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PARADA CARDÍACA

DEFINIÇÃO

- é a cessação súbita e inesperada


da circulação, em paciente cuja
expectativa de morte não existia.

Prof. Marco Aguiar


PARADA CARDÍACA

- é uma emergência médica


extrema, cujos resultados são:
1. Lesão cerebral irreversível
2. Morte

... se as medidas adotadas não obtiverem êxito

“ 5 min “
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PARADA CARDÍACA

CAUSAS

1. CARDIOVASCULARES
2. RESPIRATÓRIAS
3. NEUROLÓGICAS
4. METABÓLICAS
5. ESTADOS DE CHOQUE
6. OUTRAS

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PARADA CARDÍACA
CAUSAS CARDIOVASCULARES:
 ISQUEMIA MIOCÁRDICA
- infarto, angina instável
 ARRITMIAS CARDÍACAS
- ESV, TV, bradiarritmia, BAVT
 TAMPONAMENTO CARDÍACO
 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

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PARADA CARDÍACA

CAUSA RESPIRATÓRIAS
(INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA)
1. OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS
2. PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO
3. AFOGAMENTO
4. BRONCOASPIRAÇÃO
5. EMBOLIA PULMONAR

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CAUSAS NEUROLÓGICAS:
1. TRAUMATISMO CRANIO-ENCEFÁLICO
2. HEMORRAGIAS INTRA-CRANIANAS
3. INFECÇÕES DO SNC
4. EDEMA CEREBRAL

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CAUSAS METABÓLICAS:

1. ACIDOSE E ALCALOSE METABÓLICAS (pH 7.35 a 7,45)


2. HIPER OU HIPOPOTASSEMIA (3,5 a 5,5 mEq/L)
3. HIPER OU HIPOCALCEMIA (9 a 10,5 mg%)
4. HIPER OU HIPOMAGNESEMIA (1,6 a 2,4 mEq/L)
5. HIPOGLICEMIA (70 a 110 mg/100ml) -- <40 mg/100ml)

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ESTADOS DE CHOQUE:

1. CHOQUE HIPOVOLÊMICO
2. CHOQUE CARDIOGÊNICO
3. CHOQUE SÉPTICO

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OUTRAS CAUSAS:
1. DROGAS DEPRESSORAS DO SNC
(anestésicos, sedativos, tranquilizantes, etc)
1. DIGITÁLICOS
2. ANTIBIÓTICOS
(penicilina)
1. VASOPRESSORES
(noradrenalina e isoproterenol)
1. INFUSÃO RÁPIDA DE ANTIARRÍTMICOS
2. INFUSÃO DE CONTRASTES
3. CHOQUE ELÉTRICO
4. ENVENENAMENTOS
5. REFLEXOS VAGAIS (quando em situações de
hipóxia, acidose metabólica, hipercapnia,
hipercalemia, icterícia, anestesia)
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PARADA CARDÍACA
DIAGNÓSTICO CLÍNICO

1. AUSÊNCIA DE PULSO EM GRANDES ARTÉRIAS *****


(imediato)
2. PERDA SÚBITA DA CONSCIÊNCIA
(muito precoce; cerca de 5 a 15 segundos)
3. APNÉIA OU RESPIRAÇÃO AGÔNICA
(cerca de 30 segundos)
4. DILATAÇÃO DAS PUPILAS
(muito variável (drogas) cerca de 45 segundos)

Ausculta cardíaca ?
ECG ?
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MECANISMOS DE PARADA CARDÍACA:

1. FIBRILAÇÃO VENTRICULAR
2. TAQUICARDIA VENTRICULAR
3. ASSISTOLIA
4. DISSOCIAÇÃO ELETROMECÂNICA

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PARADA CARDÍACA
MECANISMOS DE PARADA CARDÍACA:
1. FIBRILAÇÃO VENTRICULAR
- o miocárdio apresenta movimentos anárquicos de
fasciculação, sem contração ventricular

2. TAQUICARDIA VENTRICULAR
- é a sucessão de batimentos ectópicos ventriculares com
ausência de pulso que podem levar a deterioração
hemodinâmica

3. ASSISTOLIA
- ausência de atividade elétrica e mecânica do coração

4. AESP (atividade elétrica sem pulso)


- existe atividade elétrica do coração, sem a concomitante
função de bomba (dissociação eletromecânica)

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ASSISTOLIA

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DISSOCIAÇÃO ELETRO-MECÂNICA
Atividade elétrica sem pulso
É caracterizada pela ausência de pulso detectável na presença de
algum tipo de atividade elétrica, com exclusão de TV ou FV.

A atividade elétrica sem pulso incorpora a dissociação eletromecânica e um grupo


heterogêneo de ritmos que inclui:
-ritmo idioventricular
- ritmo de escape ventricular
-e ritmos bradiassistólicos.

Ao ECG, caracteriza-se pela presença de complexos QRS largos e bizarros que


não produzem resposta de contração miocárdica eficiente e detectável

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MECANISMOS DE PARADA CARDÍACA:

1. FV/TV
- FIBRILAÇÃO VENTRICULAR
- TAQUICARDIA VENTRICULAR SEM PULSO

2. não-FV/TV
- ASSISTOLIA
- DISSOCIAÇÃO ELETROMECÂNICA

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CONDUTA

INICIAR AS MANOBRAS DE
REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR

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INDICAÇÕES DE REANIMAÇÃO

TODOS PACIENTES SÃO CANDIDATOS


ÀS MANOBRAS DE REANIMAÇÃO
CARDIOPULMONAR

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CONTRA-INDICAÇÕES À REANIMAÇÃO:
1. EVIDÊNCIAS INQUESTIONÁVEIS DE MORTE
(rigor mortis, decapitação, etc)
2. PACIENTES ONCOLÓGICOS TERMINAIS
3. MORTE CEREBRAL COMPROVADA HÁ >24 HORAS
4. ESTADOS INFECCIOSOS TERMINAIS SEM
POSSIBILIDADE DE TRATAMENTO ( RAIVA)
5. TEMPO DE PCR PROLONGADA (exceto afogamento)
6. SITUAÇÕES EM QUE AS MANOBRAS DE RESSUSCITAÇÃO
COLOQUEM A EQUIPE EM RISCO

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ABORDAGEM INICIAL

1. MEDIDAS PRELIMINARES
2. “ABCD” PRIMÁRIO
3. “ABCD” SECUNDÁRIO

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MEDIDAS PRELIMINARES:

1. DETECTAR A PCR
2. ACIONAR EQUIPE
3. POSIÇÃO APROPRIADA DO PACIENTE
4. POSIÇÃO APROPRIADA DO REANIMADOR

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DETECTAR A PCR

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POSIÇÃO DO PACIENTE E DO REANIMADOR

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“ABCD PRIMÁRIO:

A = AIRWAYS (abertura de vias aéreas)


B = BREATHING (respiração boca-a-boca)
C = CIRCULATION (massagem cardíaca)
D = DEFIBRILATION (85% de sucesso em FV/TV)

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“ABCD SECUNDÁRIO:

A = AIRWAYS
(entubação endotraqueal)
B = BREATHING
(respiração artificial)
C = CIRCULATION
(massagem cardíaca e veia periférica)
D = DIAGNOSIS / DRUGS
(diagnosticar a causa / iniciar drogas)

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DESFIBRILAÇÃO ELÉTRICA

Definição: é o uso terapêutico do choque elétrico de


corrente elétrica contínua, com grande amplitude e
curta duração, aplicado no tórax ou diretamente sobre
o miocárdio.
Efeito: durante uma atividade elétrica irregular, a
desfibrilação despolariza todas as células cardíacas,
permitindo o reinício do ciclo cardíaco normal, de
forma organizada em todo o miocárdio.
Justificativa: a FV é o ritmo mais observado e a
desfibrilação é o único tratamento realmente eficaz .
Energia necessária: 200J; 300J; 360J

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CONDUTA EM CASOS DE FV/TV:


1. ABCD PRIMÁRIO
2. DESFIBRILAR ATÉ 3x (200; 300 e 360 J)
3. ABCD SECUNDÁRIO
4. DESFIBRILAR NOVAMENTE (360 J)
5. CORRIGIR ACIDOSE (bicarbonato de sódio 1mEq/Kg IV)
6. DESFIBRILAR NOVAMENTE

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CONDUTA EM CASOS DE não-FV/TV:

AESP (dissociação eletromecânica)

1. Descobrir a causa (investigar os 5H/5T)


2. Corrigir acidose (bicarbonato de sódio 1 mEq/Kg IV)
3. Atropina (1 mg IV, quando a atividade elétrica for lenta ou
bradicárdica) dose máxima= 0,04 mg/Kg

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AESP
“5H” “5T”
Hipovolemia * Toxin/Tablets
Hipoxia Tamponamento
cardíaco
Hipotermia Tension pneumotórax
Hidrogen (acidose) Trombose coronariana
Hipo/Hipercalemia Tromboembolismo
pulmonar
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CONDUTA EM CASOS DE não-FV/TV:

ASSISTOLIA “pior prognóstico”

1. IDENTIFICAR CAUSAS TRATÁVEIS


2. AFASTAR FALSOS DIAGNÓSTICOS
3. BICARBONATO DE SÓDIO
4. ADRENALINA
5. ATROPINA
6. MARCA-PASSO

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RECOMENDAÇÕES FINAIS

1. Autoriza-se a interrupção das MRCP após 30 minutos,


sem restabelecimento cardiorrespiratório, exceto em
hipotermia
2. O indivíduo que realiza o salvamento nunca deve
colocar a sua vida em risco para salvar uma vítima.
3. É importante tomar-se as precauções adequadas contra
as doenças contagiosas ou contra quaisquer riscos para
o socorrista.
.

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