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Noções de toxicidade de plantas

Plantas tóxicas:

São plantas que contêm produtos fisiologicamente ativos ou


substâncias tóxicas em quantidades suficientes para causar
efeitos nocivos no homem e em animais.

Tipos de intoxicação por plantas:

-Intoxicação aguda: normalmente ocorre por ingestão


acidental e os sintomas da intoxicação ocorrem em tempo
relativamente curto. As principais vítimas de intoxicações por
plantas tóxicas são crianças.
-
Intoxicação crônica: ocorre a ingestão acidental ou
proposital de certas plantas, sendo responsável por
distúrbios clínicos complexos e graves.

Inclui neste caso, o contato sistemático com vegetais, em


atividades industriais ou agrícolas.

Frequentemente é evidenciada por manifestações


cutâneas.

Também deve ser considerada a utilização continuada de


certas espécies, visando efeitos alucinógenos ou
entorpecentes.
Como ocorrem as intoxicações

Em crianças até 3 anos: plantas ornamentais –


domicílios – ex.: Dieffenbachia

Em crianças maiores: plantas encontradas em parques,


jardins, pátios - ex.: Euphorbiaceae

Jovens e adultos: reações alérgicas (contato),


alucinógenas, alimentar.
Via de contato:

oral (73%), cutâneo (18%), ocular (8%), outras (0,9%)

A importância de se conhecer e estudar plantas com maior


potencial tóxico, por parte dos profissionais da saúde está
relacionado a prevenção de intoxicações.
As substâncias tóxicas podem estar limitadas a uma
estação do ano ou a certas condições ambientais, ou
ainda a certas variedades ou cultivares.

Principais famílias botânicas: Araceae,


Euphorbiaceae, Loganiaceae, Solanaceae.

Princípios tóxicos mais importantes: alcalóides,


glicosídeos cardiotóxicos e cianogenéticos.
Intoxicações por plantas medicinais

Utilização de outras espécies, por confusão ou pela


presença de plantas parasitas.

Ingestão excessiva

Interações
Prevenção de intoxicações por plantas

Conhecer as plantas da região, da casa (quintal) – aspecto


e nome

Não comer plantas silvestres, inclusive cogumenlos, sem


a correta identificação.

Ensinar as crianças, o mais cedo possível, a não brincar e


nem por na boca, partes de plantas.Manter plantas longe
do alcance de crianças

Não utilize plantas desconhecidas


Não tomar remédios caseiros preparados com plantas de
procedência duvidosa ou indicadas por leigos.

Não espere curas milagrosas através de plantas.

Cuidado com plantas latescentes - dermatites ou


hipersensibilidade

Nem sempre o aquecimento ou cozimento destrói o


princípio tóxico.Evitar a fumaça de plantas que estão
sendo queimadas.
Medidas de primeiros socorros no tratamento das
intoxicações por plantas:

Diminuição da exposição ao princípio tóxico:


esvaziamento gástrico (êmese, lavagem gástrica), lavagem
de pele e olhos com bastante água.

Providenciar socorro médico rapidamente – levar material

Em alguns casos, utilizar antídotos e antagonistas:


Ex: nitritos e hipossulfitos - intoxicação com mandioca
brava; fisostigmina - intoxicação por Datura, beladona

Aumento da eliminação do princípio tóxico: pouco usado.


Ex: cogumelos - complicações hepáticas ou renais.
Algumas espécies vegetais tóxicas

No Brasil, as plantas que causam intoxicações acidentes com


maior freqüência são:
COMIGO-NINGUÉM-PODE (Dieffenbachia picta) Araceae

Grande quantidade de ráfides de oxalato de cálcio


associado a um látex, que contém ácidos graxos
insaturados. A mastigação ou ingestão de qualquer parte da
planta leva a irritação acentuada das mucosas da boca e
faringe – salivação intensa, edema de lábio, língua e glote.
Ocorre em residências, estabelecimentos comerciais, jardins

Tratamento: desobstrução vias respiratórias (evitar asfixia),


administração líquidos gelados ou emolientes . Não provocar êmese.
ESPIRRADEIRA – Nerium oleander L. – Apocynaceae –

Glicosídeos cardiotóxicos (oleandrina, adinerina)


Toda a planta é tóxica.
Sintomas da intoxicação iniciam com manifestações
gastrointestinais,evoluindo para transtornos neurológicos
e cardíacos – morte
Ocorre em jardins, praças, ruas,
quintais

Tratamento: esvaziamento gástrico,


hidratação (evitar dist. eletrolíticos
e complicações cardiovasculares,
neurológicas e renais)
CHAPÉU DE NAPOLEÃO - Thevetia peruviana K. Schum.
Apocynacea

Tevetina, tevetoxina, neriifolina


Toda a planta é tóxica (Sementes e folhas).
Ocorre em jardins
PINHÃO PARAGUAIO - Jatropha curcas L.
Euphorbiaceae
Toxoalbumina (curcina), alcalóide, glicosídeos e
óleos fixos.
As sementes produzem ação depressora do
sistema cardiovascular e respiratório. Fruto com
semente tem sabor agradável - crianças
Ocorre como cercas vivas, lotes baldios.
OFICIAL DE SALA - Asclepia curassavica L.
Asclepidaceae

Glicosídeos cardiotóxicos (usaregenina,


coroglauquenina, colotropogenina), látex cáustico
Toda a planta é tóxica. Sintomas da intoxicação
iniciam com manifestações gastrointestinais, evoluindo
para transtornos neurológicos e cardíacos – morte.
Reações de hipersensibilidade
Ocorre em jardins, pastagens
Mandioca brava
MANDIOCA BRAVA -Manihot esculenta Cratz.
Euphorbiaceae

A ingestão desta planta determina quadro de


intoxicação cianídrica (linamarina).

O ácido cianídrico inibe a respiração celular através


da reação com o ferro trivalente da citocromo oxidase
nas mitocôndrias.
O cianeto é um dos venenos de mais rápida ação.

Dose letal (KCN) para o homem: ≈ 1 mg/Kg

Folhas, látex, entrecasca da raiz apresentam


potencial tóxico
Sintomas da intoxicação:

Distúrbios gastrintestinais, náuseas, vômitos, cólicas e


diarréias, manifestações neurológicas (sonolência, coma),
seguidas de convulsões e alterações respiratórias (dispnéia,
secreções, asfixia, cianose), alterações do ritmo cardíaco
com hipotensão, óbitos (casos agudos).

Obs.: intoxicação em humanos, geralmente, não ocorre de


forma tão rápida, uma vez que teor de heterosídeos
cianogenéticos nas plantas é reduzido e o organismo possui
mecanismos de desintoxicação como catalizado pela
rodanase, enzima que promove a formação de tiocianato,
que será eliminado pela urina e saliva.

Tem sido mais considerado a intoxicação crônica (ingestão


sistemáticas de doses subletais de cianetos)
Tratamento: administrar nitrito visando formar
metemoglobina. Esta combina-se com o cianeto formando
cianometemoglobina que é atóxica.
Inicialmente nitrito de amila por inalação (3 seg a
cada 2 min); administrar i.v. nitrito sódio 3% (10 ml –
adulto).
A seguir, hipossulfito de sódio a 25% iv (25 a 50 ml
para adulto e 1 mg/Kg para criança). O hipossulfito, por
influência da rodanase, reage com radical cianídrico,
formando tiocianatos
Na2S2O3 + CN- → SCN- + Na2SO4
Lavagem gástrica
Obs.:Nitritos são hipotensores – se necessário tratar com aminas (epinefrina).
[metemoglobinemia]: azul de metileno (1 a 2 mg/Kg) iv e ácido ascórbico ( 1 a 2
g) iv.
Plantas com heterosídeos cianogenéticos

Sorgo – ramos, folha jovem

Sementes: linhaça, maçã, maracujá, melancia, damasco,


pêssego, feijão lima

Broto de feijão, de linhaça, de bambu (caule joven)

Folha de cereja, pêssego, mandioca

Louro-cereja (Rosaceae)
 Plantas com alcalóides

Os alcalóides tropânicos inibem as ações


da acetilcolina. Atuam como paralisantes do
sistema parassimpático (alcalóides
parassimpaticolíticos), produzindo o
decréscimo das secreções, reconhecido na
sede que provocam, dilatação dos brônquios,
da pupila ocular, etc.
Erythroxylon coca - Erythroxylaceae –folhas

alcalóide tropânico - estimulador do sistema nervoso


central.
A cocaína exerce várias ações centrais e
periféricas. Trata-se de um estimulante psicomotor com
grande potencial para uso abusivo.
A ação responsável pelos efeitos reforçadores se
dá através da presença prolongada da dopamina nas
sinapses por bloqueio do mecanismo de recaptação de
dopamina.
Quando o acesso a droga é ilimitado, a cocaína
tem a capacidade de dominar o comportamento,
reduzindo a ingestão de alimentos, água e o sono . A
insistência no uso leva a morte.
A cocaína por via endovenosa pode causar morte imediata
por insuficiência cardíaca.

O Peru e a Bolívia são os dois únicos países autorizados


por acordos internacionais a produzir coca (Erytroxylon
coca Lank.) legalmente para fins farmacêuticos. Esses
países também são fonte da maior parte da folha de coca
usada para produção de cocaína ilícita.

O “crack” é uma forma fumável de cocaína, capaz de


causar grande dependência psíquica e tolerância. É
absorvida pelos capilares pulmonares; atinge o coração e
então o encéfalo, produzindo efeito em 10 seg.
Saia branca ou trombeteira Brugmansia (Datura)
suaveolens, Solanaceae

Saia roxa Datura metel Solanaceae

Estramônio Datura stramonium Solanaceae

Alcalóides tropânicos: hioscina, atropina

Toda a planta é tóxica

Náuseas, vômitos, sintomas anticolinérgicos: Sintomas de


intoxicação: rubor cutâneo, xerostomia, sede extrema,
visão turva e sensibilidade à luz, pupilas dilatadas, dor nos
olhos, dificuldade de micção, alucinações.

Ocorre em lotes baldios, jardins


Amanita muscaria – “mata-boi, frade de sapo”

Cogumelo extremamente tóxico: 3 classes de toxinas =


Triptaminas (bufoteninas), peptídeos cíclicos (alfa-
amanita), alcalóides isoxazólicos (ácido ibotênico)

Inicialmente ocorre excitação e mal-estar gastrointestinal


(24 h), seguido de convulsões graves, vômitos,
diminuição do pulso, dificuldade de respiração, delírio e
coma durante 3 a 5 dias.

Se medidas apropriadas não foram


rapidamente efetivadas (remoção TGI e
diálise sangúinea) – óbito
Alcalóides indólicos:

Strychnos nuxvomica –Loganiaceae - noz vômica - semente

Alcalóides=Estricinina e brucina

Estricinina é extremamente tóxica e atua como estimulante


do SNC (convulsões)

60-90 mg pode causar morte em humanos

Intoxicação: assemelham aos sintomas do tétano como


ansiedade, sensibilidade
R =R = H Estricnina
ao ruído e a luz, crises R 1
N
1 2

convulsivas periódicas. R 2 N R = R = OCH


1 2Brucina
3

Morte por asfixia O O


pela contração do diafragma
VINCA - Vinca rosea L., Catharantus roseus L.
Apocynaceae

Alcalóides principais (90):


vimblastina, vincristina,
vinleurosina, vinrosidina
(bisindólicos)

Antitumorais, citotóxicos (Não


usar como remédios caseiros)
Nicotiana tabacum – Solanaceae

Nicotina é um alcalóide piridínico extraído das folhas do


fumo

É um agonista dos receptores colinérgicos ganglionares


(nicotínicos), com ações farmacológicas complexas,
como aqueles mediados pela ligação a receptores dos
gânglios autônomos, da medula do córtex, supra-renal,
junções neuromusculares e do encéfalo.

Uso crônico causa dependência psicológica


e física.
Mamona - Ricinus communis L. Euphorbiaceae

Toxoalbumina = lectina (ricina), alcalóide (ricinina) e óleo


fixo.

A ricina é liberada quando mastigada ou triturada. Uma


semente pode matar uma criança . Fitoaglutinina (0,2%)

Sintomas de intoxicação: distúrbios gastrointestinais,


cólicas fortes, lesões renais, distúrbios neurológicos,
apnéia, coma, óbito.

Ocorre em lotes baldios, cultivos.


Tratamento: carvão ativado, estimulação do vômito,
lavagem gástrica, transfusão sangue
Bucha paulista – Luffa operculata (L) Cogn –

Curcubitaceae

Frutos

Glicoproteínas inibidoras da síntese protêica,


embriotóxica e abortiva

Hemorragias nasais intensas


OBS.:

ALUCINÓGENOS: São substâncias que provocam


alterações nas percepções da realidade.

Foram usados em tempos remotos, em rituais religiosos,


com o objetivo de alcançar uma “vinculação com a
natureza e sua união com os deuses e as forças
sobrenaturais”

Auge da popularidade do uso de alucinógenos se deu


nos anos 60. O abuso reapareceu na década de 80,
provavelmente devido ao uso das anfetaminas
alucinogênicas.
Classificados segundo seus mecanismos primários de
interferência nas atividades do SNC:

drogas canabinóides drogas serotoninérgicas


drogas colinérgicas muscarínicas

Embora a maconha (Cannabis sativa L) seja uma droga


narcótica euforizante, sua substância ativa, o
tetraidrocanabinol (THC) -∆9- tem capacidade de provocar
efeitos alucinógenos moderados pela sensibilização dos
receptores CB1 do SNC, que são ativados pelo ligante
natural anandamida.

Com a exceção da maconha, as drogas alucinógenas de


origem vegetal contêm alcalóides relacionados aos
transmissores neurofisiológicos 5-hidroxitriptamina (5-HT =
serotonina) e acetilcolina.
As drogas colinérgicas divergem da serotoninérgicas na
indução de amnésia parcial ou total, ao longo da duração
dos seus efeitos, criando um estado de delírio ou sedação.

Os canabinóides são rapidamente absorvidos por inalação.


Os efeitos fisiológicos e psicológicos são perceptíveis em
segundos e atingem um platô que pode durar 2 a 4 h. Após
distribuição atingem primeiramente o cérebro, pulmões,
fígado, rins e ovários. Por serem lipofílicos, acumulam no
tecido adiposo, leite materno e atravessam a placenta. A
completa eliminação pode levar 30 dias, sendo
metabolizados no fígado e eliminados pelas fezes e urina.
As ações da maconha no organismo humano são euforia, ansiedade,
agravamento de estados psicóticos, distorções nas noções de tempo e espaço,
fragmentação de pensamentos, confusão mental, alteração das funções
motoras, analgesia, efeito antiemético, aumento do apetite, taquicardia,
hipotensão.

O uso abusivo promove alterações da coordenação motora, apatia e


hipotensão postural, sendo o pânico e as psicoses as reações adversas mais
frequentes (Solowij et al, 2002).

Nos homens, o uso crônico promove atividade antiandrogênica, decréscimo do


número e da motilidade dos espermatozóides.

Nas mulheres, pode ocorrer supressão da ovulação, efeito na secreção da


prolactina e aumento dos riscos de ocorrer problemas no momento de parto.

O sistema canabinoídico participa do processo de regulação imunológica, com


base no controle dos níveis de citocinas (Klein et al, 2000), cuja supressão faz
com que o usuário de maconha apresente comprometimento das funções
fagocitárias de seus macrófagos, aumentando a susceptibilidade às doenças
infecciosas (Straus, 2000)
Ayahuasca - Banisteriopsis caapi - Malpighiaceae

Cortex – decocção

Usadas em seitas religiosas (Santo Daime, Santa


Maria, União do Vegetal, Barquinha); índios da
Amazônia

A partir de 1987, o uso com finalidades religiosas da


ayahuasca foi oficialmente reconhecido e protegido
por lei no Brasil
Alcalóide beta-carbolínicos: harmina (principal componente
alucinógeno), harmalina e tetrahidro-harmina. Potente
inibidor da enzima monoaminoxidase (MAO).

Associado as folhas de Psycotria viridis (chacruna)


Rubiaceae, que possui derivados indólicos (N-N-
dimetiltriptamina=DMT), que atua como agonista dos
receptores da serotonina aumenta a duração e
vivacidade das alucinações.

Esta combinação produz respostas farmacológicas


semelhantes às observadas em pacientes com psicose
aguda.
Duração de ação dos efeitos psicoativos duram 1 a 1,5 h

DMT leva a imagens visuais coloridas e confusas, com


processos complexos de pensamento e estado geral de
consciência aguçado.

Em média, 200 ml da bebida contêm 25 mg DMT e 40 mg


de beta-carbolinas

Toxicidade

Sintomas: embriaguez “agradável”, vômitos, vertigem,


nervosismo, transpiração excessiva, visões luminosas,
sono profundo acompanhado de fantasias, febre, diarréia.

Triptaminas: intensifica efeitos alucinógenos, palpitação,


convulsão, midríase e taquicardia.
Iboga – Tabernanthe iboga – Apocynaceae

Raízes

“Árvore da sabedoria” – “viagens através dos tempos e


contatos com antepassados

Alcalóide terpeno-indólicos do tipo ibogaína

Ibogaína provoca visões “fantásticas”, pode causar


paralisia, convulsões, sinestesias auditivas, olfativas e
gustativas, morte
Campainha - Ipomea tricolor – Convolvulaceae

Alcalóides derivados do ácido lisérgico (ergina,


lisergol, outros)

0,05 a 1,3% - sementes

Ornamentais
Peiote - Lophophora williamsii - Cactaceae

Ocupa lugar sagrado em muitas comunidades indígenas mexicanas

mescalina : 1% nos botões


estimula sistema nervoso autônomo

Modificações físicas, seguidas por eventos sensoriais ( 1-3 h).


O pulso e pressão sanguínea caem, ocorre midríase.
Sensações experimentadas são lembradas e incluem agudez e
intensificação do campo visual, com exaltação da percepção de
cores e texturas, criação de padrões de
imagens e formas surrealistas.
Também surge empatia por seres vivos e objetos.
Causa tolerância psíquica e física, que desaparece se uso
é descontinuado

É teratogênica e a dose letal (DL50 = 130 mg/Kg, em


macacos, iv)

Hordenina (ação mm cardíaco) e peiotina (convulsões)

Há outros cactus com ação psicoativas (Trichocereus


pachoni, Ariocarpus sp., Mammillaria heyderi, Pelecyphora
aselliformis)
Mescalina: 90-120 min concentração máxima no plasma

Vida média de 6 h. Não é metabolizada, sendo excretada intacta na urina.

Compartilha o mesmo mecanismo de ação dos alucinógenos indolamínicos


(LSD, psilocibina), e de derivados beta-fenitilamínicos (DOM = dimetoxi-
metilanfetamina), MDMA (3,4-metilenodióxi-N-metilanfetamina = ecstasy, entre
outros)
Obs.: Anfetaminas alucinógenas: sintéticas

DOM = dimetoxi-metilanfetamina: é cerca de 100 x mais potente que a


mescalina e 30 x menos potente que LSD.

Os primeiros efeitos surgem cerca de 90 min e se intensificam gradativamente,


quando após 3-4 h tornam-se máximos.Doses de 10 a 20 mg via oral. Duração:
16-24 h.

Sintomas caracterizam por náuseas, vômitos, sudorese, tremores, midríase,


hipertensão, taquicardia e hipertermia, alterações das percepções sensoriais
como imagens múltiplas, borradas e distorcidas; às vezes medo e pânico.

Referência: Seigi Oga. Fundamentos de Toxicologia, 1997.


MDMA (3,4-metilenodióxi-N-metilanfetamina = êxtase)

Produz ação estimulante e alucinógena. Causa euforia,


aumento da “sociabilidade” e sua ação inicia 30 min após
ingestão (cápsula 100 mg)

Estágios de ação: desorientação, seguido de “rush”, efeitos


de prazer intenso e imediatos, finalmente, período de
sociabilidade.

Efeitos podem durar 4-6 h. Parece que sintomas de


confusão, depressão e ansiedade permanecem por várias
semanas após uma única dose.

Cerca de 40% dos usuários que fazem uso prolongado:


”flashback” e psicose (pânico, irritabilidade, paranóia)

Referência: Seigi Oga. Fundamentos de Toxicologia, 1997.


Psilocybe spp
Cogumelo cosmopolita ( México- rituais curativos
indígenas).

0,2 a 0,6% psilocina e psilocibina (grande potencial


de abuso)

Psilocibina é desfosforilada em psilocina, no


metabolismo humano, a qual é eliminada na urina
conjugada a ácido glicurônico. (detecção: 10 ng/ml)

Conocybe, Panaelus, Stropharia.


Psilocina e psilocibina (alcalóides triptamínicos) são
estruturalmente relacionados a serotonina.

A psilocibina, na dose de 6 a 20 mg produz alucinações,


que rapidamente causam modificações de formas e cores e
alterações na percepção de tempo, espaço e na própria
identidade física e psicológica.
Tratamento : alucinógenos

Diazepan 0,1 mg/Kg, via oral

(controle das excitações e convulsões); coma (intubação,


aspiração secreções).

Provocar diurese ácida (eliminação).

Isolar dos estímulos sensoriais, ambiente calmo.


CIT – Centro de Informação Toxicológica

Vigilância Sanitária Estadual, tel:3291-5005

citgo@netline.com.br

SINITOX – Sistema Nacional de Informação Tóxico-farmacológica

Farmanguinhos -Rio de Janeiro (Fiocruz)

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