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Mensagem de 2007:

PALESTRA SOBRE A "MARIA BOA":


Inserida nas atividades da Assembléia Geral Ordinária foi realizada,
também, uma palestra sobre a famosa "Maria Boa", personalidade tão
marcante na história e tradições da aviação de caça. A palestra foi realizada
pelo Maj. Av. Ronconi, Jambock Honorário, integrante do 1o Grupo de
Aviação de Caça e atual comandante do Esquadrão de Simulação e Instrução
da Base Aérea de Santa Cruz, que após um minucioso trabalho de pesquisa
conseguiu refazer todo o histórico da famosa personagem, bem como da
não menos famosa fotografia que, durante muito tempo, povoou o
imaginário de tantos pilotos de caça.
Os que lá compareceram puderam conhecer, exatamente, até onde vai o
fato e onde começa, propriamente, a versão do fato que, via de regra,
ganha mais força do que o próprio fato original. Ao MaJ. Ronconi os nossos
mais profundos agradecimentos pela excelência da palestra e pela
competência com que se dedicou à solicitação da ABRA-PC.

Mensagem de 2004:

TROFÉU MARIA BOA:


Com galhardia, os "novinhos" do 3o/3o G.Av. (Flecha) conquistaram
merecidamente, o Troféu Maria Boa, após acirrada competição durante a
Semana da Caça, em Santa Cruz. Quem quiser ver a bela foto de nossa
"musa", terá que visitá-la em plagas interioranas, agora também habitadas
pelos Pilotos de Caça.

Mensagem de 2004:
Mensagem de 2002 (ATA DE REUNIÃO):

O Cel Duprat apresentou o desenho da Maria Boa, produzido pelo desenhista


Benício, um renomado artista. A idéia do Cel Duncan, coordenador do
projeto, é imprimir cerca de 600 adesivos plásticos e distribuí-los para os
sócios.
O Cel Potengy sugeriu que os exemplares da Maria Boa fossem vendidos e
não distribuídos. O assunto ficou em aberto para discussão na próxima
reunião.
O Cel Duncan deverá apresentar os custos da produção do original, para ser
ressarcido.

Mensagem de 1998:

FALANDO EM TRADIÇÕES...

O assunto é "Maria Boa":


Conforme solicitamos em nosso ABRA-PC Notícias n 4, algumas informações
sobre a Musa da Aviação de Caça já estão chegando, e esperamos
desvendar aos poucos este mistério.
Mantendo nossa promessa, não vamos divulgar o nome de nossos
informantes, apenas as iniciais. Assim sendo, recebemos do associado NBGO
os seguintes adendos às informações apresentadas no Boletim de fevereiro:
Maria Boa além de ser o nome do Bordel em Natal, era também o nome de
sua proprietária, que dizem, era belíssima;
Maria Boa faleceu no início deste ano de 1998, em Natal, RGN;
Nosso informante diz que na época em que serviu no 1o/4o GAV (não diz o
ano), constava que a foto (lá existente) era da própria Maria Boa;
Nosso informante oferece ainda o sogro, que hoje tem 83 anos e foi assíduo
frequentador do Bordel em questão, para tentar identificar a "moça" da foto.
Agradecemos ao sócio NBGO por sua colaboração e continuamos na escuta
para novas revelações.

Mensagem SEM DATA:

...AINDA SOBRE A FOTO DA MARIA BOA

A versão do caçador Duncan sobre a foto da Maria Boa, a meu ver, merece
algumas correções.
Primeiro, porque o amigo e Ten. Av. (Ref.) Graco Magalhães, residente há
muitos anos em Natal, e que serviu na Base nos tempos da guerra, tem a
versão primeira da origem da foto e que abaixo relatarei.
Segundo, porque fui participante da conquista da bela foto pelo 2o/5o G.Av.
nos idos de 1954, numa partida de futebol de salão. Relato do Graco:
Meu caro Brigadeiro Silas,

Quinta-feira, 5 de julho de 2007.


Entre os oficiais especialistas na nossa antiga Base Oeste
havia um tenente fotógrafo da reserva: Durval Pacheco. Foi
eliminado em vôo, tendo bom conceito e, sendo ótimo em
matemática, foi mandado para a Universidade de Yale, fazer o
curso de fotografia. Naquele tempo não havia satélite e a
fonte de informação para a aviação era a fotografia. Muitas
vezes conversei com ele sobre seus conhecimentos e ele, de
posse de qualquer foto, sabendo a latitude do local, sabia
dizer a hora em que foi feita e dava detalhes que nós não
percebíamos...
O Durval Pacheco casou com moça daqui de Natal, ainda em 1946, e não
me lembro o nome dela. Ele faleceu em acidente de B-25 em Fortaleza. Veio
a entrega da Base Americana para nós, e com o Durval, o Vercillo e o
Teixeira Rocha, passamos noites e noites procurando negativos de moças de
Natal. E logo encontramos a foto da mulher nua, que um sargento
americano garantiu ser da Maria Boa.
O T. Rocha se apossou da foto, colocou num quadro de madeira e ficou com
ela na sua mesa. Neste tempo ele recebeu uma parte imensa da Base, o
“Supply and Maintenance”, ou seja, suprimento e manutenção. Era um
mundo e havia mais de 15 daqueles barracões de madeira com material
sobressalente que teria de ser identificado, pois era muita coisa de B-17, de
B-24, de C-46 e C-47.
Nessa ocasião, já estava criado o 5o Grupo
de Bombardeio Médio, e o Grupo de Caça,
constante com os P-40, foi transferido para
o Rio Grande. Os P-40 foram levados por
pilotos de Natal e o último deles foi levado
pelo T. Rocha que gastou mais de 40 dias
para voltar, retido por panes repetidas, e o
material tinha que ser mandado daqui.
Quero dizer que em conversa com ele,
aqui, nos tempos de vocês com P-47, ele
me disse diversas vezes que não entendia
como não morreu de P-40, pois a instrução
de 44 a fins de 45 era fraquíssima.
Eu mesmo voei duas horas de P-40 num
sábado, e o Salvador Campos ficou em pé
na asa me ensinando dar partida e deixou
fazer algumas aterragens. Pois bem,
quando o T. Rocha chegou a Natal o quadro
já havia sumido de sua mesa. Daí para frente você sabe mais do que eu,
pois ele .foi ressuscitado. pelo Hipólito, que o transformou em troféu a ser
disputado Caça x Bombardeio... E vocês ganharam e o levaram para
Fortaleza. É o que sei.
Graco.
Passo agora a relatar o prosseguimento da estória...
Lá pelos idos de 1954, estávamos os caçadores do 2o/5o G.Av. (por
coincidência, comandados pelo então Maj. T. Rocha), em expediente normal,
quando chegou o então Maj. Hipólito com o quadro da Maria Boa. Ofereceu-
o como troféu a ser disputado pelo Esquadrão contra o 1o/5o G.Av., Unidade
de B-25, então comandada pelo Maj. Carrão, numa partida de futebol de
salão a ser realizada no Campo da Navy, pois ali residiam quase todos os
oficiais das Unidades.
Se bem me lembro, o juiz foi o então Maj. Amaral. As duas equipes tiveram
como integrantes, respectivamente, o Côrtes, Operações do 1o/ 5o e Silas,
Operações do 2o/5o. Jogo disputadíssimo e decidido num pênalti contra o
1o/5o, cujo goleiro era o Côrtes. Resultado, gol da Caça, batido pelo Silas. O
quadro passou a ser do 2o/5o. Posteriormente essa Unidade foi transferida
para Fortaleza e levou o troféu! Outros Caçadores podem relatar como a
foto mudou de Esquadrões de Caça, mas a última vez que a vi, estava
embutida em uma parede do 1o/4o G.Av. em Fortaleza.
Penso que deve estar em mãos de algum Caçador...
Nota do Gerente do Sítio: Atualmente a foto original da "Maria Boa" é
entregue ao vencendor de uma gincana entre os esquadrões. Esta gincana
ocorre normalmente na "Semana do 22 de abril" em Santa Cruz. Durante o
decorrer do ano porém, a regra diz que pode ser "surrupiada" por qualquer
um dos perdedores...

A La Chasse !!!
Silas Rodrigues
Piloto de Caça - Turma de 1946

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