Caio César Lucas Pimentel Camila Negri Matheus Mendes Dã Bronzeado Tainá Nunes José Roberto Origem O Islão é uma religião monoteísta que surgiu na Península Arábica no século VII, baseada nos ensinamentos religiosos do profeta Muhammad e numa escritura sagrada, o Alcorão. A religião é conhecida ainda por islamismo.
Na visão muçulmana, o Islão surgiu desde a criação do
homem, ou seja, desde Adão, sendo este o primeiro profeta dentre inúmeros outros, para diversos povos, sendo o último deles Maomé. Origem A mensagem do Islão caracteriza-se pela sua simplicidade: para atingir a salvação, basta acreditar num único Deus, rezar cinco vezes por dia voltado para Meca, submeter-se ao jejum anual no mês do Ramadão, pagar dádivas rituais e efectuar, se possível, uma peregrinação à cidade de Meca.
O Islão é visto pelos seus aderentes como um modo de vida
que inclui instruções que se relacionam com todos os aspectos da actividade humana, sejam eles políticos, sociais, financeiros, legais, militares ou interpessoais. A distinção ocidental entre o espiritual e temporal é, em teoria, alheia ao Islão. Expansão Cerca de duzentos anos após Maomé, o Islão já se tinha difundido em todo o Médio Oriente, no Norte da África e na Península Ibérica, bem como na direcção da antiga Pérsia e Índia. Mais tarde, o Islão atingiu a Anatólia, os Bálcãs e a África subsaariana. Recentes movimentos migratórios de populações muçulmanas no sentido da Europa e do continente americano levaram ao aparecimento de comunidades muçulmanas nestes territórios. Situação Atual Crenças Deus
A pedra basilar da fé islâmica é a crença estrita no
monoteísmo. Deus é considerado único e sem igual. Cada capítulo do Alcorão (com a exceção de um) começa com a frase "Em nome de Deus, o beneficente, o misericordioso". Crenças Os Anjos Os anjos são, segundo o Islão, seres criados por Alá a partir da luz. Não possuem livre arbítrio, dedicando-se apenas a obedecer a Deus e a louvar o seu nome. Maomé nada disse sobre o sexo dos anjos, mas rejeitou a crença dos habitantes de Meca, de acordo com a qual eles seriam as filhas de Deus. Desempenham vários papéis, entre os quais o anúncio da revelação divina aos profetas; protegem os seres humanos e registram todas as suas ações. Para além dos anjos, o islamismo reconhece a existência dos jinnis, espíritos que habitam o mundo natural e que podem influenciar os acontecimentos. Ao contrário dos anjos, os jinnis possuem vontade própria; alguns são bons, mas de uma forma geral são maus. Um desses espíritos maus é Iblis (Satanás), Crenças Oslivros sagrados Os muçulmanos acreditam que Deus usou profetas para revelar escrituras aos homens. A revelação dada a Moisés foi a Taura (Torá), a Davi foram dados os Salmos e a Jesus o Evangelho. Deus foi revelando a sua mensagem em escrituras cada vez mais abrangentes que culminaram com o Alcorão, o derradeiro livro revelado a Muhammad. Crenças Os profetas Miniatura persa que retrata a ascensão de Maomé ao céu. O islamismo ensina que Deus revelou a sua vontade à humanidade através de profetas. Existem dois tipos de profeta: os que receberam de Deus a missão de dar a conhecer aos homens a vontade divina e os que para além dessa função lhes foi entregue uma escritura revelada (rusul; singular rasul, "mensageiro") Cada profeta foi encarregado de relembrar a uma comunidade a existência ou a unicidade de Deus, esquecida pelos homens. Para os muçulmanos, a lista dos profetas inclui Adão,Abraão, Moisés, Jesus e Maomé, todos eles pertencem a uma sucessão de homens guiados por Deus. Crenças Maomé
Maomé é visto como o Último Mensageiro, trazendo a mensagem
final de Deus a toda a humanidade sob a forma do Alcorão, sendo por isso designado como o "Selo dos Profetas". Quando Maomé começou a revelar o Alcorão, ele não acreditou que isso teria proporções mundiais, mas sim que somente reforçaria a fé no Deus. Esses profetas eram humanos, mortais comuns, o Islamismo exige que o crente aceite todos os profetas, não fazendo distinção entre eles. No Alcorão, é feita menção a vinte e cinco profetas específicos. Os muçulmanos acreditam que Maomé foi um homem leal, como todos os profetas, e que os profetas são incapazes de ações erradas (ou mesmo testemunhar ações erradas sem falar contra elas), por vontade de Alá. Crenças O dia do Julgamento Final Segundo as crenças islâmicas, o dia do Julgamento Final (Yaum al- Qiyamah) é o momento em que cada ser humano será ressuscitado e julgado na presença de Deus pelas ações que praticou. Os seres humanos livres de pecado serão enviados diretamente para o Paraíso, enquanto que os pecadores devem permanecer algum tempo no Inferno, antes de poderem também entrar no Paraíso. As únicas pessoas que permanecerão para sempre no Inferno são os hipócritas religiosos, isto é, aqueles que se diziam muçulmanos, mas de fato nunca o foram. Segundo a mesma crença, a chegada do Julgamento Final será antecedida por vários sinais, como o nascimento do Sol no poente, o som de uma trombeta e o aparecimento de uma besta. De acordo com o Alcorão, o mundo não acabará verdadeiramente, mas sofrerá antes uma alteração profunda. Crenças A predestinação
Os muçulmanos acreditam no qadar, uma palavra
geralmente traduzida como "predestinação", mas cujo sentido mais preciso é "medir" ou "decidir quantidade ou qualidade". Uma vez que, para o islamismo, Deus foi o criador de tudo, incluindo dos seres humanos, e sendo uma das suas características a onisciência, ele já sabia, quando procedeu à criação, as características que cada elemento da sua obra teria. Assim sendo, cada coisa que acontece a uma pessoa foi determinada por Deus. Essa crença não implica a rejeição do livre arbítrio, pois o ser humano foi criado por Deus com a faculdade da razão, pelo que pode escolher entre praticar ações positivas ou negativas. Crenças Os Cinco Pilares do Islão Os cinco pilares do Islão são cinco deveres básicos de cada muçulmano: a recitação e aceitação da crença (Chahada ou Shahada); orar cinco vezes ao longo do dia (Salá,Salat ou Salah); pagar esmola (Zakat ou Zakah); observar o jejum no Ramadão (Saum ou Siyam); fazer a peregrinação a Meca (Haj) se tiver condições físicas e financeiras. Trechos do Livro Sagrado Rituais Festas As duas comemorações do Islão são o Eid ul-Filtr, que celebra o fim do jejum do Ramadão e o Eid ul-Adha, que marca o fim da peregrinação a Meca . O dia 10 do primeiro mês do calendário é um dia de particular importância para os muçulmanos xiitas. Neste dia, comemora-se o martírio do terceiro imã xiita, Hussein, morto em Karbala, em 680, por aqueles que os xiitas consideram usurpadores da liderança da comunidade muçulmana. Festas Outras comemorações populares incluem o Mawlid, que celebra o aniversário de Maomé (12 do mês de Rabi al- Awwal) A Noite do Poder (Laylat al-Qadr, na noite do 26 para 27 do mês do Ramadão), que marca o aniversário da primeira revelação do Alcorão e durante a qual muitos muçulmanos acreditam que Deus decide o que acontecerá durante o ano.