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ABDÔMEN AGUDO
ACUTE ABDOMEN
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Médico Assistente. 2Docente. Disciplina de Cirurgia de Urgência e Trauma. Departamento de Cirurgia e Anatomia. Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto USP.
C O R R E S P O N D Ê N C I A : Centro de Estudos de Emergências em Saúde. Rua Bernardino de Campos, 1000, 2º andar
14015-130 Ribeirão Preto SP. e-mail: sandro@fmrp.usp.br
Brunetti A, Scarpelini S. Abdômen agudo. Medicina (Ribeirão Preto) 2007; 40 (3): 358-67, jul./set.
RESUMO: O abdômen agudo pode ser definido como uma dor abdominal de aparecimento
súbito, não traumático, que pode necessitar de intervenção cirúrgica ou não. A anamnese detalha-
da direcionando o exame físico será a base que orientará a condução do tratamento precoce e o
restabelecimento do paciente. Considerando o grande número de doenças que podem se manifes-
tar como abdômen agudo, o objetivo desta revisão é produzir uma sistemática de abordagem, para
facilitar o diagnóstico e evitar exames desnecessários ou que retardem o tratamento específico,
melhorando o atendimento e o manejo do paciente, conseqüentemente propiciando um retorno às
atividades habituais precocemente.
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Pâncreas, vias biliares, fígado e baço Pancreatite, colecistite aguda, colangite, hepatite, abscesso hepáti-
co, ruptura esplênica, tumores hepáticos hemorrágicos
Nos casos de obstrução pilórica e de bulbo duo- xar-se de epigastralgia de longa data com piora re-
denal, o paciente apresenta vômitos pós prandiais pre- cente, ou estar usando antiinflamatório não esteroidal
coces com resíduos alimentares e distensão gástrica. com início súbito da dor. Geralmente, a dor apresen-
A subestenose poderá ser tratada endoscopicamente, ta-se inicialmente no andar superior, rapidamente ge-
com dilatação, associada ao tratamento da doença neralizando-se para todo o abdômen. Náuseas e vô-
péptica. Os casos que não apresentarem resolução mitos são freqüentes, assim como distensão abdomi-
endoscópica necessitarão de intervenção cirúrgica, nal, ruídos hidroaéreos reduzidos ou abolidos. Depen-
geralmente antrectomia ou piloroplastia. dendo do tempo de perfuração e contaminação da ca-
O paciente com dor abdominal, tendo como vidade abdominal o paciente poderá apresentar-se em
causa a perfuração de uma úlcera péptica, pode quei- sepse, com hipotensão, taquicardia, sudorese e baixa
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Sim Não
Definição Diagnóstica
Sim Não
Ultra-sonografia
Definição Diagnóstica
Sim Não
Tomografia Computadorizada
Definição Diagnóstica
Sim Não
Observação Videolaparoscopia
Tratamento específico
Reavaliação Laparotomia
diurese. Ao exame físico, é possível identificar o si- Realizado o diagnóstico, está indicada a inter-
nal de Jobert (perda da macicez à percussão na proje- venção cirúrgica. A via laparoscópica terá êxito no tra-
ção hepática), que poderá ser confirmado pela pre- tamento em 70 a 80% dos casos, quando executada
sença do pneumoperitônio na radiografia ortostática por cirurgião experiente. O tratamento cirúrgico pode
do tórax (com cúpulas diafragmáticas).3 variar desde simples ulcerorrafia e tamponamento com
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Dor abdominal
Anamnese
Exame Físico
Inflamatória Vascular
Perfurativo Obstrutivo Hemorrágico
Infeccioso Isquêmico
Angio-TC
Ultra-som Tomografia Tomografia Angiografia
Tomografia
Videolaparoscopia
Figura 2: Algoritmo para a decisão do tratamento cirúrgico da dor abdominal aguda não traumática.
Consenso do XXVI Congresso Brasileiro de Cirurgia. Algoritmo do Diagnóstico do Abdome Agudo 9.
epíplon, até ressecções gástricas (antrectomia) e A dor da cólica biliar é causada pelo espasmo
vagotomia. Em 20% dos casos de perfuração, órgãos do ducto cístico, desencadeado pelo estímulo da
adjacentes como pâncreas, fígado, cólon e vesícula colecistoquinina durante a alimentação. É tipicamen-
biliar podem ser acometidos necessitando de trata- te do tipo cólica no epigástrio e hipocôndrio direito,
mento específico.12, 13 associada a náuseas e vômitos e de duração menor
que 6 horas. A dor na colecistite aguda geralmente é
4.2- Colecistite aguda causada pela obstrução do ducto cístico pela impac-
A colecistite aguda é caracterizada por dor no tação do cálculo biliar e seguida da inflamação da
andar superior direito do abdômen há mais de 6 ho- mucosa vesicular. Pode ainda ocorrer infecção secun-
ras, com sinais ultra-sônicos de colecistite, ou dor no dária evoluindo para empiema, necrose e até a perfu-
hipocôndrio direito com litíase vesicular ao ultra-som, ração da vesícula biliar. Cerca de 10% dos casos de
podendo estar associada à febre, leucocitose e/ou pro- colecistite aguda apresentam perfuração, levando, em
teína C reativa >10mg/l. Em 90% dos casos a causa algumas casuísticas, a 20% de mortalidade.14
da colecistite aguda é a litíase, e 75% destes pacien- Os exames laboratoriais podem apresentar: leu-
tes apresentam antecedentes de cólica biliar e diag- cocitose, elevação da fosfatase alcalina e transamina-
nóstico de colecistite crônica calculosa.4, 8,14 ses. Geralmente não há elevação das bilirrubinas, po-
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rém na Síndrome de Mirizzi, que ocorre quando cál- reta, elevação das transaminases e fosfatase alcalina,
culos grandes impactam no infundíbulo e/ou ducto leucocitose com desvio escalonado para esquerda. O
cístico ero-dindo a parede e acometendo o interior do diagnóstico é clínico e pode ser confirmado pela co-
ducto hepático comum, podemos encontrar hiperbi- langiografia endoscópica retrógrada que poderá ain-
lirrubinemia. da ser terapêutica (95% dos casos) promovendo a
O exame diagnóstico de eleição é o ultra-som desobstrução da via biliar. Nos 5% dos casos restan-
abdominal, com sensibilidade e especificidade de tes, o tratamento deverá ser cirúrgico. Antibioticote-
95%. Em casos duvidosos a TC ou a cintilografia rapia de largo espectro está inidicada.13
podem auxiliar.
A colecistite aguda alitiásica, ocorre em 5 a 10% 4.4- Apendicite aguda
das colecistites agudas. Acomete, principalmente, pa- A apendicite á a principal causa de cirurgias
cientes debilitados e imunodeprimidos, em uso de nu- abdominais na urgência. Nos EUA chegam a 250.000
trição parenteral prolongada, diabéticos, portadores casos/ano. Acredita-se que a sua principal causa seja
de insuficiência renal crônica, vasculites, HIV ou ain- a obstrução da sua luz do apêndice, seguida da infla-
da idiopáticas.4 mação, infecção secundária e necrose evoluindo para
O tratamento definitivo da colecistite aguda é a a perfuração do órgão.15, 16,17
colecistectomia. Existe alguma discussão sobre o me- O paciente procura atendimento médico com
lhor momento para a realização da cirurgia e a via de história de dor abdominal peri-umbilical (causado pela
acesso a ser utilizada. A antibioticoterapia deve ser obstrução da luz apendicular e a distensão da sua pa-
direcionada para germes gram negativos, e germes rede), irradiada para fossa ilíaca direita (correspon-
anaeróbios nos idosos e na colecistite alitiásica. O tra- dendo à inflamação e infecção do apêndice) geral-
tamento cirúrgico deve ser realizado preferencialmente mente associada a náuseas e vômitos, inapetência e
nas primeiras 24 a 48 horas de internação, sem carac- febre baixa. Este processo pode evoluir em poucas
terizar uma situação de emergência, dependendo da horas ou até um dia. Neste momento, podemos en-
resposta ao tratamento com antibioticoterapia. contrar ausência de leucocitose e no exame físico al-
A laparoscopia é o padrão ouro para colecis- guns sinais como Blumberg (dor a descompressão
tectomias eletivas, no entanto nas situações de cole- brusca no ponto de McBurney), Rovsing (dor referi-
cistite aguda o fator determinante para o seu uso é a da na fossa ilíaca direita após compressão do hemi-
experiência do grupo.13 abdômen esquerdo, levando a distensão do ceco)..3
Para a apendicite aguda, o exame físico aliado
4.3- Colangite à história clínica tem uma acurácia de cerca de 95%
A colangite tem como fisiopatologia a obstru- no diagnóstico.
ção do ducto biliar principal, seguida de infecção se- Esta apresentação típica ocorre em cerca de
cundária, a qual irá acometer o fígado e disseminar- 66% dos casos. No entanto, outras formas variadas
se por todo o organismo, evoluindo para quadros gra- podem ocorrer (formas atípicas), sendo associadas a
ves e potencialmente letais. A coledocolitíase é a prin- alterações anatômicas do apêndice (retro-cecais,
cipal causa de obstrução da via biliar, seguida de es- pélvicos, retro-vesicais) e em pacientes de imunossu-
tenoses, neoplasia e mais raramente parasitas, primidos como gestantes e idosos. Nestes casos as
coledococele e manipulação da via biliar pela colan- evoluções podem ser desastrosas, com peritonites
giopancreatografia endoscópica retrógrada. Os ger- fecais, abscessos intra cavitários e sepse, elevando a
mes comumente causadores da infecção são a morbidade neste grupo.
Escherichia coli, Klebsiella sp, Enterococcus e No diagnóstico da apendicite aguda o uso da
Bacterioides. 4,13 ultra-sonografia abdominal possui sensibilidade de 75
Os principais achados da colangite são: dor no a 90% e sua especificidade é de 86 a 100%. A TC
hipocôndrio direito, febre e icterícia (Tríade de abdominal tem sensibilidade de 90 a 100% com espe-
Charcot), e quando não tratada pode evoluir para con- cificidade de 91 a 99%. Nos casos típicos, os exames
fusão mental e sepse, que caracterizam a Pentade de de imagem não acrescentam muito, porém nos casos
Reynalds. duvidosos podem auxiliar no diagnóstico.4, 7
Os exames bioquímicos podem apresentar hi- Nos casos iniciais, o tratamento consiste na in-
perbilirrubinemia, com predomínio da bilirrubina di- tervenção cirúrgica e ressecção do apêndice, não ne-
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cessitando de tratamento adjuvante. Nos casos avan- tar e medidas de suporte. A antibioticoprofilaxia de
çados, com necrose do apêndice, peritonites, perfura- largo espectro, com imipenem, deverá ser introduzi-
ção e abscessos, é necessários o tratamento com anti- da em casos de pancreatites graves com coleções e/
bióticos após a ressecção do apêndice que pode durar ou necrose pancreática. Necrose sem repercussão clí-
alguns dias. Não existe consenso na literatura sobre a nica poderá ser tratada com quinolonas associadas ao
duração da antibioticoterapia pós-cirúrgica. A video- metronidazol. A intervenção cirúrgica só deverá ser
laparoscopia é indicada em casos de dúvida diagnós- realizada em situações específicas como necrose
tica, permitindo a melhor exploração da pelve e ór- infectada, comprovada através de cultura de coleções
gãos ginecológicos, ou ainda em pacientes seleciona- peripancreáticas obtida por punções guiadas, ou pre-
dos que irão se beneficiar pela via de acesso, princi- sença de ar peripancreático na TC. O procedimento
palmente os pacientes obesos. cirúrgico consiste em necrosectomias e drenagem de
todas as coleções peripancreáticas.
4.5- Pancreatite aguda
Sua incidência é de 80/100.000 habitantes nos 4.6- Diverticulite
EUA com mortalidade em torno de 10 a 15%. A cole- A doença diverticular dos cólons é freqüente
docolitíase e a ingesta alcoólica abusiva são respon- em faixas etárias mais avançadas, sendo encontrada
sáveis por cerca de 80% das pancreatites agudas. Cer- em 1/3 da população acima de 50 anos, e 2/3 da po-
ca de 10% são idiopáticas e os outros 10% são atribu- pulação acima dos 80 anos. Cerca de 25% desta po-
ídos a todas as demais possíveis causas como pulação pode apresentar diverticulite aguda.4,10
hiperlipidemia, viroses (cachumba, coxsackie, HIV), Esta complicação da doença diverticular ocor-
traumas abdominais, cirurgias abdominais, vasculites, re por inflamação e infecção do divertículo, geralmente
tumores pancreáticos, pâncreas divisum, parasitoses decorrente da oclusão do seu óstio por fezes ou resí-
intraductais, drogas e outras.18, 19 duos alimentares, podendo levar até à perfuração. A
O quadro inicial é de dor no andar superior do sintomatologia é variável, pois depende da localiza-
abdômen (epigástrio e flancos), que pode irradiar para ção do divertículo, podendo evoluir com pneumope-
o dorso. Possui característica contínua e pode estar ritônio se perfurado para a cavidade abdominal, ou
associado à icterícia ou não. Os vômitos são freqüen- abscessos em flanco ou bloqueios abdominais.
tes e precoces, devido à compressão do pâncreas so- Na avaliação do paciente a constipação crôni-
bre o duodeno e/ou estômago. A distensão abdominal ca e os antecedentes familiares e pessoais de doença
também é comum, e nos quadros graves poderão es- diverticular devem ser investigados. Geralmente o
tar presentes a hipotensão arterial, taquicardia, sudo- exame clínico é suficiente para a suspeição, mas a
rese, febre, torpor, e coma. radiologia simples de abdômen poderá mostrar pneu-
A amilase apresenta-se elevada já nas primei- moperitônio e/ou quadros oclusivos. A TC está indi-
ras horas de evolução do quadro, habitualmente vol- cada, quando da ausência de pneumoperitonio no raio-
tando a valores normais após 48 horas. x simples.21 A colonoscopia é contra indicada na sus-
Os exames radiológicos convencionais pouco peita de diverticulite perfurada.
auxiliam na avaliação inicial, podendo detectar com- O tratamento clínico consiste no restabeleci-
plicações como derrame pleural, coleções, pseudo- mento hidroeletrolítico e na antibioticoterapia de lar-
cistos e ascite pancreática ou diagnosticar litíase go espectro com aminoglicosídeos ou ceftriaxona as-
vesicular, barro biliar e coledocolitíase. A avaliação sociado ao metronidazol, e é indicado para as situa-
pancreática e sua classificação segundo a gravidade ções onde a inflamação esta contida por um tumor
são realizadas através da TC de abdômen.20 inflamatório. Nos casos onde ocorreu perfuração, hou-
A colangiopancreatografia endoscópica esta ve falha do tratamento clínico ou o paciente se en-
indicada em casos de obstrução biliar associado a pan- contra em choque séptico a cirurgia esta indicada, res-
creatites graves e/ou colangites. Nas pancreatites bran- tringindo-se, geralmente, à ressecção do segmento
das até a TC pode ser dispensada, ou substituída pela lesado e colostomia. Em raras ocasiões o tumor in-
colangiopancreatografia por ressonância magnética.19 flamatório pode gerar uma obstrução intestinal, sen-
O tratamento é eminentemente clínico, com do a derivação com colostomia e o tratamento clínico
reposição hídrica vigorosa, analgesia, repouso alimen- uma opção, para se evitar ressecções mais amplas.
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Brunetti A, Scarpelini S. Acute abdomen. Medicina (Ribeirão Preto) 2007; 40 (3): 358-67, july/set.
ABSTRACT: The acute abdomen can be defined as an acute, non-traumatic abdominal pain
that needs medical care, and in some situations surgical intervention. This clinical scenario is very
frequent, in the emergency room. Detailed anamnesis directs the physical examination, and will be
the guideline to conduct the early treatment and the reestablishment of the patient. Due to the great
number of diseases related with this syndrome, our goal was to review the literature and to produce
an objective and practical methodology, with the aim to facilitate the diagnosis and to prevent
unnecessary exams, which may delay the specific treatment, improving the assess and care of the
patient.
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