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Gestão de Conforto Ambiental

em Edificações Sustentáveis
Unidade III
Conforto Acústico

Prof. D.Sc. Ludmila Rodrigues de Morais


Tópicos Abordados
• Conceitos básico
• Ouvido humano
• Pressão, Potência, Intensidade e Nível
• Isolamento acústico (ruído aéreo e de
impacto)
• Propagação do som ao ar livre
CONCEITOS BÁSICOS
Acústica Arquitetônica
• Antigamente se limitava apenas a alguns tipos de construções –
igrejas, teatros e escolas

• Últimos anos – todos os ambientes construídos

• Projeto Acústico
– Cada ambiente um caso específico

– Basear nas leis da física (som segundo seus aspectos físicos e


propagação)

– Estudar e pesquisar cada ambiente

– Estudar e pesquisar cada material a ser utilizado

– Transição entre o projeto e execução


• Função do Arquiteto
– Criar e projetar de forma clara

– Selecionar, dispor dimensionar, detalhar criteriosamente cada material do projeto

• Raes diz que o arquiteto deve promover os meios para que todos os
executantes tenham os “seus instrumentos perfeitamente afinados e a
realização resulte harmoniosa”, como se fosse o arquiteto o regente de uma
orquestra.

• O tratamento acústico compreende 3 etapas distintas e indispensáveis para


um bom resultado:
– Isolamento acústico

– Estudo geométrico da sala

– Tempo de reverberação
• Projetos acústicos não estão isentos de
incertezas:
– Dúvida quanto a qualidade efetiva dos materiais
– Simplificação nos estudos teóricos dos problemas
– Há diferença entre projeto e obra acabada
– Ensaios e medidas acústicas no local antes de
concluir a obra → correções necessárias
Som x Ruído
O SOM O RUÍDO

- agradável (música,
conversa) Incômodo
- útil (telefone, buzina)
Subjetividade

ex: música clássica de madrugada (incômodo?)


som de carros de corrida (agradável? adepto de competições)
Som
• Senso Comum
– Som é tudo aquilo que ouvimos

• Física
– Som é uma forma de energia vibratória que se propaga em meios elásticos

• O som propaga-se no meio através da vibração de partículas do meio em torno da posição de


equilíbrio.
• Som no ar pode ser definido como uma variação da pressão em relação à pressão atmosférica
detectável pelo sistema auditivo

- A menor variação de pressão detectável pelo ouvido humano é da ordem dos 2x10-5
• Psicologia
– Som é uma sensação inerente a cada indivíduo

• Fisiologia
– Se preocupa com a maneira que o som percorre as vias auditivas até
atingir o cérebro

• Muitos corpos podem servir de fonte sonora, para isto ele precisa ser
capaz vibrar ou oscilar
• Depende das propriedades físicas inerentes a cada corpo: massa e
elasticidade
Onda sonora
• É uma onda produzida por uma fonte ou elemento vibrador
que quando estimulado é capaz de produzir perturbações ou
variações na densidade do meio ao seu redor, como
conseqüência do aumento ou diminuição da pressão sonora.

• É mecânica – depende de um meio para se propagar

• É tridimensional
• Propagação do som no ar
• A onda sonora se caracteriza por:
– Freqüência

– Amplitude

– Velocidade do som

– Comprimento de Onda
• Freqüência
– Nome dado ao número de ciclos que as partículas materiais realizam em
um segundo
– É a taxa pela qual a fonte sonora vibra em Hz

– Sons Graves / Médios / Agudos


– Espectro em frequência
Infrasons < 20 Hz - 200 a 2.000 Hz - 20.000 Hz < ultrasons

GRAVES MÉDIOS AGUDOS

 Programa :Wave Tool

 Cd sons por frequência


 Bandas de oitava
63Hz 125Hz 250Hz 500Hz 1000Hz 2000Hz 4000Hz 8000Hz 1600Hz

 Bandas de 1/3 de oitava


63Hz 80Hz 100Hz 125Hz 160Hz 200Hz 250Hz 315Hz 400Hz 500Hz

630Hz 800Hz 1000Hz 1250Hz 1600Hz 2000Hz 2500Hz 3150Hz 4000Hz 5000Hz

6300Hz 8000Hz 10000Hz 12500Hz 16000Hz 20000hz 25000Hz 31500Hz 40000Hz 50000Hz
• Amplitude
– É a medida do afastamento das partículas materiais de
sua posição de equilíbrio

– Sons fracos / sons fortes


– Nível Sonoro / decibel (intensidade sonora)
• Velocidade de Propagação
– A celeridade ou velocidade de propagação do som no ar é, praticamente, a mesma para
todas as freqüências, porém ela varia de acordo com o meio de propagação. Alguns
exemplos:

PROPAGAÇÃO DO SOM NO MEIO PROPAGAÇÃO DO SOM NO


SÓLIDO MEIO FLUIDO

MATERIAIS VELOCIDADE DA ONDA


MATERIAIS VELOCIDADE
aço 4990 m/s DA ONDA

concreto 3500 m/s água 1.434 m/s

tijolo 2300 m/s Vapor d’água 405 m/s

Rochas, 2.500 m/s Água do mar 1.504 m/s


alvenarias
Madeira 4.000 m/s ar 340 m/s
Ar úmido (70%) a 347 m/s
Vidro 5000 m/s
200 C
cortiça 430 m/s Ar seco (a 200 C) 345 m/s
•Onda plana
- Se parássemos o tempo e víssemos a distribuição de pressão no espaço

- Comprimento de onda grande - Comprimento de onda pequeno


– Quanto mais alta a freqüência, menor o
comprimento de onda e vice-versa.
– Geralmente considerem-se os comprimentos de
onda dos sons no ar, adotando c = 340 m/s.
– Exemplo de valores de comprimentos de onda em
função da freqüência.
f(Hz) 20 50 100 200 500 1000 2000 5000
λ(m) 17,25 7,9 3,45 1,725 0,79 0,345 0,173 0,079

– Ver programa WAVE TOOL


• Som simples
– Emitido por um instrumento musical simples (ex.: diapasão)
– Suas vibrações podem ser registradas por qualquer processo
– Apresenta forma de uma curva periódica, regular, sinusoidal

• Sons complexos
– São emitidos pelos instrumentos musicais
– Originário de um som puro dotados de freqüências mais
elevadas e cujo número de vibrações é múltiplo do fundamental
• Qualidade da onda sonora
– Altura, Intensidade e Timbre

• Altura:
– Relacionada com a freqüência da onda sonora (não a intensidade sonora)

– Permite classificá-la de grave a agudo

• Intensidade
– Relacionada a amplitude sonora, a pressão efetiva e sua energia
transportada

– Permite classificá-la de varia de fraco a forte

• Timbre
– Relacionado com a qualidade do som e sim da fonte sonora

– Permite diferenciar a fonte sonora


• Tipos de onda sonora
– A onda sonora pode ser classificada de acordo com número de freqüências presentes
nela, em senoidal ou complexa e periódica ou aperiódica

• Onda Senoidal
– Resulta de um movimento harmônico simples
– Origina o som puro, composto de uma só freqüência
• A onda sonora pode ser classificada de acordo com
a presença ou ausência de periodicidade em:

– Onda Periódica
• Repete em iguais intervalos de tempo
• Teorema de Fourier - onda complexa é a soma de um número
de ondas senoidais simples somadas

– Onda Aperiódica
• Falta de periodicidade
• Movimento vibratório → aleatório
• Comuns no dia-a dia
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Ruído
• Todo som pode ser considerado um ruído
• Sua classificação é muito subjetiva e sua distinção
se refere ao fato de ser ou não desejável
• Fisicamente – ruído é um sinal aperiódico,
originado da superposição de vários movimentos
de vibração com diferentes freqüências as quais
não apresentam relações entre si.

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• O ruído pode ser classificado segundo sua intensidade
em:
– Contínuo
• Há variações desprezíveis (até 3dB) durante o período de
observação

– Intermitente
• Há variações continuamente de um valor apreciável (+ 3dB) durante
o período de observação

– Impacto ou impulsivo
• Apresenta dois picos de energia acústica de duração inferior a um
segundo.

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• RUÍDO - Está presente em praticamente todos os
instantes da nossa vida
– “Subproduto” do desenvolvimento
– Pode acarretar Perda Auditiva dependendo do:
• Nível de pressão sonora e
• Tempo de exposição do indivíduo

– Surdez – Irritação e Stress


– Perturbações na vida diária das pessoas (social e
familiar)

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• Aumento generalizado das fontes produtoras de
ruído (subproduto do desenvolvimento)
• Tendência de crescimento das cidades
Importância crescente da acústica
na atualidade
• Aumento das exigências de conforto/saúde
– Aumento da qualidade de vida
• Ao nível da saúde
– Problemas auditivos
– Problemas Psíquicos
– Problemas Fisiológicos
• Efeitos negativos no desempenho (trabalho,
aprendizagem)
• Aumento das exigências de saúde no trabalho
Efeitos do Ruído
Aumento da produção Dilatação da pupila
Hormônios da tireóide
Aumento do ritmo de
batimento cardíaco
Aumento da produção
de adrenalina
e corticotrofina

Contração de Contração do
vasos estômago e abdomen
sanguíneos
Reação muscular

Exposição a elevadas intensidades de ruído causam:


Irritação / Falta de concentração / Surdez
RUÍDOS NOS EDIFÍCIOS
Fontes exteriores ao Fontes interiores ao
edifício edifício
• Comunicação oral
• Tráfego rodoviário
• Televisores; aparelhagens
• Tráfego ferroviário
• Tráfego Aviões • Atividades levadas a termo pelos
• Atividades comerciais moradores (passos; queda de
• Atividades industriais objetos, etc)
• Maquinaria diversa: Elevadores;
canalização; sistemas de
ventilação e de ar condicionado;
máquinas de lavar
OUVIDO HUMANO
• Sistema sensível, delicado, completo e discriminativo
• Permite perceber e interpretar o som
• Transdutor – transforma vibração em sinais elétricos
• Pode ser dividido em três diferentes partes:
– Ouvido Externo
– Ouvido Médio
– Ouvido Interno
• Ouvido Externo
– Composto por 3 elementos – pavilhão da orelha, tubo ou canal
auditivo e tímpano
– Pavilhão da orelha – forma afunilada
– Tímpano – membrana côncava
• Ouvido Médio
– Composto por 3 ossículos – martelo, bigorna e estribo- janela
oval, janela circular e Trompa de Eustáquio
– Atua como amplificador através dos ossículos
– Contém importantes elementos para proteger o sistema de
audição - Trompa de Eustáquio
• Ouvido Interno
– Transmite as informações por nervos até o cérebro
– Cóclea
• Colhe as informações
• Ondas percorrem distâncias diferentes, com diferentes tempos
de atraso
– Distinção das freqüências

• Percepção e direcionalidade do som


– Diferença de tempo que o som chega em um ouvido ou
no outro
– Informa direção de chegada (fácil localização da fonte)
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Faixa de Audição Humana e
Sensibilidade do Ouvido
• Onda sonora audível
– Varia conforme a intensidade e a freqüência (0 a 120 dB)
– Freqüência audível de 20 Hz a 20.000 Hz

• Gráfico de Audibilidade
– Percepção média de indivíduos com percepção normal
– Escala logarítmica
– Nível 0 dB → freqüência 1.000 Hz


– Limiar de percepção
– Sensibilidade máxima → 3.000 Hz
– Limiar da dor – varia conforme a freqüência de 110 dB a 140 dB
• Curiosidade
– Limites de audibilidade humana: 20 a 20.000 Hz
– Limites de audibilidade do cachorro: 120 a 50.000 Hz
– Limites de audibilidade do morcego: 50 a 100.000 Hz
Memória Musical

Músicas
Curva de Ponderação – curvas A, B e C
• Tabela de correção de ponderação A, B e C
Freqüência (Hz) 31,5 40 50 63 80 100 125 160 200 250

Curva A (dB(A)) -39,4 -34,6 -30,2 -26,2 -22,5 -19,1 -16,1 -13,4 -10,9 -8,9

Curva B (dB(B)) -17,1 -14,2 -11,6 -9,3 -7,4 -5,6 -4,2 -3 -2 -1,3

Curva C (dB(C)) -3 -2 -1,3 -0,8 -0,5 -0,3 -0,2 -0,1 0 0

Freqüência (Hz) 315 400 500 630 800 1000 1250 1600 2000 2500

Curva A (dB(A)) -6,6 -4,8 -3,2 -1,9 -0,8 0 0,6 1 1,2 1,3

Curva B (dB(B)) -0,8 -0,5 -0,3 -0,1 0 0 0 0 -0,1 -0,2

Curva C (dB(C)) 0 0 0 0 0 0 0 -0,1 -0,2 -0,3

Freqüência (Hz) 3150 4000 5000 6300 8000 10000 12500 16000 20000

Curva A (dB(A)) 1,2 1 0,5 -0,1 -1,1 -2,5 -4,3 -6,6 -9,3

Curva B (dB(B)) -0,4 -0,7 -1,2 -1,9 -2,9 -4,3 -6,1 -8,4 -11,1

Curva C (dB(C)) -0,5 -0,8 -1,3 -2 -3 -4,4 -6,2 -8,5 -11,2


PRESSÃO, POTÊNCIA ,
INTENSIDADE E NÍVEIS
Pressão Sonora (P)
• Serve de base no estudo dos sons – “pressão acústica ou
sonora” (P)
• A pressão sonora audível varia conforme é mostrado abaixo:
• Valores de referência
– Pressão mínima audível 2 x 10-5 N/m2
• Já provoca sensação auditiva

– Pressão máxima acústica audível 20 N/m2

2 x 10-5 < P < 20 (N/m2)


Nível de Pressão Sonora (LP)
• Nível – sinônimo de decibel
• O nível de pressão sonora de um som de pressão de
raiz quadrada P é definido por:
2
P  P 
L p = 20 log  = 10 log 
 P0   P0 
Onde:
P0 = Pref = 2 x 10-5 Pa (N/m2) (nível de pressão sonora de
referência)
LP é a quantia que é realmente medida quando um
microfone é colocado em um campo de som
Não é prático a utilização da pressão
sonora à gama de pressões audíveis
(faixa muito grande de variações)

Nível Sonoro em decibel

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Potência Sonora
• Energia acústica emitida por uma fonte
• É uma característica da fonte sonora
• Valor absoluto, isto é, não é afetado pelo ambiente
(quantidade de energia acústica produzida por unidade de
tempo).
• Potência = Intensidade x Área

Orquestra 10W
Avião a jato (decolando) 1000Kw
Voz humana 1mW
• Unidade = W (Permite a caracterização quantitativa (Watt)
das fontes sonoras)

Potência elétrica - Temperatura Potência acústica – Pressão sonora

• Aparelhos de som 75W→ Potência de energia e não


potência sonora
Nível de Potência Sonora (LW)
• O nível de potência sonora (LW) é uma medida de
carga de energia de uma fonte sonora. O LW é definido
por:
W 
LW = 10 log 
 W0 

Onde
W0 = 10-12W (potência acústica de referência)
W = potência acústica da fonte
LW expresso em dB
Intensidade
• Permite distinguir sons fortes ou fracos
– Relação com a energia das oscilações que são provocadas no
ouvido do observador

• A intensidade física do som decresce com a distância da fonte


sonora
– “altura” do som não se altera ao longo da propagação (grave ou
agudo) desde que a fonte e o receptor estejam parados

• Determina para cada ponto do espaço por onde passam ondas


sonoras e onde podem elas ser captadas por um ouvido humano
ou um receptor mecânico (microfone, por exemplo)
P I Bell dB
2x10 Pa 1 W/m2 12 120

2x10-5 Pa 10-12 W/m2 0 0


• Escala logaritma de intensidade ou níveis em
dB
– Adota-se para “origem dos níveis” ou nível zero
(“zero decibel”), o limiar de percepção do ouvido
humano médio para a freqüência de 1000Hz.
– O valor eficaz da pressão acústica atribuído a esse
limiar, conforme observações experimentais, é :
P0 = 0,00002 newton/m2 = (0,0002 bária ou microbar)
Nível de Intensidade Sonora (LI)
• Nível de Intensidade e sonoridade. Sensação psicológica de
sonoridade (volume do som) varia aproximadamente com o
logaritmo da intensidade e não com a própria intensidade.
• O nível de intensidade sonora (LI) de uma intensidade de som, I é
definido por:
2
 I  P  P 
L I = 10 log  = 10 log  = 20 log 
 I0   P0   P0 
Onde
I0 = Iref = 10-12 W/m2 (intensidade de referência)
LI expresso em dB
Nível sonoro Descrição Sensações médias
130 – 140 dB Perigo de ruptura do tímpano Insuportável (por longo tempo)
- Avião a jato a 1m
- Fogo de artilharia
100 - 120dB - Avião a pistão a 3m Muito ruidoso
- Broca pneumática
-Indústria muito barulhenta
80 - 90dB - Orquestra sinfônica Ruidoso
- Rua barulhenta
- Aspirador
60 - 70dB - Rua de ruído médio Moderado
- Pessoa falando a 1m
- Rádio com volume médio
- Escritório de ruído médio
40 - 50dB - Restaurante calmo Calmo
- Sala de aula (ideal)
- Escritório privado
- Conversa
10 - 30dB - Quarto de dormir Silencioso
- Movimento da folhagem
- Estúdio de rádio
0- 10dB - Deserto ou região polar sem vento Muito silencioso
- Respiração normal 56
ADIÇÃO DE NÍVEIS SONOROS
60dB+60dB=120?????

L1+L2=10log(10L1/10+10L2/10)
• Soma dB
L1 L2 Ln
LpT = 10 log(10 10
+ 10 10
+ ... + 10 10
)

• Usando ordens diferentes de adição podem dar resultados que


diferem em 1dB, no qual normalmente não é tão significante.
Contudo, para achar com grande precisão, deve-se combinar
logaritmicamente os decibels.
LP = 10 log(10 L1 10 + 10 L2 10 + ...)
LP = 10 log(103, 4 + 10 4,1 + 10 4,3 + 105,8 )
LP = 10 log(6,6 x105 )
LP = 58,2dB
– O método simplificado pode ser usado para checar as respostas.
Diferença de 0 ou 1 2 ou 3 4 até8 9 ou 10 >11dB
Adicionar ao maior valor 3 2 1 0,5 0
34
41 – 34 = 7 → soma 1 ⇒ 41 + 1 = 42
41
58 – 42 = 16 → soma 0
43 58 + 0 = 58dB
58 – 43 = 15 → soma 0 ⇒ 58 + 0 = 58
58

34
58 – 34 = 24 → soma 0 ⇒ 58 + 0 = 58
58
58 – 45 = 13 → soma 0
41 58 + 0 = 58dB
43 – 41 = 2 → soma 2 ⇒ 43 + 2 = 45
43
Soma de níveis para fontes idênticas
Nº de fontes idênticas Decibel para adicionar em um nível
2 3
3 5
4 6
5 7
6 8
7 8
8 9
10 10
15 12
20 13
50 17
100 20

(10 log x) usa-se 10 log n, onde n é o número de fontes idênticas:


n = 2 onde 10 log (2) = 3
n = 10 onde 10 log (10) = 10
Exemplo 1
Numa determinada fábrica registrou-se num, determinado ponto, um nível sonoro de 30 dB com

a máquina A ligada, e, nesse mesmo ponto 60 dB quando a máquina B estava ligada, mas

separadamente. Qual o nível sonoro nesse ponto, quando A e B estão a funcionar em

simultâneo?
Exemplo 1
Numa determinada fábrica registrou-se num, determinado ponto, um nível sonoro de 30 dB com

a máquina A ligada, e, nesse mesmo ponto 60 dB quando a máquina B estava ligada, mas

separadamente. Qual o nível sonoro nesse ponto, quando A e B estão a funcionar em

simultâneo?

60
60 – 30 = 30 → soma 0 ⇒ 60 + 0 = 60dB
30
Exemplo 2
Numa determinada fábrica registrou-se num, determinado ponto, um nível sonoro de 45 dB com

a máquina A ligada, e, nesse mesmo ponto 60 dB quando a máquina B estava ligada, mas

separadamente. Qual o nível sonoro nesse ponto, quando A e B estão a funcionar em

simultâneo?
Exemplo 2
Numa determinada fábrica registrou-se num, determinado ponto, um nível sonoro de 45 dB com

a máquina A ligada, e, nesse mesmo ponto 60 dB quando a máquina B estava ligada, mas

separadamente. Qual o nível sonoro nesse ponto, quando A e B estão a funcionar em

simultâneo?

60
60 – 15 = 15 → soma 0 ⇒ 60 + 0 = 60dB
15
Exemplo 3
Numa determinada fábrica registrou-se num, determinado ponto, um nível sonoro de 58 dB com

a máquina A ligada, e, nesse mesmo ponto 60 dB quando a máquina B estava ligada, mas

separadamente. Qual o nível sonoro nesse ponto, quando A e B estão a funcionar em

simultâneo?
Exemplo 3
Numa determinada fábrica registrou-se num, determinado ponto, um nível sonoro de 58 dB com

a máquina A ligada, e, nesse mesmo ponto 60 dB quando a máquina B estava ligada, mas

separadamente. Qual o nível sonoro nesse ponto, quando A e B estão a funcionar em

simultâneo?

60
60 – 58 = 2 → soma 2 ⇒ 60 +20 = 62dB
58
Exemplo 4
Numa determinada fábrica registrou-se num, determinado ponto, um nível sonoro de 60 dB com

a máquina A ligada, e, nesse mesmo ponto 60 dB quando a máquina B estava ligada, mas

separadamente. Qual o nível sonoro nesse ponto, quando A e B estão a funcionar em

simultâneo?
Exemplo 4
Numa determinada fábrica registrou-se num, determinado ponto, um nível sonoro de 60 dB com

a máquina A ligada, e, nesse mesmo ponto 60 dB quando a máquina B estava ligada, mas

separadamente. Qual o nível sonoro nesse ponto, quando A e B estão a funcionar em

simultâneo?

60
60 – 60 = 0 → soma 3 ⇒ 60 + 3 = 63dB
60
SUBTRAÇÃO DE NÍVEIS SONOROS
- Para se determinar o nível sonoro provocado apenas por uma fonte (ou
conjunto de fontes) quando se conhecem os níveis global e parcial
resultantes da emissão de totalidade das fontes sonoras com excepção
daquela que é desconhecida.
- Este tipo de situação ocorre com frequência na indústria quando se
pretende saber qual a contribuição de cada máquina para o ruído global.
• Subtração dB
– O método também pode ser usado para
subtrair valores de decibels. Tem que subtrair
o valor achado do maior valor.

Li L2
LpT = 10 log(10 10
− 10 10
)
Subtração de níveis
Diferença entre os níveis Subtrair do maior valor

0 10 ou mais
1 7
2 4
3 3
4 ou 5 2
6a9 1
10 ou mais 0
ISOLAMENTO ACÚSTICO
• Absorção extra
– Reduz a intensidade reverberante, ajudando no
isolamento
• Redução pequena em comparação ao isolamento

• Isolamento contra
– Ruído aéreo – ruído “originado” pelo ar

– Ruído de impacto – passos, batidas no


fechamento, etc.
Níveis de ruídos (dB(A)) – ABNT 10152
Locais dB (A) Locais dB (A)
Hospitais Auditórios
Apartamentos, Enfermarias, Berçários, Salas de concertos, Teatros 30 – 40
35 – 45
Centros Cirúrgicos Sala de conferencia, Cinema, Sala de uso
35 – 45
Laboratórios, Áreas para uso do público 40 – 50 múltiplo
Serviços 45 – 55 Restaurantes 40 – 50
Escolas Escritórios
Bibliotecas, Salas de música, Salas de Salas de reunião 30 – 40
35 – 45 Salas de gerência, Salas de projetos e
desenho
35 – 45
Salas de aula, Laboratórios 40 – 50 de administração
Circulação 45 – 55 Salas de computadores 45 – 65
Hotéis Salas de mecanografia 50 – 60
Apartamentos 35 – 45 Igrejas e Templos (Cultos meditativos) 40 – 50
Restaurante, Salas de estar 40 – 50
Portaria, Recepção, Circulação 45 – 55 Locais para esporte
Residências Pavilhão fechado para espetáculos e
45 – 60
Dormitórios 35 – 45 atividades esportivas
Salas de estar 40 – 50
Notas: a) O valor inferior da faixa representa o nível sonoro para conforto, enquanto que o valor superior significa o nível
sonoro aceitável para a finalidade.
b) Níveis superiores aos estabelecidos nesta Tabela são considerados de desconforto, sem necessariamente implicar
risco de dano à saúde.
Isolamento a sons aéreos

-Principais elementos responsáveis pela transmissão do ruído aéreo:


- Janelas, portas, paredes, pisos, tectos, frestas e fendas
- A transmissão do ruído aéreos resulta da vibração dos elementos
construtivos
Avaliação do isolamento sonoro em laboratório

- Avaliação do isolamento sonoro considera a transmissão por via direta (apenas


através da divisória)
-Determinação da curva de redução sonora em bandas de terços de oitava
- (100Hz - 5000 Hz)
Isolamento sonoro
Painel simples

A transmissão do ruído aéreo é controlada essencialmente pela massa


Parede
Divisória
Pavimentos
Índices de redução de ruído
dos materiais
TABELA DE ISOLAMENTO - PAREDE

55dB - 45cm de tijolo maciço ou pedra


- 23cm de tijolo maciço, rebocado
- 18cm de concreto agregado miúdo
50dB - 30cm de concreto com agregado graúdo, rebocado
- Duas placas de concreto celular de 7.5cm, rebocado, com câmara de ar não menor de 7.5cm,
com grampos “borboleta” ou nenhum

- 12cm de tijolo maciço, rebocado


- 10 cm de concreto com agregado miúdo
45dB - 20cm de concreto com agregado graúdo, rebocado
- Duas placas de concreto celular de 5cm, rebocado, com câmara de ar não menor de 2.5cm, com
grampos “borboleta”
- 7.5cm de concreto celular, rebocado dos dois lados
40dB
- 5cm de concreto agregado miúdo
- 5cm de concreto celular, rebocado dos dois lados
35dB - 5cm de tijolo furado, rebocado dos dois lados
- Estuque (3 camadas) dos dois lados de sarrafos de 10cm
- Painel de duas placas de compensado de madeira ou fibra
30dB compensada, de ¼ “, sobre sarrafos de 6cm, com 5cm de lã de vidro nas cavidades
- Estucado de gesso sobre malha, 1.8cm dos dois lados de sarrafos de 10cm
25dB - Estucado de gesso sobre malha, 1.8cm sobre marco de madeira
20dB Placa de polpa de madeira aglomerada de ½ “, dos dois lados de um marco de madeira
TABELA DE ISOLAMENTO – JANELAS E PORTAS

- Duas portas de 5 cm de madeira maciça, com todas as frestas adequadamente seladas,


conjuntamente com uma câmara de ar
45dB - Janela dupla de vidros de 3mm, separados por 20cm, bem seladas, com absorvente no marco
interior entre os vidros (usar placas de vidro de 6mm para melhor isolamento de sons graves)
- Janela dupla de vidros de 3mm, separados por 10cm, bem seladas, com absorvente no marco
interior entre os vidros
- Janelas duplas móveis de vidro de 3mm, em marcos de madeira ou metal separados por 20 cm,
35dB
fechadas, mas não seladas, com absorventes no marco interior entre os vidros
- Duas portas compostas (ocas, com compensado de madeira ou fibra prensada de 3mm de cada
lado) com frestas seladas e câmara de ar
- Janela de placa de vidro de 6mm, todas as bordas seladaS
30dB - Porta maciça de 5 cm, todas as bordas seladas

- Janela de placa de vidro de 3mm, todas as bordas seladas


25dB
- Porta maciça de 5 cm, com frestas normais nos cantoS
- Janela simples de vidro de 3mm sobre marco de madeira ou metal, normalmente fechada porém
não selada
20dB
- Duas portas compostas (ocas, com compensado de madeira ou fibra prensada de 3mm de cada
lado) com frestas seladas
- Duas portas compostas (ocas, com compensado de madeira ou fibra prensada de 3mm de cada
15dB
lado) com frestas normais nos cantos

Nota: estes valores estimativos referem-se a isolamento de paredes entre habitações. Para o
isolamento entre uma habitação e um ruído ao ar livre, o isolamento geral deve ser reduzido em 5dB.
TABELA DE ISOLAMENTO - ENTREPISOS
- Laje de concreto de 18 cm, rebocada no teto, com qualquer acabamento do piso
-Entrepiso de concreto, rebocado no teto, com piso flutuante de madeira ou material afi
- Entrepiso de concreto, com forro pesado livremente suspenso e qualquer acabamento no piso
50dB
- Entrepiso de concreto, rebocado no teto com 5 cm de argamassa leve por cima
- Entrepiso de vigas de madeira, com assoalho flutuante, forro estucado e 5cm de argamassa de cal
e areia diretamente sobre o forro, apoiada em paredes grossas
-Entrepiso de concreto rebocado no teto com qualquer acabamento de piso
- Entrepiso de vigas de madeira. Piso de tábua macho-fêmea, com forro estucado e 5cm de
45dB argamassa de cal e areia diretamente sobre aquele
- Entrepiso de viga de madeira, assoalho flutuante, forro estucado e 7,5cm de lã de rocha (ou
similar) diretamente sobre o forro apoiada em paredes grossas
-Entrepiso de vigas de madeira. Piso de tábua macho-fêmea, forro de gesso de 2cm sobre malha de
7,5cm de lã de rocha (ou similar) diretamente sobre o forro
40dB
- Entrepiso de vigas de madeira. Piso de tábua macho-fêmea e forro estucado
- Entrepiso de vigas de madeira, com assoalho flutuante e 2cm de forro de gesso sobre malha
- Entrepiso de vigas de madeira, assoalho de tábua macho-fêmea e forro de gesso de 2cm sobre
35dB
malha
- Entrepiso de vigas de madeira, assoalho de tábua macho-fêmea e forro de gesso de 2cm sobre
30dB
malha, juntas preenchidas e coladas com papel
- Entrepiso de vigas com assoalho simples e forro de gesso de 1,8cm sobre malha, juntas
25dB
preenchidas e coladas com papel
20dB - Entrepiso de vigas de madeira com assoalho de tábuas macho-fêmea sem forro
Isolamento acústico a
Material 500Hz (dB)
Alvenaria de tijolo maciço (espessura de 10 cm) 45
Alvenaria de tijolo maciço (espessura de 20 cm) 50
Alvenaria de tijolo maciço (espessura de 30 cm) 53
Alvenaria de tijolo maciço (espessura de 40 cm) 55
Alvenaria de tijolo furado (espessura de 25 cm) 10
Chapa de fibra de madeira tipo “Soft-board” (espessura de 12 mm) 18
Chapa de fibra de madeira tipo “Soft-board”, com camada de ar intermediária de
30
10 cm
Chapas ocas de gesso (espessura de 10 cm) 24
Compensado de madeira (espessura de 6 mm) 20
Compensado de madeira (espessura de 6 mm) duas placas com camada de ar
25
intermediária de 10cm
Concreto – laje entre pavimentos 68
Vidro de janela (espessura de 2 a 4 mm) 20 a 24
Vidro grosso (espessura de 4 a 6 mm) 26 a 32
Vidro de fundição (espessura de 3 a 4mm) uma placa 24
Vidro de fundição (espessura de 4 a 6mm) duas placas com camada de ar
36
intermediária
• Nota: Supõe-se um piso de concreto com não menos de 220kg/m2
de peso médio. Este valor inclui pisos com cerâmica oca ou
unidades de concreto (ou pré-moldados), sempre que as vigas
estejam integradas na estrutura, enchendo o piso de concreto. Não
estão incluídas lajes livremente apoiadas em vigas não integradas,
exceto, quando as próprias lajes pesem pelo menos 220kg/m2 ,
incluindo qualquer agregado.
Projeto de Isolamento Acústico
 Planejamento
 Escolha do local
 Projeto do edifício
 Vizinhança
 Ruas
 Definição da posição em planta

 Som deveria ser representado nos desenhos


 Em forma de mancha preta de uns 50 metros ou mais
de diâmetro – não haveria descuido
Enclausuramento

Fonte Enclausuramento
Atenuador Acústico
Veneziana Acústica
• Evitar ter que projetar sistemas altamente isolantes quando a
construção já estiver começada ou acabada → remendos

• Separar com a maior distância possível as fontes de ruído das áreas


que precisam de silêncio;

• Projetar edifícios ou locais que não sejam particularmente suscetíveis


ao ruído, para funcionarem como espaço intermediário entre fontes
sonoras e áreas que precisam de silêncio (corredores, dispensas);

• Situar as dependências que podem ser fontes de ruído em partes do


edifício onde já existam outras fontes de ruído (inclusive exteriores).
Inversamente, situar dependências que precisem de silêncio em partes
tranqüilas do edifício;
• Situar máquinas e fontes que transmitam seus ruídos através da
estrutura, se possível, diretamente acima das fundações. A estrutura ali
é geralmente mais pesada e por isso mais isolante. Ainda mais: as
vibrações poderão ser absorvidas diretamente pela terra.
MOLAS (amortecimento da vibração)
• Atenção para os pontos fracos: uma janela aberta ou uma porta leve,
numa parede pesada e muito isolante, levará o isolamento global a
níveis muito baixos, apesar das melhores intenções do construtor.
Janelas

Detalhamento montagem da esquadria


Fonte: www.finestra.com.br

Obs.: Os vidros duplos devem ser de espessuras diferentes e não


paralelos entre si.
Janela com esquadria em madeira e vidro duplo Janela com esquadria em alumínio e vidro duplo
Fonte: www.finestra.com.br Fonte: www.finestra.com.br
Porta Acústica
• PROCESSO DE TRABALHO
– Projeto
• Classificar todas as dependências em ordem decrescente em relação ao
nível sonoro que produzem ou possam produzir;
• Classificar também as dependências em ordem crescente em relação a sua
tolerância ao ruído (em função dos critérios de ruído)

• Formar um monograma com as duas classificações

médio
– Classificar as áreas de acordo com o local, para
que possa ser definido requerido. Exemplo de
classificação de áreas numa escola:
• Separar o máximo as áreas ruidosas (que produzem ruído)
das áreas que necessitam de silêncio → poupar isolamento
• Determinar (ou classificar) os fechamentos com respeito ao
isolamento requerido
• Estudar cuidadosamente portas, janelas e os casos especiais
– sistemas de ar condicionado, dutos, geradores, etc., a fim
de não se reduzir o isolamento.
QUANTO MAIOR O ISOLAMENTO MAIS CARA A
CONSTRUÇÃO
Soluções de projetos
RUÍDOS DE INSTALAÇÕES

- Ruídos que resultam do escoamento turbulento

-Vibrações são transmitidas através do suporte de


tubos e dos atravessamentos dos elementos
construtivos.

Soluções
- Dimensionar redes e montar as peças de acordo com as especificações
regulamentares e recomendadas pelos fabricantes.

- No traçado das canalizações, substituir acessórios como “Tês” por derivações


a 45º e joelhos por curvas.
RUÍDOS DE INSTALAÇÕES
Soluções
-Podem interpor-se materiais elásticos entre:
- Braçadeiras e os tubos,
- Entre os maciços ou peças de ancoragem e a estrutura em que se
apoiam
- Entre os tubos e os elementos atravessados.

Material elástico
Material elástico
RUÍDOS DE EQUIPAMENTOS: Alguns exemplos

Equipamentos de carácter coletivo


Casa das Máquinas
Habitação -Determinação do Nível de
Avaliação L Ar – Nível sonoro
continuo equivalente que se
estabelece no compartimento
receptor devido ao funcionamento
do equipamento

Elevador

LAr≤30B(A)– Funcionamento contínuo


LAr≤35B(A) – Funcionamento
intermitente
RUÍDOS DE EQUIPAMENTOS: Alguns
exemplos
-Controle do ruído aéreo:

-Atenuar o nível sonoro no espaço


emissor
-Aumentar o isolamento do elemento de
separação
Elevador Controlo do ruído de transmissão estrutural:
-Apoios antivibráticos
- Aplicação de sistema flutuante
Ar condicionado
RUÍDO DE IMPACTO
Definição
RUÍDO DE IMPACTO Ruídos aéreos X Ruídos de impacto

Provenientes de solicitações aplicadas diretamente nos elementos de construção


Transmissão predominante por via sólida
Estabelecem-se campos sonoros incômodos em locais distantes do local de
origem de excitação
PROCESSOS DE PROPAGAÇÃO DO SOM NO MEIO SÓLIDO

MATERIAIS VELOCIDADE DA ONDA P

aço 5000 m/s

concreto 3500 m/s

tijolo 2300 m/s

cortiça 430 m/s

ar 340 m/s

- A propagação dos sons de percussão está associada ás características de


vibração do meio:
- Massa
- Rigidez
- Amortecimento
RUÍDOS PROVENIENTES DE SOLICITAÇÕES
APLICADAS DIRETAMENTE NO MEIO SÓLIDO

Fontes interiores ao edifício

Ações de Choque – Caráter Impulsivo

Gerada pela atividade dos moradores (passos; queda de


objetos, marteladas na parede; etc)
Atividades comerciais/industriais
Fontes interiores ao edifício
Ações Periódicas – Caráter Periódico ou Aleatório
Maquinaria diversa:

Elevadores; canalização; sistemas de ventilação, Instalações AVAC


(Aquecimento; Ventilação e Ar condicionado); máquinas de lavar; grupos
hidropressores; automatismos de garagem; etc
Atividades industriais/comerciais (e.x. grupos de frio)

Vias de transmissão do ruído de


equipamentos:
- Via aérea
- Via sólida
Fontes exteriores ao edifício
Tráfego

Provenientes de edifícios vizinhos


DETERMINAÇÃO DO ISOLAMENTO CONFERIDO PELOS
ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO

Isolamento aos sons aéreos Isolamento aos ruídos de impacto

L1 L2

Dn=L1-L2-10log (A/A0)
L2
R=L1-L2-10log (A/A0)

-Cálculo de uma curva em frequência: Ln = L2 +10log (A/Ao)

-Cálculo de um índice: Rw; Dn,w; -Exigências regulamentares são


Ln,w; L’n,w definidas apenas sobre os
pavimentos:
METODOLOGIA GERAL PARA EVITAR /DIMINUIR A
PROPAGAÇÃO DOS SONS NOS EDIFÍCIOS

Agir sobre a superfície de contato

Revestimento Final

Camada enchimento

laje estrutural

- Agir sobre o meio de propagação:

Revestimento final
Revestimento
Laje flutuante
Camada de
Camada resiliente
laje estrutural Enchimento
laje estrutural

Teto Falso
Revestimento final

Camada resiliente
Camada de enchimento
laje estrutural
MÉTODOS DE MEDIÇÃO

- Norma ISO 140/6 – Ensaios em Laboratório


- Norma ISO 140/8 – Ensaios de revestimentos de
piso

Transmissão
Direta

Elemento a
caracterizar
Li
Material
resiliente

Ln =
Li+10log(A/A0)
MÉTODOS DE MEDIÇÃO: EQUIPAMENTO DE ENSAIO

Máquina de
impacto normalizada
Equipamento de
medição
SOLUÇÕES CONSTRUTIVAS PARA EVITAR /DIMINUIR A
PROPAGAÇÃO DO RUÍDO DE IMPACTO NOS EDIFÍCIOS

PAVIMENTOS COM APLICAÇÃO DE LAJE FLUTUANTE


Revestimento final
Laje flutuante

laje estrutural Camada resiliente

Características do revestimento final

- Pode ser qualquer um

Características da lajeta flutuante

Espessuras da Armadura na laje Área da laje


Laje flutuante flutuante flutuante
3cm sem armadura menos de 15 m2

4cm sem armadura de 15 a 30 m2

5cm sem armadura de 30 a 100 m2

5cm com armadura Mais de 100 m2


PAVIMENTOS COM APLICAÇÃO DE LAJE FLUTUANTE

Características da camada
resiliente
- Polietileno reticulado de célula
fechada (rolos com h=3, 5,10 mm)
- Lã de rocha (h=20,30,40,50,60 mm)
- Aglomerado negro de cortiça
- Poliestireno extrudido
- Espuma de
poliuretano
laje estrutural
PAVIMENTOS COM APLICAÇÃO DE LAJE FLUTUANTE

Diminuição do ruído de
Espessura impacto (dB)
Material da camada resiliente Revestimento final
(cm)
graves médios agudos Laje flutuante

0.9 7 26 39 laje estrutural Camada resiliente


Lã de rocha
2.0 12 26 37
0.25 4 16 31
Lã de vidro
1.3 9 34 47
0.4 3 7 22
Borracha
1.2 6 23 44
Poliestireno expandido 1.0 1 17 35
Fragmentos de poliestireno
0.5 4 17 32
expandido sobre feltro betuminoso
Grãos de cortiça colados sobre 0.5 0 11 34
feltro betuminoso
Feltro têxtil 0.8 2 21 40
Partículas de tecido 1 5 25 39
PAVIMENTOS COM APLICAÇÃO DE LAJE FLUTUANTE

Aspectos construtivos
PAVIMENTOS FLUTUANTES

Revestimento final

Camada resiliente

Camada de enchimento
laje estrutural

Pavimentos tradicionais em madeira maciça

- Assoalho diretamente assentado em material resiliente


- Assoalho assentado em ripas que por sua vez são assentados em
material resiliente

Ripas
Camada resiliente
laje estrutural Camada resiliente
laje estrutural
PAVIMENTOS FLUTUANTES

Pavimentos tradicionais em madeira maciça

Ripas
Camada resiliente
laje estrutural

- Fixação dos barrotes à laje com


um betume que funciona de
camada resiliente
- Execução difícil
PAVIMENTOS FLUTUANTES

Pavimentos flutuantes colados

- Lamelas de pequena espessura


ligadas a uma camada resiliente
aplicada em fábrica

laje estrutural Camada resiliente - Camada resiliente constituída por


cortiça
- Fixas à laje com colas
adequadas
PAVIMENTOS FLUTUANTES
Pavimentos flutuantes
contracolados

laje estrutural Camada resiliente

Camada resiliente:
-Poliuretano reticulado de célula fechada
(e=2-3mm)
-Sistema de encaixe macho/fêmea que
permite montar o pavimento de forma a
“flutuar” sobre a camada resiliente
PAVIMENTOS FLUTUANTES

Revestimento final

Camada resiliente

laje estrutural
laje estrutural

Soleira
Material Flexível
Revestimento final

Camada resiliente
laje estrutural
AGIR SOBRE A SUPERFÍCIE DE CONTATO

Revestimento Final

Camada enchimento

laje estrutural

Características do revestimento final

- Cortiça
- Vinílico de base flexível
- Linóleo
- Carpete
SOLUÇÕES CONSTRUTIVAS PARA EVITAR /DIMINUIR A
PROPAGAÇÃO DO RUÍDO DE IMPACTO NOS EDIFÍCIOS

80 60 Sand/cement screed on
polyethylene foam 18dB
75
77 50 Agolomerado de cortiça
expandida 25mm (lajeta 4cm)
Carpet 3 to 5 mm
71 40
70
Parquet (floating) 18 dB
Ln (dB)

30

dL (dB)
65

20
60
Betão 10
h=0,15
55 Betão
h=0,20
0

50
-10
Ln,w
100
125
160
200
250
315
400
500
630
800
1000
1250
1600
2000
2500
3150
4000
5000

100
125
160
200
250
315
400
500
630
800
1000
1250
1600
2000
2500
3150
4000
5000
Frequência (Hz)
Frequência (Hz)
• Isolamento de Impacto Relativo em Pavimentos
– Acabamento macio
• tapete grosso com ou sem feltro;
• borracha ou linóleo com base de espuma de borracha;
• capa plástica ou linóleo sobre feltro de pelo;
• capa pesada de linóleo sobre fibra de madeira de 12mm; ladrilho de
cortiça (não menor que 1cm).
– Acabamento médio
• tapete fino,
• ladrilho de cortiça (espessura menor que 1cm);
• linóleo grosso;
• tábuas de madeira;
• ladrilho e capa plástica ou borracha.
– Acabamento duro
• Marmorite
• ladrilho de concreto ou cerâmica, mármore ou pedra;
• asfalto;
• linóleo fino;
• tacos de madeira.

Acabamento do assoalho Avaliação do


Macio Médio Duro isolamento de impacto
31 a 41, inclusive 32 – 35 Muito bom
42 – 43 – 44 36 – 37 – 38 32 Bom
45 31 – 33 – 34 – 41 Pobre
39 – 40 – 42 – 43 – 44 – 45 Muito pobre
PROPAGAÇÃO DO SOM AO
AR LIVRE
Propagação do som ao ar livre
• Energia gerada por fontes sonoras
– Atenuação ao se propagar ao ar livre
• distância percorrida

• barreiras

• absorção atmosférica

• vegetação

• variação de temperatura

• efeito do vento

• Análise de campo acústico em comunidade


– Desenvolver relações entre a potência (Lw) das fontes sonoras, níveis de pressão sonora
do receptor e a influencia dos caminhos sonoros de propagação.
• Propagação
– Afetada pela atenuação ao longo do caminho de transmissão
– Estimada através de correções aditivas para divergências
esféricas
• Absorção do ar
• Reflexão
• Efeito da vegetação
• Efeito da topografia do solo
• Efeito de barreiras
• Espalhamento nas próprias instalações
• Condições atmosféricas
– umidade relativa do ar
– temperatura
Atenuação do ruído com a distância
• Fonte Pontual
– Som irradia esfericamente (Figura 01)
– Intensidade: inversamente proporcional a distância ao
quadrado
Ir/IR = R2 / r2
– Nível de pressão sonora (diferença do nível de pressão
sonora entre dois pontos)
Lpr – LpR = 20 log (R/r)
– Caso especial: Se R = 2r
Lpr – LpR = 6dB
– Nível de Potência Sonora (Lw) x Nível de Pressão
Sonora (Lp) (característica da fonte)
Lpr = Lw –11 – 20 log r
Onde:
r é a distância da fonte ao receptor (m)
Lpr é o nível de pressão sonora (dB)
Lw é o nível de potência sonora (dB)

– Na expressão acima subtrai 3dB se as fontes


estiverem apoiadas em superfícies altamente
refletoras
• Barreira Acústica
– Dispositivos implantados entre a fonte e o receptor, que
têm como principal função bloquear a propagação do som
na direção dos receptores expostos a elevados níveis de
ruído.
– Umas das principais ferramentas utilizadas em engenharia
de controle de ruído.
– Número de Fresnel
• A difração é definida como sendo a modificação de um campo
sonoro devido à introdução de um obstáculo dentro deste
campo sonoro.
Alta
Freqüência

Média
Freqüência
Fonte
Sombra
Acústica

Barreira Baixa
Freqüência
• Influência do vento
– Distorção da frente de onda devido a velocidade e
direção do vento. Criação de sombra acústica
• VENTO
– a medida que a direção do vento é igual ao
sentido do receptor, os raios sonoros tendem a
se defletir em direção ao receptor;

Fonte: Be-a-bá da arquitetura


• Influência da cobertura do solo
– Indício que o solo com grama absorve no máximo 25 a
30dB nas freqüências de 200 a 400Hz para a distância de
1.000m. (boa para ruído industrial – menor que a fala)
• Influência da temperatura
– A velocidade de propagação do som no ar depende na temperatura
(T1/2)
– Gradiente de temperatura causa deformação da frente de onda com
criação de sombra acústica simétrica
Fonte: Be-a-bá da arquitetura
• Número de fontes produtores de
ruídos é cada vez maior;
• Conseqüências para o homem
são prejudiciais;
• Edificações com novos materiais
e de baixo isolamento acústico;
• Cidades (traçado urbano) cada
vez maiores e mais barulhentas
= problemas acústicos.
• RUÍDO E URBANISMO
– Ruído – consequência do progresso da era da máquina;
– Crescimento da CIDADE = Aumento do RUÍDO
– Hoje o ruído causa desvalorização das casas situadas em
áreas centrais = ocupação de áreas mais afastadas pelos
mais abastados = aumento do perímetro urbano.

• TANTO O INDIVÍDUO COMO A COLETIVIDADE TEM


A NECESSIDADE DE ATENTAR PARA A SERIEDADE
DO PROBLEMA QUE É O RUÍDO !!!
• RUÍDO E URBANISMO
– Rino Levi em Curitiba sobre este tema:
• “Planejar não é utopia. É a maneira correta de enfretar
efetivamente a realidade, com economia e sem desperdício. Trata-
se de um trabalho complexo, que deverá ser atualizado
constantemente e que exige a cooperação de vários especialistas
e a compreenção do poder público e da coletividade.”
• Como resolver o problema:
– 1 - Planejamento;
– 2 - Leis que tratem sobre ruídos urbanos;
– 3 -Carta acústica das cidades (baseada no levantamento
dos níveis de ruído de uma cidade = alto custo) – a partir
disso estabelece limites de ruídos toleráveis para cada
zona.

Medição de ruídos
• Como resolver o problema:
–Sistematização da rede viária:
• a)Execução rigorosa de projeto: arborização, ajardinamento,
rampas, muros ou barreiras refletoras.
• b)- Manutenção dos asfaltos – ou utilização do asfalto
absorvente acústico com raspa de pneus usados.
- Regulamento do tráfego;
• a)Regularização da distribuição do tráfego;
• b)Propaganda e disciplina para os usuários de automóveis;
– Diminuição do ruído dos veículos (silenciador no nível de
ruído).
ARQUITETOS E URBANISTAS NÃO PODEM
MAIS DEIXAR O RUÍDO DAS CIDADES EM
ÚLTIMO LUGAR DA LISTA DE
PREOCUPAÇÕES POIS A CORREÇÃO DO
PROBLEMA É SEMPRE MAIS DIFÍCIL!!!
FOTOS

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