, no entanto, festimar as preterdneias humanas @ luminecao, visto que ests fator 6 subjatvo o varia Conforme 0 sexo e a dade da pessoa, «hora do dia eas relagbes contoxtuais com o local. © ‘emprego preferencial da luz natural permite &s pessoas maior toleréncia &variagéo do nivel de iluminagéo. Também se pade dizer que, quanto mais complicada a tarefa a ser ‘desempenhada em um ambiente e quanto mais velha for a pessoa, tanto maior deverd ser 0 rive de iluminaedo de um local. A liuminagao insutlelente pode causar fadiga, dor de ccabeca eittablicade, além de provocar erros e acidentes ™. [No Brasil, a Associagdo Brasilera de Normas Técnicas (ABNT), través da NB 57, fxa as |Huminancias misimas a sorom atingldas om fungao do tipo de tarefa visual”. ‘De forma simpiiicada pode ser feta uma verticagso incial do nival de uminacéo ‘ecessério em um ambiente conforme a tabela ababxo. Entrtanto, para uma veriicagdo ‘mais precise, 08 valores constantse na NB 97 Gover Ser seguidos. O sensor a ser utlizado para desenvolver ‘as medigdee de nivel de lluminagao é uma fotocéluia (elemento sensivel az). ‘aparelho geralmonte destinado a estas, medigoes @ chamado luximetro, CONTRASTE CContraste 6 definide como a diferenca entre a luminéncia (briho) de um objoto © = Tuminaneia do entome imediato deste objeto. Em pleno dia podemos perceber ciferencas de lumindncies de até 19%, mas sob condig6es precirias de luminagdo até dferencas de 10% podem passar despercebidas. A sensibiidade a0 contraste melhora com o aumento da Fminancia, que por sua vez 6 fungao da iluminacao, até certos limites (possibilitade de ‘cootrerofuscamento), Uma aplicagso importante da sensiblldade ao contraste 6 a ‘tuminacdo de sinalizagao de emergéncia ipo “seida’. No caso de incéndio deve haver um alto ‘contraste entre osinal eo ambiente chelo de fumaca para permitr que o mesmo sea vsivel. ‘A avaliaco do contraste pode ser feita forma simplificada observando-se as seguintes ‘axas de proporeéo de luminancias: {As lumindneias podem ser medidas por um fotémetro especial chamado ‘uminancimetro Tal Instrumento mede luz proveniente de um Angulo seid que varia {Ge 20° alé 0,39". Os levantamentos da istibuigdo de luminancias no campo de ‘viedo mantido por uma pessoa, no desenvolvimento de determinada tareta ‘Visual, podem eer itels na solucao do problemas visuals existentes. OFUSCAMENTO Quando o processo de edaptacio ndo transcorre normalmente devido a uma variagio muito ‘grande da luminagao e/ou a uma velocidade muito grande, experimenta-se uma erturbagso, descanforto ou até perda na visibilidade, que & chamada ofuscamento. O ‘fuscamento pode corre devido a dois efeltos distintos: += contraste: caso a proporgdo ene as luminanclas de objetos do campo visual seja maior {do que 10:1; + saturagor o olho é saturado com luz em excesso; esta saturagio ocorre normalmente ‘quando a lumindnela média Ga cena excade 25.000 cali. (0s ofuscamentos podem eer clasificados como desconfortévels ou perturbadores © inabiitadores (igura abaixo). Os peimeios nao impedem nocossariamente © desenvolvimento da tarefa Visual. Sao aiibuidos a tendtncia do olho de se fixar em objetos ‘04 pontos brihhantes dentro do campo visual (ontes de luz au reflexos intensos em ‘superficies muito polidas).O grau de desconforto produzido por lumingrias @ tungao de ‘uatro parametros: umindncia da fonte, tamanho da fonte, ngulo entre afonte ea linha de visdo do observador @ a eapacidade de adaptacao do observador. O ofuscamento Inabitador impede o desenvolvimento da tarefa visual, o quo pode ser muito perigoso em Certas circunstancies. Este tipo de ofuseamento pode ovorrer de tres maneiras: * Expathamento de luz pelo crstalino, produzindo uma lumindncia na retina, encobrindo a Imagem da cena; + Tempo insuficiente para o olho adaptarse a uma diferenca de luminancias; * Imagens fantasmas procusidas por flash de cimerasfotogrétieas,visao do Sol, fais; 0 ‘provesso de adaplagao relinal lento sotte um dIstirbio devico & luz excessiva; 0 cérebro 5 confunde o continua a ver imagens da fonte de luz, altemnando o positive © negativo ‘numa frequéncia Georesconte; a visdo 6 restaurada apés cinco a dez minutos. ILUMINAGAO ESCALAR E VETOR ILUMINAGAO ‘As condigses de iluminacio S80 usualmente descritas, medidas ou ‘eepeciicadas em terros de fluminancia ‘hum dado plano, mals frequentomente num plano de vabalho horizontal (lomada a uma [ltura entre 0,75 20,80 m) e, em algumas vezes, vertical ou inclinado. Em outras palavras, duminagao planer Entretanto isto ‘ao desereve totalmente as condigoes de jtuminagae. Uma ceria iuminacao pode ser produzida por um astreito raio de luz, vindo Ge uma determinada girecso, ou por um ambiente onde a luz vem de todas as rages, Um sensor de luz plano registra a luz proveniente de um hemistério eno distingue entre um ralo de luz e um ‘ambiente difuso, Exster cortos amblentes, tals como pracas de esporte, paicos, rmuseus, estradas otc.,onde 0 objeto Cenival de tarefa visual 6 essencialmente teidimensional; nestes casos a luminagao planar oferece pouca informacao sobre as foals condig6es de iluminacéo. a * lluminagéo escalar 6a llumindncia média recobida por uma pequena esfere, proveniente de todas as drocoes, isto 6,0 Fuxo total ineidente na esfera civdico pela ‘sua eupericie (medio em lu). + Vetoriuminagao 6 uma figura composta, apresentando magnitude o diregao. Sua magnitude 6 a ciferenga méxima do iluminagao entre dois pontos slamotralmente opostos na superficie de luma pequena esfere. Sua direcao é dada pelo ddmetro que liga os dois pontos que ‘presentam a maxima diference Em goral a lluminacéo uniformemente Pcaptuios ‘Apts estes concatos,é importante ressatar ‘que 0 contort térmico eo conforto visual ‘dover ear considerados em conjunto no projet arquitetBnico. Esta viséo integrada Torna posswvel o bom desempenno cenergétice da arquitetura, que, sendo adequada as necessidades do usuiri, ‘consumiré menor quantidade de energia ‘para conéicionamento termico e luminacdo REFERENCIAS 28. RAMON, F; [1980]. Ropa, sudory architecturas. H. Slume Ediciones. Madrid, Espana. 27. _ASHRAE: [1999]. Handbook of Fundamentals. American Soclety of Heating Refrigerating and Air Conditioning Engineers, New York, USA, 28, _INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION -ISO 7730; [1984]. Moderate thermal ‘environments - Determination of the PMV and PPD indices and specification of the conditions for thermal comfort. Geneva, 29, FANGER. P.O.;[1972]. 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Para que Isto se tome possivel, 6 necessario o estuco Ge variaveis arquitetonioas como a forma, a funcao, 03 «fipes de fechamonto e os sistemas de condicionamento {(climatizagao e lluminaeso). Estas variévels interagom Simutancamente com 6 melo ambiente e com o homem, Do arquiteto dependem s adequagso da forma ‘arquiteténien & sua funedo (@ vice-versa) o a correte Sopecificagao dot fechamentos e sistemas de ‘Gondicionamento utllizados no projelo. O projeto Sonsciente deve bucear tirar partido de cada uma destas Verldveis para gerantir20 edificio uma perfelta interacéo entre © homem e 0 meio em lodas as escalas (urbana, arquiteténioa, construtiva e Imediata). A FORMA |: ‘grande infeneia no conforte ambiental, ‘9m uma ediicagto © no sou consumo de ‘nora visto que interfere dirtamente {80048 06 fuxos de ano interior eno ‘toler o, também, na quantidade de uz @ Calor solar recebidos pelo edifcio. A luz ‘natural, alm do sor uma variével ‘mbertal, ode sor enfocada como ‘elemento de projto, Seu carater simbdiico, por example fol exploraco com maestia nas catecrais do periodo geen, onde az tepresentava a prépria dvindade. ‘Com relacéo 20 contort térmico, a influencia da forma arqutetonia j fi ‘evideneiada em varios locas do mundo, ‘como na cidade de Marrakesh, em Marrocos, onde as eificacdes foram ‘consiraas de forma a candiizar para.o Interior da cidade a brisa que ver: do mar (imide erefrescante). Da mosma manotra, Vento quente continental desviedo pela forma das ediicagoes, possibiitando ‘A quantidade de raciacéo solar queincide cm cada euperficr externa de uma farquitotira ¢ varie segunco a onentagso ‘2 epoca do ano, Ito significa que 0 ‘mesmo volume de espaga interior pode ter ‘ormas diversas, apresentanco Comportamontos trmicose visuals Gistinlos (igura abaixo). Assim, a forma frquiteténica 6 uma importante varidvel ara as condleses inlriores de conforto ‘em conseaiéncia, para‘ desempenho {energétco da eeficagao. Apenas a ferentecistribvicao das janelas em um ‘volume daco, por exemplo, colocando-25 suporicio ou mouificando area amento, ja implica variacoes ‘érmicae ¢ visuals do mierocima interme Ainflunen da forma arqulteténica no Cantons térmico tamoém pode sor ‘bservada no ial (cua forma hemistrica iminuta supertcie de contato com oar ‘exterior minimizando perdas de cal eno halé das montanhas (cuja cobertura ‘atamente inclinaga evta © acimulo do ‘eve, promavence maior exposiggo sos ‘aioe sare). tatu cate nae montana [No nico do séeulo, Frank Lioyd Wright criou a expresso arquitetura orginica. Se projetos buscavam se adequar completamente ao entorno, respetando 08 element Paturais do local. Wright etabovou também as prairie houses (eases de campo), onde os {elhados generosos permiiam grandes draas de sombra co longo do dia, alm de serem ‘ principal elemento orquestrador da volumetria arquitetonica. Nos projetos de Wrght se pereebe 0 uso amo da iuminagao natural no sertide de evar espages aconchegantes © ‘Ge destacer elomentos da propria arqutetura de iterores. Le Corbusier, com a utlizagio depicts, ermitia& arquitetura descolar.se do sol, Incrementando a permecblicade &circulacao de pedestrese & ventiagao no trreo.Além <=> ZT do ete dos pilots, a arqultetura pode Interior no movimento do ar de ovtras formas. Um doe efatos do iuminacio male Interessantes nahietoria da argultetura foi ‘defencido pelo movimento De Sif, mais ‘conhecico come neoplasicsmo °°. Na Casa Sonréder de Rieteld no ha janotas, ‘mas sim aberturas com um papal avo em (potiedo a focharerio des superficios das Dareces. estes fochamentos sso planos quo fra so apreximam, ora se afastam, ‘algano rests para passagem da tuz ‘atl, que valria 0s espapesintorioces. [Alb da onentacto e da forma do volume, ‘os materais dos fechamentos externos so Important para defini a estratura térmica ‘ea qualidade da luminagao natural na habilagao, ‘ose projetar um conjunto de nabitagbos, Dodem ser dstinguldas varias solucoes \olumatricas. Por xemplo: & possivel ‘Compor todos os volumes separadamonto ‘come easas colada ou constuirum inico ciclo residencial Rae Exietom desigualdados formais nas duas ‘olugdee da Agura o, consequentemente, dosigualdaces tormicas 0 visuals. Na primeira solugao, todas as supericies ‘externas estao expostas @ radiagao solar ‘2a voriagao, Neste caso é possivel Fecaber luz @ calor solar também pela ‘obertura. Na segunda solueso existem Unidades mais expostas e outras menos fexpostas, de forma a criar ‘comporamentos térmicos o visuals Siferontes. Também € evidente que & ‘mudanga de orientacio das construcses alteraré mais 0 desempento térmico do elo do quo o da casa isolada Isto ‘Scomtece porque, om uma casa isolada, a ‘Cobertura ¢ responsivel pein maior parte ‘Sos ganhos de calor. Estes ganhos no sto influenciados pela mudanca de orientagao. Esta complexidade ce solugbes arquttetoniees liad & civersidade ‘limatica do Brasil oma ineviével a ‘ecassicade de simulacdo das eciicagoes. ‘Apenas assim so pode ter uma eta ‘rocisa do eal comportamento térmico @ ‘Siewonela energética de uma future arguitetura, AFUNGAO -Aigune arguitetos consideram que a jungle @ conseaténcia da forma, outros ‘ue forma segue a funcao, No entanto, 2alternativa mais correta seria Considerar ambas com a mesma prioridade desde © inicio do projeto. Embora a fungdo a que se destina um tedifclo possa estar atrelads a uma forma reconcebids, € capaz, no entanto, de Sofrer mociiieagoes apés a ocupagan e a feonsequente apropriacao espacial. E possivel que uma arqultetura funcional eabe por se tomar desconfortdvel ineficente durante 0 desempenho ‘arefae no sou intrir. Para evita fargulteto deve entender, além das ‘elagdes térmioes, acdsticas e visuals, a= {elagdes antropométricas o proxémicas ‘ents © Romam 0 0 espago *, ‘Afungdo arquiteténica, um dos vertices: do trangulo elassico viruviano, nterage ‘coma forma e com a efcioncia ‘Shargétioa do um ediicio. O mosmo proleto arquilotdnico, se destinac a ins {istintos como comerelo ou habiagdo, por exemplo, pode resultar em Eomportamentos energsticeselferentes. Isto Vem provar que o astudo da funcao arquitetdniea ¢ primordial na escolna de Seterminado cm ou estratégia Diosimaties a er adotada. As funcoes residencal, comercial e piblica s80 tatintas do porto de visa da dependéncia {co climae, conseqientemento, do ‘consumo de energia. © horrie de ‘unclonamento de um edicio comercial ou péblicn, em geal durante 0 da, expe talor do sol Ito alado a ganhos interno. flovades (uminacao e equipamentos) vem fefletrno uso quase constarte de ‘sparelhos deat eondicionado. Ofato usual ‘dango proviedo daincidencia da luz ‘natural ova as funcées comercial e pica ‘a dependerem excessivamente da iluminagao arifill, mesmo durante o dia, faumentand a conta de onergiaeltrica, ‘quo, no entanto, nao & page cretamente Bele g0u usuario. Em shopping centers, 2 ‘Broluedo da luz natural pode se justiicar fas irines, em funcao Ga possivel (eterioragao dos produlos expostos. Mas fh cirvlagbos a luz natural ceveri ser ‘explorada, reduzindo 0 consumo de ‘Snorgia com sistemas de tuminacao ffi, Em alguns ambientes, comm salas fe aula, bibiotecsse esciécos, = £2 boa definicdo de cores. Jé em uma esidéncia a luz natural é tatada com ‘maior mporanci, pols, aém do seu valor postion na doinigdo dos espacos, & fundamental para » economia de energia © {page siretamente pelo morador. Tamer Setorna mais viavel instalagao de ‘Sistemas passives do estiamento em ‘esiéneias, visto quo sua relacao com 0 ‘sepago exeror quase sempre mais tetra cue em ectleagses comercial © pleas. Resta entio a pergunta: de que forma. arquitoto deve aivar em cada um estes setores com rlacdo & eiciéncia, energética? Numa arguitetura residencial cabo 20 Aarquitoto sero conselheiro do seu cente, Slertande sobre o necessario uso de algunas estretegine de eatiamonto ou laquecimente passive ou ato ¢ explorando ‘Sblamente a luminagao natural, sempre ‘bernvinda peio uauério. Nos setores comercial e pbloo, embora a utlizagio de eistemas naturals de ‘condicionamento iluinagso nao seja 2 explorada, estes aparecem como opgéc ara economizar energia. O uso de Sstomas naturals de condicionamento, Sempre que possvel, evtaré a Sependéncia exclusiva dos sistomas fantiolas. € a luminagao natural poco sor Uutizada em praticamente toda a jornada de trabalho, visto quo o horéro de servico & Dormalments dlureo, Quanto aos sistemas ‘rials de tuminagso e| ‘condicionamento, sua uilizaedo pode sor ‘2xigid8 om vitude do algumas. Contiguragées 0 apropriacdos eepacisis do ambient interior. O arquieto deve ter em ‘ants 06 concetos dost sistemas, ‘conhecende sua efciinca e adequacdo para cada caso, Na arquitetur, asficencia ‘energética no significa desprover os ‘Sepagns intecores de luz arta ou de ar ‘condicionado (consumidores em potencil Ge eneraia), mas sim saber quando © 0 ‘quanto sac necessarios. FECHAMENTOS Em uma arquitetura, as rocas ce energia (luz.0u calor entre os meios exterior © Interior tm como cere 0 envelope Construtive, que envolve 0 ger humane. No estudo dese “envelope” deve-se Considerar, simultaneamente, todos 08 fatores que intervém no probiema. Um doles 6 a radiagdo solar, diante da qual os ‘materials de consiyuedo se comportam de modo distnte. €, portanto, convaniente Gitinguir 0 envelope consirutvo om cuas partes: 08 fechementas opacos 0 08 lransparentes. A principal cterenga entre 08 dois ¢ juslamente sua capacidade (transparentes) ou incapacidade (opaese) de tranemir a radiagdo golar para o ambiente intorno. [A parcel da raciaco transite para 0 Intrirstua nas eancigoes ce canforto do forma instannea, sendo portant a principal ‘ragto dos ganhostérmicos em ambiente. ‘ramet erating no cheer Entendendo os conceltos de tansmissio de calor e 0 comportamantatermico dos fechamentos, oarquteto poderé dimensionar e especiicar coretaments as berturas @ oe materials a sever ‘empregados na obra FECHAMENTOS OPACOS Em um fechamento opaco, atransmissio depondera da concutvidade térmica () « propriedace que depend da densidede ‘do matarial¢ representa sua capacidade de conduit malor ou menor quantace de flor por unidade de tempo (bela 4.2). (Quanto maior foro valor de tanto maior Sera a quantade de calor transtrida entre a8 euperices, No Anoxo A podem ser tncontrados oe valores de condutvidade ‘Grmica para dvorsos materia's de ‘constugao. utr varvel importante nesse processo a espessura do fechamento (L), que ‘dove ter medida em metros. Aravés da tespessura se pode calcular 0 valor da Feaistencia térmica (F) - propriadade do ‘material em resistr& passagem de calor. R=L/2 [KM] Pode-se reduzirconsideravelmento as {rocas de calor em um fechamento opacc ‘empregando materials com ‘condulvidados mals babeas ou até Construindo fechamentos com maitiplas ‘Camadas, podende uma das quale ser {ma camara de at Dentro da eimara as ttocas ermions #20 por conveceso & ragiagao, em vez da conciucao. A ‘Conveeedo depende da incinagée do fechamento eda diragdo do luxe. «a troea térmica por radlaose depende {a emigelidado ca superficie do material fem contato com a camada do ar().A misshicado ¢ uma propriodade fisca dos ‘materais que diz qual a quanticade ‘snorgiayermion &emiida por unidade de fempo. E importante destacar que esta propredade pertence @ camaca cuperticil ‘material emieeor. Os matrlals de ‘consinaclo podem sor erganizados em ‘le grupos bom dofinidos: os metalicos, ‘com emlesividades compreendidas entre 1,05 20,20; #08 nao metalicos, cujas ‘emissividacee variam do 0.85 20,90 (tabela 443), Se uma chapa metaia, por xemplo, ula omissividado 60,20 for pintada com {inta naowmealic de qualquer tipo, 8u8 tmissivdade passaré a ser 0,90, ‘orreepondente os materials ndo-metlioos. De torma simplifcada, pode-se ulizar os ‘oguintes valores de omissvidades: ‘abela 4. imleividade do sigune materiale [Aresisténcia de uma cémara de ar pode ser obtida na sequinte tabela: ‘Tebete 4.4 -Rosicténcia térmica de efmaras de ar naowontiladas, com largura multe maior quo a epessure ‘Suporiicie nao-refletora {caso geral) 2> 08 0.14 ot Uma superficie rofietora 0,29, 0.23, 029 P< 02 0.37 025 0.43, 0,34 oz7 61 * Fase 3 - troca de calor com meio interior Na terceira fase do processo, tal como na primeira, as trocas térmicas voltam a ser por ‘conveceao ¢ por radiacao. Com a chegada do calor, a temperatura da superficie intema do fechamento ira aumentar em relacdo & temperatura do ar. As perdas de calor por convecgao dependerao da resistencia superficial interna do fechamento (R,) e as perdas por radiacao, dda emissividade superficial do material (). O valor de R., pode ser obtido da tabelaa seguir ™. ‘Tabela 4.5-Resioténcie térmica superticlal Diogo do fluxo de calor reco do fluxo de calor Descendente Cada uma das camadas de um fechamento tem uma resisténcla térmica distinta. O inverso a resisténcia total do fechamento (que inciui a resisténcia das duas superficies: Re © Red) 6 ‘a sua tranemitancia térmica (U). O célculo da transmitanca térmica 6 0 ponto mals importante deste estudo, pois através desta variével se pode avaliar 0 comportamento de tum fechamento opaco frente a transmissao de calor, tendo subsidios inclusive para ‘comparar diversas opgdes de fechamentos. Te RT= Rse + Ra +R2+Ra +Rsi ue Lw/n?K] ae Na taboia 4.6, tém-se os valores de transmiténcia térmica para os principais fechamentos uiizados na construgao olvil™. ‘Tabols 4.6 -Transmitincia trmica das principais soluebes construtivas de uso corrente no Brasil Elemento | Tipo U (wim) Tijolo 6 furos espessura 12,6 em 239 Tilo 6 furos espessura 17 om (detado) 2.08 Tijolo 8 furos rebocado 12,5 cm 2.49 Paredes | Tijolo 4 furos rebocado 12,5 om 2159 Tijolo macigo aparente 9 cm 404 Tijolo macigo rebocado 12.¢m 357 Tijolo macigo rebocado 26 em 245 Janelas | Vidro comum 3mm 5,73 Laje conereto 10 cm + fibrocimento Verio -néo ventilado | 2,04 Verio bem ventilado | 2,04 Inverno-ndo ventilado | 2.86 Inverno-bem ventiiado | 3,89 Laje concreto 10 em + cerdmica \Veréo-ndo ventilado | 2,04 Verao-bem ventilado | 2,04 Invorno-naoventilado | 2.87 Inverno-bemventilado | 3.89 Forro pinus 1 om + fibrocimento \Verdo-noventilado | 2,00 Cobertura Verao-bem ventilado | 2,00, Inverno-naoventilado | 2,79 Inverno- bem ventilado | 3,75 Forro pinus 1 om + cerdmica Veréo-naoventilade | 201 Verdo-bem ventilado | 2,01 Invorno -néoventilado | 2,79 Inverno -bem ventilado | 3.75 Forro pinus 1 cm + fibrocimento + aluminio potido Veréo-néoventilado | 1,11 Vergo-bem ventilado | 1,11 Inverno -ndoventilado | 2,04 Inverno -bem ventilado | 3.75

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