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ORGÃO EMISSOR;
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica
04/07/2005
Nº REVISÃO: 01
VIGÊNCIA: 04/07/2005
ALINHAMENTO APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
ÍNDICE
1. Introdução .................................................................................................................................................. 3
5. 1. Introdução ........................................................................................................................................... 6
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DOCUMENTO Nº:
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1. INTRODUÇÃO
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O alinhamento entre eixos acoplados é uma necessidade indiscutível. No entanto, quando se fala da qualidade do
alinhamento, observamos pontos de vista divergentes, quanto ao grau de precisão necessário.
O controle preditivo de equipamentos por análise de vibrações, tem proporcionado valiosa ajuda neste sentido,
quantificando os efeitos que desalinhamentos provocam em equipamentos.
Um bom alinhamento de acoplamentos girantes, evita:
• vibração,
• desgaste prematura,
• aquecimento,
• perda de potência.
Mesmo os acoplamentos que permitem desalinhamentos devem ser bem alinhados, para garantir bom
desempenho, com maior duração da vida útil da transmissão.
1. Todo elemento rotativo possui um desbalanceamento residual (eliminá-lo requer um procedimento de alto custo
só justificável para equipamentos críticos, tais como equipamentos nucleares).
2. Este pequeno desbalanceamento é amortecido (absorvido) pelos elementos dos rolamentos, que possuem
folgas da ordem de 1,3 µm, o que significa em termos práticos, nenhuma folga.
3. Quando um equipamento é operado com desalinhamento, os esforços cíclicos causam desgaste excessivo nos
mancais. Logo o desgaste transforma-se em folga excessiva entre os elementos dos rolamentos que dessa
forma não fornecem mais o amortecimento necessário para restringir dos elementos rotativos.
4. O passo final ocorre quando alguém bem intencionado detecta a vibração e solicita o balanceamento ou a
substituição da unidade defeituosa. Assim, sem um diagnóstico correto, trabalho extra desnecessário é
realizado. A estatística mostra que a percentagem de retrabalho é de 12%, o que gera um aumento exponencial
dos custos.
Um exemplo de cálculo apresentado abaixo mostra que um motor de 100 Hp com um consumo extra de 2
ampéres consome em um ano R$ 690,00 (seiscentos e noventa reais) a mais de energia elétrica.
Em uma indústria de porte médio com algumas dezenas de motores, o consumo anual extra desnecessário já
representa alguns milhares de reais. Imaginemos o que isso representa em uma grande indústria.
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Muitos fabricantes de acoplamentos alegam que seus acoplamentos podem absorver os esforços causados pelo
desalinhamento. Isto pode ser verdade, mas os mancais não conseguem absorver esses esforços. A energia
gerada pelo desalinhamento eventualmente destruirá os mancais independente do acoplamento que seja utilizado.
2. TIPOS DE ACOPLAMENTOS E
CARACTERÍSTICAS
Os acoplamentos se classificam em três grupos:
• acoplamentos rígidos,
• acoplamentos flexíveis,
• acoplamentos de compensação.
• Flanges: são uniões entre eixos de transmissão, eixos de sincronismo, etc. Garantem maior rigidez,
transmitem alto torque, exigem alinhamentos precisos e baixa rotação.
• Luvas de união bipartidas: usadas em uniões entre eixos, geralmente longos. Apresentam boa rigidez, fácil
remoção para manutenção, necessitam de precisão no alinhamento, baixa rotação.
• Elastômeros: para aplicações triviais em uniões de eixos, acoplamentos de bombas, etc. Características de
transmissões de baixo e médio torque, de fácil instalação e remoção, permitem desalinhamentos e oscilações
dos eixos. Apresentam inconvenientes de utilização em ambientes com presença de agentes químicos.
• Grade (aranha): usados em acoplamentos de motores elétricos, motores de combustão interna, bombas, etc.
Características de transmissões de baixo e médio torque, absorvem sobrecargas e amortecem vibrações.
• Engrenagens: aplicação em motores elétricos, redutores de baixo, médio e alto torque, caixas de sincronismo,
etc. Acoplamento de bom acabamento e precisão, permite flutuações dos eixos. Isola vibrações principalmente
axiais.
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Existem ainda uma enorme gama de uniões de transmissões, que são usadas onde os acoplamentos
convencionais não poderiam atender as necessidades.
Citamos alguns: cruzetas, cardãs, juntas homocinéticas (acoplamentos articulados de velocidade angular
constante), catracas, acoplamentos uni-direcionais, embreagens eletromecânicas, hidráulicas, pneumáticas, etc.
3. FERRAMENTAS E ACESSÓRIOS
Dispositivos:
• Suporte para colocação de relógios (braçadeiras). Dispositivo construído de acordo com as formas, tamanho e
local a ser instalado. Deve ser o mais rígido possível.
• Suporte universal com base magnética. Dispositivo padronizado de fácil instalação, boa rigidez e versatilidade.
• Suporte universal flexível com base magnética. Dispositivo padronizado de fácil instalação, permite mudança
rápida de posição, porém, deve-se atentar muito para as condições das articulações.
Relógios comparadores:
• Dos vários tipos existentes, são mais usados os de cursor e os de apalpador. A precisão varia entre 0,01 e
0,001 mm, sendo normalmente usado o de 0,01 mm.
• O relógio tipo cursor é usado tanto na radial como na axial, com curso normalmente de 10 mm.
• O tipo apalpador tem curso normalmente de 1mm, o que limita sua aplicação. Tem a vantagem de facilitar o
posicionamento, para as leituras axiais.
Ferramentas:
• bloco padrão,
• apalpador de folga,
• micrômetro,
• paquímetro,
• nível de precisão,
• alavanca para giro dos eixos (de corrente ou lona),
• lanterna,
• espelho,
• chaves de aperto,
• torquímetro.
4. VARIÁVEIS DE ALINHAMENTO
Como auxílio didático, trataremos do alinhamento como sendo executado entre motores e redutores.
Alguns itens devem ser observados no alinhamento, para garantir a qualidade do mesmo. Antes de iniciarmos a
leitura, verificamos:
• nivelamento e alinhamento da base do motor e redutor,
• ovalização dos acoplamentos,
• empenamento dos eixos,
• folga axial do eixo do motor e do redutor,
• rigidez dos dispositivos de deslocação (macaquinhos),
• rigidez do suporte dos relógios,
• condição dos relógios comparadores (movimento livre do cursor e deslocamento contínuo do ponteiro),
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5. ALINHAMENTO DE MONTAGENS
Alinhamos uma máquina à outra, considerando uma delas como referência, ou seja, que já esteja na posição de
trabalho conforme projeto. Instalamos dispositivos simples e provisórios para deslocar o motor na lateral, vertical e
axial, de acordo com a correção exigida.
O fator principal para quem executa o alinhamento, é a calma e o raciocínio espacial, mesmo em trabalho de
emergência. Estes fatores observados darão melhores resultados que a correria por tentativa.
Consideramos um bom alinhamento, quando se consegue precisão entre 0,03 e 0,05 mm. O método de
alinhamento aqui descrito refere-se à máquinas frias, isto é, em que a temperatura de trabalho não exceda em
10ºC a temperatura na qual o acoplamento foi alinhado.
Em máquinas quentes, deve-se fazer uma verificação após atingir a temperatura de trabalho, para observar o
comportamento da máquina, e se necessário fazer-se a correção pelo mesmo método. Nestes casos, os
fabricantes podem fornecer instruções específicas para a máquina, por conhecerem o seu comportamento através
de experiência, ensaio e cálculo.
Muitas vezes, as temperaturas consideradas no projeto, são diferentes das temperaturas realmente observadas
nas condições de operação das máquinas, necessitando recalcular as dilatações, mudando o padrão de
alinhamento a frio.
A base de sustentação do motor pode ser pré-alinhada e pré-nivelada com topografia, ficando apoiada em
conjuntos de calços tipo cunha, que permitem levantar a base em até 1 mm.
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É feita aconcretagem dos chumbadores, e após cura, faz-se o nivelamento e alinhamento final da base. Para o
nivelamento, usa-se nível de precisão de 0,02 mm/m, apoiado em bloco padrão, nas direções longitudinal e
transversal da base. A direção longitudinal (paralela ao eixo do motor) tem grande influência no alinhamento dos
acoplamentos, pois um desnivelamento da base nesta direção, dificultará o assentamento dos calços finos, por
formação de ângulo obtuso entre a base do motor e a base de sustentação. O aperto nos parafusos chumbadores
não deve ser usado como recurso de nivelamento, com riscos de concentrar tensões elevadas nos mesmos,
por excesso de solicitação. O nivelamento deve ser checado, após aperto correto dos chumbadores.
A distância f entre a ponta do eixo do motor e a ponta do eixo do redutor, é determinada pelo projetista, porém,
havendo jogo longitudinal do eixo do motor (para que o rotor se assente no seu centro magnético naturalmente),
este deve ser considerado, dividindo-se o jogo, como mostra a figura acima.
Este jogo pode atrapalhar na hora do alinhamento, portanto, colocar a distância em “f + J/2” ou “f - J/2”, para fazer
o alinhamento e conferir esta medida, a cada leitura do relógio, para evitar que a trajetória do ponteiro do relógio
seja em espiral. Este é o primeiro procedimento para o alinhamento propriamente dito.
!
Usamos dois relógios comparadores para medir o alinhamento, sendo um instalado radialmente em relação ao
eixo de alinhamento (LC - Linha de Centro), e outro axialmente ao mesmo eixo. Se a ponta do cursor do relógio
está posicionada num raio Rc, maior que Ra, então, com a rotação do acoplamento A, a ponta do cursor
descreverá o círculo C. Se posicionada num raio Rd, menor que Ra, descreverá o círculo D. Repare que C e D são
concêntricos, na mesma linha de centro axial de A. Da mesma maneira acontece para o relógio na posição axial.
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Nem sempre está garantido que não haja ovalização e/ou empeno dos acoplamentos e eixos a serem alinhados,
portanto, essas variáveis devem ser medidas antes de se iniciar o alinhamento. Se a superfície que está sendo
tomada como referência para o alinhamento estiver ovalizada, estaremos incrementando um erro na indicação do
relógio comparador. Se tivermos os eixos dos acoplamentos perfeitamente centrados, e o acoplamento B estiver
ovalizado em 0,2 mm, e fizermos a zeragem do relógio neste ponto, ao girarmos em 180° o acoplamento A,
fixando o acoplamento B, teremos uma leitura de 0,2 mm no relógio, e se colocarmos calço de 0,1 mm na base do
motor para fazermos a “correção”, estaremos desalinhando os eixos que se encontravam centrados.
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Para eliminar a influência da ovalização na leitura do relógio, podemos girar os dois eixos juntos, de modo que se
zerarmos o relógio num ponto ovalizado, esse ponto descreverá um circulo concêntrico ao do eixo, e então o
relógio permanecerá zerado, se os eixos estiverem perfeitamente centrados.
Nem sempre é possível girar os eixos juntos, principalmente quando estamos acoplando motores e redutores de
alta relação de transmissão. Neste caso, deve-se medir a ovalização e descontá-la da leitura do relógio. Em
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contra-partida, a rotação dos eixos juntos, não permite perceber se há empenamento do eixo e/ou do
acoplamento. Não haverá registro no relógio desta falha, ficando zerado se os eixos estiverem centralizados. Por
isso, torna-se muito importante checar o empenamento e ovalização antes do início do alinhamento.
Portanto, a melhor solução é checar o empenamento e ovalização, e fazer a medição de alinhamento com rotação
dos eixos juntos.
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$%
5. 6. 1. Centro do acoplamento A, abaixo do centro do acoplamento B
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O círculo D é a trajetória imaginária. O contorno do acoplamento B é a trajetória real. A cota I é indicada no relógio,
mostrando o deslocamento do cursor, que é em sentido contrário ao exemplo anterior.
e = Rb - Rd
I = Rb - (Rd - e) I = Rb - Rd + e
como Rb - Rd = e, então: I=e+e
e = Rc - Rb
I = Rc + e - Rb I = Rc - Rb + e
como Rc - Rb = e, então: I=e+e
5. 6. 4. Exemplo Prático
MEDIÇÃO E CORREÇÃO DO DESALINHAMENTO RADIAL OU PARALELO
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Como a medida no plano vertical inferior foi de +0,6 mm isto implica que o ponteiro do relógio entrou nesta
posição, ou seja, que o eixo da máquina (2) está 0,3 mm mais baixo que o da máquina (1). A correção neste caso
seria retirar 0,3 mm de calços dos apoios A e B ou colocar 0,3 mm de calços nos apoios C e D, conforme
conveniência.
Vista Lateral
Figura 1
Como o ponteiro do relógio entrou + 1,0 mm na esquerda, isto significa que a máquina (2) está deslocada 0,5 mm
para a esquerda em relação à máquina (1). A correção, neste caso, será deslocar a máquina (1) de 0,5 mm para a
esquerda ou deslocar a máquina (2) de 0,5 mm para a direita,
conforme conveniência.
Planta
Figura 2
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Neste caso, o centro do acoplamento A está duplamente desalinhado em relação ao acoplamento B, com uma
excentricidade horizontal e outra vertical. As letras a, b, c e d, indicam as leituras do relógio, a cada 90°, a partir de
a, onde foi zerado.
A correção radial na horizontal deve ser:
Como a = 0, c na verdade é a indicação no relógio, que vimos que é igual a duas vezes a excentricidade, por isso
dividimos por dois, para achar o valor da correção.
A correção radial vertical deve ser:
Como as leituras b e d são em relação à leitura a, torna-se necessário fazer b - d, para saber a indicação real entre
b e d, isto é, obter a mesma indicação como se o relógio fosse zerado em b, então divide-se por dois, pois a
excentricidade é a metade da indicação.
Se o sinal da correção Rh for positivo, deve-se deslocar o acoplamento A para a direita, e se negativo, para a
esquerda. Se o sinal da correção Rv for positivo, deve-se deslocar o acoplamento A para cima, e se negativo, para
baixo. Isto é válido para a convenção aqui adotada, suporte do relógio no lado A, ponta do relógio no lado B,
relógio zerado em a.
&%
Como na medição radial, a correção axial horizontal deve ser:
a−c
Kh =
2
E a correção axial vertical fica:
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b− d
Kv =
2
Se o sinal da correção Kh for positivo, deve-se deslocar a traseira do motor para a direita, e se negativo, para a
esquerda. Se o sinal da correção Kv for positivo, deve-se deslocar a traseira do motor para cima, e se negativo,
para baixo.
Kh e Kv, representam os valores das correções que devem ser feitas no relógio, e não na base do motor, isto é,
são indicações de quanto deve-se movimentar o acoplamento, naquele ponto, porém, o movimento da base do
motor e diferente.
Obs: Convenção válida para montagem do relógio comparador conforme figura acima
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Os triângulos 012, 345 e 367 são triângulos retângulos, e têm o mesmo ângulo agudo α, logo, vale a
proporcionalidade dos lados, pois os triângulos são semelhantes, portanto:
Kv Avy + ∆t Avx + ∆t
= =
d /2 ( m + n) m
Kv 2. Kv 2. Kv
tgα = = ∴ α = arctg
d /2 d d
2. Kv Avy + ∆t
=
d ( m + n)
A fórmula II é completa, porém, podemos fazer uma simplificação da fórmula I, pois cos α é muito próximo de 1,
tornando ∆t muito pequeno:
2. Kv
Avy = .( m + n ) − t .(1 − 0,999 )
d
2. Kv .( m + n )
Avy =
d
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Avy = +0,9332 mm
2.0,10.(400 + 1000)
Avy =
300
Avy = +0,9333mm
Portanto, uma diferença de 0,0001 mm, que é desprezível em se tratando de espessura de calços.
2.Kv Avx + ∆t 2. Kv
= . m − ∆t = Avx
d m d
2. Kv. m
Avx = − t .(1 − cosα )
d
Simplificando:
2. Kv . m
Avx =
d
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2. Kh 1
Ahy = .( m + n ) − .(1 − cosα )
d 2
Simplificando fica:
2. Kh.( m + n )
Ahy =
d
Ainda:
2. Kh. m L
Ahx = − .(1 − cosα )
d 2
Simplificando fica:
2. Kh. m
Ahx =
d
5. 7. 3. Caso prático medição axial
MEDIÇÃO E CORREÇÃO DE DESALINHAMENTO AXIAL OU ANGULAR
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Para exemplificar este método, suponhamos que das leituras efetuadas no conjunto tenham resultado os valores
mostrados na figura a seguir, onde pretendemos alinhar deslocando a máquina (1).
c a
- 0,6 mm
Figura 1
Figura 2
Então:
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Obs.: Para a montagem do relógio conforme Figura 01 deveremos calçar a máquina 1 nas medidas acima.
Então, como o ponteiro do relógio saiu 0,8 mm na face horizontal esquerda do cubo da máquina (2), isto indica que
no plano horizontal esta face está afastada 0,8 mm da face correspondente do cubo da máquina (1). Entrentanto,
como as medidas são relativas e pretendemos alinhar deslocando a máquina (1), este desalinhamento pode ser
ilustrado conforme mostra a figura 3 e corrigido de acordo com os valores a seguir calculados.
Planta
Figura 3
Então:
'( ) *
+ , -
É o que normalmente encontramos na prática. Uma vez feita a leitura radial e axial, podemos fazer a correção de
uma só vez, isto é, deslocar a base do motor na horizontal e/ou na vertical, de modo que corrija simultaneamente
os desalinhamentos radial e axial, denominado método diâmetro-face.
As vantagens deste método de medição são:
• apenas um eixo pode ser movido durante o alinhamento,
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• é muito utilizado em casos de acoplamentos de grande diâmetro, nos quais os eixos são muito próximos,
• neste método as variações dos eixos são de fácil visualização,
• o operador tem o controle dos valores axiais e radiais.
As desvantagens são relacionadas com a medição na posição axial no eixo, que podem sofrer influências relativas
ao estado mecânico da máquina como por exemplo folgas de rolamentos, acoplamentos e defeitos de acabamento
superficial na face do acoplamento.
A correção simultânea é utilizada após ter-se adquirido boa experiência. Antes disso, sugerimos o método de
alinhamento primeiro na radial e depois na axial, aplicando as fórmulas separadamente.
Exemplo 1: d = 220 mm, m = 600 mm, n = 1200 mm
b b
c a c a
d d
a−c b− d
Rh = Rv =
2 2
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Rh = + 0,20 Rv = + 0,20
a − c 0 − (−0,6)
Kh = = ∴ Kh = +0,30
2 2
b − d 0,8 − (−0,9)
Kv = = ∴ Kv = +0,85
2 2
2. Kh.( m + n) 2.0,30.( 600 + 1200)
Ahy = =
d 220
Ahy = + 4,91
2. Kh. m 2.0,30.600
Ahx = =
d 220
Ahx = + 1,63
2. Kv. m 2.0,85.600
Avx = =
d 220
Avx = + 4,63
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Todas as correções são positivas, o que mostra que o motor deve se deslocar para a direita e para cima, nas
quantidades calculadas. Após a correção, aperta-se os parafusos de fixação do motor e executa-se nova
verificação.
Para que não haja influência do aperto dos parafusos no alinhamento, deve-se fazer a primeira leitura com o motor
já apertado, de modo que a correção calculada seja a real.
a c a
d d
a − c 0 − (+0,10)
Rh = = ∴ Rh = - 0,05
2 2
b − d 0,7 − ( −0,30)
Rv = = ∴ Rv = + 0,50
2 2
a − c 0 − ( +0,70)
Kh = = ∴ Kh = - 0,35
2 2
Kv = b - d = 0,4 - (+ 1,0) ∴ Kv = - 0,30
2 2
Neste caso, teremos deslocamento horizontal para a esquerda em x e y, e deslocamento vertical para baixo
em x e y.
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6. MÉTODO DE ALINHAMENTO
REVERSO
Atualmente é o método mais eficaz de alinhamento, com relógios comparadores posicionados simultaneamente na
posição radial, diferenciando-se desta maneira do método diâmetro face, com a vantagem de não ser influenciado
por variações axiais dos eixos da parte fixa ou móvel da máquina.
Neste método são os dois eixos são movidos simultaneamente para a leitura dos valores nos relógios
comparadores, que encontram-se dispostos nos eixos em 180º um com o outro.
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Figura 1
• Alinhamento no plano vertical
A leitura A mostra que a reta da linha de centro da máquina A na posição medida está doze centésimos de mm
abaixo da reta da máquina B, enquanto que a leitura B mostra que a máquina B na posição medida está dezesseis
centésimos de mm acima da máquina A. Combinando estas duas informações podemos traçar a Fig. 2 que
permite calcular as devidas correções no plano vertical, considerando-se que pretendemos alinhar movendo a
máquina B.
Vista Lateral
Figura 2
a =c
b d
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ORGÃO EMISSOR;
DATA EMISSÃO:
Inspeção Dinâmica
04/07/2005
Nº REVISÃO: 01
VIGÊNCIA: 04/07/2005
ALINHAMENTO APROVADOR:
COMITÊ Diretivo – 10/01/2005
Logo, x1 = 0,27 mm e y1 = 0,44 mm de calços devem ser retirados da máquina B nos respectivos pontos de apoio.
Máq. (B)
Figura 3
Além das temperaturas reais de operação, temos que conhecer os possíveis pontos de guia, das carcaças dos
equipamentos a serem alinhados. Pontos de guia limitam o deslocamento da estrutura, em determinadas direções,
e isto influenciará na cota considerada para o cálculo da dilatação.
Exemplo:
Um conjunto de acionamento, com motor, multiplicador de velocidade e bomba de alta pressão, serão alinhados à
temperatura de 25°C. O motor chega a 39°C na carcaça, entre o centro do eixo e a base. O multiplicador opera
com 65°C. A bomba trabalha na temperatura de 31°C no pedestal.
Direção Vertical
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motor: ∆1 = 1o . α . ∆θ
∆1 = 600 . 0,000012 . (39 - 25)
∆1 = 0,101 mm
multiplicador: ∆1 = 1o . α . ∆θ
∆1 = 600 . 0,000012 . (67 - 25)
∆1 = 0,302 mm
bomba: ∆1 = 1o . α . ∆θ
∆1 = 600 . 0,000012 . (31 - 25)
∆1 = 0,043 mm
A diferença de dilatação na vertical, entre motor e multiplicador é de 0,201 mm. Entre
o multiplicador e a bomba a diferença é de 0,259 mm.
Direção horizontal
Motor e bomba não sofrem mudança de posição do eixo, nesta direção.
multiplicador: ∆1 = 1o . α . ∆θ
∆1 = 840 . 0,000012 . (67 - 25)
∆1 = 0,423 mm
Neste caso, ocorrerá dilatação para o lado do motor e da bomba, em quantidades
iguais de 0,212 mm, na horizontal.
Portanto, no alinhamento a frio, o multiplicador deve ficar 0,20 mm mais baixo que o motor e 0,26 mm mais baixo
que a bomba. Lateralmente, deve ficar com diferença de 0,21 mm, conforme indicação no desenho, tanto para o
motor quanto para a bomba.
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Este método tem uma faixa ilimitada de utilização que pode ser ampliada da maneira que se encontram novas
necessidades, é muito eficaz, de rápida resposta, de fácil manuseio e de alta confiabilidade.
Não é necessário o uso de fórmulas pelo usuário, ou qualquer outro recurso externo ao aparelho que lhe fornece
os dados relativos de posição e expessura dos calços a serem utilizados para que seja executado o alinhamento.
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d2
Mt = F . tg( α + λ) + 0,7. d . µA
2
µ h
tgλ= tgα =
cos β π . de
d : diâmetro nominal do parafuso (cm)
Mt : torque de aperto (kgf.cm)
F : força de protenção (kgf)
de : diâmetro efetivo do parafuso (cm)
h
α : arctg , ângulo de inclinação dos filetes.
π . de
µ
λ : arctg
cos β
β : metade do ângulo de perfil dos filetes
µ : coeficiente de atrito nos filetes
µA : coeficiente de atrito entre a porca e superfície de apoio.
h : passo (cm)
F : força de protenção admissível (kgf)
A : área do núcleo (cm²)
σt : tensão admissível de tração (kgf/cm²)
σe : tensão de escoamento
F F=σ.A
σ = 0,6 . σe, para carregamento estático
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• ALINHAMENTO HORIZONTAL
• Método do relógio
1. Montar a corrente no eixo e apertá-la com a chave.
2. Montar as hastes e as unidades TD, sendo TD-S na unidade fixa e TD-M na unidade móvel.
3. Conectar os cabos. Há duas maneiras para se fazer isto:
Conectar um cabo entre a unidade display e uma das unidades de TD. Conectar as duas unidades TD.
Conectar um cabo entre um dos terminais e o display e um dos terminais da unidade TD-M. Conectar
o segundo cabo entre o outro terminal do display e a unidade TD-S.
4. Selecionar no menu principal o programa de alinhamento horizontal
5. Meça as distancias A, B, C e D e insira nos campos selecionados através de toque na tela
6. Libere a máquina a ser medida faceando com a máquina estacionária
7. Mova os eixos até a posição 12 horas. Os alvos devem ser fechados por cima dos sensores e os feixes de
laser devem ser ajustados no centro dos alvos através do ajuste fino
8. Mova as unidades para a posição 9 horas. Abra as coberturas dos sensores até que os valores de leitura
apareçam na tela; acione o ícone de 9 horas.
9. Utilizando o inclinômetro mova os eixos até a posição de 3 horas e acione o ícone 3 horas. A tela
apresentará os valores atuais de desalinhamento horizontal
10. Mova os eixos até a posição 12 horas e acione o ícone 12 horas. A tela apresentará os valores de
desalinhamento vertical.
11. Ajuste a máquina verticalmente até que os valores de desalinhamento paralelo e angular estejam dentro
das tolerâncias.
12. Mova os eixos até a posição 3 horas e ajuste a máquina horizontalmente até o valor desejado
13. Mova os eixos até a posição 12 horas e pressione o ícone para checar se o valor está dentro das
tolerâncias.
14. Os dados podem ser salvos para futura impressão ou transferência para um PC acionando-se o ícone
arquivo.
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1. Utilizado quando os eixos não podem ser girados para as posições 3 e 9 horas ou só podem ser movidos
numa direção
2. No menu principal selecionar o ícone alinhamento horizontal
3. Selecione o ícone de configuração e entre no menu ajuste
4. Acione o cone do Tripoint
5. A tela irá apresentar a máquina. Ajuste as dimensões da mesma forma do método do relógio
6. Ajuste as unidades TD e ajuste os feixes de laser no centro dos alvos
7. Acione o ícone de registro para registrar a primeira leitura
8. Mova o eixo para a próxima posição, no mínimo 30o
9. Acione o ícone de registro
10. Mova os eixos para a posição seguinte e registre
11. Acionar os ícones horizontal ou vertical para mostrar os valores atuais
• Algumas situações podem ser encontradas quando do trabalho de alinhamento. Pode ocorrer de a máquina
móvel não poder ser mais movimentada. Para fazer isto, do menu set-up, escolher o programa de pés
estáticos (static feet). Neste programa pode-se escolher qual pé será ajustável e qual será fixo. O
alinhamento horizontal precisa ser finalizado antes de iniciar o programa.
• Alinhamento vertical
1. Escolher no menu principal Alinhamento vertical
2. Medir a distancia entre as unidades TD. Pressionar o campo A e entrar com o valor. Pressionar OK.
Repetir o procedimento até o valor de D. Qualquer valor pode ser corrigido quando necessário.
3. Posicionar de maneira que seja fácil girar 180o (6 horas)
4. Girar o eixo posicionando os TD em 9 horas e pressionar o ícone correspondente
5. Girar o eixo para a posição 3 horas e pressionar o ícone correspondente para registrar a leitura. Este
valor determina a posição da máquina no eixo 3 – 9 horas
6. Girar o eixo para a posição 12 horas e teclar o ícone
7. Os valores mostrados são do desalinhamento no eixo 6 – 12 horas
8. Os valores mostrados correspondem ao valor de cada calço de correção
9. O paralelismo é corrigido utilizando-se o display
10. Iniciar pela colocação de calços para correção do desalinhamento angular
11. Ajustar a máquina no eixo 12 – 6 horas, girar para a posição 12 horas e registrar. Usar o display de
paralelismo para mostrar e corrigir o erro
12. Para ajustar a máquina no eixo 3 – 9 horas girar o eixo para a posição 3 horas e teclar no ícone
correspondente. Usar o display de paralelismo para mostrar e corrigir o erro
13. Os dados podem ser impressos ou salvos para futura impressão ou transferência para um PC
acionando-se o ícone File Drawer
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