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N.° 231 — 1-10-1993 Decreto-Lel n.° 348/93 de 1 de Outubro © Decreto-Lei n.° 441/91, de 14 de Novembro, es- tabelece o regime juridico do enquadramento da segu- ranga, higiene ¢ saiide no trabalho, referindo-se expres- samente, no n.° 2 do seu artigo 23.°, a regulamentagao derivada da transposicao para o direito interno das di- rectivas comunitérias. ‘Nestes termos, 0 presente diploma visa transpor para a ordem juridica interna a Directiva n.° 89/656/CEE, do Conselho, de 30 de Novembro, relativa as prescri- ges minimas de seguranca e de satide dos trabalhado- res na utilizacéo de equipamentos de protecco inc dual, que constitui a terceira directiva especial, na acepcao do n.° 1 do artigo 16.° da Directiva 1n.° 89/391/CEE, do Conselho, de 12 de Junho, e aten- der aos principios orientadores constantes da Comuni- cagéo da Comissao n.° 89/C328/02, de 30 de Novem- bro, relativa a avaliacdo do ponto de vista da seguranca dos equipamentos de proteccdo individual. Pretende-se, assim, cumprir a exigéncia de fixagdo de prescrigdes minimas de seguranca e de satide no qua- dro da dimensio social do mercado interno, cuja obser- vancia levard A melhoria do nivel de prevengo e de protec¢ao dos trabalhadores na utilizagdo dos equipa- mentos de protec¢do individual. © presente diploma foi apreciado em sede do Con- selho Nacional de Seguranga, Higiene e Satide no Tra- balho, reflectindo os consensos ali alcangados, Assim: Nos termos da alinea a) do n.° 1 do artigo 201.° da Constituicdo, 0 Governo decreta o seguinte: Artigo 1.° Objecto © presente diploma transpde para a ordem juridica interna a Directiva n.° 89/656/CEE, do Conselho, de 30 de Novembro, relativa as prescrigdes minimas de se- guranga e de sade dos trabalhadores na utilizagao de equipamentos de proteccdo individual. Artigo 2.° Ambito de aplicagio presente diploma tem 0 Ambito de aplicagao esta- belecido no artigo 2.° do Decreto-Lei n.° 441/91, de 14 de Novembro, Attigo 3.° Detinigdes 1 — Para efeitos do presente diploma, entende-se por equipamento de protecgao individual todo 0 equipa- mento, bem como qualquer complemento ou acess6rio, destinado a ser utilizado pelo trabalhador para se prote. ger dos riscos, para a sua seguranga e para a sua satide. 2— A definigdo do numero anterior ndo abrange: 4) Vestuario vulgar de trabalho e uniformes nto destinados a proteccao da seguranca e da satide do trabalhador; b) Equipamentos de servicos de socorro e salva- mento; DIARIO DA REPUBLICA — 1 SERIE-A 5553 ©) Equipamentos de proteccdo individual dos mi- litares, policias e pessoas dos servicos de ma- nutensao da ordem; 4) Equipamentos de protecedo individual utiliza- dos nos meios de transporte rodoviarios; ©) Material de desporto; J) Material de autodefesa ou dissuasdo; 8) Aparelhos portateis para deteceao e sinalizacio de riscos ¢ factores nocivos. Artigo 4.° Principio geral Os equipamentos de protecgio individual devem ser utilizados quando os riscos existentes ndo puderem ser evitados ou suficientemente limitados por meios técni- cos de protecedo colectiva ou por medidas, métodos ou processos de organizacdo do trabalho. Artigo 5.° Disposigses gerals 1 — Todo 0 equipamento de proteccao individual deve: @) Estar conforme com as normas aplicéveis sua concepgao e fabrico em matéria de seguranca e satide; 2) Ser adequado aos riscos a prevenir ¢ as condi- ges existentes no local de trabalho, sem im- Plicar por si préprio um aumento de risco; ©) Atender as exigéncias ergonémicas e de saiide do trabalhador; d) Ser adequado ao seu utilizador. 2— Os equipamentos de protecdo individual utili- zados simultaneamente devem ser compativeis entre si € manter a sua eficdcia relativamente aos riscos contra 08 quais se visa proteger 0 trabalhador. 3 — 0 equipamento de protecedo individual é de uso pessoal. 4 — Em casos devidamente justificados, 0 equipa- mento de protec¢ao individual pode ser utilizado por mais que um trabalhador, devendo, neste caso, ser to- madas medidas apropriadas para salvaguarda das con- digdes de higiene e de satide dos diferentes utilizadores. 5 — As condigdes de utilizagdo do equipamento de protecrao individual, nomeadamente no que se refere & sua duragdo, sao determinadas em fungdo da gravi- dade do risco, da frequéncia da exposicdo ao mesmo € das caracteristicas do posto de trabalho. 6 —O equipamento de proteccdo individual deve ser usado de acordo com as instrugdes do fabricante. Artigo 6.° Obrigasies do empregedor Constitui obrigagdo do empregador: @) Fornecer equipamento de protecco individual e garantir 0 seu bom funcionamento; 4) Fornecer ¢ manter disponivel nos locais de tra- balho informacdo adequada sobre cada equipa- mento de proteccao individual; 5554 ©) Informar os trabalhadores dos riscos contra os uais 0 equipamento de protectdo individual os visa proteg 4) Assegurar a formacdo sobre a utilizago dos equipamentos de protecrdo individual, organi- zando, se necessério, exercicios de seguranca. Artigo 7.° Descrigdo técnica do equipamento ‘A descrigdo técnica do equipamento de protecedo in- dividual, bem como das actividades e sectores de acti- vidade para os quais aquele pode ser necessario, é ob- jecto de portaria do Ministro do Emprego e da Seguranca Social. Artigo 8.° Obrigagter dos trabathadores Constitui obrigagéo dos trabalhadores: 4) Utilizar correctamente 0 equipamento de pro- tecgdo individual de acordo com as instrugées que the forem fornecidas; b) Conservar e manter em bom estado 0 equipa- mento que Ihe for distribuido; 6) Participar de imediato todas as avarias ou de- ficiéncias do equipamento de que tenha conhe- cimento. Artigo 9.° Informagio dos trabalhadores s trabalhadores, assim como 0s seus representan- tes, devem dispor de informagdo sobre todas as medi- das a tomar relativas seguranca ¢ satide na utiliza- so dos equipamentos de proteccao individual. Artigo 10.° Consulta dos trabalhadores Os trabalhadores, assim como os seus representan- tes, devem ser consultados sobre a escolha do equipa- mento de proteccao individual. Artigo 11.° Flacalizasto A fiscalizagao do cumprimento das normas constan- tes do presente diploma e respectiva regulamentacdo, bem como a aplicagdo das correspondentes sangdes, compete ao Instituto de Desenvolvimento € Inspeccao das Condigées de Trabalho, sem prejuizo da compe- téncia fiscalizadora especifica atribuida a outras enti- dades, conforme 0 disposto no artigo 21.° do Decreto- Lei n.° 441/91, de 14 de Novembro. Artigo 12.° Contra-ordenacdes 1 — Constitui contra-ordenacdo, punivel com coima: 2) De 30 000$ a 50.0008, por cada trabalhador abrangido, sem prejuizo do limite maximo fi- DIARIO DA REPUBLICA — 1 SERIE-A N.° 231 — 1-10-1993 xado na lei geral, a violagdo da obrigagao de fornecer equipamento adequado; +b) De 50 0008 a 200 0008, a violagio dos deveres de informagao e de consulta previstos nos arti- Bos 9.° e 10.5 €) De 100 000$ a’ $00 0008, a violaydo do dever de formacao previsto na alinea d) do artigo 6.° 2—Metade do produto das coimas reverte para 0 Fundo de Garantia ¢ Actualizacéo de Pensdes, des- tinando-se a outra metade & entidade que as aplica, em conformidade com o disposto no artigo 4.° do Decreto- -Lei n° 491/85, de 26 de Novembro, na redacedo dada pelo Decreto-Lei n.° 255/89, de 10 de Agosto. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 15 de Julho de 1993. — Anibal Anténio Cavaco Silva — Jorge Braga de Macedo — Luis Filipe Alves Monteiro — José Martins Nunes — José Albino da Silva Peneda. Promulgado em 3 de Setembro de 1993. Publique-se. © Presidente da Reptiblica, MARIO SOARES. Referendado em 7 de Setembro de 1993. O Primeiro-Ministro, Anibal Anténio Cavaco Silva. Decreto-Lel n.° 349/93 de 1 de Outubro © Decreto-Lei n.° 441/91, de 14 de Novembro, es- tabelece o regime juridico do enquadramento da segu- ranga, higiene e satide no trabalho, referindo-se expres- samente, no n.° 2 do seu artigo 23.°, & regulamentagao derivada da transposi¢ao para o dircito interno das rectivas comunitdrias. Nestes termos, 0 presente diploma visa transpor para a ordem juridica interna a Directiva n.° 90/270/CEE, do Conselho, de 29 de Maio, relativa as prescrigdes nimas de seguranga e de sade respeitantes a0 traba- Tho com equipamentos dotados de visor, que constitui ‘a quinta directiva especial na acepgdo do n.° 1 do ar- tigo 16.° da Directiva n.° 89/391/CEE, do Conselho, de 12 de Junho. ‘Trata-se de um instrumento de acco destinado a orientar actuagdes na concep¢io ou adaptagdo dos lo- cais de trabalho com equipamentos dotados de visor, integrando especificagdes e exigéncias com vista a pre- venir riscos profissionais ¢ a garantir a proteccéo da satide tal como sao enunciados no artigo 4.° do Decreto-Lei n.° 441/91, de 14 de Novembro, acima re- ferido. Pretende-se, assim, cumprir a exigéncia de fixagdo de prescrigdes minimas de seguranca ¢ de satide nos postos de trabalho em que sio utilizados visores, no quadro da dimensao social do mercado interno, com vista & melhoria dos niveis da prevencdo ¢ de protec- 40 dos trabalhadores. presente diploma foi apreciado em sede do Con- selho Nacional de Seguranga, Higiene e Saiide no Tra- balho, reflectindo os consensos ali alcancados.

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