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Ciência e Espiritismo

Adams Auni

Diante das conquistas cientificas nos quadros da atualidade, percebe-se o quanto a


Doutrina Espirita antecipou tais considerações e o quanto permanece alinhada a tantos
contextos, auxiliando-nos a sua melhor e constante compreensão.

Exímio conhecedor dos pendores humanos o professor Rivail, Allan Kardec, preconiza na
obra: O Livro dos Espíritos, quanto à assertiva pergunta e sendo essa como primeva de mais
1000 outras questões de extrema relevância até os dias de hoje: “Que é Deus?”.

O peculiar da pergunta, vai em confronto aos conceitos de sua época, quanto ao


antropomorfismo de Deus, tirando-o do trono dourado ou do céu intangível.

A resposta dos espíritos é ainda mais exuberante: “É a inteligência suprema, causa


primaria de todas as coisas“, nesse sentido, acreditamos, quis Kardec “calibrar” as mentes que
estariam lendo O Livro dos Espíritos.

Conteúdos trazidos de forma realmente inovadora, com respostas extraordinárias para as


questões mais pertinentes da alma humana, até então desprovida de luz e esclarecimento sob o
guanto dogmático da igreja. Pois tratar assuntos pertinentes a alma humana em um livro com o
titulo “O Livro dos Espíritos” se tornava desafio deveras arriscado, pois a alma era o campo da
religião e não da ciência.

Descortinando cada vez mais com o Pentateuco dos espíritos, apresenta Kardec,
organizador dessas questões, uma liberdade de expressão, corroborado pelos espíritos
comunicantes em suas assertivas conclusões.

Desde então há progresso e profundidade nas comunicações mediúnicas e chegando ao


Brasil as colaborações crescem de forma exponencial. Nos livros de Andre Luiz através da
psicografia de Francisco Xavier encontramos elucidações que transubstanciam novos valores e
crenças, que em certos momentos nos colocam a questionar a nós mesmos e as vezes a própria
Doutrina, haja visto os conteúdos de alto teor revelador que nos são trazidos do mundo
espiritual.

Na obra magnânima, Evolução em Dois Mundos, datada de 1959, Andre Luiz, espírito de
enorme contribuição ao conhecimento espírita, remonta desde a sua época, temas polêmicos
que ainda hoje a assembléia espírita carece de suporte e equilíbrio ao comentá-los e debatê-los
nas salas de estudos.

Mesmo com inúmeros conteúdos da ciência moderna, com o advento da Física Quântica,
do avanço e conquistas das pesquisas sobre a mente, sua estrutura e seu comportamento, a
conquista da neurociência quanto aos comportamentos cerebrais, os avanços da genética e
biologia, os entendimentos do genoma humano e da citologia profunda , da bioquímica das
emoções, dos neurotransmissores, da inteligência espiritual, do avanço pratico da
nanotecnologia e outros compêndios elucidativos, encontramos espíritas que duvidam de suas
próprias obras e nesse contexto, divergem que esses conteúdos tenham validade.

Mas a corroboração da própria ciência conhecida, ao perquirir as questões do macro e


micro cosmo dá a sustentabilidade para que os entendimentos das obras espíritas tenham base
comprovada e sejam plenamente aceitas.

Os estudos das partículas e subparticulas da matéria, apresentam comportamentos


estranhos e impossíveis até então. Comportamentos chamados de “fenômenos quânticos”. Os
adventos da física quântica tratam do universo infinitamente pequeno, nesse sentido, para que
possamos entender esses comportamentos no universo infinitamente grande, essa unificação foi
o grande desafio de um dos grandes cérebros do século XX, Albert Einstein, que se desdobrou
sobre cálculos, exaurindo a sua mente superior em suas ultimas energias ate os momentos de
seu desencarne.

Einstein, precursor dos conceitos do quanta de energia, mesmo recebendo o prêmio Nobel
por sua descoberta quanto ao efeito fotoelétrico, onde constatou o deslocamento de matéria
sobre uma placa metálica sob o efeito de uma freqüência de “luz”, radiação, tal descoberta
muda o entendimento sobre a luz onde apresenta a dualidade onda e partícula, trazendo a tona
varias contendas cientificas ate hoje sobre o comportamento da matéria, ondulatória e/ou
corpuscular, ainda um grande desafio para entendimento humano.

Reconhecer que em suas estruturas materiais, desde as mais simples para as mais
complexas ocorrem fenômenos quânticos em níveis subatômicos.

Que o que nos parece real é apenas uma ilusão, construída através de informações
decodificadas pelo nosso cérebro e que a todo momentos nos construímos e desconstruímos,
apenas que tal fenômeno ocorre em dimensões extremamente pequenas, por isso, o cérebro
não percebe a intermitência e considera que exista um “continuum”.

Que o espectro de luz, transporta vida em suas escalas vibracionais, que tudo é derivado
de um único elemento e que a variação dessa vibração determina a matéria em seguida.

A teoria das supercordas é a grande esperança para a unificação da teoria quântica e


teoria da relatividade.

Que a vida, ao longo dos milhões de anos e milhares de orbes migra e transmigra ao
compasso da sinfonia celestial, pelos maestros construtores, pelos mundos a realizarem a sua
obra.

E que nós, estrutura cada vez mais complexa, reunimos em nós, após milhões de
experiências e vivencias em estágios dos mais variados, condições de autoconhecimento.

A proposta da criação é o autoconhecimento, a Doutrina Espirita, dentro de seus


postulados e suas verdades promove o objetivo do autoconhecimento do espírito.

Com tudo, ao comentarmos sobre o capitulo I da obra Evolução em Dois Mundos


entendemos do instrutor espiritual, Andre Luiz, que Deus é atemporal e sua criação é eterna.

O espírito oriundo do Fluido Cósmico é também eterno e perfeito, mas que as suas
estruturas, isto é as formas em que se expressam e suas criações padecem de temporalidade.

E neste mesmo capitulo aprendemos que há co-cridadores de universos, de galáxias,


sistemas planetários, sois, luas e planetas. E esses co-criadores promovem a construção da vida
nesses vários orbes celestes, tudo em perfeita harmonia e equilíbrio. Sob a vigilância e
culminância das diretrizes divinas esses seres angélicos, realizam todos esses fenômenos de
construção fazendo uso das mesmas leis que nós espíritos encarnados fazemos uso, claramente
salvaguardando as devidas proporções de capacidade mental e envergadura espiritual.

Não encontramos ainda todas as respostas para as causas, que também são
conseqüências, efeitos de uma causa antecedente, epifenomenos. Mas já podemos aceitar e
pesquisar sobre o que essas gloriosas criaturas realizam através dos mentores que nos trazem
tanta informação.
Não nos sentimos mais sozinhos, muitas das duvidas da humanidade já podem ser
respondidas.

“Já nos disseram os Evangelhos: ”... “Para os que tenham olhos de ver e ouvidos de
ouvir...”

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