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(Tireoidite Auto-Imune)

Também chamada de Tireoidite de Hashimoto, é a causa mais freqüente de


hipotireoidismo. O organismo está preparado para reagir a agressões exteriores
mediante um sistema imunitário em que participam de forma fundamental os
linfócitos. Quando um corpo estranho invade a célula produz-se primeiro uma fase
de reconhecimento e um vez verificado que se trata de um elemento estranho, o
organismo, através de um processo bastante complexo mas bem conhecido elabora
substâncias defensivas (anticorpos) que atacam o elemento transgressor.

Na glândula os hormônios estão armazenadas em folículo tireóideos. A


Tireoglobulina, que é a grande molécula da qual se fazem os hormônios ativos T3 e
T4 nunca passa para o sangue. Se por qualquer motivo (por ex: devido ao I-131)
esta Tireoglobulina e outras substâncias iodadas aparecem no sangue devido à
ruptura de um deste folículos vão induzir uma resposta imunitária do organismo na
qualidade de substância orgânica estranha. Deste modo o organismo vai produzir
anti-corpos que uma vez chegado à tiróide eliminam as substâncias iodadas
rompendo no processo células tireóideas, alterando folículos e finalmente libertando
mais Tireoglobulina que vai agravar ainda mais a lesão. É um ciclo lento e vicioso
que só para na destruição total da glândula

A tireoidite crônica auto-imune é como o nome indica uma forma crônica de


tireoidite que do ponto de vista clínico pode ter pouca sintomatologia e passar
mesmo despercebida. A sua origem é imunológica e está relacionada com
fenômenos de auto-imunidade, com auto-agressão da tiróide pelo sistema
imunitário do próprio indivíduo. Esta doença é muito comum, 4 vezes mais
freqüente na mulher e cuja freqüência aumenta com a idade. Existem muitas vezes
familiares com bócio, alterações do funcionamento da tiróide e/ou diagnóstico de
tireoidite crônica auto-imune.

Existem dois tipos de anticorpos que atacam a glândula tiróide. Os Anticorpos Anti-
Tireoglobulinas e os Anti-Peroxidase (Anti-TPO). Desconhece-se o modo de atuar
dos primeiros embora se conheça o seu resultado prático. Dos segundo o processo
encontra-se substancialmente conhecido. Logo após da ingestão do Iodo molecular
(I2),  este tem de ser oxidado a iodo atômico ou iônico na presença de uma
peroxidase para que se possa associar à tirosina. Sem esta enzima, atacada pelos
anticorpos, o organismo fica inundado de iodo molecular sem que deste se retire
qualquer proveito

A tireoidite crônica auto-imune pode estar associada a mau funcionamento da


tireóide. Pode evoluir com alguma freqüência com hipotireoidismo e mais
raramente com uma Tireotoxicose transitória (tireoidite silenciosa).

A Tireotoxicose pode surgir num doente com tireoidite crônica auto-imune, em


relação com uma situação denominada Tireoidite Silenciosa. Nos doentes com
tireoidite auto-imune pode ainda haver ocasionalmente um aumento dos hormônios
tireoidianos em circulação, por hipertireoidismo. Uma variante da tireoidite
silenciosa é a denominada Tireoidite Pós-Parto.

Nas tireoidites Silenciosa e Pós-Parto pode haver uma fase de Hipotireoidismo


transitório após o episódio inicial de tireotoxicose. Em geral estas tireoidites, pela
natureza passageira da disfunção tireoidiana que lhes está associada, poderão não
necessitar de qualquer tratamento específico.
Os indivíduos com o diagnóstico de Tireoidite de Hashimoto, deverão ser
avaliados regularmente do ponto de vista funcional através de exames
laboratoriais, para detectar e tratar precocemente um hipotireoidismo nos casos
sem disfunção tireoidiana conhecida e para monitorizar e ajustar o tratamento com
o hormônio tireoidiano nos casos com hipotireoidismo.

A Tireoidite de Hashimoto é a causa mais comum de Hipotireoidismo.

Quando o Médico solicita um estudo analítico para avaliar a função tireoidiana (T3,
T4, TSH), muitas vezes encontra valores normais e a pessoa pode estar a funcionar
com o seu metabolismo no nível inferior, mais perto do hipotireoidismo .

Os hormônios tireoidianos aumentam a transcrição de um grande número de genes


e portanto a atividade metabólica de todo o organismo — o metabolismo basal
pode aumentar 60 a 100%!

A utilização dos alimentos para energia é muito aumentada, assim como a atividade
das glândulas endócrinas e os processos mentais. Estimulam quase todos os
aspectos do metabolismo dos hidratos de carbono, inclusive a rápida captação da
glicose pelas células, glicólise acentuada e neoglicogênese aumentada. Diminuem a
quantidade de colesterol e triglicérides no sangue e aumentam a secreção dos
sucos digestivos e a motilidade gastrintestinal.
 
 

Quem tem mais chance de apresentar


Hipotireoidismo 
Mulheres, especialmente acima dos 40 anos
 
Homens acima dos 65 anos
 
Mulheres no período pós-parto (6 meses após o parto)
 
Pessoas com colesterol alto
 
Pessoas que já tiveram doenças da tireóide anteriormente
 
Pessoas com história de doenças auto-imunes (Tireoidite
de Hashimoto)
 
Pessoas que apresentem outras doenças auto-imunes
(Diabetes Tipo 1, Lupus, Atrite Reumatóide, etc)
 
Pessoas tratadas anteriormente de Hipertireoidismo
 
Pessoas que estiveram em tratamento de Radioterapia de
cabeça e pescoço
 
Pessoas em uso de Amiodarona ou Lítio
 
Pessoas com Depressão ou Síndrome do Pânico
 
Sinais e sintomas do Hipotireoidismo
Como o Hormônio da Tireóide afeta praticamente todas as células do corpo, pode-
se apresentar uma grande variedade de queixas se estiver com hipotireoidismo:

 Cansaço
 Depressão
 Pele ressecada
 Cabelos ásperos
 Unhas quebradiças
 Prisão de ventre
 Anemia
 Fadiga
 Períodos de menstruação irregular ou
ausente
 Aumento de peso
 Tornozelos e rosto inchados
 Colesterol elevado
 Pressão baixa (ás vezes)

Efeitos do Hipotireoidismo
A carência dos hormônios da Tireóide afeta as pessoas de diferentes maneiras.
Pode causar diversos problemas, sendo a pele um ótimo ponto de observação,
principalmente para as mulheres, sendo que uma das doenças mais precoces que
causam alterações na pele é o hipotireoidismo.
A pele de quem tem hipotireoidismo é opaca, sem vida, mais seca, descama com
maior facilidade, fica mais grossa, como se estivesse inchada e por mais hidratante
que a pessoa passe, a pele nunca fica 100% boa se não for feito o tratamento
adequado.
 
 

Ações nos diversos órgãos do corpo


Cérebro: Dificuldade de concentração, Depressão

Coração: Diminuição do ritmo cardíaco,


Insuficiência cardíaca

Pele e cabelo: Queda de cabelos, Ressecamento da


pele

Músculos: Fraqueza, Dor, Fadiga

Aparelho Digestivo: Prisão de ventre

Fígado: Colesterol alto

Rins: Retenção de líquidos, Rosto e Tornozelos


inchados

Órgãos Reprodutivos: Alterações menstruais,


Infertilidade (mulheres e homens)
Outros Sintomas: Apatia (desânimo), Ganho de
Peso, Anemia, Dores Articulares
 

Diagnóstico do Hipotireoidismo
No passado, o Hipotireoidismo era, em geral, diagnosticado quando já estava em
estágio avançado. Hoje, a sensibilidade dos novos teste laboratoriais possibilitam o
diagnóstico em fase muito precoce. Um destes exames, o TSH (Hormônio
Estimulador da Tireóide), mede a quantidade deste hormônio que está circulando
no sangue e informa como está funcionando a Tireóide.

Tratamento do Hipotireoidismo
O tratamento correto garante boa saúde

É indispensável tratar o Hipotireoidismo, pois a falta de tratamento pode ocasionar


sérios danos para a saúde. Os riscos da falta de tratamento do Hipotireoidismo
diferem de pessoa para pessoa. Nos recém-nascidos (Hipotireoidismo Congênito), o
tratamento é crucial para prevenir o retardo mental, atraso no crescimento,
deformações físicas e outras anormalidades importantes. Esta é a razão pela qual
todos os recém-nascidos devem ser submetidos ao "Teste do Pezinho".

Crianças e adolescentes com Hipotireoidismo podem ter seu desenvolvimento


mental e físico seriamente comprometidos, se não forem prontamente tratados.

Nos adultos, as conseqüências do não tratamento do Hipotireoidismo podem


provocar considerável desconforto ou incapacidade. Se o Hipotireoidismo for
acentuado, o não tratamento pode resultar em doença mental e cardíaca ou, se for
de maior gravidade, levar danos ainda mais sérios.

Como a maioria dos casos de Hipotireoidismo resulta de danos irreversíveis da


glândula Tireóide, não existe tratamento que proporcione a cura definitiva.

A Reposição Hormonal é o tratamento de escolha do Hipotireoidismo e visa repor o


hormônio que a Tireóide doente não consegue produzir. O hormônio sintético da
Tireóide usado no tratamento é chamado de Levotiroxina Sódica.

Duração do Tratamento
A Levotiroxina Sódica funciona no organismo exatamente como o hormônio natural
da Tireóide. É indispensável tomar os comprimidos de Levotiroxina diariamente,
para que o objetivo seja alcançado. Como para a maioria dos pacientes, o
Hipotireoidismo é crônico, portanto o tratamento deverá ser instituído por toda a
vida.

A quantidade necessária de Levotiroxina varia de pessoa para pessoa. É importante


seguir as instruções do Médico, tomando a dose recomendada de Levotiroxina,
diariamente, pois ele solicita exames laboratoriais muito sensíveis para determinar
a sua melhor dosagem.

Os sintomas do Hipotireoidismo não desaparecem imediatamente após começar o


tratamento com a Levotiroxina. Mantendo-se o tratamento, tomando os
comprimidos de Levotiroxina diariamente, notará uma lenta e progressiva melhora
na aparência e bem-estar. Mesmo que se tenha um Hipotireoidismo acentuado,
alguns meses após o tratamento passará sentir alívio de todos os sintomas,
lembrando que essa melhora não significa que se pode parar de tomar a
Levotiroxina, pois ainda que os sintomas tenham diminuído, é importante continuar
o tratamento, pois a Levotiroxina estará substituído o hormônio que a sua Tireóide
não fabrica mais em quantidades suficiente. Se pára de tomar a Levotiroxina, o
organismo terá  a função do hormônio sintético diminuída nos períodos
subseqüentes e com isso, nas semanas seguintes, os velhos sintomas voltarão
gradualmente.

Se você apresenta algum desses sintomas,


procure ajuda médica especializada urgente.

Sintomas do hipotiroidismo

Adultos: fala lenta e roca, memória prejudicada, reflexos lentos, pele seca, sensibilidade
aumentada ao frio e calor, obesidade e ganho de peso, depressão (especialmente em
idosos), anemia, metabolismo lento, constipação, fadiga, falta de fôlego, necessidade de
sono aumentada, perda de desejo sexual, dor em articulações e músculos, palidez,
irritabilidade, ciclos menstruais anormais, infertilidade ou dificuldade de engravidar,
colesterol elevado.

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