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  As moedas foram uma tentativa bem sucedida de organizar a


comercialização de produtos, e substituir a simples troca de mercadorias.
Há divergências sobre qual povo foi o primeiro a utilizar a técnica da
cunhagem de moedas, pois de acordo com alguns, a China utilizava moedas
cunhadas antes do século VII a.C., época que é creditado ao povo lídio esta
realização.

   Durante muitos anos, a moeda possuía um valor real, que dependia do


metal de que era feita. Sendo a moeda em ouro ou prata, o valor da moeda
correspondia ao seu peso em metal precioso, por esta razão as lojas
dispunham de uma balança para pesar a moeda e assim efectuar a
transacção. Era a fase da moeda pesada. Como este método não era de facto
muito prático, passou-se a outra forma, a moeda contada. A moeda assumia
agora a forma de pequenos discos redondos, com pesos determinados,
bastando contar os discos para determinar a quantidade de ouro ou de prata
desejada.

   Agora, era necessário garantir a sua autenticidade e o seu peso, o que


levou ao rei, ao senhor feudal ou ao imperador a inscrever em cada uma das
faces da moeda o seu escudo, a sua cara ou o seu selo, de forma a dar
confiança às pessoas sobre a sua autenticidade e valor. A moeda passou
então a ser cunhada.

   No fim da Idade Média, as trocas intensificaram-se, sobretudo entre


regiões, obrigando os mercadores a transportar consigo elevadas quantias
em moeda de ouro e prata, o que devido à insegurança, se tornava muito
perigoso. Para resolver esta questão, os comerciantes depositavam as suas
moedas num cambista (banqueiro) de uma cidade, recebendo em troca um
certificado de depósito ou uma letra de câmbio com a inscrição do valor aí
depositado, podendo ser levantado noutra cidade mesmo distante.

  A moeda passou assim a ter suporte em papel, sendo designada por moeda
papel, que representava o ouro depositada e podia ser novamente
convertida em ouro.

  Rapidamente os banqueiros perceberam que podiam emitir mais “papel”


do que o ouro que tinham depositado, pois seria improvável que todos os
depositantes reclamassem o seu ouro em simultâneo.

  Para evitar tais abusos e regular a situação, o Estado passou a intervir,


chamando a si exclusividade de toda a emissão de moeda, decretando a
obrigatoriedade de aceitação da moeda papel, tornando o seu curso forçado,
sem que fosse possível trocarem-na por ouro, ou seja, tornando-a
inconvertível. A moeda passou assim a circular com base na confiança ou
fé, que as pessoas nela depositavam, era por isso uma moeda fiduciária.

   Desta forma, a moeda papel transformou-se em papel moeda. Passando


agora apenas o Estado a poder emitir papel moeda, os bancos continuam a
aceitar os depósitos dos seus clientes, não em ouro mas em notas de banco,
dando ordens ao seu banco, através de cheques, para movimentar a sua
conta. Surge assim um novo instrumento monetário, a moeda escritural.
Este instrumento novo traduz-se em inscrições contabilísticas pelos bancos
nas contas dos seus clientes, que previamente constituíram um depósito à
ordem.

   Mais recentemente, com o desenvolvimento da electrónica e da


informática, o uso dos cartões de crédito e de débito têm constituído o meio
preferencial de movimentação da moeda escritural, em detrimento dos
cheques. Muitos autores actualmente consideram mesmo este tipo, a moeda
electrónica, como moeda quando a utilizamos para efectuar pagamentos
nos terminais que se encontram nos estabelecimentos de comércio.

Braga. No início do século 5, a Península Ibérica foi invadida pelos "Suevos, Vândalos
e Alanos" e até a chegada dos visigodos, a moeda foi feita em Braga. Almost all the
Visigoth kings ordered the coinage of money in the territory later known as Portugal.
Quase todos os reis visigodos ordenou a cunhagem de moeda no território mais tarde
conhecida como Portugal.

Origem E Evolução Da Moeda

Esta abordagem tem como objetivo analisar a origem e a evolução da


mercadoria moeda, dos períodos decorrentes da antiguidade até os períodos
hodiernos, da nossa sociedade, ressaltando suas diferentes fases e funções.

Na visão de Wassily Leontieff (2005), a moeda é a mercadoria que serve de


equivalente geral para todas as mercadorias. Sua origem e evolução podem
ser explicadas e definidas em seis fases distintas, como:

1-A ERA DO ESCAMBO: BOI E SAL – é a época em que o homem vivia


em pequenas comunidades e se utilizava da vegetação e da caça disponível
na região para se alimentar e para o sustento da família. Essas comunidades
foram crescendo, se multiplicando e se expandindo, e formando outros
núcleos familiares, que procuravam delimitar suas áreas plantio de
alimentos e de caça para subsistência dos núcleos. Tem-se ai o inicio do
processo de racionalização de atividades agrícolas, enquanto uns núcleos se
dedicavam ao cultivo de tubérculos, outros cultivavam grãos e outros se
dedicavam á caça. Essa economia primitiva funcionava á base de escambo,
que se define pela pura e simples troca de mercadorias, e as de mais valor
eram o boi e o sal.

2-A ERA DA MERCADORIA MOEDA: a evolução da sociedade impõe a necessidade


de se facilitar as trocas de mercadorias. O homem passa a eleger um único produto
como referencial de troca para as mercadorias, algo que tivesse valor e fosse aceito por
todos como tal. É a passagem da troca, do escambo de um produto por outro, para as
trocas indiretas,feitas através de algo com valor intrínseco. Alguns exemplos:

a)da Antiguidade até 410:

 no Egito a moeda era o cobre;


 na Índia era os animais domésticos, arroz e metais;
 na China era, conchas , seda, sal e cereais.

b)na Idade Média, de 410 a 1.453:

 na Alenanha, a moeda era o gado, cereais e mel;


 na Rússia era o gado e prata;
 no Japão era cobre, perola e arroz.

c)na Idade Moderna, de1.453 a 1.789:

 no EUA , a moeda era o fumo, cereais, madeira e gado;


 na França era metais preciosos e cereais;
 no Japão era o arroz.

O gado foi a mercadoria moeda mais utilizada, pois tinha uma vantagem em relação ás
outras, enquanto era guardado como uma poupança, essa moeda aumentava por meio da
reprodução, rendia juros. Mas também tinha suas desvantagens, o gado não podia ser
dividido em trocados.

Para que uma mercadoria possa ser utilizada como moeda, ela deve ter várias
qualidades:

 ter durabilidade, algo que não fosse perecível;


 ter divisibilidade, algo que pudesse ser dividido;
 ter homogeneidade, algo que fosse igual ás outras unidades dessa mercadoria;
 ter facilidade de manejo e transporte, algo de fácil manuseio e transporte.

3-ERA DA MOERA METALICA: os metais, ouro e prata, foram as mercadorias, cujas


características se aproximavam das exigidas para um instrumento monetário da época.
Antes os mais usados foram, o cobre, o bronze e o ferro. Com o passar do tempo esses
metais foram descartados por não servirem como reserva de valos, pela abundancia
associada ás descobertas de novas jazitas. Esses metais denominados de não nobres,
foram aos poucos substituídos por outros mais nobres, como o ouro e a prata, que
passaram a ser definidos como metais monetários por excelência.
4-A ERA DA MOEDA PAPEL: moeda representativa, que veio
eliminar as dificuldades enfrentadas pelos comerciantes com os
riscos de assaltos e deslocamentos pelas regiões européias,
facilitando a efetivação das operações comerciais e de
créditos.Sua origem está relacionada á solução encontrada para as
transações comerciais. O comerciante levava apenas um pedaço
de papel denominado, CERTIDÃO DE DEPÓSITO, que era
emitida por instituições conhecidas como CASAS DE
CUSTODIA, onde eles depositavam suas moedas metálicas, ou
outros valores sob garantia.

5-A MOEDA FIDUCIARIA : ou papel moeda, as Casas de


Custodia passaram a emitir gradativamente, certificados sem
lastro, ou seja, sem deposito em moedas metálicas, que serviam
de garantia ao papel moeda ou certidão de deposito, dando assim,
origem á moeda fiduciária, moeda baseada na fidúcia, na
confiança ou papel moeda. A emissão do papel moeda era feita
por particulares, que acabou por conduzir esse sistema á ruína .
Assim o Estado o sistema e passa a controlá-lo. Hoje, a maioria
dos sistemas funcionam á base da moeda fiduciária, e apresentam
as seguintes características:

*inexistência de lastro metálico;


*convertibilidade absoluta;

*monopólio estatal das emissões.

6-MOEDA BANCARIA OU ESCRITURAL: com a evolução do sistema bancário,


desenvolveu-se estamodalidade de moeda, que é representada pelos depósitos á vista e a
curto prazo nos bancos, que passam a movimentar esse recurso por cheques ou ordem
de pagamentos.

FUNÇÃO DA MOEDA: o conceito de moeda é entendido a partir das funções que ela
desempenha:

*função de – meio ou instrumento de troca;

*função de – medida de valor;

*função de – reserva de valor;

*função de – padrão de pagamento deferido, aprovado.


CARACTERISTICAS DA MOEDA,para que possa desempenhar suas funções básicas:

a)indestrutibilidade e inalterabilidade: deve resistir a inúmeras relações de troca, deve


ser de excelente qualidade para que não possa ser alterada;

b)homogeneidade: diferentes unidades monetárias devem ter o mesmo valor de compra;

c)divisibilidade: a moeda padrão de uma economia deve possuir múltiplos e


submúltiplos, moeda subsidiárias, para permitir a realização de todos os tipos de
transação comercial;

d)transferibilidade: deve circular na economia sem nenhuma dificuldade, facilitando o


processo de troca;

e)facilidade de manuseio e transporte: a moeda deve ser impressa de forma a facilitar


seu uso e seu transporte.

AS QUESE MOEDAS: compreendem o conjunto de ativos, total de bens, do sistema


financeiro, são:

a)títulos da divida publica que estejam fora do BC, obrigações do tesouro nacional,
letras do tesouro nacional, bens do tesouro nacional e notas do tesouro nacional;

b)depósito de poupança;

c)depósito a prazo, certificado e recibo de deposito bancário.

Todos os aspectos abordados possibilitam concluir que a MOEDA, o dinheiro de papel


ou metálico, é omais liquido de todos os ativos,bens, e o que tem maior capacidade de
conversão.

PASSOS, C.R.M.,NOGAMI,O. Princípios da Economia. 5 ed. São Paulo:

Poneira Thomson Learning, 2005.

REGINA CELIA DE FREITAS SOBREIRA

Fonte: http://www.webartigos.com/articles/6858/1/Origem-E-Evolucao-Da-
Moeda/pagina1.html#ixzz1E8Ukrh1h

Origem da Moeda: o Escambo e o Desenvolvimento da Atividade Econômica 

Os primeiros grupos humanos, em geral nômades, não conheciam a moeda e recorriam


às trocas diretas de objetos (chamada de escambo) quando desejavam algo que não
possuíam. Esses grupos, basicamente, praticavam uma exploração primitiva da natureza
e se alimentavam por meio da pesca, caça e coleta de frutos. Num ambiente de pouca
diversidade de produtos, o escambo era viável.
O escambo apresenta alguns problemas no que se refere ao desenvolvimento das
atividades econômicas de uma maneira geral. Ele exige uma dupla coincidência de
desejos, porque quem pescasse e quisesse, por exemplo, um machado, teria que achar
uma outra pessoas que fabricasse machados e quisesse, exatamente, peixes. Outro
problema diz respeito à indivisibilidade dos objetos nas trocas diretas. Montoro Filho
(1992) exemplifica esse problema salientando a dificuldade que um fabricante de
canoas teria se quisesse tomar um cafezinho.

A primeira revolução agrícola foi modificando o sistema baseado no escambo. A vida


nômade foi gradativamente cedendo lugar para sedentária e a produção passou a
diversificar-se com a introdução de utensílios de trabalho. A divisão social do trabalho
começa a se manifestar e os integrantes do grupo ganham funções específicas como
guerreiros, agricultores, pastores, artesãos e sacerdotes Dessa maneira, a divisão do
trabalho provocou sensíveis mudanças na vida social. A atividade econômica tornou-se
mais complexa; o numero de bens e serviços exigidos para satisfação das necessidades
do grupo aumentou, por consequência, a "dupla coincidência de desejos" torna-se mais
difícil; a troca torna-se fundamental para a sobrevivência do grupo social

A partir de então, alguns bens de aceitação são eleitos como intermediários de trocas,
exercendo, portanto, função de moeda.

A moeda pode ser conceituada como um intermediário de trocas "que serve como
medida de valor e que tem aceitação geral. (...) esta aceitação geral é um fenômeno
essencialmente social. Além disso, como a moeda representa um poder de aquisição,
desde o momento em que é recebida até o momento em que é dada em pagamento de
outra transação, ela também se caracteriza como uma reserva de valor" (LOPES e
ROSSETTI, 1991: 18).

Evolução Histórica da Moeda

As primeiras moedas foram mercadorias e deveriam ser suficientemente raras, para que
tivessem valor, e, como já foi dito, ter aceitação comum e geral. Elas tinham, então,
essencialmente valor de uso; e como esse valor de uso era comum e geral elas tinham,
conseqüentemente, valor de troca). O abandono da exigência do valor de uso dos bens,
em detrimento do valor de troca, foi gradativo.

Entre os bens usados como moeda estão o gado, que tinha a vantagem, de multiplicar-se
entre uma troca e outra — mas, por outro lado, o sal na Roma Antiga; o dinheiro de
bambu na China; o dinheiro em fios na Arábia.

"As moedas-mercadorias variaram amplamente de comunidade para comunidade e de


época para época, sob marcante influência dos usos e costumes dos grupos sociais em
que circulavam" . Assim, por exemplo, na Babilônia e Assíria antigas utilizava-se o
cobre, a prata e a cevada como moedas; na Alemanha medieval, utilizavam-se gado,
cereais e moedas cunhadas de ouro e prata; na Austrália moderna fizeram a vez de
moeda o rum, o trigo e até a carne.
Com o tempo, as moedas-mercadorias foram sendo descartadas. As principais razões
para isso foram:

·  Elas não cumpriam satisfatoriamente a característica de aceitação geral exigida nos


instrumentos monetários. Além disso, perdia-se a confiança em mercadorias não
homogêneas, sujeitas à ação do tempo (como no caso dos gados citado acima), de difícil
transporte, divisão ou manuseio.

·  A característica valor de uso e valor de troca tornava o novo sistema muito


semelhante ao escambo e suas limitações intrínsecas.

Os metais preciosos passaram a sobressair por terem uma aceitação mais geral e uma
oferta mais limitada, o que lhes garantia um preço estável e alto. Além disso, não se
desgastavam, facilmente reconhecidos, divisíveis e leves. Entretanto, havia o problema
da pesagem.

Em cada transação, os metais preciosos deveriam ser pesados para se determinar seu
valor. Esse problema foi resolvido com a cunhagem, quando era impresso na moeda o
seu valor. Muitas vezes, entretanto, um soberano recontava as moedas para financiar o
tesouro real. Ele recolhia as moedas em circulação e as redividia em um número maior,
apoderando-se do excedente. Esse processo gerava o que conhecemos como inflação,
uma vez que existia um maior número de moedas para uma mesma quantidade de bens
existentes.

Os primeiros metais utilizados como moeda foram o cobre, o bronze e, notadamente, o


ferro. Por serem, ainda, muito abundantes, não conseguiam cumprir uma função
essencial da moeda que é servir como reserva de valor. Dessa maneira, os metais não
nobres foram sendo substituídos pelo ouro e pela prata, metais raros e de aceitação
histórica e mundial. O desenvolvimento de sistemas monetários demandaram o
surgimento de um novo tipo de moeda: a moeda-papel. A moeda-papel veio para
contornar os inconvenientes da moeda metálica (peso, risco de roubo), embora valessem
com lastro nela. Assim surgem os certificados de depósito, emitidos por casas de
custódia em troca do metal precioso nela depositado. Por ser lastreada, essa moeda
representativa poderia ser convertida em metal precioso a qualquer momento, e sem
aviso prévio, nas casas de custódia A moeda-papel abre espaço para o surgimento da
moeda fiduciária, ou papel-moeda, modalidade de moeda não lastreada totalmente. O
lastro metálico integral mostrou-se desnecessário quando foi constatado que a
reconversão da moeda-papel em metais preciosos não era solicitada por todos os seus
detentores ao mesmo tempo e ainda quando uns a solicitavam, outros pediam novas
emissões. A passagem da moeda-papel para o papel-moeda é tida como uma das mais
importantes e revolucionárias etapas da evolução histórica da moeda A falência do
sistema privado de emissões (quando, em diversos momentos da História, todos
resolviam reconverter seus papéis-moeda em metais preciosos) levou o Estado a
controlar o mecanismo das emissões e a exercer seu monopólio. Após o uso de diversos
sistemas de conversão que se mostraram fracassados, os sistemas monetários de quase
todos os países, depois da Grande Depressão gerada pela crise de 1929-33, com a
exceção dos Estados Unidos — que mantiveram o lastro metálico proporcional até 1971
—, adotaram o sistema fiduciário. Hoje, esses sistemas apresentam inexistência de
lastro metálico, inconversiblidade absoluta e monopólio estatal das emissões
Desenvolve-se, juntamente com a moeda fiduciária, a chamada moeda bancária,
escritural (porque corresponde a lançamentos a débito e crédito) ou invisível (por não
ter existência física). O seu desenvolvimento foi acidental (LOPES e ROSSETTI,
1991), uma vez que não houve uma conscientização de que os depósitos bancários,
movimentados por cheques, eram uma forma de moeda. Eles ajudaram a expandir os
meios de pagamento através da multiplicação de seu uso. Hoje em dia, a moeda
bancária representa a maior parcela dos meios de pagamento existentes.

Criada pelos bancos comerciais, essa moeda corresponde à totalidade dos depósitos à
vista e a curto prazo e sua movimentação é feita por cheques ou por ordens de
pagamento — instrumentos utilizados para sua transferência e movimentação
Atualmente, as duas formas de moeda utilizadas são a fiduciária e a bancária, que têm
apenas valor de troca. 

Funções da Moeda

Para aprofundar as utilizações da moeda descritas acima, quando foi feita a sua
conceituação, estão, a seguir, as principais funções da moeda relacionadas por
Cavalcanti e Rudge:

·  "Intermediária de trocas: Superação do escambo, operação de economia monetária,


melhor especialização e divisão social do trabalho, transações com menor tempo e
esforço, melhor planejamento de bens e serviços;

·  Medida de valor: Unidade padronizada de medida de valor, denominador comum de


valores, racionaliza informações econômicas constrói sistema agregado de contabilidade
social, produção, investimento, consumo, poupança;

·  Reserva de valor: Alternativa de acumular riqueza, liquidez por excelência, pronta


aceitação consensual;

·  Função liberatória: Liquida débitos e salda dívidas, poder garantido pelo Estado;

·  Padrão de pagamentos: Permite realizar pagamentos ao longo do tempo, permite


crédito e adiantamento, viabiliza fluxos de produção e de renda;

·  Instrumento de poder: Instrumento de poder econômico, conduz ao poder político,


permite manipulação na relação Estado-Sociedade" (CAVALCANTE e RUDGE, 1993:
37).

Poupança e Investimento

Os grupos humanos organizados acumulam renda através da produção. A parte da renda


utilizada chama-se consumo e a não consumida transforma-se em poupança. Assim, a
renda é a soma do consumo e da poupança; e a poupança, por sua vez, é a diferença
entre a renda e o consumo.
Para captar poupanças e recursos de investimento são criados os títulos e valores
mobiliários para satisfazer os motivos acima citados. São títulos de crédito as Letras de
Câmbio, Certificados de Depósito Bancário (CDB), quotas de fundos de renda fixa etc.
Aplicação de recursos (dinheiro ou títulos) em empreendimentos que renderão juros ou
lucros, em geral em longo prazo. Num sentido amplo, o termo se aplica tanto à compra
de máquinas, equipamentos e imóveis para instalação de unidades produtivas, como à
compra títulos financeiros (letras de câmbio, ações etc.). Nesses termos, investimento é
toda aplicação de dinheiro com expectativa de lucro. Assim, o agente que quiser
aumentar seu patrimônio através do investimento, no sentido de aplicar dinheiro "com
expectativa de lucro", poderá buscar essas rendas monetárias nos mercados acionários
oferecidos nas Bolsas de Valores.

Repartição da Renda

 As causas estruturais da pobreza

O ponto de partida para uma abordagem séria e objetiva da problemática da pobreza é a


constatação de que, tal como existe no Brasil - são cerca de 44 milhões de pessoas que
sobrevivem em condições extremamente precária, com uma renda mensal inferior a
meio salário mínimo1 -, a pobreza não é um fenômeno isolado, conjuntural ou residual,
que possa ser resolvido pela via filantrópica ou assistencialista, nem constitui uma
"deformação" do funcionamento da economia e da sociedade brasileiras. Pelo contrário,
a pobreza, assim como a desigualdade e a exclusão social, é uma manifestação inerente
à dinâmica de um mesmo processo - o desenvolvimento e funcionamento do capitalismo
nas condições específicas da realidade brasileira. Em conseqüência, a natureza destes
fenômenos só pode ser plenamente apreendida em sua relação com os fatores estruturais
que determinam a geração e reprodução contínua, sob diferentes modalidades em cada
fase da nossa evolução histórica, dos estados de pobreza e marginalidade social. As
características estruturais da sociedade brasileira, marcadas pelo passado colonial e
escravocrata- um padrão de inserção externa subordinada e dependente e uma
organização social interna calcada no monopólio da terra, na concentração brutal da
riqueza e em profundas desigualdades sociais e regionais -, embora tenham assumido
expressões distintas pari passu as transformações no sistema de produção, não alteraram
seus elementos constitutivos essenciais. Um traço predominante foi o padrão autoritário
de intervenção do Estado na economia e na sociedade, construído a partir de uma
estrutura de poder em que o monopólio institucional da elite e a escassa
representatividade dos interesses populares nas instâncias de decisão política e
econômica restringiram a vigência efetiva dos direitos individuais e sociais da maioria
da população. Em síntese, as relações de produção que se estabelecem ao longo do
tempo, apesar das modificações no contexto social (urbano e rural) e político, tenderam
a preservar e reproduzir os elementos de heterogeneidade e polarização da estrutura
social, que são os determinantes imediatos dos fenômenos de pobreza, desigualdade e
exclusão social.

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