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Farmacopeia
Brasileira
Volume 2
5ª edição
Brasília
2010
Copyright © 2010 Agência Nacional de Vigilância Sanitária / Fundação Oswaldo Cruz
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.
5ª edição
Diretor-Presidente
Dirceu Raposo de Mello Editora Fiocruz
Brasil. Farmacopeia Brasileira, volume 2 / Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2010.
836p., 2v/il.
1. Substâncias farmacêuticas químicas, vegetais e biológicas. 2. Medicamentos e correlatos. 3. Especificações e métodos
de análise. I Título.
RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº. 49, DE 23 DE NOVEMBRO DE 2010
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV do
art. 11 do Regulamento aprovado pelo Decreto nº. 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto no inciso
II e §§ 1º e 3º do art. 54 do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria Nº 354 da ANVISA, de 11 de
agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, e ainda o que consta do art. 7º inciso XIX da Lei nº. 9.782,
de 26 de janeiro de 1999, em reunião realizada em 11 de novembro de 2010, adota a seguinte Resolução da Diretoria
Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação:
Art. 1° Fica aprovada a Farmacopeia Brasileira, 5ª edição, constituída de Volume 1 – Métodos Gerais e textos e Volume
2 – Monografias.
Art. 2° Os insumos farmacêuticos, os medicamentos e outros produtos sujeitos à vigilância sanitária devem atender às
normas e especificações estabelecidas na Farmacopeia Brasileira.
Parágrafo único. Na ausência de monografia oficial de matéria-prima, formas farmacêuticas, correlatos e métodos gerais
na quinta edição da Farmacopeia Brasileira, para o controle de insumos e produtos farmacêuticos admitir-se-á a adoção
de monografia oficial, em sua última edição, de códigos farmacêuticos estrangeiros, na forma disposta em normas
específicas.
Art. 3° É vedada a impressão, distribuição, reprodução ou venda da Farmacopeia Brasileira, 5ª edição sem a prévia e
expressa anuência da ANVISA.
Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto no caput desse artigo, a ANVISA disponibilizará gratuitamente em seu
endereço eletrônico cópia da quinta edição e de suas atualizações.
Art. 4º Fica autorizada a Fundação Oswaldo Cruz, por meio da Editora Fiocruz, para a comercialização dos exemplares
da quinta edição da Farmacopeia Brasileira
Art. 5º Ficam revogadas todas as monografias e métodos gerais das edições anteriores da Farmacopeia Brasileira.
Art. 6° Esta Resolução entrará em vigor noventa (90) dias após a sua publicação.
Volume 1
1 PREFÁCIO
2 HISTÓRICO
3 FARMACOPEIA BRASILEIRA
4 GENERALIDADES
5 MÉTODOS GERAIS
5.1 Métodos gerais aplicados a medicamentos
5.2 Métodos físicos e físico-quimicos
5.3 Métodos químicos
5.4 Métodos de farmacognosia
5.5 Métodos biológicos, ensaios biológicos e microbiológicos
5.6 Métodos imunoquímicos
5.7 Métodos físicos aplicados a materiais cirúrgicos e hospitalares
6 RECIPIENTES PARA MEDICAMENTOS E CORRELATOS
6.1 Recipientes de vidro
6.2 Recipientes plásticos
7 PREPARAÇÃO DE PRODUTOS ESTÉREIS
7.1 Esterilização e garantia de esterilidade
7.2 Indicadores biológicos
7.3 Processo asséptico
7.4 Salas limpas e ambientes controlados associados
7.5 Procedimentos de liberação
8 PROCEDIMENTOS ESTATÍSTICOS APLICÁVEIS AOS ENSAIOS BIOLÓGICOS
8.1 Glossário de símbolos
8.2 Fundamentos
8.3 Valores atípicos
8.4 Ensaios diretos
8.5 Ensaios indiretos quantitativos
8.6 Médias móveis
8.7 Ensaios indiretos “tudo ou nada”
8.8 Combinação de estimativas de potência
8.9 Tabelas estatísticas
8.10 Exemplos de cálculos estatísticos aplicados em ensaios biológicos
9 RADIOFÁRMACOS
10 EQUIVALÊNCIA FARMACÊUTICA E BIOEQUIVALÊNCIA DE MEDICAMENTOS
11 ÁGUA PARA USO FARMACÊUTICO
12 SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS DE REFERÊNCIA
13 SUBSTÂNCIAS CORANTES
14 REAGENTES
14.1 Indicadores e soluções indicadoras
14.2 Reagentes e soluções reagentes
14.3 Soluções volumétricas
14.4 Tampões
ANEXO A - TABELA PERIÓDICA DOS ELEMENTOS QUÍMICOS - NOMES, SÍMBOLOS
E MASSAS ATÔMICAS
ANEXO B - UNIDADES DO SISTEMA INTERNACIONAL (SI) USADAS NA FARMACOPEIA E AS EQUIVALÊN-
CIAS COM OUTRAS UNIDADES
ANEXO C – SOLVENTES PARA CROMATOGRAFIA
ANEXO D – ALCOOMETRIA
Volume 2
MONOGRAFIAS______________________________________________________________________________ 554
a 554 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
Persea americana Mill. – LAURACEAE
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
A droga vegetal é constituída pelas folhas secas contendo,
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
no mínimo, 0,4% de flavonoides totais expressos em
características: coloração verde-escura; fragmentos
apigenina e 0,14% de óleo volátil.
da epiderme voltada para a face adaxial com células
poligonais isodiamétricas, recoberta por cutícula espessa;
SINONÍMIA CIENTÍFICA fragmentos da epiderme voltada para a face abaxial, com
células menores; fragmentos da epiderme voltada para a
Persea gratissima Gaertn. f. face abaxial com estômatos anomocíticos; fragmentos
da epiderme voltada para a face abaxial com tricomas
CARACTERÍSTICAS tectores; tricomas tectores inteiros acompanhados de
células da epiderme ou isolados; fragmentos de tricomas
Características organolépticas. A folha é inodora e de tectores; fragmentos do mesofilo com idioblastos secretores
sabor fracamente adstringente. arredondados; fragmentos de nervura, como descrita,
acompanhados de células contendo cristais fusiformes.
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
IDENTIFICAÇÃO
Folhas simples, elípticas, oblongas ou oval-acuminadas,
semi-coriáceas, de margens inteiras, mais ou menos Proceder conforme descrito em Cromatografia em camada
onduladas; lâmina com 8,0 cm a 20,0 cm de comprimento delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, com
e 4,0 cm a 9,0 cm de largura; pecíolo de até 5 cm de espessura de 250 µm, como suporte, e mistura de acetato
comprimento e 3 mm a 4 mm de largura na base; quando de etila, ácido fórmico e água (80:10:10) como fase móvel.
frescas são de cor verde-escura na face adaxial, pouco Aplicar, separadamente, à placa, 10 μL da Solução (1),
brilhantes e quase lisas, e de face abaxial de cor verde mais recentemente preparada, descrita a seguir.
clara, fosca e um tanto áspera; folhas secas de coloração
até castanho-clara. Nervura principal proeminente na Solução (1): preparar tintura 20% (p/v) das folhas
face abaxial, com nervuras secundárias oblíquas, também pulverizadas com etanol a 65% (v/v) por maceração ou
proeminentes, dando origem às nervuras terciárias que se percolação.
anastomosam em fina trama.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Nebulizar com anisaldeído SR. Examinar sob
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA luz visível. Observar cinco manchas principais de coloração
amarelada: na parte superior do cromatograma, uma
A lâmina foliar é hipoestomática e de simetria dorsiventral.
mancha isolada e duas manchas bem próximas um pouco
A epiderme, em vista frontal, na face adaxial, é formada
abaixo; na parte mediana do cromatograma, duas outras
por células poligonais, com células de paredes levemente
manchas próximas. Na parte inferior do cromatograma,
sinuosas e raros tricomas tectores unicelulares, curtos a
observar uma mancha de coloração rósea e outra, mais
longos, de paredes espessas; na face abaxial geralmente é
abaixo, de coloração azulada.
formada por células menores, retangulares ou arredondadas,
com paredes periclinais levemente convexas. A cutícula
é granulosa e os estômatos são anomocíticos, com 3 a 4 ENSAIOS DE PUREZA
células subsidiárias. Tricomas tectores são frequentes
em folhas jovens e raros em folhas adultas. Em secção Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2,0%.
transversal, a epiderme é uniestratificada em ambas as Água (5.4.2.3). No máximo 12,0%.
faces, com cutícula espessa. Na face adaxial as células
são alongadas no sentido transversal. O mesofilo é Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 5,0%.
formado por uma ou duas camadas de células paliçádicas,
alongadas, apresentando muitos idioblastos secretores Cinzas sulfatadas (5.4.2.6). No máximo 10,0%.
de mucilagem e óleo volátil, volumosos e arredondados.
O parênquima esponjoso apresenta poucas camadas de DOSEAMENTO
células irregulares, com grandes espaços intercelulares.
Pode ocorrer uma conformação diferenciada do mesofilo, Óleos voláteis
junto aos idioblastos secretores, formada por células
Proceder conforme descrito em Determinação de óleos
parenquimáticas alongadas e achatadas tangencialmente,
voláteis em drogas vegetais (5.4.2.7). Utilizar balão
de paredes espessas. A nervura principal mostra um feixe
de 1000 mL contendo 500 mL de água como líquido de
vascular colateral desenvolvido, envolto por uma bainha
destilação. Utilizar planta seca rasurada e não contundida.
esclerenquimática, praticamente contínua. Pequenos
cristais fusiformes, de oxalato de cálcio, ocorrem em
Proceder imediatamente à determinação do óleo volátil a
partir de 100 g da droga rasurada. Destilar por 4 horas.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
A – folha em vista frontal: lâmina foliar (lf); pecíolo (pl). B – detalhe parcial da epiderme voltada para a face abaxial, em secção transversal: parênquima
paliçádico (pp); epiderme (ep); cutícula (cu); célula contendo mucilagem (cm); tricoma tector (tt). C – detalhe parcial da epiderme voltada para a face
adaxial, em vista frontal. D – detalhe parcial da epiderme voltada para a face abaxial, em vista frontal: estômato (es); tricoma tector (tt). E – detalhe de
porção da lâmina foliar, em secção transversal: cutícula (cu); epiderme (ep); parênquima paliçádico (pp); idioblasto secretor (is); parênquima esponjoso
(pj); estômato (es); idioblasto com cristais de oxalato de cálcio (ico); feixe vascular (fv).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 557
aa
A – fragmento da epiderme voltada para a face abaxial: estômato (es); tricoma tector (tt). B e C – fragmentos da lâmina foliar, em vista frontal, com
destaque para feixe vascular e idioblastos secretores: feixe vascular (fv); idioblasto secretor (is). D – fragmento da lâmina foliar em secção transversal,
mostrando idioblasto secretor acompanhado de células com conformação diferenciada: idioblasto secretor (is); cutícula (cu); epiderme (ep); parênquima
paliçádico (pp); parênquima esponjoso (pj). E – fragmento da epiderme: tricoma tector (tt). F – fragmentos de tricoma
a 558 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Ferro (5.3.2.4). Proceder conforme descrito em Método I Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
utilizando 10 mL da solução obtida em Aspecto da solução. C4H6N4O3S2, em relação à substância dessecada.
Utilizar 1 mL de Solução padrão de ferro (10 ppm). No
máximo 0,001% (10 ppm). DESCRIÇÃO
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Dissolver o Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
equivalente a 4,2 g de acetato de sódio anidro para balão branco.
volumétrico de 50 mL. Completar o volume com água e
proceder conforme descrito em Ensaio limite para metais Solubilidade. Muito pouco solúvel em água, pouco
pesados utilizando Solução padrão de chumbo (2 ppm Pb). solúvel em etanol, praticamente insolúvel em clorofórmio,
No máximo 0,001% (10 ppm). éter etílico e tetracloreto de carbono. Solúvel em soluções
diluídas de hidróxidos alcalinos.
Sulfatos (5.3.2.2). O equivalente a 10 g de acetato de sódio
anidro não apresenta mais sulfatos que o equivalente a 0,50
mL de ácido sulfúrico 0,01 M SV. No máximo 0,005% (50 IDENTIFICAÇÃO
ppm).
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, até peso constante. máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
A forma hidratada perde de 38% a 41% do seu peso; a de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
forma anidra perde no máximo 1%. observados no espectro de acetazolamida SQR, preparado
de maneira idêntica. Caso o espectro da amostra não se
apresente idêntico ao do padrão, dissolver, separadamente,
DOSEAMENTO a amostra e o padrão em etanol, evaporar até secura e
repetir o teste com os resíduos.
Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
aquoso (5.3.3.5). Pesar quantidade equivalente a 0,2 g B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
de acetato de sódio previamente dessecado e dissolver faixa de 230 nm a 260 nm, de solução a 0,003% (p/v) em
em 25 mL de ácido acético glacial, aquecer se necessário hidróxido de sódio 0,01 M, exibe máximo em 240 nm e
para completa solubilização. Adicionar duas gotas de a absorvância é de 0,49 a 0,52. O espectro de absorção
1-naftolbenzeína. Titular com ácido perclórico 0,1 M SV. no ultravioleta, na faixa de 260 nm a 350 nm, de solução
Fazer uma determinação em branco e realizar as correções a 0,00075% (p/v) em hidróxido de sódio 0,01 M, exibe
necessárias. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV máximo em 292 nm e a absorvância é de 0,43 a 0,46.
equivale a 8,203 mg de C2H3NaO2.
C. Em tubo de ensaio, adicionar 20 mg da amostra, 4 mL
de ácido clorídrico 2 M e 0,2 g de zinco em pó. Colocar tira
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO de papel de acetato de chumbo sobre a abertura do tubo.
Em recipientes bem fechados. Ocorre desprendimento de ácido sulfídrico e escurecimento
do papel.
Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 0,1 g de Faixa de fusão (5.2.2): 114 °C a 116 ºC.
acetilcisteína SQR para balão volumétrico de 10 mL e
completar o volume com metabissulfito sódico a 0,05%
IDENTIFICAÇÃO
(p/v). Transferir 5 mL desta solução e 5 mL da Solução
padrão interno para balão volumétrico de 100 mL e Dissolver 10 mg de amostra em 1 mL de água destilada e
completar o volume com metabissulfito sódico a 0,05% adicionar, sucessivamente, sob agitação, 1 mL de hidróxido
(p/v), obtendo solução a 0,5 mg/mL. de sódio 5 M, 1 mL de glicerol e 0,3 mL de nitroprusseto
de sódio 5% (p/v). Aquecer entre 35 °C e 40 °C, durante
Injetar 5 µL da Solução padrão. A resolução entre os picos
10 minutos, e resfriar em banho de gelo, durante 2
correspondentes à acetilcisteína e à DL-fenilalanina não é
minutos. Adicionar 1,5 mL de ácido clorídrico SR e agitar.
menor de 6. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas
Desenvolve-se coloração vermelho-púrpura.
dos picos registrados não é maior que 2,0%.
Pesar, exatamente, cerca de 0,3 g de amostra e transferir Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de
para um erlenmeyer com tampa. Adicionar 100 mL de C8H11N5O3, em relação à substância anidra.
água, 5 g de fosfato de potássio dibásico, 2 g de fosfato
de potássio monobásico e 2 g de iodeto de potássio.
Agitar até dissolução completa. Adicionar 50 mL de iodo DESCRIÇÃO
0,05 M SV, agitar e deixar em repouso por 30 minutos. Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
Titular o excesso de iodo com tiossulfato de sódio 0,1 M branco.
SV, adicionar 3 mL de amido SI próximo ao ponto final, e
prosseguir a titulação até o desaparecimento da cor azul. Solubilidade. Pouco solúvel em água, facilmente solúvel
Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias. em dimetilsulfóxido e muito pouco solúvel em etanol.
Cada mL de iodo 0,05 M SV equivale a 9,562 mg de Solúvel em soluções diluídas de ácidos minerais e
C7H13NO3S. hidróxidos alcalinos.
ENSAIOS DE PUREZA
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de clorofórmio,
metanol e hidróxido de amônio (80:20:2), como fase
móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 5 μL de cada uma
das soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
Solução (1): transferir 0,1 g da amostra para balão
volumétrico de 10 mL, dissolver em dimetilsulfóxido e
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Limite de guanina. Proceder conforme descrito no Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL, da Solução
método B. de Doseamento. Calcular o teor de guanina na padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
amostra a partir das respostas obtidas para o pico relativo e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C8H11N5O3
à guanina na Solução padrão e na Solução amostra. No na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
máximo 0,7%. padrão e a Solução amostra.
DOSEAMENTO ROTULAGEM
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido quantidade declarada de C8H11N5O3.
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 IDENTIFICAÇÃO
μm a 10 μm); fluxo da Fase móvel de 3 mL/minuto.
A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
Fase móvel: mistura de água e ácido acético glacial faixa de 230 nm a 350 nm, da solução amostra obtida
(100:0,1). em Doseamento, exibe máximo em 255 nm e um ombro
inclinado em torno de 274 nm.
Solução de guanina: transferir, exatamente, cerca de
8,75 mg de guanina para balão volumétrico de 500 mL e B. Proceder conforme descrito em Limite de guanina. A
dissolver em 50 mL de hidróxido de sódio 0,1 M. Completar mancha principal obtida com a Solução (2) corresponde
o volume com água e homogeneizar. em posição, cor e intensidade à mancha obtida com a
Solução (3).
Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 0,1 g da
amostra para balão volumétrico de 200 mL com auxílio
a 564 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. Solução (2): transferir 1 mL da Solução (1) para balão
volumétrico de 10 mL e completar o volume com hidróxido
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. de sódio 0,1 M.
IDENTIFICAÇÃO
DOSEAMENTO
A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
faixa de 230 nm a 350 nm, da solução amostra obtida Transferir quantidade de amostra equivalente a 7,5 mg de
em Doseamento, exibe máximo em 255 nm e um ombro aciclovir para funil de separação com auxílio de 50 mL de
inclinado em torno de 274 nm, idênticos aos observados no ácido sulfúrico 0,5 M e agitar. Adicionar 50 mL de acetato
espectro de solução similar de aciclovir SQR. de etila, agitar, esperar a separação das fases e coletar a
fase aquosa inferior. Lavar a fase orgânica com 20 mL de
B. A mancha principal do cromatograma da Solução (2), ácido sulfúrico 0,5 M, coletar a fase aquosa e juntar ao
obtida em Limite de guanina, corresponde em posição e combinado anterior. Transferir os combinados aquosos para
intensidade àquela obtida com a Solução (3). balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com
ácido sulfúrico 0,5 M. Homogeneizar e filtrar, descartando
os primeiros mililitros do filtrado. Transferir 10 mL desta
CARACTERÍSTICAS solução para balão volumétrico de 50 mL e completar
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. o volume com água. Preparar solução de aciclovir SQR
na mesma concentração, utilizando o mesmo solvente.
Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 255
ENSAIOS DE PUREZA nm (5.2.14), utilizando ácido sulfúrico 0,1 M para ajuste
do zero. Calcular a quantidade de C8H11N5O3 no creme, a
Limite de guanina. Proceder conforme descrito em
partir das leituras obtidas.
Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
celulose F254, como suporte. Aplicar, separadamente,
à placa, 10 µL de cada uma das soluções, recentemente EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
preparadas, descritas a seguir.
Em recipientes bem fechados, em local seco e temperatura
Solução (1): pesar quantidade de creme equivalente a entre 15 °C e 25 °C.
30 mg de aciclovir, transferir para tubo de centrífuga
graduado, adicionar 3 mL de hidróxido de sódio 0,1 M e
ROTULAGEM
agitar de modo a obter a dispersão do creme. Adicionar 5
mL de mistura de clorofórmio e álcool n-propílico (1:2), Observar a legislação vigente.
agitar, centrifugar e utilizar a camada superior.
Ácido salicílico. Pesar e pulverizar os comprimidos. Solubilidade. Facilmente solúvel em água, pouco solúvel
Transferir quantidade de pó equivalente a 0,2 g de ácido em etanol e acetona, insolúvel em éter etílico, clorofórmio,
acetilsalicílico para um balão volumétrico de 100 mL. éter de petróleo e benzeno.
Adicionar 4 mL de etanol e agitar. Diluir a 100 mL com Constantes físico-químicas.
água resfriada, mantendo a temperatura inferior a 10 °C.
Filtrar imediatamente e transferir 50 mL do filtrado para Faixa de fusão (5.2.2): 189 oC a 192 oC, com decomposição.
tubo de Nessler. Preparar a solução de ácido salicílico SQR
a 0,01% (p/v). Transferir 3 mL desta solução para um tubo Poder rotatório específico (5.2.8): +20,5o a +21,5o,
de Nessler, adicionar 2 mL de etanol e água em quantidade determinado em solução a 10% (p/v) em água isenta de
suficiente para 50 mL. Adicionar 1 mL de sulfato férrico dióxido de carbono.
amoniacal SR2 às soluções padrão e amostra. A cor violeta
produzida com a solução amostra não deve ser mais intensa IDENTIFICAÇÃO
que a obtida com a solução padrão.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
a 568 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
observados no espectro de ácido ascórbico SQR, preparado Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
de maneira idêntica.
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
B. A uma alíquota da solução a 2% (p/v) adicionar tartarato
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
cúprico alcalino SR e deixar em repouso a temperatura
ambiente. Observa-se mudança de coloração devido à Teste de desintegração (5.1.4.1). No máximo 30 minutos.
redução lenta do tartarato cúprico. Sob aquecimento, a
redução é mais rápida. Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio
amostra, em dessecador a vácuo, sobre ácido sulfúrico, por de dissolução e diluir, se necessário, com água até
24 horas. No máximo 0,4%. concentração adequada. Homogeneizar e filtrar. Transferir
volume equivalente a cerca de 2 mg de ácido ascórbico
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra. para erlenmeyer de 50 mL, adicionar 5 mL de ácido
No máximo 0,1%. metafosfórico-acético SR e titular com solução padrão de
diclorofenol indofenol até coloração rosa persistente por 5
segundos. Realizar ensaio em branco com a mistura de 5,5
DOSEAMENTO mL de ácido metafosfórico acético SR e 15 mL de água.
Dissolver, exatamente, cerca de 0,2 g da amostra em uma Calcular a quantidade de ácido ascórbico dissolvida, a
mistura de 100 mL de água e 25 mL de ácido sulfúrico M. partir do título da solução padrão de diclorofenol indofenol.
Adicionar 3 mL de amido SI e titular imediatamente com Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
iodo 0,05 M SV. Cada mL de iodo 0,05 M SV equivale a declarada de C6H8O6 se dissolvem em 45 minutos.
8,806 mg de C6H8O6.
DOSEAMENTO
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
A. Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Utilizar quantidade
do pó equivalente a 0,2 g de ácido ascórbico. Prosseguir
ROTULAGEM
conforme descrito em Doseamento na monografia de
Observar a legislação vigente. Ácido ascórbico.
IDENTIFICAÇÃO ROTULAGEM
DESCRIÇÃO
CARACTERÍSTICAS
Características físicas. Pó branco, cristalino ou cristais
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. incolores, inodoro ou com ligeiro odor muito característico.
pH (5.2.19). 6,1 a 7,1. Solubilidade. Ligeiramente solúvel em água, solúvel em
água fervente, facilmente solúvel em etanol, éter etílico e
ENSAIOS DE PUREZA ácidos graxos.
ENSAIOS DE PUREZA
Bário. Dissolver 2 g de amostra em 100 mL de água e
ferver por 2 minutos. Adicionar 2 mL de ácido clorídrico
SR e ferver por mais 2 minutos, esfriar e filtrar. Lavar o
filtro com água e completar o volume para 100 mL com o
mesmo solvente. Adicionar 1 mL de ácido sulfúrico M a
10 mL do filtrado. A solução obtida não deve turvar nem
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
ENSAIOS DE PUREZA
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Acidez. Agitar, durante 2 minutos, 5 g da amostra fundida
Contagem de micro-organismos viáveis totais
com volume igual de água quente; esfriar e filtrar. Adicionar
(5.5.3.1.2). Bactérias aeróbicas totais: no máximo 1000
uma gota de alaranjado de metila SI ao filtrado. Não se
UFC/g. Fungos e leveduras: no máximo 100 UFC/g.
desenvolve coloração avermelhada.
Pesar, exatamente, cerca de 0,25 g da amostra previamente Índice de iodo (5.2.29.10). No máximo 4,0.
dessecada e dissolver em 30 mL de etanol. Agitar até
Parafina e outras substâncias não saponificáveis. Ferver
solubilização completa, aquecendo se necessário, e
em balão volumétrico cerca de 1 g da amostra com 30 mL
adicionar duas gotas de fenolftaleína SI e 30 mL de água.
de água e 0,5 g de carbonato de sódio anidro. A solução
Titular com hidróxido de sódio 0,1 M SV. Cada mL de
resultante, enquanto quente, é límpida ou, no máximo,
hidróxido de sódio 0,1 M SV equivale a 40,252 mg de
levemente opalescente.
C24H34O5.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO máximo 0,001% (10 ppm).
ROTULAGEM
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Observar a legislação vigente.
Contagem de micro-organismos viáveis totais
(5.5.3.1.2). Bactérias aeróbicas totais: no máximo 1000
CLASSE TERAPÊUTICA UFC/g. Fungos e leveduras: no máximo 50 UFC/g.
Colagogo. Pesquisa e identificação de patógenos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste.
ÁCIDO ESTEÁRICO
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Acidum stearicum
Em recipientes bem fechados.
ácido esteárico; 00182
Ácido octadecanóico ROTULAGEM
[57-11-4]
Observar a legislação vigente.
Mistura de ácidos esteárico (C18H36O2, 284,48) e palmítico
(C16H32O2, 256,43). Pode conter antioxidante. CATEGORIA
Matéria-prima para preparação de estearatos de sódio,
DESCRIÇÃO magnésio, zinco e outros adjuvantes farmacotécnicos.
Características físicas. Pó branco a branco-amarelado, ou
cristais brancos, floculosos e cerosos, ou massas sólidas
brancas a fracamente amareladas. Odor leve, semelhante
ao de sebo não rançoso.
a 574 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
ENSAIOS DE PUREZA
ÁCIDO FÓLICO Pureza cromatográfica. Proceder conforme descrito em
Acidum folicum Doseamento. Utilizar a Solução amostra concentrada
como Solução teste.
H
H2N N N Procedimento: injetar 10 µL da Solução teste. Registrar
H o cromatograma por, no mínimo, duas vezes o tempo
N N de retenção do ácido fólico e medir as áreas sob os
N
H picos. A soma das áreas de todos os picos, exceto aquele
O N COOH correspondente ao ácido fólico, não é maior que 2,0% da
soma das áreas de todos os picos registrados, incluindo
O COOH
aquele correspondente ao ácido fólico. Não considerar
C19H19N7O6; 441,40 picos relativos ao solvente.
ácido fólico; 00194 Água (5.2.20.1). No máximo 8,5%.
Ácido N-[4-[[(2-amino-3,4-diidro-4-oxo-6-pteridinil)
metil]amino]benzoil]-L-glutâmico Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar 1 g da amostra. No
[59-30-3] máximo 0,2%.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Tolerância: não menos do que 75% (Q) da quantidade de-
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz. clarada de C19H19N7O6 se dissolvem em 45 minutos.
ROTULAGEM DOSEAMENTO
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
de 230 nm a 350 nm, de solução resultante a 0,0005% (p/v) amostra, em estufa entre 100 °C e 105 ºC, por 2 horas. No
em hidróxido de sódio 0,1 M, exibe máximos em 258 nm e máximo 0,5 %.
334 nm. A razão entre os valores de absorvância medidos
em 258 nm e 334 nm está compreendida entre 2,2 e 2,4. Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,1%.
C. A mancha principal do cromatograma da Solução
(2), obtida em Substâncias relacionadas, corresponde
DOSEAMENTO
em posição, cor e intensidade a mancha principal no
cromatograma obtido com a Solução (3). Dissolver, exatamente, cerca de 0,25 g da amostra em 30 mL
de dimetilformamida, previamente neutralizada, utilizando
D. Dissolver 0,1 g da amostra em 2 mL de ácido clorídrico.
timolftaleína SI como indicador. Titular com metóxido de
Adicionar 0,5 mL de 2-naftol a 10% (p/v) em etanol.
lítio 0,1 M SV, utilizando timolftaleína SI como indicador.
Desenvolve-se coloração vermelha-alaranjada.
Utilizar agitador magnético e evitar absorção de dióxido de
a 578 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% das Meio de dissolução: tampão fosfato pH 8,6, 900 mL
quantidades declaradas de C12H12N2O3.
Aparelhagem: pá, 60 rpm
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
do pó equivalente a 1 g de ácido nalidíxico, adicionar 50 dissolução, filtrar e diluir em hidróxido de sódio 0,01 M
mL de clorofórmio, agitar por 15 minutos, filtrar e evaporar até a concentração adequada. Medir as absorvâncias das
o filtrado até secura. O resíduo responde ao teste A. de soluções em 334 nm (5.2.14) utilizando uma mistura
Identificação da monografia de Ácido nalidíxico. de hidróxido de sódio 0,01 M e Meio de dissolução na
mesma proporção da solução teste, para o ajuste do zero.
B. Secar o resíduo do teste A. de Identificação, a 105 °C por Calcular a quantidade de ácido nalidíxico dissolvido no
2 horas. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na meio, comparando as leituras obtidas com a solução de
faixa de 230 nm a 350 nm, de solução do resíduo a 0,0008% ácido nalidíxico SQR na concentração de 0,00055% (p/v),
(p/v) em hidróxido de sódio 0,1 M, exibe máximos em 258 hidróxido de sódio 0,01 M.
nm e 334 nm.
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
C. Secar o resíduo do teste A. de Identificação, a 105 °C declarada de ácido nalidíxico se dissolvem em 30 minutos.
por 2 horas. Temperatura de Fusão (5.2.2): em torno de
228 °C.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
579
aa
Em recipientes herméticos e protegidos da luz. Em recipientes bem fechados.
ROTULAGEM ROTULAGEM
Observar a legislação vigente. Observar a legislação vigente.
IDENTIFICAÇÃO
Transferir 5 mL da amostra para funil de separação,
adicionar 30 mL de água e 20 mL de carbonato de sódio
decaidratado a 10% (p/v). Homogeneizar. Extrair com NH2
duas porções de 30 mL de clorofórmio. Acidificar a
C7H7NO2; 137,14
solução aquosa com ácido clorídrico 5 M, adicionar 40 mL
ácido paraminobenzoico; 00098
de clorofórmio e agitar. Recolher a camada clorofórmica e
Ácido 4-aminobenzoico
transferir para funil de separação, lavar com 10 mL de água
[150-13-0]
e adicionar 0,5 mL de ácido clorídrico 5 M, filtrar a camada
clorofórmica através de algodão e evaporar o filtrado até
secura. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,5% de
na faixa de 230 nm a 350 nm, da solução do resíduo a C7H7NO2, em relação à substância dessecada.
0,0008% (p/v) em hidróxido de sódio 0,1 M, exibe dois
máximos, em 258 nm e 334 nm. DESCRIÇÃO
Características físicas. Pó cristalino ou agulhas brancas
CARACTERÍSTICAS
ou branco-amareladas, de sabor amargo. Escurece quando
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. exposto ao ar e à luz.
Perda por dessecação (5.2.9). No máximo 0,2%. Solubilidade. Pouco solúvel em água, muito solúvel
em acetona, facilmente solúvel em etanol e éter etílico,
Cinzas sulfatadas (5.2.10). No máximo 0,1%. ligeiramente solúvel em clorofórmio e óleos graxos.
Constantes físico-químicas.
DOSEAMENTO
Faixa de Fusão (5.2.2): 158 °C a 161 °C.
Pesar exatamente cerca de 250 mg da amostra, previamente
dessecada, e transferir para erlenmeyer. Adicionar 5 mL
de ácido clorídrico e 50 mL de água destilada. Agitar até IDENTIFICAÇÃO
completa dissolução, aquecendo, se necessário. Resfriar
a cerca de 15 ºC, adicionar 25 g de gelo picado e titular Os testes de identificação B. e C. podem ser omitidos se for
lentamente com nitrito de sódio 0,1 M SV até que uma gota realizado o teste A.
produza uma coloração azul ao ser tocada, em uma placa
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
de porcelana, por bastão de vidro umedecido pela solução
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
de amido iodetado SI. A titulação estará terminada quando
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
a mistura estiver em repouso mais de 1 minuto e uma gota
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
reproduzir a coloração azul observada com a solução de
intensidades relativas daqueles observados no espectro de
amido iodetado SI. Cada mL de nitrito de sódio 0,1 M SV
ácido salicílico SQR, preparado de maneira idêntica.
equivale a 13,714 mg de C7H7NO2.
B. Solubilizar 0,1 g da amostra, a frio, em ácido sulfúrico.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Adicionar alguns cristais de nitrato de sódio. Desenvolve-
se coloração vermelha.
Em recipientes bem fechados e opacos.
C. Adicionar a uma solução aquosa saturada da amostra
uma gota de cloreto férrico SR. Desenvolve-se coloração
ROTULAGEM roxa que, pela adição de hidróxido de amônio, se torna
pardo-esverdeada. Os ácidos minerais fortes, algumas
Observar a legislação vigente. bases e diferentes sais impedem esta reação.
ENSAIOS DE PUREZA
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Cumpre com os testes descritos na monografia de Água
Em recipientes bem fechados e não metálicos, protegidos
purificada.
da luz.
A água esterilizada para injeção cumpre com os testes
ROTULAGEM descritos na monografia de Água purificada e com o teste
adicional apresentado abaixo.
Observar a legislação vigente.
Contaminação por partículas: partículas sub-visíveis
(5.1.7.1). Cumpre o teste A ou B, conforme o volume dos
CLASSE TERAPÊUTICA recipientes.
Antifúngico tópico.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Carbono orgânico total (5.2.30). Alternativamente, A modalidade de água purificada estéril, utilizada na
substitui o teste para substâncias oxidáveis. No máximo preparação de colírios e demais processos que não podem
0,50 mg/L. passar por esterilização final por calor ou filtração, deve
atender adicionalmente ao teste de esterilidade.
Amônio. Adicionar 1 mL de iodeto de potássio mercúrico
alcalino SR1 em 20 mL da amostra. Após 5 minutos,
examinar a solução no eixo vertical do tubo. A solução não EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
é mais intensamente colorida do que o padrão pela adição
Em recipientes inertes, tais como vidro ou aço inox 316L
de 1 mL de iodeto de potássio mercúrico alcalino SR1
polido, adequadamente identificados, que assegurem as
a uma mistura de 4 mL de solução padrão de amônio (1
propriedades físico-químicas e microbiológicas exigidas.
ppm NH4) e 16 mL de água isenta de amônia. No máximo
0,00002% (0,2 ppm).
Caso seja necessário estocar, a água purificada deve ser
armazenada e distribuída em condições adequadas para
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
ROTULAGEM ROTULAGEM
Observar a legislação vigente. Identificar corretamente o recipiente destinado a esse tipo
de água.
ÁGUA ULTRAPURIFICADA
Aqua ultra purificata ALANINA
Alaninum
H2O; 18,02
água ultrapurificada; 09880 O
Água H3C
[7732-18-5] OH
Água ultrapurificada é a água purificada que passou por NH2
tratamento adicional para retirar os possíveis contaminantes
C3H7NO2; 89,09
e atender aos requisitos de pureza estabelecidos nessa
alanina; 00451
monografia. É preparada pela complementação de um
L-Alanina
conjunto de processos, como destilação, troca iônica,
[56-41-7]
osmose reversa, dentre outros. Não possui substância
dissolvida. Geralmente é utilizada em aplicações
que requeiram água de alta pureza ou na maioria de Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,5% de
procedimentos laboratoriais de ensaio, que requeiram C3H7NO2, em relação à substância dessecada.
leituras em baixas concentrações ou que a pureza da água
possa afetar a sensibilidade, a reprodutibilidade ou a DESCRIÇÃO
robustez do método analítico.
Características físicas. Pó cristalino branco ou quase
branco ou cristais incolores.
DESCRIÇÃO
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, muito pouco
Características físicas. Líquido límpido, incolor, insípido
solúvel em etanol, praticamente insolúvel em éter etílico.
e inodoro.
Constantes físico-químicas.
ENSAIOS DE PUREZA Poder rotatório específico (5.2.8): +13,7º a +15,1º, em
Condutividade da água (5.2.24). No máximo 0,1 µS/cm relação à substância dessecada. Determinar em solução a
a 25,0 oC ± 0,5 oC. 10% (p/v) em ácido clorídrico 6 M.
Solução (4): solução de alanina SQR a 0,2 mg/mL em água. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Solução (5): dissolver 10 mg de alanina SQR e 10 mg de Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
glicina SQR em água e diluir para 25 mL com o mesmo
solvente.
ROTULAGEM
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Nebulizar com ninidrina SR. Aquecer a placa Observar a legislação vigente.
a 105 °C por 15 minutos e examinar imediatamente.
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com CLASSE TERAPÊUTICA
a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais
intensa que aquela obtida com a Solução (3) (0,5%). O Aminoácido.
teste somente é válido se o cromatograma obtido com a
Solução (5) apresenta duas manchas principais nitidamente
separadas. ALBENDAZOL
Albendazolum
Amônio. Preparar uma pequena câmara utilizando 2 vidros
de relógio de 60 mm de diâmetro, colocados bordo a bordo.
Aderir à parede interior do vidro de relógio superior, por N
meio de algumas gotas de água, uma tira de papel de H
tornassol vermelho de 5 mm × 5 mm. No vidro inferior
N
H3C
suspender 50 mg da amostra, finamente pulverizada, em S N OCH3
0,5 mL de água. Adicionar 0,3 g de óxido de magnésio, H O
misturar rapidamente com um bastão de vidro e fechar
a câmara juntando os dois vidros de relógio. Aquecer C12H15N3O2S; 265,33
a 40 °C por 15 minutos. O papel de tornassol não deve albendazol; 00458
adquirir coloração azul mais intensa que a de uma tira de Éster metílico do ácido [6-(propiltio)-1H-benzimidazol-2-
papel de tornassol vermelho de uma preparação realizada il]carbâmico
simultaneamente, e nas mesmas condições, com 0,1 mL [54965-21-8]
de solução de cloreto de amônio a 0,0296% (p/v), 0,5 mL
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL Solução de padrão interno: pesar, exatamente, cerca de 150
mg de parbendazol SQR. Transferir para balão volumétrico
Aparelhagem: pás, 50 rpm de 50 mL, adicionar 5 mL de ácido sulfúrico a 1% (v/v) em
metanol e completar o volume com metanol.
Tempo: 30 minutos
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
Procedimento: após o teste, filtrar e retirar alíquota de 10
Transferir quantidade de pó equivalente a 100 mg de
mL do meio de dissolução, transferir para balão volumétrico
albendazol para balão volumétrico de 50 mL, adicionar 5
de 250 mL e completar o volume com hidróxido de sódio
mL de ácido sulfúrico a 1% (v/v) em metanol e 20 mL de
0,1 M. Transferir 90 mg de albendazol SQR para balão
metanol. Agitar por 15 minutos, completar o volume com
volumétrico de 250 mL, adicionar 10 mL de ácido clorídrico
metanol e filtrar. Transferir 5 mL do filtrado e 5 mL da
a 2% (v/v) em metanol e homogeneizar. Diluir com ácido
Solução de padrão interno para balão volumétrico de 50
clorídrico 0,1 M até completar o volume. Transferir 5 mL
mL e completar o volume com metanol.
desta solução para balão volumétrico de 200 mL e diluir
com hidróxido de sódio 0,1 M. Medir as absorvâncias Solução padrão: pesar, exatamente, cerca de 100 mg de
em 308 nm e 350 nm, utilizando o mesmo solvente para albendazol SQR e transferir para balão volumétrico de
o ajuste do zero. Calcular a quantidade de C12H15N3O2S, 50 mL, adicionar 5 mL de ácido sulfúrico a 1% (v/v) em
dissolvido no meio, pela expressão: 22,5C (Aa/Ap), em que metanol e completar o volume com metanol. Transferir 5
C é a concentração, em μg/mL, de albendazol na solução mL desta solução e 5 mL da Solução de padrão interno
padrão e Aa e Ap são as diferenças entre as absorvâncias a para balão volumétrico de 50 mL e completar o volume
308 nm e 350 nm, obtidas para a solução amostra e para a com metanol.
solução padrão, respectivamente.
A eficiência da coluna não é menor que 4000 pratos
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade teóricos/metro. A resolução entre albendazol e parbendazol
declarada de C12H15N3O2S se dissolvem em 30 minutos. não é menor que 2,0. O desvio padrão relativo das áreas
de replicatas dos picos registrados não deve ser maior que
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA 2,0%.
Diluir volume adequado da suspensão em mistura de Em recipientes bem fechados, a temperatura ambiente.
metanol e ácido clorídrico (99:1) para obter concentração
de 1 mg/mL. Filtrar, se necessário, transferir 1 mL do ROTULAGEM
filtrado para balão volumétrico de 100 mL, completar o
volume com hidróxido de sódio 0,1 M e homogeneizar. O Observar a legislação vigente.
espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14) da solução
resultante, na faixa de 200 a 400 nm, exibe máximos e
mínimos somente nos mesmos comprimentos de onda de ÁLCOOL BENZÍLICO
solução similar de albendazol SQR. Alcohol benzylicus
OH
CARACTERÍSTICAS
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
Solução padrão C: transferir 150 µL de acetal para um Determinar a quantidade de C2H6O a 20 °C, a partir da
balão volumétrico de 50 mL e completar com a amostra. densidade relativa empregando a tabela de alcoometria
Homogeneizar. Transferir 100 µL dessa solução para (5.2.26).
balão volumétrico de 10 mL e completar o volume com a
amostra. Homogeneizar. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Solução padrão D: transferir 100 µL de benzeno para Em recipientes bem fechados.
balão volumétrico de 100 mL e completar com a amostra.
Homogeneizar. Transferir 100 µL dessa solução para
balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com a ROTULAGEM
amostra. Homogeneizar.
Observar a legislação vigente.
Injetar, separadamente, 1 µL da Solução amostra e
da Solução padrão no cromatógrafo a gás. Obter os
cromatogramas e medir as áreas sob os picos. Calcular ALECRIM ÓLEO VOLÁTIL
a soma de todos as quantidades de acetaldeído e acetal, Oleum rosmarini aetheroleum
expressos como acetaldeído, pela seguinte fórmula:
Acetaldeído (ppm) = [(10 x AE)/(AT – AE)] + [(30 x CE)/ Rosmarinus officinalis L. - LAMIACEAE
(CT – CE)]
O óleo volátil de alecrim é obtido por arraste à vapor
em que d’água das sumidades floridas.
PERFIL CROMATOGRÁFICO
Proceder conforme descrito em Cromatografia a gás
(5.2.17.5). Utilizar cromatógrafo provido de detector de
ionização de chamas, utilizando mistura de nitrogênio,
hidrogênio e ar sintético (1:1:10) como gases auxiliares à
chama do detector; coluna capilar de 60 m de comprimento
e 0,25 mm de diâmetro interno, preenchida com
polietilenoglicol, com espessura de filme de 0,25 µm. A
temperatura do injetor deverá ser ajustada para 200 °C,
a 594 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
DOSEAMENTO
Carboidratos totais
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e calor.
a 598 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
A - aspecto geral da planta sem a inflorescência.B - aspecto geral de uma folha.C - vista frontal da epiderme voltada para a face adaxial; estômatos
(es).D - vista frontal da epiderme voltada para a face abaxial; estômatos (es).E - aspecto geral da folha em secção transversal; clorênquima (cl); cutícula
(cu); epiderme (ep); parênquima aqüífero (pa); feixe vascular (fv).F - detalhe da porção assinalada em E; célula aloífera (cal); clorênquima (cl); cutícula
(cu); epiderme (ep); estômato (es); floema (f); feixe vascular (fv); grão de amido (ga); parênquima aqüífero (pa); ráfides (r); xilema (x).
ALOE EXTRATO SECO
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
A droga vegetal é constituída do suco espesso proveniente C. Num frasco com rolha, misturar 1 g da droga, finamente
das folhas, dessecado por meio de calor, e pertence às pulverizada, com 25 mL de água e agitar, de vez em quando,
espécies acima ou a seus híbridos interespecíficos, ou durante duas horas. Filtrar, lavar o filtrado e o resíduo com
ainda, da mistura delas. A droga seca é constituída de, no quantidade suficiente de água de modo a obter 100 mL. A
mínimo, 18% de derivados hidroxiantracênicos, expressos coloração do filtrado, observado através do corpo de um
em barbaloína. balão de 100 mL, é amarelo-esverdeada com o aloe-do-
cabo. O filtrado escurece com o tempo.
de cada vez, rejeitando as águas de lavagem. Completar a A raiz não mondada, em vista frontal, apresenta súber
camada orgânica até 100 mL com éter etílico. com células poliédricas de paredes retilíneas. Em secção
transversal, são distintas três regiões: o córtex, de coloração
Solução amostra: evaporar 20 mL da Solução estoque até parda, o câmbio vascular de coloração amarelada e o
resíduo em banho-maria. Ressuspender o resíduo em 10 cilindro central, de coloração esbranquiçada. O córtex
mL de acetato de magnésio a 0,5% (p/v) em metanol. apresenta súber pouco desenvolvido, constituído por
células geralmente tabulares e irregulares, de diferentes
Medir a absorvância da Solução amostra em 512 nm, tamanhos, de paredes delgadas e retilíneas, dispostas em
imediatamente após o seu preparo, utilizando metanol fileiras e ricas em grãos de amido. Em secção transversal, o
para ajuste do zero. Considerar, para a barbaloína, A(1%, parênquima cortical apresenta células de variadas formas,
1 cm) = 255, em 512 nm, em metanol. Calcular o teor de geralmente poliédricas e volumosas, com paredes delgadas
derivados hidroxiantracênicos, expressos em barbaloína, e retilíneas, repletas de grãos de amido. O parênquima
segundo a expressão: cortical externo possui células de maior volume do que as
do parênquima cortical interno. Agrupamentos irregulares
de fibras do floema, com variado número de células,
em que mostrando paredes pouco espessadas, encontram-se
dispostos aleatoriamente, em grande quantidade na porção
DHC = derivados hidroxiantracênicos em %; mais interna do córtex. Células condutoras do floema
A = absorvância medida; muito raramente são observadas. Os raios parenquimáticos
m = massa da droga (g) considerando o teor de água distribuem-se desde o córtex interno até o cilindro central
determinado. e são constituídos por poucas fileiras de células, raramente
várias, comumente pequenas, alongadas longitudinalmente
e de paredes retilíneas. O câmbio possui várias camadas
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO de células de reduzido tamanho, a maioria achatada
longitudinalmente, de paredes muito delgadas, dispostas
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e calor.
em fileiras, sendo facilmente distintas as iniciais fusiformes
e as radiais. O cilindro central é muito desenvolvido,
está formado por xilema que apresenta parênquima com
ALTEIA células variadas tanto na forma quanto no volume, repletas
Althaeae radix de grãos de amido, de disposição um tanto regular, com
paredes retilíneas, delgadas e com espaços intercelulares
Althaea officinalis L. – MALVACEAE visíveis. Os elementos condutores formam agrupamentos
irregulares quanto ao número de elementos, são alinhados
A droga consiste de fragmentos de raízes dessecadas, longitudinalmente e muitas vezes estão associados a
mondados ou não, desprovidos de ramificações laterais. pequenas células parenquimáticas. Estes agrupamentos
são menos desenvolvidos e de distribuição mais irregular
junto ao câmbio. Mais internamente mostram disposição
CARACTERÍSTICAS anelar, sendo variado o número de anéis. Agrupamentos
Características organolépticas. Odor doce e insípido. de fibras e, por vezes, fibras isoladas são encontrados por
Consistência mucilaginosa e sabor adocicado. todo o cilindro central em quantidade bem menor quando
comparado com o córtex. Ocorrem também junto ao xilema
primário, quando presente. As raízes que apresentam
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA medula sólida possuem xilema primário, formado por
elementos de pequeno calibre, associados a células
A raiz não mondada é cilíndrica, ligeiramente retorcida
parenquimáticas arredondadas e de reduzido tamanho, não
e sulcada longitudinalmente, com até 20,0 cm de
ocorrendo agrupamentos de fibras neste tecido. Algumas
comprimento e até 2,0 cm de espessura. A superfície
raízes podem apresentar a região medular preenchida por
externa é pardo-grisácea e apresenta numerosas cicatrizes
parênquima, composto por células de grande volume, com
das raízes laterais. A fratura é fibrosa na porção externa e
menor quantidade de grãos de amido e espaços intercelulares
irregular e granulosa internamente. Na secção transversal
mais reduzidos do que os dos demais parênquimas.
são visíveis camadas concêntricas do córtex pardacento e
Nestas raízes, os resíduos de arcos de xilema são visíveis
sua estrutura estratificada, separado por uma faixa cambial
e também estão associados a parênquima de células
bem marcada, sinuosa e escura, seguida pelo cilindro
pequenas. Grãos de amido simples, de variadas formas,
central branco a creme-amarelado, mostrando xilema com
freqüentemente arredondados, ovóides ou reniformes,
estrutura radial, especialmente após hidratação em água e
com hilo geralmente central e ramificado, raramente
com auxílio de lente. A raiz mondada é quase cilíndrica e a
excêntrico, ou raramente grãos compostos, muitas vezes
face externa tem cicatrizes escuras originadas pelas raízes
mostrando lamelação, ocorrem em grande quantidade
laterais e apresenta coloração amarelo-esbranquiçada.
em todos os tecidos, exceto no parênquima medular.
Geralmente está fragmentada e mostra porções de fibras
Cristais de oxalato de cálcio, do tipo drusa, com diferentes
dispostas longitudinalmente ou desprendidas dos restos do
tamanhos são muito comuns no córtex e no cilindro central.
córtex e, por vezes, as três regiões descritas são visíveis.
Células contendo mucilagem frequentemente ovaladas
ou arredondadas, podendo apresentar maior volume do
que as demais parenquimáticas, com protoplasto denso e
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A e B a 2,0 cm (régua 1); em C e D a 100 µm (régua 2); em E e F a 1,0 mm (régua
3); em G a 1,0 mm (régua 4).
A - aspectos gerais de raízes não mondadas; fibra (fb). B - aspectos gerais de raízes mondadas; fibra (fb); raiz lateral (rzl). C - vista frontal do súber
externo de uma raiz não mondada; grão de amido (ga). D - vista frontal do súber interno de uma raiz mondada. E - representação esquemática de uma
raiz não mondada, em secção transversal; câmbio (ca); cilindro central (cc); córtex (cx); elemento traqueal (el); elementos traqueais com disposição
anelar (ela); floema (f); fibra (fb); raio parenquimático (rp); súber (su); xilema primário (xp); xilema secundário (xs). F - representação esquemática
de uma raiz não mondada, em secção transversal; câmbio (ca); cilindro central (cc); córtex (cx); elemento traqueal (el); elementos traqueais com
disposição anelar (ela); floema (f); fibra (fb); parênquima medular (pm); raio parenquimático (rp); súber (su); xilema secundário (xs). G - representação
esquemática de uma raiz mondada, em secção transversal; câmbio (ca); cilindro central (cc); córtex (cx); elemento traqueal (el); elementos traqueais
com disposição anelar (ela); floema (f); fibra (fb); parênquima medular (pm); raio parenquimático (rp); restos de súber (rs); xilema secundário (xs).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 603
aa
______________
A - fragmentos de súber; A1 - fragmento de súber, em secção transversal, mostrando células retangulares e achatadas longitudinalmente; A2 - fragmento
de súber, em secção transversal, mostrando células quadrangulares; A3 - fragmento de súber, em secção transversal, contendo idioblastos cristalíferos
a 604 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
(ic) A4 - fragmento de súber, em secção transversal, com células retangulares e achatadas longitudinalmente, contendo idioblastos cristalíferos e grãos
de amido; grão de amido (ga); idioblasto cristalífero (ic); A5 – fragmento de súber, em vista frontal, contendo grãos de amido (ga); A6 - fragmento de
súber, em secção transversal, com células retangulares e achatadas longitudinalmente, repletas de grãos de amido (ga). B - fragmentos de parênquima;
B1 - fragmento de parênquima, em vista frontal, contendo células com mucilagem e muitos grãos de amido (ga); célula contendo mucilagem (cm);
B2 - fragmento de parênquima, em vista frontal, mostrando idioblastos cristalíferos e células repletas de grãos de amido (ga); idioblasto cristalífero
(ic); B3 – fragmento de parênquima, em secção transversal, contendo grãos de amido (ga); B4 - fragmento de parênquima, em secção transversal,
contendo idioblastos cristalíferos (ic); B5 - fragmento de parênquima, em secção transversal, com células de mucilagem e com muitos grãos de amido
(ga); mucilagem (um); B6 - fragmento de raio parenquimático, em secção longitudinal, mostrando células parenquimáticas e fibras; célula do raio
parenquimático (crp); fibra (fb); parênquima (p); B7- células parenquimáticas isoladas, contendo grãos de amido e cristais de oxalato de cálcio do tipo
drusa ou repletas de grãos de amido; cristal do tipo drusa (cd); grão de amido (ga); B8 - fragmento de raio parenquimático, em secção transversal,
com células contendo grãos de amido (ga). C - fragmentos de xilema; C1 - fragmento de xilema, em secção longitudinal, mostrando elemento de vaso
com espessamento reticulado associado a fibras e a parênquima; elemento de vaso com espessamento reticulado (ere); fibra (fb); grão de amido (ga);
parênquima; C2 - fragmento de xilema, em secção longitudinal, mostrando elemento de vaso com espessamento reticulado, fibras e parênquima em
secção transversal e com grãos de amido; elemento de vaso com espessamento reticulado (ere); fibra (fb); grão de amido (ga); parênquima (p); C3 -
fragmento de xilema, em secção longitudinal, mostrando elementos de vaso com espessamento reticulado e com espessamento pontoado, associados
a células parenquimáticas, repletas de grãos de amido; elemento de vaso com espessamento pontoado (epo); elemento de vaso com espessamento
reticulado (ere); grão de amido (ga); parênquima (p); C4 – porções de elemento de vaso com espessamento helicoidal, em secção longitudinal; C5
- elementos de vaso em secção transversal, com grãos de amido (ga); C6 - porções de elementos de vaso com espessamento reticulado, em secção
longitudinal. D - fragmentos de fibras; D1 - fragmento de fibras, em secção longitudinal associados a células parenquimáticas do xilema; fibra (fb);
parênquima do xilema (px); pontoação (pto); D2 - fragmento de feixes de fibras, em secção longitudinal, contendo grãos de amido (ga); D3 -fragmentos
de feixe de fibras, em secção longitudinal, associados a células do raio parenquimático; célula do raio parenquimático (crp); fibra (fb); grão de amido
(ga); D4 – fibras ou porções destas, isoladas ou agrupadas, em secção longitudinal; grão de amido (ga); D5 - fragmento de agrupamento de fibras, em
secção transversal. E - grãos de amido, em vista frontal, simples ou compostos, isolados ou agrupados em pequeno número; grão de amido composto
(gac); grão de amido (ga). F - agrupamentos formando grumos de grãos de amido, em vista frontal. G - mucilagem desprendida das células. H - células
isoladas contendo mucilagem; mucilagem (mu). I - cristais de oxalato de cálcio do tipo drusa, isolados.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 605
aa
A - detalhe parcial do súber, em secção transversal, de uma raiz não mondada; grão de amido (ga). B - detalhe parcial de uma raiz mondada, em secção
transversal; B1. detalhe parcial do córtex, câmbio e porção externa do cilindro central; câmbio (ca); cilindro central (cc); células condutoras do floema
(cfl); célula contendo mucilagem (cm); córtex (cx); espaço intercelular (ei); elemento de vaso (ev); floema (f); fibra (fb); idioblasto cristalífero (ic); grão
de amido (ga); grão de amido composto (gac); raio parenquimático (rp); parênquima (p); xilema secundário (xs); B2. continuidade do detalhe parcial
de B1, mostrando porção interna do cilindro central; cilindro central (cc); célula contendo mucilagem (cm); espaço intercelular (ei); elemento de vaso
(ev); fibra (fb); idioblasto cristalífero (ic); grão de amido (ga); raio parenquimático (rp); parênquima (p); xilema primário (xp); xilema secundário (xs).
a 606 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
AMARANTO
principal, não é mais intensa que aquela obtida com a
Solução (3) (4%).
N × 0 ,6085 × 100
= % sulfatos
p
em que
DOSEAMENTO DESCRIÇÃO
Efetuar as diluições como descrito no método A. em Características físicas. Pó fino, laranja avermelhado e
Identificação, e ler a absorvância no pico máximo em higroscópico. Solução aquosa amarelo-alaranjada
cerca de 519 nm (5.2.14). Calcular o teor do corante pela
expressão: Solubilidade. Solúvel em água, etanol, metanol e glicerol,
insolúvel em éter etílico, acetona e óleo mineral. Pouco
A × 100 = % de amaranto na amostra em 519 nm estável em presença de agentes redutores
436 × p
IDENTIFICAÇÃO
em que
O espectro de absorção no ultravioleta e visível (5.2.14),
p = peso da amostra em gramas na diluição efetuada. na faixa de 200 nm a 700 nm, de solução a 0,001% (p/v)
em acetato de amônio 0,02 M (pH 5,6), exibe máximos em
Alternativamente pode-se considerar A(1%, 1 cm) = 436 481, 312, 234 e 211 nm e mínimos em 348, 286 e 218 nm,
em 519 nm. idênticos aos observados no espectro de solução similar de
amarelo crepúsculo SQR.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes perfeitamente fechados, protegidos da luz.
ENSAIOS DE PUREZA
Corantes subsidiários. Proceder conforme descrito em
ROTULAGEM Cromatografia em camada delgada (V.2.17.1), utilizando
sílica-gel G, como suporte, e mistura de 1-butanol, etanol,
Observar a legislação vigente. água, hidróxido de amônio (50:25:25:10), como fase
móvel. Aplicar, separadamente a placa, 2 µL de cada uma
das soluções recentemente preparadas como descrito a
CATEGORIA
seguir:
Corante.
Solução (1): 0,25 g de amostra em 10 mL de hidróxido de
sódio 0,5 M.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar Alternativamente pode-se considerar A(1%, 1 cm) = 564
secar ao ar. Examinar sob luz ambiente e luz ultravioleta em 481 nm.
(254 nm). A mancha principal obtida com a Solução (1)
corresponde em posição, cor e intensidade aquela obtida
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
com a Solução (2). As manchas secundárias obtidas com
a Solução (1) não devem ser mais intensas do que aquelas Em recipientes perfeitamente fechados, protegidos da luz.
obtidas com a Solução (3) e a Solução (4).(5%).
Características físicas. Pó fino, branco, inodoro e insípido. B. Á mistura gelatinosa obtida no teste A. de Identificação,
Quando examinado em camada fina, não deve apresentar adicionar uma gota de iodo SR. Desenvolve-se coloração
impurezas visíveis ou sujidades. azul, que desaparece pela fervura e retorna pelo
resfriamento.
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água fria, etanol
e solventes orgânicos.
ENSAIOS DE PUREZA
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA pH (5.2.19). 4,5 a 7,0 para amido de milho e 5,0 a 8,0 para
amido de batata. Determinar em 20 g da amostra. Transferir
Amido de arroz (Figura 1). Grãos muito pequenos, a amostra para frasco não metálico e adicionar 100 mL de
poliédricos, com ângulos agudos e arestas retas, água. Forma-se uma pasta. Agitar, continuamente, durante
comumente reunidos em grupos, com diâmetro de 2 μm a 5 minutos, a velocidade moderada.
10 μm (4 μm a 6 μm, em média). Os grãos arredondados
são raros e o hilo frequentemente está ausente ou aparece Substâncias oxidantes. Transferir 4 g da amostra para
como diminuta pontuação. erlenmeyer de 125 mL. Adicionar 50 mL de água. Tampar
e agitar por 5 minutos. Transferir para tubo de centrífuga
Amido de batata (Figura 2). Grãos simples, irregularmente com capacidade de 50 mL e centrifugar. Transferir 30 mL
ovóides ou subesféricos, raramente agrupados aos pares ou do sobrenadante límpido para erlenmeyer de 125 mL.
trios, característicos. Os grãos ovóides são desigualmente Adicionar 1 mL de ácido acético glacial e 1 g de iodeto
alongados ou triangulares, de 30 μm a 100 μm de diâmetro. de potássio. Tampar, agitar e deixar em repouso durante
Os grãos subesféricos medem de 10 μm a 35 μm. O hilo é 30 minutos, ao abrigo da luz direta. Adicionar 1 mL de
redondo, excentricamente disposto na parte mais estreita amido SI e titular com tiossulfato de sódio 0,001 M SV até
do grão, com estrias bem nítidas e concêntricas. desaparecimento da cor azul. Realizar ensaio em branco e
fazer as correções necessárias. Cada mL de tiossulfato de
Amido de mandioca (Figura 3). Os grãos variam de 25 sódio 0,001 M SV equivale a 17 μg de oxidante, calculado
μm a 35 μm de diâmetro, irregularmente arredondados, como peróxido de hidrogênio. No máximo 1,4 mL de
em forma de dedal, de esfera truncada em uma ou várias tiossulfato de sódio 0,001 M SV são consumidos (0,002%).
faces, com hilo pontuado, linear ou estrelado, central e bem
nítido. Dióxido de enxofre. Misturar 20 g da amostra com 200
mL de água até obtenção de suspensão homogênea. Filtrar.
Amido de milho (Figura 4). Mistura de grãos de duas Adicionar à 100 mL do filtrado límpido, 3 mL de amido SI e
formas. Quando provenientes da periferia do albúmen titular com iodo 0,02 M SV até coloração azul permanente.
são poliédricos, fortemente comprimidos, mostrando hilo No máximo 5,4 mL de iodo 0,02 M SV são consumidos
arredondado, rachado ou estelar e medem, em média, 14 (0,008%).
μm a 20 μm de diâmetro. Quando oriundos da parte mais
central do albúmen mostram contorno pouco anguloso, Ferro (5.3.2.4). Dissolver o resíduo obtido em Cinzas
irregularmente arredondado e são alongados, ovóides ou sulfatadas em 8 mL de ácido clorídrico, sob aquecimento
piriformes e com o hilo maior; e medem, em média, 10 suave. Diluir para 100 mL com água e homogeneizar.
Transferir 25 mL para tubo de Nessler, adicionar 12 mL
a 612 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, protegidos da umidade. O
rótulo deve indicar a procedência botânica.
Figura 4 – Amido de milho.
ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
CATEGORIA
Adjuvante farmacêutico.
AMINOFILINA
Aminophyllinum
N . H2N
O N NH2
CH3
2
(C7H8N4O2)2.C2H8N2; 420,43
C7H8N4O2; 180,16
C2H8N2; 60,10
aminofilina; 00685
3,9-Diidro-1,3-dimetil-1H-purina-2,6-diona com
1,2-etanodiamina (2:1)
[317-34-0]
Aminofilina é uma combinação de teofilina e etilenodiamina,
que contém, no mínimo, 84,0% e, no máximo, 87,4%
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Tempo: 45 minutos
AMINOFILINA COMPRIMIDOS
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio
de dissolução, filtrar e diluir em água até concentração
Contém, no mínimo, 80,6% e, no máximo, 90,8% de adequada. Medir as absorvâncias das soluções em 269
teofilina (C7H8N4O2) e, no mínimo, 10,9% de etilenodiamina nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para o ajuste do
(C2H8N2), da quantidade declarada de aminofilina. zero. Calcular quantidade de teofilina anidra (C7H8N4O2)
dissolvida no meio, comparando as leituras obtidas com
a da solução de teofilina SQR na concentração de 0,001%
IDENTIFICAÇÃO (p/v), preparada no mesmo solvente.
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
de pó equivalente a 0,5 g de aminofilina com 20 mL de
declarada de teofilina (C7H8N4O2) se dissolvem em 45
água e filtrar. Adicionar ao filtrado, sob constante agitação,
minutos.
1 mL de ácido clorídrico 2 M, deixar em repouso por alguns
minutos e filtrar. Reservar o filtrado para o teste C. de
Identificação. Lavar o resíduo com pequenas quantidades DOSEAMENTO
de água fria, recristalizar em água quente e secar em estufa
a 105 °C até peso constante. O espectro de absorção no Etilenodiamina
infravermelho (5.2.14) do resíduo, disperso em brometo Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir quantidade
de potássio, apresenta máximos de absorção somente de pó equivalente a 0,3 g de aminofilina para erlenmeyer
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas de 150 mL, dissolver em 20 mL de água e aquecer a 50
intensidades relativas daqueles observados no espectro de °C por 30 minutos, agitando ocasionalmente. Titular com
aminofilina SQR, preparado de maneira idêntica. ácido sulfúrico 0,05 M SV, utilizando solução de verde de
B. O resíduo obtido do teste A. de Identificação funde em bromocresol como indicador, até a mudança de coloração
torno de 271 °C. para azul-esverdeado. Cada mL de ácido sulfúrico 0,05 M
SV equivale a 3,005 mg de etilenodiamina (C2H8N2).
C. Ao filtrado reservado no teste A. de Identificação, adicionar
0,2 mL de cloreto de benzila, alcalinizar com hidróxido de Teofilina
amônio 5 M e agitar vigorosamente. Filtrar e lavar o resíduo Empregar um dos métodos descritos a seguir.
com água fria, recristalizar em mistura de água e etanol
(10:30) e secar em estufa a 100 °C até peso constante. Os A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
cristais obtidos fundem-se em torno de 250 °C. de absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar,
a pó fino, 20 comprimidos. Transferir quantidade de pó
D. Dissolver 10 mg do resíduo obtido no teste A. de equivalente a 80 mg de aminofilina [(C7H8N4O2)2.C2H8N2]
Identificação em 1 mL de ácido clorídrico. Adicionar 0,1 para balão volumétrico de 200 mL. Adicionar 20 mL
g de cloreto de potássio e evaporar até a secura. Obtém-se de hidróxido de sódio 0,1 M e 60 mL de água e agitar
resíduo avermelhado, que se torna roxo sob a exposição de mecanicamente por 10 minutos. Completar o volume com
vapor de amônia. água, homogeneizar e filtrar. Transferir 5 mL do filtrado
E. Pesar e pulverizar os comprimidos. Misturar quantidade para balão volumétrico de 200 mL e completar o volume
de pó equivalente a 0,25 g de aminofilina com 5 mL com hidróxido de sódio 0,01 M SV, obtendo concentração
de 0,001% (p/v). Medir a absorvância da solução
resultante em 275 nm, utilizando hidróxido sódio 0,01 M
SV para ajuste do zero. Calcular a quantidade de teofilina
DESCRIÇÃO
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 615
aa
(C7H8N4O2) nos comprimidos considerando A (1% 1 cm) = Características físicas. Pó ou cristais brancos a creme.
650, em 250 nm, em hidróxido sódio 0,01 M SV. Inodoro, sabor alcalino levemente agridoce. É um pouco
higroscópico. Suas soluções decompõem-se lentamente e
B. Pesar e pulverizar, a pó fino, 20 comprimidos. Transferir escurecem.
quantidade de pó equivalente a 2 g de aminofilina
[(C7H8N4O2)2.C2H8N2] para balão volumétrico de 200 mL, Solubilidade. Facilmente solúvel em água. Ligeiramente
com o auxílio de uma mistura de 50 mL de água e 15 mL de solúvel em etanol.
hidróxido de amônio 6 M e deixar com agitação ocasional
Informação adicional. Preparar as soluções de
durante 30 minutos, aquecendo a 50 °C se necessário, para
aminossalicilato de cálcio dentro de 24 horas do uso. Não
dissolver a aminofilina. Esfriar a mistura à temperatura
usar as soluções se sua cor for mais escura do que a de uma
ambiente, se tiver sido aquecida, adicionar água, completar
solução recentemente preparada.
o volume e homogeneizar. Centrifugar cerca de 50 mL
da mistura, pipetar a porção clara do sobrenadante,
equivalente a 250 mg de aminofilina, para um erlenmeyer IDENTIFICAÇÃO
de 250 mL e diluir com água, se necessário, para perfazer
cerca de 40 mL. Adicionar 8 mL de hidróxido de amônio 6 A. Dissolver cerca de 3 g da amostra em 50 mL de água,
M e 20 mL de nitrato de prata 0,1 M SV, aquecer à ebulição adicionar ácido acético gota a gota até que a mistura seja
por 15 minutos. Esfriar entre 5 °C e 10 °C por 20 minutos nitidamente ácida. Filtrar com sucção, retendo o filtrado
e filtrar, preferencialmente através de cadinho sob pressão para o teste C. de Identificação. Lavar o precipitado com
reduzida. Lavar o precipitado com três porções de 10 mL várias pequenas porções de água e secar a vácuo sobre
de água. Acidificar o filtrado combinado e as lavagens com pentóxido de fósforo. Colocar cerca de 1 g do ácido
ácido nítrico e adicionar 3 mL do ácido. Esfriar, adicionar aminossalicílico assim obtido em balão pequeno de fundo
2 mL de sulfato férrico amoniacal SR e titular o excesso de redondo e adicionar 10 mL de anidrido acético. Aquecer o
nitrato de prata com tiocianato de amônio 0,1 M SV. Cada balão de fundo redondo em banho-maria por 30 minutos,
mL de nitrato de prata 0,1 M SV equivale a 18,016 mg de adicionar 40 mL de água, misturar, filtrar e resfriar. Deixar
teofilina (C7H8N4O2). em repouso até que o derivado diacetílico precipite.
Recolher o precipitado em um filtro, lavar bem com água
e secar a 105 °C por 1 hora. O derivado diacetílico obtido
EMBALAGEM funde entre 191 °C e 197 °C.
Em recipientes bem fechados B. Agitar 0,1 g do ácido aminossalicílico obtido no teste
A. de Identificação com 10 mL de água e filtrar. A 5 mL
ROTULAGEM do filtrado adicionar uma gota de cloreto férrico SR.
Desenvolve-se coloração violeta.
Observar a legislação vigente
C. O filtrado obtido no teste A. de Identificação responde
às reações do íon cálcio (5.3.1.1).
AMINOSSALICILATO DE CÁLCIO D. Dissolver 0,25 g do ácido aminossalicílico obtido
Calcii aminosalicylas no teste A. de Identificação em 3 mL de hidróxido de
sódio SR, transferir para balão volumétrico de 500 mL,
completar o volume com água e misturar. Transferir 5 mL
dessa solução para balão volumétrico de 250 mL contendo
12,5 mL de tampão fosfato pH 7,0, completar o volume
com água e misturar. Esta solução, quando comparada em
cubetas de 1 cm, com espectrofotômetro adequado, contra
branco do mesmo tampão e na mesma concentração,
apresenta absorvâncias máximas a (265 ± 2) nm e a (299
± 2) nm e a razão entre os valores de absorvância medidos
em 265 nm e 299 nm está compreendida entre 1,50 e 1,56.
ENSAIOS DE PUREZA
C14H12CaN2O6; 344,33 Aspecto da solução. Uma solução de 1 g da amostra
aminossalicilato de cálcio; 00695 em 50 mL de água apresenta turbidez (5.2.25) não mais
Sal de cálcio do ácido 4-amino-2-hidroxibenzoico (1:2) intensa do que aquela produzida pela adição de 100 µL de
[133-15-3] ácido clorídrico diluído 1:600 a uma mistura de 48 mL de
água, 1 mL de ácido nítrico e 1 mL de nitrato de prata SR,
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 100,5% de sendo as comparações feitas em provetas de vidro iguais,
C14H12CaN2O6, em relação à substância anidra. examinando horizontalmente contra um fundo branco e um
fundo preto.
a 616 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
resultando solução límpida (5.2.25) que tem, no máximo, Dissolver, exatamente, cerca de 0,35 g da amostra em cerca
cor leve. de 25 mL de água e deixar em repouso por 10 minutos,
com agitação ocasional. Adicionar 25 mL de ácido acético
pH. (5.2.19). 6,0 a 8,0. Determinar em solução aquosa a glacial e 20 mL de solução de brometo de potássio 1:4.
1:50. Resfriar a 15 °C, adicionar 5 mL de ácido clorídrico e
imediatamente titular com nitrito de sódio 0,1 M SV,
Sulfeto de hidrogênio e dióxido de enxofre. Dissolver agitando vigorosamente. Determinar potenciometricamente
cerca de 0,5 g da amostra em 5 mL de água, adicionar 5 a viragem, usando sistema de eletrodos adequado. Cada
mL de ácido clorídrico diluído e agitar vigorosamente. Não mL de nitrito de sódio 0,1 M SV equivale a 17,22 mg de
é perceptível odor de sulfeto de hidrogênio nem dióxido de C14H12CaN2O6.
enxofre e há, no máximo, leve odor de álcool amílico. Um
pedaço de papel de filtro umedecido de acetato de chumbo
SR colocado sobre a mistura não se descora. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
em que
CARACTERÍSTICAS
A = absorvância da solução;
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste
0,320 = fator de correção da absorvância que representa
a cor produzida por outros fatores e não pela reação de Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
m-aminofenol inicialmente presente;
1,09 = fator de conversão da absorvância em porcentagem Teste de desintegração (5.1.4.1). No máximo 45 minutos.
de m-aminofenol. Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Permite-se, no máximo, 0,20% de m-aminofenol.
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Cloretos (5.3.2.1). 0,5 g da amostra apresenta menos
cloreto que o correspondente a 0,3 mL de ácido clorídrico Meio de dissolução: água, 900 mL
0,02 M SV. No máximo 0,04% (400 ppm).
Aparelhagem: pás, 75 rpm
Metais pesados (5.3.2.3). No máximo 0,003% (30 ppm).
Tempo: 30 minutos
Água (5.2.20.1). Entre 12,5% e 14,5%.
Procedimento: imediatamente após o teste, retirar alíquota
do meio de dissolução e diluir, se necessário, em água
até concentração adequada. Proceder conforme descrito
em Doseamento. Calcular as quantidades de amoxicilina
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
DOSEAMENTO
IDENTIFICAÇÃO
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
Os tempos de retenção dos picos principais do cromatograma
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
da Solução amostra, obtida em Doseamento, correspondem
de detector ultravioleta a 220 nm; coluna de 300 mm de
àqueles dos picos principais da Solução padrão.
comprimento e 4 mm de diâmetro interno empacotada com
sílica ligada a grupo octadecilsilano (3µm a 10 μm); fluxo
da Fase móvel de 2,0 mL/minuto. CARACTERÍSTICAS
Tampão pH 4,4: dissolver 7,8 g de fosfato de sódio Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
monobásico em 900 mL de água. Ajustar o pH para 4,4 ±
0,1 com ácido fosfórico ou hidróxido de sódio. Completar Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
para 1000 mL com água e homogeneizar. Determinar na solução injetável reconstituída conforme
indicado no rótulo.
Fase móvel: mistura de Tampão pH 4,4 e metanol (95:5)
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Solução amostra: dissolver não menos que 10 comprimidos
em água, em balão de volume que resulte em concentração
ENSAIOS DE PUREZA
não superior, em amoxicilina, a 3 mg/mL, com agitação
durante 30 minutos. Filtrar ou centrifugar e diluir alíquota pH (5.2.19). 8,0 a 10,0. Determinar na solução reconstituída
da solução límpida resultante, com água, até obter contendo o equivalente a 10% (p/v) de amoxicilina.
concentração de amoxicilina em 0,5 mg/mL. Utilizar esta
solução em até uma hora. Água (5.2.20.1). Determinar em 0,5 g. No máximo 3,5%.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
AMOXICILINA E CLAVULANATO DE
Em recipientes bem fechados.
POTÁSSIO PÓ PARA SUSPENSÃO ORAL
ROTULAGEM
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 120,0% das
quantidades declaradas de amoxicilina (C16H19N3O5S) e de Observar a legislação vigente.
clavulanato de potássio (C8H8KNO5).
IDENTIFICAÇÃO
AMOXICILINA TRI-HIDRATADA
Amoxicillinum trihydricum
Os tempos de retenção dos picos principais do cromatograma
da Solução amostra, obtida em Doseamento, correspondem
àqueles dos picos principais da Solução padrão. HO
O
CARACTERÍSTICAS H H
N S
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. H CH3
Determinar na suspensão oral reconstituída conforme
NH2
indicado no rótulo. N CH3
O
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. COOH
C16H19N3O5S; 365,40
ENSAIOS DE PUREZA C16H19N3O5S.3H2O; 419,45
amoxicilina; 00734
Água (5.2.20.1). No máximo 7,5%, se a quantidade amoxicilina tri-hidratada; 00736
rotulada de amoxicilina após reconstituição for de até 40 Ácido (2S,5R,6R)-6-[[(2R)-2-amino-2-(4-hidroxifenil)
mg/mL. No máximo 10,0%, se a quantidade rotulada de acetil]amino]-3,3-dimetil-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]
amoxicilina após reconstituição for maior que 40 mg/mL e heptano-2-carboxílico
menor que 50 mg/mL. No máximo 11,0%, se a quantidade [26787-78-0]
rotulada de amoxicilina após reconstituição for maior que
50 mg/mL e menor que 80 mg/mL. No máximo 12,0%, se a
quantidade rotulada de amoxicilina após reconstituição for
superior a 80 mg/mL.
Ácido(2S,5R,6R)-6-[[(2R)-2-amino-2-(4-hidroxifenil)
acetil]amino]-3,3-dimetil-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]
ENSAIOS DE PUREZA
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 619
aa
heptano-2-carboxílico hidratado (1:3) Cristalinidade. Suspender algumas partículas da amostra
[61336-70-7] em óleo mineral, transferir para uma lâmina de vidro e
examinar por meio de microscópio dotado de luz polarizada.
Apresenta potência de, no mínimo, 900 µg e, no máximo, As partículas exibem birrefringência, que se extingue ao
1050 µg de amoxicilina (C16H19N3O5S) por miligrama, em movimentar a amostra por meio de ajuste micrométrico.
relação à substância anidra. pH (5.2.19). 3,5 a 6,0. Determinar em solução aquosa a
0,2% (p/v).
DESCRIÇÃO
Água (5.2.20.1). 11,5% a 14,5%. Determinar em 0,3 g de
Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase amostra.
branco.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.
Solubilidade. Pouco solúvel em água, etanol e metanol. No máximo 1%.
Insolúvel em benzeno, hexano, acetato de etila,
clorofórmio, éter etílico e acetonitrila. Solúvel em soluções DOSEAMENTO
de hidróxidos alcalinos.
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Constantes físico-químicas
A. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico
Poder rotatório específico (5.2.8): +290º a +315º, em de antibióticos (5.5.3.3.1) pelo método de difusão em ágar,
relação à substância anidra. Determinar em solução a 0,2% utilizando cilindros.
(p/v) em água isenta de dióxido de carbono.
Micro-organismo: Micrococcus luteus ATCC 9341.
IDENTIFICAÇÃO Meios de cultura: meio número 1, para manutenção
dos micro-organismos; solução salina estéril, para a
O teste de identificação A. pode ser omitido se forem
padronização do inóculo e meio número 11, para a camada
realizados os testes B. e C.
base e camada de inóculo na placa.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
Solução amostra: pesar quantidade da amostra equivalente
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
a 100 mg de amoxicilina e transferir para um balão
máximos de absorção somente nos mesmos comprimidos
volumétrico de 100 mL. Completar com água e agitar por
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
cerca de 30 minutos. Transferir 1 mL desta solução para
observados no espectro de amoxicilina tri-hidratada SQR,
balão volumétrico de 100 mL, completar com solução
preparado de maneira idêntica.
tampão fosfato de potássio, estéril, pH 8,0 (solução 2) e
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa agitar. Diluir, sucessivamente, até as concentrações de
de 200 a 400 nm, de solução a 0,02% (p/v), em etanol, 0,05 µg/mL, 0,10 µg/mL e 0,20 µg/mL, utilizando solução
exibe máximos em 230 nm e em 274 nm, idênticos aos tampão fosfato de potássio, estéril, pH 8,0 (solução 2)
observados em solução similar de amoxicilina tri-hidratada como diluente.
SQR.
Solução padrão: pesar quantidade de amoxicilina tri-
C. Proceder conforme descrito em Cromatografia em hidratada SQR equivalente a 25 mg de amoxicilina e
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G 60, como transferir para balão volumétrico de 50 mL. Completar
suporte, e mistura de metanol, clorofórmio, água e acetona o volume com água. Transferir 1 mL desta solução para
(9:8:3:1), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à balão volumétrico de 100 mL, completar o volume com
placa, 5 µL de cada uma das soluções descritas a seguir, solução tampão fosfato de potássio, estéril, pH 8,0 (solução
que devem ser usadas em, no máximo, 10 minutos após 2) e agitar. Diluir, sucessivamente, até as concentrações de
sua preparação: 0,05 µg/mL, 0,10 µg/mL e 0,20 µg/mL, utilizando solução
tampão fosfato de potássio, estéril, pH 8,0 (solução 2)
Solução (1): solução a 4 mg/mL da amostra em ácido como diluente.
clorídrico 0,1 M.
Procedimento: adicionar 21 mL de meio de cultura número
Solução (2): solução a 4 mg/mL de amoxicilina tri- 11 em cada placa, esperar solidificar, adicionar 4 mL de
hidratada SQR em ácido clorídrico 0,1 M. inóculo a 0,5% e proceder conforme descrito em Ensaio
microbiológico de antibióticos (5.5.3.3.1), adicionando aos
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar cilindros, 0,2 mL das soluções recentemente preparadas.
secar ao ar. Nebulizar com ninidrina SR. Aquecer a placa Calcular a potência da amostra, em µg de amoxicilina por
em estufa a 110 ºC por 15 minutos. A mancha principal miligrama, a partir da potência do padrão e das respostas
obtida com a Solução (1) corresponde em posição, cor e obtidas com as Soluções padrão e amostra.
intensidade àquela obtida com a Solução (2).
a 620 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
621
aa
Contagem de micro-organismos viáveis totais Em recipientes perfeitamente fechados, em temperatura
(5.5.3.1.2). Cumpre o teste entre 15 °C a 25 °C.
Solução padrão: pesar quantidade de amoxicilina tri- Solução (1): solução a 0,4% (p/v) da amostra em ácido
hidratada SQR equivalente a 25 mg de amoxicilina, clorídrico 0,1 M.
transferir para balão volumétrico de 50 mL e completar o Solução (2): solução a 0,4% (p/v) de amoxicilina tri-
volume com água. Transferir 1 mL da solução obtida para hidratada SQR em ácido clorídrico 0,1 M.
balão volumétrico de 100 mL, completar o volume com
Tampão fosfato de potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
2) e agitar. Diluir, sucessivamente, até as concentrações de secar ao ar e nebulizar com ninidrina SR. Aquecer em estufa
0,05 µg/mL, 0,10 µg/mL e 0,20 µg/mL, utilizando Tampão a 110 °C por 15 minutos. A mancha principal obtida com
fosfato de potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2) como a Solução (1) corresponde em posição, cor e intensidade
diluente. àquela obtida com a Solução (2).
Procedimento: adicionar 21 mL de meio de cultura número
11 em cada placa, esperar solidificar, adicionar 4 mL de CARACTERÍSTICAS
inóculo a 0,5% e proceder conforme descrito em Ensaio
microbiológico de antibióticos (5.5.3.3.1), adicionando aos pH (5.2.19). 5,0 a 7,5. Determinar na suspensão
cilindros, 0,2 mL das soluções recentemente preparadas. reconstituída, conforme indicado no rótulo.
Calcular a potência da amostra, em mg de amoxicilina Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
por cápsula, a partir da potência do padrão e das respostas
obtidas com a Solução padrão e com a Solução amostra. Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste para
Produtos líquidos em recipientes para doses múltiplas.
B. Proceder conforme descrito em Ensaio iodométrico de Determinar na suspensão reconstituída conforme indicado
antibióticos (5.3.3.10). Remover o conteúdo das cápsulas no rótulo.
e pesá-las. Homogeneizar o conteúdo das cápsulas.
Transferir quantidade do pó, exatamente pesado, para
frasco volumétrico e diluir em água de modo a obter ENSAIOS DE PUREZA
solução de amoxicilina tri-hidratada a 1,25 mg/mL. Agitar
Água (5.2.20.1). No máximo 3,0%. Determinar em 0,3 g
de 3 a 5 minutos. Preparar solução padrão nas mesmas
da amostra.
condições.
a 622 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir. O
A. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico H H
de antibióticos (5.5.3.3.1) pelo método de difusão em ágar, N S
H CH3
utilizando cilindros. NH2
N CH3
Micro-organismo: Micrococcus luteus ATCC 9341. O
Meios de cultura: meio número 1, para manutenção
COOH
do micro-organismos; solução salina estéril, para a
padronização do inóculo e meio número 11, para a camada C16H19N3O4S; 349,40
base e camada de inóculo na placa. ampicilina; 00738
Ácido (2S,5R,6R)-6-[[(2R)-2-amino-2-fenilacetil]amino]-
Solução amostra: transferir o equivalente a 250 mg de 3,3-dimetil-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-
amoxilicina para um balão volumétrico de 250 mL. carboxílico
Completar com água e agitar por cerca de 30 minutos. [69-53-4]
Transferir 1 mL desta solução para balão volumétrico
de 100 mL, completar com Tampão fosfato de potássio, Apresenta potência de, no mínimo, 900 μg e, no máximo,
estéril, pH 8,0 (Solução 2) e agitar. Diluir, sucessivamente, 1050 μg de C16H19N3O4S por miligrama, em relação à
até as concentrações de 0,05 µg/mL, 0,10 µg/mL e 0,20 µg/ substância anidra.
mL, utilizando Tampão fosfato de potássio, estéril, pH 8,0
(Solução 2) como diluente.
DESCRIÇÃO
Solução padrão: pesar quantidade de amoxicilina tri-
hidratada SQR equivalente a 25 mg de amoxicilina e Características físicas. Pó cristalino branco a levemente
transferir para balão volumétrico de 50 mL. Completar o amarelado.
volume com água. Transferir 1 mL desta solução para balão Solubilidade. Pouco solúvel em água e metanol,
volumétrico de 100 mL, completar o volume com Tampão praticamente insolúvel em acetona, clorofórmio, etanol
fosfato de potássio, estéril, pH 8,0 (Solução 2) e agitar. absoluto e éter etílico, insolúvel em benzeno e tetracloreto
Diluir, sucessivamente, até as concentrações de 0,05 µg/ de carbono. Solúvel em soluções ácidas e alcalinas diluídas.
mL, 0,10 µg/mL e 0,20 µg/mL, utilizando Tampão fosfato
de potássio, estéril, pH 8,0 (Solução 2) como diluente. Constantes físico-químicas
Procedimento: adicionar 21 mL de meio de cultura número Faixa de fusão (5.2.2): 199 °C a 202 °C.
11 em cada placa, esperar solidificar, adicionar 4 mL de
inóculo a 0,5% e proceder conforme descrito em Ensaio Poder rotatório específico (5.2.8): +280° a +305°, em
microbiológico de antibióticos, adicionando aos cilindros, relação à substância anidra. Determinar em solução a
0,2 mL das soluções recentemente preparadas. Calcular a 0,25% (p/v).
potência da amostra, em mg de amoxicilina por mililitro, a
partir da potência do padrão e das respostas obtidas com as IDENTIFICAÇÃO
Soluções padrão e amostra.
O teste de identificação A. pode ser omitido se forem
B. Proceder conforme descrito em Ensaio iodométrico de realizados os testes B. e C. Os testes de identificação B. e
antibióticos (5.3.3.10). Reconstituir o conteúdo conforme C. podem ser omitidos se for realizado o teste A.
indicado pelo produtor. Transferir quantidade do pó,
exatamente pesado, para balão volumétrico e diluir em A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
água de modo a obter solução de amoxicilina tri-hidratada amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
a 1,25 mg/mL. Agitar de 3 a 5 minutos. Preparar solução máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
padrão nas mesmas condições. de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de ampicilina SQR, preparado de
maneira idêntica.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
Em recipientes perfeitamente fechados, em temperatura
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel H, como
entre 15 °C a 25 °C.
suporte, e mistura de acetona e acetato de amônio a 15,4%
(p/v) com pH ajustado para 5,0 com ácido acético glacial
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
pH (5.2.19). 3,5 a 6,0. Determinar em solução aquosa a Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,15 UE/
1% (p/v). mg de ampicilina.
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 300 mm de Proceder conforme descrito no teste B. de Identificação da
comprimento por 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada monografia de Ampicilina. Preparar a Solução (1) como
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 descrito a seguir.
μm); fluxo da Fase móvel de 2,0 mL/minuto.
Solução (1): pesar as cápsulas, remover o conteúdo e pesá-
Fase móvel: mistura de água, acetonitrila, fosfato de potássio las novamente. Homogeneizar o conteúdo das cápsulas.
monobásico 0,1 M e ácido acético M (90,9:8,0:1,0:0,1). Agitar quantidade de pó equivalente a 0,125 g de ampicilina
com bicarbonato de sódio a 4,2% (p/v) e diluir para 50 mL
Diluente: transferir 10 mL de fosfato de potássio com o mesmo solvente. Filtrar.
monobásico 0,1 M e 1 mL de ácido acético glacial M para
balão volumétrico de 1000 mL e completar o volume com
água.
CARACTERÍSTICAS
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 25 mg
de ampicilina SQR para balão volumétrico de 25 mL, Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
completar o volume com o Diluente e homogeneizar.
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 100 mg
da amostra, para balão volumétrico de 100 mL, completar
o volume com o Diluente e homogeneizar. TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
DOSEAMENTO
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 120,0% da
quantidade declarada de C16H19N3O4S. Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
quantidade do pó equivalente a 0,125 g de ampicilina com Transferir quantidade do pó exatamente pesada para balão
volumétrico e diluir com água estéril de modo a obter
a 626 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2), de modo a Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste para
obter soluções na faixa de concentração adequada para a Produtos líquidos em recipientes para doses múltiplas.
curva padrão. Determinar na suspensão reconstituída conforme indicado
no rótulo.
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de ampicilina SQR em água estéril de modo a obter solução pH (5.2.19). 5,0 a 7,5. Determinar na suspensão
a 0,1 mg/mL. Diluir sucessivamente com Tampão fosfato reconstituída conforme indicado no rótulo.
de potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2), de modo a
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. Determinar
obter soluções na faixa de concentração adequada para a
no pó não reconstituído.
curva padrão.
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste
Procedimento: proceder conforme descrito em Ensaio
para sólidos envasados em recipientes de dose-única.
microbiológico por difusão em ágar (5.5.3.3.1). Calcular
a quantidade em mg de C16H19N3O4S nos comprimidos a
partir da potência do padrão e das respostas obtidas com as ENSAIOS DE PUREZA
Soluções padrão e amostra.
Água (5.2.20.1). No máximo 2,5%.
B. Proceder conforme descrito em Ensaio iodométrico de
antibióticos (5.3.3.10). Pesar e pulverizar 20 comprimidos.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Transferir quantidade do pó, exatamente pesada, para
balão volumétrico, adicionar água, agitar durante 3 a 5 Contagem do número total de micro-organismos
minutos e completar o volume com o mesmo solvente, de mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
modo a obter solução de ampicilina (C16H19N3O4S) a 1,25
mg/mL. Transferir 2 mL dessa solução para erlenmeyer de Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
125 mL com tampa. Preparar solução padrão nas mesmas Cumpre o teste.
condições.
DOSEAMENTO
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Em recipientes hermeticamente fechados, protegidos da
umidade, em temperatura inferior a 30 °C. A. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico
por difusão em ágar (5.5.3.3.1) pelo método de difusão em
ágar, utilizando cilindros.
ROTULAGEM
Nota: as diluições da Solução padrão e da Solução
Observar a legislação vigente. amostra para a curva padrão devem ser preparadas
simultaneamente.
Solução de dimetilanilina padrão: dissolver 50 mg de Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,15 UE/
N,N-dimetilanilina em mistura de 2 mL de ácido clorídrico mg de ampicilina.
em 20 mL de água sob agitação, completar o volume
a 50 mL com água e agitar. Transferir 5 mL para balão DOSEAMENTO
volumétrico de 250 mL, completar o volume com água
e agitar. Transferir 1 mL para tubo de ensaio, adicionar 5 Empregar um dos métodos descritos a seguir.
mL de hidróxido de sódio M, 1 mL da Solução de padrão
interno, agitar vigorosamente por 1 minuto, centrifugar, se A. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico
necessário, e usar o sobrenadante. de antibióticos (5.5.3.3). Dissolver, separadamente,
ampicilina sódica SQR e amostra em água estéril de modo
Solução amostra: dissolver 1 g da amostra em 5 mL de a obter solução na concentração de 0,1 mg/mL cada. Diluir
hidróxido de sódio M, adicionar 1 mL da amostra A, agitar as soluções obtidas, em solução tampão fosfato de potássio
vigorosamente por 1 minuto, centrifugar, se necessário, e 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2), às concentrações
usar o sobrenadante. empregadas na curva padrão.
Procedimento: injetar, separadamente, 1µL das soluções B. Por método iodométrico. Dissolver e diluir amostra
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as e ampicilina sódica SQR em água, até concentração
áreas sob os picos principais. de, aproximadamente, 1,25 mg/mL. Transferir 2 mL da
solução padrão para erlenmeyer com tampa esmerilhada
Cloreto de metileno. Proceder conforme cromatografia a e adicionar 2 mL de hidróxido de sódio M. Agitar e deixar
gás (5.2.17.5).Utilizar cromatógrafo provido de detector em repouso por 15 minutos. Adicionar 2 mL de ácido
de ionização de chama; coluna de vidro (105 m x 4 mm) clorídrico 1,2 M e 10 mL de iodo 0,01 M SV. Deixar em
empacotada com suporte de diatomáceas silanizado repouso, por 15 minutos, ao abrigo da luz. Titular com
(partículas de até 120 µm), lavado com ácido, revestido tiossulfato de sódio 0,01 M SV. Próximo ao ponto final,
com macrogol 1000 a 10% (p/p), mantida a 60 ºC; injetor adicionar tres gotas de amido SI e prosseguir com a
a 100 ºC; detector a 150 ºC, gás de arraste nitrogênio para titulação até o desaparecimento da cor azul. Proceder ao
cromatografia, fluxo de 40 mL/mimuto. mesmo ensaio com a solução amostra. Realizar prova em
branco, da amostra e do padrão, por meio da titulação de
Solução padrão: transferir 1 mL de solução aquosa de
2 mL de ambas as soluções, adicionadas de 10 mL de iodo
cloreto de metileno a 0,2% (v/v) para balão volumétrico de
0,01 M SV e 0,1 mL de ácido clorídrico M. Próximo ao
100 mL. Acrescentar 1 mL da solução aquosa de dicloreto
ponto final, adicionar tres gotas de amido SI e prosseguir
de etileno a 0,2% (v/v) (padrão interno), completar o
com a titulação até o desaparecimento da cor azul. Titular
volume com água e agitar.
com tiossulfato de sódio 0,01 M SV.
Solução amostra: dissolver 10 g da amostra em água e
transferir para balão volumétrico de 100 mL. Adicionar 1,0
mL de solução aquosa de dicloreto de etileno a 0,2% (v/v) em que
(padrão interno), completar o volume com água e agitar.
P = potência da amostra (µg/mg);
Procedimento: injetar, separadamente, 1 µL da Solução Vba = volume de titulante gasto na titulação do branco da
padrão e Solução amostra, registrar os cromatogramas amostra (mL);
e calcular a porcentagem (p/p) de cloreto de metileno,
considerando como 1,325 g/mL o valor da densidade a 20 Va = volume de titulante gasto na titulação da amostra (mL);
ºC. Não mais que 0,2% (p/p). Vbp = volume de titulante gasto na titulação do branco do
padrão (mL);
Vp = volume de titulante gasto na titulação do padrão (mL);
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Pó = potência do padrão (µg/mg);
Ampicilina sódica destinada à preparação parenteral deve Pp = peso do padrão (mg);
cumprir com os seguintes testes adicionais. Quando for
Pa = peso da amostra (mg).
indicado no rótulo que a substância é estéril, a amostra
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
CARACTERÍSTICAS
AMPICILINA TRI-HIDRATADA
pH (5.2.19). 8,0 a 10,0. Determinar em solução aquosa a Ampicillinum trihydricum
1% (p/v).
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.
secar ao ar e expor a vapores de iodo até o aparecimento No máximo 0,5%.
das manchas. Examinar sob luz visível. A mancha principal
obtida no cromatograma com a Solução (1) corresponde
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
em posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução
(2). O ensaio somente é válido se o cromatograma obtido Quando for indicado no rótulo que a substância é estéril,
com a solução (3) apresenta duas manchas bem definidas. a amostra cumpre com o teste de Pirogênios ou de
Endotoxinas bacterianas, e com o teste de Esterilidade.
C. Transferir cerca de 2 mg da amostra para tubo de ensaio.
Quando for indicado que a sustância deve ser esterilizada
Umedecer com 0,05 mL de água e adicionar 2 mL de mistura
durante a produção de preparações estéreis, a amostra
de solução de formaldeído e ácido sulfúrico (2:100). Agitar
cumpre com o teste de Pirogênios ou de Endotoxinas
o tubo e observar a cor. A solução é praticamente incolor.
bacterianas.
Aquecer em banho-maria durante 1 minuto. Desenvolve-se
coloração amarelo-escura. Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Dissolver 6 g
da amostra em 800 mL de Fluido II contendo quantidade
ENSAIOS DE PUREZA suficiente de β-lactamase para inativar a ampicilina, agitar
até total solubilização e proceder conforme descrito em
pH (5.2.19). 3,5 a 6,0. Determinar em solução aquosa a Método de filtração em membrana.
1% (p/v).
Pirogênios (5.5.2.1). Cumpre o teste. Injetar 1 mL/kg de
Cristalinidade. Suspender algumas partículas da amostra ampicilina a 2% (p/v) em hidróxido de sódio 0,05 M.
em óleo mineral, transferir para lâmina de vidro e examinar
por meio de microscópio dotado de luz polarizada. As Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,15 UE/
partículas exibem birrefringência, que se extingue ao mg de ampicilina.
movimentar a amostra por meio de ajuste micrométrico.
DOSEAMENTO
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
ROTULAGEM
Observar a legislação vigente. Ampicilina tri-hidratada
em que destinada à produção de preparações estéreis deve
apresentar indicação no rótulo se a substância é estéril ou
BA = volume de titulante, em mL, consumido no Ensaio em se deve ser esterilizada durante o processo.
branco da Preparação amostra;
IA = volume de titulante, em mL, consumido na Inativação
CLASSE TERAPÊUTICA
e titulação da Preparação amostra;
CA = concentração, em mg/mL, da Preparação amostra, Antibiótico.
com base na quantidade de amostra pesada e na diluição
realizada.
AMPICILINA TRI-HIDRATADA
C. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
CÁPSULAS
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 300 mm de
comprimento por 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada Contém ampicilina tri-hidratada equivalente a, no mínimo,
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano 90,0% e, no máximo, 120,0% da quantidade declarada de
(5μm); fluxo da fase móvel de 2 mL/minuto. ampicilina (C16H19N3O4S).
Fase móvel: mistura de água, acetonitrila, tampão fosfato
de potássio monobásico 0,1 M e ácido acético 1 M IDENTIFICAÇÃO
(90,9:8,0:1:0,1).
A. Proceder conforme descrito no teste B. de Identificação
Diluente: transferir 10 mL do tampão fosfato de potássio da monografia de Ampicilina tri-hidratada. Preparar a
monobásico 0,1 M e 1 mL de ácido acético glacial 1 M Solução (1) como descrito a seguir.
para balão volumétrico de 1 000 mL e completar o volume
com água. Solução (1): pesar as cápsulas, remover o conteúdo e pesá-
las novamente. Homogeneizar o conteúdo das cápsulas.
Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 25 mg Agitar quantidade do pó em solução de bicarbonato de
de ampicilina SQR para balão volumétrico de 25 mL, sódio a 4,2% (p/v) e diluir com o mesmo solvente de modo
completar o volume com o Diluente e homogeneizar. a obter solução de ampicilina (C16H19N3O4S) a 2,5 mg/mL.
Filtrar.
a 632 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade Observar a legislação vigente.
declarada de C16H19N3O4S se dissolvem em 45 minutos.
AMPICILINA TRI-HIDRATADA
ENSAIOS DE PUREZA
COMPRIMIDOS
Água (5.2.20.1). 10,0% a 15,0%.
Contém ampicilina tri-hidratada equivalente a, no mínimo,
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA 90,0% e, no máximo, 120,0% da quantidade declarada de
ampicilina (C16H19N3O4S).
Contagem de micro-organismos viáveis totais
(5.5.3.1.2). Cumpre o teste
IDENTIFICAÇÃO
Pesquisa e identificação de patógenos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste. A. Proceder conforme descrito no teste B. de Identificação
da monografia de Ampicilina tri-hidratada. Preparar a
Solução (1) como descrito a seguir.
DOSEAMENTO
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
quantidade do pó em solução de bicarbonato de sódio a
A. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico 4,2% (p/v) e diluir com o mesmo solvente de modo a obter
de antibióticos por difusão em ágar (5.5.3.3.1) para solução de ampicilina (C16H19N3O4S) a 2,5 mg/mL. Filtrar.
Ampicilina.
B. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir quantidade
Solução amostra: pesar 20 cápsulas, remover o conteúdo de pó equivalente a 10 mg de ampicilina para béquer e
e pesá-las novamente. Homogeneizar o conteúdo das prosseguir conforme descrito no teste B. de Identificação
cápsulas. Transferir quantidade do pó exatamente pesada da monografia de Ampicilina tri-hidratada cápsulas.
para frasco volumétrico, adicionar Tampão fosfato de
potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2), agitar por 3 a 5
CARACTERÍSTICAS
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Fase móvel: mistura de água, acetonitrila, fosfato de Procedimento: adicionar 20 mL de meio de cultura número
potássio monobásico M e ácido acético M (909:80:10:1). 11 em cada placa, esperar solidificar, adicionar 5 mL de
inóculo a 0,5% e proceder conforme descrito em Ensaio
Diluente: misturar 10 mL de fosfato de potássio monobásico microbiológico de antibióticos (5.5.3.3.1), adicionando aos
M e 1 mL de ácido acético M. Diluir com água para 1000 cilindros, 0,2 mL das soluções recentemente preparadas.
mL. Calcular a potência da amostra, em μg de ampicilina por
mililitro da suspensão reconstituída, a partir da potência do
Solução amostra: reconstituir a suspensão como descrito
padrão e das respostas obtidas com a Solução padrão e a
no rótulo do produto. Transferir volume da suspensão oral
Solução amostra.
equivalente a 0,1 g de ampicilina para balão volumétrico
de 100 mL, adicionar 75 mL de Diluente e misturar. Se
necessário deixar em ultrassom. Completar o volume com EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
o mesmo solvente.
Em recipientes bem fechados, protegidos da umidade e em
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada temperatura inferior a 25 °C.
de ampicilina SQR em Diluente e diluir com o mesmo
solvente de modo a obter solução a 1 mg/mL.
ROTULAGEM
Solução de resolução: dissolver quantidade exatamente
Observar a legislação vigente.
pesada de cafeína em Solução padrão e diluir com o
mesmo solvente de modo a obter solução a 0,12 mg/mL.
ENSAIOS DE PUREZA
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2%.
DOSEAMENTO
Óleos voláteis
Anetol
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipiente hermeticamente fechado, sob refrigeração e
ao abrigo da luz, por um período de no máximo um ano.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 637
aa
Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A a 1 cm (régua 1); em B a 2 cm (régua 2); em C a 500 μm (régua 4); em D e E a
100 μm (régua 3).
A – aspecto do diaquênio (esquizocarpo). B – esquema da secção transversal do diaquênio segundo assinalado em A. C – esquema da secção transversal
em um dos mericarpos: canal esquizógeno (e); oco (o); semente (se). D – detalhe da região comissural segundo assinalado em C. E – detalhe de porção
do fruto e semente segundo assinalado em C. F – secção do pericarpo do fruto: endocarpo (ed); epicarpo (ep); mesocarpo (m). S – secção da porção
externa da semente: endosperma (en); tegumento (t).
a 638 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
A – porções irregulares do mesocarpo com canais secretores ramificados e não ramificados de cor castanha. B – porção do epicarpo com tricomas
inteiros e fragmentados e cutícula estriada. C – o mesmo, mostrando cutícula estriada e estômato anomocítico. D – fragmentos de elementos de vaso
com espessamento helicoidal. E – células da testa com paredes delgadas. F – fragmentos do endosperma com células poligonais contendo gotas de óleo
e grãos de aleurona com 1-2 drusas de oxalato de cálcio. G – esclereídes da face comissural. H – cordões de fibras do carpóforo e do pedicelo.
ANIS ESTRELADO
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
ENSAIOS DE PUREZA
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2,0%.
DOSEAMENTO
Óleos Voláteis
Anetol
Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem: em A, B, C (1) a 1 cm; em D (2) a 500 µm; em E, F (3) a 500 µm.
A. aspecto do fruto. B. detalhe de um folículo em vista dorsal. C. detalhe de um folículo em vista ventral. D. detalhe de três folículos vistos em A. E.
secção transversal do pericarpo na porção indicada em D. F. fruto; ep. epicarpo. G. detalhe do endocarpo na região comissural.
a 642 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Complemento da legenda da Figura 2. As escalas correspondem: em A (1) a 1 cm; em B (2) a 100 µm; em C, D (3) a 500 µm.
A. semente em vista lateral. B. semente em secção longitudinal. C. braquiesclereídes da zona micropilar. D. secção transversal da semente na porção
indicada em B. Outros detalhes: endosperma (e); embrião (eb); hilo (hi); micrópila (mi); tegumento (t).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 643
aa
Complemento da legenda da Figura 3. As escalas correspondem em: em A-K (1) a 100 µm; em L-N (2) a 500 µm.
A - epicarpo com estômato anomocítico e cutícula estriada. B - células do parênquima do mesocarpo. C - células da zona comissural com paredes
espessadas. D - célula do endocarpo fora da zona comissural. E - esclereide. F - idioblasto com gotas de óleo. G - porção do mesocarpo com idioblastos
oleíferos e esclereides. H - células do endosperma com glóbulos lipídicos e grãos de aleurona. I - osteoesclereídes em secção transversal; Ia. os mesmos
em secção tangencial. J - cristais prismáticos de oxalato de cálcio. K - células da camada cristalífera. L - braquiesclereídes da região comissural. M -
macroesclereíde alargado do mesocarpo, com paredes espessas e pontoadas. N - esclereídes volumosos e ramificados do pedicelo.
a 644 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
ANTIMONIATO DE MEGLUMINA
Solução de ácido cítrico: preparar solução de ácido cítrico
a 4% (p/v) em água.
Antimônio trivalente. Proceder conforme descrito em Solução padrão: preparar solução de antimônio trivalente
Espectrometria de absorção atômica com geração de a 0,1% (p/v), em água, utilizando tartarato de potássio e
hidretos (5.2.13.1.2), sistema em batelada, atomização antimônio (C4H4KO7Sb.0,5H2O).
em cela de quartzo, comprimento de onda de 217,6 nm e
Procedimento: construir a curva analítica com a Solução
resolução do monocromador de 0,20 ± 0,10 nm.
padrão de antimônio nas seguintes concentrações:
Solução amostra: preparar solução da amostra a 0,3% (p/v) 10 mg/L, 20 mg/L, 30 mg/L, 40 mg/L e 50 mg/L por
em água e diluir essa solução por um fator a 500 vezes diluição sequencial em ácido clorídrico 6 M. A partir da
utilizando o mesmo solvente. concentração de Sb determinada, calcular o teor de Sb no
antimoniato de meglumina.
Solução padrão: preparar solução de antimônio trivalente
a 0,1% (p/v), por diluição de tartarato de potássio e
antimônio (C4H4KO7Sb. ½H2O) em água. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
645
aa
Observar a legislação vigente. Em recipientes bem fechados.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar Solução de padrão interno: dissolver imediatamente antes
secar ao ar. Nebulizar com solução de difenilborato de do uso 0,01 g de santonina exatamente pesado em 10 mL
aminoetanol SR e, depois, com solução de macrogol de metanol.
400 a 5% (p/v) em metanol. Aquecer a placa durante 5
Solução amostra: em balão de fundo redondo de 250
minutos a 100-105 ºC. Deixar secar ao ar e examinar sob
mL, introduzir 1 g da amostra pulverizada. Adicionar
luz ultravioleta 365 nm. O cromatograma obtido para
50 mL de uma mistura de volumes iguais de metanol e
a Solução (2) apresenta, na parte inferior, uma zona de
água isenta de dióxido de carbono e aquecer, sob refluxo,
fluorescência amarelo-alaranjada (rutina); na parte mediana
em banho-maria a 50 °C - 60 ºC, durante 30 minutos
do cromatograma observa-se uma zona de fluorescência
agitando frequentemente. Deixar esfriar e em seguida,
devido ao ácido clorogênico e, na parte superior, uma zona
filtrar utilizando filtro de papel. Transferir o filtro cortado
de fluorescência azulada (ácido cafeico). O cromatograma
em pedaços grandes e o resíduo para o balão de fundo
obtido com a Solução (1) mostra, na parte inferior, pouco
redondo, adicionar 50 mL de uma msitura de volumes
acima da zona correspondente à rutina, uma banda de
iguais de metanol e água isenta de dióxido de carbono
fluorescência azul-esverdeada, uma banda de fluorescência
e aquecer, sob refluxo, em banho-maria a 50 ºC - 60 ºC,
azulada (ácido clorogênico) pode ser visualizada um pouco
durante 30 minutos, agitando frequentemente. Repetir a
mais acima; na sequência, de baixo para cima, podem ser
operação duas vezes. Reunir os filtrados, adicionar 3 mL da
observadas uma zona de fluorescência castanho-amarelada
Solução de padrão interno e evaporar, a pressão reduzida,
a amarelo-alaranjada; três zonas de flurorescência
até a obtenção de um volume de 18 mL. Lavar o balão de
castanho-amarelada a amarelo-alaranjada e, pouco abaixo
fundo redondo com água isenta de dióxido de carbono e
da zona correspondente ao ácido cafeico, uma banda de
completar 20 mL com as águas de lavagem. Transferir a
fluorescência azul-esverdeada.
solução para uma coluna cromatográfica com cerca de 0,15
m de comprimento e cerca de 30 mm de diâmetro interno,
ENSAIOS DE PUREZA contendo 15 g de sílica kieselguhr para cromatografia.
Deixar em repouso durante 15 minutos e, depois, eluir com
Material estranho (5.4.2.2). Não superior a 5,0% de 200 mL de uma mistura de volumes iguais de acetato de
caules com um diâmetro superior a 5 mm. etila e cloreto de metileno. Evaporar o eluato à secura, num
Cinzas totais (5.4.2.4). Não superior a 10,0%. balão de fundo redondo de 250 mL. Dissolver o resíduo
em 10 mL de metanol, adicionar 10 mL de água isenta de
Perda por dessecação (5.2.9). Não superior a 10,0% em dióxido de carbono e, em seguida, 7 g de óxido de alumínio
1 g da amostra pulverizada, determinada em estufa a 100– neutro. Agitar durante 2 minutos, centrifugar (10 min,
105 ºC, durante 2 horas. 6.000 r/min) e filtrar utilizando filtro de papel. Evaporar à
secura 10 mL do filtrado. Dissolver o resíduo em 3 mL de
uma mistura de iguais volumes de metanol e água isenta de
DOSEAMENTO dióxido de carbono e filtrar.
Sesquiterpenos lactônicos totais Procedimento: injetar separadamente, 20 µL da Solução
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido de padrão interno e da Solução amostra. Calcular a
de alta eficiência (5.2.17.4) utilizando santonina como porcentagem de sesquiterpenos lactônicos totais, expressos
padrão interno. Utilizar cromatógrafo provido de detector em tiglato de helenalina, segundo a expressão:
ultravioleta a 225 nm; coluna de 0,12 m de comprimento
a 648 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
em que
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
A – aspecto de um ramo com inflorescências. B – capítulo floral: flor tubular (flt); flor ligulada (fll); pedúnculo (pd). C – capítulo floral desprovido de
flores tubulosas: flor ligulada (fll); receptáculo (rc); pedúnculo (pd). D – aspecto da droga seca: flor tubular (flt); flor ligulada (fll); receptáculo (rc);
pedúnculo (pd).
a 650 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
A – flor ligulada: ovário (ov); papus (pap); estigma bífido (eg); lígula (l). B – flor tubulosa; ovário (ov); papus (pap); estame com antera soldada (ea);
estigma bífido (eg); corola (co). C – flor ligulada: lígula (l). D – flor tubulosa: ovário (ov); papus (pap); estigma bífido (eg). E – detalhe de uma cerda
do papus: grão de pólen (gp). F – superfície externa do ovário: tricoma glandular (tg); tricoma tector (tt). G – fragmento do papus. H – detalhe de uma
cerda do papus: grão de pólen (gp); papus (pap); tricoma tector (tt).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 651
aa
A – corte transversal da bráctea: epiderme (ep); parênquima (p); feixe vascular (fv); tricoma gladular (tg); base do tricoma glandular (btg). B e C –
detalhes dos tricomas grandular e tector: tricoma glandular (tg); tricoma tector (tt). D – superfície externa do ovário vista de cima: tricoma glandular
com cabeça bicelular (tgb), com corpo bisseriado. E – aspectos dos tricomas glandulares. F e G – fragmento da epiderme inferior: tricoma glandular
(tg); tricoma glandular com cabeça bicelular (tgb).
a 652 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
ARTEMÉTER
ENSAIOS DE PUREZA
Solução amostra: dissolver quantidade, exatamente pesada, Solução (3): diluir a Solução (2) em acetona, de modo a
da amostra em fase móvel, de modo a obter solução a 4 mg/ obter solução a 0,025 mg/mL.
mL.
Solução (4): diluir a Solução (1) em acetona, de modo a
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada, obter solução a 0,10 mg/mL.
de arteméter SQR em fase móvel, de modo a obter solução
Solução (5): solução a 0,10 mg/mL de arteméter SQR em
a 4 mg/mL.
acetona.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL da Solução
Substâncias relacionadas 2. Proceder conforme descrito
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
em Substâncias relacionadas 2, por Cromatografia a
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C16H26O5
líquido de alta eficiência (5.2.17.4), na monografia de
na amostra, a partir das respostas obtidas com a Solução
Arteméter. Preparar as soluções como descrito a seguir.
padrão e a Solução amostra.
Solução (1): diluir volume da solução injetável em fase
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO móvel, de modo a obter solução a 10 mg/mL.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. Solução (2): diluir a Solução (1) em fase móvel, de modo a
obter solução a 0,05 mg/mL.
CLASSE TERAPÊUTICA
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Antimalárico.
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
CARACTERÍSTICAS
ROTULAGEM
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
Observar a legislação vigente.
ENSAIOS DE PUREZA
Substâncias relacionadas 1. Proceder conforme descrito
em Substâncias relacionadas 1, por Cromatografia em
camada delgada (5.2.17.1), na monografia de Arteméter.
Preparar as soluções como descrito a seguir.
a 654 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
ARTESUNATO
Solução (2): solução a 0,10 mg/mL de artesunato SQR em
tolueno.
Artesunatum
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
CH3 secar ao ar. Nebulizar a placa com anisaldeído SR e aquecer
H a 120 °C por 5 minutos. Examinar sob luz ultravioleta
(254 nm). A mancha principal obtida com a Solução (1)
O O corresponde em posição, cor e intensidade àquela obtida
H3C com a Solução (2).
O
H H C. Dissolver 0,1 g da amostra em 40 mL de etanol absoluto,
O agitar e filtrar. A 20 mL do filtrado, adicionar 0,5 mL de
CH3 cloridrato de hidroxilamina SR e 0,25 mL de hidróxido de
O O sódio SR. Aquecer em banho-maria até a fervura, resfriar
e adicionar duas gotas de ácido clorídrico SR e duas gotas
de cloreto férrico a 5% (p/v). Desenvolve-se coloração
violeta.
Poder rotatório específico (5.2.8): +2,5º a +3,5º. Determinar Solução (3): solução a 0,025 mg/mL da amostra em cloreto
em solução a 1% (p/v) em cloreto do metileno. de metileno.
Solução (1): solução a 0,10 mg/mL da amostra em tolueno. Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL de cada
solução. Registrar os cromatogramas e medir as áreas sob
os picos. A soma das áreas de todos os picos secundários
obtidos com a Solução (1), exceto a do pico principal, não é
ROTULAGEM
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 655
aa
maior que o dobro da área sob o pico principal, obtido com Observar a legislação vigente.
a Solução (2) (2,0%) e a área de nenhum pico é maior que
aquela do pico principal obtido com a Solução (2) (1,0%). CLASSE TERAPÊUTICA
Não mais que um pico obtido com a Solução (1) apresenta
área superior à metade da área sob o pico principal obtido Antimalárico.
com a Solução (2) (0,5%). Desconsiderar os picos com
área inferior a 0,1 vezes a área sob o pico principal obtido
com a Solução (2). ARTESUNATO COMPRIMIDOS
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
máximo 0,002% (20 ppm). Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
quantidade declarada de artesunato (C19H28O8).
Água (5.2.20.1). Determinar em 2 g da amostra. No
máximo 0,5%.
IDENTIFICAÇÃO
Cinzas sulfatadas. No máximo 0,1%.
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir quantidade
do pó equivalente a 50 mg de artesunato para béquer,
DOSEAMENTO adicionar 25 mL de acetona, agitar e filtrar. Evaporar o
Empregar um dos métodos descritos a seguir. filtrado em banho-maria e deixar o resíduo em dessecador,
sob sílica-gel, por 24 horas. O resíduo obtido responde ao
A. Dissolver, exatamente, cerca de 0,25 g da amostra em 25 teste A. de Identificação da monografia de Artesunato.
mL de etanol. Titular com hidróxido de sódio 0,05 M SV,
utilizando duas gotas de fenolftaleína SI como indicador. B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
Cada mL de hidróxido de sódio 0,05 M SV equivale a da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
19,221 mg de C19H28O8. corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido C. Proceder conforme descrito no teste B. de Identificação
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido da monografia de Artesunato. Preparar a Solução (1) como
de detector ultravioleta a 216 nm; coluna de 125 mm de descrito a seguir.
comprimento e 3 mm de diâmetro interno, empacotada Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 quantidade do pó equivalente a 5 mg de artesunato para
µm), mantida a 30 ºC; fluxo da fase móvel de 0,6 mL/min. béquer, adicionar 50 mL de etanol absoluto, agitar e filtrar.
Tampão pH 3,0: dissolver 1,36 g de fosfato de potássio Evaporar 2 mL do filtrado em banho-maria e dissolver o
monobásico em 900 mL de água. Ajustar o pH para 3,0 com resíduo em 2 mL de acetona.
ácido fosfórico, completar o volume para 1000 mL com D. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade
água e homogeneizar. do pó equivalente a 0,1 g de artesunato. Prosseguir conforme
Fase móvel: mistura de Tampão pH 3,0 e acetonitrila descrito no teste D. de Identificação da monografia de
(50:50). Artesunato.
DOSEAMENTO DESCRIÇÃO
Empregar um dos métodos descritos a seguir. Características físicas. Pó branco ou amarelado, cristalino.
ATENOLOL COMPRIMIDOS
DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de quantidade declarada de C14H22N2O3.
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar, exatamente, cerca
de 25 mg da amostra e dissolver em metanol. Completar IDENTIFICAÇÃO
o volume para 50 mL com o mesmo solvente. Diluir,
sucessivamente, em metanol, até concentração de 0,01 % A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
(p/v). Preparar solução padrão na mesma concentração, de 230 nm a 350 nm, da Solução amostra obtida no método
utilizando o mesmo solvente. Medir as absorvâncias das A. de Doseamento, exibe máximos de absorção em 275 nm
soluções em 275 nm, utilizando metanol para o ajuste do e 282 nm, idênticos aos observados no espectro da Solução
zero. Calcular o teor de C14H22N2O3 na amostra, a partir das padrão.
leituras obtidas.
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia liquida da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
de detector ultravioleta a 226 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada CARACTERÍSTICAS
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
a 660 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. da monografia de Atenolol. Preparar a Solução amostra
como descrito a seguir.
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
Solução amostra: transferir 10 comprimidos para balão
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. volumétrico de 1000 mL, adicionar 500 mL de Fase
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. móvel e deixar em ultrassom por 15 minutos, ou até
desintegração total dos comprimidos. Completar o volume
Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir com o mesmo solvente, homogeneizar e centrifugar. Diluir
cada comprimido para balão volumétrico de 25 mL sucessivamente, no mesmo solvente, até concentração de
contendo 15 mL de metanol e deixar em ultrassom até 10 mg/mL.
a desintegração do comprimido. Prosseguir conforme
descrito no método A. de Doseamento a partir de “Aquecer Procedimento: injetar, separadamente, 10 μL da Solução
a suspensão resultante”. padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
C14H22N2O3 nos comprimidos a partir das respostas obtidas
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) para a Solução padrão e a Solução amostra.
Meio de dissolução: água, 900 mL
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Aparelhagem: pás, 50 rpm
Em recipientes bem fechados.
Tempo: 30 minutos
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
declarada de C14H22N2O3 se dissolvem em 30 minutos. quantidade declarada de C14H22N2O3 e C14H11ClN2O4S.
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,01 M, 900 mL Injetar replicatas de 10 µL da Solução padrão. Os tempos
de retenção relativos são cerca de 0,8 para atenolol e 1,0
Aparelhagem: pás, 50 rpm para clortalidona. A resolução entre atenolol e clortalidona
não deve ser menor que 3,0. O desvio padrão relativo das
Tempo: 45 minutos
áreas de replicatas dos picos registrados não deve ser maior
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de que 2,0%.
dissolução e proceder conforme descrito em Doseamento.
Procedimento: injetar, separadamente, 10 μL da Solução
Preparar a Solução amostra, a Solução padrão e o Diluente
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
como descrito a seguir.
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C14H22N2O3
Diluente: mistura de acetonitrila e ácido sulfúrico 1,8 M e C14H11ClN2O4S na amostra a partir das respostas obtidas
(1000:32). com a Solução padrão e a Solução amostra.
DOSEAMENTO
Empregarum dos métodos descritos a seguir:
a 662 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
AZATIOPRINA
clorídrico 0,02 M é gasto para neutralizar 20 mL do filtrado,
utilizando vermelho de metila SI como indicador.
Azathioprinum
Limite de mercaptopurina. Proceder conforme descrito
em Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1),
utilizando sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de
1-butanol, etanol e água (4:1:1), como fase móvel. Aplicar,
separadamente, à placa, 5 µL de cada uma das soluções,
recentemente preparadas, descritas a seguir.
H3C
ENSAIOS DE PUREZA
N CH3
H3C pH (5.2.19). 9,0 a 11,0. Determinar em solução a 0,2%
CH3 N(CH3)2 (p/v), em mistura de água e metanol (1:1).
HO OH OH
OH H Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método IV. No
H3C máximo 0,0025% (25 ppm).
H3C
O O O CH3 Água (5.2.20.1). No máximo 5,0%.
CH3 Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.
O O OCH3
Umedecer a amostra com 2 mL de ácido nítrico e cinco
CH3 CH3 gotas de ácido sulfúrico. No máximo 0,3%.
O Cristalinidade. Suspender algumas partículas da amostra
OH em óleo mineral, transferir para uma lâmina de vidro
CH3 e examinar por meio de microscópio dotado de luz
polarizada. As partículas exibem birrefringência, que se
extingue ao movimentar a amostra por meio de ajuste do
C38H72N2O12; 748,98
micrométrico.
C38H72N2O12.2H2O; 785,02
azitromicina; 00997
azitromicina diidratada; 00998 DOSEAMENTO
(2R,3S,4R,5R,8R,10R,11R,12S,13S,14R)-13-[(2,6-
Didesoxi-3-C-metil-3-O-metil-α- L-ribo-hexopiranosil) Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico de
oxi]-2-etil-3,4,10-triidroxi-3,5,6,8,10,12,14-heptametil- antibióticos (5.5.3.3.1) pelo método de difusão em ágar,
11-[[3,4,6-tridesoxi-3-(dimetilamino)-β- D -xilo- utilizando cilindros.
hexopiranosil]oxi]-1-oxa-6-azaciclopentadecan-15-ona Micro-organismo: Micrococcus luteus ATCC 9341.
[83905-01-5]
(2R,3S,4R,5R,8R,10R,11R,12S,13S,14R)-13-[(2,6- Meios de cultura: meio de cultura número 1, para
Didesoxi-3-C-metil-3-O-metil-α- L-ribo-hexopiranosil) manutenção do micro-organismo, meio de cultura número
oxi]-2-etil-3,4,10-triidroxi-3,5,6,8,10,12,14-heptametil- 3, para padronização do inóculo e meio de cultura número
11-[[3,4,6-tridesoxi-3-(dimetilamino)-β- D -xilo- 11, para camada base e preparação do inóculo.
hexopiranosil]oxi]-1-oxa-6-azaciclopentadecan-15-ona
diidratada Solução amostra: pesar, exatamente, cerca de 25 mg da
[117772-70-0] amostra, transferir para balão volumétrico de 25 mL com
auxílio de 10 mL de metanol. Agitar mecanicamente por 15
Apresenta potência de, no mínimo 945 µg e, no máximo, minutos e completar o volume com metanol. Filtrar. Diluir,
1030 µg de azitromicina (C38H72N2O12) por miligrama, em sucessivamente, a solução resultante, em Tampão fosfato
relação à substância anidra. de potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (solução 2), de modo a
obter soluções a 0,1 µg/mL, 0,2 µg/mL e 0,4 µg/mL.
Apresenta potência de, no mínimo, 90,0% e, no máximo, Azitromicina pó para suspensão oral é mistura de
110,0% do valor declarado de C38H72N2O12. azitromicina com um ou mais agentes aromatizantes,
tampões, adoçantes e agentes suspensores. Apresenta
potência de, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0%, do
IDENTIFICAÇÃO valor declarado de azitromicina (C38H72N2O12).
Pesar as cápsulas, remover o conteúdo e pesá-las
novamente. Transferir o equivalente a 0,25 g de IDENTIFICAÇÃO
azitromicina para balão volumétrico de 50 mL, dissolver
em metanol e completar o volume com o mesmo solvente. Transferir quantidade do pó equivalente a 0,2 g de
Filtrar. Evaporar o filtrado em banho-maria e pesar 1,5 mg azitromicina para balão volumétrico de 50 mL, completar
do resíduo. Proceder conforme descrito em Identificação o volume com metanol. Homogeneizar e filtrar. Evaporar
da monografia de Azitromicina. o filtrado em banho-maria, até obter o resíduo. Prosseguir
conforme descrito em Identificação da monografia da
Azitromicina.
CARACTERÍSTICAS
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. CARACTERÍSTICAS
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
Determinar no frasco do diluente.
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
pH (5.2.19). 8,5 a 11,0. Reconstituir a suspensão como
ENSAIOS DE PUREZA descrito no rótulo do produto.
Água (5.2.20.1). No máximo 5,0%. Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. Determinar
no pó não reconstituído.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados.
ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 667
ba
Balsamum peruvianum O cromatograma apresenta, em sua parte média, uma
mancha cinza-violeta (timol) obtida com a Solução (2).
O cromatograma apresenta uma mancha de coloração
Myroxylon balsamum (L.) Harms var. pereirae (Royle)
azul (nerolidol), obtida com a Solução (1), imediatamente
Harms – FABACEAE
abaixo à mancha correspondente ao timol, obtida com a
A droga vegetal é constituída do bálsamo obtido a partir do Solução (2). Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). Logo
tronco escarificado à quente. Contém, no mínimo, 45% e, abaixo da mancha correspondente ao nerolidol, não deve
no máximo, 70% de ésteres, principalmente benzoato de aparecer nenhuma mancha de coloração azul ou apresentar
benzila e cinamato de benzila. extinção de fluorescência, quando examinada sob luz
ultravioleta (254 nm), correspondente à colofônia.
etéreas e evaporar à secura. Dessecar o resíduo (ésteres) Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
entre 100 °C a 105 °C, durante 30 minutos, resfriar em secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
dessecador e pesar. As manchas principais obtidas com a Solução (1)
b
correspondem em posição, cor e intensidade àquelas
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO obtidas com a Solução (2). O cromatograma obtido com a
Solução (2), quando visualizado sob luz ultravioleta (254
Em recipiente bem fechado e protegido da luz.
nm), apresenta em seu terço superior, duas manchas de
extinção de fluorescência: a superior correspondente ao
benzoato de benzila e a inferior ao cinamato de benzila.
BÁLSAMO DE TOLU Na Solução (1) também podem ser observadas manchas
Balsamum tolutanum com extinção de fluorescência: uma no fronte e duas
manchas logo abaixo da mancha correspondente ao
Myroxylon balsamum (L.) Harms e Myroxylon balsamum cinamato de metila. Em seguida, nebulizar a placa com
var. pereirae (Royale) Harms – FABACEAE. vanilina sulfúrica SR e colocar em estufa de 100 °C a
105 °C, durante 5 minutos. As manchas correspondentes
O Bálsamo de tolu é constituído de óleo-resina obtido ao benzoato de benzila e cinamato de benzila apresentam
de Myroxylon balsamum (L.) Harms e de Myroxylon coloração azul sobre fundo amarelo. Outras duas manchas
balsamum var. pereirae (Royale) Harms. Contém, no de coloração roxa são observadas acima da mancha do
mínimo, 25% e, no máximo, 50% de ácidos livres ou benzoato de benzila. Na parte inferior do cromatograma
combinados, expressos em ácido cinâmico (C9H8O2, M ocorrem diversas manchas de coloração azul e roxa, entre
148,16). estas uma mancha de coloração amarela.
Após o resfriamento à temperatura ambiente, juntar 80 mais interna, coloração marrom mais clara, quando
mL de água e solução de 1,5 g de sulfato de magnésio comparada à região do súber, mais externa e de intensa
em 50 mL de água. Misturar e deixar em repouso durante coloração marrom-avermelhada. Nos caules jovens o
ba
10 minutos. Filtrar, lavar o resíduo com 20 mL de água. súber apresenta-se, em vista frontal, de coloração escura e
Reunir o filtrado e a água de lavagem, acidificar com ácido aspecto granuloso, homogêneo, portando fissuras estreitas
clorídrico concentrado e extrair quatro vezes com 40 mL e profundas no sentido transversal. Nas porções caulinares
de éter etílico. Desprezar a fase aquosa. Reunir os extratos mais velhas, apresenta coloração marrom-escura ou
orgânicos e extrair com duas vezes de 20 mL e três vezes marrom-acinzentada, quando da presença de líquens,
com 10 mL de solução de bicarbonato de sódio a 5% sempre com profundas fendas, predominantes no sentido
(p/v). Desprezar a fase etérea. Reunir os extratos aquosos, transversal, ou com cinturas consecutivas, desprendendo-
acidificar com ácido clorídrico concentrado e extrair uma se em placas de dimensões e formatos variados, irregulares,
vez com 30 mL, duas vezes com 20 mL e uma vez com 10 deixando depressões profundas no local. A fratura da
mL de cloreto de metileno. Reunir os extratos de cloreto de casca é do tipo granulosa em relação à região do súber e
metileno e dessecar com 10 g de sulfato de sódio anidro. fibrosa, estriada longitudinalmente, esquirolosa, na região
Filtrar, lavar o resíduo com 10 mL de cloreto de metileno. floemática.
Concentrar os extratos reunidos, sob pressão reduzida,
até 10 mL e eliminar o restante do cloreto de metileno em
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
corrente de ar na capela. Dissolver à quente o resíduo com
10 mL de etanol neutralizado previamente em presença A porção externa da casca apresenta súber com 20 a 30
de solução de vermelho de fenol SI. Após resfriamento, estratos de células tabulares enfileirados radialmente,
titular com hidróxido de sódio 0,1 M SV, utilizando o com paredes delgadas e conteúdo marrom, seguidos por
mesmo indicador. Cada mL de hidróxido de sódio 0,1 M muitos estratos de células parenquimáticas de formato
SV equivale a 14,816 mg de ácido cinâmico (C9H8O2). isodiamétrico ou pouco alongado periclinalmente, também
com paredes delgadas. A maioria destas células possui
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO conteúdo marrom-avermelhado, que não se descora
facilmente com hipoclorito de sódio a 30% (p/v) e não
Em recipiente bem fechado e não conservar na forma de pó. altera a cor na presença do cloreto férrico SR. Nesta
porção parenquimática ocorrem células pétreas (maioria)
e macroesclereídes, posicionados em diversos planos, em
BARBATIMÃO grupos de vários elementos ou isolados, com paredes muito
Barbadetimani cortex espessadas com lignina, apresentando lamelações evidentes
e pontoações simples, por vezes ramificadas. Nas porções
mais externas do súber, tanto as células parenquimáticas
Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville - quanto os esclereídes podem ser visualizados, compactados
FABACEAE e deformados pela ação mecânica nos tecidos internos. Na
região do floema ocorrem conjuntos de poucos elementos
A droga vegetal é constituída pelas cascas caulinares secas de fibras gelatinosas, relativamente estreitas, sempre com
contendo, no mínimo, 8% de taninos totais, expressos idioblastos adjuntos, contendo um grande cristal de oxalato
em pirogalol (C6H6O3; 126,11), dos quais no mínino 0,2 de cálcio, prismático, com variado número de lados, inteiro
mg/g equivalem a ácido gálico (C7H6O5; 170,1) e 0,3 mg/g ou superficialmente erodido. Os conjuntos de fibras, quando
correspondem a galocatequina (C15H14O7; 306,27), em observados em secções longitudinais, acompanham os
relação à droga seca. Entende-se por casca do caule todos raios parenquimáticos do floema, os quais são, em geral,
os tecidos situados externamente ao câmbio vascular deste unisseriados, mas tornam-se bi-multisseriados nas porções
órgão. mais externas. Os elementos de tubo crivado apresentam
placas crivadas compostas, estando colapsados nas
SINONÍMIA CIENTÍFICA regiões mais externas do floema. Células pétreas isoladas,
semelhantes às do súber, e grãos de amido esféricos são
Stryphnodendron barbatimam Mart. abundantes no tecido parenquimático do floema. As células
ao redor dos raios parenquimáticos reagem positivamente
CARACTERÍSTICAS à presença do cloreto férrico SR, adquirindo coloração
verde-escura. Ainda na região floemática podem ser
Características organolépticas. Cascas secas inodoras e encontradas células volumosas de conteúdo hialino,
de sabor fortemente adstringente. dispostas em conjuntos de 5 a 7 elementos.
b
cristalíferos adjuntos, delimitando fragmentos de raios E. A 5 mL do extrato obtido no teste B. de Identificação,
parenquimáticos do floema; células parenquimáticas com adicionar 10 mL de ácido acético 2 M e 5 mL de acetato de
grãos de amido esféricos. chumbo SR. O aparecimento de precipitado esbranquiçado,
indica presença de taninos.
IDENTIFICAÇÃO
ENSAIOS DE PUREZA
A. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel F254, com Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2,0%.
espessura de 250 µm, como suporte, e mistura de acetato
Água (5.4.2.3). No máximo 14,0%.
de etila, ácido fórmico e água (75:5:5) como fase móvel.
Aplicar, separadamente, à placa, em forma de banda, 10 Cinzas totais (5.4.2.3). No máximo 2,0%.
mL da Solução (1) e 3 mL da Solução (2) e da Solução (3),
recentemente preparadas, como descrito a seguir. Cinzas sulfatadas (5.4.2.6). No máximo 3,0%.
com água destilada. Transferir volumetricamente 2 mL obtida em evaporador rotatório sob pressão reduzida até
dessa solução, 1 mL de reagente fosfomolibdotúngstico e resíduo. Retomar o resíduo com 5 mL de metanol:água
10 mL de água destilada para balão volumétrico de 25 mL (2:8). Extrair em cartucho de extração em fase sólida,
ba
e completar o volume com solução de carbonato de sódio a empacotada com sílica quimicamente ligada a grupo
29% (p/v). Determinar a absorvância em 760 nm (A3) após octadecilsilano (55 mm, 70 Å), previamente acondicionada
30 minutos, utilizando água destilada para ajuste do zero. com 10 mL de mistura de metanol e água (2:8), para balão
de 100 mL. Eluir, em seguida, 10 mL da metanol e água
Calcular o teor, em porcentagem, de taninos (droga seca), (2:8) para o mesmo balão e completar o volume (S1) com
expressos em pirogalol, segundo a expressão: metanol e água (2:8). Transferir volumetricamente 5 mL da
S1 para balão volumétrico de 25 mL e completar o volume
com metanol e água (1:1) (S2). Filtrar a S2 (membrana de
em que: PTFE de porosidade 0,5 µm) e injetar no cromatógrafo.
A1 = absorvância da Solução amostra para polifenóis Solução padrão de galocatequina: dissolver quantidade
totais; exatamente pesada de galocatequina SQR em mistura de
A2 = absorvância da Solução amostra para polifenóis não metanol e água (1:1), para obter solução a 0,152 mg/mL.
adsorvidos em pó de pele; Solução padrão de ácido gálico: dissolver quantidade
A3 = absorvância da Solução padrão; exatamente pesada de ácido gálico SQR em mistura de
m1 = massa da amostra utilizada no ensaio, em gramas, metanol e água (1:1), para obter solução a 0,100 mg/mL.
considerando a determinação de água;
Soluções para curva analítica da galocatequina: diluir uma
m2 = massa de pirogalol, em gramas. alíquota de 600 µL da Solução padrão de galocatequina
Ácido gálico e galocatequina em balão volumétrico de 5 mL, com metanol e água (1:1).
Proceder diluições para obter concentrações de 1,14 mg/
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido de mL; 2,28 mg/mL; 4,56mg/mL; 9,12mg/mL; 18,24 mg/mL.
alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido de
detector ultravioleta ajustado em comprimento de onda de Soluções para curva analítica do ácido gálico: diluir uma
210 nm; pré-coluna empacotada com sílica quimicamente alíquota de 800 µL da Solução padrão de ácido gálico em
ligada a grupo octadecilsilano; coluna de 250 mm de balão volumétrico de 5 mL, com metanol e água (1:1).
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada Proceder diluições para obter concentrações de 2 µg/mL; 4
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 µg/mL; 8 µg/mL; 14 µg/mL e 16 mg/mL.
mm); fluxo da Fase móvel de 0,8 mL/minuto. Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL das soluções
Eluente A: mistura de água e ácido trifluoracético 0,05 % para a construção das curvas analíticas e da Solução
(v/v). amostra em quintuplicata, registrar os cromatogramas e
medir as áreas sob os picos. O tempo de retenção relativo
Eluente B: mistura de acetonitrila e ácido trifluoracético para ácido gálico e galocatequina é cerca de 8,4 e 10,8
0,05% (v/v). minutos, respectivamente. Calcular o teor de ácido gálico e
galocatequina na amostra a partir da equação linear da reta
Gradiente da Fase móvel: adotar sistema de gradiente obtida com as curvas analíticas dos padrões. O resultado é
descrito na tabela a seguir: expresso pela média das determinações em mg/g de droga
vegetal, considerando o teor de água, segundo a expressão:
Tempo Eluente A Eluente B
Eluição VLR × 500
(minutos) (%) (%) SQR =
1000 × m
0 - 10 95 → 80,7 5 → 19,3 gradiente linear em que
10 – 13,5 80,7 → 75 19,3 → 25 gradiente linear
13,5 - 23 75 → 62 25 → 38 gradiente linear SQR = substância química de referência;
23 - 25 62 → 25 38 → 75 gradiente linear VLR = valor obtido em (µg/mL) de SQR/mL em S2, a
25 - 28 25 →95 75 → 5 gradiente linear partir da equação da reta;
28 - 32 95 5 isocrática 500 = fator de diluição;
Solução amostra: extrair por turbólise 10 g da droga 1000 = valor de conversão de µg para mg;
vegetal pulverizada (250 µm) em 90 mL de acetona:água m = massa (g) de droga vegetal considerando a determinação
(7:3) durante 15 minutos, com intervalos de 5 minutos para de água.
que a temperatura não exceda 40 °C. Filtrar em algodão
e eliminar a acetona em evaporador rotatório sob pressão
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
reduzida. Extrair a fase aquosa resultante com três porções
de 20 mL de acetato de etila em funil de separação (125 Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e do calor.
mL). Deixar em repousou em temperatura de -18 °C
durante 15 minutos, para total separação das fases. Reunir
as fases orgânicas e filtrar através de papel de filtro com 5
g de sulfato de sódio anidro. Evaporar a fração orgânica
672 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
A e B – aspecto parcial da superfície externa e interna da casca de ramo mais novo, respectivamente: líquens (li). C – aspecto parcial da superfície
externa de ramo mais velho. D – diagrama da distribuição dos tecidos da casca: células tabulares (ct), célula pétrea (cp); parênquima (pa); súber (su);
floema (f). E e F – detalhes parciais da região do súber, em secções transversais: células tabulares (ct); macroesclereídes (me); parênquima (pa); célula
pétrea (cp). G e H – detalhes parciais da região do floema, em secções transversais: fibras do floema (ff); células volumosas (cv); placa crivada (pc);
elemento de tubo crivado obliterado (et).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 673
ba
A e B – detalhes parciais de floema, em secções longitudinais tangenciais: raio parenquimático (ra); célula parenquimática (pa); idioblasto cristalífero
(ic). C – detalhe parcial do parênquima floemático com grãos de amido: grãos de amido (am); placa crivada (pc). D – detalhe parcial do floema em
secção longitudinal radial: célula volumosa (cv); idioblasto cristalífero (ic); fibras do floema (ff); raio parenquimático (ra). E – detalhe dos idioblastos
cristalíferos do floema: fibras do floema (ff); idioblasto cristalífero (ic).
674 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
b
apresentam região calazal alargada e região micropilar
cônica com ápice obtuso; possuem testa esclerenquimática,
Vanilla planifolia Andrews – ORCHIDACEAE
sendo classificadas como testais; a testa seminal é
A droga vegetal é constituída pelos frutos imaturos e secos composta por uma única camada de braquisclereídes de
contendo, no mínimo, 12% de extrato hidroalcoólico seco. paredes muito espessas, lignificadas, cujo lume é pouco
discernível; as paredes celulares apresentam linea lucida.
O tegumento interno ou tégmen é comprimido e a estrutura
CARACTERÍSTICAS de suas células é pouco discernível. O endosperma possui
células volumosas com reservas; embriões diferenciados
Características organolépticas. A droga apresenta odor
não são observados.
agradável e floral que lembra a vanilina o qual, no entanto,
é bem mais sutil e encorpado que a substância isolada.
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
Os frutos são cápsulas plurispérmicas, derivadas de
características: fragmentos com apresentação na forma
ovário súpero, tricarpelar, unilocular. O formato do fruto
de grumos, pela própria natureza do fruto, levando a uma
em secção transversal é variável, em função do modo
dificuldade maior na observação de elementos dissociados;
de armazenamento; o fruto maduro não comprimido
grumos compostos por fragmentos amalgamados de
possui contorno triangular em secção transversal. O fruto
diferentes tecidos; elementos como cristais e esclereides,
maduro é castanho escuro, apresenta estrias longitudinais,
referidos na descrição microscópica não são facilmente
é flexível e mede de 20 cm a 25 cm de comprimento e,
visualizados; são observados apenas os cristais prismáticos,
aproximadamente, 1 cm a 1,5 cm de diâmetro em sua
embora não seja possível determinar, com clareza, a
região mediana.
natureza do tecido que os abriga; fragmentos com células
do exocarpo apresentam evidentes paredes espessadas;
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA fibras podem ser facilmente reconhecidas em grupos
de dois ou três elementos e frequentemente aparecem
O pericarpo, de maneira geral, possui exocarpo com apartadas de outros tecidos; elementos de vaso do xilema
uma única camada celular e mesocarpo multicelular, são reconhecidos facilmente graças às características
predominantemente parenquimático, com regiões de suas células; reforços de lignina e pontoações das
distintas; endocarpo com uma única camada celular paredes destacam-se mesmo nos grumos mais densos,
especializada. Em função do armazenamento, a forma onde as células que compõem o tecido mantêm-se juntas,
das células é descaracterizada, sendo dificultada também proporcionando a visualização da estrutura do tecido. O
a contagem do número de camadas, principalmente da elemento que se destaca são as sementes, que permanecem
porção interna do mesocarpo. Idioblastos com ráfides praticamente intactas em sua estrutura.
orientadas longitudinalmente ao pericarpo são comuns;
cristais prismáticos também são observados. O exocarpo
possui células alongadas tangencialmente, cujas paredes IDENTIFICAÇÃO
periclinais externas são espessas e cutinizadas e as paredes
A. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
periclinais internas também são espessas e pécticas;
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
as células geralmente acumulam compostos fenólicos.
com espessura de 250 μm, como suporte, e mistura de
O exocarpo é estomatífero e glabro. O mesocarpo
cloreto de metileno e acetona (95:5), como fase móvel.
externo apresenta duas a quatro camadas similares a um
Aplicar, separadamente, à placa, em forma de banda, 20
colênquima anguloso, não vascularizado; o mesocarpo
mL de Solução (1) e 10 mL de Solução (2).
médio possui células volumosas, com grande acúmulo
de compostos fenólicos. Feixes vasculares colaterais Solução (1): utilizar o extrato hidroalcoólico obtido em
em grupos de dois ou três, usualmente mais calibrosos Doseamento.
do que os feixes individuais de pequeno calibre; feixes
envoltos por uma bainha esclerenquimática com duas a Solução (2): dissolver 1 mg de vanilina em 10 mL de etanol.
cinco camadas celulares de espessura; o esclerênquima é
composto por células volumosas vacuoladas, de paredes Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e secar.
lignificadas e pouco espessadas; o mesocarpo interno Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A mancha de
possui células achatadas, contendo compostos fenólicos. fluorescência azul-violeta obtida com a Solução (1), com
O endocarpo é diferenciado em um estrato densamente Rf de aproximadamente 0,5, corresponde em posição
piloso, cuja base das células possui arranjo compacto e àquela obtida com a Solução (2), referente à vanilina.
porção locular projetada para o espaço locular; as células B. Colocar sobre vidro de relógio algumas sementes do
possuem paredes delgadas e pécticas, com citoplasma fruto, adicionar uma gota de floroglucina SR e uma gota
denso, com aspecto secretor. Em secção transversal é de ácido clorídrico. A solução adquire, imediatamente,
possível distinguir três regiões placentárias, com placenta coloração vermelha.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 675
ENSAIOS DE PUREZA
Cinzas sulfatadas (5.2.10). No máximo 7,0%.
DOSEAMENTO
Substâncias extraíveis
ba
Determinar o teor de substâncias extraíveis através do
cálculo do rendimento do extrato hidroalcoólico. Pesar,
exatamente, cerca de 2 g de baunilha, previamente
cortada em pequenos fragmentos ou triturada a pó grosso.
Transferir o pó para um erlenmeyer, de tampa esmerilhada,
e adicionar 70 mL de etanol diluído (solução preparada
com 263 mL de etanol em 250 mL de água destilada),
tampar bem o recipiente e agitar por 2 horas em agitador
mecânico, ou deixar em contato, durante uma noite, e
agitar, frequentemente, por mais 8 horas. Decantar a
camada líquida e filtrar, recolhendo o filtrado em um
balão volumétrico de 100 mL. Lavar o frasco e o resíduo
quatro vezes sucessivas, com porções de 8 mL da solução
de etanol diluído. Filtrar os líquidos de lavagem, através
do mesmo filtro, e juntar ao filtrado obtido anteriormente.
Com quantidade suficiente de etanol diluído, completar
o volume para 100 mL, homogenizar e evaporar 50 mL,
exatamente medidos, em uma cápsula de porcelana tarada,
em banho-maria. Dessecar o resíduo em estufa a 105 °C
por 4 horas. Resfriar a cápsula em dessecador e pesar. O
peso do resíduo representa o extrato hidroalcoólico seco
de 1 g da droga.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados e em lugar fresco e ao abrigo
da luz.
676 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em: A a 20 mm; em B a 5 mm; em C a 100 µm; em D a 160 µm; em E a 74 µm; em
F a 9 µm; em G a 37 µm.
A – representação esquemática da cápsula, em vista lateral. B – representação da histologia do pericarpo e sementes, em secção transversal: endocarpo
(ed); endosperma (e); exocarpo (ep); idioblastos cristalíferos com ráfides (ic); feixe vascular (fv); mesocarpo (m); tecido placentário (pl); tegumento da
semente(t). C – representação esquemática da cápsula em secção transversal: pericarpo (f); semente (se). D – semente em vista lateral. E – fragmento
de elementos de vaso do xilema. F – fragmento de grupo de fibras da bainha vascular. G – cristais de oxalato de cálcio.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 677
ba
feixes vasculares bicolaterais em arco aberto, sendo o
floema intra-axilar descontínuo. Colênquima angular
Atropa belladonna L. - SOLANACEAE ocorre abaixo da epiderme, em ambas as faces da nervura
principal.
A droga é constituída pelas folhas secas e deve apresentar
no mínimo 0,3% de alcaloides totais, expressos em DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
hiosciamina com referência ao material seco a temperatura
entre 100 °C e 105 °C. Entre esses alcaloides, a hiosciamina, O pó atende a todas as características estabelecidas para
nitidamente preponderante, é acompanhada de pequenas a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
quantidades de escopolamina. características: coloração verde escura; fragmentos da
lâmina, em vista frontal, com células epidérmicas de paredes
CARACTERÍSTICAS anticlinais sinuosas e cutícula com estrias; fragmentos do
mesofilo, em secção transversal, mostrando epiderme com
Características organolépticas. A droga apresenta sabor poucos estômatos e parênquima paliçádico uniestratificado;
amargo e desagradável e odor fracamente nauseoso, fragmentos da epiderme voltada para a face abaxial, em
lembrando o do fumo. vista frontal, mostrando estômatos anisocíticos e raros
tricomas tectores e glandulares; fragmentos da epiderme
sobre as nervuras, em vista frontal, mostrando células
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA alongadas e de paredes finas; fragmentos do parênquima,
As folhas são elípticas, oval-lanceoladas a largamente em secção transversal, contendo idioblastos cristalíferos;
ovaladas, inteiras, de ápice acuminado, base atenuada, cristais prismáticos isolados como os descritos; tricomas
simétrica e algo decurrente, e bordo inteiro. Medem 5,0 glandulares, como os descritos, isolados, fragmentados ou
cm a 25,0 cm de comprimento e 3,0 cm a 12,0 cm de com restos da epiderme; tricomas tectores isolados ou seus
largura, com pecíolos de 0,5 cm a 4,0 cm de comprimento. fragmentos.
A coloração varia do verde a castanho esverdeado, sendo
mais escura na face adaxial. As folhas secas são enrugadas, IDENTIFICAÇÃO
friáveis e delgadas. As folhas jovens são pubescentes,
porém as mais idosas apresentam-se apenas ligeiramente A. Agitar 3 g de droga pulverizada com 30 mL de ácido
pubescentes ao longo das nervuras e do pecíolo. A nervação sulfúrico 0,05 M durante 2 minutos e filtrar. Alcalinizar
é do tipo peninérvea, sendo que as nervuras secundárias o filtrado com 3 mL de hidróxido de amônio e adicionar
partem da nervura principal em um ângulo de cerca de através do filtro 15 mL de água. Transferir a solução
60° e se anastomosam próximo ao bordo. A superfície da alcalina para funil de separação e extrair sucessivamente
lâmina é seca e áspera ao tato, devido à presença de células com três alíquotas de 15 mL de clorofórmio. Reunir as
com conteúdo microcristalino de oxalato de cálcio no fases clorofórmicas e adicionar sulfato de sódio anidro.
mesofilo. Estas células aparecem como minúsculos pontos Filtrar e dividir o filtrado em duas cápsulas de porcelana,
brilhantes quando a superfície é iluminada; as outras procedendo à evaporação do solvente. Em uma das
células contraem-se mais durante a dessecação. O exame à cápsulas de porcelana, adicionar 0,5 mL de ácido nítrico
lupa revela os mesmos pontos escuros por transparência e fumegante e evaporar à secura em banho-maria. Adicionar
brilhantes por reflexão. ao resíduo 2 mL de acetona e gotejar uma solução de
hidróxido de potássio a 10% (p/v) em etanol, desenvolve-
se uma coloração violeta intensa. Utilizar a outra cápsula
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA para a execução do teste B. de Identificação.
A lâmina foliar é anfiestomática e de simetria dorsiventral. B. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
A epiderme, em vista frontal, mostra células fundamentais camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, com
de paredes anticlinais sinuosas e com cutícula finamente espessura de 250 µm, como suporte, e mistura de tolueno,
estriada; sobre a região da nervura principal, as células são acetato de etila e dietilamina (7:2:1) como fase móvel.
alongadas e de paredes finas. Tricomas tectores e glandulares Aplicar, separadamente, à placa, em forma de banda, 20 µL
são numerosos por toda a lâmina. Os tricomas tectores têm das soluções recentemente preparadas, descritas a seguir.
de duas a cinco células, são unisseriados e cônicos, de
paredes lisas e delgadas; os tricomas glandulares possuem Solução (1): na cápsula reservada para esse fim, descrita
pedicelo pluricelular, composto por duas a quatro células, no teste A. de Identificação, dissolver o resíduo em 0,25
com célula terminal claviforme, ou possuem pedicelo mL de metanol.
pluricelular e cabeça pluricelular, formada por quatro a sete
células, de aspecto ovóide a piriforme. Os estômatos, do Solução (2): dissolver 24 mg de sulfato de atropina em 9
tipo anisocítico, são mais frequentes na epiderme abaxial. mL de metanol e 7,5 mg de bromidrato de escopolamina
Em secção transversal, a epiderme é uniestratificada e a em 10 mL de metanol. Misturar 9 mL da solução de
cutícula é delgada. O mesofilo é composto por parênquima sulfato de atropina e 1 mL da solução de bromidrato de
paliçádico uniestratificado e parênquima esponjoso escopolamina.
com grandes idioblastos contendo cristais prismáticos
678 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Desenvolver o cromatograma. Secar a placa a temperatura e remover o clorofórmio por evaporação em banho-maria.
entre 100 °C e 105 °C durante 15 minutos. Deixar esfriar Titular o excesso de ácido com solução de hidróxido de
e nebulizar sucessivamente com iodeto de potássio e sódio 0,02 M SV utilizando vermelho de metila como
b
subnitrato de bismuto SR e solução etanólica de ácido indicador. Calcular a percentagem de alcaloides totais,
sulfúrico a 5% (p/v) (ou solução aquosa de nitrito de sódio expressos em hiosciamina, segundo a expressão:
a 5% (p/v)) até o aparecimento de manchas vermelhas ou
vermelho alaranjadas sobre fundo amarelo cinzento. A
Solução (2) apresenta, quando examinada sob luz visível,
manchas com Rf variando de 0,3 a 0,45, correspondentes
à hiosciamina/atropina e manchas com Rf variando de em que
0,55 a 0,65 correspondentes à escopolamina. As manchas
da Solução (1) devem ser semelhantes quanto à posição e d = perda por dessecação, em %;
coloração àquelas obtidas para a Solução (2). n = volume da solução de hidróxido de sódio 0,02 M
utilizado (mL);
ENSAIOS DE PUREZA m = massa da droga (g).
DOSEAMENTO
Alcaloides totais
ba
A – Representação esquemática da folha: lâmina foliar (lf); pecíolo (pl). B – detalhe de porção da epiderme voltada para a face adaxial em vista frontal:
tricoma glandular (tg); tricoma tector (tt); estômato (es). C – detalhe da porção do mesofilo, em secção transversal: tricoma glandular (tg); cutícula (cu);
epiderme (ep); parênquima paliçádico (pp); idioblasto contendo microcristais de oxalato de cálcio (ic); feixe vascular (fv); parênquima esponjoso (pj);
epiderme (ep); tricoma tector (tt); estômato (es). D – detalhe de porção da epiderme voltada para a face abaxial, em vista frontal: tricoma glandular (tg);
estômato (es); tricoma tector (tt).
680 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
A e C – fragmentos da epiderme voltada para a face adaxial, em vista frontal, mostrando idioblastos cristalíferos por transparência: idioblasto cristalífero
(ic); parênquima paliçádico (pp); feixe vascular (fv). B – fragmento da epiderme voltada para a face abaxial, em vista frontal, mostrando idioblastos
cristalíferos por transparência: idioblasto cristalífero (ic); estômato (es). D – fragmento da lâmina foliar, em secção transversal: cutícula (cu); epiderme
(ep); parênquima paliçádico (pp); idioblasto cristalífero (ic); parênquima esponjoso (pj). E – tricomas ou suas partes, isolados: tricoma glandular (tg);
tricoma tector (tt).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 681
b
g da amostra finamente pulverizada e 15 mL de hidróxido B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
de potássio etanólico 0,5 M SV. Aquecer sob refluxo, em faixa de 200 nm a 400 nm, de solução amostra obtida
banho-maria, durante 30 minutos. Deixar esfriar, lavar o em Doseamento, exibe máximo de absorção em 316 nm,
condensador com 20 mL de etanol. Titular o excesso de idêntico ao observado no espectro da solução padrão. A
hidróxido de potássio com ácido clorídrico 0,5 M SV. absorvância em 316 nm é de, aproximadamente, 0,352.
Determinar o ponto final potenciometricamente. Realizar
ensaio em branco e fazer as correções necessárias. Cada C. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
mL de hidróxido de potássio etanólico 0,5 M SV equivale camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
a 61,050 mg de ácido benzoico (C7H6O2). como suporte, e mistura de acetato de etila e metanol
(85:15) como fase móvel. Saturar a cuba previamente com
a fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa 5 mL de
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO cada uma das soluções, recentemente preparadas, descritas
a seguir.
Em recipiente bem fechado, protegido da luz e do calor.
Solução (1): solução a 10 mg/mL da amostra em metanol.
ba
com a Solução (3).
ROTULAGEM C. Dissolver 2 mg em 2 mL de ácido sulfúrico. A solução
Observar a legislação vigente. apresenta-se amarelo-esverdeada e com fluorescência azul.
Adicionar 2 mL de água destilada, a coloração passa para
alaranjada.
CLASSE TERAPÊUTICA
Antichagásico. ENSAIOS DE PUREZA
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
BENZOATO DE ESTRADIOL Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de tolueno e etanol
Estradioli benzoas
(90:10), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa,
5 µL de cada uma das soluções, recentemente preparadas,
OH descritas a seguir.
CH3
Solução (1): dissolver 0,2 g da amostra numa mistura de
H metanol e clorofórmio (1:9) e completar o volume para 10
mL com a mesma mistura.
O
H H Solução (2): diluir 2,5 mL da Solução (1) e completar o
volume para 50 mL com mistura de metanol e clorofórmio
O (1:9).
b
C. A mancha principal do cromatograma da Solução (2),
obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em
ROTULAGEM posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (3).
Observar a legislação vigente.
D. A 20 mg da amostra, adicionar 20 mg de zinco em pó, 2
mL de água e 1 mL de ácido clorídrico. Aquecer em banho-
CLASSE TERAPÊUTICA maria por 5 minutos e resfriar a 0 ºC. A solução resultante
responde à reação de amina aromática primária (5.3.1.1).
Estrogênio.
ENSAIOS DE PUREZA
BENZOILMETRONIDAZOL Acidez. Dissolver 2 g da amostra em 40 mL de mistura de
Metronidazoli benzoas dimetilformamida e água (1:1), previamente neutralizada
com ácido clorídrico 0,02 M ou hidróxido de sódio 0,02
M utilizando 0,2 mL de vermelho de metila SI como
O2N indicador. Não mais que 0,25 mL de hidróxido de sódio
0,02 M SV é necessário para mudar a cor do indicador.
O
N Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
O Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
N sílica-gel GF254, como suporte, e acetato de etila, como fase
CH3
móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 10 µL de cada uma
das soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
C13H13N3O4; 275,26
benzoilmetronidazol; 01166 Solução (1): solução da amostra a 20 mg/mL em acetona.
1-Benzoato de 2-metil-5-nitro-1H-imidazol-1-etanol
[13182-89-3] Solução (2): diluir quantitativamente a Solução (1)
em acetona, de modo a obter solução a 0,1 mg/mL de
Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,0% de benzoilmetronidazol.
C13H13N3O4, em relação à substância dessecada.
Solução (3): solução de benzoilmetronidazol SQR a 0,1
mg/mL em acetona.
DESCRIÇÃO
Solução (4): diluir 4 mL da Solução (3) para 10 mL com
Características físicas. Pó cristalino ou flocos, branco a acetona.
branco-amarelado.
Solução (5): solução contendo metronidazol SQR a 0,2
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente mg/mL e de 2-metil-5-nitroimidazol SQR (Impureza A) a
solúvel em clorofórmio, solúvel em acetona, pouco solúvel 0,2 mg/mL em acetona.
em etanol.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
Constantes físico-químicas. secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
Faixa de fusão (5.2.2): 99 ºC a 102 ºC. a solução (1), diferente da mancha principal, não é mais
intensa que aquela obtida com a Solução (3) (0,5%), e não
IDENTIFICAÇÃO mais do que três manchas secundárias são mais intensas que
aquela obtida com a Solução (4) (0,2%). O teste somente
Os testes de identificação C. e D. podem ser omitidos se será válido se o cromatograma obtido com a Solução (5)
forem realizados os testes A. e B. O teste de identificação apresentar duas manchas principais nitidamente separadas.
A. pode ser omitido se forem realizados os testes B., C. e D.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método IV. No
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da máximo 0,002% (20 ppm).
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles amostra, em estufa a 80 ºC, por 3 horas. No máximo 0,5%.
observados no espectro de benzoilmetronidazol SQR,
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
preparado de maneira idêntica.
No máximo 0,1%.
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,001% (p/v) em ácido
clorídrico 1 M, exibe máximos de absorção em 232 nm e em
275 nm, idênticos aos observados no espectro de solução
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 685
ba
aquoso (5.3.3.5). Dissolver 0,25 g da amostra em 50 mL mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
de anidrido acético. Titular com ácido perclórico 0,1 M
SV, determinando o ponto final potenciometricamente ou Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
utilizando cloreto de metilrosalínio SI (cristal violeta) até Cumpre o teste.
mudança de cor para verde-azulado. Cada mL de ácido
perclórico 0,1 M SV equivale a 27,526 mg de C13H13N3O4. DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
absorção no ultravioleta (5.2.14). Transferir volume da
suspensão oral equivalente a 0,4 g de benzoilmetronidazol
ROTULAGEM para balão volumétrico de 100 mL, adicionar 10 mL de
dimetilformamida e 60 mL de etanol. Deixar em ultrassom
Observar a legislação vigente. por 15 minutos, agitar mecanicamente por 15 minutos,
completar o volume com etanol, homogeneizar e filtrar.
CLASSE TERAPÊUTICA Diluir, sucessivamente, em etanol, até concentração
de 0,002% (p/v). Preparar solução padrão na mesma
Antiprotozoário, antibacteriano. concentração, utilizando os mesmos solventes. Medir
as absorvâncias das soluções resultantes em 308 nm,
utilizando etanol para ajuste do zero. Calcular a quantidade
BENZOILMETRONIDAZOL SUSPENSÃO de C13H13N3O4 na suspensão oral a partir das leituras
ORAL obtidas.
pH (5.2.19). 5,5 a 6,5. Determinar na suspensão oral Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL da Solução
reconstituída conforme indicado no rótulo. padrão e Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
C13H13N3O4 na suspensão oral a partir das respostas obtidas
para a Solução padrão e Solução amostra.
686 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
b
água.
ROTULAGEM Adicionar à Solução (1) e à Solução (2) quantidade
Observar a legislação vigente. equivalente a 0,5% (v/v) de uma solução de cloreto de
césio a 1% (p/v). No máximo 0,5% de sódio (5000 ppm).
IDENTIFICAÇÃO
DOSEAMENTO
A. A 5 mL da solução obtida em Aspecto da solução,
Dissolver 0,8 g da amostra em 50 mL de água isenta de
adicionar 0,1 mL de fenolftaleína SI. A solução adquire
dióxido de carbono. Adicionar 0,1 mL de alaranjado
coloração rosa-pálido. Aquecer. O gás evapora, e a
de metila SI. Titular com ácido clorídrico M SV até a
coloração torna-se vermelha.
coloração amarela começar a mudar para rosa-amarelado.
B. Responde às reações do íon carbonato (5.3.1.1). Aquecer cuidadosamente e ferver por 2 minutos. A solução
torna-se amarela. Resfriar e titular até obter coloração rosa-
C. Responde às reações do íon bicarbonato (5.3.1.1). amarelado. Cada mL de ácido clorídrico M SV equivale a
100,100 mg de KHCO3.
D. A solução obtida em Aspecto da solução responde às
reações do íon potássio (5.3.1.1).
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
ENSAIOS DE PUREZA Em recipientes bem fechados.
Aspecto da solução. Dissolver 5 g da amostra em água
isenta de dióxido de carbono e completar o volume para ROTULAGEM
100 mL com o mesmo solvente. A solução obtida é límpida
(5.2.25) e incolor (5.2.12). Observar a legislação vigente.
ba
limite para ferro. No máximo 0,002% (20 ppm).
NaHCO3; 84,01 Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. Dissolver
bicarbonato de sódio; 01249 2 g da amostra na mistura de 2 mL de ácido clorídrico e
Sal de sódio do ácido carbônico (1:1) 18 mL de água. Utilizar 12 mL da solução e prosseguir
[144-55-8] conforme descrito em Ensaio limite para metais pesados.
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de No máximo 0,001% (10 ppm).
NaHCO3. Sulfatos (5.3.2.2). Suspender 1 g da amostra em 10 mL
DESCRIÇÃO de água e adicionar ácido clorídrico até neutralidade.
Prosseguir conforme descrito em Ensaio limite para
Características físicas. Pó branco, cristalino, inodoro. sulfatos. No máximo 0,015% (150 ppm).
Quando aquecido, seco ou em solução, converte-se,
gradativamente, em carbonato de sódio.
DOSEAMENTO
Solubilidade. Solúvel em água, praticamente insolúvel em
Dissolver 1,5 g da amostra em 50 mL de água isenta
etanol.
de dióxido de carbono. Titular com ácido clorídrico M
SV, utilizando 0,2 mL de alaranjado de metila SI como
IDENTIFICAÇÃO indicador. Cada mL de ácido clorídrico M SV corresponde
a 84,010 mg de NaHCO3.
A. Preparar solução de bicarbonato de sódio a 5% (p/v)
em água isenta de dióxido de carbono. A 5 mL desta
solução, adicionar 0,1 mL de solução de fenolftaleína SI. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Desenvolve-se coloração rósea. Sob aquecimento, ocorre
Em recipientes bem fechados.
liberação de gás e a coloração da solução muda para
vermelho.
ROTULAGEM
B. Responde às reações dos íons carbonato e bicarbonato
(5.3.1.1). Observar a legislação vigente.
DESCRIÇÃO
Solução (5): diluir 5,0 mL da Solução (4) para 10 mL com
Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
b
acetona.
branco.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, solúvel em secar ao ar, se necessário aquecer a placa a 105 °C.
acetona, pouco solúvel em etanol, muito pouco solúvel em Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). Qualquer mancha
éter etílico. Solúvel em ácidos minerais diluídos. secundária obtida com a Solução (1), diferente da mancha
Constantes físico-químicas principal, não deve ser mais intensa que a mancha obtida
com a Solução (4) (1,0%) e nenhuma outra mancha deve
Faixa de fusão (5.2.2): 131 °C a 135 °C. ser mais intensa que a mancha obtida no cromatograma
com a Solução (5) (0,5%).
IDENTIFICAÇÃO Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,5 g da
amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, até peso constante.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
No máximo 0,5%.
amostra dessecada a 105 °C, até peso constante, e dispersa
em brometo de potássio, apresenta máximos de absorção Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.
somente nos mesmos comprimentos de onda e com as No máximo 0,1%.
mesmas intensidades relativas daqueles observados no
espectro de bisacodil SQR, preparado de maneira idêntica.
DOSEAMENTO
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 200 nm a 350 nm, da solução da amostra a 0,001% (p/v) Proceder conforme descrito em Titulações em meio
em hidróxido de potássio metanólico 0,6% (p/v), exibe não aquoso (5.3.4.5). Dissolver 0,250 g da amostra em
máximo em 248 nm e um ombro em 290 nm. A absorvância 70 mL de ácido acético glacial, adicionar duas gotas de
em 248 nm é de, aproximadamente, 0,632 a 0,672. 1-naftolbenzeína SI e titular com ácido perclórico 0,1 M SV.
Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias.
C. Nebulizar os cromatogramas obtidos em Substâncias Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 36,139
relacionadas com a mistura de solução de iodo 0,05 mg de C22H19NO4.
M e ácido sulfúrico M (50:50). A mancha principal do
cromatograma da Solução (2), obtida em Substâncias
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
relacionadas, corresponde em posição, cor e intensidade
àquele obtida com a Solução (3). Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e em
temperatura ambiente.
ENSAIOS DE PUREZA
ROTULAGEM
Acidez ou alcalinidade. Agitar 1,0 g da amostra com 20
mL de água isenta de dióxido de carbono. Aquecer até Observar a legislação vigente.
fervura, resfriar e filtrar. No máximo 0,2 mL de hidróxido de
sódio 0,01 M é gasto para neutralizar o filtrado, utilizando
vermelho de metila SI como indicador. No máximo 0,4 CLASSE TERAPÊUTICA
mL de ácido clorídrico 0,01 M é gasto para neutralizar o
Catártico.
filtrado, utilizando o mesmo indicador.
ba
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
C. A 2 mL da solução obtida no teste B. de Identificação,
com sílica-gel quimicamente ligada a grupo octadecilsilano
adicionar ácido sulfúrico. Desenvolve-se coloração violeta.
(4,6 µm), mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase
D. Ferver 2 mL da solução obtida no teste B. de Identificação móvel de 2,0 mL/minuto.
com um pouco de ácido nítrico. Desenvolve-se coloração
Tampão acetato de sódio 0,074 M: contém 10,06 g de
amarela. Resfriar e adicionar hidróxido de sódio 5 M.
acetato de sódio tri-hidratado em água para produzir 1000
Desenvolve-se coloração marrom-amarelada.
mL. Ajustar o pH a 7,4 com ácido acético a 2,5% (v/v)
b
o mesmo estar livre de material oleoso e secar a 100 °C. verificar a neutralização. Titular com ácido perclórico 0,02
Dissolver o resíduo em quantidade mínima de clorofórmio M SV, determinando o ponto final potenciometricamente.
levemente aquecido e solubilizar em 10 mL de ácido Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias.
sulfúrico a 0,5% (v/v). A 2 mL da solução obtida, adicionar Cada mL de ácido perclórico 0,02 M SV equivale a 7,228
50 μL de iodeto de potássio mercúrio SR. Um precipitado mg de C22H19NO4.
branco é formado.
B. Proceder conforme descrito em Doseamento da
D. A 2 mL da solução obtida no teste C. de Identificação, monografia de Bisacodil comprimidos. Preparar a Solução
adicionar ácido sulfúrico. Desenvolve-se coloração violeta. amostra como descrito a seguir.
E. Ferver 2 mL da solução obtida no teste C. de Identificação Solução amostra: transferir quantidade de supositórios
com um pouco de ácido nítrico. Desenvolve-se coloração contendo o equivalente a 0,1 g de bisacodil para funil de
amarela. Resfriar e adicionar hidróxido de sódio 5 M. separação de 500 mL e adicionar 150 mL de n-hexano.
Desenvolve-se coloração marrom-amarelada. Agitar mecanicamente até que os supositórios estejam
dissolvidos. Adicionar 50 mL de acetonitrila, agitar por
1 minuto e aguardar a separação das fases. Transferir a
CARACTERÍSTICAS
fase inferior para balão volumétrico de 200 mL. Extrair
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. o conteúdo remanescente no funil de separação com
duas porções de 50 mL de acetonitrila, reunir as camadas
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. inferiores no balão volumétrico de 200 mL e completar o
Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento. volume com acetonitrila. Agitar e filtrar.
ba
obovada ou obovada, de ápice obtuso, retuso ou agudo e o conjunto envolvido por bainha de fibras. Em toda a
base arredondada, obtusa ou cuneada, ápice e base simétricos lâmina, na hipoderme, colênquima e parênquimas ocorrem
ou assimétricos, margem ligeiramente revoluta, lâmina células contendo compostos fenólicos; no parênquima há
coriácea, quebradiça, verde acinzentada a cinzento prateada, maior concentração de grãos de amido e são frequentes as
pontuações levemente translúcidas, correspondentes a células secretoras esféricas, unicelulares, de grande volume
cavidades secretoras, visíveis a olho nu ou com lente de e de paredes suberizadas; cristais de oxalato de cálcio,
aumento de seis vezes, de 1,2 cm a 7,0 cm de comprimento geralmente na forma de monocristais ou cristais prismáticos
e 0,6 cm a 5,0 cm de largura; lâmina pilosa, com tricomas são encontrados na epiderme e sob a forma de bastonete,
estrelados visíveis com lente de aumento, comumente muito pequenos, finos e agrupados, nos parênquimas; gotas
caducos na face adaxial, sendo essa face áspera ao tato lipídicas ocorrem em todos os tecidos. O pecíolo, em vista
devido às proeminências da base dos tricomas; venação frontal, apresenta cutícula levemente ondulada, epiderme
camptódroma-bronquidródoma. Pecíolo curto, piloso, formada por células pequenas, quadrangulares e de paredes
medindo de 0,1 cm a 0,5 cm de comprimento e de 0,1 cm anticlinais espessas, muitas contendo compostos fenólicos,
a 0,2 cm de largura, côncavo na face adaxial, com duas e muitos tricomas estrelados, iguais aos da lâmina; várias
pequenas costelas laterais, e convexo na face abaxial, com células secretoras esféricas, de grande volume e com
maior densidade de tricomas nessa face. paredes suberizadas são visíveis por transparência. Em
secção transversal, o pecíolo possui duas costelas laterais,
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA voltadas para a face adaxial; a cutícula é espessa, as células
epidérmicas são pequenas, os tricomas são mais comuns na
Lâmina foliar de simetria dorsiventral, hipoestomática, com face abaxial e sua inserção pode chegar até o parênquima
estômatos anomocíticos. Em vista frontal, a cutícula é lisa cortical; a hipoderme é uniestratificada, raramente
e a epiderme voltada para a face adaxial, na região entre as biestratificada, formada por células pequenas de paredes
nervuras, apresenta células poligonais de paredes anticlinais espessas; o colênquima é angular e o parênquima cortical é
espessas, pouco sinuosas e, na face abaxial, células de formado por células poligonais, de paredes muito espessas,
diferentes formas, com paredes sinuosas, espessas; os pequenos cristais de oxalato de cálcio, normalmente
estômatos situam-se acima das demais células epidérmicas monocristais isolados ou agrupamentos em forma de
e são acompanhados por quatro a oito células; na região da bastonete, além de gotas lipídicas e de células secretoras
nervura principal, as células voltadas para a face adaxial de grande volume e de paredes suberizadas; a endoderme é
apresentam diferentes formas, são pouco alongadas, de contínua, formada por células arredondadas a elípticas, com
tamanho homogêneo e de paredes retilíneas, enquanto que grande quantidade de grãos de amido; o sistema vascular
as voltadas para a face abaxial são mais alongadas e tem está representado por um feixe colateral aberto e central,
diferentes tamanhos; entre as nervuras por transparência, são apresentando floema com ou sem uma calota de fibras
visíveis células secretoras; os tricomas são estrelados, mais ou fibras esparsas, isoladas ou agrupadas; o procâmbio é
frequentes na face adaxial e formados por diferentes números evidente e possui grande quantidade de grãos de amido; o
de longas células de paredes espessadas; em regra as células xilema tem distribuição em raios e pode apresentar fibras
epidérmicas têm disposição radial em torno da porção basal isoladas ou em pequenos grupos junto às suas células
do tricoma. Em secção transversal, a cutícula é mais espessa condutoras, além de um expressivo agrupamento de fibras
na face adaxial, a epiderme é uniestratificada, com células junto aos elementos protoxilemáticos.
alongadas e de paredes espessas; a hipoderme, também
apresenta paredes espessas, é uniestratificada, raramente
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
biestratificada, ocorre em ambas as faces, exclusivamente
na região da nervura principal na face abaxial; a epiderme O pó atende a todas as exigências estabelecidas para a
e a hipoderme, em geral, são proeminentes ao redor da base espécie, menos os caracteres macroscópicos. A observação
de cada tricoma; o parênquima paliçádico é uniestratificado microscópica do pó exige utilização de hidrato de cloral.
ou biestratificado, de células colunares mais alongadas, São características: coloração amarelo esverdeada a amarelo
enquanto que a segunda camada é mais frouxa, com células pardacenta; tricomas estrelados íntegros e isolados ou parte
menores e com maior concentração de grãos de amido; o destes, em vista frontal e/ou em vista lateral; porções de
parênquima esponjoso possui várias camadas de células de epiderme da região do mesofilo, com células de paredes
diferentes formas e grandes espaços intercelulares; feixes espessadas e com campos de pontoação visíveis, em vista
colaterais secundários distribuem-se no mesofilo, envolvidos frontal; porções de epiderme com estômatos, em vista frontal;
por bainha completa ou não de fibras, ou por endoderme, porções da epiderme com células de paredes espessas,
ou ocorrem agrupamentos xilemáticos envolvidos por mostrando a base de tricoma estrelado, em vista frontal;
endoderme. Na nervura principal, em secção transversal, fragmentos de epiderme com porções de nervuras, em
a cutícula é mais espessa, principalmente na face abaxial, vista frontal; porções da epiderme do pecíolo, com células
onde as células epidérmicas são pequenas e a hipoderme secretoras visíveis por transparência, em vista frontal; porções
geralmente apresenta duas camadas de células em ambas as do mesófilo com células secretoras, em vista frontal; porções
faces; o colênquima é angular e mais desenvolvido junto à do mesofilo com idioblasto cristalífero e célula com compostos
face abaxial; o parênquima é formado por células poligonais fenólicos, em vista frontal; agrupamentos de fibras, em secção
de paredes espessas; o sistema vascular é formado por um longitudinal; fragmentos do sistema vascular com porções de
692 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
fibras, elementos traqueais, parênquima com porções de fibras, Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
em secção longitudinal; fragmentos da lâmina com porções de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de epiderme, de hipoderme e de parênquima paliçádico, em de detector ultravioleta a 304 nm; coluna de 250 mm de
b
secção transversal; fragmentos de epiderme e de hipoderme, comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
em secção transversal; porções de parênquima paliçádico com com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
células secretoras e com células contendo cristais em forma μm), mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel
de bastonete, em secção transversal; fragmentos da região do de 1,5 mL/minuto.
mesofilo, em secção transversal.
Fase móvel: mistura da Solução A e Solução B (16:84),
preparadas como descrito a seguir.
IDENTIFICAÇÃO
Solução A: mistura de 0,2 mL de dietilamina e 99,8 mL de
A. Triturar algumas folhas com etanol. Evaporar o etanol acetonitrila.
em banho-maria. Adicionar ao resíduo resultante algumas
gotas da solução de vanilina a 1% (p/v) em ácido clorídrico Solução B: mistura de 0,2 mL de dietilamina e 99,8 mL de
SR. Desenvolve-se coloração castanho avermelhada ou água, ajustar o pH para 3,0 utilizando ácido fórmico anidro.
vermelha intensa.
Solução amostra: pesar, exatamente, cerca de 1 g da droga
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia em camada pulverizada em erlenmeyer, adicionar 50 mL de ácido
delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254 como suporte, clorídrico 2 M e aquecer em banho-maria a 80 °C por 30
e mistura de metanol, dietilamina e tolueno (10:10:80) como minutos, com agitação. Filtrar e ressuspender o resíduo com
fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, em forma de 50 mL de ácido clorídrico 2 M e aquecer em banho-maria a
banda, 40 µL (ou 6 µL) da Solução (1) e 20 µL (ou 2 µL) da 80 °C por 30 minutos, com agitação. Filtrar e repetir mais
Solução (2), recentemente preparadas, descritas a seguir. uma vez a operação com o resíduo obtido. Filtrar. Combinar
os filtrados resfriados em funil de separação e agitar com
Solução (1): transferir 0,5 g da droga pulverizada para 100 mL de uma mistura de n-hexano e acetato de etila (1:1).
balão de 50 mL, adicionar uma mistura de 1 mL de ácido Descartar a fase orgânica. Ajustar o pH da fase aquosa para
clorídrico 2 M e 20 mL de água. Homogeneizar. Aquecer 9,0 com hidróxido de amônio 6 M. Extrair a fase aquosa com
em banho-maria, sob refluxo, durante 10 minutos. Resfriar uma porção de 100 mL, e duas porções de 50 mL de cloreto
e filtrar. Adicionar ao filtrado 2 mL de hidróxido de amônio de metileno. Combinar as fases orgânicas e evaporar em
6 M. Extrair o filtrado duas vezes em funil de separação evaporador rotatório até a secura. Transferir o resíduo para
com 20 mL de éter etílico em cada vez, com agitação balão volumétrico de 10 mL utilizando a Fase móvel como
moderada para evitar a formação de emulsão. Reunir as diluente. Completar o volume com a Fase móvel e misturar.
fases orgânicas e evaporar o solvente sob pressão reduzida.
Dissolver o resíduo em 1 mL de metanol. Solução padrão: pesar exatamente cerca de 12 mg de
boldina SQR. Dissolver a quantidade pesada em balão
Solução (2): dissolver 2 mg de boldina SQR em 5 mL de volumétrico de 100 mL utilizando a Fase móvel como
metanol. diluente. Completar o volume com Fase móvel e misturar.
Transferir 1 mL da solução obtida, utilizando pipeta
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
volumétrica, para balão volumétrico de 10 mL. Completar
secar ao ar. Observar a placa sob luz ultravioleta (365
o volume com a Fase móvel e misturar.
nm). O cromatograma obtido com a Solução (2) apresenta
uma mancha azul violácea. O cromatograma obtido com Solução de resolução: utilizar a Solução amostra.
a Solução (1) apresenta mancha similar em posição e
coloração à mancha obtida no cromatograma da Solução Injetar 20 µL da Solução de resolução. Os tempos de retenção
(2). Nebulizar a placa com iodobismutato de potássio aquo- relativos à boldina, cujo tempo de retenção é de cerca de seis
acético. Deixar secar ao ar por cinco minutos. Nebulizar a minutos, são cerca de 0,9 para isoboldina, 1,0 para boldina,
placa com nitrito de sódio SR. Observar à luz visível após 1,8 para N-óxido de isocoridina, 2,2 para laurotetanina, 2,8
30 minutos. A boldina apresenta coloração castanha. para isocoridina e 3,2 para N-metil laurotetanina. Outros
picos podem estar presentes. A resolução entre os picos de
isoboldina e de boldina não é menor que 1,0.
ENSAIOS DE PUREZA
Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL da Solução
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 3,0%. padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e
Água (5.2.20.2). No máximo 10,0%. medir as áreas sob os picos referentes ao padrão de boldina
e aos seis alcaloides descritos e identificados na Solução
Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 10,0%. de resolução, ou seja, na Solução amostra. Calcular o teor,
em porcentagem, de alcaloides totais, expresso em boldina,
Cinzas insolúveis em ácido (5.4.2.5). No máximo 6,0%. segundo a expressão:
DOSEAMENTO
Alcaloides totais
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 693
em que
Óleos voláteis
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e do calor.
694 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A (a, b, c, e, f e g) a 10 mm, em A (d) a 15 mm, em B e C a 14 mm, em D a 5 mm;
em E, F, G e H a 100 µm.
A – aspecto geral de diferentes formas foliares: base foliar assimétrica (bfa); ápice foliar assimétrico (afa); ápice foliar acuminado (afc); pecíolo (pe);
lâmina (l); ápice foliar retuso (aft); ápice foliar arredondado (afr). B – aspecto geral da face adaxial foliar: pedículo (pe); lâmina (l). C – aspecto geral
da face abaxial foliar: bordo (bor). D – detalhe de porção da face abaxial da lâmina foliar, em vista frontal, mostrando parte da nervação da região da
nervura principal até o bordo: bordo (bor); nervura secundária (ns); proeminência formada pela região basal do tricoma estrelado (pre); nervura principal
(np).E – detalhe de porção da epiderme voltada para a face adaxial, na região do mesofilo, em vista frontal: campo primário de pontoação (cpp); célula
fundamental da epiderme (cfe). F – detalhe de porção da epiderme voltada para a face abaxial, na região do mesofilo, em vista frontal: estômato (es);
campo primário de pontoação (cpp); célula fundamental da epiderme (cfe). G – detalhe de porção da epiderme na região da nervura principal, voltada
para a face adaxial, em vista frontal: campo primário de pontoação (cpp); célula fundamental da epiderme (cfe). H – detalhe de porção da epiderme
na região da nervura principal, voltada para a face abaxial, em vista frontal: célula fundamental da epiderme (cfe); célula secretora (cse); idioblasto
cristalífero (ic); campo primário de pontoação (cpp); porção basal de célula do tricoma partido (pbt); tricoma estrelado (tes).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 695
ba
Complemento da legenda da Figura 2. As escalas correspondem em A, C, F, G e E a 100 µm, em B a 400 µm; em D e H a 400 µm.
A – detalhe de porção da lâmina foliar em secção transversal, junto à face adaxial, mostrando proeminência da região basal do tricoma estrelado:
cloroplastídio (clo); gota lipídica (gl); campo primário de pontoação (cpp); cutícula (cu); face adaxial (ad); hipoderme (h); parênquima paliçádico (pp);
epiderme (ep). B – detalhe de porção de tricoma estrelado em vista frontal. C – detalhe de tricoma estrelado em vista lateral: tricoma estrelado (tes); célula
fundamental da epiderme (cfe). D – esquema parcial da região da nervura principal da lâmina foliar, em secção transversal, mostrando um único feixe
vascular: face adaxial (ad); face abaxial (ab); endoderme (end); colênquima (co); feixe vascular (fv); xilema (x); cutícula (cu); hipoderme (h); parênquima
paliçádico (pp); parênquima esponjoso (pe); epiderme (ep); fibras (fb); floema (f); procâmbio (prc). E – esquema parcial da região da nervura principal da
lâmina foliar, em secção transversal, mostrando três feixes vasculares: face adaxial (ad); face abaxial (ab); hipoderme (h); feixe vascular (fv); parênquima
paliçádico (pp); parênquima esponjoso (pe); endoderme (end); fibras (fb); colênquima (co); epiderme (ep); cutícula (cu); floema (f); procâmbio (prc); xilema
(x). F – detalhe de porção da lâmina foliar, na região do mesofilo, em secção transversal, mostrando feixe vascular secundário: face adaxial (ad); face abaxial
(ab); epiderme (ep); cutícula (cu); campo primário de pontoação (cpp); hipoderme (h); parênquima paliçádico (pp); fibras (fb); feixe vascular (fv); idioblasto
cristalífero (ic); xilema (x); floema (f); grão de amido (ga); gota lipídica (gl); espaço intercelular (ei); célula com compostos fenólicos (ccf); parênquima
esponjoso (pe); estômato (es); colênquima (co); cloroplastídio (clo); célula secretora (cse). G – detalhe do bordo na região mediana da lâmina foliar, em
secção transversal: face adaxial (ad); face abaxial (ab); parênquima paliçádico (pp); agrupamento xilemático (ax); espaço intercelular (ei); cloroplastídio
(clo); cutícula (cu); idioblasto cristalífero (ic); célula com compostos fenólicos (ccf); parênquima esponjoso (pe); grão de amido (ga); : gota lipídica (gl);
epiderme (ep); fibras (fb); hipoderme (h). H – detalhe de porção da região mediana da lâmina foliar, em secção transversal, na região da nervura principal:
face adaxial (ad); face abaxial (ab); grão de amido (ga); espaço intercelular (ei); xilema (x); gota lipídica (gl); cloroplastídio (clo); feixe vascular (fv);
idioblasto cristalífero (ic); floema (f); colênquima (co); fibras (fb); pontoação (pto); célula com compostos fenólicos (ccf); célula secretora (cse); parênquima
esponjoso (pe); parênquima paliçádico (pp); hipoderme (h); epiderme (ep); cutícula (cu).
696 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Complemento da legenda da Figura 3. As escalas correspondem em A, B, D e E (E2 até E5) a 100 µm, em C a 400 µm e em E (E1) a 400 µm.
A – detalhe de porção da epiderme do pecíolo, em vista frontal: gota lipídica (gl); célula com compostos fenólicos (ccf); célula secretora (cse); campo
primário de pontoação (cpp); célula fundamental da epiderme (cfe); tricoma estrelado (tes); porção basal de células do tricoma estrelado(pbt). B –
detalhe de porção da epiderme do pecíolo, em vista lateral: tricoma estrelado (tes); célula fundamental da epiderme (cfe); cutícula (cu). C – esquema
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 697
geral do pecíolo, em secção transversal: face adaxial (ad); face abaxial (ab); costela (cst); fibras (fb); colênquima (co); procâmbio (prc); endoderme
(end); epiderme (ep); xilema (x); floema (f): parênquima (p); feixe vascular (fv); tricoma estrelado (tes); hipoderme (h); cutícula (cu). D – detalhe de
porção do pecíolo, em secção transversal, conforme destacado em C: face abaxial (ab); hipoderme (h); cutícula (cu); epiderme (ep); colênquima (co);
ba
parênquima (p); gota lipídica (gl); célula secretora (cse); campo primário de pontoação (cpp); grão de amido (ga); endoderme (end); xilema (x); floema
(f); fibras do xilema (fx); floema (F); idioblasto cristalífero (ic); cloroplastídio (clo). E – detalhes do pó: célula fundamental da epiderme (cfe); campo
primário de pontoação (cpp); estômato (es); base do tricoma (bt); célula secretora (cse); célula com compostos fenólicos (ccf); idioblasto cristalífero
(ic); pontoação (pto); fibras (fb); elemento de vaso com espessamento helicoidal (eh); parênquima (p); face adaxial (ad); face abaxial (ab); cloroplastídio
(clo); gota lipídica (gl); cutícula (cu); epiderme (ep); hipoderme (h); parênquima paliçádico (pp); espaço intercelular (ei). E1 – detalhes de tricomas:
tricoma estrelado em vista frontal (a), porção de tricoma estrelado em vista lateral (b), célula isolada de tricoma estrelado, em vista lateral (c). E2 –
detalhes da epiderme: porção da epiderme na região do mesofilo, em vista frontal (a), porção da epiderme com estômato, em vista frontal (b), porção da
epiderme com células de paredes espessas, mostrando a base de tricoma estrelado, em vista frontal (c), fragmento da epiderme com porção de nervura,
em vista frontal (d), porção da epiderme do pecíolo, em vista frontal (e). E3 – detalhes do mesofilo, em secção transversal: porção do mesofilo com
célula secretora (a), porção do mesofilo com cristais de oxalato de cálcio e com célula contendo compostos fenólicos (b). E4 – detalhes de porções do
sistema vascular, em secção longitudinal: agrupamento de fibras (a), fragmento do sistema vascular com porções de fibras, de elementos traqueais e
de parênquima (b). E5 – detalhes de tecidos da lâmina foliar, em secção transversal: fragmento da lâmina com porção de epiderme, de hipoderme e de
parênquima paliçádico (a), fragmento da epiderme e da hipoderme (b); porção de parênquima paliçádico com célula secretora e célula contendo cristais
(c), fragmento da região do mesofilo (d).
IDENTIFICAÇÃO DOSEAMENTO
b
e aos seis alcaloides descritos e identificados na Solução
de resolução, ou seja, na Solução amostra. Calcular o teor,
em que em porcentagem, de alcaloides totais, expresso em boldina,
segundo a expressão:
n = número de mililitros de hidróxido de sódio 0,01 M SV
gastos;
m = massa da tintura (g). em que
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido ΣA1 = somatório das área sob os picos referentes aos seis
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido alcaloides identificados no cromatograma obtido com a
de detector ultravioleta a 304 nm; coluna de 250 mm de Solução amostra;
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada mb = massa de boldina SQR na Solução padrão (g);
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
A2 = área sob o pico referente à boldina no cromatograma
μm), mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel
obtido com a Solução padrão.
de 1,5 mL/minuto.
ENSAIOS DE PUREZA
Aspecto da solução. Dissolver 4 g da amostra em água
isenta de dióxido de carbono e completar o volume para
CLASSE TERAPÊUTICA
Agente antisséptico, detergente, adstringente para mucosas.
ba
100 mL com o mesmo solvente. A solução obtida é límpida
(5.2.25) e incolor (5.2.12). BROMAZEPAM
Bromazepamum
pH (5.2.19). 9,0 a 9,6. Determinar na solução obtida em
Aspecto da solução.
H O
Carbonato e bicarbonato. Em tubo de ensaio adicionar 5 N
mL de solução aquosa da amostra a 5% (p/v) e 1 mL ácido
clorídrico 3 M. Não ocorre efervescência.
N
Sulfatos (5.3.2.2). Utilizar 15 mL da solução obtida em
Aspecto da solução e prosseguir conforme descrito em Br
Ensaio limite para sulfatos. Preparar a solução padrão
utilizando mistura de 3 mL da solução padrão de sulfato (10
N
ppm SO4) e 12 mL de água. No máximo 0,005% (50 ppm).
comprimentos de onda de solução similar de bromazepam 0,1 M SV e determinar o ponto final potenciometricamente.
SQR. A razão entre os valores de absorvância medidos em Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias.
233 nm e 325 nm está compreendida entre 980 e 1080. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 31,615
b
mg de C14H10BrN3O.
C. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
como suporte, e mistura de dietilamina e éter etílico EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
(30:70), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa,
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
5 µL de cada uma das soluções, recentemente preparadas,
descritas a seguir.
ROTULAGEM
Solução (1): solução a 1 mg/mL da amostra em mistura de
metanol e cloreto de metileno (1:9). Observar a legislação vigente.
Solução (2): diluir a Solução (1) em mistura de metanol Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar
e cloreto de metileno (1:9), de modo a obter solução da quantidade do pó equivalente a 25 mg de bromazepam e
amostra a 20 mg/mL. adicionar 10 mL de metanol. Homogeneizar e filtrar.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar Solução (2): solução a 2,5 mg/mL de bromazepam SQR
secar em corrente de ar por 20 minutos. Examinar sob luz em metanol.
ultravioleta (254 nm). Qualquer mancha secundária obtida
no cromatograma com a Solução (1), diferente da mancha Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar secar
principal, não é mais intensa que aquela obtida com a ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A mancha
Solução (2) (0,2%). principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição,
cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2).
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra, em estufa a vácuo, a 80 °C, por 4 horas. No
CARACTERÍSTICAS
máximo 0,2%.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,1%. Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
ba
70 mL de ácido sulfúrico metanólico 0,1 M...”.
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de Solubilidade. Muito solúvel em água, solúvel em etanol.
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
Constantes físico-químicas.
comprimidos. Transferir quantidade do pó, exatamente
pesada, equivalente a 0,6 g de bromazepam para balão Faixa de fusão (5.2.2): 171 °C a 176 °C, com decomposição.
volumétrico de 100 mL. Adicionar 70 mL de ácido
sulfúrico metanólico 0,1 M e deixar em ultrassom por 20
minutos. Completar o volume com o mesmo solvente, IDENTIFICAÇÃO
centrifugar e filtrar, se necessário. Realizar diluições
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
sucessivas até concentração de 0,0006% (p/v), utilizando
amostra, previamente dessecada a 105 °C por 3 horas,
o mesmo solvente. Preparar solução padrão nas mesmas
dispersa em brometo de potássio, apresenta máximos de
condições. Medir as absorvâncias das soluções resultantes
absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
em 239 nm, utilizando ácido sulfúrico metanólico 0,1 M
com as mesmas intensidades relativas daqueles observados
para ajuste do zero. Calcular a quantidade de C14H10BrN3O
no espectro de brometo de neostigmina SQR, preparado de
nos comprimidos, a partir das leituras obtidas.
maneira idêntica.
b
mistura de 70 mL de ácido acético glacial e 20 mL de Brometos. A 10 mL da solução obtida em Aspecto da
acetato de mercúrio SR. Adicionar quatro gotas de cloreto solução adicionar 1 mL de solução de amido SI, 0,1 mL de
de metilrosanilínio SI e titular com ácido perclórico 0,1 M uma solução de iodeto de potássio 10% (p/v) e 0,25 mL de
SV ate coloração azul. Realizar ensaio em branco e fazer ácido sulfúrico 0,5 M. Proteger da luz por 5 minutos. Não
as correções necessárias. Cada mL de ácido perclórico 0,1 deve ser desenvolvida coloração azul ou violeta.
M SV equivale a 30,32 mg de C12H19BrN2O2.
Cloretos. Transferir 1 g da amostra para erlenmeyer e
dissolver em 20 mL de ácido nítrico a 20% (p/v). Adicionar
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO 5 mL de peróxido de hidrogênio concentrado e aquecer em
banho-maria até a solução ser completamente descolorida.
Em recipientes herméticos.
Lavar as paredes do frasco com um pouco de água e
aquecer em banho-maria por 15 minutos. Resfriar, diluir
ROTULAGEM para 50 mL com água, adicionar 5 mL de nitrato de prata
0,1 M SV e 1 mL de ftalato de dibutila. Homogeneizar
Observar a legislação vigente. e titular com solução de tiocianato de amônio 0,1 M SV
utilizando 5 mL de solução de sulfato férrico amoniacal SR
CLASSE TERAPÊUTICA como indicador. Não mais que 1,7 mL de solução de nitrato
de prata 0,1 M SV são necessários para promover viragem
Colinérgico. do indicador (0,6%). Registrar o volume de nitrato de prata
0,1 M SV utilizado.
ba
dibutila e homogeneizar. Titular com tiocianato de amônio amostra, dessecada em dessecador sob vácuo até peso
0,1 M SV, utilizando 2 mL de sulfato férrico amoniacal SR constante, dispersa em brometo de potássio, apresenta
como indicador, agitando vigorosamente, até a viragem máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
do indicador. Corrigir o volume, subtraindo o volume de de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
nitrato de prata 0,1 M SV gasto no teste para Cloretos em observados no espectro de bromidrato de citalopram SQR,
Ensaios de pureza. Cada mL de nitrato de prata 0,1 M SV preparado de maneira idêntica.
equivale a 10,289 mg de NaBr.
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 200 nm a 400 nm, da solução a 0,001% (p/v) em ácido
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO clorídrico 0,1 M, exibe máximo em 239 nm, idêntico ao
observado no espectro de solução similar de bromidrato de
Em recipientes bem fechados. citalopram SQR.
ENSAIOS DE PUREZA
C20H21FN2O.HBr; 405,30
bromidrato de citalopram; 02162 Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
Bromidrato de 1-[3-(dimetilamino)propil]-1-(4-fluorfenil)- amostra.Dessecar sob vácuo, à temperatura ambiente, até
1,3-diidro-5-isobenzofurancarbonitrila (1:1) peso constante. No máximo 0,5 %.
[59729-32-7]
DOSEAMENTO
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de
C20H21FN2O.HBr, em relação à substância dessecada. Empregar um dos métodos descritos a seguir.
de detector ultravioleta a 239 nm; coluna de 250 mm de Contém no mínimo 98,5% e, no máximo, 100,5% de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada C17H23NO3.HBr em relação à substância dessecada.
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
b
µm), mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel
DESCRIÇÃO
de 1,0 mL/minuto.
Características físicas. Pó cristalino, branco, inodoro e de
Fase móvel: mistura de trietilamina a 0,3% (v/v), ajustar
sabor amargo. Deliquescente ao ar e sensível à luz.
com ácido fosfórico a pH 6,6, e acetonitrila (55:45).
Solubilidade. Muito solúvel em água, em etanol e em
Solução amostra: transferir o equivalente a 10 mg da
clorofórmio. Muito pouco solúvel em éter etílico.
amostra para balão volumétrico de 50 mL e completar o
volume com água. Transferir 5 mL para balão volumétrico
de 25 mL e completar o volume com o mesmo solvente, IDENTIFICAÇÃO
obtendo solução a 40 µg/mL.
A. Colocar 10 mg da amostra em cápsula de porcelana,
Solução padrão: transferir o equivalente a 10 mg de adicionar cinco gotas de ácido nítrico e aquecer em
bromidrato de citalopram SQR para balão volumétrico de banho-maria até completa evaporação. Ao resíduo, após
50 mL e completar o volume com água. Transferir 5 mL resfriamento, adicionar algumas gotas de hidróxido de
para balão volumétrico de 25 mL e completar o volume potássio etanólico 0,5 M é produzida coloração violeta.
com o mesmo solvente, obtendo solução a 40 µg/mL.
B. A 1 mL de solução aquosa a 5% (p/v) da amostra,
Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL da Solução adicionar cloreto de ouro SR gota a gota, até formação
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e de precipitado. Adicionar pequena quantidade de ácido
medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C20H21FN2O. clorídrico diluído e aquecer até dissolução do precipitado.
HBr na amostra a partir das respostas obtidas com a Após resfriamento, devem ser formadas pequenas
Solução padrão e a Solução amostra. lâminas lustrosas, castanho avermelhadas que podem
ser acompanhadas de agulhas com a mesma coloração
(diferenciação com atropina e escopolamina).
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
C. A uma solução aquosa a 5% (p/v) da amostra, adicionar
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e em
nitrato de prata SR. É formado um precipitado branco-
temperatura ambiente.
amarelado, insolúvel em ácido nítrico.
ROTULAGEM
ENSAIOS DE PUREZA
Observar a legislação vigente.
Outros alcaloides. Dissolver 250 mg da amostra em 1 mL
de ácido clorídrico 0,1 M, diluir com água para 15 mL e
CLASSE TERAPÊUTICA separar em duas porções. A uma porção de 5 mL da solução
adicionar algumas gotas de cloreto platínico SR; não deve
Antidepressivo. formar precipitado imediatamente. A outra porção de 5 mL
da solução adicionar 2 mL de amônia SR; a mistura poderá
desenvolver leve opalescência, mas não deverá apresentar
BROMIDRATO DE HIOSCIAMINA turvação nem precipitação imediata.
Hyoscyamini hydrobromidum
Perda por dessecação (5.2.9). Dessecar em estufa a 105º,
por 2 horas. No máximo 1,0%.
H3C
N Cinzas sulfatadas (5.2.10). No máximo 0,2%.
OH DOSEAMENTO
. HBr
Dissolver cerca de 700 mg da amostra, exatamente pesados,
O em mistura de 50 mL de ácido acético glacial e 10 mL de
acetato de mercúrio SR. Adicionar uma gota de cloreto de
O metilrosanilínio SI e titular com com ácido perclórico 0,1 M
SV até o aparecimento de cor azul-esverdeada. Faça ensaio
branco para correção necessária. Cada mL de ácido perclórico
NO3.HBr; 370,28 0,1 M SV equivale a 37,028 mg de C17H23NO3.HBr.
bromidrato de hiosciamina; 04727
Bromidrato do éster (αS)-(3-endo)-8-metil-8-
azabiciclo[3.2.1]octa-3-ílico do ácido α-(hidroximetil)- EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
benzenoacético
Em recipientes herméticos e opacos.
[306-03-6]
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 705
ba
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra, em estufa a 105 ºC, por 4 horas. No máximo 0,5%.
CATEGORIA
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
Anticolinérgico.
No máximo 0,1%.
BROMOPRIDA DOSEAMENTO
Bromopridum
Empregar um dos métodos descritos a seguir
b CARACTERÍSTICAS
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
ba
C14H22BrN3O2 na solução oral a partir das respostas obtidas butilbrometo de escopolamina SQR, preparado de maneira
com a Solução padrão e a Solução amostra. idêntica.
b
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,5 g da
amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC, até peso constante.
No máximo 2,5%. Contém, no mínimo, 92,5% e, no máximo, 107,5% da
quantidade declarada de C21H30BrNO4. Os comprimidos
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 0,5 g da devem ser revestidos (revestimento açucarado).
amostra. No máximo 0,1%.
IDENTIFICAÇÃO
DOSEAMENTO
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade do
Empregar um dos métodos a seguir. pó equivalente a 50 mg de butilbrometo de escopolamina
com 20 mL de clorofórmio. Filtrar, evaporar até secura e
A. Pesar, exatamente, cerca de 0,4 g da amostra e dissolver
ressuspender o resíduo com 5 mL de acetonitrila. Evaporar
em 50 mL de água. Titular com nitrato de prata 0,1 M SV
até secura, a 50 ºC, sob pressão reduzida por 1 hora. O
e determinar o ponto final potenciometricamente. Utilizar
espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) do resíduo,
eletrodo indicador de prata e eletrodo de referência de
disperso em brometo de potássio, apresenta máximos de
prata-cloreto de prata. Realizar ensaio em branco e fazer as
absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
correções necessárias. Cada mL de nitrato de prata 0,1 M
com as mesmas intensidades relativas daqueles observados
SV corresponde a 44,037 mg de C21H30BrNO4.
no espectro de butilbrometo de escopolamina SQR.
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
B. Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade de
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
pó equivalente a 50 mg de butilbrometo de escopolamina
de detector ultravioleta a 210 nm; coluna de 250 mm de
com 20 mL de clorofórmio. Filtrar, evaporar até secura,
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
ressuspender o resíduo com 50 mL de água e filtrar. O
com sílica quimicamente ligada a octadecilsilano (5 mm
espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa de
a 10 mm), mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase
230 nm a 350 nm, da solução filtrada, exibe máximos em
móvel de 2 mL/minuto.
252 nm, 257 nm e 264 nm.
Fase móvel: 2 g de laurilsulfato de sódio em mistura de
C. Utilizar 1 mg do resíduo obtido no método A. de
ácido clorídrico 0,001 M e metanol (37:68).
Identificação desta monografia, e proceder conforme
Solução amostra: dissolver quantidade exatamente pesada descrito no método B. de Identificação da monografia de
da amostra em ácido clorídrico 0,001 M para obter a 0,4 Butilbrometo de escopolamina.
mg/mL.
D. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
butilbrometo de escopolamina SQR em ácido clorídrico àquele do pico principal da Solução padrão.
0,001 M para obter solução a 0,4 mg/mL.
Solução (1): pesar e pulverizar 20 comprimidos. Utilizar maior que o da mancha principal não é mais intensa do que
quantidade do pó equivalente a cerca de 0,1 g de a mancha obtida com a Solução (3) (2%) e não mais que
butilbrometo de escopolamina. Adicionar 10 mL de ácido uma mancha é mais intensa do que a mancha obtida com a
ba
clorídrico 0,001 M, deixar em ultrassom por 15 minutos Solução (4) (0,25%).
e centrifugar por 15 minutos. Se necessário, filtrar o
sobrenadante.
DOSEAMENTO
Solução (2): pesar, exatamente, cerca de 10 mg de
Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento
bromidrato de escopolamina SQR, transferir para balão
da monografia de Butilbrometo de escopolamina. Preparar
volumétrico de 100 mL e completar o volume com ácido
a solução amostra como descrito a seguir.
clorídrico 0,001 M. Transferir 5 mL para balão volumétrico
de 50 mL e completar o volume com o mesmo solvente. Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
Transferir quantidade do pó equivalente a 40 mg de
Solução de resolução: a 10 mL da Solução (2) adicionar 10
butilbrometo de escopolamina para balão volumétrico de
μl da Solução (1).
100 mL, acrescentar 60 mL de ácido clorídrico 0,001 M,
Injetar replicatas de 20 μL da Solução de resolução. deixar em ultrassom por 15 minutos, completar o volume
A resolução entre os picos de escopolamina e com o mesmo solvente e centrifugar por 15 minutos. Se
butilescopolamina não é menor que 5. O desvio padrão necessário, filtrar o sobrenadante.
relativo das áreas de replicatas dos picos registrados não é
Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL das Soluções
menor que 2,0%.
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL de cada áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C21H30BrNO4
solução, registrar os cromatogramas e medir as áreas sob nos comprimidos a partir das respostas obtidas com a
os picos. A área sob o pico correspondente a escopolamina Solução padrão e Solução amostra.
obtido com a Solução (1) não deve ser maior do que a área
sob o pico principal obtido com a Solução (2) (0,1%). EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel 60 F254, como suporte, e mistura de ácido fórmico,
água, etanol e cloreto de metileno (0,5:1,5:9:9), como fase ROTULAGEM
móvel. Permitir que a fase móvel migre em torno de 4 cm
Observar a legislação vigente.
acima do ponto de aplicação na placa cromatográfica e
aplicar, separadamente, 2 μL de cada uma das soluções,
recentemente preparadas, descritas a seguir.
BUTILBROMETO DE ESCOPOLAMINA
Solução (1): pesar e pulverizar 20 comprimidos. Utilizar SOLUÇÃO INJETÁVEL
quantidade do pó equivalente a cerca de 20 mg de
butilbrometo de escopolamina. Adicionar 5 mL de ácido
clorídrico 0,01 M deixar em ultrassom por 15 minutos Contém, no mínimo, 92,5% e, no máximo, 107,5% da
e centrifugar por 15 minutos. Se necessário, filtrar o quantidade declarada de C21H30BrNO4. Pode ser preparada
sobrenadante. em água para injetáveis ou em outro solvente adequado.
Solução (3): diluir 1 mL da Solução (1) para 50 mL com A. Utilizar volume da solução injetável equivalente a 0,1
ácido clorídrico 0,01 M. g de butilbrometo de escopolamina. Evaporar até secura
e ressuspender o resíduo com clorofórmio. Evaporar até
Solução (4): diluir 1 mL da Solução (1) para 400 mL com secura e ressuspender o resíduo com 5 mL de acetonitrila.
ácido clorídrico 0,01 M. Evaporar até secura, a 50 ºC, sob pressão reduzida, por 1
hora. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) do
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, secar resíduo, disperso em brometo de potássio, apresenta máximos
em estufa a 60 ºC durante 15 minutos e nebulizar com de absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
iodeto de potássio e subnitrato de bismuto SR. Deixar com as mesmas intensidades relativas daqueles observados no
a placa secar, nebulizar com nitrito de sódio a 5% espectro de butilbrometo de escopolamina SQR.
(p/v) e examinar imediatamente. A mancha principal
obtida no cromatograma da Solução (1) apresenta Rf de B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
aproximadamente 0,45. Qualquer mancha secundária faixa de 230 nm a 350 nm, da Solução amostra obtida em
obtida no cromatograma da Solução (1) com Rf menor que Doseamento, exibe máximos em 252 nm, 257 nm e 264 nm.
o da mancha principal não é mais intensa do que a mancha
obtida com a Solução (2) (3%), e não mais que duas C. Utilizar 1 mg do resíduo obtido no método A. de
manchas são mais intensas do que a mancha obtida com a Identificação desta monografia, e proceder conforme
Solução (4) (0,25%). Qualquer mancha secundária com Rf
710 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
descrito no método B. de Identificação da monografia de Solução (4): diluir 1 mL da Solução (1) para 400 mL com
Butilbrometo de escopolamina. ácido clorídrico 0,01 M.
b
D. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, secar com a
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde 60 ºC durante 15 minutos e nebulizar com iodeto de potássio
àquele do pico principal da Solução padrão. e subnitrato de bismuto SR. Deixar a placa secar e nebulizar
com nitrito de sódio a 5% (p/v) e examinar imediatamente.
A mancha principal obtida no cromatograma da Solução (1)
CARACTERÍSTICAS apresenta Rf de aproximadamente 0,45. Qualquer mancha
pH (5.2.19). 3,7 a 5,5. secundária obtida no cromatograma da Solução (1) com Rf
menor que o da mancha principal não é mais intensa do que
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. a mancha obtida com a Solução (2) (3%) e não mais que
duas manchas são mais intensas do que a mancha obtida
com a Solução (4) (0,25%). Qualquer mancha secundária
ENSAIOS DE PUREZA com Rf maior que o da mancha principal não é mais intensa
Limite de escopolamina. Proceder conforme descrito no do que a mancha obtida com a Solução (3) (2%) e não mais
método B. de Doseamento da monografia de Butilbrometo do que uma mancha é mais intensa do que a mancha obtida
de escopolamina. Preparar as soluções como descrito a com a Solução (4) (0,25%).
seguir.
Injetar replicatas de 20 μL da Solução de resolução. Solução amostra: transferir volume de solução injetável
A resolução entre os picos de escopolamina e equivalente a 40 mg de butilbrometo de escopolamina para
butilescopolamina não é menor que 5. O desvio padrão balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com
relativo das áreas de replicatas dos picos registrados não é ácido clorídrico 0,001 M.
menor que 2,0%.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL das Soluções
Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL de cada padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
solução, registrar os cromatogramas e medir as áreas sob áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C21H30BrNO4
os picos. A área sob o pico correspondente à escopolamina na solução injetável a partir das respostas obtidas com as
obtida com a Solução (1) não deve ser maior do que a área Soluções padrão e amostra.
sob o pico principal obtido com a Solução (2) (0,1%).
ca
O N N volumétrico de 100 mL e completar o volume com mistura
de metanol e clorofórmio (4:6).
CH3
Desenvolver o cromatograma, no percurso de 15 cm.
C8H10N4O2; 194,19 Remover a placa, deixar secar ao ar. Examinar sob luz
cafeína; 01642 ultravioleta (254 nm). Se aparecerem outras manchas,
3,7-Diidro-1,3,7-trimetil-1H-purina-2,6-diona além da mancha principal, no cromatograma obtido com
[58-08-2] a Solução (1), nenhuma é mais intensa que a mancha do
cromatograma obtido com a Solução (2) (0,5%).
Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,0% de
C8H10N4O2, em relação à substância dessecada. Outros Alcalóides. A 5 mL de uma solução a 0,02% (p/v),
adicionar gotas de iodeto de potássio mercúrio SR. Não
deve precipitar.
DESCRIÇÃO
Arsênio (5.3.2.5). Utilizar o Método 1. No máximo
Características físicas. Pó branco ou cristais aciculares 0,0003% (3 ppm).
brancos e brilhantes. Sublima facilmente sob a ação do
calor. Inodoro e de sabor amargo. A forma hidratada é Chumbo (5.3.2.12). No máximo 0,001% (10 ppm).
eflorescente ao ar.
Metais Pesados (5.3.2.3). Misturar 2 g da amostra com 5
Solubilidade. Ligeiramente solúvel água e etanol, mL de ácido clorídrico 0,1 M e 45 mL de água e aquecer
facilmente solúvel em clorofórmio e pouco solúvel em éter até dissolução. Após o resfriamento, utilizar 25 mL desta
etílico. solução para o ensaio de metais pesados. Prosseguir
conforme descrito em Método I. No máximo 0,002% (20
Constantes físico-químicas. ppm).
Faixa de fusão (5.2.2): 235 °C a 239 °C. Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra. Dessecar em estufa a 115 °C até peso constante,
ou pelo método de Karl Fischer. No máximo 0,5% para a
IDENTIFICAÇÃO
cafeína anidra. No máximo 8,5% para a cafeína hidratada.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
amostra previamente dessecada, dispersa em brometo
No máximo 0,1%.
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
intensidades relativas daqueles observados no espectro de DOSEAMENTO
cafeína SQR, preparado de maneira idêntica.
Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
B. Dissolver cerca de 5 mg da amostra em 1 mL de ácido aquoso (5.3.3.5). Dissolver 0,4 g da amostra, exatamente
clorídrico em vidro de relógio ou cápsula de porcelana, pesada, com aquecimento, em 40 mL de anidrido acético.
adicionar 50 mg de clorato de potássio e evaporar em Esfriar e adicionar 80 mL de benzeno. Titular com
banho-maria até secura. Inverter o vidro de relógio sobre ácido perclórico 0,1 M SV, determinando o ponto final
outro contendo uma pequena quantidade de hidróxido de potenciometricamente. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M
amônio 6 M. O resíduo adquire uma coloração púrpura que SV equivale a 19,47 mg de C8H10N4O2.
desaparece com a adição de hidróxido de sódio M.
c
calamina; 01646 ácido sulfúrico 3,5 M e solução de cloreto estanoso a 40%
Calamina (p/v) em ácido clorídrico. O limite é de 0,0008% (8 ppm).
[8011-96-9]
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Pesar cerca de 2 g da amostra,
Calamina é óxido de zinco com uma pequena proporção calcinar a 500 °C até peso constante. No máximo 2,0%.
de óxido de ferro, e contém, após ignição, não menos que
98,0% e não mais que 100,5% de óxido de zinco (ZnO). TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Pesquisa e identificação de patógenos (5.5.3.1.3).
DESCRIÇÃO
Cumpre o teste para ausência de Pseudomonas aeruginosa
Características físicas. Pó amorfo, não palpável, róseo e Staphylococcus aureus.
ou marrom avermelhado, dependendo da cor da variedade
DOSEAMENTO
e da quantidade do óxido férrico presente, bem como do
processo pelo qual é incorporado. Calcinar, exatamente, cerca de 1,5 g de calamina. A esta
amostra recentemente calcinada, fazer a digestão com 50
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água. Dissolve
mL de ácido sulfúrico 0,5 M SV, aplicando calor suave, até
com efervescência em ácido clorídrico.
não ocorrer mais solubilização. Filtrar a mistura, e lavar o
resíduo no filtro com água quente até que a última lavagem
IDENTIFICAÇÃO seja neutra ao papel de tornassol. Ao filtrado combinado
e lavagens, adicionar 2,5 g de cloreto de amônio, esfriar,
A. Dissolver 1 g da amostra com 10 mL de ácido clorídrico adicionar alaranjado de metila, e titular com hidróxido de
3 M e filtrar. O filtrado responde às reações do íon zinco sódio M SV. Cada mL de ácido sulfúrico 0,5 M SV equivale
(5.3.1.1). a 40,69 mg de óxido de zinco.
B. Dissolver 1 g da amostra em 10 mL de ácido clorídrico 3
M, aquecer à fervura, e filtrar. O filtrado assume coloração EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
avermelhada após a adição de tiocianato de amônio SR.
Em recipientes bem fechados e protegidos da luz.
Chumbo. Para 1 g da amostra, adicionar 15 mL de água, A droga vegetal consiste de flores liguladas inteiras ou
agitar, adicionar então 3 mL de ácido acético glacial, trituradas, acompanhadas de escassas flores tubulosas,
aquecer em banho-maria até dissolver. Filtrar e adicionar separadas do receptáculo e das brácteas involucrais, secas.
cinco gotas de cromato de potássio SR. Nenhuma turvação Não deve conter menos que 0,4% de flavonoides totais,
é formada. calculados como hiperosídeo (C21H20O12, 464,4), em
relação ao material dessecado.
Substâncias insolúveis em ácido. Pesar 2 g e adicionar
50 mL de ácido clorídrico 3 M. Se um resíduo insolúvel
remanescer, coletar em um filtro tarado, lavar com água e
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 713
ca
As flores da periferia são liguladas, pistiladas, de 1,5 cm ornamentações dentadas na face dorsal.
a 3,0 cm de comprimento e 0,5 cm a 0,7 cm de largura
na porção mediana da lígula. Corolas amareladas ou
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
alaranjadas, com o limbo tridentado, apresentando quatro
ou cinco nervuras e tubo curto coberto de tricomas, O pó deve atender a todas as exigências estabelecidas
ocasionalmente acompanhadas de um estilete filiforme para a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
e um estigma bífido. As flores do centro são escassas, características: coloração castanho-amarelada; presença de
tubulosas, pequenas, curtas, de aproximadamente 0,5 cm tubos das flores liguladas; partes de lígulas; fragmentos da
de comprimento, hermafroditas, amarelas ou alaranjadas, epiderme das lígulas com cutícula estriada; fragmentos de
raro quase avermelhadas, com corola quinquedentada; parênquima subepidérmico com gotas de óleo; fragmentos
anteras sagitadas e estilete indiviso. Papus ausente. de epiderme com estômatos anomocíticos grandes;
células basais das corolas contendo cristais; fragmentos
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA de tecido vascular; corolas das flores tubulosas; anteras
das flores tubulosas; fragmentos de anteras na maioria das
Em vista frontal, a face adaxial da epiderme da corola vezes com porções de feixes condutores; grãos de pólen
ligulada mostra células retangulares, alongadas, de equinados, tricolpados; fragmentos de células epidérmicas
contorno levemente sinuoso, com cutícula estriada e é dos estigmas com papilas bulbosas; fragmentos de paredes
destituída de estômatos. Na região apical desta mesma face, de ovários com células pigmentadas: aquênios e tricomas
as células são menores e arranjadas menos regularmente; iguais aos descritos acima.
no extremo basal da lígula existe uma camada de células
com espessamento nas paredes externas contendo prismas
IDENTIFICAÇÃO
e pequenos aglomerados de cristais. A face abaxial da
epiderme é semelhante à adaxial, diferindo desta por Proceder conforme descrito em Cromatografia em camada
apresentar poucos estômatos anomocíticos, os quais são delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, com
relativamente grandes na região apical da lígula, quando espessura de 250 mm, como suporte, e mistura de ácido
comparados com as demais células epidérmicas desta fórmico anidro, água e acetato de etila (10:10:80), como
porção. Na região basal da face abaxial ocorrem tricomas fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, em forma
tectores longos, multicelulares, bisseriados, cônicos, de de banda, 20 mL da Solução (1) e 10 mL da Solução (2),
ápice arredondado e tricomas glandulares multicelulares, descritas a seguir.
de pedicelo unisseriado, com três a cinco células, ou
bisseriado, com três ou quatro células em cada fileira, Solução (1): ferver sob refluxo 1 g da droga pulverizada
ambos com cabeça ovalada, multicelular, geralmente com 10 mL de metanol durante 10 minutos e filtrar.
bisseriada. As células do parênquima subjacente da corola
ligulada apresentam numerosas gotas de óleo de coloração Solução (2): dissolver 2,5 mg de rutina, 1 mg de ácido
amarelo-alaranjada a amarelo-claro. O parênquima da cafeico e 1 mg de ácido clorogênico em metanol, e
lígula é atravessado longitudinalmente por quatro ou cindo completar o volume para 10 mL utilizando o mesmo
feixes vasculares, com elementos de vaso apresentando solvente.
espessamentos anelados e helicoidais. Junto às células Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
parenquimáticas das corolas tubulosas são encontrados secar em estufa a temperatura entre 100 °C e 105 ºC e,
cinco feixes vasculares bifurcados abaixo da zona de ainda morna, nebulizar com uma solução de difenilborato
soldadura das pétalas. Nas brácteas involucrais, quando de aminoetanol a 1% (p/v) em metanol, seguido de uma
presentes, ocorrem tricomas tectores longos, multicelulares, solução de macrogol 400 a 5% (p/v) em metanol. Deixar
bisseriados, cônicos, de ápice arredondado, e tricomas a placa secar ao ar livre por 30 minutos. Examinar sob
tectores com quaro ou cinco células, unisseriadas, das luz ultravioleta (365 nm). O cromatograma obtido com
quais a célula apical é muito mais longa do que as demais a Solução (2), deve apresentar no terço inferior da placa
e frequentemente dobrada e achatada, além de tricomas duas manchas fluorescentes, uma de coloração marrom-
glandulares mais raros, multicelulares, de pedicelo amarelada (rutina) e outra de coloração azul claro (ácido
bisseriado, cônico, com células basais mais longas e clorogênico); e no terço superior, uma mancha fluorescente
irregulares do que as demais. Nas anteras observa-se o de coloração azul claro (ácido cafeico). O cromatograma da
endotécio, composto de células ligeiramente alongadas que, Solução (1) deve apresentar mancha fluorescente marrom-
em vista frontal, mostram espessamentos característicos, amarelada correspondente em posição à mancha obtida
restritos às paredes transversais (anticlinais). Associados com a rutina no cromatograma da Solução (2); manchas
ao endotécio, ocorrem esclereídes pequenos, alaranjados,
714 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
fluorescentes verde amarelada e azul claro, correspondentes Exatamente após 30 minutos, medir a absorvância da
em posição à mancha obtida com o ácido clorogênico no Solução amostra a 425 nm, em cubeta de 1 cm, utilizando
cromatograma da Solução (2); manchas fluorescentes Solução branco para ajuste do zero. Calcular a porcentagem
verde amarelada e azul claro correspondente em posição de flavonoides totais segundo a expressão:
à mancha obtida com o ácido cafeico no cromatograma da
Solução (2). Outras manchas podem estar presentes.
ENSAIOS DE PUREZA
em que
c
Matéria estranha (5.4.2.2). No máximo 3,0%.
A = absorvância da Solução amostra medida;
Água (5.4.2.3). No máximo 12,0%.
m = massa da droga (g);
Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 10,0%. PD = perda por dessecação (% p/p).
ca
A – flor pistilada ligulada. B – tricoma tector multicelular bisseriado do tubo da corola da flor ligulada. C – epiderme da lígula com cutícula estriada. D –
parênquima da lígula contendo gotas de óleo. E – anteras da flor tubulosa. F – corola da flor tubulosa do disco. G – fruto. H – grãos de pólen tricolpados.
I – fragmento de lígula. J – detalhe do parênquima com gotas de óleo na porção indicada em I.
716 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
c
1000 vezes. Também são observados idioblastos contendo
óleos, além de células mucilaginosas. O floema não é
SINONÍMIA CIENTÍFICA estratificado; as placas crivadas possuem uma única área
crivada, são retas ou com diversos tipos de inclinação. Na
Cinnamomum aromaticum Nees. porção externa do floema a dilatação do tecido se dá através
de proliferação dos raios e crescimento tangencial de suas
células, sendo que este tecido de expansão não acumula
CARACTERÍSTICAS
compostos fenólicos.
Características organolépticas. Possui odor aromático
característico e seu sabor é menos doce, levemente DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
mucilaginoso e menos aromático que o da canela-do-
ceilão. O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
características: coloração castanha; grãos de amido isolados
e/ou agrupados, simples ou compostos; fragmentos de
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA tecido parenquimático contendo grãos de amido e gotas
lipídicas; grande quantidade de cristais dissociados,
A droga apresenta a casca na forma de fragmentos com aciculares e/ou prismáticos de ápice truncado; células
3,0 cm a 7,0 cm de comprimento, 1,0 cm a 2,0 cm de pétreas isoladas e/ou agrupadas, dissociadas ou no interior
largura e 1,0 mm a 2,0 mm de espessura. A superfície de fragmentos de tecido parenquimático; raros esclereídes
externa, correspondente aos restos do súber, possui colunares, isolados; fibras de 600 μm de comprimento, em
coloração parda, castanha ou acinzentada, com manchas média, e 35 μm de largura, em média, com paredes espessas,
ou estrias e lenticelas; a textura é rugosa e não áspera. lúmen estreito, isoladas ou associadas a fragmentos de
A superfície interna, correspondente à região do floema, parênquima.
possui coloração castanho-clara a castanha e textura lisa e
homogênea.
IDENTIFICAÇÃO
ENSAIOS DE PUREZA
Cinzas sulfatadas (5.4.2.6). No máximo 5,0%.
DOSEAMENTO
Óleos voláteis
ca
voláteis em drogas vegetais (5.4.2.7). Utilizar balão
de 1000 mL contendo 500 mL de água como líquido de
destilação e 0,5 mL de xileno. Utilizar 50 g da droga moída
e destilar a velocidade de 3 mL a 4 mL por minuto, durante
4 horas. O teor de óleo volátil não deve ser inferior à 1,0%.
trans-cinamaldeído
em que
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e calor.
718 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A a 5 mm; em B a 40 µm; em C a 10 µm; em D a 20 µm; em E a 17,5 µm; em F a
3,8 µm; em G a 24,5 µm; em H e I a 37,5 µm.
A – aspecto geral de porção da casca. B – aspecto histológico de porção externa da casca através de secção transversal: células pétreas (cp); raio
parenquimático (rp); fibra (fb); elemento de tubo crivado (etc). C – detalhe de um idioblasto contendo cristais aciculares de oxalato de cálcio: cristal
(cr); espaço intercelular (ei). D – detalhe parcial de porção do floema, em secção longitudinal: fibra (fb); parênquima (par). E, F, G e H – detalhes do pó.
E – grãos de amido. F – cristais truncado e acicular. G – células pétreas. H – células de parênquima com grãos de amido. I – células parenquimáticas
com inclusão lipídica.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 719
ca
g da amostra em cápsula tarada até completa sublimação.
Secar o resíduo a 120 ºC durante 3 horas, esfriar e pesar. O
H3C O peso do resíduo não deve exceder a 0,05%.
IDENTIFICAÇÃO CANELA-DO-CEILÃO
Cinnamomi cortex
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos Cinnamomum verum J. Presl - LAURACEAE
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de cânfora padrão, preparado de A droga é constituída pela casca seca, isenta da periderme
maneira idêntica. e do parênquima cortical externo, proveniente do caule
principal e de ramificações deste, contendo, no mínimo,
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa 1,2% de óleo volátil contendo, no mínimo, 60,0% de trans-
de 200 nm a 400 nm, de solução da amostra a 0,1% (p/v) cinamaldeido.
preparada com etanol, exibe máximos em 289 ± 1 nm.
c
do floema secundário é castanho escura a quase vinácea.
ca
é de, no mínimo, 60,0%. As concentrações relativas são
obtidas por integração manual ou eletrônica. Calcular o
Índice de retenção relativo (IRR), segundo a expressão:
em que
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e calor.
722 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A a 15 mm; em B a 80 µm; em C e D a 10 µm; em E a 12,5 μm; em F e I a 37,5
μm; em G a 17,5 μm; em H a 125,0 μm.
A – aspecto geral de porção da casca; B – aspecto histológico da casca através de secção transversal: células pétreas; elemento de tubo crivado (etc);
fibra (fb); raio parenquimático (rp); C – idioblasto contendo cristais prismáticos de oxalato de cálcio: cristal (cr); D – idioblasto contendo cristais tipo
ráfide de oxalato de cálcio: cristal (cr); E – H – detalhes do pó; E – grãos de amido; F – esclereíde colunar ramificado; G – cristal acicular; H – células
pétreas; I – células parenquimáticas com inclusão lipídica.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 723
ca
e de paredes retilíneas; os tricomas são unicelulares,
curtos, de parede espessa, e possuem base alargada e ápice
NOMES POPULARES agudo, direcionando-se ao ápice foliar. Os estômatos são
tetracíticos e possuem células-guarda em forma de halteres,
Capim cidró, capim santo.
ocorrendo em maior número na face abaxial. Em secção
transversal, a epiderme é uniestratificada e os estômatos, na
CARACTERÍSTICAS face adaxial, distribuem-se lateralmente ao agrupamento
das células fundamentais, enquanto que, na face abaxial,
Características organolépticas. As folhas secas distribuem-se junto ao clorênquima. Os feixes vasculares
apresentam odor característico de citral e sabor cítrico. são do tipo colateral e de diferentes tamanhos; possuem
bainha especializada do tipo kranz, além de bainha
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA mestomática nos feixes mais desenvolvidos. Os cordões
de fibras ocorrem em ambas as faces, sempre opostos aos
Folhas constituídas por bainha convoluta e lâmina. feixes vasculares, sendo que, na face adaxial, acompanham
Bainha alargada em direção à base, de 4 cm a 26 cm de somente os feixes mais desenvolvidos; as células do
comprimento, com 0,6 cm a 6,5 cm de largura na região clorênquima distribuem-se radialmente em torno dos
basal, 1,0 cm a 3,5 cm na região mediana e 0,9 cm a 2,1 feixes. O parênquima fundamental ocorre tanto na região
cm na região apical. Lígula com 0,2 cm de altura, curta e do mesofilo quanto na região da nervura principal. Células
truncada, membranosa. Tricomas simples, localizados na secretoras ocorrem na região limítrofe entre o clorênquima
base da face adaxial da lâmina foliar, menores do que a e o parênquima fundamental, apresentando conteúdo denso
lígula e distribuídos atrás desta. Lâmina de 60 cm a 85 cm e forma distinta. As células secretoras da bainha e da lâmina
de comprimento, 0,8 cm a 1,1 cm de largura na região basal são visualizadas em reação com lugol, mostrando conteúdo
e 1,4 cm a 1,8 cm na região mediana, verde-clara quando celular denso, de coloração castanha ou vermelha, em
fresca e verde-grisácea quando seca, linear-lanceolada, material fresco ou seco. Na reação com vanilina sulfúrica, o
plana na porção expandida e canaliculada e estreitada conteúdo das células secretoras mostra-se marrom e denso.
na porção basal, acuminada no ápice, áspera devido aos Às vezes, este conteúdo aparece colapsado e concentrado
tricomas curtos e silicosos; margem inteira, com tricomas junto à parede celular. Para a reação com vanilina sulfúrica
rígidos e cortantes em maior quantidade do que no restante os cortes devem ser imersos no álcool etílico, passados para
da lâmina; nervuras paralelas, a mediana mais desenvolvida a vanilina e flambados, submersos nesta, por dois minutos.
e pronunciada na face abaxial. A lâmina, para observação, deve ser montada em etanol e
os cortes não devem ser passados em água.
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
Folha anfi-hipoestomática. Na bainha foliar, a epiderme
em vista frontal, na face adaxial, exibe células de paredes O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
retilíneas, com tricomas silicosos e raros estômatos e na a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
face abaxial, células com paredes sinuosas, dispostas em característicos: cor verde-clara; porções da epiderme,
fileiras e intercaladas com células esclerificadas, localizadas conforme descrito; grande quantidade de fragmentos das
na região correspondente aos agrupamentos de fibras nervuras, com tricomas silicosos; porções do mesofilo
subepidérmicas, além de escassos tricomas unicelulares foliar, conforme descrito; porções do bordo com tricomas
silicosos e estômatos, dispostos em fileiras, na região entre silicosos.
as nervuras. Em secção transversal, as células epidérmicas
são retangulares, sendo a parede periclinal externa mais
espessa; as células voltadas para a face abaxial são IDENTIFICAÇÃO
menores. O parênquima fundamental preenche quase toda Proceder conforme descrito em Cromatografia em
a lâmina e é formado por células volumosas; na sua porção camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
mais interna ocorrem células secretoras de forma distinta com espessura de 250 µm, como suporte, e mistura de
e junto à face abaxial ocorre um clorênquima formado tolueno e acetato de etila (93:7), como fase móvel. Aplicar,
por células menores. Os feixes vasculares são do tipo separadamente, à placa, em forma de banda, 10 µL de cada
colateral; os de maior desenvolvimento estão distribuídos uma das soluções, recentemente preparadas, descritas a
pelo parênquima, enquanto que os menores estão voltados seguir.
para a face abaxial, junto ao clorênquima. Agrupamentos
subepidérmicos de fibras ocorrem em maior quantidade
724 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Solução (1): agitar cerca de 0,5 g da droga moída com 10 As concentrações relativas são obtidas por integração
mL de cloreto de metileno, em recipiente fechado, por 10 manual ou eletrônica.
minutos. Filtrar. Concentrar o filtrado até secura, em banho-
maria, a temperatura não superior a 60 °C. Ressuspender o Calcular o Índice de Kóvats, segundo a expressão:
resíduo em 10 mL de tolueno.
c
n = número de átomos de carbono do alcano de
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
menor peso molecular;
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (365 nm). As
manchas obtidas com a Solução (1) e a Solução (2), com trx = tempo de retenção do composto “x” (intermediário
Rf de aproximadamente 0,60, correspondem em posição e a trz e trz+1);
intensidade àquela obtida com a Solução (3). Nebulizar a trz = tempo de retenção do alcano com “n” carbonos;
placa com vanilina sulfúrica SR e deixar em estufa entre 100 trz+1 = tempo de retenção do alcano com “n +1” carbonos.
°C e 105 °C, durante 5 minutos. A mancha correspondente
ao citral apresenta coloração azul escura.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
ENSAIOS DE PUREZA Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e do
calor.
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 1%.
DOSEAMENTO
Óleos voláteis
Citral A e citral B
ca
Complemento da legenda da Figura 1. As réguas correspondem em A e B a 3 cm; em C a 0,5 cm; em D até G a 100 µm.
A – aspecto geral da lâmina foliar. B – aspecto geral da bainha foliar. C – detalhe da porção entre bainha e lâmina foliar, mostrando a lígula e os tricomas:
bainha foliar (bf); lígula (l); lâmina foliar (lf); tricomas tectores (tt). D – detalhe da epiderme da face adaxial da lâmina foliar: célula buliforme (cb);
célula fundamental da epiderme (cfe); célula epidérmica suberosa (ces); estômato (es); tricoma silicoso (ts). E – detalhe da epiderme da face abaxial
da lâmina foliar: célula epidérmica suberosa (ces); célula fundamental da epiderme (cfe); estômato (es); tricoma silicoso (ts). F – detalhe da epiderme
da face adaxial da bainha foliar: células fundamentais da epiderme sobre uma nervura (cen); células fundamentais da epiderme (cfe); estômato (es).
G – detalhe da epiderme da face abaxial da bainha foliar: célula epidérmica esclerificada (cee); célula fundamental da epiderme (cfe); estômato (es).
726 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Complemento da legenda da Figura 2. As réguas correspondem em A a 100 µm; em B a 20 µm; em C a 1 mm; em D até J a 100 µm.
A – detalhe da secção transversal da lâmina foliar: bainha kranz (bk); bainha mestomática (bm); célula buliforme (cb); célula fundamental da epiderme
(cfe); clorênquima (cl); célula secretora (cse); estômato (es); floema(f); fibras (fb); feixe vascular (fv); parênquima fundamental (pf); tricoma silicoso
(ts); xilema (x). B – detalhe da lâmina foliar contendo um estômato: célula fundamental da epiderme (cfe); célula-guarda (cg); clorênquima (cl); célula
subsidiária (csb); câmara subestomática (csu). C – aspecto geral da secção transversal de parte da bainha foliar: clorênquima (cl); floema (f); cordão de
fibras (fb); feixe vascular (fv); parênquima fundamental (pf); xilema (x). D – detalhe de um elemento de vaso com espessamento reticulado. E – detalhes
de fragmentos observados no pó: bordo foliar com tricoma silicoso. F – detalhes de fragmentos observados no pó: epiderme com células sobre a nervura
mostrando tricoma silicoso. G – detalhes de fragmentos observados no pó: células epidérmicas. H – detalhes de fragmentos observados no pó: epiderme
com células sobre a nervura. I – detalhes de fragmentos observados no pó: células epidérmicas. J – detalhes de fragmentos observados no pó: epiderme.
Célula suberosa (ces); célula fundamental da epiderme (cfe).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 727
ca
volume para 100 mL com o mesmo solvente. Homogeneizar.
C9H15NO3S; 217,29 Transferir 5 mL dessa solução para balão volumétrico de
captopril; 01699 50 mL, homogeneizar e completar o volume com o mesmo
1-[(2S)-3-Mercapto-2-metil-1-oxopropil]-L-prolina solvente.
[62571-86-2]
Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL de cada
Contém, no mínimo, 97,5% e, no máximo, 102,0% de solução, registrar os cromatogramas por, no mínimo, três
C9H15NO3S, em relação à substância dessecada. vezes o tempo de retenção do captopril e medir as áreas
sob os picos. O teste somente é válido se o cromatograma
obtido com a Solução (3) apresenta três picos e a resolução
DESCRIÇÃO entre os dois picos de maior tempo de retenção não é menor
que 2,0. Os três picos correspondem, respectivamente, ao
Características físicas. Pó cristalino branco ou quase
excesso de iodo, ao captopril e ao dissulfeto de captopril
branco.
formado. A área de qualquer pico secundário obtido no
Solubilidade. Solúvel em água, facilmente solúvel em cromatograma com a Solução (1) não é maior que 0,5 vezes
metanol e cloreto de metileno. Solúvel em soluções a área sob o pico principal obtido no cromatograma com a
diluídas de hidróxidos alcalinos. Solução (2) (1,0%). A soma das áreas de todos os picos
obtidos com a Solução (1), exceto a do pico principal, não é
Constantes físico-químicas. maior que a área sob o pico principal obtido com a Solução
(2) (2,0%). Não considerar picos referentes ao solvente ou
Faixa de fusão (5.2.2): 105 ºC a 108 ºC.
com área inferior a 0,1 vezes a área sob o pico principal
Poder rotatório específico (5.2.8): –156º a –161º, em obtido no cromatograma com Solução (2) (0,2%).
relação à substância dessecada. Determinar em solução a
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
2% (p/v) em água isenta de dióxido de carbono.
máximo 0,002% (20 ppm).
Nota: proteger as soluções descritas a seguir da exposição Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
ao ar e utilizá-las dentro de, no máximo, 8 horas. secar ao ar. Nebulizar com difenilcarbazona mercúrica SR.
A mancha principal obtida com a Solução (1) corresponde
Solução amostra: dissolver quantidade exatamente pesada em posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução
da amostra em Fase móvel de modo a obter solução a 0,5 (2).
mg/mL.
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
de captopril SQR em Fase móvel de modo a obter solução corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
a 0,5 mg/mL.
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
o equivalente a 0,1 g de captopril para balão volumétrico de declarada de C9H15NO3S se dissolvem em 20 minutos.
25 mL, adicionar 15 mL de metanol, deixar em ultrassom
por 30 minutos, agitando ocasionalmente. Completar o
ENSAIOS DE PUREZA
volume com o mesmo solvente, homogeneizar e filtrar.
Limite de dissulfeto de captopril. Proceder conforme
Solução (2): preparar solução de captopril SQR a 4 mg/mL
descrito no método B. de Doseamento. Injetar,
em metanol.
separadamente, 20 µL da Solução teste e da Solução
amostra. A área do pico relativo ao dissulfeto de captopril
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 729
obtido na Solução amostra não deve ser superior à área do comprimidos a partir das respostas obtidas com a Solução
pico relativo ao dissulfeto de captopril obtido na Solução padrão e a Solução amostra.
teste. No máximo 3,0%.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Em recipientes bem fechados.
Contagem do número total de micro-organismos
mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
ROTULAGEM
ca
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Observar a legislação vigente.
Cumpre o teste.
DOSEAMENTO CARBAMAZEPINA
Carbamazepinum
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
C. Aquecer cerca de 0,1 g de amostra com 2 mL de ácido (iminoestilbeno) em metanol para obter concentração de
nítrico, em banho-maria, por 3 minutos. Desenvolve-se 0,02 mg/mL de cada componente. Transferir 5 mL dessa
coloração vermelho-alaranjada. solução para balão volumétrico de 100 mL, completar com
Fase móvel, obtendo solução a 1 µg/mL.
ENSAIOS DE PUREZA Solução de resolução: dissolver quantidade, exatamente
pesada, de carbamazepina SQR e carbamazepina substância
Acidez ou alcalinidade. Pesar 2,5 g da amostra e transferir
relacionada A SQR (10,11-diidrocarbamazepina) em
para balão volumétrico de 50 mL. Adicionar 20 mL de água.
metanol de modo a obter solução de 100 µg/mL e 500 µg/
Agitar, completar o volume com água e homogeneizar.
c
mL, respectivamente. Transferir 5 mL dessa solução para
Filtrar. A uma alíquota de 20 mL adicionar uma gota de
balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com
fenolftaleína SI. Titular com hidróxido de sódio 0,01 M.
Fase móvel.
Realizar em paralelo uma prova em branco. Não mais que
1 mL é requerido para cada 1 g de amostra. A outra alíquota Teste de Adequabilidade do Sistema: injetar replicatas de 20
de 20 mL adicionar uma gota de vermelho de metila SI. μL da Solução de resolução. A resolução entre os picos de
Titular com ácido clorídrico 0,01 M. Realizar em paralelo carbamazepina substância relacionada A e carbamazepina
uma prova em branco. Não mais que 1 mL é requerido para padrão não é menor que 1,70. O desvio padrão relativo das
cada 1 g de amostra. áreas de replicatas dos picos registrados não é maior que
2,0 %.
Substâncias Relacionadas.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 mL das Soluções
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
padrão e amostra. Registrar os cromatogramas e medir
A. Proceder conforme descrito em Cromatografia em as áreas sob os picos. Calcular a quantidade em mg de
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, qualquer impureza encontrada na Solução amostra a partir
como suporte, e mistura de tolueno e metanol (70:30), das respostas obtidas.
como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 2 μL
Cloretos (5.3.2.1). Ferver 0,5 g da amostra com 20 mL
de cada uma das soluções, recentemente preparadas em
de água por 10 minutos, esfriar e filtrar, quantitativamente,
mistura de clorofórmio e etanol (1:1), descritas a seguir.
para tubo de Nessler. No máximo 0,014 % (140 ppm).
Solução (1): solução a 50 mg/mL da amostra.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. Aquecer,
Solução (2): solução a 0,05 mg/mL da amostra. à ebulição, 1 g da amostra em 20 mL de água por 10 min,
esfriar e filtrar, quantitativamente, para tubo de Nessler. No
Solução (3): solução a 50 mg/mL de carbamazepina SQR. máximo 0,001% (10 ppm).
Solução (4): solução a 0,05 mg/mL de iminodibenzila. Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 2 g da
amostra. Dessecar em estufa a 105 oC, por 2 horas. No
Solução (5): solução a 0,05 mg/mL de carbamazepina máximo 0,5 %.
substância relacionada B SQR (iminoestilbeno).
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar No máximo 0,1%.
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm e 365
nm). Nebulizar com dicromato de potássio a 0,5% (p/v) em
ácido sulfúrico M. Qualquer mancha secundária obtida no DOSEAMENTO
cromatograma com a Solução (1) não é mais intensa que as
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
manchas obtidas com as Soluções (4) e (5) (0,1%). Aquecer
a 140 ºC por 15 minutos e observar sob luz ultravioleta (254 A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
nm e 365 nm). Qualquer mancha obtida no cromatograma absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar, exatamente, cerca
com a Solução (1), com valor de Rf menor que a mancha de 50 mg da amostra. Transferir para balão volumétrico
principal, não é mais intensa que a obtida com a Solução de 50 mL, adicionar 25 mL de metanol e deixar em
(2) (0,1%). ultrassom por 15 minutos. Completar o volume com o
mesmo solvente. Diluir sucessivamente, em metanol, até
B. Proceder conforme descrito no método B. de
concentração de 0,001% (p/v). Preparar solução padrão,
Doseamento. Preparar as seguintes soluções.
na mesma concentração, utilizando o mesmo solvente.
Solução amostra: pesar, exatamente, cerca de 100 mg Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 285
de amostra. Transferir para balão volumétrico de 50 mL, nm, utilizando metanol para ajuste do zero. Calcular o
dissolver e completar o volume com metanol. Transferir teor de C15H12N2O na amostra a partir das leituras obtidas.
25 mL dessa solução para um balão volumétrico de 50 mL Alternativamente, realizar o cálculo utilizando A (1 %, 1
e completar com Fase móvel. cm) = 490, em 285 nm, em metanol.
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada, B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
de carbamazepina SQR, carbamazepina substância de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
relacionada A SQR (10,11-diidrocarbamazepina) de detector ultravioleta a 230 nm; coluna de 250 mm de
e carbamazepina substância relacionada B SQR comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 731
Fase móvel: metanol e água (70:30). Teste de Dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
Solução amostra: dissolver quantidade, exatamente Teste de Friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
pesada, da amostra em metanol para obter solução a 2 mg/
Teste de desintegração (5.1.4.1). No máximo 5 minutos.
mL. Deixar em ultrassom por 15 minutos. Transferir 5 mL
dessa solução para balão volumétrico de 50 mL e completar
ca
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
o volume com fase móvel, obtendo solução a 0,2 mg/mL.
Anticonvulsivante.
ENSAIOS DE PUREZA
Água (5.2.20.1). No máximo 3,0%.
CARBAMAZEPINA COMPRIMIDOS
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Contém, no mínimo, 92,0 % e, no máximo, 108,0 % da
quantidade declarada de C15H12N2O. Contagem do número total de micro-organismos
mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
c
adicionar 2 mL de amônia, diluir para 50 mL com água e
Transferir quantidade do pó equivalente a 100 mg de filtrar. A 10 mL do filtrado, adicionar 1 mL de solução de
carbamazepina para balão volumétrico de 50 mL, adicionar dietilditiocarbamato de sódio a 0,1% (p/v). A coloração da
25 mL de metanol e deixar em ultrassom por 15 minutos. solução não é mais intensa que a de uma solução referência
Completar o volume com o mesmo solvente, homogeneizar preparada em paralelo, nas mesmas condições, utilizando
e filtrar. Transferir 5 mL do filtrado para balão volumétrico mistura de 0,25 mL de Solução padrão de cobre (10 ppm
de 50 mL e completar o volume com Fase móvel, obtendo Cu) e água suficiente para 10 mL no lugar do filtrado. No
solução a 0,2 mg/mL. máximo 0,005% (50 ppm).
Procedimento: injetar, separadamente, 20 mL da Solução Metais alcalinos e alcalinos terrosos. A 1 g da amostra
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas adicionar 10 mL de água e 10 mL de ácido acético SR.
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de Aquecer à ebulição por 2 minutos, resfriar e filtrar. Lavar
C15H9N2O nos comprimidos a partir das respostas obtidas o resíduo com 20 mL água destilada. Adicionar ao filtrado
para a Solução padrão e a Solução amostra. 2 mL de ácido clorídrico SR e 20 mL de água. Aquecer
à ebulição e passar sulfeto de hidrogênio através da
solução até que todo o bismuto seja precipitado. Filtrar,
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
lavar o resíduo com água, evaporar em banho-maria até
Em recipientes herméticos, ao abrigo da luz. secura e adicionar 0,5 mL de ácido sulfúrico. Incinerar
cuidadosamente e deixar resfriar. A massa de resíduo não
deverá ser maior que 10 mg (1,0%).
ROTULAGEM
Nitratos. Transferir 0,25 g da amostra para erlenmeyer
Observar a legislação vigente. de 125 mL, adicionar 20 mL de água destilada, 0,05 mL
de índigo carmim SV e, cuidadosamente, 30 mL de ácido
sulfúrico. Titular imediatamente com índigo carmim SV até
CARBONATO BÁSICO DE BISMUTO viragem para coloração azul estável. O volume de índigo
Bismuthi subcarbonas carmim SV gasto não é maior que o volume equivalente a
1 mg de NO3 (0,4%).
(BiO)2CO3; 509,97 Prata. A 2 g da amostra adicionar 1 mL de água e 4 mL
carbonato básico de bismuto; 01747 de ácido nítrico. Aquecer, cuidadosamente, até dissolução,
Óxido de carbonato de bismuto resfriar e diluir para 11 mL com água. Adicionar 2 mL de
[5892-10-4] ácido clorídrico M, homogeneizar e deixar em repouso
por 5 minutos ao abrigo da luz. Qualquer opalescência
Contém, no mínimo, 97,6% e, no máximo, 100,7% de desenvolvida não é mais intensa do que a de um padrão
(BiO)2CO3, em relação à substância dessecada, equivalente preparado pela mistura de 10 mL de solução padrão de
a, no mínimo, 80,0% e, no máximo, 82,5% de bismuto. prata (5 ppm Ag), 1 mL de ácido nítrico e 2 mL de ácido
clorídrico M. No máximo 0,0025% (25 ppm).
DESCRIÇÃO
Arsênio (5.3.2.5). Transferir 0,6 g da amostra para balão
Características físicas. Pó branco, inodoro, insípido. de destilação. Adicionar 5 mL de água, 7 mL de ácido
sulfúrico e resfriar. Adicionar 5 g de mistura redutora e
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, etanol e 10 mL de ácido clorídrico. Aquecer, gradualmente, até
éter etílico. Dissolve-se, com efervescência, em ácidos ebulição, durante 15 a 30 minutos, e continuar aquecendo de
minerais diluídos e ácido acético glacial. modo que a destilação prossiga regularmente até o volume
do balão se reduzir à metade, ou até que o condensador
IDENTIFICAÇÃO se encha de vapor por 5 minutos. A destilação deve ser
interrompida antes da formação de vapores de trióxido de
A. Responde às reações do íon bismuto (5.3.1.1). enxofre. Coletar o destilado em um tubo contendo 15 mL
de água resfriada em banho de gelo. Lavar o condensador
B. Responde às reações do íon carbonato (5.3.1.1). com água e diluir o destilado a 25 mL com mesmo solvente
e prosseguir conforme descrito em Método visual. Preparar
a solução referência utilizando uma mistura de 3 mL de
Solução padrão de arsênio (1 ppm As) e 22 mL de água.
No máximo 0,0005% (5 ppm).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 733
Chumbo. Proceder conforme descrito em insolúvel em água e etanol. Dissolve com efervescência em
Espectrofotometria de absorção atômica (5.2.13.1), utilizar ácido acético M, ácido clorídrico 3 M e ácido nítrico 2 M.
o Método II. Dissolver 12,5 g da amostra em 75 mL de uma
mistura de volumes iguais de água e ácido nítrico isento de
IDENTIFICAÇÃO
chumbo. Aquecer à ebulição por 1 minuto, resfriar e diluir
para 100 mL com água. Para o preparo das soluções de A. Introduzir, em tubo de ensaio, cerca de 0,1 g da amostra
referência de chumbo, utilizar quantidades apropriadas de e suspender com 2 mL de água. Em seguida, adicionar 3
solução padrão de chumbo e de ácido nítrico a 37% (v/v) mL de ácido acético 2 M, fechando o tubo imediatamente
isento de chumbo. Medir as absorvâncias das soluções em com uma rolha conectada a um tubo de vidro em “U”. A
ca
283,3 nm utilizando lâmpada de cátodo-oco como fonte mistura efervesce. Na outra extremidade do tubo em “U”,
de radiação e chama ar-acetileno. No máximo 0,002% (20 conectar um segundo tubo de ensaio, contendo hidróxido
ppm). de bário 0,1 M. Aquecer brandamente o tubo que contém
a amostra. Forma-se, no segundo tubo, um precipitado que
Cloretos (5.3.2.1). Determinar em 0,7 g da amostra e 1 mL
se dissolve em ácido clorídrico 6 M.
de ácido clorídrico 0,01 M. No máximo 0,05% (500 ppm).
B. Responde às reações do íon cálcio (5.3.1.1).
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra, em estufa, a 105 °C. No máximo 1,0%.
ENSAIOS DE PUREZA
DOSEAMENTO Substâncias insolúveis em ácido. Pesar 5 g de amostra
e gotejar ácido clorídrico, com agitação, até cessar a
Dissolver 0,25 g da amostra em 2 mL de ácido nítrico e
efervescência. Em seguida, transferir para balão de 200 mL
diluir para 100 mL com água. Proceder conforme descrito
e completar o volume com água. Filtrar em papel de filtro
em Titulações complexométricas (5.3.3.4) para Bismuto.
adequado. Lavar o resíduo até que a última lavagem não
Cada mL de edetato dissódico 0,05 M SV equivale a
apresente reação para cloreto (5.3.1.1). Incinerar e deixar
12,749 mg de (BiO)2CO3, correspondendo a 10,449 mg de
na estufa entre 100 °C e 105 °C por 1 hora. O peso do
bismuto.
resíduo é de, no máximo, 10 mg (0,2%).
c
amostra e transferir para um béquer. Adicionar 5 mL de DESCRIÇÃO
ácido clorídrico 3 M e aquecer até a ebulição para eliminar
o gás carbônico. Transferir quantitativamente para balão Características físicas. Apresenta-se sob duas variedades:
volumétrico de 25 mL e completar o volume com água. leve e pesado.
Sulfato (5.3.2.2). Utilizar 5 mL da solução da amostra Carbonato de magnésio leve: massa branca, leve, friável,
obtida no teste de bário. No máximo 0,25% (2500 ppm). ou pó branco, finíssimo, leve, insípido e inodoro.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método I. Utilizar 5 mL Carbonato de magnésio pesado: pó granuloso, branco,
da solução da amostra obtida no teste de bário. No máximo insípido e inodoro.
0,002% (20 ppm).
Ambos, quando agitados com água, tornam-na levemente
Perda por dessecação. (5.2.9). Determinar em 1 g da alcalina ao papel de tornassol.
amostra. Dessecar em estufa a 200 °C, por 4 horas. No
máximo 2%. Solubilidade. Praticamente insolúvel em água e etanol;
dissolve-se a frio, em quantidade apreciável, na água
saturada de dióxido de carbono.
DOSEAMENTO
Pesar, exatamente, cerca de 0,1 g da amostra, previamente IDENTIFICAÇÃO
dessecada e transferir para um erlenmeyer de 250 mL.
Adicionar 50 mL de água e 2 mL de ácido clorídrico A. Quando tratado com ácidos minerais diluídos produz
diluído, cobrir com vidro de relógio e agitar até dissolução efervescência.
do carbonato de cálcio. Calcular o ponto de equivalência B. A solução obtida no teste A. de Identificação responde
teórico e titular com edetato dissódico 0,05 M SV até às reações do íon magnésio (5.3.1.1).
aproximadamente 2 mL antes deste volume. Adicionar 8
mL de hidróxido de sódio SR e 150 mg do indicador azul de
hidroxinaftol. Continuar a titulação com edetato dissódico ENSAIOS DE PUREZA
0,05 M SV até cor azul. Cada mL de edetato dissódico 0,05
M SV equivale a 5,004 mg de CaCO3. Arsênio (5.3.2.5). A 1 g de amostra, adicionar 10 mL de
água e 5 mL de ácido clorídrico bromado SR, eliminar
o excesso de bromo com algumas gotas de cloreto de
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO estanho(II) SR, e prosseguir como descrito no Ensaio
limite de arsênio . Utilizar Método I. No máximo 0,0005%
Em recipientes bem fechados. (5ppm).
ca
Ensaio limite de ferro. No máximo 0,12%, (1200 ppm). Contém, no mínimo, 99,5% e, no máximo, 100,5 % de
K2CO3, em relação à substância dessecada.
Cloretos (5.3.2.1). Pesar, exatamente, cerca de 0,5 g de
amostra, adicionar 15 mL de ácido nítrico 2 M, 25 mL
de água e 1 mL de nitrato de prata 0,25 M. Completar o DESCRIÇÃO
volume para 50 mL com água. Se produzir opalescência,
esta não deverá ser mais intensa do que a produzida por 0,1 Características físicas. Pó granuloso, branco e
mg de cloreto em igual volume de líquido, empregando-se higroscópico.
os mesmos reagentes. No máximo 0,02% (200 ppm).
Solubilidade. Facilmente solúvel em água e praticamente
Substâncias insolúveis em ácido clorídrico. Misturar 5 g insolúvel em etanol.
da amostra com 75 mL de água e adicionar, sobre agitação,
ácido clorídrico, em pequenas porções até completa IDENTIFICAÇÃO
dissolução. Ferver durante 5 minutos. Recolher o resíduo
insolúvel em um filtro e lavar até que as águas de lavagem A. A solução a 0,1% (p/v) da amostra responde às reações
não mais dêem reação de cloreto. Incinerar, deixar esfriar do íon carbonato (5.3.1.1).
e pesar. O resíduo deverá pesar, no máximo, 0,0025 g
(0,05%). B. A solução a 0,1% (p/v) da amostra responde às reações
do íon potássio (5.3.1.1).
Substâncias solúveis em água. A 50 mL de água
recentemente fervida, adicionar 1 g de amostra e levar à
ENSAIOS DE PUREZA
ebulição durante 5 minutos. Filtrar, evaporar o filtrado até
a secura e dessecar o resíduo a 110 °C, durante 1 hora. Matéria insolúvel. Dissolver 10 g da amostra em 100
Deverá pesar, no máximo, 0,01 g (1%). mL de água em um béquer. Aquecer o béquer coberto até
ebulição, em banho-maria, por 1 hora. Filtrar a solução em
DOSEAMENTO funil tarado de média porosidade (10 μm a 15 μm). Lavar
com água quente. Secar a 105 ºC, resfriar em dessecador e
Pesar, exatamente, cerca de 1 g de amostra, adicionar 50 pesar. No máximo 0,01% (100 ppm).
mL de ácido sulfúrico 0,5 M SV, 0,5 mL de alaranjado
de metila SI e dosear o excesso de ácido com hidróxido Cálcio e magnésio. A 20 mL da solução da amostra a
de sódio M SV. Subtrair do volume de ácido 0,5 M SV 10% (p/v), adicionar ácido clorídrico até reação ácida ao
consumido e correspondente ao CaO determinado em papel de tornassol, acrescentar 5 mL de oxalato de amônio
Ensaios de pureza. A diferença será o volume de ácido SR, 2 mL de fosfato de sódio dibásico heptaidratado SR
sulfúrico 0,5 M SV que equivale ao carbonato de magnésio. e 10 mL de hidróxido de amônio. Deixar em repouso, em
Cada mL de ácido sulfúrico 0,5 M SV equivale a 0,02015 lugar fresco, durante 24 horas. Se ocorrer formação de
g de MgO e a 0,02804 g de CaO. precipitado, filtrar e lavar com hidróxido de amônio a 2%
(v/v). Dessecar e calcinar até peso constante. A massa do
resíduo não é superior a 0,4 mg. No máximo 0,02%.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Cianeto. A 15 mL da solução da amostra a 10% (p/v),
Em recipientes fechados. adicionar 0,5 mL de sulfato ferroso SR e 0,5 mL de cloreto
férrico SR. Adicionar ácido clorídrico SR até reação
ROTULAGEM fortemente ácida. Não se desenvolve coloração azul.
papel de tornassol. Adicionar 1 mL de cloreto de bário SR, Sal de sódio do ácido carbônico hidratado (2:1:1)
completar o volume para 50 mL com água e aquecer em [5968-11-6]
banho-maria durante 15 minutos. Se produzir opalescência,
não deverá ser mais intensa que aquela produzida por 0,2 Contém, no mínimo, 99,5% e, no máximo, 100,5% de
mg do íon sulfato (SO42-) tratado nas mesmas condições. Na2CO3, em relação à substância dessecada.
No máximo 0,01% (100 ppm).
c
aquecer até ebulição. Adicionar uma gota de fenolftaleína
SI e neutralizar com hidróxido de sódio M até coloração Inodoro e de sabor alcalino e cáustico. No ar úmido e em
levemente rosa. Resfriar e diluir com água para 25 mL. lugar fresco, absorve água; a 100 °C torna-se anidro.
Prosseguir conforme descrito em Método I. No máximo Solubilidade. Facilmente solúvel em água, água fervente e
0,0005% (5 ppm). glicerol. Insolúvel em etanol.
Ferro (5.3.2.4). Dissolver 10 g da amostra em 25 mL de
água, adicionar, lentamente, 14 mL de ácido clorídrico. IDENTIFICAÇÃO
Quando cessar a efervescência, aquecer à ebulição por
alguns minutos. Resfriar e diluir para 50 mL com água. A. Responde às reações do íon sódio (5.3.1.1).
Prosseguir conforme descrito em Método I utilizando 5
mL da solução obtida. Utilizar 1 mL de Solução padrão de B. Responde às reações do íon carbonato (5.3.1.1).
ferro (10 ppm Fe). No máximo 0,001% (10 ppm).
ENSAIOS DE PUREZA
Arsênio (5.3.2.5). Utilizar 10 mL de solução da amostra
a 10% (p/v) e adicionar 5 mL de ácido clorídrico SR. Aspecto da solução. A solução aquosa a 10% (p/v) é
Preparar o padrão com Solução estoque padrão de arsênio límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12).
(1 ppm As) e prosseguir conforme descrito em Método I.
No máximo 0,001% (10 ppm). Alcalinidade. A solução aquosa da amostra é fortemente
alcalina ao papel de tornassol.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,3 g da
amostra. Dessecar em estufa a 180 °C, por 4 horas. No Cálcio e Magnésio. Determinar em 20 mL da solução
máximo 0,5%. obtida em Aspecto da solução. Adicionar ácido clorídrico
até reação ácida ao tornassol. Adicionar 5 mL de oxalato
de amônio 0,25 M, 2 mL de fosfato de sódio dibásico
DOSEAMENTO heptaidratado 0,3 M e 10 mL de amônia. Deixar em repouso,
Transferir, exatamente, cerca de 0,3 g da amostra em lugar fresco, durante 24 horas. Se houver precipitação,
previamente dessecada para erlenmeyer. Adicionar 150 mL filtrar, lavar com solução de amônia a 2% (p/v), dessecar
de água e quatro gotas de alaranjado de metila SI. Titular e calcinar até peso constante. O resíduo deverá pesar, no
com ácido clorídrico M SV. Cada mL de ácido clorídrico M máximo, 0,4 mg (0,02%).
SV equivale a 69,105 mg de K2CO3. Cianeto. Determinar em 15 mL da solução obtida em
Aspecto da solução. Adicionar 0,5 mL de sulfato ferroso
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO 0,5 M e 0,5 mL de cloreto férrico 0,3 M. Adicionar ácido
clorídrico 3 M até reação fortemente ácida. O líquido não
Em recipientes bem fechados. deve obter coloração azul.
de líquido, empregando-se os mesmos reagentes. No Nota: utilizar a Solução amostra e a Solução padrão em
máximo 0,001% (10 ppm). até 2 horas.
Metais Pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Determinar Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
em 5 mL da solução obtida em Aspecto da solução. secar ao ar durante 2 horas. Nebulizar com mistura de 5,6
Adicionar ácido acético até reação ácida ao tornassol. No g de cloreto de estanho(II) em 10 mL de ácido clorídrico
máximo 0,002% (20 ppm). (a dissolução pode não ser completa; se necessário, filtrar)
e 90 mL de água contendo 1 g de iodeto de potássio,
Sulfatos (5.3.2.2). Determinar em 20 mL da solução obtida preparada imediatamente antes do uso. Aquecer a placa a
em Aspecto da solução. Adicionar ácido clorídrico 3 M até
ca
100 °C por 10 minutos. A mancha obtida no cromatograma
reação ácida ao tornassol. Adicionar 1 mL de cloreto de com a Solução amostra corresponde em tamanho, cor e
bário 0,5 M e completar o volume com água até 50 mL. posição àquela obtida com a Solução padrão.
Aquecer em banho-maria durante 10 minutos. Se for
produzida opalescência, ela não deverá ser mais intensa B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da que for produzida por 0,8 mg de íon sulfato em igual da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
volume de líquido, empregando-se os mesmos reagentes. àquele do pico principal da Solução padrão.
No máximo 0,04% (400 ppm).
c DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA DO FRUTO
Fruto cápsula trilocular deiscente (Figura 1), com 10,0
mm a 25,0 mm de comprimento e 5,0 mm a 10,0 mm de
de detector ultravioleta a 230 nm; coluna de 300 mm de largura, de coloração amarelo-clara, amarelo-esverdeada a
comprimento e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada amarelo-acinzentada, ovóide ou oblonga em vista lateral,
com sílica químicamente ligada a grupo aminopropilsilano trígona ou arredondada em secção transversal, com
(5 mm), mantida a temperatura ambiente; fluxo da Fase porção apical estreitado-tubulosa em cerca de 1 mm a 2
móvel de 2,0 mL/minuto. mm, com ou sem cicatriz dos órgãos florais visível e com
cicatriz ou restos de pedicelo na porção basal. Pericarpo
Fase móvel: preparar mistura de acetonitrila e água (87:13). delgado, coriáceo e insípido. Epicarpo, em vista frontal,
Desgaseificar e filtrar. com numerosas estrias longitudinais salientes. Em secção
Solução amostra: solução injetável diluída em água de transversal, cápsula trilocular, cada lóculo com duas a sete
modo a obter solução a 1 mg/mL de carboplatina. sementes de placentação axial, aderidas entre si, formando
três fileiras duplas, separadas pelas paredes carpelares
Solução padrão: solução de carboplatina SQR a 1 mg/mL delgadas, membranosas e pálidas. As sementes são
em água. comercializadas dentro do fruto, o qual é coletado imaturo
e amadurecido artificialmente, ao sol ou em estufas.
Nota: utilizar a Solução amostra e a Solução padrão em
até 2 horas.
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA DA SEMENTE
O fator de retenção não é menor que 4,0 para o pico
principal, o número de pratos teóricos não é menor que Sementes de placentação parietal (Figura 1), anátropas,
5000 e o fator de cauda não é maior que 2,0. O desvio duras, ovóides, triangulares ou subcilíndricas,
padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados irregularmente angulosas e enrugadas transversalmente,
do padrão de carboplatina não é maior que 2,0%. com uma das faces convexa e a outra escavada, com 2,0 mm
a 4,0 mm de comprimento e 2,0 mm a 3,0 mm de largura,
Procedimento: injetar separadamente, 10 mL das Soluções pretas, cinzento-pardas ou avermelhadas, recobertas por um
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as arilo delgado, tênue e incolor a esbranquiçado. Geralmente
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C6H12N2O4Pt as sementes estão aglutinadas em massas, correspondentes
na solução injetável a partir das respostas obtidas para as às fileiras limitadas pelos carpelos. Com auxílio de lente,
Soluções padrão e amostra. em secção transversal, em cada semente são visíveis arilo,
tegumento, perisperma, endosperma e embrião.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DA SEMENTE
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e livre do
contato com metais. Em vista frontal (Figura 1), o arilo apresenta células
retangulares muito estreitas, alongadas longitudinalmente
e irregularmente fusiformes, de paredes delgadas,
ROTULAGEM
dispostas em fileiras, com gotas lipídicas. A epiderme
Observar a legislação vigente. possui células alongadas tangencialmente, fusiformes, de
paredes anticlinais espessas e pontoadas, dispostas em
ângulo oblíquo em relação ao arilo, com gotas lipídicas.
CARDAMOMO Por transparência, o parênquima de reserva é visível,
formado por células parenquimáticas volumosas, de
Cardamomi semen
diferentes formas, de paredes delgadas e onduladas, ricas
em gotas lipídicas. Em secção transversal (Figura 1), o
Elettaria cardamomum (L.) Maton – ZINGIBERACEAE arilo apresenta células pequenas, achatadas, de paredes
finas. A epiderme é formada por células pequenas,
A droga vegetal é constituída pelas sementes, quadrangulares, de paredes espessas e apresenta algumas
comercializadas ainda dentro dos frutos. As sementes gotas lipídicas. A hipoderme possui células geralmente
retangulares, achatadas tangencialmente, de paredes
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 739
ca
colunares, com as paredes periclinal interna e anticlinais
muito espessas e alaranjadas, com lúmen em forma de 1,8-cineol e 10 µL de linalol em 1 mL de tolueno.
de cuia e com ou sem cristais de sílica. O perisperma é
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
esbranquiçado e apresenta as primeiras camadas de células
secar ao ar. Nebulizar a placa, em seguida, com solução
parenquimáticas pequenas, achatadas tangencialmente,
de vanilina sulfúrica SR e deixar em estufa entre 100 °C e
de paredes delgadas, repletas de grãos de amido, seguido
105 °C durante, aproximadamente, 5 minutos. As manchas
por muitas camadas de células parenquimáticas de forma
azuis obtidas com a Solução (1) na parte superior do
irregular, geralmente colunares ou poligonais, volumosas,
cromatograma (com Rf de aproximadamente 0,7), na parte
com paredes delgadas e as anticlinais onduladas, contendo
mediana (com Rf de aproximadamente 0,5) e na porção
grande quantidade de grãos de amido de tamanho muito
inferior (com Rf de aproximadamente 0,4) correspondem
reduzido, gotas lipídicas e cristais de oxalato de cálcio.
em posição e coloração àquelas obtidas com a Solução (2),
O endosperma possui células parenquimáticas alongadas,
referentes ao acetato de terpenila, ao 1,8-cineol e ao linalol,
de variadas formas, de paredes delgadas, distribuídas em
respectivamente. Outras manchas podem ser observadas
várias camadas paralelas, envolvendo completamente o
na metade superior do cromatograma, uma de coloração
embrião e apresentando gotas lipídicas e grãos de aleurona.
violácea, próxima ao fronte, com Rf de aproximadamente
O embrião é pequeno, ovóide e de coloração escura e suas
0,9, correspondente ao limoneno. Entre as manchas com Rf
células são arredondadas a ovóides, de paredes delgadas,
de aproximadamente 0,8 e de 0,9 observa-se uma mancha
apresentando grãos de aleurona e gotas lipídicas.
de coloração azul. Na metade inferior do cromatograma
também podem ser observadas várias manchas de coloração
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ DA SE- violácea, azul e verde.
MENTE
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para ENSAIOS DE PUREZA
a espécie, menos os caracteres macroscópicos, não
Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 4,0%.
devendo conter elementos do pericarpo (Figura 2). São
característicos com a adição de hidrato de cloral: coloração
cinzento-pardacenta; fragmentos do arilo, em vista frontal; DOSEAMENTO
fragmentos da epiderme, em vista frontal; fragmentos do
arilo com células de parênquima de reserva, visualizadas Óleos voláteis
por transparência, em vista frontal; fragmentos do arilo, Proceder conforme descrito em Determinação de óleos
da epiderme e do parênquima de reserva, visualizados voláteis em drogas vegetais (5.4.2.7). Utilizar balão de 500
por transparência, em vista frontal; fragmentos da mL contendo 200 mL de água como líquido de destilação.
epiderme e do parênquima de reserva, visualizado por Adicionar 0,5 mL de xileno pela abertura lateral k. Utilizar
transparência, em vista frontal; fragmentos da epiderme, a semente imediatamente após ser removida do fruto, sem
em secção transversal; fragmentos da hipoderme, em vista triturar. Proceder imediatamente à determinação do óleo
frontal; fragmentos do parênquima de reserva, em vista volátil, a partir de 20 g da droga. Destilar por 5 horas.
frontal; fragmentos do parênquima de reserva, em secção
transversal; fragmentos de esclerênquima em vista frontal;
fragmentos da camada esclerenquimática, em secção EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
transversal; fragmentos da camada esclerenquimática
e do perisperma em secção transversal; fragmentos do Em recipiente bem fechado, ao abrigo da luz e calor.
perisperma, em vista frontal; fragmentos do perisperma,
em secção transversal; fragmentos do endosperma, em
secção transversal; células parenquimáticas isoladas; fibras
isoladas em vista longitudinal; grãos de amido isolados e/
ou agrupados; cristais de oxalato de cálcio isolados.
IDENTIFICAÇÃO
Proceder conforme descrito em Cromatografia em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
com espessura de 250 mm, como suporte, e mistura
de tolueno e acetato de etila (93:7), como fase móvel.
740 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
______________
Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A a 1cm (régua 1); em B a 0,5 cm (régua 2); em C a 0,5 cm (régua 3); em D, E e
H a 100 µm (régua 4); em F e G a 100 µm (régua 5).
A – aspecto geral do fruto, em vista lateral: pedicelo (ped). B – representação esquemática do fruto, em secção transversal: carpelo (cap); embrião
(em); endosperma (end); lóculo (lo); parênquima (p); perisperma (per); semente (se). C – aspecto geral de sementes, em vista lateral: arilo (ar). D –
detalhe de porção do arilo, em vista frontal: gota lipídica (gl). E – detalhe de porção da epiderme, em vista frontal: gota lipídica (gl); pontoação (pto).
F – representação esquemática da semente em secção longitudinal: arilo (ar); embrião (em); endosperma (end); esclerênquima (esc); parênquima
(p); perisperma (per). G – representação esquemática da semente em secção transversal: arilo (ar); embrião (em); endosperma (end); epiderme (ep);
esclerênquima (esc); parênquima (p); perisperma (per). H – detalhe parcial de porção da semente, em secção transversal: camada amilífera (cam); cristal
de oxalato de cálcio (cox); cristal de sílica (csi); epiderme (ep); esclerênquima (esc); idioblasto cristalífero (ic); grãos de amido (ga); gota lipídica (gl);
hipoderme (h); lúmen (lu); parênquima (p); perisperma (per).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 741
ca
Complemento da legenda da Figura 2. As escalas correspondem em A até P a 100 µm (régua 1); em Q a 100 µm (régua 2).
A – fragmento da epiderme e do parênquima de reserva, observado por transparência, em vista frontal: epiderme (ep); gota lipídica (gl); parênquima
(p); pontoação (pto). B – fragmento do arilo, da epiderme e do parênquima, em vista frontal: arilo (ar); epiderme (ep); gota lipídica (gl); parênquima (p);
pontoação (pto). C – fragmento do endosperma, em secção transversal: gota lipídica (gl). D – fragmento do esclerênquima, em vista frontal: pontoação
(pto). E – fragmento do arilo, em vista frontal: gota lipídica (gl). F – fragmento da epiderme, em vista frontal: gota lipídica (gl); pontoação (pto). G
– fragmento do parênquima, em vista frontal. H – fragmento da camada esclerenquimática e do perisperma, em secção transversal: camada amilífera
(cam); esclerênquima (esc); lúmen (lu); perisperma (per). I – fragmento da camada esclerenquimática, em secção transversal: lúmen (lu). J – fragmento
da camada esclerenquimática com restos do perisperma, em secção transversal: esclerênquima (esc); lúmen (lu); perisperma (per). L – fragmento do
parênquima, em secção transversal: gota lipídica (gl). M – fragmento da hipoderme, em vista frontal: gota lipídica (gl). N – cristais de oxalato de cálcio
isolados. O – grãos de amido isolados e/ou agrupados. P – células parenquimáticas e idioblastos cristalíferos isolados: cristal de oxalato de cálcio (cox);
gota lipídica (gl); idioblasto cristalífero (ic). Q – fibra isolada, em vista longitudinal.
742 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
c
maduros, ou seja, a partir do quinto nó, distribui-se em
zonas opostas aos canais secretores, podendo as células
SINONÍMIA CIENTÍFICA do colênquima transformar-se, parcial ou totalmente, em
Baccharis genistelloides var. trimera (Less.) Baker. fibras agrupadas em até 3 camadas; nas zonas afastadas
dos canais secretores, a camada de colênquima não sofre
modificações. Os canais secretores, sempre acompanhados
NOMES POPULARES de colênquima, situam-se externamente à endoderme,
ocorrendo, predominantemente, opostos às fibras do
Carqueja-amarga.
protofloema. O número de canais secretores varia de 3 a
10, com epitélio de 3 a 14 células de paredes delgadas.
CARACTERÍSTICAS Internamente ao clorênquima existe uma camada contínua
de endoderme com estrias de Caspary. O sistema vascular
Características organolépticas. As partes aéreas é colateral, apresentando caráter secundário já nos ramos
apresentam sabor amargo. jovens. Os cordões de fibras do protofloema, em número
de 9 a 20, são formados por até 7 camadas de células de
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA paredes grossas e lignificadas. Internamente ao xilema
ocorre uma faixa de fibras quase contínua e de espessura
Ramos cilíndricos, trialados, de até 1 m de comprimento, variável, localizada junto ao parênquima medular. A
áfilos ou com raras folhas sésseis e reduzidas nos nós. Alas medula é relativamente ampla, com células grandes,
verdes, glabras a olho nu, membranosas, com 0,5 cm a 1,5 esféricas ou elípticas, de paredes pouco espessadas,
cm de largura; alas dos ramos floríferos, mais estreitas do com poucos espaços intercelulares, contendo cristais
que as demais. Plantas dióicas, portanto, quando presentes prismáticos de oxalato de cálcio, de formas variadas, como
ramos floridos, estes devem ser somente pistilados ou cristais aciculares, retangulares e octaédricos, dispostos
somente estaminados. Inflorescências, quando presentes, predominantemente em zonas próximas ao xilema. Em
do tipo capítulo, branco-amareladas, numerosas, sésseis, secção transversal, as alas exibem estrutura dorsiventral
dispostas ao longo dos ramos superiores, formando espigas com parênquimas paliçádico e esponjoso. A epiderme é
interrompidas, com receptáculo plano, não paleáceo; uniestratificada, com características semelhantes àquelas
flores com papus presente, piloso e branco. Capítulos descritas para o caule. Ocorrem estômatos anomocíticos e
estaminados com brácteas involucrais de 0,4 cm a 0,5 anisocíticos, distribuídos em ambas as faces da epiderme.
cm de comprimento, plurisseriadas, sendo as externas Os tricomas ocorrem predominantemente na região dos
gradativamente menores, ovaladas e glabras; flores com bordos das alas e na junção destas com o eixo do caule.
corola tubulosa, pentâmera, com até 0,4 cm de comprimento São de 4 tipos fundamentais: a: multicelular, unisseriado,
e limbo dividido em lacínias longas, enroladas em espiral; ereto, com 3 células no corpo e uma apical cônica, ereta ou
estames cinco, epipétalos, sinânteros; pistilo atrofiado. inclinada, b: multicelular, unisseriado, ereto, com 5 células
Capítulos pistilados com brácteas involucrais de até 0,6 no corpo e uma célula apical cônica, com sua base dilatada,
cm de comprimento, plurisseriadas, lanceoladas, glabras; c: multicelular, unisseriado, com 1 a 3 células no corpo e
flores com corola filiforme, pentadentada, com até 0,4 cm célula apical arredondada, globosa, podendo às vezes ser
de comprimento; estilete bifurcado, mais longo do que a recurvado, d: multicelular, unisseriado, recurvado, com 3
corola, linear-lanceolado, pubescente na face dorsal, com células no corpo e uma célula aplical globosa, esta com
ramos divergentes; ovário ínfero, bicarpelar, gamocarpelar, paredes espessadas. O parênquima paliçádico é formado
unilocular, monospérmico; fruto do tipo aquênio, de até 0,2 por células elípticas, dispostas em 3 a 5 camadas na porção
cm de comprimento, com 10 estrias longitudinais. mediana-superior e na mediana-inferior de cada ala, com
seus eixos maiores orientados anticlinalmente. Ocorrem
até 18 feixes condutores colaterais em cada ala, dispostos
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
linearmente, alternando-se em grandes e pequenos,
O caule apresenta três alas ou expansões caulinares acompanhados de poucas fibras e rodeados por uma bainha
divergentes, com as costelas pronunciadas entre cada ala. parenquimática. Cada feixe está acompanhado por 1 ou 2
A epiderme é uniestratificada, com células retangulares canais secretores esquizógenos de grande tamanho, com
cobertas por uma cutícula estriada. Em vista frontal, as epitélio de 4 a 14 células, de paredes não espessadas.
células epidérmicas mostram-se poligonais com paredes O colênquima está restrito a apenas uma camada
sinuosas. Ocorrem poucos estômatos e alguns tricomas, subepidérmica junto à nervura do bordo da ala; abaixo
esses últimos formados por 2 células basais e a cabeça com dele ocorre um grupo de fibras de paredes fortemente
2 séries de 4 células cada uma. As células do clorênquima
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 743
espessadas, que envolvem 3 canais secretores de diferentes com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (4
tamanhos. mm), mantida a temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel
de 0,6 mL/minuto.
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ Eluente A: mistura de acetonitrila, água e ácido
trifluoracético (5:95:0,05).
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São Eluente B: acetonitrila.
característicos: fragmentos de epiderme com cutícula
estriada e estômatos anomocíticos e anisocíticos, além Gradiente da Fase móvel: adotar sistema de gradiente
ca
dos tricomas descritos; porções de parênquima medular linear, conforme tabela a seguir.
com cristais de oxalato de cálcio; porções de fibras
acompanhadas de canais secretores. Podem ocorrer, Tempo Eluente A Eluente B
dependendo do grau de fragmentação, porções de ramos Eluição
(minutos) (%) (%)
alados com e sem capítulos. 0 – 30 100 → 57 0 → 43 gradiente linear
30 – 35 57 → 0 43 → 100 gradiente linear
IDENTIFICAÇÃO 35 – 36 0 → 100 100 → 0 gradiente linear
36 – 42 100 0 isocrática
Proceder conforme descrito em Cromatografia em camada
delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, com Solução amostra: pesar exatamente, cerca de 0,5 g da
espessura de 250 mm, e mistura de tolueno e acetato de droga seca e moída (250 µm) em béquer de 50 mL.
etila (70:30), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à Adicionar 10 mL de mistura de etanol e água (50:50) e
placa, em forma de banda, de 10 mL da Solução (1) e da levar ao banho-maria (40 °C) por 10 minutos. Esfriar o
Solução (2), recentemente preparadas, descritas a seguir. extrato à temperatura ambiente. Filtrar o extrato através
de algodão, para balão volumétrico de 25 mL. Extrair
Solução (1): agitar 2 g da amostra com 10 mL de cloreto de novamente o resíduo da droga retida no algodão com 10
metileno durante 10 minutos. Filtrar e desprezar a solução mL de mistura de etanol e água (50:50), levar ao banho-
de cloreto de metileno. Extrair o resíduo com 10 mL de maria (40 °C), por 10 minutos. Esfriar e filtrar para o
metanol sob agitação magnética em temperatura de 40 °C. mesmo balão volumétrico de 25 mL. Completar o volume
Filtrar e concentrar até resíduo em evaporador rotatório (40 com mistura de etanol e água (50:50). Diluir 0,12 mL da
°C). Ressuspender o resíduo em 2 mL de metanol. solução resultante em 1 mL de mistura de acetonitrila, água
e ácido trifluoracético (5:95:0,05).
Solução (2): dissolver 1 mg de quercetina SQR e 1 mg de
3-O-metilquercetina SQR em 0,1 mL de metanol. Solução estoque: dissolver 5,6 mg de ácido clorogênico em
5 mL de metanol.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (365 nm). A Soluções para curva analítica de ácido clorogênico: diluir
mancha principal obtida no cromatograma da Solução com mistura de acetonitrila e água (5:95) uma alíquota de
(1), corresponde em posição e intensidade àquela 0,2 mL da Solução estoque, para 0,4 mL, de modo a obter
obtida com a Solução (2). Em seguida, nebulizar a solução a 0,56 mg/mL. Realizar diluições sucessivas da
placa com difenilborato de aminoetanol a 1% (p/v) em solução anterior, em mistura de acetonitrila e água (5:95),
metanol. As manchas correspondentes a quercetina e de modo a obter concentrações de 0,28 mg/mL, 0,14 mg/
3-O-metilquercetina, examinadas à luz do dia, apresentam mL, 0,07 mg/mL, 0,035 mg/mL; 0,017 mg/mL e 0,0085
coloração alaranjada. mg/mL.
A - esquema representativo do caule com três alas, em secção transversal. B - detalhe da margem da ala; endoderme (e); canal esquizógeno (sd). C
- detalhe de uma porção do caule em secção transversal, indicado em A; endoderme (e); canal esquizógeno (sd). D - detalhe da epiderme da ala com
cutícula estriada e estômatos anisocíticos. E - tricoma glandular. F - cristais de oxalato de cálcio em forma de prismas octaédricos e prismas retangulares.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 745
ca
Complemento da legenda da Figura 2. As réguas correspondem: 1 (B, C, H, E); 2 (D, F, G, I, J); 3 (A).
A - cristais de oxalato de cálcio. B - capítulo de flores estaminadas. C - fragmento de caule alado com capítulo. D - porção de epiderme da ala. E -
fragmento do caule. F - porção de parênquima medular com cristais. G - fragmento de epiderme com tricoma glandular, em vista frontal. H - capítulo
de flores pistiladas. I - detalhe de fibras. J - fragmento de parênquima paliçádico.
c
adaptar um corpo rotatório de 1,88 cm de diâmetro e 6,51 1000 g durante 15 minutos. Remover o líquido sobrenadante
cm de altura, com imersão de profundidade de 8,10 cm. límpido, ressuspendendo o resíduo em 200 mL de cloreto
Deixar o corpo rotatório girar na amostra a 30 rpm por de potássio a 2,5% (p/v) e centrifugar novamente. Coagular
6 rotações e efetuar leitura na escala. Converter a leitura os sobrenadantes combinados, por adição de dois volumes
para centipoises, por multiplicação pela constante do corpo de etanol 90% (v/v). Recuperar o coágulo e o sedimento.
rotatório e a velocidade empregada. Lavar o coágulo com 250 mL de etanol 90% (v/v). Retirar
o excesso de líquido do coágulo por pressão e secar a 60
°C durante 2 horas. O material assim obtido é a fração
IDENTIFICAÇÃO não-geleificante, carragenina do tipo lambda. Dispersar o
A. Preparar uma dispersão uniforme a 2% (p/v) da amostra sedimento em 250 mL de água fria, aquecer a 90 °C durante
em água e aquecer em banho-maria a 80 °C (Preparação 10 minutos e resfriar até 60 °C. Coagular a mistura, com
A). Após resfriamento a dispersão torna-se mais viscosa e dois volumes de etanol a 90% (v/v). Recuperar, lavar e
pode formar um gel. secar o coágulo como descrito anteriormente. O material
assim obtido é a fração geleificante, carragenina do tipo
B. A 10 mL da Preparação A, obtida no teste A. de capa e iota. Preparar, para cada fração, filmes de 5 mm de
Identificação, ainda quente, adicionar quatro gotas de espessura (quando seca) em uma superfície não aderente
cloreto de potássio a 10% (p/v), misturar e esfriar. Uma uniforme e obter os espectros de absorção no infravermelho
textura frágil do gel indica predominância da carragenina de cada filme. Carragenina apresenta larga banda de
-1
do tipo capa; um gel elástico indica predominância de absorção, típica dos polissacarídeos, na região de 1000 cm
-1 -1
carragenina do tipo iota. Se a solução não formar gel, a a 1100 cm . Os máximos de absorção são de 1065 cm
-1
carragenina predominante é do tipo lambda. e 1020 cm para a fração geleificante e não-geleificante,
respectivamente. Outras bandas de absorção características
C. Diluir uma porção da Preparação A, obtida no teste A. e suas intensidades relativas à absorvância em 1050 cm
-1
de Identificação, em quatro partes de água e adicionar duas são mostradas na tabela a seguir.
a três gotas de cloreto de metiltionínio a 0,05% (p/v) em
etanol. Forma-se precipitado fibroso de cor azul.
-z
Comprimento Absorvâncias relativas a 1 050 cm
de onda Fração molecular
(cm )
-1 Capa Iota lambda
1220 a 1260 Éster sulfato 0,7 a 1,2 1,2 a 1,6 1,4 a 2,0
928 a 933 3,6-Anidrogalactose 0,3 a 0,6 0,2 a 0,4 0 a 0,2
840 a 850 Galactose-4-sulfato 0,3 a 0,5 0,2 a 0,4 ---
825 a 830 Galactose-2-sulfato --- --- 0,2 a 0,4
810 a 820 Galactose-6-sulfato --- --- 0,1 a 0,3
800 a 805 3,6-Anidrogalactose-2-sulfato 0 a 0,2 0,2 a 0,4 ---
ENSAIOS DE PUREZA
e a soma dos pesos do funil, da fibra de vidro e do agente
Matéria ácida insolúvel. Transferir 2 g da amostra auxiliar de filtração é o peso da matéria ácida insolúvel. No
exatamente pesados para um béquer de 250 mL contendo máximo 2%.
150 mL de água e 1,5 mL de ácido sulfúrico. Tampar com
Arsênio (5.3.2.5). No máximo 0,0003% (3 ppm).
vidro de relógio e aquecer em banho de vapor durante 6
horas. Friccionar frequentemente as paredes do béquer Chumbo (5.3.2.12). No máximo 0,001% (10 ppm).
com bastão de vidro com borracha na extremidade,
repondo alguma água perdida por evaporação. Adicionar Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
500 mg, exatamente pesados, de um agente auxiliar de máximo 0,004% (40 ppm).
filtração. Filtrar a preparação em um funil com placa
filtrante contendo uma camada de fibra de vidro de 2,4 cm, Perda por dessecação (5.2.9). Secar sob pressão não
previamente dessecado e pesado. Lavar o resíduo várias excedente a 10 mm Hg a 70 °C, durante 18 horas. No
vezes com água quente. Secar a 105 °C durante 3 horas, máximo 12,5%.
esfriar em dessecador e pesar. A diferença entre o peso final
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 747
ca
por algumas camadas de células colenquimáticas de cor
amarelo-acastanhada. A segunda é formada por dez ou
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO mais camadas de células esclerenquimáticas, achatadas
Em recipientes herméticos, preferencialmente em local tangencialmente. A terceira é formada por quatro a dez
fresco. camadas de células parenquimáticas, incolores, de forma
mais poliédrica e de paredes mais delgadas do que as das
regiões anteriores, apresentando espaços intercelulares. Nas
ROTULAGEM camadas mais externas desta região podem ser observados
os feixes vasculares. A quarta região, quando presente,
Observar a legislação vigente. é formada por algumas camadas de células achatadas
tangencialmente e de paredes espessadas. Os cotilédones
CATEGORIA são constituídos de parênquima amilífero, coberto por uma
epiderme uniestratificada. Em vista frontal, as células da
Excipiente. epiderme dos cotilédones são poligonais. O parênquima
de reserva possui células ovaladas a elípticas, com paredes
delgadas, menores na região mais externa e gradativamente
CASTANHA-DA-ÍNDIA maiores para o interior, contendo grãos de amido e gotas
Hippocastani semen lipídicas. Delicados feixes vasculares ocorrem neste
parênquima; os elementos de vaso são estreitos e têm
espessamento de parede helicoidal. Os grãos de amido são
Aesculus hippocastanum L. – HIPPOCASTANACEAE simples, podendo ser esféricos, ovalados e piriformes, e
de diferentes tamanhos, variando de 2 µm a 80 µm_)) de
A droga vegetal é constituída de sementes maduras e
diâmetro. Os grãos menores têm hilo geralmente em forma
dessecadas contendo, no mínimo, 3,0% de glicosídeos
de ponto; os outros, mais numerosos, apresentam hilo em
triterpênicos, calculados como escina anidra.
forma de cruz, ramificado ou estrelado.
CARACTERÍSTICAS
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
Características organolépticas. Semente inodora, quando
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
partida possui odor fraco. Casca com sabor adstringente e
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
embrião com sabor amargo, produzindo salivação quando
característicos: fragmentos da testa irregulares, amarelo-
mastigado.
dourados, com células de contornos irregulares, fortemente
interligadas, cujos limites não são reconhecíveis, com
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA prolongamentos da parede celular parecendo tubiformes,
de lume estreito, semelhante ao de fibras em secção
As sementes são duras e exalbuminadas, de 2,5 cm a 4,0 transversal; fragmentos da testa mostrando células de
cm, irregularmente subesféricas, achatadas em ambos os paredes espessadas; fragmentos da epiderme da testa,
pólos ou somente no do hilo, ou ainda achatadas de forma em vista frontal, com paredes periclinais uniformemente
irregular pela dessecação. A semente fraturada mostra espessadas, e, quando em secção transversal, com paredes
testa de cor marrom, quebradiça, de 1,0 mm a 2,0 mm radiais e periclinal externa fortemente espessadas,
de espessura, envolvendo o embrião, o qual possui uma lembrando uma paliçada estreita, com células castanho-
pequena radícula e dois grandes cotilédones córneos e avermelhadas; fragmentos de parênquima de reserva, com
amiláceos, de coloração castanho-clara externamente e células achatadas a elípticas, contendo grãos de amido e
quase branca na fratura. Endosperma ausente. A testa é lisa, gotas lipídicas; fragmentos de parênquima de reserva com
coriácea, quebradiça, facilmente separável do embrião em porções de feixes vasculares; abundantes grãos de amido,
algumas partes, de cor castanho-avermelhada ou castanho- isolados ou agrupados, de diferentes tamanhos e formas,
clara, geralmente lustrosa, raro opaca e com grande mancha conforme descrito. Quando submetido ao hidrato de cloral
clara, correspondente ao hilo. A radícula é curva e ocupa frio, o amido incha imediatamente. Nos fragmentos de
uma depressão sobre a comissura dos cotilédones ou sobre tecidos cotiledonares, submetidos a longo cozimento, o
a face dorsal de um dos dois cotilédones e é claramente amido não perde o caráter pegajoso característico. Nestes
proeminente na superfície externa. tecidos, gotas lipídicas incolores são observadas tanto
no interior das células quanto espalhadas ao redor dos
fragmentos.
748 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
c
a seguir. ácido SR. Homogeneizar. Preparar o branco utilizando
2 mL de ácido acético glacial e 4 mL de cloreto férrico
Solução (1): aquecer 1 g da droga pulverizada com 10 mL
ácido SR. Aquecer os tubos de ensaio em banho-maria a
de etanol a 70% (v/v), sob refluxo, por 15 minutos. Esfriar
60 °C durante 25 minutos. Resfriar à temperatura ambiente
e filtrar.
e medir a absorvância em 540 nm (5.2.14), utilizando
Solução (2): dissolver 10 mg de escina SQR em 1 mL de o branco para ajuste do zero. Calcular teor de escina,
etanol a 70% (v/v). considerando A(1%, 1 cm) = 60, segundo a expressão:
ENSAIOS DE PUREZA
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2%.
DOSEAMENTO
Escina
ca
Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A e B a 0,5 cm; em C a 300 µm; em D a G a 100 µm; em H a 50 µm.
A - representações esquemáticas da semente, em vista abaxial e em vista adaxial, mostrando a região do hilo; B - representação esquemática da
semente, em secção transversal; C - detalhes da semente, em secção transversal, conforme mostrado em B; D - detalhe da epiderme do tegumento da
semente em vista frontal; E - detalhe da epiderme da testa, em secção transversal; F - células esclerenquimáticas, em secção transversal; G - células
do parênquima de reserva cotiledonar; H - grãos de amido; colênquima (co); esclerênquima (el);. epiderme (ep); grão de amido (ga); gota lipídica (gl);
hilo (h); parênquima fundamental (pf); parênquima interno da testa (pit), com paredes celulares espessadas; parênquima de reserva do cotilédone (pr).
750 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
c
Diluente: dissolver 2,4 g de fosfato de sódio monobásico
N em 1000 mL de água e ajustar o pH para 2,5 utilizando
O Cl ácido fosfórico.
COOH Eluente A: dissolver 6,9 g de fosfato de sódio monobásico
C15H14ClN3O4S; 367,81 em 1000 mL de água e ajustar o pH para 4,0 utilizando
C15H14ClN3O4S.H2O; 385,82 ácido fosfórico.
cefaclor; 01824
cefaclor monoidratado; 09368 Eluente B: mistura da Eluente A e acetonitrila (55:45).
Ácido (6R,7R)-7-[[(2R)-2-amino-2-fenilacetil]amino]- Gradiente da Fase móvel: adotar o sistema de gradiente
3-cloro-8-oxo-5-tia-1-azabiciclo[4.2.0]oct-2-eno-2- descrito na tabela a seguir:
carboxílico
[53994-73-3]
Tempo Eluente A Eluente B
Ácido (6R,7R)-7-[[(2R)-2-amino-2-fenilacetil]amino]- Eluição
(minutos) (%) (%)
3-cloro-8-oxo-5-tia-1-azabiciclo[4.2.0]oct-2-eno-2-
carboxílico hidratado (1:1) 0 - 30 95 → 75 5 → 25 gradiente linear
[70356-03-5] 30 - 45 75 → 0 25 → 100 gradiente linear
45 - 55 0 100 isocrática
55 - 60 0 → 95 100 → 5 gradiente linear
Contém, no mínimo, 950 mg e, no máximo, 1020 mg de 60 - 70 95 5 isocrática
C15H14ClN3O4S por miligrama, em relação à substância
anidra. Solução amostra: transferir, exatamente, 50 mg da amostra
para balão volumétrico de 10 mL e sonicar se necessário.
Completar o volume com Diluente, homogeneizar e filtrar.
DESCRIÇÃO Usar essa solução em até 3 horas, se estocada à temperatura
Características físicas. Pó cristalino branco ou quase ambiente, ou em até 20 horas, se estocada sob refrigeração.
branco. Solução padrão: dissolver quantidade suficiente de
Solubilidade. Pouco solúvel em água, praticamente cefaclor SQR em Diluente, de modo a obter solução a 50
insolúvel em metanol, em clorofórmio e em benzeno. μg/mL.
ca
90,0% e, no máximo, 120,0% da quantidade declarada de
Água (5.2.20.1). 3,0% a 6,5%. C15H14ClN3O4S.
DOSEAMENTO IDENTIFICAÇÃO
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
de detector ultravioleta a 265 nm; coluna de 250 mm de àquele do pico principal da Solução padrão.
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano
CARACTERÍSTICAS
(5μm); fluxo da Fase móvel de 1,5 mL/minuto.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Fase móvel: dissolver 1 g de 1-pentanossulfonato de sódio
em uma mistura de 780 mL de água e 10 mL de trietilamina. Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
Ajustar o pH para 2,5 ± 0,1 com ácido fosfórico. Adicionar
220 mL de metanol e agitar. Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
os picos de delta-3-cefaclor e cefaclor não é menor que 2,0. Procedimento: injetar, separadamente, 20 mL da Solução
Injetar o Diluente. Desconsiderar qualquer pico referente padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
ao Diluente. e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
C15H14ClN3O4S nas cápsulas a partir das respostas obtidas
Procedimento: injetar, separadamente, 20 mL da Solução com a Solução padrão e a Solução amostra.
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
cada substância relacionada através da seguinte expressão: EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados.
c em que
padrão;
CEFACLOR SUSPENSÃO ORAL
P = potência, em mg/mg, de cefaclor SQR;
ri = área sob o pico de cada substância relacionada no
cromatograma obtido com a Solução teste; Contém, no mínimo, 80% e, no máximo, 120% da
rp = área sob o pico relativo ao cefaclor no cromatograma quantidade declarada de C15H14ClN3O4S. A suspensão
obtido com a Solução padrão. oral pode conter agentes corantes, agentes suspensores,
aromatizantes, tampões, adoçantes e conservantes em
No máximo 1,0% para qualquer substância relacionada. A veículo aquoso.
soma das áreas de todos os picos obtidos com as substâncias
relacionadas é de no máximo 3,0%. Não considerar picos
IDENTIFICAÇÃO
com área inferior a 0,1%.
A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
Água (5.2.20.1). No máximo 8,0%.
de 190 nm a 310 nm, de uma solução da amostra a 30 µg/
mL, diluída em água e filtrada, exibe máximo em 264 nm.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
Contagem do número total de micro-organismos da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. àquele do pico principal da Solução padrão.
ca
Solução amostra: diluir quantidade da amostra no Diluente
de modo a obter uma solução de concentração 5 mg/mL. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Agitar e sonicar, se necessário. Filtrar.
Em recipientes bem fechados, à temperatura ambiente e
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada protegidos da luz.
de cefaclor SQR em Diluente de modo a obter uma solução
de concentração 0,05 mg/mL.
ROTULAGEM
Solução de resolução: dissolver quantidade exatamente
pesada de delta-3-cefaclor SQR na Solução padrão de Observar a legislação vigente.
modo a obter uma solução de concentração 0,05 mg/mL.
Poder rotatório específico (5.2.8): +165° a +178°, em (2) e (3) e 4 µL da Solução (4), recentemente preparadas,
relação à substância anidra. Determinar em solução a 1% descritas a seguir.
(p/v) em água.
Diluente: mistura de etanol, água e ácido clorídrico 2,4 M
(75:22:3).
IDENTIFICAÇÃO
Solução (1): dissolver quantidade exatamente pesada da
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da amostra em Diluente de modo a obter solução a 25 mg/mL.
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos Solução (2): transferir 1 mL da Solução (1) para balão
c
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles volumétrico de 100 mL e completar o volume com
observados no espectro de cefadroxila SQR, preparada de Diluente.
maneira idêntica.
Solução (3): dissolver quantidades exatamente pesadas
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa de ácido 7-aminodesacetoxicefalosporânico e de D-α-4-
de 235 nm a 340 nm, de solução a 0,002% (p/v) em tampão hidroxifenilglicina em Diluente de modo a obter solução a
citro-fosfato pH 6,0, exibe máximo em 264 nm, idêntico 0,25 mg/mL de cada substância.
ao observado no espectro de solução similar de cefadroxila
SQR. Solução (4): misturar 1 mL da Solução (1) com 1 mL da
Solução (3).
C. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel HF254, Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
como suporte, e mistura de metanol e acetato de amônio a secar ao ar. Nebulizar a placa com solução de ninidrina a
15,4% (p/v) com pH 6,2 ajustado com ácido acético glacial 3% (p/v) em metabissulfito sódico a 4,55% (p/v). Deixar
(15:85), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, a placa secar ao ar. Qualquer mancha secundária obtida
1 µL de cada uma das soluções, recentemente preparadas, no cromatograma com a Solução (1) correspondente ao
descritas a seguir. ácido 7-aminodesacetoxicefalosporânico ou à D-α-4-
hidroxifenilglicina, não é mais intensa que as manchas
Solução (1): dissolver 20 mg da amostra em 5 mL de obtidas no cromatograma da Solução (3) (1%). Qualquer
mistura de metanol e tampão citro-fosfato pH 7,0 (1:1). mancha obtida no cromatograma com a Solução (1), com
exceção da mancha principal e das manchas correspondentes
Solução (2): dissolver 20 mg de cefadroxila SQR em 5 mL ao ácido 7-aminodesacetoxicefalosporânico ou à D-α-4-
de mistura de metanol e tampão citro-fosfato pH 7,0 (1:1). hidroxifenilglicina, não é mais intensa que a mancha obtida
no cromatograma da Solução (2) (1%). O teste somente
Solução (3): dissolver 20 mg de cefadroxila SQR e 20
será válido se o cromatograma obtido com a Solução (4)
mg de cefalexina SQR em 5 mL de mistura de metanol e
apresentar três manchas nitidamente separadas.
tampão citro-fosfato pH 7,0 (1:1).
Limite de dimetilanilina. Proceder conforme descrito em
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar Cromatografia a gás (5.2.17.5) utilizando cromatógrafo
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A a gás provido de detector de ionização em chama; coluna
mancha principal obtida com a Solução (1) corresponde cromatográfica empacotada com terra de diatomácea
em posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução silanizada para cromatografia a gás impregnada com 3%
(2). O teste somente será válido se o cromatograma obtido (p/p) de polimetilfenilsiloxano, mantida a 120 °C; injetor
com a Solução (3) apresentar duas manchas nitidamente e detector mantidos a 150 °C; nitrogênio como gás de
separadas. arraste; fluxo do gás de arraste de 30 mL/minuto.
D. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma Solução amostra: transferir 1 g da amostra para um tubo
da Solução amostra, obtida no método A. de Doseamento, de centrífuga e adicionar 5 mL de hidróxido de sódio M
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão. e 1 mL de Solução de padrão interno. Fechar o tubo e
agitar por 1 minuto. Centrifugar se necessário, e usar o
ENSAIOS DE PUREZA sobrenadante límpido.
pH (5.2.19). 4,0 a 6,0. Determinar em suspensão aquosa a Solução de padrão interno: transferir 50 mg de naftaleno,
5% (p/v). exatamente pesado, para balão volumétrico de 50 mL
e dissolver em cicloexano. Completar o volume com o
Absorção de luz. A absorção de solução a 0,02% (p/v) mesmo solvente e homogeneizar. Transferir 5 mL dessa
em tampão citro-fosfato pH 6,0, medida em 330 nm, não é solução para balão volumétrico de 100 mL e completar o
maior que 0,05 (5.2.14). volume com cicloexano.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em Solução padrão: transferir 50 mg de N,N-dimetilanilina,
Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando exatamente pesada, para balão volumétrico de 50 mL.
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de acetato de etila, Adicionar 2 mL de ácido clorídrico, 20 mL de água e
etanol, água e ácido fórmico (14:5:5:1), como fase móvel. agitar para dissolver. Completar o volume com água e
Aplicar, separadamente, à placa, 2 µL das Soluções (1), homogeneizar. Transferir 5 mL dessa solução para balão
volumétrico de 250 mL e completar o volume com água.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 755
Transferir 1 mL dessa solução para um tubo de centrífuga e Micro-organismo: Staphylococcus aureus ATCC 6538 P.
adicionar 5 mL de hidróxido de sódio M e 1 mL de Solução
de padrão interno. Fechar o tubo e agitar por 1 minuto. Meios de cultura: solução fisiológica estéril para
Centrifugar se necessário, e usar o sobrenadante límpido. padronização do inóculo, meio número 2 para camada base
e meio número 1 para preparação do inóculo.
Procedimento: injetar, separadamente, 1 µL das Soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir Solução amostra: pesar, exatamente, o equivalente a 50
as áreas sob os picos correspondentes à dimetilanilina e mg de amostra e transferir quantitativamente para balão
ao padrão interno de naftaleno. A resposta obtida com a volumétrico de 100 mL com auxílio de 60 mL de Tampão
fosfato de potássio 1%, estéril, pH 6,0 (Solução 1). Deixar
ca
relação dimetilanilina/naftaleno na Solução amostra não é
maior do que aquela obtida na Solução padrão (0,002%). em ultrassom por 15 minutos. Agitar mecanicamente
por 20 minutos e completar o volume com o mesmo
Água (5.2.20.1). Determinar em 0,2 g de amostra. Entre solvente. Homogeneizar e filtrar. Diluir, sucessivamente,
4,0% e 6,0%. até concentrações de 10 μg/mL, 20 μg/mL e 40 μg/mL,
utilizando Tampão fosfato de potássio 1%, estéril, pH 6,0
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra. como solvente.
No máximo 0,5 %.
Solução padrão: pesar, exatamente, o equivalente a 25
mg de cefadroxila SQR e transferir quantitativamente
DOSEAMENTO
para balão volumétrico de 50 mL com auxílio de 30
Empregar um dos métodos descritos a seguir. mL de Tampão fosfato de potássio 1%, estéril, pH 6,0
(Solução 1). Deixar em ultrassom por 15 minutos. Agitar
A. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido mecanicamente por 20 minutos e completar o volume com
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido o mesmo solvente e homogeneizar. Diluir, sucessivamente,
de detector ultravioleta a 230 nm; coluna de 250 mm de até concentrações de 10 μg/mL, 20 μg/mL e 40 μg/mL,
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada utilizando Tampão fosfato de potássio 1%, estéril, pH 6,0
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 como solvente.
µm), mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel
de 1,5 mL/minuto. Procedimento: adicionar 20 mL de meio número 2 em cada
placa, esperar solidificar, adicionar 5 mL de inóculo a 0,5%
Tampão pH 5,0: fosfato de potássio monobásico 0,05 M, e proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico de
pH 5,0, ajustado com hidróxido de sódio 2 M. antibióticos (5.5.3.3).
Fase móvel: mistura de Tampão pH 5,0 e acetonitrila
(96:4). EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Solução amostra: transferir 0,2 g da amostra, exatamente Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e em
pesada, para balão volumétrico de 200 mL, com auxílio temperatura inferior a 30 °C.
de 120 mL de Tampão pH 5,0 e agitar mecanicamente por
15 minutos. Completar o volume com o mesmo solvente, ROTULAGEM
homogeneizar e filtrar. Utilizar a solução no mesmo dia.
Observar a legislação vigente.
Solução padrão: transferir o equivalente a 25 mg de
cefadroxila SQR para balão volumétrico de 25 mL,
adicionar 15 mL de Tampão pH 5,0 e agitar mecanicamente CLASSE TERAPÊUTICA
por 15 minutos. Completar o volume com o mesmo
solvente e homogeneizar. Utilizar a solução no mesmo dia. Antibiótico.
c
15 minutos. Completar o volume com o mesmo solvente,
de cefadroxila, dissolver em 5 mL de mistura de metanol e homogeneizar e filtrar. Utilizar a solução no mesmo dia.
tampão citro-fosfato pH 7,0 (1:1), homogeneizar e filtrar.
Procedimento: injetar, separadamente, 10 μL da Solução
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
da Solução amostra, obtida no método A. de Doseamento, e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão. C16H17N3O5S nas cápsulas a partir das respostas obtidas
com a Solução padrão e a Solução amostra.
CARACTERÍSTICAS
B. Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. da monografia de Cefadroxila. Preparar a Solução amostra
como descrito a seguir.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
Solução amostra: pesar 20 cápsulas, remover o conteúdo
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. e pesá-las novamente. Homogeneizar o conteúdo das
Proceder conforme descrito no método A. de Doseamento. cápsulas. Transferir quantidade de pó equivalente a 0,125
g de cefadroxila para balão volumétrico de 250 mL, com
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) auxílio de 150 mL de Tampão fosfato de potássio a 1%,
estéril, pH 6,0 (Solução 1). Deixar em ultrassom por 15
Meio de dissolução: água, 900 mL minutos. Agitar mecanicamente por 20 minutos e completar
o volume com o mesmo solvente. Homogeneizar e filtrar.
Aparelhagem: cesta, 100 rpm Diluir, sucessivamente, até concentrações de 10 μg/mL, 20
μg/mL e 40 μg/mL, utilizando o mesmo solvente.
Tempo: 30 minutos
Empregar um dos métodos descritos a seguir. B. Proceder conforme descrito no teste C. de Identificação
da monografia de Cefadroxila. Preparar a Solução (1)
como descrito a seguir.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 757
ca
CARACTERÍSTICAS cefadroxila para balão volumétrico de 200 mL, adicionar
120 mL de Tampão pH 5,0 e agitar mecanicamente por 15
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. minutos. Completar o volume com o mesmo solvente e
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. filtrar. Utilizar a solução no mesmo dia.
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. Procedimento: injetar, separadamente, 10 µL das Soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C16H17N3O5S
nos comprimidos a partir das respostas obtidas para as
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. Soluções padrão e amostra.
Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir B. Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento
cada comprimido para balão volumétrico de 500 mL na monografia de Cefadroxila. Preparar a Solução amostra
contendo 300 mL de Tampão fosfato pH 5,0 (descrito no como descrito a seguir.
método A. de Doseamento na monografia de Cefadroxila)
e deixar em ultrassom por 5 minutos para desintegração Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
do comprimido. Agitar mecanicamente por 15 minutos e Transferir quantidade do pó equivalente a 0,125 g de
completar o volume com o mesmo solvente. Homogeneizar cefadroxila para balão volumétrico de 250 mL, adicionar
e filtrar. Transferir 10 mL dessa solução para balão 150 mL de Tampão fosfato de potássio a 1% estéril,
volumétrico de 20 mL e completar o volume com Tampão pH 6,0. Deixar em ultrassom por 15 minutos. Agitar
fosfato pH 5,0. Prosseguir conforme descrito no método A. mecanicamente por 20 minutos e completar o volume
de Doseamento. com o mesmo solvente. Homogeneizar e filtrar. Diluir,
sucessivamente, até concentrações de 10 μg/mL, 20 μg/mL
e 40 μg/mL, utilizando Tampão fosfato de potássio a 1%
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) estéril, pH 6,0 como diluente.
Meio de dissolução: água, 900 mL
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Aparelhagem: pás, 50 rpm
Em recipientes bem fechados.
Tempo: 30 minutos
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 120,0% da
declarada de C16H17N3O5S se dissolvem em 30 minutos. quantidade declarada de C16H17N3O5S. O pó para suspensão
oral é uma mistura de cefadroxila monoidratada com um ou
ENSAIOS DE PUREZA mais agentes corantes, aromatizantes, tampões, adoçantes
e conservantes.
Água (5.2.20.1). No máximo 8,0%.
IDENTIFICAÇÃO
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
A. Reconstituir o conteúdo de três frascos conforme
Contagem do número total de micro-organismos indicado no rótulo e homogeneizar. Transferir quantidade
mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. de suspensão oral equivalente a 50 mg de cefadroxila para
balão volumétrico de 250 mL com o auxílio de 150 mL de
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). tampão fosfato de sódio pH 6,0. Agitar por 10 minutos e
Cumpre o teste. completar o volume com o tampão. Homogeneizar e filtrar.
758 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Prosseguir conforme descrito no teste B. de Identificação B. Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento
da monografia de Cefadroxila. da monografia de Cefadroxila. Preparar a Solução amostra
como descrito a seguir.
B. Proceder conforme descrito no teste C. de Identificação
da monografia de Cefadroxila. Preparar a Solução (1) Solução amostra: reconstituir o conteúdo de três frascos
como descrito a seguir. conforme indicado no rótulo e homogeneizar. Transferir
volume de suspensão oral equivalente a 0,1 g de cefadroxila
Solução (1): reconstituir o conteúdo de três frascos para balão volumétrico de 200 mL, com auxílio de 120 mL
conforme indicado no rótulo e homogeneizar. Utilizar de Tampão fosfato de potássio a 1%, estéril, pH 6,0. Agitar
quantidade de suspensão oral equivalente a 0,1 g de
c
mecanicamente por 20 minutos e completar o volume
cefadroxila, dissolver em 25 mL de mistura de metanol e com o mesmo solvente. Homogeneizar e filtrar. Diluir,
tampão citro-fosfato pH 7,0 (1:1) e filtrar. sucessivamente, até concentrações de 10 μg/mL, 20 μg/mL
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma e 40 μg/mL, utilizando o mesmo solvente.
da Solução amostra, obtida no método A. de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados.
CARACTERÍSTICAS
pH (5.2.19). 4,5 a 6,0. Determinar na suspensão ROTULAGEM
reconstituída conforme indicado no rótulo.
Observar a legislação vigente.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. Determinar
no pó antes de reconstituir.
ENSAIOS DE PUREZA
O
Água (5.2.20.1). No máximo 2,0%. H H
N S
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA NH2 H
N
Contagem do número total de micro-organismos CH3
O
mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
COOH
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste. C16H17N3O4S; 347,39
C16H17N3O4S.H2O; 365,40
DOSEAMENTO cefalexina; 01826
cefalexina monoidratada; 01827
Empregar um dos métodos descritos a seguir. Ácido (6R,7R)-7-[[(2R)-2-amino-2-fenilacetil]amino]-
3-metil-8-oxo-5-tia-1-azabiciclo[4.2.0]oct-2-eno-2-
A. Proceder conforme descrito no método A. de carboxílico
Doseamento da monografia de Cefadroxila. Preparar a [15686-71-2]
Solução amostra como descrito a seguir. Ácido (6R,7R)-7-[[(2R)-2-amino-2-fenilacetil]amino]-
Solução amostra: reconstituir o conteúdo de três frascos 3-metil-8-oxo-5-tia-1-azabiciclo[4.2.0]oct-2-eno-2-
conforme indicado no rótulo e homogeneizar. Transferir carboxílico hidratado (1:1)
volume da suspensão oral equivalente a 0,25 g de [23325-78-2]
cefadroxila para balão volumétrico de 250 mL, adicionar
150 mL de Tampão pH 5,0 e agitar mecanicamente por Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 103,0% de
15 minutos. Completar o volume com o mesmo solvente. C16H17N3O4S, em relação à substância anidra.
Filtrar aproximadamente 25 mL dessa solução, através
de filtro de porosidade de 0,8 μm ou inferior, e utilizar o DESCRIÇÃO
filtrado límpido como solução amostra. Utilizar a solução
no mesmo dia. Características físicas. Pó cristalino branco ou quase
branco.
Procedimento: injetar, separadamente, 10 μL da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas Solubilidade. Pouco solúvel em água, ligeiramente
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de solúvel em metanol e praticamente insolúvel em etanol e
C16H17N3O5S na suspensão oral a partir das respostas dimetilformamida.
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 759
Constantes físico-químicas. Ajustar o pH para 2,5 ± 0,1 com ácido fosfórico. Adicionar
350 mL de acetonitrila, 350 mL de metanol e homogeneizar.
Poder rotatório específico (5.2.8): +149° a +158°, em
relação à substância anidra. Determinar em solução a 0,5% Fase móvel: utilizar misturas variadas do Eluente A e
(p/v) em tampão biftalato pH 4,4. Eluente B. Adotar o sistema de gradiente descrito na tabela
a seguir.
IDENTIFICAÇÃO Tempo Eluente A Eluente B
Eluição
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da (minutos) (%) (%)
ca
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta 0 100 0 equilíbrio
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos 0–1 100 0 isocrática
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles 1 – 33,3 100 → 0 0 → 100 gradiente linear
observados no espectro de cefalexina SQR, preparado de
33,3 – 34,3 0 100 isocrática
maneira idêntica.
Diluente: dissolver 18 g de fosfato de potássio monobásico
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
em 1000 mL de água.
faixa de 200 nm a 400 nm, de solução da amostra em água
(1:50), exibe máximo e mínimo no mesmo comprimento Solução amostra: transferir 25 mg da amostra, exatamente
de onda de uma solução de cefalexina SQR, preparada de pesada, para balão volumétrico de 5 mL, completar o
maneira idêntica, concomitantemente medido, bem como volume com Diluente e misturar.
a absortividade, calculada na base anidra, no comprimento
de onda de absorção máxima cerca de 262 nm não é menor Soluções padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
do que 95% e maior que 104% de cefalexina SQR, tendo de cefalexina SQR no Diluente e diluir adequadamente
em vista a potência declarada de cefalexina SQR. de modo a obter soluções a 0,08 mg/mL e 0,16 mg/mL
de cefalexina (C16H17N3O4S), tendo em vista a potência
C. Proceder conforme descrito em Cromatografia em declarada de cefalexina SQR.
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, como
suporte, e mistura de acetato de etila, água, acetonitrila Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL das Soluções
e ácido acético glacial (42:18:14:14), como fase móvel. padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e
Aplicar, separadamente, à placa, 5 µL de cada uma das medir as áreas sob todos os picos obtidos. Construir a curva
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir. analítica a partir das respostas obtidas para a cefalexina
com as Soluções padrão versus as suas concentrações,
Solução (1): solução a 25 mg/mL da amostra em ácido calculadas na base anidra, em mg/mL. Determinar a
clorídrico 0,01 M. concentração C, em mg/mL, de cada substância relacionada
à cefalexina obtida com a Solução amostra além do pico
Solução (2): solução a 25 mg/mL de cefalexina SQR em
da cefalexina. Calcular a porcentagem de cada substância
ácido clorídrico 0,01 M.
relacionada à cefalexina pela fórmula:
Desenvolver o cromatograma até que o solvente tenha se 500C
deslocado três quartos da placa. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A A
mancha principal obtida com a Solução (1) corresponde em em que A é a quantidade calculada da base anidra, em mg,
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2). de cefalexina tomada para preparar a Solução amostra.
Não é encontrado mais que 1,0% de qualquer substância
ENSAIOS DE PUREZA relacionada à cefalexina. A soma das áreas de todas as
substâncias relacionadas à cefalexina não é superior a
pH (5.2.19). 3,0 a 5,5. Determinar em suspensão aquosa 5,0%.
contendo 50 mg/mL.
Água (5.2.20.1). Entre 4,0% e 8,0%.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
em Cromatografia a liquido de alta eficiência (5.2.17.4.).
DOSEAMENTO
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
254 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm de Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
ligada a grupo octadecilsilano (5 μm); fluxo da Fase móvel de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de
de 1,0 mL/minuto. comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
Eluente A: dissolver 1 g de 1-pentanossulfonato de sódio
μm); fluxo da Fase móvel de 1,5 mL/minuto.
numa mistura de 1000 mL de água e 15 mL de trietilamina.
Ajustar o pH para 2,5 ± 0,1 com ácido fosfórico. Fase móvel: preparar 1015 mL de uma mistura de água,
acetonitrila, metanol e trietilamina (850:100:50:15).
Eluente B: dissolver 1 g de 1-pentanossulfonato de sódio
Dissolver 1 g de 1-pentanossulfonato de sódio nesta
numa mistura de 300 mL de água e 15 mL de trietilamina.
mistura, ajustar com ácido fosfórico para pH 3,0 ± 0,1 e
degaseificar. Fazer ajustes se necessário.
760 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Solução amostra: transferir 0,1 g da amostra, exatamente cefalexina em 1 mL de água e 1,4 mL de ácido clorídrico
pesada, para balão volumétrico de 100 mL, dissolver e M, adicionar 0,1 g de carvão ativado, agitar, filtrar e lavar o
completar o volume com água e homogeneizar. Transferir filtro com 1 mL de água. Adicionar lentamente ao filtrado
10,0 mL desta solução para balão volumétrico de 25 mL, uma solução saturada de acetato de sódio até que ocorra
completar o volume com a Fase móvel e homogeneizar. precipitação. Adicionar 5 mL de metanol. Secar a uma
pressão não excedendo 7 kPa. O espectro de absorção
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada, no infravermelho (5.2.14) do resíduo obtido, disperso
de cefalexina SQR em água e diluir adequadamente de em brometo de potássio, apresenta máximos de absorção
modo a obter uma solução estoque a 1 mg/mL. Transferir somente nos mesmos comprimentos de onda e com as
c
10 mL para balão volumétrico de 25 mL, completar o mesmas intensidades relativas daqueles observados no
volume com a Fase móvel e homogeneizar. espectro de cefalexina SQR, preparado de maneira idêntica.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL da Solução B. Misturar 20 mg do resíduo obtido no teste A. de
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas Identificação com 0,25 mL de uma solução de ácido nítrico
e medir as áreas sob os picos principais. Calcular o teor em a 1% (v/v) em ácido sulfúrico a 80% (v/v). Desenvolve-se
μg de C16H17N3O4S por mg da amostra a partir da seguinte coloração amarela.
fórmula:
C. Misturar 20 mg do resíduo obtido no teste A. de
Identificação com 0,25 mL de uma solução de ácido acético
glacial a 1% (v/v) e adicionar 0,1 mL de uma solução de
sulfato cúprico penta-hidratado a 1% (p/v) e 0,1 mL de
hidróxido de sódio 2 M. Desenvolve-se coloração verde-
em que C é a concentração, em mg/mL, de cefalexina
oliva.
SQR na solução estoque utilizada para preparar a Solução
padrão; P é a potência declarada de cefalexina, em μg/ D. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
mg, da cefalexina SQR; M é a quantidade, em mg, de camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel não-
cefalexina tomada para preparar a Solução amostra; Ra ligada, como suporte, e mistura de ácido cítrico 0,1 M,
e Rp, são as áreas sob os picos da Solução amostra e da fosfato de sódio dibásico 0,1 M e ninidrina a 6,25% (p/v)
Solução padrão, respectivamente. em acetona (60:40:1,5) como fase móvel. Impregnar
a placa com mistura de n-hexano e tetradecano (95:5).
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Aplicar, separadamente, à placa, 10 mL de cada uma das
soluções descritas a seguir.
Em recipientes bem fechados.
Solução amostra: pesar e pulverizar os comprimidos.
Dissolver quantidade do pó em água de modo a obter
ROTULAGEM uma concentração aproximada de 3 mg de cefalexina por
mililitro.
Observar a legislação vigente.
Solução padrão: preparar solução aquosa contendo 3 mg
CLASSE TERAPÊUTICA de cefalexina SQR por mililitro.
CARACTERÍSTICAS
Cefalexina comprimidos são compostos de cefalexina ou
cloridrato de cefalexina com um ou mais agentes diluentes Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
e lubrificantes adequados. Contém, no mínimo, 90,0%
e, no máximo, 120,0% do valor declarado de cefalexina Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
ou cloridrato de cefalexina. A cefalexina empregada na
produção cumpre as especificações descritas na monografia Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
de Cefalexina. Os comprimidos podem ser revestidos. Teste de desintegração (5.1.4.1). No máximo 30 minutos.
ca
hidroxifenilglicina é mais intensa que a mancha principal
de cefalexina SQR na concentração de 0,002% (p/v),
no cromatograma obtido com a Solução (2).
preparada no mesmo solvente.
O teste não é válido a menos que o cromatograma obtido
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
com a Solução (5) mostrar três manchas claramente
declarada de C16H17N3O4S se dissolvem em 30 minutos.
separadas.
Cloridrato de cefalexina
Água (5.2.20.1). No máximo 9,0% para comprimidos
Meio de dissolução, Aparelhagem e Procedimento: de cefalexina e 8% para comprimidos de cloridrato de
proceder como indicado para cefalexina. cefalexina.
Tempo: 45 minutos
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
declarada de C16H17N3O4S se dissolvem em 45 minutos. Contagem do número total de micro-organismos
mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
B. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico suporte, e mistura de ácido cítrico 0,1 M, fosfato de sódio
de antibióticos (5.5.3.3.1), pelo método de difusão em dibásico 0,1 M e solução de ninidrina em acetona (1:15)
ágar, utilizando cilindros. (60:40:1,5), como fase móvel. Previamente, colocar a
placa em uma cuba cromatográfica contendo uma mistura
Micro-organismo: Staphylococcus aureus ATCC 6538P. de hexano e tetradecano (95:5) e, deixar essa mistura correr
por toda a extensão da placa. Remover a placa, deixar secar
Meios de cultura: meio de cultura número 1, para
ao ar. Aplicar, separadamente, à placa, 10 mL de cada uma
manutenção do micro-organismo; solução salina estéril,
das soluções recentemente preparadas, descritas a seguir.
para padronização do inóculo; meio de cultura número
2, para camada base; meio número 1 para preparação do
c
Solução (1): reconstituir o pó conforme indicado no rótulo.
inóculo. Preparar solução a 3 mg/mL de cefalexina em água.
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos. Solução (2): dissolver quantidade, exatamente pesada, de
Transferir quantidade do pó equivalente a 250 mg de cefalexina SQR em água de modo a obter solução a 3 mg/mL.
cefalexina para balão de 250 mL, com auxílio de 200
mL de Tampão fosfato de potássio a 1%, estéril, pH 6,0 Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, secar
(Solução 1). Agitar por 15 minutos. Completar o volume a 110°C por 10 minutos. A mancha principal obtida com
com Tampão fosfato de potássio a 1%, estéril, pH 6,0 a Solução (1) corresponde em posição, cor e intensidade
(Solução 1) e filtrar. Diluir, sucessivamente, com o mesmo àquela obtida com a Solução (2).
solvente, até obter as concentrações de 2,5 µg/mL; 5 µg/
mL e 10 µg/mL, utilizando Tampão fosfato de potássio a
CARACTERÍSTICAS
1%, estéril, pH 6,0 (Solução 1) como solvente.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. Determinar
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
no pó antes de reconstituir.
de cefalexina SQR em Tampão fosfato de potássio a 1%,
estéril, pH 6,0 (Solução 1), de modo a obter solução a 1 pH (5.2.19). 3,0 a 6,0. Determinar na suspensão
mg/mL. Diluir, sucessivamente, com o mesmo solvente, reconstituída conforme indicado no rótulo.
até obter as concentrações de 2,5 µg/mL; 5 µg/mL e 10 µg/
mL, utilizando Tampão fosfato de potássio a 1%, estéril,
pH 6,0 (Solução 1) como solvente. ENSAIOS DE PUREZA
Procedimento: adicionar 20 mL de meio de cultura número Determinação de água (5.2.20.1). No máximo 2%.
2 em cada placa, esperar solidificar, adicionar 5 mL de
inoculo a 1% e proceder conforme descrito em Ensaio TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
microbiológico por difusão em ágar (5.5.3.3.1). Calcular a
potência da amostra, em μg de cefalexina por miligrama, a Contagem do número total de micro-organismos
partir da potência do padrão e das respostas obtidas com a mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Solução padrão e a Solução amostra.
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, protegidos da umidade e em DOSEAMENTO
temperatura inferior a 30 °C.
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
ca
a 0,05 % em meio de cultura número 1 e proceder conforme amostra com o diluente.
descrito em Ensaio microbiológico de antibióticos,
adicionando aos cilindros 0,1 mL da Solução padrão e da Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Solução amostra recentemente preparadas.
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
ENSAIOS DE PUREZA
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4 mm de diâmetro interno, empacotada Poder rotatório específico (5.2.8). +124° a +134°, em
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 relação à substância anidra e livre de bicarbonato de sódio.
mm), mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel Determinar em solução de cefalotina a 5 % (p/v) em água.
de 1,5 mL/minuto.
Bicarbonato de sódio. Dissolver, aproximadamente, 1 g
Fase móvel: dissolver 1 g de 1-pentanossulfonato de sódio do pó para solução injetável, exatamente pesado, em 50
monoidratado em mistura de água, acetonitrila, metanol e mL de água. Adicionar alaranjado de metila a 0,1% (p/v)
trietilamina (850:100:50:15). Ajustar o pH para 3,0 com dissolvido em água e titular com ácido sulfúrico 0,05 M SV.
ácido fosfórico. Cada mL de ácido sulfúrico 0,05 M SV equivale a 8,401
mg de NaHCO3. Calcular a porcentagem de bicarbonato de
Solução amostra: reconstituir o pó conforme indicado
sódio e usar o valor obtido para calcular o Poder rotatório
no rótulo. Transferir volume de suspensão equivalente a
específico em relação à base anidra e livre de bicarbonato
200 mg de cefalexina para balão volumétrico de 200 mL,
de sódio.
completar o volume com água e homogeneizar. Transferir
10 mL dessa solução para balão volumétrico de 25 mL e
completar o volume com Fase móvel. TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada, Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Proceder
de cefalexina SQR em água de modo a obter solução a 1 mg/ conforme descrito em Método de filtração por membrana.
mL. Transferir 10 mL desta solução para balão volumétrico
de 25 mL e completar o volume com Fase móvel. Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,13 UE/
mg de cefalotina sódica.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e
medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C16H17N3O4S
DOSEAMENTO
na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução Empregar um dos métodos descritos a seguir.
padrão e a Solução amostra.
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
de absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar, exatamente,
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO quantidade da amostra equivalente a 0,25 g de cefalotina
Em recipientes bem fechados, à temperatura ambiente e sódica. Transferir para balão volumétrico de 100 mL e
protegidos da luz. completar o volume com água. Diluir no mesmo solvente
até a concentração de 0,0025% (p/v). Preparar solução
padrão na mesma concentração, utilizando o mesmo
ROTULAGEM solvente. Medir as absorvâncias das soluções resultantes
em 285 nm, utilizando água para ajuste do zero. Calcular
Observar a legislação vigente.
o teor de C16H15N2NaO6S2 no pó para solução injetável, a
partir das leituras obtidas.
CEFALOTINA SÓDICA PÓ PARA B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
SOLUÇÃO INJETÁVEL de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 115,0% da com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
quantidade declarada de cefalotina sódica (C16H15N2NaO6S2). µm), mantida a temperatura de 40 °C; fluxo da Fase móvel
de 1,5 mL/minuto.
764 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Fase móvel: dissolver 17 g de acetato de sódio em 790 respostas obtidas com a Solução padrão e com a Solução
mL de água, adicionar 0,6 mL de ácido acético glacial e, amostra.
se necessário, ajustar o pH a 5,9 ± 0,1 com ácido acético
glacial ou hidróxido de sódio 0,1 M. Adicionar 150 mL de
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
acetonitrila, 70 mL de etanol e homogeneizar.
Em recipientes bem fechados, em temperatura inferior a
Solução amostra: reconstituir o conteúdo de um frasco em
25 °C.
água ultrapura, agitar até completa dissolução, transferir
todo volume para balão volumétrico de 200 mL, lavar
c
o frasco com água ultrapura e transferir para balão. ROTULAGEM
Completar o volume e agitar. Transferir 5 mL desta solução
para balão volumétrico de 50 mL e completar o volume Observar a legislação vigente.
com Fase móvel de modo a obter solução a 0,5 mg/mL de
cefalotina sódica.
CEFOXITINA SÓDICA
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada, Cefoxitinum natricum
de cefalotina sódica SQR em Fase móvel de modo a obter
concentração final de 0,5 mg/mL de cefalotina sódica.
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma para preparar solução a 0,3 mg/mL de cefoxitina. Utilizar
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde essa solução em no máximo 5 horas.
àquele do pico principal da Solução padrão.
A eficiência da coluna não é menor que 2800 pratos
C. A solução da amostra a 5% (p/v) em água responde às teóricos. O fator de cauda para o pico da cefoxitina não
reações do íon sódio (5.3.1.1). é maior que 1,5. O desvio padrão relativo das áreas de
replicatas dos picos registrados não é maior que 1,0%.
ENSAIOS DE PUREZA Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
ca
pH (5.2.19). 4,2 a 7,0. Determinar em solução aquosa a
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de cefoxitina
1% (p/v).
(C16H17N3O7S2) na amostra de cefoxitina sódica a partir das
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em respostas obtidas para cefoxitina com a Solução padrão e
Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando a Solução amostra.
sílica-gel F254, como suporte, e mistura de ácido acético
glacial, água, acetona e acetato de etila (10:10:20:50), EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 5 µL de
cada uma das soluções, recentemente preparadas, descritas Em recipientes bem fechados, entre 2 °C e 8 °C.
a seguir.
Solução (2): transferir 0,5 mL da Solução (1) para balão CLASSE TERAPÊUTICA
volumétrico de 100 mL e completar o volume com água.
Antimicrobiano.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com CEFOXITINA SÓDICA PÓ PARA
a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais
intensa que aquela obtida com a Solução (2) (0,5%). SOLUÇÃO INJETÁVEL
Solução amostra: transferir, exatamente, quantidade da Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. Determinar
amostra equivalente a cerca de 0,15 g de cefoxitina para no pó não reconstituído.
balão volumétrico de 500 mL, dissolver em tampão fosfato
pH 7,1 e completar o volume com o mesmo solvente. ENSAIOS DE PUREZA
Utilizar essa solução em no máximo 5 horas.
Água (5.2.20.1). No máximo 1%.
Solução padrão: pesar, exatamente, e dissolver em tampão
fosfato pH 7,1 quantidade de cefoxitina SQR suficiente
766 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
c
Proceder conforme descrito em Doseamento na monografia
de Cefoxitina sódica. Preparar a Solução amostra como
Em vista frontal, a face adaxial da epiderme mostra células
descrito a seguir.
poligonais de paredes retas a curvas, estômatos projetados,
Solução amostra: reconstituir o conteúdo de um frasco paracíticos, raros anisocíticos, índice estomático igual a 18,
ampola em volume de água destilada, exatamente medido, e hidatódios; a cutícula é estriada. A face abaxial apresenta
correspondente àquele indicado no frasco do diluente. células também poligonais, de maior tamanho do que as da face
Transferir quantitativamente a solução reconstituída para adaxial, estômatos projetados, paracíticos e índice estomático
balão volumétrico de capacidade adequada e diluir com igual a 12; a cutícula é fortemente estriada. Ambas as faces
água de modo a obter solução a cerca de 0,3 mg/mL de da epiderme apresentam tricomas simples, unisseriados,
cefoxitina (C16H17N3O7S2). Utilizar essa solução em, no retorcidos, geralmente tricelulares (duas a cinco células),
máximo, 5 horas bastante escassos na face adaxial. Em secção transversal,
as faces mostram-se constituídas por células retangulares
Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL das Soluções achatadas, alternadas com células quadrangulares papilosas;
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as a projeção dos estômatos pode ser melhor observada e a
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de cefoxitina cutícula é fina. O mesofilo apresenta estrutura dorsoventral,
(C16H17N3O7S2) na solução injetável reconstituída, a partir com uma a três camadas de parênquima paliçádico frouxo e
das respostas obtidas para as Soluções padrão e amostra. parênquima esponjoso ocupando mais da metade do mesofilo,
formado por células oblongas no sentido horizontal; nestes
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO parênquimas encontram-se drusas de oxalato de cálcio. Raros
canais secretores (ductos) encontram-se dispostos junto ao
Em recipientes bem fechados, entre 2 ºC e 8 ºC. floema. Na nervura mediana, observam-se, via de regra,
dois canais secretores, dispostos na região do parênquima
fundamental, um voltado para a face adaxial e outro para
ROTULAGEM a abaxial, próximos ao sistema vascular e raramente no
Observar a legislação vigente.. floema; o colênquima, do tipo lacunar e presente em ambas
as faces, está representado por uma a três camadas celulares,
especialmente na face adaxial. O sistema vascular é colateral,
em arco aberto, com várias fibras em zona externa ao floema.
CENTELA
O pecíolo é fistuloso e, em secção transversal, mostra
Centellae folium contorno circular, com duas arestas opostas na face adaxial,
separadas por uma pequena região levemente côncava,
Centella asiatica (L.) Urban – APIACEAE; 09898 conferindo-lhe aspecto canaliculado. A epiderme apresenta
células quadrangulares, algo papilosas, com estômatos
A droga vegetal é constituída pelas folhas secas. Contém, paracíticos e tricomas simples, pluricelulares, unisseriados,
no mínimo, 2,0% de asiaticosídeo, em relação ao material com célula basal bem mais curta do que as demais. A cutícula
dessecado. é fina e estriada. Subepidermicamente ocorre um colênquima
angular, contínuo, onde se alterna uma camada predominante
de células com estreitas regiões de duas a três camadas, ou
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
nas arestas até cinco. Abaixo deste, situa-se um clorênquima,
As lâminas foliares são membranáceas, raramente papirácias, contendo sete feixes vasculares colaterais, dispostos
verde-acinzentadas na face adaxial e verde-pálidas na face em círculo, separados por largas faixas de parênquima
abaxial, glabras a tomentosas em ambas as faces, cobertas de fundamental, ocorrendo um feixe menor em cada aresta.
tricomas hialinos de até 2 mm, pluricelulares, unisseriados, Ao redor do floema, no parênquima fundamental, podem
formados por duas a cinco células. A célula inferior é oriunda ocorrer células amilíferas. Em cada feixe vascular há um
de uma só célula basal. Lâmina ovada a orbicular-reniforme, envoltório de fibras, restrito ao floema. No pecíolo, também se
palminérvea, com cinco a nove nervuras, base cordada a observam canais secretores: um internamente ao colênquima,
truncada, ápice arredondado, obtuso a truncado, margem geralmente e regularmente nas regiões em que ocorre maior
levemente sinuada a crenado-dentada, medindo 1,5 cm a 7 cm número de camadas deste, um com menor frequência disposto
de comprimento e 1 cm a 6 cm de largura. A venação é pouco por toda a estrutura, na região aproximadamente equidistante
densa, actinódroma. As nervuras de primeira ordem são, dos feixes vasculares e da epiderme, dois opostos entre si, em
longitudinalmente, retilíneas. As nervuras de segunda ordem um mesmo feixe vascular, ambos muito próximos ao xilema,
e um por feixe vascular nas arestas. O parênquima medular é
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 767
ca
μm a 10 μm), mantida à temperatura ambiente; fluxo da
drusas de oxalato de cálcio e porções de células epidérmicas, Fase móvel de 0,5 mL/minuto.
com estômatos paracíticos.
Eluente A: acetonitrila.
IDENTIFICAÇÃO Eluente B: solução aquosa de ácido fosfórico a 0,5% (v/v).
A. Proceder conforme descrito em Cromatografia em Gradiente da Fase móvel: adotar o sistema de gradiente
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, descrito na tabela a seguir:
com espessura de 250 μm, como suporte, e mistura
de clorofórmio, ácido acético glacial, metanol e água Tempo Eluente A Eluente B
(60:32:12:8), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à Eluição
(minutos) (%) (%)
placa, em forma de banda, 20 μL da Solução (1) e 5 μL da
0 – 40 25 → 50 75 → 50 gradiente linear
Solução (2), preparadas como descrito a seguir.
Solução amostra: extrair 5 g da droga seca em pó com 150
Solução (1): ferver 3 g da amostra em 30 mL de mistura de
mL de metanol em aparelho de Soxhlet durante 4 horas.
etanol e água (1:1). Filtrar e concentrar até secura. Retomar
Evaporar o solvente em banho-maria até cerca de 50 mL.
em 0,5 mL de metanol.
Filtrar em funil de vidro sinterizado (G4). Transferir o
Solução (2): dissolver 1 mg de asiaticosídeo em 1 mL de metanol. filtrado para balão volumétrico de 100 mL e completar o
volume com metanol.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e secar
em capela por 5 minutos. Nebulizar com anisaldeído SR e Solução de referência (1): dissolver 30 mg de asiaticosídeo
aquecer em estufa entre 100 °C a 105 °C durante 10 minutos. em 5 mL de metanol.
Nebulizar, novamente, com anisaldeído SR e aquecer em
Solução de referência (2): diluir a Solução de referência
estufa entre 100 °C a 105 °C por 10 minutos. A mancha
(1) em metanol de modo a obter solução a 80% (v/v).
principal de coloração acastanhada obtida com a Solução
(1), com Rf de aproximadamente 0,50, corresponde em Solução de referência (3): diluir a Solução de referência
posição àquela obtida com a Solução (2), referente ao (1) em metanol de modo a obter solução a 60% (v/v).
asiaticosídeo. Observa-se também uma mancha secundária
de coloração violeta, com Rf aproximado de 0,90. Solução de referência (4): diluir a Solução de referência
(1) em metanol de modo a obter solução a 40% (v/v).
B. Transferir 1 g da droga em pó ou fragmentada para tubo
de ensaio, adicionar 10 mL de água destilada e ferver por 2 Solução de referência (5): diluir a Solução de referência
minutos. Resfriar e agitar, vigorosamente, por 15 segundos. (1) em metanol de modo a obter solução a 20% (v/v).
Em seguida, adicionar gotas de ácido clorídrico a 10%
(p/v). A espuma formada é persistente, o que caracteriza a Procedimento: injetar, separadamente, 10 μL da Solução
presença de saponinas. amostra e das Soluções de referência (1), (2), (3), (4) e
(5). Determinar a área sob o pico referente ao asiaticosídeo
(tempo de retenção de 30 a 40 minutos). Estabelecer uma
ENSAIOS DE PUREZA curva analítica com os valores obtidos com as Soluções de
referência (1), (2), (3), (4) e (5). Determinar a área sob
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2%. o pico do asiaticosídeo na Solução amostra e, utilizando
Água (5.4.2.3). No máximo 6%. a curva analítica, determinar o teor de asiaticosídeo na
amostra.
Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 11%.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
ÍNDICE DE ESPUMA
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e do calor.
Proceder conforme descrito em Determinação de índice
de espuma (5.4.2.10). Pesar 1 g da droga pulverizada,
transferir para tubo de ensaio e ferver por 2 minutos.
Utilizar 100 mL de água destilada. No máximo 100.
768 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A a 1 cm (régua 1); K a 500 μm (régua 2); B, F e J a 500 μm (régua 3); C, D, E,
G e H a 100 μm (régua 4); I a 50 μm (régua 5).
A – aspecto da folha. B – esquema da secção transversal da folha na nervura mediana. C – secção transversal da folha na região do limbo na porção
indicada em B. D – detalhe de secção transversal da folha com estômato e câmara subestomática. E – aspecto do parênquima. F – hidatódio na epiderme
adaxial. G – epiderme adaxial. H – epiderme abaxial. I – detalhe de estômato paracítico. J – arquitetura foliar: aréola. K – arquitetura foliar: margem
e hidatódio.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 769
ca
Complemento da legenda da Figura 2. As escalas correspondem em L a 500 μm (régua 1); M a P a 100 μm (régua 2).
L – esquema do pecíolo em secção transversal. M – detalhe de uma porção transversal do pecíolo. N – drusas de oxalato de cálcio. O – canal secretor.
P – tricoma simples multicelular.
770 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
c
Proceder conforme descrito em Cromatografia em camada
delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, como suporte, Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
e mistura de n-hexano, acetato de etila, metanol, água e de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
acido acético glacial (42:40:15:2:1), como fase móvel. de detector ultravioleta a 225 nm; coluna de 250 mm de
Aplicar, separadamente, à placa, 10 μL de cada uma das comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir. com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (3
µm a 10 µm), mantida à temperatura ambiente; fluxo da
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Dissolver Fase móvel de 1,0 mL/minuto.
quantidade da amostra equivalente a 50 mg de cetoconazol
em clorofórmio, agitar por cerca de 2 minutos, completar o Fase móvel: mistura de metanol e acetato de amônio a
volume para 50 mL com o mesmo solvente e filtrar. 0,5% (p/v) (95:5).
Solução (2): dissolver 10 mg de cetoconazol SQR em Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
clorofórmio e completar o volume para 10 mL com o Transferir quantidade do pó, exatamente pesado,
mesmo solvente. equivalente a 0,1 g de cetoconazol para balão volumétrico
de 50 mL, adicionar 30 mL de metanol e deixar em
Desenvolver o cromatograma em cuba não saturada. ultrassom por 30 minutos. Completar o volume com o
Remover a placa e deixar secar ao ar. Examinar sob luz mesmo solvente, homogeneizar e filtrar. Diluir o filtrado
ultravioleta (254 nm). A mancha principal obtida com a até a concentração de 0,1 mg/mL, utilizando metanol como
Solução (1) corresponde em posição e intensidade àquela solvente.
obtida com a Solução (2).
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
de cetoconazol SQR em metanol e diluir com o mesmo
CARACTERÍSTICAS
solvente de modo a obter solução a 0,1 mg/mL.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL da Solução
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. C26H28Cl2N4O4 nos comprimidos a partir das repostas
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
CARACTERÍSTICAS ROTULAGEM
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. Observar a legislação vigente.
ca
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste.
COOH
DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido C16H14O3; 254,28
de detector ultravioleta a 232 nm; coluna de 250 mm de cetoprofeno; 01960
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada Ácido 3-benzoil-α-metilbenzenoacético
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 [22071-15-4]
µm), mantida à temperatura de 40 ºC; fluxo da Fase móvel
de 1,5 mL/minuto. Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,0% de
C16H14O3, em relação à substância dessecada.
Tampão fosfato pH 7,0: dissolver 2,8 g de fosfato de sódio
dibásico anidro, em 1000 mL de água. Ajustar o pH para
7,0 com ácido fosfórico. DESCRIÇÃO
Fase móvel: preparar uma mistura de acetonitrila, metanol, Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
tetraidrofurano e Tampão fosfato pH 7,0 (390:95:15:500), branco.
acrescentando 2,5 mL de hidróxido de tetrametilamônio a
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente
25% (p/v) em metanol, filtrada e degaseificada.
solúvel em acetona, em etanol e cloreto de metileno.
Solução amostra: transferir uma quantidade cuidadosamente
Constantes físico-químicas.
pesada de xampu, equivalente a 20 mg de cetoconazol para
um balão volumétrico de 100 mL. Adicionar ao balão 70 Faixa de fusão (5.2.2): 94 ºC a 97 ºC.
mL de metanol e agitar em ultrassom por 30 minutos para
dissolver. Completar o volume com metanol e filtrar em Poder rotatório específico (5.2.8): +1° a -1°, em relação à
papel de filtro. Transferir 2,5 mL dessa preparação para um substância dessecada. Determinar em solução a 1% (p/v)
balão volumétrico de 10 mL, acresentar 1,5 mL de metanol. em etanol.
Completar o volume com água e misturar.
c
Echinodorus grandiflorus (Cham. & Schltdl.) Micheli –
Solução amostra: dissolver uma quantidade exatamente ALISMATACEAE
pesada da amostra em Fase móvel para obter solução a 200 A droga vegetal é constituída pelas folhas secas contendo,
mg/mL. Proteger esta solução da luz. no mínino, 2,8% de derivados do ácido o-hidroxicinâmico,
Solução padrão: dissolver uma quantidade exatamente expressos em verbascosídeo (C29H36O15, 624,6).
pesada de cetoprofeno SQR em Fase móvel para obter
solução a 200 mg/mL. Proteger esta solução da luz. CARACTERÍSTICAS
Injetar replicatas de 20 μL da Solução padrão. A eficiência Características organolépticas. As folhas secas possuem
da coluna não é menor que 2250 pratos teóricos. O fator de odor característico e sabor amargo.
cauda para o pico do cetoprofeno não deve ser maior que
2,0. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos
picos registrados não é maior que 5,0%. DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL da Solução Folhas simples, coriáceas, cordiformes, com base cordada
amostra e da Solução padrão, registrar os cromatogramas e ápice agudo a arredondado. Lâmina foliar de dimensões
por, no mínimo, três vezes o tempo de retenção do variadas, dependendo da condição ambiental, de 10 cm
cetoprofeno, e medir as áreas correspondentes aos picos a 35 cm de comprimento e 20 cm a 25 cm de largura na
de impurezas. Calcular a porcentagem de cada impureza porção mediana; pecíolo longo de secção transversal
presente. Não mais que 0,2% de cada impureza individual circular a ovalada, com expansões aladas curtas e estriações
é encontrada, e a soma de todas as impurezas não é longitudinais. A nervação é do tipo campilódroma, com 12
superior a 1,0% da área do cetoprofeno obtida com a 14 nervuras de calibres semelhantes, que partem de um
a Solução amostra. único ponto na base do limbo, proeminentes na face abaxial.
Destas partem nervuras de menor calibre, paralelas entre si,
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. No máximo e destas as terciárias, culminando na formação de aréolas
0,002% (20 ppm). fechadas com terminações pouco ramificadas. Tanto a
lâmina quanto o pecíolo são pubescentes, relativamente
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da ásperos pela presença de tricomas estrelados. Ductos
amostra. Dessecar em estufa a 60° C, sob pressão reduzida, secretores translúcidos são abundantes por toda a lâmina
por 4 horas. No máximo 0,5%. foliar, por vezes visualizados sem auxílio de lentes.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.
No máximo 0,1%. DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
Lâmina foliar com epiderme uniestratificada recoberta
DOSEAMENTO por cutícula delgada dotada de pequenas papilas que
aparecem como pontos brilhantes na microscopia óptica,
Pesar, exatamente, cerca de 0,2 g da amostra, previamente
também presentes no pecíolo. Lâmina anfiestomática,
dessecada, transferir para erlenmeyer de 250 mL e
com estômatos no mesmo nível que as demais células
dissolver em 25 mL de etanol. Adicionar 25 mL de água e
epidérmicas, paralelocíticos, com células-guarda
0,5 mL de vermelho de fenol SI. Titular com hidróxido de
alongadas, contando com dois pares de células subsidiárias
sódio 0,1 M SV. Alternativamente, determinar o ponto final
adjacentes, sendo a mais proximal alongada e esguia,
potenciometricamente. Realizar ensaio em branco e fazer
por vezes visualizadas com certa dificuldade devido ao
as correções necessárias. Cada mL de hidróxido de sódio
pouco contraste obtido em suas paredes. Em vista frontal,
0,1 M SV equivale a 25,428 mg de C16H14O3.
em ambas as faces da lâmina, estão células epidérmicas
comuns com formatos e dimensões variadas, cujas paredes
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO anticlinais podem ser relativamente retas até sinuosas,
embora este último formato seja mais comum na face
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. abaxial. Sobre as nervuras não ocorrem estômatos e as
células epidérmicas são retangulares, por vezes muito
ROTULAGEM alongadas em relação ao maior eixo da folha. Também sobre
as nervuras estão tricomas pluricelulares, estrelados. Em
Observar a legislação vigente. secções transversais verifica-se que as células epidérmicas
são volumosas e as câmaras sub-estomáticas são amplas.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 773
O mesofilo está composto por apenas uma camada de móvel. Aplicar, separadamente, à placa, em forma de
parênquima paliçádico, com células pouco alongadas, e banda, 10 mL da Solução (1) e 5 mL das Soluções (2),
parênquima esponjoso, cujas células apresentam pequenas (3) e (4), separadamente, preparadas antes do uso, como
expansões braciformes. As nervuras de maior calibre descrito a seguir.
são biconvexas, com curvatura mais expressiva junto à
face abaxial, contando com aerênquima em abundância, Solução (1): turbolisar, exatamente, cerca de 10 g da droga
o qual forma amplas lacunas por toda a extensão da vegetal moída em 100 mL de etanol a 70% (v/v) durante
estrutura. Nestas lacunas, dispostas transversalmente, 15 minutos, com intervalos de 5 minutos, de forma que a
estão trabéculas de células braciformes com reentrâncias temperatura não exceda 40 °C. Filtrar, eliminar o etanol em
ca
espessadas, permitindo a formação de espaços intercelulares evaporador rotatório sob pressão reduzida. Extrair a fase
triangulares. Por todo o aerênquima estão dispostos aquosa resultante com três porções de 25 mL de acetato de
ductos secretores. Na nervura principal estão três feixes etila em funil de separação (125 mL). Deixar em repouso
vasculares de maior calibre, colaterais, em arco aberto com em freezer (-18 °C) por 15 minutos, para total separação
bordos elevados, com pequena lacuna no protoxilema, das fases. Reunir as frações orgânicas e lavar com 50 mL
parcialmente envoltos por calotas de fibroesclereídes, de água. Evaporar a fração obtida em evaporador rotatório
longas e com paredes lignificadas. Dispostos sob pressão reduzida até resíduo. Retomar o resíduo com
concentricamente, estão entre 8 a 11 feixes vasculares 1 mL de metanol.
menos calibrosos, também em arco aberto, mas contando
Solução (2): pesar cerca de 1 mg de ácido cafeico e
com esclerênquima apenas junto ao floema. As nervuras de
dissolver em 1 mL de metanol.
menor calibre, dispostas no mesofilo, são colaterais com
calota de poucos elementos esclerenquimáticos em ambos Solução (3): pesar cerca de 1 mg de isorientina e dissolver
os pólos de tecidos condutores. Uma única camada de em 1 mL de metanol.
células parenquimáticas, volumosas e delgadas, compõe a
bainha dos feixes vasculares. O pecíolo apresenta células Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e deixar
epidérmicas poliédricas, alongadas longitudinalmente. Em secar em capela de exaustão. Nebulizar a placa com
secção transversal verifica-se que esta porção foliar está difenilborato de aminoetanol SR e deixar secar em capela
preenchida por aerênquima, com as mesmas características de exaustão. A mancha de coloração acastanhada obtida
da nervura principal, inclusive os ductos secretores e com a Solução (1), com Rf de aproximadamente 0,90,
trabéculas com células braciformes. Diversas células deste corresponde em posição àquela obtida com a Solução (2).
aerênquima estão repletas de grãos de amido. Os feixes Logo abaixo dessa, é obtida uma mancha esverdeada, com
vasculares mais calibrosos (de um a dois) estão dispostos na Rf de aproximadamente 0,82, na região do cromatograma
região central do pecíolo, com três grupos concêntricos de da Solução (1). No quadrante inferior do cromatograma, a
feixes vasculares, menos calibrosos em direção à periferia, mancha de coloração amarela intensa obtida com a Solução
semelhantes ao da nervura principal, mas contando com (1), com Rf de 0,28, corresponde em posição àquela obtida
uma lacuna de protoxilema de grandes dimensões. Como com a Solução (3), referente à isorientina. Imediatamente
na nervura principal, os feixes de menor calibre apresentam abaixo dela, é obtida na região do cromatograma da
esclerênquima apenas junto ao pólo floemático. Tanto Solução (1) outra mancha de coloração amarela intensa,
nos tecidos da lâmina foliar quanto do pecíolo não foram com Rf de 0,22, que corresponde à swertia-japonina.
detectadas reações positivas para polifenóis (cloreto férrico
a 10% (p/v)) ou substâncias lipídicas (Sudan IV). ENSAIOS DE PUREZA
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2,0%.
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
Água (5.4.2.3). No máximo 9,0%.
O pó atende a todas as características estabelecidas para
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 11,0%.
características: fragmentos de epiderme da lâmina foliar,
com estômatos paralelocíticos e células epidérmicas de Cinzas sulfatadas (5.2.10). No máximo 13,0%.
contornos sinuosos, recobertas por cutícula ornamentada;
feixes de fibroesclereídes associados a células com
DOSEAMENTO
pequenas expansões braciformes, do parênquima
esponjoso; conjuntos de células tabulares, alongadas Derivados do ácido o-hidroxicinâmico
longitudinalmente; células braciformes com reentrâncias
espessadas, que compõem as trabéculas da nervura Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
principal e pecíolo, ocorrem em abundância. absorção no visível (5.2.14). Preparar as soluções descritas
a seguir.
IDENTIFICAÇÃO Solução estoque: pesar, exatamente, cerca de 0,5 g da
droga pulverizada (210 µm) e adicionar 90 mL de etanol
Proceder conforme descrito em Cromatografia em camada a 50% (v/v) em balão de fundo redondo de 250 mL.
delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel F254, com espessura Levar a refluxo por 30 minutos. Esfriar e filtrar para balão
de 250 mm, como suporte, e mistura de acetato de etila, volumétrico de 100 mL. Lavar o balão de fundo redondo
tolueno, ácido fórmico e água (100:10:10:1), como fase
774 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
e o filtro com 10 mL de etanol a 50% (v/v) para o balão Calcular o teor de derivados do ácido o-hidroxicinâmico,
volumétrico. Completar o volume com etanol 50% (v/v). expresso em porcentagem de verbascosídeo, segundo a
expressão a seguir. Considerar a absortividade específica
Solução amostra: adicionar, volumetricamente, em balão do verbascosídeo igual a 185.
volumétrico de 10 mL, 1 mL da Solução estoque, 2 mL
de ácido clorídrico 0,5 M, 2 mL da mistura de nitrito de
sódio a 20% (p/v) e molibdato de sódio a 20% (p/v) (1:1).
Adicionar 2 mL de solução de hidróxido de sódio a 8%
(p/v) e completar o volume com etanol 50% (v/v). em que
c
Solução branco: adicionar, volumetricamente, em balão TA = teor de derivados do ácido o-hidroxicinâmico,
volumétrico de 10 mL, 1 mL da Solução estoque, 2 mL de expresso em verbascosídeo (%);
ácido clorídrico 0,5 M, 2 mL de solução de hidróxido de A = absorvância da Solução amostra;
sódio a 8% (p/v) e completar o volume com etanol 50% m = massa da amostra utilizada no ensaio, em gramas,
(v/v). considerando a determinação de água.
Medir a absorvância da Solução amostra, imediatamente
após o seu preparo, no comprimento de onda de 525 EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
nm, utilizando a Solução branco para o ajuste do zero.
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e do calor.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 775
ns
nt
ca
B
tr
dc
ar C
A
csb
es
D E
F
Figura 1: Echinodorus grandiflorus (Cham. & Schltdl.) Micheli - A. aspecto geral da
Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos
folha; B. detalhes parciais das nervuras
em Echinodorus grandiflorussecundárias e terciárias
(Cham. & Schltdl.) Micheli destacadas em A; C.
detalhes de algumas aréolas e terminações vasculares da lâmina foliar; D e E. detalhes
______________
parciais da face adaxial e abaxial da lâmina foliar, em vista frontal, respectivamente; F.
detalhe
Complemento de daum
da legenda tricoma
Figura estrelado.
1. As escalas ar: aréola,
correspondem csb:
em A a 8 cm, em células
B a 5 mm, em subsidiárias,
C a 1 mm, em Ddc: e E ducto
a 100 µm,secretor,
em F a 50 µm.
es: estômato, ns: nervura secundária, nt: nervura terciária, tr: tricoma estrelado. Escalas e
A – aspecto geral da folha, em vista frontal. B – detalhe parcial de nervura secundária (ns) e de nervuras terciárias (nt) destacadas em A. C – detalhe de
correspondências:
algumas aréolas 8 cm
e terminações vasculares (A), foliar:
da lâmina 5 mm (B),
aréola 1 ducto
(ar); mmsecretor
(C), 100 µm (Destrelado
(dc); tricoma e E), (tr).
50 Dµm (F). de porção da epiderme da
– detalhe
lâmina foliar voltada para a face adaxial, em vista frontal: estômato (es). E – detalhe de porção da epiderme da lâmina foliar voltada para a face abaxial,
em vista frontal: células subsidiárias (csb); estômato (es). F – detalhe de um tricoma estrelado.
776 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
ep
ad
pp ad
ep
cf
bp pe
bp
c ab
ep A
ab
B
cf
ep
tr
ad
ep
cf
fv x
ei f
fv cf
ep
ab
C D
lp
ds ei
f
fb
F
E
Figura 2 – Aspectos
Figura 2: Echinodorus grandiflorus (Cham.
microscópicos & Schltdl.)
de Echinodorus Micheli
grandiflorus (Cham.- Secções
& Schltdl.)transversais
Micheli
da
______________lâmina foliar. A. detalhe parcial do mesofilo e feixe vascular secundário da região
mediana; B. detalhe de um feixe terciário da região mediana; C e D. aspecto geral da
Complemento da legenda dados
distribuição Figuratecidos
2. As escalas
nacorrespondem A, B e D a 50eµm,em
nervura emprincipal em C auma em E e F a 100
500 µm,nervura µm.
secundária,
respectivamente;
A – detalhe de porção do mesofiloEnaeregião
F. detalhe delâmina
mediana da um feixe vascular
foliar, em calibroso
secção transversal: face da nervura
abaxial principal
(ab); face e bainha
adaxial (ad); do parenquimática
aerênquima adjacente, respectivamente. ab: face abaxial, ad: face adaxial, bp: bainha na região mediana
(bp); calota de fibras (cf); epiderme (ep); parênquima esponjoso (pe); parênquima paliçádico (pp). B – detalhe de porção do mesofilo
da lâmina foliar, evidenciando feixe terciário, em secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial (ad); bainha parenquimática (bp); calota de fibras
parenquimática, cf: calota de fibras, ds: ducto secretor, ei: espaço intercelular, ep:
(cf); epiderme (ep); parênquima esponjoso (pe); parênquima paliçádico (pp). C – detalhe da região da nervura principal, em secção transversal: espaço
epiderme,
intercelular f: floema,
(ei); feixe vascular fb: fibroesclereídes,
(fv); tricoma fv:defeixe
estrelado (tr). D – detalhe porçãovascular,
do mesofilo, lp: lacuna um
evidenciando dofeixe
protoxilema,
vascular, em secção transversal:
pe:(ab);
face abaxial parênquima esponjoso,
face adaxial (ad); pp:(cf);
calota de fibras parênquima
epiderme (ep); paliçádico, tr:(x).tricoma
floema (f); xilema estrelado,
E – detalhe x: xilema.
de um feixe vascular da nervura principal, em
secção transversal: floema (f); fibroesclereídes (fb); lacuna do protoxilema (lp); xilema (x). F – detalhe de porção do aerênquima na região da nervura
Escalas e correspondências: 50 µm (A, B e D), 500 µm (C), 100 µm (E e F).
principal, em secção transversal: ducto secretor (ds); espaço intercelular (ei).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 777
ep
ds lp
fv
ca
ei
ae
A B
fv
ds
lp fb
cb C
fv
ep E
D
Figura 3: Figura Echinodorus
3 – Aspectosgrandiflorus (Cham. grandiflorus
microscópicos de Echinodorus & Schltdl.) (Cham. & Micheli - A a D. secções
Schltdl.) Micheli
transversais do pecíolo. A e B. detalhe parcial dos tecidos periféricos e de um feixe
______________
vascular de calibre mediano, respectivamente; C. feixe vascular da região central do
pecíolo;
Complemento D.dadetalhe
da legenda Figura 3. Asdas trabéculas
escalas correspondem em doA epecíolo;
B a 200 µm; em E.C,detalhe
D e E a 100 parcial
µm. do aerênquima em
secção longitudinal. ae: aerênquima, cb: célula braciforme, ds: ducto secretor, ei: espaço
A a D – intercelular,
secções transversaisep:
do pecíolo. A – detalhe
epiderme, f:defloema,
porção do pecíolo: aerênquima (ae); espaçofv:
fb: fibroesclereídes, intercelular
feixe(ei); epiderme (ep);
vascular, lp:feixe vasculardo
lacuna (fv).
B – detalhe de porção do pecíolo, na região do aerênquima, evidenciando um feixe vascular: ducto secretor (ds); lacuna do protoxilema (lp). C – detalhe
protoxilema, x: xilema. Escalas e correspondências: 200 µm (A e B), 100 µm (C, D e E).
de um feixe vascular, na região central do pecíolo: ducto secretor (ds); floema (f); fibroesclereíde (fb); lacuna do protoxilema (lp); xilema (x). D – detalhe
das trabéculas do pecíolo: célula braciforme (cb). E – detalhe parcial do aerênquima em secção longitudinal: epiderme (ep); feixe vascular (fv).
778 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
ca
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
ENSAIOS DE PUREZA
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
pH (5.2.19). 8,0 a 9,0. Determinar em solução aquosa a
1% (p/v).
ROTULAGEM
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
máximo 0,001% (10 ppm). Observar a legislação vigente.
Meios de cultura: solução fisiológica estéril para de derivatização, registrar os cromatogramas e medir as
padronização do inóculo e meio número 19 para a camada áreas sob os picos. Calcular o teor de C12H17NO2.C2H7NO
inoculada. na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
padrão e a Solução amostra.
Tampão fosfato pH 7,2, estéril: juntar 250 mL de fosfato
de potássio monobásico 0,2 M e 175 mL de hidróxido de
sódio 0,2 M. Completar o volume a 1000 mL. Esterilizar a EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
solução por 20 minutos em autoclave a 121 °C.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Solução amostra: transferir, com auxílio de pipeta
c
volumétrica, o equivalente a 25 mg de ciclopirox ROTULAGEM
olamina para balão volumétrico de 25 mL com auxílio
de dimetilsulfóxido. Completar o volume com o mesmo Observar a legislação vigente.
solvente e homogeneizar. Diluir, sucessivamente, até
as concentrações de 56 µg/mL, 84 µg/mL e 126 µg/mL,
utilizando Tampão fosfato pH 7,2, estéril como diluente. CIMETIDINA
Cimetidinum
Solução padrão: pesar, exatamente, o equivalente a 25 mg de
ciclopirox olamina SQR e transferir para balão volumétrico
de 25 mL com auxílio de dimetilsulfóxido. Completar o
volume com o mesmo solvente e homogeneizar. Diluir,
sucessivamente, até as concentrações de 56 µg/mL, 84 µg/
mL e 126 µg/mL, utilizando Tampão fosfato pH 7,2, estéril
como diluente.
ca
mL de etanol absoluto e 5 mL de solução de ácido cítrico SV equivale a 25,234 mg de C10H16N6S.
a 2% (p/v) em anidrido acético, recentemente preparada.
Aquecer em banho-maria durante 10 a 15 minutos. B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
Desenvolve-se coloração violeta-avermelhada. de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 220 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
ENSAIOS DE PUREZA com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
µm), fluxo da Fase móvel de 1,2 mL/minuto.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando Fase Móvel: misturar 200 mL de metanol, 0,3 mL de ácido
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de amônia 13,5 fosfórico e completar o volume para 1000 mL com água.
M, metanol e acetato de etila (15:20:65), como fase móvel.
Saturar a cuba, por 15 minutos, com o vapor da fase móvel. Solução amostra: dissolver quantidade exatamente pesada
Aplicar separadamente, à placa, 5 µL de cada uma das da amostra em uma parte de metanol e quatro partes de água,
soluções descritas a seguir. obtendo solução a 0,4 mg/mL. Deixar no ultrassom por 15
minutos. Realizar diluições sucessivas até concentração de
Solução (1): dissolver 0,5 g da amostra em 10 mL de 8 µg/mL, utilizando Fase móvel como diluente.
metanol.
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) para 10 mL com de cimetidina SQR em uma parte de metanol e quatro
metanol. partes de água, de modo a obter uma solução a 0,1 mg/
mL. Diluir com Fase móvel, de modo a obter solução a 8
Solução (3): diluir 1 mL da Solução (1) para 100 mL com
µg/mL.
metanol e diluir 20 mL desta solução para 100 mL com
metanol. A eficiência da coluna não deve ser menor que 1000 pratos
teóricos/metro. O desvio padrão relativo das áreas de
Solução (4): diluir 5 mL da Solução (3) para 10 mL com
replicatas dos picos registrados não é maior que 2,0%.
metanol.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL da Solução
Solução (5): diluir 5 mL da Solução (4) para 10 mL com
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
metanol.
e medir a área sob os picos. Calcular a quantidade de
Solução (6): dissolver 10 mg de cimetidina SQR em 2 mL C10H16N6S na amostra a partir das respostas obtidas para a
de metanol. Solução padrão e a Solução amostra.
c
20 mL de metanol e deixar em ultrassom por 15 minutos.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Completar o volume com água, homogeneizar e filtrar.
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. Realizar diluições sucessivas até concentração de 8 µg/mL,
utilizando Fase móvel como solvente.
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL da Solução
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir a área sob os picos. Calcular a quantidade de
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. C10H16N6S nos comprimidos a partir das respostas obtidas
com a Solução padrão e a Solução amostra.
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Meio de dissolução: água, 900 mL EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
IDENTIFICAÇÃO
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
A. Diluir a solução injetável, sucessivamente, em ácido
Contagem do número total de micro-organismos
clorídrico 0,1 M, de modo a obter concentração de 0,0005%
mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
(p/v) de cimetidina. Utilizar cloridrato de cimetidina SQR
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). e o mesmo solvente, para preparar solução na mesma
Cumpre o teste. concentração de cimetidina. O espectro de absorção no
ultravioleta (5.2.14), na faixa de 200 nm a 400 nm, exibe
máximos e mínimos somente nos mesmos comprimentos
DOSEAMENTO de onda observados no espectro da solução de cloridrato
de cimetidina SQR.
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
comprimidos. Transferir quantidade de pó equivalente a
0,1 g de cimetidina para balão volumétrico de 200 mL, C. A solução injetável responde às reações do íon cloreto
adicionar 50 mL de ácido clorídrico 0,1 M. Agitar por 30 (5.3.1.1).
minutos e completar o volume com o mesmo solvente.
Filtrar. Realizar diluições sucessivas até concentração de
0,0005% (p/v), utilizando ácido clorídrico 0,1 M como CARACTERÍSTICAS
solvente. Preparar solução padrão nas mesmas condições.
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
Medir as absorvâncias das soluções em 221 nm, utilizando
ácido clorídrico 0,1 M para ajuste do zero. Calcular a pH (5.2.19). 3,8 a 6,0.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 783
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Em recipiente de dose simples de vidro tipo I, à temperatura
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Utilizar o Método ambiente e protegido da luz.
de filtração em membrana ou o Método de inoculação
direta em meio de cultura.
ROTULAGEM
Endotoxinas Bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,5 EU/
Observar a legislação vigente.
mg de cloridrato de cimetidina.
DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
No máximo 0,5%.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Limite de ácido láctico. Proceder conforme descrito em
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre com o teste. Usar o
Cromatografia a líquido de alta eficiência (5.2.17.4).
método de filtração por membrana.
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
208 nm; coluna de 300 mm de comprimento e 7,8 mm de Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 1,76 UE/
c
diâmetro interno, empacotada com resina de troca iônica mL de ciprofloxacino.
constituída de copolímero de estireno-divinilbenzeno
sulfonado na forma hidrogenada (7 µm a 11 mm), mantida
a 40 °C; fluxo da Fase móvel de 0,6 mL/minuto. DOSEAMENTO
Fase móvel: mistura de ácido sulfúrico 0,0025 M e Empregar um dos métodos descritos a seguir.
acetonitrila (85:15).
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
Solução amostra: utilizar a solução injetável não diluída. de absorção no ultravioleta (5.2.14). Diluir a solução
injetável, em água, de modo a obter concentração de cerca
Solução padrão: solução a 0,8 mg/mL de lactato de sódio de 0,0004% (p/v) de ciprofloxacino. Utilizar cloridrato
SQR em água. de ciprofloxacino SQR para preparar solução padrão,
utilizando o mesmo solvente. As soluções devem ser
A eficiência da coluna não deve ser menor que 5000 mantidas ao abrigo da luz. Medir as absorvâncias das
pratos teóricos/metro. O desvio padrão relativo das áreas soluções resultantes em 272 nm, utilizando água para
de replicatas dos picos registrados não deve ser maior que ajuste do zero. Calcular o teor de C17H18FN3O3 na amostra
2,0%. a partir das leituras obtidas.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 mL da Solução B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
amostra e da Solução padrão, registrar os cromatogramas de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade, em de detector ultravioleta a 278 nm; coluna de 250 mm de
miligramas, de ácido láctico (C3H6O3) por mililitros da comprimento e 4,0 mm de diâmetro interno, empacotada
solução injetável, segundo a expressão: com sílica quimicamente ligada a octadecilsilano (3 mm a
10 mm), mantida a temperatura de 30 °C; fluxo da Fase
móvel de 1,5 mL/minuto.
Procedimento: injetar, separadamente, 10 mL da Solução no espectro de solução de cisplatina SQR preparada nas
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas mesmas condições.
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
C17H18FN3O3 na amostra a partir das respostas obtidas com B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
a Solução padrão e a Solução amostra. da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
àquele do pico principal da Solução padrão.
C. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico
de antibióticos (5.5.3.3.1), pelo método de difusão em
CARACTERÍSTICAS
ágar, utilizando cilindros.
ca
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
Micro-organismo: Staphylococcus epidermidis ATCC
12228. pH (5.2.19). 3,5 a 6,5.
Meios de cultura: meio de cultura número 1, para
manutenção do micro-organismo; solução salina estéril, ENSAIOS DE PUREZA
para padronização do inóculo e meio de cultura número
11, para a camada base e preparação do inóculo. Limite de tricloroaminoplatinato. Proceder conforme
descrito em Cromatografia a líquido de alta eficiência
Solução amostra: transferir volume da solução injetável (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido de detector
contendo o equivalente a 20 mg de ciprofloxacino para ultravioleta a 209 nm; coluna de 250 mm de comprimento
balão volumétrico de 50 mL, completar o volume com água e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada com sílica
e agitar. Diluir, sucessivamente, até as concentrações de 2 quimicamente ligada a grupos de amônio quaternário para
mg/mL, 4 mg/mL e 8 mg/mL, utilizando Tampão fosfato de troca aniônica, bases fortes, (10 mm), mantida à temperatura
potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2) como diluente. ambiente; fluxo de Fase móvel de 2 mL/minuto.
Solução padrão: pesar, o equivalente a 20 mg de Fase móvel: preparar solução de sulfato de amônio a 0,04%
ciprofloxacino SQR, transferir para balão volumétrico (p/v) em água e, se necessário, ajustar pH entre 5,8 e 6,0.
de 50 mL e completar o volume com água. Diluir, Desgaseificar e filtrar.
sucessivamente, até as concentrações de 2 mg/mL, 4 mg/
mL e 8 mg/mL, utilizando Tampão fosfato de potássio 0,1 Solução (1): diluir, se necessário, a solução injetável em
M, estéril, pH 8,0 (Solução 2) como diluente. solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) de modo a obter
solução de cisplatina a 0,05% (p/v).
Procedimento: adicionar 20 mL de meio de cultura número
11 em uma placa, esperar solidificar, adicionar 5 mL de Solução (2): diluir quantidade exatamente pesada de
inóculo a 1% e proceder conforme descrito em Ensaio tricloroaminoplatinato de potássio SQR em solução de
microbiológico de antibióticos (5.5.3.3.1), adicionando aos cloreto de sódio a 0,9% (p/v) de modo a obter uma solução
cilindros 0,1 mL das soluções recentemente preparadas. de tricloroaminoplatinato a 0,0015% (p/v).
Calcular a potência da amostra, em µg de ciprofloxacino por
Injetar replicatas de 20 mL da Solução (2). A resolução entre
miligrama, a partir da potência do padrão e das respostas
o pico de cloreto de sódio e o pico de tricloroaminoplatinato
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.
não é inferior a 2,0. O desvio padrão relativo das áreas de
replicatas dos picos obtidos não é superior a 2,0%.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Procedimento: injetar, separadamente, 20 mL da Solução
Em recipientes bem fechados, à temperatura ambiente e (1) e da Solução (2) e registrar os cromatogramas. A área
protegidos da luz. sob o pico correspondente ao tricloroaminoplatinato obtida
no cromatograma da Solução (1) não é maior que a área
sob o pico principal obtido no cromatograma da Solução
ROTULAGEM (2) (3%).
Observar a legislação vigente. Limite de transplatina. Proceder conforme descrito em
Cromatografia a líquido de alta eficiência (5.2.17.4).
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
CISPLATINA SOLUÇÃO INJETÁVEL 254 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm de
diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da ligada a grupos de troca catiônica, ácidos fortes, (10 mm),
quantidade declarada de Cl2H6N2Pt. mantida a temperatura de 45 ºC e fluxo da Fase móvel a 2
mL/minuto por 30 minutos, a 0,5 mL/minuto por mais 30
minutos e novamente a 2 mL/minuto por 30 minutos.
IDENTIFICAÇÃO
Fase móvel: preparar solução de fosfato de potássio
A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa monobásico a 2,5% (p/v) em água e ajustar o pH a 3,2 com
de 230 nm a 350 nm, da solução amostra a 0,1% (p/v) em ácido fosfórico. Desgaseificar e filtrar.
água exibe máximo em 300 nm, idêntico ao observado
786 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Solução (1): solução de transplatina SQR a 0,005% (p/v) comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
em solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v). com sílica quimicamente ligada a grupos amina (10 mm),
mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel de
Solução (2): solução de tioureia a 0,5% (p/v) em água. 1,5 mL/minuto.
Solução (3): solução de cisplatina SQR a 0,005% (p/v) em Fase móvel: mistura de acetonitrila e água (90:10).
solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v). Desgaseificar e filtrar.
Solução (4): diluir, se necessário, a solução injetável em Solução (1): diluir, se necessário, a solução injetável em
solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) de modo a obter solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) de modo a obter
c
solução de cisplatina a 0,05% (p/v). solução de cisplatina a 0,1% (p/v).
Solução (5): transferir 10 mL de Solução (1) para um Solução (2): solução de cisplatina SQR a 0,1% (p/v) em
balão volumétrico de 50 mL. Adicionar uma quantidade, solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v).
exatamente pesada, de 25 mg de cisplatina SQR. Adicionar
25 mL de solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v), agitar Solução (3): solução de cisplatina SQR a 0,05% (p/v) e de
por 30 minutos e completar o volume com o mesmo transplatina SQR a 0,005% (p/v) em solução de cloreto de
solvente. sódio a 0,9% (p/v).
Solução (6): misturar 5 mL de Solução (2) com 5 mL de Injetar 10 mL da Solução (3). A resolução entre cisplatina
ácido clorídrico M e 10 mL de Solução (4). Aquecer a 60 e transplatina não é inferior a 3,5. Injetar replicatas de 10
ºC por uma hora e resfriar. mL da Solução (2). O desvio padrão relativo das áreas não
é superior a 2,0%.
Solução (7): misturar 5 mL de Solução (2) com 5 mL de
ácido clorídrico M e 10 mL de Solução (5). Aquecer a 60 Procedimento: injetar, separadamente, 10 mL da Solução
ºC por uma hora e resfriar. (1) e da Solução (2), registrar os cromatogramas e medir
as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de Cl2H6N2Pt
Solução (8): misturar 10 mL de Solução (1) com 10 mL de na solução injetável a partir das respostas obtidas para a
Solução (3). Aquecer a 60 ºC por uma hora e resfriar. Solução (1) e a Solução (2).
Injetar replicatas de 10 mL da Solução (7) e da Solução
(8). A eficiência da coluna, determinada para o pico EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
correspondente a transplatina no cromatograma da Solução
(7), não é menor que 2500 pratos teóricos. Os tempos Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz. Não deve
de retenção para transplatina e cisplatina, obtidos no ser refrigerado.
cromatograma da Solução (8), são de aproximadamente 5
minutos e 9 minutos, respectivamente. Se necessário, fazer ROTULAGEM
ajustes na composição da Fase móvel e re-condicionar
a coluna. A resolução entre cisplatina e transplatina, no Observar a legislação vigente..
cromatograma da Solução (8), não é inferior a 1,7. O desvio
padrão relativo das áreas de replicatas dos picos obtidos
do padrão de transplatina no cromatograma da Solução (7) CITRATO DE LÍTIO
não é superior a 2,0%. Lithii citras
Procedimento: injetar, separadamente, 10 mL da Solução
(6) e da Solução (7) e registrar os cromatogramas. A
área sob o pico correspondente a transplatina obtida no
cromatograma da Solução (6) não é maior que a área sob o
pico obtida no cromatograma da Solução (7) (2%).
C6H5Li3O7; 209,92
C6H5Li3O7.4H2O; 281,98
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA citrato de lítio; 09575
Sal de lítio do ácido 2-hidroxi-1,2,3-propanotricarboxílico
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. (3:1)
Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 2,0 UE/ [919-16-4]
mg de cisplatina. Sal de lítio do ácido 2-hidroxi-1,2,3-propanotricarboxílico
hidratado (3:1:4)
[6080-58-6]
DOSEAMENTO
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido C6H5Li3O7, em relação à substância anidra.
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 220 nm; coluna de 250 mm de
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 787
ca
aproximadamente 50 ºC e esfriar. Adicionar 0,25 mL de
A. Responde às reações do íon citrato (5.3.1.1).
1-naftolbenzeína SI e titular com ácido perclórico 0,1 M
B. Diluir 3 mL da solução obtida em Aspecto da solução SV até viragem do indicador de amarelo para verde. Cada
em 10 mL de água. Adicionar 3 mL de periodato férrico de mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 6,997 mg de
potássio SR. Deve ser formado um precipitado branco ou C6H5Li3O7.
branco-amarelado.
Cloretos (5.3.2.1). Pesar 3,55 g de amostra e completar o Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 100,5% de
volume para 40 mL com água. Proceder conforme descrito C6H5K3O7, em relação à substância dessecada.
em Ensaio limite para cloretos. No máximo 0,01% (100
ppm). DESCRIÇÃO
Sulfatos (5.3.2.2). Pesar 2,4 g de amostra e completar o Características físicas. Pó granuloso, branco ou cristais
volume para 40 mL com água. Proceder conforme descrito incolores.
em Ensaio limite para sulfatos. No máximo 0,05% (500
ppm). Solubilidade. Muito solúvel em água, praticamente
insolúvel em etanol.
Metais pesados (5.3.2.3). Dissolver 2 g da amostra em 2
mL de ácido clorídrico 0,1 M e diluir para 25 mL com água.
No máximo 0,001% (10 ppm).
788 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
c
3% e 6%.
Aspecto da solução. Dissolver 10 g da amostra em água
isenta de dióxido de carbono e completar para 100 mL com
DOSEAMENTO
o mesmo solvente. A solução obtida é límpida (5.2.25) e
incolor (5.2.12). Dissolver, aproximadamente, 0,2 g da amostra, exatamente
pesada, em 25 mL de ácido acético glacial. Titular com
Alcalinidade. A solução, de 1 g da amostra em 20 mL
ácido perclórico 0,1 M SV, utilizando duas gotas de cloreto
de água, é alcalina ao papel de tornassol. Adicionar à
de metilrosanilínio SI (cristal violeta) como indicador, até
solução 0,2 mL de ácido sulfúrico 0,05 M e uma gota de
viragem para verde. Realizar ensaio em branco e fazer as
fenolftaleína SI. A solução não adquire coloração rosa.
correções necessárias. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M
Oxalatos. Dissolver 0,5 g da amostra em 4 mL de água, SV equivale a 10,213 mg de C6H5K3O7.
adicionar 3 mL de ácido clorídrico, 1 g de zinco granulado e
aquecer em banho-maria por 1 minuto. Deixar em repouso EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
por 2 minutos, transferir o sobrenadante para tubo contendo
0,25 mL de cloreto de fenilidrazina a 1% (p/v) e aquecer Em recipientes bem fechados.
até ebulição. Resfriar rapidamente, transferir para frasco
graduado, adicionar o mesmo volume de ácido clorídrico
ROTULAGEM
e 0,25 mL de ferricianeto de potássio SR. Homogeneizar e
deixar em repouso por 30 minutos. Qualquer coloração rosa Observar a legislação vigente.
produzida não é mais intensa do que a de preparação padrão
obtida nas mesmas condições, utilizando 4 mL de ácido
oxálico a 0,005% (p/v). No máximo 0,03% (300 ppm). CLASSE TERAPÊUTICA
Ferro (5.3.2.4). Utilizar 10 mL da solução obtida em Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 100,5% de
Aspecto da solução. No máximo 0,002% (20 ppm). C6H5Na3O7, em relação à substância dessecada.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Dissolver
2 g em 25 mL de água e prosseguir conforme descrito DESCRIÇÃO
em Ensaio limite para metais pesados, não havendo a
necessidade de ajustar o pH. No máximo 0,001% (10 ppm). Características físicas. Pó cristalino branco ou cristais
brancos inodoros.
Substâncias facilmente carbonizáveis. A 0,2 g da amostra
pulverizada, adicionar 10 mL de ácido sulfúrico e aquecer
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 789
IDENTIFICAÇÃO O
A. Uma solução 1:20 responde ao teste para o íon sódio H3C CH3
(5.3.1.1). OCH3 OHN(CH3)2
HO CH3
ca
B. Uma solução 1:20 responde ao teste para o íon citrato OH
(5.3.1.1). H3C H
H3C
C. Após incineração, resulta em resíduo alcalino que O O O CH3
efervesce quando tratado com ácido clorídrico diluído.
CH3
O O OCH3
ENSAIOS DE PUREZA CH3
CH3
Acidez ou alcalinidade. Uma solução de 1 g da amostra O
em 20 mL de água é alcalina ao papel de tornassol, mas OH
após a adição de 0,2 mL de ácido sulfúrico 0,05 M, não se
produz cor rosa por uma gota de fenolftaleína SI. CH3
Metais pesados (5.3.2.3). Dissolver 2 g da amostra em 25 C38H69NO13; 747,95
mL de água. No máximo 0,001% (10 ppm). claritromicina; 02200
6-O-Metileritromicina
Tartarato (5.3.1.1). Dissolver 1 g da amostra em 2 mL de [81103-11-9]
água, adicionar 1 mL de acetato de potássio SR e 1 mL de
ácido acético 6 M. Atritar a parede do tubo com um bastão
Contém, no mínimo, 96,0% e, no máximo, 102,0% de
de vidro; não se forma precipitado cristalino.
C38H69NO13, em relação à substância anidra.
Perda por dessecação (5.2.9). Dessecar a 180 ºC por 18
horas. Para a forma anidra, no máximo, 1% e, para a forma DESCRIÇÃO
hidratada, no máximo entre 10% e 13%.
Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
branco, inodoro.
DOSEAMENTO
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, solúvel
Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
em acetona, ligeiramente solúvel em acetonitrila e pouco
aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 350 mg de
solúvel em etanol absoluto e metanol. Pouco solúvel em
amostra, previamente dessecados, transferir para béquer
tampões fosfato com pH entre 2,0 e 5,0.
de 250 mL e dissolver em 100 mL de ácido acético
glacial. Agitar até dissolver completamente. Titular com Constantes físico-químicas.
ácido perclórico 0,1 M SV, determinando o ponto final
potenciometricamente. Fazer branco para a correção Poder rotatório específico (5.2.8): entre -87° e -97°, em
necessária. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale relação à substância anidra. Determinar em solução a 1 %
a 8,602 mg de C6H5Na3O7. (p/v) em clorofórmio, a 20 °C.
ENSAIOS DE PUREZA
CLARITROMICINA COMPRIMIDOS
pH (5.2.19). 7,5 a 10,0. Determinar em suspensão a 0,2%
(p/v) em mistura de água e metanol (19:1).
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método II. No máximo quantidade declarada de C38H69NO13. Os comprimidos
0,002% (20 ppm). podem ser revestidos.
c
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
Umedecer a amostra com 2 mL de ácido nítrico e cinco O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
gotas de ácido sulfúrico. No máximo 0,3%. da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
àquele do pico principal da Solução padrão.
DOSEAMENTO
CARACTERÍSTICAS
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
de detector ultravioleta a 210 nm; coluna de 150 mm de
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
µm), mantida a temperatura de 50 °C; fluxo da Fase móvel
de 1,0 mL/minuto. Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
Fase móvel: mistura de metanol e fosfato de potássio Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
monobásico 0,067 M (65:35). Ajustar o pH para 4,0
Procedimento para a uniformidade de conteúdo. Proceder
utilizando ácido fosfórico, se necessário.
conforme descrito em Doseamento, utilizando a solução
Solução amostra: transferir 50 mg da amostra para balão descrita a seguir como Solução amostra. Transferir cada
volumétrico de 50 mL, acrescentar 35 mL de metanol, comprimido para balão volumétrico de 250 mL, adicionar
deixar em ultrassom por 30 minutos e completar o volume 100 mL de fosfato de potássio monobásico 0,067 M (se
com o mesmo solvente. Homogeneizar. Transferir 5 mL necessário, ajustar com ácido fosfórico, o pH para 4,0) e
dessa solução para balão volumétrico de 25 mL e completar aguardar desintegração total do comprimido. Acrescentar
o volume com a Fase móvel, obtendo solução a 0,2 mg/mL. 130 mL de metanol, deixar em ultrassom por 30 minutos.
Agitar, mecanicamente, por 30 minutos. Completar o
Solução padrão: transferir 50 mg de claritromicina SQR volume com metanol, homogeneizar e filtrar. Transferir
para balão volumétrico de 50 mL, acrescentar 35 mL de volume equivalente a 5 mg da amostra para balão
metanol, deixar em ultrassom por 30 minutos e completar o volumétrico de 25 mL e completar o volume com fase
volume com o mesmo solvente. Homogeneizar. Transferir móvel.
5 mL dessa solução para balão volumétrico de 25 mL e
completar o volume com Fase móvel, obtendo solução a
0,2 mg/mL. TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL da Solução Meio de dissolução: tampão acetato de sódio 0,1 M pH 5,0,
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e 900 mL
medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de claritromicina Aparelhagem: pás, 50 rpm
(C38H69NO13) por miligrama na amostra a partir do teor do
padrão e das respostas obtidas com a Solução padrão e a Tempo: 30 minutos
Solução amostra.
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
dissolução, filtrar e diluir, se necessário, em Fase móvel,
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO de modo a obter concentração de aproximadamente 0,02%
(p/v). Prosseguir conforme descrito em Doseamento.
Em recipientes opacos, bem fechados e ao abrigo da luz.
Calcular a quantidade de C38H69NO13 dissolvida no meio,
a partir da potência da claritromicina SQR e das respostas
ROTULAGEM obtidas com a Solução padrão e Solução amostra.
Observar a legislação vigente. Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
declarada de C38H69NO13 se dissolvem em 30 minutos.
CLASSE TERAPÊUTICA
Antimicrobiano.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 791
ca
mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
c
diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
ligada a grupo octadecilsilano (5 µm), mantida a
Observar a legislação vigente.
temperatura 40 °C; fluxo da Fase móvel de 1 mL/minuto.
Solução de padrão interno: dissolver 50 µL de 3-metil-2- com ácido fosfórico ou hidróxido de sódio 10 M, completar
pentanona em água e diluir para 100 mL com o mesmo o volume para 1000 mL com água e homogeneizar.
solvente.
Fase móvel: mistura de Tampão pH 4,4 e metanol (95:5).
Solução amostra: transferir 1 g da amostra para tubo de
centrífuga e adicionar 5 mL de Solução de padrão interno, Solução amostra: pesar, exatamente, cerca de 50 mg da
5 mL de hidróxido de sódio 2 M, 10 mL de água, 5 mL amostra e transferir para balão volumétrico de 200 mL.
de álcool isopropílico e 5 g de cloreto de sódio. Agitar Dissolver em água e completar o volume com o mesmo
vigorosamente durante 1 minuto e centrifugar para solvente.
ca
separação das camadas. Solução padrão: solução de clavulanato de lítio SQR a
Solução padrão: dissolver 80 mg de cada uma 0,25 mg/mL em água.
das aminas: 1,1-dimetiletilamina, dietilamina, Solução de resolução: solução contendo clavulanato de
tetrametiletilenodiamina, 1,1,3,3-tetrametilbutilamina, lítio SQR a 0,25 mg/mL e amoxicilina tri-hidratada SQR
N,N’-diisopropiletilenodiamina e 2,2’-oxibis(N,N- a 0,5 mg/mL em água.
dimetiletilamina) em ácido clorídrico 2 M e diluir para 200
mL com o mesmo solvente. Transferir 5 mL da solução Injetar replicatas de 20 µL da Solução de resolução. A
obtida para tubo de centrífuga e adicionar 5 mL de Solução eficiência da coluna não é menor que 550 pratos teóricos.
de padrão interno, 10 mL de hidróxido de sódio 2 M, Os tempos de retenção relativos são cerca de 0,5 para ácido
5 mL de álcool isopropílico e 5 g de cloreto de sódio. clavulânico e 1,0 para amoxicilina. O fator de cauda não
Agitar vigorosamente durante 1 minuto e centrifugar para é maior que 1,5. A resolução entre ácido clavulâncio e
separação das camadas. amoxicilina não é menor que 3,5. O desvio padrão relativo
das áreas de replicatas dos picos registrados não é maior
Injetar, separadamente, 1 µL das camadas superiores que 2,0%.
da Solução padrão e da Solução amostra. O tempo de
retenção de 3-metil-2-pentanona é de aproximadamente Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL da Solução
11,4 minutos. Os tempos de retenção relativos padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
das aminas em relação a 3-metil-2-pentanona são e medir a área sob os picos. Calcular o teor de ácido
cerca de 0,55 para 1,1-dimetiletilamina, 0,76 para clavulânico (C8H9NO5) na amostra a partir das respostas
dietilamina, 1,07 para tetrametiletilenodiamina, 1,13 obtidas com a Solução padrão e com a Solução amostra.
para 1,1,3,3-tetrametilbutilamina, 1,33 para N,N’-
diisopropiletilenodiamina e 1,57 para 2,2’-oxibis(N,N-
dimetiletilamina). EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
c
obtidas no cromatograma com a Solução (1) não ultrapassa
Características físicas. Pó cristalino vermelho escuro, 2,0%.
inodoro.
Metais pesados (5.3.2.3). Proceder conforme descrito em
Solubilidade. Insolúvel em água, solúvel em acetona, Método IV. No máximo 0,001% (10 ppm).
clorofórmio, éter etílico e pouco solúvel em etanol.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
Constantes físico-químicas. amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, por 3 horas. No
Faixa de fusão (5.2.2): 217 °C a 219 °C. máximo 0,5 %.
Lavar o resíduo em três porções de 10 mL de hexano. O sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de acetato de etila
espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) do resíduo, e tetracloreto de carbono (1:1) como fase móvel. Aplicar,
disperso em brometo de potássio, apresenta máximos de separadamente, à placa, 25 mL de cada uma das soluções,
absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e recentemente preparadas, descritas a seguir.
com as mesmas intensidades relativas daqueles observados
no espectro de clonazepam SQR, preparado de maneira Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar
idêntica. por 1 minuto, quantidade de pó equivalente a 10 mg de
clonazepam em 20 mL de acetona. Filtrar e evaporar até a
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma secura. Dissolver o resíduo em 0,5 mL de acetona.
ca
da Solução amostra, obtido no Doseamento, corresponde
àquele do pico principal da Solução padrão. Solução (2): preparar solução de 3-amino-4-(2-clorofenil)-
6-nitroquinolin-2(1H)-ona SQR a 0,2 mg/mL em acetona.
por 15 minutos e completar o volume com Diluente. pH (5.2.19). 3,6 a 4,1. Determinar em solução a 50% (v/v)
Homogeneizar e filtrar. da amostra em água.
c
Cumpre o teste.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 mL das Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e
medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C15H10ClN3O3 DOSEAMENTO
nos comprimidos a partir das respostas obtidas com a
Solução padrão e a Solução amostra. Proceder conforme descrito em Doseamento da monografia
de Clonazepam comprimidos. Preparar a Solução amostra
como descrito a seguir.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Solução amostra: transferir para balão volumétrico de 50
Em recipientes bem fechados, de vidro âmbar e em mL, volume de solução oral contendo o equivalente a 5 mg
temperatura inferior a 25 °C. de clonazepam de modo a obter solução de 100 mg/mL.
Solubilizar, inicialmente, em 20 mL de metanol, levar em
ROTULAGEM banho de ultrassom por 15 minutos e completar o volume
com Diluente. Homogeneizar e filtrar.
Observar legislação vigente.
Procedimento: injetar, separadamente 20 mL da Solução
padrão e Solução amostra, registrar os cromatogramas e
CLONAZEPAM SOLUÇÃO ORAL medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C15H10ClN3O3
na solução oral a partir das respostas obtidas com a Solução
padrão e Solução amostra.
Contém, no mínimo, 95% e, no máximo, 115% da
quantidade declarada de C15H10ClN3O3.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. clopidogrel para balão volumétrico de 50 mL. Adicionar
cerca de 30 mL de metanol. Deixar em ultrassom por 5
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. minutos. Agitar mecanicamente por 30 minutos e completar
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. o volume com metanol. Homogeneizar e filtrar. Transferir
5 mL dessa solução para balão volumétrico de 50 mL e
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. completar o volume com metanol. Homogeneizar.
Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir Solução padrão: pesar, exatamente, o equivalente a 25 mg
cada comprimido para balão volumétrico de 50 mL. de clopidogrel, transferir para balão volumétrico de 25 mL.
ca
Adicionar 30 mL de ácido clorídrico 0,1 M e deixar Dissolver em 5 mL de metanol, com auxílio de banho de
em ultrassom durante 5 minutos, completar o volume ultrassom, se necessário. Completar o volume com metanol
com o mesmo solvente e filtrar. Transferir 5 mL dessa e homogeneizar. Transferir 5 mL dessa solução para balão
solução para balão volumétrico de 50 mL e completar o volumétrico de 50 mL e completar o volume com metanol.
volume com o mesmo solvente. Filtrar com filtro de 0,45 Homogeneizar.
µm de porosidade. Preparar solução padrão na mesma
concentração, utilizando o mesmo solvente. Medir as Procedimento: injetar, separadamente, 10 µL da Solução
absorvâncias das soluções resultantes em 270 nm (5.2.14), padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
utilizando ácido clorídrico 0,1 M para ajuste do zero. e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
C16H16ClNO2S nos comprimidos a partir das respostas
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Meio de dissolução: tampão de ácido clorídrico pH 2,0, EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
1000 mL
Em recipientes bem fechados, à temperatura ambiente.
Aparelhagem: pás, 50 rpm
c
M ou 0,5 mL de hidróxido de sódio 0,01 M é necessário CaCl2; 110,98
para promover a viragem do indicador. CaCl2.2H2O; 147,01
cloreto de cálcio; 02369
Brometos e iodetos. A 10 mL da solução obtida em cloreto de cálcio di-hidratado; 02370
Aspecto da solução adicionar 0,1 mL de ácido clorídrico Cloreto de cálcio
e 0,05 mL de cloramina-T a 2% (p/v). Após 1 minuto, [10043-52-4]
adicionar 2 mL de clorofórmio e misturar vigorosamente. Cloreto de cálcio di-hidratado
A fase clorofórmica permanece incolor. [10035-04-8]
Tiocianato. Acidificar 10 mL da solução obtida em Aspecto
da solução com ácido clorídrico e adicionar algumas gotas Contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo, 103,0% de
de cloreto férrico a 9% (p/v). Não se desenvolve coloração CaCl2.2H2O.
vermelho-alaranjada.
ca
2 g da amostra e 2 mL de amônia SR. Aquecer a ebulição e
adicionar solução a quente de 5 g de oxalato de amônio em CaCl2.6H2O; 219,08
75 mL de água. Deixar em repouso por 4 horas, completar cloreto de cálcio hexaidratado; 02371
para 200 mL com água e filtrar. A 100 mL do filtrado, Cloreto de cálcio hexaidratado
adicionar 0,5 mL de ácido sulfúrico. Evaporar a secura em [7774-34-7]
banho-maria e incinerar a 600 °C até peso constante. O
peso do resíduo não deve ser superior a 5 mg. No máximo Contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo, 103,0% de
0,5%. CaCl2.6H2O.
Alumínio (5.3.2.10). A 10 mL da solução obtida em
Aspecto da solução, adicionar 2 mL de cloreto de amônio DESCRIÇÃO
SR, 1 mL de amônia SR e ferver a solução. Não ocorre
turvação ou precipitação. Se utilizado para a preparação Características físicas. Cristais incolores ou massa
de soluções para diálise, dissolver 4 g da amostra em cristalina incolor.
100 mL de água. Adicionar 10 mL de tampão acetato pH Solubilidade. Muito solúvel em água e etanol.
6,0 e proceder conforme descrito em Ensaio limite para
alumínio. Utilizar como solução padrão mistura de 2 mL Constantes físico-químicas.
de Solução padrão de alumínio (2 ppm Al), 10 mL de
tampão acetato pH 6,0 e 98 mL de água. Para o branco Temperatura de fusão (5.2.2): 30 °C.
utilizar mistura de 10 mL de tampão acetato pH 6,0 e 100
mL de água. No máximo 0,0001% (1 ppm). IDENTIFICAÇÃO
Arsênio (5.3.2.5). Utilizar Método I. Determinar em 1 g da A. Dissolver 15 g da amostra em água isenta de dióxido de
amostra. No máximo 0,0003% (3 ppm). carbono e completar o volume para 100 mL com o mesmo
Ferro (5.3.2.4). Utilizar Método I. Utilizar 10 mL da solvente. A solução obtida responde às reações do íon
solução obtida em Aspecto da solução. Utilizar solução cálcio (5.3.1.1).
padrão de ferro (1 ppm Fe). No máximo 0,001% (10 ppm). B. A solução preparada de maneira idêntica à solução do
Sulfatos (5.3.2.2). Determinar em 4 g da amostra. No teste A. de Identificação responde às reações do íon cloreto
máximo 0,03% (300 ppm). (5.3.1.1).
6,0 e proceder conforme descrito em Ensaio limite pata Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de
alumínio. Utilizar como solução padrão mistura de 2 mL C8H18ClNO2, em relação à substância dessecada.
de Solução padrão de alumínio (2 ppm), 10 mL de tampão
acetato pH 6,0 e 98 mL de água. Para o branco utilizar
DESCRIÇÃO
mistura de 10 mL de tampão acetato pH 6,0 e 100 mL de
água. No máximo 0,0001% (1 ppm). Características físicas. Pó cristalino branco ou cristais
brancos ou incolores; inodoro ou com leve odor; muito
Bário. A 10 mL da solução obtida em Aspecto da solução
higroscópico.
adicionar 1 mL de sulfato de cálcio SR. Após 15 minutos,
c
qualquer opalescência observada não é mais intensa do Solubilidade. Solúvel em água, facilmente solúvel em
que a mistura de 10 mL da solução obtida em Aspecto da clorofórmio e etanol, insolúvel em éter etílico.
solução e 1 mL de água.
Constantes físico-químicas.
Sulfatos (5.3.2.2). Determinar em 6 g da amostra e
proceder conforme descrito em Ensaio limite para sulfatos. Faixa de fusão (5.2.2): Transferir 0,1 g da amostra para
No máximo 0,02% (200 ppm). um béquer de vidro e dissolver em 3 mL de clorofórmio.
Aquecer a 110 ºC por 1 hora. Determinar a faixa de fusão
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Utilizar 10 no pó aderido às paredes do béquer. Entre 170 ºC e 173 ºC.
mL da solução obtida em Aspecto da solução. Preparar a
solução padrão utilizando Solução padrão de chumbo (2
ppm). No máximo 0,002% (20 ppm). IDENTIFICAÇÃO
A. Dissolver 0,1 g da amostra em 2 mL de água e adicionar
DOSEAMENTO 3 mL de cloreto platínico SR. Ocorre formação de cristais
romboédricos com faixa de fusão entre 220 ºC e 225 ºC.
Pesar, exatamente, cerca de 0,2 g da amostra, dissolver em
100 mL de água e proceder conforme descrito em Titulação B. Dissolver 10 mg da amostra em 100 mL de água. Para
complexométrica para cálcio (5.3.3.4), utilizando 4 mL de cada 1 mL dessa solução, adicionar 1 mL de etanol e 1 mL
hidróxido de sódio 2 M. Cada mL de edetato dissódico 0,1 de ácido sulfúrico. Aquecer lentamente até a percepção de
M SV equivale a 21,908 mg de CaCl2.6H2O. odor característico de acetato de etila.
DOSEAMENTO
C8H18ClNO2; 195,69
cloreto de metacolina; 02401 Pesar, exatamente, cerca de 0,4 g da amostra, previamente
Cloreto de 2-(acetiloxi)-N,N,N-trimetil-1-propanamínio dessecada, e dissolver em uma mistura de ácido acético
(1:1) glacial e acetato de mercúrio SR (50:10). Titular com ácido
[62-51-1] perclórico 0,1 M SV, utilizando cloreto de metilrosanilínio
SI como indicador, até coloração verde. Realizar ensaio em
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 801
branco e fazer as correções necessárias. Cada mL de ácido repouso por 2 minutos. Adicionar 0,15 mL de tiossulfato
perclórico 0,1 M SV equivale a 19,569 mg de C8H18ClNO2. de sódio 0,1 M, homogeneizar e completar volume para 10
mL com água. A absorvância desta solução (5.2.14), em
590 nm, utilizando água para ajuste do zero, não é maior
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
que da solução padrão, preparada da mesma maneira,
Em recipientes bem fechados. utilizando 5 mL de brometo de potássio a 0,3% (p/v). No
máximo 0,005% (50 ppm).
ca
Adicionar 0,5 mL da mistura de 5 mL de sulfato ferroso
Observar a legislação vigente. amoniacal a 1% (p/v) em solução de ácido sulfúrico 0,05 M
e 95 mL de sulfato ferroso heptaidratado a 1% (p/v). Não
CLASSE TERAPÊUTICA se desenvolve coloração azul.
c
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de
amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC, por 2 horas. No TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
máximo 0,5%.
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
IDENTIFICAÇÃO
ZnCl2; 136,32
A. Responde às reações do íon sódio (5.3.1.1). cloreto de zinco; 02433
Cloreto de zinco
B. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1). [7646-85-7]
IDENTIFICAÇÃO
CLORIDRATO DE AMILORIDA E
A. Dissolver 0,5 g da amostra em ácido nítrico SR e diluir HIDROCLOROTIAZIDA COMPRIMIDOS
para 10 mL com o mesmo solvente. Responde às reações
do íon cloreto (5.3.1.1).
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
B. A 2 g da amostra adicionar 38 mL de água isenta de quantidade declarada de C6H8ClN7O.HCl e C7H8ClN3O4S2.
dióxido de carbono. Gotejar ácido clorídrico SR até
solubilização completa e diluir para 40 mL com água isenta
IDENTIFICAÇÃO
ca
de dióxido de carbono. Responde às reações do íon zinco
(5.3.1.1). A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir quantidade
do pó equivalente a 0,1 g de hidroclorotiazida para béquer
ENSAIOS DE PUREZA e dissolver em 50 mL de acetona. Filtrar e evaporar o
filtrado até secura. Secar o resíduo a 105 °C por 1 hora. O
pH (5.2.19). 4,6 a 5,5. Determinar em solução contendo 1 g espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) do resíduo
da amostra em 9 mL de água isenta de dióxido de carbono. seco, disperso em brometo de potássio, apresenta máximos
de absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
Alumínio, cálcio, metais pesados, ferro, magnésio. A 8 com as mesmas intensidades relativas daqueles observados
mL da solução obtida no teste B. de Identificação adicionar no espectro de hidroclorotiazida SQR.
2 mL de solução concentrada de amônia e homogeneizar.
A solução é límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12). Adicionar B. O tempo de retenção dos picos principais do
1 mL de fosfato de sódio dibásico dodecaidratado SR. A cromatograma da Solução amostra, obtida em Doseamento,
solução permanece límpida por, no mínimo, 5 minutos. correspondem àqueles dos picos principais da Solução
Adicionar 0,2 mL de sulfeto de sódio SR. Produz-se padrão.
precipitado branco. O sobrenadante permanece incolor.
Em recipientes não metálicos bem fechados. Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
dissolução e diluir, se necessário, com Meio de dissolução,
até concentração adequada. Medir as absorvâncias das
ROTULAGEM soluções em 363 nm para o cloridrato de amilorida e em 270
nm para a hidroclorotiazida (5.2.14), utilizando o mesmo
Observar a legislação vigente.
solvente para o ajuste do zero. Calcular a quantidade de
C6H8ClN7O.HCl e de C7H8ClN3O4S2 dissolvidas no meio,
CLASSE TERAPÊUTICA comparando as leituras obtidas com as das soluções de
cloridrato de amilorida SQR e hidroclorotiazida SQR de
Suplemento nutricional. concentrações conhecidas preparadas no mesmo solvente.
ENSAIOS DE PUREZA
Limite de metil 3,5-diamino-6-cloropirazina-2-
carboxilato. Proceder conforme descrito em Cromatografia
804 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
em camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel F254, cloridrato de amilorida para balão volumétrico de 50 mL.
como suporte, e mistura de dioxana e hidróxido de amônia Adicionar 15 mL de metanol e 2 mL de ácido clorídrico
3 M (90:12), como fase móvel. Aplicar, separadamente, M. Deixar em ultrassom por 10 minutos, homogeneizar e
à placa, 10 µL de cada uma das soluções recentemente filtrar.
preparadas, descritas a seguir:
Solução padrão: dissolver 20 mg de cloridrato de
Solução (1): pulverizar os comprimidos e dissolver amilorida SQR em metanol e diluir para 20 mL com o
quantidade do pó equivalente a 17,5 mg de cloridrato de mesmo solvente. Transferir 10 mL dessa solução para
amilorida anidra em 10 mL de metanol e centrifugar. balão volumétrico de 100 mL contendo, exatamente, cerca
c
de 100 mg de hidroclorotiazida SQR e 20 mL de metanol.
Solução (2): dissolver 1 mg de metil 3,5-diamino-6- Adicionar 4 mL de ácido clorídrico M, completar o volume
cloropirazina-2-carboxilato SQR em metanol e diluir para com água e homogeneizar.
100 mL com o mesmo solvente.
Injetar replicatas de 20 µL da Solução padrão. Os
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar tempos de retenção relativos são cerca de 0,7 para a
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (365 nm). hidroclorotiazida e 1 para o cloridrato de amilorida. A
Qualquer mancha correspondente ao metil 3,5-diamino-6- resolução entre hidroclorotiazida e cloridrato de amilorida
cloropirazina-2-carboxilato obtida no cromatograma com não deve ser menor que 2,0. O desvio padrão relativo das
a Solução (1) não é mais intensa que aquela obtida com a áreas de replicatas dos picos registrados não deve ser maior
Solução (2). que 2,0%.
Limite de 4-amino-6-cloro-1,3-benzenodissulfonamida. Procedimento: injetar, separadamente, 10 μL da Solução
Proceder conforme descrito em Doseamento. Preparar a padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e
Solução teste como descrito a seguir. medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C6H8ClN7O.
HCl e C7H8ClN3O4S2 na amostra a partir das respostas
Solução teste: dissolver 1 mg de 4-amino-6-cloro-1,3-
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.
benzenodissulfonamida SQR na fase móvel e diluir para
100 mL com o mesmo solvente.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Injetar, separadamente, 20 µL da Solução teste e 20 µL da
Solução amostra, registrar os cromatogramas e medir as Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
áreas sob os picos. A área sob o pico relativo à 4-amino-
6-cloro-1,3-benzenodissulfonamida obtido com a Solução
amostra, não é superior à área sob o pico principal obtido ROTULAGEM
com a Solução teste. No máximo 1,0%. Observar a legislação vigente.
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, muito Solução (5): diluir 5 mL da Solução (4) para 10 mL com
solúvel em cloreto de metileno, solúvel em metanol, cloreto de metileno, obtendo solução a 0,25 mg/mL.
ligeiramente solúvel em etanol, muito pouco solúvel em
n-hexano. Solução (6): dissolver 10 mg de cloridrato de (2-cloroetil)
dietilamina em 50 mL de cloreto de metileno, obtendo
Constantes físico-químicas solução a 0,2 mg/mL.
Faixa de fusão (5.2.2): 159 ºC a 163 ºC, com decomposição. Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
ca
IDENTIFICAÇÃO
a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da intensa que aquela obtida com a Solução (4) (0,5%), e no
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta máximo uma mancha é mais intensa que aquela obtida
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos no cromatograma com a Solução (5) (0,25%). Nebulizar
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles a placa com iodobismutato de potássio SR, em seguida
observados no espectro de cloridrato de amiodarona SQR, com peróxido de hidrogênio a 3% (p/v) SR e examinar
preparado de maneira idêntica. imediatamente. Qualquer mancha correspondente
ao cloridrato de (2-cloroetil)dietilamina obtida no
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na cromatograma com a Solução (1) não é mais intensa que
faixa de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,002% (p/v) em aquela obtida com a Solução (6) (0,2%).
metanol, exibe máximos e mínimos somente nos mesmos
comprimentos de onda de solução similar de cloridrato de Impurezas orgânicas voláteis. Proceder conforme descrito
amiodarona SQR. em Cromatografia a gás (5.2.17.5). Utilizar cromatógrafo
provido de detector de ionização de chamas; coluna de 30 m
C. A mancha principal do cromatograma da Solução (2), de comprimento e 0,25 mm de diâmetro interno, com fase
obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em estacionária de 35% de difenilpolissiloxano (0,25 μm de
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (3). espessura); coluna operada com a seguinte programação:
40 °C por minuto, rampa de 40 °C a 200 °C com taxa de
D. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1). aquecimento de 15 °C por minuto. Manter as temperaturas
do injetor e do detector a 250 °C, respectivamente; utilizar
ENSAIOS DE PUREZA hidrogênio como gás de arraste, com pressão de 85 kPa na
cabeça da coluna.
Aspecto da solução. A solução a 5% (p/v) em metanol é
límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12).
pH (5.2.19). 3,2 a 3,8. Determinar em solução preparada Solução (1): transferir 0,3 g da amostra e 5 mL de
como descrito a seguir. Dissolver 1,25 g da amostra em dimetilsulfóxido para frasco de amostragem tipo headspace
água aquecida a 80 ºC. Resfriar e completar o volume para de 10 mL contendo 1 g de sulfato de sódio anidro.
25 mL com água.
Solução (2): pesar 1 g de cloreto de metileno e diluir a
Absorção de luz. A absorvância da solução a 0,002% (p/v) 0,02% (p/v) (200 ppm) com dimetilsulfóxido. Transferir
em metanol, medida em 242 nm, está compreendida entre 5 mL desta solução para frasco de amostragem tipo
1,03 e 1,05. headspace contendo 1 g de sulfato de sódio anidro.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em Solução (3): pesar 1 g de tolueno e diluir a 0,02% (p/v)
Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando com dimetilsulfóxido. Transferir 5 mL desta solução para
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de ácido fórmico, frasco de amostragem tipo headspace contendo 1 g de
metanol e cloreto de metileno (5:10:85), como fase móvel. sulfato de sódio anidro.
Aplicar, separadamente, à placa, 5 μL de cada uma das
Tampar os frascos de amostragem tipo headspace com
soluções, recentemente preparadas e mantidas ao abrigo de
tampa de politetrafluoretileno e lacre de alumínio. Aquecer
luz direta, descritas a seguir.
as amostras a 80 °C por 60 minutos.
Solução (1): dissolver 1 g da amostra em cloreto de
Procedimento: injetar 1 μL da fase vapor de cada solução,
metileno e completar para 10 mL com o mesmo solvente,
registrar as áreas de cada pico. O tempo de retenção do
obtendo solução a 100 mg/mL.
tolueno é de aproximadamente 2,5 minutos; a resolução
Solução (2): diluir 0,5 mL da Solução (1) para 10 mL com entre os picos relativos ao cloreto de metileno e ao tolueno
cloreto de metileno, obtendo solução a 5 mg/mL. é superior a 2; o desvio padrão relativo das áreas de
replicatas dos picos registrados, para ambos solventes, é
Solução (3): dissolver 25 mg de cloridrato de amiodarona inferior a 15%. As áreas relativas ao cloreto de metileno e
SQR em cloreto de metileno e completar para 5 mL com o tolueno na Solução (1) não são superiores às áreas para os
mesmo solvente, obtendo solução a 5 mg/mL. padrões de cloreto de metileno da Solução (2) e tolueno da
Solução (3).
Solução (4): diluir 1 mL da Solução (2) para 10 mL com
cloreto de metileno, obtendo solução a 0,5 mg/mL.
806 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
c
da luz, por 4 horas. CLASSE TERAPÊUTICA
Solução (3): a 15 mL da Solução (1), adicionar 1 mL Antiarrítmico e antianginoso.
de ácido clorídrico 0,1 M, 1 mL de iodeto de potássio a
0,00882% (p/v), 1 mL de iodato de potássio 0,05 M e diluir
para 25 mL com água. Deixar em repouso, ao abrigo da
luz, por 4 horas.
CLORIDRATO DE AMITRIPTILINA
Medir as absorvâncias da Solução (2) e da Solução (3) em Amitriptylini hydrochloridum
420 nm (V.2.14), utilizando, para o ajuste do zero, mistura
de 15 mL da Solução (1) e 1 mL de ácido clorídrico 0,1 M,
diluída para 25 mL com água. A absorvância da Solução (2)
não é maior que a metade da absorvância da Solução(3).
No máximo 0,015% (150 ppm).
B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria detector a 70 °C e 260 °C, respectivamente; utilizar hélio a
de absorção no ultravioleta. O espectro de absorção no velocidade linear de 35 cm/s como gás de arraste.
ultravioleta (5.2.14), na faixa de 200 nm a 400 nm, de
solução a 0,001% (p/v) em metanol, exibe máximo de Solução amostra: dissolver, em água livre de material
absorção em 239 nm, idêntico ao observado no espectro de orgânico, quantidade exatamente pesada da amostra, de
solução similar de cloridrato de amitriptilina SQR. modo a obter solução a 20 mg/mL.
C. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1). Solução padrão: preparar solução, em água livre de
material orgânico, contendo em cada mililitro, 12 μg de
cloreto de metileno, 1,2 μg de clorofórmio, 7,6 μg de
ca
ENSAIOS DE PUREZA dioxana e 1,6 μg de tricloroetileno. Preparar no dia do uso.
pH (5.2.19). 5,0 a 6,0. Determinar em solução aquosa a Injetar replicatas de 1 μL da Solução padrão. A resolução
1% (p/v). entre quaisquer dois componentes não deve ser menor que
1,0. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
picos registrados não é maior que 15,0%.
Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de clorofórmio, Procedimento: injetar, separadamente, 1 μL da Solução
metanol e hidróxido de amônio (135:15:1), como fase padrão e da Solução amostra. Registrar os cromatogramas
móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 10 μL de cada uma e medir as áreas sob os picos. A identidade e a resposta de
das soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir. cada pico presente no cromatograma da Solução amostra
podem ser relacionadas com a identidade e a resposta das
Solução (1): solução da amostra a 40 mg/mL em metanol.
impurezas orgânicas voláteis presentes no cromatograma
Solução (2): solução de cloridrato de amitriptilina SQR a da Solução padrão. A quantidade de cada impureza
0,8 mg/mL em metanol. orgânica volátil presente no cromatograma da Solução
amostra não excede o limite prescrito na tabela a seguir.
Solução (3): diluir a Solução (2) em metanol de modo a
obter solução a 0,4 mg/mL. Impureza orgânica volátil Limite (ppm)
Solução (4): diluir a Solução (2) em metanol de modo a Clorofórmio 60
obter solução a 0,2 mg/mL. Dioxana 380
Cloreto de metileno 600
Solução (5): diluir a Solução (2) em metanol de modo a Tricloroetileno 80
obter solução a 0,16 mg/mL.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método III. No máximo
Solução (6): diluir a Solução (2) em metanol de modo a 0,001% (10 ppm).
obter solução a 80 μg/mL.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g
Solução (7): diluir a Solução (2) em metanol até da amostra. Dessecar em estufa a 60 ºC, sob pressão
concentração de 40 μg/mL. reduzida, até peso constante. No máximo 0,5%.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). No máximo 0,1%.
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais
intensa que aquela obtida com a Solução (4) (0,5%). A soma DOSEAMENTO
das intensidades de todas as manchas secundárias obtidas Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
com a Solução (1) corresponde a, no máximo, aquela obtida aquoso (5.3.3.5). Dissolver 1 g da amostra em 30 mL de
com a Solução (3) (1%). Desconsiderar qualquer mancha ácido acético glacial, aquecendo levemente, se necessário,
obtida no cromatograma com a Solução (1) que seja menos e resfriar. Adicionar 10 mL de acetato mercúrico SR.
intensa que a mancha principal obtida com a Solução (7) Titular com ácido perclórico 0,1 M SV, utilizando cloreto
(0,1%). Desconsiderar quaisquer manchas observadas nos de metilrosanilínio SI como indicador, até coloração verde.
pontos de aplicação das soluções. Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias.
Impurezas orgânicas voláteis. Proceder conforme Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 31,391
descrito em Cromatografia a gás (5.2.17.5), utilizando mg de C20H23N.HCl.
cromatógrafo provido de detector de ionização de chama;
coluna de sílica fundida, de 30 m de comprimento e 0,53 EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
mm de diâmetro interno, preenchida com fenil (5%) metil
(95%) polisiloxano, e pré-coluna de sílica de 5 m de Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
comprimento e 0,53 mm de diâmetro interno, desativada
com fenilmetilsiloxano. Manter a coluna a 35 ºC por 5
ROTULAGEM
minutos, aumentar para 175 °C a 8 ºC por minuto, em
seguida para 260 °C a 35 °C por minuto, e manter por pelo Observar a legislação vigente.
menos 16 minutos. Manter as temperaturas do injetor e do
808 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
c
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da M, até concentração adequada. Medir as absorvâncias em
quantidade declarada de C20H23N.HCl. 239 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para ajuste
do zero. Calcular a quantidade de C20H23N.HCl dissolvida
IDENTIFICAÇÃO no meio, comparando as leituras obtidas com a da solução
de cloridrato de amitriptilina SQR, na concentração de
A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa 0,001% (p/v), preparada no mesmo solvente.
de 200 nm a 400 nm, da Solução amostra obtida no método
A. de Doseamento, exibe máximos e mínimos idênticos Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
aos observados no espectro da Solução padrão. declarada de C20H23N.HCl se dissolvem em 45 minutos.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. No Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
máximo 15 minutos. secar ao ar. Examinar sobre luz ultravioleta (254 nm).
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. com a Solução (1), diferente da mancha principal, não é
mais intensa que as obtidas com as Soluções (3) ou (4)
Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir (1% e 0,25%). Nebulizar a placa com iodeto de potássio
cada cápsula para balão volumétrico de 50 mL e acrescentar e subnitrato de bismuto SR. Qualquer mancha obtida no
35 mL de ácido clorídrico 0,1 M. Deixar em ultrassom por cromatograma com a Solução (1), diferente da principal e
20 minutos, agitando ocasionalmente. Homogeneizar e corada pelo revelador, não é mais intensa que aquela obtida
filtrar. Transferir 5 mL do filtrado para balão volumétrico com a solução (3) (1%).
de 25 mL e completar o volume com ácido clorídrico
0,1 M. Transferir 5 mL da solução resultante para balão
volumétrico de 50 mL e completar o volume com o mesmo TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
solvente, obtendo solução a 0,001% (p/v). Prosseguir
Contagem do número total de micro-organismos
conforme descrito no método A. de Doseamento a partir de
mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
“Preparar solução padrão na mesma concentração...”.
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 809
ca
por 15 minutos e deixar em ultrassom por 15 minutos. Observar a legislação vigente.
Completar o volume com o mesmo solvente. Filtrar.
Transferir 5 mL do filtrado para balão volumétrico de
50 mL e completar o volume com o mesmo solvente, CLORIDRATO DE AMITRIPTILINA
obtendo solução a 0,001% (p/v). Preparar solução padrão COMPRIMIDOS
na mesma concentração, utilizando o mesmo solvente.
Determinar as absorvâncias das soluções resultantes em
239 nm, utilizando ácido clorídrico 0,1 M para ajuste do Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
zero. Calcular a quantidade de C20H23N.HCl nas cápsulas, quantidade declarada de C20H23N.HCl. Os comprimidos
a partir das leituras obtidas. podem ser revestidos.
acrescentar 35 mL de ácido clorídrico 0,1 M. Deixar em e subnitrato de bismuto SR. Qualquer mancha obtida no
ultrassom por 20 minutos, agitando ocasionalmente. cromatograma com a Solução (1), diferente da principal e
Completar o volume com o mesmo solvente, homogeneizar corada pelo revelador, não é mais intensa que aquela obtida
e filtrar. Transferir 5 mL do filtrado para balão volumétrico com a Solução (3) (1%).
de 25 mL e completar o volume com ácido clorídrico
0,1 M. Transferir 5 mL da solução resultante para balão
DOSEAMENTO
volumétrico de 50 mL e completar o volume com o mesmo
solvente, obtendo solução a 0,001% (p/v). Prosseguir Empregar um dos métodos descritos a seguir.
conforme descrito no método A. de Doseamento a partir de
c
“Preparar solução padrão na mesma concentração...”. A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente a 10
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) mg de cloridrato de amitriptilina para balão volumétrico de
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL 100 mL. Adicionar 75 mL de ácido clorídrico 0,1 M, agitar
mecanicamente por 15 minutos e deixar em ultrassom por
Aparelhagem: cestas, 100 rpm 15 minutos. Completar o volume com o mesmo solvente.
Filtrar. Transferir 5 mL do filtrado para balão volumétrico
Tempo: 45 minutos de 50 mL e completar o volume com o mesmo solvente,
obtendo solução a 0,001% (p/v). Preparar solução padrão
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
na mesma concentração, utilizando o mesmo solvente.
dissolução e diluir, se necessário, em ácido clorídrico 0,1
Determinar as absorvâncias das soluções resultantes em 239
M, até concentração adequada. Medir as absorvâncias em
nm, utilizando ácido clorídrico 0,1 M para ajuste do zero.
239 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para ajuste
Calcular a quantidade de C20H23N.HCl nos comprimidos, a
do zero. Calcular a quantidade de C20H23N.HCl dissolvida
partir das leituras obtidas.
no meio, comparando as leituras obtidas com a da solução
de cloridrato de amitriptilina SQR, na concentração de B. Por Cromatografia a líquido de alta eficiência (5.2.17.4).
0,001% (p/v), preparada no mesmo solvente. Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento
da monografia de Cloridrato de amitriptilina cápsulas.
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
Preparar a Solução amostra como descrito a seguir.
declarada de C20H23N.HCl se dissolvem em 45 minutos.
Solução amostra: pesar e pulverizar os comprimidos.
ENSAIOS DE PUREZA Transferir quantidade do pó equivalente a 50 mg de
cloridrato de amitriptilina para balão volumétrico
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em de 50 mL, adicionar 35 mL de Fase móvel, agitar
Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando mecanicamente por 15 minutos e deixar em ultrassom por
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de dietilamina, 15 minutos. Completar o volume com o mesmo solvente,
acetato de etila e cicloexano (3:15:85), como fase móvel. homogeneizar e filtrar. Transferir 10 mL do filtrado para
Aplicar, separadamente, à placa, 20 µL das soluções, balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com a
recentemente preparadas, descritas a seguir. Fase móvel. Homogeneizar.
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir Procedimento: injetar, separadamente, 10 μL das Soluções
quantidade do pó equivalente a 20 mg de cloridrato de padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir
amitriptilina para balão volumétrico de 5 mL e completar as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C20H23N.
o volume com etanol absoluto. Agitar por 10 minutos. HCl nos comprimidos a partir das respostas obtidas com a
Homogeneizar e filtrar. Solução padrão e a Solução amostra.
Solução (2): transferir 20 mg de cloridrato de amitriptilina
SQR para balão volumétrico de 5 mL e completar o volume EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
com etanol absoluto, obtendo solução a 4 mg/mL.
Em recipientes bem fechados.
Solução (3): transferir 1 mL da Solução (2) para balão
volumétrico de 100 mL e completar o volume com etanol ROTULAGEM
absoluto, obtendo solução a 40 mg/mL.
Observar a legislação vigente.
Solução (4): transferir 2,5 mL da Solução (3) para balão
volumétrico de 10 mL e completar o volume com etanol
absoluto, obtendo solução a 10 mg/mL.
CLORIDRATO DE BIPERIDENO
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar COMPRIMIDOS
secar ao ar. Examinar sobre luz ultravioleta (254 nm).
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma
com a Solução (1), diferente da mancha principal, não é Comprimidos de cloridrato de biperideno contêm o
mais intensa que as obtidas com as Soluções (3) ou (4) equivalente a, no mínimo, 93,0% e, no máximo, 107,0%
(1% e 0,25%). Nebulizar a placa com iodeto de potássio da quantidade declarada de C21H29NO.HCl.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 811
ca
equivalente a 10 mg de cloridrato de biperideno, adicionar
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
5 mL de cloreto de metileno e agitar. Filtrar e lavar o
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
resíduo com 5 mL de cloreto de metileno. Evaporar o
de detector ultravioleta a 205 nm; coluna de 150 mm de
filtrado. Dissolver o resíduo com 1 mL de metanol.
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
Solução (2): solução a 1% (p/v) de cloridrato de biperideno com sílica quimicamente ligada a grupo octilsilano (5 µm),
SQR em metanol. mantida à 25ºC; fluxo da Fase móvel de 1,2 mL/min.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar Tampão fosfato de sódio pH 2,5: dissolver 6,9 g de fosfato
secar ao ar e examinar sob luz ultravioleta (254 nm). Expor de sódio monobásico em 500 mL de água. Adicionar 1,011
a placa por 10 minutos a vapores de iodo em cuba fechada, g de heptanossulfonato de sódio e completar o volume para
previamente saturada, tendo ao fundo cristais de iodo. A 1000 mL com o mesmo solvente. Se necessário, ajustar o
mancha principal obtida com a Solução (1) corresponde em pH para 2,5 com ácido fosfórico.
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2).
Fase móvel: mistura de Tampão fosfato de sódio pH 2,5 e
B. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade metanol (50:50).
do pó equivalente a 10 mg de cloridrato de biperideno,
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
adicionar 10 mL de água e aquecer por 15 minutos. Filtrar.
Transferir quantidade do pó equivalente a 2 mg de
O filtrado responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1).
cloridrato de biperideno para balão volumétrico de 20 mL.
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma Adicionar 10 mL de metanol e deixar em ultrassom por 20
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde minutos. Agitar mecanicamente por 10 minutos e completar
àquele do pico principal da Solução padrão. o volume com o mesmo solvente. Homogeneizar e filtrar.
Transferir 2 mL da solução anterior para balão volumétrico
de 10 mL e completar o volume com Fase móvel.
CARACTERÍSTICAS
Solução padrão: pesar, exatamente, o equivalente a 10
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. mg de cloridrato de biperideno SQR, transferir para balão
volumétrico de 10 mL. Completar o volume com metanol e
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
homogeneizar. Transferir 0,2 mL desta solução para balão
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. volumétrico de 10 mL e completar o volume com Fase
móvel. Homogeneizar.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL da Solução
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C21H29NO.
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) HCl nos comprimidos a partir das respostas obtidas com a
Solução padrão e a Solução amostra.
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,01 M, 500 mL
A solução injetável pode ser preparada em água para 263 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm de
injetáveis ou em outro solvente adequado. diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
ligada a grupo octadecilsilano (5 µm), mantida à
temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel de 2,0 mL/min.
IDENTIFICAÇÃO
Tampão fosfato pH 6,8: dissolver 1,94 g de fosfato de
A. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
potássio monobásico e 2,48 g de fosfato de potássio
camada delgada (5.2.17.1) utilizando sílica-gel GF254,
dibásico em 1000 mL de água. Ajustar o pH, se necessário,
como suporte, e mistura de 1-butanol, água, etanol e
para 6,8 ± 0,05 com hidróxido de potássio M ou ácido
ácido acético glacial (6:2:1:1), como fase móvel. Aplicar,
c
fosfórico M.
separadamente, à placa 10 μL da Solução (1), da Solução
(2) e da Solução (4), e 1 μL da amostra e da Solução (3), Fase móvel: mistura de acetonitrila e Tampão fosfato pH
recentemente preparadas, como segue. 6,8 (65:35). Ajustar o pH, se necessário, para 7,7 ± 0,02
com ácido fosfórico M.
Solução (1): solução injetável de cloridrato de bupivacaína
e glicose. Solução amostra: transferir volume da solução injetável
equivalente a 25 mg de cloridrato de bupivacaína para
Solução (2): solução de cloridrato de bupivacaína SQR
balão volumétrico de 50 mL. Completar o volume com
em água, na concentração correspondente à da solução
metanol e homogeneizar.
injetável.
Solução padrão: pesar, exatamente, cerca de 25 mg de
Solução (3): solução de glicose SQR em água na
cloridrato de bupivacaína SQR e transferir para balão
concentração correspondente à da solução injetável.
volumétrico de 50 mL. Dissolver em 5 mL de água, com
Solução (4): diluir solução de cloridrato de bupivacaína auxilio de banho de ultrassom, se necessário. Completar o
SQR em Solução (3), de modo a obter concentração volume com metanol e homogeneizar.
correspondente à da solução injetável.
Injetar replicatas de 20 µL da Solução padrão. O desvio
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e secar ao padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados
ar quente circulante. Examinar a placa sob luz ultravioleta não é maior que 2,0%.
(254 nm). A posição da mancha principal obtida com a
Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL da Solução
Solução (1) corresponde àquela das manchas da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
(2) e da Solução (4). Nebulizar com reagente naftalenodiol,
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C18H28N2O.
aquecer a 90 °C por 5 minutos e examinar a placa. A posição
HCl na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
da mancha principal marrom, obtida com a amostra,
padrão e a Solução amostra.
corresponde àquela obtida com a Solução (3). Esfriar a
placa, nebulizar com reagente iodoplatinado e examinar Glicose. Medir o ângulo de rotação da amostra, em tubo
a placa. A bupivacaína é visualizada como mancha azul- adequado (5.2.8), utilizando água destilada para o ajuste do
violeta em fundo laranja e a mancha correspondente à zero. Calcular o teor de C6H12O6, em cada mL da amostra,
glicose desaparece gradativamente. A posição da mancha utilizando a fórmula:
de bupivacaína obtida com a Solução (1) corresponde
àquelas obtidas com a Solução (2) e com a Solução (4). α ×9,452×A
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma em que α é a leitura média obtida e A é a divisão de 200
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, pelo comprimento do tubo, em mm.
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
CARACTERÍSTICAS
Em recipientes de dose única, preferencialmente em vidro
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. tipo I, protegidos da luz.
DOSEAMENTO
Cloridrato de bupivacaína. Proceder conforme descrito
em Cromatografia a líquido de alta eficiência (5.2.17.4).
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 813
ca
N . HCl metanol.
CH3
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar por 15 minutos e observar sob luz ultravioleta
(254 nm). A mancha principal da Solução (1) corresponde
em posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução
C20H21N.HCl; 311,85 (2), e qualquer outra mancha obtida a partir da Solução (1)
cloridrato de ciclobenzaprina; 02013 não excede em tamanho ou intensidade a mancha principal
Cloridrato de 3-(5H-dibenzo[a,d]ciclohepten-5-ilideno)- obtida a partir da Solução (3)(0,5%).
N,N-dimetil-1-propanamina (1:1)
[6202-23-9] Metais Pesados (5.3.2.3). Utilizar Método III. Determinar
em 1 g da amostra. No máximo 0,001% (10 ppm).
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo 101,0% de,
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
C20H21N.HCl em relação à substância dessecada.
amostra em estufa a 105 °C até peso constante. No máximo
1,0%.
DESCRIÇÃO
Cinzas Sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.
Características físicas. Pó cristalino branco. No máximo 0,1%.
c
espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) do resíduo,
Transferir quantidade de pó equivalente a 10 mg de
disperso em brometo de potássio, apresenta máximos de
cloridrato de ciclobenzaprina para balão volumétrico
absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
de 200 mL e adicionar 150 mL de ácido clorídrico 0,1
com as mesmas intensidades relativas daqueles observados
M. Agitar mecanicamente por 30 minutos. Completar o
no espectro de cloridrato de ciclobenzaprina SQR.
volume com o mesmo solvente, obtendo solução a 50 µg/
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma mL. Homogeneizar e filtrar.
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
àquele do pico principal da Solução padrão.
de cloridrato de ciclobenzaprina SQR em ácido clorídrico
0,1 M, para obter solução a 50 µg/mL.
CARACTERÍSTICAS
Injetar replicatas de 20 mL da Solução padrão. A eficiência
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. da coluna não é menor que 1000 pratos teóricos/metro. O
desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos picos
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. registrados não é maior que 2,0%. O fator de cauda do pico
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. principal não é maior que 2.
IDENTIFICAÇÃO
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
A. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
Contagem do número total de micro-organismos camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. como suporte, e mistura de cloreto de metileno, metanol,
hidróxido de amônio e acetonitrila (4:4:2:1), como fase
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 5 mL de cada uma
Cumpre o teste.
das soluções recentemente preparadas, descritas a seguir.
ca
Solução (1) corresponde em posição, cor e intensidade SQR em água contendo a mesma concentração de
àquela obtida com a Solução (2). ciprofloxacino. Medir as absorvâncias das soluções
resultantes em 272 nm, utilizando água para ajuste do zero.
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma Calcular o teor de C17H18FN3O3 nos comprimidos, a partir
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, das leituras obtidas.
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
CARACTERÍSTICAS de detector ultravioleta a 278 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4 mm de diâmetro interno, empacotada
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (3
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. mm a 10 mm), mantida a 30 °C; o fluxo da Fase móvel de
1,5 mL/minuto.
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
Fase móvel: mistura de ácido fosfórico 0,025 M
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. (previamente ajustar o pH com trietilamina para 3,0 ± 0,1)
e acetonitrila (85:15).
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Solução amostra: transferir cinco comprimidos para balão
de 500 mL. Adicionar cerca de 400 mL de água e deixar
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
em ultrassom por aproximadamente 20 minutos, completar
Meio de dissolução: água, 900 mL o volume com água e agitar. Diluir, sucessivamente, até
concentração de 0,25 mg/mL de ciprofloxacino, utilizando
Aparelhagem: pás, 50 rpm água como solvente e filtrar.
Tempo: 30 minutos Solução padrão: pesar quantidade de cloridrato de
ciprofloxacino SQR equivalente a 25 mg de ciprofloxacino,
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio transferir para balão volumétrico de 25 mL e completar o
de dissolução, filtrar imediatamente e diluir em água volume com água. Diluir sucessivamente em água de modo
até concentração adequada. Medir as absorvâncias das a obter solução a 0,25 mg/mL de ciprofloxacino.
soluções em 272 nm (5.2.14), utilizando água para ajuste do
zero. Calcular a quantidade de C17H18FN3O3 dissolvida no Procedimento: injetar, separadamente, 20 mL da Solução
meio, comparando as leituras obtidas com a da solução de padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
cloridrato de ciprofloxacino SQR, contendo o equivalente e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
a 0,0004% (p/v) de ciprofloxacino, preparada no mesmo C17H18FN3O3 nos comprimidos a partir das respostas
solvente. obtidas para a Solução padrão e a Solução amostra.
Tolerância: não menos que 80 % (Q) da quantidade C. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico
declarada de C17H18FN3O3 se dissolvem em 30 minutos. de antibióticos (5.5.3.3.1), pelo método de difusão em
ágar, utilizando cilindros.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA Micro-organismo: Staphylococcus epidermidis ATCC
12228.
Contagem do número total de micro-organismos
mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. Meios de cultura: meio de cultura número 1, para
manutenção do micro-organismo; solução salina estéril,
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
para padronização do inóculo e meio de cultura número
Cumpre o teste.
11, para a camada base e preparação do inóculo.
c
M, estéril, pH 8,0 (Solução 2) como diluente. Método de filtração por membrana.
Solução padrão: pesar quantidade de cloridrato de Fase móvel: mistura de Tampão fosfato e acetonitrila
ciprofloxacino equivalente a 20 mg de ciprofloxacino, (55:45). Fazer ajustes, se necessário.
transferir para balão volumétrico de 50 mL e completar
o volume com água. Diluir, sucessivamente, até as Nota: a redução da proporção de acetonitrila na Fase
concentrações de 2 mg/mL, 4 mg/mL e 8 mg/mL de móvel aumenta a resolução entre os picos relativos à
ciprofloxacino, utilizando Tampão fosfato de potássio 0,1 7-epiclindamicina e à clindamicina.
M, estéril, pH 8,0 (Solução 2) como diluente.
Solução (1): pesar as cápsulas, remover o conteúdo e
Procedimento: adicionar 20 mL de meio de cultura pesá-las novamente. Transferir, exatamente, quantidade
do pó equivalente a 50 mg de clindamicina para balão
ca
número 11 em uma placa, esperar solidificar, juntar 5 mL
de inóculo a 1% e proceder conforme descrito em Ensaio volumétrico de 50 mL e completar o volume com Fase
microbiológico de antibióticos (5.5.3.3.1), adicionando aos móvel. Agitar por 15 minutos. Homogeneizar e filtrar.
cilindros 0,1 mL das soluções recentemente preparadas.
Solução (2): solução de cloridrato de clindamicina SQR a
Calcular a potência da solução oftálmica, em μg de
1 mg/mL em Fase móvel.
ciprofloxacino por miligrama, a partir da potência do
padrão e das respostas obtidas com a Solução padrão e a Solução (3): diluir 2 mL da Solução (1) para 100 mL com
Solução amostra. Fase móvel.
Fase móvel: mistura de Tampão fosfato e acetonitrila Solubilidade. Facilmente solúvel em água, etanol e
(55:45). Fazer ajustes, se necessário. clorofórmio, praticamente insolúvel em éter etílico.
c
Faixa de fusão (5.2.2): 167 ºC a 172 ºC.
modo a obter solução a 1,0 mg/mL.
Solução (2): solução da amostra a 0,02% (p/v), em metanol. nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
intensidades relativas daqueles observados no espectro de
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, secar em cloridrato de difenidramina SQR, preparado de maneira
corrente de ar e nebulizar com ácido sulfúrico. Aquecer a idêntica.
120 oC, por 10 minutos, até o aparecimento das manchas.
Nenhuma mancha obtida com a Solução (1), com exceção B. Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade
da mancha principal, é mais intensa que àquela obtida com do pó equivalente a 0,1 g de cloridrato de difenidramina
a Solução (2) (1,0%) e não é mais corada que a Solução com duas porções de 15 mL de clorofórmio, filtrando cada
padrão de cor SC F (5.2.12). porção. Evaporar o filtrado até secura em banho-maria.
ca
Dessecar o resíduo em estufa a 80 °C, por 1 hora. O resíduo
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da funde em torno de 168 °C.
amostra. Dessecar em estufa, a 105 ºC, por 3 horas. No
máximo 0,5%. C. O resíduo obtido no teste B. de Identificação responde
às reações do íon cloreto (5.3.1.1).
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,1%.
CARACTERÍSTICAS
DOSEAMENTO Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Dissolver, exatamente, cerca de 0,25 g da amostra, Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
previamente dessecada, em 20 mL de ácido acético
glacial e 10 mL de acetato de mercúrio SR. Adicionar Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
uma gota de cloreto de metilrosanilínio SI e titular com Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
ácido perclórico 0,1 M SV, até mudança de cor para azul-
esverdeado. Realizar ensaio em branco e fazer as correções Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
necessárias. Alternativamente determinar o ponto final
potenciometricamente. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M
SV equivale a 29,182 mg de C17H21NO.HCl. TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Aparelhagem: cestas, 100 rpm
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Tempo: 45 minutos
c
Cumpre o teste. 2 M, agitar com três porções de 20 mL de éter etílico.
Descartar a fração etérea. Extrair com duas porções de
20 mL de clorofórmio, secar os extratos combinados sob
DOSEAMENTO sulfato de sódio anidro, filtrar, evaporar o clorofórmio e
Proceder conforme descrito em Titulações em meio não dissolver o resíduo em 5 mL de clorofórmio.
aquoso (5.3.3.5). Pesar e pulverizar 20 comprimidos. C. Adicionar um excesso de hidróxido de sódio M.
Pesar quantidade do pó equivalente a 0,2 g de cloridrato de Ocorre desprendimento de vapores de amônio com
difenidramina, adicionar 20 mL de ácido acético anidro e odor característico, que pode ser reconhecido com o
10 mL de acetato de mercúrio a 6% (p/v) em ácido acético desenvolvimento de coloração vermelha quando um papel
glacial. Titular com ácido perclórico 0,1 M SV, utilizando filtro fica exposto aos vapores desprendidos.
cloreto de metilrosanilínio SI como indicador. Cada mL
de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 29,180 mg de
C17H21NO.HCl. CARACTERÍSTICAS
pH (5.2.19). 4,0 a 6,0.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, protegido da luz. ENSAIOS DE PUREZA
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
ROTULAGEM em Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1),
utilizando sílica-gel H, como suporte, e mistura de
Observar a legislação vigente. metanol e clorofórmio (20:80), como fase móvel. Aplicar,
separadamente à placa, 5 mL de cada uma das soluções,
recentemente preparadas, descritas a seguir.
CLORIDRATO DE DIFENIDRAMINA
SOLUÇÃO ORAL Solução (1): utilizar a Solução (1) descrita no teste B. de
Identificação.
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da Solução (2): diluir 1 volume da Solução (1) para 100
quantidade declarada de C17H21NO.HCl. volumes com clorofórmio.
ca
amostra dessecada e dispersa em brometo de potássio,
Realizar o doseamento do cloreto de amônio quando estiver apresenta máximos de absorção somente nos mesmos
presente na formulação. Contém, no mínimo, 95,0% e, no comprimentos de onda e com as mesmas intensidades
máximo, 105,0% da quantidade declarada de NH4Cl. relativas daqueles observados no espectro de cloridrato de
epinastina SQR, preparado de maneira idêntica.
Dissolver um volume da solução oral contendo exatamente
cerca de 1 g de cloreto de amônio em 20 mL de água. B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
Adicionar mistura de 5 mL de formaldeído neutralizado de 200 nm a 300 nm, da solução a 0,025% (p/v) em ácido
previamente em presença de fenolftaleína SI e 20 mL de clorídrico 0,1 M, exibe máximos em 210 nm, idêntico
água. Após 1 a 2 minutos, titular lentamente com hidróxido ao observado no espectro de solução de cloridrato de
de sódio M SV em presença de 0,2 mL do mesmo indicador. epinastina SQR, preparada de maneira idêntica.
Cada mL de hidróxido de sódio M SV corresponde a 53,490
mg de NH4Cl. Se a amostra for colorida, tratar previamente C. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
com carvão ativo para remoção do corante. camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
como suporte, e mistura de água, 1-butanol e ácido acético
glacial (50:40:10), como fase móvel. Preparar a fase móvel
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO com 24 horas de antecedência. Em seguida, desprezar a
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. camada inferior. Aplicar, separadamente, a placa 5 mL de
cada uma das soluções, recentemente preparadas, descritas
a seguir.
ROTULAGEM
Solução (1): preparar solução a 1 mg/mL da amostra em
Observar a legislação vigente. metanol.
ENSAIOS DE PUREZA
C16H15N3.HCl; 285,77 Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
cloridrato de epinastina; 03440 amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, até peso constante.
Cloridrato de 9,13b-diidro-1H-dibenz[c,f]imidazo[1,5-a] No máximo 0,5%.
azepin-3-amina (1:1)
[80012-44-8]
DOSEAMENTO
Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,5% de
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
C16H15N3.HCl em relação à substância dessecada.
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 207 nm; coluna de 150 mm de
DESCRIÇÃO comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
Características físicas. Pó cristalino branco ou amarelo mm) com base desativada, mantida à temperatura ambiente;
pálido. fluxo da Fase móvel de 1,0 mL/minuto.
Solubilidade. Facilmente solúvel em água. Fase móvel: mistura de trietilamina a 0,3% (v/v), ajustar o
pH para 4,0 com ácido fosfórico, e metanol (60:40).
Constantes físico-químicas
822 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Solução amostra: transferir o equivalente a 25 mg de Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar secar
amostra para balão volumétrico de 50 mL e completar o ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A mancha
volume com Fase móvel. Transferir 4 mL dessa solução principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição,
para balão volumétrico de 100 mL e completar o volume cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2).
com Fase móvel, de modo a obter uma solução a 20 mg/
mL. B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida no Doseamento, corresponde
Solução padrão: transferir o equivalente a 25 mg de àquele do pico principal da Solução padrão.
cloridrato de epinastina SQR para balão volumétrico de
c
50 mL e completar o volume com Fase móvel. Transferir
CARACTERÍSTICAS
4 mL dessa solução para balão volumétrico de 100 mL e
completar o volume com Fase móvel, de modo a obter uma Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
solução a 20 mg/mL.
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 mL da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas Uniformidade de dose unitária (5.1.6). Cumpre o teste.
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C16H15N3. Preparar solução final contendo 20 mg/mL de cloridrato de
HCl na amostra a partir das respostas obtidas com a epinastina.
Solução padrão e com a Solução amostra.
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Aparelhagem: pás, 60 rpm.
Solução (2): preparar a solução a 1 mg/mL de cloridrato de Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
epinastina SQR em metanol. Transferir quantidade de pó equivalente a 25 mg de cloridrato
de epinastina para balão volumétrico de 50 mL e adicionar
30 mL de metanol. Deixar em ultrassom a temperatura
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 823
ca
por 15 minutos e completar o volume com o mesmo B. e C. podem ser omitidos se forem realizados os testes
solvente. Transferir alíquota equivalente a 4 mL para balão A. e D.
volumétrico de 100 mL e completar o volume com Fase
móvel. A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
Procedimento: injetar, separadamente, 20 mL das Soluções de potássio, apresenta máximos de absorção somente
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C16H15N3. intensidades relativas daqueles observado no espectro
HCl, nos comprimidos, a partir das respostas obtidas com de cloridrato de etambutol SQR preparado de maneira
a Solução padrão e Solução amostra. idêntica.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,5 g da Proceder conforme descrito no teste A. de Identificação da
amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, por 3 horas. No monografia de Cloridrato de etambutol.
máximo 0,5%.
B. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. de pó equivalente a 0,1 g de cloridrato de etambutol e agitar
No máximo 0,1%. com 10 mL de água. Adicionar 2 mL de sulfato cúprico a
1 % (p/v) e 1 mL de hidróxido de sódio M. Desenvolve-se
coloração azul.
DOSEAMENTO
C. Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade
c
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
de pó equivalente a 1 g de cloridrato de etambutol com 10
A. Proceder conforme descrito em Titulações em meio mL de água. A solução obtida responde às reações do íon
não aquoso (5.3.3.5). Dissolver 0,2 g da amostra em 100 cloreto (5.3.1.1).
mL de ácido acético glacial e adicionar 5 mL de acetato
D. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
de mercúrio SR. Titular com acido perclórico 0,1 M SV,
da Solução amostra, obtida no método A. de Doseamento,
utilizando cloreto de metilrosanilínio SI como indicador.
correspondente àquele do pico principal da Solução
Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias.
padrão.
Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 13,862
mg de C10H24N2O2.2HCl.
CARACTERÍSTICAS
B. Dissolver 0,1 g da amostra em 20 mL de uma solução
preparada da seguinte maneira: mistura de 4 mL de sulfato Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
cúprico SR com 70 mL de hidróxido de amônio 2 M, adição
de 10 mL de hidróxido de sódio M e diluição para 100 mL Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
com água. Após a dissolução, completar o volume para
25 mL com o mesmo solvente. Preparar solução padrão TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
na mesma concentração, utilizando o mesmo solvente.
Medir o ângulo de rotação das soluções em tubo adequado Meio de dissolução: água, 900 mL
(5.2.8), utilizando o mesmo solvente para ajuste do zero.
Calcular o teor de C10H24N2O2.2HCl na amostra a partir das Aparelhagem: cesta, 100 rpm
leituras dos ângulos obtidos. Tempo: 45 minutos
Agente antibacteriano (tuberculostático). Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
declarada de C10H24N2O2.2HCl se dissolvem em 45
minutos.
CLORIDRATO DE ETAMBUTOL
COMPRIMIDOS ENSAIOS DE PUREZA
Limite de aminobutanol. Proceder conforme descrito em
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
da quantidade declarada de cloridrato de etambutol sílica-gel G, como suporte, e mistura de hidróxido de
(C10H24N2O2.2HCl). Os comprimidos devem ser revestidos. amônio concentrado, água e metanol (10:15:75), como fase
móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 2 µL de cada uma
das soluções, recentemente preparada, descritas a seguir.
IDENTIFICAÇÃO
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade
quantidade do pó equivalente a 0,5 g de cloridrato de
do pó equivalente a 0,1 g de cloridrato de etambutol e
etambutol, adicionar 7 mL metanol e agitar por 5 minutos.
misturar com 3 mL de metanol em gral de vidro. Adicionar
Completar o volume para 10 mL com o mesmo solvente e
5 mL de metanol, homogeneizar e filtrar. Recolher o filtrado
filtrar, de modo a obter solução a 50 mg/mL.
em béquer contendo 100 mL de acetona. Agitar a mistura
e deixar ocorrer cristalização por 15 minutos. Remover
o sobrenadante e secar os cristais com ar comprimido.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 825
Solução (2): solução de aminobutanol SQR a 0,5 mg/mL C10H24N2O2.2HCl nos comprimidos a partir das respostas
em metanol. obtidas com as Solução padrão e Solução amostra.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar B. Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Usar o equivalente
secar ao ar e aquecer a 110 °C por 10 minutos. Resfriar a 0,2 g de cloridrato de etambutol e transferir para funil
e nebulizar com ninidrina SR. Aquecer a 110 °C por 5 de separação. Adicionar 20 mL de solução de hidróxido
minutos. Qualquer mancha secundária corresponde ao de sódio 2 M e agitar durante 5 minutos. Extrair com
aminobutanol obtida no cromatograma com a Solução (1) cinco porções de 25 mL de clorofórmio. Reunir os estratos
não é mais intensa que aquela obtida com a Solução (2) clorofórmicos em béquer e evaporar em banho-maria
ca
(1%). até volume de aproximadamente 25 mL. Filtrar através
de papel para um erlenmeyer. Lavar o béquer e o papel
de filtro com 100 mL de ácido acético glacial anidro.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Proceder conforme descrito em Titulação em meio não
Contagem do número total de micro-organismos aquoso (5.3.3.5), utilizando como indicador 10 gotas
mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. de 1-naftolbenzeína SI e como agente titulante ácido
perclórico 0,1 M SV. Preparar branco e titular de modo
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). análogo. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a
Cumpre o teste. 13,862 mg de cloridrato de C10H24N2O2.2HCl.
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
de cloridrato de etambutol SQR no Diluente, de modo a C32H39NO4.HCl, em relação à substância dessecada.
obter solução a 0,4 mg/mL. Homogeneizar e filtrar.
Faixa de fusão (5.2.2): 195 °C a 197 °C. comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
µm), mantida a temperatura de 30 °C; fluxo da Fase móvel
IDENTIFICAÇÃO
de 1,0 mL/minuto.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
Fase móvel: mistura de acetato de amônio 0,05 M e
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
acetonitrila (50:50). Ajustar o pH em 3,2 com ácido
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
clorídrico M.
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de cloridrato de fexofenadina SQR,
c
Solução amostra: transferir 20 mg da amostra, exatamente
preparado de maneira idêntica. pesada, para balão volumétrico de 100 mL, completar o
volume com Fase móvel e homogeneizar. Transferir 5 mL
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
dessa solução para balão volumétrico de 25 mL e completar
de 200 a 370 nm, de solução a 0,0014% (p/v) em etanol,
o volume com Fase móvel, de modo a obter solução a 40
exibe um ombro característico em 220 nm, idêntico ao
µg/mL.
observado no espectro de solução similar de cloridrato de
fexofenadina SQR. Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de cloridrato de fexofenadina SQR em Fase móvel de
C. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
modo a obter solução a 40 µg/mL.
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
como suporte, e mistura de 1-butanol, ácido acético glacial Injetar replicatas de 20 µL da Solução padrão. A eficiência
e água (6:3:1), como fase móvel. Aplicar, separadamente, da coluna não é menor do que 2500 pratos teóricos. O fator
à placa, 10 µL de cada uma das soluções recentemente de cauda não é maior que 2,0. O desvio padrão relativo
preparadas, descritas a seguir. das áreas de replicatas dos picos registrados não é maior
que 2,0%.
Solução (1): solução a 1 mg/mL da amostra em metanol.
Procedimento: injetar separadamente, 20 µL das Soluções
Solução (2): solução a 1 mg/mL de cloridrato de
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir
fexofenadina SQR em metanol.
as áreas sob os picos. Calcular o teor de C32H39NO4.HCl
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm) ou padrão e a Solução amostra.
expor a placa a vapores de iodo. A mancha principal
obtida com a Solução (1) corresponde em posição, cor e EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
intensidade àquele obtida com a Solução (2).
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
D. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
àquele do pico principal da Solução padrão. ROTULAGEM
Observar legislação vigente.
ENSAIOS DE PUREZA
Cloretos. Dissolver 0,3 g da amostra em 50 mL de metanol. CLASSE TERAPEUTICA
Titular potenciometricamente com nitrato de prata 0,1 M
SV. Cada mL de nitrato de prata 0,1 M SV equivale a 3,545 Anti-histamínico.
mg de cloreto. Deve apresentar teor entre 6,45% a 6,75%
de cloreto, calculado sobre a base anidra.
CLORIDRATO DE FEXOFENADINA
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No COMPRIMIDOS
máximo 0,002% (20 ppm).
Água (5.2.20.1). No máximo 0,5%. Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% das
quantidades declaradas de C32H39NO4.HCl.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, por 2 horas. No
máximo 1,0%. IDENTIFICAÇÃO
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. A. Pesar e pulverizar quantidade suficiente de
No máximo 0,1%. comprimidos. Transferir, exatamente, quantidade de pó
equivalente a cerca de 60 mg de cloridrato de fexofenadina
para um tubo com tampa. Adicionar 10 mL da mistura de
DOSEAMENTO
acetonitrila e metanol (10:1), e agitar em vórtex por 1 a
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido 2 minutos até dispersão da amostra. Deixar a solução em
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido repouso por 10 minutos ou centrifugar por 2 a 3 minutos.
de detector ultravioleta a 220 nm; coluna de 250 mm de Filtrar para um frasco de 50 mL usando um filtro de 0,45
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 827
ca
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles Proceder conforme descrito em Doseamento na monografia
observados no espectro de fexofenadina SQR, preparado de de Cloridrato de fexofenadina. Preparar a Solução amostra
maneira idêntica. Para preparar a dispersão de brometo de como descrito a seguir.
potássio com a fexofenadina SQR, deve-se transferir cerca Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
de 60 mg do padrão para um tubo com tampa e proceder Transferir quantidade do pó equivalente a 40 mg de
a partir de “Adicionar 10 mL da mistura de acetonitrila e cloridrato de fexofenadina para balão volumétrico de 200
metanol (10:1)...”. mL, adicionar 120 mL de Fase móvel e deixar em ultrassom
B. Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir por 15 minutos. Agitar mecanicamente por 30 minutos,
quantidade do pó equivalente a 14 mg de cloridrato de completar o volume com o mesmo solvente, homogeneizar
fexofenadina para balão volumétrico de 100 mL com auxílio e filtrar. Transferir 5 mL para balão volumétrico de 25 mL,
de 60 mL de etanol. Agitar por 10 minutos e completar o completar o volume com Fase móvel e homogeneizar.
volume com o mesmo solvente. Homogeneizar e filtrar. Procedimento: injetar, separadamente, 20 mL das Soluções
Prosseguir conforme descrito no teste B. de Identificação padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir a
da monografia de Cloridrato de fexofenadina. área sob os picos. Calcular o teor de C32H39NO4.HCl nos
C. Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Agitar quantidade comprimidos a partir das respostas obtidas com a Solução
de pó equivalente a 10 mg de cloridrato de fexofenadina padrão e a Solução amostra.
com 10 mL de metanol, homogeneizar e filtrar. Prosseguir
conforme descrito no teste C. de Identificação da EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
monografia de Cloridrato de fexofenadina.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
D. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida no método de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão. ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
CARACTERÍSTICAS
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. CLORIDRATO DE FLUOXETINA
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. Fluoxetini hydrochloridum
Solubilidade. Ligeiramente solúvel em água, facilmente Solução (2): transferir, exatamente, cerca de 30 mg da
solúvel em etanol e metanol, praticamente insolúvel em amostra para balão volumétrico de 25 mL e completar o
éter etílico. volume com a Fase móvel. Homogeneizar.
c
mínimo, o dobro do tempo de retenção do pico principal.
IDENTIFICAÇÃO Calcular a porcentagem de cada impureza da Solução
(2) a partir da fórmula: 0,1(ri/rp), onde ri é a resposta do
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da pico de impureza na Solução (2) e rp é a resposta do pico
amostra não dessecada e dispersa em brometo de potássio referente à fluoxetina na Solução (1). No máximo 0,15%
apresenta máximos de absorção somente nos mesmos de impureza com tempo de retenção relativo de 0,88 e no
comprimentos de onda e com as mesmas intensidades máximo 0,1% de outra impureza individual. No máximo
relativas daqueles observados no espectro de cloridrato de 0,5% de impurezas totais.
fluoxetina SQR, preparado de maneira idêntica.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. Determinar
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa em 0,67 g da amostra. Utilizar solução padrão de chumbo 2
de 200 nm a 400 nm, da solução amostra obtida no método ppm.. No máximo 0,003% (30 ppm).
A. de Doseamento, exibe máximos e mínimos somente nos
mesmos comprimentos de onda observados no espectro de Água (5.2.20.1). No máximo 0,5%.
solução similar de cloridrato de fluoxetina SQR.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma No máximo 0,1%.
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão. DOSEAMENTO
D. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1). Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Solução padrão: pesar, exatamente, cerca de 27,5 mg D. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir
de cloridrato de fluoxetina SQR e transferir para balão quantidade do pó equivalente a 20 mg de fluoxetina para
volumétrico de 25 mL. Dissolver em Fase móvel e balão volumétrico de 5 mL e completar o volume com
completar o volume com o mesmo solvente. Homogeneizar. água. Homogeneizar e filtrar. A solução resultante responde
Transferir 50 mL e completar o volume com Fase móvel. às reações do íon cloreto (5.3.1.1).
ca
Homogeneizar.
c
os picos. Calcular a porcentagem de cada impureza no
cromatograma da Solução (2), utilizando a fórmula: 100
ROTULAGEM
(ri/rt) em que ri é a resposta de cada pico, excluindo o
pico relativo à fluoxetina, e rt é a soma das respostas de Observar a legislação vigente.
todos os picos, incluindo o pico relativo à fluoxetina. Não
considerar os picos relativos aos solventes. No mínimo,
0,25% de impureza individual e, no máximo, 0,40% de CLORIDRATO DE FLURAZEPAM
impureza total.
COMPRIMIDOS
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Contém, no mínimo, 92,5% e, no máximo, 107,5% da
Contagem do número total de micro-organismos quantidade declarada de C21H23ClFN3O.HCl.
mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Diluir sucessivamente com ácido sulfúrico metanólico realizar os cálculos considerando A(1%, 1 cm) = 319, em
0,1 M de modo a obter concentração de 0,003% (p/v) de 284 nm, em ácido sulfúrico metanólico 0,1 M.
cloridrato de flurazepam. Preparar solução padrão conforme
descrito no Doseamento. Medir as absorvâncias das
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
soluções resultantes em 284 nm (5.2.14), utilizando ácido
sulfúrico metanólico 0,1 M para ajuste do zero. Calcular Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
a quantidade de C21H23ClFN3O.HCl nos comprimidos, a
partir das leituras obtidas. Alternativamente, realizar os
cálculos considerando A(1%, 1 cm) = 319, em 284 nm, em ROTULAGEM
ca
ácido sulfúrico metanólico 0,1 M. Observar a legislação vigente.
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, com sílica quimicamente ligada a grupo nitrila (10 µm),
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão. mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel de
1 mL/minuto.
D. Dissolver 0,1 g da amostra em 10 mL de água. A 5 mL
da solução obtida, adicionar 5 mL de 2-nitrobenzaldeído a Fase móvel: dissolver 1,44 g de laurilsulfato de sódio e 0,75 g
2% (p/v) em etanol. Produz-se precipitado laranja. de brometo de tetrabutilamônio em 770 mL de água, adicionar
230 mL de acetonitrila e homogeneizar. Se necessário, ajustar
E. A solução aquosa da amostra a 0,025% (p/v) responde o pH para 3,0 com ácido sulfúrico 0,05 M.
às reações do íon cloreto (5.3.1.1).
c
Solução amostra: dissolver quantidade, exatamente
pesada, da amostra em ácido acético 0,1 M de modo a obter
ENSAIOS DE PUREZA
solução a 0,4 mg/mL. Transferir 5 mL dessa solução para
pH (5.2.19). 3,5 a 4,2. Determinar em solução aquosa a balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com
2% (p/v). ácido acético 0,1 M, obtendo solução a 40 µg/mL.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito no Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada, de
método B. de Doseamento. Preparar a Solução teste como cloridrato de hidralazina SQR em ácido acético 0,1 M de modo
descrito a seguir. a obter solução a 0,4 mg/mL. Transferir 5 mL dessa solução
para balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com
Solução teste: transferir, exatamente, cerca de 25 mg da ácido acético 0,1 M, obtendo solução a 40 µg/mL.
amostra para balão volumétrico de 50 mL, dissolver em
30 mL de ácido acético 0,1 M e completar o volume com o Solução de resolução: preparar solução em ácido acético
mesmo solvente. 0,1 M contendo aproximadamente 0,25 mg de cloridrato
de hidralazina SQR e 50 µg de ftalazina por mililitro.
Procedimento: injetar 20 µL da Solução teste, registrar os Transferir 5 mL dessa solução para balão volumétrico de
cromatogramas e medir as áreas de todos os picos obtidos. 50 mL, completar o volume com ácido acético 0,1 M e
A soma das área sob os picos secundários, exceto a do pico homogeneizar.
principal, não é superior a 1,0% da área total dos picos
obtidos, incluindo a do pico principal. Não incluir nos Injetar replicatas de 20 µL da Solução de resolução. Os
cálculos os picos relativos ao solvente. tempos de retenção relativos são cerca de 0,65 para a
ftalazina e 1,0 para o cloridrato de hidralazina. A resolução
Metais pesados (5.3.2.3). Umedecer o resíduo obtido em entre os picos de ftalazina e de cloridrato de hidralazina
Cinzas sulfatadas com 2 mL de ácido clorídrico, evaporar, não é menor que 4,0. O desvio padrão relativo das áreas
secar e adicionar 20 mL de água. Proceder conforme de replicatas dos picos registrados não é maior que 2,0%.
descrito em Ensaio limite para metais pesados, Método I.
No máximo 0,002% (20 ppm). Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1,0 g da medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C8H8N4.HCl
amostra. Dessecar em estufa a 110 ºC, por 15 horas, até na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
peso constante. No máximo 0,5%. padrão e a Solução amostra.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1,0 g da
amostra. No máximo 0,5%. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados.
DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir. ROTULAGEM
ca
Cumpre o teste.
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 230 nm a 350 nm, da solução amostra obtida no método
B. de Doseamento, exibe máximos de absorção em 240 DOSEAMENTO
nm, 260 nm, 305 nm e 315 nm, idênticos aos observados
no espectro da solução padrão. Empregar um dos métodos descritos a seguir.
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma A. Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir quantidade
da Solução amostra, obtida no método C. de Doseamento, de pó equivalente a 0,1 g de cloridrato de hidralazina para
correspondente àquele do pico principal da Solução béquer e acrescentar 25 mL de água. Adicionar 35 mL de
padrão. ácido clorídrico e resfriar à temperatura ambiente. Agitar,
mecanicamente, por 15 minutos. Titular com iodato de
D. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir quantidade potássio 0,02 M SV, com agitação contínua. Determinar o
de pó equivalente a 0,1 g de cloridrato de hidralazina para ponto final potenciometricamente. Cada mL de iodato de
béquer, adicionar 50 mL de mistura de metanol e água potássio 0,02 M SV equivale a 3,933 mg de C8H8N4.HCl.
(1:2), misturar e filtrar. Concentrar o filtrado em banho-
maria até 10 mL e deixar esfriar. A 5 mL da solução B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
concentrada, adicionar 5 mL de 2-nitrobenzaldeído a 2% absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
(p/v) em etanol. Produz-se precipitado laranja. comprimidos. Transferir quantidade de pó equivalente a 50
mg de cloridrato de hidralazina para balão volumétrico de
50 mL e adicionar 25 mL de mistura de metanol e água
CARACTERÍSITCAS (1:2). Agitar, mecanicamente, por 10 minutos e completar
o volume com o mesmo solvente. Filtrar. Realizar diluições
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. sucessivas até concentração de 0,001% (p/v), utilizando
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. água como solvente. Preparar a solução padrão nas mesmas
condições. Medir as absorvâncias das soluções resultantes
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. em 260 nm, utilizando água para ajuste do zero. Calcular
a quantidade de C8H8N4.HCl nos comprimidos a partir das
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. leituras obtidas.
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. C. Proceder conforme descrito no método B. de
Doseamento da monografia de Cloridrato de hidralazina.
Procedimento para uniformidade de conteúdo. Triturar
Preparar a Solução amostra como descrito a seguir.
cada comprimido até pó fino, transferir, quantitativamente,
para balão volumétrico de 50 mL, adicionar 25 mL de Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
mistura de metanol e água (1:2). Prosseguir conforme Transferir quantidade do pó equivalente a 20 mg de
descrito no método B. de Doseamento, a partir de “Agitar cloridrato de hidralazina para balão volumétrico de 50
mecanicamente...”. mL, adicionar 40 mL de ácido acético 0,1 M e deixar em
ultrassom por 15 minutos. Agitar, mecanicamente, por 15
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) minutos. Completar o volume com o mesmo solvente,
homogeneizar e filtrar. Transferir 5 mL do filtrado para
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,01 M, 900 mL balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com
ácido acético 0,1 M, obtendo solução a 40 µg/mL.
Aparelhagem: cestas, 100 rpm
Procedimento: injetar, separadamente, 20 mL da Solução
Tempo: 30 minutos padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
dissolução e diluir, se necessário, com ácido clorídrico C8H8N4.HCl nos comprimidos a partir das respostas obtidas
0,01 M, até concentração adequada. Medir as absorvâncias com a Solução padrão e a Solução amostra.
das soluções em 260 nm (5.2.14), utilizando o mesmo
solvente para ajuste do zero. Calcular a quantidade de EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
C8H8N4.HCl dissolvida no meio, comparando as leituras
obtidas com a da solução de cloridrato de hidralazina SQR Em recipientes bem fechados.
na concentração de 0,001 % (p/v), preparada em ácido
clorídrico 0,01 M.
834 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
c
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 105,0% da o volume com mistura de metanol e água (1:2). Realizar
quantidade declarada de C8H8N4.HCl. diluições sucessivas até concentração de 0,001% (p/v),
utilizando água como solvente. Preparar solução padrão
nas mesmas condições. Medir as absorvâncias das soluções
IDENTIFICAÇÃO em 260 nm, utilizando água para ajuste do zero. Calcular a
Os testes de identificação B., C. e D. podem ser omitidos se quantidade de C8H8N4.HCl na solução injetável a partir das
forem realizados os testes A. e E. leituras obtidas.
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de (4:1). Qualquer mancha secundária, correspondente ao
C19H24N2.HCl, em relação à substância dessecada. iminodibenzila, obtida no cromatograma com a Solução
(1), não é mais intensa que aquela obtida com a Solução
(3) (0,2%). Qualquer mancha secundária obtida no
DESCRIÇÃO
cromatograma com a Solução (1), diferente da mancha
Características físicas. Pó cristalino branco a levemente principal e do iminodibenzila, não é mais intensa que
amarelado. aquela obtida com a Solução (2) (0,2%).
Solubilidade. Facilmente solúvel em água e etanol. Metais pesados (5.3.2.3). Prosseguir conforme descrito
ca
em Métodos de reação com tiocetamida, Método III. No
Constantes físico-químicas. máximo 0,002% (20 ppm).
Faixa de fusão (5.2.2): 170 °C a 174 °C. Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, por 2 horas. No
IDENTIFICAÇÃO máximo 0,5%.
Os testes de identificação B. e D. podem ser omitidos se Cinzas Sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
forem realizados os testes A., C. e E. O teste de identificação No máximo 0,1%.
A. pode ser omitido se forem realizados os testes B., C.,
D. e E. DOSEAMENTO
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da Empregar um dos métodos descritos a seguir.
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos A. Pesar, exatamente, cerca de 0,25 g da amostra e dissolver
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles em 50 mL de etanol. Adicionar 5 mL de ácido clorídrico
observados no espectro de cloridrato de imipramina SQR, 0,01 M e homogeneizar. Titular com hidróxido de sódio
preparado de maneira idêntica. 0,1 M SV. Determinar o ponto final potenciometricamente
entre os dois pontos de inflexão. Realizar ensaio em branco
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma e fazer as correções necessárias. Cada mL de hidróxido de
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, sódio 0,1 M SV equivale a 31,687 mg de C19H24N2.HCl.
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
C. Cumpre com a exigência da Faixa de fusão. de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 269 nm; coluna de 300 mm de
D. Dissolver 5 mg da amostra em 2 mL de ácido nítrico.
comprimento e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada
Desenvolve-se coloração azul intensa.
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
E. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1). µm), mantida a temperatura de 40 °C; fluxo da Fase móvel
de 1,5 mL/minuto.
Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) para 10 mL com Injetar replicatas de 20 µL da Solução de resolução. A
metanol. Diluir 1 mL da solução resultante para 50 mL resolução entre os picos do cloridrato de imipramina e do
com o mesmo solvente. cloridrato de desipramina não é menor que 1,3. O desvio
padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrado
Solução (3): dissolver 5 mg de iminodibenzila em metanol para o cloridrato de imipramina não é maior que 2,0%.
e completar o volume para 100 mL com o mesmo solvente.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL da Solução
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
secar ao ar. Nebulizar com solução de dicromato de e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C19H24N2.
potássio a 0,5% (p/v) em mistura de água e ácido sulfúrico
836 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
HCl na amostra a partir das respostas obtidas com a M, até concentração adequada. Medir as absorvâncias em
Solução padrão e a Solução amostra. 250 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para o ajuste
do zero. Calcular a quantidade de C19H24N2.HCl dissolvida
no meio, comparando as leituras obtidas com a da solução
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
de cloridrato de imipramina SQR de concentração
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. conhecida, preparada no mesmo solvente.
c
Observar a legislação vigente.
ENSAIOS DE PUREZA
CLASSE TERAPÊUTICA Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
em Substâncias relacionadas da monografia de Cloridrato
Antidepressivo. de imipramina. Preparar as Soluções (1), (2) e (3) como
descrito a seguir.
a partir das leituras obtidas. Alternativamente, realizar o de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
cálculo utilizando A (1%, 1 cm) = 264, em 250 nm. observados no espectro de cloridrato de lidocaína SQR,
preparado de maneira idêntica.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
àquele do pico principal da Solução padrão.
ca
Observar a legislação vigente.
ENSAIOS DE PUREZA
pH (5.2.19). 4,0 a 5,5. Determinar em solução aquosa a
CLORIDRATO DE LIDOCAÍNA 0,5% (p/v).
Lidocaini hydrochloridum
Limite de 2,6-dimetilanilina
c
fabricação de injetáveis ou outras formas farmacêuticas
mg de C14H22N2O.HCl. estéreis, o rótulo deve indicar se o produto é estéril ou se
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido deve ser esterilizado durante o processo.
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido Quando o rótulo indicar que a substância é estéril, ela deve
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de cumprir os testes de esterilidade e endotoxinas bacterianas.
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada Quando o rótulo indicar que a substância deve ser
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 esterilizada durante a produção ou a substância é destinada
mm), mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel a produção de preparações estéreis não-parenterais, ela
de 1,5 mL/minuto. deve cumprir o teste de endotoxinas bacterianas.
Fase móvel: misturar 50 mL de ácido acético glacial e 930
mL de água. Ajustar o pH para 3,4 com hidróxido de sódio CLASSE TERAPÊUTICA
1 M. Misturar 4 volumes dessa solução com 1 volume de
acetonitrila. O tempo de retenção da lidocaína deve ser de Anestésico local.
4 a 6 minutos.
Solução de resolução: preparar solução de metilparabeno A. Transferir uma quantidade de gel equivalente a 80
a 220 mg/mL utilizando a Fase móvel como diluente. mg de cloridrato de lidocaína para um tubo de ensaio,
Misturar 2 mL dessa solução e 20 mL da Solução padrão. adicionar 4 mL de ácido clorídrico e aquecer em banho de
água por 10 minutos. Deixar esfriar, transferir para funil
Injetar replicatas de 20 mL da Solução de resolução. A de separação com auxílio de 20 mL de água, adicionar
resolução entre os picos de lidocaína e metilparabeno hidróxido de sódio 5 M até ocorrer a completa precipitação
não é menor que 3. Injetar replicatas de 20 mL da Solução do fármaco e extrair com duas porções de 20 mL de
padrão. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas clorofórmio. Juntar as fases orgânicas e filtrar com sulfato
sob os picos registrados não deve ser maior que 1,5%. de sódio anidro. Evaporar o filtrado em banho de água até
secura, sob corrente de nitrogênio. O espectro de absorção
Procedimento: injetar, separadamente, 20 mL da Solução no infravermelho (5.2.14) do resíduo obtido, disperso
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas em brometo de potássio, apresenta máximos de absorção
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C14H22N2O. somente nos mesmos comprimentos de onda e com as
HCl na amostra de acordo com a seguinte fórmula: mesmas intensidades relativas daqueles observados no
espectro de lidocaína SQR, preparado de maneira idêntica.
ca
maneira idêntica.
metanol. Agitar em agitador de vórtex e adicionar 2 mL
de ácido acético glacial. Deixar em repouso durante 10
minutos à temperatura ambiente. Preparar solução padrão CARACTERÍSTICAS
de 2,6-dimetilanilina nas mesmas condições, utilizando 2
mL de uma 2,6-dimetilanilina a 0,0002% (v/v) em metanol, Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
ao invés da solução do gel. A intensidade da coloração
amarela obtida no tubo da solução teste não é mais intensa ENSAIOS DE PUREZA
do que a obtida na solução padrão de 2,6-dimetilanilina.
Limite de 2,6-dimetilanilina. Proceder conforme descrito
em Cromatografia a líquido de alta eficiência (5.2.17.4).
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. 230 nm; coluna de 150 mm de comprimento e 4,6 mm de
diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
ligada a grupo octadecilsilano (5 mm), mantida à
DOSEAMENTO temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel de 0,8 mL/
minuto.
Transferir quantidade de gel equivalente a 20 mg de
cloridrato de lidocaína para funil de separação contendo 10 Tampão pH 8,0: adicionar a uma solução de fosfato de
mL de água. Agitar para diluir, adicionar 1 mL de hidróxido potássio dibásico a 0,685% (p/v), quantidade suficiente de
de amônio 6 M e extrair com quatro porções de 20 mL fosfato de potássio monobásico a 0,408% (p/v) até pH 8,0.
de clorofórmio. Juntar as fases orgânicas e evaporar em
corrente de ar quente. Adicionar 25 mL de ácido sulfúrico Fase móvel: mistura de Tampão pH 8,0 e metanol (35:65).
0,005 M SV antes que o último traço de clorofórmio seja
evaporado. Completar a evaporação do clorofórmio e Solução (1): transferir quantidade, exatamente pesada,
titular o excesso de ácido com hidróxido de sódio 0,01 M de pomada equivalente a 50 mg de lidocaína, para balão
SV. Determinar o ponto final potenciometricamente. Cada volumétrico de 50 mL, completar o volume com Fase
mL de ácido sulfúrico 0,005 M SV equivale a 2,708 mg de móvel e misturar. Transferir 2 mL dessa solução para balão
C14H22N2O.HCl. volumétrico de 20 mL e completar o volume com Fase
móvel.
c
utilizando 10 mL de uma solução de 2,6-dimetilanilina a
Proceder conforme descrito em Doseamento da monografia 0,0001% (p/v) em metanol, ao invés da solução injetável.
de Cloridrato de Lidocaína Gel. Cada mL de ácido A intensidade da coloração amarela obtida no tubo da
sulfúrico 0,005 M SV equivale a 2,343 mg de C14H22N2O. solução contendo a amostra não deve ser mais intensa do
que a obtida na solução de 2,6-dimetilanilina.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Em recipientes bem fechados.
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
ROTULAGEM Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 1,1 EU/
Observar a legislação vigente. mg de cloridrato de lidocaína.
DOSEAMENTO
CLORIDRATO DE LIDOCAÍNA
SOLUÇÃO INJETÁVEL Empregar um dos métodos a seguir.
ca
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
Injetar replicatas de 20 μL da Solução de resolução. A amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
resolução entre lidocaína e metilparabeno não é menor que máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
3. Injetar replicatas de 20 μL da Solução padrão. O desvio de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados observados no espectro de cloridrato de mefloquina SQR,
não deve ser maior que 1,5%. preparado de maneira idêntica. Se os espectros obtidos
não forem idênticos, dissolver, separadamente, padrão e
Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL da Solução
amostra em metanol e evaporar até a secura. Obter novos
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
espectros com os resíduos.
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
C14H22N2O.HCl na amostra a partir das respostas obtidas B. A 20 mg da amostra, acrescentar 0,2 mL de ácido
com a Solução padrão e a Solução amostra. sulfúrico. Desenvolve-se fluorescência azul sob luz
ultravioleta (365 nm).
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO C. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1).
Em recipientes de vidro tipo I, protegidos da luz.
ENSAIOS DE PUREZA
ROTULAGEM Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
Observar a legislação vigente. em Cromatografia a líquido de alta eficiência (5.2.17.4).
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
280 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4 mm de
CLORIDRATO DE MEFLOQUINA diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
ligada a grupo octadecilsilano (3µm a 10µm), capeada;
Mefloquini hydrochloridum
fluxo da Fase móvel de 0,8 mL/minuto. Equilibrar a coluna
por 30 minutos com fluxo de 2 mL/minuto.
sob qualquer pico obtido com a Solução (1), exceto o pico precipitado branco caseoso, insolúvel em ácido nítrico mas
principal e o pico com tempo de retenção relativo de cerca solúvel em ligeiro excesso de hidróxido de amônio 6 M.
de 0,7 não é maior que a área sob o pico principal obtido
com a Solução (2) (0,1%). A soma das áreas sob todos os
picos obtidos com a Solução (1), exceto o pico principal CARACTERÍSTICAS
não é maior que cinco vezes a área sob o pico principal Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste
obtido com a Solução (2) (0,5%). Não considerar picos
com área inferior a 0,2 vezes a área sob o pico principal Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
obtido com a Solução (2).
c
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste
Metais pesados (5.3.2.3). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,002% (20 ppm). Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
Água (5.2.20.1). Determinar em 1 g da amostra. No Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
máximo 3,0%.
Tampão pH 3,5: transferir cerca de 6,80 g de fosfato de Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
branco.
ca
potássio monobásico para balão volumétrico de 1000 mL.
Dissolver e completar o volume com água. Ajustar o pH Solubilidade. Facilmente solúvel em água, pouco solúvel
para 3,5 com ácido fosfórico. em etanol, praticamente insolúvel em acetona, cloreto de
Fase móvel: mistura de Tampão pH 3,5 e metanol (40:60). metileno, éter etílico e clorofórmio.
c
correspondente a cianoguanidina, não pode ser maior que
0,02%, comparado ao pico obtido com a Solução (1). de pó equivalente a 50 mg de cloridrato de metformina para
Nenhuma impureza individual obtida com a Solução (2) tubo de ensaio, adicionar 10 mL de água, misturar e filtrar.
poderá ser superior a 0,1%, comparada ao pico obtido O filtrado responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1).
com a Solução (3). A soma das áreas de todos os picos
obtidos com a Solução (2), exceto a do pico do solvente, CARACTERÍSTICAS
não é maior que a área sob o pico principal, obtido com a
Solução (3) (0,5%). Não considerar picos com área inferior Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
àquela apresentada pelo pico principal no cromatograma
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
obtido com a Solução (4) (0,2%).
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
Metais pesados (5.3.2.3). Proceder conforme descrito em
Método I. No máximo 0,001% (10 ppm). Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
amostra. Dessecar em estufa, a 105 °C, por 5 horas. No
máximo 0,5%. Procedimento para uniformidade do conteúdo. Transferir
cada comprimido para balão volumétrico de 250 mL,
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra. adicionar 150 mL de água e agitar, mecanicamente,
No máximo 0,1%. por 15 minutos e completar o volume com o mesmo
solvente. Filtrar. Transferir 5 mL do filtrado para balão
DOSEAMENTO volumétrico de 100 mL e completar o volume com água.
Realizar diluições sucessivas até concentração de 0,001%
Proceder conforme descrito em Titulações em meio não (p/v), utilizando água como solvente. Preparar solução
aquoso (5.3.3.5). Dissolver 60 mg da amostra previamente padrão nas mesmas condições. Medir as absorvâncias das
dessecada em 4 mL de ácido fórmico anidro e adicionar soluções em 232 nm (5.2.14), utilizando água para ajuste
50 mL de anidrido acético. Titular com ácido perclórico do zero. Calcular a quantidade de C4H11N5.HCl em cada
0,1 M SV. Determinar o ponto final potenciometricamente. comprimido, a partir das leituras obtidas.
Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias.
Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 8,281 mg
de C4H11N5.HCl.
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Meio de dissolução: tampão fosfato pH 6,8, 900 mL
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Aparelhagem: cestas, 100 rpm
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Tempo: 45 minutos
Solução (2): Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir C. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade
quantidade do pó equivalente a 500 mg da amostra para de pó equivalente a 10 mg de cloridrato de metoclopramida.
balão volumétrico de 100 mL, dissolver com 60 mL de Adicionar 1 mL de água, agitar mecanicamente e filtrar.
Fase móvel, agitar por 15 minutos e completar o volume Adicionar ao filtrado 1 mL de p-dimetilaminobenzaldeído
com o mesmo solvente. Filtrar. 1% (p/v) em ácido clorídrico M. Desenvolve-se coloração
amarelo-alaranjada.
Procedimento: injetar 20 μL da Solução (2) e da Solução
(3), registrar os cromatogramas e medir as áreas de todos D. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade
os picos obtidos. Nenhum cromatograma pode ter o do pó equivalente a 10 mg de cloridrato de metoclopramida.
ca
tempo de retenção duas vezes superior ao da metformina. Adicionar 10 mL de ácido clorídrico SR, resfriar a 0 °C e
No máximo 0,1% de impureza individual e, no máximo adicionar 1 mL de nitrito de sódio a 1% (p/v). Desenvolve-
0,6% de impureza total. Não incluir nos cálculos os picos se precipitado amarelo. Adicionar 1 mL de 2-naftol SR.
relativos ao solvente. Produz-se precipitado vermelho-alaranjado.
Tempo: 30 minutos
CLORIDRATO DE METOCLOPRAMIDA
COMPRIMIDOS Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
dissolução e diluir em água até concentração adequada.
Medir as absorvâncias em 309 nm (5.2.14), utilizando
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da água para o ajuste do zero. Calcular a quantidade de
quantidade declarada de C14H22ClN3O2.HCl. C14H22ClN3O2.HCl dissolvida no meio, comparando
as leituras obtidas com a da solução de cloridrato de
IDENTIFICAÇÃO metoclopramida SQR na concentração de 0,001% (p/v),
preparada no mesmo solvente.
O teste de identificação A. pode ser omitido se forem
realizados os testes B., C., D. e E.. O teste de identificação Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
B. pode ser omitido se forem realizados os testes A., C., declarada de C14H22ClN3O2.HCl se dissolvem em 30
D. e E.. minutos.
c
solução padrão na mesma concentração utilizando o mesmo
solvente. Medir as absorvâncias das soluções resultantes
em 309 nm, utilizando ácido clorídrico 0,1 M para ajuste ROTULAGEM
do zero. Calcular a quantidade de C14H22ClN3O2.HCl nos
Observar a legislação vigente.
comprimidos, a partir das leituras obtidas.
Solução padrão estoque: transferir 40 mg de cloridrato de C. Utilizar volume da solução injetável equivalente a 10 mg
metoclopramida SQR para balão volumétrico de 50 mL. de cloridrato de metoclopramida. Adicionar 1 mL de água
Dissolver em ácido fosfórico 0,01 M e completar o volume com e agitar. Adicionar 1 mL de p-dimetilaminobenzaldeído a
o mesmo solvente, de modo a obter solução a 0,8 mg/mL. 1% (p/v) em ácido clorídrico M. Desenvolve-se coloração
amarelo-alaranjada.
Solução padrão: transferir 5 mL da Solução padrão estoque
para balão volumétrico de 100 mL e completar o volume D. Utilizar volume da solução injetável equivalente a 10
com ácido fosfórico 0,01 M, de modo a obter solução a 40 mg de cloridrato de metoclopramida. Adicionar 10 mL de
μg/mL. ácido clorídrico SR, resfriar a 0 ºC e adicionar 1 mL de
nitrito de sódio a 1% (p/v). Produz-se precipitado amarelo.
Solução de resolução: transferir 12,5 mg de Adicionar 1 mL de 2-naftol SR. Produz-se precipitado
benzenossulfonamida para balão volumétrico de 25 mL, vermelho-alaranjado.
dissolver em 15 mL de metanol e completar o volume
com ácido fosfórico 0,01 M. Transferir 5 mL da solução E. Utilizar volume da solução injetável equivalente a 10
resultante para balão volumétrico de 100 mL, adicionar 5 mg de cloridrato de metoclopramida. Adicionar 10 mL de
mL da Solução padrão estoque e completar o volume com água e agitar. A solução resultante responde às reações do
ácido fosfórico 0,01 M. íon cloreto (5.3.1.1).
IDENTIFICAÇÃO
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
O teste de identificação A. pode ser omitido se forem
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. realizados os testes B., C., D. e E.. O teste de identificação
B. pode ser omitido se forem realizados os testes A., C.,
Pirogênios (5.5.2.1). Cumpre o teste. D. e E..
ca
Empregar um dos métodos descritos a seguir. de Doseamento, exibe máximos de absorção idênticos aos
observados no espectro da solução padrão.
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
de absorção no ultravioleta (5.2.14). Transferir volume B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da solução injetável equivalente a 10 mg de cloridrato da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
de metoclopramida para balão volumétrico de 100 corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
mL e completar o volume com ácido clorídrico 0,1 M. C. Utilizar volume da solução oral equivalente a 10 mg
Homogeneizar. Diluir, sucessivamente, com o mesmo de cloridrato de metoclopramida. Adicionar 1 mL de água
solvente, até concentração de 0,002% (p/v). Preparar e agitar. Adicionar 1 mL de p-dimetilaminobenzaldeído a
solução padrão na mesma concentração utilizando o mesmo 1% (p/v) em ácido clorídrico M. Desenvolve-se coloração
solvente. Medir as absorvâncias das soluções resultantes amarelo-alaranjada.
em 309 nm, utilizando ácido clorídrico 0,1 M para o ajuste
do zero. Calcular a quantidade de C14H22ClN3O2.HCl na D. Utilizar volume da solução oral equivalente a 10 mg de
solução injetável, a partir das leituras obtidas. cloridrato de metoclopramida. Adicionar 10 mL de ácido
clorídrico SR, resfriar a 0 °C e adicionar 1 mL de nitrito
B. Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento de sódio a 1% (p/v). Desenvolve-se precipitado amarelo.
da monografia de Cloridrato de metoclopramida Adicionar 1 mL de 2-naftol SR. Desenvolve-se precipitado
comprimidos. Preparar a Solução amostra como descrito vermelho-alaranjado.
a seguir.
E. Utilizar volume da solução oral equivalente a 10 mg de
Solução amostra: transferir volume da solução injetável cloridrato de metoclopramida. Adicionar 10 mL de água
equivalente a 40 mg de cloridrato de metoclopramida para e agitar. A solução resultante responde às reações do íon
balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com cloreto (5.3.1.1).
ácido fosfórico 0,01 M. Homogeneizar. Transferir 5 mL
para balão volumétrico de 50 mL e completar o volume
com o mesmo solvente. CARACTERÍSTICAS
Procedimento: injetar, separadamente, 20 μl da Solução Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de pH (5.2.19). 2,0 a 5,5.
C14H22ClN3O2.HCl na solução injetável a partir das
respostas obtidas com a Solução padrão e a Solução TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
amostra.
Contagem de micro-organismos viáveis totais
(5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Pesquisa e identificação de patógenos (5.5.3.1.3).
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz. Cumpre o teste.
ROTULAGEM DOSEAMENTO
Observar a legislação vigente. Empregar um dos métodos descritos a seguir.
c
O
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 215 nm; coluna de 250 mm de N
H3C .
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada HCl
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 N
μm), mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel
H3C
de 1,5 mL/minuto.
C11H16N2O2.HCl; 244,72
Fase móvel: dissolver 2,7 g de acetato de sódio em 600
cloridrato de pilocarpina; 07050
mL de água. Adicionar 400 mL de acetonitrila e 5 mL de
Cloridrato de (3S,4S)-3-etildiidro-4-[(1-metil-1H-
hidróxido de tetrametilamônio a 20% (p/v) em metanol.
imidazol-5-il)metil]-2(3H)-furanona (1:1)
Homogeneizar. Ajustar o pH para 6,5 com ácido acético
[54-71-7]
glacial.
Solução amostra: transferir volume da solução oral Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,0% de
equivalente a 4 mg de cloridrato de metoclopramida para C11H16N2O2.HCl, em relação à substância dessecada.
balão volumétrico de 25 mL e completar o volume com
ácido fosfórico 0,01 M. Homogeneizar.
DESCRIÇÃO
Solução padrão estoque: transferir 40 mg de cloridrato de
Características físicas. Pó branco cristalino ou cristais
metoclopramida SQR para balão volumétrico de 50 mL.
incolores, higroscópico.
Dissolver em ácido fosfórico 0,01 M e completar o volume
com o mesmo solvente, de modo a obter solução a 0,8 mg/ Solubilidade. Solúvel em água e em etanol, pouco solúvel
mL. em clorofórmio, insolúvel em éter etílico.
Solução padrão: transferir 5 mL da Solução padrão estoque Constantes físico-químicas.
para balão volumétrico de 25 mL e completar o volume
com ácido fosfórico 0,01 M, de modo a obter solução Faixa de fusão (5.2.2): 199 °C a 205 °C. O intervalo entre
padrão de cloridrato de metoclopramida a 0,16 mg/mL. o início e o fim da fusão não deve exceder a 3 °C.
Solução de resolução: transferir 0,125 g de Poder rotatório específico (5.2.8): +89° a +93°, em relação
benzenossulfonamida para balão volumétrico de 25 mL. à substância dessecada. Determinar em solução a 2% (p/v)
Dissolver em 15 mL de metanol. Completar o volume em água.
com ácido fosfórico 0,01 M. Transferir 15 mL da solução
anterior e 5 mL da Solução padrão estoque para balão IDENTIFICAÇÃO
volumétrico de 250 mL e completar o volume com ácido
fosfórico 0,01 M. Homogeneizar. O teste de identificação A. pode ser omitido se forem
realizados os testes B.,C. e D. Os testes de identificação
Injetar replicatas de 20 μL da Solução de resolução. B. e C. podem ser omitidos se forem realizados os testes
O tempo de retenção relativo é cerca de 0,2 para A. e D.
a benzenossulfonamida e 1,0 para o cloridrato de
metoclopramida. O desvio padrão relativo das áreas de A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
replicatas dos picos registrados não é maior que 2,0%. amostra, previamente dessecada, dispersa em óleo mineral,
apresenta máximos de absorção somente nos mesmos
Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL das Soluções comprimentos de onda e com as mesmas intensidades
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as áreas relativas daqueles observados no espectro de cloridrato de
sob os picos. Calcular a quantidade de C14H22ClN3O2.HCl na pilocarpina SQR, preparado de maneira idêntica.
solução oral a partir das respostas obtidas com as Soluções
padrão e amostra. B. A mancha principal do cromatograma da Solução (2),
obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (3).
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. C. Dissolver 2,5 g da amostra em água isenta de dióxido de
carbono e completar para 50 mL com o mesmo solvente.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 849
ENSAIOS DE PUREZA
ca
CLORIDRATO DE PIRIDOXINA
pH (5.2.19). 3,5 a 4,5. Determinar em solução a 5% (p/v) Pyridoxini hydrochloridum
em água isenta de dióxido de carbono.
c
ENSAIOS DE PUREZA SI como indicador. Realizar ensaio em branco e fazer as
pH (5.2.19). 2,4 a 3,0. Determinar em solução da amostra a correções necessárias. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M
5% (p/v) em água isenta de dióxido de carbono. SV equivale a 20,564 mg de C8H11NO3.HCl.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
em Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
utilizando sílica-gel G, como suporte, e mistura de acetona, de detector ultravioleta a 280 nm; coluna de 250 mm de
tetracloreto de carbono, tetraidrofurano e amônia 13,5 M comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
(65:13:13:9), como fase móvel. Aplicar, separadamente, com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (3
à placa, 2 μL de cada uma das soluções, recentemente a 10 μm), mantida a 25 ºC; fluxo da Fase móvel de 1,5 mL/
preparadas, descritas a seguir. minuto.
Solução (1): solução aquosa da amostra a 100 mg/mL. Fase móvel: transferir para balão volumétrico de 2000 mL,
20 mL de ácido acético glacial, 1,2 g de 1-hexanossulfonato
Solução (2): solução aquosa da amostra a 10 mg/mL. de sódio, diluir com 1400 mL de água. Ajustar o pH para
3,0 com ácido acético glacial ou hidróxido de sódio M.
Solução (3): solução aquosa da amostra a 0,25 mg/mL. Adicionar 470 mL de metanol, homogeneizar e completar
Solução (4): solução aquosa de cloridrato de piridoxina o volume com água. Fazer ajustes, se necessário.
SQR a 10 mg/mL. Solução padrão interno: dissolver quantidade de ácido
Procedimento: desenvolver o cromatograma. Remover p-hidroxibenzoico em Fase móvel de modo a obter
a placa, deixar secar ao ar. Nebulizar com solução de concentração de 5 mg/mL.
carbonato de sódio a 5% (p/v) em mistura de água e etanol Solução amostra: transferir 50 mg da amostra, exatamente
(70:30). Secar em corrente de ar e nebulizar com solução pesada, para balão volumétrico de 100 mL, dissolver e
de 2,6-dicloroquinona-4-clorimida a 0,1% (p/v) em etanol. completar o volume com Fase móvel. Homogeneizar.
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma Transferir 10 mL para balão volumétrico de 100 mL,
com a Solução (1), diferente da mancha principal, não é adicionar 1 mL de Solução padrão interno, completar o
mais intensa que aquela obtida com a Solução (3) (0,25%). volume com Fase móvel e homogeneizar.
Desconsiderar manchas remanescentes na linha de base.
Solução de padrão: transferir, exatamente, cerca de 50 mg
Compostos fenólicos. Em tubo de ensaio adicionar 5 mg de cloridrato de piridoxina SQR para balão volumétrico de
da amostra, 0,05 mL de ácido clorídrico 3 M, 1 mL de água 100 mL, dissolver com fase móvel, completar o volume
e 1 mL de cloreto férrico SR. Homogeneizar e adicionar 1 com o mesmo solvente e homogeneizar. Transferir 10 mL
mL de ferricianeto de potássio SR. Após 2 minutos não se para balão volumétrico de 100 mL, adicionar 1 mL de
desenvolve coloração verde azulada. Solução de padrão interno, completar o volume com Fase
Limite de N,N-dimetilanilina. Transferir, exatamente, móvel e homogeneizar.
cerca de 0,5 g da amostra para balão volumétrico de 25 Injetar replicatas de 20 μL da Solução padrão. A resolução
mL, adicionar 20 mL de água e dissolver com auxílio de entre os picos correspondentes ao cloridrato de piridoxina
aquecimento. Resfriar e adicionar 2 mL de ácido acético M e ao ácido p-hidroxibenzoico não é menor que 2,5. O
e 1 mL de nitrito de sódio a 1% (p/v). Completar o volume desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos picos
com água e homogeneizar. A solução não deve apresentar registrados não é maior que 3,0%.
coloração mais intensa que solução de N,N-dimetilanilina a
0,001% (p/v) (10 ppm) preparada de maneira similar. Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Determinar e medir as áreas sob os picos correspondentes ao cloridrato
em 20 mL de solução da amostra a 5% (p/v). No máximo de piridoxina e ao ácido p-hidroxibenzoico. Calcular o
0,002% (20 ppm). teor de C8H11NO3.HCl na amostra a partir das respostas
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da obtidas para a relação cloridrato de piridoxina/ácido
amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC. No máximo 0,5%. p-hidroxibenzoico com a Solução padrão e a Solução
amostra.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,1%.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 851
ca
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Suplemento vitamínico. Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir
cada comprimido para balão volumétrico de 500 mL
contendo 300 mL de água, aguardar desintegração e
CLORIDRATO DE PIRIDOXINA completar o volume com o mesmo solvente. Filtrar
COMPRIMIDOS descartando os primeiros 25 mL do filtrado. A partir do
filtrado, fazer diluições adequadas com ácido clorídrico a
1% (v/v) de modo a obter concentração de 0,001% (p/v).
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 115,0% da Preparar solução de cloridrato de piridoxina SQR na
quantidade declarada de C8H11NO3.HCl. mesma concentração da solução amostra, usando o mesmo
solvente. Determinar as absorvâncias das soluções em 290
IDENTIFICAÇÃO nm (5.2.14), utilizando ácido clorídrico a 1% (v/v) para
ajuste do zero. Calcular a quantidade de C8H11NO3.HCl em
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Dissolver quantidade cada comprimido, a partir das leituras obtidas.
do pó equivalente a 0,1 g de cloridrato de piridoxina em 50
mL de metanol agitando, mecanicamente, por 15 minutos.
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Filtrar, adicionar amônia 13,5 M suficiente para alcalinizar
o filtrado e evaporar até secura. Retomar o resíduo com Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL
15 mL de clorofórmio e filtrar. Ao filtrado gotejar 2 mL de
cloreto de acetila, adicionar 8 mL de metanol e evaporar até Aparelhagem: pás, 50 rpm
secura. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14)
Tempo: 45 minutos
do resíduo, disperso em brometo de potássio, apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles de dissolução, filtrar e diluir em ácido clorídrico 0,1 M
observados no espectro de cloridrato de piridoxina SQR, até concentração adequada. Medir as absorvâncias das
preparado de maneira idêntica. soluções em 290 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente
para ajuste do zero. Calcular a quantidade de C8H11NO3.
B. Pesar e pulverizar os comprimidos. Dissolver quantidade
HCl dissolvida no meio, comparando as leituras obtidas
do pó equivalente a 20 mg de cloridrato de piridoxina em
com a de solução de cloridrato de piridoxina SQR na
50 mL de tampão fosfato 0,025 M e agitar por 15 minutos.
concentração de 0,001% (p/v), preparada no mesmo
Transferir para balão volumétrico de 100 mL e completar
solvente.
o volume com tampão fosfato 0,025 M. O espectro de
absorção no ultravioleta (5.2.14) dessa solução, na faixa Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
de 230 nm a 350 nm, exibe máximos de absorção em 254 declarada de C8H11NO3.HCl se dissolvem em 45 minutos.
nm e 324 nm.
c
IDENTIFICAÇÃO
DOSEAMENTO
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir quantidade amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
do pó equivalente a 25 mg de cloridrato de piridoxina e de potássio, apresenta máximos de absorção somente
acrescentar 50 mL de ácido clorídrico 0,1 M. Aquecer em nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
banho-maria por 15 minutos, agitando ocasionalmente. intensidades relativas daqueles observados no espectro
Resfriar, diluir para 100 mL com ácido clorídrico 0,1 de cloridrato de prometazina SQR, preparado de maneira
M e filtrar, descartando os primeiros 20 mL. Diluir 5 idêntica.
mL do filtrado para 100 mL com ácido clorídrico 0,1
M. Preparar solução padrão na mesma concentração, B. Responde às reações de identificação de fenotiazinas
utilizando o mesmo solvente. Medir as absorvâncias (5.3.1.5).
das soluções resultantes em 290 nm (5.2.14), utilizando
C. Dissolver 0,1 g de amostra em 3 mL de água purificada
ácido clorídrico 0,1 M para ajuste do zero. Calcular a
e adicionar 1 mL de ácido nítrico gota a gota. Forma-se
quantidade de C8H11NO3.HCl nos comprimidos, a partir
precipitado que se dissolve rapidamente, desenvolvendo
das leituras obtidas. Alternativamente, realizar os cálculos
coloração vermelha que passa a alaranjada e, em seguida,
considerando A (1%, 1 cm) = 430, em 290 nm.
amarela. Aquecer até fervura. A solução passa à alaranjada
e a seguir forma-se precipitado vermelho-alaranjado.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
D. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1).
Em recipientes bem fechados, protegido da luz.
ENSAIOS DE PUREZA
ROTULAGEM
pH (5.2.19). 4,0 a 5,0. Determinar em solução a 10% (p/v)
Observar a legislação vigente. recém-preparada.
DOSEAMENTO CARACTERÍSTICAS
Empregar um dos métodos descritos a seguir. Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
A. Dissolver 0,25 g, exatamente pesados, em mistura de 5 Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
mL de ácido clorídrico 0,01 M e 50 mL de etanol. Titular com
hidróxido de sódio 0,1 M SV, determinando o volume gasto Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
entre os dois pontos de inflexão potenciometricamente.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
Cada mL de hidróxido de sódio 0,1 M SV corresponde a
ca
32,088 mg de C17H20N2S.HCl. Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
B. Dissolver, exatamente, cerca de 700 mg da amostra
em uma mistura de 75 mL de ácido acético glacial e 10 TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
mL de solução de acetato de mercúrio SR. Adicionar uma
gota de solução de cristal violeta SI e titular com ácido Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL
perclórico 0,1 M SV até coloração azul. Realizar ensaio em
Aparelhagem: cestas, 100 rpm
branco e fazer as correções necessárias. Cada mL de ácido
perclórico 0,1 M SV equivale a 32,090 mg de C17H20N2S. Tempo: 45 minutos
HCl.
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio
de dissolução, filtrar e diluir, se necessário, com ácido
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO clorídrico 0,1 M até concentração adequada. Medir as
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. absorvâncias das soluções em 249 nm, utilizando o mesmo
solvente para ajuste do zero. Calcular a quantidade de
C17H20N2S.HCl dissolvida no meio, comparando as leituras
ROTULAGEM obtidas com a solução de cloridrato de prometazina SQR,
preparada no mesmo solvente.
Observar a legislação vigente.
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
CLASSE TERAPÊUTICA declarada de C17H20N2S.HCl se dissolvem em 45 minutos.
c
em 249 nm, utilizando ácido clorídrico 0,01 M para ajuste
a mistura de dietilamina e metanol (5:95).
do zero. Calcular a quantidade de C17H20N2S.HCl nos
comprimidos a partir das leituras obtidas, com as soluções Solução (3): preparar solução de cloridrato de
padrão e amostra. isoprometazina SQR a 0,01% (v/v) com a mistura
dietilamina e metanol (5:95).
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Solução (4): preparar solução de sulfóxido de prometazina
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. SQR a 0,025% (v/v) com a mistura de dietilamina e
metanol (5:95)
ca
H e intensidade àquela obtida com a Solução (2).
O N CH3
. HCl D. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1).
CH3 ENSAIOS DE PUREZA
c
mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel de
1,5 mL/minuto. A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Suspender em
água quantidade do pó equivalente a 0,1 g de cloridrato
Fase móvel: dissolver 0,5 g de laurilsulfato de sódio em 18 mL de propranolol e filtrar. Transferir o filtrado para funil
de ácido fosfórico 0,15 M, adicionar 90 mL de acetonitrila, 90 de separação, alcalinizar com hidróxido de sódio M e
mL de metanol e diluir com água para 250 mL. extrair com três volumes de 10 mL de éter etílico. Lavar
Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 50 mg os extratos combinados com água até neutralizar. Filtrar
da amostra para balão volumétrico de 50 mL, adicionar sobre sulfato de sódio anidro, evaporar o filtrado e secar
45 mL de metanol e deixar em ultrassom por 5 minutos. o resíduo à pressão reduzida a 50 °C por uma hora. O
Completar o volume com o mesmo solvente, homogeneizar espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) do resíduo,
e filtrar. Transferir 5 mL para balão volumétrico de 25 mL, disperso em brometo de potássio, apresenta máximos de
completar o volume com metanol e homogeneizar. absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
com as mesmas intensidades relativas daqueles obtidos
Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 50 mg no espectro do resíduo obtido após tratamento idêntico
de cloridrato de propranolol SQR para balão volumétrico realizado com 0,1 g do cloridrato de propranolol SQR.
de 50 mL, dissolver com metanol e completar o volume
com o mesmo solvente, de modo a obter solução a 1 mg/ B. O ponto de fusão do resíduo obtido no teste A. de
mL. Transferir 5 mL para balão volumétrico de 25 mL, Identificação é de, aproximadamente, 94 °C (5.2.2).
completar o volume com metanol e homogeneizar. C. A solução a 0,004% (p/v) obtida no método A. do
Solução de resolução: preparar solução a 0,25 mg/mL Doseamento responde ao teste C. de Identificação na
de cloridrato de procainamida em metanol. Transferir 5 monografia de Cloridrato de propranolol.
mL desta solução e 5 mL da Solução padrão para balão D. Proceder conforme descrito em Substâncias
volumétrico de 25 mL. Completar o volume com metanol relacionadas. A mancha principal obtida no cromatograma
e homogeneizar. com a Solução (1) corresponde em posição, cor e
Injetar replicatas de 20 µL da Solução de resolução. A intensidade àquela obtida com a Solução (3).
resolução entre os picos correspondentes à procainamida e E. Suspender em água quantidade de pó dos comprimidos
ao cloridrato de propranolol não é menor que 2,0. O fator de equivalente a 0,1 g de cloridrato de propranolol. Agitar e
cauda do pico correspondente ao cloridrato de propranolol filtrar em papel de filtro adequado. O filtrado responde às
não é maior que 3,0. O desvio padrão relativo das áreas de reações do íon cloreto (5.3.1.1).
replicatas dos picos registrados não é maior que 2,0%.
ca
por 10 minutos. Adicionar 50 mL de metanol e agitar por 10
Aparelhagem: cesta, 100 rpm minutos, completar o volume com metanol, homogeneizar
e filtrar. Transferir, quantitativamente, 10 mL do filtrado
Tempo: 30 minutos para balão volumétrico de 50 mL, completando o volume
Procedimento: após o teste, retirar alíquotas do meio de com metanol. Preparar solução a 0,004% (p/v) de cloridrato
dissolução e diluir, se necessário, com ácido clorídrico a 1% de propranolol SQR em metanol e medir as absorvâncias
(v/v), até concentração adequada. Medir as absorvâncias das soluções em 290 nm, utilizando metanol como branco.
em 289 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para Calcular a quantidade de C16H21NO2.HCl nos comprimidos
ajuste do zero. Calcular a quantidade de C16H21NO2.HCl a partir das leituras obtidas.
dissolvido no meio, comparando as leituras obtidas com a da B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
solução de cloridrato de propranolol SQR na concentração de alta eficiência (5.2.17.4). Prosseguir conforme descrito
de 0,004% (p/v), preparada no mesmo solvente. no método B. de Doseamento na monografia de Cloridrato
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade de propranolol. Preparar a solução amostra como descrito
declarada de C16H21NO2.HCl se dissolvem em 30 minutos. a seguir.
ENSAIOS DE PUREZA
CH3 Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. No máximo
HN
0,002% (20 ppm).
c
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 2 g da
. HCl amostra, em estufa a 105 ºC, por 2 horas. No máximo 1,0%.
DOSEAMENTO
ca
Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL da Solução B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,001% (p/v) em água
e medir as áreas dos picos. Calcular o teor de C17H17Cl2N. destilada, exibe máximos em 229 nm e 315 nm. A razão
HCl na amostra a partir das respostas obtidas com a entre os valores de absorvância medidos em 229 nm e em
Solução padrão e a Solução amostra. 315 nm está compreendida entre 1,01 e 1,07.
CLASSE TERAPÊUTICA
DOSEAMENTO
Anti-secretor.
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
c
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da agitar mecanicamente por 30 minutos e completar o volume
quantidade declarada de C13H22N4O3S. com o mesmo solvente. Filtrar. Diluir sucessivamente, até
concentração de 0,00125% (p/v). Preparar a solução padrão
na mesma concentração, utilizando o mesmo solvente.
IDENTIFICAÇÃO Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 314
nm, utilizando água para ajuste do zero. Calcular o teor de
A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
C13H22N4O3S nos comprimidos a partir das leituras obtidas.
de 200 nm a 400 nm, da solução amostra obtida no método
A. de Doseamento, exibe máximos de absorção em 229 nm B. Por Cromatografia a líquido de alta eficiência
e 315 nm idênticos aos observados no espectro da solução (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido de detector
padrão. ultravioleta a 275 nm; coluna de 250 mm de comprimento
e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada com sílica
B. O tempo de retenção do pico principal obtido com a
quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 µm);
Solução amostra obtida no método B. de Doseamento
mantida a temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel de
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
1,7 mL/minuto.
C. Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade
Fase móvel: mistura de metanol e acetato de amônio 0,1
do pó equivalente a 0,1 g de ranitidina com 2 mL de água
M (85:15).
e filtrar. O filtrado responde às reações do íon cloreto
(5.3.1.1). Solução amostra: pesar e pulverizar os comprimidos.
Transferir quantidade do pó, exatamente pesada, para balão
CARACTERÍSITCAS volumétrico adequado. Adicionar a Fase móvel, agitar,
completar o volume com o mesmo solvente e filtrar. Diluir
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. o filtrado quantitativamente com a Fase móvel até obter
solução de concentração semelhante à da Solução padrão.
Dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
Friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. de cloridrato de ranitidina SQR na Fase móvel, de modo
a obter solução a 0,112 mg/mL, equivalente a 0,1 mg/mL
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
de ranitidina.
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Procedimento: injetar, separadamente, 10 mL da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) e medir a área sob os picos. Calcular o teor de C13H22N4O3S
nos comprimidos a partir das respostas obtidas com a
Meio de dissolução: água, 900 mL Solução padrão e a Solução amostra.
Aparelhagem: pás, 50 rpm
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Tempo: 45 minutos
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio
de dissolução, filtrar e diluir em água até concentração
adequada. Medir as absorvâncias das soluções em 314 ROTULAGEM
nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para ajuste do
zero. Calcular a quantidade de C13H22N4O3S dissolvida no Observar a legislação vigente.
meio, comparando as leituras obtidas com a da solução de
cloridrato de ranitidina SQR na concentração de 0,00125%
(p/v), preparada com o mesmo solvente.
ENSAIOS DE PUREZA
CLORIDRATO DE SERTRALINA
Sertralini hydrochloridum Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. No máximo
0,002% (20 ppm).
CH3 Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 2 g da
HN
amostra, em estufa a 105 ºC, por 2 horas. No máximo 1,0%.
Injetar replicatas de 20 μL da Solução padrão. O fator de solvente. Medir as absorvâncias das soluções resultantes
cauda não é superior a 2,0. O desvio padrão relativo das em 274 nm (5.2.14), utilizando metanol para o ajuste
áreas de replicatas dos picos registrados não é maior que do zero. Calcular o teor de C17H17Cl2N.HCl em cada
2,0%. comprimido a partir das respostas obtidas para as soluções
padrão e amostra.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas dos picos. Calcular o teor de C17H17Cl2N. TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
HCl na amostra a partir das respostas obtidas com a
Meio de dissolução: tampão acetato de sódio pH 4,5; 900 mL
c
Solução padrão e a Solução amostra.
Aparelhagem: pás; 75 rpm
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Tempo: 45 minutos
Em recipientes bem-fechados, ao abrigo da luz. Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
dissolução e filtrar. Medir as absorvâncias em 274 nm
ROTULAGEM (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para ajuste do zero.
Calcular a quantidade de C17H17Cl2N.HCl dissolvida no
Observar a legislação vigente. meio, comparando as leituras obtidas com a da solução de
cloridrato de sertralina SQR na concentração de 0,005%
CLASSE TERAPÊUTICA (p/v), preparada no mesmo solvente.
IDENTIFICAÇÃO
DOSEAMENTO
A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
faixa de 200 nm a 400 nm, da solução amostra obtida no Empregar um dos métodos descritos a seguir.
método A. de Doseamento, exibe máximos de absorção em A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
266 nm, 274 nm e 282 nm, idênticos aos observados no absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
espectro da solução padrão. comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente a
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma 0,5 g de cloridrato de sertralina para balão volumétrico de
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, 200 mL. Prosseguir conforme descrito no método B. de
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão. Doseamento da monografia de Cloridrato de sertralina,
a partir de “Adicionar 100 mL de metanol e deixar em
ultrassom...”.
CARACTERÍSTICAS
B. Proceder conforme descrito no método C. de
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. Doseamento da monografia de Cloridrato de sertralina.
Preparar a Solução amostra como descrito a seguir.
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. Transferir quantidade do pó equivalente a 50 mg de
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. cloridrato de sertralina para balão volumétrico de 100 mL.
Adicionar 50 mL de metanol e deixar em ultrassom por
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. 15 minutos. Completar o volume com o mesmo solvente,
homogeneizar e filtrar.
Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir
cada comprimido para balão volumétrico de 100 mL e Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL da Solução
dissolver em 60 mL de metanol. Deixar em ultrassom por padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
20 minutos. Após a desintegração total do comprimido, e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
completar o volume com metanol, homogeneizar e filtrar. C17H17Cl2N.HCl nos comprimidos a partir das respostas
Realizar diluições sucessivas até concentração aproximada obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.
de 0,02% (p/v) de cloridrato de sertralina. Preparar solução
padrão na mesma concentração, utilizando o mesmo
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 863
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO deve ser feita seis minutos após a preparação da solução
final.
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz.
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
ROTULAGEM àquele do pico principal da Solução padrão.
Observar a legislação vigente.
D. Adicionar a 2 mg da amostra, 5 mL de ácido sulfúrico.
Desenvolve-se coloração violeta-avermelhada. Adicionar
2,5 mL de água. Desenvolve-se coloração amarela.
ca
CLORIDRATO DE TETRACICLINA
Tetracyclini hydrochloridum E. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1).
Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 20 mg de Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL das Soluções
cloridrato de tetraciclina SQR para balão volumétrico de padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir
100 mL com auxílio de 70 mL de ácido clorídrico 0,01 as áreas sob os picos. Calcular o teor de C22H24N2O8.HCl
M. Agitar, completar o volume da solução com o mesmo na amostra a partir das respostas obtidas com a Soluções
solvente. Diluir, sucessivamente, até concentrações de 2 padrão e a Solução amostra.
mg/mL, 4 mg/mL e 8 mg/mL, utilizando água estéril.
c
e proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico
de antibióticos, adicionando aos cilindros, 0,2 mL das
soluções recentemente preparadas. ROTULAGEM
B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de Observar a legislação vigente.
absorção no ultravioleta (5.2.14). Preparar solução a 0,05%
(p/v) da amostra em ácido clorídrico 0,01 M. Preparar
CLASSE TERAPÊUTICA
solução padrão na mesma concentração, utilizando o
mesmo solvente. Diluir 3 mL de cada solução para 100 mL Antimicrobiano.
com hidróxido de sódio 0,25 M. Homogeneizar e deixar
em repouso por seis minutos. Preparar branco em paralelo
diluindo 3 mL de ácido clorídrico 0,01 M para 100 mL CLORIDRATO DE TETRACICLINA
com hidróxido de sódio 0,25 M. Medir as absorvâncias das
CÁPSULAS
soluções em 380 nm, utilizando o branco para ajuste do
zero. Calcular o teor de C22H24N2O8.HCl na amostra a partir
das leituras obtidas. Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 125,0% da
quantidade declarada de C22H24N2O8.HCl.
C. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 365 nm; coluna de 150 mm de IDENTIFICAÇÃO
comprimento e 4,5 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octilsilano (5 µm), A. Pesar e homogeneizar o conteúdo das cápsulas. Utilizar
mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel de quantidade de pó equivalente a 25 mg de cloridrato de
0,8 mL/minuto. tetraciclina, adicionar 25 mL de metanol e deixar em
repouso por 20 minutos. Filtrar e evaporar o filtrado em
Fase móvel: mistura de ácido oxálico 0,01 M, metanol e banho-maria até resíduo. O espectro de absorção no
acetonitrila (70:20:10). infravermelho (5.2.14) do resíduo obtido, dessecado em
estufa a 60 °C, sob pressão reduzida, até peso constante
Solução amostra: transferir 50 mg da amostra para balão e disperso em brometo de potássio, apresenta máximos de
volumétrico de 100 mL, adicionar 70 mL de Fase móvel, absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
deixar em ultrassom por 15 minutos e completar o volume com as mesmas intensidades relativas daqueles observados
com o mesmo solvente. Transferir alíquota equivalente a 5,0 no espectro de cloridrato de tetraciclina SQR, preparado de
mL para balão volumétrico de 25 mL e completar o volume maneira idêntica.
com o mesmo solvente, obtendo solução a 0,1 mg/mL.
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
Solução padrão: transferir 25 mg de cloridrato de da Solução amostra, obtida no método C. de Doseamento,
tetraciclina SQR para balão volumétrico de 50 mL, corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
adicionar 35 mL de Fase móvel, deixar em ultrassom
por 15 minutos e completar o volume com o mesmo C. Adicionar a 2 mg do resíduo obtido no teste A. de
solvente. Transferir alíquota equivalente a 5 mL para balão Identificação, 5 mL de ácido sulfúrico. Produz-se coloração
volumétrico de 25 mL e completar o volume com o mesmo violeta avermelhada. A adição de 2,5 mL de água a essa
solvente, obtendo solução a 0,1 mg/mL. solução torna a coloração amarela.
Solução de resolução: preparar solução contendo D. O resíduo obtido no teste A. de Identificação responde
cloridrato de tetraciclina SQR a 100 µg/mL e cloridrato de às reações do íon cloreto (5.3.1.1).
4-epianidrotetraciclina SQR a 25 µg/mL utilizando Fase
móvel como solvente.
CARACTERÍSTICAS
Injetar 20 µL da Solução de resolução. A resolução entre
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
4-epianidrotetraciclina e tetraciclina não é menor que 2.
Injetar replicatas de 20 µL da Solução padrão. O desvio Teste de desintegração (5.1.4.1). No máximo 45 minutos.
padrão relativo das áreas de replicatas sob os picos
registrados não é maior que 2,0%. Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Proceder conforme descrito no método A. de Doseamento.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 865
ca
adequada. Medir as absorvâncias das soluções em 276 nm concentrações de 2 mg/mL, 4 mg/mL e 8 mg/mL, utilizando
(5.2.14), utilizando água para o ajuste do zero. Calcular água estéril.
a quantidade de C22H24N2O8.HCl dissolvida no meio,
Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 20 mg de
comparando as leituras obtidas com a da solução de
cloridrato de tetraciclina SQR para balão volumétrico de
cloridrato de tetraciclina SQR na concentração de 0,0015%
100 mL com auxílio de 70 mL de ácido clorídrico 0,01 M.
(p/v), preparada no mesmo solvente.
Agitar, completar o volume com o mesmo solvente. Diluir,
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade sucessivamente, até concentrações de 2 mg/mL, 4 mg/mL e
declarada de C22H24N2O8.HCl se dissolvem em 60 minutos 8 mg/mL, utilizando água estéril.
(90 minutos para cápsulas de 500 mg).
Procedimento: adicionar 20 mL de meio número 1 em cada
placa, esperar solidificar, adicionar 5 mL de inóculo a 2% e
ENSAIOS DE PUREZA proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico de
antibióticos (5.5.3.3), adicionando aos cilindros, 0,2 mL das
Limite de cloridrato de 4-epianidrotetraciclina. soluções recentemente preparadas. Calcular a potência da
Proceder conforme descrito no método C. de Doseamento. amostra, em mg de cloridrato de tetraciclina por miligrama,
Preparar as soluções como descrito a seguir a partir da potência do padrão e das respostas obtidas com
Solução (1): utilizar a solução amostra descrita no método a Solução padrão e com a Solução amostra. Acrescentei.
C. de Doseamento. B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
Solução (2): solução de cloridrato de 4-epianidrotetraciclina absorção no ultravioleta (5.2.14). Preparar solução a 0,05%
SQR a 10 µg/mL em Fase móvel. (p/v) da amostra em ácido clorídrico 0,01 M. Preparar
solução padrão na mesma concentração, utilizando o
Injetar, separadamente, 20 µL das Soluções (1) e (2), registrar mesmo solvente. Diluir 3 mL de cada solução para 100 mL
os cromatogramas e medir as áreas sob os picos. A área de com hidróxido de sódio 0,25 M. Homogeneizar e deixar
qualquer pico correspondente à 4-epianidrotetraciclina no em repouso por seis minutos. Preparar branco em paralelo
cromatograma obtido com a Solução (1) não é superior à diluindo 3 mL de ácido clorídrico 0,01 M para 100 mL
área sob o pico principal obtido com a Solução (2). No com hidróxido de sódio 0,25 M. Medir as absorvâncias
máximo 3,0%. das soluções em 380 nm, utilizando o branco para ajuste
do zero. Calcular a quantidade de C22H24N2O8.HCl nas
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da cápsulas, em µg por miligrama, a partir da potência do
amostra. Dessecar em estufa a 60 °C, sob pressão reduzida padrão e das leituras obtidas.
de não mais que 5 mm de Hg, por 3 horas, até peso
constante. No máximo 2,0%. C. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
de alta eficiência (5.2.17.4) Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 365 nm; coluna de 150 mm de
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA comprimento e 4,5 mm de diâmetro interno, empacotada
Contagem do número total de micro-organismos com sílica quimicamente ligada a grupo octilsilano (5 µm),
mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel de
0,8 mL/minuto.
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste. Fase móvel: mistura de ácido oxálico 0,01 M, metanol e
acetonitrila (70:20:10).
c
4-epianidrotetraciclina e tetraciclina não é menor que 2. B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
Injetar replicatas de 20 µL da Solução padrão. O desvio faixa de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,025% (p/v) em
padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados água, exibe máximos em 264 nm e 271 nm, idênticos aos
não é maior que 2,0%. observados no espectro de solução similar de cloridrato de
tetrizolina SQR.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL das Soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir C. A solução aquosa a 0,5% (p/v) responde às reações do
as áreas sob os picos. Calcular o teor de C22H24N2O8.HCl íon cloreto (5.3.1.1).
nas cápsulas a partir das respostas obtidas com a Soluções
padrão e a Solução amostra.
ENSAIOS DE PUREZA
Constantes físico-químicas.
ca
S
H3C N
pH (5.2.19). 2,7 a 3,4. Determinar em solução aquosa a
1% (p/v).
C12H17ClN4OS.HCl; 337,27
cloridrato de tiamina; 08511 Absorção de luz. A absorvância da solução aquosa a 10%
Cloridrato do cloreto de 3-[(4-amino-2-metil-5-pirimidinil) (p/v), após filtração em funil sinterizado de porosidade
metil]-5-(2-hidroxietil)-4-metil-tiazólio (1:1:1) fina, medida em 400 nm, não excede a 0,025.
[67-03-8]
Pureza cromatográfica. Proceder conforme descrito
no método B. de Doseamento, exceto por utilizar fluxo
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
da Fase móvel de 0,75 mL/minuto. Preparar a Solução
C12H17ClN4OS.HCl, em relação à substância anidra.
amostra como descrito a seguir.
Solução A: solução de 1-octanossulfonato de sódio a 0,005 Contém, no mínimo, 92,5% e, no máximo, 107,5% da
M em ácido acético 1% (v/v). quantidade declarada de C12H17ClN4OS.HCl.
c
Fase móvel: mistura de Solução A e Solução B (60:40).
A. O tempo de retenção do pico principal obtido com a
Solução padrão interno: transferir 2 mL de benzoato de Solução amostra, obtida no método de Doseamento,
metila para balão volumétrico de 100 mL, completar o corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
volume com metanol e homogeneizar.
B. Pesar e pulverizar os comprimidos. Dissolver quantidade
Solução amostra: pesar cerca de 0,2 g da amostra, de pó equivalente a 10 mg de cloridrato de tiamina em 10
exatamente pesados, transferir para balão volumétrico mL de água e filtrar. Separar duas porções de 2 mL do
de 100 mL, completar o volume com Fase móvel e filtrado. Adicionar solução de iodo a 1,27% (p/v) à primeira
homogeneizar. Transferir 10 mL para balão volumétrico porção do filtrado. Produz-se um precipitado marrom-
de 50 mL, adicionar 5 mL da Solução padrão interno, avermelhado. Adicionar cloreto mercúrico SR à segunda
completar o volume com fase móvel e homogeneizar. porção do filtrado. Produz-se um precipitado branco que
responde ao teste para cloretos (5.3.1.1.).
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de cloridrato de tiamina SQR em Fase móvel de modo
a obter solução a 1 mg/mL. Transferir 20 mL para balão CARACTERÍSTICAS
volumétrico de 50 mL, adicionar 5 mL da Solução de
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
padrão interno, completar o volume com Fase móvel e
homogeneizar. Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
A eficiência da coluna para o pico correspondente à tiamina Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
não é menor que 1500 pratos teóricos/coluna. O fator de
cauda do pico correspondente à tiamina não é maior que Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
2,0. A resolução entre os picos correspondentes à tiamina
e ao benzoato de metila não é menor que 4,0. O desvio Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados
não é maior que 2,0%. TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Procedimento: injetar, separadamente, 10 μL da Solução Meio de dissolução: água, 900 mL
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos correspondentes à tiamina e Aparelhagem: pás, 50 rpm
ao benzoato de metila. Calcular o teor de C12H17ClN4OS.
Tempo: 45 minutos
HCl na amostra, a partir das respostas obtidas para a
relação tiamina/benzoato de metila com a Solução padrão Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
e com a Solução amostra. dissolução e diluir, se necessário, com o Meio de dissolução,
até concentração adequada. Medir as absorvâncias em 246
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO nm (5.2.14.), utilizando o mesmo solvente para ajuste
do zero. Calcular a quantidade de C12H17ClN4OS.HCl
Em recipientes não metálicos, bem fechados, ao abrigo da dissolvido no meio, comparando as leituras obtidas com a
luz. solução de cloridrato de tiamina SQR na concentração de
0,002% (p/v), preparada com o mesmo solvente.
ROTULAGEM Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
declarada de C12H17ClN4OS.HCl se dissolvem em 45
Observar a legislação vigente.
minutos.
CLASSE TERAPÊUTICA
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Vitamina do complexo B.
Contagem do número total de micro-organismos
mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
DOSEAMENTO
CLORIDRATO DE TIAMINA SOLUÇÃO
Empregar um dos métodos descritos a seguir. INJETÁVEL
A. Proceder conforme descrito em Titulações em meio
não aquoso (5.3.3.5). Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
Utilizar quantidade do pó equivalente a 150 mg de tiamina. quantidade declarada de C12H17ClN4OS.HCl. Solução
Adicionar, com agitação, 5 mL de ácido fórmico anidro, estéril de cloridrato de tiamina em água para injetável.
65 mL de ácido acético glacial e 10 mL de acetato de
ca
mercúrio a 6% (p/v) em ácido acético glacial. Titular
com ácido perclórico 0,1 M SV. Determinar o ponto final IDENTIFICAÇÃO
potenciometricamente. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M O teste de identificação B. pode ser omitido se forem
SV corresponde a 16,860 mg de C12H17ClN4OS∙HCl. realizados os testes A. e C.
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido A. Dissolver volume da solução injetável equivalente a 0,1
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido g de cloridrato de tiamina em 10 mL de água destilada e
de detector ultravioleta a 246 nm; coluna de 125 mm de dividir em quatro porções. Fazer reagir, separadamente,
comprimento e 4,0 mm de diâmetro interno, empacotada cada fração com 0,5 mL de cloreto mercúrico SR, iodo
com sílica quimicamente ligada a octadecilsilano (5 mm); SR, iodeto de potássio mercúrio SR e trinitrofenol SR,
fluxo da Fase móvel de 1,0 mL/minuto. produzindo-se, respectivamente, precipitados de coloração
Fase móvel: dissolver 1 g de heptanossulfonato de sódio branco, vermelho-acastanhado, amarelo claro e amarelo.
em uma mistura de 180 mL de metanol e 10 mL de B. Diluir porção da solução injetável com água para
trietilamina. Completar o volume para 1000 mL com água concentração de 10 mg/mL de cloridrato de tiamina. A 0,5
e ajustar o pH para 3,2 com ácido fosfórico. mL dessa solução, adicionar 5 mL de hidróxido de sódio
Solução padrão: contém cloridrato de tiamina SQR a 0,06 0,5 M, então adicionar 0,5 mL de ferrocianeto de potássio
mg/mL em ácido clorídrico 0,005 M. e 5 mL de álcool isobutílico, agitar vigorosamente durante
2 minutos e deixar em repouso por 30 minutos. A camada
Solução amostra: para comprimidos contendo menos alcoólica deve apresentar fluorescência azul, mais nítida
de 10 mg de cloridrato de tiamina. Pesar e pulverizar os quando observada sob luz ultravioleta. Esta fluorescência
comprimidos. Dissolver quantidade equivalente a 6 mg de desaparece pela acidificação, voltando pela alcalinização
cloridrato de tiamina em 5 mL de ácido clorídrico 0,1 M e da mistura.
50 mL de água. Agitar por 20 minutos, diluir a 100 mL com
água e filtrar. C. Responde às reações de íon cloreto (5.3.1.1).
c
Solução de padrão interno para balão volumétrico de 100 A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
mL, completar o volume com Fase móvel e agitar para amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
obter solução com concentração de 50 mg/mL. máximo de absorção somente nos mesmos comprimentos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
Injetar replicatas de 20 μL da Solução padrão. Os tempos observados no espectro de cloridrato de tramadol SQR,
de retenção relativo são cerca de 0,3 para tiamina e 1,0 preparado de maneira idêntica.
para metilparabeno. A resolução entre os picos de tiamina
e metilparabeno não é menor que 6,0. O desvio padrão B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
relativo das áreas de replicatas dos picos registrados não é faixa de 250 nm a 300 nm, da solução a 0,1 mg/mL, exibe
maior que 2,0%. máximo de absorção em 270 nm, idêntico ao observado no
espectro de cloridrato de tramadol SQR.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL da Solução
padrão e Solução amostra, registrar os cromatogramas e C. Responde as reações do íon cloreto (5.3.1.1).
medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade, em mg,
de cloridrato de tiamina em cada mL do injetável.
ENSAIOS DE PUREZA
CLORIDRATO DE TRAMADOL
SOLUÇÃO INJETÁVEL
C27H38N2O4.HCl; 491,06
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da cloridrato de verapamil; 09119
quantidade declarada de C16H25NO2.HCl. Solução estéril Cloridrato de α-[3-[[2-(3,4-dimetoxifenil)etil]metilamino]
em água para injetáveis. propil]-3,4-dimetoxi-α-(1-metiletil)-benzenoacetonitrila
(1:1)
[152-11-4]
IDENTIFICAÇÃO
A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14) na Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 100,5% de
faixa de 250 nm a 300 nm, da solução amostra obtida C27H38N2O4.HCl em relação à substância dessecada.
em Doseamento, exibe máximo de absorção em 270 nm,
idêntico ao observado no espetro da solução padrão. DESCRIÇÃO
B. Responde às reações de íon cloreto (5.3.1.1). Características físicas. Pó cristalino branco ou quase
branco, inodoro ou quase inodoro.
CARACTERÍSTICAS
Solubilidade. Solúvel em água, muito solúvel em
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. clorofórmio e pouco solúvel em etanol.
872 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
c
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas Procedimento: injetar, separadamente, 10 µL de cada
intensidades relativas daqueles observados no espectro solução e registrar os cromatogramas por, no mínimo,
de cloridrato de verapamil SQR, preparado de maneira quatro vezes o tempo de retenção do pico principal e medir
idêntica. as áreas sob os picos. A soma das áreas sob os picos, exceto
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa o pico de verapamil, obtido com a Solução (1), não é maior
de 210 nm a 340 nm, da solução a 0,002% (p/v) em ácido que a área sob o pico principal obtido com a Solução (3)
clorídrico 0,01 M, exibe máximos em 229 nm e 278 nm. A (0,5%). A área de qualquer pico individual obtido com a
razão entre os valores de absorvância medidos em 278 nm Solução (1), exceto o pico principal, não é maior que a área
e 229 nm é de 0,35 a 0,39. sob o pico principal obtido com a Solução (2) (0,3%).
C. A 2 mL da solução aquosa da amostra a 15% (p/v) Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
adicionar 0,2 mL de cloreto de mercúrio(II) a 5% (p/v). amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, por 2 horas. No
Produz-se precipitado branco. máximo 0,5%.
Solução (3): solução de cloridrato de verapamil SQR a 9,4 Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
µg/mL em Fase móvel. quantidade declarada de C27H38N2O4.HCl.
Solução de Resolução: dissolver quantidade suficiente de
cloridrato de verapamil SQR e monocloridrato de α-[2- IDENTIFICAÇÃO
[[2-(3,4-dimetoxifenil)etil]metilamino]etil]-3,4-dimetoxi-
α-(1-metiletil)benzenoacetonitrila (verapamil composto
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 873
Os testes de identificação C. e D. podem ser omitidos se medidas em 278 nm e em 300 nm, comparando as leituras
forem realizados os testes A. e B. obtidas com a da solução de cloridrato de verapamil SQR
na mesma concentração, preparada no mesmo solvente.
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir
quantidade de pó equivalente a 25 mg de cloridrato de Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
verapamil para funil de separação. Adicionar 25 mL de declarada de C27H38N2O4.HCl se dissolvem em 30 minutos.
água e agitar por 30 minutos. Adicionar 1 mL de hidróxido
de sódio M e extrair com 25 mL de clorofórmio, agitando
ENSAIOS DE PUREZA
por 10 minutos. Filtrar através de filtro contendo sulfato de
ca
sódio anidro e evaporar até a secura. Secar a 105 °C por 2 Pureza Cromatográfica. Proceder conforme descrito no
horas. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) método B. de Doseamento. Preparar as soluções como
do resíduo, disperso em brometo de potássio, apresenta descrito a seguir.
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir
observados no espectro de cloridrato de verapamil SQR, para balão volumétrico de 25 mL uma quantidade de pó
preparado de maneira idêntica. suficiente para se preparar uma solução de 1,9 mg/mL.
Adicionar 15 mL de Fase móvel e agitar mecanicamente
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma por 15 minutos. Completar o volume com Fase móvel,
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, homogeneizar e filtrar.
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
Solução (2): dissolver quantidade, exatamente pesada, de
C. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir cloridrato de verapamil SQR em Fase móvel de modo a
quantidade de pó equivalente a 0,1 g de cloridrato de obter solução a 5,6 µg/mL.
verapamil para um béquer. Adicionar 10 mL de cloreto de
metileno e homogeneizar. Filtrar, evaporar o filtrado até a Solução (3): dissolver quantidade, exatamente pesada, de
secura e dissolver o resíduo em 10 mL de água. A 2 mL da cloridrato de verapamil SQR em Fase móvel de modo a
solução resultante, adicionar 0,2 mL de solução de cloreto obter solução a 9,4 µg/mL.
de mercúrio(II) a 5% (p/v). Produz-se precipitado branco.
Procedimento: injetar, separadamente, 10 µL de cada
D. A 2 mL da solução obtida no teste C. de Identificação, solução. Registrar os cromatogramas e medir as áreas
adicionar 0,5 mL de ácido sulfúrico 3 M e 0,2 mL de sob os picos. A soma das área sob os picos obtidos com
permanganato de potássio a 1,0% (p/v). Produz-se a Solução (1), exceto a do cloridrato de verapamil, não
precipitado violeta que se dissolve rapidamente produzindo é maior que a área sob o pico obtido com a Solução (3)
uma solução amarelo pálido. (0,5%). Nenhum pico apresenta área maior que a do pico
obtido com a Solução (2) (0,3%).
CARACTERÍSTICAS Água (5.2.20.1). No máximo 4,0%.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
Contagem do número total de micro-organismos
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Utilizar 900 mL de ácido Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
clorídrico 0,1 M como meio de desintegração. No máximo Cumpre o teste.
30 minutos.
c
M contendo ácido acético glacial a 3,3% (v/v). sesqui-hidratado. Extrair com 5 mL de éter etílico, filtrar a
fase etérea através de sulfato de sódio anidro e evaporar até
Fase móvel: mistura de Tampão acetato, acetonitrila e secura. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14)
dietilamina (65:35:1). Filtrar e desgaseificar. da amostra apresenta máximos de absorção somente
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos. intensidades relativas daqueles observados no espectro
Transferir quantidade de pó equivalente a 35 mg de de cloridrato de verapamil SQR preparado de maneira
cloridrato de verapamil para balão volumétrico de 50 mL idêntica.
e adicionar 30 mL de Fase móvel. Agitar, mecanicamente,
por 15 minutos. Completar o volume com Fase móvel, B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
homogeneizar e filtrar, de modo a obter solução a 70 µg/mL. da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
de cloridrato de verapamil SQR em Fase móvel de modo a C. Em volume da solução injetável contendo 5 mg de
obter solução a 70 µg/mL. cloridrato de verapamil, adicionar 0,2 mL de cloreto de
mercúrio(II) a 5% (p/v). Produz-se precipitado branco.
Solução de resolução: dissolver quantidade de cloridrato
de verapamil SQR e monocloridrato de α-[2-[[2-(3,4- D. Em volume da solução injetável contendo 5 mg de
dimetoxifenil)etil]metilamino]etil]-3,4-dimetoxi-α- cloridrato de verapamil, adicionar 0,5 mL de ácido sulfúrico
(1-metiletil)benzenoacetonitrila (verapamil composto 3 M e 0,2 mL de permanganato de potássio a 1,0% (p/v).
relacionado B) SQR em Fase móvel de modo a obter Produz-se precipitado violeta que dissolve-se rapidamente
solução a 70 µg/mL para cada composto. para formação de uma solução amarelo pálido intenso.
Injetar replicatas de 10 µL da Solução de resolução.
Os tempos de retenção relativos são cerca de 0,88 para CARACTERÍSTICAS
verapamil composto relacionado B e 1,0 para cloridrato
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste para
de verapamil. A resolução entre os picos de verapamil
injetáveis de pequenos volumes.
composto relacionado B e de cloridrato de verapamil não
é menor que 1,5. O desvio padrão entre as replicatas de pH (5.2.19). 4,0 a 6,5.
injeção não é maior que 2,0%.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. Solução (2): dissolver quantidade, exatamente pesada, de
cloridrato de verapamil SQR em Fase móvel de modo a
obter uma solução de concentração conhecida de 5,6 µg/mL.
ROTULAGEM
Solução (3): dissolver quantidade, exatamente pesada, de
Observar a legislação vigente.
cloridrato de verapamil SQR em Fase móvel de modo a
obter uma solução de concentração conhecida de 9,4 µg/mL.
CLORIDRATO DE VERAPAMIL Procedimento: injetar, separadamente, 10 µL da Solução
SOLUÇÃO INJETÁVEL (1), 10 µL da Solução (2) e 10 µL da Solução (3). Registrar
os cromatogramas e medir as respostas dos picos. A soma
das respostas dos picos, exceto a do cloridrato de verapamil
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da obtido na Solução (1), não é maior que a resposta do pico
quantidade declarada de C27H38N2O4.HCl. obtido com a Solução (3) (0,5%); e nenhum pico é maior
que a resposta do pico obtido com a Solução (2) (0,3%).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 875
DOSEAMENTO
ROTULAGEM
ca
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Observar a legislação vigente.
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no ultravioleta (5.2.14). Transferir um volume
de solução contendo 5 mg de cloridrato de verapamil CLORPROPAMIDA
para balão volumétrico de 100 mL e dissolver com ácido Chlorpropamidum
clorídrico 0,01 M. Preparar solução padrão nas mesmas
condições. Medir as absorvâncias das soluções em 278 nm,
O O O
utilizando ácido clorídrico 0,01 M para o ajuste do zero.
Calcular a quantidade de C27H38N2O4.HCl nos comprimidos S CH3
a partir das leituras obtidas. Alternativamente, realizar os N N
cálculos considerando A(1%, 1 cm) = 118, em 278, em H H
ácido clorídrico 0,01 M. Cl
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido C10H13ClN2O3S; 276,74
de alta eficiência (5.2.17.4), utilizando cromatógrafo clorpropamida; 02505
provido de detector 278 nm, coluna de 150 mm de 4-Cloro-N-[(propilamino)carbonil]benzenossulfonamida
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada [94-20-2]
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
µm), mantida à temperatura ambiente, fluxo da Fase móvel Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 100,5% de
de 0,8 mL/min. C10H13ClN2O3S em relação à substância dessecada.
Tampão acetato: solução aquosa de acetato de sódio 0,015
M, contendo ácido acético glacial a 3,3% (v/v) DESCRIÇÃO
Fase móvel: preparar uma mistura de Tampão acetato, Características físicas. Pó cristalino branco.
acetonitrila e dietilamina (65:35:1,0). Filtrar e desgaseificar
a mistura. Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente
solúvel em acetona e cloreto de metileno, solúvel em
Solução amostra: diluir a solução injetável, etanol. Solúvel em soluções de hidróxidos alcalinos.
quantitativamente, se necessário, com Fase móvel, de
modo a obter uma solução de 70 µg/mL. Constantes físico-químicas.
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada, Faixa de fusão (5.2.2): 126 °C a 130 °C.
de cloridrato de verapamil SQR em Fase móvel de modo a
obter concentração conhecida de 70 µg/mL. IDENTIFICAÇÃO
Solução de resolução: dissolver quantidade de cloridrato A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
de verapamil SQR e monocloridrato de α-[2-[[2-(3,4- amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
dimetoxifenil)etil]metilamino]etil]-3,4-dimetoxi-α- de potássio, apresenta máximos de absorção somente
(1-metiletil)benzenoacetonitrila (verapamil composto nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
relacionado B) SQR em Fase móvel, de modo a obter uma intensidades relativas daqueles observados no espectro da
solução de concentração conhecida de 70 µg/mL para cada clorpropamida SQR, preparado de maneira idêntica. Caso
composto. o espectro obtido mostre-se diferente, dissolver o padrão e
a amostra em cloreto de metileno, evaporar até a secura e
Injetar 10 µL da Solução de resolução e registrar as realizar um novo espectro utilizando o resíduo.
respostas dos picos. Os tempos relativos de retenção
são de aproximadamente 0,88 para verapamil composto B. Preparar uma solução da amostra a 0,01% (p/v) em
relacionado B e 1,0 para cloridrato de verapamil SQR. metanol e diluir 10 mL desta solução em 100 mL de ácido
A resolução entre o verapamil composto relacionado B e clorídrico 0,01 M. O espectro de absorção no ultravioleta
o cloridrato de verapamil SQR não é menor que 1,5 e o (5.2.14), na faixa de 220 nm a 350 nm, da solução amostra
desvio padrão entre as replicatas de injeção não é maior exibe máximo de absorção em 232 nm e a absorvância em
que 2,0%. 232 nm é de 0,57 a 0,63.
Procedimento: injetar, separadamente, 10 mL da Solução C. Misturar 0,1 g da amostra com 2 g de carbonato de
padrão e da Solução amostra. Calcular a quantidade de sódio anidro e aquecer até aparecer uma forte coloração
876 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
vermelho rubro que permaneça durante 10 minutos. Deixar A e B não é mais intensa que a mancha do cromatograma
esfriar e extrair o resíduo com aproximadamente 5 mL de obtido com a Solução (4) (0,3%); não mais que duas
água. Diluir para 10 mL com água e filtrar. Acidificar 2 manchas são mais intensas que a mancha obtida no
mL da solução obtida com ácido nítrico e adicionar 0,4 cromatograma da Solução (5) (0,1%). O teste não é válido
mL de nitrato de prata SR. Misturar e deixar em repouso. a menos que o cromatograma obtido com a Solução (6)
Um precipitado branco caseoso deve ser formado. Deixar mostre três manchas separadas claramente com valores
o precipitado decantar e lavá-lo três vezes com 1 mL de de Rf aproximados de 0,4 para clorpropamida, 0,6 para
água. Proteger da incidência da luz, descartando a solução impureza A e 0,9 para impureza B.
sobrenadante por não se encontrar perfeitamente límpida.
c
Suspender o precipitado em 2 mL de água e adicionar Metais pesados (5.3.2.3). Preparar uma solução a 10%
1,5 mL de amônia. O precipitado dissolve-se facilmente (p/v) da amostra em acetona ou dioxana contendo, no
com possível presença de algumas partículas de tamanhos mínimo, 15% (v/v) de água. Proceder conforme descrito
maiores que se dissolvem vagarosamente. em Método III. Utilizar Solução padrão de chumbo (2 ppm
Pb). No máximo 0,002% (20 ppm).
Solução (6): dissolver 0,1 g da amostra, 5 mg de Fase Móvel: preparar uma mistura de igual volume de
4-clorobenzenosulfonamida (clorpropamida impureza ácido acético glacial diluído (1:100) e acetonitrila. Filtrar e
A) SQR e 5 mg de clorpropamida impureza B SQR em desgaseificar a mistura.
acetona e diluir para 10 mL com o mesmo solvente.
Nota: não exceder a quantidade de 50% de acetonitrila.
Desenvolver o cromatograma em 15 cm da placa. Secar Proceder com ajustes se necessário.
a placa em estufa a 110 °C durante 10 minutos. No fundo
da cuba cromatográfica colocar uma mistura contendo um Solução amostra: transferir 50 mg da amostra, exatamente
volume de ácido clorídrico, um volume de água e dois pesada, para um balão volumétrico de 100 mL, completar o
volumes de uma solução 5% (p/v) de permanganato de volume com Fase móvel e misturar. Transferir 10 mL dessa
potássio. Fechar a cuba e esperar por 15 minutos. Colocar a solução para um segundo balão volumétrico de 100 mL,
placa em contato com vapor de cloro por 2 minutos. Retirar completar o volume com Fase móvel e misturar.
a placa e colocá-la em local de corrente de ar frio até que
Solução padrão: pesar e dissolver precisamente uma
o excesso de cloro seja removido e a área de cobertura
quantidade de clorpropamida SQR na Fase móvel, e diluir
abaixo dos pontos de aplicação não apresente coloração
adequadamente, com Fase móvel, de modo a obter solução
azul com uma gota de amido iodetado SR1. Nebulizar
a 0,05 mg/mL.
com amido iodetado SR1. No cromatograma obtido com a
Solução (1), qualquer mancha correspondente à impureza Injetar replicatas de 20 µL da Solução padrão. O tempo
A não é mais intensa que a mancha obtida com a Solução de retenção é cerca de 2,2 minutos para a clorpropamida.
(2) (0,3%), qualquer mancha correspondente à impureza O fator de cauda não é maior que 1,5 e o desvio padrão
B não é mais intensa que a obtida no cromatograma da relativo para as replicatas de injeção não é maior que 2,0%.
Solução (3) (0,3%), qualquer mancha, além da mancha
principal, e qualquer mancha correspondente às impurezas
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 877
ca
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
de clorpropamida para balão volumétrico de 100 mL. A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
Adicionar 75 mL de Fase móvel, misturar durante 10 amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
minutos e completar o volume com a Fase móvel. Filtrar, máximos de absorção somente nos mesmos números de
descartando os primeiros 10 mL do filtrado. Pipetar 10 mL onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
do filtrado e colocar em um segundo balão volumétrico de observados no espectro de clortalidona SQR, preparado de
100 mL, completar o volume com Fase móvel e misturar. maneira idêntica.
c
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de etanol, exibe máximos e mínimos somente nos mesmos
C10H13ClN2O3S na amostra a partir das respostas obtidas comprimentos de onda de solução similar de clortalidona
com a Solução amostra e a Solução padrão. SQR. A razão entre os valores de absorvância medidos em
284 nm e 275 nm está compreendida entre 0,73 e 0,88.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO C. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
como suporte, e mistura de água e acetato de etila (1,5:98,5),
como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 5 µL de
ROTULAGEM cada uma das soluções, recentemente preparadas, descritas
a seguir.
Observar a legislação vigente.
Solução (1): solução a 1 mg/mL da amostra em mistura de
água e acetato de etila (1,5:98,5).
CLORTALIDONA
Solução (2): dissolver 10 mg de clortalidona SQR em
Chlortalidonum
acetona e diluir para 10 mL em mistura de água e acetato
de etila (1,5:98,5).
O
Solução (3): dissolver 10 mg de clortalidona SQR e 10 mg
de hidroclorotiazida SQR em acetona e diluir para 10 mL
NH O O em mistura de água e acetato de etila (1,5:98,5).
S Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
NH2 secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A
HO mancha principal obtida com a Solução (1) corresponde
Cl em posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução
(2). O teste somente será válido se o cromatograma obtido
C14H11ClN2O4S; 338,77 com a Solução (3) apresentar duas manchas nitidamente
clortalidona; 02510 separadas.
2-Cloro-5-(2,3-diidro-1-hidroxi-3-oxo-1H-isoindol-1-il)-
benzenossulfonamida D. Dissolver cerca de 10 mg da amostra em 1 mL de ácido
[77-36-1] sulfúrico. Desenvolve-se coloração amarela intensa.
ENSAIOS DE PUREZA
DESCRIÇÃO
Acidez. Agitar 1 g da amostra em 50 mL da mistura de
Características físicas. Pó branco ou branco-amarelado. acetona e água livre de dióxido de carbono (1:1) com o
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, solúvel auxílio de aquecimento. Deixar esfriar. No máximo 0,75
em acetona e em metanol, pouco solúvel em etanol e mL de hidróxido de sódio 0,1 M é gasto para neutralizar,
praticamente insolúvel em cloreto de metileno. Solúvel em determinando o ponto final potenciometricamente.
soluções diluídas de hidróxidos alcalinos. Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
Constantes físico-químicas. em Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1),
utilizando sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de
Poder rotatório específico (5.2.8): -0,15° a +0,15°. tolueno, xileno, hidróxido de amônio, dioxana e álcool
Determinar em solução a 1% (p/v) em metanol. isopropílico (5:10:20:30:30), como fase móvel. Aplicar,
separadamente, à placa, 5 µL de cada uma das soluções,
recentemente preparadas, descritas a seguir.
IDENTIFICAÇÃO
Solução (1): dissolver 200 mg da amostra em mistura de
Os testes de identificação B., C., D. e E. podem ser omitidos água e acetona (1:4) e diluir para 5 mL com a fase móvel.
se for realizado o teste A.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 879
Solução (2): dissolver 20 mg do ácido 2-(4-cloro-3- Solução de padrão interno: dissolver quantidade
sulfamoilbenzoil)-benzoico SQR e 20 mg de clortalidona exatamente pesada de 2,7-naftalenodiol em metanol e
SQR em mistura de água e acetona (1:4) e diluir para 50 diluir quantitativamente para obter solução a 1 mg/mL.
mL com a fase móvel.
Solução de ácido 2-(4-cloro-3-sulfamoilbenzoil)-benzoico:
Solução (3): Transferir 1 mL da Solução (1) para balão dissolver quantidade exatamente pesada de ácido
volumétrico de 200 mL e completar o volume com mistura 2-(4-cloro-3-sulfamoilbenzoil)-benzoico SQR em metanol
de água e acetona (1:4). e diluir quantitativamente para obter solução a 5 µg/mL.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar Solução amostra: dissolver 50 mg da amostra em metanol
ca
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). e diluir para 50 mL com o mesmo o solvente. Transferir
Qualquer mancha correspondente ao ácido 2-(4-cloro-3- 5 mL desta solução para balão volumétrico de 50 mL.
sulfamoilbenzoil)-benzoico obtida no cromatograma com Adicionar 5 mL da solução de padrão interno e 10 mL de
a Solução (1), não é mais intensa que aquela obtida com a metanol. Completar o volume com água e homogeneizar.
Solução (2) (1%). Qualquer mancha secundária, diferente
da mancha principal e da mancha do ácido 2-(4-cloro-3- Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
sulfamoilbenzoil)-benzoico obtida no cromatograma com de clortalidona SQR em metanol e diluir quantitativamente
a Solução (1), não é mais intensa que aquela obtida com para obter solução a 1 mg/mL. Transferir 5 mL desta
a Solução (3) (0,5%). O teste somente será válido se o solução para balão volumétrico de 50 mL. Adicionar 5
cromatograma obtido com a Solução (2) apresentar duas mL da Solução de padrão interno e 10 mL da Solução de
manchas nitidamente separadas. ácido 2-(4-cloro-3-sulfamoilbenzoil)-benzoico. Completar
o volume com água e homogeneizar.
Cloretos (5.3.2.1). Pulverizar 0,3 g da amostra. Adicionar
30 mL de água, agitar por 5 minutos e filtrar. Utilizar 15 Injetar replicatas de 25 mL da Solução padrão. Os
mL do filtrado para realizar Ensaio limite para cloretos. tempos de retenção relativos são cerca de 0,5 para o
Preparar o padrão utilizando 10 mL de solução a 5 ppm de ácido 2-(4-cloro-3-sulfamoilbenzoil)-benzoico, 0,8 para
cloretos. No máximo 350 ppm (0,035%). a clortalidona e 1,0 para o 2,7-naftalenodiol. A resolução
entre os picos da clortalidona e do ácido 2-(4-cloro-3-
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método IV. No sulfamoilbenzoil)-benzoico e entre os picos da clortalidona
máximo 0,001% (10 ppm). e do 2,7-naftalenodiol não é menor que 1,5. O fator de
cauda para os picos da clortalidona e do ácido 2-(4-cloro-
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 2 g da 3-sulfamoilbenzoil)-benzoico não é maior que 2,0. O
amostra. Dessecar em estufa, a 105 °C, por 4 horas. No desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos picos
máximo 0,4%. registrados não é maior que 2,0%.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra. Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL da Solução
No máximo 0,1%. padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de
DOSEAMENTO C14H11ClN2O4S na amostra a partir das respostas obtidas
com a Solução padrão e a Solução amostra.
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
c
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir quantidade
do pó equivalente a 0,1 g de clortalidona para béquer e
Solução (3): dissolver quantidade, exatamente pesada, do
dissolver em 10 mL de acetona. Aquecer em banho-maria
ácido 2-(4-cloro-3-sulfamoilbenzoil)-benzoico SQR em
por 5 minutos. Deixar esfriar e filtrar. Adicionar 20 mL de
etanol e diluir para obter solução a 0,02% (p/v) no mesmo
água ao filtrado e aquecer em banho-maria por 5 minutos.
solvente.
Aplicar, gentilmente, corrente de ar sobre a solução para
remover a acetona. Deixar esfriar em banho de gelo, filtrar Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
e secar os cristais a 105 °C por 4 horas. O resíduo seco secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
responde ao teste A. de Identificação da monografia de Qualquer mancha correspondente ao ácido 2-(4-cloro-3-
Clortalidona. sulfamoilbenzoil)-benzoico obtida no cromatograma com
a Solução (1) não é mais intensa que aquela obtida com
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
a Solução (3) (1%). Qualquer outra mancha secundária
da Solução amostra, obtida no método B. em Doseamento,
obtida no cromatograma com a Solução (1) não é mais
corresponde àquele do pico principal da Solução de padrão.
intensa que aquela obtida com a Solução (2) (0,5%).
CARACTERÍSTICAS
DOSEAMENTO
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
Dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. de absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar
20 comprimidos. Ferver, sob refluxo, quantidade do
Friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. pó equivalente a 100 mg de clortalidona em 30 mL de
metanol por 5 minutos. Agitar mecanicamente por 15
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. minutos. Deixar esfriar e filtrar. Lavar o resíduo com
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. metanol, juntar as lavagens ao filtrado e diluir para 100
mL com o mesmo solvente. Transferir 5 mL dessa solução
para balão volumétrico de 50 mL, adicionar 2 mL de
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) ácido clorídrico M e completar o volume com metanol.
Medir a absorvância da solução resultante em 275 nm,
Meio de dissolução: água, 900 mL
utilizando metanol para o ajuste do zero. Calcular o teor
Aparelhagem: pás, 75 rpm de C14H11ClN2O4S nos comprimidos, a partir das leituras
obtidas. Alternativamente, realizar o cálculo utilizando A
Tempo: 60 minutos (1%, 1cm) = 57,4, em 275 nm.
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
de dissolução e diluir, se necessário, com água, até de alta eficiência (5.2.17.4), de acordo com o método B. de
concentração adequada. Medir as absorvâncias das soluções Doseamento da monografia de Clortalidona. Preparar as
em 275 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para o Soluções padrão e amostra como descrito a seguir.
ajuste do zero. Calcular a quantidade de C14H11ClN2O4S
dissolvida no meio, comparando as leituras obtidas com a Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
da solução de clortalidona SQR na concentração de 0,5% Transferir quantidade do pó equivalente a 100 mg de
(p/v) em metanol. Realizar diluições sucessivas dessa clortalidona para balão volumétrico de 100 mL. Adicionar
solução em água até concentração adequada. 50 mL de metanol e agitar mecanicamente por 30 minutos.
Completar o volume com o mesmo solvente, homogeneizar
Tolerância: não menos que 70% (Q) da quantidade e filtrar. Transferir 5 mL do filtrado para balão volumétrico
declarada de C14H11ClN2O4S se dissolvem em 60 minutos. de 50 mL, contendo 5 mL da Solução de padrão interno
e 10 mL de metanol. Completar o volume com água e
homogeneizar.
ENSAIOS DE PUREZA
Solução padrão: preparar como indicado na monografia de
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
Clortalidona. Substituir a Solução de ácido 2-(4-cloro-3-
em Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1),
sulfamoilbenzoil)-benzoico por 10 mL de metanol.
utilizando sílica-gel 60 F254, como suporte, e mistura de
tolueno, xileno, hidróxido de amônio, dioxana e álcool Injetar replicatas de 25 mL da Solução padrão. A resolução
isopropílico (5:10:20:30:30), como fase móvel. Aplicar, entre os picos da clortalidona e do 2,7-naftalenodiol não
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 881
deve ser menor que 1,5. O fator de cauda para os picos da no espectro da clozapina SQR, preparado de maneira
clortalidona e do 2,7-naftalenodiol não é maior que 2,0. idêntica.
O desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos picos
registrados não é maior que 2,0%. B. A mancha principal do cromatograma da Solução (2),
obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em
Procedimento: injetar, separadamente, 25 μL das Soluções posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (1).
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
áreas sob os picos. Calcular o teor de C14H11ClN2O4S nos
comprimidos a partir das respostas obtidas com a Solução ENSAIOS DE PUREZA
ca
padrão e a Solução amostra. Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO sílica-gel 0,25 mm, como suporte, e mistura de clorofórmio
e metanol (3:1), como fase móvel. Aplicar, separadamente,
Em recipientes bem fechados. à placa, 20 mL de cada uma das soluções, recentemente
preparadas, descritas a seguir.
ROTULAGEM Solução (1): dissolver 0,1 g da amostra em etanol e
completar para 10 mL com clorofórmio.
Observar a legislação vigente.
Solução (2): transferir 2,5 mg de clozapina SQR para um
balão volumétrico de 25 mL. Dissolver em clorofórmio e
CLOZAPINA completar o volume com o mesmo solvente.
Clozapinum
Solução (3): transferir 3 mL da Solução (2) para um
CH3 balão volumétrico de 10 mL e completar o volume com
clorofórmio. Porcentagem para comparação com a amostra
N 0,3%.
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
C18H19ClN4, em relação à substância dessecada. secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm), e
comparar a intensidade de alguma mancha secundária
observada no cromatograma da Solução (1) com aquela
DESCRIÇÃO da mancha principal do cromatograma da Solução (2).
Qualquer mancha do cromatograma da Solução (1) com
Características físicas. Pó cristalino amarelo. valor de Rf de 0,82 não corresponde a 11,11- (piperazina-
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente 1,4-diil)bis(8-cloro-5H-dibenzo[b,e][1,4]diazepina);
solúvel em cloreto de metileno, solúvel em etanol. Solúvel Rf de 0,67 não corresponde a 8-cloro-5,10-di-hidro-
em ácido acético diluído. 11H-dibenzo[b,e][1,4]diazepina-11-ona e Rf de 0,10
não corresponde a 8-cloro-11-(1-piperazina-1-il)-5H-
Constantes físico-químicas. dibenzo[b,e][1,4]-diazepina) ou mais intensa do que a
Solução (3), Solução (4) e Solução (5), respectivamente.
Faixa de fusão (5.2.2): 182 °C a 186 °C. Qualquer outra mancha secundária do cromatograma
da Solução (1) não é mais larga ou mais intensa do que
IDENTIFICAÇÃO a mancha principal obtida da Solução (5). A soma da
intensidade de todas as manchas secundárias obtidas da
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da Solução (1) corresponde não mais do que 0,6%
amostra, previamente dessecada, apresenta máximos de
absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
com as mesmas intensidades relativas daqueles observados
882 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. Preparar Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir
o padrão com 2 mL de solução a 10 ppm de chumbo (Pb). cada comprimido para balão volumétrico de 1000 mL.
No máximo 0,002% (20 ppm). Adicionar 640 mL de metanol, deixar em ultrassom por
10 minutos, completar o volume com água. Prosseguir
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da conforme descrito no método de Doseamento a partir de
amostra. Dessecar em estufa entre 100 °C a 105 °C, por 4 “Homogeneizar...”.
horas, até peso constante. No máximo 0,5 %.
c
Meio de dissolução: tampão acetato pH 4,0, 900 mL.
Contém, no mínimo, 90% e, no máximo, 110% da Solução diluente: preparar mistura de clorofórmio e
quantidade declarada de C18H19ClN4. metanol (4:1).
Solução (6): transferir 1 mL da Solução (2) para um Injetar replicatas de 10 µL da Solução padrão. A eficiência
balão volumétrico de 500 mL e completar o volume com da coluna não deve ser menor que 1500 pratos teóricos,
clorofórmio. Porcentagem para comparação com a amostra o desvio padrão relativo para replicatas não é maior que
0,2%. 2,0%. Injetar 10 µL da Solução de resolução. A resolução
entre a clozapina e qualquer outro pico não deve ser menor
Solução (7): transferir 1 mL da Solução (2) para um balão que 1,5.
volumétrico de 1000 mL e completar o volume com o
clorofórmio. Porcentagem para comparação com a amostra Procedimento: injetar, separadamente, 10 µL das Soluções
0,1%. padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
ca
áreas sob os picos. Calcular o teor de clozapina C18H19ClN4
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar nos comprimidos a partir das respostas obtidas com a
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta no comprimento Solução padrão e a Solução amostra.
de onda curto, e comparar a intensidade de qualquer
mancha secundária observada no cromatograma da Solução
(1) com aquela da mancha principal do cromatograma EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
das Soluções (2), (3), (4), (5), (6) e (7). Nenhuma outra
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz.
mancha secundária do cromatograma da Solução (1)
é mais larga ou mais intensa do que a mancha principal
obtida no cromatograma da Solução (3) (0,5%); e a soma ROTULAGEM
das intensidades de todas as manchas secundárias obtidas
da Solução (1) corresponde a não mais do que 2,0%. Observar a legislação vigente
DOSEAMENTO
Por Cromatografia a líquido de alta eficiência (5.2.17.4).
Utilizar cromatógrafo provido de detector de ultravioleta
a 257 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm
de diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
ligada a grupo octilsilano (5 µm), mantida a temperatura
ambiente; fluxo da Fase móvel de 1,0 mL/minuto.
C22H25NO6; 399,44
Fase móvel: mistura de metanol, água e trietilamina colchicina; 02567
(800:200:0,75). N-[(7S)-5,6,7,9-Tetraidro-1,2,3,10-tetrametoxi-9-
oxobenzo[a]heptalen-7-il]acetamida
Solução amostra: pesar e pulverizar não menos que 20 [64-86-8]
comprimidos. Transferir quantidade do pó, exatamente
pesado, equivalente a 125 mg de clozapina, para balão Contém, no mínimo, 94,0% e, no máximo, 101,0% de
volumétrico de 1000 mL, dissolver em 640 mL de metanol, C22H25NO6, em relação à substância anidra.
deixar em ultrassom por 10 minutos, completar o volume
com água e homogeneizar, obtendo solução a 0,125 mg/mL.
DESCRIÇÃO
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente
pesada, de clozapina SQR em metanol, de modo a obter Características físicas. Pó amorfo ou cristalino amarelo-
solução a 0,125 mg/mL. A composição final do solvente pálido, inodoro.
metanol:água deve ser de cerca de 8:2.
Solubilidade. Muito solúvel em água, facilmente solúvel
Solução de resolução: transferir cerca de 10 mg de em etanol e clorofórmio, ligeiramente solúvel em éter de
clozapina, exatamente , para um recipiente adequado. petróleo.
Adicione 5 mL de ácido clorídrico 0,1 M, aquecer por 2 horas
a 90 °C. Transferir essa solução para balão volumétrico de Constantes físico-químicas.
100 mL, adicionar 15 mL de água e completar o volume Faixa de fusão (5.2.2): 142 °C a 150 °C (pó); 157 °C
com metanol. Homogeneizar. Transferir 10 mL dessa (cristal).
preparação para um recipiente adequado e adicionar 10 mL
da Solução padrão e misturar.
884 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Poder rotatório específico (5.2.8): -240° a -250°, Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
determinado em solução a 1% (p/v) em etanol, em relação secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
à substância anidra. Qualquer mancha secundária obtida com a Solução (1),
diferente da mancha principal, não é mais intensa do que
aquela obtida no cromatograma da Solução (2) (2%) e não
IDENTIFICAÇÃO
mais que uma mancha é mais intensa do que aquela obtida
A. Dissolver a amostra em 0,5 mL de clorofórmio, no cromatograma da Solução (3) (1%).
dispersar em brometo de potássio, misturar e evaporar
Água (5.2.20.1). Determinar em 0,5 g de amostra. No
o solvente primeiramente numa corrente de ar e depois
c
máximo 2,0%.
por aquecimento a 80 °C por 60 minutos. O espectro de
absorção no infravermelho (5.2.14) da amostra apresenta Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 0,5 g de
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos amostra. No máximo 0,1%.
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de colchicina SQR, preparado de
DOSEAMENTO
maneira idêntica.
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
faixa de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,001% (p/v) em A. Proceder conforme descrito em Titulação em meio não
etanol, exibe máximos em 243 nm e 350 nm, idênticos aos aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 0,25 g da
observados no espectro de solução similar de colchicina amostra, dissolver em uma mistura de 10 mL de anidrido
SQR. acético e 20 mL de tolueno e aquecer, se necessário. Titular
com ácido perclórico 0,1 M SV e determinar o ponto final
C. Dissolver 30 mg de amostra em 1 mL de etanol e potenciometricamente. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M
adicionar 0,15 mL de cloreto férrico SR. Produz-se SV equivale a 39,940 mg de C22H25NO6.
coloração marrom-avermelhada.
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
D. Misturar 1 mg de colchicina com aproximadamente 0,2 de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
mL de ácido sulfúrico SR. Produz-se coloração amarela. de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de
Adicionar 0,1 mL de ácido nítrico SR. A solução torna-se comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
azul-esverdeada, passando rapidamente para vermelho e, com sílica quimicamente ligada a grupo octilsilano (3 µm
finalmente, amarelo quase incolor. Adicionar algumas gotas a 10 µm), mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase
de hidróxido de sódio SR. A solução torna-se vermelha. móvel de 1,0 mL/minuto.
ca
COLCHICINA COMPRIMIDOS EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
quantidade declarada de C22H25NO6 .
ROTULAGEM
c
pronunciado acúmulo de cutícula. O mesofilo apresenta preparadas, descritas a seguir.
dois, ou mais raramente, três estratos de parênquima
Solução (1): pesar, exatamente, cerca de 1 g da droga
paliçádico; o parênquima esponjoso apresenta células
moída (355 µm), acrescentar 10 mL de metanol, aquecer
alongadas com braços curtos, mas que permitem a
sob refluxo por cinco minutos, à temperatura de 65 °C.
formação de amplos espaços intercelulares. Drusas com
Após resfriamento à temperatura ambiente, filtrar a solução
arestas erodidas e/ou disformes, de oxalato de cálcio, são
obtida em papel filtro, sob pressão reduzida.
comuns por todo o clorênquima, enquanto que cristais
prismáticos (cúbicos e rômbicos) de tamanhos variados Solução (2): dissolver 1 mg de ácido clorogênico em 10
localizam-se nas proximidades dos feixes vasculares. A mL de metanol.
nervura principal, de secção transversal plano-convexa a
côncavo-convexa, mostra-se proeminente na face abaxial, Solução (3): dissolver 1 mg de hiperosídeo em 5 mL de
contando com três ou quatro estratos de colênquima anelar metanol.
nessa região. O feixe vascular da nervura principal é do
tipo colateral em arco aberto, com fibras lignificadas em Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
ambos os pólos de tecidos condutores, estando o conjunto em estufa a temperatura entre 100 °C a 105 °C por 15
envolto por uma bainha de células parenquimáticas. minutos, e, ainda morna, nebulizar com difenilborato de
Tal feixe pode ser único, ou em número de dois ou três, aminoetanol SR, seguido de uma solução de macrogol 400
dependendo da folha analisada. Os feixes vasculares de a 5% (p/v) em metanol. Deixar a placa secar ao ar livre
menor calibre também são colaterais, com calotas de fibras por 30 minutos e examiná-la sob luz ultravioleta (365 nm).
em ambos os pólos de tecidos condutores, envoltos por uma Observa-se a presença de quatro manchas fluorescentes na
bainha parenquimática. O pecíolo, em secção transversal, Solução (1), sendo a superior uma mancha de coloração
apresenta contorno plano-convexo a côncavo-convexo, verde amarelada; abaixo uma mancha de coloração amarelo
com epiderme uniestratificada recoberta por cutícula alaranjada com Rf de 0,65, correspondente ao hiperosídeo;
espessada, seguida de cinco ou seis estratos de colênquima uma mancha de coloração azul, correspondente ao ácido
anelar, e tecidos condutores organizados em um único clorogênico com Rf de 0,53; e a mancha inferior de
feixe vascular em arco aberto com bordos pouco elevados. coloração verde amarelada.
Em algumas amostras verifica-se uma pequena flexão nos B. Aquecer, sob refluxo, cerca de 3 g da droga pulverizada
bordos do arco, composta apenas pelo floema. As pétalas com 60 mL de água destilada durante 15 minutos. Esfriar
apresentam epiderme papilosa, recoberta por cutícula e filtrar. A 2 mL do extrato adicionar duas gotas de ácido
ornamentada com pequenas projeções, também presentes clorídrico SR e gotejar gelatina SR. O aparecimento de
nas sépalas e anteras. O mesofilo das pétalas é homogêneo, precipitado nítido indica reação positiva para taninos totais.
composto por 10 a 12 estratos na região central-mediana
e dois ou três estratos nos bordos e terço superior. Nas C. A 2 mL do extrato obtido do teste B. de Identificação,
anteras, o endotécio apresenta espessamentos anticlinais adicionar 10 mL de água destilada e duas a quatro gotas
paralelos entre si, às vezes entrelaçados na diagonal. de solução de cloreto férrico a 1% (p/v) em etanol. O
Os grãos de pólen são tricolpados e ornamentados com desenvolvimento de coloração cinza-escuro, indica reação
pequenas papilas esféricas. Na face interna da base das positiva para taninos.
sépalas está o nectário floral.
D. A 2 mL do extrato obtido no teste B. de Identificação,
adicionar 0,5 mL de vanilina a 1% (p/v) em metanol e 1
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ mL de ácido clorídrico. O desenvolvimento de coloração
vermelha, indica reação positiva para taninos condensados.
O pó atende a todas as características estabelecidas
para a espécie, menos os caracteres macroscópicos. E. A 5 mL do extrato obtido no teste B. de Identificação,
São características: tricomas unicelulares com paredes adicionar 10 mL de ácido acético 2 M e 5 mL de acetato de
espessadas, fragmentados ou íntegros; fragmentos de chumbo SR. O aparecimento de precipitado esbranquiçado,
epiderme foliar com células dispostas em roseta na base dos indica presença de taninos.
tricomas; estômatos ciclocíticos com células subsidiárias
com cutícula estriada; células fundamentais da epiderme F. A 5 mL do extrato obtido no teste B. de Identificação,
com paredes sinuosas, com sinuosidade mais ou menos adicionar pequenos fragmentos de magnésio metálico e
pronunciada, dependendo da amostra e da face foliar; 1 mL de ácido cloridríco. O aparecimento de coloração
fragmentos de mesofilo dorsiventral com drusas disformes vermelha indica a presença de agliconas flavonoídicas.
e cristais prismáticos acompanhando os feixes vasculares.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 887
ca
da Solução reagente. Levar ao banho de gelo para resfriar,
DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE ESPUMA (IE) por 10 minutos. Não permitir o congelamento. Completar o
volume com ácido acético anidro. Colocar imediatamente
Transferir exatamente cerca de 1 g da droga vegetal moída em banho de gelo. Retirar 10 minutos antes da leitura em
(180 µm), para erlenmeyer contendo 50 mL de água espectrofotômetro.
fervente. Manter sob fervura moderada durante 15 minutos.
Resfriar, filtrar em algodão para balão volumétrico de
100 mL. Completar o volume, através do filtro, até 100 Solução branco: transferir volumetricamente 5 mL da
mL. Distribuir o decocto obtido em 10 tubos de ensaio Solução estoque para balão de fundo redondo de 100 mL
com tampa (16 mm de diâmetro por 16 cm de altura), em e evaporar até secura em evaporador rotatório. Solubilizar
uma série sucessiva de 1 mL, 2 mL, 3 mL, até 10 mL, e o resíduo em 8 mL da mistura de solução metanol com
ajustar o volume do líquido, em cada tubo, a 10 mL com ácido acético glacial (10:100) e transferir para balão
água. Tampar os tubos e agitá-los vigorosamente com volumétrico de 25 mL. Lavar o balão de fundo redondo
movimentos verticais por 15 segundos, com duas agitações com 3 mL da mistura de solução metanol com ácido acético
por segundo. Deixar em repouso por 15 minutos e medir a glacial (10:100) e transferir para o balão volumétrico
altura da espuma. Em seguida, adicionar em cada tubo 1 como previamente descrito. Adicionar 10 mL de ácido
mL de ácido clorídrico 2 M. Se a altura da espuma de todos fórmico anidro. Levar ao banho de gelo para resfriar por
os tubos for inferior a 1 cm, o índice de espuma é menor do 10 minutos. Não permitir o congelamento. Completar o
que 100. Se, em qualquer um dos tubos, a altura da espuma volume com ácido acético anidro. Colocar imediatamente
medida permanecer, após 10 minutos, igual ou superior a em banho de gelo. Retirar 10 minutos antes da leitura em
1 cm, a diluição do material vegetal nesse tubo (A) é o espectrofotômetro.
índice observado. Calcular o índice de espuma segundo a
expressão: Solução reagente: ácido bórico a 2,5% (p/v) e ácido
oxálico a 2% (p/v) em ácido fórmico anidro. Solubilizar
com aquecimento, em capela de exaustão.
Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A, B, C a 0,5 cm; em D a 1 mm; em E a 0,5 mm; em F, G, I e J a 50 µm; em H
e K a 25 µm.
A – aspecto geral de um ramo na fase de pré-antese: hipanto (hip); botão floral (bo). B – detalhe parcial de um ramo após a queda das corolas: cálice
(cl); estames (est). C – aspecto geral de uma folha: pecíolo (pc); nervura principal (np); nervura secundária (ns). D – detalhe parcial da nervação foliar
em destaque em C: nervura secundária (ns). E – detalhe parcial das aréolas e terminações vasculares: aréola (ar). F e G – vista frontal das faces adaxial
e abaxial foliar, respectivamente: célula epidérmica comum (ce); estômato (es). H – detalhe dos estômatos: célula-guarda (cg); célula subsidiária (cs).
I – tricoma tector foliar: tricoma (tr). J e K - detalhes da inserção do tricoma em vista frontal e transversal, respectivamente: tricoma (tr); células em
roseta (cr); epiderme (ep); cutícula (cu); face adaxial (ad); parênquima paliçádico (pp).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 889
ep
ep pp ad
ad
fv
fx
ba
ff x
pj
ic
f
pj ca
ab
ep ab
es A ep B
fx
ic
dr
x
cr
f D
ba
ff
dr
C
E
A – detalhe do mesofilo mediano com um feixe vascular terciário: face abaxial (ab); face adaxial (ad); feixe vascular (fv); bainha do feixe vascular
(ba); parênquima esponjoso (pj); idioblasto cristalífero (ic); epiderme (ep); parênquima paliçádico (pp); estômato (es). B – detalhe de um feixe vascular
secundário nas proximidades do bordo foliar: face abaxial (ab); face adaxial (ad); epiderme (ep); parênquima paliçádico (pp); fibras do floema (ff);
fibra do xilema (fx); xilema (x); floema (f); parênquima esponjoso (pj); epiderme (ep). C – detalhe parcial do feixe vascular da nervura principal: fibra
do xilema (fx); xilema (x); floema (f); fibras do floema (ff); idioblasto cristalífero (ic); bainha do feixe vascular (ba). D – fragmento do pó mostrando
cristais próximos aos feixes vasculares: idioblasto cristalífero (ic); drusa (dr); cristal prismático (cr). E – detalhe de uma drusa em um fragmento do pó:
drusa (dr).
890 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
_________________
A – região apical da nervura principal: parênquima paliçádico (pp); feixe vascular (fv); tricoma (tr). B – região mediana da nervura principal: xilema
(x); floema (f); colênquima (co); parênquima paliçádico (pp); parênquima esponjoso (pj); fibras do floema (ff); tricoma (tr). C – região basal da nervura
principal: epiderme (ep); feixe vascular (fv); xilema (x); floema (f); colênquima (co); fibras do floema (ff); tricoma (tr). D – região mediana do pecíolo:
colênquima (co); epiderme (ep).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 891
ca
A – aspecto geral do hipanto, pedúnculo floral, algumas sépalas e anteras: antera (at); sépala (sp); hipanto (hi); pedúnculo floral (pd). B – aspecto geral
de uma pétala. C – aspecto geral de uma flor em secção longitudinal mediana: antera (at); pétala (pt); sépala (sp); nectário (ne); hipanto (hi); óvulo
(ov); tricoma (tr). D – detalhe parcial da base da pétala em secção transversal: epiderme (ep); parênquima homogêneo (ph); feixe vascular (fv). E e F –
detalhes parciais da antera e parede da teca, respectivamente, em secções transversais: endotécio (en); epiderme (ep); grão de pólen (gp).
892 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
c
(C21H20O6, 368,4). grande gota amarela, e com células parenquimáticas
dispostas radialmente em torno desta célula. Pequenos
feixes vasculares colaterais, células contendo compostos
SINONÍMIA CIENTÍFICA fenólicos e pequenas gotas lipídicas também são comuns
nesta região. A endoderme é praticamente contínua e é
Curcuma domestica Valeton.
formada por células pequenas e achatadas, de diferentes
formas, com paredes delgadas. O cilindro central é bastante
CARACTERÍSTICAS desenvolvido, apresentando células parenquimáticas e
células contendo compostos fenólicos e gotas lipídicas.
Características organolépticas. A droga tem odor Nas células do cilindro central ocorre menor quantidade
fracamente aromático, lembrando o do gengibre; sabor de grãos de amido e maior quantidade de idioblastos
picante e levemente amargo. secretores. Pequenos feixes vasculares de distribuição
anelar ocorrem junto à endoderme e feixes de maior
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA desenvolvimento, de distribuição aleatória e em grande
número, ocorrem mais internamente.
Rizomas principais ovalados, oblongos ou arredondados,
medindo até 12 cm de comprimento e até 5 cm de diâmetro;
rizomas laterais cilíndricos e alongados, arredondados nas DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
extremidades, medindo de 6 cm a 15 cm de comprimento O pó atende a todas as exigências estabelecidas para a
e de 1 cm a 4 cm de diâmetro, geralmente portando espécie, menos os caracteres macroscópicos. A observação
pequenas ramificações. Os rizomas possuem coloração microscópica do pó torna-se mais clara, quando utilizado
amarelo-parda a amarelo-acastanhada, superfície lisa, hidrato de cloral. São características: coloração amarelo-
com cicatrizes anelares provenientes das bases das escura; fragmentos da epiderme com pelos, em vista frontal;
bainhas foliares, cicatrizes irregulares provenientes das pelos isolados ou parte destes; fragmentos da epiderme com
ramificações laterais e pequenas cicatrizes arredondadas, estômatos, em vista frontal; fragmentos da epiderme com
de raízes. Raízes laterais amarronzadas, paleáceas, células mostrando gotas lipídicas; fragmentos da epiderme
estriadas, partem dos rizomas. Pelos longos são visíveis mostrando a cicatriz de pelos, em vista frontal; fragmentos
com auxílio de lente. Bainhas fibrosas podem acompanhar da epiderme e do córtex, visualizado por transparência,
o rizoma principal. A fratura é lisa, nítida e gelatinosa, em vista frontal; fragmentos de epiderme e de súber, em
amarelo-alaranjada a alaranjada, com pontos mais claros secção transversal; fragmentos de súber, em vista oblíqua;
dispersos, correspondentes aos feixes vasculares. Em fragmentos de súber, em secção transversal; fragmentos
secção transversal são claras duas zonas: o córtex e o de súber e de parênquima cortical, em secção transversal;
cilindro central, separados pela endoderme. A região células parenquimáticas isoladas ou agrupadas; fragmentos
cortical é estreita e mais clara e a medula bem desenvolvida de parênquima, em secção transversal; fragmentos de
e alaranjada. parênquima de reserva com células repletas de grãos de
amido, em secção transversal; células parenquimáticas
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA isoladas, repletas de grãos de amido, em secção
transversal; massas de grãos de amido; grãos de amido
Em vista frontal, a epiderme apresenta células de variadas isolados e/ou agrupados; porções de elementos de vaso
formas e de paredes retilíneas e espessas, com algumas gotas agrupados, com espessamento escalariforme, em secção
lipídicas. Os estômatos são anomocíticos. Os pelos são longitudinal; porções de elementos de vaso isolados, com
simples, uni a tricelulares, longos, de paredes espessadas, espessamento reticulado, em secção longitudinal; porções
muitas vezes caducos e de base nítida, arredondada e de elementos de vaso com espessamento reticulado, em
espessa. O súber, visualizado por transparência, apresenta secção longitudinal, associado a células parenquimáticas,
células quadrangulares a retangulares, de paredes espessas, em secção transversal; porções de elementos de vaso
com gotas lipídicas. Em secção transversal, a cutícula é com espessamento reticulado e com espessamento
delgada e lisa. A epiderme é formada por células achatadas helicoidal, em secção longitudinal; porções de elementos
tangencialmente, a maioria tabular, de paredes finas e de vaso isolados, com espessamento helicoidal, em secção
os estômatos localizam-se um pouco acima das demais longitudinal; gotas lipídicas isoladas.
células epidérmicas. O súber é constituído por poucas
camadas de células retangulares, muito maiores do que
as da epiderme, compactas, de paredes suberizadas,
enfileiradas radialmente e com gotas lipídicas. As últimas
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 893
ca
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, DOSEAMENTO
com espessura de 250 µm, como suporte, e mistura de
clorofórmio, etanol e ácido acético glacial (95:5:0,5) como Óleos voláteis
fase móvel. Aplicar à placa, em forma de banda, 10 mL Proceder conforme descrito em Determinação de óleos
de cada uma das soluções descritas a seguir, recentemente voláteis em drogas vegetais (5.4.2.7). Utilizar balão de
preparadas. fundo redondo de 500 mL contendo 200 mL de água como
Solução (1): agitar 0,5 g da amostra recentemente líquido de destilação e 0,5 mL de xileno (que devem ser
pulverizada com 5 mL de metanol, por 30 minutos, inseridos no tubo graduado). Reduzir a amostra a pó (500
centrifugar durante 10 minutos a 2500 rpm. Filtrar. µm) e proceder imediatamente à determinação em 5 g da
droga em pó. Destilar por 4 horas.
Solução (2): dissolver 5 mg de curcumina SQR,
demetoxicurcumina SQR e bisdemetoxicurcumina SQR Derivados do dicinamoilmetano
em 5 mL de metanol. Introduzir 10 mg da amostra em béquer de 50 mL, adicionar
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar 6 mL de ácido acético glacial e aquecer em banho-maria a
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (365 nm). A 90 °C por 60 minutos. Adicionar 0,2 g de ácido bórico e
região do cromatograma obtido com a Solução (2), quando 0,2 g de ácido oxálico, aquecer em banho-maria (90 °C)
examinado sob luz ultravioleta (365 nm), apresenta na parte durante 10 minutos. Esfriar e diluir com ácido acético
mediana, uma mancha verde fluorescente, correspondente glacial em balão volumétrico de 10 mL. Transferir 1 mL
à demetoxicurcumina (Rf de aproximadamente 0,6); dessa solução para balão volumétrico de 10 mL e completar
no terço superior observa-se uma mancha referente à o volume com ácido acético glacial. Medir a absorvância
curcumina, também de coloração verde fluorescente (Rf em 530 nm, logo após o seu preparo utilizando ácido
de aproximadamente 0,7); e, no terço inferior, observa- acético glacial para ajuste do zero. Utilizar como valor
se mancha com a mesma coloração daquelas verificadas de absorvância específica da curcumina 2350. Calcular o
em Rf 0,7 e 0,6, referente à bisdemetoxicurcumina (Rf teor de derivados de dicinamoilmetano, expresso como
de aproximadamente 0,4). As mesmas manchas devem curcumina, segundo a expressão:
ser visualizadas na região do cromatograma obtida com
a Solução (1), devendo corresponder em posição àquelas
obtidas com a Solução (2).
em que
C. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, DC % = teor de derivados de dicinamoilmetano (%, p/p);
com espessura de 250 µm, como suporte, e mistura de A = absorvância medida;
tolueno e acetato de etila (97:3) como fase móvel. Aplicar,
m = massa da amostra (g), considerando o teor de água.
separadamente, à placa, em forma de banda, 10 mL da
Solução (1) descrita no teste B. de Identificação e 10 µL
da Solução (3), recentemente preparada, descrita a seguir. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Solução (3): dissolver 10 mg de timol em 10 mL de Em recipiente bem fechado, ao abrigo da luz e calor.
metanol.
Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A a 5 cm (régua 1); em B, C e E a 100 µm (régua 2); em D a 1,0 mm (régua 3).
A – aspectos gerais de rizomas: bainha foliar (bf); cicatriz anelar proveniente da base da bainha foliar (cia); cicatriz de ramificação lateral (crl); cicatriz
de raiz (cra); rizoma lateral (ril); rizoma principal (rip); raiz lateral (rlt). B – detalhe de porção da epiderme, em vista frontal: célula fundamental
da epiderme (cfe); estômato (es); pêlo (pel). C – detalhe de porção do súber, em vista frontal: gota lipídica (gl). D – esquema do rizoma em secção
transversal: cilindro central (cc); cutícula (cu); córtex (cx); endoderme (end); epiderme (ep); feixe vascular (fv); parênquima cortical (pc); parênquima
medular (pm); súber (s). E – detalhe de porção do rizoma em secção transversal: cilindro central (cc); célula contendo composto fenólico (ccf); cutícula
(cu); córtex (cx); espaço intercelular (ei); endoderme (end); epiderme (ep); floema (f); feixe vascular (fv); grão de amido (ga); gota lipídica (gl);
idioblasto secretor (is); núcleo (nu); pêlo (pel); parênquima cortical (pc); parênquima medular (pm); súber (s); xilema (x).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 895
ca
_____________
Complemento da legenda da Figura 2. A escala corresponde a 100 µm.
A – fragmento de epiderme, com pêlo, em vista frontal: pêlo (pel). B – pêlos isolados. C – fragmento de epiderme com estômato, em vista frontal:
estômato (es); gota lipídica (gl). D – fragmento de epiderme, em vista frontal: gota lipídica (gl). E – fragmento de epiderme com cicatrizes de pêlos,
em vista frontal: cicatriz de pêlo (cpe). F – fragmento de epiderme e do córtex, visto por transparência, em vista frontal: epiderme (ep); súber (s).
G – fragmento de epiderme e de súber, em secção transversal: cutícula (cu); epiderme (ep); gota lipídica (gl); súber (s). H – fragmento de súber, em
vista oblíqua: grão de amido (ga); gota lipídica (gl). I – fragmentos de súber, em secção transversal: gota lipídica (gl). J – células parenquimáticas
896 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
isoladas ou agrupadas: gota lipídica (gl). L – fragmento de súber e de parênquima cortical, em secção transversal: gota lipídica (gl); parênquima cortical
(pc); súber (s). M – fragmento de parênquima, em secção transversal: célula contendo composto fenólico (ccf); gota lipídica (gl). N – fragmento de
parênquima de reserva com células repletas de grãos de amido, em secção transversal: grão de amido (ga). O – células parenquimáticas isoladas,
repletas de grãos de amido, em secção transversal: grão de amido (ga). P – massa de grãos de amido. Q – grãos de amido isolados e/ou agrupados.
R – porções de elementos de vaso agrupados, com espessamento escalariforme, em secção longitudinal. S – porção de elemento de vaso isolado, com
espessamento reticulado, em secção longitudinal. T - porção de elemento de vaso com espessamento reticulado em secção longitudinal, associado a
células parenquimáticas, em secção transversal: elemento de vaso com espessamento reticulado (ere); parênquima (p). U – porções de elementos de vaso
com espessamento reticulado e com espessamento helicoidal, em secção longitudinal: elemento de vaso com espessamento helicoidal (eh); elemento
de vaso com espessamento reticulado (ere). V – porção de elemento de vaso isolado, com espessamento helicoidal, em secção longitudinal. X – gotas
lipídicas isoladas.
c
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 897
da
cromatograma com a Solução (2)(1,0%) e não mais que
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de duas quaisquer dessas manchas são mais intensas do que
C12H12N2O2S, em relação à substância dessecada. a mancha obtida no cromatograma com a Solução (3)
(0,2%).
DESCRIÇÃO Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
Características físicas. Pó cristalino, branco ou levemente amostra. Dessecar em estufa em temperatura entre 100 oC
amarelado, inodoro e com leve sabor amargo. e 105 oC, por 3 horas. No máximo 1,5%.
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
solúvel em acetona e ligeiramente solúvel em etanol. No máximo 0,1%.
Facilmente solúvel em ácidos minerais diluídos.
Constantes físico-químicas.
DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Faixa de fusão (5.2.2): 175 oC a 181 oC.
A. Proceder conforme descrito em Titulações por
IDENTIFICAÇÃO diazotação (5.3.3.1), utilizar o Método 1 ou o Método 2.
Utilizar 0,25 g da amostra. Cada mL de nitrito de sódio 0,1
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da M SV equivale a 12,415 mg de C12H12N2O2S.
amostra previamente dessecada e dispersa em brometo
de potássio apresenta máximos de absorção somente B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar 50 mg da amostra,
intensidades relativas daqueles observados no espectro de adicionar 40 mL de etanol e submeter ao ultrassom por 10
dapsona SQR, preparado de maneira idêntica. minutos. Agitar durante 30 minutos e completar o volume
para 100 mL com o mesmo solvente. Filtrar em papel de
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa filtro adequado. Diluir, sucessivamente, em etanol, até
de 200 nm a 400 nm, de uma solução a 0,0005% (p/v), em concentração de 0,0005% (p/v). Preparar solução padrão
metanol, exibe máximos em 260 nm e 295 nm e mínimos de dapsona SQR na mesma concentração, utilizando o
em 232 nm e 268 nm, idênticos aos observados no espectro mesmo solvente. Medir as absorvâncias das soluções
de solução similar de dapsona SQR. resultantes em 295 nm utilizando etanol para ajuste do
zero. Calcular o teor de C12H12N2O2S na amostra a partir
C. Proceder conforme descrito em Substâncias das leituras obtidas.
relacionadas. A mancha principal obtida no cromatograma
com a Solução (4) corresponde em posição, cor e
intensidade àquela obtida com a Solução (5). EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
d
C22H29FO5; 392,46 a Solução (1), corresponde em posição, cor à luz do dia,
dexametasona; 02817 fluorescência à luz ultravioleta de 365 nm e dimensões, à
(11β,16α)-9-Fluor-11,17,21-triidroxi-16-metilpregna-1,4- mancha principal obtido com a Solução (2). O ensaio só
dieno-3,20-diona é válido se a Solução (3), apresentar duas manchas que
[50-02-2] podem não estar totalmente separadas.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 0,25 g da Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
amostra. No máximo 0,2%. quantidade declarada de C22H29FO5.
DOSEAMENTO IDENTIFICAÇÃO
Empregar um dos métodos descritos a seguir. Proceder conforme descrito em Cromatografia em camada
delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel, como suporte,
A. Por Espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14). e mistura de clorofórmio, acetona e acido acético glacial
Pesar exatamente, cerca de 0,1 g da amostra e dissolver em (80:40:1), como fase móvel. Aplicar, separadamente,
etanol. Completar o volume para 100 mL com o mesmo a placa, 5 µL de cada uma das soluções, recentemente
solvente. Transferir 2,0 mL dessa solução para balão preparadas, descritas a seguir.
volumétrico de 100 mL e completar o volume com etanol.
da
Preparar solução padrão de dexametasona em etanol, na Solução (1): solução a 0,1 mg/mL de dexametasona na
mesma concentração final. Medir as absorvâncias das amostra.
soluções resultantes em 238,5 nm, utilizando etanol para Solução (2): solução a 0,1 mg/mL de dexametasona SQR
ajuste do zero. Calcular o teor de C22H29FO5 na amostra em mistura de cloreto de metileno e metanol (1:1).
a partir das leituras obtidas. Alternativamente, realizar os
cálculos considerando A (1%, 1 cm) = 394, em 238,5 nm, Desenvolver o cromatograma. Remover a placa. Evaporar o
em etanol. solvente. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A mancha
principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição,
B. Por Cromatografia a líquido de alta eficiência cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2).
(5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido de detector
ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de comprimento
e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada com sílica CARACTERÍSTICAS
quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 µm),
mantida a temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel de Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
1,0 mL/minuto. pH (5.2.19). 2,7 a 4,0.
Fase móvel: preparar adequadamente solução metanol e Determinação do álcool (5.3.3.8). Entre 3,8% e 5,7%.
água (75:25). Álcool n-propilíco como padrão interno.
Solução amostra: transferir 30 mg da amostra, exatamente
pesada, para balão volumétrico de 100 mL, completar o TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
volume com Fase móvel e misturar.
Contagem de micro-organismos viáveis totais
Solução padrão: dissolver uma quantidade exatamente (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
pesada de dexametasona SQR em metanol para obter
solução a 1 mg/mL. Transferir 3 mL dessa solução para Pesquisa e identificação de patógenos (5.5.3.1.3).
balão volumétrico de 10 mL e completar o volume com Cumpre o teste.
Fase móvel, obtendo solução a 0,3 mg/mL.
Procedimento: injetar, separadamente, 10 µL das Soluções Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as cada comprimido para balão volumétrico de 100 mL,
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C22H29FO5 adicionar 5 mL de água, agitar e aguardar 15 minutos
na amostra, a partir das respostas obtidas para a Solução até sua desintegração. Prosseguir conforme descrito no
padrão e a Solução amostra. método A. de Doseamento, a partir de “Adicionar 70 mL
de ácido clorídrico 0,1 M...”.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL
ROTULAGEM Aparelhagem: cestas, 100 rpm
Observar a legislação vigente Tempo: 45 minutos
d
DIAZEPAM COMPRIMIDOS dissolução e diluir, se necessário, com ácido clorídrico 0,1
M, até concentração adequada. Medir as absorvâncias em
284 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para ajuste
Contém, no mínimo, 92,5% e, no máximo, 107,5% da do zero. Calcular a quantidade de C16H13ClN2O dissolvida
quantidade declarada de C16H13ClN2O. no meio, comparando as leituras obtidas com a da solução
de diazepam SQR na concentração de 0,002% (p/v),
IDENTIFICAÇÃO preparada em ácido clorídrico 0,1 M.
A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
de 230 nm a 350 nm, da solução amostra obtida no método declarada de C16H13ClN2O se dissolvem em 45 minutos.
A. de Doseamento, exibe máximos de absorção em 242 e
284 nm, idênticos aos observados no espectro da solução ENSAIOS DE PUREZA
padrão.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia em Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de acetato
como suporte, e mistura de acetato de etila e hexano de etila e hexano (50:50), como fase móvel. Aplicar,
(50:50), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, separadamente, à placa, 20 µL da Solução (1) e 5 µL da
2 µL das soluções descritas a seguir. Solução (2), recentemente preparadas, descritas a seguir.
Solução (1): agitar com etanol, quantidade do pó de Solução (1): agitar quantidade do pó de comprimidos
comprimidos suficiente para preparar solução contendo correspondente a 50 mg de diazepam com 5 mL de etanol
0,02% (p/v) de diazepam e filtrar. e filtrar.
Solução (2): preparar solução de diazepam SQR a 0,02% Solução (2): diluir um volume da Solução (1) para 50
(p/v) em etanol. volumes com etanol.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, secar Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, secar à
à temperatura ambiente e examinar sob luz ultravioleta temperatura ambiente e examinar sob luz ultravioleta (254
(254 nm). A mancha principal obtida com a Solução (1) nm). Nenhuma mancha secundária obtida com a Solução
corresponde em posição, cor e intensidade àquela obtida (1) é mais intensa que a mancha principal obtida com a
com a Solução (2). Solução (2) (2%).
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, DOSEAMENTO
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos. Solução (2): dissolver quantidade, exatamente pesada, de
da
Transferir quantidade do pó equivalente a 10 mg de diazepam SQR em metanol, de modo a obter solução de
diazepam para balão volumétrico de 50 mL, adicionar 40 concentração 1 mg/mL.
mL de Fase móvel e deixar em ultrassom por 5 minutos.
Agitar, mecanicamente, por 5 minutos. Completar o Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar secar
volume com o mesmo solvente, homogeneizar e filtrar. ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (365 nm). Nebulizar
Transferir 5 mL do filtrado para balão volumétrico de 50 com ácido sulfúrico a 10% (p/v) em etanol absoluto, aquecer
mL e completar o volume com a Fase móvel, obtendo a placa a 105 °C por 10 minutos. A mancha principal obtida
solução a 20 µg/mL. com a Solução (1) corresponde em posição, cor e intensidade
àquela obtida com a Solução (2).
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de diazepam SQR em Fase móvel para obter solução a C. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
0,2 mg/mL. Transferir 5 mL dessa solução para balão de alta eficiência (5.2.17.4). O tempo de retenção do pico
volumétrico de 50 mL e completar o volume com a Fase principal do cromatograma da Solução amostra, obtido no
móvel, obtendo solução a 20 µg/mL. método B. de Doseamento, corresponde àquele do pico
principal da Solução padrão.
Injetar replicatas de 20 µL da Solução padrão. A eficiência
da coluna não é menor que 5000 pratos teóricos. O fator
CARACTERÍSTICAS
de cauda não é maior que 2,0. O desvio padrão relativo
das áreas de replicatas dos picos registrados não é maior Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
que 2,0%.
pH (5.2.19). 6,2 e 7,0.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL das Soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C16H13ClN2O TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
nos comprimidos a partir das respostas obtidas com a
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
Solução padrão e a Solução amostra.
Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 11,6 UE/
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO mg de diazepam.
d
Solução amostra: transferir, exatamente, um volume da benzenoacético (1:1)
solução injetável, equivalente a 10 mg de diazepam, para [15307-81-0]
um balão volumétrico de 50 mL. Transferir 10 mL da
Solução padrão interno para a Solução da amostra e diluir Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de
com metanol para o volume final e homogeneizar. C14H10Cl2KNO2, em relação à substância dessecada.
Solução (2): diluir 25 mg de diclofenaco potássico SQR vezes a área sob o pico principal obtido no cromatograma
em metanol e completar o volume para 5 mL com o mesmo da Solução (2).
solvente.
Metais pesados (5.3.2.3). Pesar 2 g da amostra. Incinerar
Solução (3): diluir 10 mg de indometacina SQR com a entre 500 °C e 600 °C. Se o resíduo não se apresentar
Solução (2) e completar o volume para 2 mL com metanol. completamente branco após a incineração, adicionar
quantidade suficiente de peróxido de hidrogênio para
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar solubilizar. Aquecer até completa evaporação. Repetir o
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A procedimento até obter resíduo completamente branco e
mancha principal obtida com a Solução (1) corresponde prosseguir conforme descrito no Método III. No máximo
em posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução 0,001% (10 ppm).
(2). O teste somente será válido se o cromatograma obtido
com a Solução (3) apresentar duas manchas nitidamente Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
separadas. amostra. Dessecar em estufa, entre 100 °C e 105 °C, por 3
horas. No máximo 0,5%.
D. Dissolver cerca de 10 mg de amostra em 10 mL de
da
etanol. A 1 mL desta solução adicionar 0,2 mL de mistura
de ferricianeto de potássio 0,6% (p/v) e cloreto férrico DOSEAMENTO
a 0,9% (p/v) (1:1), recentemente preparada. Deixar em
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
repouso, protegido da luz, por 5 minutos. Adicionar 3 mL
de ácido clorídrico 0,1 M. Deixar em repouso, protegido A. Proceder conforme descrito em Titulações em meio
da luz, por 15 minutos. Desenvolve-se coloração azul e não aquoso (5.3.3.5). Dissolver, exatamente, cerca de 0,3
produz-se precipitado. g de amostra em 30 mL de ácido acético glacial. Titular
com ácido perclórico 0,1 M SV, determinar o ponto final
E. Dissolver 0,5 g da amostra em 10 mL de água. Adicionar
potenciometricamente. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M
2 mL de ácido clorídrico diluído, agitar por uma hora e
SV equivale a 33,424 mg de C14H10Cl2KNO2.
filtrar a vácuo. Neutralizar com hidróxido de sódio 5 M.
Responde à reação 2 do íon potássio (5.3.1.1). B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
ENSAIOS DE PUREZA de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
Aspecto da solução. A solução a 5% (p/v) em metanol com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
é límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12) e a absorvância da mm); fluxo da Fase móvel de 1,0 mL/minuto.
solução no ultravioleta, determinada em 440 nm, não é
superior a 0,05. Tampão fosfato pH 2,5: misturar iguais volumes de ácido
fosfórico a 0,05% (p/v) e fosfato de sódio monobásico a
pH (5.2.19). 7,0 a 8,5. Determinar em solução aquosa a 0,08% (p/v). Se necessário ajustar o pH para 2,5 com ácido
1% (p/v). fosfórico.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito no Fase móvel: mistura de Tampão fosfato pH 2,5 e metanol
método B. de Doseamento. Preparar as Soluções (1) e (2) (30:70).
como descrito a seguir.
Diluente: mistura de água e metanol (30:70).
Diluente: mistura de água e metanol (30:70).
Solução amostra: dissolver quantidade exatamente pesada
Solução (1): transferir 50 mg de amostra para balão da amostra em Diluente de modo a obter solução a 40 μg/
volumétrico de 100 mL, diluir com Diluente e completar o mL.
volume com o mesmo solvente.
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
Solução (2): transferir 2 mL da Solução (1) para balão da diclofenaco potássico SQR em Diluente de modo a
volumétrico de 100 mL, completar o volume com Diluente. obter solução a 40 μg/mL.
Transferir 1 mL dessa solução para balão volumétrico de
10 mL e completar o volume com o mesmo solvente. Solução de resolução: transferir 2,0 mg de dietilftalato,
10,0 mg de diclofenaco potássico SQR e 1,0 mg de
Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL das Soluções 1-(2,6-diclorofenil)-1,3-diidro-2H-indol-2-ona (Impureza
(1) e (2), registrar os cromatogramas e medir as áreas sob A) para balão volumétrico de 200 mL, completando volume
os picos. Nenhum pico secundário, obtido com a Solução com Diluente e homogeneizar.
(1) apresenta área superior à área sob o pico principal
obtido no cromatograma da Solução (2) (0,2%). A soma de Injetar replicatas de 20 μL da Solução de resolução. Os
todas as áreas, de todos os picos, exceto o pico principal, tempos de retenção relativos são cerca de 0,5 para o
no cromatograma da Solução (1) não é superior a 2,5 vezes dietilftalato, 0,7 para a Impureza A e 1 para o diclofenaco
a área sob o pico principal, obtido no cromatograma da potássico. A resolução entre dietilftalato e a Impureza A
Solução (2) (0,5%). No cromatograma da Solução (1), não é menor que 4,0; e entre a Impureza A e o diclofenaco
desprezar qualquer pico cuja área seja menor que 0,25 potássico não é menor que 6,5. O desvio padrão relativo
904 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
das áreas de replicatas sob os picos registrados não é maior Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir
que 2,0%. quantidade de pó equivalente a 50 mg de diclofenaco
potássico para balão volumétrico de 10 mL, adicionar 7
Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL da Solução mL de metanol. Deixar em ultrassom por 15 minutos e
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas completar o volume com o mesmo solvente. Homogeneizar
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de e filtrar;
C14H10Cl2KNO2 na amostra a partir das respostas obtidas
com a Solução padrão e a Solução amostra. D. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. CARACTERÍSTICAS
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
ROTULAGEM
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
Observar a legislação vigente.
d
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
CLASSE TERAPÊUTICA Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
Anti-inflamatório. Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
da
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA IDENTIFICAÇÃO
Contagem do número total de micro-organismos O teste de identificação A. pode ser omitido se forem
mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. realizados os testes B. e C.
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir quantidade
Cumpre o teste. equivalente a 0,1 g de difosfato de cloroquina para funil de
separação e dissolver em 10 mL de água. Adicionar 2 mL
DOSEAMENTO de hidróxido de sódio 2 M e extrair com duas porções de 20
mL de clorofórmio. Combinar os extratos orgânicos, lavar
Empregar um dos métodos descritos a seguir. com água, secar com sulfato de sódio anidro e evaporar até
secura. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14)
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de do resíduo, dissolvido em 2 mL de clorofórmio, apresenta
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar os máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente a de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
50 mg de diclofenaco potássico para balão volumétrico de observados no espectro de difosfato de cloroquina SQR,
100 mL, adicionar 70 mL de hidróxido de sódio 0,1 M. preparado de maneira idêntica.
Deixar em ultrassom por 15 minutos e completar o volume
com o mesmo solvente. Filtrar. Transferir 5 mL do filtrado B. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir quantidade
para um balão volumétrico de 50 mL, completar o volume do pó equivalente a 0,1 g de difosfato de cloroquina para
com o mesmo solvente e homogeneizar, a fim de obter uma balão volumétrico de 100 mL. Acrescentar 70 mL de
solução a 50 µg/mL. Preparar solução padrão nas mesmas água, deixar em ultrassom por 10 minutos e completar
condições. Medir as absorvâncias das soluções em 276 nm, o volume com o mesmo solvente (usar essa solução,
utilizando hidróxido de sódio 0,1 M para ajuste do zero. também, nos testes B. e C. de Identificação). Filtrar. Diluir,
Calcular a quantidade de C14H10Cl2KNO2 nos comprimidos, sucessivamente, com água até concentração de 0,001%
a partir das leituras obtidas. (p/v). O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
faixa de 200 nm a 400 nm, da solução resultante exibe
B. Proceder conforme descrito no método B. de máximos e mínimos somente nos mesmos comprimentos
Doseamento na monografia de Diclofenaco potássico. de onda de solução similar de difosfato de cloroquina SQR.
Preparar a Solução amostra como descrito a seguir: A razão entre os valores de absorvância medidos em 343
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos. nm e 329 nm está compreendida entre 1,00 e 1,15.
Transferir quantidade do pó equivalente a 25 mg de C. Acrescentar 5 mL de ácido pícrico SR1 à 20 mL da
diclofenaco potássico para balão volumétrico de 25 mL, primeira solução obtida no teste B. de Identificação.
adicionar 15 mL de Diluente. Deixar em ultrassom por Forma-se precipitado amarelo. Filtrar e lavar o precipitado
15 minutos e completar o volume com o mesmo solvente. com água até que a última água de lavagem seja incolor.
Transferir 1 mL desta solução para balão volumétrico de 25 Secar sobre sílica-gel. O resíduo obtido funde entre 205
mL e completar o volume com o Diluente, de modo a obter °C e 210 °C.
uma solução a 40 mg/mL. Homogeneizar.
D. A solução obtida no teste B. de Identificação responde
Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL das Soluções às reações do íon fosfato (5.3.1.1).
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
áreas dos picos. Calcular a quantidade de C14H10Cl2KNO2
nos comprimidos a partir das respostas obtidas com as CARACTERÍSTICAS
Soluções padrão e amostra.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
906 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. (v/v) e completar o volume com o mesmo solvente. Diluir,
sucessivamente, em ácido clorídrico a 0,1% (v/v), até
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. concentração de 0,001% (p/v). Preparar solução padrão na
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. mesma concentração, utilizando ácido clorídrico a 0,1%
(v/v) como solvente. Medir as absorvâncias das soluções
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. resultantes em 343 nm, utilizando o mesmo solvente para
ajuste do zero. Calcular a quantidade de C18H26ClN3.2H3PO4
nos comprimidos a partir das leituras obtidas.
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Meio de dissolução: água, 900 mL EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Aparelhagem: pás, 100 rpm Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e em
temperatura controlada.
Tempo: 45 minutos
d
dissolução, filtrar e diluir com água até concentração
adequada. Medir as absorvâncias das soluções em 343 nm Observar a legislação vigente.
(5.2.14), utilizando o mesmo solvente para ajuste do zero.
Calcular a quantidade de C18H26ClN3.2H3PO4 dissolvida no
meio, comparando as leituras obtidas com a da solução de DIFOSFATO DE PRIMAQUINA
difosfato de cloroquina SQR na concentração de 0,002% Primaquini diphosphas
(p/v), preparada no mesmo solvente.
DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
B. O resíduo obtido por ignição da amostra responde às Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
reações do íon fosfato (5.3.1.1), porém, o precipitado aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 0,2 g da
obtido com a adição de nitrato de prata SR é branco e o amostra e dissolver em 40 mL de ácido acético glacial,
obtido com a adição de molibdato de amônio SR é amarelo. aquecendo moderadamente. Titular com ácido perclórico
0,1 M SV, determinando o ponto final potenciometricamente.
Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 22,767
ENSAIOS DE PUREZA mg de C15H21N3O.2H3PO4.
pH (5.2.19). 2,5 a 3,5. Determinar em solução aquosa a
1% (p/v). EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito Em frascos âmbar, hermeticamente fechados, ao abrigo da
em Cromatografia a líquido de alta eficiência (5.2.17.4). luz.
da
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta
a 261 nm; coluna de 200 mm de comprimento e 4,6 mm
de diâmetro interno, empacotada com sílica-gel (10 μm),
ROTULAGEM
mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel de Observar a legislação vigente.
3 mL/minuto.
Solução (2): dissolver, exatamente, cerca de 50 mg da Contém, no mínimo, 93,0% e, no máximo, 107,0% da
amostra em água e diluir para 5 mL com o mesmo solvente. quantidade declarada de C15H21N3O.2H3PO4.
A 1 mL dessa solução, adicionar 0,2 mL de solução
concentrada de amônia e misturar com 10 mL da Fase
móvel. Utilizar a camada límpida inferior. IDENTIFICAÇÃO
Solução (3): diluir 3 mL da Solução (2) para 100 mL com A. Pulverizar os comprimidos e transferir, aproximadamente,
a Fase móvel. 60 mg de primaquina para funil de separação. Adicionar 10
mL de água, 2 mL de hidróxido de sódio 2 M e extrair com
Solução (4): diluir 1 mL da Solução (2) para 10 mL com a duas porções de 20 mL de clorofórmio, agitando por 10
Fase móvel. Diluir 1 mL da solução resultante para 50 mL minutos. Filtrar através de filtro contendo sulfato de sódio
com a Fase móvel. anidro, evaporar, até a secura, e dissolver o resíduo em 2 mL
de clorofórmio. O espectro de absorção no infravermelho
Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL de cada
(5.2.14) da solução obtida apresenta máximos de absorção
solução e registrar os cromatogramas por, no mínimo, o
somente nos mesmos comprimentos de onda e com as
dobro do tempo de retenção do pico principal. A soma
mesmas intensidades relativas daqueles observados no
das áreas de todos os picos obtidos com a Solução (2),
espectro de difosfato de primaquina SQR, preparado de
exceto a do pico do solvente, não é maior que a área sob
maneira idêntica.
o pico principal, obtido com a Solução (3) (3%). Não
considerar picos com área inferior àquela apresentada pelo B. Dissolver quantidade de comprimidos, finamente
pico principal no cromatograma obtido com a Solução pulverizados, contendo equivalente a 25 mg de difosfato
(4) (0,2%). O teste somente é válido se o cromatograma de primaquina, em 10 mL de água e filtrar. O filtrado, após
obtido com a Solução (1) apresenta, antes do pico neutralização com 2 mL de ácido nítrico 2 M, responde às
principal, um pico com área de aproximadamente 6% do reações do íon fosfato (5.3.1.1).
pico da primaquina; a resolução entre os dois picos é de,
no mínimo, 2,0 e, no cromatograma obtido com a Solução
(4), a relação sinal/ruído é superior a 5. CARACTERÍSTICAS
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC, por 2 horas. No
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
máximo 1,0%.
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
908 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
d
diâmetro interno, empacotada com grupos octadecilsilano EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
quimicamente ligados a sílica porosa ou partículas de
cerâmica (3 mm a 10 mm); fluxo da Fase móvel de 2,0 mL/ Em recipientes hermeticamente fechados e ao abrigo da
minuto. luz.
da
repouso por 10 minutos e agitar ocasionalmente. Adicionar
Aparelhagem: cestas, 120 rpm 25 mL de ácido acético glacial, agitar por 1 hora e filtrar.
Transferir 4 mL do filtrado para balão volumétrico de 25
Tempo: 60 minutos mL e adicionar 1 mL de dimetilsulfóxido. Completar o
Solução padrão: transferir, o equivalente a 25 mg de volume com reagente de xantidrol, homogeneizar e deixar
digoxina SQR para balão volumétrico de 500 mL e dissolver em repouso, ao abrigo da luz, por 4 horas. Preparar solução
com pequena quantidade de etanol. Completar o volume padrão nas mesmas condições, utilizando os mesmos
com etanol a 80% (v/v) e homogeneizar. Transferir uma solventes. Preparar o branco utilizando os mesmos
alíquota de 10 mL dessa solução para balão volumétrico solventes. Medir as absorvâncias das soluções resultantes
de 100 mL e completar o volume com etanol a 80% (v/v). em 545 nm, utilizando o branco para o ajuste do zero.
Transferir alíquotas dessa solução para balão volumétrico Calcular a quantidade de C41H64O14 nos comprimidos, a
de 50 mL para preparar curva padrão equivalente a 20%, partir das leituras obtidas.
40%, 60%, 80% e 100% da quantidade declarada de B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
digoxina em 500 mL e completar o volume com o Meio de alta eficiência (5.2.17.4). Proceder conforme descrito
de dissolução. no método B. de Doseamento na monografia de Digoxina.
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de Preparar Solução amostra como descrito a seguir.
dissolução, filtrar através de filtro de porosidade inferior Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
a 0,8 mm e descartar os primeiros 10 mL. Transferir, Transferir quantidade do pó equivalente a 1 mg de digoxina
para frascos individuais com tampa, em duplicata, 1 mL para balão volumétrico de 25 mL. Adicionar 15 mL da
da solução amostra, 1 mL da solução da curva padrão e mistura de etanol e água (1:1) e deixar em ultrassom por 30
1 mL do Meio de dissolução para o preparo do branco e minutos. Completar o volume e homogeneizar, de modo a
adicionar, rapidamente, os seguintes reagentes: 1 mL de obter solução a 40 mL/mL.
solução de ácido ascórbico a 0,2% (p/v) em metanol, 5
mL de ácido clorídrico e 1 mL de peróxido de hidrogênio Procedimento: injetar, separadamente, 20 mL das Soluções
metanólico. Agitar após a adição de cada reagente. Fechar padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
os frascos e após 2 horas medir a fluorescência das áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C41H64O14 nos
soluções em comprimento de onda de excitação de 372 nm comprimidos a partir das respostas obtidas para a Solução
e de emissão de 485 nm. Para verificar a estabilidade do padrão e a Solução amostra.
fluorímetro, repetir a leitura de fluorescência nas soluções
da curva padrão. Corrigir as leituras pelo branco e analisar
os resultados plotando curva padrão de fluorescência em EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
função da porcentagem de dissolução. Em recipientes bem fechados.
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
declarada de C41H64O14 se dissolvem em 60 minutos. Se ROTULAGEM
existir a necessidade de realização do estágio E2 (5.1.5) o
critério de aceitação da média de 12 unidades é igual ou Observar a legislação vigente.
maior do que Q e nenhuma unidade apresenta resultados
inferiores a Q - 5%.
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 100,5% de Sulfatos (5.3.2.2). Utilizar 10 mL do filtrado obtido no
SiO2, em relação à substância incinerada. ensaio para Cloretos e 10 mL de ácido sulfúrico padrão
0,005 M. Proceder conforme Ensaio limite para sulfatos.
No máximo 0,5% (5000 ppm).
DESCRIÇÃO
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de
Características físicas. Pó branco, amorfo, fino e
d
amostra. Dessecar em estufa a 145 °C, por 4 horas. No
higroscópico.
máximo 5%.
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água e ácidos
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Incinerar, exatamente, cerca
minerais, exceto ácido fluorídrico. Insolúvel em etanol,
de 1 g da amostra, previamente dessecada, a 1000 °C por 1
e outros solventes orgânicos. Solúvel em soluções de
hora. No máximo 8,5%.
hidróxidos alcalinos a quente.
DOSEAMENTO
IDENTIFICAÇÃO
Transferir, exatamente, cerca de 1 g da amostra para
Transferir, aproximadamente, 5 mg da amostra para
cadinho de platina, incinerar a 900 °C, por 1 hora, resfriar
cadinho de platina. Misturar com cerca de 200 mg de
em dessecador e pesar. Umedecer, cuidadosamente, com
carbonato de potássio anidro. Incinerar até incandescência
água e adicionar, em pequenas quantidades, cerca de 10
por 10 minutos e resfriar. Dissolver a substância fundida
mL de ácido fluorídrico. Evaporar em banho-maria até a
em 2 mL de água destilada, aquecer se necessário, e
secura e resfriar. Adicionar 10 mL de ácido fluorídrico, 0,5
adicionar, lentamente, 2 mL de molibdato de amônio SR.
mL de ácido sulfúrico e evaporar até a secura. Aumentar
Desenvolve-se coloração amarela intensa.
lentamente a temperatura até volatilização dos ácidos.
Incinerar a 900 °C. Resfriar em dessecador e pesar. Cada 1
ENSAIOS DE PUREZA g do resíduo equivale a 1 g de SiO2.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
DIPIRONA COMPRIMIDOS
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da
quantidade declarada de C13H16N3NaO4S.H2O. ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
IDENTIFICAÇÃO
A. Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Adicionar a 0,5 g do
DIPIRONA SÓDICA MONOIDRATADA
pó, algumas gotas de peróxido de hidrogênio concentrado.
Desenvolve-se uma coloração azul, que desaparecerá
Dipyronum natricum monohydricum
rapidamente passando a vermelha intensa (reação
fortemente exotérmica). H3C CH3
N
B. Misturar 0,5 g do pó dos comprimidos com algumas
da
gotas de persulfato de potássio a 10% (p/v). Desenvolve NaO3S N
coloração amarelo intensa após 5 minutos de reação.
N
H3C O
CARACTERÍSTICAS
C13H16N3NaO4S.H2O; 351,35
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. dipirona sódica monoidratada; 09564
Sal de sódio do ácido 1-[(2,3-diidro-1,5-dimetil-3-oxo-
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
2-fenil-1H-pirazol-4-il)metilamino]metanossulfônico
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. hidratado (1:1:1)
[5907-38-0]
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 100,5% de
Uniformidade de dose unitária (5.1.6). Cumpre o teste.
C13H16N3NaO4S em relação à substância dessecada.
ENSAIOS DE PUREZA
DOSEAMENTO
Aspecto da solução. Dissolver 2,5 g da amostra em água
Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Pesar quantidade do pó isenta de dióxido de carbono e completar o volume para 50
equivalente a 0,35 g de C13H16N3NaO4S.H2O e transferir, mL com o mesmo solvente. A solução apresenta-se límpida
quantitativamente, para erlenmeyer. Adicionar 25 mL de (5.2.25). Imediatamente após a preparação, comparar 5 mL
água, 5 mL de ácido acético glacial e agitar até dispersão da solução da amostra com 5 mL da Solução padrão de
homogênea. Titular com iodo 0,05 M SV, em temperatura cor, descrita a seguir. A cor não é mais intensa que a da
abaixo de 15 °C, utilizando 1 mL de amido SI, como solução padrão de cor (5.2.12).
indicador. Cada mL de iodo 0,05 M SV equivale a 17,570
mg de C13H16N3NaO4S.H2O. Solução padrão de cor: misturar 0,75 mL da Solução (1),
0,25 mL da Solução (2), 0,25 mL da Solução (3) e 48,75
mL da Solução (4).
912 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Solução (1): dissolver 4,51 g de cloreto férrico com 3,2 DIPIRONA SOLUÇÃO ORAL
mL de ácido clorídrico M e completar o volume com água
para 100 mL.
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo 110,0% da
Solução (2): dissolver 6,5 g de cloreto cobaltoso com 3 mL quantidade declarada de C13H16N3NaO4S.H2O.
de ácido clorídrico 6 M e completar o volume com água
para 100 mL.
IDENTIFICAÇÃO
Solução (3): dissolver 6,242 g de sulfato cúprico
pentaidratado com água e completar o volume para 100 A. A 2 mL da solução oral, adicionar 2 mL de peróxido de
mL. hidrogênio 30% (p/p). Desenvolve-se coloração azul, que
desaparece rapidamente, passando a vermelho intenso.
Solução (4): ácido clorídrico 1% (p/v).
B. A 2 mL da solução oral, adicionar 2 mL de persulfato
Acidez ou alcalinidade. Adicionar 0,1 mL de fenolftaleína de potássio 10% (p/v). Desenvolve-se coloração amarela
SI a 5 mL da solução obtida em Aspecto da solução. A intensa.
d
cor da solução não sofre alteração. A viragem do indicador
para rosa consome no máximo 0,1 mL de hidróxido de
CARACTERÍSTICAS
sódio 0,02 M em relação ao branco.
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
Impurezas solúveis em clorofórmio. Pesar 1 g de amostra,
adicionar 10 mL de clorofórmio, deixar em repouso pH (5.2.19). 5,5 a 7,0.
durante 30 minutos. Filtrar e lavar duas vezes com 5 mL de
clorofórmio. Evaporar em banho-maria e secar a 105 ºC até Teste de gotejamento (5.1.8). Dipirona solução oral
peso constante. No máximo 0,5%. acondicionada em recipientes com dispositivo dosador
integrado cumpre o teste.
Metais pesados (5.3.2.3). Proceder conforme descrito em
Método I. No máximo 0,002% (20 ppm).
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Sulfatos (5.3.2.2). No máximo 0,1% (1000 ppm).
Contagem do número total de micro-organismos
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,25 g da mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, até peso constante.
No mínimo 4,9% e no máximo 5,3%. Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste.
DOSEAMENTO
DOSEAMENTO
Pesar, exatamente cerca de 0,35 g da amostra e dissolver
em 50 mL de água. Adicionar 3 mL de ácido acético 6% Transferir volume da solução oral correspondente a 5 g de
(v/v) e titular com iodo 0,05 M SV em temperatura abaixo C13H16N3NaO4S.H2O para balão volumétrico de 200 mL.
de 20 °C, utilizando amido SI. Cada mL de iodo 0,05 M SV Completar o volume com água e homogeneizar. Transferir
equivale a 16,67 mg de C13H16N3NaO4S. 10 mL da solução para erlenmeyer, adicionar 50 mL de
água, 5 mL de ácido acético glacial e homogeneizar. Titular
com iodo 0,05 M SV, em temperatura abaixo de 15ºC,
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO utilizando amido SI como indicador. Cada mL de iodo 0,05
M SV equivale a 17,57 mg de C13H16N3NaO4S.H2O.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
ROTULAGEM
Em recipientes bem fechados, protegido da luz.
Observar a legislação vigente.
ROTULAGEM
CLASSE TERAPÊUTICA
Observar a legislação vigente.
Analgésico e antipirético.
914 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
e
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
C14H9ClF3NO2 em relação à substância dessecada. Equilibrar a coluna nas condições iniciais por 30 minutos.
Proceder corrida em branco utilizando o gradiente descrito,
DESCRIÇÃO antes de injetar a Solução (1),a Solução (2) e a Solução (3).
Ao final de cada corrida, reequilibrar a coluna por, pelo
Características físicas. Pó cristalino branco ou quase menos 8 minutos antes de iniciar nova corrida.
branco, inodoro.
Diluente: mistura de água e acetonitrila (1:1).
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, solúvel em
metanol e diclorometano. Solução (1): solução a 500 µg/mL da amostra em Diluente.
At = área sob o pico correspondente à impureza trans- 100 mL e completar o volume com Diluente, obtendo uma
alqueno no cromatograma obtido com a Solução (1); solução a 20 µg/mL.
Ae = área sob o pico correspondente ao efavirenz no
Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL da Solução
cromatograma obtido com a Solução (3).
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
No máximo 0,15% de Impureza trans-alqueno. A soma das e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de
áreas de todos os picos obtidos com a Solução (1), exceto os C14H9ClF3NO2 na amostra a partir das respostas obtidas
correspondentes ao efavirenz e à impureza trans-alqueno, com a Solução padrão e a Solução amostra.
não é maior que a área sob o pico principal obtido com a
Solução (3) (0,5% de outras impurezas). Não considerar os EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
picos relativos ao solvente.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método III. No máximo
0,002% (20 ppm).
ROTULAGEM
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 2 g da
amostra. Dessecar em estufa a 60 °C, sob pressão reduzida, Observar a legislação vigente.
por 3 horas. No máximo 1,0%.
DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
EFAVIRENZ COMPRIMIDOS
e
Transferir quantidade de pó equivalente a 40 mg de
Tempo: 45 minutos efavirenz para balão volumétrico de 100 mL, adicionar
40 mL de Diluente e deixar em ultrassom por 15 minutos.
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
Completar o volume com o mesmo solvente, homogeneizar
dissolução e diluir, se necessário, com meio de dissolução
e filtrar. Transferir 5 mL para balão volumétrico de 100 mL
até concentração adequada. Medir as absorvâncias em 247
e completar o volume com Diluente, obtendo solução a 20
nm (5.2.14), utilizando Meio de dissolução para ajuste do
µg/mL.
zero. Calcular a quantidade de C14H9ClF3NO2 dissolvida
no meio, comparando as leituras obtidas com a da solução Procedimento: injetar separadamente, 20 µL das Soluções
de efavirenz SQR na concentração de 0,0012% (p/v) com padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
Meio de dissolução. áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C14H9ClF3NO2
nos comprimidos a partir das respostas obtidas com a
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
Solução padrão e a Solução amostra.
declarada de C14H9ClF3NO2 se dissolvem em 45 minutos.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
ENSAIO DE PUREZA
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
em Substâncias relacionadas na monografia de Efavirenz.
Preparar a Solução (1) como descrito a seguir. ROTULAGEM
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir Observar a legislação vigente.
quantidade de pó equivalente a 0,25 g de efavirenz para
balão volumétrico de 100 mL. Adicionar 70 mL de
Diluente, deixar em ultrassom por 5 minutos. Completar o EMBONATO DE PIRVÍNIO
volume com o mesmo solvente, homogeneizar e deixar em Pyrvinii embonas
repouso por 15 minutos. Filtrar, se necessário, e diluir com
o mesmo solvente de modo a obter solução a 250 µg/mL.
No máximo 0,15% de Impureza trans-alqueno e 1,0% de CH3
+
CH3 -
O OH
N
outras impurezas. N
O
H3C
N H3C
HO
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA CH3
O
-
O
2
DESCRIÇÃO
CLASSE TERAPÊUTICA
Características físicas. Pó cristalino, alaranjado claro ou
vermelho-alaranjado a quase negro. Anti-helmíntico (oxiurose).
ea
B. O espectro de absorção no ultravioleta e visível (5.2.14), sabor característico.
na faixa de 200 nm a 800 nm, da solução amostra obtida em
Doseamento, exibe máximos de absorvância em torno de
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
358 nm e em torno de 505 nm. A razão entre os valores de
absorvância medidos está compreendida entre 1,93 e 2,07. O fruto é um diaquênio ovalado, dividido em dois
mericarpos comprimidos dorsalmente, de 0,30 cm a 0,60
ENSAIOS DE PUREZA cm de comprimento e 0,12 cm a 0,30 cm de largura,
castanho a castanho-claro, com dois estilopódios e ápice
Água (5.2.20). Determinar em 0,2 g da amostra, dos estiletes retrorsos. Na dessecação, os mericarpos estão
empregando mistura de 10 mL de metanol e 10 mL de usualmente separados e, em regra, não estão acompanhados
clorofórmio como solvente. No máximo 6,0%. pelos carpóforos; restos do estilopódio e do cálice podem
ocorrer. Cada mericarpo apresenta duas arestas marginais
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. prolongadas em uma ala circundante, larga, membranácea,
No máximo 0,5%. mais clara, amarelada e três arestas dorsais, longitudinais,
filiformes, castanho-claras a amareladas, pouco elevadas,
DOSEAMENTO mas evidentes, todas primárias. A face comissural é
achatada e um pouco côncava pela dessecação, mostrando
Nota: utilizar frascos de baixo actinismo para as soluções, nitidamente a linha do carpóforo. A cutícula de cada
bem como proteger as soluções de exposição desnecessária mericarpo é recoberta por uma cera epicuticular formada
à luz forte. Fazer o doseamento sem interrupções por curtos filamentos distribuídos ao acaso. Esses
prolongadas. filamentos são bem mais densos na face comissural, o que
a torna esbranquiçada. O mericarpo, em secção transversal,
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de é plano-convexo, deixando visíveis seis canais secretores
absorção no visível (5.2.14). Pesar, exatamente, cerca de elípticos, quatro deles grandes e estreitos, distribuídos na
0,25 g da amostra e dissolver em 125 mL de ácido acético porção dorsal e dois, raramente mais, grandes, na face
glacial. Completar o volume para 250 mL com metanol comissural ou ventral. Em cada aresta dorsal ocorrem
e homogeneizar. Diluir, sucessivamente, em metanol, até feixes vasculares. Aqueles correspondentes às alas são
concentração de 0,001% (p/v). Preparar solução padrão levemente maiores do que os demais. O endosperma é
na mesma concentração, utilizando os mesmos solventes. oleoso e côncavo na face comissural.
Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 505
nm, utilizando metanol para ajuste do zero. Calcular o teor
de (C26H28N3)2.C23H14O6 na amostra a partir das leituras DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
obtidas.
Em secção transversal, o mericarpo, achatado dorsalmente,
mostra três arestas primárias dorsais, estreitas, e duas
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO arestas primárias laterais, alongadas. O epicarpo é
constituído por cutícula estriada, formada por filamentos
Em recipientes herméticos e opacos. de cera dispostos ao acaso e por uma camada incolor de
células epidérmicas achatadas e de paredes finas, exceto
a periclinal externa, que é mais espessa. O mesocarpo é
918 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
e
e a semente, na face comissural, há uma câmara ao lado Uma das manchas principais obtidas com a Solução (1)
da rafe. Usualmente associada ao endocarpo, ocorre a corresponde em posição e intensidade àquela obtida com a
testa, formada por uma única camada de células, em regra Solução (3), atribuída à carvona (Rf de aproximadamente
colapsadas, de cor castanha e paredes finas. O endosperma 0,60). O cromatograma também apresenta uma mancha
é abundante, composto por células de paredes espessas, intensa com Rf em torno de 0,80, correspondente ao
as mais externas mais alongadas e completamente dilapiol. Nebulizar a placa com vanilina sulfúrica SR
preenchidas por grãos de amido. Gotas de óleo esféricas e e deixar em estufa entre 100 °C e 105 °C, durante cinco
inúmeros cristais de oxalato de cálcio de diferentes formas, minutos. A mancha correspondente à carvona apresenta
também estão presentes. As camadas mais internas desse coloração rosa, e a correspondente ao dilapiol apresenta
tecido possuem forma mais poliédrica e geralmente menor coloração marrom.
quantidade de grãos de amido. As células com grãos de
amido, quando submetidas ao lugol, ficam avermelhadas e ENSAIOS DE PUREZA
as gotas de óleo, isoladas no material, coram-se de amarelo
a alaranjado. As gotas de óleo podem ocupar grande parte Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2,0%.
do volume celular.
Água (5.4.2.3). No máximo 11,0%.
Solução (2): dissolver 7 g de cloridrato de hidroxilamina a 80 kPa de pressão, como gás de arraste; fluxo do gás de
em 90 mL de etanol a 90% (v/v), aquecer brandamente arraste de 1 mL/minuto.
se necessário. Adicionar 1,6 mL de amarelo de dimetila
SI e hidróxido de potássio M em etanol a 90% (v/v), em Solução amostra: diluir o óleo volátil obtido em
quantidade suficiente somente até produzir cor amarela Doseamento de óleos voláteis em éter etílico (2:100).
sem formar precipitado no fundo do frasco, e diluir com Procedimento: injetar 1 mL da Solução amostra no
etanol a 90% (v/v) para a obtenção de 100 mL. cromatógrafo a gás, utilizando divisão de fluxo de 1:50. A
Titular a Solução (1) com hidróxido de potássio M carvona e o dilapiol apresentam tempos de retenção linear
diluído em etanol a 90% (v/v), até que a cor rósea mude (Índice de Kóvats) de 1236 e 1615, respectivamente. As
para amarela intensa. Colocar o tubo em banho-maria concentrações relativas são obtidas por integração manual
a temperatura entre 70 °C e 80 °C e, em intervalos de ou eletrônica.
cinco minutos, neutralizar com hidróxido de potássio Calcular o Índice de Kóvats (IK), segundo a expressão:
M em etanol a 90% (v/v). Após 40 minutos, completar a
titulação até atingir a mesma cor amarela da Solução (2).
Repetir o procedimento utilizando como cor padrão para a
determinação do ponto final da titulação, a solução titulada
na primeira determinação, com adição de 0,5 mL de
hidróxido de potássio M em etanol a 90% (v/v). Calcular em que
o conteúdo de carvona da segunda determinação. Cada mL
n = número de átomos de carbono do alcano de menor peso
de hidróxido de potássio M em etanol 90% (v/v), equivale
molecular;
a 151,4 mg de carvona, C10H14O.
ea
trx = tempo de retenção do composto “x” (intermediário a
O óleo volátil deve apresentar, no mínimo, 43,0% de trz e trz+1);
carvona. trz = tempo de retenção do alcano com “n” carbonos;
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a gás trz+1 = tempo de retenção do alcano com “n +1” carbonos.
(5.2.17.5). Utilizar cromatógrafo provido de detector de
O óleo volátil deve apresentar, no mínimo, 30,0% de
ionização de chamas, utilizando mistura de nitrogênio,
carvona e 30,0% de dilapiol.
ar sintético e hidrogênio (1:1:10) como gases auxiliares
à chama do detector; coluna cromatográfica capilar de
30 m de comprimento e 0,25 mm de diâmetro interno, EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
preenchida com polidifenildimetilsiloxano, com espessura
do filme de 0,25 mm; temperatura da coluna de 60 °C a 300 Em recipientes, bem fechados, ao abrigo da luz e calor.
°C, a 3 °C por minuto (total de 80 minutos); temperatura
do injetor a 220 °C; temperatura do detector a 250 °C; hélio
920 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
A – diaquênio em vista lateral: carpóforo (car); estilopódio (est). B – mericarpo em vista frontal. C – vista da face comissural do mericarpo. D – aspecto
geral de um mericarpo em secção transversal: fibras (fb); canal secretor (cns); embrião (em); endosperma (en). E –. detalhe da secção transversal
do mericarpo, como assinalado em D: mesocarpo (me); endosperma (en); cristais (cr); gota lipídica (gl); grão de amido (ga); epitélio secretor (eps);
canal secretor (cns); esclereide (ec); cutícula (cu); epicarpo (epi). F – detalhe da secção transversal do mericarpo na região de uma aresta dorsal, como
assinalado em D: feixe vascular (fv); fibras (fb); cutícula (cu); epicarpo (epi); mesocarpo (me); endosperma (en). G – detalhe de células do endosperma:
gota lipídica (gl); grão de amido (ga); cristais (cr). H – cristais de diferentes formas. I – detalhes do pó: cordão de fibras (cf); detalhe de elementos
traqueais em vista longitudinal (el); detalhe de células do mesocarpo com paredes espessas (cme).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 921
ROTULAGEM
ESPARADRAPO
Observar a legislação vigente.
Consiste em tecido de diversas origens uniformemente
revestido em uma das faces, por uma camada adesiva
ESPINHEIRA SANTA
sensível à pressão.
Mayteni folium
O esparadrapo tem a superfície adesiva plana, uniforme
e isenta de grumos; apresenta reação neutra e é isento
Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek – CELASTRACEAE ;
de substâncias tóxicas ou irritantes. O lado oposto ao da
09912
mistura adesiva pode ser revestido por uma camada fina de
substâncias impermeáveis à água. Em geral é apresentado A droga vegetal é constituída pelas folhas secas da espécie,
enrolado em faixas contínuas de diversas dimensões. O contendo no mínimo, 2,0 % de taninos totais, expressos em
esparadrapo deve estar isento de impurezas e contaminação. pirogalol (C6H6O3; 126,11), dos quais no mínino 2,8 mg/g
equivalem a epicatequina (C15H14O6; 290,3).
CARACTERÍSTICAS
Dimensão. Determinar o comprimento do esparadrapo.
CARACTERÍSTICAS
O resultado obtido não deve ser inferior a 98% do Características organolépticas. As folhas secas são
comprimento inscrito na rotulagem. Determinar a largura inodoras, levemente amargas e adstringentes.
do esparadrapo em 5 pontos diferentes ao longo de seu
ea
comprimento. A média dos resultados não deve apresentar
diferença superior 1,6 mm da largura inscrita na rotulagem. DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
Resistência à tração (5.7.1). Determinar a resistência à Folhas simples, inteiras, de formato oval-lanceolado
tração da fita após desenrolar e condicionar durante um quando jovens, passando a elíptico-lanceolado com o
período mínimo de quatro horas em atmosfera padrão de amadurecimento. Lâmina com 2,1 cm a 9,0 cm (raramente
65 ± 2% de umidade relativa, a 21 °C ± 1,1 °C, usando um até 15,0 cm) de comprimento, e 1,0 cm a 3,1 cm (raramente
dispositivo tipo pêndulo. Prosseguir conforme descrito em até 7,0 cm) de largura, coriáceas a subcoriáceas, glabras,
Resistência à tração. A média com três determinações em com ápice mucronado, base aguda a obtusa, peninérvias,
tiras de 2,5 cm de largura não deve ser inferior a 20 kg. com nervura principal proeminente na face abaxial. A
nervação é do tipo craspedódroma mista, com nervuras
Adesão à superfície. A partir da amostra fabricada secundárias partindo em ângulo agudo em relação à
em tecido, cortar uma faixa de 2,54 cm de largura e, principal, terminando na margem da lâmina, ou ramificando-
aproximadamente, 15 cm de comprimento. A uma das se nas proximidades dela, ou ainda seguindo em direção
extremidades da fita, de superfície igual a 12,90 cm2, 2,54 à margem, onde se reúnem com a superior subsequente,
cm de largura por 5,08 cm de comprimento, aplicar pressão formando arcos. Na margem foliar, tanto as nervuras
equivalente a 850 g contra uma superfície limpa de vidro, secundárias quanto as que delas partem, unem-se com a
plástico ou aço inoxidável. Exercer a pressão com auxílio nervura marginal, formando projeções pontiagudas, de 9 a
de um rolo de borracha, por duas vezes consecutivas a uma 14 unidades por folha, dispostas mais frequentemente, na
velocidade de 30 cm por minuto. Ajustar a temperatura metade apical da lâmina. As aréolas são predominantemente
da superfície e da fita em 37 °C (5.7.1) e conduzir o teste retangulares, com terminações ramificadas. Pecíolo curto,
imediatamente conforme descrito em Resistência à tração. com 0,2 cm a 0,5 cm de comprimento. Nas amostras secas,
Usar um dispositivo tipo pêndulo, sendo a ruptura efetuada a face adaxial do limbo mostra-se relativamente mais
paralelamente ao urdume e à superfície. O valor médio de escura que a abaxial, esbranquiçada.
pelo menos 10 testes deverá ser, no mínimo, 18 kg
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
A folha é hipoestomática e de mesofilo dorsiventral.
Esterilidade (5.5.3.2.1). Aplicável quando o esparadrapo Os estômatos são do tipo laterocítico, com 1 a 3 células
é declarado estéril. Cumpre o teste. subsidiárias para cada célula-guarda, situados pouco
acima, ou na mesma altura das demais células epidérmicas.
O espessamento interno das células-guardas é proeminente
EMBALAGEM E ACONDICIONAMENTO
e, devido à espessa cutícula foliar, sobre o poro estomático,
Em embalagens bem fechadas, protegidas da luz e calor formam-se projeções, originando um átrio supra-
excessivo. estomático. As demais células epidérmicas, em ambas as
faces da lâmina, são poligonais, de dimensões variadas,
O esparadrapo, quando declarado estéril ou esterilizado, com paredes anticlinais retas, maiores na face adaxial. Em
deverá ser acondicionado de modo que sua esterilidade secção transversal observa-se epiderme uniestratificada,
seja mantida contra contaminação posterior. com paredes espessadas, recoberta por camada de cutícula
também espessada, formando flange cuticular, alcançando,
em média, 7,8 µm na face adaxial e 4,8 µm na face oposta,
922 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
sempre mais proeminente na região da nervura principal, coloração verde-amarelada; fragmentos de epiderme com
onde ocorrem ornamentações cuticulares na forma de paredes periclinais retas, recobertas por cutícula espessa
estrias e papilas. Nas células epidérmicas estão presentes e contendo pequenos estilóides ou cristais prismáticos
estilóides de pequenas dimensões (folhas jovens) ou em abundância; fragmentos de epiderme com estômatos
cristais prismáticos retangulares (folhas maduras), ambos laterocíticos; fragmentos de parênquima paliçádico com 2
de oxalato de cálcio. O parênquima paliçádico é formado ou 3 estratos celulares, completamente distendidos ou não;
por 2 estratos de células longas e finas, em paliçada fragmentos de fibras de grosso calibre com pontoações
típica, ou ainda, por 2 a 3 estratos de células cúbicas ou simples.
pouco alongadas, dependendo da amostra analisada. O
parênquima esponjoso é formado por 6 a 9 estratos de
IDENTIFICAÇÃO
células com expansões braciformes curtas, com formação
de amplos espaços intercelulares, mais compactado em A. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
direção à região abaxial. No mesofilo são comuns células camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel F254, com
contendo compostos fenólicos, isoladas ou em grupos, espessura de 250 µm, como suporte, e mistura de acetato
com destaque para aquelas pertencentes ao parênquima de etila, ácido fórmico e água (90:5:5), como fase móvel.
paliçádico, além de estilóides e cristais prismáticos de Aplicar, separadamente, à placa, em forma de banda, 10
pequenas dimensões. Na nervura principal, biconvexa em µL da Solução (1) e 3 µL da Solução (2), recentemente
secção transversal, ocorrem 3 a 4 camadas de colênquima preparadas, descritas a seguir.
angular junto à face adaxial e 2 a 3 na face oposta, as quais
reagem positivamente ao cloreto férrico SR (substâncias Solução (1): pesar exatamente cerca de 5 g da droga moída,
fenólicas). O feixe vascular da nervura principal é único, acrescentar 50 mL de água e aquecer sob refluxo durante
do tipo colateral em arco aberto, circundado por uma 15 minutos. Após resfriamento à temperatura ambiente,
e
bainha de células parenquimáticas de paredes delgadas, filtrar a solução obtida em algodão, sob pressão reduzida,
e com calotas de fibras sobre ambos os pólos de tecidos transferir para balão volumétrico de 50 mL e completar o
condutores, também presentes nos feixes de menor ordem. volume com água destilada.
A distribuição dos tecidos nos feixes vasculares não é
constante, podendo variar de acordo com a porção da lâmina Solução (2): pesar cerca de 1 mg de epicatequina SQR e
e o grau de amadurecimento do órgão. O floema apresenta dissolver em 1 mL de metanol.
cristais rômbicos de oxalato de cálcio, esclereídes e células Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e deixar
contendo compostos fenólicos. As fibras que o acompanham secar em capela de exaustão. Examinar sob luz ultravioleta
apresentam parede celular espessa, com pontoações (254 nm). O cromatograma obtido com a Solução (1)
simples. Folhas maduras podem apresentar feixe vascular apresenta uma mancha de coloração bordô, na mesma
bicolateral ou concêntrico (anficrival), sempre circundado altura que a obtida no cromatograma da Solução (2) (Rf de
por esclerênquima. Na região da margem foliar, o feixe aproximadamente 0,82). Em seguida, nebulizar a placa com
vascular, que constitui a nervura marginal, encontra-se vanilina sulfúrica SR e deixar em estufa a 110 ºC, durante
envolto por 250 a 280 fibras de paredes muito espessadas. 10 minutos. Após a visualização deverão ser observadas
O pecíolo apresenta contorno circular a plano-convexo, na Solução (1) duas manchas de coloração bordô com Rf
em secção transversal e, em direção à porção distal da de aproximadamente 0,82 para equicatequina e 0,72 para
folha, ocorrem aletas laterais e uma leve convexidade na banda bordô que aparece logo abaixo.
porção adaxial. A epiderme do pecíolo é uniestratificada,
coberta por espessa camada de cutícula. Tanto as células B. A 2 mL do extrato obtido no preparo da Solução (1)
epidérmicas, quanto dos estratos subjacentes, apresentam no teste A. de Identificação, adicionar duas gotas de ácido
pequenos cristais de oxalato de cálcio e conteúdo denso, clorídrico SR e gotejar gelatina SR até precipitação. O
de coloração marrom, que reage positivamente ao cloreto aparecimento de um precipitado nítido indica reação
férrico SR. O parênquima possui espessamentos em positiva para taninos totais.
celulose, colenquimatoso, podendo conter estilóides,
semelhantes aos da lâmina, e cristais prismáticos de C. A 2 mL do extrato obtido no preparo da Solução (1)
pequenas dimensões. Braquiesclereídes isolados, com no teste A. de Identificação, adicionar 10 mL de água e
parede muito espessada e pontoações simples, ocorrem duas a quatro gotas de solução de cloreto férrico a 1% (p/v)
ao acaso no parênquima fundamental. O feixe vascular em etanol. O desenvolvimento de coloração cinza-escura,
é único, concêntrico, cilíndrico a levemente côncavo- indica reação positiva para taninos totais.
convexo, circundado por uma bainha esclerenquimática
D. A 2 mL do extrato obtido no preparo da Solução (1)
composta por fibras isoladas ou em grupos de 2 a muitos
no teste A. de Identificação, adicionar 0,5 mL de vanilina
elementos. Algumas células parenquimáticas do floema
a 1% (p/v) em metanol e 1 mL de ácido clorídrico. O
e as dos raios parenquimáticos reagem positivamente ao
desenvolvimento de coloração vermelha, indica reação
cloreto férrico SR.
positiva para taninos condensados.
Cinzas sulfatadas (5.4.2.6). No máximo 12%. Solução amostra para polifenóis não adsorvidos por pó
de pele: para 10 mL do filtrado, adicionar 0,1 g de pó de
pele SQR e agitar mecanicamente em erlenmeyer de 125
DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE ESPUMA (IE) mL durante 60 minutos. Filtrar em papel de filtro. Diluir
5 mL desse filtrado em balão volumétrico de 25 mL com
Transferir exatamente cerca de 1 g da droga vegetal
água destilada. Transferir volumetricamente 2 mL desta
moída (180 µm), para erlenmeyer contendo 50 mL de
solução, 1 mL de reagente fosfomolibdotúngstico e 10
água fervente. Manter sob fervura moderada durante
mL de água destilada em balão volumétrico de 25 mL e
15 minutos. Resfriar, filtrar em algodão para balão
completar o volume com solução de carbonato de sódio a
volumétrico de 100 mL. Completar o volume, através do
29% (p/v). Determinar a absorvância em 760 nm (A2) após
filtro, até 100 mL. Distribuir o decocto obtido em 10 tubos
30 minutos, utilizando água destilada para ajuste do zero.
de ensaio com tampa (16 mm de diâmetro por 16 cm de
altura), em uma série sucessiva de 1 mL, 2 mL, 3 mL, até Solução padrão: dissolver imediatamente antes do uso
10 mL, e ajustar o volume do líquido em cada tubo a 10 50 mg de pirogalol em balão volumétrico de 100 mL
mL com água. Tampar os tubos e agitá-los vigorosamente com água destilada. Transferir volumetricamente 5 mL
com movimentos verticais durante 15 segundos, com 2
ea
da solução para balão volumétrico de 100 mL e completar
agitações por segundo. Deixar em repouso por 15 minutos com água destilada. Transferir volumetricamente 2 mL
e medir a altura da espuma. Após, adicionar em cada tubo 1 dessa solução, 1 mL de reagente fosfomolibdotúngstico e
mL de ácido clorídrico 2 M, se a altura da espuma de todos 10 mL de água destilada em balão volumétrico de 25 mL e
os tubos for inferior a 1 cm, o índice de espuma é menor completar o volume com solução de carbonato de sódio a
que 100. Se, em qualquer um dos tubos, a altura da espuma 29% (p/v). Determinar a absorvância em 760 nm (A3) após
medida permanecer igual ou superior a 1 cm, a diluição 30 minutos, utilizando água destilada para ajuste do zero.
do material vegetal nesse tubo (A) é o índice observado.
Calcular o índice de espuma segundo a expressão: Calcular o teor em porcentagem de taninos (droga seca),
expressos em pirogalol, segundo a expressão:
em que
em que
A = volume (mL), do decocto usado para preparação da
diluição no tubo no qual a espuma foi observada. A1 = absorvância da Solução amostra para polifenóis
totais;
O índice de espuma é de no mínimo 250.
A2 = absorvância da Solução amostra para polifenóis não
adsorvidos em pó de pele;
DOSEAMENTO A3 = absorvância da Solução padrão;
Taninos totais m1 = massa da amostra utilizada no ensaio (g), considerando
a determinação de água;
Nota: efetuar todas as operações de extração e diluição m2 = massa de pirogalol (g).
ao abrigo da luz.
Epicatequina
Preparar as soluções descritas a seguir.
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
Solução estoque: pesar 0,750 g da droga pulverizada (250 de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
µm) e transferir para um erlenmeyer de 250 mL com boca de detector ultravioleta a 210 nm; pré-coluna empacotada
esmerilhada. Adicionar 150 mL de água destilada. Aquecer com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano;
em banho-maria durante 30 minutos à temperatura de 60 coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm de diâmetro
°C. Resfriar em água corrente e transferir para um balão interno, empacotada com sílica quimicamente ligada a
volumétrico de 250 mL. Lavar o erlenmeyer e transferir grupo octadecilsilano (5 µm); fluxo da Fase móvel de 0,8
as águas de lavagem com todo conteúdo de droga vegetal mL/minuto.
para o mesmo balão volumétrico. Completar o volume
com água destilada. Deixar decantar e filtrar o líquido Eluente A: mistura de água e ácido trifluoracético a 0,05
sobrenadante em papel de filtro. Desprezar os primeiros 50 % (v/v).
mL do filtrado.
Eluente B: mistura de acetonitrila e ácido trifluoracético a
Solução amostra para polifenóis totais: diluir 5 mL do 0,05% (v/v).
filtrado em balão volumétrico de 25 mL com água destilada.
924 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Gradiente da Fase móvel: adotar sistema de gradiente Solução padrão de epicatequina: dissolver quantidade
descrito na tabela a seguir: exatamente pesada de epicatequina SQR em metanol e
água (1:1), para obter solução a 0,4 mg/mL.
Tempo Eluente A Eluente B
Eluição Solução para curva analítica de epicatequina: diluir
(minutos) (%) (%)
alíquotas de 50 µL, 200 µL, 350 µL, 500 µL e 600 µL da
0 - 13 82 → 75 18 → 25 gradiente linear Solução padrão de epicatequina em balão volumétrico de
13 - 16 75 → 66 25 → 34 gradiente linear 2 mL, com metanol e água (1:1), para obter concentrações
16 - 20 66 → 58 34 → 42 gradiente linear de 10 µg/mL; 40 µg/mL; 70 µg/mL; 100 µg/mL e 120 µg/
20 - 23 58 → 35 42 → 65 gradiente linear mL.
23 - 25 35 → 82 65 → 18 gradiente linear
25 - 28 82 18 isocrática Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL das soluções
para curva analítica e da Solução amostra em quintuplicata,
Solução amostra: pesar exatamente cerca de 5 g da droga registrar os cromatogramas e medir as áreas sob os picos.
vegetal pulverizada (250 µm) em balão de fundo redondo O tempo de retenção relativo é cerca de 8,0 minutos para
de 100 mL e boca esmerilhada, acrescentar 50 mL de epicatequina. Calcular o teor de epicatequina na amostra
água destilada, levar a refluxo durante 15 minutos. Após a partir da equação linear da reta obtida com a curva
resfriamento à temperatura ambiente, filtrar a solução obtida analítica do padrão. O resultado é expresso pela média
sob pressão reduzida. Extrair o filtrado com três porções de das determinações em mg/g de droga vegetal, seguindo a
50 mL de acetato de etila em funil de separação de 250 expressão:
mL. Para total separação das fases, deixar em repouso à
temperatura de -18 °C durante 5 minutos. Reunir as fases
e
orgânicas. Filtrar através de papel de filtro contendo 5 g de
sulfato de sódio anidro, sob pressão reduzida. Evaporar a em que
fase orgânica em evaporador rotatório sob pressão reduzida
até resíduo. Ressuspender o resíduo com 5 mL de mistura EC = epicatequina;
de metanol e água (2:8). Extrair em cartucho de extração VLR = valor obtido (µg/mL) de epicatequina/mL em S2, a
em fase sólida, empacotada com sílica quimicamente partir da equação da reta;
ligada a grupo octadecilsilano (55 µm, 70 Å), previamente
500 = fator de diluição;
acondicionada com 8 mL de mistura de metanol e água
(2:8), para balão de 100 mL. Eluir 10 mL de metanol e água 1000 = valor de conversão de µg para mg;
(2:8) para o mesmo balão e completar o volume (S1) com m = massa (g) de droga vegetal considerando a determinação
metanol e água (2:8). Transferir volumetricamente 5 mL de água.
da S1 para balão volumétrico 25 mL e completar o volume
com metanol e água (1:1) (S2). Filtrar a S2 (membrana de
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
PTFE de porosidade 0,5 µm) e injetar no cromatógrafo.
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e do calor.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 925
B C
A
csb
ea
es
pj
ic
cu
ic csb F
at
csb
D E
Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos em Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek.
______________
A – aspecto geral da lâmina foliar. B – detalhe da nervação foliar na face adaxial, em vista frontal. C – detalhe de porção da lâmina foliar, na face
adaxial, em vista frontal, mostrando as aréolas e terminações xilemáticas: aréola (ar). D e E – detalhe parcial da epiderme voltada para a face adaxial
e abaxial, respectivamente, em vista frontal: idioblasto cristalífero (ic); célula subsidiária (csb); estômato (es). F – detalhe parcial da lâmina foliar, em
secção transversal, mostrando um estômato: parênquima esponjoso (pj); cutícula (cu); átrio supra-estomático (at); célula-guarda (cg); célula subsidiária
(csb); idioblasto cristalífero (ic).
926 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Complemento da legenda da Figura 2. As escalas correspondem em A e B a 50 µm; em C e D a 75 µm; em E a 35 µm; em F a 120 µm; em G a 180
µm; em H e I a 200µm; em J a 50 µm.
A e B – detalhes parciais do mesófilo de amostras distintas, em secções transversais: face adaxial (ad); face abaxial (ab); epiderme (ep); cutícula (cu);
idioblasto cristalífero (ic); parênquima paliçádico (pp); parênquima esponjoso (pj); xilema (x); floema (f); bainha parenquimática (bp); fibras (fb);
estômato (es). C e D – detalhe de um feixe vascular secundário na porção basal e na porção mediana da lâmina foliar, respectivamente, em secção
transversal: fibras (fb); bainha parenquimática (bp); parênquima esponjoso (pj); parênquima paliçádico (pp); xilema (x); floema (f). E – detalhe do bordo
foliar, em secção transversal, mostrando a nervura marginal: face adaxial (ad); face abaxial (ab); epiderme (ep); parênquima paliçádico (pp); parênquima
esponjoso (pj); fibras (fb); estômato (es). F, G e H – esquemas do aspecto geral das da porção mediana da nervura principal, em secções transversais,
mostrando variações na distribuição do floema, xilema e fibras: face adaxial (ad); face abaxial (ab); colênquima (co); epiderme (ep); parênquima
paliçádico (pp); xilema (x); floema (f); fibras (fb). I – esquema do aspecto geral do pecíolo, em secção transversal: epiderme (ep); fibras (fb); xilema (x);
floema (f). J – detalhe de um braquiesclereíde do pecíolo, em secção transversal: braquiesclereíde (br).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 927
ea
clorofórmio.
Contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo, 103,0% de
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
C24H32O4S, em relação à substância dessecada.
secar ao ar. Nebulizar com ácido sulfúrico/metanol SR,
aquecer a placa a 105 ºC por 10 minutos e examinar
DESCRIÇÃO imediatamente. Qualquer mancha secundária obtida no
cromatograma com a Solução (1) (2%), diferente da
Características físicas. Pó cristalino, bege claro a mancha principal, não é mais intensa que aquela obtida
castanho-amarelado. Estável ao ar. com a Solução (2) (1 %).
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente Compostos mercapto. Agitar 2 g da amostra com 30 mL
solúvel em benzeno e clorofórmio, solúvel em acetato de de água, filtrar, em seguida adicionar 3 mL de amido SI a
etila e em etanol absoluto, pouco solúvel em metanol. 15 mL do filtrado, e titular com iodo 0,005 M SV. Fazer
Constantes físico-químicas. ensaio em branco para a correção necessária. É consumido
no máximo 0,10 mL de iodo 0,005 M SV.
Poder rotatório específico (5.2.8): entre -33º e -37º, em
relação à substância dessecada. Determinar em solução a Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
1% (p/v) em clorofórmio. amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC, por 2 horas. No
máximo 0,5%.
Faixa de fusão (5.2.2): 198 ºC a 207 ºC, com decomposição.
Ocasionalmente pode apresentar fusão preliminar em cerca
DOSEAMENTO
de 135 ºC seguida por re-solidificação.
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
IDENTIFICAÇÃO A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
O teste de identificação A. pode ser omitido se forem absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar, exatamente, cerca
realizados os testes B. e C. de 50 mg da amostra e dissolver em metanol. Completar
o volume para 250 mL com o mesmo solvente. Diluir,
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da sucessivamente, com metanol até concentração de 0,001%
amostra, previamente dessecada, em solução a 5% (p/v) (p/v). Preparar solução padrão na mesma concentração,
em clorofórmio, apresenta máximos de absorção somente utilizando o mesmo solvente. Medir as absorvâncias das
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas soluções resultantes em 238 nm, utilizando metanol para
intensidades relativas daqueles observados no espectro de ajuste do zero. Calcular o teor de C24H32O4S na amostra a
espironolactona SQR, preparado de maneira idêntica. partir das leituras obtidas.
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
de 200 nm a 400 nm, da solução amostra obtida no método de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
A. de Doseamento, exibe máximos e mínimos somente de detector ultravioleta a 230 nm; coluna de 150 mm de
nos mesmos comprimentos de onda de solução similar comprimento e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada
de espironolactona SQR. As absortividades respectivas, com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
µm), mantida a temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel
de 1 mL/minuto.
928 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Procedimento: Injetar, separadamente, 20 µL das Soluções Pureza cromatográfica. Proceder conforme descrito em
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as Cromatografia a gás (5.2.17.5). Utilizar cromatógrafo
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C24H32O4S provido de detector de ionização de chamas; coluna capilar
na amostra a partir das respostas obtidas para a Solução de 30 m de comprimento e 0,25 mm de diâmetro interno,
padrão e a Solução amostra. preenchida com polidimetilsiloxano, com espessura do
filme de 0,25 μm; a temperatura da coluna deverá ser
e
mantida em 60 °C durante 3 minutos e então programar o
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
incremento de temperatura da ordem de 6 °C por minuto
Em recipientes bem fechados. até 290 °C; temperatura do injetor de 280 °C e temperatura
do detector de 300 °C; utilizar nitrogênio como gás de
arraste; fluxo do gás de arraste de 2 mL/minuto.
ROTULAGEM
Solução amostra: preparar solução amostra a 1,5% (p/v).
Observar a legislação vigente.
Solução padrão: preparar solução de esqualano SQR a
1,5% (p/v).
CLASSE TERAPÊUTICA
Procedimento: injetar, separadamente, 1 µL das Soluções
Diurético.
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir
as áreas sob os picos. A soma das áreas sob os picos
secundários, exceto a do pico principal, não é superior
ESQUALANO a 3,0% da área total dos picos obtidos. Não incluir nos
Squalanum cálculos os picos relativos ao solvente.
Constantes físico-químicas.
ROTULAGEM
IDENTIFICAÇÃO
Observar a legislação vigente.
O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
ea
amostra, dispersa em óleo mineral, apresenta máximos de
absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e CATEGORIA
com as mesmas intensidades relativas daqueles observados
no espectro do estearato de polioxila 40 SQR, preparado de Adjuvante farmacotécnico, tensoativo.
maneira idêntica.
ESTÉVIA
ENSAIOS DE PUREZA Steviae folium
Temperatura de congelamento (5.2.4). No mínimo 37 °C
e no máximo 47 °C. Stevia rebaudiana (Bertoni) Bertoni – ASTERACEAE
Índice de acidez (5.2.29.7). No máximo 2,0. A droga vegetal é constituída pelas folhas secas, contendo,
Índice de saponificação (5.2.29.8). Entre 25 e 35. no mínimo, 12,0% de carboidratos totais e 4,0% de
esteviosídeo (C38H60O18; M 804,87).
Índice de hidroxila (5.2.29.12). Entre 25 e 40.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método III. No máximo Características organolépticas. Odor fraco, sabor
0,001%. adocicado no início da mastigação, amargo no final.
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA ácido acético glacial (60:40:5), como fase móvel. Aplicar,
separadamente, em forma de banda, 10 µL da Solução (1)
A epiderme foliar, em vista frontal, exibe células de e 5µL da Solução (2), preparadas como descrito a seguir.
paredes sinuosas, com sinuosidade mais acentuada na face
abaxial. Na região das nervuras, as células são alongadas Solução (1): pesar cerca de 0,25 g de folhas moídas e
e de paredes periclinais retilíneas. Estômatos do tipo colocar em balão de fundo redondo. Adicionar 10 mL de
anomocítico, em maior número na face abaxial. Tricomas mistura de água e etanol (1:1). Aquecer, sob refluxo, por 1
tectores pluricelulares unisseriados, de dois tipos, são hora. Filtrar através de papel de filtro. Transferir o filtrado
encontrados em toda a superfície da lâmina foliar, em para balão volumétrico de 10 mL, resfriar e completar o
ambas as faces, os maiores com base alargada e ápice volume com mistura de água e etanol (1:1). Diluir 50 mL
agudo, sendo as células basais mais volumosas, os menores da solução obtida com 150 mL de metanol.
com diâmetro uniforme da base até o ápice, sendo esse,
Solução (2): dissolver quantidade, exatamente pesada, de
menos afilado. Tricomas glandulares ocorrem em toda
esteviosídeo em metanol, de modo a obter solução a 1 mg/
a extensão da lâmina, nas duas faces; localizam-se em
mL.
pequenas depressões da epiderme, têm pedicelo pluricelular
e unisseriado e cabeça arredondada e unicelular. Em alguns Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
locais da epiderme são visíveis estrias epicuticulares. Em secar ao ar. Nebulizar com anisaldeído SR e deixar em
secção transversal, a lâmina tem organização dorsiventral e estufa entre 100 °C e 110 °C durante 5 minutos. A mancha
é anfiestomática, com estômatos situados no mesmo nível principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição,
ou ligeiramente acima das demais células epidérmicas. As cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2), de Rf
paredes periclinais internas e anticlinais que delimitam de aproximadamente 0,50. A mancha correspondente ao
o poro estomático são espessadas. O parênquima esteviosídeo apresenta coloração verde fugaz.
e
paliçádico é formado por uma ou duas camadas. Quando
duas camadas, estas abrangem a metade da espessura
da lâmina. O parênquima esponjoso apresenta vários ENSAIOS DE PUREZA
estratos, dispostos irregularmente. Os feixes vasculares
Material estranho (5.4.2.2). Não mais que 2,0%.
secundários são colaterais, circundados por uma bainha
parenquimática clorofilada. A nervura principal, em secção Água (5.4.2.3). No máximo 13,0%.
transversal, mostra-se mais proeminente na face abaxial.
As células da epiderme, nessa região, são isodiamétricas, e Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 9,5%.
o colênquima é lacunar. O sistema vascular é representado
por um feixe vascular colateral, envolvido parcialmente
DOSEAMENTO
por fibras esclerenquimáticas junto ao xilema e ao floema,
em forma de calotas. Em secção transversal, a base foliar Carboidratos totais
mostra forma semicircular aberta, ligeiramente côncava na
face adaxial e convexa na abaxial. A epiderme apresenta Solução amostra concentrada: pesar 2 g de folha de estévia
células poliédricas a quadrangulares, com cutícula moída. Extrair, por infusão, com 80 mL de água quente,
ornamentada. Os estômatos estão localizados acima do por três vezes e filtrar. Reunir os filtrados e completar o
nível das demais células epidérmicas e ocorrem apenas nos volume para 250 mL. Transferir 5 mL do extrato para balão
bordos. O colênquima é formado por uma ou duas camadas volumétrico de 50 mL e completar o volume com água.
de células, em ambas as faces. O parênquima fundamental
Solução amostra: transferir 0,6 mL da Solução amostra
preenche a maior parte desta região e o clorênquima os
concentrada para tubo de ensaio, adicionar 0,6 mL de fenol
bordos. O sistema vascular é constituído de cinco a sete
a 5% (p/v) e 3 mL de ácido sulfúrico. Deixar em repouso
feixes vasculares colaterais, sendo o central o maior e os
por 10 minutos.
demais diminuem gradualmente até os mais periféricos.
Solução branco: transferir 0,6 mL de água para tubo de
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ ensaio, adicionar 0,6 mL de fenol a 5% (p/v) e 3 mL de
ácido sulfúrico. Deixar em repouso por 10 minutos.
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São Solução padrão: transferir 0,6 mL de glicose padrão a
características: fragmentos de epiderme com células de 0,01% (p/v) em água, para tubo de ensaio, adicionar 0,6
paredes anticlinais sinuosas e estômatos anomocíticos; mL de fenol a 5% (p/v) e 3 mL de ácido sulfúrico. Deixar
fragmentos de regiões das nervuras com células epidérmicas em repouso por 10 minutos.
alongadas; tricomas tectores e glandulares como descritos
Medir a absorvância da solução amostra e da solução
acima.
padrão em 490 nm (5.2.14), utilizando a Solução branco
para ajuste do zero. Calcular o teor de carboidratos totais
IDENTIFICAÇÃO na amostra a partir da expressão:
ea
linear, conforme tabela a seguir. Procedimento: injetar, separadamente, 10 µL das soluções
da Curva analítica e da Solução amostra. Registrar os
Tempo (minutos) Eluente A (%) Eluente B (%) cromatogramas e medir as áreas sob os picos. O tempo
0 100 0 de retenção é de aproximadamente 4,6 minutos para o
4 70 30 esteviosídeo. Calcular o teor de esteviosídeo na amostra a
partir da equação da reta obtida com a curva analítica.
7 0 100
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e calor.
932 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
A – aspecto geral da folha; B – detalhe da nervação foliar; C – detalhe da epiderme da face adaxial em vista frontal, mostrando estômatos; D - detalhe
da epiderme da face abaxial em vista frontal, mostrando estômatos e células com paredes altamente sinuosas; E – esquema da secção transversal da
lâmina foliar na região da nervura principal, evidenciando feixe do tipo colateral: floema (f); fibras (fi); feixe vascular (fv); parênquima fundamental
(pf); parêquima paliçádico (pp); parênquima esponjoso (pj); xilema (x). F – detalhe do feixe vascular da nervura principal em secção transversal como
mostrado em E: floema (f); fibras (fi); parênquima fundamental (pf); xilema (x). G – detalhe da epiderme e do colênquima na região da nervura principal
voltada para a face adaxial e detalhe da epiderme e do colênquima na região da nervura principal voltada para a face abaxial: colênquima (co); epiderme
(ep). H – esquema da secção transversal da base da lâmina foliar na região da nervura principal, evidenciando feixe do tipo colateral: clorênquima
(cl); colênquima (co); floema (f); feixe vascular (fv); xilema (x). I – detalhe do feixe vascular da região basal da lâmina foliar: floema (f); parênquima
fundamental (pf); xilema (x).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 933
ea
A – detalhe da lâmina foliar, em secção transversal: epiderme (ep); bainha vascular com cloroplastídeos (bc); feixe vascular (fv); parênquima esponjoso
(pj); parênquima paliçádico (pp); tricoma glandular (tg). B – detalhe da lâmina foliar, em secção transversal: estômato (es); epiderme (ep); bainha
vascular com cloroplastídeos (bc); feixe vascular (fv); parênquima esponjoso (pj); parênquima paliçádico (pp). C – fragmento da porção basal da
lâmina foliar em secção transversal ao nível da nervura principal, mostrando estrias epicuticulares: epiderme (ep); clorênquima (cl); colênquima (co);
parênquima fundamental (pf); D – fragmento de epiderme em vista frontal, evidenciando estômatos e a variabilidade morfológica das células; E –
fragmento da epiderme, em vista frontal, evidenciando estômatos e tricomas tectores; F – tricoma tector e células epidérmicas fundamentais mostrando
estrias epicuticulares; G – tricoma tector com células basais alargadas; H – fragmento da epiderme, em vista frontal, destacando estômatos e tricoma
glandular.
934 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
e
estolato de eritromicina; 03494 SQR em acetona.
Sulfato de dodecila de 2’-propanoato de eritromicina (1:1)
Solução (4): dissolver 10 mg de estolato de eritromicina
[3521-62-8]
SQR e 10 mg de etilsuccinato de eritromicina em 10 mL
de acetona.
Apresenta potência de, no mínimo, 610 UI de estolato de
eritromicina (C40H71NO14.C12H26O4S) por miligrama em Solução (5): solução a 80 mg/mL de eritromicina SQR em
relação à substância anidra. acetona.
Faixa de fusão (5.2.2): 135 °C a 138 °C, com decomposição. Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 0,5 g da
amostra. No máximo 0,5%.
IDENTIFICAÇÃO
DOSEAMENTO
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico de
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos antibióticos (5.5.3.3.1) pelo método de difusão em ágar,
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles cilindros em placa.
observados no espectro de estolato de eritromicina SQR,
Micro-organismo: Micrococcus luteus ATCC 9341.
preparado de maneira idêntica.
Meios de cultura: meio de cultura número 1 para
B. A mancha principal do cromatograma da Solução (2),
manutenção do micro-organismo, solução salina estéril
obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em
para padronização do inóculo, meio de cultura número 11
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (3).
para camada base e para preparação do inóculo.
O teste somente é válido se o cromatograma obtido com a
Solução (4) apresentar duas manchas nitidamente separadas. Solução amostra: dissolver quantidade de amostra
equivalente a 50 mg de eritromicina em 20 mL de metanol.
C. Suspender 3 mg de amostra em 2 mL de ácido
Diluir a 50 mL com Tampão fosfato de potássio 0,1 M,
sulfúrico M. Adicionar 0,1 mL de cloreto de metiltionínio
estéril, pH 8,0 (Solução 2). Manter a 60 ºC por 3 horas.
a 10% (p/v), 2 mL de clorofórmio e misturar. A camada
Filtrar. Diluir, sucessivamente, até concentrações de 0,30
clorofórmica torna-se azul.
µg/mL, 0,60 µg/mL e 1,2 µg/mL, utilizando Tampão
fosfato de potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 935
Solução padrão: pesar, exatamente, cerca de 50 mg de com a Solução (2). A eritromicina aparece como mancha
estolato de eritromicina SQR e transferir quantitativamente de cor preta a roxa.
para balão volumétrico de 50 mL com auxílio de 20 mL de
metanol. Agitar, completar o volume com Tampão fosfato
CARACTERÍSTICAS
de potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2). Diluir,
sucessivamente, até concentrações de 0,30 µg/mL, 0,6 µg/ Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
mL e 1,2 µg/mL, utilizando Tampão fosfato de potássio 0,1
M, estéril, pH 8,0 (Solução 2). Teste de desintegração (5.1.4.1). No máximo 30 minutos.
Utilizar fluido gástrico simulado no lugar de água.
Procedimento: adicionar 20 mL de meio número 11 em cada
placa, esperar solidificar, adicionar 5 mL de inóculo a 1,5% Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
e proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico
de antibióticos (5.5.3.3.1), adicionando aos cilindros, 0,2
ENSAIOS DE PUREZA
mL das soluções recentemente preparadas. Calcular a
potência da amostra, em UI de estolato de eritromicina por Água (5.2.20.1). Utilizar 20 mL de metanol contendo 10%
miligrama, a partir da potência do padrão e das respostas de imidazol no frasco de titulação. No máximo 5,0%.
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.
ea
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste.
ROTULAGEM
Observar legislação vigente. DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico de
CLASSE TERAPÊUTICA antibióticos (5.5.3.3.1) pelo método de difusão em ágar,
Antimicrobiano. utilizando cilindros. Preparar Solução amostra como
descrito a seguir.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
IDENTIFICAÇÃO
Em recipientes bem fechados.
Proceder conforme descrito em Cromatografia em camada
delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel (0,25 mm), como
suporte, e mistura de metanol e clorofórmio (85:15), como ROTULAGEM
fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 3 µL de cada
uma das soluções recentemente preparadas, descritas a Observar a legislação vigente.
seguir.
Solução (2): utilizar estolato de eritromicina SQR de modo Estolato de eritromicina suspensão oral é a mistura de
a obter solução a 20 mg/mL de eritromicina em metanol. estolato de eritromicina com um ou mais agentes corantes,
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar aromatizantes, tampões, adoçantes e conservantes.
secar ao ar. Nebulizar com mistura de etanol, anisaldeído Contém estolato de eritromicina equivalente a, no mínimo,
e ácido sulfúrico (90:5:5). Aquecer a placa a 100 °C por 90,0% e, no máximo, 115,0% da quantidade declarada de
10 minutos. A mancha principal obtida com a Solução (1) eritromicina (C37H67 NO13).
corresponde em posição, cor e intensidade àquela obtida
936 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
e
para um funil de separação e proceder a extração conforme
descrito para Solução (1). ROTULAGEM
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar Observar a legislação vigente.
secar ao ar e nebulizar com mistura de etanol, anisaldeído
e ácido sulfúrico (90:5:5). Aquecer a placa a 100 °C por
10 minutos. A mancha principal obtida com a Solução (1) ESTRADIOL
corresponde em posição, cor e intensidade àquela obtida
Estradiolum
com a Solução (2). A eritromicina aparece como uma
mancha de cor preta a roxa.
OH
CH3
CARACTERÍSTICAS
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. H
Poder rotatório específico (5.2.8): +76 a +83. Determinar e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C18H24O2
em solução a 1% (p/v). na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
padrão e a Solução amostra.
IDENTIFICAÇÃO
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra previamente dessecada, dispersa em brometo Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
ROTULAGEM
intensidades relativas daqueles observados no espectro de
estradiol SQR, preparado de maneira idêntica. Observar a legislação vigente.
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
faixa de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,0005% (p/v) em CLASSE TERAPÊUTICA
etanol, exibe máximo em 280 nm, idêntico ao observado
no espectro de solução similar de estradiol SQR. Hormônio.
ea
Água (5.2.20.1). No máximo 3,5%. Datura stramonium L. – SOLANACEAE
camada de células e de parênquima esponjoso. Entre os (1) são semelhantes, quanto a posição (hiosciamina
dois parênquimas encontram-se uma ou mais camadas de no terço inferior, escopolamina no terço superior dos
idioblastos contendo cristais de oxalato de cálcio na forma cromatogramas) e coloração, às dos cromatogramas
de drusas. Os feixes vasculares são bicolaterais. obtidos com a Solução (2). A dimensão das bandas dos
cromatogramas obtidos com a Solução (1) não é inferior
a das bandas correspondentes dos cromatogramas obtidos
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
com o mesmo volume da Solução (2). Podem aparecer
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para fracas bandas secundárias, em particular no centro do
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São cromatograma obtido com 20 µL da Solução (1), ou perto
característicos: fragmentos de epiderme com células de do ponto de aplicação do cromatograma obtido com 10
paredes anticlinais ligeiramente sinuosas e com cutícula µL da Solução (1). Pulverizar com nitrito de sódio SR
lisa; fragmentos de epiderme com estômatos anisocíticos até que a camada se torne transparente. Examinar após
e anomocíticos mais frequentes na epiderme abaxial; 15 minutos. A coloração das bandas correspondentes à
tricomas tectores cônicos pluricelulares unisseriados e hiosciamina nos cromatogramas obtidos com a Solução (2)
tricomas glandulares curtos e claviformes; fragmentos do e nos cromatogramas obtidos com a Solução (1) passa de
mesofilo em secção transversal; fragmentos de elementos castanho para castanho avermelhado, mas não passa para
de vaso anelados e espiralados; fragmentos de parênquima azul acinzentado (atropina).
com numerosos idioblastos contendo cristais do tipo drusa.
ENSAIOS DE PUREZA
IDENTIFICAÇÃO
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 3% de caules
e
A. Agitar 1 g da amostra pulverizada com 10 mL de ácido com um diâmetro superior a 5 mm.
sulfúrico 0,05 M, durante 2 minutos e filtrar. Aos filtrados
Água (5.2.20.2). No máximo 12,0%.
juntar 1 mL de solução concentrada de amônia e 5 mL de
água. Agitar com 15 mL de éter etílico isento de peróxidos, Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 20%.
com precaução, para evitar a formação de emulsão. Secar a
fase etérea sobre sulfato de sódio anidro. Filtrar para uma Cinzas insolúveis (5.4.2.5). No máximo 4%.
cápsula de porcelana e evaporar o solvente à secura em
banho-maria. Juntar 2 mL de acetona e, gota a gota, de
DOSEAMENTO
hidróxido de potássio a 3% (p/v) em etanol a 96% (v/v).
Desenvolve coloração violeta intensa. Alcaloides totais
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia em Pesar cerca de 10 g da amostra pulverizada (180 µm) e
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, umedecer com 5 mL de hidróxido de amônio. Adicionar 10
como suporte, e mistura de solução concentrada de mL de etanol a 96% (v/v) e 30 mL de éter etílico isento de
amônia, água e acetona (3:7:90) como fase móvel. Aplicar, peróxido, misturados cuidadosamente. Transferir a mistura
separadamente, na placa, na forma de banda, 10 µL e 20 µL para um percolador, se necessário, com auxílio da solução
das soluções a seguir, respectivamente: extratora. Macerar durante 4 horas e percolar a mistura
com clorofórmio e éter etílico isento de peróxidos (1:3)
Solução (1): a 1 g da amostra pulverizada juntar 10 mL de
até extração completa dos alcaloides. Evaporar à secura 1
ácido sulfúrico 0,05 M, agitar durante 15 minutos e filtrar.
mL do percolado e dissolver o resíduo em ácido sulfúrico
Lavar o filtro com ácido sulfúrico 0,05 M, até a obtenção
0,25 M e verificar a ausência de alcaloides com iodeto de
de 25 mL de filtrado. Ao filtrado juntar 1 mL de solução
potássio mercúrico SR. Reduzir o volume do percolado até
concentrada de amônia e agitar duas vezes com 10 mL de
50 mL e transferir para um funil de separação com auxílio
éter etílico isento de peróxido de cada vez. Separar por
de éter etílico isento de peróxidos. Ao líquido assim obtido
centrifugação, se necessário. Reunir as camadas etéreas,
juntar éter etílico isento de peróxidos, 2,5 vezes o volume
secar sobre sulfato de sódio anidro, filtrar e evaporar à
do percolador até a obtenção de um líquido de densidade
secura em banho-maria. Dissolver o resíduo em 0,5 mL de
inferior a da água. Extrair a solução, no mínimo três vezes,
metanol.
com 20 mL de solução de ácido sulfúrico 0,25 M cada
Solução (2): dissolver 50 mg de sulfato de hiosciamina vez. Separar as fases, por centrifugação, se necessário,
em 9 mL de metanol. Dissolver 15 mg de bromidrato de e transferir a fase ácida para outro funil de separação.
escopolamina em 10 mL de metanol. Misturar 3,8 mL de Alcalinizar a fase ácida com hidróxido de amônio até
solução de sulfato de hiosciamina, 4,2 mL de solução de pH 8,0 - 9,0 e extrair três vezes com clorofórmio, com
bromidrato de escopolamina e completar com 10 mL de alíquotas de 30 mL. Juntar as fases clorofórmicas e retirar
metanol. a água residual, adicionando 4 g de sulfato de sódio anidro,
deixando em repouso por 30 minutos, com agitação
Desenvolver o cromatograma. Secar a placa a 100 °C - ocasional. Retirar a fase clorofórmica e lavar o sulfato de
105 °C durante 15 minutos. Deixar esfriar e pulverizar sódio restante com três alíquotas de 10 mL de clorofórmio.
com cerca de 10 mL de iodobismutato de potássio SR2, Reunir os extratos clorofórmicos e evaporar à secura em
para uma placa de 200 mm de lado até aparecimento de banho-maria. Aquecer o resíduo em estufa a 100 °C - 105
bandas alaranjadas ou castanhas sobre o fundo amarelo. °C durante 15 minutos. Dissolver o resíduo em 5 mL de
As bandas dos cromatogramas obtidos coma a Solução clorofórmio, adicionar 20 mL de solução de ácido sulfúrico
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 939
0,01 M SV e remover o clorofórmio por evaporação em n = número de mililitros de hidróxido de sódio 0,02 M
banho-maria. Titular o excesso de ácido com solução de gastos;
hidróxido de sódio 0,02 M SV usando vermelho de metila m = massa da tomada de ensaio, em gramas.
SI como indicador. Calcular a porcentagem de alcaloides
totais, expressos em hiosciamina, segundo a expressão:
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e do calor.
em que
ea
940 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
A – representação esquemática da folha, em vista frontal: lâmina (la); pecíolo (pe). B – detalhe de porção da lâmina foliar, em secção transversal:
cutícula (cu); epiderme (ep); idioblasto contendo drusas de oxalato de cálcio (ic); parênquima esponjoso (pj); tricoma glandular (tg); tricoma tector (tt).
C – detalhe de porção da epiderme voltada para a face adaxial, em vistra frontal: estômato (es); tricoma tector (tt). D – detalhe de porção da epiderme
voltada para a face abaxial, em vistra frontal: estômato (es); tricoma tector.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 941
ea
Figura 2 – Aspectos microscópicos de Datura stramonium L.
_________________
A a D – Representação esquemática do pó. A – fragmento da epiderme em vista frontal, na face adaxial, mostrando cristais por transparência: cristal do
tipo drusa. B – fragmento da epiderme em vista frontal, na face abaxial, mostrando cristais e porções de elementos de vaso por transparência: cristal do
tipo drusa (cd); feixe vascular (fv). C – fragmento de porção do mesofilo, em secção transversal: cutícula (cu); epiderme (ep); idioblasto cristalífero (ic);
parênquima esponjoso (pj); parênquima paliçádico (pp). D – tricomas ou porções destes, isolados: tricoma glandular (tg); tricoma tector (tt).
DESCRIÇÃO
ESTRONA
Características físicas. Pó branco a branco-amarelado ou
Estronum
pequenos cristais brancos a branco-amarelados.
e
Características físicas. Líquido límpido, incolor, volátil,
DOSEAMENTO muito inflamável.
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
Solubilidade. Solúvel em água, miscível com etanol, com
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
cloreto de metileno e com óleos graxos.
de detector ultravioleta a 280 nm; coluna de 150 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 IDENTIFICAÇÃO
μm), mantida a temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel
de 1 mL/minuto. A. Satisfaz ensaio de Densidade relativa (5.2.5).
Fase móvel: acetonitrila e fosfato de potássio monobásico B. Satisfaz o ensaio de Determinação da faixa de destilação
0,05 M (50:50). (5.2.3).
Aldeídos. Num funil de separação colocar 20 mL de éter Poder rotatório específico (5.2.8): –28,0° a –29,5°, em
etílico e adicionar 7 mL da mistura de 1 mL de iodeto relação à substância dessecada. Determinar em solução a
de potássio mercúrico alcalino SR e 17 mL de solução 0,4% (p/v) em piridina.
saturada de cloreto de sódio. Fechar e agitar vigorosamente
por 10 segundos. Deixar repousar por 1 minuto. A camada IDENTIFICAÇÃO
aquosa não deve apresentar turvação.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
Odor estranho. Sobre um disco de papel de filtro de 80 amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
cm de diâmetro, aplicar 5 mL da amostra. Deixar evaporar de potássio, apresenta máximos de absorção somente
espontaneamente. Após a volatilização da amostra não nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
deve ser observado odor estranho ao éter etílico. intensidades relativas daqueles observados no espectro de
etinilestradiol SQR, preparado de maneira idêntica.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e à faixa de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,005% (p/v) em
temperatura de 8 °C a 15 °C. etanol, exibe máximo em 281 nm, idêntico ao observado
no espectro de solução similar de etinilestradiol SQR. Os
ea
valores de A (1%, 1 cm) em 281 nm, calculados em relação
ROTULAGEM à substância dessecada, não diferem mais do que 3,0%.
O rótulo deverá indicar o nome e a concentração do C. A mancha principal do cromatograma da Solução (2),
antioxidante não volátil, eventualmente utilizado. obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (3).
CATEGORIA D. Em tubo de ensaio, dissolver 1 mg da amostra em 1
Solvente. mL de ácido sulfúrico. Desenvolve-se coloração vermelho-
alaranjada, que, sob a luz ultravioleta a 365 nm, apresenta
fluorescência esverdeada. Adicionar 10 mL de água.
ETINILESTRADIOL Desenvolve-se coloração violeta e produz-se precipitado
de cor similar.
Ethinylestradiolum
ENSAIOS DE PUREZA
OH
CH3
CH Aspecto da solução. A solução a 2% (p/v) em etanol é
límpida (5.2.25).
H
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
H H sílica-gel G, como suporte, e mistura de etanol e tolueno
HO (10:90), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa,
5 μL de cada uma das soluções, recentemente preparadas,
C20H24O2; 296,40 descritas a seguir.
etinilestradiol; 03699
(17α)-19-Norpregna-1,3,5(10)-trien-20-ino-3,17-diol Solução (1): dissolver 0,2 g da amostra em mistura de
[57-63-6] metanol e clorofórmio (10:90). Diluir para 10 mL com o
mesmo solvente, de modo a obter solução a 20 mg/mL.
Contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo, 102,0% de Solução (2): solução a 1 mg/mL da amostra em mistura de
C20H24O2, em relação à substância dessecada. metanol e clorofórmio (10:90).
Solução (5): diluir 1 mL da Solução (2) para 5 mL com Procedimento: injetar, separadamente, 25 μL da Solução
mistura de metanol e clorofórmio (10:90), obtendo solução padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
a 0,2 mg/mL. e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C20H24O2
na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar padrão e a Solução amostra.
secar ao ar e aquecer a 110 °C por 10 minutos. Nebulizar a
placa quente com ácido sulfúrico metanólico SR. Aquecer
a placa novamente a 110 °C por 10 minutos e examinar sob EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
luz ultravioleta (365 nm). Qualquer mancha correspondente
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
à estrona no cromatograma obtido com a Solução (1) não
é mais intensa que aquela obtida no cromatograma com
a Solução (4) (1%). Qualquer mancha secundária obtida ROTULAGEM
no cromatograma com a Solução (1), diferente da mancha
principal e da mancha correspondente à estrona, não é mais Observar a legislação vigente.
intensa que aquela obtida no cromatograma com a Solução
(5) (1%). CLASSE TERAPÊUTICA
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,5 g da Contraceptivo.
amostra, em estufa a 105 °C, por 3 horas. No máximo
1,0%.
ETIONAMIDA
DOSEAMENTO Ethionamidum
CLASSE TERAPÊUTICA
ENSAIOS DE PUREZA
Antibacteriano (tuberculostático).
pH (5.2.19). 6,0 a 7,0. Determinar em suspensão aquosa a
1% (p/v).
ea
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade
Solução (3): solução a 0,04 mg/mL da amostra em acetona.
do pó equivalente a 0,125 g de etionamida com 25 mL de
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar éter etílico por 2 ou 3 minutos. Filtrar e evaporar o filtrado a
secar ao ar, examinar sob luz ultravioleta (254 nm). temperatura ambiente. Secar o resíduo sobre sílica-gel, sob
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com pressão reduzida. O espectro de absorção no infravermelho
a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais (5.2.14) do resíduo, disperso em brometo de potássio,
intensa que aquela obtida com a Solução (2) (0,5%), e não apresenta máximos de absorção somente nos mesmos
mais que uma mancha secundária obtida com a Solução (1) comprimentos de onda e com as mesmas intensidades
é mais intensa que aquela obtida com a Solução (3) (0,2%). relativas daqueles observados no espectro da etionamida
SQR, preparado de maneira idêntica.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC, por 3 horas. No B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
máximo 0,5%. faixa de 220 nm a 350 nm, da solução amostra obtida
em Doseamento, exibe máximo de absorção em 290 nm,
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. idêntico ao observado no espectro da solução padrão.
No máximo 0,2%.
C. Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade do
pó equivalente a 1 g de etionamida com 50 mL de metanol
DOSEAMENTO e filtrar utilizando papel de filtração lenta. Evaporar o
filtrado em banho de vapor até secura. O resíduo obtido
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
funde entre 155 ºC e 164 ºC.
A. Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
aquoso (5.3.3.5). Dissolver 0,25 g da amostra em 50 mL CARACTERÍSTICAS
de ácido acético glacial e titular com ácido perclórico 0,1
M SV determinando o ponto final potenciometricamente. Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias.
Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 16,624 Teste de desintegração (5.1.4.1). Utilizar ácido clorídrico
mg de C8H10N2S. 0,1 M. No máximo 30 minutos.
B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar, exatamente, cerca
Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir
de 50 mg da amostra e dissolver em metanol. Completar
cada comprimido para balão volumétrico de 100 mL
o volume para 100 mL com o mesmo solvente. Diluir,
contendo 60 mL de metanol e aguardar desintegração total
sucessivamente, em metanol, até concentração de 0,001%
do comprimido. Deixar em ultrassom por 10 minutos, agitar
(p/v). Preparar solução padrão de etionamida SQR na
mecanicamente por 15 minutos e completar o volume com
mesma concentração, utilizando o mesmo solvente. Medir
o mesmo solvente. Filtrar, desprezando os primeiros 20 mL.
as absorvâncias das soluções resultantes em 290 nm,
Realizar diluições sucessivas até concentração de 0,001%
utilizando metanol para ajuste do zero. Calcular o teor de
(p/v), utilizando metanol como solvente. Preparar solução
C8H10N2S na amostra a partir das leituras obtidas.
padrão nas mesmas condições. Medir as absorvâncias em
290 nm (5.2.14), utilizando metanol para ajuste do zero.
946 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Calcular a quantidade de C8H10N2S nos comprimidos a 50 mg de etionamida para balão volumétrico de 100 mL e
partir das leituras obtidas. adicionar 80 mL de metanol. Deixar em ultrassom por 10
minutos, agitar mecanicamente por 15 minutos e completar
o volume com o mesmo solvente. Filtrar, desprezando os
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
primeiros 20 mL. Transferir 2 mL do filtrado para balão
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL volumétrico de 100 mL, completar o volume com metanol
e homogeneizar. Preparar solução padrão nas mesmas
Aparelhagem: cestas, 100 rpm condições. Medir as absorvâncias das soluções em 290
nm, utilizando metanol para ajuste do zero. Calcular a
Tempo: 45 minutos quantidade de C8H10N2S nos comprimidos a partir das
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de leituras obtidas.
dissolução e diluir, se necessário, com ácido clorídrico 0,1
M até concentração adequada. Medir as absorvâncias em EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
274 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para ajuste
do zero. Calcular a quantidade de C8H10N2S dissolvida no Em recipientes bem fechados.
meio, comparando as leituras obtidas com a de solução
de etionamida padrão na concentração de 0,001% (p/v), ROTULAGEM
preparada em ácido clorídrico 0,1 M.
Observar a legislação vigente.
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
declarada de C8H10N2S se dissolvem em 45 minutos.
e DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente a
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 947
fa
validado de modo a demonstrar que a concentração dessas
substâncias foram reduzidas a um nível aceitável, e que tais Água. Determinar por um método apropriado, como
resíduos não comprometem a segurança da preparação. A Determinação da água pelo método semimicro (5.2.20.3),
atividade específica não deve ser inferior a 50 U.I. de Fator a Perda por dessecação (5.2.9) ou por Espectrofotometria
IX por miligrama de proteínas totais, antes de eventual de absorção no infravermelho (5.2.14.). Não mais que
adição de um estabilizante protéico. 2,0%.
A fração que contém o Fator IX é solubilizada em diluente
apropriado. Pode ser adicionado heparina, antitrombina e TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
outras substâncias auxiliares, como um estabilizante. Não
devem ser adicionados conservantes antimicrobianos. Pirogênios (5.5.2.1). A amostra cumpre o teste. Injetar em
A solução é filtrada através de um filtro esterilizante cada coelho por quilograma de massa corporal, um volume
e distribuída assepticamente nos frascos finais, e de solução da amostra reconstituída que corresponda a no
imediatamente congelada. Em seguida, são liofilizados mínimo 30 UI do Fator IX e no máximo 50 UI do Fator IX.
sendo os frascos fechados a vácuo ou sob gás inerte.
Esterilidade (5.5.3.2.1). A amostra cumpre o teste.
A regularidade do método de produção é avaliada por
Toxicidade (5.5.2.3). A amostra cumpre o teste.
procedimentos analíticos apropriados durante os estudos
de desenvolvimento entre os quais figuram habitualmente
os seguintes: DOSEAMENTO
• determinação do Fator IX; Fator IX de Coagulação Sanguínea
• determinação dos Fatores de Coagulação Ativados;
Proceder conforme descrito em Determinação do Fator
• determinação da atividade dos Fatores de coagulação IX de coagulação sanguínea (5.5.1.4). A atividade
II, VII e X que não é superior a 5% da atividade do determinada não é inferior a 80% nem superior a 125% da
Fator IX. atividade declarada. O intervalo de confiança (P = 0,95) da
atividade determinada não ultrapassa 80% a 125%.
IDENTIFICAÇÃO
Fatores de Coagulação Ativados
A preparação a ser examinada deve ser reconstituída
conforme declarado no rótulo, imediatamente antes da Proceder conforme descrito em Determinação de fatores
identificação (exceto teste de solubilidade e água) testes de coagulação ativados (5.5.1.8). Se necessário, dilua a
e ensaio. amostra para obter uma solução contendo 20 UI do Fator
IX por mililitro. Para cada uma das diluições, o tempo de
coagulação não é inferior a 150 segundos.
948 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
e
teor em proteínas devendo ser o resultado multiplicado por Não se adiciona qualquer conservante antimicrobiano.
6,25. Este método pode não ser aplicável a certos produtos, A solução é filtrada através de um filtro esterilizante e
notadamente aos que não contêm estabilizante proteico depois distribuída assepticamente nos frascos finais e
como a albumina, sendo utilizado outro método validado imediatamente congelada. Em seguida é liofilizada e os
para o doseamento da proteína. frascos são fechados sob vácuo ou sob gás inerte.
ea
e em cada um misturar volumes iguais da amostra
de absorção no infravermelho (5.2.14.). Não mais que 2%. reconstituída e de solução de fibrinogênio a 0,3% (p/v).
Mantenha um dos tubos a 37 °C durante 6 horas e o outro
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA à temperatura ambiente durante 24 horas. Num terceiro
tubo, misturar um volume da solução de fibrinogênio com
Pirogênios (5.5.2.1). Injetar, em cada coelho, por um volume de solução de trombina humana contendo 1 UI
quilograma de massa corporal, um volume da amostra por mililitro e colocar o tubo num banho-maria a 37 °C.
correspondente a, pelo menos, 30 UI do Fator VII. Cumpre Não se produz coagulação nos tubos da amostra. Produz-se
o teste. coagulação em 30 segundos no tubo que contém trombina.
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
ARMAZENAMENTO
Toxicidade (5.5.2.3). Cumpre o teste.
Ao abrigo da luz.
DOSEAMENTO
ROTULAGEM
Fator VII de Coagulação Sanguínea
No rótulo indica-se no mínimo: o número de unidades
Proceder conforme descrito em Determinação do Fator internacionais do Fator VII em cada frasco; a quantidade
VII de coagulação sanguínea (5.5.1.5). A atividade de proteínas em cada frasco; o nome e a quantidade de
determinada não é inferior a 80% nem superior a 125% da qualquer substância adicionada, incluindo a heparina,
atividade declarada. O intervalo de confiança (P = 0,95) da quando aplicável; o nome e o volume do diluente
atividade determinada não ultrapassa 80% a 125%. necessário para reconstituir a preparação; as condições
de conservação; o prazo de validade; que a transmissão
Fatores de Coagulação Ativados
de agentes infecciosos não pode ser totalmente excluída
Proceder conforme descrito em Determinação de fatores quando se administram medicamentos derivados do sangue
de coagulação ativados (5.5.1.8). Para cada uma das ou do plasma humanos (este último pode ser indicado
diluições, o tempo de coagulação não é inferior a 150 alternativamente no texto de bula).
segundos.
f
de possuírem uma atividade do tipo Fator de Von
Willebrand. Nos produtos destinados ao tratamento da DOSEAMENTO
doença de Von Willebrand, tem sido demonstrado que o
processo de fabricação dá origem a um produto com uma Antígenos de superfície da Hepatite B
composição constante no que diz respeito ao Fator de Von
Willebrand. Esta composição pode ser demonstrada de várias Proceder conforme descrito em Métodos imunoquímicos
maneiras. Por exemplo, o número e os vários multímeros (5.6). Examinar a amostra reconstituída. Não se detecta o
do Fator de Von Willebrand pode ser determinado por antígeno de superfície da Hepatite B.
eletroforese em gel de agarose (aproximadamente 1% de Fator de Von Willebrand Humano
agarose) em presença de dodecilsulfato de sódio (DSS),
com ou sem análise de Western Blot, utilizando uma Empregar um dos métodos descritos a seguir.
mistura de plasma humano normal como referência. A
visualização do perfil multimérico pode ser realizada por A. Proceder conforme descrito em Determinação do Fator
uma técnica imunoenzimática e a avaliação quantitativa de Von Willebrand Humano (5.5.1.2).
por densitometria ou outros métodos apropriados.
B. Determinar a atividade do cofator da ristocetina.
Produtos que apresentam flocos ou partículas depois da Preparar diluições apropriadas da amostra reconstituída
reconstituição para uso. Se ínfimas partículas ou flocos e da preparação de referência, utilizando como diluente
permanecem após a preparação reconstituída, durante o solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) e albumina humana
estudo de validação deve ser demonstrado que a potência a 5% (p/v). Adicionar, a cada preparação, uma quantidade
não é significativamente influenciada após a filtração da apropriada de uma mistura contendo plaquetas humanas
preparação. estabilizadas e ristocetina A. Misturar numa lâmina de
vidro com movimentos circulares suaves durante 1 minuto.
Deixar em repouso durante 1 minuto e efetuar a leitura do
IDENTIFICAÇÃO resultado em fundo escuro e iluminação lateral. A última
diluição que apresentar uma aglutinação nitidamente visível
Atende ao teste Fator VIII da coagulação sanguínea
indicará o titulo da amostra. Como testemunho negativo
humana liofilizado descrito em Doseamento.
deve ser utilizado o diluente. A atividade determinada é de
no mínimo 60% e no máximo 140% da atividade aprovada
CARACTERÍSTICAS para o produto.
Aspecto. Pó ou sólido friável branco ou ligeiramente Fator VIII da coagulação sanguínea humana liofilizado
amarelo e higroscópico.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 951
fa
como a albumina, sendo utilizado outro método validado Constantes físico-químicas.
para este doseamento.
Faixa de fusão (5.2.2). 148 oC a 151 oC, com decomposição.
ARMAZENAMENTO
IDENTIFICAÇÃO
Ao abrigo da luz.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14)
da amostra, dispersa em brometo de potássio apresenta
ROTULAGEM máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
Observar a legislação vigente. No rótulo indica-se: o de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
número de unidades internacionais do Fator VIII:C e, observados no espectro de fenindiona SQR, preparado de
nos casos apropriados, do Fator de Von Willebrand; a maneira idêntica.
quantidade de proteínas em cada recipiente; o nome e a B. Dissolver 0,1 g da amostra em 30 mL de etanol, com
quantidade de qualquer substância adicionada; o nome e o auxílio de aquecimento, se necessário. Resfriar, transferir
volume do liquido necessário para reconstituir a preparação; para balão volumétrico de 50 mL e completar o volume
as condições de conservação; o prazo de validade; que a com o mesmo solvente. Diluir sucessivamente até
transmissão de agentes infecciosos não pode ser totalmente 0,0004% (p/v) com hidróxido de sódio 0,1 M. O espectro
excluída quando se administram medicamentos derivados de absorção no ultravioleta (5.2.14) desta solução, na faixa
do sangue ou do plasma humanos (este último pode ser de 200 a 400 nm, exibe máximos em 278 nm e 330 nm. A
indicado alternativamente no texto de bula). absorvância em 278 nm é de 0,54 e em 330 nm é de 0,16.
ENSAIOS DE PUREZA
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel F254, como suporte, e hidroxitolueno butilado a
0,02% (p/v) em mistura de acetato de etila-ácido acético
glacial (20:4) como fase móvel. Aplicar, separadamente,
à placa, 10 μL de cada uma das soluções, recentemente
preparadas, descritas a seguir.
Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) para 50 mL com Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
cloreto de metileno. C15H12N2O2, em relação à substância dessecada.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). branco.
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, solúvel em
a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais
etanol quente, pouco solúvel em etanol frio, clorofórmio e
intensa que a mancha principal obtida com a Solução (2)
éter etílico.
(2,0%). Não mais do que uma mancha secundária obtida
no cromatograma com a Solução (1) é mais intensa que a Constantes físico-químicas.
mancha principal obtida com a Solução (3) (0,5%).
Faixa de fusão (5.2.2): 295 ºC a 298 ºC.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra. Dessecar em estufa a 105 oC, por 2 horas. No
máximo 1,0%. IDENTIFICAÇÃO
f
soluções resultantes em 278 nm, utilizando hidróxido de C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
sódio 0,1 M para ajuste do zero. Calcular o teor de C15H10O2 da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
na amostra considerando A (1%, 1 cm) = 1310, em 278 nm, corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
em hidróxido de sódio 0,1 M.
D. Solubilizar 10 mg da amostra em 1 mL de água e 50 µL
de solução concentrada de amônia. Aquecer até início de
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO ebulição. Adicionar 50 µL de sulfato cúprico pentaidratado
a 5% (p/v) em amônia 2 M. Agitar. Produz-se precipitado
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. róseo.
Solução (1): solução da amostra a 40 mg/mL em mistura de Fase móvel: mistura de metanol e água (55:45).
acetona e metanol (50:50).
Solução amostra: pesar, exatamente, cerca de 0,1 g da
Solução (2): solução da amostra a 2 mg/mL em mistura de amostra e transferir para balão volumétrico de 100 mL.
acetona e metanol (50:50). Dissolver em metanol, completar o volume com o mesmo
solvente e homogeneizar. Transferir 10 mL da solução
Solução (3): solução de fenitoína SQR a 2 mg/mL em obtida para balão volumétrico de 100 mL, completar o
mistura de acetona e metanol (50:50). volume com Fase móvel e homogeneizar.
Solução (4): solução de benzofenona a 80 µg/mL em Solução padrão: dissolver quantidade. exatamente pesada,
mistura de acetona e metanol (50:50). de fenitoína SQR em Fase móvel, com auxílio de ultrassom,
de modo a obter solução a 0,1 mg/mL.
Solução (5): solução de benzil a 80 µg/mL em mistura de
acetona e metanol (50:50). Solução de resolução: preparar solução contendo,
aproximadamente, 1,5 mg/mL de benzoína em Fase móvel.
Solução (6): solução da amostra a 0,4 mg/mL em mistura
Misturar 1 mL da solução obtida com 9 mL da Solução
de acetona e metanol (50:50).
padrão e homogeneizar.
Solução (7): mistura de 1 mL da Solução (4) e 1 mL da
Injetar 20 µL da Solução de resolução. Os tempos de
Solução (5).
retenção relativos são cerca de 0,75 para a fenitoína e 1,0
Procedimento: desenvolver o cromatograma. Remover para a benzoína, e a resolução entre os picos de fenitoína e
a placa, deixar secar sob corrente de ar frio durante 2 benzoína não é menor que 1,5. Injetar replicatas de 20 µL
minutos. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). Qualquer da Solução padrão. O desvio padrão relativo das áreas de
mancha correspondente à benzofenona ou ao benzil obtida replicatas dos picos registrados não é maior que 1,0%, e o
no cromatograma com a Solução (1) não é mais intensa fator de cauda para o pico de fenitoína não é maior que 1,5.
que as manchas obtidas com a Solução (4) e a Solução (5)
Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL da Solução
(0,2%). Qualquer outra mancha obtida no cromatograma
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
com a Solução (1), diferente das manchas correspondentes
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C15H12N2O2
à fenitoína, benzofenona ou benzil, não é mais intensa que
na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
fa
aquela obtida com a Solução (6) (1%). O teste somente
padrão e a Solução amostra.
é válido se o cromatograma obtido com a Solução (7)
apresenta duas manchas principais nitidamente separadas.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método III. Determinar
em 2 g da amostra. Utilizar 2 mL da solução padrão de Em recipientes bem fechados.
chumbo (10 ppm Pb). No máximo 0,001% (10 ppm).
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. C15H12N2O2 nos comprimidos a partir das respostas obtidas
com a Solução padrão e a Solução amostra.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
f
C. Responde às reações do íon sódio (5.3.1.1).
DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido CARACTERISTICAS
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada pH (5.2.19). 10,0 a 12,3.
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
µm), mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel
de 1,5 mL/minuto. ENSAIOS DE PUREZA
Fase móvel: mistura de água, metanol, acetonitrila, Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
trietilamina a 1% (v/v) e ácido acético (500:270:230:5:1). Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de dioxana e
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos. hexano (30:75), como fase móvel. Antes do teste, lavar
Transferir quantidade do pó equivalente a 50 mg de fenitoína a placa com a fase móvel e deixar secar ao ar. Aplicar,
para balão volumétrico de 100 mL, adicionar cerca de 70 separadamente, à placa, 5 µL de cada uma das soluções,
mL da Fase móvel e deixar em ultrassom por 10 minutos. recentemente preparadas, descritas a seguir.
Completar o volume com o mesmo solvente e homogeneizar.
Solução (1): diluir volume da solução injetável em metanol
Solução padrão: pesar, exatamente, cerca de 50 mg de de modo a obter solução de fenitoína sódica a 20 mg/mL.
fenitoína SQR e transferir para balão volumétrico de 100
mL. Dissolver em, no máximo, 5 mL de metanol com Solução (2): solução a 20 mg/mL de fenitoína sódica SQR
auxílio de ultrassom. Completar o volume com a Fase móvel em metanol.
e homogeneizar.
Solução (3): solução a 0,1 mg/mL de benzofenona em
Injetar replicatas de 25 µL da Solução padrão. A eficiência etanol.
da coluna não deve ser menor que 6500 pratos teóricos/
Solução (4): solução a 0,1 mg/mL de benzil em etanol.
metro. O fator de cauda não é maior que 1,5. O desvio
padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
não é maior que 2,0%. secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
Qualquer mancha correspondente à benzofenona ou ao
Procedimento: injetar, separadamente, 25 µL da Solução
benzil obtida no cromatograma com a Solução (1) não é
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 955
fa
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada, Solúvel em carbonatos e hidróxidos diluídos.
de fenitoína sódica SQR na Fase móvel e diluir de modo a
obter solução a 0,25 mg/mL. Constantes físico-químicas.
Injetar replicatas de 20 µL da Solução padrão. O fator de Faixa de fusão (5.2.2): 174 °C a 178 °C.
cauda não é maior que 2,0. O desvio padrão relativo das
áreas de replicatas dos picos registrados não é maior que IDENTIFICAÇÃO
2,0%.
O teste de identificação A. pode ser omitido se forem
Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL da Solução realizados os testes B., C., D., E. e F. Os testes de
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas identificação C. e D. podem ser omitidos se forem
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de realizados os testes A., B., E. e F.
C15H11N2NaO2 na solução injetável a partir das respostas
obtidas para a Solução padrão e a Solução amostra. A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dessecada e dispersa em brometo de potássio,
apresenta máximos de absorção somente nos mesmos
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO comprimentos de onda e com as mesmas intensidades
Em recipientes de vidro tipo I, protegidos da luz, em relativas daqueles observados no espectro de fenobarbital
temperatura inferior a 25 ºC. SQR, preparado de maneira idêntica.
Solução (2): solução a 1 mg/mL de fenobarbital SQR em Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.
etanol. No máximo 0,1%.
f
(5.2.25). de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada com
Acidez. Ebulir, durante 2 minutos, 1 g da amostra em 50 mL
sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 μm);
de água. Resfriar e filtrar. Adicionar, a 10 mL do filtrado,
fluxo de Fase móvel de 1,2 mL/minuto.
0,15 mL de vermelho de metila SI. A solução torna-se
amarelo-alaranjada. Titular com hidróxido de sódio 0,1 M Tampão acetato pH 4,5: dissolver cerca de 6,6 g de acetato
SV. Não mais que 0,1 mL de hidróxido de sódio 0,1 M SV de sódio tri-hidratado e 3 mL de ácido acético glacial em
é necessário para produzir coloração amarela nítida. 1000 mL de água e ajustar, se necessário, com ácido acético
glacial para pH de 4,5 ± 0,1.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando Fase móvel: mistura de Tampão acetato pH 4,5 e metanol
sílica-gel GF254 como suporte, e mistura de amônia 13,5 M, (56:44).
etanol e clorofórmio (5:15:80), como fase móvel. Aplicar,
separadamente, à placa, 20 μL de cada uma das soluções, Diluente: misturar Tampão acetato pH 4,5 e metanol (1:2)
recentemente preparadas, descritas a seguir:
Solução padrão interno: dissolver quantidade exatamente
Solução (1): dissolver 0,1 g da amostra em etanol e pesada da cafeína SQR em Diluente de modo a obter
completar para 10 mL com o mesmo solvente. solução a 0,6 mg/mL.
Solução (2): diluir 0,5 mL da Solução (1) para 100 mL Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 60 mg
com etanol. da amostra para balão volumétrico de 100 mL. Acrescentar
10 mL de Solução padrão interno e cerca de 60 mL de
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar Diluente. Levar a banho de ultrassom por 15 minutos.
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). Completar o volume com Diluente.
Nebulizar com difenilcarbazona mercúrica SR, deixar secar
ao ar e nebulizar com hidróxido de potássio etanólico SR Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 60 mg
recém preparada. Aquecer a placa a 105 °C por 5 minutos de fenobarbital SQR para balão volumétrico de 100 mL.
e examinar imediatamente. Qualquer mancha secundária Acrescentar 10 mL de Solução padrão interno e cerca de
obtida com a Solução (1) diferente da mancha principal, 60 mL de Diluente. Levar a banho de ultrassom por 15
não é mais intensa que aquela obtida com a Solução (2) minutos e completar o volume com Diluente, de modo a
(0,5%). obter solução contendo 0,6 mg/mL de fenobarbital.
Perda por dessecação. (5.2.9). Dessecar em estufa, a 105 Injetar replicatas de 20 μL da Solução padrão. Os tempos
°C, por 2 horas. No máximo 1%. de retenção relativos são cerca de 0,4 para a cafeína e 1,0
para o fenobarbital. O fator de cauda não é maior que 2,0. A
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 957
resolução entre fenobarbital e cafeína não deve ser menor Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
que 1,2. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas
dos picos registrados não é maior que 2,0%. Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir
cada comprimido para balão volumétrico de 100 mL
Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL da Solução contendo 5 mL de água e aguardar desintegração total do
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e comprimido. Acrescentar 5 mL de etanol e 60 mL de tampão
medir as áreas sob os picos correspondentes à fenobarbital borato pH 9,6. Deixar em ultrassom por 15 minutos. Agitar,
e cafeína. Calcular o teor de C12H12N2O3 na amostra a partir mecanicamente, por 15 minutos, completar o volume com
das respostas obtidas para a relação fenobarbital/cafeína o tampão. Prosseguir conforme descrito no método A. de
com a Solução padrão e com a Solução amostra. Doseamento a partir de “Homogeneizar e filtrar”.
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
fa
quantidade declarada de C12H12N2O3. declarada de C12H12N2O3 se dissolvem em 45 minutos.
f
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 105,0% da
quantidade declarada de C12H12N2O3. Contém agentes EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
estabilizantes e alcalinizantes apropriados. Em recipientes bem fechados.
IDENTIFICAÇÃO ROTULAGEM
A. Transferir volume da solução oral, equivalente a 0,4 g de Observar a legislação vigente.
fenobarbital, para funil de separação de 125 mL contendo
20 mL de água, adicionar 5 mL de hidróxido de sódio M,
homogeneizar e extrair com duas porções de 10 mL de FENOL
clorofórmio, descartando a camada orgânica. Adicionar 5 Phenolum
mL de ácido clorídrico 3 M e extrair com duas porções
de 25 mL de clorofórmio, filtrar, recolhendo os extratos
orgânicos em béquer. Evaporar até secura. Secar o resíduo OH
em estufa a 105 °C por 2 horas. O resíduo responde ao teste
A. de Identificação da monografia de Fenobarbital.
fa
DESCRIÇÃO
mL de água, adicionar uma gota de alaranjado de metila SI.
Produz-se coloração amarela. Características físicas. Pó cristalino branco, inodoro.
Água (5.2.20.1). No máximo 0,5%. Solubilidade. Muito solúvel em água, pouco solúvel em
etanol e insolúvel em acetona.
Resíduo por evaporação. Pesar, exatamente, cerca de 5 g
da amostra, evaporar em banho-maria e secar a 105 ºC por Constantes físico-químicas.
1 hora. A massa do resíduo não deve ser superior a 2,5 mg.
Poder rotatório específico (5.2.8): +220° a +235°, em
relação à substância dessecada. Determinar em solução a
DOSEAMENTO 1% (p/v) em água isenta de dióxido de carbono.
Pesar, exatamente, cerca de 0,2 g da amostra, dissolver em
água e completar o volume para 100 mL com o mesmo IDENTIFICAÇÃO
solvente. Transferir 25 mL da solução para um erlenmeyer
com tampa e adicionar 50 mL de bromo 0,05 M SV e 5 mL Os testes de identificação B. e C. podem ser omitidos se
de ácido clorídrico. Tampar, agitar ocasionalmente durante forem realizados os testes A. e D. O teste de identificação
20 minutos e deixar ao abrigo da luz por 15 minutos. A. pode ser omitido se forem realizados os testes B., C. e D.
Adicionar 5 mL de solução de iodeto de potássio a 20%
(p/v) e agitar suavemente. Titular com tiossulfato de sódio A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14)
0,1 M SV. Adicionar 3 mL de solução de amido SI e 10 mL da amostra, dispersa em brometo de potássio apresenta
de clorofórmio quando a coloração da solução permanecer máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
levemente amarelada. Continuar a titulação com agitação de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
vigorosa até o desaparecimento da cor azul. Realizar observados no espectro de fenoximetilpenicilina potássica
ensaio em branco e fazer as correções necessárias. Cada SQR, preparado de maneira idêntica.
mL de bromo 0,05 M SV equivale a 1,569 mg de C6H6O. B. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel H, como
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO suporte, e mistura de acetona e acetato de amônio a 15,4%
(p/v) com o pH ajustado para 5,0 com ácido acético glacial
Em recipientes herméticos, protegidos da luz. (30:70), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa,
1 µL de cada uma das soluções, recentemente preparadas,
descritas a seguir.
ROTULAGEM
Solução (1): solução a 5 mg/mL da amostra em água.
Observar a legislação vigente.
960 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Solução (2): solução a 5 mg/mL de fenoximetilpenicilina empregando a fórmula: 100rh/rs, onde rh é a área sob o
potássica SQR em água. pico de 4-hidroxifenoximetilpenicilina e rs é a soma das
áreas sob os picos de 4-hidroxifenoximetilpenicilina e
Solução (3): solução contendo 5 mg/mL de benzilpenicilina fenoximetilpenicilina. No máximo 5,0%.
potássica SQR e 5 mg/mL de fenoximetilpeniclina
potássica SQR em água. Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de
amostra. Dessecara em estufa a 105 °C. No máximo 1,5%.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar e expor a vapores de iodo até o aparecimento
das manchas. Examinar sob luz visível. A mancha principal DOSEAMENTO
obtida com a Solução (1) corresponde em posição, cor e
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
intensidade àquela obtida com a Solução (2). O teste não
é válido a menos que o cromatograma da Solução (3) A. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico
apresente duas manchas nitidamente separadas. de antibióticos (5.5.3.3.1) pelo método de difusão em agar,
utilizando cilindros.
C. Transferir 2 mg da amostra para um tubo de ensaio.
Umedecer com 0,05 mL de água e adicionar 2 mL da Micro-organismo: Staphylococcus aureus ATCC 6538P.
mistura de 2 mL de solução de formaldeído com 100 mL
de ácido sulfúrico. Agitar o tubo. Desenvolve-se coloração Meios de cultura: meio de cultura número 1, para
marrom avermelhada. Imergir o tubo em banho-maria manutenção do micro-organismo e preparo do inóculo;
durante 1 minuto. A coloração marrom-avermelhada torna- meio de cultura número 2, para a camada base.
se mais escura.
Solução amostra: dissolver quantidade exatamente pesada
D. Responde às reações do íon potássio (5.3.1.1). da amostra em Tampão fosfato de potássio a 1%, estéril,
pH 6,0 (Solução 1) para obter solução a 100 UI/mL. Diluir,
sucessivamente, até as concentrações 0,2 UI/mL, 0,4 UI/
ENSAIOS DE PUREZA mL e 0,8 UI/mL, utilizando Tampão fosfato de potássio a
pH (5.2.19). 4,0 a 7,5. Determinar em solução aquosa a 1%, estéril, pH 6,0 (Solução 1) para completar o volume.
3% (p/v). Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
f
Limite de ácido fenoxiacético. Proceder conforme de fenoximetilpenicilina potássica em Tampão fosfato de
descrito em Cromatografia a líquido de alta eficiência potássio a 1%, estéril, pH 6,0 (Solução 1) para obter solução
(5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido de detector a 100 UI/mL. Diluir, sucessivamente, até as concentrações
ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de comprimento 0,2 UI/mL, 0,4 UI/mL e 0,8 UI/mL, utilizando Tampão
e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada com sílica fosfato de potássio a 1%, estéril, pH 6,0 (Solução 1) para
quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 µm), completar o volume.
mantido à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel de Procedimento: adicionar 21 mL de meio de cultura número
1,0 mL/minuto. 2 em cada placa, esperar solidificar, adicionar 4 mL de
Tampão fosfato pH 6,6: transferir 250 mL de fosfato de inóculo a 1% e proceder conforme descrito em Ensaio
potássio monobásico 0,2 M e 82 mL de hidróxido de sódio microbiológico de antibióticos (5.5.3.3.1), adicionando
0,2 M para balão volumétrico de 1000 mL. Completar aos cilindros, 0,2 mL das soluções recentemente
volume com água e homogeneizar. preparadas. Calcular a potência da amostra, em UI de
fenoximetilpenicilina por miligrama, a partir da potência
Fase móvel: mistura de água, acetonitrila e ácido acético do padrão e das respostas obtidas com as soluções padrão
glacial (65:35:1). Fazer os ajustes necessários. e amostra.
Solução padrão: solução de ácido fenoxiacético a 0,1 mg/ B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
mL em Tampão fosfato pH 6,6. de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de
Solução amostra: solução da amostra a 20 mg/mL em comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
Tampão fosfato pH 6,6. Utilizar a solução no mesmo dia. com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
µm), mantido à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel
Injetar replicatas de 20 µL da Solução padrão. O fator de
de 1,0 mL/minuto.
cauda não é maior que 1,5 e o desvio padrão relativo das
áreas de replicatas sob os picos registrados não é maior Fase móvel: mistura de água, acetonitrila e ácido acético
que 2,0%. glacial (650:350:5,75). Fazer os ajustes necessários.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL das Soluções Solução amostra: dissolver quantidade, exatamente pesada,
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as da amostra em Fase móvel para obter solução a 2,5 mg/mL.
áreas sob os picos. No máximo 0,5% de ácido fenoxiacético.
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
Limite de 4-hidroxifenoximetilpenicilina. Utilizar de fenoximetilpenicilina potássica SQR em Fase móvel
o cromatograma obtido no Doseamento e calcular a para obter solução a 2,5 mg/mL.
porcentagem de 4-hidroxifenoximetilpeniclina na amostra
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 961
Solução de resolução: preparar solução em Fase móvel à preparação um estabilizante proteico (por exemplo, a
contendo aproximadamente 2,5 mg de benzilpenicilina albumina humana) essa deve satisfazer às exigências para
potássica e 2,5 mg de fenoximetilpenicilina por mililitro. a atividade específica do fibrinogênio antes da adição do
estabilizante.
Injetar replicatas de 10 µL da Solução de resolução.
Os tempos de retenção relativos são cerca de 0,8 para Durante o fracionamento do plasma humano, poderá ser
benzilpenicilina e 1,0 para fenoximetilpenicilina. obtido ao mesmo tempo o fibrinogênio e a albumina. A
A resolução entre os picos de benzilpenicilina e determinação da atividade específica da albumina deve
fenoximetilpenicilina não é menor que 3,0. O desvio padrão ser então, determinada por um método imunoquímico
relativo das áreas de replicatas dos picos registrados não é apropriado e a quantidade determinada deve ser subtraída
maior que 1,0%. da quantidade de proteínas totais para o cálculo de atividade
específica.
Procedimento: injetar, separadamente, 10 µL das Soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir
as áreas sob o maior pico de fenoximetilpenicilina e de IDENTIFICAÇÃO
qualquer pico com tempo de retenção relativo ao pico
Reconstituir a amostra, segundo as indicações que constam
principal de fenoximetilpenicilina de aproximadamente
no rótulo, realizar ensaios de precipitação com vários soros
0,4. Calcular o teor em UI de fenoximetilpenicilina
específicos de diferentes espécies. É recomendável que o
(C16H18N2O5S) por miligrama da amostra a partir das
ensaio seja realizado com soros específicos das proteínas
respostas obtidas para a soma das áreas sob os picos com a
plasmáticas de cada espécie de animal doméstico,
Solução padrão e a Solução amostra.
correntemente, utilizado para a preparação de produtos
de origem biológica. A amostra deve conter proteínas de
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO origem humana e dá resultados negativos com os soros
específicos das proteínas plasmáticas de outras espécies.
Em recipientes herméticos e protegidos da luz. O doseamento da amostra contribui para identificação da
preparação.
ROTULAGEM
CARACTERÍSTICAS
fa
Observar a legislação vigente.
Aspecto. Pó ou sólido friável, branco, ou amarelo pálido.
CLASSE TERAPÊUTICA
pH (5.2.19). 6,5 a 7,5.
Antibiótico.
Osmolalidade (5.2.28). A Osmolalidade da amostra
reconstituída não é inferior a 240 mosmol/kg.
FIBRINOGÊNIO HUMANO LIOFILIZADO Solubilidade. Adicionar o volume de diluente, indicado no
Fibrinogenum Humanum Cryodesiccatus rótulo, ao conteúdo do frasco. À temperatura de 20 °C a 25
°C, o fibrinogênio dissolve-se em 30 minutos, originando
uma preparação quase incolor e ligeiramente turva.
O fibrinogênio humano liofilizado contém a fração
solúvel do plasma humano que, por adição da trombina é Estabilidade da preparação. Após reconstituição da
transformado em fibrina. O fibrinogênio deve ser obtido preparação à temperatura de 20 °C a 25 °C, deixar em
a partir do Plasma Humano para Fracionamento. A repouso. Não deve aparecer qualquer sinal de gelificação
preparação pode conter aditivos, como sais, tampões ou no decurso dos 60 minutos que seguem à reconstituição.
estabilizantes. A preparação reconstituída com o volume
de diluente indicado no rótulo deve conter no mínimo, 10
ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
g/L de fibrinogênio.
Água. Determinar por um dos métodos: Determinação
O método de preparação compreende uma ou várias
da água pelo método semimicro (5.2.20.3), Perda por
etapas que demonstraram eliminar agentes infecciosos
dessecação (5.2.9) ou por Espectrofotometria de absorção
conhecidos; tem sido demonstrado que os resíduos, no
no infravermelho (5.2.14). No máximo 2,0%.
produto final das substâncias eventualmente utilizadas nos
processos destinados à inativação viral ou nos processos
de purificação devidamente validados posteriores não têm TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
qualquer efeito indesejável nos pacientes.
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
Não se deve adicionar ao plasma nenhum antibiótico
e a preparação não deve conter nenhum conservante Pirogênios (5.5.2.1). Injetar, por quilograma de massa
antimicrobiano. corporal, em cada coelho, um volume correspondente a
30 mg, no mínimo, de fibrinogênio calculado em relação à
O método de preparação deve ser tal que a atividade quantidade indicada no rótulo. Cumpre o teste.
específica (teor em fibrinogênio em relação ao teor em
proteínas totais) não é inferior a 80%. Se for adicionado Toxicidade (5.5.2.3). Cumpre o teste.
962 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
DOSEAMENTO CARACTERÍSTICAS
Antígenos de superfície da Hepatite B Dimensões. Determinar o comprimento da fita adesiva. No
mínimo 98,0% do valor declarado. Determinar a largura
Examinar a amostra reconstituída conforme descrito em em cinco pontos uniformemente espaçados ao longo da
Métodos Imunoquímicos (5.6). Não deve ser detectado o linha central da fita e calcular a média. No mínimo, 95,0%
antígeno de superfície da Hepatite B. do valor declarado.
Fibrinogênio Resistência à tração (5.7.1). Determinar a resistência à
Misturar 0,2 mL da amostra reconstituída com 2 mL de tração da fita após desenrolar e condicionar durante um
tampão apropriado (pH 6,6 a 6,8) contendo uma quantidade período mínimo de quatro horas em atmosfera padrão de
suficiente de trombina (cerca de 3 UI/mL) e cálcio (0,05 65% ± 2% de umidade relativa, a 21 °C ± 1,1 °C, utilizando
mol/L). Manter a mistura à temperatura de 37 °C durante um dispositivo tipo pêndulo. Prosseguir conforme descrito
20 minutos, separar o precipitado por centrifugação (5000 em Resistência à tração. A fita fabricada a partir de tecido
g por 20 minutos) e lavar, cuidadosamente, com uma deverá apresentar resistência à tração de, no mínimo, 20,41
solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v). Determinar o teor kg por 2,54 cm de largura. A fita fabricada a partir de filme
de nitrogênio pelo método Determinação de nitrogênio polimérico deverá apresentar resistência à tração de, no
pelo método de Kjeldahl (5.3.3.2) e calcular a quantidade mínimo, 3 kg por 2,54cm de largura.
de fibrinogênio (proteínas coaguláveis) multiplicando o Adesão à superfície. A partir da amostra fabricada em tecido,
resultado por 6,0. O teor é, no mínimo, 70,0% e, no máximo, cortar uma faixa de 2,54 cm de largura e aproximadamente
130,0% da quantidade indicada no rótulo. Também, 15 cm de comprimento. A uma das extremidades da fita, de
estão disponíveis no mercado, conjuntos destinados às superfície igual a 12,90 cm2, 2,54 cm de largura por 5,08 cm
determinações quantitativas, manuais ou automatizadas, de comprimento, aplicar pressão equivalente a 850 g contra
de fibrinogênio em plasma citratado por método de uma superfície limpa de vidro, plástico ou aço inoxidável.
formação do coágulo. Esses conjuntos baseiam-se numa Exercer a pressão com auxílio de um rolo de borracha, por
quantidade ótima de trombina bovina que é adicionada a duas vezes consecutivas a uma velocidade de 30 cm por
um plasma diluído a 1:10. O tempo de coagulação medido minuto. Ajustar a temperatura da superfície e da fita em
deve ser inversamente relacionado à concentração de 37 °C (5.7.1) e conduzir o teste imediatamente conforme
fibrinogênio na amostra testada. Esses conjuntos devem
f
descrito em Resistência à tração. Utilizar um dispositivo
estar registrados no órgão competente e devidamente tipo pêndulo, sendo a ruptura efetuada paralelamente ao
validados em conformidade com os padrões do National urdume e à superfície. O valor médio de pelo menos 10
Committee for Clinical Standards: Collection Transport testes deverá ser, no mínimo, 18 kg.
and Processing of Blood Specimens for Coagulation
Testing and Performance of Coagulation Assays. 1991.
NCCLS Document H21 - A2 podem ser utilizados em TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
unidades hemoterápicas que produzam crioprecipitados a
partir do plasma fresco congelado e tenham necessidade de Esterilidade (5.5.3.2.1). Aplicável quando a fita é
quantificar o fibrinogênio plasmático. declarada estéril. Cumpre o teste.
FITA ADESIVA
CH3 CH3
100 × az / (az+ae),
O CH3 CH3
CH3 em que
fa
exatamente pesada, de benzoato de colesterila em Fase
óleos vegetais, ligeiramente solúvel em etanol. móvel, de modo a obter solução a 2,5 mg/mL.
Constantes físico-químicas. Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 60 mg da
Índice de refração (5.2.6): 1,523 a 1,526. amostra para balão volumétrico de 50 mL e dissolver em
20 mL de Fase móvel. Completar o volume com o mesmo
solvente e homogeneizar. Transferir 4 mL da solução para
IDENTIFICAÇÃO balão volumétrico de 50 mL, completar o volume com
Fase móvel e homogeneizar. Transferir 10 mL da solução
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) do filme
obtida e 7 mL da Solução padrão interno para balão
fino da amostra apresenta máximos de absorção somente
volumétrico de 25 mL, completar o volume com Fase
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
móvel e homogeneizar.
intensidades relativas daqueles observados no espectro de
fitomenadiona SQR, preparado de maneira idêntica. Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 60 mg
de fitomenadiona SQR para balão volumétrico de 50 mL
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
e dissolver em 20 mL de Fase móvel. Completar o volume
faixa de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,001% (p/v) em
com o mesmo solvente e homogeneizar. Transferir 4 mL
n-hexano, exibe máximos e mínimos somente nos mesmos
da solução para balão volumétrico de 50 mL, completar
comprimentos de onda de solução de fitomenadiona SQR,
o volume com Fase móvel e homogeneizar. Transferir 10
preparada de maneira idêntica.
mL da solução obtida e 7 mL da Solução de padrão interno
para balão volumétrico de 25 mL, completar o volume com
ENSAIOS DE PUREZA Fase móvel e homogeneizar.
Acidez ou alcalinidade. A solução a 5% (v/v) em etanol Injetar replicatas de 50 μL da Solução padrão. Os tempos
absoluto é neutra ao papel tornassol. de retenção relativos são cerca de 0,7 para benzoato de
colesterila, 0,9 para (Z)-fitomenadiona e 1,0 para (E)-
Menadiona. Misturar cerca de 20 mg da amostra com 0,5 fitomenadiona. A resolução entre (Z)-fitomenadiona e
mL de mistura de volumes iguais de amônia SR e metanol. (E)-fitomenadiona não é menor que 1,5. O desvio padrão
Adicionar uma gota de cianoacetato de etila e agitar relativo das áreas de replicatas dos picos registrados não é
levemente. Não se desenvolve coloração púrpura ou azul. maior que 2,0%.
(área de (Z)-fitomenadiona + área de (E)-fitomenadiona) nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
/ área de benzoato de colesterol, com a Solução padrão e intensidades relativas daqueles observados no espectro de
Solução amostra. fluconazol SQR, preparado de maneira idêntica.
f
teste de Cinzas sulfatadas e proceder conforme descrito no
N Método III, a partir de “adicionar 4 mL de ácido clorídrico
N 6 M...”. Utilizar 2,5 mL de Solução padrão de chumbo (10
N ppm Pb) para Preparação padrão. No máximo 0,0025%
(25 ppm).
C13H12F2N6O; 306,27
fluconazol; 04109 Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
α-(2,4-Difluorfenil)-α-(1H-1,2,4-triazol-1-ilmetil)-1H- amostra. Dessecar em estufa, a 105 °C, por 3 horas. No
1,2,4-triazol-1-etanol máximo 0,5%.
[86386-73-4]
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de No máximo 0,1%.
C13H12F2N6O, em relação à substância dessecada.
DOSEAMENTO
DESCRIÇÃO Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
Características físicas. Pó branco ou quase branco, aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 0,1 g da
inodoro. amostra e dissolver em 50 mL de ácido acético glacial.
Titular com ácido perclórico 0,1 M SV. Determinar o
Solubilidade. Pouco solúvel em água, facilmente solúvel ponto final potenciometricamente ou utilizando cloreto
em metanol, solúvel em etanol e acetona, ligeiramente de metilrosanilínio SI como indicador. Realizar ensaio em
solúvel em álcool isopropílico e clorofórmio, pouco branco e fazer as correções necessárias. Cada mL de ácido
solúvel em tolueno. Solúvel em soluções diluídas de ácidos perclórico 0,1 M SV equivale a 15,314 mg de C13H12F2N6O.
minerais e hidróxidos alcalinos.
Faixa de fusão (5.2.2): 138 °C a 140 °C. Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
IDENTIFICAÇÃO ROTULAGEM
DOSEAMENTO
FLUCONAZOL CÁPSULAS Empregar um dos métodos descritos a seguir.
fa
minuto.
C. Dissolver quantidade do pó equivalente a 0,25 g da
amostra em 5 mL de acetona e filtrar. Adicionar, sob Fase móvel: mistura de água e acetonitrila (78:22).
agitação, cinco a oito gotas de ácido crômico a 5% (p/v).
Produz-se precipitado em cinco segundos. Solução amostra: pesar as cápsulas, remover o conteúdo
e pesá-las novamente. Homogeneizar o conteúdo das
D. Adicionar 3 mL de cloreto férrico a 1% (p/v) em ácido cápsulas. Transferir, exatamente, quantidade do pó
acético glacial a uma quantidade do pó equivalente a 50 equivalente a 50 mg de fluconazol para balão volumétrico
mg de fluconazol e agitar. Adicionar ácido sulfúrico M de 100 mL. Adicionar 70 mL de Fase móvel e deixar em
cuidadosamente pelas paredes do tubo. A coloração deve ultrassom por 10 minutos. Completar o volume com o
passar a alaranjado e amarelo. mesmo solvente, homogeneizar e filtrar.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. Injetar replicatas de 20 μL da Solução padrão. O desvio
padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. não é maior que 2,0%.
Proceder conforme descrito no método A. de Doseamento.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
TESTE DE DISSOLUÇÃO e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
C13H12F2N6O nas cápsulas a partir das respostas obtidas
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL com a Solução padrão e a Solução amostra.
Aparelhagem: cestas, 100 rpm
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Tempo: 30 minutos
Em recipientes bem fechados.
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
dissolução, filtrar e medir as absorvâncias das soluções
em 261 nm (5.2.14), utilizando ácido clorídrico 0,1 M para ROTULAGEM
o ajuste do zero. Calcular a quantidade de C13H12F2N6O
dissolvida no meio, comparando as leituras obtidas com a Observar a legislação vigente.
da solução de fluconazol SQR na concentração de 0,02%
(p/v), preparada no mesmo solvente.
966 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Tempo: 45 minutos
FLUNITRAZEPAM COMPRIMIDOS
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
Contém, no mínimo, 92,5% e, no máximo, 107,5% da de detector ultravioleta a 279 nm; coluna de 250 mm de
quantidade declarada de C16H12FN3O3. comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octilsilano (5 µm);
IDENTIFICAÇÃO fluxo da Fase móvel de 1,5 mL/minuto.
A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na Fase móvel: transferir 670 mL de fosfato de potássio
faixa de 200 nm a 400 nm, da solução amostra obtida em monobásico 0,05 M para balão volumétrico de 1000 mL
Doseamento, exibe máximos e mínimos idênticos aos e completar o volume com acetonitrila. Ajustar o pH da
observados no espectro da solução padrão. solução para 6,2 com solução de hidróxido de potássio
0,25 M.
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, Solução amostra: após o teste, retirar alíquota suficiente do
como suporte, e mistura de nitrometano, éter etílico, meio de dissolução, filtrar, através de membrana 0,45 µm,
n-heptano e amônia a 25% (v/v) (30:60:15:2,5), como fase resfriar e diluir no Meio de dissolução, se necessário, até a
móvel. Aplicar, separadamente, a placa, 10 µL de cada uma concentração de 1,1 µg/mL.
das soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
Solução padrão: pesar, exatamente, cerca de 22 mg de
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar flunitrazepam SQR, transferir para balão volumétrico
quantidade do pó equivalente a 20 mg de flunitrazepam e de 250 mL, adicionar 100 mL de metanol e deixar
adicionar 20 mL de metanol, agitar e filtrar. em ultrassom até completa dissolução. Completar o
volume com o mesmo solvente e homogeneizar. Diluir,
Solução (2): solução de flunitrazepam SQR a 1 mg/mL em sucessivamente, no Meio de dissolução de modo a obter
metanol. solução a 1,1 µg/mL.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar secar Procedimento: injetar, separadamente, 100 µL das Soluções
ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). Nebulizar padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir a
f
com solução de hidróxido de sódio a 10% (p/v). A mancha área sob os picos. Calcular a quantidade de C16H12FN3O3
principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição, dissolvida no meio, a partir das respostas obtidas com a
cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2). Solução padrão e a Solução amostra.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da
quantidade declarada de C16H12FN3O3. Solução estéril em Em recipientes de vidro tipo I, protegidos da luz.
água para injetáveis ou em outro solvente adequado.
ROTULAGEM
IDENTIFICAÇÃO
Observar a legislação vigente.
A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
faixa de 200 nm a 400 nm, da solução amostra obtida
em Doseamento, exibe máximos e mínimos idênticos ao FLUOCINOLONA ACETONIDA
observado no espectro da solução padrão. Fluocinoloni acetonidum
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel 60 OH
GF254, como suporte, e mistura de clorofórmio, metanol
O CH3
e hidróxido de amônio a 25% (v/v) (90:10:1), como fase
O
fa
móvel. Aplicar, separadamente à placa, 10 μL de cada uma H3C CH3
das soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir. HO
Proceder ao abrigo da luz direta. CH3 H O
Solução (1): diluir volume da solução injetável em etanol
de modo a obter concentração de aproximadamente 0,5 F H
mg/mL.
O
Solução (2): solução de flunitrazepam SQR a 0,5 mg/mL
em etanol. F
f
ENSAIOS DE PUREZA
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra. Dessecar em estufa a 105 oC, por 3 horas. No O
máximo 1,0% para a forma anidra e no máximo 8,5% para
a forma hidratada.
O
DOSEAMENTO
C20H10Na2O5; 376,27
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido fluoresceína sódica; 04167
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido Sal de sódio de 3’,6’-diidroxiespiro[isobenzofuran-
de detector ultravioleta a 254 nm, coluna de 100 mm de 1(3H),9’-[9H]xanten]-3-ona (2:1)
comprimento e 4,5 mm de diâmetro interno, empacotada [518-47-8]
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
μm), mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 102,0% de
de 1 mL/minuto. C20H10Na2O5, em relação à substância anidra.
Fase móvel: mistura de água, acetonitrila e tetraidrofurano
(77:13:10). DESCRIÇÃO
Solução amostra: transferir 20 mg da amostra, exatamente Características físicas. Pó fino, vermelho-alaranjado,
pesada, para balão volumétrico de 100 mL, dissolver em inodoro e higroscópico.
23 mL de mistura de acetonitrila e tetraidrofurano (13:10),
completar o volume com água e homogeneizar. Solubilidade. Facilmente solúvel em água, ligeiramente
solúvel em etanol, praticamente insolúvel em hexano e
Solução padrão: transferir 20 mg de fluocinolona acetonida cloreto de metileno.
SQR, exatamente pesada, para balão volumétrico de 100
mL, dissolver em 23 mL de mistura de acetonitrila e
IDENTIFICAÇÃO
tetraidrofurano (13:10), completar o volume com água e
homogeneizar. A. A solução aquosa a 0,05% (p/v) apresenta fluorescência
verde-amarelada. A fluorescência desaparece com a adição
Injetar replicatas de 20 μL da Solução padrão. A eficiência
de 0,1 mL de ácido clorídrico 2 M e reaparece com a adição
da coluna não é menor que 3000 pratos teóricos. O
de 0,2 mL de hidróxido de sódio 2 M.
desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos picos
registrados não é maior que 3,0%. O fluxo da Fase móvel
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 969
DOSEAMENTO IDENTIFICAÇÃO
fa
fluorescência (5.2.15). Pesar, exatamente, cerca de 0,1 g da capela, e adicionar 15 mL de ácido sulfúrico. Cobrir com
amostra e dissolver em água. Diluir quantitativamente com uma peça de vidro límpida e polida e aquecer em banho-
o mesmo solvente, para obter solução a 1 µg/mL. Transferir maria por 1 hora. Retirar a tampa de vidro, lavar com água
3 mL para balão volumétrico de 100 mL, adicionar 20 mL e secar. A superfície do vidro fica marcada.
de tampão borato pH 9,0 e completar o volume com água,
B. A solução a 4% (p/v) responde às reações do íon sódio
de modo a obter solução a 0,03 µg/mL. Para preparo da
(5.3.1.1).
solução padrão, dissolver quantidade exatamente pesada
de diacetilfluoresceína SQR em 10 mL de etanol, em balão
volumétrico de 100 mL. Adicionar 2 mL de hidróxido de ENSAIOS DE PUREZA
sódio 2,5 M e aquecer em banho-maria fervente por 20
minutos, com agitação. Resfriar e completar o volume com Acidez ou alcalinidade. Dissolver 2 g da amostra em
água. Diluir quantitativamente em água, de modo a obter 40 mL de água em cápsula de platina, adicionar 10 mL
solução de fluoresceína sódica a 1 µg/mL. Transferir 3 mL de solução saturada de nitrato de potássio, resfriar a
para balão volumétrico de 100 mL, adicionar 20 mL de solução a 0 ºC e adicionar 3 gotas de fenolftaleína SI. Se
tampão borato pH 9,0 e completar o volume com água, a solução adquire coloração rosa, não mais que 0,5 mL
de modo a obter solução padrão a 0,03 µg/mL. Medir as de ácido sulfúrico 0,05 M é necessário para viragem do
intensidades de fluorescência das soluções resultantes em indicador. Se a solução permanece incolor, não mais que
fluorímetro, em comprimento de onde de excitação a 485 2 mL de hidróxido de sódio 0,1 M são necessários para
nm e emissão a 515 nm. Calcular o teor de C20H10Na2O5 desenvolvimento de coloração rosa persistente por 15
na amostra a partir das leituras obtidas. Cada mg de segundos.
diacetilfluoresceína equivale a 0,9037 mg de fluoresceína Fluorossilicato. Aquecer até ebulição a solução
sódica (C20H10Na2O5). neutralizada obtida em Acidez ou alcalinidade e titular,
ainda quente, com hidróxido de sódio 0,1 M SV até
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO coloração rosa permanente. São necessários, no máximo,
1,5 mL de hidróxido de sódio 0,1 M SV.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Cloretos (5.3.2.1). Dissolver 0,3 g da amostra em 20 mL
de água e adicionar 0,2 g de ácido bórico, 1 mL de ácido
ROTULAGEM nítrico SR e 1 mL de nitrato de prata 0,1 M. Qualquer
Observar a legislação vigente. turvação resultante não é mais intensa do que a de um
padrão preparado com 1 mL de ácido clorídrico 0,001 M,
utilizando os mesmos reagentes. No máximo 0,012% (120
ppm).
970 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
f
de referência de fluoreto nas seguintes concentrações: 0,25
Em recipientes bem fechados. mg/L, 0,5 mg/L, 1,0 mg/L, 2,5 mg/L e 5,0 mg/L.
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
quantidade declarada de NaF.
ROTULAGEM
IDENTIFICAÇÃO
Observar a legislação vigente.
A. Transferir 0,1 mL da solução oral para tubo de ensaio,
adicionar 0,1 mL de mistura de alizarina SI e nitrato de
zirconila a 0,1% (p/v) em ácido clorídrico 7 M (1:1). FLUORETO ESTANOSO
Desenvolve-se coloração amarela. Stannosi fluoridum
B. S necessário, reduzir o volume da solução oral por
aquecimento em banho-maria até volume contendo SnF2; 156,71
aproximadamente 10 mg de sódio por mililitro. A solução fluoreto estanoso; 09827
resultante responde às reações do íon sódio (5.3.1.1). Fluoreto de estanho
[7783-47-3]
CARACTERÍSTICAS
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 971
Contém, no mínimo, 71,2% do íon estanho (Sn2+), no novamente. Resfriar em banho-maria à temperatura
mínimo 22,3% e no máximo, 25,5% de fluoreto em relação ambiente por 10 minutos, agitar por 30 segundos, deixar
à substância dessecada. em repouso até ocorrer separação das fases e descartar a
fase aquosa. Adicionar 20 mL da Solução de rodamina B,
agitar por 30 segundos e descartar a fase aquosa. Decantar
DESCRIÇÃO
a fase etérea ou centrifugar se necessário para obter uma
Características físicas. Pó branco. solução límpida. Determinar a absorvância das soluções
obtidas a partir da Solução amostra e Solução padrão em
Solubilidade. Facilmente solúvel em água. comprimento de onda máximo de 550 nm. A absorvância
da Solução amostra não excede a absorvância da Solução
padrão (0,005%). Realizar prova em branco.
IDENTIFICAÇÃO
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de
A. Dissolver 0,25 g de amostra em 25 mL de água. Em
amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, por 4 horas. No
um tubo de ensaio, adicionar 2 mL de cloreto de cálcio SR
máximo 0,5%.
sobre 5 mL da solução amostra. Ocorre formação de um
precipitado branco de fluoreto de cálcio.
DOSEAMENTO
B. Utilizar a mesma solução amostra do teste A de
Identificação. Adicionar duas gotas de nitrato de prata 0,1 Íon estanoso
M em duas gotas da solução amostra. Ocorre formação de
um precipitado preto. Solução de iodeto de potássio-iodato 0,1 M: em um frasco
volumétrico de 1000 mL, dissolver 3,567 g de iodato
C. Adicionar duas gotas de cloreto mercúrico SR em de potássio, previamente dessecado a 110 °C até peso
uma gota da solução amostra. Ocorre formação de um constante, em 200 mL de água contendo 1 g de hidróxido
precipitado branco. Com a adição de um excesso da de sódio e 10 g de iodeto de potássio. Completar para o
solução amostra ocorre formação de um precipitado preto. volume de 1000 mL com água. Padronizar essa solução por
titulação utilizando estanho metálico grau analítico (99,5%
de pureza) e dissolver em ácido clorídrico. Cada mL de
ENSAIOS DE PUREZA
fa
iodeto de potássio-iodato 0,1 M equivale a 5,936 mg de Sn.
pH (5.2.19). 2,8 a 3,5. Determinar na solução 0,4% (p/v)
Pesar, exatamente, cerca de 250 mg de fluoreto estanoso
recentemente preparada.
e dissolver em 300 mL de ácido clorídrico 3 M aquecido
Substâncias insolúveis em água. Transferir 5 g de amostra (recentemente fervido). Girar o frasco contendo a amostra,
para um béquer, adicionar 100 mL de água e agitar a enquanto passa fluxo de gás inerte (livre de oxigênio) pela
solução por 3 minutos ou até ocorrer completa dissolução. superfície do líquido. Arrefecer à temperatura ambiente.
Filtrar em cadinho de massa conhecida e previamente Adicionar 5 mL de iodeto de potássio SR, 3 mL de amido
tarado, lavar com solução fluoreto de amônio a 1% (p/v) e SI e titular com Solução de iodeto de potássio-iodato 0,1 M
água. Secar o resíduo por 4 horas a 105 °C, resfriar e pesar. em atmosfera inerte. Cada mL de iodeto de potássio-iodato
O peso do resíduo não excede 0,2%. 0,1 M equivale a 5,936 mg de Sn2+.
Solução amostra: transferir 1 g de fluoreto estanoso para um Solução tamponante: dissolver 57 mL de ácido
balão volumétrico com capacidade para 50 mL, dissolver acético glacial, 58 g de cloreto de sódio e 4 g de ácido
em ácido clorídrico 6 M e completar para o volume de 50 1,2-cicloexileno-dinitrilo-tetracético em 500 mL de água.
mL com o mesmo solvente. Ajustar o pH para 5,25 ± 0,25 com hidróxido de sódio e
completar para o volume de 1000 mL com água.
Solução padrão: transferir 55 mg de tartarato de antimônio
e potássio para um balão volumétrico de 200 mL, dissolver Solução amostra: transferir 100 mg de fluoreto estanoso
em água e completar para o volume de 200 mL com o para um balão volumétrico de 250 mL. Adicionar 50 mL de
mesmo solvente. Transferir 5 mL dessa solução para um água, agitar vigorosamente por 5 minutos e completar para
balão volumétrico de 500 mL, dissolver em ácido clorídrico o volume de 250 mL com água. Transferir 10 mL dessa
6 M e completar o volume com o mesmo solvente. solução para um balão volumétrico de 50 mL e completar
o volume com água.
Solução de rodamina B: dissolver 20 mg de rodamina B
em 200 mL de ácido clorídrico 0,5 M. Solução padrão: dissolver uma quantidade exata de
fluoreto de sódio SQR em água para obter uma solução
Pipetar 5 mL da Solução amostra e da Solução padrão de 0,42 mg/mL. Cada mL dessa solução (Solução padrão
para funis de separação distintos, adicionar 15 mL de A) contém 0,19 mg do íon fluoreto (10-2 M). Transferir 25
ácido clorídrico, 1 g de sulfato cérico e deixar em repouso mL desta solução para um balão volumétrico de 250 mL,
por 5 minutos, agitando ocasionalmente. Adicionar 500 completando o volume com água. Esta solução, Solução
mg de cloridrato de hidroxilamina e agitar por 1 minuto. padrão B, contém 19 µg do íon fluoreto por mL (10-2 M).
Transferir 15 mL de éter isopropílico para a solução, Transferir 25 mL desta solução para um balão volumétrico
agitar por 30 segundos, adicionar 7 mL de água e agitar de 250 mL e completar o volume com água. Esta solução,
972 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Solução padrão C, contém 1,9 µg do íon fluoreto por mL Faixa de fusão (5.2.2): 110 °C a 114 °C.
(10-4 M).
ROTULAGEM
DOSEAMENTO
f
Observar a legislação vigente.
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido de
alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar um cromatógrafo provido
CLASSE TERAPÊUTICA de detector ultravioleta a 240 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
Profilático à cárie dentária.
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
mm), mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel
1,0 mL/minuto.
FLUTAMIDA
Flutamidum Fase móvel: mistura de água e acetonitrila (50:50).
na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
padrão e a Solução amostra.
Meio de dissolução: solução aquosa de laurilsulfato de
sódio a 3% (p/v), 900 mL
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Aparelhagem: pás, 75 rpm
Em recipientes protegidos da luz.
Tempo: 45 minutos
ROTULAGEM Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio
de dissolução, filtrar e diluir, se necessário, em
Observar a legislação vigente.
solução aquosa de laurilsulfato de sódio a 3% (p/v) até
concentração adequada. Medir as absorvâncias em 306
CLASSE TERAPEUTICA nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para ajuste do
zero. Calcular a quantidade de C11H11F3N2O3 dissolvida
Antiandrogênio. no meio, comparando as leituras obtidas com a da solução
de flutamida SQR na concentração de 0,0025% (p/v),
preparada no mesmo solvente.
FLUTAMIDA COMPRIMIDOS
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
declarada de C11H11F3N2O3 se dissolvem em 45 minutos.
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da
quantidade declarada de C11H11F3N2O3.
DOSEAMENTO
fa
como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 20 µm), mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel
µL de cada uma das soluções, recentemente preparadas, de 1,0 mL/minuto.
descritas a seguir.
Fase móvel: mistura de fosfato de potássio monobásico
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir 0,05 M e metanol (30:70).
quantidade do pó equivalente a 15 mg de flutamida para
balão volumétrico de 10 mL, completar o volume com Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
mistura de clorofórmio e metanol (5:1). Transferir quantidade do pó equivalente a 125 mg de
flutamida para balão volumétrico de 100 mL e adicionar
Solução (2): dissolver cerca de 15 mg de flutamida SQR 60 mL de uma mistura de metanol e água (95:5). Agitar
em 10 mL de uma mistura de clorofórmio e metanol (5:1). mecanicamente por 30 minutos e completar o volume
com metanol, homogeneizar e filtrar. Transferir 10 mL
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar do filtrado para balão volumétrico de 50 mL e diluir em
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A metanol de modo a obter solução de flutamida a 0,25 mg/
mancha referente à flutamida obtida com a Solução (1) mL.
corresponde em posição, cor e intensidade àquela obtida
com a Solução (2). Solução padrão: diluir quantidade exatamente pesada de
flutamida SQR em metanol de modo a obter solução a 0,25
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma mg/mL.
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
àquele do pico principal da Solução padrão. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos picos
registrados não é maior que 2,0%.
CARACTERÍSTICAS Procedimento: injetar, separadamente, 10 mL da Solução
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir a área sob os picos. Calcular a quantidade de
Teste de Dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. C11H11F3N2O3 nos comprimidos a partir das respostas
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.
Teste de Friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
DOSEAMENTO
FOLINATO DE CÁLCIO Proceder ao abrigo da luz direta. Realizar o doseamento
Calcii folinas sem interrupção prolongada.
f
mg/mL.
amarelado, inodoro.
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
Solubilidade. Solúvel em água, praticamente insolúvel em de folinato de cálcio SQR em Diluente para obter solução
acetona e etanol. a 0,2 mg/mL.
Constantes físico-químicas Solução de resolução: transferir 17,5 mg de ácido fólico
para balão volumétrico de 100 mL, dissolver em Diluente
Poder rotatório específico (5.2.8): +14,4° a +18,0° em
e completar o volume com mesmo solvente. Transferir 5
relação à substância anidra. Determinar em solução a 2,5%
mL para balão volumétrico de 25 mL e completar o volume
(p/v) em água livre de dióxido de carbono.
com Solução padrão. Homogeneizar.
Solubilidade. Muito pouco solúvel em água, praticamente Sulfatos (5.3.2.2). Dissolver 0,4 g da amostra em 30 mL
insolúvel em etanol. Solúvel em hidróxidos alcalinos e em de ácido clorídrico diluído e filtrar. Utilizar 15 mL dessa
fa
soluções diluídas de ácidos. solução e 2,5 mL da Solução padrão de ácido sulfúrico
0,005 M. No máximo 0,6% (6000 ppm).
CATEGORIA
FOSFATO DE AMÔNIO DIBÁSICO
Ammonii hydrogenophosphas Agente tamponante, agente sequestrante.
(NH4)2HPO4; 132,06
FOSFATO DE CÁLCIO DIBÁSICO DI-
fosfato de amônio dibásico; 04277
Sal de amônio do ácido fosfórico (2:1) HIDRATADO
[7783-28-0] Calcii hydrogenophosphas dihydricus
Características físicas. Pó cristalino ou cristais, brancos Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 100,5% de
ou quase brancos. CaHPO4.2H2O.
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, praticamente
insolúvel em acetona e etanol. DESCRIÇÃO
f
Características físicas. Pó cristalino branco.
IDENTIFICAÇÃO
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água e em etanol.
A. A solução a 5% (p/v) responde às reações do íon amônio Solúvel em soluções diluídas de ácido clorídrico e ácido
(5.3.1.1). nítrico, pouco solúvel em ácido acético diluído.
B. A solução a 5% (p/v) responde às reações do íon fosfato
(5.3.1.1). IDENTIFICAÇÃO
A. Dissolver aproximadamente 0,1 g da amostra por
ENSAIOS DE PUREZA aquecimento com mistura de 5 mL de ácido clorídrico 3
M e 5 mL de água. Adicionar, gota a gota, sob agitação,
pH (5.2.9). 7,6 a 8,2. Determinar em solução aquosa a 1%
2,5 mL de hidróxido de amônio 6 M e adicionar 5 mL de
(p/v).
oxalato de amônio SR. Produz-se precipitado branco.
Arsênio (5.3.2.5). Utilizar Método espectrofotométrico,
B. Em 10 mL de solução a 1% (p/v) da amostra aquecida
Método I. Determinar em 1 g da amostra. No máximo
com pequeno excesso de ácido nítrico adicionar 10 mL de
0,0003% (3 ppm).
molibdato de amônio SR. Produz-se precipitado amarelo
Cloretos (5.3.2.1). Determinar em 1,22 g da amostra. No de fosfomolibdato de amônio.
máximo 0,03% (300 ppm).
Fosfatos monocálcico e tricálcico. Dissolver 2 g da ensaio em branco. Cada mL de edetato dissódico 0,1 M SV
amostra em 30 mL de ácido clorídrico M SV, adicionar 20 equivale a 17,209 mg de CaHPO4.2H2O.
mL de água e 0,05 mL de alaranjado de metila SI. Titular o
excesso de ácido clorídrico M SV com hidróxido de sódio
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
M SV. O consumo de ácido clorídrico M SV está entre 11
mL e 12,5 mL. Em recipientes bem fechados, não metálicos.
Substâncias insolúveis em ácido. Aquecer 5 g da amostra
com mistura de 40 mL de água e 10 mL de ácido clorídrico, ROTULAGEM
até máxima solubilização, e completar o volume para 100
mL com água. Se um resíduo insolúvel aparecer, filtrar, Observar a legislação vigente.
lavar com água quente, até a reação para cloretos ser
negativa. Secar o resíduo a 105 °C, por 1 hora. No máximo CLASSE TERAPÊUTICA
0,2%.
Suplemento de cálcio.
Arsênio (5.3.2.5). Dissolver 2,5 g da amostra em 20 mL
de ácido clorídrico SR. Filtrar, se necessário, e adicionar
amônia SR até formação de precipitado. Adicionar ácido FOSFATO DE CÁLCIO TRIBÁSICO
clorídrico SR até dissolução do precipitado e completar o
Tricalcii phosphas
volume para 50 mL com água. Utilizar 2 mL desta solução
e prosseguir conforme descrito em Método visual. No
máximo 0,001% (10 ppm). Ca5(OH)(PO4)3; 502,31
fosfato de cálcio tribásico; 00203
Cloretos (5.3.2.1). Dissolver 3,58 g da amostra em mistura
Fosfato de cálcio hidróxido
de 7 mL de ácido nítrico e 20 mL de água. Diluir para 50
[12167-74-7]
mL com água. Utilizar 15 mL desta solução. No máximo
0,033% (330 ppm).
Fosfato de cálcio tribásico consiste de uma mistura variável
Ferro (5.3.2.4). Dissolver 2,5 g da amostra em 20 mL de fosfatos de cálcio. Contém, no mínimo, 35,0% e, no
fa
de ácido clorídrico SR. Filtrar, se necessário, e adicionar máximo, 40,0% de Ca (40,08).
amônia SR até formação de precipitado. Adicionar ácido
clorídrico SR até dissolução do precipitado e completar o
DESCRIÇÃO
volume para 50 mL com água. Utilizar 5 mL desta solução
e prosseguir conforme descrito em Método I. Utilizar 1 Características físicas. Pó branco, inodoro e insípido.
mL de Solução padrão de ferro (100 ppm Fe). No máximo
0,04% (400 ppm). Solubilidade. Praticamente insolúvel em água e etanol.
Solúvel em soluções diluídas de ácido clorídrico e ácido
Metais pesados (5.3.2.3). Dissolver, tanto quanto possível, nítrico. Praticamente insolúvel em ácido acético.
por meio de aquecimento, 1,3 g da amostra em 3 mL de
ácido clorídrico 3 M, resfriar e diluir para 50 mL com água.
Determinar em 25 mL desta solução. No máximo 0,003% IDENTIFICAÇÃO
(30 ppm). A. Dissolver 0,1 g da amostra em 5 mL de solução de ácido
Sulfatos (5.3.2.2). Dissolver 0,8 g da amostra em 20 mL nítrico a 25% (v/v). A solução responde às reações do íon
de ácido clorídrico SR. Filtrar, se necessário, e adicionar fosfato (5.3.1.1).
amônia SR até formação de precipitado. Adicionar ácido B. Responde às reações do íon cálcio (5.3.1.1).
clorídrico SR até dissolução do precipitado e completar
o volume para 50 mL com água. Utilizar 15 mL desta
solução. No máximo 0,5% (5 000 ppm). ENSAIOS DE PUREZA
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. Substâncias insolúveis em ácido. Dissolver 5 g da amostra
Incinerar entre 800 °C e 825 °C, até peso constante. Entre em uma mistura de 10 mL de ácido clorídrico e 30 mL de
24,5% e 26,5%. água. Filtrar, lavar o resíduo com água e secar em estufa
a 105 °C, até peso constante. A massa do resíduo não é
superior a 10 mg (0,2 %).
DOSEAMENTO
Arsênio (5.3.2.5). Adicionar 0,25 g da amostra a 20 mL de
Pesar, exatamente, cerca de 0,3 g da amostra, dissolver em água. Adicionar ácido clorídrico até completa dissolução
mistura de 1 mL de ácido clorídrico a 0,3% (v/v) e 5 mL e prosseguir conforme descrito em Método visual. No
de água. Adicionar 25 mL de edetato dissódico 0,1 M SV máximo 0,0004% (4 ppm).
e diluir a 200 mL com água. Neutralizar com hidróxido de
amônio e adicionar 10 mL de solução tampão cloreto de Bário. Pesar 0,5 g da amostra. Adicionar 10 mL de água
amônio pH 10,0 e aproximadamente 50 mg de negro de e 1 mL de ácido nítrico, com agitação. A solução obtida
eriocromo T. Titular o excesso de edetato dissódico com deve permanecer límpida após adição de 1 mL de sulfato
sulfato de zinco 0,1 M SV até coloração violeta. Realizar de cálcio SR.
978 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
f DOSEAMENTO
Dissolver 0,2 g da amostra em mistura de 1 mL de ácido
clorídrico SR e 5 mL de água. Adicionar 25 mL de edetato
dissódico 0,1 M e completar o volume para 200 mL com
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 100,5% de
C18H34ClN2O8PS, em relação à substância anidra.
DESCRIÇÃO
água. Ajustar o pH da solução para 10,0 com amônia e
Características físicas. Pó branco ou quase branco,
adicionar 10 mL de tampão cloreto de amônio pH 10,0.
ligeiramente higroscópico. Apresenta polimorfismo.
Utilizar negro de eriocromo T SI como indicador. Titular
o excesso de edetato dissódico 0,1 M com sulfato de zinco Solubilidade. Facilmente solúvel em água, muito pouco
0,1 M SV até viragem do indicador de azul para violeta. solúvel em etanol, praticamente insolúvel em cloreto de
Cada mL de edetato dissódico 0,1 M equivale a 4,008 mg metileno.
de Ca.
Constantes físico-químicas.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Poder rotatório específico (5.2.8): +115° a +130°, em
relação à substância anidra. Determinar em solução a 1%
Em recipientes bem fechados.
(p/v) em água.
ROTULAGEM IDENTIFICAÇÃO
Observar a legislação vigente.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
CLASSE TERAPÊUTICA máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
Suplemento e adjuvante farmacotécnico. observados no espectro de fosfato de clindamicina SQR,
preparado de maneira idêntica.
fa
10% da área sob o pico principal obtido com a Solução (2). C18H34ClN2O8PS na amostra a partir das respostas obtidas
com a Solução padrão e a Solução amostra.
Água (5.2.20.1). Determinar em 0,25 g da amostra. No
máximo 6,0%.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA Em recipientes bem fechados.
Quando for indicado no rótulo que a substância é
estéril, a amostra cumpre com os testes de Esterilidade ROTULAGEM
e Endotoxinas bacterianas. Quando for indicado que a
substância deve ser esterilizada durante a produção de Observar a legislação vigente. Quando a substância é
preparações estéreis, a amostra cumpre com o teste de destinada à produção de preparações parenterais, o rótulo
Endotoxinas bacterianas. deve indicar se o produto é estéril ou se deve ser esterilizado
durante o processo.
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Utilizar o Método
de filtração por membrana.
CLASSE TERAPÊUTICA
Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,6 UE/
Antibacteriano; antiprotozoário.
mg de fosfato de clindamicina.
Fase móvel: misturar 200 mL de acetonitrila e 800 mL de A. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
fosfato de potássio monobásico a 1,36% (p/v), previamente camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
ajustado para pH 2,5 com ácido fosfórico. como suporte, e mistura de metanol, tolueno e amônia 18
M (70:30:1,5), como fase móvel. Aplicar, separadamente,
980 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
à placa, 10 μL de cada uma das soluções, recentemente padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados
preparadas, descritas a seguir. não é maior que 2,0%.
Solução (1): transferir volume da solução injetável Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL da Solução
equivalente a 50 mg de fosfato de clindamicina para balão padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
volumétrico de 10 mL, completar o volume com metanol e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
e homogeneizar. C18H33ClN2O5S na solução injetável a partir das respostas
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.
Solução (2): solução a 5 mg/mL de fosfato de clindamicina Cada mg de C18H34ClN2O8PS equivale a 0,8416 mg de
SQR, em metanol. C18H33ClN2O5S.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Nebulizar a placa com iodobismutato de EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
potássio diluído SR. Examinar sob luz ultravioleta
(254 nm). A mancha principal obtida com a Solução (1) Em recipientes de vidro tipo I, protegidos da luz, em
corresponde em posição, cor e intensidade àquela obtida temperaturas entre 8 °C e 30 °C.
com a Solução (2).
f
Na2HPO4.7H2O; 268,07
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Na2HPO4.12H2O; 358,14
fosfato de sódio dibásico; 00207
Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,58 UE/ fosfato de sódio dibásico di-hidratado; 00209
mg de fosfato de clindamicina. fosfato de sódio dibásico heptaidratado; 00211
fosfato de sódio dibásico dodecaidratado; 00210
DOSEAMENTO Sal de sódio do ácido fosfórico (2:1)
[7558-79-4]
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido Sal dissódico do ácido fosfórico monoidratado
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido [118830-14-1]
de detector ultravioleta a 210 nm; coluna de 250 mm de Sal dissódico do ácido fosfórico di-hidratado
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada [10028-24-7]
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 Sal dissódico do ácido fosfórico heptaidratado
μm), mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel [7782-85-6]
de 1,0 mL/minuto. Sal de sódio do ácido fosfórico hidratado (2:1:12)
[10039-32-4]
Fase móvel: mistura de 250 mL de acetonitrila e 750 mL de
fosfato de potássio monobásico 1,36% (p/v), previamente
ajustado para pH 2,5 com ácido fosfórico. Fosfato de sódio dibásico é anidro ou contém uma, duas,
sete ou doze moléculas de água de hidratação. Contém, no
Solução amostra: diluir volume da solução injetável na mínimo, 98,0% e, no máximo, 100,5% de Na2HPO4, em
Fase móvel de modo a obter solução a 0,15 mg/mL de relação à substância dessecada.
clindamicina.
ENSAIOS DE PUREZA
CLASSE TERAPÊUTICA
Substâncias insolúveis. Dissolver quantidade da amostra
equivalente a 5 g de Na2HPO4 em 100 mL de água quente, Adjuvante.
filtrar em cadinho de Gooch tarado, lavar o resíduo com
água quente e dessecar a 105 °C por 2 horas. O peso do
resíduo não é maior que 20 mg (0,4%). FOSFATO DE SÓDIO MONOBÁSICO
Natrii dihydrogenophosphas
Arsênio (5.3.2.5). Utilizar Método espectrofotométrico,
Método I. Determinar em solução contendo o equivalente
a 187,5 mg de Na2HPO4 em 35 mL de água. No máximo NaH2PO4; 119,98
0,0016% (16 ppm). NaH2PO4.H2O; 138,00
NaH2PO4.2H2O; 156,01
Cloretos (5.3.2.1). Determinar em quantidade da amostra fosfato de sódio monobásico; 00212
equivalente a 0,6 g de Na2HPO4. No máximo 0,06% (600 fosfato de sódio monobásico monoidratado; 09331
ppm). fosfato de sódio monobásico di-hidratado; 00213
Sal de sódio do ácido fosfórico (1:1)
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método I. Dissolver
[7558-80-7]
quantidade da amostra equivalente a 2,1 g de Na2HPO4 em
Sal monossódico do ácido fosfórico monoidratado
50 mL de água e utilizar 12 mL da solução obtida para
[10049-21-5]
Preparação amostra. No máximo 0,002% (20 ppm).
Sal de sódio do ácido fosfórico hidratado (1:1:2)
Sulfatos (5.3.2.2). Determinar em quantidade da amostra [13472-35-0]
equivalente a 0,6 g de Na2HPO4. No máximo 0,2% (2000
ppm). Fosfato de sódio monobásico é anidro ou contém uma ou
duas moléculas de água de hidratação. Contém, no mínimo,
fa
Perda por dessecação (5.2.9). Dessecar em estufa a 130 98,0% e, no máximo, 103,0% de NaH2PO4, em relação à
°C, até peso constante. No máximo 5,0% para a forma substância anidra.
anidra, entre 10,3% e 12,0% para a forma monoidratada,
entre 18,5% e 21,5% para a forma di-hidratada, entre
43,0% e 50,0% para a forma hepta-hidratada e entre 55,0% DESCRIÇÃO
e 64,0% para a forma dodeca-hidratada.
Características físicas. Pó cristalino ou cristais incolores
ou brancos, inodoro e levemente deliquescente.
DOSEAMENTO
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, praticamente
Pesar, exatamente, quantidade da amostra equivalente a 1 g insolúvel em etanol.
de Na2HPO4 e dissolver em 40 mL de água. Adicionar, com
auxílio de pipeta volumétrica, 15 mL de ácido clorídrico
IDENTIFICAÇÃO
M. Titular potenciometricamente com hidróxido de sódio
M SV, até ponto de inflexão próximo a pH 4,0 e anotar o A. A solução aquosa a 5% (p/v) responde às reações do íon
volume gasto. Continuar a titulação até o segundo ponto fosfato (5.3.1.1).
de inflexão, próximo a pH 8,8. Realizar ensaio em branco,
transferindo 15 mL de ácido clorídrico M com pipeta B. A solução aquosa a 5% (p/v) responde às reações do íon
volumétrica e 40 mL de água para erlenmeyer e titulando sódio (5.3.1.1).
potenciometricamente com hidróxido de sódio M SV.
A diferença entre o volume de hidróxido de sódio M SV
ENSAIOS DE PUREZA
gasto no ensaio em branco e o volume gasto na titulação
da amostra até o ponto de inflexão pH 4,0 é considerado pH (5.2.19). 4,1 a 4,5. Determinar em solução contendo
Volume A. A diferença entre o volume de hidróxido de o equivalente a 1 g de NaH2PO4.H2O em 20 mL de água.
sódio M SV gasto entre os pontos de inflexão pH 4,0 e
pH 8,8 é considerado Volume B. Se o Volume A for igual Substâncias insolúveis. Dissolver quantidade da amostra
ou menor do que o Volume B, cada mL do Volume A de equivalente a 10 g de NaH2PO4.H2O em 100 mL de água
hidróxido de sódio M SV equivale a 141,960 mg de quente, filtrar em cadinho de Gooch tarado, lavar o resíduo
Na2HPO4. Se o Volume A for maior do que o Volume B, com água quente e dessecar a 105 °C por 2 horas. O peso
cada mL de (2 Volume B) – Volume A de hidróxido de sódio do resíduo não é maior que 20 mg (0,2%).
M SV equivale a 141,960 mg de Na2HPO4.
Alumínio, cálcio e elementos relacionados. A solução
contendo o equivalente a 1 g de NaH2PO4.H2O em 10 mL
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO de água não apresenta turbidez quando o meio é levemente
Em recipientes bem fechados, não metálicos.
982 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método I. Dissolver pH (5.2.19). Entre 4,4 e 5,2.
quantidade da amostra equivalente a 1 g de NaH2PO4.H2O
em 20 mL de água, adicionar 1 mL de ácido clorídrico 3 M
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
e completar o volume para 25 mL com água. No máximo
0,002% (20 ppm). Contagem do número total de micro-organismos
mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Sulfatos (5.3.2.2). Determinar em quantidade da amostra
equivalente a 0,8 g de NaH2PO4.H2O. No máximo 0,15% Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
(1500 ppm). Cumpre o teste.
Água (5.2.20.1). No máximo 2,0% para a forma anidra,
entre 10,0% e 15,0% para a forma monoidratada e entre DOSEAMENTO
18,0% e 26,5% para a forma di-hidratada.
Pipetar 25 mL de amostra e transferir para um balão
volumétrico de 500 mL e completar o volume com água.
DOSEAMENTO Transferir 25 mL dessa solução para um béquer de 250 mL,
adicionar 15 mL de hidróxido de sódio 0,5 M e 75 mL de
Dissolver, exatamente, cerca de 2,5 g da amostra em 10
água. Titular o excesso de base, potenciometricamente, com
mL de água fria e adicionar 20 mL de solução saturada de
f
ácido clorídrico 0,5 M SV até o primeiro ponto de inflexão
cloreto de sódio fria. Titular com hidróxido de sódio M SV,
(em pH próximo a 9,2). Registrar o volume de titulante
utilizando fenolftaleína SI como indicador e mantendo a
gasto (A). Continuar a titulação até o segundo ponto de
temperatura da solução entre 10 e 15 °C durante a titulação.
inflexão (pH próximo a 4,4) e registrar o volume (B). Para
Cada mL de hidróxido de sódio M SV equivale a 119,98
a determinação do branco, transferir 15 mL de hidróxido
mg de NaH2PO4.
de sódio 0,5 M para um béquer de 250 mL, adicionar 100
mL de água, e titular imediatamente com ácido clorídrico
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO 0,5 M SV. Registrar o volume do ácido clorídrico 0,5 M
SV consumido (C), em mL. Cada mL do volume (C-A) de
Em recipientes bem fechados, não metálicos. ácido clorídrico 0,5 M equivale a 69 mg de fosfato de sódio
monobásico (NaH2PO4.H2O) e cada mL do volume de (B-
ROTULAGEM C) de ácido clorídrico 0,5 M SV equivale a 134,0 mg de
fosfato de sódio dibásico (Na2HPO4.7H2O).
Observar a legislação vigente.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
CLASSE TERAPÊUTICA
Em recipientes bem fechados.
Adjuvante.
ROTULAGEM
FOSFATO DE SÓDIO SOLUÇÃO ORAL Observar a legislação vigente.
fa
pH (5.2.19). 7,5 a 10,5. Determinar em solução a 1% (p/v)
em água livre de dióxido de carbono.
DESCRIÇÃO Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
Características físicas. Pó branco, muito higroscópico. em Cromatografia a líquido de alta eficiência (5.2.17.4).
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, muito pouco 254 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm de
solúvel em etanol, dioxana e insolúvel em clorofórmio. diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
ligada a grupo octadecilsilano (5 μm), mantida à
Constantes físico-químicas. temperatura ambiente, fluxo da Fase móvel de 1 mL/min.
Poder rotatório específico (5.2.8): +75° a +83°, em relação Fase móvel: misturar 1,36 g de fosfato de potássio
à substância anidra e livre de etanol. Determinado em monobásico e 0,6 g de hexilamina e deixar em repouso por
solução a 1% (p/v) em água. 10 minutos. Dissolver em 182,5 mL de água e adicionar
67,5 mL de acetonitrila. Fazer os ajustes necessários.
IDENTIFICAÇÃO
Solução (1): dissolver quantidade, exatamente pesada, da
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) amostra em Fase móvel para obter solução a 2,5 mg/mL.
da amostra, dispersa em brometo de potássio apresenta
Solução (2): dissolver 2 mg de fosfato dissódico
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de dexametasona SQR e 2 mg de fosfato sódico de
de onda e com as mesmas intensidades relativas
betametasona em Fase móvel e diluir para 100 mL com o
daqueles observados no espectro de fosfato dissódico de
mesmo solvente.
dexametasona SQR, preparado de maneira idêntica. Se
o espectro obtido no estado sólido mostrar diferenças, Solução (3): transferir 1 mL da Solução (1) para balão
dissolver a substância a ser examinada e o fosfato dissódico volumétrico de 100 mL e completar o volume com Fase
de dexametasona SQR, separadamente, em um mínimo móvel.
volume de etanol, evaporar e secar em banho-maria.
Registrar novos espectros usando os resíduos. Injetar 20 μL da Solução (2). A resolução entre fosfato sódico
de betametasona e fosfato dissódico de dexametasona não
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia em é menor que 2,2.
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel HF254,
como suporte, e mistura de clorofórmio, metanol e água Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL da Solução
(180:15:1), como fase móvel. Aplicar, separadamente, (1) e da Solução (3) e registrar os cromatogramas por, no
à placa, 10 µL de cada uma das soluções, recentemente mínimo, o dobro do tempo de retenção do pico principal.
preparadas, descritas a seguir. A área sob qualquer pico a partir do pico principal obtido
984 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
com a Solução (1) não é maior que a metade da área sob DOSEAMENTO
o pico principal obtido com a Solução (3) (0,5%). A soma
das áreas sob todos os picos obtidos com a Solução (1), Proceder conforme Espectrofotometria de absorção no
exceto a do pico do solvente, não é maior que a área sob ultravioleta (5.2.14). Pesar, exatamente, cerca de 0,1 g da
o pico principal obtido com a Solução (3) (1%). Não amostra e dissolver em água. Completar o volume para
considerar picos com área inferior 0,05 vezes a área sob o 100 mL com o mesmo solvente. Diluir, sucessivamente,
pico principal obtido com a Solução (3). em água, até a concentração de 0,002% (p/v). Preparar
solução padrão na mesma concentração, utilizando o
Limite de etanol. Proceder conforme descrito em mesmo solvente e fosfato dissódico de dexametasona SQR
Cromatografia a gás (5.2.17.5). Utilizar cromatógrafo ao invés da amostra. Medir as absorvâncias das soluções
a gás provido de detector de ionização de chamas, resultantes em 241,5 nm, utilizando água para ajuste do
utilizando coluna capilar de 1 m de comprimento e 3,2 zero. Calcular o teor de C22H28FNa2O8P na amostra a partir
mm de diâmetro interno, preenchida com copolímero das leituras obtidas. Alternativamente, realizar os cálculos
etilvinilbenzeno e divinilbenzeno com espessura de filme considerando A(1%, 1 cm) = 303, em 241,5 nm, em água.
de 150 µm a 180 µm; temperatura da coluna de 150 °C,
temperatura do injetor a 250 °C e temperatura do detector
a 280 °C. Utilizar nitrogênio como gás de arraste; fluxo de
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
30 mL/minuto Em recipientes hermeticamente fechados, protegidos da luz.
Solução de padrão interno: diluir 1 mL de álcool n-propílico
para 100 mL de água. ROTULAGEM
Solução amostra: dissolver 0,5 g da amostra em 5 mL de Observar a legislação vigente.
Solução de padrão interno e diluir para 10 mL com água.
Solução padrão: diluir 1 mL etanol para 100 mL com água. CLASSE TERAPÊUTICA
Transferir 2 mL dessa solução para balão volumétrico de
10 mL, adicionar 5 mL de Solução de padrão interno e Antiinflamatórios esteroides.
completar o volume com água.
f
Procedimento: injetar, separadamente, 2 μL da Solução FOSFATO SÓDICO DE RIBOFLAVINA
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas Riboflavini natrii phosphas
e medir as áreas sob os picos. Calcular a porcentagem de
etanol na amostra. No máximo 3,0% (p/p) de etanol.
CH3
Limite de íons fosfato. Proceder conforme descrito H3C
em Espectrofotometria de absorção no visível (5.2.14). OH O
Dissolver, exatamente, cerca de 50 mg da amostra em
P
mistura de 10 mL de água e 5 mL de ácido sulfúrico M. N O ONa
Aquecer se necessário. Adicionar 1 mL de solução de OH
molibdato de amônio a 5% (p/v) em ácido sulfúrico 0,05 N OH OH
M e 1 mL de sulfato de 4-metilaminofenol SR. Completar
N
o volume para 25 mL com água, homogeneizar e deixar
em repouso por 30 minutos. Preparar solução padrão na O N O
mesma concentração, utilizando 5 mL da solução de H
fosfato de potássio monobásico a 0,01433% (p/v), ao invés
da amostra, e os mesmos solventes. Medir as absorvâncias C17H20N4NaO9P; 478,33
das soluções resultantes em 730 nm, utilizando água para C17H20N4NaO9P.2H2O; 514,36
ajuste do zero. A absorvância da solução da amostra não é fosfato sódico de riboflavina; 07703
maior que da solução padrão. No máximo 1,0%. Sal de sódio de 5’-(dihidrogenofosfato) de riboflavina (1:1)
[130-40-5]
Água (5.2.20.1). A soma das porcentagens do conteúdo de Sal monossódico de 5’-(dihidrogenofosfato) de riboflavina
água e de etanol, determinado em Limite de etanol, não é di-hidratado
maior que 16,0%. [6184-17-4]
fa
com 2 mL de cloreto de metileno. A fase inferior da mistura (1), (2) e (3). No máximo 6,0% de riboflavina livre e, no
apresenta fluorescência amarela. máximo, 6,0% de difosfatos de riboflavina, em relação à
substância dessecada.
D. A 0,5 g da amostra, adicionar 10 mL de ácido nítrico e
evaporar, em banho-maria, até secura. Aquecer o resíduo Limite de lumiflavina. Agitar 35 mg da amostra com
até adquirir coloração branca, dissolver em 5 mL de água e 10 mL de clorofórmio isento de álcool, recentemente
filtrar. O filtrado responde às reações do íon sódio (5.3.1.1) preparado, por 5 minutos e filtrar. A absorvância (5.2.14)
e às reações do íon fosfato (5.3.1.1). da solução resultante em 440 nm, utilizando clorofórmio
isento de álcool para ajuste do zero, é de, no máximo,
0,025.
ENSAIOS DE PUREZA
Limite de fosfato livre. Dissolver 0,3 g da amostra em
pH (5.2.19). 5,0 a 6,5. Determinar em solução aquosa a água, diluir para 100 mL com o mesmo solvente. Transferir
1% (p/v). 10 mL desta solução para balão volumétrico de 50 mL.
Adicionar 10 mL de solução ácida de molibdato de amônio
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito e 5 mL de sulfato ferroso a 10% (p/v) em ácido sulfúrico
em Cromatografia a líquido de alta eficiência (5.2.17.4). 0,075 M. Homogeneizar. Preparar solução padrão de
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a maneira similar utilizando 10 mL de fosfato de potássio
266 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm de monobásico a 0,004% (p/v), 10 mL de solução ácida de
diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente molibdato de amônio e 5 mL de sulfato ferroso a 10% (p/v)
ligada a grupo octadecilsilano (5 µm), mantida à temperatura em ácido sulfúrico 0,075 M. Medir as absorvâncias das
ambiente; fluxo da fase móvel de 2 mL/minuto. soluções resultantes em 700 nm (5.2.14). Utilizar mistura
Fase móvel: mistura de metanol e fosfato de potássio de 10 mL de água, 10 mL de solução ácida de molibdato
monobásico a 0,735% (p/v) (15:85). de amônio e 5 mL de sulfato ferroso a 10% (p/v) em ácido
sulfúrico 0,075 M para ajuste do zero. A absorvância da
Solução (1): transferir, exatamente, cerca de 0,1 g da solução amostra não é superior à da solução padrão. No
amostra para balão volumétrico de 100 mL, dissolver em máximo 1,0%.
50 mL de água e completar o volume com Fase móvel.
Transferir 4 mL desta solução para balão volumétrico de Metais pesados (5.3.2.3). Transferir 2 g da amostra
25 mL e completar o volume com Fase móvel. para cadinho de sílica, adicionar, gota a gota, 2 mL de
ácido nítrico e 0,25 mL de ácido sulfúrico. Aquecer,
Solução (2): dissolver, exatamente, cerca de 60 mg de cuidadosamente, até aparecimento de fumaça branca e
riboflavina SQR em 1 mL de ácido clorídrico e diluir para ignição da amostra. Resfriar. Extrair o resíduo com duas
250 mL com água. Transferir 4 mL desta solução para porções de 2 mL de ácido clorídrico. Evaporar os extratos
até secura. Dissolver o resíduo com 2 mL de ácido acético
986 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
f
diluir para 1000 mL com água. Preparar solução padrão
na mesma concentração, utilizando os mesmos solventes.
Densidade relativa (5.2.5): 1,117 a 1,121. Determinar a 20 °C.
Transferir 10 mL de cada solução para balões volumétricos
de 1000 mL. Adicionar ácido sulfúrico 0,05 M até ajuste de Índice de refração (5.2.6): 1,500 a 1,505. Determinar a 20 °C.
pH entre 5,9 e 6,1 (aproximadamente 4 mL) e completar o
volume com água. Medir as intensidades de fluorescência Temperatura de ebulição (5.2.3): 295 °C.
das soluções resultantes em fluorímetro, em comprimento
de onda de excitação de 440 nm e emissão de 530 nm.
IDENTIFICAÇÃO
Calcular o teor de C17H20N4O6 na amostra, a partir das
leituras obtidas. A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dispersa entre placas de cloreto de sódio, apresenta
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. observados no espectro de ftalato de etila SQR, preparado
de maneira idêntica.
ROTULAGEM B. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
Observar a legislação vigente.
como suporte, e mistura de heptano e éter etílico (30:70),
como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 10
CLASSE TERAPÊUTICA mL de cada uma das soluções, recentemente preparadas,
descritas a seguir.
Componente da vitamina B.
Solução (1): solução a 5 mg/mL da amostra em éter etílico.
fa
DOSEAMENTO Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente
solúvel em acetona e dimetilformamida, solúvel em
Pesar, exatamente, cerca de 0,75 g da amostra e transferir metanol, ligeiramente solúvel em etanol, pouco solúvel
para erlenmeyer de 250 mL. Adicionar 25 mL de hidróxido em éter etílico e praticamente insolúvel em clorofórmio.
de potássio etanólico 0,5 M SV e algumas pérolas de vidro. Facilmente solúvel em soluções aquosas de hidróxidos
Aquecer em banho-maria, sob refluxo, por uma hora. alcalinos.
Adicionar 1 mL de fenolftaleína SI e titular imediatamente
com ácido clorídrico 0,5 M SV. Realizar ensaio em branco
e fazer as correções necessárias. Calcular o volume de IDENTIFICAÇÃO
hidróxido de potássio etanólico 0,5 M SV utilizado na
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
saponificação. Cada mL de hidróxido de potássio etanólico
de absorção no infravermelho (5.2.14). O espectro de
0,5 M SV equivale a 55,560 mg de C12H14O4.
absorção no infravermelho da amostra, dispersa em brometo
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
intensidades relativas daqueles observados no espectro de
Em recipientes bem fechados, completamente cheios, furosemida SQR, preparado de maneira idêntica.
protegidos da luz.
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
faixa de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,0005% (p/v) em
ROTULAGEM
hidróxido de sódio 0,1 M, exibe máximos em 228, 271 e
Observar a legislação vigente. 333 nm, idênticos aos observados no espectro de solução
similar de furosemida SQR. As absorvâncias das soluções
em 271 nm, não diferem mais que 3%, quando calculadas
CATEGORIA em relação à substância dessecada.
Adjuvante farmacêutico. C. Dissolver cerca de 5 mg da amostra em 10 mL de
metanol. Transferir 1 mL desta solução para balão de
refluxo, adicionar 10 mL de ácido clorídrico 2 M e submeter
a refluxo por 15 minutos. Esfriar e adicionar 15 mL de
hidróxido de sódio M e 5 mL de nitrito de sódio 0,1%
(p/v). Homogeneizar e aguardar por 3 minutos. Adicionar
5 mL de sulfamato de amônio 2,5% (p/v), homogeneizar e
adicionar 1 mL de solução recém preparada de dicloridrato
988 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
f
de 0,2 mL de ácido acético e 30 mL de água. Agitar durante transferir 1 mL do filtrado para balão volumétrico de 50
5 minutos, deixar em repouso por 15 minutos e filtrar. mL e completar o volume com o mesmo solvente. Preparar
Utilizar 15 mL do filtrado. No máximo 0,03% (300 ppm). solução padrão na mesma concentração, utilizando o mesmo
solvente. Medir as absorvâncias em 271 nm (5.2.14),
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método III. Determinar utilizando hidróxido de sódio 0,1 M para ajuste do zero.
em 1 g de amostra. No máximo 0,002% (20 ppm). Calcular a quantidade de C12H11ClN2O5S no comprimido,
a partir das leituras obtidas. Alternativamente, realizar o
Perda por dessecação (5.2.9). Dessecar a 105 oC, por 3 cálculo utilizando A(1%,1cm) = 580, em 271 nm.
horas. No máximo 1,0%.
ENSAIOS DE PUREZA
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Aminas primárias aromáticas livres. Transferir volume
Contagem do número total de micro-organismos
da solução injetável contendo o equivalente a 40 mg de
mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
furosemida para balão volumétrico de 10 mL, completar
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). o volume com metanol, homogeneizar e filtrar. Prosseguir
Cumpre o teste. conforme descrito no ensaio de Aminas primárias
aromáticas livres da monografia de Furosemida, a partir
de “Pipetar 1 mL do filtrado...”. A absorvância obtida não
DOSEAMENTO é superior a 0,20.
Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir quantidade
de pó, equivalente a 0,2 g de furosemida, para balão TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
volumétrico de 500 mL com auxílio de 300 mL de hidróxido
de sódio 0,1 M. Agitar por 10 minutos. Completar o volume Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
com o mesmo solvente, homogeneizar e filtrar. Diluir 5
Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 3,6 UE/
mL do filtrado para 250 mL com hidróxido de sódio 0,1
mg de furosemida.
M e homogeneizar. Preparar solução padrão na mesma
concentração, utilizando o mesmo solvente. Medir as
absorvâncias das soluções resultantes em 271 nm (5.2.14), DOSEAMENTO
utilizando hidróxido de sódio 0,1 M para ajuste do zero.
Calcular o conteúdo de C12H11ClN2O5S nos comprimidos Empregar um dos métodos descritos a seguir.
a partir das leituras obtidas. Alternativamente, realizar o A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
fa
cálculo utilizando A(1%,1cm) = 580, em 271 nm. de absorção no ultravioleta (5.2.14). Pipetar volume
da solução injetável contendo o equivalente a 20 mg de
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO furosemida, transferir para balão volumétrico de 100
mL, completar o volume com água e homogeneizar.
Em recipientes opacos bem fechados. Diluir 5 mL para 100 mL com hidróxido de sódio 0,1
M e homogeneizar. Preparar solução padrão na mesma
concentração, utilizando os mesmos solventes. Medir
ROTULAGEM
as absorvâncias das soluções resultantes em 271 nm,
Observar a legislação vigente. utilizando hidróxido de sódio 0,1 M para ajuste do zero.
Calcular a quantidade de C12H11ClN2O5S na solução
injetável a partir das leituras obtidas. Alternativamente,
FUROSEMIDA SOLUÇÃO INJETÁVEL realizar os cálculos considerando A (1%, 1 cm) = 580, em
271 nm, em hidróxido de sódio 0,1 M.
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
quantidade declarada de C12H11ClN2O5S. de alta eficiência (5.2.17.4). Proteger as soluções da
exposição à luz. Utilizar cromatógrafo provido de detector
ultravioleta a 272 nm; coluna de 150 mm de comprimento
IDENTIFICAÇÃO e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada com sílica
quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 μm),
A. Transferir volume da solução injetável contendo o
mantida a 30 °C; fluxo da Fase móvel de 1,0 mL/minuto.
equivalente a 20 mg de furosemida para balão volumétrico
de 100 mL, completar o volume com água e homogeneizar. Fase móvel: mistura de água, tetraidrofurano e ácido
Diluir 5 mL da solução para 100 mL com hidróxido de acético glacial (70:30:1).
sódio 0,1 M. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14)
da solução obtida, na faixa de 220 nm a 340 nm, exibe Diluente: diluir 22 mL de ácido acético glacial em mistura
máximos em 228 nm e 271 nm, idênticos aos observados de água e acetonitrila (50:50), completar o volume para
no espectro de solução similar de furosemida SQR. 1000 mL e homogeneizar.
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma Solução amostra: transferir volume da solução injetável
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, contendo o equivalente a 20 mg de furosemida para balão
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão. volumétrico de 50 mL, completar o volume com Diluente
e homogeneizar. Transferir 5 mL da solução para balão
990 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
volumétrico de 50 mL, completar o volume com o mesmo e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
solvente e homogeneizar. C12H11ClN2O5S na solução injetável a partir das respostas
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
de furosemida SQR no Diluente e diluir sucessivamente de
modo a obter solução a 40 µg/mL. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Injetar replicatas de 20 μL da Solução padrão. O desvio Em recipientes de vidro tipo I, protegidos da luz.
padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados
não é maior que 2,0%. ROTULAGEM
Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL da Solução Observar a legislação vigente.
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
f
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 991
O petrolato recuperado por drenagem em Doseamento Características organolépticas. A droga apresenta odor
apresenta as mesmas características e cumpre os testes de forte e sabor amargo e persistente.
Descrição e Ensaios de Pureza descritos na monografia de
Petrolato branco. DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
Rizomas e raízes apresentam-se em fragmentos cilíndricos
CARACTERÍSTICAS de diferentes tamanhos. Em regra, os rizomas são maiores do
A gaze condicionada obtida em Doseamento cumpre os que as raízes, atingindo até 6 cm de diâmetro. As raízes são
testes de Contagem dos fios, Comprimento, Largura e torcidas ou arqueadas, com profundas estrias longitudinais
Gramatura descritos na monografia de Tecido de gaze e cicatrizes pequenas e ovais, oriundas de ramificações
hidrófila purificada. secundárias. Os rizomas são robustos; externamente têm
cor castanho-amarelada a cinza-amarelada e apresentam
fendas longitudinais e numerosos sulcos anelares,
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA marcados por fileiras de pequenas cicatrizes. Rizomas e
raízes entumescem consideravelmente em contato com a
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. umidade, tornando-se flexíveis. A fratura não é farinácea,
nem fibrosa, e possui cor amarelada com manchas
DOSEAMENTO avermelhadas. Em secção transversal, o rizoma apresenta
a zona cortical nitidamente demarcada por uma região
Pesar, no mínimo, 20 unidades da amostra e transferir, externa suberosa, com linhas mais escuras, a qual ocupa 1/3
separadamente, para funil de vidro aquecido, mantendo da secção. O cilindro central, de cor castanho-amarelada, é
a temperatura em aproximadamente 75 °C. Deixar que poroso e exibe finas estrias radialmente.
ga
o petrolato derreta e drene através do funil. A drenagem
pode ser facilitada pressionando a gaze com um bastão de
vidro ou uma espátula de porcelana. Lavar a gaze sobre o DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
funil ou uma espátula de porcelana. Lavar a gaze sobre o As células do felema (súber), em secção transversal,
funil com porções sucessivas de 1,1,1-tricloroetano quente possuem paredes delgadas, castanho-amareladas e estão
até que a ela fique isenta de petrolato. Deixar o solvente dispostas em 4 a 8 camadas. A feloderme é composta
residual evaporar espontaneamente. Manter a gaze em por várias camadas, externamente com colênquima e
atmosfera padrão de 65% ± 2% de umidade relativa e 21 internamente com parênquima de células tangencialmente
°C ± 1,1 °C por, no mínimo, 4 h e pesar. A diferença entre alongadas, contendo cristais de oxalato de cálcio na
as duas pesagens representa o peso de petrolato. forma de ráfides e gotas lipídicas. Esta região se confunde
gradualmente com o parênquima cortical. O sistema
EMBALAGEM E ACONDICIONAMENTO vascular é separado da zona cortical por um câmbio bem
desenvolvido. No floema, destacam-se pequenos grupos de
Cada unidade de gaze de petrolato é embalada tubos crivados, além de células de parênquima. O xilema é
individualmente de forma a manter a esterilidade até que a predominantemente parenquimático e apresenta elementos
embalagem seja aberta para uso. de vaso dispersos, com paredes mostrando espessamentos
anelado, helicoidal ou reticulado. Os elementos de vaso
ROTULAGEM ocorrem isoladamente ou em pequenos grupos; o floema
interxilemático (floema incluso) apresenta-se disperso em
Deve atender ao estipulado na legislação específica. pequenos grupos. A medula do rizoma é parenquimática e
bem desenvolvida. Nas células do parênquima encontram-
se gotas de óleo e cristais aciculares ou prismas delgados
de oxalato de cálcio. O amido é quase completamente
ausente. Em estrutura secundária, a anatomia da raiz é
semelhante à do rizoma. A casca (incluindo o floema
secundário) e o xilema secundário são separados por nítido
câmbio e apresentam uma estrutura porosa com poucos
raios parenquimáticos.
992 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
IDENTIFICAÇÃO
Proceder conforme descrito em Cromatografia em camada
delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254 como
suporte, com espessura de 250 mm, como fase estacionária,
e a mistura de acetona, cloreto de metileno, água (70:30:2)
como fase móvel. Aplicar na cromatoplaca, separadamente,
em forma de banda, 15 a 20 mL da Solução amostra e 5 a
10 mL da Solução referência, preparadas como descrito a
seguir:
g
sulfúrica SR, aquecer entre 100 °C e 105 °C, durante
5 minutos e visualizar sob luz visível. A mancha
correspondente à amarogentina apresenta coloração
marrom, com um valor de Rf em torno de 0,50. Na Solução
amostra, observa-se, também, manchas castanhas na parte
inferior e manchas azul-violáceas na parte superior do
cromatograma.
ENSAIOS DE PUREZA
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2 %.
ga
g
Figura 2 - Gentiana lutea L.
_____________
Complemento da legenda da Figura 2. A escala corresponde a 50 mm.
Aspecto geral da droga em pó: colênquima (co); células de parênquima (cp); elementos de vaso (ev); gotas lipídicas (gl);
porções de periderme (pe); porções de súber (su).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 995
ga
amostra dispersa em brometo de potássio apresenta de outras impurezas presentes na amostra segundo a
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos equação:
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de genfibrozila SQR, preparado de 1000(CG / W)(ri / rG)
maneira idêntica.
em que
DOSEAMENTO GLIBENCLAMIDA
Glibenclamidum
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 276 nm; coluna de 300 mm de O O O
comprimento e 3,9 de diâmetro interno, empacotada com S
sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 µm), O N N
mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel 0,8 H H
Cl
mL/minuto. N
H
Fase móvel: transferir 10 mL de ácido acético glacial e OCH3
800 mL de metanol para balão volumétrico de 1000 mL.
Completar o volume com água e homogeneizar. C23H28ClN3O5S; 494,00
glibenclamida; 04451
Solução amostra: pesar, exatamente, cerca de 25 mg da
5-Cloro-N-[2-[4-[[[(cicloexilamino)carbonil]amino]
amostra e transferir para balão volumétrico de 25 mL.
sulfonil]fenil]etil]-2-metoxibenzamida
Dissolver em metanol e completar o volume com o mesmo
[10238-21-8]
solvente. Homogeneizar. Transferir 5 mL desta solução
para balão volumétrico de 25 mL e completar o volume
com Fase móvel. Homogeneizar. Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
C23H28ClN3O5S, em relação à substância dessecada.
Solução padrão: pesar, exatamente, cerca de 25 mg de
genfibrozila SQR e transferir para balão volumétrico de
DESCRIÇÃO
25 mL. Dissolver em metanol e completar o volume com
o mesmo solvente. Homogeneizar. Transferir 5 mL desta Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
solução para balão volumétrico de 25 mL e completar o branco, inodoro ou quase inodoro.
volume com Fase móvel. Homogeneizar.
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, solúvel
Solução de resolução: preparar solução a 0,2 mg/mL de em dimetilformamida, ligeiramente solúvel em cloreto de
genfibrozila e 0,05 mg/mL de 2,5-dimetilfenol em Fase metileno, pouco solúvel em etanol, metanol e clorofórmio,
móvel. praticamente insolúvel em éter etílico.
Injetar 10 µL da Solução de resolução. A resolução entre Constantes físico-químicos.
genfibrozila e 2,5-dimetilfenol não é menor que 8,0. Injetar
replicatas de 10 µL da Solução padrão. O desvio padrão Faixa de fusão (5.2.2): 169 ºC a 174 ºC.
g
relativo das áreas de replicatas dos picos registrados não é
maior que 2,0%. IDENTIFICAÇÃO
Procedimento: injetar, separadamente, 10 µL das Soluções A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as de absorção no infravermelho (5.2.14). O espectro de
áreas sob os picos. Calcular o teor de C15H22O3 na amostra absorção no infravermelho da amostra, previamente
a partir das respostas obtidas com as Soluções padrão e dessecada, dispersa em brometo de potássio, apresenta
amostra. máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO observados no espectro de glibenclamida SQR, preparado
de maneira idêntica.
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz.
B. Dissolver cerca de 50 mg da amostra em metanol,
utilizando banho de ultrassom, se necessário, e completar
ROTULAGEM o volume para 50 mL com o mesmo solvente. Transferir
Observar a legislação vigente. 10 mL para balão volumétrico de 100 mL, adicionar 1 mL
de ácido clorídrico M e completar o volume com metanol.
O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14) da solução
CLASSE TERAPÊUTICA obtida, na faixa de 230 nm a 350 nm, exibe máximos em
300 nm e em 275 nm. A absorvância a 300 nm é de 0,61 a
Antilipêmico. 0,65 e a 275 nm é de 0,27 a 0,32.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 22
Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando mg da amostra para balão volumétrico de 100 mL,
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de clorofórmio, adicionar 70 mL de metanol e deixar em ultrassom por 20
cicloexano, etanol e ácido acético glacial (45:45:5:5), minutos. Completar o volume com o mesmo solvente e
como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 10 homogeneizar. Diluir, sucessivamente, com tampão fosfato
μL de cada uma das soluções, recentemente preparadas, pH 7,3 até concentração de 5,5 μg/mL.
descritas a seguir. Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 22 mg de
Solução (1): dissolver 0,1 g da amostra em mistura de glibenclamida SQR para balão volumétrico de 100 mL,
clorofórmio e metanol (1:1) e completar para 5 mL com o adicionar 70 mL de metanol e deixar em ultrassom por 20
mesmo solvente. minutos. Completar o volume com o mesmo solvente e
homogeneizar. Diluir, sucessivamente, com tampão fosfato
Solução (2): dissolver 20 mg da amostra em mistura de pH 7,3 até concentração de 5,5 μg/mL.
clorofórmio e metanol (1:1) e completar para 100 mL com
o mesmo solvente. Diluir 2 mL para 10 mL com o mesmo Procedimento: injetar, separadamente, 10 μL da Solução
solvente. padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de
Solução (3): dissolver 0,2 g de glibenclamida SQR em 10 C23H28ClN3O5S na amostra a partir das respostas obtidas
mL de metanol e aquecer sob refluxo por 10 minutos. com a Solução padrão e a Solução amostra.
ga
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Qualquer mancha secundária no cromatograma obtido
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e em local
com a Solução (1) não é mais intensa que aquela obtida
fresco.
com a Solução (2) (0,2%). O teste somente é válido se o
cromatograma obtido com a Solução (3) apresenta duas
manchas nitidamente separadas. ROTULAGEM
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método III. No máximo Observar a legislação vigente.
0,002% (20 ppm).
ambiente, e dessecar em estufa a 105 ºC, por 2 horas. O Tampão fosfato pH 3,0: dissolver 1,36 g de fosfato de
espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) do resíduo, potássio monobásico em 900 mL de água, ajustar o pH em
disperso em brometo de potássio, apresenta máximos de 3,0 ± 0,1 com ácido fosfórico e diluir para 1000 mL com
absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e água.
com as mesmas intensidades relativas daqueles observados
no espectro de glibenclamida SQR, preparado de maneira Fase móvel: mistura de Tampão fosfato pH 3,0 e acetonitrila
idêntica. (45:55).
B. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir Solução amostra: após o teste, retirar alíquota do meio de
quantidade do pó equivalente a 20 mg de glibenclamida dissolução e filtrar.
para balão volumétrico de 200 mL. Adicionar 4 mL de
Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 22 mg de
ácido clorídrico 0,5 M e agitar. Adicionar 100 mL de
glibenclamida SQR para balão volumétrico de 100 mL,
metanol, deixar em ultrassom por 15 minutos e agitar
adicionar 70 mL de metanol e deixar em ultrassom por 20
mecanicamente por mais 15 minutos. Completar o volume
minutos. Completar o volume com o mesmo solvente e
com metanol e homogeneizar. Filtrar. O espectro de
homogeneizar. Diluir, sucessivamente, com tampão fosfato
absorção no ultravioleta (5.2.14) da solução obtida, na
pH 7,3 até concentração de 5,5 μg/mL.
faixa de 230 nm a 350 nm, exibe máximos em 275 nm e
300 nm. Procedimento: injetar, separadamente, 10 μL da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
C. A mancha principal do cromatograma da Solução (1),
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em
C23H28ClN3O5S dissolvida no meio a partir das respostas
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (3).
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
Teste de desintegração (5.1.4.1). No máximo 15 minutos. sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de clorofórmio,
cicloexano, etanol e ácido acético glacial (45:45:5:5),
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 10
Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir μL de cada uma das soluções, recentemente preparadas,
g
cada comprimido para balão volumétrico de 25 mL. descritas a seguir.
Adicionar 2,5 mL de água e aguardar desintegração total Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar em
do comprimido. Adicionar 15 mL de metanol, deixar gral quantidade do pó equivalente a 40 mg de glibenclamida
em ultrassom por 20 minutos. Completar o volume com com 20 mL de mistura de cloreto de metileno e acetona (2:1)
metanol e homogeneizar. Filtrar. Proseguir conforme e filtrar. Evaporar o filtrado até secura, em temperatura não
descrito em Doseamento. excedente a 40 ºC, sob vácuo. Dissolver o resíduo em 4 mL
de mistura de clorofórmio e metanol (1:1).
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Solução (2): solução a 0,24 mg/mL de glibenclamida SQR
Nota: antes do teste, o meio de dissolução deve ser em mistura de clorofórmio e metanol (1:1).
aquecido a 41 ºC e desaerado, utilizando sistema de
Solução (3): solução a 10 mg/mL de glibenclamida SQR
filtração sob vácuo, com agitação vigorosa. Manter a
em mistura de clorofórmio e metanol (1:1).
agitação por cerca de 5 minutos após o término da filtração
no sistema, ainda sob vácuo. Filtrar as alíquotas do meio Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
de dissolução utilizando membrana com porosidade de secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
0,45 μm compatível com o meio de dissolução. Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais
Meio de dissolução: tampão fosfato pH 7,3; 900 mL
intensa que aquela obtida com a Solução (2) (2,4%).
Aparelhagem: pás, 75 rpm
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 230 nm; coluna de 150 mm de de detector ultravioleta a 300 nm; coluna de 150 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octilsilano (5 μm);
fluxo da Fase móvel de 1,5 mL/minuto.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 999
ga
(p/v). Aquecer a 60 ºC por 5 minutos. Não se desprendem
Observar a legislação vigente.
vapores de amônia. Não se desenvolve coloração amarela.
Arsênio (5.3.2.5). Proceder conforme descrito em Método mL. Extrair com 75 mL de hexano, descartar a camada
visual. No máximo 0,00015% (1,5 ppm). aquosa e recolher a camada orgânica em um béquer.
Evaporar em banho-maria até secura. O espectro de
Cloretos. A 10 mL de solução da amostra a 10% (p/v) absorção no infravermelho (5.2.14) do resíduo disperso
adicionar 0,25 mL de ácido nítrico SR e 0,5 mL de nitrato em óleo mineral apresenta máximos de absorção somente
de prata 0,1 M. Agitar. Não ocorre turvação. nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
intensidades relativas daqueles observados no espectro de
Metais pesados (5.3.2.3). Misturar 4 g da amostra com 2
ácido esteárico SQR preparado de maneira idêntica.
mL de ácido clorídrico 0,1 M e diluir com água para 25
mL. No máximo 0,0005% (5 ppm). B. Dissolver 1 g de borato de sódio decaidratado em
100 mL de água, adicionar 25 gotas de fenolftaleína SI e
Sulfatos. A 10 mL de solução da amostra a 10 % (p/v)
homogeneizar. Em um tubo de ensaio contendo 0,5 mL
adicionar tres gotas de ácido clorídrico SR e cinco gotas de
dessa solução adicionar duas gotas de um supositório
cloreto de bário SR. Não ocorre turvação.
previamente fundido. A cor rosa intensa é completamente
Água (5.2.20.1). Determinar em 1 g da amostra. No descorada. Quando a solução é aquecida a coloração rosa
máximo 2,0%. reaparece.
g
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO durante 15 minutos, resfriar à temperatura ambiente e
adicionar 1 g de iodeto de potássio. Deixar em repouso
Em recipientes perfeitamente fechados. durante 5 minutos. Titular com o tiossulfato de sódio
0,02 M SV, utilizando amido SI como indicador. Realizar
ROTULAGEM ensaio em branco e efetuar as correções necessárias. Cada
mL de tiossulfato de sódio 0,02 M SV equivale a 0,4604
Observar a legislação vigente. mg de C3H8O3.
CATEGORIA
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Umectante, solvente.
Em recipientes herméticos e opacos.
IDENTIFICAÇÃO O
H2N
A. Dissolver sob aquecimento 12 supositórios em 125
mL de água. Esfriar, adicionar 1,5 mL de ácido clorídrico OH
e transferir a mistura para funil de separação de 250 C2H5NO2; 75,07
glicina; 04472
Glicina
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1001
Características físicas. Pó cristalino, branco, inodoro e de Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.
sabor adocicado. No máximo 0,1%.
ga
D. Preparar 5 mL de uma solução a 10% (p/v) em água e
adicionar cinco gotas de ácido clorídrico SR e cinco gotas
GLICLAZIDA
de nitrito de sódio 50% (p/v). Um intenso desprendimento Gliclazidum
de gás incolor é observado.
O O O
ENSAIOS DE PUREZA
S N
Aspecto da solução. Ferver 10 mL de uma solução 10% N N
(p/v) por 1 minuto e deixar em repouso durante 2 horas. A H H
solução obtida é límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12).
H3C
Cloretos (5.3.2.1). Proceder conforme descrito em Ensaio
limite para cloretos. Determinar em 5 g de amostra. No C15H21N3O3S; 323,41
máximo 0,007% (70 ppm). gliclazida; 04474
N-[[(Hexaidrociclopenta[c]pirrol-2(1H)-il)amino]
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Preparar carbonil]-4-metilbenzenossulfonamida
12 mL de uma solução a 10% (p/v) da amostra em água [21187-98-4]
e proceder conforme Ensaio limite para metais pesados.
Utilizar Solução padrão de chumbo (1 ppm Pb). No
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de
máximo 0,001% (10 ppm).
C15H21N3O3S, em relação à substância dessecada.
Sulfatos (5.3.2.2.). Dissolver 4 g da amostra em 40 mL de
água e prosseguir conforme descrito em Ensaio limite para DESCRIÇÃO
sulfatos, utilizando 0,5 mL da solução padrão de ácido
sulfúrico 0,005 M. No máximo 0,0065% (65 ppm). Características físicas. Pó cristalino branco ou quase
branco.
1002 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente sulfonil]ureia, não é maior do que a área sob o pico
solúvel em cloreto de metileno, ligeiramente solúvel em principal obtido com a Solução (2) (0,1%). A soma das
acetona e pouco solúvel em etanol. áreas de todos os picos obtidos com a Solução (1) não é
superior a duas vezes a área sob o pico principal obtido
com a Solução (2) (0,2%). Desconsiderar todos os picos
IDENTIFICAÇÃO
com área inferior a 0,2 vezes a do pico principal obtido
O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da com a Solução (2) (0,02%).
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método IV. No
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
máximo 0,001% (10 ppm). Preparar a solução padrão de
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
chumbo na concentração de 10 ppm de Pb.
observados no espectro de gliclazida SQR, preparado de
maneira idêntica. Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra. Dessecar em estufa a 100-105 °C, por 2 horas. No
ENSAIOS DE PUREZA máximo 0,25%.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
em Cromatografia a líquido de alta eficiência (5.2.17.4). No máximo 0,1%.
Preparar as soluções no momento do uso. Utilizar
cromatógrafo provido de detector ultravioleta a 235 nm; DOSEAMENTO
coluna de 250 mm de comprimento e 4 mm de diâmetro
interno, empacotada com sílica quimicamente ligada a Pesar, exatamente, cerca de 0,25 g da amostra, previamente
grupo octilsilano (5 μm), mantida à temperatura ambiente; dessecada, e dissolver em 50 mL de ácido acético glacial.
fluxo da Fase móvel de 0,9 mL/minuto. Titular com ácido perclórico 0,1 M SV e determinar o ponto
final potenciometricamente. Cada mL de ácido perclórico
Fase móvel: mistura de trietanolamina, ácido trifluoracético, 0,1 M SV equivale a 32,341 mg de C15H21N3O3S.
acetonitrila e água (0,1:0,1:45:55).
g
Solução (3): dissolver, exatamente, cerca de 5 mg da
amostra e 15 mg de 1-(hexahidrociclopenta[c]pirol-2(1H)- CLASSE TERAPÊUTICA
il)-3-[(2-metilfenil)sulfonil]ureia SQR em 23 mL de
acetonitrila e diluir para 50 mL com água. Diluir 5 mL da Antidiabético oral.
solução resultante para 100 mL com mistura de acetonitrila
e água (45:55).
GLICONATO DE COBRE
Solução (4): dissolver, exatamente, cerca de 10 mg de Cupri gluconas
1-(hexahidrociclopenta[c]pirol-2(1H)-il)-3-[(2-metilfenil)
sulfonil]ureia SQR em 45 mL de acetonitrila e diluir para
100 mL com água. Diluir 1 mL da solução resultante para
100 mL com mistura de acetonitrila e água (45:55).
ga
Sulfatos (5.3.2.2). Dissolver 2,4 g da amostra em 40 mL EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
de água fervente e prosseguir conforme descrito em Ensaio Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
limite para sulfatos. No máximo 0,05% (500 ppm).
Características físicas. Pó branco. Arsênio (5.3.2.5). Utilizar Método II. Dissolver 1,0 g de
amostra em 35 mL de água. Proceder conforme Ensaio
Solubilidade. Solúvel em água, ligeiramente solúvel em limite para arsênio. No máximo 0,0003% (3 ppm).
etanol e insolúvel em éter etílico.
Cloretos (5.3.2.1). Pesar 0,7 g de amostra e proceder
conforme descrito em Ensaio limite para cloretos. No
IDENTIFICAÇÃO máximo 0,05% (500 ppm)
A. Responde às reações do íon magnésio (5.3.1.1). Sulfatos (5.3.2.2). Dissolver 2,4 g da amostra em 40 mL
B. Responde às reações do íon cálcio (5.3.1.1). de água fervente e prosseguir conforme descrito em Ensaio
limite para sulfatos. No máximo 0,05% (500 ppm).
g
e anotar a diferença em volumes necessária. Cada mL da em 20 mL de água. Adicionar 5 mL de cloreto de amônio
diferença em volume da solução de tiossulfato de sódio é SR e 0,1 mL de negro de eriocromo T SI. Titular com
equivalente a 2,7 mg de substâncias redutoras (expressas edetato dissódico 0,05 M SV até mudança de coloração
como dextrose). No máximo 1%. para azul. Cada mL de edetato dissódico 0,05 M equivale a
Impurezas orgânicas voláteis. Proceder conforme 20,730 mg de C12H22MgO14.
descrito em Cromatografia a gás (5.2.17.5). Utilizar
cromatógrafo provido de detector de ionização de chamas, EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
utilizando mistura de nitrogênio, ar sintético e hidrogênio
(1:1:10) como gases auxiliares à chama do detector; Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
coluna capilar de 30 m de comprimento e 0,53 mm de
diâmetro interno, preenchida com fase estacionária ligada ROTULAGEM
a 5% de fenilpolisiloxano e 95% a metilpolisiloxano, com
espessura do filme de 5 µm; temperatura da coluna de 35 Observar a legislação vigente.
°C a 260 °C (35 °C mantida durante 5 minutos, aumentada
a 175 °C a 8 °C por minuto, aumentada a 260 °C a 35 °C
e mantida a esta temperatura por pelo menos 16 minutos), CLASSE TERAPÊUTICA
temperatura do injetor a 70 °C e temperatura do detector a Suplemento alimentar.
260 °C; utilizar hélio como gás de arraste; fluxo do gás de
arraste de 1 mL/minuto.
HO ENSAIOS DE PUREZA
O
Aspecto da solução. Dissolver 12,5 g da amostra em
HO OH água e completar o volume para 25 mL. A solução obtida
não é mais intensamente colorida (5.2.12) que solução
OH
preparada pela mistura de 1 mL de cloreto cobaltoso SR,
C6H12O6; 180,16 3 mL de cloreto férrico SR e 2 mL de sulfato cúprico SR
C6H12O6.H2O; 198,17 em água suficiente para 10 mL, diluindo-se, em seguida,
glicose; 04485 1,5 mL desta solução com água para obter 25 mL. Fazer a
glicose monoidratada; 04486 comparação sobre fundo branco em tubos de Nessler.
D-Glicose
[50-99-7] Acidez. Dissolver 5 g da amostra em 50 mL de água isenta
D-Glicose hidratada (1:1)
de dióxido de carbono, adicionar fenolftaleína SI e titular
[77938-63-7] com hidróxido de sódio 0,02 M SV até coloração rósea.
No máximo 0,3 mL do titulante é gasto para neutralização.
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,5% de Dextrinas e açúcares menos solúveis. Dissolver 1 g da
C6H12O6 em relação à substância anidra. amostra pulverizada em 30 mL de etanol a 90% (v/v) e
aquecer, sob agitação, em balão provido de coluna de
DESCRIÇÃO refluxo. Após resfriamento, a solução permanece límpida.
Características físicas. Cristais incolores ou pó cristalino Amido solúvel e sulfitos. Dissolver 1 g da amostra em
branco, inodoro, de sabor adocicado. 10 mL de água e adicionar uma gota de iodo 0,1 M SV.
A solução torna-se amarelada e não desenvolve coloração
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, ligeiramente azul.
solúvel em etanol.
Arsênio (5.3.2.5). Determinar em 1 g de amostra. No
Constantes físico-químicas. máximo 0,0001% (1 ppm).
ga
Poder rotatório específico (5.2.8): +52,5º a +53,5º, em Cloretos (5.3.2.1). Determinar em 2 g de amostra. No
relação à substância dessecada. Determinar em solução a máximo 0,018% (180 ppm).
10% (p/v) em hidróxido de amônio 0,012 M.
Sulfatos (5.3.2.2). Determinar em 2 g de amostra. Para a
Preparação padrão utilizar 1 mL de ácido sulfúrico 0,005
IDENTIFICAÇÃO M. No máximo 0,025% (250 ppm).
A. Proceder conforme descrito em Cromatografia em Metais pesados (5.3.2.3). Proceder ao ensaio em solução
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, como preparada pela dissolução de 4 g em água e completando o
suporte, e mistura de álcool n-propílico, acetato de etila e volume para 25 mL. No máximo 0,0005% (5 ppm).
água (70:20:10), como fase móvel. Preparar as seguintes
soluções: Água (5.2.20.1). Determinar em 0,5 g da amostra. No
máximo 1,0% para glicose anidra e de 7,0% a 9,5% para
Solução (1): dissolver 0,1 g de amostra em água e completar glicose monoidratada.
o volume para 10 mL.
Solução (2): dissolver 0,1 g de glicose SQR em água e TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
completar o volume para 10 mL.
Nota: Quando a substância é destinada à produção
Aplicar, separadamente, 2 µl da Solução (1) e da Solução de preparações parenterais sem qualquer tratamento
(2) na placa cromatográfica. Desenvolver o cromatograma, adequado para remoção de endotoxinas bacterianas, a
permitindo que a frente do solvente ascenda 17 cm acima amostra cumpre com o seguinte teste adicional.
da linha de aplicação, remover a placa da cuba e secar ao
ar. Nebulizar com solução de periodato de sódio a 0,2% Pirogênios (5.5.2.1). Cumpre o teste. Injetar 10 mL/kg,
(p/v). Secar a placa ao ar por 15 minutos e nebulizar empregando solução de glicose a 50 mg/mL em água para
com solução de 4,4-metilenobis-N,N-dimetilanilina a 2% injetáveis.
(p/v) em mistura de 20 volumes de ácido acético glacial
e 80 volumes de acetona. A mancha principal obtida no
cromatograma da Solução (1) corresponde em posição, cor
1006 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
ROTULAGEM DOSEAMENTO
g
contém agentes antimicrobianos.
ROTULAGEM
IDENTIFICAÇÃO
Observar a legislação vigente.
A. Aquecer uma porção da solução injetável com tartarato
cúprico alcalino SR. Forma-se precipitado vermelho.
GUARANÁ
B. A solução obtida em Doseamento é dextrógira (5.2.8). Paulliniae semen
CARACTERÍSTICAS
Paullinia cupana Kunth – SAPINDACEAE
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
A droga vegetal é constituída pelas sementes desprovidas
pH (5.2.19). 3,2 a 6,5. Determinar em solução contendo o de arilo e tegumento (casquilho), contendo, no mínimo,
equivalente a 5% (p/v) de C6H12O6. Diluir a amostra com 5% de metilxantinas, calculadas como cafeína (C8H10N4O2;
água para injetáveis, se necessário. Adicionar 0,3 mL de 194,19) e, no mínimo, 4% de taninos.
solução saturada de cloreto de potássio para cada 100 mL
de solução. CARACTERÍSTICAS
Características organolépticas. A droga é inodora, de
ENSAIOS DE PUREZA
sabor amargo e fracamente adstringente.
5-Hidroximetilfurfural e substâncias relacionadas.
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
absorção no ultravioleta (5.2.14). Diluir volume da
solução injetável contendo o equivalente a 1 g de C6H12O6 A semente é globosa, quando única no fruto, ou subesférica
para 250 mL com água. A absorvância em 284 nm não é a elipsóide e levemente comprimida lateralmente, quando
maior que 0,25. 2 ou 3, desigualmente convexa nos dois lados, geralmente
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1007
ga
frontal; células pétreas agrupadas ou isoladas. erlenmeyer com tampa. Adicionar 3 mL de hidróxido de
amônio a 25% (v/v) e 40 mL de cloreto de metileno. Agitar
por 15 minutos em agitador magnético. Filtrar através de
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA DAS algodão e concentrar 5 mL do filtrado à secura em banho-
IMPUREZAS maria. Ressuspender o resíduo em 1 mL de metanol.
O tegumento, se presente como impureza, denominado Solução (2): solução a 1 mg/mL de cafeína SQR em
de casquilho ou cascarilho, apresenta testa brilhante, metanol.
glabra, castanho-avermelhada ou pardo-negra, com um
largo hilo guarnecido de um arilo carnoso, membranoso Solução (3): solução a 1 mg/mL de teofilina SQR em
e esbranquiçado, que cobre a semente até no máximo da metanol.
sua porção mediana. Na ocasião da coleta ou dessecação, o
arilo é retirado, deixando uma cicatriz de coloração pardo- Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
creme opaca, em forma de cúpula, que ocupa até 1/3 do secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
eixo longitudinal da semente. Na dessecação, o tegumento O cromatograma, obtido com a Solução (1), apresenta
torna-se quebradiço e separa-se facilmente dos cotilédones. duas manchas principais, que correspondem em posição,
cor e intensidade de fluorescência àquelas obtidas com
as Soluções (2) e (3). Em seguida, nebulizar a placa
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DAS com iodo SR. A mancha correspondente à teofilina (Rf
IMPUREZAS 0,50 aproximadamente) apresenta coloração violácea
fugaz e a mancha correspondente à cafeína (Rf 0,70
O tegumento, se presente como impureza, apresenta, em aproximadamente) apresenta coloração castanho-
secção transversal, uma epiderme formada por grandes avermelhada.
células, dispostas em paliçada, de paredes espessas, com
poucas pontuações. Estas apresentam paredes sinuosas, C. Pesar 3 g da droga pulverizada e transferir para balão
em vista frontal. Abaixo da epiderme encontram-se várias de fundo redondo. Adicionar 60 mL de água e aquecer sob
camadas de um parênquima com células irregularmente refluxo por 15 minutos. Deixar esfriar e filtrar. A 2 mL do
espessadas, de aparência parda. Ocorrem numerosas extrato obtido, adicionar duas gotas de ácido clorídrico
células pétreas, de paredes nitidamente pontoadas. diluído e gotejar gelatina SR. Produz precipitado nítido.
1008 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
g
primeiros 50 mL do filtrado. solução estoque a 0,05% (p/v). Preparar as soluções de
referência transferindo alíquotas de 1 mL; 2 mL; 3 mL;
Solução amostra para polifenóis totais: transferir 5 mL 4 mL e 5 mL da solução estoque, separadamente, para
da Solução estoque para balão volumétrico de 25 mL balões volumétricos de 100 mL. Completar o volume com
e completar o volume com água. Misturar 5 mL desta ácido sulfúrico a 2,5% (v/v), de forma a obter soluções a
solução com 2 mL de ácido fosfotúngstico SR e diluir a 5 µg/mL, 10 µg/mL, 15 µg/mL, 20 µg/mL e 25 µg/mL,
50 mL com carbonato de sódio SR. Medir a absorvância respectivamente.
da solução (A1) em 691 nm (5.2.14), exatamente 3 minutos
após a adição do último reagente, utilizando água como Medir a absorvância da Solução amostra e das Soluções
branco. para curva analítica em 271 nm (5.2.14), utilizando
solução de ácido sulfúrico a 2,5% (v/v) para ajuste do
Solução amostra para polifenóis não adsorvidos pelo pó zero. Calcular o teor de cafeína (metilxantinas) na amostra
de pele: adicionar 0,2 g de pó de pele SQR a 20 mL da a partir da equação da reta obtida com as Soluções para
Solução estoque e agitar mecanicamente por 60 minutos. curva analítica da cafeína.
Filtrar. Diluir 5 mL dessa solução para 25 mL com água.
Misturar 5 mL da solução anterior com 2 mL de ácido
fosfotúngstico SR e diluir a 50 mL com carbonato de EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
sódio SR. Medir a absorvância da solução (A2) em 691 nm
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e do calor.
(5.2.14), exatamente 3 minutos após a adição do último
reagente, utilizando água como branco.
ga
A – aspecto geral da semente. B – aspecto geral dos cotilédones. C – secção transversal da porção externa de um cotilédone; epiderme cotiledonar (epc);
célula contendo grãos de amido (ga); parênquima cotiledonar (pct). D – detalhe dos grãos de amido. E – células epidérmicas dos cotilédones em vista
frontal. F – células parenquimáticas dos cotilédones. G – detalhe da secção transversal do tegumento da semente; células pétreas (cp); epiderme do
tegumento (ep); parênquima (p). H – células epidérmicas do tegumento em vista frontal.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1011
OH ENSAIOS DE PUREZA
O Aspecto da solução. Dissolver 0,2 g da amostra em 20
mL de ácido láctico a 1% (v/v). Deixar em ultrassom, se
N
necessário, até completa dissolução. A solução é límpida
Cl (5.2.25) e não é mais corada que a Solução padrão de cor
F SC F (5.2.12) diluída a 2,5% (v/v) em água.
ha
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
intensidades relativas daqueles observados no espectro de DOSEAMENTO
haloperidol SQR, preparado de maneira idêntica.
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
faixa de 230 nm a 350 nm, de solução a 0,0002% (p/v) A. Proceder conforme descrito em Titulação em meio não
em mistura de ácido clorídrico 0,1 M e álcool isopropílico aquoso (5.3.3.5). Dissolver, exatamente, cerca de 0,3 g
(1:9), exibe máximo em 245 nm. A absorvância em 245 nm da amostra em 30 mL de ácido acético glacial. Adicionar
não difere mais que 3,0% da leitura de solução similar de cinco gotas de 1-naftolbenzeína SI e titular com ácido
haloperidol SQR. perclórico 0,1 M SV até mudança de cor de amarelo-
alaranjado para verde. Realizar ensaio em branco e fazer as
C. A mancha principal do cromatograma da Solução (2), correções necessárias. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M
obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em SV equivale a 37,586 mg de C21H23ClFNO2.
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (3).
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
D. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão. comprimento e 4,0 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
E. Dissolver 10 mg da amostra em 5 mL de etanol, adicionar µm), mantida a 30 ºC; fluxo da fase móvel de 1 mL/minuto.
0,5 mL de 1,3-dinitrobenzeno SR e 0,5 mL de hidróxido de
1012 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Meio de dissolução: fluido gástrico simulado (sem enzima),
900 mL
ROTULAGEM
Aparelhagem: cestas, 100 rpm
Observar a legislação vigente.
Tempo: 60 minutos
h
para 4,0 ± 0,1 com ácido fosfórico ou hidróxido de sódio
diluído.
IDENTIFICAÇÃO
Solução amostra: após o teste, retirar alíquota do meio
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir
de dissolução, filtrar e diluir, se necessário, com meio de
quantidade do pó equivalente a 10 mg de haloperidol para
dissolução, de modo a obter concentração aproximada de
funil de separação, adicionar 10 mL de água e 1 mL de
1,11 µg/mL.
hidróxido de sódio M. Extrair com 10 mL de clorofórmio
saturado de água. Filtrar e evaporar até secura. O espectro Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 27,75 mg
de absorção no infravermelho (5.2.14) do resíduo, disperso de haloperidol SQR para balão volumétrico de 250 mL.
em brometo de potássio, apresenta máximos de absorção Dissolver com 5 mL de metanol, completar o volume com
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas meio de dissolução e homogeneizar. Diluir sucessivamente
intensidades relativas daqueles observados no espectro de esta solução, com meio de dissolução, de modo a obter
haloperidol SQR, preparado de maneira idêntica. concentração aproximada de 1,11 µg/mL.
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma Injetar replicatas de 100 µL da Solução padrão. O fator de
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde cauda não é superior a 2. O desvio padrão relativo não deve
àquele do pico principal da Solução padrão. ser maior que 3,0%.
dissolvida no meio a partir das respostas obtidas com a Injetar replicatas de 20 µL da Solução padrão. O fator de
Solução padrão e a Solução amostra. cauda não é superior a 2. O desvio padrão relativo das áreas
não deve ser maior que 3,0%.
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
declarada de C21H23ClFNO2 se dissolvem em 60 minutos. Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL das Soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C21H23ClFNO2
ENSAIOS DE PUREZA
nos comprimidos a partir das respostas obtidas com a
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em Solução padrão e a Solução amostra.
Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel G, como suporte, e mistura de clorofórmio, ácido EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
acético glacial e metanol (80:10:10), como fase móvel.
Aplicar separadamente, à placa, 10 µL de cada uma das Em recipientes bem fechados.
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
Solução (2): diluir 0,25 mL da Solução (1) para 25 mL com HALOPERIDOL SOLUÇÃO INJETÁVEL
clorofórmio.
Solução (3): diluir 0,25 mL da Solução (2) para 50 mL com Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
clorofórmio. quantidade declarada de C21H23ClFNO2. A solução injetável
pode conter ácido láctico e conservantes adequados.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar e nebulizar com iodobismutato de potássio
SR. Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma IDENTIFICAÇÃO
da Solução (1), diferente da mancha principal, não é O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa de
mais intensa que aquela obtida com a Solução (2) (1%), 200 a 400 nm, da solução amostra obtida em Doseamento,
e somente uma é mais intensa que aquela obtida com a exibe máximos de absorção em 245 nm, idênticos aos
Solução (3) (0,5%). observados no espectro da solução padrão.
DOSEAMENTO CARACTERÍSTICAS
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de pH (5.2.19). 3,0 a 3,8.
comprimento e 4,0 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
µm), mantida a 30ºC; fluxo da Fase móvel de 1 mL/minuto. TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
ha
Fase móvel: mistura de metanol e fosfato de potássio Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
monobásico 0,05 M (60:40). Ajustar o pH da mistura Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 71,4 UE/
para 4,0 ± 0,1 com ácido fosfórico ou hidróxido de sódio mg de haloperidol.
diluído.
soluções resultantes em 245 nm, utilizando 5 mL de ácido Solução (2) (1%) e somente uma é mais intensa que aquela
clorídrico a 5% (v/v) em 50 mL de metanol para ajuste obtida com a Solução (3) (0,5%).
do zero. Calcular a quantidade de C21H23ClFO2 na solução
injetável a partir das leituras obtidas.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
h
Transferir 5 mL para balão volumétrico de 50 mL e
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito completar o volume com Fase móvel.
em Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1),
utilizando sílica-gel G como suporte e mistura de cloreto Solução de resolução: preparar solução em Fase móvel
de metileno, metanol e amônia 13,5 M (92:8:1) como fase contendo, aproximadamente, 10 mg de haloperidol SQR,
móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 50 µL de cada uma 3 mg de metilparabeno e 3 mg de propilparabeno por
das soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir. mililitro.
Solução (1): diluir a solução oral, se necessário, com Injetar, separadamente, replicatas de 20 µL das Soluções
metanol, de modo a obter solução de haloperidol a 1 mg/mL. padrão e de resolução e registrar os cromatogramas. Medir
a área sob o pico correspondente ao haloperidol. O fator
Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) para 100 mL com de cauda não é superior a 2. O desvio padrão relativo das
metanol. áreas de replicatas dos picos registrados para o haloperidol
Solução (3): diluir 1 mL da Solução (1) para 200 mL com não deve ser maior que 2,0%. A resolução entre o pico
metanol. correspondente ao haloperidol e os picos correspondentes
ao metilparabeno e ao propilparabeno não é menor que 2.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Nebulizar com iodobismutato de potássio Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL das Soluções
diluído SR. Qualquer mancha secundária obtida no padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
cromatograma com a Solução (1), diferente da mancha áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C21H23ClFNO2
principal, não é mais intensa que aquela obtida com a
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1015
na solução oral a partir das respostas obtidas para a Solução ENSAIOS DE PUREZA
padrão e a Solução amostra.
Acidez ou alcalinidade. Agitar 20 mL da amostra em 20
mL de água isenta de dióxido de carbono por 3 minutos
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO e deixar as camadas se separarem. A camada aquosa
requer, no máximo, 0,1 mL de hidróxido de sódio 0,01
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz, à
M ou no máximo 0,6 mL de ácido clorídrico 0,01 M para
temperatura ambiente.
neutralização, utilizando-se púrpura de bromocresol SI
como indicador.
ROTULAGEM
Cloreto e brometo. Agitar 25 mL da amostra em 25 mL
Observar a legislação vigente. de água por 5 minutos e deixar os líquidos se separarem
completamente. Retirar a camada aquosa e a 10 mL da
mesma, adicionar uma gota de ácido nítrico e cinco gotas
HALOTANO de nitrato de prata SR. Não deve produzir opalescência.
Halothanum
Timol.
Br Solução padrão de timol: preparar solução de timol a 0,1
F mg/mL em hidróxido de sódio 0,25 M.
Cl Solução tampão: utilizar tampão de borato pH 8,0.
F F
Solução de clorimida: dissolver 100 mg de
C2HBrClF3; 197,38 2,6-dibromoquinona-4-clorimida em 25 mL de etanol
halotano; 04596 absoluto. A solução deve ser recentemente preparada.
2-Bromo-2-cloro-1,1,1-trifluoretano
Curva padrão de timol: pipetar 1 mL, 3 mL e 5 mL de
[151-67-7]
Solução padrão de timol respectivamente em três balões
volumétricos de 100 mL, e adicionar, se necessário,
Contém, no mínimo, 0,008% e, no máximo, 0,012% de hidróxido de sódio 0,25 M, para perfazer o volume de 5
timol, em peso, como estabilizador. mL. Adicionar 5 mL de hidróxido de sódio 0,25 M em um
quarto balão para preparação do branco. Adicionar 10 mL
DESCRIÇÃO de Solução tampão em cada balão, agitar brandamente e
adicionar 1 mL de Solução de clorimida. Deixar repousar
Características físicas. Líquido denso, incolor, móvel, não exatamente por 15 minutos, adicionar 3 mL de solução de
inflamável, de odor característico que se assemelha ao do hidróxido de sódio 0,25 M e completar o volume com água.
clorofórmio, sabor doce e produz sensação de queimadura.
Com espectrofotômetro adequado, medir as absorvâncias
Solubilidade. Levemente solúvel em água, miscível em das soluções contendo timol e a do branco a 590 nm.
etanol, clorofórmio, éter etílico e em óleos fixos. Faça um gráfico das leituras e trace a curva da melhor
concordância.
IDENTIFICAÇÃO
ha
Procedimento: colocar 2 mL da amostra, exatamente
medidos, em balão volumétrico de 100 mL contendo
A. Adicionar 5 mL de ácido sulfúrico a 5 mL da amostra.
5 mL de solução de hidróxido de sódio 0,25 M e agitar
O ácido forma uma camada sobre a amostra (diferenciação
brandamente. Evaporar o halotano sob uma corrente de
do clorofórmio e do tricloroetileno).
nitrogênio e adicionar 10 mL de Solução tampão e 1 mL
B. Em 0,3 mL da amostra contidos num tubo de ensaio de de Solução de clorimida. Agitar brandamente e deixar
vidro de borossilicato 12 x 75 mm, adicionar um fragmento repousar exatamente por 15 minutos, adicionar 3 mL de
de sódio limpo de cerca de 8 mm de diâmetro e deixe hidróxido de sódio 0,25 M e completar volume com água.
repousar por alguns minutos. Prenda o tubo em posição Ler a absorvância da solução resultante e por referência a
vertical e aqueça brandamente com um microqueimador Curva padrão de timol, calcular a porcentagem de timol no
até que o metal funda e a reação comece. Em seguida retire peso de halotano utilizado.
a fonte de calor e resfrie o tubo. Adicionar cautelosamente
Resíduo por evaporação. Evaporar 50 mL da amostra,
2 mL de água e deixar a reação se completar. Filtrar a
numa cápsula tarada, em banho-maria até secura. Dessecar
solução e adicionar 0,5 mL de ácido acético glacial ao
o resíduo em estufa a 105 °C por 2 horas. O peso do resíduo
filtrado. Adicionar duas gotas dessa solução a uma mistura
não deve exceder 1 mg.
de 0,1 mL de alizarina SI, recentemente preparada, e 0,1
mL de nitrato de zirconila SR. Há mudança de coloração
de vermelho para amarela. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados e protegidos da luz.
1016 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
h
Solução (1): reduzir 5 mL da tintura de hamamélis a resíduo
seco em banho-maria. Retomar o resíduo em 10,0 mL de dessa solução, 1 mL de reagente fosfomolibdotúngstico
água. Extrair a fase aquosa resultante com três porções de e 10 mL de água destilada para balão volumétrico de 25
10 mL de acetato de etila em funil de separação de 125 mL. mL e completar o volume com solução de carbonato de
Deixar em repouso em freezer a -18 °C por 15 minutos, sódio a 29% (p/v). Determinar a absorvância à 760 nm (A2)
para total separação das fases. Reunir as fases orgânicas e após 30 minutos, utilizando água destilada como líquido
lavar com 20 mL de água. de compensação.
Solução (2): pesar cerca de 1 mg de ácido gálico e dissolver Solução padrão: dissolver, imediatamente antes do uso,
em 1,0 mL de metanol. 50 mg de pirogalol em balão volumétrico de 100 mL com
água destilada. Transferir, volumetricamente, 5 mL da
Solução (3): pesar cerca de 1 mg de catequina e dissolver solução para balão volumétrico de 100 mL e completar
em 2,0 mL de metanol. com água destilada. Transferir, volumetricamente, 2 mL
dessa solução, 1 mL de reagente fosfomolibdotúngstico e
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e deixar 10 mL de água destilada para balão volumétrico de 25 mL
secar em capela de exaustão. Em seguida, nebulizar a placa e completar o volume com solução de carbonato de sódio
com cloreto férrico a 1% (p/v) em metanol. Uma mancha de a 29% (p/v). Determinar a absorvância em 760 nm (A3)
coloração amarela e duas manchas inferiores de coloração após 30 minutos, utilizando água destilada como líquido
azul-acinzentada mais intensa obtidas com a Solução (1), de compensação.
no terço superior do cromatograma, correspondem em
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1017
ha
cálcica não deve ser inferior a 180 UI/mg, em relação à Impurezas: sulfato de condroitina sobre-sulfatado. O
substância dessecada. Os animais dos quais a heparina é deslocamento químico da região N-acetil do sulfato de
derivada devem preencher os requisitos sanitários para a condroitina sobre-sulfatado deve ser observada em 2,16 ±
espécie em questão e o processo de produção deve garantir 0,03 ppm.
a remoção ou inativação de agentes infecciosos.
Sulfato de dermatam: O deslocamento químico da região
N-acetil do sulfato de condroitina sobre-sulfatado deve ser
observada em 2,10 ± 0,03 ppm.
1018 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
C. Utilizar a técnica de cromatografia líquida de troca Solução para ensaio (b): dissolver cerca de 0,1 g da
iônica. A cromatografia de troca iônica é um ensaio para substância para ser examinada, pesada com precisão em 1
determinação de pureza das preparações de heparina, mL de água para cromatografia. Misturar com um vórtice
principalmente para detecção e separação de sulfato de até completa dissolução. Misturar 0,5 mL da solução e
dermatam, sulfato de condroitina e sulfato de condroitina 0,25 mL de ácido clorídrico M, em seguida, adicionar 50
sobre-sulfatado. Utilizar cromatógrafo provido de µL de solução de nitrito de sódio a 250 mg/mL. Misture
detector ultravioleta a 202 nm; pré-coluna de 50 mm de delicadamente e deixe repousar à temperatura ambiente
comprimento e 2 mm de diâmetro interno, empacotada com por 40 min antes de adicionar 0,2 mL de hidróxido de sódio
resina trocadora de ânions (13 mm); coluna de 250 mm M para parar a reação.
de comprimento e 2 mm de diâmetro interno, empacotada
com resina trocadora de ânions (9 mm), mantida a 40 °C; Solução de referência (a): dissolver 250 mg de heparina
fluxo da Fase móvel de 0,22 mL/minuto. SQR em água por cromatografia e diluir para 2 mL com o
mesmo solvente. Misturar usando um vórtice até completa
Padrões de referências: Solução para ensaio (a) e Solução dissolução.
de referência (a), retenção relativa da heparina referência
(tempo de retenção = cerca de 26 min); dermatam e sulfato Solução de referência (b): adicionar 1,2 mL de Solução de
de condroitina = cerca de 0,9; sulfato de condroitina sobre- referência (a) e 0,3 mL de sulfato de dermatam e sulfato de
sulfatado = 1,3, em relação a heparina. condroitina sobre-sulfatado. Misturar com um vórtice para
homogeneizar.
Nota: as soluções de referência devem ser estabilizadas
h
por 24 horas a temperatura ambiente. Solução de referência (c): adicionam-se 0,1 mL de Solução
de referência (b) e 0,9 mL de água para cromatografia.
Sistema de adequação: Solução de referência; relação de Misturar com um vórtice para homogeneizar.
pico e vale: mínimo de 1,3, onde Hp = altura acima da
linha de base do pico devido ao dermatam e o sulfato de Solução de referência (d): adicionar 0,4 mL de Solução
condroitina; Hv = altura acima da linha de base o ponto de referência (a) para 0,1 mL de água para cromatografia
mais baixo da curva que separa este cume do pico devido e misture com um vórtice. Adicionar 0,25 mL de ácido
à heparina. clorídrico M, em seguida, adicionar 50 µL de solução
de nitrito de sódio a 250 mg/mL. Misture delicadamente
O pico principal no cromatograma obtido com a Solução e deixe repousar à temperatura ambiente por 40 minutos
de ensaio (a) deve ser semelhante em forma e tempo de antes de adicionar 0,2 mL de hidróxido de sódio M para
retenção do pico principal no cromatograma obtido com a parar a reação.
Solução de referência (a).
Solução de referência (e): a 0,5 mL de Solução de
Preparar as soluções para o teste como descrito a seguir. referência (b), adicionar 250 µL de ácido clorídrico M, em
seguida, adicionar 50 µL de solução de nitrito de sódio a
Solução para ensaio (a): dissolver cerca de 50 mg da 250 mg/mL. Misturar suavemente e deixar repousar em
substância para ser examinada pesada com precisão em 5 temperatura ambiente por 40 minutos antes de adicionar
mL de água para cromatografia (água deionizada com uma 0,2 mL de hidróxido de sódio M para parar a reação.
resistividade não menos que 0,18 Mohms). Misturar com
um vórtice até completa dissolução.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1019
Tempo Fase móvel Fase móvel A – Cromatograma da solução de heparina SQR (Hep).
Eluição
(minutos) A% (v/v) B% (v/v) B – Cromatograma da solução padrão das misturas (DS - dermatam
Sulfato – 12%; Hep - Heparina – 44% e OSC – sulfato de condroitina
0 - 10 75 25 isocrática sobre-sulfatado – 54%).
10 - 35 75 → 0 25 → 100 gradiente linear C – Cromatograma de uma amostra reprovada pela presença de sulfato de
condroitina sobre-sulfatado (OSC).
35 - 40 0 100 isocrática
D. Responde às reações do íon cálcio (5.3.1.1).
Procedimento: injetar 20 µL de Solução de teste (b) e
Soluções de referência (d) e (e). A retenção relativa com
referência à heparina (tempo de retenção = cerca de 26 CARACTERÍSTICAS
minutos): sulfato de dermatam e sulfato de condroitina Características físicas. Pó branco ou quase branco,
= cerca de 0,9; sulfato de condroitina sobre-sulfatado = moderadamente higroscópico.
1,3. Equilíbrio: pelo menos 15 min. A resolução é de no
mínimo 3,0 entre os picos relativo ao sulfato de dermatam Solubilidade. Solúvel em água.
mais sulfato de condroitina e sulfato de condroitina sobre-
sulfatado no cromatograma obtido com referência. Soma
das áreas de slfato de dermatam e sulfato de condroitina
ENSAIOS DE PUREZA
não é maior do que a área sob o pico correspondente pH (5.2.19). 5,0 a 8.0. Determinar em solução aquosa a
no cromatograma obtido com a Solução de referência 1% (p/v).
(e) 2,0%. Não podem existir outros picos além do pico
relativo à sulfato de dermatam mais sulfato de condroitina Proteínas. Adicionar cinco gotas de ácido tricloroacético
e heparina, ou seja, não devem haver impurezas. a 20% (p/v) em 1 mL de solução aquosa da amostra a 1%
(p/v). Não deve haver formação de precipitado ou turbidez.
Adequação do sistema: o cromatograma obtido com a
Solução de referência (d) não apresenta picos no tempo de Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. No máximo
retenção da heparina. Exemplo: 0,003%.
ha
Cálcio (5.3.2.7). No mínimo 9,5% e, no máximo, 11,5%
de cálcio, calculado em relação à substância dessecada,
determinado em 0,2 g por Titulação complexométrica (5.3.3.4).
h
rotulando-os em duplicado: A1, A2 e A3 para as diluições menor que 750 UI/mg.
das preparações a serem examinadas e P1, P2 e P3 para
as diluições de preparação de referência. Para cada tubo Solução de substrato cromogênico: preparar uma
adicionar 1 mL de plasma descongelado substrato e 1 mL solução de um substrato da trombina adequado para o
de uma diluição adequada da preparação a ser examinada ensaio cromogênico amidolítico em água para obter uma
ou a preparação de referência. Após cada adição, misturar, concentração de 1,25 mM.
mas não permitir a formação de bolhas. Tratar os tubos na Solução de parada: preparar uma solução de ácido acético
ordem P1, P2, P3, A1, A2, A3, a transferência de cada tubo a 20% (v/v) em água.
para um banho-maria a 37 °C, permite equilibrar a 37 °C
por aproximadamente 15 minutos e adicionar a cada tubo Soluções padrão: reconstituir o conteúdo total do uma
1 mL de uma diluição de cefalina ao qual foi adicionado ampola de heparina de cálcio SQR em água e diluir com
um ativador adequado, tais como caolim de modo que um Tampão pH 8,4 para obter pelo menos quatro diluições
tempo de recalcificação adequado obtido no branco não é entre o intervalo de concentração de 0,005 e 0,03 unidade/
superior a 60 segundos. Quando o caolim é utilizado, deve mL de heparina.
ser preparado imediatamente antes do uso, uma mistura
de volumes iguais de cefalina e de suspensão de caolim Soluções de amostra: proceder como indicado nas soluções
a 0,4% (p/v) protegido da luz em uma solução de cloreto para obter as concentrações de heparina de cálcio similar
de sódio a 0,9% (p/v). Exatamente depois de 2 minutos aos obtidos para as Soluções padrão.
adicionar 1 mL de uma solução de cloreto de cálcio a 3,7
Para cada diluição da Solução padrão ou da Solução da
g/mL e registrar o tempo de coagulação e o intervalo em
amostra devem ser realizadas em duplicatas. Rótulos
segundos entre esta última adição e o início da coagulação
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1021
numéricos devem ser colocados dependendo do número de entre inclinações. Exprimir a potência de heparina cálcica
repetições a serem testadas. Por exemplo: se houver cinco em UI/mg, de base seca.
brancos a serem usados B1, B2, B3, B4 e B5; A1, A2, A3
e A4 para cada duplicada das amostras em testes e P1, Critérios de aceitação: A potência da heparina cálcica,
P2, P3 e P4 para cada duplicada das soluções padrões em calculada em base seca, é não é inferior a 180 unidades de
teste. Distribuir os espaços em branco sobre a série de tal heparina por mg.
maneira que representam com precisão o comportamento
Atividade anti-fator Xa.
dos reagentes durante os experimentos.
Tampão pH 8,4: dissolver 10,24 g de cloreto de sódio, 6,6
Nota: Os tubos devem ser tratados na ordem B1, P1, P2,
g de trometamina e 2,8 g de edetato dissódico em água. Se
P3, P4, B2, A1, A2, A3, A4, B3, A1, A2, A3, A4, B4, P1, P2,
necessário, ajustar o pH para 8,4 com solução diluída de
P3, P4, B5.
ácido clorídrico ou hidróxido de sódio.
Notar que, após cada adição de reagente, a solução
Solução antitrombina : reconstituir o conteúdo de uma
incubada deve ser misturada sem permitir a formação
ampola contendo antitrombina com água (ou conforme
de bolhas. Adicione duas vezes o volume (100 - 200
recomendado pelo fabricante). Diluir com Tampão pH 8,4
µL) de solução Antitrombina a cada tubo contendo um
de modo a obter solução a 1 UI de antitrombina por mL.
volume (50-100 µL), de Tampão pH 8,4 ou uma diluição
apropriada das soluções de amostra ou o padrão. Agitar, Solução de fator Xa bovino: reconstituir o conteúdo de uma
mas não permitir a formação de bolhas, incubar a 37 °C por ampola contendo fator Xa bovino com água (ou conforme
pelo menos 1 minuto. Adicionar a cada tubo de 25-50 µL recomendado pelo fabricante). Diluir a solução obtida em
de Solução de trombina humana, e incubar por pelo menos Tampão pH 8,4, de modo a obter uma solução com valores
1 minuto. Adicionar 50 - 100 µL de Solução de substrato de absorvância entre 0,65 e 1,25 medidas em 405 nm,
cromogênico. Notar que todos os reagentes, soluções quando testadas conforme descrito abaixo, mas utilizando
padrão, e soluções de amostra devem ser pré-aquecidas a 30 µL de Tampão pH 8,4 ao invés de 30 µL de Solução
37 °C pouco antes de usar. padrão ou Solução amostra.
Dois diferentes tipos de medições podem ser registrados: A solução de fator Xa contem três unidades nano catalíticas
por mL, mas pode variar dependendo do fabricante do
Medição “endpoint”: Parar a reação pelo menos após
factor Xa, ou o substrato utilizado.
1 minuto com 5-10 µL de Solução de parada. Medir a
absorvância de cada solução a 405 nm através de um Solução de substrato cromogênico: preparar uma solução
espectrofotômetro adequado. Um desvio padrão relativo cromogênica adequada para o teste amidolítico específico
sobre as leituras em branco tem que ser menor que 10%. para fator Xa em água para obter uma concentração de
cerca de 1 mM.
Medição Cinética: Seguindo a mudança na absorvância
para cada solução sobre 1 minuto a 405 nm através de um Solução de parada: preparar uma solução de ácido acético
espectrofotômetro. Calcular a variação de absorvância/ a 20% (v/v) em água.
minuto (∆OD/minuto). Os brancos para a medição cinética
também é expressa como ∆OD/minuto e deve dar valores Solução amostra: dissolver quantidade exata da amostra de
maiores em que são realizadas na ausência de heparina. O heparina cálcica em Tampão pH 8,4 e diluir com o mesmo
desvio padrão relativo sobre as leituras em branco deve ser para obter soluções contendo atividades aproximadamente
ha
inferior a 10%. iguais à Solução Padrão.
Os modelos estatísticos para análise da relação ente Solução padrão: utilizar padrão oficial de heparina. Pode
inclinação das retas ou sobre paralelismo podem ser usados ser utilizada outra preparação, cuja potência tenha sido
dependendo do melhor modelo que descreva a correlação calibrada frente ao padrão oficial. Reconstituir o conteúdo
entre a concentração e a resposta. da ampola de heparina padrão oficial em água e misturar
levemente até completa dissolução. Preparar diluições em
Ensaio sobre paralelismo: Para cada série, calcular a Tampão pH 8,4, de forma a obter de cinco até sete soluções
regressão da absorvância ou mudança de absorvância/ contendo atividades conhecidas de 0,375; 0,3125; 0,25;
minuto contra as concentrações em logaritmo das soluções 0,188; 0,125; 0,0625 e 0,0313 em unidades de heparina
de amostra e das soluções padrões e calcular a potência por mL.
da heparina de cálcio de referência em Unidades/mL
utilizando métodos estatísticos para ensaios linha paralela. Procedimento: os volumes descritos podem ser adaptados
Exprimir a potência de heparina cálcica UI/mg de base para realização do ensaio em tubos ou microplacas,
seca. mantendo a relação entre os volumes. Executar o teste com
cada Solução padrão e Solução amostra em duplicata.
Relação entre Inclinação das Retas: Para cada série, calcular Para cada série de tubos plásticos em banho-maria a 37
a regressão da absorvância em logaritmo ou o logaritmo °C, transferir 120 µL de Tampão pH 8,4. Separadamente
das alterações na absorção/minuto contra as concentrações transferir 30µL de diferentes diluições de soluções padrão
das soluções de amostra e das soluções padrões e calcular a ou de soluções amostra aos tubos. Adicionar 150 µL, para
potência da heparina de cálcio de referência Unidades/mL cada tubo, misturar e incubar por dois minutos. Adicionar
utilizando métodos estatísticos para ensaios de relações 300 µL de Solução substrato cromogênico, pré aquecido
1022 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
a 37 °C por 15 minutos. Adicionar 150 µL de Solução de principalmente pela formação de complexo de alguns dos
parada em cada tubo e misturar. Preparar o branco para componentes da mistura com proteínas específicas do
zerar o espectrofotômetro adicionando os reagentes em plasma potencializando a inativação da trombina (fator IIa).
ordem inversa, começando com Solução de parada e Outras proteases envolvidas no processo de coagulação,
terminando com a adição de 150 µL de Tampão pH 8,4, como o fator X ativado (fator Xa), também são inibidas.
e excluindo as soluções padrão ou as soluções amostra. A razão da atividade anti-fator Xa pela potência do anti-
Registrar a absorvância medida em 405 nm contra o branco. fator IIa deve estar entre 0,9 e 1,1. A potência da heparina
sódica não deve ser inferior a 180 UI por mg, em relação
Construir um gráfico dos valores das absorvâncias à substância dessecada. Os animais dos quais a heparina
das soluções padrão e as soluções amostra contra as é derivada devem preencher os requisitos sanitários para
concentrações de heparina em unidades. Construir retas espécie em questão e o processo de produção deve garantir
separadas de melhor ajuste utilizando análise de regressão a remoção ou inativação de agentes infecciosos.
linear dos mínimos quadrados para as soluções padrão e
as soluções amostra e determinar a inclinação de cada reta
de regressão. Calcular a potência da heparina cálcica pela IDENTIFICAÇÃO
formula.
A. Cumpre as exigências do Doseamento, conforme
o método Determinação de potência ou o método de
Potência Anti-fator IIa.
h
(sinal 1) em 5,40 ppm, H1 do ácido idurônico 2-sulfatado
Conforme legislação vigente. (sinal 2) em 5,21 ppm, H2 da glucosamina N-sulfatada
em 3,28 ppm e metil da glucosamina N -acetilada em 2,05
CLASSE TERAPÊUTICA ppm. Os valores de ppm observados para cada sinal não
devem variar ± 0,03 ppm.
Anticoagulante.
Os critérios de aceitação são baseados no valor médio da
altura dos sinais 1 e 2. Qualquer sinal identificado, nos
HEPARINA SÓDICA seguintes campos: 0,10 – 2,00, 2,10 – 3,20 e 5,70 – 8,00
Heparinum natricum ppm, não devem ultrapassar 4% da média do valor da
altura dos dois sinais citados acima. Da mesma forma não
devem ser encontrado sinais 200% maiores que este valor
A heparina sódica é uma preparação contendo o sal sódico entre 3,35 – 4,55 ppm.
de uma mistura de glicosaminoglicanos sulfatados, de peso
variável, presente em tecidos de mamíferos. Normalmente Impurezas: condroitina sulfato sobre-sulfatado. O
é obtida a partir do pulmão bovino ou a partir da mucosa deslocamento químico da região N-acetil do sulfato de
intestinal suína. É composta de polímeros com unidades condroitina sobre-sulfatado deve ser observada em 2,16 ±
de D-glicosamina (N-sulfatada ou N-acetilada) e ácido 0,03 ppm.
urônico (ácido L-idurônico ou D-glicurônico) que se Sulfato de dermatam: O deslocamento químico da região
alternam unidas por ligações glicosídicas. Possui a N-acetil do sulfato de condroitina sobre-sulfatado deve ser
propriedade de prolongar o tempo de coagulação sanguínea observada em 2,10 ± 0,03 ppm.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1023
C. Utilizar a técnica de cromatografia líquida de troca Solução para ensaio (b): dissolver cerca de 0,1 g da
iônica. A cromatografia de troca iônica é um ensaio para substância para ser examinada, pesada com precisão em 1,0
determinação de pureza das preparações de heparina, mL de água para cromatografia. Misturar com um vórtice
principalmente para detecção e separação de sulfato de até completa dissolução. Misturar 500 μL da solução e
dermatam, sulfato de condroitina e sulfato de condroitina 250 µL de ácido clorídrico M, em seguida, adicione 50
sobre-sulfatado. Utilizar cromatógrafo provido de µL de 250 mg/mL de solução de nitrito de sódio. Misture
detector ultravioleta a 202 nm; pré-coluna de 50 mm de delicadamente e deixe repousar à temperatura ambiente por
comprimento e 2 mm de diâmetro interno, empacotada com 40 min antes de adicionar 200 µL de hidróxido de sódio M
resina trocadora de ânions (13 mm); coluna de 250 mm para parar a reação.
de comprimento e 2 mm de diâmetro interno, empacotada
com resina trocadora de ânions (9 mm), mantida a 40 °C; Solução de referência (a): Dissolver 250 mg de heparina
fluxo da Fase móvel de 0,22 mL/minuto. SQR em água por cromatografia e diluir para 2,0 mL com o
mesmo solvente. Misture usando um vórtice até completa
Padrões de referências: Solução para ensaio (a) e Solução dissolução.
de referência, retenção relativa da heparina referência
(tempo de retenção = cerca de 26 min): dermatam e sulfato Solução de referência (b): adicionar 1200 µL de Solução
de condroitina = cerca de 0,9; condroitina sulfato sobre- de referência (a) e 300 μL de sulfato de dermatam e
sulfatado = 1,3, em relação a heparina. condroitim sulfato sobre-sulfatado. Misturar com um
vórtice para homogeneizar.
Nota: as soluções de referência devem ser estabilizadas
Solução de referência (c): adicionam-se 100 µL de Solução
ha
por 24h a temperatura ambiente.
de referência (b) e 900 µL de água para cromatografia.
Sistema de adequação: Solução de referência: relação de Misturar com um vórtice para homogeneizar.
pico e vale: mínimo de 1,3, onde Hp = altura acima da
linha de base do pico devido à dermatam mais sulfato de Solução de referência (d): adicionar 400 µL de Solução
condroitina; Hv = altura acima da linha de base o ponto de referência (a) para 100 µL de água para cromatografia
mais baixo da curva que separa este cume do pico devido e misture com um vórtice. Adicionar 250 µL de ácido
à heparina. clorídrico M, em seguida, adicione 50 µL de 250 mg/mL
de solução de nitrito de sódio. Misture delicadamente e
O pico principal no cromatograma obtido com a Solução deixe repousar à temperatura ambiente por 40 minutos
de ensaio (a) deve ser semelhante em forma e tempo de antes de adicionar 200 µL de hidróxido de sódio M para
retenção do pico principal no cromatograma obtido com a parar a reação.
Solução de referência (a).
Solução de referência (e): a 500 µL de Solução de
Preparar as soluções para o teste como descrito a seguir. referência (b), adicionar 250 µL de ácido clorídrico M,
em seguida, adicione 50 µL de 250 mg/mL de solução de
Solução para ensaio (a): dissolver cerca de 50 mg da nitrito de sódio. Misturar suavemente e deixar repousar em
substância para ser examinado pesada com precisão em 5,0 temperatura ambiente por 40 minutos antes de adicionar
mL de água para cromatografia (água deionizada com uma 200 µL de hidróxido de sódio M para parar a reação.
resistividade não menos que 0,18Mohms). Misturar com
um vórtice até completa dissolução. Fase móvel A: dissolver 0,40 g de dihidrogeno fosfato de
sódio em 1000 mL de água para cromatografia e ajustar o
pH para 3,0 com solução diluída de ácido fosfórico.
1024 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
h
Sódio (5.2.13.1). 9,5% a 12,5% de sódio determinado
conforme descrito em Espectrofotometria de absorção
atômica.
ha
um concentração de 5 UI/mL de trombina.
com de água gelada, rotulando-os em duplicado: A1, A2 e
A3 para as diluições das preparações a serem examinadas Nota: a trombina deve ter uma atividade específica não
e P1, P2 e P3 para as diluições de preparação de referência. menor que 750 UI/mg.
Para cada tubo adicionar 1,0 mL de plasma descongelado
substrato R1 e 1,0 mL de uma diluição adequada da Solução de substrato cromogênico: Prepare uma solução
preparação a ser examinada ou a preparação de referência. de um substrato da trombina adequado para o ensaio
Após cada adição, misturar, mas não permitir a formação cromogênico amidolítico em água para obter uma
de bolhas. Tratar os tubos na ordem P1, P2, P3, A1, A2, A3, concentração de 1,25 mM.
a transferência de cada tubo para um banho de água a 37 °C, Solução de parada: 20% (v/v) de ácido acético.
permite equilibrar a 37 °C por aproximadamente 15 minutos
e adicionar a cada tubo 1 mL de uma diluição de cefalina Soluções padrão: Reconstituir o conteúdo total do uma
ao qual foi adicionado um ativador adequado, tais como ampola de heparina de sódio SR em água e diluir com
caulim de modo que um tempo de recalcificação adequado tampão pH 8,4 para obter pelo menos quatro diluições
obtido no branco não é superior a 60 segundos. Quando o entre o intervalo de concentração de 0,005 e 0,03 unidade/
caulim é utilizado, deve ser preparado imediatamente antes mL de heparina.
do uso, uma mistura de volumes iguais de cefalina e 4 g/L
de suspensão de caulim protegido da luz em uma solução de Soluções de amostra: Proceder como indicado nas soluções
9 g/L de cloreto de sódio. Exatamente depois de 2 minutos para obter as concentrações de heparina de sódio similar
adicionar 1 mL de uma solução a 3,7 g/mL de cloreto de aos obtidos para as soluções padrão.
cálcio e registrar o tempo de coagulação e o intervalo em
segundos entre esta última adição e o início da coagulação
1026 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Para cada diluição da solução; padrão ou da solução da utilizando métodos estatísticos para ensaios de relações
amostra devem ser realizadas em duplicatas. Rótulos entre inclinações. Exprimir a potência de heparina sódica
numéricos devem ser colocados dependendo do número de em UI/mg, de base seca.
repetições a serem testadas. Por exemplo: se houver cinco
brancos a serem usados B1, B2, B3, B4 e B5 para branco; Critérios de aceitação: a potência da heparina sódica,
A1, A2, A3 e A4 para cada duplicada das amostras em calculado em base seca, é não é inferior a 180 unidades de
testes e P1, P2, P3 e P4 para cada duplicada das soluções heparina por cada mg.
padrões em teste. Distribuir os espaços em branco sobre
Atividade anti-fator Xa.
a série de tal maneira que representam com precisão o
comportamento dos reagentes durante os experimentos. Tampão tris (hidroximetil) aminometano e EDTA pH
8,4: dissolver 10,24 g de cloreto de sódio, 6,6 g de
Nota: Os tubos devem ser tratados na ordem B1, P1, P2,
tris(hidroximetil)aminometano e 2,8 g de EDTA dissódico
P3, P4, B2, A1, A2, A3, A4, B3, A1, A2, A3, A4, B4, P1, P2,
em água. Se necessário, ajustar o pH para 8,4 com solução
P3, P4, B5.
diluída de ácido clorídrico ou hidróxido de sódio.
Notar que, após cada adição de reagente, a solução incubada
Solução antitrombina SR: reconstituir o conteúdo de uma
deve ser misturada sem permitir a formação de bolhas.
ampola contendo antitrombina com água (ou conforme
Adicione duas vezes o volume (100 - 200 µL) de solução
recomendado pelo fabricante). Diluir com tampão
Antitrombina a cada tubo contendo um volume (50-100
tris(hidroximetil)aminometano e EDTA pH 8,4 de modo a
µL), de tampão de pH 8,4 ou uma diluição apropriada das
obter solução a 1 UI de antitrombina por mL.
soluções de amostra ou o padrão soluções. Agitar, mas não
permitir a formação de bolhas, incubar a 37 °C por pelo Solução de fator Xa bovino: reconstituir o conteúdo de uma
menos 1 minuto. Adicionar a cada tubo de 25-50 µL de ampola contendo fator Xa bovino com água (ou conforme
solução de trombina humana, e incubar por pelo menos recomendado pelo fabricante). Diluir a solução obtida em
1 minuto. Adicionar 50 - 100 µL de solução de substrato tampão pH 8,4, de modo a obter uma solução com valores
cromogênico. Notar que todos os reagentes, soluções de absorvância entre 0,65 e 1,25 medidas em 405 nm,
padrão, e soluções de amostra devem ser pré-aquecida a 37 quando testadas conforme descrito abaixo, mas utilizando
°C pouco antes de usar. 30 µL de tampão pH 8,4 ao invés de 30 µL de Solução
padrão ou Solução amostra.
Dois diferentes tipos de medições podem ser registrados:
A solução de fator Xa contem três unidades nano catalíticas
Medição “endpoint”: Parar a reação pelo menos após
por mL, mas pode variar dependendo do fabricante do
1 minuto com 5-10 µL de solução de parada. Medir a
factor Xa, ou o substrato utilizado.
absorvância de cada solução a 405 nm através de um
espectrofotômetro adequado. Um desvio padrão relativo Solução de substrato cromogênico: Preparar uma solução
sobre as leituras em branco tem que ser menor que 10%. cromogênica adequada para o teste amidolítico (ver
Especificações de reagentes em reagentes, indicadores e
Medição Cinética: Seguindo a mudança na absorvância
Soluções) específico para fator Xa em água para obter uma
para cada solução sobre 1 minuto a 405 nm através de um
concentração de cerca de 1 mM.
espectrofotômetro. Calcular a variação de absorvância/
minuto (∆OD/minuto). Os brancos para a medição cinética Solução de parada: Preparar uma solução 20% (v/v) de
também é expressa como ∆OD/minuto e deve dar valores ácido acético em água.
maiores em que são realizadas na ausência de heparina. O
h
desvio padrão relativo sobre as leituras em branco deve ser Solução amostra: dissolver quantidade exata da amostra de
inferior a 10%. heparina sódica em tampão pH 8,4 e diluir com o mesmo
para obter soluções contendo atividades aproximadamente
Os modelos estatísticos para análise da relação ente iguais às Soluções Padrão.
inclinação das retas ou sobre paralelismo podem ser usados
dependendo do melhor modelo que descreva a correlação Solução padrão: utilizar padrão oficial de heparina. Pode
entre a concentração e a resposta. ser utilizada outra preparação, cuja potência tenha sido
calibrada frente ao padrão oficial. Reconstituir o conteúdo
Ensaio sobre paralelismo: Para cada série, calcular a da ampola de heparina padrão oficial em água e misturar
regressão da absorvância ou mudança de absorvância/ levemente até completa dissolução. Preparar diluições
minuto contra as concentrações em logaritmo das soluções em solução tampão pH 8,4, de forma a obter de cinco até
de amostra e das soluções padrões e calcular a potência da sete soluções contendo atividades conhecidas de 0,375;
heparina de sódio de referência em Unidades/mL utilizando 0,3125; 0,25; 0,188; 0,125; 0,0625 e 0,0313 em unidades
métodos estatísticos para ensaios linha paralela. Exprimir a de heparina por mL.
potência de heparina sódica UI/mg de base seca.
Procedimento: os volumes descritos podem ser adaptados
Relação entre Inclinação das Retas: Para cada série, calcular para realização do ensaio em tubos ou microplacas,
a regressão da absorvância em logaritmo ou o logaritmo mantendo a relação entre os volumes. Executar o teste
das alterações na absorção/minuto contra as concentrações com cada solução padrão e solução teste em duplicata.
das soluções de amostra e das soluções padrões e calcular Para cada série de tubos plásticos em banho-maria a 37 °C,
a potência da heparina de sódio de referência Unidades/mL transferir 120 µL de tampão 8,4. Separadamente transferir
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1027
Constantes físico-químicas.
Expressar a potência do anti- fator Xa da solução amostra Faixa de fusão (5.2.2): 62 °C a 67 °C.
como uma porcentagem da concentração de heparina
determinada no Ensaio. Calcular a razão do anti-fator Xa
IDENTIFICAÇÃO
contra potência do fator IIa pela formula.A razão entre
atividade do anti-fator Xa com potência anti-fator IIa deve A. A 10 mL de solução de hexilresorcinol, a 1% (p/v) em
ser no mínimo, 0,9 e no máximo 1,1. etanol, adicionar duas gotas de cloreto férrico SR, forma-se
coloração verde.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO B. A 1 mL de solução saturada de hexilresorcinol adicionar
ha
Conforme legislação vigente. 1 mL de ácido nítrico SR, forma-se leve coloração
vermelha.
DOSEAMENTO DESCRIÇÃO
Dissolver, exatamente, cerca de 70 a 100 mg da amostra, Características físicas. Pó cristalino, amarelo,
previamente dessecada sobre sílica-gel por 4 horas, em 10 higroscópico; odor levemente alcoólico; sabor amargo.
mL de metanol, num frasco de iodo de 250 mL. Adicionar
30 mL de bromo 0,1 M SV e, em seguida, adicionar Solubilidade. Facilmente solúvel em água e em metanol,
rapidamente 5 mL de ácido clorídrico, arrolhando-o ligeiramente solúvel em etanol. Solúvel em soluções de
imediatamente. Resfriar sob água corrente à temperatura hidróxidos alcalinos.
ambiente. Agitar vigorosamente por 5 minutos e deixar
em repouso por 5 minutos. Adicionar 6 mL de iodeto de IDENTIFICAÇÃO
potássio SR ao redor da rolha e, cautelosamente, afrouxar
a rolha. Em seguida, fechar hermeticamente e agitar A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
levemente. Adicionar 1 mL de clorofórmio, e titular o iodo amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
desprendido com tiossulfato de sódio 0,05 M SV, adicionar de potássio, apresenta máximos de absorção somente
3 mL de amido SI quando o ponto final aproximar-se. nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
Realizar ensaio em branco. Cada mL de bromo 0,1 M SV intensidades relativas daqueles observados no espectro de
equivale a 4,857 mg de C12H18O2. hiclato de doxiciclina SQR, preparado de maneira idêntica.
h
OH
OH O OH O O da substância anidra e livre de etanol, está compreendida
entre 0,300 e 0,335.
C22H24N2O8; 444,43
C22H24N2O8.HCl.½C2H6O.½H2O; 512,94 Impurezas que absorvem luz. Dissolver 0,10 g da amostra
doxiciclina; 03217 em uma mistura de ácido clorídrico M e metanol (1:99)
hiclato de doxiciclina; 03222 e diluir para 10 mL com a mesma mistura de solventes.
(4S,4aR,5S,5aR,6R,12aS)-4-(Dimetilamino)- Proceder a medida 1 hora após a preparação da solução. A
1,4,4a,5,5a,6,11,12a-octaidro-3,5,10,12,12a-pentaidroxi- absorvância da solução, medida em 490 nm, da substância
6-metil-1,11-dioxo-2-naftacenocarboxamida anidra e livre de etanol, é de no máximo 0,7.
[564-25-0]
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
Cloridrato de (4S,4aR,5S,5aR,6R,12aS)-4-(dimetilamino)-
Doseamento. Preparar as soluções como descrito a seguir:
1,4,4a,5,5a,6,11,12a-octaidro-3,5,10,12,12a-pentaidroxi-
6-metil-1,11-dioxo-2-naftacenocarboxamida etanolado Solução (1): usar a Solução amostra, preparada conforme
hidratado (2:2:1:1) descrito em Doseamento.
[24390-14-5]
Solução (2): dissolver quantidade, exatamente pesada,
Contém o equivalente a, no mínimo, 800 µg e, no máximo, de cloridrato de metaciclina SQR com Diluente e
920 μg de doxiciclina (C22H24N2O8) por miligrama. diluir, quantitativamente, para obter uma solução com
concentração conhecida de 1,2 mg/mL.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1029
Solução (3): preparar como descrito para Solução padrão Metais pesados (5.3.2.3). Proceder conforme descrito
em Doseamento. em Métodos de reação com tioacetamida, Método IV. No
máximo 0,005% (50 ppm).
Solução (4): transferir 2 mL da Solução (3) e 2 mL da
Solução (2) para balão volumétrico de 100 mL, diluir com Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
Diluente até completar o volume e homogeneizar. Essa No máximo 0,4%.
solução contém cerca de 0,024 mg de hiclato de doxiciclina
SQR e de cloridrato de metaciclina SQR por mL.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Solução (5): preparar como descrito para Solução de
Quando for indicado no rótulo que a substância é
resolução em Doseamento.
estéril, a amostra cumpre com os testes de Esterilidade
Injetar replicatas de 20 μL da Solução de resolução, e Endotoxinas bacterianas. Quando for indicado que a
conforme descrito em Doseamento. Os tempos de retenção substância deve ser esterilizada durante a produção de
relativos são cerca de 0,4 para 4-epidoxiciclina (o principal preparações estéreis, a amostra cumpre com o teste de
produto de degradação), 0,6 para metaciclina e 1,0 para Endotoxinas bacterianas.
doxiciclina. A resolução entre os picos de 4-epidoxiciclina
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Utilizar o Método
e doxiciclina não é menor que 3,0. O fator de cauda não
de filtração em membrana.
é maior que 2,0. O desvio padrão relativo das áreas de
replicatas dos picos registrados não é maior que 2,0%. Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 1,14 UE/
mg de doxiciclina.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL da Solução
(4) e da Solução (1) registrar os cromatogramas por
tempo correspondente a 1,7 vezes o tempo de retenção DOSEAMENTO
da doxiciclina e medir as áreas sob os picos. Calcular a
porcentagem de metaciclina, segundo a equação. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 270 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
em que com copolímero esférico estireno divinilbenzeno (5 µm),
CS = concentração, em mg/mL, de cloridrato de metaciclina mantida a 60 °C ± 1 °C; fluxo da Fase móvel de 1,0 mL/min.
SQR na Solução (4); Fase móvel: dissolver 2,72 g de fosfato de potássio
W = peso, em mg, de hiclato de doxiciclina na Solução (1); monobásico, 0,74 g de hidróxido de sódio, 0,5 g de
ru = resposta do pico de metaciclina no cromatograma da sulfato de tetrabutilamônio, e 0,4 g de edetato dissódico
Solução (1); em 850 mL de água em balão volumétrico de 1000 mL.
rM = resposta do pico de metaciclina no cromatograma da Adicionar 60 g de álcool tert-butílico com auxílio de água,
Solução (4). completar o volume com água e ajustar o pH em 8,0 ± 0,1
com hidróxido de sódio M. Filtrar e desaerar a solução
Não mais que 2% de metaciclina é encontrada. Calcular as antes do uso. A diminuição na proporção de álcool tert-
porcentagens de outras substâncias relacionadas presentes butílico resulta em prolongamento do tempo de retenção
na amostra segundo a equação: da doxiciclina e melhora a separação da doxiciclina de suas
substâncias relacionadas.
em que
estocada em refrigerador, essa solução pode ser usada por cicatrizes, mais ou menos circulares, provenientes da queda
14 dias. dos caules, e outras menores, da queda dos brotos e raízes.
As raízes, originadas nas superfícies ventral e lateral, são
Injetar replicatas de 20 μL da Solução de resolução. numerosas, filiformes, com 0,1 cm de diâmetro e 3,5 cm
Os tempos de retenção relativos são cerca de 0,4 para de comprimento, curvadas, retorcidas, frágeis, facilmente
4-epidoxiciclina (o principal produto de degradação), 0,7 separáveis e destacáveis, de coloração semelhante à do
para 6-epidoxiciclina e 1,0 para doxiciclina. A resolução rizoma.
entre os picos de 4-epidoxiciclina e doxiciclina não é
menor que 3,0. O fator de cauda para o pico da doxiciclina
não é maior que 2,0. O desvio padrão relativo das áreas de DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
replicatas dos picos registrados não é maior que 2,0%.
O rizoma mostra, da periferia para o centro, os seguintes
Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL das Soluções tecidos: fragmentos de súber castanho-amarelados,
padrão e amostra, registrar os cromatogramas por tempo compostos de células poligonais em vista frontal, com
correspondente a 1,7 vezes o tempo de retenção da paredes finas e lignificadas; fragmentos, em secção
doxiciclina e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de transversal, freqüentemente com massa irregular de
doxiciclina (C22H24N2O8) na amostra, em μg por miligrama, material castanho granular, que na sua parte externa
a partir do teor do padrão e das respostas obtidas com a pode obscurecer as células do súber. Parênquima cortical
Solução padrão e a Solução amostra. com cerca de 25 camadas de células, de paredes finas,
poligonais a arredondadas, em secção transversal e
alongadas em secção longitudinal, contendo grãos de
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO amido e massas amareladas. Os grãos de amido são, na
maioria, simples, podendo também apresentar dois, três
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
ou quatro componentes. As células da região externa deste
parênquima têm paredes espessadas com aparência das de
ROTULAGEM um colênquima. A seguir, observa-se um círculo de 12 a 20
feixes vasculares colaterais, separados por largas fileiras
Observar a legislação vigente. Quando a substância é de células parenquimáticas de coloração alaranjado-
destinada à produção de preparações parenterais, o rótulo amarelada a amarelo-esverdeada. O xilema é constituído
deve indicar se o produto é estéril ou se deve ser esterilizado de elementos de vaso pequenos, dos tipos helicoidal,
durante o processo. pontoado e reticulado (mais raro), com placa de perfuração
em paredes terminais oblíquas. A parte central é ocupada
CLASSE TERAPÊUTICA por um amplo parênquima medular. O corte transversal da
raiz mostra uma epiderme formada por uma única camada
Antibacteriano. Antiparasitário (peste, tracoma e malária). de células, castanho-amareladas, com paredes externas
suberificadas. Essas em vista frontal são mais alongadas e
irregulares do que aquelas do rizoma, algumas dão origem
HIDRASTE a tricomas. O parênquima cortical, de células de paredes
Hydrastidis radix espessadas, contém amido. A endoderme possui células de
paredes ligeiramente lignificadas; nas raízes jovens, em
secção tangencial, as células mostram-se alongadas, de
Hydrastis canadensis L. – RANUNCULACEAE paredes finas e marcadamente sinuosas. O sistema vascular
h
apresenta de duas a seis arestas do xilema, alternadas com
A droga vegetal consiste de rizomas e raízes, dessecados
o floema. A medula consiste de uma pequena área central
e fragmentados, contendo, no mínimo, 2,5% de hidrastina
de células parenquimáticas, pouco evidentes.
(C21H21NO6, 383,4) base seca e, no mínimo, 3,0% de
berberina (C20H18NO4, 336,4) base seca.
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
CARACTERÍSTICAS O pó atende a todas as exigências estabelecidas para a espécie,
menos os caracteres macroscópicos. São características:
Características organolépticas. A droga tem odor fraco e
cor amarelada a amarelo-esverdeada; abundantes grãos de
sabor fortemente amargo.
amido esféricos, isolados ou reunidos em grupos de dois,
três ou quatro componentes; fragmentos de parênquima
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA contendo grãos de amido; poucos fragmentos do súber
castanho-amarelado, composto de células poligonais em
O rizoma cresce horizontal ou obliquamente e sustenta vista frontal, e, em vista transversal, mostrando massas
numerosas e pequenas ramificações, além das raízes irregulares de substância granular castanho-escuro sobre
adventícias. O rizoma é cilíndrico, tortuoso, muitas vezes o lado externo do súber; fragmentos de tecido vascular,
dilatado, enrugado longitudinalmente, com 1 cm a 6 cm de contendo elementos de vaso com pontoações areoladas,
comprimento e 0,2 cm a 1,0 cm de diâmetro; externamente alguns com espessamento helicoidal, infreqüentes fibras
é castanho-amarelado ou castanho-acinzentado e do xilema, de 200 µm a 300 µm de comprimento, de
internamente amarelo claro no centro a amarelo esverdeado paredes delgadas e poros simples; fragmentos ocasionais
próximo à margem. Externamente é marcado por numerosas
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1031
da endoderme; numerosas massas esféricas a ovóides, de ligada a grupo octadecilsilano (3,5 µm); fluxo da Fase
substância granular castanho-alaranjada, dispersas por móvel de 0,30 mL/minuto.
todo o pó. O pó não contém cristais de oxalato de cálcio
nem células esclerificadas (esclereídes). Fase móvel: mistura de fosfato monobásico de potássio
0,05 M e acetonitrila (73:27).
ha
agitação ocasional. Filtrar. Evaporar o filtrado. Adicionar de retenção menor que a berberina. A resolução entre os
ao resíduo 1 mL de ácido sulfúrico e um cristal de molibdato picos de hidrastina e berberina é de no mínimo 1,5.
de amônio, que se cora de azul intenso, caracterizando a
presença de hidrastina. Procedimento: injetar, separadamente, 10 µL da Solução
padrão A, da Solução padrão B e da Solução amostra,
registrar os cromatogramas e medir as áreas sob os picos
ENSAIOS DE PUREZA correspondentes à hidrastina e à berberina. O tempo de
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2%. retenção relativo é cerca de 8,2 minutos para a hidrastina e
10,8 minutos para a berberina. Calcular o teor de hidrastina
Água (5.4.2.3). No máximo 10%. e berberina na amostra a partir da equação da reta obtida
com as curvas analíticas do cloridrato de hidrastina e
Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 8%. cloreto de berberina. O resultado é expresso pela média
das determinações em gramas de hidrastina e berberina,
DOSEAMENTO separadamente, por 100 gramas da droga considerando a
determinação de água.
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 235 nm; pré-coluna empacotada
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano e Em recipiente bem fechado, ao abrigo da luz e calor.
coluna analítica de 75 mm de comprimento e 4,6 mm de
diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
1032 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
A – aspecto geral do rizoma. B – esquema da secção transversal do rizoma: floema primário (fp), região do floema secundário (fs), parênquima cortical
(pc), periderme (pe), parênquima medular (pm), xilema primário (xp), xilema secundário (xs). C – detalhe de periderme (pe) e parênquima cortical
(pc) em secção transversal, os numerosos grãos de amido (ga) estão representados apenas nas células à esquerda. D – detalhe de secção transversal das
seguintes regiões, de cima para baixo: xilema secundário (xs) apresentando raios parenquimáticos multisseriados, fibras e elementos de vaso dispostos
em séries radiais; xilema primário (xp) com fibras, meta e protoxilema envolto por parênquima medular; os abundantes grãos de amido presentes no
parênquima medular e nos raios parenquimáticos não foram representados. E – detalhe de secção transversal do parênquima medular (pm) apresentando
numerosos grãos de amido (ga) na maioria das células. F – aspecto geral do pó do rizoma, com fragmentos do súber (acima, à esquerda), de vasos
(acima, à direita), de fibras (abaixo, à direita), de grãos de amido, isolados ou agregados.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1033
O O O O ENSAIOS DE PUREZA
S S Acidez ou alcalinidade. Agitar 0,5 g da amostra com 25
H2N NH mL de água por 2 minutos e filtrar. A 10 mL desta solução
adicionar 0,2 mL de hidróxido de sódio 0,01 M e cinco
Cl N gotas de vermelho de metila SI. A solução apresenta
H coloração amarela. No máximo 0,4 mL de ácido clorídrico
C7H8ClN3O4S2; 297,74 0,01 M são gastos para a viragem da coloração do indicador
hidroclorotiazida; 04652 para rósea.
1,1-Dióxido de 6-cloro-3,4-diidro-2H-1,2,4- Cloretos (5.3.2.1). Utilizar o Método II. Dissolver 1 g da
benzotiadiazina-7-sulfonamida amostra em 25 mL de acetona e completar o volume para
[58-93-5] 30 mL com água. 15 mL dessa solução devem satisfazer ao
Ensaio limite para cloretos. Empregar como Preparação
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de padrão 10 mL de solução padrão de cloreto (5 ppm Cl)
C7H8ClN3O4S2 em relação à substância dessecada. adicionada de 5 mL de solução de acetona em água (85:15).
ha
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles M e acetonitrila (9:1). Degaseificar, ajustar o pH para 3,0
observados no espectro de hidroclorotiazida SQR, e filtrar.
preparado de maneira idêntica.
Solução amostra: transferir exatamente cerca de 30 mg de
B. Determinar a absorvância (5.2.14) das seguintes amostra para balão volumétrico de 200 mL, dissolver em
soluções: volume de acetonitrila que não exceda 10% da capacidade
do balão e adicionar Fase móvel até completar o volume e
Solução (1): dissolver 50 mg da amostra em 10 mL de misturar.
solução de hidróxido de sódio 0,1 M e completar o volume
para 100 mL de água. Diluir 10 mL dessa solução para 100 Solução padrão: dissolver quantidade de hidroclorotiazida
mL com solução de hidróxido de sódio 0,01 M. O espectro SQR, exatamente pesada, na Fase móvel, de modo a obter
de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa de 200 a 400 solução de concentração próxima a 0,15 mg/mL. Pode-
nm, exibe máximo em 323 nm. A absorção em 323 nm é se utilizar volume de acetonitrila não excedendo 10% do
de 0,45 a 0,475. volume total da solução para dissolver o padrão.
Solução (2): diluir 2 mL da Solução (1) para 100 mL Solução de resolução: dissolver quantidade de
com hidróxido de sódio 0,01 M. O espectro de absorção hidroclorotiazida SQR e clorotiazida, exatamente pesadas,
no ultravioleta (5.2.14), na faixa de 200 a 400 nm, exibe em Fase móvel de modo a obter solução com concentrações
máximo em 273 nm. A absorção em 273 nm é 0,0505 a próximas de 1,5 mg/mL.
0,053.
Injetar replicadas de 20 µL de Solução padrão. O desvio
padrão das áreas sob os picos registrados não deve ser
1034 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
maior que 1,5%. Os tempos de retenção relativos são de Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
cerca de 0,8 para clorotiazida e 1 para hidroclorotiazida e
a resolução entre clorotiazida e hidroclorotiazida não deve Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
ser menor que 2. Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL da Solução Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e mediar as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
C7H8ClN3O4S2 a partir das respostas obtidas para a Solução TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
padrão e para a Solução amostra.
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL
h
GF254, como suporte, e mistura de acetato de etila e de sódio 0,1 M durante 20 minutos. Diluir para 100 mL
álcool isopropílico (85:15), como fase móvel. Aplicar, com o mesmo solvente. Homogeneizar e filtrar. Diluir
separadamente, à placa, 10 μL de cada uma das soluções, com água até concentração de 0,0015% (p/v). Preparar
recentemente preparadas, descritas a seguir. solução padrão nas mesmas condições, utilizando os
mesmos solventes. Medir as absorvâncias das soluções
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar
em 273 nm, utilizando água para ajuste do zero. Calcular
quantidade do pó, equivalente a 10 mg de hidroclorotiazida,
a quantidade de C7H8ClN3O4S2 nos comprimidos a partir
com 10 mL de acetona. Filtrar.
das leituras obtidas. Alternativamente, realizar os cálculos
Solução (2): solução de hidroclorotiazida SQR a 1 mg/mL considerando A(1%, 1 cm) = 520, em 273 nm.
em acetona.
B. Proceder conforme descrito em Doseamento da
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar monografia de Hidroclorotiazida. Preparar a solução
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A amostra como descrito a seguir.
mancha principal obtida com a Solução (1) corresponde
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
em posição e intensidade àquela obtida com a Solução (2).
Transferir quantidade do pó equivalente a 30 mg de
hidroclorotiazida para balão volumétrico de 200 mL,
CARACTERÍSTICAS adicionar 20 mL de Fase móvel e deixar em ultrassom
durante 5 minutos. Adicionar 20 mL de acetonitrila e deixar
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. em ultrassom durante 5 minutos. Adicionar 50 mL de
Fase móvel e agitar, mecanicamente, durante 10 minutos.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1035
Completar o volume com Fase móvel, homogeneizar e B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
filtrar, descartando os primeiros 10 mL do filtrado. faixa de 200 a 400 nm, de uma solução a 0,0002% (p/v)
em etanol, exibe máximos idênticos aos observados no
Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL da Solução espectro da solução preparada de maneira similar de
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas hidrocortisona SQR.
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
C7H8ClN3O4S2 nos comprimidos a partir das respostas
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra. ENSAIOS DE PUREZA
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel G 60, como suporte, e mistura de clorofórmio e
Em recipientes bem fechados. etanol (85:15), como fase móvel. Aplicar, separadamente,
à placa, 10 µL de cada uma das soluções descritas a seguir:
ROTULAGEM
Solução (1): dissolver cerca de 20 mg da amostra em 10
Observar a legislação vigente. mL de mistura de clorofórmio-metanol (9:1).
ha
DESCRIÇÃO hidrocortisona SQR na mesma concentração, utilizando
os mesmos solventes. Medir as absorvâncias das soluções
Características físicas. Pó cristalino branco ou quase resultantes em 242 nm, utilizando etanol para ajuste do
branco, inodoro. zero. Calcular a quantidade de C21H30O5 a partir das leituras
Constantes físico-químicas. obtidas.
Faixa de fusão (5.2.2): 214 - 215 °C, com decomposição. B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
Poder rotatório (5.2.8): De +150° a +156°, em relação à de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 150 mm de
substância dessecada. Determinar em solução a 1% (p/v) comprimido e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
em dioxana. com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
µm) e fluxo da Fase móvel de 1,0 mL/minuto.
IDENTIFICAÇÃO Fase móvel: mistura de água, acetonitrila e metanol
(50:25:25).
A. O Espectro de absorção no infravermelho (5.2.14)
da amostra dessecada, dispersa em brometo de potássio, Diluente: mistura de metanol e água (1;1).
apresenta máximos de absorção somente nos mesmos
comprimentos de onda e com as mesmas intensidades Solução padrão interno: preparar solução de propilparabeno
relativas daqueles observados no espectro de hidrocortisona em metanol em concentração cerca de 1 mg/mL.
SQR, preparado de maneira idêntica.
1036 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
h
de 200 nm a 400 nm, de solução da amostra a 0,0025%
(p/v) preparada em metanol, exibe máximos de absorção
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. idênticos aos observados no espectro de solução de
hidroquinona SQR na mesma concentração.
ROTULAGEM
Observar a legislação vigente. ENSAIOS DE PUREZA
Água (5.2.20.1). Determinar em 3 g da amostra. No
CLASSE TERAPÊUTICA máximo 0,5 %.
DOSEAMENTO
Pesar, exatamente, cerca de 0,25 g da amostra, dissolver
em 100 mL de uma mistura de água e ácido sulfúrico 0,05
M. (10:1) e adicionar 3 mL de difenilamina SR. Titular
com sulfato cérico 0,05 M SV até o aparecimento da cor
vermelha. Cada mL de sulfato cérico 0,05 M SV equivale a
5,506 mg de C6H6O2.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1037
ha
ROTULAGEM
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Observar a legislação vigente.
Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,4 EU/
µg de hidroxicobalamina.
h
10 mL do filtrado.
DOSEAMENTO
HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Pesar uma quantidade
COMPRIMIDOS MASTIGÁVEIS do pó equivalente a 1,2 g de Al(OH)3, adicionar 15 mL
de ácido clorídrico concentrado e aquecer até dissolver.
Diluir com água para cerca de 100 mL, agitar, filtrar
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
quantitativamente para balão volumétrico de 500 mL,
quantidade declarada de Al(OH)3. Os comprimidos
lavando com água. Completar o volume com água e agitar.
mastigáveis podem conter agentes edulcorantes.
Transferir 20 mL dessa solução para um erlenmeyer de 250
mL, adicionar 25 mL de edetato dissódico 0,05 M SV e 20
IDENTIFICAÇÃO mL de tampão ácido acético-acetato de amônio e aquecer
até fervura por 5 minutos. Esfriar, adicionar 50 mL de etanol
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Dissolver quantidade e 2 mL de ditizona a 0,025% (p/v). Titular a solução com
do pó equivalente a 15 mg de hidróxido de alumínio em 2 sulfato de zinco 0,05 M SV até coloração rósea. Realizar
mL de água. Responde às reações do íon alumínio (5.3.1.1). prova em branco, empregando 20 mL de água ao invés de
B. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade 20 mL de solução amostra. Cada mL de edetato dissódico
do pó equivalente a cerca de 15 mg de hidróxido de alumínio, 0,05 M SV equivale a 3,900 mg de Al(OH)3.
adicionar 2 mL de água e 0,5 mL de ácido clorídrico 2 M.
Filtrar. Acrescentar 0,5 mL de tioacetamida SR. Não ocorre EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
formação de precipitado. Adicionar hidróxido de sódio 2
M, gota a gota. Forma-se precipitado branco gelatinoso que Em recipientes bem fechados.
dissolve em excesso de hidróxido de sódio 2 M. Adicionar,
gradualmente, cloreto de amônio SR. Forma-se precipitado ROTULAGEM
branco gelatinoso.
Observar a legislação vigente.
CARACTERÍSTICAS
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO GEL
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
Gel de hidróxido de alumínio é uma suspensão de hidróxido
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. de alumínio amorfo na qual há substituição parcial de
carbonato por hidróxido. Contém, no mínimo, 90,0% e, no
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
máximo, 110,0% da quantidade declarada de Al(OH)3.
CAPACIDADE DE NEUTRALIZAÇÃO DA
IDENTIFICAÇÃO
ACIDEZ
A. A 1 g da amostra, adicionar 4 mL de ácido clorídrico
Transferir uma quantidade equivalente a um comprimido
concentrado. Aquecer a 60 °C por 1 hora, resfriar, diluir
para um béquer de 250 mL. Adicionar 70 mL de água e
para 50 mL com água e filtrar se necessário. A 10 mL
misturar com agitador magnético por aproximadamente 1
da solução obtida, adicionar 0,5 mL de ácido clorídrico
ha
minuto. Transferir 25 mL de ácido clorídrico M SV e agitar
2 M e 0,5 de tioacetamida SR. Não ocorre formação de
por 15 minutos. Titular o excesso de ácido imediatamente
precipitado. Adicionar, lentamente, 5 mL de hidróxido
e, em um período adicional que não exceda 5 minutos
de sódio 2 M e deixar em repouso por 1 hora. Produz-se
com hidróxido de sódio 0,5 M SV para obter um pH
precipitado branco gelatinoso que se dissolve pela adição
estável de 3,5 (por 10 a 15 segundos). Conduzir o teste à
de 5 mL de hidróxido de sódio 2 M. Adicionar, lentamente,
temperatura de (37 ± 3) °C. Não menos que 5 mEq de ácido
5 mL de cloreto de amônio SR e deixar em repouso por
é consumido, e não menos que 55,0% do valor esperado
30 minutos. Produz-se novamente precipitado branco
de mEq, a partir da quantidade declarada de hidróxido de
gelatinoso.
alumínio, é obtido. Cada mg de Al(OH)3 tem capacidade de
neutralização de 0,0385 mEq. B. A 1 g da amostra, adicionar 4 mL de ácido clorídrico
concentrado. Aquecer a 60 °C por 1 hora, resfriar, diluir
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA para 50 mL com água e filtrar se necessário. A solução
obtida responde às reações do íon alumínio (5.3.1.1).
Contagem do número total de micro-organismos
mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
CARACTERÍSTICAS
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
pH (5.2.19). 5,5 a 8,0.
Cumpre o teste.
1040 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Metais pesados (5.3.2.3). Dissolver 2,3 g da amostra em Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 100,5% de
20 mL de ácido clorídrico M e 10 mL de água. Adicionar Ca(OH)2.
0,5 mL de ácido nítrico e deixar em ebulição por 30
segundos. Esfriar, adicionar 2 g de cloreto de amônio e 2 DESCRIÇÃO
g de tiocianato de amônio e extrair com duas porções de
10 mL de mistura de álcool isoamílico e éter etílico (1:1). Características físicas. Pó fino, branco ou quase branco.
Adicionar à fase aquosa 2 g de ácido cítrico e diluir para
40 mL com água. Utilizar 18 mL da solução resultante Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, solúvel em
e proceder conforme descrito em Método I. No máximo glicerol. Solúvel em ácidos, com liberação de calor.
0,002% (20 ppm).
IDENTIFICAÇÃO
Sulfatos (5.3.2.2). Dissolver quantidade exatamente
pesada da amostra, equivalente a 0,15 g de Al(OH)3, em A. Transferir 0,8 g da amostra para gral de vidro, adicionar
5 mL de ácido clorídrico 3 M, aquecendo se necessário. 10 mL de água, 0,5 mL de fenolftaleína SI e homogeneizar.
Filtrar e prosseguir conforme descrito em Ensaio limite Desenvolve-se coloração vermelha. Adicionar 17,5 mL
para sulfatos. No máximo 0,8% (8000 ppm). de ácido clorídrico M. A suspensão torna-se incolor, sem
efervescência. Triturar a mistura por 1 minuto. A cor
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA vermelha aparece novamente. Adicionar 6 mL de ácido
clorídrico M e triturar. A solução torna-se incolor.
Contagem do número total de micro-organismos
mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. B. Dissolver 0,1g da amostra em ácido clorídrico SR e
diluir para 10 mL com água. A solução responde às reações
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). do íon cálcio (5.3.1.1).
Cumpre o teste.
ENSAIOS DE PUREZA
DOSEAMENTO
Alcalinidade e metais alcalinos terrosos. Dissolver 1 g da
h
Transferir quantidade exatamente pesada da amostra, amostra em mistura de 10 mL de ácido clorídrico e 40 mL
equivalente a 1,5 g de Al(OH)3, para béquer e adicionar de água. Aquecer até ebulição e adicionar 50 mL de ácido
15 mL de ácido clorídrico concentrado, aquecendo para oxálico SR. Neutralizar com amônia e completar o volume
completa solubilização. Resfriar, transferir para balão para 200 mL com água. Deixar em repouso por 1 hora e
volumétrico de 500 mL e completar o volume com água. filtrar com filtro adequado. A 100 mL do filtrado, adicionar
Transferir 20 mL da solução para erlenmeyer de 250 mL 0,5 mL de ácido sulfúrico, cuidadosamente. Evaporar até
e adicionar, com agitação constante, 25 mL de edetato secura e incinerar. No máximo 20 mg de resíduos (4,0%
dissódico 0,05 M SV e 20 mL de tampão ácido acético- de sulfatos).
acetato de amônio. Aquecer por 5 minutos. Resfriar,
adicionar 50 mL de etanol e 2 mL de ditizona a 0,025% Carbonatos. Adicionar 5 mL de ácido clorídrico M SV
(p/v) em etanol. Titular com sulfato de zinco 0,05 M SV até à solução obtida em Doseamento. Titular com hidróxido
mudança de cor de violeta esverdeado para rosa. Realizar de sódio M SV utilizando 0,5 mL de alaranjado de metila
ensaio em branco, utilizando 20 mL de água, e fazer as SI como indicador. Cada mL de ácido clorídrico M SV
correções necessárias. Cada mL de edetato dissódico 0,05 equivale a 50,05 mg de carbonato de cálcio. No máximo
M SV é equivalente a 3,900 mg de Al(OH)3. 5% de CaCO3.
ha
Método visual. No máximo 0,0004% (4 ppm).
HIDRÓXIDO DE MAGNÉSIO Cálcio (5.3.2.7). Diluir 1,3 mL da solução obtida em
Magnesii hydroxidum Aspecto da solução para 150 mL com água. Determinar
em 15 mL desta solução. No máximo 1,5%.
Características físicas. Pó branco ou quase branco, fino, Sulfatos (5.3.2.2). Determinar em 2 mL da solução obtida
amorfo, inodoro. em Aspecto da solução. Para a Preparação padrão, utilizar
1 mL de ácido sulfúrico 0,005 M. No máximo 0,5% (5000
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água. Solúvel em ppm).
soluções de ácidos diluídos.
1042 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
h
hidróxido de potássio; 04698 a solução de referência dissolvendo, em água, 0,5084 g de
Hidróxido de potássio cloreto de sódio, previamente dessecado a 105 ºC por 3
[1310-58-3] horas, e diluir para 1000 mL com mesmo solvente (0,2 mg/
mL de sódio). Diluir com água para o preparo das soluções
Contém, no mínimo, 85,0% e, no máximo, 100,5% de padrão, conforme necessário. Efetuar a leitura em 589 nm
KOH. usando como fonte de radiação lâmpada de cátodo oco de
sódio e chama do tipo ar-acetileno. No máximo 1,0% (10
DESCRIÇÃO
000 ppm).
Características físico-químicas. Partículas brancas ou
Ferro (5.3.2.4). Utilizar o Método III. Disssolver 10 g da
levemente amareladas, cristalinas, fornecidas como esferas,
amostra em 15 mL de água. Cuidadosamente, adicionar 12
raspas, bastões ou pedaços irregulares. Higroscópico e
mL de ácido clorídrico, resfriar, diluir com ácido clorídrico
deliquescente, absorve rapidamente dióxido de carbono
7,3 % (p/v) e completar a 50 mL com o mesmo solvente.
atmosférico. Ponto de fusão (5.2.2): funde em torno de 360 ºC.
Utilizar 5 mL dessa solução. No máximo 0,001% (10 ppm).
Solubilidade. Muito solúvel em água, facilmente solúvel
Alumínio (5.3.2.10). Exigido para hidróxido de potássio
em etanol.
destinado à preparação de soluções de hemodiálise.
Dissolver 20 g da amostra em 100 mL de água e adicionar
10 mL de tampão de acetato pH 6,0. Proceder conforme
descrito em Ensaio limite para alumínio. Utilizar, como
solução de referência, mistura de 2 mL de Solução padrão
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1043
de alumínio (2 ppm Al), 10 mL de tampão acetato pH 6,0 C. A 5 mL da amostra adicionar cinco gotas de ácido
e 98 mL de água. Para o branco utilizar mistura de 10 mL clorídrico 2 M. Ocorre aumento da intensidade da coloração
de solução tampão acetato pH 6,0 e 100 mL de água. No esverdeada e formam-se bolhas de cloro gasoso.
máximo 0,00002% (0,2 ppm).
D. Imergir, em 1 mL da amostra, papel de tornassol
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Diluir 10 vermelho. A coloração do papel passa para azul,
mL da solução obtida no teste para Ferro a 20 mL com descorando-se em seguida.
água. Utilizar, como referência, Solução padrão de chumbo
(1 ppm Pb). No máximo 0,001% (10 ppm). E. A solução acidificada obtida no teste C. de Identificação
responde ao teste de chama para íons sódio (5.3.1.1).
DOSEAMENTO
CARACTERÍSTICAS
Pesar, exatamente, cerca de 2 g da amostra e dissolver em
25 mL de água isenta de dióxido de carbono. Adicionar 25 Descrição. Líquido límpido de cor amarelo-pálida
mL de cloreto de bário 0,025 M, recentemente preparado, esverdeada com odor de cloro. É suscetível à luz e deteriora
e 0,3 mL de fenolftaleína SI. Adicionar, lentamente, sob gradualmente.
agitação, 25 mL de ácido clorídrico M SV. Continuar Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
a titulação com ácido clorídrico M SV até a viragem do
indicador de rosa para incolor. Adicionar 0,3 mL de pH (5.2.19). Acima de 11,0.
solução de azul de bromofenol SI e continuar a titulação
com ácido clorídrico M SV até a viragem do indicador de
violeta-azulado para amarelo. Cada mL de ácido clorídrico ENSAIOS DE PUREZA
M SV utilizado na segunda parte da titulação equivale a Cálcio. Transferir 10 g da amostra para béquer de 150 mL,
69,103 mg de K2CO3. Cada mL de ácido clorídrico M SV adicionar 10 mL de água, 5 mL de ácido clorídrico e 1 g
utilizado na combinação das titulações equivale a 56,110 de iodeto de potássio. Aquecer por 5 minutos, resfriar e
mg de alcalinidade total, calculada como KOH. adicionar 2 mL de peróxido de hidrogênio a 30% (v/v).
Evaporar até secura, resfriar, adicionar 2 mL de ácido
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO clorídrico e 2 mL de peróxido de hidrogênio a 30% (v/v).
Lavar as paredes internas do béquer com poucos mililitros
Em recipientes bem fechados e não metálicos. de água e filtrar, se necessário. Adicionar ao filtrado 3 mL
de hidróxido de amônio e 5 mL de oxalato de amônio a
ROTULAGEM 3,5% (p/v). Transferir quantitativamente para tubo de
Nessler, completar o volume para 25 mL e homogeneizar.
Observar a legislação vigente. Nenhuma turbidez produzida dentro 15 minutos excede
à da preparação padrão obtida submetendo-se 10 mL de
solução padrão de cálcio (10 ppm Ca) ao mesmo tratamento
CATEGORIA dado à amostra. No máximo 0,001% (10 ppm).
Agente alcalinizante.
DOSEAMENTO
ha
HIPOCLORITO DE SÓDIO SOLUÇÃO Transferir, exatamente, 3 mL da amostra ou volume
DILUÍDA contendo entre 60 mg e 90 mg de NaClO ou entre 57 mg
e 87 mg de cloro ativo para erlenmeyer de 250 mL com
tampa. Adicionar cerca de 50 mL de água, 1 g de iodeto
Solução aquosa de hipoclorito de sódio. Contém, no de potássio e 10 mL de ácido acético 6 M. Tampar, agitar
mínimo, 2,0% (p/v) e, no máximo, 3,0% (p/v) de NaClO, e deixar em repouso, ao abrigo da luz, por 15 minutos.
equivalente a, no mínimo, 1,9% (p/v) e, no máximo, 2,9% Lavar as paredes do frasco com poucos mililitros de água
(p/v) de cloro ativo. e titular o iodo formado com tiossulfato de sódio 0,1 M
SV. Adicionar 1 mL de amido SR quando a coloração da
solução se tornar amarelo esverdeada. Continuar a titulação
IDENTIFICAÇÃO até desaparecimento da cor azul. Cada mL de tiossulfato de
A. Misturar 5 mL da amostra com 1 mL de iodeto sódio 0,1 M SV equivale a 3,723 mg de NaClO e a 3,545
de potássio a 15% (p/v). Desenvolve-se rapidamente mg de cloro ativo.
coloração alaranjada que logo desaparece. Adicionar, em
seguida, cinco gotas de ácido clorídrico 2 M e gotas de EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
amido SR. A solução adquire cor azul.
Em recipientes bem fechados e opacos, preferencialmente
B. Misturar 1 mL da amostra com 50 mg de fenolftaleína. em temperatura abaixo de 25 °C.
O líquido torna-se avermelhado.
1044 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
h
costelas laterais, com tricomas iguais aos da lâmina com floema expressivo, com ou sem fibras. Gotas de óleo
ocorrem no clorênquima, no parênquima cortical e na
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA endoderme.
ha
volume.
Óleo volátil
Adulteração: Mentha crispa L. apresenta tricomas
glandulares com cabeça de doze células e tricomas tectores Proceder conforme descrito em Determinação de óleos
de paredes finas e de uma a seis células. voláteis em drogas vegetais (5.4.2.7). Utilizar balão de 500
mL contendo 200 mL de água como líquido de destilação.
Adicionar 0,5 mL de xileno pela abertura k. Utilizar planta
IDENTIFICAÇÃO seca rasurada. Proceder imediatamente à determinação do
óleo volátil, a partir de 20 g da droga. Destilar por 4 horas.
Proceder conforme descrito em Cromatografia em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
com espessura de 250 µm, como fase estacionária e EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
tolueno e acetato de etila (95:5) como fase móvel. Aplicar,
Em recipientes de vidro bem fechados, ao abrigo da luz e
calor.
1046 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
h
Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos em Mentha piperita L.
______________
A – aspecto geral de um ramo: caule (c); lâmina foliar (lf). B – vista da face adaxial de uma folha: lâmina foliar (lf); pecíolo (pl). C – vista da face abaxial
de uma folha: lâmina foliar (lf); pecíolo (pl). D – detalhe de uma porção da face adaxial da epiderme da lâmina foliar, na região intercostal, em vista
frontal: estômato (es); tricoma glandular com cabeça unicelular (tgu). E – detalhe de uma porção da face abaxial da epiderme da lâmina foliar, na região
intercostal, em vista frontal: estômato (es); tricoma glandular com cabeça octacelular (tgo); tricoma glandular com cabeça unicelular (tgu). F – detalhe
de uma porção da face adaxial da epiderme da lâmina foliar, sobre a nervura principal, em vista frontal: cicatriz do tricoma tector (ct); tricoma glandular
com cabeça unicelular (tgu). G – detalhe de uma porção da face abaxial da epiderme da lâmina foliar, sobre a nervura principal, em vista frontal: cicatriz
do tricoma tector (ct); tricoma glandular com cabeça octacelular (tgo); tricoma glandular com cabeça unicelular (tgu); tricoma tector (tt). H – tricomas:
detalhe de um tricoma tector pluricelular unisseriado, com coroa de células basais, em vista lateral (a); detalhe de um tricoma tector pluricelular
unisseriado, com a base bisseriada, em vista lateral (b); detalhe de um tricoma tector tetracelular unisseriado, em vista lateral (c); detalhe de um tricoma
tector bicelular unisseriado, em vista lateral (d); detalhe de tricoma glandular de cabeça arredondada e pedicelo unicelular, em vista lateral (e); detalhe de
tricomas glandulares de cabeça unicelular elíptica, pedicelo unicelular ou bicelular e unisseriado, em vista lateral (f); detalhe de tricoma glandular, com
cabeça secretora octacelular, em vista lateral (g); detalhe de tricoma glandular de cabeça unicelular, pedicelo tricelular e unisseriado, em vista lateral (h).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1047
ha
Complemento da legenda da Figura 2. As escalas correspondem em A a 400 µm; em B, C e E a 100µm; em D a 1000 µm.
A – representação esquemática do aspecto geral da região da nervura principal e de porção da região intercostal, em secção transversal: face abaxial (ab);
face adaxial (ad); parênquima esponjoso (pj); tricoma tector (tt); colênquima (co); parênquima paliçádico (pp); parênquima do xilema (px); endoderme
(end); epiderme (ep); xilema (x); floema (f); parênquima fundamental (pf). B – detalhe da região da nervura principal e de porção da região intercostal,
em secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial (ad); parênquima paliçádico (pp); tricomas glandulares com cabeça unicelular (tgu); parênquima
esponjoso (pj); floema (f); xilema (x); tricoma tector (tt); estômato (es); parênquima do xilema (px); parênquima fundamental (pf); endoderme (end);
1048 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
colênquima (co); epiderme (ep); cutícula (cu); grão de amido (ga). C – detalhe da lâmina foliar na região intercostal, em secção transversal: face
abaxial (ab); face adaxial (ad); tricomas glandulares com cabeça unicelular (tgu); parênquima paliçádico (pp); epiderme (ep); cutícula (cu); estômato
(es); parênquima esponjoso (pj); tricoma glandular com cabeça octacelular (tgo). D – representação esquemática do aspecto geral do pecíolo, em
secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial (ad); floema (f); xilema (x); epiderme (ep); endoderme (end); colênquima (co); feixe vascular (fv);
clorênquima (cl); parênquima fundamental (pf). E – detalhe de porção do pecíolo, em secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial (ad); tricomas
glandulares com cabeça unicelular (tgu); colênquima (co); epiderme (ep); cutícula (cu); clorênquima (cl); parênquima fundamental (pf); grão de amido
(ga); floema (f); xilema (x); parênquima do xilema (px); endoderme (end).
h
expressão:
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Observar sob luz ultravioleta (254 nm). As
quatro manchas principais obtidas com a Solução (1),
na parte superior do cromatograma, correspondem em em que
posição, cor e atenuação de fluorescência àquelas obtidas
n = número de átomos de carbono do alcano com tempo de
com a Solução (2). Em seguida, nebulizar a placa com
retenção imediatamente anterior ao constituinte “x” a ser
anisaldeído SR e deixar em estufa entre 100 °C e 105 °C,
caracterizado;
durante 5 a 10 minutos. Examinar imediatamente à luz
visível. As manchas principais correspondem a acetato de trx = tempo de retenção do constituinte “x” (intermediário
mentila (com Rf de aproximadamente 0,81 e coloração a trz e trz+1);
azul-violeta), timol (com Rf de aproximadamente 0,65 e trz = tempo de retenção do alcano imediatamente anterior
coloração rósea), 1,8-cineol (com Rf de aproximadamente ao constituinte “x”;
0,60 e coloração de azul a violeta-castanho) e mentol (com trz+1 = tempo de retenção do alcano com “n +1” carbonos
Rf de aproximadamente 0,55 e coloração de azul a violeta). (imediatamente posterior ao constituinte “x”).
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes de vidro, hermeticamente fechados, ao abrigo da luz, oxigênio e calor.
ha
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1051
ia
mesmos comprimentos de onda da solução similar de IBUPROFENO COMPRIMIDOS
ibuprofeno SQR. As respectivas absorvâncias, calculadas
em relação à substância anidra, nos comprimidos de onda
de 264 e 273 nm, não diferem mais que 3%. Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
quantidade declarada de C13H18O2.
ENSAIOS DE PUREZA
IDENTIFICAÇÃO
Aspecto da solução. A solução a 10% (p/v) em etanol é
límpida (5.2.25). A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Misturar quantidade
de pó equivalente a 0,5 g de ibuprofeno com 20 mL de
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em acetona, agitar, filtrar e evaporar o filtrado até secura em
Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando corrente de ar, sem aquecimento. O espectro de absorção
sílica-gel G como suporte, e mistura de n-hexano, acetato no infravermelho (5.2.14) do resíduo obtido, disperso
de etila e ácido acético glacial (15:5:1), como fase móvel. em brometo de potássio, apresenta máximos de absorção
somente nos mesmos comprimentos de onda e com as
1052 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
mesmas intensidades relativas daqueles observadas no solução aquosa de cloreto férrico a 5% (p/v). Nenhuma
espectro de ibuprofeno SQR, preparado de maneira mancha secundária obtida no cromatograma com a Solução
idêntica. (1) é mais intensa que mancha obtida com a Solução (2)
(1%).
B. Recristalizar o resíduo obtido no teste A. de Identificação
com éter de petróleo. A temperatura de fusão (5.2.2) do Água (5.2.20.1). No máximo 5,0%.
resíduo é de 75 °C.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade
de pó equivalente a 0,5 g de ibuprofeno com 20 mL de
clorofórmio. Filtrar em funil de vidro sinterizado e lavar
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) o resíduo obtido com 50 mL de etanol, previamente
neutralizado com hidróxido de sódio 0,1 M SV, utilizando
Meio de dissolução: tampão fosfato pH 7,2, 900 mL
fenolftaleína SI como indicador.Titular com hidróxido
Aparelhagem: cestas, 150 rpm de sódio 0,1 M SV até viragem para rosa. Cada mL de
hidróxido de sódio 0,1 M SV equivale a 20,628 mg de
Tempo: 30 minutos C13H18O2..
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
dissolução e diluir, se necessário, com tampão fosfato pH de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
7,2, até concentração adequada. Medir as absorvâncias em de detector ultravioleta a 264 nm; coluna de 150 mm de
221 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para ajuste comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
do zero. Calcular a quantidade de C13H18O2 dissolvida no com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
meio, comparando as leituras obtidas com a da solução μm); fluxo de Fase móvel de 1,2 mL/minuto.
de ibuprofeno SQR na concentração de 0,002% (p/v),
preparada no mesmo solvente. Fase móvel: mistura de ácido fosfórico, água e metanol
(3:247:750).
Tolerância: não menos que 60% (Q) da quantidade
declarada de C13H18O2 se dissolvem em 30 minutos. Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
Transferir quantidade do pó equivalente a 100 mg de
ibuprofeno para balão volumétrico de 100 mL, adicionar
ENSAIOS DE PUREZA 70 mL de Fase móvel, agitar por 30 minutos, completar o
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em volume com a Fase móvel e homogeneizar. Centrifugar uma
Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando porção da suspensão obtida e usar o líquido sobrenadante.
sílica-gel como suporte, e uma mistura de n-hexano, Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
acetato de etila e ácido acético glacial (15:5:1), como de ibuprofeno SQR na Fase móvel de modo a obter solução
fase móvel. Aplicar separadamente 5 μL de cada uma das a 1 mg/mL.
i
soluções descritas seguir.
Injetar replicatas de 20 µL das Solução padrão. O fator de
Solução (1): agitar quantidade de pó equivalente a 0,2 g de cauda não é maior que 2,0 e o desvio padrão relativo das
ibuprofeno com 10 mL de clorofórmio, filtrar e reservar o áreas de replicatas dos picos registrados é maior que 2,0%.
filtrado. Repetir o procedimento com mais duas porções de
10 mL de clorofórmio e reunir os extratos clorofórmicos. Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL das Soluções
Evaporar o filtrado até cerca de 1 mL e adicionar quantidade padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
suficiente de clorofórmio para 2 mL. áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C13H18O2 nos
comprimidos a partir das respostas obtidas com as Soluções
Solução (2): diluir um volume da Solução (1) para 100 padrão e amostra.
volumes com clorofórmio.
ROTULAGEM ROTULAGEM
Observar a legislação vigente. Observar a legislação vigente. Ver a monografia
Imunoglobulina Humana Normal. No rótulo indica-se o
número de Unidades Internacionais por recipiente.
IMUNOGLOBULINA HUMANA CONTRA
O ANTÍGENO D
Immunoglobulinum Humanum anti-D IMUNOGLOBULINA HUMANA CONTRA
A HEPATITE A
Immunoglobulinum Humanum Hepatitidis A
A imunoglobulina humana contra o antígeno D é uma
preparação estéril, líquida ou liofilizada contendo
imunoglobulinas, principalmente a imunoglobulina G. A imunoglobulina humana contra a hepatite A é uma
A preparação é destinada a ser administrada por via preparação estéril, líquida ou liofilizada contendo
intramuscular. É obtida a partir do plasma proveniente imunoglobulinas, principalmente a imunoglobulina G.
de doadores D-negativos, contendo títulos elevados de A preparação é destinada a ser administrada por via
imunoglobulinas contra o antígeno D específico e pequenas intramuscular. É obtida a partir do plasma proveniente de
quantidades de anticorpos contra outros grupos sanguíneos. doadores selecionados contendo anticorpos contra o vírus
Pode ser adicionada a ela imunoglobulina humana normal. da hepatite A. Pode ser adicionada a ela a imunoglobulina
A imunoglobulina humana anti-D satisfaz às exigências humana normal.
estabelecidas na monografia Imunoglobulina Humana
Normal, exceto no que se refere ao número mínimo de A imunoglobulina humana contra o vírus da hepatite
doadores e ao teor mínimo em proteínas totais. A satisfaz às exigências estabelecidas na monografia
Imunoglobulina Humana Normal, exceto no que se refere
Estabilidade. Para a preparação líquida, realizar ensaio ao número mínimo de doadores e ao teor mínimo em
de degradação acelerada, realizado por aquecimento a 37 proteínas totais.
°C durante quatro semanas no produto final; a perda de
atividade anti-D não é superior a 20% do valor inicial.
DOSEAMENTO
Para limitar a carga viral do vírus B19 em pools de plasma
A atividade da imunoglobulina humana contra a
utilizados por fabricantes da imunoglobulina anti D, o
hepatite A é avaliada por comparação com a atividade
pool de plasma é testado quanto à presença do vírus B19
de uma preparação de referência aferida em unidades
mediante o emprego de técnicas de amplificação de ácidos
internacionais, por meio de um ensaio com sensibilidade e
nucleicos devidamente validadas. No máximo 10 UI por
especificidade apropriadas (Proceder conforme descrito em
microlitro.
Métodos imunoquímicos (5.6)). A Unidade Internacional
Um controle positivo com 10 UI do DNA do vírus B19 corresponde à atividade de uma determinada quantidade da
por microlitro e um controle interno preparado por meio preparação de referência internacional da imunoglobulina
da adição de um marcador apropriado a uma amostra do humana contra a hepatite A. A correspondência entre
pool de plasma a ser usado no teste. O teste é inválido se o a Unidade Internacional e a preparação de referência
controle positivo for não reagente ou se o resultado obtido internacional é indicada pela Organização Mundial de
com o controle interno indicar a presença de inibidores. Saúde.
Se for adicionada à preparação imunoglobulina humana A atividade indicada não é inferior a 600 UI por mililitro e
e ou solução de albumina humana o pool de plasma ou nem inferior à atividade indicada. Os limites de confiança
pools de origem devem cumprir os requisitos apresentados (P = 0,95) da atividade determinada não são inferiores a
anteriormente para o DNA de vírus B19. 80%, nem superiores a 125%.
ia
DOSEAMENTO EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
i
A imunoglobulina humana contra a raiva é uma preparação
IMUNOGLOBULINA HUMANA estéril, líquida ou liofilizada contendo imunoglobulinas,
CONTRA A HEPATITE B PARA USO principalmente a imunoglobulina G. A preparação é
INTRAVENOSO destinada a ser administrada por via intramuscular. É obtida
Immunoglobulinum Humanum Hepatitidis B ad a partir do plasma proveniente de doadores portadores de
Usum Intravenosum anticorpos específicos contra a raiva. Pode ser adicionada
a ela a imunoglobulina humana normal. A imunoglobulina
humana contra a raiva satisfaz às exigências estabelecidas
A imunoglobulina humana contra a hepatite B para na monografia Imunoglobulina Humanas Normal exceto
uso intravenoso é uma preparação estéril, líquida ou no que se refere ao número mínimo de doadores e ao teor
liofilizada contendo imunoglobulinas, principalmente a mínimo em proteínas totais.
imunoglobulina G. É obtida a partir do plasma proveniente
de doadores portadores de anticorpos específicos contra o
antígeno de superfície da hepatite B. Pode ser adicionada
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1055
Utilizar uma cepa de vírus fixa multiplicada em células Lavar as câmaras monocelulares com tampão fosfato-
sensíveis, por exemplo, a cepa CVS adaptada à cultura na salina de pH 7,4, e depois com uma mistura de 20 volumes
linha celular BHK 21 (suspensão-mãe do vírus). Titular a de água e 80 volumes de acetona e fixe durante 3 minutos
suspensão-mãe do vírus do seguinte modo: com uma mistura de 20 volumes de água e 80 volumes
de acetona a -20 °C. Espalhar nas lâminas o conjugado
Preparar uma série de diluições da suspensão do vírus. Em fluorescente de soro anti-rábico pronto a ser utilizado.
placas com câmaras para culturas celulares (8 câmaras por
placa), distribuir 0,1 mL de cada diluição. Adicionar 0,1 Deixar em repouso durante 30 minutos a 37 °C numa
mL do meio de cultura e 0,2 mL da suspensão de células. atmosfera com uma umidade muito elevada. Lavar com
Incubar a 37 °C em atmosfera de dióxido de carbono, tampão fosfato-salina de pH 7,4 e secar. Examinar 20
durante 24 horas. Fixar, core por imunofluorescência e campos de cada câmara com uma ampliação de 250
realizar os cálculos segundo as indicações descritas a vezes com um microscópio equipado para leitura com
seguir. Determinar o título da suspensão-mãe do vírus e fluorescência. Registrar o número de campos contendo,
preparar uma diluição de trabalho do vírus correspondente no mínimo, uma célula fluorescente. Verificar a dose
a 100 DICC50 por 0,1 mL. do vírus de prova utilizado na placa para a titulação do
vírus e determinar a diluição da preparação de referência
Em cada ensaio verificar a quantidade do vírus realizando e da amostra que reduz de 50% o número de campos
uma titulação controle: a partir da diluição correspondente fluorescentes realizando os cálculos para o conjunto
a 100 DICC50 por 0,1 mL, realizar três diluições sucessivas das duas ou três diluições, por meio de uma análise de
ia
de razão 10. Distribuir respectivamente 0,1 mL de cada probabilidade iterativa. O ensaio só é válido quando a
diluição em quatro câmaras contendo 0,1 mL do meio análise estatística demonstrar uma inclinação significativa
de cultura e acrescentar 0,2 mL da suspensão de células. da curva dose/efeito e não revelar desvio da linearidade ou
O ensaio só é válido se o título se situar entre 30 e 300 do paralelismo.
DICC50.
A atividade indicada é, no mínimo, de 150 UI por mililitro.
Diluir a preparação de referência com meio de cultura
não suplementar até à concentração de 2 UI por mililitro A atividade determinada não é inferior, nem superior a 2
(diluição-mãe de referência e conservar a uma temperatura vezes à atividade indicada. Os limites de confiança (P =
inferior a -80 °C). Preparar duas pré-diluições apropriadas 0,95) da atividade determinada não são inferiores a 80%,
(1/8 e 1/10) da diluição-mãe de referência de modo que a nem superiores a 125%.
diluição da preparação de referência que reduz de 50% o
número de campos fluorescentes na placa de cultura celular
se encontre entre as quatro diluições. Adicionar 0,1 mL de
meio a cada câmara, exceto na 1ª de cada uma de duas filas
1056 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
i
Soro fetal de vitela Observar a legislação vigente. Ver a monografia de
(aquecido durante 30 minutos a 56 °C) 10% Imunoglobulina Humana Normal. No rótulo indica-se o
Caldo triptose fosfato 10% número de Unidades Internacionais por mililitro.
Benzilpenicilina sódica 60 mg/L
Estreptomicina 0,1 g/L
ia
Ver a monografia Imunoglobulina Humana Normal. Preparação da toxina de teste. Preparar a toxina de teste
por um método apropriado a partir do filtrado estéril de
uma cultura de C. tetani em meio líquido. Os dois métodos
ROTULAGEM a seguir referidos são dados a título de exemplo, mas
qualquer outro método apropriado pode ser utilizado.
Ver a monografia Imunoglobulina Humana Normal. No
rótulo indica-se o número de Unidades Internacionais por (1) Ao filtrado de uma cultura de cerca de nove dias,
recipiente. adicionar 1 a 2 volumes de glicerina e conservar a mistura
no estado líquido a uma temperatura ligeiramente inferior
a 0 °C.
pentóxido de fósforo, pulverizá-lo e conservá-lo seco em maiores volumes dessa solução não apresentarem sintomas
ampolas fechadas sob vácuo em presença de pentóxido de de paralisia.
fósforo.
Determinação da atividade da imunoglobulina humana
Determinação da dose da toxina de teste (dose Lp/10). contra o tétano
Preparar uma solução da preparação de referência em
líquido apropriado de modo que contenha 0,5 UI de A atividade da imunoglobulina humana contra o tétano
antitoxina por mililitro. Se a toxina for conservada no é avaliada por comparação do título de anticorpos da
estado seco, reconstituir usando um líquido apropriado. amostra e o de uma preparação de referência, aferida em
Preparar uma série de misturas da solução da preparação unidades internacionais, com o auxílio de um ensaio de
de referência e da amostra de modo que cada uma contenha imunodoseamento com sensibilidade e especificidade
2 mL da solução da preparação de referência e uma apropriadas (Métodos imunoquímicos). A imunoglobulina
quantidade variável da amostra. Completar cada mistura humana contra o tétano é aferida em unidades internacionais
com o mesmo volume final de 5 mL utilizando um líquido por comparação com o padrão internacional. A atividade
apropriado. Deixar em repouso e ao abrigo da luz, durante indicada não é inferior a 100 UI de antitoxina tetânica por
60 minutos. Utilizar um grupo de seis camundongos para mililitro. A atividade determinada não é inferior à atividade
cada mistura. Injetar a cada um deles, por via subcutânea, indicada. Os limites de confiança (P = 0,95) da atividade
0,5 mL da mistura atribuída ao seu grupo. Manter os determinada não são inferiores a 80%, nem superiores a
camundongos em observação durante 96 horas. Os que 125%.
forem atingidos por paralisia podem ser sacrificados. A
dose de teste da toxina corresponde à quantidade presente EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
em 0,5 mL da mistura contendo a menor quantidade de
toxina que provoca, durante o período de observação, a Ver a monografia Imunoglobulina Humana Normal.
paralisia nos 6 camundongos aos quais foi administrada,
apesar da neutralização parcial devido a preparação de
ROTULAGEM
referência.
Observar a legislação vigente. Ver a monografia
Determinação da atividade da imunoglobulina
Imunoglobulina Humana Normal. O rótulo deve indicar o
Preparar uma solução da preparação de referência em número de unidades internacionais contido no frasco.
líquido apropriado de modo que contenha 0,5 UI de
antitoxina por mililitro. Preparar uma solução da toxina de
teste em líquido apropriado de modo que contenha 5 doses/ IMUNOGLOBULINA HUMANA CONTRA
mL. Preparar uma série de misturas da solução da toxina de A VARICELA
prova e da amostra de modo que contenham cada uma 2 mL Immunoglobulinum Humanum Varicellae
da solução da toxina de prova e uma quantidade variável
da amostra. Completar cada mistura com o mesmo volume
final de 5 mL com líquido apropriado. Preparar uma segunda A imunoglobulina humana contra a varicela é uma
série de misturas da solução da toxina de teste e da solução preparação estéril, líquida ou liofilizada contendo
da preparação de referência de modo que contenha cada imunoglobulinas, principalmente a imunoglobulina G.
uma 2 mL da solução da toxina de teste e uma quantidade A preparação é destinada a ser administrada por via
variável da preparação de referência. Nessa segunda série, intramuscular. É obtida a partir do plasma contendo
a diluição média da preparação de referência corresponde anticorpos específicos contra o Herpesvírus varicellae.
à mistura que contém 1 UI de antitoxina (2 mL da solução Pode ser adicionada de imunoglobulina humana normal.
da preparação de referência). Completar cada mistura com A imunoglobulina humana contra varicela satisfaz às
o mesmo volume final de 5 mL, utilizando um líquido exigências estabelecidas na monografia Imunoglobulina
apropriado. Deixar em repouso as misturas das duas séries Humana Normal, exceto no que se refere ao número
ao abrigo da luz, durante 60 minutos. Utilizar um grupo mínimo de doadores, ao teor mínimo em proteínas totais
e, nos casos autorizados, ao ensaio dos anticorpos contra o
i
de seis camundongos para cada mistura. Injetar a cada um
deles por via subcutânea, 0,5 mL da mistura atribuída ao antígeno de superfície da hepatite B.
seu grupo. Manter os camundongos em observação durante
96 horas. Os que forem atingidos por paralisia podem ser DOSEAMENTO
sacrificados. A mistura contendo a quantidade máxima de
imunoglobulina que não protege nenhum camundongo A atividade da imunoglobulina humana contra a varicela é
da paralisia corresponde a 1 UI. Essa quantidade serve avaliada por comparação com a atividade de uma preparação
para calcular a atividade da imunoglobulina em unidades de referência aferida em Unidades Internacionais, por meio
internacionais por mililitro. de um ensaio com sensibilidade e especificidade apropriadas
(Proceder conforme descrito em Métodos imunoquímicos
O ensaio só é válido se todos os camundongos inoculados (5.6)). A Unidade Internacional corresponde à atividade de
com a mistura contendo, até, 2 mL da solução da preparação uma determinada quantidade da preparação de referência
de referência forem atingidos por paralisia e se todos internacional da imunoglobulina humana contra a varicela.
os camundongos inoculados com as misturas contendo A correspondência entre a Unidade Internacional e a
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1059
ROTULAGEM
IMUNOGLOBULINA HUMANA NORMAL
Observar a legislação vigente. Ver a monografia de Immunoglobulinum Humanum Normale
Imunoglobulina Humana Normal. No rótulo indica-se o
número de Unidades Internacionais por mililitro.
Imunoglobulina humana normal é uma preparação
estéril, líquida ou liofilizada, contendo principalmente
IMUNOGLOBULINA HUMANA CONTRA IgG. Outras proteínas também podem estar presentes. A
imunoglobulina humana normal contendo anticorpos IgG
A VARICELA PARA USO INTRAVENOSO pode ser administrada via intramuscular ou via subcutânea.
Immunoglobulinum Humanum Varicellae ad A imunoglobulina humana normal é obtida do plasma
Usum Intravenosum humano, o qual cumpre os requisitos da monografia de
Plasma Humano para Fracionamento. Não deve ser
adicionado antibiótico na preparação.
A imunoglobulina humana contra a varicela para
uso intravenoso é uma preparação estéril, líquida ou O método de preparação deve incluir uma ou mais etapas
liofilizada contendo imunoglobulinas, principalmente a que demonstrem remover ou inativar agentes infecciosos
imunoglobulina G. É obtida a partir do plasma contendo conhecidos. Se substâncias são usadas para inativação
anticorpos específicos contra o herpes vírus humano viral, deverá demonstrar que não há nenhum resíduo
3 (vírus da varicela-zoster 1). Pode ser adicionada de na preparação final que apresente efeitos adversos nos
imunoglobulina humana normal para administração por via pacientes tratados com a imunoglobulina. É necessário
endovenosa. A imunoglobulina humana contra a varicela demonstrar, por meio de testes adequados em animais e
para uso intravenoso satisfaz às exigências estabelecidas avaliação durante os ensaios clínicos, que o produto é bem
na monografia Imunoglobulina Humana Normal para tolerado quando administrado por via intramuscular, ou
Administração por Via Intravenosa exceto no que se subcutânea. A imunoglobulina humana normal é preparada
refere ao número mínimo de doadores, ao teor mínimo em com pool de plasma de no mínimo 1000 doadores, por um
proteínas totais e ao limite de osmolalidade. método conhecido que proporciona um produto final estéril
e com concentração de proteínas de 160 g/L, contendo
DOSEAMENTO anticorpos de, no mínimo, dois agentes (dos quais um viral
e um bacteriano) disponíveis na Preparação de Referencia,
A atividade da imunoglobulina humana contra a varicela ou Padrão Internacional. A concentração de cada anticorpo
para uso intravenoso é avaliada por comparação do título de deve ser, no mínimo, dez vezes maior que no pool de
anticorpos da amostra com a atividade de uma preparação plasma inicial.
de referência aferida em Unidades Internacionais, por
meio de um imunodoseamento com sensibilidade e Se a imunoglobulina humana normal for preparada para
especificidade apropriadas (Proceder conforme descrito em a administração subcutânea, o método de produção deve
ia
Métodos imunoquímicos (5.6)). A Unidade Internacional ser adequado para um rendimento consistente do produto
corresponde à atividade de uma determinada quantidade da que cumpre com o teste de função Fc da imunoglobulina.
preparação de referência internacional da imunoglobulina A imunoglobulina humana normal é preparada como
humana contra a varicela. A correspondência entre a uma solução estabilizada, por exemplo, em uma solução
Unidade Internacional e a preparação de referência de cloreto de sódio a 0,9% (p/v); em solução de glicina
internacional é indicada pela Organização Mundial de 2,25% (p/v); ou, se a preparação é liofilizada, em solução
Saúde. de glicina 6% (p/v). Preparações multidoses devem conter
um agente antimicrobiano. Preparações dose única não
A atividade indicada não é inferior a 25 UI por mililitro. A devem conter agentes antimicrobianos. No produto final a
atividade determinada não é inferior à atividade indicada. quantidade de agentes antimicrobianos ou estabilizadores
Os limites de confiança (P = 0,95) da atividade determinada usados não deve apresentar efeitos nocivos à saúde. A
não são inferiores a 80%, nem superiores a 125%. substância deve ser filtrada através de filtro de retenção
das bactérias (filtração esterilizante). A preparação pode
subsequentemente ser liofilizada e os frascos vedados sob
vácuo, ou um gás inerte.
1060 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
A estabilidade da preparação deve ser demonstrada, por Solução de referência: reconstituir um padrão de referência
meio de testes adequados, durante o desenvolvimento do para eletroforese de imunoglobulina humana e diluir com
estudo de estabilidade. solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) até a concentração
de 5% (p/v) em proteínas.
IDENTIFICAÇÃO Adequabilidade do sistema: no eletroforetograma obtido
com a Solução de referência, em gel de acetato de celulose
A. Realizar na amostra ensaios de precipitação com uma
ou de agarose, a proporção de proteínas na banda principal
gama apropriada de soros específicos de diferentes espécies
está de acordo com os limites estabelecidos na bula que
de animais domésticos. É recomendável que o ensaio seja
acompanha a preparação de referência.
realizado com soros específicos das proteínas plasmáticas
de cada espécie de animal doméstico correntemente Procedimento: aplicar na tira 2,5 µL da Solução amostra ou
utilizado para a preparação de produtos de origem 0,25 µL por mililitro se for utilizada uma tira mais estreita.
biológica. A imunoglobulina humana normal contém Para outras tiras, aplicar da mesma maneira o mesmo
proteínas de origem humana e dá resultados negativos com volume da Solução de referência. Aplicar um campo
os soros específicos das proteínas plasmáticas de outras elétrico adequado de forma que a banda de albumina do
espécies. soro humano, aplicada na tira controle, migre, no mínimo,
30 mm. Corar a tira com negro de amido 10B SR por 5
B. Realizar na amostra um ensaio de imunoeletroforese
minutos. Descolorar com uma mistura de ácido acético
segundo técnica apropriada. Usando um antissoro humano
glacial e metanol (10:90) de forma que o fundo esteja livre
normal, comparar o soro humano normal com a amostra
de coloração. Desenvolver a transparência das tiras com
diluída de modo a conter 10 g/L de proteínas. O componente
uma mistura de ácido acético glacial e metanol (19:81).
principal da amostra corresponde ao componente IgG do
Medir a absorvância da banda em instrumentos de resposta
soro humano normal, podendo existir outras proteínas
linear e comprimento de onde 600 nm. Calcular o resultado
plasmáticas em pequenas quantidades. Se a albumina
como a média de três medidas de cada banda.
humana foi adicionada como estabilizante, pode ser visto
como um composto importante. A mobilidade da proteína não é maior que 10% da banda
proteica principal.
CARACTERÍSTICAS Distribuição do tamanho molecular. Proceder conforme
Aspecto. A preparação líquida é clara ou amarelo pálido descrito em Cromatografia a líquido de alta eficiência
ou ligeiramente marrom durante a estocagem, podendo (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido de detector
apresentar uma leve turbidez ou uma pequena quantidade ultravioleta a 280 nm; coluna de 600 mm de comprimento e
de formação de partículas. A preparação liofilizada é um 7,5 mm de diâmetro interno ou de 300 mm de comprimento
pó ou sólido de massa friável, branco ou ligeiramente e 7,8 mm de diâmetro interno, empacotada com sílica-gel
amarelado. Para a preparação liofilizada, a reconstituição hidrofílica (de um grau adequado para fracionamento de
deve ser de acordo com a rotulagem, imediatamente antes proteínas globulares com massa molecular relativa entre
da Identificação e outros testes, exceto para Solubilidade 10 000 e 500 000); fluxo da Fase móvel de 0,5 mL/minuto.
e Água. Fase móvel: dissolver 4,873 g de fosfato de sódio dibásico
pH (5.2.19). 5,0 a 7,2. Diluir a preparação a ser examinada di-hidratado, 1,741 g de fosfato de sódio monobásico
em uma solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) a uma monoidratado, 11,688 g de cloreto de sódio e 50 mg de
concentração de proteínas de 1% (p/v). azida sódica em 1000 mL de água.
Osmolalidade (5.2.28). Não é inferior a 240 mosmol/kg. Solução amostra: diluir a amostra com solução de cloreto
de sódio a 0,9% (p/v) até concentração apropriada ao
Solubilidade. Para a preparação liofilizada, adicionar o sistema cromatográfico utilizado. A faixa de concentração
volume do diluente de acordo com o rótulo. A preparação de 4 g/L a 12 g/L e a injeção de 50 µg a 600 µg de proteínas
dissolve completamente dentro de 20 minutos à temperatura é normalmente adequada.
i
de 20 °C a 25 °C.
Solução padrão: diluir o padrão de imunoglobulina humana
Composição proteica. Proceder conforme descrito em com solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) até obter uma
Eletroforese (5.2.22), utilizar a técnica Eletroforese de concentração em proteínas igual à da Solução amostra.
zona. Utilizar tiras adequadas de gel de acetato de celulose
ou de agarose, como meio suporte, e tampão barbital pH No cromatograma obtido com a Solução padrão, o pico
8,6 como solução eletrolítica. Se o acetato de celulose principal corresponde ao monômero de IgG e há um pico
é o material suporte, utilizar o método descrito a seguir. correspondente ao dímero com retenção relativa do pico
Se é o gel de agarose, e porque ele é normalmente parte principal de 0,85. Identificar os picos no cromatograma
do sistema automático, utilizar o manual de instrução do obtido com a Solução amostra por comparação com o
fabricante. cromatograma da Solução padrão; nenhum pico com o
tempo de retenção menor que o do dímero corresponde
Solução da amostra: diluir a amostra com solução de aos polímeros e agregados. A preparação a ser examinada
cloreto de sódio a 0,9% (p/v) até uma concentração de 50 cumpre com o teste se no cromatograma obtido com a
g/L em proteínas. Solução amostra atender os seguintes itens:
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1061
• o tempo de retenção relativa, em relação ao pico declarada não é menor que 100 UI/mL. A potência estimada
correspondente do cromatograma obtido com a Solução não é menor que a potência declarada. O intervalo de
padrão, for de 1 ± 0,02 para o monômero e o dímero; confiança (P = 0,95) da potência estimada não é menor que
• área sob o pico: a soma das área sob os picos do 80% e nem maior que 125%.
monômero e dímero representa não menos que 85% da
Hemaglutininas anti-A e anti-B
área total do cromatograma e a soma das área sob os
picos dos polímeros e agregados representa não mais Realizar o teste se a imunoglobulina humana normal é
que 10% da área total do cromatograma. Essa exigência para a preparação subcutânea. Proceder conforme descrito
não se aplica às preparações a que se adicionou em Determinação de títulos de hemaglutininas Anti-A
albumina como estabilizante; no caso de preparações e Anti-B (5.5.1.9). Diluir a preparação a ser examinada
estabilizadas com albumina, realiza-se um ensaio de na concentração de 30 g/L de imunoglobulina antes da
distribuição do tamanho molecular durante a fabricação preparação da serie de diluições a serem usadas no teste. A
antes da adição do estabilizante. aglutinação é inferior à diluição de 1:64.
Água. Determinada por um método apropriado como Proceder conforme descrito em Determinação de nitrogênio
o Método semimicro (5.2.20.3), a Perda por dessecação pelo método de Kjeldahl (5.3.3.2). Diluir a amostra com
(5.2.9) ou a Espectrofotometria de absorção no solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) até obter uma
infravermelho (5.2.14). Não mais que 2%. concentração de cerca de 15 mg de proteínas em 2 mL. A
um tubo de centrífuga de fundo redondo, adicionar 2 mL
dessa solução, 2 mL de molibdato de sódio a 7,5% (p/v) e 2
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA mL de uma mistura de ácido sulfúrico isento de nitrogênio
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. e água (1:30). Agitar e centrifugar durante 5 minutos. O
líquido sobrenadante deve ser decantado possibilitando
Pirogênios (5.5.2.1). Cumpre o teste. Injetar em cada que o tubo seja enxuto sobre um papel de filtro. Calcular o
coelho, por quilograma de massa corporal, um volume teor em proteínas multiplicando a quantidade de nitrogênio
correspondente a 1 mL de imunoglobulina. por 6,25. O teor em proteínas não é inferior a 100 g/L e
não é superior a 180 g/L. Contém, no mínimo, 90% e, no
máximo, 100% da quantidade indicada no rótulo.
DOSEAMENTO
Anticorpo anti-D EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Se a imunoglobulina normal é para administração Conservar a preparação líquida em recipiente de vidro
subcutânea, deve cumprir com a Determinação incolor, ao abrigo da luz e à temperatura indicada no rótulo.
da imunoglobulina humana anti-D (5.5.1.15) na Conservar a preparação liofilizada em recipiente de vidro
imunoglobulina normal para administração intravenosa. incolor, à pressão reduzida ou sob gás inerte, ao abrigo da
luz e a uma temperatura que não ultrapasse 25 °C.
Anticorpo para o antígeno de superfície da Hepatite B
ia
a preparação de um padrão de referência calibrado em
UI, usando um Método Imunoquímico (5.6) apropriado, • a via de administração;
específico e sensível. • para a preparação liofilizada, o nome ou composição
e o volume do diluente para reconstituição a ser
A Unidade Internacional é a quantidade de atividade do adicionado;
padrão internacional de imunoglobulina anti-hepatite A.
• quando aplicável, que a preparação é adequada para o
O equivalente na Unidade do padrão internacional está
uso na profilaxia da infecção da Hepatite A;
declarado pela Organização Mundial de Saúde.
• quando aplicável, a atividade da imunoglobulina anti-
O padrão de referência da Imunoglobulina Humana contra Hepatite A em UI/mL;
a Hepatite A é calibrado em unidades internacionais em • nas preparações multidose, o nome e a concentração do
comparação com o padrão internacional. A potência agente antimicrobiano.
1062 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
i
A imunoglobulina humana normal para administração imunoglobulina.
por via intravenosa é preparada quer na forma de solução
estabilizada, quer liofilizada. Pode adicionar-se um Solução padrão: reconstituir um padrão de referência
estabilizante. Nos dois casos, a preparação é submetida para eletroforese de imunoglobulina humana e diluir com
a uma filtração esterilizante. Nenhum conservante solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) até a concentração
antimicrobiano é adicionado durante o fracionamento do de 3% (p/v) em proteínas.
plasma e no pool de plasma final. A estabilidade do produto
Aplicar numa tira 4 μL da Solução amostra em spot de
final é demonstrada por ensaios realizados durante os
10 mm ou aplicar 0,4 μL por milímetro se utilizar uma
estudos de desenvolvimento.
tira mais estreita. Numa outra tira aplicar, nas mesmas
condições, o mesmo volume da Solução padrão. Aplicar
IDENTIFICAÇÃO um campo elétrico apropriado de modo que a banda da
albumina do soro humano normal num eletroforetograma
A. Realizar na amostra ensaios de precipitação com uma padrão migre, pelo menos, 30 mm. Tratar as tiras com negro
gama apropriada de soros específicos de diferentes espécies de amido 10B SR durante 5 minutos e com uma mistura
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1063
de 10 volumes de ácido acético glacial com 90 volumes de preparações estabilizadas com albumina, realizar um
de metanol durante o tempo estritamente necessário para ensaio de distribuição do tamanho molecular durante a
obter a descoloração da moldura. Provocar a transparência fabricação antes da adição do estabilizante.
da moldura com uma mistura de 19 volumes de ácido
acético glacial com 81 volumes de metanol. Determinar
ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
a absorvância das bandas em 600 nm com auxílio de um
aparelho que nesse comprimento de onda dê resposta Água. Determinar por um dos métodos: Determinação
linear no intervalo de medida. Realizar três determinações da água pelo método semimicro (5.2.20.3), Perda por
sobre cada tira e calcular a média das leituras em cada dessecação (5.2.9) ou por Espectrofotometria de absorção
tira. No eletroforetograma da amostra, no máximo 5% no infravermelho (5.2.14). No máximo 2,0%.
das proteínas podem ter mobilidade diferente da banda
principal. Esse limite não é aplicável se foi adicionada Ativador da pré-calicreína. Proceder conforme
albumina à preparação como estabilizante; no caso de descrito em Determinação do título do ativador da pré-
preparações estabilizadas com albumina, realiza-se um calicreína (5.5.1.11). No máximo, 35 UI/mL, calculado
ensaio de composição em proteínas durante a produção em relação a uma diluição da amostra contendo 30 g/L de
antes de adicionar o estabilizante. O ensaio só é válido imunoglobulina.
se no eletroforetograma obtido com a Solução padrão, a
proporção de proteínas contidas na banda principal estiver
TESTE DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
compreendida entre os limites indicados na literatura que
acompanha a preparação do padrão de referência. Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
Distribuição do tamanho molecular. Proceder conforme Pirogênios (5.5.2.1). Cumpre o teste. Injetar em cada
descrito em Cromatografia a líquido de alta eficiência coelho, por quilograma de massa corporal, um volume
(5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido de detector correspondente a 1 mL de imunoglobulina.
ultravioleta a 280 nm; coluna de 300 mm de comprimento
e 7,8 mm de diâmetro interno, empacotada com sílica-gel
hidrófila para cromatografia. Fluxo da Fase móvel de 0,5 DOSEAMENTO
mL/minuto. Anticorpos contra o antígeno de superfície da hepatite-B
Fase móvel: dissolver 4,873 g de fosfato de sódio dibásico O teor da amostra em anticorpos contra o antígeno de
di-hidratado, 1,741 g de fosfato de sódio monobásico superfície da hepatite-B, determinado por um Método
monoidratado, 11,688 g de cloreto de sódio e 50 mg de Imunoquímico (5.6) apropriado, não é inferior a 0,5 UI/g
azida sódica em 1000 mL de água. de imunoglobulina.
Solução amostra: diluir quantidade da amostra em solução Atividade anticomplementar
de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) até concentração apropriada
ao sistema cromatográfico utilizado. Geralmente, são Proceder conforme descrito em Determinação da
convenientes uma concentração entre 4 g/L e 12 g/L e a atividade anticomplementar da imunoglobulina (5.5.1.13).
injeção de 500 µg a 600 μg de proteína. A proporção de complemento consumido é de, no máximo,
50,0% (1 CH50 por miligrama de imunoglobulina).
Solução padrão: diluir o padrão de imunoglobulina
humana com solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) até Hemaglutininas anti-A e anti-B
obter uma concentração em proteínas igual à da Solução
amostra. Proceder conforme descrito em Determinação de títulos
de hemaglutininas anti-A e anti-B (5.5.1.9). Realizar os
Injetar a Solução amostra e a Solução padrão. No ensaios das Hemaglutininas anti-A e anti-B. Se a amostra
cromatograma obtido com a Solução padrão, o pico contiver um teor de imunoglobulinas superior a 30 g/L,
principal corresponde ao monômero IgG e aparece um diluir até essa concentração antes de preparar as diluições
pico correspondente ao dímero com um tempo de retenção
ia
para o ensaio. As diluições a 1/64 não apresentam sinais de
em relação ao monômero de cerca de 0,85. Identifique os aglutinação.
picos no cromatograma obtido com a Solução amostra por
comparação com o cromatograma obtido com a Solução Imunoglobulina A
padrão; os picos com tempos de retenções menores que o
Como determinado em Métodos Imunoquímicos (5.6)
do dímero correspondem aos polímeros e aos agregados.
apropriado, o conteúdo de imunoglobulina A não é superior
A amostra satisfaz ao ensaio se no cromatograma obtido
ao indicado no conteúdo do rótulo.
com a Solução amostra o tempo de retenção, em relação
ao pico correspondente do cromatograma obtido com Proteínas totais
a Solução padrão, for de 1 ± 0,02 para o monômero e o
dímero; e se a soma do monômero e do dímero representar, Diluir a amostra com solução de cloreto de sódio a 0,9%
no mínimo, 90,0% da área total do cromatograma e os (p/v) até obter uma concentração de cerca de 15 mg de
polímeros e agregados representarem, no máximo, 3,0% proteínas em 2 mL. Num tubo de centrífuga de fundo
da área total. Essa exigência não se aplica às preparações redondo introduzir 2 mL dessa solução. Adicionar 2 mL
a que se adicionou albumina como estabilizante; no caso de solução de molibdato de sódio a 7,5% (p/v) e 2 mL
1064 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
de uma mistura de 1 volume de ácido sulfúrico isento de Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de
nitrogênio com 30 volumes de água. Agitar, centrifugar C19H16ClNO4, em relação à substância dessecada.
durante 5 minutos. O líquido sobrenadante deve ser
decantado possibilitando que o tubo seja enxuto sobre um
DESCRIÇÃO
papel de filtro. Dosar o nitrogênio no resíduo pelo método
de Determinação de nitrogênio pelo método de Kjeldahl Características físicas. Pó cristalino branco ou amarelo.
(5.3.3.2). Calcular o teor em proteínas multiplicando a Apresenta polimorfismo.
quantidade de nitrogênio por 6,25. O teor em proteínas
não é inferior a 30 g/L e contém, no mínimo, 90,0% e, no Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, pouco solúvel
máximo, 110,0% da quantidade indicada no rótulo. em etanol, clorofórmio e éter etílico.
Constantes físico-químicas.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Faixa de fusão (5.2.2): 158 ºC a 162 ºC.
Conservar a preparação líquida em recipiente de vidro
incolor, ao abrigo da luz e à temperatura indicada no rótulo.
Conservar a preparação liofilizada em recipiente de vidro IDENTIFICAÇÃO
incolor, a pressão reduzida ou sob gás inerte, ao abrigo da Os testes B., C. e D. podem ser omitidos se for realizado
luz e a uma temperatura que não ultrapasse 25 °C. o teste A.
i
verde-acinzentada. Adicionar 3 mL de etanol. A solução
torna-se clara e de coloração rosa-violeta.
ENSAIOS DE PUREZA
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
em Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1),
utilizando suspensão de sílica-gel HF254 em fosfato de
sódio monobásico a 4,68% (p/v) para preparar o suporte
C19H16ClNO4; 357,79 da cromatoplaca, e mistura de éter de petróleo e éter etílico
indometacina; 04889 (30:70), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa,
Ácido 1-(4-clorobenzoil)-5-metoxi-2-metil-1H-indol-3- 10 mL de cada uma das soluções, recentemente preparadas,
acético descritas a seguir.
[53-86-1]
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1065
Solução (1): solução da amostra a 20 mg/mL em metanol. medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C19H16ClNO4
Preparar imediatamente antes do uso. na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
padrão e a Solução amostra.
Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) a 200 mL com metanol,
de modo a obter solução a 0,1 mg/mL.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
a Solução (1), diferente da principal, não é mais intensa ROTULAGEM
que aquela obtida com a Solução (2) (0,5%).
Observar legislação vigente.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar 2 g da amostra e
proceder conforme descrito em Método IV. Preparar a
solução padrão utilizando 4 mL de Solução padrão de CLASSE TERAPÊUTICA
chumbo (10 ppm Pb). No máximo 0,002% (20 ppm).
Anti-inflamatório, analgésico.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra, em estufa a 105 ºC, até peso constante. No
máximo 0,5%. INDOMETACINA CÁPSULAS
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,2%. Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
quantidade declarada de C19H16ClNO4.
DOSEAMENTO
IDENTIFICAÇÃO
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
A. Pesar as cápsulas, remover os conteúdos e pesá-las
A. Dissolver, exatamente, cerca de 0,3 g da amostra em 75 novamente. Homogeneizar o conteúdo das cápsulas.
mL de acetona. Borbulhar nitrogênio livre de dióxido de Misturar quantidade do pó equivalente a 50 mg de
carbono, por 15 minutos. Adicionar 0,1 mL de fenolftaleína indometacina com 10 mL de acetona durante 2 minutos
SI e titular com hidróxido de sódio 0,1 M SV, mantendo e filtrar. Transferir 5 mL do filtrado para erlenmeyer
o fluxo de nitrogênio constante. Titular com hidróxido com tampa, adicionar 20 mL de água e agitar durante 2
de sódio 0,1 M SV até coloração rósea. Realizar minutos até formação de precipitado cristalino. Filtrar
ensaio em branco e fazer correções necessárias. Cada mL e recolher os cristais. Secar os cristais em temperatura
de hidróxido de sódio 0,1 M SV equivale a 35,779 mg de ambiente e dessecar em estufa à vácuo a 100 °C, por 2
C19H16ClNO4. horas. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14)
dos cristais, dispersos em brometo de potássio, apresenta
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 300 mm de
observados no espectro de indometacina SQR, preparado
comprimento e 4,0 mm de diâmetro interno, empacotada
de maneira idêntica.
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
μm); fluxo de Fase móvel de 1,0 mL/minuto. B. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel como
Fase móvel: solução de fosfato de sódio monobásico 0,01
suporte, e mistura de clorofórmio e metanol (4:1), como
M e fosfato de sódio dibásico 0,01 M , preparada utilizando
fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 2 µL de cada
mistura de acetonitrila e água (1:1) como solvente.
uma das soluções, recentemente preparadas, descritas a
Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 0,1 g da seguir.
ia
amostra para balão volumétrico de 100 mL. Dissolver em
Solução (1): pesar as cápsulas, remover os conteúdos
Fase móvel e completar o volume com o mesmo solvente.
e pesá-las novamente. Homogeneizar o conteúdo das
Homogeneizar. Transferir 10 mL dessa solução para balão
cápsulas. Misturar quantidade do pó equivalente a 25 mg de
volumétrico de 100 mL, completar o volume com a Fase
indometacina com 25 mL de metanol, obtendo solução a 1
móvel. Homogeneizar.
mg/mL. Filtrar.
Solução padrão: solução de indometacina SQR a 0,1 mg/
Solução (2): solução a 1 mg/mL de indometacina SQR em
mL em Fase móvel.
metanol.
A eficiência da coluna não é menor que 500 pratos teóricos/
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
coluna. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A
picos registrados não é maior que 1,0%.
mancha principal obtida com a Solução (1) corresponde
Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL da Solução em posição e intensidade àquela obtida com a Solução (2).
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e
1066 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
C. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na Solução (2): transferir 1 mL da Solução (1) para balão
faixa de 300 nm a 350 nm, da solução amostra obtida volumétrico de 200 mL e completar o volume com
no Doseamento, exibe máximo em 320 nm, idêntico ao clorofórmio, obtendo solução a 0,1 mg/mL.
observado no espectro da solução padrão.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
D. Pesar as cápsulas, remover os conteúdos e pesá-las secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
novamente. Homogeneizar o conteúdo das cápsulas. Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
Misturar quantidade do pó equivalente a 25 mg de a Solução (1), diferente da principal, não é mais intensa
indometacina com 2 mL de água e adicionar 2 mL de que aquela obtida com a Solução (2) (0,5%).
hidróxido de sódio 2 M. Desenvolve-se coloração amarelo
clara que enfraquece rapidamente.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
i
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade Observar legislação vigente.
declarada de C19H16ClNO4 se dissolvem em 20 minutos.
mL de água quente e filtrar. Lavar o resíduo com água ácido acético glacial (199:1) para ajuste do zero. Calcular
quente, deixar secar ao ar. Dissolver o resíduo em 5 mL de a quantidade de C19H16ClNO4 nos supositórios a partir das
clorofórmio e evaporar até secura. O espectro de absorção leituras obtidas.
no infravermelho (5.2.14) do resíduo, disperso em brometo
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
DOSEAMENTO
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
intensidades relativas daqueles observados no espectro de Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
indometacina SQR, preparado de maneira idêntica. absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar 10 supositórios,
triturar ou cortar em pequenos pedaços e misturar até
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
obter massa homogênea. Pesar, exatamente, quantidade
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel, como
equivalente a cerca de 0,1 g de indometacina, transferir
suporte, e mistura de clorofórmio e ácido acético glacial
para balão volumétrico de 50 mL com auxílio de 40 mL
(19:1), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa,
de metanol e agitar até completa dispersão. Completar o
10 µL das soluções, recentemente preparadas, descritas a
volume com metanol e filtrar. Transferir 2 mL do filtrado
seguir.
para balão volumétrico de 100 mL e completar o volume
Solução (1): pesar os supositórios, triturar ou cortar em com mistura de tampão fosfato pH 7,2 e metanol (1:1).
pequenos pedaços e misturar até obter massa homogênea. Preparar solução padrão na mesma concentração, utilizando
Transferir quantidade equivalente a 25 mg de indometacina os mesmos solventes. Medir as absorvâncias das soluções
para funil de separação de 125 mL, adicionar 15 mL de água em 318 nm, utilizando mistura de tampão fosfato pH 7,2 e
e 50 mL de éter etílico e agitar até dissolução. Transferir a metanol (1:1) para ajuste do zero. Calcular a quantidade de
camada etérea para balão volumétrico de 200 mL e extrair C19H16ClNO4 nos supositórios a partir das leituras obtidas.
a camada aquosa com mais duas porções de 50 mL de éter Alternativamente, realizar os cálculos considerando A (1%,
etílico. Combinar os extratos etéreos e completar o volume 1 cm) = 193, em 318 nm, em mistura de tampão fosfato pH
com éter etílico. 7,2 e metanol (1:1).
ia
menos que 75% de cada supositório são dissolvidos.
DESCRIÇÃO
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Características físicas. Pó branco ou cristais incolores.
Procedimento para uniformidade de conteúdo. Proceder
Solubilidade. Muito solúvel em água, facilmente solúvel
conforme descrito em Espectrofotometria de absorção
em glicerol e solúvel em etanol.
no ultravioleta (5.2.14). Transferir cada supositório
para balão volumétrico de 100 mL contendo 80 mL de
mistura de metanol e ácido acético glacial (199:1), agitar IDENTIFICAÇÃO
mecanicamente até dissolução do supositório e completar
o volume com o mesmo solvente. Homogeneizar e filtrar. A. A solução a 10% (p/v) em água isenta de dióxido de
Diluir, sucessivamente, com mistura de metanol e ácido carbono responde às reações do íon iodeto (5.3.1.1).
acético glacial (199:1) até concentração de 0,0025%
B. A solução a 10% (p/v) em água isenta de dióxido de
(p/v). Preparar solução padrão na mesma concentração,
carbono responde às reações do íon potássio (5.3.1.1).
utilizando o mesmo solvente. Medir as absorvâncias das
soluções resultantes em 320 nm, utilizando metanol e
1068 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
ENSAIOS DE PUREZA
IODETO DE SÓDIO
Aspecto da solução. A solução utilizada no teste A. de Natrii iodidum
Identificação é límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12).
i
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO ao abrigo da luz, durante 2 minutos. Não se desenvolve
Em recipientes bem fechados. coloração azul.
ia
5 mL com água, adicionar uma gota de ácido clorídrico
IODO e cinco gotas de cloreto de bário SR. Não se observa
Iodum turvação.
em temperatura inferior a 15 °C, até a descoloração da 265 nm, idênticos aos observados no espectro da solução
cor amarelo escura para a cor amarelo pálida. Adicionar padrão.
algumas gotas de amido SI e continuar a titulação até o
desaparecimento da cor azul. Cada mL de tiossulfato de C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
sódio 0,1 M SV equivale a 12,691 mg de I. da Solução amostra, obtida no método C. de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
ENSAIOS DE PUREZA
Em recipientes hermeticamente fechados, protegidos da
luz e do calor. pH (5.2.19). 6,0 a 8,0. Determinar em solução aquosa a
5% (p/v).
Solubilidade: Facilmente solúvel em água, ligeiramente Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
solúvel em etanol, pouco solúvel em clorofórmio, amostra. Dessecar em estufa por 105 oC, por 4 horas. No
praticamente insolúvel em benzeno e éter etílico. máximo 0,5%.
i
Faixa de fusão (5.2.2): 170 °C a 174 °C.
DOSEAMENTO
IDENTIFICAÇÃO
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, previamente dessecada e dispersa em brometo A. Pesar exatamente cerca de 250 mg da amostra.
de potássio, apresenta máximos de absorção somente Transferir para balão volumétrico de 100 mL e completar
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas o volume com água. Transferir volumetricamente 20 mL
intensidades relativas daqueles observados no espectro de desta solução para Erlenmeyer de 250 mL. Adicione 100
isoniazida SQR, preparado de maneira idêntica. mL de água destilada, 20 mL de ácido clorídrico SR, 0,2 g
de brometo de potássio e 0,05 mL de vermelho de metila
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa SI. Titular com bromato de potássio 0,0167 M SV até o
de 200 nm a 350 nm, da solução da amostra obtida no desaparecimento da coloração vermelha do indicador.
método B. de Doseamento, exibe máximos em 212 nm e
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1071
ia
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C6H7N3O Tempo: 45 min
na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
padrão e a Solução amostra. Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
dissolução, filtrar e diluir em ácido clorídrico 0,01 M
até concentração adequada. Medir as absorvâncias das
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO soluções em 265 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente
Em recipientes bem fechados. para ajuste do zero. Calcular a quantidade de C6H7N3O
dissolvida no meio, comparando as leituras obtidas com
a solução de isoniazida SQR na concentração de 0,001%
ROTULAGEM (p/v), preparada no mesmo solvente.
Observar a legislação vigente. Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
declarada de C6H7N3O se dissolvem em 45 minutos.
1072 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
i
DOSEAMENTO
Procedimento: injetar, separadamente, 20 mL da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas Transferir, exatamente, cerca de 4 mL da amostra para
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de um balão volumétrico de 100 mL e completar o volume
isoniazida (C6H7N3O) nos comprimidos a partir das com etanol. Transferir 5 mL desta solução para um balão
respostas obtidas com a Solução padrão e a Solução de destilação, juntamente, com 50 mL de nitrato de prata
amostra. 0,1 M SV e 5 mL de solução de amônia a 10% (v/v).
Conectar o balão em um condensador de refluxo, aquecer
em banho-maria por 1 hora e arrefecer a temperatura
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO ambiente. Desconectar o balão do condensador de refluxo,
Em recipientes bem fechados. transferir o conteúdo para um balão volumétrico de 100
mL e completar o volume com água. Filtrar a solução,
descartando 10 mL do volume inicial do filtrado. Para
cada 50 mL do filtrado, adicionar 5 mL de ácido nítrico,
2 mL de sulfato férrico amoniacal SR e titular o excesso
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1073
de nitrato de prata com tiocianato de amônio 0,1 M SV. Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Realizar prova em branco utilizando 5 mL de etanol ao Cumpre o teste.
invés da solução amostra. Cada mL de nitrato de prata 0,1
M equivale a 4,958 mg de C4H5NS.
DOSEAMENTO
ia
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1075
CARACTERÍSTICAS
DOSEAMENTO
Características organolépticas. A tintura é de cor
Evaporar sob vácuo 100 g da tintura de jaborandi a baixa
amarelo-parda esverdeada, de cheiro aromático agradável
temperatura, até reduzir à cerca de 20 g. Transferir o
e sabor amargo.
resíduo completamente para um funil de separação, usando
alguns mililitros de cloreto de metileno. Adicionar 10
IDENTIFICAÇÃO mL de hidróxido de amônio 6 M. Extrair sucessivamente
com frações de 20 mL de cloreto de metileno até que os
A. Evaporar 50 mL da tintura de jaborandi, tratar o resíduo alcaloides sejam totalmente extraídos, ou seja, quando
com 10 mL de água e cinco gotas de ácido clorídrico. algumas gotas da fase aquosa não apresentarem mais
Filtrar e lavar o filtrado com éter etílico. Alcalinizar com turvação pela adição de uma gota do solução de iodeto
hidróxido de amônio 6 M e agitar duas vezes com 5 mL de de potássio mercúrio SR. Juntar as camadas orgânicas e
clorofórmio. Reunir as frações clorofórmicas com 5 mL de então extrair várias vezes utilizando ácido sulfúrico 0,05
água destilada e adicionar uma gota de ácido nítrico. Agitar M. Alcalinizar lentamente usando hidróxido de amônio 6
e separar as fases. Juntar à solução ácida um pequeno cristal M até pH 9 e então extrair com cloreto de metileno até que
de dicromato de potássio, 2 mL de clorofórmio e 1 mL de os alcaloides sejam totalmente retirados. Lavar as soluções
peróxido de hidrogênio a 3% (p/v). O clorofórmio terá orgânicas reunidas com 20 mL de água. Evaporar a porção
coloração azul arroxeado ou azul anilado, evidenciando a orgânica até cerca de 5 mL. Dissolver o resíduo com 20
presença de núcleo imidazólico ou glioxálico. mL de ácido clorídrico 0,02 M SV e secar o restante de
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia em cloreto de metileno em banho-maria a 40 °C. Titular o
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254 excesso de ácido clorídrico com hidróxido de sódio 0,02
como fase estacionária e mistura de cloreto de metileno, M SV. Utilizar 5 gotas de vermelho de metila SI, até a cor
metanol e hidróxido de amônio (85:14:1) como fase móvel. mudar de rosa para amarelo. Calcular a porcentagem (p/p)
Aplicar à placa, separadamente, 40 μL da Solução (1) e 2 de alcaloides totais expressos em pilocarpina, segundo a
μL da Solução (2). expressão:
ja
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1077
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes herméticos.
ROTULAGEM
C6H10CaO6; 218,22 Observar a legislação vigente.
C6H10CaO6.xH2O
lactato de cálcio; 00275
CLASSE TERAPÊUTICA
Sal de cálcio do ácido 2-hidroxipropanóico (1:2)
[814-80-2] Repositor de cálcio e repositror eletrolítico.
DOSEAMENTO
IDENTIFICAÇÃO
Pesar, exatamente, uma quantidade da amostra que contenha
cerca de 0,35 g de lactato anidro. Dissolver em 150 mL de A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
água acidulada com 2 mL de ácido clorídrico diluído. Sob amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
agitação (de preferência em agitador magnético), adicionar máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
l
cerca de 30 mL de edetato dissódico 0,05 M SV. Adicionar de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
1078 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
observados no espectro de lamivudina SQR, preparado de mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel de
maneira idêntica. 1 mL/minuto.
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa Tampão acetato pH 3,8: dissolver 1,9 g de acetato de
de 200 nm a 400 nm, da solução amostra, obtida no método amônio em 900 mL de água, ajustar o pH em (3,8 ± 0,2)
A. de Doseamento, exibe máximo em 270 nm, idêntico ao com ácido acético glacial e completar o volume para 1000
observado no espectro da solução padrão. mL.
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma Fase móvel: mistura de Tampão acetato pH 3,8 e metanol
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, (95:5)
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
Solução amostra: transferir 20 mg da amostra para balão
volumétrico de 50 mL. Dissolver com Fase móvel e
ENSAIOS DE PUREZA completar o volume com o mesmo solvente.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito Solução padrão: transferir 20 mg de lamivudina SQR para
em Cromatografia a líquido de alta eficiência (5.2.17.4), balão volumétrico de 50 mL. Dissolver com Fase móvel e
utilizando cromatógrafo provido de detector ultravioleta a completar o volume com o mesmo solvente.
270 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm de
diâmetro interno, empacotada com β-ciclodextrina ligada Injetar replicatas de 10 μL da Solução padrão. O desvio
a hidroxipropil éter (5 μm); fluxo da fase móvel de 1 mL/ padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados
minuto. não é maior que 2,0%.
Fase móvel: mistura de acetato de amônio 0,1 M e metanol Procedimento: injetar, separadamente, 10 μL da Solução
(95:5). padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e
medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C8H11N3O3S
Solução (1): dissolver 15 mg da amostra em Fase móvel e na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
completar para 10 mL com o mesmo solvente. padrão e a Solução amostra.
Procedimento: injetar 20 μL da Solução (1), registrar os
cromatogramas e medir as áreas sob os picos. A soma das EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
áreas obtidas para os picos secundários, exceto a área sob
o pico principal, não representa mais do que 1,0% da área Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
total dos picos obtidos. Não considerar picos relativos ao
solvente. ROTULAGEM
Água (5.2.20.1). No máximo 2,0%. Observar a legislação vigente.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método I. No máximo
0,001% (10 ppm). CLASSE TERAPÊUTICA
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. Antirretroviral.
No máximo 0,2%.
l
idêntico ao observado no espectro da solução padrão.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1079
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma adicionar 70 mL de água, deixar em ultrassom por 15
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, minutos e completar o volume com o mesmo solvente.
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão. Homogeneizar e filtrar. Diluir até concentração de 0,0015%
(p/v) utilizando água como solvente. Preparar solução
padrão na mesma concentração, utilizando o mesmo
CARACTERÍSTICAS
solvente. Medir as absorvâncias das soluções resultantes
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. em 270 nm, utilizando água para ajuste do zero. Calcular a
quantidade de C8H11N3O3S nos comprimidos a partir das
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. leituras obtidas.
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
de alta eficiência (5.2.17.4). Proceder conforme descrito no
Teste de desintegração (5.1.4.1). No máximo 30 minutos.
método B. de Doseamento da monografia de Lamivudina.
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. Preparar a Solução amostra como descrito a seguir.
Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
cada comprimido para balão volumétrico de 100 mL Transferir quantidade do pó equivalente a 0,2 g de
contendo 70 mL de água e agitar até desintegração total lamivudina para balão volumétrico de 100 mL e adicionar
do comprimido. Deixar em ultrassom por 15 minutos, 50 mL da Fase móvel. Agitar mecanicamente por 10 minutos
completar o volume com o mesmo solvente, homogeneizar e completar o volume com a Fase móvel. Homogeneizar e
e filtrar. Prosseguir conforme descrito no método A. de filtrar. Transferir 10 mL para balão volumétrico de 50 mL,
Doseamento a partir de “Diluir até concentração...”. completar o volume com Fase móvel e homogeneizar.
ENSAIOS DE PUREZA Cl
Água (5.2.20.1). No máximo 3,0%. Cl
DOSEAMENTO
C9H7Cl2N5; 256,09
Empregar um dos métodos descritos a seguir. lamotrigina; 05153
6-(2,3-Diclorofenil)-1,2,4-triazina-3,5-diamina
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de [84057-84-1]
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente a
l
0,15 g de lamivudina para balão volumétrico de 100 mL,
1080 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno empacotada
C9H7NCl2N5 em relação à substância dessecada. com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
mm), mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel
de 1,0 mL/minuto.
DESCRIÇÃO
Fase móvel: mistura de trietilamina a 0,3% (v/v), com
Características físicas. Pó cristalino branco ou quase
pH ajustado para 4,0 com ácido fosfórico a 10% (v/v), e
branco.
metanol (62:38).
Solubilidade. Facilmente solúvel em dimetilformamida,
Solução amostra: dissolver quantidade exatamente pesada
ligeiramente solúvel em metanol, pouco solúvel em
da amostra em metanol para obter solução a 0,5 mg/mL.
benzeno e acetona.
Transferir 4 mL dessa solução para balão volumétrico de
Constantes físico-químicas. 50 mL e completar o volume com Fase móvel, obtendo
solução a 40 mg/mL.
Faixa de fusão (5.2.2): 216 °C a 218 °C.
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de lamotrigina SQR em metanol para obter solução a
IDENTIFICAÇÃO 0,5 mg/mL. Transferir 4 mL dessa solução para balão
volumétrico de 50 mL e completar o volume com Fase
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
móvel, obtendo solução a 40 mg/mL.
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
de potássio, apresenta máximos de absorção somente A eficiência da coluna não deve ser menor do que 5000
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas pratos teóricos para o pico de lamotrigina. O fator de cauda
intensidades relativas daqueles observados no espectro de para o pico de lamotrigina não é maior que 2,0. O desvio
lamotrigina SQR, preparado de maneira idêntica. padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados
não deve ser maior que 2,0%.
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 200 a 370 nm, de solução a 0,002% (p/v) em ácido Procedimento: injetar, separadamente, 20 mL da Solução
clorídrico 0,01 M, exibe máximo em 269 nm, idêntico ao amostra e da Solução padrão, registrar os cromatogramas
observado no espectro de solução similar de lamotrigina e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade, em
SQR. mg, de C9H7NCl2N5 na amostra a partir das respostas
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.
C. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel 60
F254, como suporte, e mistura de clorofórmio, metanol e EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
dimetilformamida (16:3,5:0,5), como fase móvel. Aplicar,
separadamente, à placa, 10 mL de cada uma das soluções Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
recentemente preparadas, descritas a seguir.
l
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 279 nm; coluna de 150 mm de
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1081
LANATOSÍDEO C
Lanatosidum C
O O
OH
CH3
CH3 H
H OH
H3C O O
H3C O H
O
H3C O O HO
OH
O O OH
O O
HO OH
OH H3C
C49H76O20; 985,12
lanatosídeo C; 05156
(3β,5β,12β)-3-[(O-β-D-Glicopiranosil-(1→4)-O-3-O-acetil-2,6-didesoxi-β-D-ribo-hexopiranosil-(1→4)-O-2,6-
didesoxi-β-D-ribo-hexopiranosil-(1→4)-2,6-didesoxi-β-D-ribo-hexopiranosil)oxi]-12,14-diidroxi-card-20(22)-enolídeo
[17575-22-3]
l
1082 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Solução (4): solução de lanatosídeo C SQR a 0,3 mg/mL Citrus aurantium L. subsp. aurantium – RUTACEAE
em metanol.
A droga vegetal é constituída por porções secas do
Solução (5): solução de lanatosídeo C SQR a 0,2 mg/mL exocarpo, correspondente ao flavedo do fruto maduro,
em metanol. isenta da maior parte do mesocarpo, que é o tecido branco
l
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1083
esponjoso, correspondente ao albedo. Contém, no mínimo, células braciformes, com amplos espaços intercelulares e
2,0% de óleo volátil. com poucos cristais e gotas lipídicas.
l
àquela obtida com a Solução (2), referente à naringina. A
1084 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
mancha azul fluorescente claro obtida na parte superior Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 7,0%.
próxima do fronte do cromatograma com a Solução (1),
com Rf de aproximadamente 0,9, corresponde em posição
DOSEAMENTO
e coloração àquela obtida com a Solução (2), referente ao
ácido cafeico. Entre as manchas referentes à naringina e Óleos voláteis
ao ácido cafeico, são obtidas duas manchas fluorescentes
claras com a Solução (1), sendo a mais próxima à Proceder conforme descrito em Determinação de óleos
naringina correspondente à hesperidina. Outras manchas voláteis em drogas vegetais (5.4.2.7). Utilizar balão
são observadas na metade inferior do cromatograma: de de 500 mL contendo 200 mL de água como líquido de
coloração amarelo fluorescente (Rf de aproximadamente destilação. Adicionar 0,5 mL de xileno pela abertura lateral
0,58), vermelho fluorescente (Rf de aproximadamente k. Utilizar planta seca reduzida a pó (710 mm). Proceder
0,5), e outras mais abaixo de coloração azul e laranja imediatamente à determinação do óleo volátil, a partir de
fluorescente. 15 g da droga em pó. Destilar por 90 minutos.
l
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1085
______________
Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A a 1 cm (régua 1); em B a 0,5 cm (régua 2); em C a 100 µm (régua 3); em D a
100 µm (régua 4).
A – representação esquemática da superfície externa da droga, em vista frontal. B – representação esquemática da droga, em secção transversal: albedo
(alb); flavedo (fla); glândula secretora (gla). C – detalhe de uma porção da epiderme do flavedo, em vista frontal: célula fundamental da epiderme (cfe);
estômato (es); gota lipídica (gl). D – detalhe de porção da droga, em secção transversal: albedo (alb); cristal de hesperidina (ch); cristal de oxalato de
cálcio (cox); cutícula (cu); elemento de vaso com espessamento helicoidal (eh); espaço intercelular (ei); epiderme (ep); epitélio secretor (eps); estômato
(es); floema (f); flavedo (fla); feixe vascular (fv); gota lipídica (gl); glândula secretora (gla); idioblasto cristalífero (ic); parênquima (p); parênquima
colenquimatoso (pco); parênquima esponjoso (pj); xilema (x).
l
1086 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Complemento da legenda da Figura 2. As escalas correspondem em A até G, I até O e R até T a 100 µm (régua 1); em H e P a 100 µm (régua 2); em
Q a 100 µm (régua 3).
A – fragmento do flavedo com epiderme, parênquimas e restos de epitélio secretor, em secção transversal: cristal de hesperidina (ch); cutícula (cu);
epiderme (ep); epitélio secretor (eps); gota lipídica (gl); glândula secretora (gla); idioblasto cristalífero (ic); parênquima (p); parênquima colenquimatoso
(pco). B – fragmento de parênquima do flavedo, em secção transversal: cristal de hesperidina (ch); cristal de oxalato de cálcio (cox); gota lipídica (gl);
idioblasto cristalífero (ic). C – porção de elementos traqueais com espessamento helicoidal, em vista longitudinal.
D – cristais de oxalato de cálcio isolados. E – fragmento do flavedo, em secção transversal: cristal de hesperidina (ch); cristal de oxalato de cálcio
(cox); cutícula (cu); epiderme (ep); gota lipídica (gl); idioblasto cristalífero (ic); parênquima (p); parênquima colenquimatoso (pco). F – fragmento de
parênquima do flavedo, em secção transversal, com porção de feixe vascular, observado em vista longitudinal: elemento de vaso com espessamento
helicoidal (eh); fibra (fb); gota lipídica (gl); parênquima (p). G – cristal de hesperidina, somente observado com adição de lugol. H – fragmento de
parênquima do flavedo, em secção transversal: espaço intercelular (ei); gota lipídica (gl). I – fragmento de parênquima do flavedo em secção transversal,
l
contendo gotas lipídicas: gota lipídica (gl); núcleo (nu). J – fragmento da epiderme, em vista frontal: gota lipídica (gl). L – fragmento do albedo, em vista
frontal: cristal de hesperidina (ch); espaço intercelular (ei); parênquima esponjoso (pj). M – fragmento de parênquima do flavedo, em secção transversal:
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1087
cristal de hesperidina (ch); cristal de oxalato de cálcio (cox); gota lipídica (gl); idioblasto cristalífero (ic). N – fragmento de parênquima do flavedo, em
secção transversal: cristal de oxalato de cálcio (cox); gota lipídica (gl); idioblasto cristalífero (ic). O – fragmento do flavedo e do albedo, em secção
transversal: albedo (alb); espaço intercelular (ei); flavedo (fla); gota lipídica (gl); parênquima (p); parênquima esponjoso (pj). P – fragmento de epiderme
do flavedo com estômato, em vista frontal: estômato(es). Q – fragmento do parênquima colenquimatoso, em secção transversal. R – fragmento do
albedo, em secção transversal: espaço intercelular (ei); gota lipídica (gl); parênquima esponjoso (pj). S – idioblastos cristalíferos do flavedo, em secção
transversal: cristal de oxalato de cálcio (cox). T – fragmento do flavedo, com células parenquimáticas de paredes espessadas, em secção transversal.
ENSAIOS DE PUREZA
Alcalinidade. Pesar exatamente, cerca de 1 g da amostra e
C12H25NaO4S; 288,38 dissolver em 100 mL de água isenta de dióxido de carbono.
Adicionar 0,1 mL de vermelho de fenol SI e titular com
laurilsulfato de sódio; 05178 ácido clorídrico 0,1 M. Devem ser gastos, no máximo, 0,6
mL de ácido clorídrico 0,1 M.
Sal de sódio do éster monododecílico do ácido sulfúrico
(1:1) Álcoois não esterificados. Pesar, exatamente, cerca de 10
g da amostra e dissolver em 100 mL de água, acrescentar
[151-21-3] 100 mL de etanol e extrair a solução três vezes com 50 mL
O laurilsulfato de sódio é uma mistura de alquilsulfatos de de álcool n-amílico, de cada vez. Se necessário, adicionar
sódio constituída principalmente pelo sal de sódio do éster cloreto de sódio para facilitar a separação das duas fases.
monododecílico do ácido sulfúrico (1:1) - laurilsulfato de Reunir as fases orgânicas e lavar três vezes com 50 mL de
sódio. Contém, no mínimo, 85,0 % de alquilsulfatos de água, de cada vez. Eliminar a água da solução orgânica
sódio, expressos em C12H25NaO4S, em relação à substância com sulfato de sódio anidro, filtrar e evaporar em banho de
dessecada. O teor total de cloreto de sódio e de sulfato de água até eliminar todo o solvente. Aquecer o resíduo a 105
sódio é, no máximo, 8,0%. °C durante 15 min e arrefecer. A massa do resíduo deve ser
de, no máximo, 4%.
l
graxos solidificados. Ao filtrado acrescentar 1 mL de
1088 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
DOSEAMENTO
IDENTIFICAÇÃO
Pesar, exatamente, cerca de 0,115 g da amostra, dissolver
em 20 mL água, aquecer se necessário. Transferir para A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14)
balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com o da amostra dispersa em brometo de potássio apresenta
mesmo solvente. Retirar alíquota de 20 mL dessa solução máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
e transferir para erlenmeyer de 125 mL, adicionar 15 mL de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
de clorofórmio e 10 mL de brometo de dimídio-azul de observados no espectro de leflunomida SQR.
sulfano SR. Titular com cloreto de benzetônio 0,004 M
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
SV, com agitação enérgica, até mudança da cor rosa para
de 200 a 370 nm, da solução amostra a 0,001% (p/v) em
azul-acinzentado da camada clorofórmica. Antes de cada
mistura de acetonitrila e água (50:50), exibe máximo em
adição do titulante, verificar a completa separação das
260 nm, idêntico ao observado no espectro de solução
camadas. Cada mL de cloreto de benzetônio 0,004 M SV
similar de leflunomida SQR.
equivale a 1,154 mg de alquilsulfatos de sódio, calculados
em C12H25NaO4S. C. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel 60 F254,
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO como suporte, e mistura de cloreto de metileno e acetato
de etila (97:3), como fase móvel. Aplicar, separadamente,
Em recipientes bem fechados. à placa, 10 mL de cada uma das soluções, recentemente
preparadas, descritas a seguir.
ROTULAGEM Solução (1): solução a 0,1 mg/mL de amostra em acetato
de etila.
Observar a legislação vigente.
Solução (2): solução a 0,1 mg/mL de leflunomida SQR em
CATEGORIA acetato de etila.
l
intensidade àquela obtida com a Solução (2).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1089
DOSEAMENTO IDENTIFICAÇÃO
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido de pó equivalente a 10 mg de leflunomida e transferir
de detector ultravioleta a 254 nm, coluna de 250 mm de para balão volumétrico de 100 mL com auxílio de 60 mL
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno compactada de mistura de acetonitrila e água (50:50). Agitar por 10
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 minutos e completar o volume com o mesmo solvente.
mm), mantida à temperatura de 25 ºC, fluxo da Fase móvel Homogeneizar e filtrar. Transferir 5 mL dessa solução
de 1,0 mL/minuto. para balão volumétrico de 50 mL e completar o volume
com mistura de acetonitrila e água (50:50). O espectro de
Fase móvel: mistura de água e acetonitrila (50:50). absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa de 200 nm a 370
Solução amostra: transferir 20 mg da amostra, exatamente nm, dessa solução, exibe máximo em 260 nm, idêntico ao
pesada, para balão volumétrico de 100 mL com auxílio de observado no espectro de leflunomida SQR, preparado de
60 mL de Fase móvel. Agitar se necessário, completar o maneira idêntica.
volume com o mesmo solvente e homogeneizar. Transferir B. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade
5 mL dessa solução para balão volumétrico de 25 mL e de pó equivalente a 5 mg de leflunomida, dissolver em 50
completar o volume com Fase móvel (injetar essa solução mL de acetato de etila, homogeneizar e filtrar. Prosseguir
imediatamente ou, no máximo, 24 horas após a preparação conforme descrito no teste C. de Identificação da
se a mesma for mantida sob refrigeração). monografia de Leflunomida.
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
de leflunomida SQR em Fase móvel para obter solução a 40 da Solução amostra, obtida no método de Doseamento,
mg/mL (injetar essa solução imediatamente ou, no máximo, corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
24 horas após a preparação se a mesma for mantida sob
refrigeração).
CARACTERÍSTICAS
Injetar replicatas de 20 mL da Solução padrão. A eficiência
da coluna não deve ser menor do que 3000 pratos teóricos Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
para o pico da leflunomida. O fator de cauda não é superior
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
a 2. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos
picos registrados não deve ser maior que 2,0%. Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 mL da Solução Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e
medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C12H9F3N2O2
na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
padrão e a Solução amostra.
Meio de dissolução: água desaerada, 1000 mL, para
comprimidos contendo 10 ou 20 mg.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Aparelhagem: pás, 100 rpm
Em recipientes herméticos, protegidos da luz e em
refrigerador. Tempo: 30 minutos
l
utilizando água para ajuste do zero. Calcular a quantidade
de C12H9F3N2O2 dissolvida no meio, comparando as
1090 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
leituras obtidas com a da solução de leflunomida SQR na Solubilidade. Pouco solúvel em água, praticamente
concentração de 10 mg/mL, preparada no mesmo solvente insolúvel em etanol e éter etílico. Facilmente solúvel
(acetonitrila pode ser utilizada para dissolver a leflunomida em ácido clorídrico M e ligeiramente solúvel em ácido
em volume que não ultrapasse 2% na solução final). clorídrico 0,1 M.
l
deixar secar sob ar quente. Nebulizar com uma mistura
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1091
recentemente preparada de cloreto férrico SR e ferricianeto fator de cauda para o pico da levodopa não é maior que 2,0.
de potássio SR (1:1). Examinar imediatamente. Qualquer O desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos picos
mancha secundária, diferente da mancha principal, obtida registrados não é maior que 2,0%.
no cromatograma com a Solução (1), não é mais intensa que
aquela obtida com a Solução (2) (0,5%). O teste somente Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL das Soluções
será válido se o cromatograma obtido com a Solução padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
(3) apresentar, acima da mancha principal, uma mancha áreas sob os picos. Calcular o teor de C9H11NO4 na amostra
distinta, mais intensa que a mancha do cromatograma a partir das respostas obtidas com as Soluções padrão e
obtido com a Solução (2). amostra.
DOSEAMENTO Antiparkinsoniano.
Injetar replicatas de 20 mL da Solução de resolução. Poder rotatório específico (5.2.8): -30° a -35°. Determinar
Os tempos de retenção relativos são cerca de 1,0 para a em solução a 2% (p/v) em clorofórmio.
l
levodopa e 1,3 para a L-tirosina. A resolução entre os picos
da levodopa e da L-tirosina não deve ser menor que 3,0. O
1092 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
IDENTIFICAÇÃO DOSEAMENTO
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da A. Pesar, exatamente, cerca de 0,2 g da amostra e dissolver
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta em 45 mL de tetraidrofurano. Adicionar 10 mL de nitrato
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos de prata a 10% (p/v) em água. Após 1 minuto, titular com
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles hidróxido de sódio 0,1 M SV determinando o ponto final
observados no espectro de levonorgestrel SQR, preparado potenciometricamente. Realizar ensaio em branco e fazer
de maneira idêntica. as correções necessárias. Cada mL de hidróxido de sódio
0,1 M SV equivale a 31,245 mg de C21H28O2.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra. Solução (3): preparar solução a 0,45 mg/mL de
No máximo 0,1%. etinilestradiol SQR em clorofórmio.
l
referentes ao levonorgestrel e ao etinilestradiol obtidas
com a Solução (1) correspondem em posição e cor àquelas
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1093
principais obtidas com as Soluções (2) e (3). Nebulizar com Procedimento: injetar, separadamente, 100 mL das Soluções
ácido p-toluenossulfônico a 2% (p/v) em água. Aquecer a 110 padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
°C por 10 minutos. Examinar sob luz ultravioleta (365 nm). áreas sob os picos. Calcular a quantidade de levonorgestrel
As manchas referentes ao levonorgestrel e etinilestradiol (C21H28O2) e etinilestradiol (C20H24O2) dissolvida no meio
aparecem com coloração azul. a partir das respostas obtidas com a Solução padrão e a
Solução amostra.
B. Os tempos de retenção dos picos principais do
cromatograma da Solução amostra, obtida em Doseamento, Tolerância: para comprimidos não revestidos, não menos
correspondem àqueles dos picos principais da Solução que 80% (Q) da quantidade declarada de levonorgestrel
padrão. (C21H28O2) e 75% (Q) da quantidade declarada de
etinilestradiol (C20H24O2) se dissolvem em 60 minutos. Para
drágeas, não menos que 60% (Q) da quantidade declarada
CARACTERÍSTICAS de levonorgestrel (C21H28O2) e 60% (Q) da quantidade
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. declarada de etinilestradiol (C20H24O2) se dissolvem em 60
minutos.
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
l
3,0%.
1094 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
l
Anestésico local.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1095
l
diidro-5H-benzo[5,6]ciclohepta[1,2-b]piridin-11-ona é
uma substância relacionada potencial.
1096 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Tempo de
Fator de
Composto relacionado retenção
resposta
relativo
Loratadina composto relacionado A 0,50 1,00
Loratadina composto relacionado B 0,53 0,89
8-Cloro-6,11-diidro-5H-benzo[5,6]ciclohepta[1,2-b]piridin-11-ona 0,70 0,60
8-Cloro-6,11-diidro-11-[N-metil-4-piperidinil]11-hidroxi-5H-benzo[5,6]ciclohepta[1,2-b]
0,75 0,46
piridina
4,8-Dicloro-6,11-diidro-5H-benzo[5,6]ciclohepta[1,2-b]piridin-11-ona 1,23 0,92
8-Cloro-6,11-diidro-11-[N-etoxicarbonil-4-piperidinil]-11-hidroxi-5H-benzo[5,6]
1,60 0,42
ciclohepta[1,2-b]piridina
4,8-Dicloro-6,11-diidro-11-[N-etoxicarbonil-4-piperidilideno]-5H-benzo[5,6]
1,83 1,08
ciclohepta[1,2-b]piridina
Loratadina 1,00 1,00
l
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e
medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C22H23ClN2O2
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1097
na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
padrão e a Solução amostra. O desvio padrão relativo das
replicatas dos picos registrados não é maior que 2,0%. Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL
A. Proceder conforme descrito em Cromatografia em Solução (1): utilizar a Solução amostra descrita no
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, como Doseamento desta monografia.
suporte, e mistura de éter etílico e dietilamina (40:1), como
Solução (2): transferir 5 mL da Solução padrão para balão
fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 5 μL de cada
volumétrico de 100 mL, completar o volume com Diluente
uma das soluções, recentemente preparadas, descritas a
e homogeneizar. Diluir esta solução até obter concentração
seguir.
de 0,8 µg/mL de loratadina SQR.
Solução (1): transferir quantidade do pó dos comprimidos
Injetar replicatas de 50 µL da Solução (1). Os tempos de
equivalente a cerca de 20 mg de loratadina para um tubo de
retenção relativos são 0,79 para 4-(8-cloro-11-fluoro-
centrífuga. Adicionar 5 mL de uma mistura de clorofórmio
6,11-diidro-5H-benzo[5,6]ciclohepta[1,2-b]piridin-11-il)-
e metanol (1:1), agitar por 30 minutos e centrifugar.
1-piperidinacarboxilato de etila e 1,0 para loratadina. O
Solução (2): solução a 4 mg/mL de loratadina SQR em desvio padrão relativo das áreas de replicatas do pico de
mistura de clorofórmio e metanol (1:1) loratadina não é maior que 4,0%.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar secar Procedimento: injetar, separadamente, 50 µL da Soluções
ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A mancha (1) e da Solução (2), registrar os cromatogramas e medir
principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição, as áreas sob os picos. No máximo 0,2% de 4-(8-cloro-
cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2). 11-fluoro-6,11-diidro-5H-benzo[5,6]ciclohepta[1,2-b]
piridin-11-il)-1-piperidinacarboxilato de etila. No máximo
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma 0,1% de qualquer outra impureza individual. A soma de
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde todas as impurezas exceto 4-(8-cloro-11-fluoro-6,11-
àquele do pico principal da Solução padrão. diidro-5H-benzo[5,6]ciclohepta[1,2-b]piridin-11-il)-1-
piperidinacarboxilato de etila não excede 0,1%.
CARACTERÍSTICAS
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Contagem do número total de micro-organismos
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. Cumpre o teste.
l
1098 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Injetar replicatas de 15 µL da Solução padrão. O fator de Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
retenção não é inferior a 3,5. O fator de cauda não é maior em Cromatografia a líquido de alta eficiência (5.2.17.4).
que 1,7. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
dos picos registrados não é maior que 2,0%. 254 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm de
diâmetro interno, empacotada com sílica ligada a grupos
Procedimento: injetar, separadamente, 15 μL da Solução octilsilano (5 µm), mantida a temperatura entre 30 °C e 40
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas °C; fluxo da Fase móvel de 2,0 mL/minuto.
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
C22H23ClN2O2 nos comprimidos a partir das respostas Fase móvel: solução de laurilsulfato de sódio a 0,015 M em
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra. uma mistura de água e acetonitrila (1:1). Ajustar o pH em
2,6 ± 0,1 com ácido fosfórico.
Em recipientes bem fechados à temperatura de 2 ºC a 30º C. Solução de adequabilidade do sistema (1): solução de
loratadina SQR a 0,002 mg/mL em Diluente.
ROTULAGEM Solução de adequabilidade do sistema (2): transferir 5 mL
da Solução de adequabilidade do sistema (1) para balão
Observar a legislação vigente. volumétrico de 50 mL e completar o volume com Diluente.
A. Proceder conforme descrito em Cromatografia em Solução amostra: transferir volume da solução oral
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, como contendo o equivalente a 5 mg de loratadina para balão
suporte, e mistura de éter etílico e dietilamina (40:1), como volumétrico de 25 mL e completar o volume com Diluente.
fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 5 μL de cada Homogeneizar.
uma das soluções, recentemente preparadas, descritas a
Injetar replicatas de 50 µL da Solução de resolução.
seguir.
Os tempos de retenção relativos são cerca de 0,70
Solução (1): transferir volume da solução oral contendo o para 4-(8-cloro-5,6-diidro-4-(hidroximetil)-11H-
equivalente a cerca de 10 mg de loratadina para um tubo benzo[5,6]ciclohepta[1,2-b]piridina-11-ilideno)-1-
de centrífuga. Adicionar 10 mL de hidróxido de sódio 0,2 piperidinacarboxilato de etila, 0,84 para 4-[8-cloro-5,6-
M e 2 mL de cloreto de metileno. Agitar por 10 minutos. diidro-2-(hidroximetil)-11H-benzo[5,6]ciclohepta[1,2-b]
Centrifugar. Utilizar a fase orgânica. piridina-11-ilideno]-1-piperidinacarboxilato de etila
e 1,0 para loratadina. A resolução entre os picos de
Solução (2): solução de loratadina SQR a 5 mg/mL em loratadina e 4-[8-cloro-5,6-diidro-2-(hidroximetil)-
cloreto de metileno. 11H-benzo[5,6]ciclohepta[1,2-b]piridina-11-ilideno]-1-
piperidinacarboxilato de etila não é inferior a 3,0. Injetar
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar secar replicatas de 50 µL da Solução de adequabilidade do
ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A mancha sistema (1). O fator de cauda para o pico de loratadina está
l
compreendido entre 0,7 e 1,1. Injetar replicatas de 50 µL
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1099
l
replicatas dos picos registrados não é maior que 2,0%.
Fase móvel: mistura de Solução A e acetonitrila (60:40).
1100 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
l
losartana potássica; 05432 dos picos registrados não deve ser maior que 8,0%.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1101
Procedimento: injetar, separadamente, 1 µL da Solução A. Proceder conforme descrito em Titulação em meio não
padrão e da Solução amostra. Registrar os cromatogramas aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 0,18 g da
e medir as áreas sob os picos. As áreas sob os picos amostra e dissolver em 50 mL de ácido acético glacial.
relativos ao cicloexano e álcool isopropílico obtidos para Titular com ácido perclórico 0,1 M SV. Determinar o ponto
a Solução amostra não devem ser superiores às área sob os final potenciometricamente ou utilizando 1-naftolbenzeína
picos relativos ao cicloexano e álcool isopropílico obtidos SI como indicador. Realizar ensaio em branco e fazer as
para a Solução padrão. No máximo 0,1% de cicloexano e correções necessárias. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M
0,2% de álcool isopropílico. SV equivale a 23,050 mg de C22H22ClKN6O.
Pureza cromatográfica. Proceder conforme descrito B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
em Cromatografia a líquido de alta eficiência (5.2.17.4). de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a de detector ultravioleta a 254 nm, coluna cromatográfica
220 nm; coluna cromatográfica de 250 mm de comprimento de 250 mm de comprimento e 4,0 mm de diâmetro interno,
e 4,0 mm de diâmetro interno, empacotada com sílica empacotada com sílica quimicamente ligada a grupo
quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 µm), octadecilsilano (5 µm), mantida à temperatura de 35 °C,
mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel de fluxo da Fase móvel de 1 mL/minuto.
1 mL/minuto.
Fase móvel: mistura de solução de ácido fosfórico a 0,1%
Eluente A: solução de ácido fosfórico a 0,1% (v/v) em (v/v) em água e acetonitrila (60:40). Realizar os ajustes
água. necessários.
Eluente B: acetonitrila. Solução amostra: dissolver quantidade exatamente pesada
da amostra em metanol para obter solução a 250 µg/mL.
Gradiente da Fase móvel: adotar o sistema de gradiente
descrito na tabela a seguir: Solução padrão: dissolver quantidade exatamente
pesada de losartana potássica SQR em metanol e diluir
Tempo Eluente A Eluente B Eluição quantitativamente para obter solução a 250 µg/mL.
(minutos) (%) (%)
Injetar replicatas de 20 µL da Solução padrão. A eficiência
0 – 25 75 → 10 25 → 90 gradiente linear da coluna não deve ser menor que 4000 pratos teóricos.
25 – 35 10 90 isocrática O fator de cauda não é maior que 2,0. O desvio padrão
35 – 45 10 → 75 90 → 25 gradiente linear relativo das áreas de replicatas dos picos registrados não é
45 – 50 75 25 isocrática maior que 2,0%.
Solução amostra: dissolver 30 mg da amostra em metanol Procedimento: injetar, separadamente, 10 µL da Solução
e diluir para 100 mL com o mesmo solvente, obtendo padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
solução a 300 µg/mL. e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de
Solução de resolução: dissolver quantidade exatamente C22H22ClKN6O na amostra a partir das respostas obtidas
pesada de losrtana potássica SQR e trifenilmetanol em com a Solução padrão e a Solução amostra.
metanol e diluir quantitativamente para obter solução a 0,3
mg/mL e 0,002 mg/mL respectivamente. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Injetar replicatas de 20 µL da Solução de resolução. Os Em recipientes bem fechados, à temperatura ambiente.
tempos de retenção relativos são cerca de 1,0 para a losartana
e 1,9 (cerca de 20 minutos) para o trifenilmetanol. O fator de
cauda para o pico da losartana não é maior que 1,6. ROTULAGEM
DOSEAMENTO
l
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
MACROGOL
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1103
P=
[
2000m]
× (M) C16H19ClN2.C4H4O4; 390,86
[B - S] maleato de clorfeniramina; 02442
em que (2Z)-2-Butenodioato de γ-(4-clorofenil)-N,N-dimetil-2-
piridinapropamina (1:1)
P = peso molecular médio em g/mol;
[113-92-8]
m = massa da amostra em gramas;
B = volume de hidróxido de sódio 0,5 M SV consumido Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 100,5% de
pelo branco; C16H19ClN2.C4H4O4, em relação à substância dessecada.
S = volume de hidróxido de sódio 0,5 M SV consumido
pela amostra;
DESCRIÇÃO
M = molaridade da solução de hidróxido de sódio.
Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
branco, inodoro.
ENSAIOS DE PUREZA
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, solúvel em
Aspecto da solução. A solução aquosa a 10% (p/v) é
etanol e clorofórmio, praticamente insolúvel em éter
límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12) para as amostras líquidas
etílico.
e não mais que levemente turva para as amostras sólidas.
Constantes físico-químicas.
pH (5.2.19). 4,5 a 7,5. Determinar em solução preparada
pela dissolução de 5 g da amostra em 100 mL de água Faixa de fusão (5.2.2): 130 ºC a 135 ºC.
isenta de dióxido de carbono e adição de 0,3 mL de solução
saturada de cloreto de potássio.
IDENTIFICAÇÃO
Arsênio (5.3.2.5). Proceder conforme descrito em Método
espectrofotométrico, Método II. No máximo 0,0003% (3 A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
ppm). amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
Metais pesados (5.3.2.3). Misturar 4 g da amostra com 5 nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
mL de ácido clorídrico 0,1 M e diluir com água para 25 mL. intensidades relativas daqueles observados no espectro
Prosseguir conforme descrito em Método I. No máximo de maleato de clorfeniramina SQR, preparado de maneira
0,0005% (5 ppm). idêntica.
MALEATO DE DEXCLORFENIRAMINA
1105
a
m
móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 2 μL de cada uma Dexchlorpheniramini maleas
das soluções descritas a seguir.
IDENTIFICAÇÃO
ROTULAGEM
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
Observar a legislação vigente.
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
CLASSE TERAPÊUTICA de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de maleato de dexclorfeniramina
Anti-histamínico. SQR, preparado de maneira idêntica.
ENSAIOS DE PUREZA
pH (5.2.19). 4,0 a 5,0. Determinar em solução aquosa a
0,01% (p/v), utilizando água isenta de dióxido de carbono.
a
m 1106 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Tempo: 45 minutos
CLASSE TERAPÊUTICA
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio
Antialérgico.
de dissolução e filtrar. Prosseguir conforme condições
cromatográficas descritas em Doseamento. Preparar a
Solução padrão como descrito a seguir.
MALEATO DE DEXCLORFENIRAMINA
COMPRIMIDOS Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
de maleato de dexclorfeniramina SQR em água e diluir
adequadamente de modo a obter solução a 4 µg/mL.
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
quantidade declarada de C16H19ClN2.C4H4O4. Injetar replicatas de 40 µL da Solução padrão. O desvio
padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados
não é maior que 2,0%.
IDENTIFICAÇÃO
Procedimento: injetar, separadamente, 40 µL da Solução
A. Pulverizar, a pó fino, quantidade de comprimidos padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
equivalente a 150 mg de maleato de dexclorfeniramina. e medir a área sob os picos. Calcular a quantidade de
Adicionar 100 mL de ácido acético M e agitar C16H19ClN2.C4H4O4 a partir das respostas obtidas com a
mecanicamente por 10 minutos. Filtrar através de funil Solução padrão e a Solução amostra.
sinterizado de vidro. Ajustar o pH do filtrado em 11,0 com
hidróxido de sódio a 0,1% (p/v). Transferir para funil de Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
separação e extrair com seis porções de 100 mL de hexano. declarada de C16H19ClN2.C4H4O4 se dissolvem em 45
Filtrar cada extrato obtido utilizando meio adequado para minutos
permitir a eficiente separação entre a fase orgânica e a fase
aquosa. Reunir os extratos e concentrar em banho aquecido
até volume reduzido. Transferir para recipiente menor e TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
evaporar até o ponto em que os vapores de hexano não Contagem do número total de micro-organismos
sejam mais perceptíveis. Transferir o resíduo oleoso com mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
o auxílio de quatro porções de 3 mL de dimetilformamida
para proveta de 15 mL com tampa, completar o volume Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
com o mesmo solvente e agitar. Centrifugar se necessário. Cumpre o teste.
O poder rotatório (5.2.8) está compreendido entre +0,24°
e +0,35°.
DOSEAMENTO
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
MALEATO DE DEXCLORFENIRAMINA
1107
a
m
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido SOLUÇÃO ORAL
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 262 nm; coluna de 150 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 100,0% da
µm) capeado, mantida à temperatura ambiente; fluxo da quantidade declarada de maleato de dexclorfeniramina.
Fase móvel de 0,8 mL/minuto.
de detector ultravioleta a 262 nm; coluna de 250 mm de Características físicas. Pó cristalino branco ou quase
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada branco.
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
Solubilidade. Ligeiramente solúvel em água, facilmente
µm); mantida a temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel
solúvel em metanol e ligeiramente solúvel em cloreto
de 1,0 mL/minuto.
de metileno. Solúvel em soluções diluídas de hidróxidos
Fase móvel: mistura de água, acetonitrila e ácido alcalinos.
trifluoracético (70:30:0,5).
Constantes físico-químicas
Solução amostra: transferir volume conhecido da amostra
Faixa de fusão (5.2.2): 143 °C a 145 °C.
para balão volumétrico. Adicionar água, homogeneizar, de
modo a obter solução a 40 μg/mL. Filtrar. Poder rotatório específico (5.2.8): -41° a -43,5°, em relação
à substância dessecada. Determinar em solução a 1% (p/v)
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
em água livre de dióxido de carbono.
de maleato de dexclorfeniramina SQR em água, de modo a
obter solução a 0,4 μg/mL. Homogeneizar e filtrar.
IDENTIFICAÇÃO
Injetar replicatas de 20 µL da Solução padrão. O desvio
padrão relativo das áreas de replicatas sob os picos A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
registrados não deve ser maior que 2,0%. amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
Procedimento: injetar, separadamente, 20 mL da Solução nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e intensidades relativas daqueles observados no espectro de
medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C16H19ClN2. maleato de enalapril SQR, preparado de maneira idêntica.
C4H4O4 nos comprimidos a partir das respostas obtidas
com a Solução padrão e a Solução amostra. B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. ENSAIOS DE PUREZA
pH (5.2.19). 2,4 a 2,9. Determinar em solução aquosa a
ROTULAGEM
1% (p/v).
Observar a legislação vigente.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
no método B. de Doseamento. Injetar 50 µL da Solução
amostra. Calcular a percentagem de cada pico obtido
MALEATO DE ENALAPRIL no cromatograma da Solução amostra, excluindo o pico
Enalaprili maleas relativo ao maleato de enalapril. Não incluir nos cálculos os
picos relativos ao solvente. No máximo 2,0% de impurezas
H3C totais.
Solução de dicetopiperazina de enalapril: fundir cerca Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
de 20 mg de maleato de enalapril SQR no centro de um quantidade declarada de C20H28N2O5.C4H4O4.
béquer de 100 mL sobre chapa de aquecimento (cerca de 5
a10 minutos de aquecimento). Imediatamente após, retirar IDENTIFICAÇÃO
o béquer da chapa e deixar esfriar. Adicionar 50 mL de
acetonitrila ao resíduo e deixar em ultrassom por poucos O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
minutos para dissolver. A solução contém, em geral, entre da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
0,2 e 0,4 mg/mL de dicetopiperazina de enalapril. àquele do pico principal da Solução de referência.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
1113
a
m
IE = Em recipiente de vidro, bem fechado, ao abrigo da luz e
P ×V do calor.
em que
IE = índice de espuma;
O IE é de no máximo 100.
DOSEAMENTO
Flavonóides totais
em que
A = absorvância;
______________
A – aspecto geral da folha, mostrando a nervação digitinérvea, ápice acuminado, base reentrante e margem serrilhada.
B – detalhe do pecíolo com um par de nectários extraflorais. C – detalhe do ramo mostrando heterofilia e gavinha aderida
ao pecíolo. D – detalhe da margem foliar serrilhada. E – epiderme voltada para a face adaxial da lâmina foliar, em vista
frontal. F – epiderme voltada para a face abaxial da lâmina foliar, em vista frontal: estômato anomocítico (ea); estômato
anisocítico (ei); estômato paracítico (esp).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1115
a
m
________________
Complemento da legenda da Figura 2. As réguas correspondem em A a 100 µm; em B, C e D a 500 µm; em E a 50 µm.
A – secção transversal do mesofilo: face abaxial (ab); face adaxial (ad); cutícula (cu); drusa (d); feixe vascular (fv);
parênquima esponjoso (pj); parênquima paliçádico (pp). B – esquema de porção da lâmina foliar na nervura principal,
em secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial (ad); câmbio (ca); colênquima (co); epiderme (ep); floema (f); feixe
vascular (fv); inclusão celular (ic); parênquima (p); parênquima esponjoso (pj); parênquima paliçádico (pp); tricoma
tector (tt); xilema (x). C – detalhe da secção transversal do pecíolo mostrando drusas no feixe vascular: inclusão celular
(ic). D – detalhe da face adaxial da porção da lâmina foliar na nervura principal, em secção transversal, mostrando o
tricoma tector unicelular: face adaxial (ad); colênquima (co); cutícula (cu); epiderme (ep); tricoma tector (tt). E – esquema
do aspecto geral da secção transversal do pecíolo: face abaxial (ab); face adaxial (ad); colênquima (co); epiderme (ep);
floema (f); feixe vascular (fv); inclusão celular (ic); parênquima (p); xilema (x).
a
m 1116 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
MARACUJÁ DOCE
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
Passiflorae dulcis folium O pó atende a todas as características estabelecidas para
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
características: coloração verde-amarelada; fragmentos de
Passiflora alata Curtis – PASSIFLORACEAE epiderme da face adaxial com células como as descritas,
A droga vegetal é constituída pelas folhas secas contendo, sem estômatos; fragmentos de epiderme da face abaxial
no mínimo, 1,0% de flavonóides totais, expressos em com células como as descritas, com estômatos, como
apigenina (C15H10O5, 270,24). descritos; fragmentos de mesofilo em secção transversal,
com idioblastos contendo drusas; drusas isoladas;
fragmentos de tecido vascular.
CARACTERÍSTICAS
Características organolépticas. As folhas possuem sabor IDENTIFICAÇÃO
fortemente amargo e odor característico.
A. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G,
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA como suporte, e mistura de acetato de etila, água e ácido
fórmico anidro (80:10:10), como fase móvel. Aplicar,
Folhas simples, glabras, sub-coriáceas, de cor verde
separadamente, à placa, em forma de banda, 10 μL da
clara. Lâminas ovaladas ou oblongas, de 7,0 cm a 20,0
Solução (1) e 5 μL da Solução (2), recentemente preparadas,
cm de comprimento e 4,0 cm a 15,0 cm de largura, base
descritas a seguir.
arredondada ou ligeiramente reentrante, ápice acuminado
e margem lisa. Nervação peninérvea, nervuras salientes na Solução (1): agitar, em ultrassom, durante 10 minutos,
face abaxial. Pecíolo com 2,0 cm a 7,0 cm de comprimento, uma dispersão a 50 mg/mL do pó fino da droga vegetal em
profundamente canaliculado na parte superior, com um ou mistura de etanol e água (1:1). Filtrar.
geralmente dois pares de nectários extraflorais. É comum
a ocorrência de gavinhas no pecíolo. Difere de Passiflora Solução (2): solução a 100 µg/mL de vitexina e rutina em
edulis, pois esta apresenta folha trilobada, margem mistura de etanol e água (1:1).
serrilhada, nervação palminérvea e apresenta tricomas
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e deixar
tectores na região da nervura principal.
secar ao ar. Nebulizar a placa com difenilborato de
aminoetanol SR seguido de polietilenoglicol 4000 a 5%
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA (p/v) em metanol. Examinar sob luz ultravioleta (365
nm). A região do cromatograma obtida com Solução (1)
Folhas hipoestomáticas e de simetria dorsiventral. A apresenta fluorescência alaranjada na linha de chegada
epiderme, em vista frontal, apresenta células de formato do solvente, com Rf de 1,0. As manchas obtidas com a
poliédrico, com paredes anticlinais levemente sinuosas Solução (1) com Rf de 0,75 e de 0,45 correspondem em
em ambas as faces. A cutícula é lisa. Estômatos são posição àquelas obtidas com a Solução (2), referentes à
dos tipos paracítico, anisocítico e anomocítico. Em vitexina e à rutina, respectivamente. Entre elas, a região
secção transversal, a cutícula é espessa, a epiderme é do cromatograma obtida com a Solução (1) apresenta duas
uniestratificada e o mesofilo está constituído por uma a manchas fluorescentes, uma alaranjada, com Rf de 0,62,
três camadas de parênquima paliçádico e várias camadas e outra amarelo-esverdeada, com Rf de 0,53. A região do
de parênquima esponjoso. Cristais de oxalato de cálcio cromatograma obtida com Solução (1) apresenta também
do tipo drusa ocorrem nos parênquimas e especialmente mais duas manchas fluorescentes bem definidas, uma
na região das nervuras. Na região da nervura principal, amarelo-esverdeada, com Rf de 0,29, e outra alaranjada,
em secção transversal, a face adaxial apresenta pouca com Rf de 0,22. Diferencia-se da P. edulis pela ausência
convexidade e a face abaxial possui uma convexidade de manchas fluorescentes amarelo-esverdeadas, com Rf de
bastante angulosa. Sob ambas as epidermes, células de 0,8 e 0,85, acima da mancha referente à vitexina.
colênquima interrompem o parênquima clorofiliano,
ocorrendo um anel vascular central circundado por células B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
de esclerênquima ou um anel vascular contínuo. O câmbio de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
fascicular é visível e idioblastos contendo drusas ocorrem de detector ultravioleta a 340 nm; coluna de 250 mm de
em todo o tecido fundamental, no colênquima e também no comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
floema. O pecíolo, em secção transversal, apresenta face com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
adaxial côncava, com duas projeções laterais. A face abaxial mm); fluxo da Fase móvel de 0,8 mL/minuto.
é convexa, com uma única projeção central. Internamente
à epiderme ocorre preenchimento por colênquima e o Fase móvel: mistura de solução aquosa de ácido fosfórico a
restante por parênquima. O sistema vascular é formado 0,05% (v/v), tetraidrofurano e álcool isopropílico (80:17:3).
por feixes centrais e dois outros localizados nas projeções
Solução amostra: pesar, exatamente, cerca de 0,5 g da
laterais da face adaxial. Grande quantidade de idioblastos
droga seca e pulverizada (180 µm) e colocar em balão
com drusas ocorre em todo o colênquima, parênquima e
volumétrico de 50 mL. Adicionar aproximadamente 30 mL
feixes vasculares.
de solução de etanol e água (1:1), agitar por ultrassom por
10 minutos e completar o volume com o mesmo solvente.
Agitar manualmente por mais cinco minutos e filtrar o
DOSEAMENTO
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1117
a
m
extrato com papel filtro. Flavonóides totais
O IE é de no mínimo 5000.
a
m 1118 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
______________
A – aspecto geral da folha, mostrando a nervação peninérvea, ápice acuminado, base reentrante e margem lisa. B – detalhe
do pecíolo com dois pares de nectários extraflorais. C – detalhe do pecíolo com gavinha aderida. D – epiderme voltada
para a face adaxial da lâmina foliar, em vista frontal. E – epiderme voltada para a face abaxial da lâmina foliar, em vista
frontal: estômato anisocítico (ei); estômato paracítico (esp).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1119
a
m
________________
Complemento da legenda da Figura 2. As réguas correspondem em A a 100 µm; em B, C e D a 500 µm; em E a 50 µm.
A – secção transversal do mesofilo: face abaxial (ab); face adaxial (ad); cutícula (cu); drusa (d); feixe vascular (fv);
parênquima paliçádico (pp); parênquima esponjoso (pj). B e C – esquema de porção da lâmina foliar na nervura
principal, em secção transversal, mostrando variação do feixe vascular: face abaxial (ab); face adaxial (ad); câmbio (ca);
colênquima (co); epiderme (ep); floema (f); fibras do floema (ff); feixe vascular (fv); inclusão celular (ic); parênquima (p);
parênquima esponjoso (pj); parênquima paliçádico (pp); xilema (x). D – esquema do aspecto geral da secção transversal
do pecíolo: face abaxial (ab); face adaxial (ad); câmbio (ca); colênquima (co); epiderme (ep); floema (f); feixe vascular
(fv); inclusão celular (ic); parênquima (p); xilema (x). E – detalhe da secção transversal do pecíolo mostrando drusa em
célula parenquimática: inclusão celular (ic).
a
m 1120 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
MEBENDAZOL
Aplicar, separadamente, à placa, 10 μL de cada uma das
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
Mebendazolum
Solução (1): dissolver 50 mg da amostra em 1 mL de ácido
fórmico anidro e completar o volume para 10 mL com
H O clorofórmio.
N OCH3
Solução (2): dissolver 50 mg de mebendazol SQR em 1 mL
N de ácido fórmico anidro e completar o volume para 10 mL
N H com clorofórmio.
Solução (1): triturar até pó fino no mínimo 10 comprimidos, TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
pesar o equivalente a 0,2 g de mebendazol, adicionar 20
Contagem do número total de micro-organismos
mL de mistura de clorofórmio e ácido fórmico a 96% (p/p)
mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
(19:1), deixar em banho-maria durante 1 a 2 minutos,
esfriar e filtrar. Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste.
Solução (2): preparar solução de mebendazol SQR a 10
mg/mL em mistura de clorofórmio e ácido fórmico a 96%
(p/p) (19:1). DOSEAMENTO
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar secar A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A mancha absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição, comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente a
cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2). 50 mg de mebendazol para balão volumétrico de 100 mL,
adicionar 10 mL de ácido fórmico e agitar mecanicamente
por 15 minutos. Completar o volume com álcool
CARACTERÍSTICAS isopropílico. Homogeneizar e filtrar. Transferir 1 mL do
filtrado para balão volumétrico de 100 mL, adicionar 5
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. mL de ácido clorídrico 0,1 M, completar o volume com
álcool isopropílico e homogeneizar. Preparar solução
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. padrão na mesma concentração, utilizando os mesmos
solventes. Medir as absorvâncias das soluções resultantes
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
em 290 nm, utilizando mistura de ácido clorídrico 0,1 M
e álcool isopropílico (5:95) para ajuste do zero. Calcular
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
a quantidade de C16H13N3O3 nos comprimidos a partir das
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. leituras obtidas.
DOSEAMENTO
Alcalóides totais
em que
A – representação esquemática da folha: lâmina foliar (lf). B – detalhe de porção da epiderme voltada para a face adaxial, em vista frontal: estômato
(es); tricoma tector (tt). C – detalhe da porção do mesofilo, em secção transversal: eatômato (es); tricoma tector (tt). D – detalhe de porção da epiderme
voltada para a face abaxial, em vista frontal: tricoma glandular (tg); tricoma tector (tt); cutícula (cu); epiderme (ep); parênquima paliçádico (pp);
idioblasto contendo cristais prismáticos de oxalato de cálcio (ic); parênquima esponjoso (pj); estômato (es).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1127
a
m
A, B, C, D e E – representação esquemática do pó. A – fragmento da epiderme em vista frontal, na face adaxial: estômato do tipo anisocítico (es);
parênquima paliçádico (pp). B – fragmento da epiderme em vista frontal, na face abaxial: estômato do tipo anisocítico (es); tricoma tector (tt). C
– fragmento da epiderme mostrando cristais e porções de elementos de vaso por transparência: idioblasto cristalífero (ic); feixe vascular (fv). D –
fragmento de porção do mesofilo, em secção transversal: cutícula (cu); epiderme (ep); idioblasto cristalífero (ic); parênquima esponjoso (pj); parênquima
palicádico (pp). E – tricomas ou porções destes, isolados: tricoma glandular (tg); tricoma tector (tt).
a
m 1128 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
MELISSA
ou tricelular; (6) glandulares peltados, quase sésseis, com
pedicelo unicelular e localizado abaixo das demais células
Melissae folium epidérmicas e com cabeça secretora octocelular, capitada,
com cutícula dilatada, apresentando coloração geralmente
parda. Em secção transversal, a cutícula é espessa, rugosa
Melissa officinalis L. – LAMIACEAE; 09913A droga e estriada e a epiderme é uniestratificada, com células
vegetal é constituída de folhas secas contendo, no mínimo, achatadas transversalmente na face adaxial, maiores
4,0% de derivados hidroxicinâmicos totais e, no mínimo do que as da face abaxial; são visíveis antocianinas,
2,0% de ácido rosmarínico e, no mínimo, 0,6% de óleo principalmente nas células da face abaxial das folhas
volátil. jovens; os estômatos são projetados; tricomas tectores do
tipo 1 ocorrem em maior número na face abaxial e os do
CARACTERÍSTICAS
tipo 2 são mais comuns sobre as nervuras da face adaxial;
Características organolépticas. As folhas amassadas tricomas tectores do tipo 3 ocorrem principalmente na face
têm odor forte, aromático, semelhante ao citral e sabor adaxial e são mais comuns sobre as nervuras; tricomas
aromático agradável e ligeiramente amargo, um pouco tectores do tipo 4 são ocorrentes na face abaxial na região
adstringente. das nervuras e na região intercostal da face adaxial;
tricomas glandulares dos tipos 5 e 6 são mais comuns
na face abaxial. O parênquima paliçádico é compacto e
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA uniestratificado, ocupando quase a metade da secção e o
parênquima esponjoso é pouco frouxo e biestratificado
Folhas inteiras, membranosas, rugosas, opostas-cruzadas,
ou triestratificado; na região do bordo foliar estes tecidos
quebradiças, pecioladas, verde-escuras e brilhantes na face
são mais compactos; grãos de amido presentes em todos
adaxial e verde-claras na face abaxial, quando secas às
os tecidos; gotas de óleo ausentes; cristais de oxalato de
vezes vinosas, principalmente na região próxima ao pecíolo
cálcio ausentes. A nervura principal, em secção transversal,
e sobre as nervuras da face abaxial, com tricomas tectores e
apresenta cutícula lisa na face adaxial e estriada na abaxial,
raros glandulares na face adaxial e com numerosos tricomas
as células epidérmicas são isodiamétricas, o colênquima
tectores e glandulares na face abaxial, estes últimos
é angular, uniestratificado junto à face abaxial e com
parecendo pequenos pontos, visíveis com lente de aumento
três a quatro camadas junto à face adaxial, seguido por
de seis vezes; venação camptódroma-reticulódroma,
clorênquima de células isodiamétricas, com uma a duas
nervuras depressas na face adaxial e proeminentes na
camadas junto à face abaxial e por até seis camadas junto
face abaxial, nervuras de menor ordem formando malhas
à face adaxial, e por um parênquima também com células
características. Lâmina ovalada a ovalado-cordiforme, com
isodiamétricas, de paredes finas, com maiores espaços
base ovalada, arredondada ou cordiforme, ápice obtuso
intercelulares e maior desenvolvimento junto à face
e margem irregularmente crenado-serrada, finamente
abaxial. O sistema vascular é formado em regra por um
ciliada, medindo de 4,0 cm a 8,0 cm de comprimento e
único feixe colateral, raro dois ou três, envolvido por uma
3,0 cm a 5,0 cm de largura. Pecíolo de 0,3 cm a 5,0 cm de
endoderme contínua ou não; o câmbio fascicular é evidente.
comprimento, verde ou vinoso quando seco, côncavo na
O pecíolo, em secção transversal, apresenta cutícula
face adaxial, convexo na face abaxial e com duas costelas
espessa, rugosa e estriada, epiderme uniestratificada de
laterais; face adaxial coberta por longos tricomas tectores,
células isodiamétricas, que podem conter antocianinas,
os das costelas visíveis a olho nu.
os estômatos são projetados; os tricomas são os mesmos
citados para a lâmina; nas regiões das proeminências
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA laterais, é bastante comum a ocorrência de tricomas
tectores, longos e de base alargada, (tipo 4 – citado para a
Lâmina foliar com simetria dorsiventral, anfi- lâmina foliar), raros na face abaxial. Os tricomas tectores,
hipoestomática, com estômatos diacíticos. Em vista unisseriados e longos (tipo 3), ocorrem principalmente na
frontal, a cutícula é estriada e as células da epiderme face adaxial e os tricomas tectores cônicos, dentiformes
apresentam paredes anticlinais de contorno sinuoso na (tipo 1), ocorrem em maior número na face abaxial. Os
face adaxial e muito sinuosas na face abaxial na região tricomas glandulares octocelulares (tipo 6) são mais
entre as nervuras, e paredes retilíneas sobre as nervuras. comum na face abaxial. O colênquima é angular, possui
A epiderme da lâmina foliar apresenta até seis tipos de cloroplastídios e esta distribuído em toda a extensão do
tricomas: (1) tectores cônicos a triangulares, dentiformes, pecíolo, uniestratificado ou biestratificado na face adaxial
unicelulares, raramente bicelulares, curtos, de paredes e triestratificado na face abaxial; na região das costelas
verrucosas e cutícula espessa; (2) tectores pluricelulares ocorrem até sete camadas. É seguido por um clorênquima
unisseriados, de três a cinco células, sendo a apical de mais compacto e com mais cloroplastídios junto às costelas
ápice agudo, de aspecto uncinado, de paredes espessas e por um parênquima formado por células isodiamétricas,
e cutícula áspera, verrucosa ou estriada; (3) tectores de paredes delgadas, com espaços intercelulares pequenos
pluricelulares unisseriados, de três a nove células, muito e poucos cloroplastídios. O sistema vascular é formado
longos, de paredes espessas e cutícula áspera, verrucosa ou por três a cinco feixes colaterais, cada um deles envolvido
estriada; (4) tectores, pluricelulares unisseriados, de três a por endoderme; o floema pode apresentar células pétreas
nove células, muito longos e de base alargada, formada por junto às fibras e o xilema tem distribuição radial; o câmbio
uma coroa de células; (5) glandulares de cabeça unicelular fascicular é evidente. Grãos de amido ocorrem em todos
ou bicelular, arredondada e pedicelo unicelular, bicelular
os tecidos, em maior densidade no clorênquima e na
endoderme.
IDENTIFICAÇÃO
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1129
a
m
Proceder conforme descrito em Cromatografia em camada
delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, com
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ espessura de 250 mm, como suporte e uma mistura de
hexano e acetato de etila (90:10) como fase móvel. Aplicar,
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
separadamente, em forma de banda, 20 mL da Solução (1)
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
e 10 mL da solução (2), recentemente preparadas, como
características: odor de citral; coloração esverdeada;
descrito a seguir.
fragmentos de epiderme foliar com células de paredes
anticlinais sinuosas e estômatos diacíticos e com cicatrizes Solução (1): transferir cerca de 2 g da droga moída
dos tricomas tectores do tipo dentiforme; grande quantidade para balão de fundo redondo de 250 mL, adicionar 100
de tricomas conforme os descritos; fragmentos de mesofilo mL de água. Adicionar 0,5 mL de xileno pela abertura
como descrito; cristais de oxalato de cálcio ausentes. lateral k e destilar durante uma hora conforme descrito
em Determinação de óleos voláteis em drogas vegetais
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA DAS IMPURE- (5.4.2.6). Após a destilação, transferir a fase orgânica
ZAS para um balão aferido de 1 mL, lavar o tubo graduado do
aparelho com um pouco de xileno e completar 1 mL com
Os caules, ramos, flores e frutos da própria espécie, o mesmo solvente.
se presentes como impureza, caracterizam-se: caule
quandrangular, piloso quando jovem; flores pequenas, Solução (2): dissolver 1 mg de citronelal e 10 mg de citral
estipitadas e protegidas por brácteas foliáceas, semelhantes em 25 mL de xileno.
às demais folhas; cálice pubescente, tubuloso-campanulado, Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
bilabiado, lábio superior tridentado e inferior bífido; corola secar ao ar. Em seguida, nebulizar a placa com solução
branca a amarelada ou rosada, com tubo recurvado e limbo de anisaldeído e deixar em estufa entre 100 °C e 105 °C,
com dois lobos desiguais, o superior ereto, bífido e o inferior durante 10 a 15 minutos. O cromatograma obtido com
estendido, trilobado, com lobos obtusos, sendo o mediano a Solução (2) apresenta, no terço inferior, uma mancha
o mais longo; estames quatro, didínamos, coniventes sob dupla de coloração violeta-acinzentada a violeta-azulada
o lábio superior da corola, anteras com tecas divergentes; (citral) e, acima desta, uma mancha de coloração cinzenta
ovário súpero, tetralobado, com lóculos monospérmicos; a violeta-acinzentada (citronelal). O cromatograma obtido
estilete ginobásico, bífido; fruto tetraquênio, de coloração com a Solução (1) apresenta manchas similares na posição
marrom. e coloração às manchas obtidas no cromatograma da
Solução (2) e, entre estas manchas, uma mancha violeta-
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DA IMPUREZA avermelhada (epoxicariofileno). Outras manchas podem
CORRESPONDENTE AO CAULE ser observadas.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipiente de vidro bem fechado, ao abrigo da luz, calor e umidade.
a
m 1132 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
_____________
_____________
A – detalhe de uma porção da região do mesofilo, em secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial (ad); cutícula (cu);
epiderme (ep); estômato (es); parênquima esponjoso (pj); parênquima paliçádico (pp); tricoma tector do tipo dentiforme,
tipo 1 (ttd); tricoma glandular com cabeça octocelular, tipo 6 (tgo). B – detalhe da região da nervura principal e de porção
do mesofilo, em secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial (ad); clorênquima(cl); colênquima (co); cutícula (cu);
endoderme (end); epiderme (ep); estômato (es); floema (f); parênquima esponjoso (pj); parênquima (p); parênquima
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
paliçádico (pp); parênquima do xilema (px); tricoma tector do tipo dentiforme, tipo 1 (ttd); xilema (x). C – detalhe de
uma porção do bordo foliar, em secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial (ad); cutícula (cu); epiderme (ep);
1135
a
m
estômato (es); parênquima esponjoso (pj); parênquima paliçádico (pp); tricoma glandular com cabeça unicelular, tipo
5 (tgu); tricoma tector do tipo dentiforme, tipo 1 (ttd). D – representação esquemática do aspecto geral do pecíolo, em
secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial (ad); clorênquima (cl); colênquima (co); endoderme (end); epiderme
(ep); floema (f); feixe vascular (fv); parênquima fundamental (pf); parênquima do xilema (px); tricoma tector pluricelular
unisseriado, tipo 3 (ttp); xilema (x). E – detalhe de porção do pecíolo, em secção transversal: face abaxial (ab); face
adaxial(ad); clorênquima (cl); colênquima (co); cutícula (cu); endoderme (end); epiderme (ep); estômato (es); floema (f);
parênquima fundamental (pf); parênquima do xilema (px); tricoma glandular com cabeça bicelular, tipo 5 (tgu); tricoma
tector do tipo dentiforme, tipo 1 (ttd); tricoma tector pluricelular unisseriado, tipo 3 (ttp), xilema (x).
a
m 1136 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
MERBROMINA
ENSAIOS DE PUREZA
Merbrominum Aspecto da solução. Dissolver 0,4 g da amostra em 20 mL
de água, adicionar 3 mL de ácido sulfúrico SR e filtrar. A
coloração do filtrado não é mais intensa que a da Solução
padrão de cor SC C (5.2.12).
Halogênios solúveis
A. A solução a 0,05% (p/v) apresenta cor vermelha e Compostos de mercúrio insolúveis. Dissolver 2,5 g da
fluorescência verde amarelada. amostra em 50 mL de água e deixar em repouso por 24
horas, ao abrigo da luz. Centrifugar e lavar o precipitado
B. A 5 mL de solução a 0,4% (p/v) adicionar três gotas com pequenas porções de água até que a última lavagem
de ácido sulfúrico SR. Produz-se precipitado laranja- seja incolor. Transferir o precipitado para frasco com
avermelhado. rolha esmerilhada, adicionar, exatamente, 5 mL de iodo
0,05 M SV e deixar em repouso por 1 hora, agitando
C. Aquecer 0,1 g da amostra com pequenos cristais de freqüentemente. Adicionar, gota a gota, 4,3 mL de
iodo em tubo de ensaio. Cristais vermelhos são sublimados tiossulfato de sódio 0,1 M SV, com agitação. Adicionar 1
na parte superior do tubo. Se forem produzidos cristais mL de amido SI. Desenvolve-se coloração azul.
amarelos, atritar com bastão de vidro. A cor dos cristais
passa para vermelho. Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 2 g da
amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC, por 5 horas. No
D. Pesar 0,1 g da amostra e adicionar 12 mL de solução máximo 5,0%.
de hidróxido de sódio a 16,67% (p/v). Evaporar até secura
com agitação e incinerar a 600 °C por 1 hora. Dissolver o
resíduo em 5 mL de água e acidificar com ácido clorídrico. DOSEAMENTO
Adicionar tres gotas de cloro SR, 2 mL de clorofórmio e
Mercúrio
agitar; na camada clorofórmica produz-se cor castanho-
amarelada. Pesar, exatamente, cerca de 0,6 g da amostra previamente
pulverizada e dessecada, transferir para frasco com rolha e
dissolver com 50 mL de água. Acrescentar 8 mL de ácido
acético glacial, 20 mL de clorofórmio e, exatamente, 30 mL
de iodo 0,05 M SV. Tampar hermeticamente e deixar em
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Ácido (4R,5S,6S)-3-[[(3S,5S)-5-[(dimetilamino)carbonil]-
3-pirrolidinil]tio]-6-[(1R)-1-hidroxietil]-4-metil-7-oxo-1-
1137
a
m
repouso por 1 hora agitando, frequentemente, com vigor. azabiciclo[3.2.0]hept-2-eno-2-carboxílico hidratado (1:3)
Titular o excesso de iodo com tiossulfato de sódio 0,1 M [119478-56-7]
SV, com agitação vigorosa, utilizando 1 mL de amido SI.
Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias. Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de
Cada mL de iodo 0,05 M SV equivale a 10,030 mg de Hg. C17H25N3O5S, em relação à substância anidra.
Bromo
DESCRIÇÃO
Pesar, exatamente em cadinho de porcelana, cerca de
0,5 g de amostra previamente pulverizada e dessecada, Características físicas. Pó cristalino branco ou amarelo
acrescentar 2 g de nitrato de potássio, 3 g de carbonato pálido.
de potássio anidro, 3 g de carbonato de sódio anidro e
homogeneizar. Cobrir a superfície da mistura com 3 g de Solubilidade. Pouco solúvel em água, solúvel em
partes iguais de carbonato de potássio anidro e carbonato dimetilformamida, muito pouco solúvel em etanol,
de sódio anidro e calcinar entre 400 ºC e 500 ºC por 1 hora. praticamente insolúvel em acetona e éter etílico. Solúvel
Resfriar, dissolver e transferir quantitativamente a mistura em fosfato de potássio monobásico a 5% (p/v).
calcinada para erlenmeyer, com o auxílio de 80 mL de Constantes físico-químicas.
água quente, e acidificar com ácido nítrico. Adicionar 25
mL de nitrato de prata 0,1 M SV e agitar. Titular o excesso Faixa de fusão (5.2.2): 230 °C a 240 °C, com decomposição.
de nitrato de prata com tiocianato de amônio 0,1 M SV
utilizando 2 mL de sulfato férrico amoniacal SR como Poder rotatório específico (5.2.8): -17° a -21°. Determinar
indicador. Realizar ensaio em branco e fazer as correções em solução aquosa a 0,5% (p/v), a 20 °C.
necessárias. Cada mL de nitrato de prata 0,1 M SV equivale
a 7,990 mg de Br. IDENTIFICAÇÃO
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
Em recipientes bem fechados e opacos. máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de meropeném SQR, preparado de
ROTULAGEM maneira idêntica.
Observar a legislação vigente. B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 200 a 400 nm, de solução a 0,003% (p/v) em água, exibe
CATEGORIA máximos e mínimos somente nos mesmos comprimentos
de onda de solução similar de meropeném SQR.
Conservante.
ENSAIOS DE PUREZA
MEROPENÉM pH (5.2.19). 4,0 a 6,0. Determinar em solução aquosa a
Meropenémum 1% (p/v).
Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,125 Solução padrão: pesar quantidade de meropeném SQR
UE/mg de meropeném. equivalente a 30 mg de meropeném, transferir para balão
volumétrico de 100 mL e completar com água estéril.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Ai = área do pico correspondente a qualquer impureza de detector ultravioleta a 298 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4 mm de diâmetro interno, empacotada
individual obtida na Solução amostra;
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (3
Ap = área do pico correspondente ao meropeném obtido μm a 10 μm), mantida à temperatura ambiente; fluxo da
na Solução padrão. Fase móvel de 1 mL/minuto.
No máximo 0,8% de impureza com tempo de retenção Tampão pH 3,0: preparar solução de fosfato de potássio
relativo de 0,45 em relação ao pico de meropeném. No monobásico 0,03 M. Ajustar o pH em 3,0 ± 0,1 com ácido
máximo 0,6% de impureza com tempo de retenção de 1,9 fosfórico.
em relação ao pico de meropeném.
Fase móvel: mistura de Tampão pH 3,0 e acetonitrila
Sódio. Proceder conforme descrito em Espectrometria (90:10).
de absorção atômica com chama (5.2.13.1.1). Utilizar
espectrômetro provido de chama alimentada com mistura Nota: injetar as soluções, descritas a seguir, imediatamente
de ar e acetileno, lâmpada de cátodo oco de sódio e com após o preparo ou manter sob refrigeração por, no máximo,
fonte emissora de luz a 589,6 nm. 24 horas.
Solução de cloreto de potássio: dissolver 38,1 g de cloreto Solução amostra: pesar, individualmente, 20 unidades,
de potássio em água e diluir para 1000 mL com o mesmo remover o conteúdo, lavar os respectivos frascos, secá-
solvente. los e pesá-los novamente. Homogeneizar o conteúdo
dos frascos. Dissolver quantidade, exatamente pesada,
Solução amostra: pesar, individualmente, três unidades, de pó em água de modo a obter solução de meropeném
remover o conteúdo, lavar os respectivos frascos, secá- (C17H25N3O5S) a 0,2 mg/mL. Transferir 5 mL para balão
los e pesá-los novamente. Homogeneizar o conteúdo dos volumétrico de 25 mL e completar o volume com água,
frascos. Transferir quantidade de pó equivalente a 25 obtendo solução a 40 mg/mL.
mg de meropeném para balão volumétrico de 200 mL e
completar o volume com água. Transferir 5 mL para balão Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
volumétrico de 50 mL, adicionar 5 mL de Solução de de meropeném SQR em água de modo a obter solução de
cloreto de potássio e completar o volume com água. meropeném (C17H25N3O5S) a 0,2 mg/mL. Transferir 5 mL
para balão volumétrico de 25 mL e completar o volume
Solução padrão de sódio: dissolver em água 28,67 mg de com água, obtendo solução a 40 mg/mL.
cloreto de sódio, previamente dessecado a 105 °C por 2
horas, de modo a obter solução de cloreto de sódio a 28,67 Injetar replicatas de 20 mL da Solução padrão. A eficiência
mg/mL. Transferir 5 mL para balão volumétrico de 50 da coluna não é menor que 4000 pratos teóricos para o pico
mL, adicionar 5 mL de Solução de cloreto de potássio e de meropeném. O fator de cauda não é superior a 2,0. O
completar o volume com água. desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos picos
registrados não é maior que 2,0%.
Branco: transferir 5 mL de Solução de cloreto de potássio
para balão volumétrico de 50 mL e completar o volume Procedimento: injetar, separadamente, 20 mL da Solução
com água. padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e mediar as áreas dos picos. Calcular a quantidade de
Procedimento: medir as absorvâncias da Solução padrão C17H25N3O5S no produto a partir das respostas obtidas com
de sódio e da Solução amostra, utilizando Branco para a Solução padrão e a Solução amostra.
ajuste do zero. Calcular a quantidade de sódio, em mg,
no pó para solução injetável de meropeném, a partir das
leituras obtidas. Contém entre 80% e 120% da quantidade EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
declarada de sódio.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz, em
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da temperatura ambiente.
amostra. Dessecar em estufa a 65 °C, sob pressão reduzida,
por 6 horas. Entre 9,0% e 12,0%. ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Utilizar o Método
de filtração em membrana. METABISSULFITO DE SÓDIO
Natrii metabisulfis
Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,125
UE/mg de meropeném.
Na2S2O5; 190,11
SO2; 64,06
DOSEAMENTO metabissulfito de sódio; 05711
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido Sal de sódio do ácido dissulfuroso (2:1)
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido [7681-57-4]
O metabissulfito de sódio contém uma quantidade de
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO.
1141
a
m
Na2S2O5 equivalente, no mínimo a 65,0%, e no máximo a
67,4% de SO2. Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
DESCRIÇÃO ROTULAGEM
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Adicionar Solubilidade. Facilmente solúvel em água, solúvel em
10 mL de ácido clorídrico 3 M a 1 g da amostra e aquecer etanol, praticamente insolúvel em éter etílico.
até que não se dissolva mais. Adicionar 15 mL de água,
homogeneizar e filtrar. No máximo 0,002% (20 ppm). IDENTIFICAÇÃO
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
DOSEAMENTO amostra, previamente dessecada, e dispersa em brometo
Misturar 0,2 g da amostra com 15 mL de ácido nítrico e de potássio, apresenta máximos de absorção somente
30 mL de água, ferver por 30 minutos, resfriar e diluir nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
com água a aproximadamente 100 mL. Aquecer a 60 ºC, intensidades relativas daqueles observados no espectro de
adicionar excesso de molibdato de amônio SR1 e aquecer a metilbrometo de homatropina SQR, preparado de maneira
50 ºC por 30 minutos. Filtrar e lavar o precipitado, primeiro idêntica. Caso sejam observadas diferenças nos espectros,
com ácido nítrico 0,5 M e em seguida com nitrato de dissolver a amostra e o padrão, separadamente, em metanol
potássio a 1% (p/v) até que no filtrado não seja detectado e recristalizar pela adição de dioxana a cada solução.
resíduo ácido (utilizar papel tornassol). Adicionar 25 mL
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
de água ao precipitado, dissolver com 50 mL de hidróxido
faixa de 200 nm a 400 nm, da solução amostra a 0,1%
de sódio M SV, adicionar fenolftaleína SI e titular o excesso
(p/v) em etanol, exibe máximo em 258 nm, idêntico ao
de hidróxido de sódio M SV com ácido sulfúrico 0,5 M SV.
observado no espectro de solução similar de metilbrometo
Cada mL de hidróxido de sódio M SV equivale a 3,086 mg
de homatropina SQR.
de P2O5.
C. Dissolver 0,1 g da amostra em 5 mL de água e adicionar
iodeto de potássio mercúrico SR. Produz-se precipitado
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
METILDOPA
Acidez. Dissolver 1 g da amostra, sob aquecimento, em
água isenta de dióxido de carbono. Adicionar uma gota
Methyldopum de vermelho de metila SI e titular com hidróxido de sódio
0,1 M até o desenvolvimento de coloração amarela. No
COOH máximo 0,5 mL de titulante são gastos para viragem do
HO
indicador.
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de Solução (2): dissolver 5 mg de 3-O-metilmetildopa SQR
C10H13NO4, em relação à substância anidra. em metanol e diluir para 50 mL com o mesmo solvente,
obtendo solução a 0,1 mg/mL.
Tempo: 20 minutos
HO
ENSAIOS DE PUREZA
.METRONIDAZOL
Aspecto da solução. Dissolver 1 g da amostra em etanol e Metronidazolum
diluir para 10 mL com o mesmo solvente. A solução obtida
é límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12).
O2N
Acidez. A 2 mL da solução obtida em Aspecto da solução,
adicionar 3 mL de etanol, 5 mL de água isenta de dióxido
OH
N
de carbono e 0,1 mL de verde de bromocresol SI. No
máximo 0,1 mL de hidróxido de sódio 0,1 M é gasto para N
promover a viragem do indicador. CH3
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em C6H9N3O3; 171,15
Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando metronidazol; 05902
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de ácido fórmico 2-Metil-5-nitro-1H-imidazol-1-etanol
anidro, acetato de etila e cloreto de metileno (2:10:88), [443-48-1]
como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 5 mL de
cada uma das soluções, recentemente preparadas, descritas
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de
a seguir.
C6H9N3O3, em relação à substância dessecada.
Solução (1): dissolver 0,1 g da amostra em metanol e diluir
para 5 mL com o mesmo solvente. DESCRIÇÃO
Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) para 100 mL com Características físicas. Pó cristalino, branco ou levemente
metanol. amarelado.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar Solubilidade. Ligeiramente solúvel em água e etanol,
secar sob corrente de ar quente. Examinar sob luz pouco solúvel em éter etílico e cloreto de metileno.
ultravioleta (254 nm). Qualquer mancha secundária obtida
no cromatograma com a Solução (1), diferente da principal, Constantes físico-químicas.
não é mais intensa que aquela obtida com a Solução (2)
(1%). Faixa de fusão (5.2.2): 159 ºC a 163 ºC.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir
cada comprimido para balão volumétrico de 250 mL.
Adicionar 100 mL de ácido clorídrico a 1% (v/v) e agitar
ROTULAGEM
durante 30 minutos. Completar o volume com o mesmo
Observar a legislação vigente. solvente e homogeneizar. Filtrar, descartando os primeiros
15 mL do filtrado. Prosseguir conforme descrito no
método A. de Doseamento, a partir de “Realizar diluições
CLASSE TERAPÊUTICA sucessivas...”.
Antimicrobiano.
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
1149
a
m
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. Em recipientes bem fechados.
pH (5.2.19). 4,5 a 7,0.
ROTULAGEM
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA Observar a legislação vigente.
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
UI por microlitro. Um controle positivo 10 UI de DNA Aspecto. Após o seu descongelamento, a solução apresenta-
se como líquido límpido ou ligeiramente opalescente,
por microlitro do vírus B19, e para identificar a presença
eventual de inibidores, um padrão interno preparado por isenta de partículas sólidas e gelatinosas. A preparação
adição de um marcador apropriado à amostra da mistura liofilizada apresenta-se como pó branco ou amarelo claro
de plasma. O ensaio só é válido se o padrão positivo for ou sólido friável.
reativo ou se o resultado obtido com o padrão interno não
indicar a presença de inibidores. pH (5.2.19). 6,5 a 7,6.
O método de preparação é realizado de modo a evitar a Osmolalidade (5.2.28). No mínimo, 240 mosmol/kg.
ativação de qualquer fator de coagulação e assim, limitar ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
o seu potencial de ação trombogênico. Compreende uma
ou várias etapas para as quais se tenha demonstrado a Água. Determinar por um dos métodos a seguir:
eliminação ou inativação de agentes infecciosos conhecidos. Determinação da água pelo método semimicro (5.2.20.3),
No caso de serem utilizadas substâncias para inativação Determinação da perda por dessecação (5.2.9) ou por
viral durante a produção, o processo de purificação Espectrofotometria de absorção no infravermelho (5.2.14).
subseqüente deve ser validado de modo a demonstrar que O teor está compreendido dentro dos limites aprovados
a concentração destas substâncias encontra-se em um nível pelas autoridades competentes.
apropriado e que os eventuais resíduos não comprometem
a inocuidade da preparação. Citrato. No máximo, 25 mmol/L. Proceder conforme
descrito em Cromatografia a líquido de alta eficiência
O método típico utilizado para a inativação de vírus (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido de detector
envelopados é o processo solvente-detergente, que consiste ultravioleta a 215 nm; coluna de 300 mm de comprimento
no tratamento com uma mistura de fosfato de tributila e de e 7,8 mm de diâmetro interno, empacotada com resina
octoxinol 10; em seguida, esses reagentes são removidos trocadora de cátions (9 µm); fluxo da Fase móvel de 0,5
por extração em fase oleosa ou sólida, de modo a que o mL/minuto.
teor residual no produto final seja inferior a 2 μg/mL para
fosfato de tributila e a 5 μg/mL para o octoxinol 10. Não Fase móvel: solução de ácido sulfúrico a 0,051% (p/v).
deve ser adicionado nenhum conservante antimicrobiano.
Solução amostra: diluir a amostra com um volume igual de
A solução é filtrada através de uma membrana uma solução de cloreto de sódio a 0,9 % (p/v). Filtrar com
esterilizante, distribuída assepticamente nos recipientes filtro de porosidade 0,45 μm.
finais e imediatamente congelada. Os recipientes finais são
Solução padrão: dissolver 0,3 g de citrato de sódio em
compostos por material plástico, satisfazendo às exigências
água e diluir a 100 mL com o mesmo solvente.
para Recipientes de plástico (6.2); ou vidro, satisfazendo
às exigências para os Recipientes de vidro (6.1). Pode, em Procedimento: injetar, separadamente, 10 μL da Solução
seguida, ser liofilizada. padrão e da Solução amostra. O tempo de retenção do
citrato é cerca de 10 minutos. Tempo de equilíbrio da
IDENTIFICAÇÃO
coluna: 15 minutos.
Reconstituir ou descongelar a amostra como indicado no
Cálcio. Proceder conforme descrito em Espectrometria de
rótulo, imediatamente antes de realizar a identificação,
absorção atômica (5.2.13.1). Determinar no comprimento
testes e ensaios.
de onda de 622 nm. No máximo, 5 mmol/L.
A. Examinar a amostra por eletroforese comparando com o
Potássio. Proceder conforme descrito em Espectrometria
plasma humano normal. Os eletroforetogramas apresentam
de emissão atômica (5.2.13.2). Determinar no comprimento
as mesmas bandas.
de onda: 766,5 nm. No máximo, 5 mmol/L.
B. Realizar ensaios de precipitação a partir de uma gama
Sódio. Proceder conforme descrito em Espectrometria de
apropriada de soros específicos de espécies de animais
emissão atômica (5.2.13.2). Determinar no comprimento
domésticos. É aconselhável que o ensaio seja realizado
de onda de 589 nm. No máximo, 200 mmol/L.
com soros específicos de proteínas plasmáticas de cada
uma das espécies domésticas normalmente utilizadas no TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
país para a preparação de produtos de origem biológica. A
amostra contém proteínas de origem humana e dá resultado Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
negativo para as proteínas específicas plasmáticas de outras
Pirogênios (5.5.2.1). Cumpre o teste. Injetar em cada
espécies.
coelho 3 mL da amostra por quilograma de massa corporal.
C. A mistura satisfaz a Determinação do Título de
DOSEAMENTO
Hemaglutininas anti-A e anti-B (ver Doseamento).
Anticorpos contra eritrócitos irregulares.
CARACTERÍSTICAS
Quando examinada por exame indireto de antiglobulinas,
a amostra não diluída não revela sinais de presença de
anticorpos contra eritrócitos irregulares.
Anticorpos contra o vírus da hepatite A.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Fator V. MITOTANO
Com tampão imidazol pH 7,4, preparar, de preferência em Mitotanum
duplicata, três diluições a 1/10 e a 1/40 da amostra. Para
cada diluição proceder do seguinte modo: misturar 0,1 mL Cl Cl
Cl
de substrato de plasma deficiente em Fator V, 0,1 mL da
diluição da amostra, 0,1 mL de reagente de tromboplastina
e 0,1 mL de solução de cloreto de cálcio a 0,35% (p/v).
Registrar o tempo de coagulação, ou seja, o intervalo
entre o momento da adição da solução de cloreto de cálcio Cl
e os primeiros sinais de formação de fibrina. Observar
mediante aparelho apropriado. Determinar, em duplicata C14H10Cl4; 320,04
e nas mesmas condições, os tempos de coagulação de mitotano; 06020
quatro diluições entre 1/10 e 1/80 de plasma humano 1-Cloro-2-[2,2-dicloro-1-(4-clorofenil)etil]benzeno
normal no tampão imidazol pH 7,4. Uma unidade de Fator [53-19-0]
V corresponde à atividade de 1 mL de plasma humano
normal. O plasma humano normal é preparado a partir Contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo, 103,0% de
de mistura de unidades de plasma provenientes de pelo C14H10Cl4, em relação à substância dessecada.
menos 30 doadores e é conservado a uma temperatura
igual ou inferior a -30 °C. Verificar a validade do ensaio e
calcular a atividade da amostra através de Procedimentos DESCRIÇÃO
estatísticos aplicáveis aos ensaios biológicos (8). A
Características físicas. Cristais de pentano ou metanol.
atividade determinada não é inferior a 0,5 unidades/mL. O
intervalo de confiança (P = 0,95) da atividade determinada Solubilidade. Praticamente insolúvel em água. Solúvel
não ultrapassa os 80% a 120%. em etanol, éter etílico, metanol, isooctano, tetracloreto de
carbono, hexano e em óleos fixos e graxos.
Fator VIII.
Constantes físico-químicas.
Proceder conforme descrito em Determinação do Fator
VIII de coagulação humana liofilizado (5.5.1.7) utilizando Faixa de fusão (5.2.2): 75 °C a 81 °C.
um plasma padrão calibrado em relação ao Padrão
Internacional do Fator VIII da coagulação sanguínea
humana. A atividade determinada não é inferior a 0,5 IDENTIFICAÇÃO
UI/mL. O intervalo de confiança (P = 0,95) da atividade
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14)
determinada não ultrapassa 80% a 120%.
da amostra, dispersa em cloreto de potássio, apresenta
Proteínas totais. máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
a
m 1154 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
observados no espectro de mitotano SQR, preparado de máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
maneira idêntica. de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de mitotano SQR, preparado de
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na maneira idêntica.
faixa de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,02% (p/v) em
metanol, exibe máximos e mínimos somente nos mesmos
comprimentos de onda de solução similar de mitotano CARACTERÍSTICAS
SQR.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
amostra. Dessecar em estufa a vácuo a 60 °C, por 2 horas.
Teste de desintegração (5.1.4.1). No máximo 15 minutos.
No máximo 0,5%.
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,5%.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
DOSEAMENTO Contagem do número total de micro-organismos
mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar, exatamente, Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
cerca de 0,1 g da amostra e dissolver em metanol. Diluir, Cumpre o teste.
sucessivamente, com o mesmo solvente, até concentração
de 0,02% (p/v). Preparar solução padrão na mesma
concentração, utilizando o mesmo solvente. Medir DOSEAMENTO
as absorvâncias das soluções resultantes em 268 nm, Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir quantidade
utilizando metanol para o ajuste do zero. Calcular o teor de de pó equivalente a, exatamente, cerca de 0,1 g de mitotano
C14H10Cl4 na amostra a partir das leituras obtidas. para balão volumétrico de 250 mL, adicionar 100 mL de
metanol, agitar por 5 minutos, completar o volume com
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO metanol, homogeneizar e filtrar. Transferir 25 mL do filtrado
para balão volumétrico de 50 mL, completar o volume com
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. metanol e homogeneizar, de modo a obter solução a 0,02%
(p/v). Preparar solução padrão na mesma concentração,
ROTULAGEM utilizando o mesmo solvente. Medir as absorvâncias das
soluções resultantes em 268 nm, utilizando metanol para
Observar a legislação vigente. Manusear com excepcional ajuste do zero. Calcular a quantidade de C14H10Cl4 nos
atenção. comprimidos a partir das leituras obtidas.
ROTULAGEM
MITOTANO COMPRIMIDOS
Observar a legislação vigente.
IDENTIFICAÇÃO
Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade do pó
equivalente a 0,5 g de mitotano em 10 mL de água. Filtrar
em funil de vidro sinterizado e lavar o resíduo com duas
porções de 5 mL de água. Transferir o resíduo para béquer
pequeno, adicionar 4 mL de etanol, aquecer até fervura e
filtrar imediatamente. Resfriar, filtrar os cristais de mitotano,
lavar uma vez com 2 mL de etanol, e secar a vácuo a 60
°C por 2 horas. O espectro de absorção no infravermelho
(5.2.14) do resíduo, disperso em óleo mineral, apresenta
NIFEDIPINO
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
n
benzoíla. Agitar por 1 minuto e, em seguida, adicionar dez
gotas de cloreto férrico SR, sob agitação. Desenvolve-se
coloração vermelha alternada com amarela após adição de
ácido clorídrico.
ENSAIOS DE PUREZA
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
em Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1),
utilizando sílica-gel GF254 como suporte e uma mistura
de cicloexano e acetato de etila (6:4) como fase móvel.
Aplicar, separadamente, à placa, 5 mL de cada uma das
C17H18N2O6; 346,34 soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
nifedipino; 06352
Éster 3,5-dimetílico do ácido 1,4-diidro-2,6-dimetil-4-(2- Solução (1): solução a 1 mg/mL de amostra em metanol.
nitrofenil)-3,5-piridinadicarboxilico
Solução (2): solução a 1 mg/mL de nifedipino SQR em
[21829-25-4]
metanol.
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
Solução (3): solução a 10 mg/mL de amostra em metanol.
C17H18N2O6 em relação à substância dessecada.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
DESCRIÇÃO secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
Características físicas. Cristais amarelos, inodoros e a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais
insípidos. intensa que aquela obtida com a Solução (3) (1,0%).
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, solúvel Cloretos (5.3.2.1). No máximo 0,02% (200 ppm).
em acetato de etila, ligeiramente solúvel em etanol, muito
pouco solúvel em clorofórmio e acetona. Metais pesados (5.3.2.3). No máximo 0,001% (10 ppm).
Faixa de fusão (5.2.2): 171 °C a 175 °C. Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 2 g da
amostra. Dessecar em estufa a 60 °C, sob pressão reduzida,
por 3 horas. No máximo 1,0%.
IDENTIFICAÇÃO
Cinzas sulfatadas (5.2.10). No máximo 0,1%.
Os testes de identificação C. e D. poderão ser omitidos se
forem realizados os testes A. e B.
DOSEAMENTO
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta Empregar um dos métodos descritos a seguir.
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos B. Proceder ao abrigo da luz direta, conforme descrito
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles em Cromatografia a líquido de alta eficiência (5.2.17.4),
observados no espectro de nifedipino SQR, preparado de utilizando cromatógrafo provido de detector 235 nm,
maneira idêntica. coluna de 250 mm de comprimento e 4,0 mm de diâmetro
B. Dissolver 50 mg de nifedipino em 1 mL de interno, empacotada com sílica quimicamente ligada
dimetilsulfóxido. Desenvolve-se coloração amarela, a grupo octadecilsilano (5 µm), mantida à temperatura
com absorção máxima em 330 nm. Esta cor passa para ambiente, fluxo da Fase móvel de 1,0 mL/min.
vermelha com a adição de 5 gotas de hidróxido de sódio Fase móvel: preparar uma mistura de água, acetonitrila e
SR, absorvendo em 451 nm. metanol (50:25:25).
C. Adicionar à solução ácida de 30 mg de nifedipino mistura Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 25 mg de
de 2 mL de ácido acético glacial, 2 mL de dimetilsulfóxido, amostra para balão volumétrico de 250 mL. Dissolver em
5 gotas de solução à 2% de óxido de cromo (0,2 g de óxido 25 mL de metanol, completar com Fase móvel e misturar
de cromo em 10 mL de ácido acético). A solução adquire de modo a obter concentração conhecida de 0,1 mg/mL.
cor verde-amarelada.
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
D. Dissolver 25 mg da amostra em 1 mL de etanol a 90% de nifedipino SQR em Fase móvel de modo a obter
(v/v), 5 mL de cloreto de cálcio a 1% (p/v) e 19 mg de concentração conhecida de 0,1 mg/mL.
a 1156 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
n
pico principal não é superior a 1%. cromatograma apresenta banda alaranjado-clara sobre
fundo amarelo.
Procedimento: injetar, separadamente, cerca de 25 mL das
Soluções padrão e amostra. Registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de CARACTERÍSTICAS
C17H18N2O6 a partir das respostas com a Solução padrão e
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
a Solução amostra.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir
o conteúdo de cada cápsula para balão volumétrico de
ROTULAGEM 200 mL. Lavar o interior das cápsulas com pequenas
porções de metanol, reunindo os líquidos de lavagem no
Observar a legislação vigente. balão. Completar o volume com metanol e homogeneizar.
Transferir 5 mL para balão volumétrico de 100 mL e
CLASSE TERAPÊUTICA completar o volume com metanol. Preparar solução padrão
na mesma concentração, utilizando o mesmo solvente.
Vasodilatador. Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 350 nm
(5.2.14), utilizando metanol para ajuste do zero. Calcular a
quantidade de C17H18N2O6 nas cápsulas a partir das leituras
NIFEDIPINO CÁPSULAS obtidas.
n
obter solução a 6 μg/mL. de absorção no ultravioleta (5.2.14). Proceder ao abrigo
da luz direta. Transferir o conteúdo de 10 cápsulas para
Solução (3): dissolver quantidade, exatamente pesada, balão volumétrico de 100 mL. Lavar o interior das
de nitrosofenilpiridina SQR em metanol, de modo a obter cápsulas com pequenas porções de metanol, reunindo os
solução a 1 mg/mL. Diluir com Fase móvel, de modo a obter líquidos de lavagem no balão. Completar o volume com o
solução a 1,5 μg/mL. mesmo solvente e homogeneizar. Diluir com metanol até
concentração de 0,005% (p/v). Preparar solução padrão
Solução (4): misturar 5 mL da Solução (2), 5 mL da Solução na mesma concentração, utilizando o mesmo solvente.
(3) e 5 mL de Fase móvel. Homogeneizar. Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 350
nm, utilizando metanol para ajuste do zero. Calcular a
Solução (5): proceder como descrito para Solução amostra
quantidade de C17H18N2O6 nas cápsulas a partir das leituras
no método B. de Doseamento.
obtidas.
Solução (6): misturar volumes iguais da Solução (1),
B. Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento
Solução (2) e da Solução (3).
da monografia de Nifedipino. Preparar a Solução amostra
Injetar replicatas de 25 μL da Solução (6). Os tempos de como descrito a seguir.
retenção relativos são cerca de 0,8 para nitrofenilpiridina,
Solução amostra: transferir o conteúdo de cinco cápsulas
0,9 para nitrosofenilpiridina e 1,0 para nifedipino. A
para balão volumétrico de 100 mL, com auxílio de
resolução entre nitrofenilpiridina e nitrosofenilpiridina não
pequenas porções de metanol. Completar o volume com o
é menor que 1,5. A resolução entre nitrosofenilpiridina e
mesmo solvente e homogeneizar. Diluir, sucessivamente,
nifedipino não é menor que 1,0. O desvio padrão relativo das
em Fase móvel, de modo a obter solução a 0,1 mg/mL de
áreas de replicatas dos picos registrados correspondentes à
nifedipino.
nitrofenilpiridina e à nitrosofenilpiridina não é maior que
10,0%. Procedimento: injetar, separadamente, 25 μL da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e
Procedimento: injetar, separadamente, 25 μL da Solução
medir as áreas sob os picos principais. Calcular a quantidade
(4) e da Solução (5), registrar os cromatogramas e medir
de C17Hl8N2O6 nas cápsulas a partir das respostas obtidas
as áreas sob os picos principais. Calcular a quantidade, em
com a Solução padrão e a Solução amostra.
mg, das impurezas nitrofenilpiridina e nitrosofenilpiridina
nas cápsulas, segundo a expressão:
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
V r
× C × 5 Em recipientes hermeticamente fechados, protegidos da
5 r4 luz, em temperatura entre 15 ºC e 25 ºC.
em que
ROTULAGEM
V = volume total, em mL, da Solução (5);
C = concentração de nitrofenilpiridina ou de Observar a legislação vigente.
nitrosofenilpiridina, em mg/mL, na Solução (4);
r5 = resposta do pico referente à nitrofenilpiridina ou
à nitrosofenilpiridina no cromatograma obtido com a
NIMESULIDA
Solução (5); Nimesulidum
r4 = reposta do pico referente à nitrofenilpiridina ou
à nitrosofenilpiridina no cromatograma obtido com a
Solução (4).
N
No máximo 2,0% de nitrofenilpiridina e 0,5% de Cl
N
nitrosofenilpiridina, em relação ao conteúdo de nifedipino.
Cl N
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA H
N
Contagem do número total de micro-organismos
mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. H3C CH3
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). C13H12N2O5S; 308,31
Cumpre o teste. nimesulida; 06391
N-(4-Nitro-2-fenoxifenil)metanossulfonamida
DOSEAMENTO [51803-78-2]
a 1158 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
n
máximo 0,002% (20 ppm).
DESCRIÇÃO
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
Características físicas. Pó amarelo pálido, cristalino, amostra. Dessecar em estufa, a 105 °C, por 4 horas. No
levemente untuoso ao tato, inodoro. Não higroscópico. máximo 0,5%.
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
solúvel em etanol e metanol, muito solúvel em acetona, No máximo 0,1%.
clorofórmio, acetonitrila e dimetilformamida. Solúvel em
soluções de hidróxidos alcalinos. Insolúvel em soluções
ácidas. DOSEAMENTO
Faixa de fusão (5.2.2): 143,3 °C a 144,5 °C. A. Pesar, exatamente, cerca de 0,24 g da amostra, dissolver
em 30 mL de acetona previamente neutralizada e adicionar
20 mL de água. Titular com hidróxido de sódio 0,1 M SV
IDENTIFICAÇÃO e determinar o ponto final potenciometricamente. Cada mL
de hidróxido de sódio 0,1 M SV equivale a 30,831 mg de
O teste de Identificação C. poderá ser omitido se forem
C13H12N2O5S.
realizados os testes A. e B. O teste de Identificação B.
poderá ser omitido se forem realizados os testes A. e C. B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no ultravioleta (5.2.14). Transferir, exatamente,
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
cerca de 0,1 g da amostra, para balão volumétrico de 100
amostra dessecada a 105 °C, até peso constante, e dispersa
mL, dissolver e completar o volume com hidróxido de sódio
em brometo de potássio, apresenta máximos de absorção
0,01 M. Diluir, sucessivamente, com o mesmo solvente, até
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
concentração de 0,00015% (p/v). Preparar solução padrão
intensidades relativas daqueles observados no espectro de
na mesma concentração, utilizando o mesmo solvente.
nimesulida SQR, preparado de maneira idêntica.
Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 392
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia em nm, utilizando hidróxido de sódio 0,01 M para ajuste do
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, zero. Calcular o teor de C13H12N2O5S na amostra a partir
ativada em estufa por 30 minutos a 105 °C, como suporte, e das leituras obtidas.
mistura de metanol e acetonitrila (80:20), como fase móvel.
C. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
Aplicar, separadamente, à placa, 4 mL de cada uma das
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
de detector ultravioleta a 220 nm; coluna de 150 mm de
Solução (1): pesar, exatamente, cerca de 75 mg da amostra, comprimento e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada
transferir para balão volumétrico de 100 mL e completar o com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
volume com acetona. Transferir 1 mL dessa solução para mm), mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel
balão volumétrico de 10 mL e completar o volume com o de 1,8 mL/minuto.
mesmo solvente.
Fase móvel: mistura de água e acetonitrila (50:50).
Solução (2): pesar, exatamente, cerca de 75 mg de
Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 50 mg
nimesulida SQR, transferir para balão volumétrico de 100
da amostra para balão volumétrico de 100 mL, dissolver na
mL e completar o volume com acetona. Transferir 1 mL
Fase móvel e completar o volume com o mesmo solvente.
dessa solução para balão volumétrico de 10 mL e completar
Diluir sucessivamente, na Fase móvel, de modo a obter
o volume com o mesmo solvente.
solução a 20 mg/mL.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm e
de nimesulida SQR, na Fase móvel, de modo a obter
365 nm). A mancha principal obtida com a Solução (1)
solução a 20 mg/mL.
corresponde em posição, cor e intensidade àquela obtida
com a Solução (2). Procedimento: injetar, separadamente, 20 mL das Soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
as áreas sob os picos. Calcular o teor de C13H12N2O5S
da Solução amostra, obtida no método C. de Doseamento,
na amostra a partir das respostas obtidas para a Solução
corresponde ao tempo de retenção do pico principal da
padrão e a Solução amostra.
Solução padrão.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
ROTULAGEM
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
CLASSE TERAPÊUTICA
Anti-inflamatório.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Contagem do número total de micro-organismos
mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
n
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
NIMESULIDA COMPRIMIDOS Cumpre o teste.
Tempo: 45 minutos
ROTULAGEM
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio
de dissolução, filtrar e diluir em água até concentração Observar a legislação vigente.
adequada. Medir as absorvâncias em 392 nm (5.2.14),
utilizando o mesmo solvente para ajuste do zero. Calcular a
quantidade de C13H12N2O5S dissolvida no meio, comparando
as leituras obtidas com a da solução de nimesulida SQR
na concentração de 0,0015% (p/v), preparada nas mesmas
condições que as amostras.
a 1160 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
NISTATINA
ENSAIOS DE PUREZA
Nystatinum pH (5.2.19). 6,0 a 8,0. Determinar em suspensão aquosa a
n
3% (p/v).
OH
H3C O HO Cristalinidade. Suspender algumas partículas da amostra
OH
em óleo mineral, transferir para uma lâmina de vidro e
HO O HO HO HO HO O examinar por meio de microscópio dotado de luz polarizada.
CH3 COOH
As partículas exibem birrefringência, que se extingue ao
H3C movimentar a amostra por meio de ajuste micrométrico.
H O
Nistatina A. Proceder conforme descrito em Cromatografia
HO
O a líquido de alta eficiência (5.2.17.4). Proteger da luz direta.
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta
H2N CH3
a 304 nm; coluna de 150 mm de comprimento e 4,6 mm
OH
de diâmetro interno, empacotada com sílica desativada,
C47H75NO17; 926,09 quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 µm),
nistatina; 06410 mantida a temperatura de 30 ºC; fluxo da Fase móvel de
Nistatina 1,0 mL/minuto.
[1400-61-9]
Eluente A: acetato de amônio 0,05 M e acetonitrila (71:29).
Nistatina é uma substância ou a mistura de duas ou mais Eluente B: acetato de amônio 0,05 M e acetonitrila (40:60).
substâncias produzidas por Streptomyces noursei Brown
et al. (Streptomycetaceae). Apresenta potência de, no Gradiente de fase móvel: adotar o sistema de gradiente
mínimo, 4400 UI de nistatina por miligrama, ou 5000 UI descrito na tabela a seguir:
de nistatina por miligrama, se destinada à produção de pó
para suspensão oral. Tempo Eluente A Eluente B
Eluição
(min) (%) (%)
DESCRIÇÃO 0 – 25 100 0 isocrática
25 – 35 100 → 0 0 → 100 gradiente linear
Características físicas. Pó higroscópico, fino, amarelo ou 35 – 40 0 100 isocrática
castanho. 40 – 45 0 → 100 100→ 0 gradiente linear
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente 45-60 100 0 equilibrio
solúvel em dimetilformamida, pouco solúvel em metanol Solução amostra: dissolver quantidade, exatamente pesada,
e praticamente insolúvel em etanol, clorofórmio e éter da amostra em dimetilsulfóxido para obter solução a 0,4
etílico. mg/mL. Utilize por, no máximo, 24 horas após o preparo,
mantida sob refrigeração.
IDENTIFICAÇÃO Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
A. Pesar, exatamente, o equivalente a 100 000 UI da de nistatina SQR em dimetilsulfóxido para obter solução
amostra e dissolver em mistura de 5 mL de ácido acético a 0,4 mg/mL. Utilize por, no máximo, 24 horas após o
glacial e 50 mL de metanol. Completar o volume para 100 preparo, mantida sob refrigeração.
mL com metanol. Diluir, sucessivamente, em metanol,
Solução de resolução: dissolver 20 mg de nistatina SQR
até concentração de 40 UI/mL. O espectro de absorção
em metanol, diluir com água para 50 mL e homogeneizar.
no ultravioleta (5.2.14), na faixa de 220 nm a 350 nm, da
Adicionar 2 mL de ácido clorídrico, em 10 mL da solução
solução obtida, exibe máximos em 230, 291, 305 e 319
anteriormente preparada e esperar por 1 hora, a temperatura
nm. A razão entre os valores de absorvância em 291 nm
ambiente, antes do uso.
e 319 nm, em relação à absorvância máxima a 305 nm
está compreendida entre 0,61 e 0,73 e entre 0,83 e 0,96, Injetar replicatas de 20 μL da Solução de resolução. O
respectivamente. A razão entre os valores de absorvância tempo de retenção médio para a nistatina A é de 14 minutos.
medidos em 230 nm e 280 nm está compreendida entre A resolução entre os dois maiores picos não é menor que
0,83 e 1,25. 3,5. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos
picos registrados não é maior que 2,0%.
B. Adicionar 0,1 mL de ácido clorídrico a 2 mg da amostra.
Produz-se coloração castanha. Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL das Soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir
C. Adicionar 0,1 mL de ácido sulfúrico a 2 mg da amostra.
as áreas sob os picos. Desconsiderar os picos obtidos
Produz-se coloração castanha, desenvolvendo para violeta
antes dos 2 minutos. No mínimo, 85% de nistatina A. No
com repouso.
máximo, 4% de qualquer outro componente.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
1161
a
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz, em
n
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,1 g da temperatura entre 2 °C e 8 °C.
amostra. Dessecar em estufa a 60 °C, sob pressão reduzida,
por 3 horas, não excedendo a 5 mmHg. No máximo 5,0%.
ROTULAGEM
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.
Observar a legislação vigente.
No máximo 3,5%.
n
conforme Ensaio microbiológico por difusão em ágar Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 130,0% da
(5.5.3.3.1). A precisão do ensaio é tal que o limite inferior quantidade declarada de nistatina. A suspensão oral contém
é de 95,0%, e o limite superior é de 105,0% da potência agentes aromatizantes, conservantes e dispersantes.
estimada. O limite inferior é de 97,0% e o limite superior é
de 110,0% do número prescrito ou declarado de UI.
IDENTIFICAÇÃO
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Transferir quantidade da solução oral contendo 300
000 UI de nistatina para balão volumétrico de 100 mL e
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e em adicionar mistura de ácido acético glacial e metanol (5:50).
temperatura inferior a 25 °C. Homogeneizar. Completar o volume com metanol e filtrar.
Transferir 1 mL dessa solução para balão volumétrico de
ROTULAGEM 100 mL e completar o volume com metanol. Preparar ensaio
em branco utilizando os mesmos solventes e omitindo a
Observar legislação vigente. adição da amostra. O espectro de absorção no ultravioleta
(5.2.14), na faixa de 250 nm a 350 nm, da solução obtida,
exibe máximos em 291 nm, 305 nm e 319 nm. A razão
NISTATINA CREME VAGINAL entre os valores de absorvância a 291 nm e 319 nm para
aquela a 305 nm está compreendida entre 0,61 e 0,73 e
entre 0,83 e 0,96, respectivamente.
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 130,0% da
quantidade declarada de C47H75NO17.
CARACTERÍSTICAS
CARACTERÍSTICAS Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. pH (5.2.19). 4,5 a 6,0. Se o produto contém glicerina, o pH
deve estar compreendido entre 6,0 e 7,5.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Deve ser realizado caso o medicamento seja acondicionado
Contagem do número total de micro-organismos
em doses unitárias.
mesófilos (5.5.3.1.2). Bactérias totais: no máximo 100
UFC/g. Fungos e leveduras: no máximo 10 UFC/g. Procedimento para uniformidade de conteúdo. Proceder
conforme descrito em Espectrofotometria de absorção no
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
ultravioleta (5.2.14). Transferir o conteúdo de um frasco
Cumpre o teste.
de suspensão oral para balão volumétrico de 100 mL,
completar o volume com metanol e homogeneizar. Diluir,
DOSEAMENTO quantitativamente, essa solução, com metanol, de modo a
obter solução a 25 UI de nistatina por mL. Paralelamente,
Proceder conforme descrito em Doseamento na monografia preparar solução de nistatina SQR, em metanol, a 25 UI de
de Nistatina. Preparar Solução amostra como descrito a nistatina por mL. Medir as absorvâncias das soluções em
seguir. 304 nm, utilizando metanol para ajuste do zero. Calcular
Solução amostra: misturar, exatamente, em liquidificador o teor de nistatina na suspensão oral a partir das leituras
de alta velocidade, quantidade de creme vaginal com obtidas.
dimetilformamida, de modo a obter concentração a cerca
de 400 UI de nistatina por mililitro. Diluir, sucessivamente, TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
essa solução em Tampão fosfato de potássio a 1%, estéril,
pH 6,0 (Solução 1) de modo a obter soluções na faixa de Contagem do número total de micro-organismos
concentração adequada para a curva padrão. mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Constantes físico-químicas.
1163
a
balão volumétrico e diluir com dimetilformamida até Faixa de fusão (5.2.2): 178 °C a 184 °C.
n
concentração conveniente. Misturar por 3 a 5 minutos.
Poder rotatório específico (5.2.8): -0,10° a +0,10°, em
Diluir volume dessa solução com dimetilformamida de
relação à substância dessecada. Determinar em solução a
modo a obter solução contendo 400 UI de nistatina por
1% (p/v).
mililitro. Diluir, sucessivamente, com Tampão fosfato de
potássio a 1%, estéril, pH 6,0 (Solução 1), de modo a obter
soluções na faixa de concentração adequada para a curva IDENTIFICAÇÃO
padrão.
O teste A. poderá ser omitido se forem realizados os
B. Proteger a solução da luz durante o doseamento. testes B., C. e D. O teste B. poderá ser omitido se forem
Dissolver uma quantidade contendo 200.000 UI de realizados os testes A., C. e D.
nistatina em quantidade suficiente de dimetilformamida
para produzir 50 mL, diluir 10 mL para 200 mL com uma A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
solução contendo fosfato de potássio monobásico a 9,56% amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
(p/v) e hidróxido de potássio M a 11,5% (v/v) e proceder máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
conforme Ensaio microbiológico de antibióticos de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
por difusão em ágar (5.5.3.3.1). A precisão do ensaio observados no espectro de nitrato de miconazol SQR,
é tal que o limite de erro é de não menos que 95% e não preparado de maneira idêntica.
mais que 105% da potência estimada. O limite inferior é
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
não menos que 95% e o superior não mais que 120% em
de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,04% (p/v) em mistura
relação ao número de UI.
de ácido clorídrico 0,1 M e álcool isopropílico (1:10), exibe
máximos e mínimos somente nos mesmos comprimentos
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO de onda de solução similar de nitrato de miconazol SQR.
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
C18H14Cl4N2O.HNO3, em relação à substância dessecada. em Cromatografia a líquido de alta eficiência (5.2.17.4).
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
235 nm; coluna de 100 mm de comprimento e 4,6 mm de
DESCRIÇÃO diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
ligada a grupo octilsilano (3 µm), mantida à temperatura
Características físicas. Pó cristalino branco.
ambiente; fluxo da Fase móvel de 2,0 mL/minuto.
Solubilidade. Muito pouco solúvel em água, ligeiramente
solúvel em metanol e pouco solúvel em etanol.
a 1164 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
n
água.
n
mg de nitrato de prata para erlenmeyer, diluir com 20
DOSEAMENTO mL de água, adicionar 1 mL de ácido nítrico, 1 mL de
sulfato férrico amoniacal SR e homogeneizar. Titular com
Dessecar previamente a amostra, sobre sílica, por 4
tiocianato de amônio 0,02 M SV até coloração amarelo-
horas, ao abrigo da luz. Pesar, exatamente, cerca de 0,3
avermelhada. Cada mL de tiocianato de amônio 0,02 M SV
g da amostra dessecada e dissolver em 50 mL de água.
equivale a 3,397 mg de AgNO3.
Adicionar 2 mL de ácido nítrico e 2 mL de sulfato férrico
amoniacal SR e homogeneizar. Titular com tiocianato de
amônio 0,1 M SV até coloração amarelo-avermelhada. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Cada mL de tiocianato de amônio 0,1 M SV equivale a
16,987 mg de AgNO3. Em recipientes bem fechados, inertes, protegidos da luz.
NITRITO DE SÓDIO
ROTULAGEM Natrii nitris
Observar a legislação vigente.
NaNO2; 69,00
CLASSE TERAPÊUTICA nitrito de sódio; 06433
Sal de sódio do ácido nitroso (1:1)
Anti-infeccioso. [7632-00-0]
de permanganato de potássio 0,02 M SV, 100 mL de água Os testes de identificação B., C. e E. poderão ser omitidos se
n
e 5 mL de ácido sulfúrico. Ao adicionar a solução amostra, forem realizados os testes A. e D. Os teste de identificação
imergir a ponta da pipeta sob a superfície da mistura de A. e D. poderão ser omitido se forem realizados os testes
permanganato. Aquecer a mistura a 40 °C, deixar em B., C. e D.
repouso por 5 minutos e adicionar 25 mL de ácido oxálico
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
0,05 M SV. Aquecer a mistura até 80 °C e titular a quente
amostra dessecada a 140 °C por 30 minutos, até peso
com permanganato de potássio 0,02 M SV. Cada mL de
constante e dispersa em óleo mineral, apresenta máximos
permanganato de potássio 0,02 M SV equivale a 3,450 mg
de absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
de NaNO2.
com as mesmas intensidades relativas daqueles observados
no espectro de nitrofurantoína SQR, preparado de maneira
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO idêntica.
D. Dissolver 10 mg da amostra em 10 mL de
NITROFURANTOÍNA dimetilformamida. Transferir 1 mL da solução para tubo
Nitrofurantoinum de ensaio e adicionar 0,1 mL de hidróxido de potássio
etanólico 0,5 M. Desenvolve-se coloração marrom.
Solubilidade. Muito pouco solúvel em água, solúvel em Água (5.2.20). Dessecar a 140 °C por 30 minutos. No
dimetilformamida, muito pouco solúvel em etanol. máximo 1%, para a forma anidra, e entre 6,5% e 7,5%,
para a forma monoidratada.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,1%.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
1167
a
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz, à
n
temperatura inferior a 25 °C.
DOSEAMENTO
A. Proceder conforme escrito em Espectrofotometria de ROTULAGEM
absorção no ultravioleta (5.2.14) ao abrigo de luz intensa.
Pesar, exatamente, cerca de 0,12 g da amostra e dissolver Observar a legislação vigente.
em 25 mL de dimetilformamida. Completar o volume para
500 mL com água. Transferir para balão volumétrico de CLASSE TERAPÊUTICA
100 mL, 2,5 mL da solução e completar o volume com uma
solução contendo acetato de sódio a 1,8% (p/v) e ácido Antibacteriano.
acético glacial a 0,14% (v/v). Preparar solução padrão na
mesma concentração, utilizando o mesmo solvente. Medir
a absorvância da solução resultante em 367 nm, utilizando NITROFURANTOÍNA COMPRIMIDOS
a solução de acetato de sódio e ácido acético, anteriormente
descrita, para o ajuste do zero. Calcular o teor de C8H6N4O5
na amostra a partir das leituras obtidas. Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
quantidade declarada de C8H6N4O5. Os comprimidos
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido devem ser revestidos.
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 300 mm de
comprimento e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada IDENTIFICAÇÃO
com sílica quimicamente ligada a octadecilsilano (5 mm), O teste de identificação A. poderá ser omitido se forem
mantida à temperatura ambiente, ajustar os parâmetros realizados os testes B. e C. Os testes de identificação B. e
operacionais para que o tempo de retenção do pico da C. poderão ser omitidos se for realizado o teste A.
nitrofurantoína seja de 8 minutos.
A. Pesar e pulverizar os comprimidos revestidos. Agitar
Tampão fosfato pH 7,0: dissolver 6,8 g de fosfato de quantidade do pó equivalente a 0,1 g de nitrofurantoína com
potássio monobásico em 500 mL de água, e ajustar até 10 mL de ácido acético 6 M. Aquecer por alguns minutos
pH 7,0, hidróxido de amônio M. Completar o volume para e filtrar a quente. Esfriar à temperatura ambiente, recolher
1000 mL com água e homogeneizar. o precipitado e dessecar a 105 °C por 1 hora até peso
Fase móvel: mistura de Tampão fosfato pH 7,0 e constante. O resíduo responde ao teste A. de Identificação
tetraidrofurano (9:1). Filtrar e degaseificar. da monografia de Nitrofurantoína.
Solução de padrão interno: dissolver quantidade, B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
exatamente pesada, de acetanilida em água, e diluir de 220 nm a 400 nm, da solução obtida no método A. de
adequadamente de modo a obter solução a 1 mg/mL. Doseamento, exibe máximos em 266 nm e em 367 nm. A
razão entre os valores de absorvância medidos em 367 nm
Solução amostra: dissolver, exatamente, cerca de 25 mg da e em 266 nm está compreendida entre 1,36 e 1,42.
amostra em 20 mL de dimetilformamida. Adicionar 25 mL
de Solução padrão interno, completar o volume para 50 C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
mL, com dimetilformamida e homogeneizar. da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
Solução padrão: dissolver, exatamente, cerca de 25 mg
de nitrofurantoína SQR em 20 mL de dimetilformamida.
CARACTERÍSTICAS
Adicionar 25 mL de Solução padrão interno, completar
o volume para 50 mL, com dimetilformamida e Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
homogeneizar.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
O fator de resolução entre acetanilida e nitrofurantoína não
deve ser menor que 3. O desvio padrão relativo das áreas de Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
replicatas dos picos registrados não deve ser maior que 2%.
para ajuste do zero. Calcular a quantidade de C8H6N4O5 Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz, em
n
dissolvido no meio, comparando as leituras obtidas com temperatura inferior a 25 °C.
a da solução de nitrofurantoína SQR na concentração de
0,001% (p/v), preparada no mesmo solvente. ROTULAGEM
Tolerância: não menos que 25% (Q) da quantidade Observar a legislação vigente.
declarada de C8H6N4O5 se dissolvem em 60 minutos, e não
menos que 85% (Q) da quantidade declarada de C8H6N4O5
se dissolvem em 120 minutos. NOZ-DE-COLA
Colae semen
ENSAIOS DE PUREZA
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito Cola nítida (Vent.) A.Chev. – STERCULIACEAE; 09902
no teste Substâncias relacionadas da monografia de
Nitrofurantoína. Preparar a Solução (1) como descrito a A droga vegetal consiste dos cotilédones dessecados,
seguir. contendo, no mínimo, 1,7% de taninos totais e 2,0% de
cafeína.
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos
revestidos. Dissolver quantidade do pó equivalente a
SINONÍMIA CIENTÍFICA
0,1 g de nitrofurantoína em 10 mL de mistura filtrada de
dimetilformamida e acetona (1:9). Cola vera K.Schum.
n
volume com a mesma solução de ácido sulfúrico a 2,5%
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
(v/v), obtendo-se, assim, concentração teórica em torno de
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para 15 mg/mL.
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
Solução padrão: pesar exatamente, cerca de 25 mg do
características: cor castanho-avermelhada a moderadamente
cafeína SQR e transferir para balão volumétrico de 100
amarelado-acastanhada; fragmentos de epiderme e de
mL. Completar o volume com solução de ácido sulfúrico
parênquima com células poligonais, de paredes pardas ou
2,5% (v/v), obtendo-se solução estoque de cafeína a 250
castanho-avermelhadas, contendo numerosos e variados
µg/mL.
grãos de amido, como os descritos; escassos fragmentos
de pequenos feixes fibrovasculares. Os grãos de amido, Soluções para curva analítica: diluir alíquotas da Solução
quando observados em luz polarizada, exibem uma cruz padrão para obtenção das seguintes concentrações: 2,5 µg/
na região do hilo. mL; 5,0 µg/mL; 10,0 µg/mL; 15,0 µg/mL e 20,0 µg/mL
utilizando solução de ácido sulfúrico a 2,5% (v/v) para
IDENTIFICAÇÃO completar o volume.
A. Proceder conforme descrito em Cromatografia em Medir a absorvância das soluções em 271 nm, empregar
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, cubetas de 1 cm. Utilizar solução de ácido sulfúrico a
como suporte, e mistura de acetato de etila, metanol e água 2,5% (v/v) para ajuste do zero. Calcular o teor de cafeína
(100:13,5:10), como fase móvel. Aplicar, separadamente, (metilxantinas) na amostra a partir da equação da reta
em forma de banda, 5 µL a 10 mL da Solução amostra e obtida com a curva analítica da cafeína.
2µL a 3 mL da Solução padrão, preparadas como descrito Taninos totais
a seguir.
Nota: proteger as amostras da luz durante a extração e a
Solução amostra: extrair a droga previamente pulverizada, diluição. Utilizar água isenta de dióxido de carbono em
sob refluxo durante 15 minutos, em concentração igual a todas as operações.
2% (p/v), utilizando etanol como líquido extrator. Filtrar e
aplicar na cromatoplaca. Solução estoque: pesar 0,75 g da droga pulverizada,
transferir para erlenmeyer e adicionar 150 mL de água.
Solução padrão: dissolver 10 mg de cafeína SQR em 2 mL Aquecer até fervura e manter em banho-maria à temperatura
de etanol absoluto. de 80 °C a 90 °C durante 30 minutos. Resfriar em água
Desenvolver o cromatograma. Remover a cromatoplaca e corrente, transferir a mistura para balão volumétrico e
deixar secar ao ar por alguns minutos. Observar sob luz diluir a 250 mL com água. Deixar decantar o sedimento
ultravioleta (254 nm). A mancha com Rf próximo a 0,50, e filtrar através de papel filtro. Desprezar os primeiros 50
corresponde a cafeína. Nebulizar com o iodeto de potássio mL do filtrado.
e subnitrato de bismuto SR. Adicionalmente nebulizar com Solução amostra para polifenóis totais: diluir 5 mL do
solução aquosa de nitrito de sódio a 5% (p/v). A mancha filtrado para 25 mL com água. Misturar 5 mL desta solução
correspondente a cafeína apresenta coloração vermelho com 2 mL de ácido fosfotúngstico SR e diluir a 50 mL com
tijolo. carbonato de sódio SR. Medir a absorvância da solução
(A1) a 715 nm (5.2.14), exatamente 3 minutos após a adição
ENSAIOS DE PUREZA do último reagente, utilizando água como branco.
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 3,0%. Solução amostra para polifenóis não adsorvidos pelo pó
de pele: adicionar a 20 mL do filtrado 0,2 g de pó de pele
Água (5.4.2.3). No máximo 15,0%. SQR e agitar vigorosamente durante 60 minutos. Filtrar.
Diluir 5 mL do filtrado a 25 mL com água. Misturar 5 mL
Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 5,0%.
desta solução com 2 mL de ácido fosfotúngstico SR e diluir
50 mL com carbonato de sódio SR. Medir a absorvância da
DOSEAMENTO solução a 715 nm (A2) (5.2.14), exatamente 3 minutos após
a adição do último reagente, utilizando água como branco.
Metilxantinas
Solução padrão: dissolver 50 mg de pirogalol em água
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de e diluir a 100 mL. Diluir 5 mL desta solução a 100 mL
absorção no ultravioleta (5.2.14). Preparar as soluções com água. Misturar 5 mL desta solução com 2 mL de ácido
descritas a seguir. fosfotúngstico SR e diluir a 50 mL com carbonato de sódio
SR. Medir a absorvância desta solução a 715 nm (A3)
Solução amostra: pesar, exatamente, cerca de 0,25 g da
(5.2.14),exatamente 3 minutos após a adição do último
amostra pulverizada. Extrair com 20 mL de solução de
reagente e dentro de 15 minutos contados da dissolução do
ácido sulfúrico a 2,5% (v/v) sob agitação magnética durante
pirogalol, utilizando água como branco.
15 minutos, por quatro vezes. Filtrar as porções para balão
a 1170 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
n
A3 = absorvância medida para a Solução padrão.
A – aspecto da face externa do cotilédone. B – aspecto da face interna do cotilédone. C – cotilédone em vista equatorial. D, E, F e G – detalhes do pó.
D, E e F – fragmentos de parênquima, evidenciando tamanhos variáveis de células e paredes pontoadas. G – detalhe de grãos de amido, mostrando
variabilidade quanto a forma, tamanho dos grãos e aspectos do hilo.
OCTACLORIDRATO DE ALUMÍNIO E
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
o
gota de solução de alaranjado de xilenol de 0,1% (p/v), e
Octacloridrato de alumínio e zircônio é um complexo
titular a solução, ainda quente, com edetato dissódico 0,05
polimérico hidratado de cloreto básico de alumínio e
M SV até a mudança da coloração rósea para amarela.
zircônio. Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo,
Fazer prova em branco. Cada mL de edetato de dissódico
110,0% de octacloridrato de alumínio e zircônio em relação
0,05 M SV equivale a 46,48 mg de zircônio. No mínimo
à substância anidra.
12,8% e no máximo 15,4% de zircônio. Usar o resultado
obtido para calcular a razão atômica de alumínio/zircônio e
IDENTIFICAÇÃO a razão atômica de (alumínio + zircônio)/cloreto.
A. A solução aquosa da amostra a 10% (p/v), responde às Razão atômica alumínio/zircônio. Dividir o porcentual
reações do íon cloreto (5.3.1.1). de alumínio encontrado no teste para Conteúdo de
alumínio pelo porcentual de zircônio encontrado no teste
para Conteúdo de zircônio e multiplicar por 92,97/26,98.
ENSAIOS DE PUREZA
Onde, 92,97 é a massa atômica do zircônio corrigida para
pH (5.2.19). 3,0 a 5,0. Determinar em solução aquosa 15% 2% de háfnio e 26,98 é a massa atômica do alumínio. No
(p/v). mínimo 6:1 e no máximo 10:1.
Conteúdo de alumínio. Pesar 0,15 g da amostra, transferir Conteúdo de cloreto. Pesar 250 mg da amostra, transferir
para béquer de 150 mL, adicionar 5 mL de água e 15 mL para béquer de 250 mL, adicionar 120 mL de água e 20
de ácido clorídrico. Manter em ebulição durante 5 minutos. mL de ácido nítrico M. Agitar até a solubilização e titular
Em seguida, adicionar 40 mL de água e 30 mL de edetato com nitrato de prata 0,1 M, determinando o ponto final
dissódico 0,05 M SV. Novamente, ebulir durante 5 minutos. potenciometricamente. Cada mL de nitrato de prata 0,1 M
Deixar arrefecer, adicionar 15 mL do tampão ácido acético- equivale a 3,546 mg de cloreto. No mínimo 16,5% e no
acetato de amônio, e ajustar com solução concentrada máximo 19,0% de cloreto.
de amônia até pH 4,5. Acrescentar 20 mL de etanol e
Usar o resultado obtido para calcular a razão atômica
ajustar o pH a 4,6 com solução concentrada de amônia.
de alumínio/zircônio e a razão atômica de (alumínio +
Adicionar 10 gotas de ditizona a 0,025% (p/v) em etanol.
zircônio)/cloreto.
Titular com sulfato de zinco 0,1 M SV até surgimento de
coloração rosa-púrpura. Fazer prova em branco. Calcular a Razão atômica (alumínio + zircônio)/cloreto. Calcular a
porcentagem de alumínio pela fórmula: razão atômica (alumínio + zircônio)/cloreto de acordo com
a fórmula:
em que
o
permaneça turva, repetir o processo adicionando 3 mL de
absorção no infravermelho (5.2.14) de um filme dessa
ácido clorídrico. Ajustar o pH entre 3 e 4 com hidróxido de
solução, dispersa em cloreto de prata, apresenta máximos
amônio 6 M. Proceder conforme descrito em Ensaio limite
de absorção somente nos mesmos comprimentos de
para metais pesados usando 1 mL da solução padrão de
onda daqueles observados no espectro de um filme de
chumbo de 20 ppm. No máximo 0,002% (20 ppm).
propilenoglicol, preparado de maneira idêntica.
OFLOXACINO
DOSEAMENTO
Ofloxacinum Empregar um dos métodos descritos a seguir.
o
final potenciometricamente. Usar o primeiro dos dois
pontos de inflexão. Realizar ensaio em branco e fazer as
F COOH correções necessárias. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M
O SV equivale a 36,138 mg de C18H20FN3O4.
o
26-40 100 0 Isocrática
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Preparar solução
a 0,00067% (p/v) em ácido clorídrico 0,1 M, agitar
mecanicamente por 20 minutos e filtrar. O espectro de
absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa de 200 nm a 400 Solução amostra: pesar e triturar quantidade não inferior a
nm, exibe máximos idênticos aos observados no espectro 20 comprimidos. Transferir quantidade de pó equivalente a
de solução similar de ofloxacino SQR. 100 mg de ofloxacino para balão volumétrico de 100 mL,
adicionar cerca de 70 mL de metanol e deixar o balão em
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma banho de ultrassom por 20 minutos. Completar o volume
da Solução amostra, obtido em Doseamento, corresponde com metanol e filtrar em filtro 0,45 mm, descartando os
àquele do pico principal da Solução padrão. primeiros 5 mL do filtrado.
Tempo de Fator de
Impureza Retenção Resposta Limite (%)
Relativo Relativo
Impureza A (ácido 2,3-diidro-3-metil-10-(4-metil-1-piperazinil)-7-oxo-7H- 0,5 1 0,3
pirido[1,2,3-de]-1,4-benzoxazina-6-carboxílico)
Impureza B (ácido 9,10-difluoro-3-metil-7-oxo-2,3-diidro-7H-pirido[1,2,3- 3,6 0,22 0,3
de]-1,4-benzoxazina-6-carboxílico)
Outras impurezas individuais - 1 0,2
Total de impurezas - - 1,0
a 1178 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
o
Meios de cultura: meio número 1, para manutenção Transferir 2 mL da solução filtrada para balão volumétrico
do micro-organismo; solução salina estéril, para a de 100 mL, completar o volume com Diluente 2 e agitar.
padronização do inóculo e meio número 11, para a camada
Injetar replicatas de 20 mL de Solução padrão. O fator de
base e camada de inóculo na placa.
cauda para o pico de ofloxacino não é maior que 2,0. O
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos. desvio padrão relativo das replicatas dos picos registrados
Utilizar quantidade do pó equivalente a 0,25 g de ofloxacino, não é maior que 2,0%.
transferir quantitativamente para balão volumétrico de 250
Procedimento: Injetar, separadamente, 20 mL de Solução
mL com auxílio de 100 mL de tampão fosfato de potássio
padrão e Solução amostra, registrar os cromatogramas
0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2). Agitar por 30 minutos e
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
completar o volume com o mesmo diluente e filtrar. Diluir,
C18H20FN3O4 nos comprimidos a partir das respostas
sucessivamente, até as concentrações de 0,05 mg/mL, 0,10
obtidas para a Solução padrão e a Solução amostra.
mg/mL e 0,20 mg/mL, utilizando solução tampão fosfato de
potássio, estéril, pH 8,0 (Solução 2) como diluente.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Solução padrão: pesar, exatamente, cerca de 25 mg de
ofloxacino SQR, transferir para balão volumétrico de 25 Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
mL e completar o volume com solução tampão fosfato
de potássio, estéril, pH 8,0 (Solução 2) e agitar. Diluir,
sucessivamente, até as concentrações de 0,05 mg/mL, 0,10
ROTULAGEM
mg/mL e 0,20 mg/mL, utilizando solução tampão fosfato de Observar a legislação vigente.
potássio, estéril, pH 8,0 (Solução 2) como diluente.
Diluente 1: mistura de metanol e ácido acético glacial Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e deixar
(75:25). secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A
mancha principal obtida com a Solução (1) corresponde em
Diluente 2: mistura de água e acetonitrila (90:10). posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2).
Solução padrão: transferir cerca de 25 mg de ofloxacino B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
SQR para balão volumétrico de 25 mL e dissolver em da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
Diluente 1 (1 mg/mL). Transferir 2 mL desta solução para àquele do pico principal da Solução padrão.
CARACTERÍSTICAS
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
o
os picos de propilparabeno e do ofloxacino não é inferior
a 2. Injetar replicatas de 20 mL de Solução padrão. O fator
DOSEAMENTO de cauda para o pico de ofloxacino não deve ser maior
que 3. O desvio padrão relativo das replicatas dos picos
Empregar um dos métodos descritos a seguir:
registrados não deve ser maior que 2,0%.
A. Proceder conforme descrito em Dosagem microbiológica
Procedimento: Injetar, separadamente, 20 mL de Solução
de antibióticos pelo método de Difusão em ágar (5.5.3.3.1),
padrão e de Solução amostra, registrar os cromatogramas
utilizando cilindros.
e mediar as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
Micro-organismo: Kocuria rhizophila ATCC 9341. C18H20FN3O4 na solução oftálmica a partir das respostas
obtidas para a Solução padrão e a Solução amostra.
Meios de cultura: meio número 1, para manutenção
do micro-organismo; solução salina estéril, para a
padronização do inóculo e meio número 11, para a camada EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
base e camada de inóculo na placa. Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Solução amostra: diluir a solução oftálmica até as
concentrações de 0,05 mg/mL, 0,10 mg/mL e 0,20 mg/mL, ROTULAGEM
utilizando Solução tampão fosfato de potássio, estéril, pH
8,0 (Solução 2) como diluente. Observar a legislação vigente.
o
adicionar solução aquecida de acetato de chumbo a 10% máximo 0,001% (10 ppm).
(p/v) em etanol. Deixar em repouso por 18 horas. Filtrar
o líquido sobrenadante e transferir o precipitado para o EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
filtro com auxílio de éter etílico. Colocar o precipitado em
mistura de 40 mL de ácido clorídrico 3 M e 20 mL de água. Em recipientes herméticos, resistentes à luz, evitar
Aquecer até que a camada oleosa torne-se completamente exposição ao calor excessivo.
clara. Resfriar, decantar a solução aquosa e ferver os ácidos
graxos com água acidificada com ácido clorídrico, até que ROTULAGEM
o chumbo seja eliminado. [Os ácidos graxos estão livres
do chumbo quando 100 mg, dissolvidos em 10 mL de Observar a legislação vigente.
etanol, não escurecem pela adição de 2 gotas de sulfato de
sódio a 10% (p/v)]. Deixar os ácidos graxos solidificarem e
pressioná-los entre papéis de filtro em uma superfície fria, CATEGORIA
para secarem. Dissolver os ácidos graxos sólidos em 25 mL Adjuvante farmacotécnico.
de etanol a 90% (v/v), aquecer moderadamente, resfriar a 15
°C e manter nesta temperatura até que os ácidos graxos se
cristalizem. Filtrar os ácidos graxos obtidos. Recristalizá-
ÓLEO DE GERGELIM
los com etanol a 90% (v/v) a quente, e secar em dessecador
Sesami oleum
a vácuo, por 4 horas. O ácido aracdônico assim obtido se
funde entre 73 °C e 76 °C.
Óleos glicerídicos e graxos de sésamo; 09888
ENSAIOS DE PUREZA [8008-74-0]
Índice de acidez (5.2.29.7). Não mais que 2 mL de É o óleo fixo refinado obtido da semente de uma ou
hidróxido de sódio 0,02 M SV são gastos para neutralizar mais variedades cultivadas de Sesamum indicum L. –
os ácidos graxos livres presentes em 10 g da amostra PEDALIACEAE.
Índice de iodo (5.2.29.10). 84 a 100.
DESCRIÇÃO
Índice de saponificação (5.2.29.8.). 185 a 195.
Características físicas. Óleo amarelo pálido, quase
Matéria insaponificável (5.2.29.14.). No máximo 1,5%. inodoro, de sabor suave. Composto, principalmente, pelos
ácidos linoléico e oléico.
Óleo de algodão. Em tubo de ensaio, agitar 5 mL da
amostra com 5 mL de mistura de álcool n-amílico e enxofre Solubilidade. Insolúvel em água, solúvel em clorofórmio,
a 1% (p/v) em dissulfeto de carbono (1:1). Aquecer, éter etílico e éter de petróleo, pouco solúvel em etanol.
cuidadosamente, até evaporação do dissulfeto de carbono.
Submergir o tubo até um terço de sua profundidade em Constantes físico-químicas.
solução saturada de cloreto de sódio fervente. Não se
desenvolve coloração avermelhada por 15 minutos. Densidade relativa (5.2.5): 0,916 a 0,921.
Óleo de gergelim. Agitar a amostra com igual volume de Temperatura de solidificação (5.2.29.3): 20 °C e 25 °C.
uma mistura de etanol a 90% (v/v) e hidróxido de amônio Utilizar a mistura seca de ácidos graxos.
(9:1). Aquecer em banho-maria até eliminação do etanol e
da amônia. Misturar 2 mL do resíduo com 1 mL de sacarose IDENTIFICAÇÃO
a 1% (p/v) em ácido clorídrico e deixar em repouso por 5
minutos. A camada ácida não deve se colorir de rosa, ou se Agitar 1 mL da amostra e 10 mL de sacarose a 1% (p/v) em
a cor rosa aparecer, deve ser no máximo igual à obtida pela ácido clorídrico por 30 segundos. A camada ácida torna-se
repetição do ensaio com sacarose. rosa e passa a vermelho em repouso (distinção da maioria
dos outros óleos fixos).
Outros óleos vegetais. Num frasco com condensador de
refluxo, saponificar 1 mL da amostra com 5 mL de hidróxido
de potássio etanólico 2 M, por 5 minutos. Adicionar 1,5 mL ENSAIOS DE PUREZA
de ácido acético glacial e 50 mL de etanol a 70% (v/v).
Índice de iodo (5.2.29.10). 103 a 116.
Aquecer até que a solução se torne límpida. Resfriar,
Índice de saponificação (5.2.29.8). 188 a 195.
Triglicerídeo
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Tempo de
Composição (%)
1181
a
Matéria insaponificável (5.2.29.14). No máximo 1,5%. retenção relativo
LLL 0,55 7,0 a 19,0%
Índice de acidez (5.2.29.7). Não mais que 2 ml de
OLL 0,65 13,0 a 30,0%
hidróxido de sódio 0,02 M SV são gastos para neutralizar
PLL 0,69 5,0 a 9,0%
os ácidos graxos livres presentes em 10 g da amostra.
OOL 0,77 14,0 a 25,0%
Óleo de algodão. Em tubo de ensaio agitar 5 mL da amostra POL 0,82 8,0 a 16,0%
e 5 mL de mistura de álcool n-amílico e enxofre a 1% (p/v) OOO 0,93 5,0 a 14,0%
o
em dissulfeto de carbono (1:1). Aquecer, cuidadosamente, SOL 0,97 2,0 a 8,0%
até evaporação do dissulfeto de carbono. Submergir o tubo POO 1,0 2,0 a 8,0%
até um terço de sua profundidade em solução saturada de
cloreto de sódio em ebulição. Não se desenvolve coloração
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
avermelhada por 15 minutos.
Em recipientes herméticos, resistentes à luz, evitando
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
exposição ao calor excessivo.
máximo 0,001% (10 ppm).
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na Impurezas orgânicas voláteis. Proceder conforme descrito
faixa de 230 nm a 350 nm, de solução a 0,002% (p/v) em em Cromatografia a gás (5.2.17.5). Utilizar cromatógrafo
hidróxido de sódio 0,1 M, exibe máximos de absorção em provido de detector de ionização de chamas, utilizando
o
276 nm e 305 nm. A razão entre os valores de absorvância hélio, como gás de arraste; coluna capilar de sílica fundida,
medidos em 305 nm e 276 nm está compreendida entre 1,6 de 30 m de comprimento e 0,53 mm de diâmetro interno,
e 1,8. preenchida com policianopropilfenildimetilsiloxano, com
espessura do filme de 1,8 µm; temperatura da coluna a
C. A mancha principal do cromatograma da Solução (2), 40 ºC por 20 minutos, rapidamente elevada a 240 ºC e
obtida em Substâncias relacionadas 1, corresponde em mantida por 20 minutos; temperatura do injetor a 140 ºC e
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (3). temperatura do detector a 260 ºC.
ÓXIDO DE MAGNÉSIO
1183
a
de detector ultravioleta a 280 nm; coluna de 150 mm de Magnesii oxidum
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octilsilano (5 µm),
MgO; 40,30
mantida a temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel de
óxido de magnésio; 06728
0,8 mL/minuto.
Óxido de magnésio
Tampão fosfato pH 7,6: dissolver 0,725 g de fosfato de [1309-48-4]
o
sódio monobásico e 4,472 g de fosfato de sódio dibásico
anidro em 300 mL de água, diluir para 1000 mL com o Contém, no mínimo, 96,0 % e, no máximo, 100,5% de
mesmo solvente e homogeneizar. Transferir 250 mL da MgO, em relação à substância incinerada.
solução resultante para balão volumétrico de 1000 mL,
adicionar cerca de 980 mL de água, ajustar o pH para 7,6
DESCRIÇÃO
com ácido fosfórico e completar o volume com água.
Características físicas. Pó amorfo, fino e branco.
Fase móvel: mistura de Tampão fosfato pH 7,6 e acetonitrila
(3:1). Solubilidade. Praticamente insolúvel em água. Solúvel em
ácidos diluídos, produzindo ligeira efervescência.
Solução de referência (a): dissolver quantidade exatamente
pesada de omeprazol SQR em mistura de borato de sódio
0,01 M e acetonitrila (3:1) e diluir com o mesmo solvente IDENTIFICAÇÃO
para obter solução a 200 µg/mL.
Dissolver cerca de 15 mg da amostra em 2 mL de ácido
Solução de referência (b): transferir 5 mL da Solução de nítrico a 20% (p/v) e neutralizar com hidróxido de sódio a
referência (a) para balão volumétrico de 10 mL, completar 8,5% (p/v). A solução responde à reação do íon magnésio
o volume com a mesma mistura de borato de sódio 0,01 M (5.3.1.1).
e acetonitrila (3:1), obtendo solução a 100 µg/mL.
o
Ferro (5.3.2.4). Dissolver 40 mg da amostra em 5 mL de
ácido nítrico 2 M, aquecer à ebulição por 1 minuto e diluir Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 100,5% de
para 50 mL com água. Diluir 25 mL da solução obtida para ZnO, em relação à substância incinerada.
45 mL com água, adicionar 2 mL de ácido clorídrico e
prosseguir conforme descrito em Método I. Utilizar 1 mL
de Solução padrão de ferro (1 ppm Fe). No máximo 0,05% DESCRIÇÃO
(500 ppm).
Características físicas. Pó fino, amorfo, branco ou
Metais pesados (5.3.2.3). Dissolver 2 g da amostra em levemente amarelado.
35 mL de ácido clorídrico 3 M e evaporar em banho-
Solubilidade. Insolúvel em água e etanol. Solúvel em ácido
maria até secura. Próximo ao final da evaporação, agitar
acético e amônia. Solúvel em ácidos minerais diluídos.
frequentemente para desintegrar o resíduo, de modo a
obter um pó seco. Dissolver o resíduo em 20 mL de água e
evaporar até secura. Dissolver novamente o resíduo em 20 IDENTIFICAÇÃO
mL de água, filtrar, se necessário, e diluir com água para 40
mL. Diluir 20 mL da solução obtida para 25 mL com água A. Adquire coloração amarela quando submetido a forte
e prosseguir conforme descrito em Método I. No máximo aquecimento, que desaparece após o resfriamento.
0,002% (20 ppm).
B. Dissolver 0,1 g da amostra em 1,5 mL de ácido clorídrico
Sulfatos (5.3.2.2). Pesar 2 g da amostra e adicionar 30 mL SR e diluir para 5 mL com água. A solução responde às
de ácido clorídrico SR. Filtrar, se necessário, adicionar reações do íon zinco (5.3.1.1).
1 mL de cloreto de bário SR, completar o volume para
50 mL com água e aquecer em banho-maria durante 10 ENSAIOS DE PUREZA
minutos. Qualquer opalescência obtida não é mais intensa
que aquela apresentada por 0,2 mg de íon sulfato, em igual Aspecto da solução. Dissolver 1 g da amostra em 15 mL de
volume de líquido, contendo as mesmas quantidades dos ácido clorídrico SR. Não se observa efervescência durante
reagentes. No máximo 0,01% (100 ppm). a dissolução. A solução obtida é incolor (5.2.12) e não é
mais opalescente que a Suspensão de referência II (5.2.25).
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 10,0%. Alcalinidade. Agitar 1 g da amostra com 10 mL de água
fervente. Adicionar duas gotas de fenolftaleína SI e filtrar.
Se o filtrado for vermelho, não é necessário mais que 0,3
DOSEAMENTO mL de ácido clorídrico 0,1 M para promover a viragem do
Proceder conforme descrito em Titulações indicador.
complexométricas para magnésio (5.3.3.4). Incinerar a
Cádmio. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
amostra a 800 °C por 1 hora. Pesar, exatamente, cerca de
de absorção atômica (5.2.13.1). Preparar as Soluções
0,32 g da amostra, dissolver em 7 mL de ácido clorídrico 3
padrão e amostra como descrito a seguir.
M e diluir para 100 mL com água. Titular 20 mL da solução
obtida utilizando edetato dissódico 0,1 M SV. Cada mL de Solução amostra: dissolver 2 g da amostra em 14 mL de
edetato dissódico 0,1 M SV equivale a 4,030 mg de MgO. mistura de água e ácido nítrico isento de cádmio e chumbo
(1:1). Ferver por 1 minuto, resfriar e diluir para 100 mL
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO com água.
o
ácido clorídrico SR e diluir para 10 mL com água. Prosseguir EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
conforme descrito no Método I. Utilizar Solução padrão de
ferro (100 ppm Fe). No máximo 0,02% (200 ppm). Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
p
Sal de sódio do 6-(difluormetoxi)-2-[[(3,4-dimetoxi-2- Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de
piridinil)metil]sulfinil]-1H-benzimidazol (1:1) amostra. Dessecar em estufa a vácuo a 60 ºC, por 4 horas.
[138786-67-1] No máximo 1,0%.
Sal de sódio do 6-(difluormetoxi)-2-[[(3,4-dimetoxi-2-
piridinil)metil]sulfinil]-1H-benzimidazol hidratado (2:2:3) DOSEAMENTO
[164579-32-2]
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
A. Dissolver, exatamente, cerca de 0,35 g da amostra em
C16H14F2N3NaO4S, em relação à substância anidra.
50 mL de etanol. Titular com ácido clorídrico 0,1 M SV.
Determinar o ponto final potenciometricamente ou utilizar
DESCRIÇÃO azul de bromofenol SI como indicador, com viragem
para a cor verde. Realizar ensaio em branco e efetuar as
Características físicas. Pó cristalino branco ou quase correções necessárias. Cada mL de ácido clorídrico 0,1 M
branco, higroscópico. SV equivale a 40,535 mg de C16H14F2N3NaO4S.
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, solúvel em B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
metanol e etanol. de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
Constantes físico-químicas. de detector ultravioleta a 290 nm; coluna de 150 mm de
comprimento e 4 mm de diâmetro interno, empacotada
Faixa de fusão (5.2.2): 150 ºC a 160 ºC, com decomposição. com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
μm); fluxo da Fase móvel de 1,0 mL/minuto.
Poder rotatório específico (5.2.8): –1,0º a +1,0º, em relação à
substância anidra. Determinar em solução aquosa a 5% (p/v). Fase móvel: mistura de acetonitrila e água (75:25).
Aspecto da solução. A solução aquosa a 10% (p/v) é Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL das Soluções
límpida (5.2.25) e levemente amarelada (5.2.12). padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir
as áreas sob os picos principais. Calcular o teor de
C16H14F2N3NaO4S na amostra a partir das respostas obtidas
com as Soluções padrão e amostra.
a 1188 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
p
Calcii pantothenas C. Dissolver 2,5 g da amostra em 50 mL de água. Transferir
1 mL dessa solução para tubo de ensaio e adicionar 1 mL
de hidróxido de sódio SR e 0,1 mL de sulfato cúprico SR.
OH D. Responde às reações do íon cálcio (5.3.1.1).
H
O N 2+
OH Ca ENSAIOS DE PUREZA
-
O O H3C CH3 Aspecto da solução. A solução a 5% (p/v) em água é
2 límpida e incolor.
PARACETAMOL
1189
a
cloreto de metileno, 1 µg de clorofórmio, 2 µg benzeno, 2 Paracetamolum
µg de dioxana e 2 µg de tricloroetileno.
p
Cloretos (5.3.2.1). Dissolver 1,8 g da amostra em 40 mL Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de
de água e prosseguir conforme descrito em Ensaio limite C8H9NO2, em relação à substância anidra.
para cloretos. No máximo 0,02% (200 ppm).
Proceder conforme descrito em Titulações em meio não Faixa de fusão (5.2.2): 168 °C a 172 °C.
aquoso (5.3.3.5). Dissolver 180 mg da amostra em 50 mL
de ácido acético glacial. Titular com ácido perclórico 0,1 M IDENTIFICAÇÃO
SV. Determinar o ponto final potenciometricamente. Cada
mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 23,826 mg de O teste de identificação B. pode ser omitido se forem
C18H32CaN2O10. realizados os testes A. e C. O teste de identificação A. pode
ser omitido se forem realizados os testes B. e C.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. de potássio, apresenta máximos de absorção somente
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
ROTULAGEM intensidades relativas daqueles observados no espectro de
paracetamol SQR, preparado de maneira idêntica.
Observar a legislação vigente.
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 200 nm a 400 nm, de solução da amostra a 0,0005% (p/v)
CLASSE TERAPÊUTICA em mistura de ácido clorídrico 0,1 M e metanol (1:100), exibe
Suplemento alimentar máximos e mínimos somente nos mesmos comprimentos de
onda de solução similar de paracetamol SQR.
ENSAIOS DE PUREZA
pH (5.2.19). 5,3 a 6,5. Determinar na solução saturada.
4-aminofenol a 0,005% (p/v), na mesma mistura de Cinzas sulfatadas (5.2.10). No máximo 0,1%.
solventes. Adicionar, simultaneamente, à solução amostra e
à solução padrão, 0,2 mL de solução de carbonato de sódio DOSEAMENTO
anidro a 1% (p/v), recentemente preparada. Homogeneizar
e deixar em repouso durante 30 minutos. A coloração azul Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
desenvolvida na solução amostra não é mais intensa que a absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar, exatamente,
solução padrão. cerca de 0,15 g de amostra, dissolver em 50 mL de
hidróxido de sódio 0,1 M, adicionar 100 mL de água,
Cloroacetanilida. Proceder conforme descrito em agitar mecanicamente por 15 minutos e adicionar água
Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1). Preparar suficiente para 200 mL. Homogeneizar e filtrar. Diluir 10
a fase estacionária dissolvendo 8 mg de acetato de sódio mL do filtrado para 100 mL com água. Transferir 10 mL
em 50 mL de água, adicionando, em seguida, 20 g de da solução resultante para balão volumétrico de 100 mL,
sílica-gel GF254. Preparar placas com 0,5 mm de espessura. adicionar 10 mL de hidróxido de sódio 0,1 M e completar
p
Utilizar como fase móvel mistura de clorofórmio, benzeno o volume com água. Preparar a solução padrão na mesma
e acetona (65:10:25). Aplicar, separadamente, à placa, concentração, utilizando hidróxido de sódio 0,01 M como
100 µL da Solução (1) e 20 µL da Solução (2), descritas solvente. Medir as absorvâncias das soluções resultantes
a seguir. em 257 nm, utilizando hidróxido de sódio 0,01 M para
ajuste do zero. Calcular o teor de C8H9NO2 na amostra a
Solução (1): transferir 1 g da amostra para um tubo de
partir das leituras obtidas. Alternativamente, realizar os
centrífuga de 15 mL com tampa, adicionar 5 mL de éter
cálculos considerando A(1%, 1 cm) = 715, em 257 nm.
etílico, agitar mecanicamente, por 30 minutos, e centrifugar
a 1000 rpm, por 15 minutos ou até obter separação nítida.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Solução (2): solução de p-cloroacetanilida a 10 µg/mL em
etanol. Em recipientes bem fechados e opacos.
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir
quantidade do pó equivalente a 1 g de paracetamol para
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. um tubo de centrífuga de 15 mL com tampa de vidro
esmerilhada. Adicionar 5 mL de éter etílico e agitar
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. mecanicamente por 30 minutos. Centrifugar a 1000
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. rotações por minuto, durante 15 minutos ou até obter
sobrenadante límpido. Utilizar o sobrenadante.
p
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
etanol.
Meio de dissolução: tampão fosfato pH 5,8, 900 mL
Solução (3): preparar solução a 0,005% (p/v) de
Aparelhagem: cestas, 50 rpm p-cloroacetanilida em etanol.
Tempo: 30 minutos Solução (4): dissolver 0,25 g de p-cloroacetanilida e 0,1 g de
paracetamol em etanol e completar o volume para 100 mL.
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio
de dissolução, filtrar e diluir em tampão fosfato pH 5,8 Desenvolver o cromatograma em cuba não saturada, até a
até concentração adequada. Medir as absorvâncias das fase móvel atingir 14 cm da origem. Remover a placa, secar
soluções resultantes em 243 nm (5.2.14), em comparação com o auxílio de corrente de ar quente e examinar sob luz
com uma solução de paracetamol SQR a 0,0017% (p/v) ultravioleta (254 nm). Qualquer mancha correspondente à
em tampão fosfato pH 5,8. Utilizar o mesmo solvente p-cloroacetanilida obtida no cromatograma com a Solução
para o ajuste do zero. Calcular a quantidade de C8H9NO2 (1) não é mais intensa que a mancha obtida no cromatograma
dissolvido no meio a partir das leituras obtidas. com a Solução (3). Qualquer mancha secundária obtida no
cromatograma com a Solução (2) com valor de Rf inferior
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
ao da p-cloroacetanilida não é mais intensa que a mancha
declarada de C8H9NO2 se dissolvem em 30 minutos.
obtida no cromatograma com a Solução (3). O teste só
é válido se o cromatograma obtido com a Solução (4)
ENSAIOS DE PUREZA mostrar duas manchas principais nitidamente separadas,
sendo que a mancha correspondente a p-cloroacetanilida
4-Aminofenol. Proceder conforme descrito em apresenta Rf de maior valor.
Cromatografia a líquido de alta eficiência (5.2.17.4).
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
272 nm; coluna de 200 mm de comprimento e 4,6 mm de TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
Contagem do número total de micro-organismos
ligada a octadecilsilano (10 µm); fluxo da Fase móvel de
mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
2 mL/minuto.
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Fase móvel: preparar solução de butanossulfonato de sódio
Cumpre o teste.
0,01 M utilizando como solvente mistura de água, metanol
e ácido fórmico (85:15:0,4).
DOSEAMENTO
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir
quantidade do pó equivalente a 1 g de paracetamol para balão Empregar um dos métodos descritos a seguir.
volumétrico de 100 mL, adicionar 15 mL de metanol e agitar.
Completar o volume com água, homogeneizar e filtrar. A. Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir
quantidade do pó equivalente a 0,15 g de paracetamol
Solução (2): preparar solução a 0,001% (p/v) de para balão volumétrico de 200 mL. Adicionar 50 mL
4-aminofenol em metanol 15% (v/v). de hidróxido de sódio 0,1 M, 100 mL de água, agitar
mecanicamente por 15 minutos e completar o volume com
Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL da Solução água. Homogeneizar, filtrar e diluir 10 mL do filtrado para
(1) e da Solução (2), registrar os cromatogramas e medir 100 mL com água. Transferir 10 mL da solução resultante
as áreas sob os picos. A área sob o pico correspondente ao para balão volumétrico de 100 mL, adicionar 10 mL de
4-aminofenol obtido no cromatograma com a Solução (1) hidróxido de sódio 0,1 M e completar o volume com água.
não é maior que o pico principal obtido no cromatograma Preparar solução padrão de paracetamol em hidróxido
com a Solução (2). de sódio 0,01 M, na mesma concentração final. Medir as
absorvâncias das soluções resultantes em 257 nm (5.2.14),
a 1192 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
p
Solução amostra: dissolver quantidade exatamente pesada
da amostra na Fase móvel. Agitar mecanicamente por 10 C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
minutos e deixar em ultrassom por 5 minutos. Diluir com o da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
mesmo solvente até a concentração de 10 μg/mL. corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
PARAMINOBENZOATO DE POTÁSSIO
1193
a
Kalli 4-aminobenzoas
DOSEAMENTO COO K
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
p
solventes. Medir as absorvâncias das soluções resultantes
em 249 nm, utilizando solução metanólica de ácido Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,0% de
clorídrico 0,1 M para ajuste do zero. Calcular a quantidade C7H6KNO2 em relação à substância anidra.
de C8H9NO2 na solução oral, a partir das leituras obtidas.
Alternativamente, realizar os cálculos considerando A(1%,
1cm) = 880, em 249 nm. DESCRIÇÃO
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido Características físicas. Pó branco, cristalino.
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 243 nm; coluna de 250 mm de Solubilidade. Facilmente solúvel em água, pouco solúvel
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada em etanol e praticamente insolúvel em éter etílico.
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
μm), mantida à temperatura de 25 °C; fluxo da Fase móvel IDENTIFICAÇÃO
de 1,0 mL/minuto.
A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
Fase móvel: mistura de água e metanol (75:25). faixa de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,001% (p/v) em
hidróxido de sódio 0,001 M, exibe máximos e mínimos
Solução amostra: transferir volume, precisamente medido,
somente nos mesmos comprimentos de onda de solução
de solução oral equivalente a 200 mg de paracetamol para
similar de paraminobenzoato de potássio SQR.
balão volumétrico de 200 mL, completar o volume com
Fase móvel e homogeneizar. Transferir 1 mL dessa solução B. Dissolver cerca de 400 mg da amostra em 10 mL de
para balão volumétrico de 100 mL, completar o volume água. Adicionar 1 mL de ácido clorídrico 3 M, filtrar e
com Fase móvel, homogeneizar e filtrar. lavar o precipitado com duas alíquotas de 5 mL de água
fria. Lavar com etanol e deixar recristalizar. Dessecar
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
o precipitado obtido a 110 °C por uma hora. O ponto de
de paracetamol SQR em Fase móvel de modo a obter
fusão (5.2.2) do ácido paraminobenzoico assim obtido é
concentração final de 0,01 mg/mL.
entre 186,0 °C e 189,5 °C.
O desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos picos
C. A solução a 1% (p/v) da amostra responde às reações do
registrados não é maior que 2,0%.
íon potássio (5.3.1.1).
Procedimento: injetar, separadamente, 10 µL da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas ENSAIOS DE PUREZA
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
C8H9NO2 na solução oral a partir das respostas obtidas com pH (5.2.19). 8,0 a 9,0. Determinar na solução 5% (p/v).
a Solução padrão e a Solução amostra.
Substâncias voláteis diazotadas.
p
de sódio M. Homogeneizar e deixar em repouso por 30 Características físicas. Pó branco, cristalino ou cristais
minutos. Determinar a absorvância (5.2.14) das soluções incolores.
em 405 nm, utilizando o ensaio em branco para ajuste do
zero. A absorvância da Solução (2) não deve ser maior que Solubilidade. Ligeiramente solúvel em água, praticamente
a apresentada pela Solução (1) (0,002%). insolúvel em etanol.
Solução padrão: preparar uma solução, em água livre de Metais pesados (5.3.2.3). Dissolver 2 g da amostra em 25
compostos orgânicos, contendo em cada mL, 10 µg de mL de água, ajustar o pH para a faixa entre 3,0 e 4,0 com
cloreto de metileno, 1 µg de clorofórmio, 2 µg benzeno, 2 ácido acético M ou hidróxido de amônio 6 M. diluir com
µg de dioxana e 2 µg de tricloroetileno. água e homogeneizar. Proceder conforme Ensaio limite
p
para metais pesados, Método I. No máximo 0,001% (10
Procedimento: injetar, separadamente, 1 µL da Solução ppm).
amostra e da Solução padrão no cromatógrafo a gás.
Obter os cromatogramas e medir a área sob os picos. Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
Identificar, baseado no tempo de retenção, qualquer pico amostra, em sílica-gel. Dessecar por 12 horas. No máximo
presente no cromatograma da Solução amostra. A presença 0,5%.
e a identificação dos picos no cromatograma devem ser
estabelecidas comparando os cromatogramas da Solução
DOSEAMENTO
amostra e Solução padrão. Limite: benzeno 2 ppm,
clorofórmio 50 ppm, dioxana 100 ppm, cloreto de metileno Proceder conforme descrito em Cromatografia em coluna
500 ppm e tricloroetileno 80 ppm. Cumpre o teste. por troca iônica (5.2.17.3). Utilizar cromatógrafo provido
de detector por condutividade, coluna cromatográfica
Substâncias Insolúveis. Dissolver 20 g da amostra em
de 7,5 cm de comprimento e 4,6 mm de diâmetro
150 mL de água morna. Filtrar em um filtro de média
interno, empacotada com gel poroso de poliacrilato ou
porosidade, previamente pesado. Lavar com três porções
polimetacrilato com grupos de amônia quaternária com,
de 50 mL de água morna. Secar o resíduo a 105 °C por 3
cerca de, 10 μm; fluxo da Fase móvel de 1,2 mL/minuto.
horas. O peso do resíduo não excede 0,005% (50 ppm).
Fase móvel: dissolver 1,66 g de ácido ftálico em 1000 mL
Cloretos (5.3.2.1). Pesar 10 g da amostra e proceder
de água. Ajustar o pH para 4,5 com, aproximadamente,
conforme descrito em Ensaio limite para cloretos. No
0,45 g de hidróxido de lítio. Filtrar.
máximo 0,003% (30 ppm).
Solução amostra: dissolver quantidade, exatamente pesada,
Cloretos e cloratos (5.3.2.1). Pesar, exatamente, cerca de
da amostra em água para obter solução a 0,5 mg/mL.
3,5 g da amostra, adicionar 30 mL de água, 1 mL de ácido
Transferir 20 mL dessa solução para balão volumétrico de
nítrico e 0,1 g de nitrito de sódio. Deixar esfriar e proceder
100 mL e completar o volume com água, obtendo solução
conforme Ensaio limite para cloretos. No máximo 0,01%
a 0,1 mg/mL.
(100 ppm) (calculado como cloretos).
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
Sódio. Preparar uma solução a 10% da amostra. Mergulhar
de perclorato de potássio SQR em água para obter solução
uma alça de platina nesta solução e levar à chama. Não
a 0,5 mg/mL. Transferir 20 mL dessa solução para balão
aparece coloração amarela pronunciada na chama.
volumétrico de 100 mL e completar o volume com água,
Sulfatos (5.3.2.2). Pesar, exatamente, cerca de 1 g da obtendo solução a 0,1 mg/mL.
amostra e dissolver em 40 mL de água. Proceder conforme
Procedimento: injetar, separadamente, 50 µL da Solução
Ensaio limite para sulfatos. Utilizar 0,25 mL da solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
padrão. No máximo 0,012% (120 ppm).
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de KClO4
Cálcio. A opalescência desenvolvida na Preparação na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
amostra após 15 minutos não é mais intensa do que na padrão e a Solução amostra.
Preparação padrão, preparada de maneira semelhante. No
máximo 100 ppm. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Preparação amostra: pesar, exatamente, cerca de 5 g da Em recipientes bem fechados.
amostra transferir para um béquer e adicionar 90 mL de
água. Aquecer até a ebulição. Deixar esfriar, filtrar para
balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com ROTULAGEM
água destilada livre de dióxido de carbono. Em um tubo
Observar a legislação vigente.
de Nessler, misturar 0,2 mL de solução padrão etanólica
de cálcio (100 ppm Ca) e 1 mL de oxalato de amônio SR.
a 1196 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
p
KMnO4, em relação à substância dessecada.
DESCRIÇÃO ROTULAGEM
Características físicas. Cristais violeta escuro, com brilho Observar a legislação vigente
metálico, inodoros, inalteráveis ao ar.
IDENTIFICAÇÃO
PETROLATO BRANCO
A. Dissolver 50 mg da amostra em 5 mL de água.
Adicionar 1 mL de etanol e 0,3 mL de hidróxido de sódio
SR. Desenvolve-se coloração verde. Aquecer até ebulição. petrolato branco; 09104
Forma-se um precipitado castanho escuro.
B. Responde às reações do íon permanganato (5.3.1.1). Mistura purificada de hidrocarbonetos semi-sólidos obtidos
do petróleo. Pode conter estabilizante adequado.
C. Filtrar a mistura obtida no teste A. de Identificação. O
filtrado responde às reações do íon potássio (5.3.1.1).
DESCRIÇÃO
p
solução permaneça incolor, adicionar 0,1 mL de alaranjado
de metila SI. A solução não se torna vermelha ou rósea. aquecimento. No máximo 0,05%.
Consistência
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Aparelhagem. Determinar a consistência utilizando um
Em recipientes bem fechados.
penetrômetro, o qual deve possuir um pistão metálico
polido, de 150 g, em forma de cone e uma ponta de aço
destacável. A ponta do cone deve ter um ângulo de 30° e a ROTULAGEM
extremidade truncada um diâmetro de (0,381 ± 0,025) mm.
O diâmetro da base da ponta deve ser de (8,38 ± 0,05) mm Observar a legislação vigente.
e o comprimento da ponta deve ser de (14,94 ± 0,05) mm.
A porção restante do cone deve ter um ângulo de 90°, altura CATEGORIA
de cerca de 28 mm e diâmetro máximo na base de cerca
de 65 mm. Os recipientes para o teste devem ser cilindros Excipiente.
metálicos de fundo chato, cujo diâmetro deve ser de (100
± 6) mm e altura de, no mínimo, 65 mm. Eles devem
ser fabricados com metal de 1,6 mm e devem apresentar PETROLATO LÍQUIDO
tampas bem vedadas e impermeáveis à água. Paraffinum liquidum
Procedimento: aquecer, em forno, quantidade suficiente
da amostra a (82 ± 2,5) °C e transferir para os cilindros petrolato líquido; 09388
previamente aquecidos à mesma temperatura, preenchendo Óleos da parafina
até 6 mm da borda. Resfriar a (25 ± 2,5) °C por um período [8012-95-1]
de, no mínimo, 16 horas, protegendo da exposição ao
ambiente. Duas horas antes do teste, colocar os cilindros Mistura de hidrocarbonetos líquidos obtidos do petróleo.
num banho-maria a (25 ± 0,5) °C. Se a temperatura
ambiente estiver abaixo de 23,5 °C ou acima de 26,5 °C,
ajustar a temperatura do cone a (25 ± 0,5) °C, colocando-o DESCRIÇÃO
num banho-maria. Sem provocar distúrbios na superfície
Características físicas. Líquido oleoso, límpido, incolor e
da amostra, colocar o cilindro na mesa do penetrômetro
não fluorescente à luz do dia.
e abaixar o cone até que a ponta toque a superfície da
amostra num ponto de 25 mm a 38 mm abaixo da borda do Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, pouco
cilindro. Zerar a escala do aparelho e liberar rapidamente o solúvel em etanol e miscível com hidrocarbonetos.
pistão, então deixá-lo livre por 5 segundos. Fixar o pistão
e realizar a leitura. Fazer três ou mais leituras, cada uma Constantes físico-químicas.
espaçada da outra, de modo que não haja sobreposição das
áreas de penetração. Quando a penetração exceder 20 mm, Densidade Relativa (5.2.5): 0,827 a 0,890.
usar um recipiente separado com a amostra para cada teste. Viscosidade (5.2.7): 110 mPa.s a 230 mPa.s.
Ler a penetração até décimos de milímetro. Calcular a
média de três ou mais leituras e realizar mais testes até um
total de 10 se os resultados individuais diferirem da média IDENTIFICAÇÃO
por mais do que 3%. A média de todos os testes deve ser,
no mínimo, 10 mm e, no máximo, 30 mm, indicando um A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14)
valor de consistência entre 100 e 300. da amostra apresenta máximos de absorção somente
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
Ácidos orgânicos. Pesar 20 g da amostra e adicionar 100 intensidades relativas daquelas observados no espectro de
mL de uma mistura de etanol previamente neutralizado petrolato líquido SQR, preparado de maneira idêntica.
a 1198 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
p
Observar a legislação vigente.
Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos. Usar reagentes
para espectrofotometria. Introduzir 25 mL num funil de
separação com rolha esmerilhada de 125 mL. Adicionar CATEGORIA
25 mL de hexano previamente agitado duas vezes com
5 mL de dimetilsulfóxido. Misturar e adicionar 5 mL de Adjuvante farmacotécnico.
dimetilsulfóxido. Agitar vigorosamente por 1 minuto e
deixar de repouso para formação de duas fases. Transferir
a camada de baixo para um segundo funil de separação e PIPERAZINA
adicionar mais 2 mL de hexano e agitar vigorosamente. Piperazinum
Deixar de repouso para formação de duas fases. Separar
a camada de baixo e medir a absorvância (5.2.14) entre
260 nm a 420 nm Preparar branco em paralelo utilizando
H
a camada de baixo obtida na agitação vigorosa em funil de N
separação de 5 mL de dimetilsulfóxido com 25,0 mL de
hexano. Preparar uma solução padrão de naftaleno a 7 mg/L
em isooctano e medir a absorvância a 275 nm, utilizando N
isooctano como branco. Em nenhum comprimento de H
onda entre 260 nm e 420 nm a absorvância da solução
C4H10N2; 86,14
teste excede um terço da absorvância da solução padrão
piperazina; 07099
a 275nm.
Piperazina
Substâncias carbonizáveis. Usar um tubo com rolha [110-85-0]
esmerilhada de aproximadamente 125 mm de comprimento
e 18 mm de diâmetro interno, graduado em 5 mL e 10 Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de
mL; lavar com solução de limpeza ácido crômico, rinsar C4H10N2, em relação à substância anidra.
com água e secar. Introduzir 5 mL da amostra e 5 mL de
ácido sulfúrico livre de nitrogênio. Inserir a rolha e agitar
DESCRIÇÃO
o mais vigorosamente possível na direção longitudinal do
tubo por 5 segundos. Após a retirada da tampa, colocar Características físicas. Grumos ou flocos brancos ou
imediatamente o tubo num banho de água, evitando o esbranquiçados, odor amoniacal.
contato do tubo com o fundo ou lateral do banho, e aquecer.
Após 2 minutos, 4 minutos, 6 minutos e 8 minutos remover Solubilidade. Solúvel em água e em etanol, insolúvel em
o tubo do banho e agitar o mais vigorosamente possível na éter etílico.
direção longitudinal do tubo por cinco segundos. No final
Constantes físico-químicas.
de 10 minutos de aquecimento, remover o tubo do banho
de água e deixar em repouso por 10 minutos. Centrifugar a Faixa de fusão (5.2.2): entre 109 °C e 113 °C.
2000 g por 5 minutos. Transferir 4 mL da camada superior
para um tubo de ensaio limpo. A coloração não é mais
intensa (5.2.12) que 4 mL de uma mistura de 0,6 mL de IDENTIFICAÇÃO
uma solução padrão marrom e 9,4 mL de uma solução
A. Dissolver cerca de 0,2 g da amostra em 5 mL de
de ácido clorídrico a 1% (p/v). A camada inferior não é
ácido clorídrico diluído e adicionar, com agitação, 1 mL
de coloração mais intensa que uma mistura de 0,5 mL de
de solução de nitrito de sódio a 50% (p/v). Resfriar em
Solução base de sulfato cúprico, 1,5 mL de Solução base
banho de gelo por 15 minutos, agitar, se necessário, para
de cloreto cobaltoso, 3 mL de Solução base de cloreto
induzir a cristalização. Filtrar o precipitado em funil de
férrico e 2 mL de ácido clorídrico a 1% (p/v).
fundo poroso, lavar o precipitado com 10 mL de água fria
e dessecar a 105 °C: a N,N’-dinitrosopiperazina assim
obtida, funde entre 156 °C e 160 °C.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
PIRAZINAMIDA
1199
a
Pyrazinamidum
B. Responde às reações do íon citrato (5.3.1.1).
O
ENSAIOS DE PUREZA
N
Aspecto da solução. Dissolver 10 g da amostra em água e NH2
diluir para 50 mL utilizando o mesmo solvente. A solução
obtida não é mais corada (5.2.12) que a solução referência N
preparada pela adição de 2 mL de Solução base de cloreto
férrico em água e diluída para 50 mL com o mesmo C5H5N3O; 123,11
solvente, quando comparadas em tubos de Nessler. pirazinamida; 07141
2-Pirazinacarboxamida
Aminas Primárias e Amônia. Dissolver 0,2 g da amostra
[98-96-4]
p
em 10 mL de água, adicionar 1 mL de acetona e 0,5 mL
de solução recentemente preparada de nitroprusseto de
sódio a 10% (p/v). Misturar e deixar em repouso por 10 Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de
minutos. Medir a absorvância (5.2.14) desta solução a 520 C5H5N3O, em relação à substância anidra.
nm e a 600 nm, preparando o branco da mesma maneira
que a solução anteriormente descrita, exceto pela amostra. DESCRIÇÃO
A razão entre a absorvância a 600 nm e a absorvância a 520
nm é no máximo 0,5 (equivale a cerca de 0,7% de aminas Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
primárias e amônia). branco. Inodoro ou praticamente inodoro.
Água (5.2.20.1). No máximo 2%. Solubilidade. Ligeiramente solúvel em água, pouco solúvel
em etanol, éter etílico e clorofórmio.
DOSEAMENTO Constantes físico-químicas.
Proceder conforme descrito em Titulações em meio não Faixa de fusão (5.2.2): 188 ºC a 191 ºC.
aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 0,15 g da
amostra e dissolver em 75 mL de ácido acético glacial.
Titular potenciometricamente com ácido perclórico 0,1 M
IDENTIFICAÇÃO
SV, utilizar o sistema eletrodo prata-vidro. Ao aproximar- O teste A. poderá ser omitido se forem realizados os testes
se o ponto de viragem, aquecer a solução a 68-70 °C, em B.,C. e D. Os testes B. e C. poderão ser omitidos se forem
seguida completar a titulação. Realizar ensaio em branco e realizados os testes A. e D.
fazer as correções necessárias. Cada mL de ácido perclórico
0,1 M equivale a 4,307 mg de C4H10N2. A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
Em recipientes herméticos protegidos da luz. observados no espectro de pirazinamida SQR, preparado
de maneira idêntica.
ENSAIOS DE PUREZA
Aspecto da solução. Dissolver 0,5 g da amostra em água
livre de dióxido de carbono e diluir para 50 mL no mesmo
a 1200 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
p
IDENTIFICAÇÃO
Solução (1): transferir 0,1 g da amostra para balão
volumétrico de 10 mL, diluir em mistura de metanol e O teste de identificação A. pode ser omitido se forem
cloreto de metileno (1:9) e completar o volume com o realizados os testes B., C. e D. O teste de identificação B.
mesmo solvente. poderá ser omitido se forem realizados os testes A., C. e D.
Solução (2): transferir 1 mL da Solução (1) para balão A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade
volumétrico de 50 mL e completar o volume com mistura de pó equivalente a 50 mg de pirazinamida com 50 mL
de metanol e cloreto de metileno (1:9). Transferir 1 mL de etanol absoluto. Filtrar e evaporar o filtrado até secura.
desta solução para balão volumétrico de 10 mL e completar Secar o resíduo em estufa a 105 ºC por 30 minutos. O
o volume com o mesmo solvente. resíduo responde ao teste A. de Identificação na monografia
de Pirazinamida.
Solução (3): transferir 10 mg de ácido nicotínico SQR
para balão volumétrico de 10 mL, dissolver em mistura B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de metanol e cloreto de metileno (1:9), adicionar 1 mL da de 200 nm a 400 nm da solução amostra, obtida no método
Solução (1) e completar o volume com o mesmo solvente. A. de Doseamento, exibe máximos de absorção idênticos
aos observados no espectro da solução padrão.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com da Solução amostra, obtida no método B. do Doseamento,
a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
intensa que aquela obtida com a Solução (2) (0,2%). O
teste somente é válido se o cromatograma obtido com a D. Pesar e pulverizar os comprimidos. Ferver quantidade
Solução (3) apresenta duas manchas principais nitidamente do pó equivalente a 20 mg de pirazinamida com 5 mL de
separadas. hidróxido de sódio 5 M. Desprende-se odor característico
de amônia.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
máximo 0,001% (10 ppm).
CARACTERÍSTICAS
Água (5.2.20.1). No máximo 0,5%.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.
No máximo 0,1%. Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
p
A (1%, 1cm) = 650, em 268 nm, em água. com sílica quimicamente ligada a octadecilsilano (5 mm),
mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel de
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade 1,0 mL/minuto.
declarada de C5H5N3O se dissolvem em 45 minutos. Fase móvel: transferir 0,6805 g de fosfato de potássio
monobásico para balão volumétrico de 250 mL, dissolver
ENSAIOS DE PUREZA em água e completar o volume com o mesmo solvente.
Transferir a solução obtida para balão volumétrico de
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em 1000 mL. Adicionar 18 mL de hidróxido de sódio 0,2 M e
Substâncias relacionadas na monografia de Pirazinamida. completar o volume com água. Ajustar o pH para 3,0 ± 0,2
Preparar as soluções como descrito a seguir. com ácido fosfórico. Misturar 10 mL de acetonitrila com
1000 mL dessa solução, filtrar e desgaseificar.
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Dissolver
quantidade do pó equivalente a 0,1 g de pirazinamida em 50 Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
mL de mistura de metanol e clorofórmio (1:9), agitar por 15 Transferir quantidade do pó equivalente a 0,1 g de
minutos. Filtrar, evaporar o filtrado até secura e dissolver o pirazinamida para balão volumétrico de 100 mL,
resíduo com o mesmo solvente, até completar 10 mL. acrescentar 70 mL de água. Deixar em ultrassom por 15
minutos e agitar mecanicamente por 15 minutos. Completar
Solução (2): transferir 1 mL da Solução (1) para balão
o volume com o mesmo solvente. Homogeneizar e filtrar.
volumétrico de 50 mL e completar o volume com mistura
Transferir 1 mL do filtrado para balão volumétrico de 25
de metanol e clorofórmio (1:9). Transferir 1 mL desta
mL e completar o volume com água.
solução para balão volumétrico de 10 mL e completar o
volume com o mesmo solvente. Solução padrão: transferir 50 mg de pirazinamida SQR para
balão volumétrico de 50 mL, dissolver em água e completar
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
o volume com o mesmo solvente. Transferir 1 mL desta
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
solução para balão volumétrico de 25 mL e completar o
Qualquer mancha obtida no cromatograma da Solução (1),
volume com água, obtendo solução a 40 mg/mL.
diferente da mancha principal, não é mais intensa do que
aquela obtida com a Solução (2) (0,2%). Solução de resolução: transferir 1 mL de ácido clorídrico
para balão volumétrico de 5 mL e completar o volume
Água (5.2.20.1). No máximo 3,0%.
com a Solução padrão. Deixar esta solução em banho
de água fervente por 5 minutos, para formação do ácido
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA pirazinóico. Resfriar.
Empregar um dos métodos descritos a seguir. Procedimento: injetar, separadamente, 20 mL das Soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C5H5N3O nos
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20 comprimidos a partir das respostas obtidas para as Soluções
comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente padrão e amostra.
a 0,1 g de pirazinamida para balão volumétrico de 500
mL contendo 350 mL de água. Deixar em ultrassom
a 1202 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
p
Adicionar 0,05 mL de vermelho de metila SI e 0,4 mL
de ácido clorídrico 0,01 M. Desenvolve-se coloração
N vermelha ou alaranjada.
p
ROTULAGEM de pirimetamina SQR na concentração de 0,001% (p/v),
preparada no mesmo solvente.
Observar a legislação vigente.
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
declarada de C12H13ClN4 se dissolvem em 45 minutos.
CLASSE TERAPÊUTICA
Antimalárico e antitoxoplasmose. TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Contagem do número total de micro-organismos
PIRIMETAMINA COMPRIMIDOS mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
ROTULAGEM
CARACTERÍSTICAS
Observar a legislação vigente.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
PIROXICAM CÁPSULAS
Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) em 20 mL de
cloreto de metileno.
p
idêntico ao observado no espectro da Solução padrão. TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma Contagem do número total de micro-organismos
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste.
CARACTERÍSTICAS
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. DOSEAMENTO
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. A. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
Proceder conforme método B. de Doseamento. de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 248 nm; coluna de 300 mm de
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) comprimento e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL (10 µm), mantidas a temperatura ambiente, fluxo da Fase
móvel de 2 mL/minuto. Preparar as soluções como descrito
Aparelhagem: cestas, 100 rpm a seguir:
Tempo: 45 minutos Tampão fosfato de sódio dibásico: dissolver 5,35 g de
Procedimento: após o teste, retirar alíquota de 10 mL do fosfato de sódio dibásico dodecaidratado em 100 mL de
meio de dissolução, filtrar e diluir em ácido clorídrico 0,1 água. Dissolver 7,72 g de ácido cítrico em 400 mL de água.
M até a concentração adequada. Medir as absorvâncias das Transferir as duas soluções para balão volumétrico de 1000
soluções em 242 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente mL e completar o volume com água.
para ajuste do zero. Calcular a quantidade de C15H13N3O4S Fase móvel: mistura de metanol e Tampão fosfato de sódio
dissolvida no meio usando o valor de A(1%, 1 cm) = 352, dibásico (60:40).
em 242 nm, em ácido clorídrico 0,1 M.
Solução amostra: pesar 20 cápsulas, remover o conteúdo
Tolerância: Não menos que 70% (Q) da quantidade e pesá-las novamente. Homogeneizar o conteúdo das
declarada de C15H13N3O4S se dissolvem em 45 minutos. cápsulas. Transferir quantidade de pó equivalente a 10
mg de piroxicam para balão volumétrico de 200 mL,
ENSAIOS DE PUREZA adicionar 150 mL de ácido clorídrico metanólico 0,01 M,
agitar e deixar em ultrassom a temperatura ambiente por
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em 30 minutos. Resfriar e completar o volume com o mesmo
Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando solvente. Filtrar a solução com filtro quantitativo.
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de tolueno e
ácido acético glacial (90:10), como fase móvel. Aplicar, Solução padrão: preparar solução a 0,005% (p/v) de
separadamente, à placa, 10 mL de cada uma das soluções piroxicam SQR em ácido clorídrico metanólico 0,01 M.
recentemente preparadas, descritas a seguir. Submeter a solução, se necessário, a banho de ultrassom a
temperatura ambiente.
Solução (1): misturar quantidade do pó contendo 80 mg de
piroxicam com 25 mL de cloreto de metileno, filtrar e levar Procedimento: injetar, separadamente, 10 µL das Soluções
o filtrado a secura usando evaporador rotatório. Dissolver padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir
o resíduo em 2 mL de cloreto de metileno. as áreas sob os picos. Calcular o teor de C15H13N3O4S,
na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
padrão e a Solução amostra.
CARACTERÍSTICAS
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1205
a
pH (5.2.19). 7,2 a 8,2. Determinar em solução do gel a
B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria 10% (p/v).
de absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar 20 cápsulas,
remover o conteúdo e pesá-las novamente. Homogeneizar Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
o conteúdo das cápsulas. Transferir quantidade de pó
equivalente a 25 mg de piroxicam para balão volumétrico TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
de 250 mL e completar o volume com hidróxido de sódio
0,1 M. Diluir, sucessivamente, com o mesmo solvente, até Contagem do número total de micro-organismos
concentração final de 10 µg/mL. Preparar a solução padrão mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
na mesma concentração utilizando o mesmo solvente.
Medir as absorvâncias das soluções em 354 nm, utilizando Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
hidróxido de sódio 0,1 M para ajuste do zero. Calcular o Cumpre o teste.
teor de C15H13N3O4S nas cápsulas, a partir das respostas
p
obtidas para a Soluções padrão e a Solução amostra. DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e em de detector ultravioleta a 248 nm; coluna de 250 mm de
temperatura ambiente. comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octilsilano (3 µm a
10 µm), e pré-coluna de 100 mm de comprimento e 4,6 mm
ROTULAGEM de diâmetro interno quimicamente ligada a octilsilano (5
µm), mantidas a temperatura de 40 °C, fluxo da Fase móvel
Observar legislação vigente.
de 1,0 mL/minuto. Preparar as soluções como descrito a
seguir:
PIROXICAM GEL Fase móvel: mistura de fosfato de sódio dibásico di-
hidratado 0,05 M, com o pH ajustado para 3,5 com ácido
fosfórico, acetonitrila e metanol (55:30:15).
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da
quantidade declarada de C15H13N3O4S. Solução amostra: transferir quantidade de gel equivalente
a 5 mg de piroxicam para balão volumétrico de 100 mL,
adicionar 5 mL de ácido clorídrico metanólico 0,01 M e
IDENTIFICAÇÃO
agitar por 30 minutos. Adicionar 50 mL de Fase móvel e
A. Proceder conforme descrito em Cromatografia em agitar vigorosamente por 30 minutos. Completar o volume
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, com a Fase móvel e agitar. Filtrar a solução com filtro de
como suporte, e mistura de acetato de etila, metanol e microfibra de vidro de 1,0 µm de diâmetro de poro.
ácido acético glacial (80: 10: 1), como fase móvel. Aplicar,
Solução padrão: preparar uma solução a 0,10% (p/v) de
separadamente, à placa, 5 mL de cada uma das soluções
piroxicam SQR em ácido clorídrico metanólico 0,01 M.
recentemente preparadas, descritas a seguir.
Submeter a solução, se necessário, a banho de ultrassom
Solução (1): misturar quantidade de gel contendo 10 mg a temperatura ambiente. Retirar alíquota de 5 mL dessa
de piroxicam com 0,1 mL da solução saturada de ácido solução, transferir para balão volumétrico de 100 mL e
clorídrico até que a solução fique turva. Diluir para 5 mL completar o volume com Fase móvel.
com ácido clorídrico metanólico 0,01 M. Agitar bem,
Procedimento: injetar, separadamente, 10 µL das Soluções
centrifugar e utilizar a solução sobrenadante límpida.
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir
Filtrar a solução sobrenadante se necessário.
as áreas sob os picos. Calcular o teor de C15H13N3O4S,
Solução (2): preparar solução com concentração na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
equivalente a 0,2% (p/v) de piroxicam SQR com ácido padrão e Solução amostra.
clorídrico metanólico 0,01 M.
PITANGUEIRA
foliares, embora mais abundantes na face adaxial. As duas
a quatro células epidérmicas que recobrem externamente
Eugeniae folium a cavidade secretora apresentam paredes internas retas. O
epitélio destas cavidades, em secção transversal, é formado
por cinco a oito células. Na região da nervura principal,
Eugenia uniflora L. – MYRTACEAE
de contorno plano-convexo, ou raramente levemente
A droga vegetal é constituída pelas folhas secas da espécie, côncavo-convexo ou biconvexo, ocorrem subjacentes à
contendo no mínimo, 5,0% de taninos, 1,0% de flavonoides epiderme uma a três camadas de colênquima anelar com
totais, expressos em quercetina; e, 0,8% de óleos voláteis. espessamentos tênues. O feixe vascular principal é do tipo
O óleo volátil é constituído de, no mínimo, 27,0% de bicolateral, em arco aberto, envolto por dois a três estratos
curzerenos (cis e trans). de células parenquimáticas de paredes espessadas, e uma
bainha de fibras, exceto nas extremidades do arco. O floema
apresenta abundância de cristais rômbicos de pequenas
CARACTERÍSTICAS dimensões. As nervuras secundárias e as de menor calibre
são colaterais, com calotas de fibras em ambos os pólos
Características organolépticas. As
p
folhas secas
dos tecidos condutores. O pecíolo, de contorno côncavo-
apresentam odor cítrico e sabor picante.
convexo, apresenta pequenas expansões laterais. A epiderme
é uniestratificada, contendo substâncias de coloração
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA castanha, também presente nas células do parênquima
fundamental subjacente, colenquimatoso, o qual apresenta
Folhas simples, ovais laceoladas, em geral com 4,5 cm todas as suas células com tênues espessamentos em
a 6,2 cm de comprimento e 2,0 cm a 2,7 cm de largura, celulose. Cavidades secretoras, semelhantes às da lâmina,
glabras, membranáceas a levemente coriáceas, com ápice também estão presentes subepidermicamente. Grãos de
agudo a acuminado, por vezes levemente falcado, base amido, drusas e cristais ocorrem em abundância por todo
aguda a obtusa, margem inteira, peninérveas, com nervura o parênquima fundamental. O feixe vascular configura-se
principal mais proeminente na região mediano basal da em arco aberto, bicolateral, com abundância de cristais
face abaxial. Nervação camptódromo-broquidódroma, rômbicos no floema, envolto por quatro a oito camadas de
cada nervura secundária partindo em ângulo agudo em tecido parenquimático de paredes espessadas, formando
relação à principal, anastomosando-se com sua superior uma bainha perivascular. Fibras, isoladas ou em grupos de
subsequente, de modo a formar uma série de arcos nas dois a três elementos, raramente estão presentes ao redor
proximidades do bordo foliar; as nervuras secundárias e do feixe vascular.
de ordem superior determinam aréolas incompletas, com
terminações vasculares livres. Pecíolo com 0,3 cm a 0,6
cm de comprimento. No material seco, a face adaxial da DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
lâmina é verde escura e a abaxial mais clara. As glândulas,
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
presentes na lâmina, dificilmente são visualizadas sem
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
auxílio de lentes.
características: fragmentos de epiderme da lâmina com
paredes anticlinais sinuosas (face adaxial); fragmentos de
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA epiderme com estômatos paracíticos; fragmentos da lâmina
que, por transparência, permitem a visualização de cristais
Folhas hipoestomáticas, de mesofilo dorsiventral. Em rômbicos, drusas em abundância e cavidades secretoras de
secção transversal, a lâmina foliar apresenta epiderme aspecto brilhante devido à presença de gotas de óleo.
uniestratificada, recoberta por espessa camada de cutícula.
Os estômatos são do tipo paracítico, ocorrendo na mesma
altura que as células epidérmicas fundamentais. Estas, em IDENTIFICAÇÃO
ambas as faces, mostram dimensões variadas e paredes
A. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
anticlinais sinuosas. Nas células-guarda o espessamento
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel F254, com
da face interna é proeminente, sendo visualizado na forma
espessura de 250 mm, como fase estacionária e mistura
de alteres. O parênquima paliçádico é uniestratificado e
de acetato de etila, ácido fórmico e água (75:5:5), como
acompanhado por células coletoras. As células em paliçada
fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, em forma de
ocupam de 25,0% a 30,0% do mesofilo, sendo em geral,
banda, 20 mL da Solução (1) e 10 mL da Soluções (2) e da
de dimensões menores na porção basal da lâmina. O
Solução (3), recentemente preparadas, descritas a seguir.
parênquima esponjoso possui de sete a nove estratos de
células com projeções braciformes relativamente longas, o Solução (1): pesar, exatamente, cerca de 10 g da droga
que permite a formação de amplos espaços intercelulares. moída, acrescentar 100 mL de água e aquecer sob refluxo
No mesofilo são comuns idioblastos cristalíferos contendo por 15 minutos. Após resfriamento à temperatura ambiente,
cristais rômbicos de oxalato de cálcio e drusas, sendo filtrar a solução obtida em algodão, sob pressão reduzida.
estas mais abundantes especialmente junto aos feixes Extrair a fase aquosa resultante com três porções de 25 mL
vasculares. Cavidades secretoras esquizolisígenas, em de acetato de etila em funil de separação de 125 mL. Deixar
média com 60 µm de diâmetro, contendo gotas de óleo, em repousou em freezer a temperatura de -18 °C durante
são comuns subjacentes à epiderme, em ambas as faces 15 minutos, para total separação das fases. Reunir e filtrar
as frações orgânicas com 5 g de sulfato de sódio anidro.
Evaporar a fração orgânica em evaporador rotatório sob
pressão reduzida até resíduo. Ressuspender o resíduo com
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
p
(2) e a Solução (3) (Rf de aproximadamente 0,85 e 0,87, adicionar pequenos fragmentos de magnésio metálico e
respectivamente), no quadrante central são observadas 1 mL de ácido cloridríco. O aparecimento de coloração
duas manchas de coloração castanho azulada. vermelha indica a presença de agliconas flavonoídicas.
p
o volume com água destilada. Deixar decantar e filtrar o fundo redondo de 100 mL. Adicionar 1 mL de solução de
líquido sobrenadante em papel de filtro. Desprezar os metenamina a 0,5% (p/v) em água, 20 mL de acetona e 2 mL
primeiros 50 mL do filtrado. de ácido clorídrico. Aquecer sobre manta de aquecimento,
mantendo sob refluxo, por 30 minutos. Filtrar através de
Solução amostra para polifenóis totais: diluir 5 mL do pequena quantidade de algodão para um balão volumétrico
filtrado em balão volumétrico de 25 mL com água destilada. de 100 mL. Lavar o resíduo da droga e o algodão, no
Transferir volumetricamente 2 mL dessa solução, 1 mL de mesmo balão de fundo redondo, com 20 mL acetona.
reagente fosfomolibdotúngstico e 10 mL de água destilada Manter sob refluxo, por 10 minutos, e filtrar em algodão
para balão volumétrico de 25 mL e completar o volume com para o mesmo balão volumétrico de 10 mL. Repetir essa
solução de carbonato de sódio a 29% (p/v). Determinar a operação mais uma vez. Resfriar à temperatura ambiente,
absorvância em 760 nm (A1) após 30 minutos, utilizando e completar o volume com acetona. Transferir 20 mL de
água destilada para ajuste do zero. solução acetônica, para funil de separação (125 mL), 20
mL de água destilada e extrair com uma porção de 15 mL
Solução amostra para polifenóis não adsorvidos por pó de acetato de etila, repetir a extração por três vezes, com
de pele: para 10 mL do filtrado adicionar 0,1 g de pó de porções de 10 mL de acetato de etila. Reunir as fases acetato
pele SQR e agitar mecanicamente em erlenmeyer de 125 de etila e lavar em funil de separação com duas porções de
mL durante 60 minutos. Filtrar em papel de filtro. Diluir 50 mL de água destilada. Transferir a fase acetato de etila
5 mL desse filtrado em balão volumétrico de 25 mL com para balão volumétrico de 50 mL e completar o volume
água destilada. Transferir volumetricamente 2 mL dessa com acetato de etila.
solução, 1 mL de reagente fosfomolibdotúngstico e 10
mL de água destilada para balão volumétrico de 25 mL e Solução amostra: transferir volumetricamente 10 mL
completar o volume com solução de carbonato de sódio a da Solução estoque para balão volumétrico de 25 mL,
29% (p/v). Determinar a absorvância em 760 nm (A2) após adicionar 1 mL da solução de cloreto de alumínio a 2%
30 minutos, utilizando água destilada para ajuste do zero. (p/v) em metanol, completar o volume com solução
metanólica de ácido acético a 5% (v/v).
Solução padrão: dissolver imediatamente antes do uso 50
mg de pirogalol em balão volumétrico de 100 mL com água Solução branco: transferir 10 mL da Solução estoque para
destilada. Transferir volumetricamente 5 mL da solução balão volumétrico de 25 mL e completar o volume com
para balão volumétrico de 100 mL e completar o volume solução metanólica de ácido acético a 5% (v/v).
com água destilada. Transferir volumetricamente 2 mL
dessa solução, 1 mL de reagente fosfomolibdotúngstico e Medir a absorvância da Solução amostra a 425 nm, em
10 mL de água destilada para balão volumétrico de 25 mL cubeta com 1 cm de espessura, 30 minutos após seu preparo,
e completar o volume com solução de carbonato de sódio utilizando a Solução branco para ajuste do zero. Calcular
29% (p/v). Determinar a absorvância em 760 nm (A3) após o teor flavonoides totais, expressos em quercetina, na
30 minutos, utilizando água destilada para ajuste do zero. amostra segundo a expressão. Considerar a absortividade
específica da quercetina como A(1%, 1 cm) = 500.
Calcular o teor em porcentagem de taninos (droga seca),
expressos em pirogalol, segundo a expressão:
em que
p
a 1210 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
A – representação esquemática da folha, em vista frontal: nervura principal (np). B – detalhe esquemático de porção da lâmina mostrando a nervação
foliar: nervura principal (np); nervura secundária (ns). C – detalhe esquemático de aréolas e terminações vasculares: cavidade secretora (cs). D e
E – detalhes parciais da face adaxial e abaxial da lâmina foliar, respectivamente, em vista frontal: cavidade secretora (cs); célula-guarda (cg); célula
subsidiária (csb); estômato (es). F – detalhe parcial da face adaxial da lâmina foliar, em vista frontal, mostrando uma cavidade secretora visualizada
por transparência: estômato (es). G – detalhe parcial da lâmina, em secção transversal, mostrando complexos estomáticos geminados: parênquima
esponjoso (pj); câmara subestomática (csu); face abaxial (ab); célula subsidiária (csb); estômato (es); célula-guarda (cg); epiderme (ep).
ep cu
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1211
a
ad
ad ep
pp fv
cs
pj
ic ic
pj ei
C
ei
ab ep B
ab ep A pp
pj fx
ic
fx ff
p
x pj
fv f
ff
F
D E
co
ad x f pp cs
ff
ic ep
f
ab H ad x
ic
G cs
ep
cs
ic
ab
J
I
Figura 2: Eugenia uniflora L. - A e B. detalhes parciais do mesofilo de diferentes
Figura 2 – Aspectos microscópicos em Eugenia uniflora L.
amostra, em secções transversais; C e D. fragmentos do pó mostrando detalhes do
_____________ parênquima esponjoso; E e F. detalhes parciais, em secções transversais, de uma nervura
secundária e uma terciária, respectivamente; G a I. diagramas da nervura principal, em
Complemento dasecções
legenda datransversais, nas correspondem
Figura 2. As escalas regiões mediana
em A e B(G)a 100e µm;
basal
em de
C, D,diferentes amostras
E e F a 50 µm; em G, H e(H I ae I);µm;
100 J. em J a 200 µm.
diagrama, em secção transversal, do pecíolo. ab: face abaxial, ad: face adaxial, co:
A e B – detalhescolênquima, cs: de
parciais do mesofilo cavidade
diferentes secretora,
amostras, em cu: cutícula,
secções ei: face
transversais: espaço
abaxialintercelular, ep:(ad);
(ab); face adaxial epiderme, f: cutícula (cu);
epiderme (ep);
floema,
cavidade secretora ff: fibras
(cs); idioblasto do (ic);
cristalífero floema, fv: esponjoso
parênquima feixe vascular, fx: paliçádico
(pj); parênquima fibras do xilema,
(pp); ic: idioblasto
espaço intercelular (ei). C e D – fragmentos
do pó mostrandocristalífero, pj: parênquima
detalhes do parênquima esponjoso,
esponjoso: parênquima pp: parênquima
esponjoso paliçádico,
(pj); espaço intercelular x: vascular
(ei); feixe xilema.(fv);
Escalas
idioblastoe cristalífero (ic).
E e F – detalhescorrespondências: (A e B) 100
parciais, em secções transversais, de umµm, 50 secundária
nervura µm (C, D, E eterciária,
e uma F), 100 µm (G, H e parênquima
respectivamente: I), 200 µm (J). (pp); fibras do
paliçádico
xilema (fx); xilema (x); floema (f); fibras do floema (ff); parênquima esponjoso (pj). G, H e I – diagramas da nervura principal, em secções transversais,
nas regioes mediana (G) e basal de diferentes amostras (H e I): face abaxial (ab); face adaxial (ad); epiderme (ep); xilema (x); colênquima (co); floema
(f); parênquima paliçádico (pp); fibras do floema (ff); idioblasto cristalífero (ic); cavidade secretora (cs). J – diagrama, em secção transversal, do
peciolo: face abaxial (ab); face adaxial (ad); cavidade secretora (cs); epiderme (ep);floema (f); idioblasto cristalífero (ic); xilema (x).
Registro. Dados e informações sobre os doadores e doações Não é necessário determinar o teor de proteínas totais e
realizadas devem ser mantidos de forma que possibilite fator VIII, descritos em Doseamento, em cada unidade
a confidencialidade da identidade do doador, a origem de plasma. Essas determinações são parâmetros das boas
de cada doação no pool de plasma e a rastreabilidade práticas de fabricação, sendo o teste Fator VIII relevante
correspondente aos testes laboratoriais. para uso nas preparações de concentrados de proteínas
lábeis.
Testes laboratoriais. Testes laboratoriais devidamente
validados são realizados a cada doação para detectar O conteúdo proteico total em cada unidade de plasma
marcadores virais e outros agentes infecciosos, como os depende do conteúdo de proteínas no soro do doador e do
descritos a seguir. grau de diluição inerente ao procedimento de doação.
p
necessário, descongelar as amostras a serem examinadas adocicado, lembrando salicilato de metila, levemente
a uma temperatura que não exceda a 37 °C. Utilizar rançoso. O sabor é inicialmente adocicado e após acre. O
um plasma de referência calibrado contra um Padrão pó da raiz é irritante e esternutatório; quando agitado com
Internacional de Fator VIII. A atividade não é menor que água produz espuma abundante.
0,7 UI/mL.
p
é variável, de proeminente a quase circular, é originada por
em etanol, deixar em estufa entre 100 °C a 105 °C, até que
uma atividade irregular do câmbio, a qual pode promover
as manchas correspondentes aos saponosídeos tornem-se
um desenvolvimento anômalo do xilema e/ou do floema,
azuis. A intensidade e o tamanho das manchas obtidas no
resultando na formação de um ou dois, raramente três,
cromatograma da Solução (1) estão entre as duas manchas
grandes raios parenquimáticos cuneiformes, na região
correspondentes à escina, obtidas pela aplicação de 10 μL
destes tecidos. As anomalias observadas em secção
e 40 μL da Solução (2).
transversal correspondem a modificações profundas na
estrutura anatômica da casca e do lenho, tornando-se
muito evidentes quando tratadas com floroglucinol e ácido ENSAIOS DE PUREZA
clorídrico. Em nenhum dos tecidos verifica-se a presença
de cristais ou amido. Restos de caules, quando presentes, Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2%. Referentes
mostram, em secção transversal, epiderme com células aos vestígios de caules aéreos.
sub-retangulares e alongadas, córtex parenquimatoso, Água (5.4.2.3). No máximo 10%.
bainha de fibras pericíclicas não lignificadas, floema
com elementos de pequeno diâmetro, xilema formado Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 6%.
por traqueídes e elementos de vaso com paredes de
espessamento reticulado, helicoidal ou pontoado e medula
parenquimática. Folhas escamosas, quando presentes,
DOSEAMENTO
exibem epiderme com paredes anticlinais sinuosas, Saponinas
tricomas unicelulares arredondados no ápice e estômatos
anomocíticos. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no visível (5.2.14). Preparar as soluções descritas
a seguir.
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
Solução estoque: pesar, exatamente, cerca de 1 g da planta
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
pulverizada e transferir para balão de fundo redondo de
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
250 mL. Adicionar 70 g de etanol a 50% (v/v), 0,1 mL
característicos: coloração castanho-clara; fragmentos
de silicone antiespumante e algumas pérolas de vidro.
de súber; fragmentos de parênquima cortical de cor
Pesar, exatamente, o conjunto e aquecê-lo, sob refluxo,
amarelada, com gotas de óleo; células do colênquima com
em banho-maria, por 60 minutos. Esfriar e completar até
gotas de óleo; fragmentos de traqueídes curtos; células
peso inicial com etanol a 50% (v/v). Centrifugar, separar
dos raios parenquimáticos lignificadas e com grandes
o resíduo e a solução decantada, que é pesada e reduzida
poros simples; eventualmente, ocorrem fragmentos de
a resíduo em rota vapor, a uma temperatura máxima de 60
epiderme originários de folhas escamosas dos caules
°C. Ressuspender o resíduo em 10 mL de ácido clorídrico
aéreos, apresentando tricomas unicelulares e estômatos
0,1 M, transferir para funil de separação de 250 mL e lavar
anomocíticos; ausência de esclereídes, de cristais e de
o balão com duas porções de 5 mL de ácido clorídrico 0,1
grãos de amido.
M. Reunir as fases ácidas e extrair com três porções de
70 mL da fase superior de mistura de clorofórmio, ácido
IDENTIFICAÇÃO clorídrico 0,1 M e 1-butanol (30:90:180). Após agitação, as
duas fases devem permanecer em repouso por 15 minutos,
Proceder conforme descrito em Cromatografia em camada no mínimo, antes da sua separação. As fases orgânicas são
delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, com espessura reunidas e lavadas com duas porções da fase inferior da
de 250 μm, como suporte, e a fase superior da mistura de mistura de clorofórmio, ácido clorídrico 0,1 M e 1-butanol
ácido acético glacial, água e 1-butanol (10:40:50), como (30:90:180). A fase inferior é desprezada. Evaporar a
fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, em forma de fase orgânica a resíduo em evaporador rotatório, em
banda, 10 μL da Solução (1) e 10 μL e 40 μL da Solução temperatura máxima de 60 °C. Ressuspender o resíduo
(2), recentemente preparadas, descritas a seguir. com ácido acético glacial a 98% (v/v) transferindo para
balão volumétrico de 50 mL. Completar o volume com
ácido acético glacial. Filtrar a solução, desprezando os
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
p
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e umidade.
Medir a absorvância da Solução amostra em 520 nm,
utilizando a Solução branco para o ajuste do zero. Calcular
a 1216 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
A – aspecto geral da raiz com rizoma apical nodoso. B, D, E e F – aspectos gerais de secções transversais da raiz: anomalia dos raios parenquimáticos
(a); córtex (cx); córtex suberizado (cxs); floema (f); periderme (pe); xilema (x). C – aspecto geral da secção transversal da raiz com estrutura normal.
G – células do parênquima cortical da região mais interna. H – detalhe de elementos de vasos. I – células do parênquima cortical da região mais externa.
J – detalhe de uma porção da raiz em secção transversal, conforme indicado em C: córtex (cx); córtex suberizado (cxs); floema (f); periderme (pe);
xilema (x).
POLISSORBATO 20
ENSAIOS DE PUREZA
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1217
a
Polysorbatum 20 Índice de acidez (5.2.29.7). Determinar em 5 g da amostra.
No máximo 2,0.
OH e epímeros nos C*
x
w+x+y+z=20 Índice de hidroxila (5.2.29.12). 96 a 108. Determinar em
O O 2 g da amostra.
O O
* wO CH3
* Índice de iodo (5.2.29.10). No máximo 5,0.
O O
HO
y
OH
Índice de saponificação (5.2.29.8). 40 a 50. Usar 15 mL
z
de hidróxido de potássio alcoólico 0,5 M SV e diluir com
polissorbato 20; 07272 50 mL de água antes da titulação.
Derivados de poli(oxi-1,2-etanodiil) do monododecanoato
Impurezas redutoras. Dissolver 2 g da amostra em 25 mL
de sorbitana
de água quente, adicionar 25 mL de ácido sulfúrico M e
[9005-64-5]
p
0,1 mL de ferroína SI. Titular com nitrato cérico amoniacal
0,01 M SV, agitando continuamente até que a coloração
Mistura de ésteres láuricos parciais de sorbitol e seus mude de vermelha para azul-esverdeada persistente por 30
anidridos copolimerizados com aproximadamente 20 segundos. Realizar ensaio em branco e fazer as correções
moles de óxido de etileno para cada mol de sorbitol e seus necessárias. Não mais que 2 mL de nitrato cérico amoniacal
anidridos. O ácido láurico usado na esterificação pode 0,01 M SV são gastos.
conter quantidades variáveis de outros ácidos graxos.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
máximo 0,001% (10 ppm).
DESCRIÇÃO
Água (5.2.20). No máximo 3,0%, determinada em 1 g.
Características físico-químicas. Líquido oleoso, límpido
ou ligeiramente opalescente, de cor amarelada ou âmbar. Cinzas sulfatadas (5.2.10). Transferir 2 g da amostra para
Densidade relativa (5.2.5): cerca de 1,1. cadinho de platina ou de sílica, adicionar 0,5 mL de ácido
sulfúrico e aquecer em banho-maria por 2 horas. Aquecer
Solubilidade. Miscível com água, etanol absoluto, acetato
cuidadosamente em bico de gás até carbonização completa.
de etila e metanol. Praticamente insolúvel em óleos fixos e
Adicionar à massa carbonizada 2 mL de ácido nítrico e
parafina líquida.
0,25 mL de ácido sulfúrico, aquecer cuidadosamente até
desenvolvimento de fumaça branca e incinerar a 600 ºC até
IDENTIFICAÇÃO peso constante. No máximo 0,2%.
POLISSORBATO 40
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Polysorbatum 40 Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz.
OH
x e epímeros nos C*
ROTULAGEM
O O w+x+y+z=20
Observar a legislação vigente.
O O
* wO
*
CATEGORIA
O O H3C
HO OH
z y Agente tensoativo não iônico. Emulsionante, solubilizante
e umectante.
polissorbato 40; 07273
Derivados de poli(oxi-1,2-etanodiil) do monoexadecanoato
de sorbitana POLISSORBATO 60
p
[9005-66-7] Polysorbatum 60
Índice de saponificação (5.2.29.8). 41 a 52. Utilizar 15 Solubilidade. Miscível com água, etanol absoluto, acetato
mL de hidróxido de potássio etanólico 0,5 M SV e diluir de etila e metanol. Praticamente insolúvel em óleos fixos e
com 50 mL de água antes da titulação. parafina líquida.
p
octadecenoato de sorbitana
e acidificar com ácido clorídrico 3 M. A preparação torna- [9005-65-6]
se fortemente opalescente.
Mistura de ésteres oléicos parciais de sorbitol e seus anidridos
ENSAIOS DE PUREZA copolimerizados com aproximadamente 20 mols de óxido
de etileno para cada mol de sorbitol e seus anidridos.
Índice de acidez (5.2.29.7). Determinar em 5 g da amostra.
No máximo 2,0.
DESCRIÇÃO
Índice de hidroxila (5.2.29.12). 81 a 96. Determinar em 2
g da amostra. Características físico-químicas. Líquido oleoso, límpido,
de cor amarela ou marrom clara, com odor característico
Índice de iodo (5.2.29.10). No máximo 5,0. e sabor ligeiramente amargo. Densidade relativa (5.2.5):
cerca de 1,1. Viscosidade (5.2.7): cerca de 400 mPa.
Índice de saponificação (5.2.29.8). 45 a 55. Usar 15 mL
de hidróxido de potássio etanólico 0,5 M SV e diluir com Solubilidade. Miscível com água, etanol absoluto, acetato
50 mL de água antes da titulação. de etila e metanol. Praticamente insolúvel em óleos fixos e
parafina líquida.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
máximo 0,001% (10 ppm).
IDENTIFICAÇÃO
Água (5.2.20). Determinar em 1 g da amostra. No máximo 3,0%.
A. Dissolver 0,5 g da amostra em água, a aproximadamente
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Transferir 2 g da amostra para 50 ºC, e completar o volume para 10 mL com o mesmo
cadinho de platina ou de sílica, adicionar 0,5 mL de ácido solvente. A solução produz espuma abundante após
sulfúrico e aquecer em banho-maria por 2 horas. Aquecer agitação. Adicionar 0,5 g de cloreto de sódio e aquecer
cuidadosamente em bico de gás até carbonização completa. até a fervura. A turvação formada desaparece com o
Adicionar à massa carbonizada 2 mL de ácido nítrico e resfriamento a cerca de 50 ºC.
0,25 mL de ácido sulfúrico, aquecer cuidadosamente até
desenvolvimento de fumaça branca e incinerar a 600 ºC até B. Aquecer, sob refluxo, 4 g da amostra em banho-maria por
peso constante. No máximo 0,2%. 30 minutos com 40 mL de hidróxido de potássio a 5% (p/v).
Resfriar até cerca de 80 ºC, acidificar com 20 mL de ácido
nítrico 2 M e aquecer à ebulição por cerca de 10 minutos
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO sob refluxo de forma a separar a emulsão. Os ácidos graxos
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz. permanecem na superfície como líquido oleoso. Resfriar
até a temperatura ambiente e extrair com 50 mL de éter
de petróleo (faixa de destilação entre 40-60 ºC), evitando
ROTULAGEM agitação vigorosa. Lavar a fase orgânica com três porções
de 5 mL de água e evaporar em banho-maria até secura.
Observar a legislação vigente.
Ressuspender o resíduo obtido com mistura de 2 mL de
ácido nítrico e 3 mL de água. Adicionar cuidadosamente,
CATEGORIA em pequenas porções, 0,5 g de nitrito de sódio e deixar em
repouso à temperatura ambiente. A camada de ácido graxo
Agente tensoativo não iônico. Emulsionante, solubilizante se solidifica em 4 horas.
e umectante.
C. Dissolver 0,1 g da amostra em 5 mL de clorofórmio,
adicionar 0,1 g de tiocianato de potássio e 0,1 g de nitrato
de cobalto (II) e misturar com bastão de vidro. Desenvolve-
se coloração azul.
a 1220 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
p
Índice de iodo (5.2.29.10). 18 a 24. 2-(Cicloexilcarbonil)-1,2,3,6,7,11b-hexaidro-4H-
pirazino[2,1-a]isoquinolin-4-ona
Índice de saponificação (5.2.29.8). 45 a 55. Usar 15 mL [55268-74-1]
de hidróxido de potássio etanólico 0,5 M SV e diluir com
50 mL de água antes da titulação. Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,0% de
Impurezas redutoras. Dissolver 2 g da amostra em 25 mL C19H24N2O2 em relação à substância dessecada.
de água quente, adicionar 25 mL de ácido sulfúrico M e
0,1 mL de ferroína SI. Titular com nitrato cérico amoniacal DESCRIÇÃO
0,01 M SV, agitando continuamente até que a coloração
mude de vermelha para azul-esverdeada persistente por 30 Características físicas. Pó cristalino branco ou quase
segundos. Realizar ensaio em branco e fazer as correções branco. Apresenta polimorfismo.
necessárias. No máximo 5 mL de nitrato cérico amoniacal
0,01 M SV são gastos. Solubilidade. Muito pouco solúvel em água, facilmente
solúvel em etanol e cloreto de metileno.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
máximo 0,001% (10 ppm). Constantes físico-químicas.
Água (5.2.20). Determinar em 1 g da amostra. No máximo Faixa de fusão (5.2.2): 136ºC a 142ºC.
3,0%.
IDENTIFICAÇÃO
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Transferir 2 g da amostra para
cadinho de platina ou de sílica, adicionar 0,5 mL de ácido O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
sulfúrico e aquecer em banho-maria por 2 horas. Aquecer amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
cuidadosamente em bico de gás até carbonização completa. de potássio, apresenta máximos de absorção somente
Adicionar à massa carbonizada 2 mL de ácido nítrico e nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
0,25 mL de ácido sulfúrico, aquecer cuidadosamente até intensidades relativas daqueles observados no espectro de
desenvolvimento de fumaça branca e incinerar a 600 ºC até praziquantel SQR, preparado de maneira idêntica.
peso constante. No máximo 0,2%.
ENSAIOS DE PUREZA
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
Em recipientes bem fechados e protegidos da luz. em Cromatografia a líquido de alta eficiência (5.2.17.4).
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
ROTULAGEM 210 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4 mm de
diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
Observar a legislação vigente. ligada a grupo octadecilsilano (5 mm); fluxo da Fase móvel
de 1,0 mL/minuto.
CATEGORIA Fase móvel: mistura de água e acetonitrila (55:45).
Agente tensoativo não iônico. Emulsionante, solubilizante Solução (1): dissolver 40 mg da amostra em Fase móvel e
e umectante. diluir para 10 mL com o mesmo solvente, obtendo solução
a 4 mg/mL.
p
cinco vezes o tempo de retenção do praziquantel e medir Observar a legislação vigente.
as áreas sob os picos. A área de qualquer pico obtido no
cromatograma com a Solução (1), exceto o pico principal,
não é maior que a área sob o pico principal obtido com a
CLASSE TERAPÊUTICA
Solução (2) (0,5%). A área de não mais que um dos picos Anti-helmíntico.
secundários obtidos no cromatograma com a Solução (1),
exceto o pico principal, é maior que 0,4 vezes a área sob
o pico principal obtido com a Solução (2) (0,2%). A soma PRAZIQUANTEL COMPRIMIDOS
das áreas de todos os picos obtidos no cromatograma com a
Solução (1), exceto o pico principal, não é maior que a área
sob o pico principal obtido com a Solução (2) (0,5%). Não Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
considerar picos com a área inferior a 0,1 vezes a área sob quantidade declarada de C19H24N2O2.
o pico principal obtido com a Solução (2) (0,05%).
p
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente
pesada, de praziquantel SQR de modo a obter solução
cuja concentração seja L/90 mg por mL, em que L é a H H
quantidade declarada, em miligramas, de praziquantel por
comprimido. Transferir 5 mL da solução obtida para balão O
volumétrico de 50 mL, diluir e completar o volume com
Meio de dissolução. C21H26O5; 358,43
prednisona; 07341
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade 17,21-Diidroxipregna-1,4-dieno-3,11,20-triona
declarada de C19H24N2O2 se dissolvem em 60 minutos. [53-03-2]
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 200 nm a 400 nm, de solução da amostra a 0,001% (p/v)
em etanol, exibe máximo de absorção em 239 nm, idêntico
ao observado no espectro de solução similar de prednisona
SQR. A absorvância em 239 nm é de 0,405 a 0,435.
Tempo
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Eluente A Eluente B
Eluição
1223
a
(minutos) (% v/v) (% v/v)
C. Proceder conforme descrito em Cromatografia em 0 100 0 estabilizar
camada delgada (5.2.17.1), utilizando placa de sílica-gel 0-25 100 0 isocrático
GF254 como suporte e mistura de cloreto de metileno, éter 25-40 100 g 40 0 g 60 gradiente linear
etílico, metanol e água (77:15:8:1,2), como fase móvel. 40-41 40 g 0 60 g 100 gradiente linear
Aplicar, separadamente, à placa 5 μL de cada uma das 41-46 0 100 isocrático
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
46-47 0 g 100 100 g 0 gradiente linear
Solução (1): solução a 1 mg/mL da amostra em mistura de 47-52 100 0 estabilizar
clorofórmio e metanol (9:1).
Equilibrar a coluna por 30 minutos com a Eluente B em
Solução (2):solução a 1 mg/mL de prednisona SQR em fluxo de 2,5 mL/minuto e, em seguida com Eluente A
mistura de clorofórmio e metanol (9:1). por 5 minutos. Proceder nas condições descritas de 40 a
52 minutos. Ajustar a sensibilidade do sistema para que a
p
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar altura do pico principal do cromatograma obtido com 20 µL
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). da Solução (3) não seja menor que 50 por cento do total da
Nebulizar com ácido sulfúrico a 20% (v/v) em etanol. escala completa. Injetar 20 µL da Solução (2). Os tempos
Aquecer a placa a 120 °C por 10 minutos. Resfriar. de retenção são cerca de 19 minutos para prednisona e 23
Examinar sob luz ultravioleta (365 nm). A mancha obtida minutos para prednisolona. A resolução entre prednisona e
no cromatograma com a Solução (1) corresponde em prednisolona não é menor que 2,7; se necessário, ajustar a
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2). concentração de acetonitrila no Eluente A.
D. Dissolver cerca de 6 mg da amostra em 2 mL de ácido Procedimento: Injetar, separadamente, 20 µL de metanol
sulfúrico concentrado. Deixar em repouso por cinco como branco, 20 µL da Solução (1) e 20 µL da Solução
minutos. Desenvolve-se coloração alaranjada. Verter a (3). No cromatograma obtido com a Solução (1), a área de
solução, gota a gota e sob agitação, em 10 mL de água. nenhum pico exceto a área sob o pico principal não é maior
A cor muda para amarelo e gradativamente, para verde- que 0,25 vezes a área sob o pico principal do cromatograma
azulado. obtido com a Solução (3) (0,25%); a soma das áreas de
todos os picos, exceto a do pico principal, não é maior que
ENSAIOS DE PUREZA 0,75 vezes a área sob o pico principal com o cromatograma
obtido com a Solução (3) (0,75%). Descartar qualquer
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito pico obtido na corrida do branco e qualquer pico com
em Cromatografia a líquido de alta eficiência (5.2.17.4). área menor que 0,05 vezes a área sob o pico principal do
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a cromatograma obtido com a Solução (3).
254 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,0 mm de
diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente Água (5.2.20.1). No máximo 1,0% para a substância anidra
ligada a grupo octadecilsilano (5 µm), mantida a e 5,0% para a substância monoidratada.
temperatura de 45 °C; fluxo da Fase móvel de 2,5 mL/ Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,5 g da
minuto. amostra. Dessecar em estufa a 105 °C. No máximo 1,0%.
Solução (1): dissolver 25 mg da amostra em metanol e Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 0,1 g de
diluir para 10 mL com o mesmo solvente. amostra. No máximo 0,5%.
Solução (2): dissolver 2 mg de prednisona SQR e 2 mg de
prednisolona SQR em metanol e diluir para 100 mL com o DOSEAMENTO
mesmo solvente.
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
Solução (3): diluir 1 mL da Solução (1) para 100 mL com de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
metanol. de detector de ultravioleta a 240 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4,0 mm de diâmetro interno, empacotada
Eluente A: em um balão volumétrico de 1000 mL, adicionar com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
100 mL de acetonitrila com 200 mL de metanol e 650 mL µm), mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel
de água. Homogeneizar. Ajustar o volume para 1000 mL de 1,0 mL/minuto.
com água e misturar novamente.
Fase Móvel: mistura de água, tetraidrofurano e metanol
Eluente B: acetonitrila. (69:25:6,2).
Gradiente da Fase móvel: adotar o sistema de gradiente Solução de padrão interno: dissolver quantidade
descrito na tabela a seguir: exatamente pesada de acetanilida em 33 mL de metanol.
Completar o volume para 100 mL com água purificada de
modo a obter uma solução a 110 μg/mL.
a 1224 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
p
e água (1:2) e homogeneizar, obtendo uma solução de
prednisona a 20 mg/mL. Uniformidade de dose unitária (5.1.6). Cumpre o teste.
Injetar replicatas de 20 µL da Solução de padrão interno. Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento.
A resolução entre prednisona e acetanilida não é menor que
3,0. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
picos registrados não é maior que 2,0%
Meio de dissolução: água, 500 mL (comprimidos contendo
Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL da Solução 10 mg ou menos de prednisona) ou 900 mL (comprimidos
padrão e Solução amostra, registrar os cromatogramas e contendo mais de 10 mg de prednisona).
medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C21H26O5
na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução Aparelhagem: pás, 50 rpm
padrão e Solução amostra.
Tempo: 30 minutos
p
Completar o volume com água purificada e homogeneizar.
Transferir 5 mL desta solução e 5 mL da Solução padrão IDENTIFICAÇÃO
interno para um balão volumétrico de 50 mL e completar A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
o volume com mistura de etanol e água (1:2), de modo a amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
obter uma solução de prednisona 20 mg/mL. Homogeneizar de potássio, apresenta máximos de absorção somente
e filtrar. nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
Procedimento: injetar, separadamente, 20 mL das Soluções intensidades relativas daqueles observados no espectro de
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir progesterona SQR, preparado de maneira idêntica.
as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C12H26O5 B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
nos comprimidos a partir das respostas com as Soluções de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,001% (p/v) em etanol,
padrão e amostra. exibe máximos e mínimos nos mesmos comprimentos
de onda observados no espectro de solução similar de
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO progesterona SQR.
p
Observar a legislação vigente. Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
CLASSE TERAPÊUTICA sílica-gel GF254 como suporte, e ácido fórmico anidro,
acetato de etila e cloreto de metileno (2:10:88), como fase
Progestagênio. móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 5 mL de cada uma
das soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
DOSEAMENTO
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo 102,0% de
C10H12O3. Pesar, exatamente, cerca de 1 g de amostra, transferir para
erlenmeyer provido de rolha esmerilhada e adicionar 20
DESCRIÇÃO mL de hidróxido de sódio M SV. Adaptar condensador de
refluxo e aquecer a 70 °C por 1 hora. Resfriar a temperatura
Características físicas. Pó branco e cristalino. ambiente. Titular o excesso de hidróxido de sódio M SV
com ácido sulfúrico 0,5 M SV. Determinar o ponto final
Solubilidade. Muito pouco solúvel em água, facilmente potenciometricamente, continuando a titulação até o
solúvel em metanol, etanol e éter etílico. segundo ponto de inflexão. Realizar ensaio em branco e
Constantes físico-químicas. fazer as correções necessárias. Cada mL de hidróxido de
sódio M SV equivale a 180,200 mg de C10H12O3.
Faixa de fusão (5.2.2): 96,0 ºC a 99,0 °C.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
IDENTIFICAÇÃO
Em recipientes bem fechados.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta ROTULAGEM
máximo de absorção somente nos mesmos comprimentos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles Observar a legislação vigente.
observados no espectro de propilparabeno SQR, preparado
de maneira idêntica.
CATEGORIA
Conservante.
PROPIONATO DE TESTOSTERONA
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
p
etanol.
C22H32O3; 344,49 Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
propionato de testosterona; 08458 secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
(17β)-17-(1-Oxopropoxi)androst-4-en-3-ona Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
[57-85-2] a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais
intensa que aquela obtida com a Solução (2) (1%).
Contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo, 103,0% de
C22H32O3, em relação à substância dessecada. Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,5 g da
amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, por 2 horas. No
máximo 0,5%.
DESCRIÇÃO
Características físicas. Pó branco ou quase branco, ou DOSEAMENTO
cristais incolores.
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar, exatamente,
solúvel em acetona e etanol, solúvel em óleos vegetais. cerca de 25 mg da amostra e dissolver em etanol absoluto.
Completar o volume para 250 mL com o mesmo solvente.
Constantes físico-químicas. Diluir 10 mL da solução para 100 mL com etanol absoluto,
de modo a obter solução a 0,001% (p/v). Preparar solução
Faixa de fusão (5.2.2): 118 °C a 123 °C.
padrão na mesma concentração, utilizando o mesmo
Poder rotatório específico (5.2.8): +83° a +90°, em relação solvente. Medir as absorvâncias das soluções resultantes
à substância dessecada. Determinar em solução a 1% (p/v) em 240 nm, utilizando etanol absoluto para ajuste do
em etanol absoluto. zero. Calcular o teor de C22H32O3 na amostra a partir das
leituras obtidas. Alternativamente, realizar os cálculos
considerando A(1%, 1 cm) = 490, em 240 nm, em etanol
IDENTIFICAÇÃO absoluto.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
intensidades relativas daqueles observados no espectro
de propionato de testosterona SQR, preparado de maneira ROTULAGEM
idêntica.
Observar a legislação vigente.
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
faixa de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,001% (p/v) em
etanol, exibe máximos e mínimos somente nos mesmos CLASSE TERAPÊUTICA
comprimentos de onda de solução similar de propionato de
Hormônio androgênico.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1229
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
QUEBRA-PEDRA
Phyllanthus niruri herbae Em secção transversal, o caule em desenvolvimento
secundário exibe epiderme uniestratificada, com estômatos.
Subepidermicamente encontram-se uma ou mais
Phyllanthus niruri L. – PHYLLANTHACEAE camadas de células colenquimáticas com espessamento
angular, interrompidas somente nas regiões das câmaras
A droga vegetal é constituída pelas partes aéreas secas de
subestomáticas. Clorênquima formado por duas a
Phyllanthus niruri e suas subespécies, Phyllanthus niruri
quatro camadas de células isodiamétricas, com espaços
ssp. niruri L. e Phyllanthus niruri ssp. lathyroides (Kunth)
intercelulares evidentes ou não e com grãos de amido.
G.L. Webster, contendo, no mínimo, 6,5% de taninos totais
Mais internamente, ocorrem uma ou mais camadas de
e 0,15% de ácido gálico.
parênquima cortical, cujas células apresentam maior eixo
no sentido periclinal. O floema é constituído externamente
CARACTERÍSTICAS por agrupamentos de fibras de paredes muito espessas e
lume reduzido. Drusas de oxalato de cálcio estão presentes
Características organolépticas. Droga inodora; sabor no clorênquima, parênquima cortical, parênquima medular
amargo no início da mastigação, tornando-se suave e em maior abundância no floema, sempre em células de
posteriormente. maior tamanho do que as demais, abrangendo quase todo o
volume da célula. Elementos de vaso, com disposição radial,
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA alternam-se com uma ou mais fileiras de fibras xilemáticas
e células parenquimáticas esclerificadas. O parênquima
Planta herbácea, glabra, com até 80 cm de altura, caules
q
medular é constituído por células isodiamétricas, de grande
simples ou ramificados, os principais delgados e sem volume, com grandes espaços intercelulares. Em caules de
folhas, com ramos ou râmulos laterais filiformes, estes maior diâmetro pode ocorrer periderme, seguida de duas a
portando folhas. Folhas alternas, dísticas, simples, três camadas clorenquimáticas, com grande quantidade de
membranáceas, glabras, oblongo-elípticas, de ápice grãos de amido. O parênquima cortical mantém as mesmas
atenuado, às vezes mucronado e base assimétrica, margem características encontradas nos caules mais jovens. O floema
lisa; lâminas discolores, face adaxial de cor verde-oliva apresenta pequena quantidade de grãos de amido, não se
e face abaxial verde-pálida a cinza-pálida. As folhas, observando diferenças quanto ao seu desenvolvimento,
quando observadas em conjunto, têm o aspecto de folhas comparando-se caules jovens e mais desenvolvidos. O
compostas de pequenas leguminosas. Lâminas com 0,5 cm maior desenvolvimento do xilema, comparado ao dos
a 1,4 cm de comprimento e 0,3 cm a 0,6 cm de largura. ramos mais jovens, é muito evidente, com consequente
Nervuras visíveis, não proeminentes, com exceção da redução da área ocupada pelo parênquima medular. Nos
nervura principal na face abaxial. Venação broquidódroma. raios parenquimáticos, observa-se a presença de grãos de
Pecíolo de 0,05 cm a 0,1 cm de comprimento. Estípula amido e de compostos fenólicos. A folha é geralmente
interpeciolar, triangular-lanceolada, de 0,1 cm a 0,2 cm hipoestomática. Raramente são encontrados estômatos
de comprimento, com ápice longo e estreitamente agudo também na face adaxial, onde ocorrem sobre as nervuras
a acicular, de base inteira e margem lisa. Flores femininas de menor ordem. Os estômatos são do tipo paracítico e,
com até 0,4 cm de diâmetro, isoladas e axilares nos nós menos frequentemente, anomocítico. Em vista frontal, as
apicais, com cinco tépalas elípticas e disco inteiro, carnoso; células da epiderme da face adaxial mostram contornos
ovário tricarpelar, trilocular, cada lóculo bispérmico; três irregulares e paredes onduladas, podendo a ondulação
estiletes, bífidos, com estigmas globosos; pedicelo com 0,1 ser mais expressiva nessa face do que na face abaxial. As
cm a 0,4 cm de comprimento. Flores masculinas com até ceras epicuticulares apresentam granulações. A cutícula
0,3 cm de diâmetro, em fascículos de uma a duas flores, é fina, tornando-se mais espessa na nervura principal. A
dispostas nos nós basais, com cinco tépalas largo-ovaladas, epiderme é uniestratificada em ambas as faces e possui
disco pentalobado, lobos carnosos e papilosos, e três células fundamentais achatadas e algumas papilosas.
estames com filetes conatos na base; pedicelos com cerca As células fundamentais da face adaxial são de maiores
de 0,2 cm de comprimento. Frutos esquizocárpicos, do dimensões do que as da face abaxial. Ocorrem cristais nesta
tipo tricoca, com 0,1 cm a 0,25 cm de diâmetro, depresso- camada celular. A simetria do mesofilo é dorsiventral. O
globosos, expostos para a região abaxial dos ramos, parênquima paliçádico é uniestratificado, ocupando cerca
separando-se em carpídios (cocas); exocarpo verde-oliva, de 2/3 da espessura do mesofilo, apresentando idioblastos
membranáceo e endocarpo verrucoso; duas sementes por cristalíferos do tipo drusas, em sua maioria. Cristais
lóculo, triangulares, com as duas faces ventrais retas e a pequenos e de diferentes formas são comuns e raramente
face dorsal arredondada, verrucosa, verrugas proeminentes, encontram-se cristais romboédricos. O parênquima
com ápice agudo a arredondado; pedicelos cilíndricos, com esponjoso é constituído por duas a três camadas,
cerca de 0,4 cm a 0,5 cm de comprimento na maturação; apresentando células de contornos irregulares, cujo maior
cálice persistente, membranáceo, desenvolvido, atingindo comprimento corresponde ao sentido periclinal. Cristais
2/3 da altura do fruto. As características macroscópicas das pequenos agregados e/ou isolados são comuns. Em secção
duas espécies, Phyllanthus niruri e Phyllanthus tenellus, paradérmica, evidencia-se o caráter braciforme dessas
são determinantes para distinguí-las, uma vez que são células. Na nervura principal, o parênquima paliçádico
muito similares quanto às características anatômicas para pode distribuir-se continuamente ou ser interrompido
alguns órgãos vegetativos. por pequeno número de células clorenquimáticas ou
1230 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
ainda, por células colenquimáticas isodiamétricas. Nesta Desenvolver o cromatograma. Deixar a placa secar
região, junto a epiderme abaxial, ocorre uma camada de em estufa a temperatura entre 100 °C e 105 °C e, ainda
colênquima angular, de paredes pouco espessas, podendo morna, nebulizar com uma solução de difenilborato de
conter cloroplastos, seguido de tecido clorenquimático de aminoetanol a 1% (p/v) em metanol, seguido de uma
células isodiamétricas, com poucos cloroplastos. O sistema solução de macrogol 400 a 5% (p/v) em metanol. Deixar a
vascular é do tipo colateral e formado por dois a seis raios. placa secar ao ar livre durante 30 minutos e examiná-la sob
O floema possui pequeno número de células. O padrão de luz ultravioleta (365 nm). O cromatograma obtido com a
venação é broquidódromo. Solução (1), deve apresentar no terço inferior da placa uma
mancha amarelo-esverdeado fluorescente correspondente a
vitexina-2-ramnosídeo e imediatamente abaixo dessa, uma
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
mancha amarelo fluorescente.
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
características: presença de frutos depressoglobosos,
com espessura de 250 mm como suporte, e mistura de
carpídios (cocas) isolados e sementes como descritos;
hexano e acetato de etila (70:30), como fase móvel. Aplicar,
flores como descritas; cristais de oxalato de cálcio do tipo
separadamente, em forma de banda, 25 mL da Solução (1)
drusas; fragmentos de tecido epidérmico como descritos;
e 5 mL da Solução (2), recentemente preparadas, descritas
fragmentos de tecidos foliares e caulinares como descritos;
a seguir.
fragmentos de tecido vascular com elementos de vaso
apresentando espessamento anelado, espiralado ou Solução (1): transferir cerca de 1 g da droga moída para
pontoado, e fibras. balão de fundo redondo, adicionar 10 mL de metanol e
q
aquecer sob refluxo durante 30 minutos em banho-maria.
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DAS IMPUREZAS Resfriar à temperatura ambiente e filtrar sob pressão
reduzida. Extrair novamente com mais 10 mL de metanol
A raiz em crescimento secundário apresenta periderme durante 30 minutos. Filtrar o extrato lavando o resíduo com
formada por três a quatro camadas de células suberificadas, 5 mL de metanol agrupando-o ao primeiro. Completar o
felogênio e feloderme. Abaixo deste tecido encontra- volume para 25 mL com metanol e filtrar em membrana
se o parênquima cortical, formado por três a seis de 0,45 µm.
estratos celulares. O floema apresenta fibras dispostas
perifericamente. O xilema apresenta duas a quatro fileiras Solução (2): dissolver separadamente 10 mg filantina SQR e
de fibras dispostas radialmente. Os raios parenquimáticos nirantina SQR em 2 mL de metanol.
são ricos em grãos de amido. A região medular Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
frequentemente é ocupada pelo tecido xilemático, ou mais secar ao ar e examiná-la sob luz ultravioleta (254 nm).
raramente por parênquima. Cristais são comuns em todos Nebulizar a placa com solução de anisaldeido, ácido
os tecidos, sendo mais abundantes na região cortical e no sulfúrico e ácido acético (1:2:97) seguida de aquecimento
parênquima medular; comumente são pequenos, isolados em estufa. O cromatograma obtido com a Solução (1)
e/ou agregados, ocorrendo sob diferentes tipos, geralmente não deve apresentar as manchas respectivas à filantina e
drusas. nirantina obtidas com a Solução (2).
Solução amostra para polifenóis totais: transferir 5 mL com C-18 hidrofílica (3 µm); fluxo da Fase móvel de 0,25
da Solução estoque para balão volumétrico de 25 mL mL/minuto.
e completar o volume com água. A 5 mL desta solução,
adicionar 2 mL de reagente de Folin-Denis e diluir para 50 Eluente A: água contendo 0,05 % de ácido trifluoracético;
mL com carbonato de sódio SR. Medir a absorvância da
Eluente B: metanol contendo 0,05 % de ácido trifluoracético.
solução (A1) em 715 nm (5.2.14), exatamente 3 minutos
após a adição do último reagente, utilizando água para Gradiente da Fase móvel: adotar o sistema de gradiente
ajuste do zero. descrito na tabela a seguir:
Solução amostra para polifenóis não adsorvidos pelo
Tempo Eluente A Eluente B
pó de pele: adicionar 0,2 g de pó de pele SQR a 20 mL Eluição
(minutos) (%) (%)
da Solução estoque e agitar, mecanicamente, durante 60
minutos. Filtrar. Diluir 5 mL desta solução para 25 mL com 0-7 95 5 isocrática
água. A 5 mL desta solução, adicionar 2 mL do reagente 7 - 25 95 → 0 5 → 100 gradiente linear
de Folin-Denis e diluir para 50 mL com carbonato de
Solução amostra: pesar analiticamente cerca de 0,75 g
sódio SR. Medir a absorvância da solução (A2) em 715
da droga seca e moída (800 µm) e transferir para balão
nm (5.2.l4), exatamente 3 minutos após a adição do último
de fundo redondo. Adicionar 10 mL de água, adaptar em
reagente, utilizando água para ajuste do zero.
condensador de refluxo e aquecer em manta à ebulição
Solução padrão: dissolver 50 mg de pirogalol em água e durante 15 minutos. Esfriar sob água corrente e filtrar o
diluir a 100 mL com o mesmo solvente. Diluir 5 mL desta extrato sob pressão reduzida. Lavar o resíduo com água.
solução para 100 mL com água. A 5 mL desta solução, Transferir o filtrado para balão volumétrico de 250 mL e
q
adicionar 2 mL de reagente de Folin-Denis e diluir para 50 completar o volume com água. Filtrar em membrana de
mL com carbonato de sódio SR. Medir a absorvância da 0,45 µm e injetar no cromatógrafo.
solução (A3) em 715 nm (5.2.14), exatamente 3 minutos
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
após a adição do último reagente e dentro de 15 minutos
de ácido gálico SQR no Eluente A para obter solução a 1
contados da dissolução do pirogalol, utilizando água
mg/mL.
como branco. Calcular o teor de taninos totais segundo a
expressão: Soluções para curva analítica: diluir 1 mL da Solução
padrão em balão volumétrico de 50 mL completando o
volume com Eluente A. Diluir alíquotas de 1 mL, 2 mL, 3
mL, 5 mL e 7 mL dessa solução a 10 mL utilizando Eluente
A obtendo assim, soluções com concentrações de 2,0 µg/
em que mL; 4,0 µg/mL; 6,0 µg/mL; 10,0 µg/mL e 14,0 µg/mL.
Filtrar as soluções em membrana de 0,45 µm e injetar no
TT = taninos totais; cromatógrafo.
A1 = absorvância medida da Solução amostra para
polifenóis totais; Procedimento: injetar, separadamente 5 µL da
A2 = absorvância medida da Solução amostra para Solução padrão e da Solução amostra e obter as áreas
polifenóis não adsorvidos pelo pó de pele; correspondentes ao pico de ácido gálico. O tempo de
retenção relativo é cerca de 4,6 minutos para o ácido
A3 = absorvância medida da Solução padrão; gálico. Calcular o teor de ácido gálico na amostra a
m = massa da droga vegetal considerando a determinação partir da equação da reta obtida com a curva analítica
de água. do ácido gálico. O resultado é expresso pela média das
determinações em gramas de ácido gálico por 100 gramas
Ácido gálico
da droga considerando a determinação de água (%).
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
de detector de ultravioleta a 275 nm; pré-coluna contendo
fase reversa C-18 hidrofílica e coluna de 100 mm de Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e do calor.
comprimento e 2,1 mm de diâmetro interno, empacotada
1232 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
______________
A – hábito. B – flor masculina com 5 nectários e três estames. C – flor feminina com ovário e disco nectarífero. D – fruto, tépalas persistentes. E – folhas
de base assimétrica. F – aspecto geral da semente.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1233
________________
Complemento da legenda da Figura 1b. As escalas correspondem em A e D a 0,05 cm; em B, C e J a 0,1 cm; em E, F, G, H e I a 50 mm
A – aspecto geral da folha. B – aspecto geral da estípula na região do nó: ramo (ra); estípula (e); base da folha (b). C – aspecto geral do fruto. D – aspecto
geral da semente. E – vista frontal da epiderme da face adaxial: estômato (es). F – vista frontal da epiderme da face abaxial: estômato (es). G – lâmina
foliar na região do mesofilo, em secção transversal: epiderme (ep); parênquima paliçádico (pp); parênquima esponjoso (pj); idioblasto cristalífero (ic).
H – região do mesofilo ao nível do parênquima paliçádico, em secção paradérmica, evidenciando idioblastos com drusas: idioblasto cristalífero (ic);
estômato (es). I – lâmina foliar na região da nervura principal em secção transversal: epiderme (ep); parênquima paliçádico (pp); parênquima esponjoso
(pj); xilema (x); floema (f); colênquima (co). J – detalhe da nervação broquidódroma de um segmento da lâmina foliar em vista frontal.
1234 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
______________
A – detalhe do caule em secção transversal: epidermem (ep); colênquima (co); clorênquima (cl); parênquima cortical (pc); fibras do floema (ff);
floema (f); xilema (x); parênquima medular (pm); idioblasto cristalífero (ic). B – detalhe da raiz em secção transversal: periderme (pe); parênquima
cortical (pc); fibgas do floema (ff); floema (f); xilema (x). C – elemento de vaso com espessamento pontoado em vista longitudinal. D – células
parenquimáticas esclerificadas. E – fibras do floema em vista longitudinal. F – células clorenquimáticas junto às fibras do floema. G – fibra em vista
longitudinal. H – detalhe de um fragmento da epiderme caulinar em vista frontal, mostrando estômato (es).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1235
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
QUEBRA-PEDRA
Phyllanthus tenellus herbae Em secção transversal, o caule em desenvolvimento
secundário exibe epiderme uniestratificada, com estômatos.
Subepidermicamente encontram-se uma ou duas camadas
Phyllanthus tenellus Roxb. – PHYLLANTHACEAE de células colenquimáticas com espessamento angular,
podendo conter cloroplastídios, interrompidas somente nas
A droga vegetal é constituída pelas partes aéreas secas
regiões das câmaras subestomáticas. Clorênquima formado
contendo, no mínimo, 9,0% de taninos totais e 0,12% de
por duas a quatro camadas de células isodiamétricas, com
ácido gálico.
espaços intercelulares evidentes ou não e com grãos de
amido. Mais internamente, ocorrem uma ou mais camadas
CARACTERÍSTICAS de parênquima cortical, cujas células apresentam maior
eixo no sentido periclinal, podendo conter grãos de
Características organolépticas. Droga inodora; sabor amido. O floema é constituído externamente por densos
amargo no início da mastigação, tornando-se suave agrupamentos de fibras de paredes muito espessas e
posteriormente. lume reduzido, isoladas ou geralmente agrupadas, com
esclereídes dispersos e os agrupamentos intercalados por
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA células parenquimáticas. Cristais romboédricos de oxalato
de cálcio ocorrem no clorênquima, parênquima cortical e
Planta herbácea, glabra, com até 60 cm de altura, caules no floema, presentes sempre em células de maior tamanho
simples ou ramificados, os principais delgados e sem do que as demais. Elementos de vaso, com disposição
folhas, com ramos ou râmulos laterais filiformes, estes
q
radial, alternam-se com uma ou mais fileiras de fibras
portando folhas. Folhas alternas, dísticas, simples, xilemáticas e células parenquimáticas esclerificadas.
membranáceas, glabras, elípticas a elíptico-obovaladas, de O parênquima medular é constituído por células
ápice obtuso e base obtusa a aguda, margem lisa; lâminas isodiamétricas, de grande volume, com grandes espaços
discolores, face adaxial de cor verde e face abaxial verde- intercelulares e muitos cristais romboédricos e drusas. Em
pálida. As folhas, quando observadas em conjunto, tem o caules de maior diâmetro, pode ocorrer periderme, seguida
aspecto de folhas compostas de pequenas leguminosas. de duas ou mais camadas clorenquimáticas, com grande
Lâminas com 0,8 cm a 2,5 cm de comprimento e 0,5 cm quantidade de grãos de amido e cristais. O parênquima
a 1,2 cm de largura. Nervuras visíveis, não proeminentes, cortical mantém as mesmas características encontradas
com exceção da nervura principal na face abaxial. Venação nos caules mais jovens. O floema apresenta pequena
broquidódroma. Pecíolo curto-cilíndrico, de até 0,1 cm quantidade de grãos de amido, com um maior grau de
de comprimento. Estípula interpeciolar membranácea desenvolvimento em relação aos caules mais jovens e as
a escariosa, estreito-triangular, com ápice agudo e base fibras distribuem-se perifericamente formando um anel.
inteira, de até 0,15 cm de comprimento. Flores unissexuais, O maior desenvolvimento do xilema, comparado ao dos
reunidas em fascículos axilares paucifloros, as femininas caules mais jovens, é muito evidente, com consequente
desenvolvendo-se primeiro, com pedicelos muito mais redução da área ocupada pelo parênquima medular. Nos
longos do que os das flores masculinas. Na região distal raios parenquimáticos, os grãos de amido também estão
dos ramos podem ocorrer flores femininas isoladas. presentes. A folha é hipoestomática. Os estômatos são do
Flores femininas com até 0,3 cm de diâmetro, com cinco tipo paracítico e, menos frequentemente, anomocítico. Em
tépalas obovaladas, de margem escarioso-esbranquiçada vista frontal, as células da epiderme voltadas para a face
e disco inteiro; ovário tricarpelar, trilocular, cada lóculo adaxial mostram contornos irregulares e paredes onduladas.
bispérmico; três estiletes, cada um bífido na porção apical; As ceras epicuticulares apresentam granulações. A cutícula
pedicelo com 0,1 cm a 0,8 cm de comprimento. Flores é fina, tornando-se mais espessa na nervura principal. A
masculinas com cinco tépalas suborbiculares, de margem epiderme é uniestratificada em ambas as faces e possui
escariosa e disco pentalobado, cada lobo reniforme; cinco células fundamentais achatadas e algumas papilosas.
estames com filetes livres entre si; pedicelos com 0,05 cm As células fundamentais da face adaxial são de maiores
a 0,15 cm de comprimento. Frutos esquizocárpicos, do dimensões do que as da face abaxial. A simetria do mesofilo
tipo tricoca, com 0,1 cm a 0,2 cm de diâmetro, depresso- é dorsiventral. O parênquima paliçádico é uniestratificado,
globosos, expostos para a região adaxial dos ramos, ocupando cerca da metade da espessura do mesofilo,
separando-se em carpídios (cocas); exocarpo verde-oliva, apresentando idioblastos com cristais romboédricos de
membranáceo e endocarpo verrucoso; duas sementes por oxalato de cálcio. O parênquima esponjoso é constituído
lóculo, triangulares, com as duas faces ventrais retas e a por duas a três camadas de células de contornos irregulares,
face dorsal arredondada, verrucosa, verrugas proeminentes, cujo maior comprimento corresponde ao sentido periclinal.
com ápice arredondado, com ou sem papilas; pedicelos Em secção paradérmica, evidencia-se o caráter braciforme
cilíndricos, com até 0,9 cm de comprimento na maturação; dessas células. Na nervura principal, o parênquima
cálice persistente, membranáceo, desenvolvido, atingindo paliçádico é interrompido por pequeno número de células
metade da altura do fruto. As características macroscópicas colenquimáticas de espessamento angular. Na região
das duas espécies, Phyllanthus tenellus e Phyllanthus adaxial, abaixo do colênquima, são observadas uma ou
niruri, são determinantes para distinguí-las, uma vez que duas camadas de células isodiamétricas clorofiladas. Nesta
são muito similares quanto às características anatômicas região, junto à epiderme abaxial, ocorre uma camada de
para alguns órgãos vegetativos. colênquima angular, de paredes pouco espessas, destituídas
1236 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
de cloroplastídios, seguida de um tecido clorenquimático uma solução de macrogol 400 a 5% (p/v) em metanol. Deixar
com células isodiamétricas, com poucos cloroplastídios a placa secar ao ar livre durante 30 minutos e examiná-
ou um parênquima fundamental. O sistema vascular é do la sob luz ultravioleta (365 nm).O cromatograma obtido
tipo colateral e formado por três a seis raios. O floema com a Solução (1), deverá apresentar no terço superior da
possui pequeno número de células. O padrão de venação placa uma mancha amarelo-esverdeada fluorescente. No
é broquidódromo. terço inferior da placa, a espécie pode apresentar traços
de rutina, caracterizado por uma mancha fluorescente de
coloração alaranjada correspondente em posição à mancha
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
obtida com o padrão de rutina da Solução (2).
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
características: presença de frutos depresso-globosos,
com espessura de 250 mm como suporte, e mistura de
carpídios (cocas) isolados e sementes como descritos;
hexano e acetato de etila (70:30), como fase móvel. Aplicar,
flores como descritas; cristais piramidais e drusas de
separadamente, em forma de banda, 25 mL da Solução (1)
oxalato de cálcio; fragmentos de fibras; fragmentos de
e 5 mL da Solução (2), recentemente preparadas, descritas
tecido epidérmico como descritos; fragmentos de tecidos
a seguir
caulinares e foliares como descritos; fragmentos de
tecido vascular com elementos de vaso apresentando Solução (1): transferir cerca de 1 g da droga moída para
espessamentos anelado, espiralado e mais frequentemente balão de fundo redondo, adicionar 10 mL de metanol e
pontoado, e fibras. aquecer sob refluxo durante 30 minutos em banho-maria.
Resfriar à temperatura ambiente e filtrar sob pressão
q
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DAS reduzida. Reextrair com mais 10 mL de metanol durante
30 minutos. Filtrar o extrato lavando o resíduo com 5 mL
IMPUREZAS
de metanol agrupando-o ao primeiro. Completar o volume
A raiz em crescimento secundário apresenta periderme para 25 mL com metanol e filtrar em membrana de 0,45
formada por duas a três camadas suberificadas, felogênio e µm.
feloderme. Abaixo deste tecido encontra-se o parênquima
Solução (2): dissolver separadamente 10 mg de filantina
cortical, formado por três a quatro estratos celulares.
SQR e nirantina SQR em 2 mL de metanol.
O floema apresenta fibras dispostas perifericamente. O
xilema apresenta fibras entre os elementos de vaso ou duas Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
a quatro fileiras de fibras dispostas radialmente, além de secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
raios parenquimáticos formados por uma ou duas fileiras Nebulizar com mistura de solução de anisaldeido, ácido
de células de paredes espessadas, contendo grãos de amido. sulfúrico e ácido acético (1:2:97) seguida de aquecimento
Os cristais são comuns nos tecidos parenquimáticos, em estufa. O cromatograma obtido com a Solução (1)
inclusive dos sistemas vasculares, e apresentam-se sob não deve apresentar as manchas respectivas à filantina e
diferentes tipos, isolados ou agrupados. nirantina obtidas com a Solução (2).
Solução amostra para polifenóis totais: transferir 5 mL da Eluente A: água contendo 0,05 % de ácido trifluoracético.
Solução estoque para balão volumétrico 25 mL e completar
o volume com água. A 5 mL desta solução, adicionar 2 Eluente B: metanol contendo 0,05 % de ácido trifluoracético.
mL de reagente de Folin-Denis e diluir para 50 mL com
Gradiente da Fase móvel: adotar o sistema de gradiente
carbonato de sódio SR. Medir a absorvância da solução
descrito na tabela a seguir:
(A1) em 715 nm (5.2.14), exatamente 3 minutos após a
adição do último reagente, utilizando água para ajuste do
Tempo Eluente A Eluente B
zero. Eluição
(minutos) (%) (%)
Solução amostra para polifenóis não adsorvidos em pó de 0-8 100 0 isocrática
pele: adicionar 0,2 g de pó de pele SQR a 20 mL da Solução 8 - 15 100 → 50 0 → 50 gradiente linear
estoque e agitar, mecanicamente, durante 60 minutos.
15 - 20 50 50 isocrática
Filtrar. Diluir 5 mL desta solução para 25 mL com água. A
5 mL desta solução, adicionar 2 mL do reagente de Folin- Solução amostra: pesar analiticamente cerca de 0,75 g
Denis e diluir para 50 mL com carbonato de sódio SR. da droga seca e moída (800 µm) e transferir para balão
Medir a absorvância da solução (A2) em 715 nm (5.2.14), de fundo redondo. Adicionar 30 mL de água, adaptar em
exatamente 3 minutos após a adição do último reagente, condensador de refluxo e aquecer em manta à ebulição
utilizando água para ajuste do zero. durante 15 minutos sob agitação magnética. Esfriar sob
água corrente e filtrar o extrato sob pressão reduzida.
Solução padrão: dissolver 50 mg de pirogalol em água e
Lavar o resíduo com água. Transferir o filtrado para balão
diluir a 100 mL com o mesmo solvente. Diluir 5 mL desta
volumétrico de 250 mL e completar o volume com água.
solução para 100 mL com água. A 5 mL desta solução,
q
Filtrar em membrana de 0,45 µm e injetar no cromatógrafo.
adicionar 2 mL de reagente de Folin-Denis e diluir para 50
mL com carbonato de sódio SR. Medir a absorvância da Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
solução (A3) em 715 nm (5.2.14), exatamente 3 minutos de ácido gálico SQR no Eluente A para obter solução a 400
após a adição do último reagente e dentro de 15 minutos µg/mL.
contados da dissolução do pirogalol, utilizando água
como branco. Calcular o teor de taninos totais segundo a Solução para curva analítica: diluir 2 mL da Solução
expressão: padrão em balão volumétrico de 25 mL completando o
volume com Eluente A. Diluir alíquotas de 2 mL e 5 mL
desta solução a 25 mL utilizando Eluente A obtendo assim,
soluções com concentrações de 2,6 µg/mL e 6,4 µg/mL.
Adicionalmente, diluir alíquotas de 3 mL, 5 mL e 7 mL
em que a 10 mL utilizando Eluente A, obtendo soluções com
concentrações de 9,6 µg/mL, 16,0 µg/mL e 22,4 µg/mL.
TT = taninos totais; Utilizar as cinco soluções preparadas (2,6 µg/mL; 6,4 µg/
A1 = absorvância medida da Solução amostra para mL; 9,6 µg/mL; 16,0 µg/mL e 22,4 µg/mL) na construção
polifenóis totais; da curva analítica, após filtração em membrana de 0,45 µm
e injeção no cromatógrafo.
A2 = absorvância medida da Solução amostra para
polifenóis não adsorvidos em pó de pele; Procedimento: injetar, separadamente 5 µL da
A3 = absorvância medida para a Solução padrão; Soluções padrão e da Solução amostra e obter as áreas
m = massa da droga vegetal considerando a determinação correspondentes ao pico de ácido gálico. O tempo de
de água. retenção relativo é cerca de 5,3 minutos para o ácido
gálico. Calcular o teor de ácido gálico na amostra a
Ácido gálico partir da equação da reta obtida com a curva analítica
do ácido gálico. O resultado é expresso pela média das
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido determinações em gramas de ácido gálico por 100 gramas
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido da droga considerando a determinação de água (%).
de detector de ultravioleta a 275 nm; pré-coluna contendo
fase reversa C-18 hidrofílica e coluna de 10 cm de
comprimento e 2,1 mm de diâmetro interno, empacotada EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
com C-18 hidrofílica (3 µm); fluxo da Fase móvel de 0,25
mL/minutos. Em recipientes hermeticamente fechados, ao abrigo da luz
e do calor.
1238 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
q
Figura 1a – Aspectos macroscópios em Phyllanthus tenellus Roxb.
______________
A – hábito. B – flor masculina com cinco nectários e cinco estames. C – flor feminina com ovário e disco nectarífero. D – fruto, tépalas persistentes.
E – folha de base simétrica. F – aspecto geral da semente.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1239
______________
Complemento da legenda da Figura 1b. As escalas correspondem em A a 0,5 mm; em B a 2 mm; em C, D e L a 1 mm; em E, F, G, H, I e J a 50 µm.
A – aspectogeral da folha. B – detalhe da estípula na região do nó: ramo (ra); estípula (e); base da folha (b). C – aspecto geral do fruto. D – aspecto
geral da semente. E – vista frontal da epiderme da face adaxial. F – vista frontal da epiderme da face abaxial: estômato (es). G – lâmina foliar na região
do mesofilo em secção transversal: epiderme (ep); parênquima paliçádico (pp); parênquima esponjoso (pj); idioblasto cristalífero (ic). H – região do
mesofilo ao nível do parênquima paliçádico, em secção paradérmica, evidenciando os idioblastos cristalíferos: idioblasto cristalífero (ic); parênquima
paliçádico (pp). I – região do mesofilo ao nível do parênquima esponjoso, em secção paradérmica, evidenciando as células braciformes. J – lâmina foliar
na região da nervura principal em secção transversal: epiderme (ep); parênquima paliçádico (pp); parênquima esponjoso (pj); colênquima (co); xilema
(x); floema (f). L – detalhe da nervação broquidódroma de um segmento da lâmina foliar em vista frontal.
1240 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
______________
A – detalhe do caule em secção transversal: epiderme (ep); colênquima angular (co); clorênquima (cl); parênquima cortical (pc); fibras do floema (ff);
floema (f); xilema (x). B – detalhe da raiz em secção transversal: xilema (x); floema (f); fibras do floema (ff); parênquima cortical (pc). C – elementos
de vaso com espessamento helicoidal e pontoado em vista longitudinal. D – elementos de vaso com espessamento pontoado, em vista longitudinal. E –
vista parcial de uma fibra septada. F – fibras em vista longitudinal.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1241
q
pequenas manchas de cor parda, geralmente lisa ou dissolver em 5 mL de metanol, de modo a obter solução a
finamente estriada longitudinalmente. Aderida a esta casca 2,0%. Filtrar.
frequentemente são encontradas partes do ritidoma de
coloração amarronzada a pardo-escuro. A superfície interna Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e deixar
é branco-amarelada e lisa. A fratura é lisa a ligeiramente secar ao ar por 15 minutos. Nebulizar a placa com
fibrosa. Em secção transversal, a fratura apresenta uma anisaldeído SR e colocar em estufa entre 100 °C a 105 °C,
estrutura regularmente quadriculada por faixas tangenciais durante 5 minutos. Visualizar sob luz visível. As saponinas
escuras e linhas radiais claras. da quilaia apresentam-se como manchas azul-esverdeadas
com Rf sequenciais em torno de 0,23 e 0,33.
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
ENSAIOS DE PUREZA
O líber, que constitui sozinho a espessura das cascas
comerciais, exibe de forma característica um aspecto Água (5.4.2.3). No máximo 8,0%.
quadriculado, o que se deve pelo cruzamento sucessivo Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 6,0%.
dos raios parenquimáticos com zonas de parênquima, que
se alternam com feixes de fibras. Em toda esta região, as Cinzas insolúveis em ácido (5.4.2.5). No máximo 1,0%.
células encontram-se justapostas, caracterizando espaços
intercelulares do tipo meato. Os raios parenquimáticos Índice de espuma (5.4.2.10). Pesar 0,1 g de quilaia em
constam de duas a seis camadas de células de 60 µm a pó e adicionar 100 mL de água destilada. Ferver por 5
100 µm de comprimento por, aproximadamente, 20 µm de minutos. Filtrar e completar o volume para 100 mL com
largura. As fibras liberianas são tortuosas e, frequentemente, água destilada. No mínimo 1000.
encontram-se acompanhadas por pequenos grupos de
Substâncias extraíveis por álcool (5.4.2.11). Macerar 5
esclereídes. O parênquima contém células de 20 µm a 40
g da droga pulverizada em 100 mL de etanol a 45% (v/v)
µm de comprimento por 60 µm a 200 µm, geralmente, 90
em um recipiente hermeticamente fechado por 24 horas,
µm de largura. Possui numerosas células de mucilagem,
mantendo sob agitação constante durante as primeiras 6
células amilíferas com grãos de amido de 5 µm a 20 µm
horas, e deixar em repouso por 18 horas. Filtrar e completar
de diâmetro e inúmeras células contendo monocristais de
o volume para 100 mL com etanol a 45% (v/v). Evaporar 20
oxalato de cálcio, que podem atingir 50 µm a 170 µm de
mL do filtrado à secura, em pesa-filtro previamente tarado
comprimento e até 30 µm de largura.
à 105 °C, até peso constante. Calcular a porcentagem do
extrativo solúvel em etanol com referência a droga seca.
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ No mínimo 22,0%.
______________
Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A a 1 cm; em B e C a 50 μm; em D a 150 mm; em E a 50 mm.
A – aspecto geral em vista frontal da casca do caule evidenciando a face interna. B e C – aspecto geral em vista frontal da casca do caule evidenciando
a face externa. D – detalhe de uma porção da casca do caule em secção transversal: célula amilífera (ca); células condutoras do floema (ccfl); célula
parenquimática (cp); fibra liberiana (fl); idioblasto cristalífero (ic); periderme (pe); raio parenquimático (rp). E – detalhe parcial da região floemática
com células de parênquima e raio parenquimático evidenciando o entrecruzamento entre estas células e a presença de idioblastos cristalíferos: célula
parenquimática (cp); idioblasto cristalífero (ic); raio parenquimático (rp).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1243
______________
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
QUINA-AMARELA
Cinchonae cortex O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
a espécie, exceto os caracteres macroscópicos. São
características: fraturas maiores de cor acastanhada e
Cinchona calisaya Weddell – RUBIACEAE fraturas menores de cor castanho-avermelhada; fragmentos
de súber de cor amarelado a pardo-avermelhado; fragmentos
A droga é constituída pelas cascas de ramos da espécie e de
de parênquima cortical contendo grãos de amido esféricos
suas variedades, contendo no mínimo 6,0% de alcaloides
e idioblastos com cristais de oxalato de cálcio na forma
totais, dos quais 60% são do tipo quinina.
de areia cristalina; fragmentos de fibras floemáticas,
de paredes espessadas, lignificadas, com pontoações
CARACTERÍSTICAS infundibuliformes; fragmentos de parênquima floemático
e de raios parenquimáticos, associados às fibras, contendo
Características organolépticas. A droga possui odor grãos de amido esféricos; células grandes e ovais; grãos de
fracamente aromático e sabor amargo. amido esféricos ou plano-convexos simples ou associações
de dois ou três grãos.
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
A casca apresenta-se em tubos ou pedaços curvos, de IDENTIFICAÇÃO
comprimento e largura variáveis e com 3,0 mm a 7,0 mm A. Reação de Grahe: Adicionar 500 mg de casca de quina-
de espessura. A superfície externa é cinzento-acastanhada, amarela pulverizada em um tubo de ensaio e aquecer
frequentemente acompanhada de liquens, e apresenta
q
diretamente na chama. Observar o desprendimento de
numerosas fissuras transversais e longitudinais e por vezes vapores de coloração púrpura e sua condensação nas
destacam-se gretas transversais de poucos milímetros. A paredes do tubo. Este destilado é solúvel em etanol.
face interna é castanho-amarelada e finamente estriada,
apresentando depressões ovoides marcadas de forma mais B. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
ou menos intensa. Em secção transversal destacam-se três camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
regiões distintas: a região mais externa é fina e apresenta com espessura de 250 mm, como suporte, e mistura de
cor castanho-acinzentada, a região mediana exibe máculas clorofórmio e dietilamina (90:10), como fase móvel.
arredondadas e cor amarelada e a região interna é sulcada Aplicar, separadamente, em forma de banda, 15 mL a 20
radialmente por numerosas linhas amarelas. mL da Solução (1) e 3 mL a 5 mL da Solução (2), preparadas
como descritas a seguir.
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA Solução (1): adicionar 0,1 mL de hidróxido de amônio a
25% (p/v) e 5 mL de cloreto de metileno a 0,1 g da droga
O súber, em secção transversal, é constituído por
pulverizada. Deixar em repouso durante 30 minutos,
aproximadamente 15 camadas de células ricas em conteúdo
agitando ocasionalmente. Filtrar e evaporar o filtrado até
de cor acastanhada que se dispõe de forma regular em
secura em banho-maria. Dissolver o resíduo em 1 mL de
fileiras radiais. A feloderme apresenta inúmeras camadas
etanol absoluto.
de células regulares, com paredes celulares escuras. O
parênquima cortical é formado por células com parede Solução (2): dissolver, separadamente, 17,5 mg de quinina,
tênue, destacando-se idioblastos que contém areia cristalina 0,5 mg de quinidina e 10 mg de cinchonina em 5 mL de
distribuídos, de forma esparsa, por todo o parênquima etanol absoluto.
cortical. Mais internamente e também de forma esparsa,
nesta mesma região cortical, ocorrem células de forma oval, Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e deixar
que atingem um grande diâmetro em relação às demais secar em estufa de 100 °C a 105 °C por aproximadamente
células. O floema é muito desenvolvido, destacando-se 10 minutos. Deixar a placa esfriar e nebulizar com solução
elementos de tubo crivado estreitos e raios parenquimáticos etanólica de ácido sulfúrico a 50% (p/v). Examinar sob
que se distribuem em um parênquima desenvolvido. A luz ultravioleta (365 nm). As manchas obtidas com a
largura dos raios parenquimáticos corresponde, geralmente, Solução (1) correspondem em posição, cor e intensidade
a fileiras de três células. As demais células do parênquima àquelas obtidas com a Solução (2). Essas manchas são
floemático encerram grãos de amido esféricos ou plano- correspondentes à quinina (Rf aproximadamente 0,15),
convexos dispostos isoladamente ou em tríade. No floema quinidina (Rf aproximadamente 0,30) e cinchonina (Rf
destacam-se fibras que se assemelham a células pétreas aproximadamente 0,45).
e apresentam parede muito espessa e claramente estriada,
atravessada por pontoações do tipo infundibuliforme. As
ENSAIOS DE PUREZA
fibras floemáticas encontram-se dispostas radialmente de
forma isolada, reunidas em pequenos grupos ou formando Matéria estranha (5.4.2.2). No máximo 2 %.
fileiras curtas e irregulares, por toda a região do floema.
Água (5.4.2.3). No máximo 8 %.
DOSEAMENTO
Alcaloides
q
ou 30 mg de cinchonina em ácido clorídrico 0,1 M, cinchonina em 348 nm, corrigida para concentração de 1
completando o volume para 100 mL. Medir a absorvância mg em 1000 mL.
das três soluções em 316 nm e 348 nm, utilizando como
branco ácido clorídrico 0,1 M. Calcular a porcentagem de Calcular o conteúdo de alcaloides totais, (x + y) e determinar
alcaloides do grupo quinina (x) e de alcaloides do grupo o conteúdo relativo de alcaloides tipo quinina, a partir da
cinchonina (y), mediante as expressões: seguinte equação: (100x) + (x + y).
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipiente de vidro ou metal, bem fechado, ao abrigo
da luz e do calor.
1246 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
A - aspecto geral em vista frontal da casca do caule evidenciando a face externa; B - aspecto geral em vista frontal da casca do caule evidenciando a face
interna; C - secção transversal evidenciando o aspecto geral das cascas dos ramos; cac: células com areia cristalina; cg: células gigantes; fe: feloderme;
fi: fibra; pc: célula do parênquima cortical; rp: raio parenquimático na região floemática; su: súber.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1247
Complemento da legenda da Figura 2. As escalas correspondem em A e C a 500 mm; em B a 200 mm e em D a 350 mm.
A – secção transversal evidenciando um detalhe da região externa da casca próximo a lenticelas; B – secção transversal evidenciando um detalhe ao
nível de parênquima cortical evidenciando células com areia cristalina; C – secção transversal evidenciando um detalhe da região do parênquima
cortical com células gigantes. D – secção transversal evidenciando um detalhe da região floemática; cac: células com areia cristalina; cg: células
gigantes; fe: feloderme; fi: fibra; pc: célula do parênquima cortical; rp: raio parenquimático na região floemática; su; súber.
1248 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
q
Figura 3 - Cinchona calisaya Weddell
_________________
Aspecto geral da droga em pó; ac: areia cristalina; cac: células com areia cristalina; cg: células gigantes; fi: fibra; pc: célula do parênquima cortical; su;
súber.
de reserva com grãos de amido, como os do córtex. apresentar coloração castanho acinzentada. Uma segunda
Tanto no córtex amiláceo quanto no floema ocorrem mancha castanho acinzentada de Rf 0,60 corresponde à
fibras isoladas ou agrupamentos de 5-15 elementos, cujas epiafzelequina-(4b→8)-epicatequina. Acima da banda de
paredes são relativamente delgadas, sofrendo deformações valor de Rf 0,75 deverá aparecer uma mancha de coloração
por compressão mecânica, em suas porções mais externas, azul intensa.
configurando um arranjo ramificado em relação às células
adjacentes. O xilema é formado por grande quantidade de B. Aquecer sob refluxo cerca de 3 g da droga vegetal moída
fibras relativamente largas, lignificadas e com pontoações com 60 mL de água, durante 15 minutos. Esfriar e filtrar.
areoladas em abundância. Este tipo de pontoação também A 2 mL do extrato adicionar duas gotas de ácido clorídrico
está presente nos elementos de vaso, os quais são em geral SR e gotejar gelatina SR até precipitação. O aparecimento
isolados, raramente em duplas, sempre associados com o de um precipitado nítido indica reação positiva para taninos
parênquima axial, paratraqueal. A placa de perfuração é totais.
do tipo simples. Os raios xilemáticos são unisseriados e
C. A 2 mL do extrato obtido no teste B. em Identificação,
frequentes.
adicionar 10 mL de água e 2 a 4 gotas de solução de cloreto
férrico a 1% (p/v) em etanol. O desenvolvimento de
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ coloração cinza escura indica reação positiva para taninos
totais.
O pó atende a todas as características estabelecidas para
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São D. A 2 mL do extrato obtido no teste B. em Identificação,
características: pó insípido; fragmentos do súber com adicionar 0,5 mL de vanilina a 1% (p/v) em metanol e 1
coloração marrom avermelhada, com típicas células mL de ácido clorídrico. O desenvolvimento de coloração
tabulares de formato uniforme; fragmentos do tecido vermelha indica reação positiva para taninos condensados.
cortical com grãos de amido esféricos, simples ou
compostos, de grandes dimensões, associados com fibras E. A 5 mL do extrato obtido no teste B. em Identificação,
arranjadas de modo ramificado; fragmentos do lenho com adicionar 10 mL de ácido acético 2 M e 5 mL de acetato de
células dotadas de pontoações areoladas. chumbo SR. O aparecimento de precipitado esbranquiçado,
indica presença de taninos.
r
IDENTIFICAÇÃO
ENSAIOS DE PUREZA
A. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando cromatoplaca de Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2%.
sílica-gel F254, com espessura de 250 mm, como suporte, e Água (5.4.2.3). No máximo 12%.
mistura de acetato de etila, tolueno, ácido fórmico e água
(100:10:10:1), como fase móvel. Aplicar, separadamente, Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 5,5%.
à placa, em forma de banda, 20 mL da Solução (1) e 10
mL das Soluções (2) e (3), preparadas antes do uso, como Cinzas sulfatadas (5.2.10). No máximo 7%.
descrito a seguir.
Cinzas insolúveis em ácido (5.4.2.5). No máximo 2%.
Solução (1): pesar, exatamente, cerca de 10 g da droga
moída, acrescentar 100 mL de etanol a 70% (v/v), DOSEAMENTO
aquecer sob refluxo por 10 minutos. Após resfriamento
à temperatura ambiente, filtrar, eliminar o etanol em Taninos totais
evaporador rotatório sob pressão reduzida. Extrair a fase
aquosa resultante com três porções de 25 mL de acetato de Efetuar todas as operações de extração e diluição ao abrigo
etila em funil de separação (125 mL). Deixar em repousou da luz.
em freezer (-18 °C) por 15 minutos, para total separação Solução estoque: pesar, exatamente, cerca de 0,75 g de
das fases. Reunir as frações orgânicas e filtrar em papel de droga pulverizada (180 µm) e transferir para erlenmeyer de
filtro com 2 g de sulfato de sódio anidro. Evaporar a fração 250 mL com boca esmerilhada. Adicionar 150 mL de água
obtida em evaporador rotatório sob pressão reduzida até destilada. Aquecer em banho-maria durante 30 minutos à
resíduo. Retomar o resíduo com 5 mL de metanol. temperatura de 60 °C. Resfriar em água corrente e transferir
Solução (2): pesar cerca de 1 mg de catequina e dissolver para um balão volumétrico de 250 mL. Lavar o erlenmeyer
em 2 mL de metanol. e transferir as águas de lavagem com todo conteúdo de
droga vegetal para o mesmo balão volumétrico. Completar
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e o volume com água destilada. Deixar decantar e filtrar o
deixar secar em capela de exaustão. Examinar sob luz líquido sobrenadante em papel de filtro. Desprezar os
ultravioleta (254 nm). O cromatograma obtido com a primeiros 50 mL do filtrado.
Solução (1) apresenta mancha de fluorescência atenuada,
na mesma altura que a obtida com a Solução (2) (Rf de Solução amostra para polifenóis totais: diluir 5 mL do
aproximadamente 0,75). Em seguida, nebulizar a placa filtrado em balão volumétrico de 25 mL com água destilada.
com cloreto férrico a 1% (p/v) em metanol. Após a Transferir volumetricamente 2 mL dessa solução, 1 mL de
nebulização a banda correspondente à catequina deverá reagente fosfomolibdotúngstico e 10 mL de água destilada
em balão volumétrico de 25 mL e completar o volume com
1250 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
solução de carbonato de sódio a 29% (p/v). Determinar a a 29% (p/v). Determinar a absorvância em 760 nm (A3)
absorvância em 760 nm (A1) após 30 minutos, utilizando após 30 minutos, utilizando água destilada como líquido
água destilada como líquido de compensação. de compensação.
Solução amostra para polifenóis não adsorvidos por pó Calcular o teor em porcentagem de taninos (droga seca),
de pele: para 10 mL do filtrado adicionar 0,1 g de pó de expressos em pirogalol, usando a expressão:
pele SQR e agitar mecanicamente em erlenmeyer de 125
62,5(A1 − A 2 ) × m 2
mL durante 60 minutos. Filtrar em papel de filtro. Diluir T =
5 mL desse filtrado em balão volumétrico de 25 mL com A 3 × m1
água destilada. Transferir volumetricamente 2 mL dessa
solução, 1 mL de reagente fosfomolibdotúngstico e 10 em que
mL de água destilada em balão volumétrico de 25 mL e
completar o volume com solução de carbonato de sódio A1 = absorvância da solução amostra para polifenóis totais;
a 29% (p/v). Determinar a absorvância em 760 nm (A2) A2 = absorvância da solução amostra para polifenóis não
após 30 minutos, utilizando água destilada como líquido adsorvidos em pó de pele;
de compensação. A3 = absorvância da solução padrão;
Solução padrão: dissolver imediatamente antes do uso m1 = massa da amostra utilizada no ensaio, em gramas,
50,0 mg de pirogalol em balão volumétrico de 100 mL considerando a determinação de água;
com água destilada. Transferir volumetricamente 5 mL da m2 = massa de pirogalol, em gramas.
solução em balão volumétrico de 100 mL e completar com
água destilada. Transferir volumetricamente 2 mL dessa
solução, 1 mL de reagente fosfomolibdotúngstico e 10 EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
mL de água destilada em balão volumétrico de 25 mL e Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e do calor.
completar o volume com solução de carbonato de sódio
r
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1251
Complemento da legenda da Figura 1. Escalas e correspondências: 250 µm (A), 100 µm (B), 50 µm (C), 25 µm (D).
A - aspecto geral da distribuição dos tecidos da raiz, em secção transversal: córtex amiláceo (ca); elemento de vaso (ev); floema (f); periderme (pe);
ritidoma (ri); raio parenquimático; xilema (x). B - detalhe parcial da casca com periderme (pe) recém formada e córtex amiláceo (am), em secção
transversal; C e D - detalhe parcial do córtex amiláceo em secção transversal e longitudinal radial, respectivamente: grãos de amido (am), espaço
intercelular (ei); fibra do floema (ff).
1252 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
r
Figura 2 – Aspectos microscópicos em Krameria triandra Ruiz & Pav.
_____________
A - detalhe parcial da região cambial e dos tecidos condutores, em secção transversal: câmbio vascular (cv); elemento de vaso (ev); idioblasto cristalífero
(ic); fibras do floema (ff); fibra do xilema (fx); parênquima de reserva. B - detalhe parcial do floema, em secção transversal, mostrando parênquima
de reserva e fibras do floema: grãos de amido (am); fibras do floema (ff). C - detalhe parcial do floema, em secção longitudinal radial: grãos de amido
(am); fibras do floema (ff).
IDENTIFICAÇÃO
RATÂNIA TINTURA
Ratanhiae tinctura Proceder conforme descrito em Cromatografia em camada
delgada (5.2.17.1), utilizando cromatoplaca de sílica-
gel F254, com espessura de 250 mm, como suporte, e
A tintura é preparada a partir das raízes de Krameria mistura de acetato de etila, tolueno, ácido fórmico e água
triandra Ruiz & Pav. - KRAMERIACEAE, a 10% (p/v) (60:20:15:15), como fase móvel. Aplicar, separadamente,
por maceração ou percolação utilizando etanol 70% (v/v) a placa, em forma de banda, 20 mL da Solução (1) e 10 mL
como líquido extrator. Contém, no mínimo, 0,5% de da Solução (2), separadamente, preparadas antes do uso,
taninos, expressos em pirogalol (C6H6O3; M 126,1). como descrito a seguir.
Solução (2): pesar cerca de 1 mg de catequina e dissolver Medir a absorvância das Soluções amostra para polifenóis
em 2 mL de metanol. totais, amostra para polifenóis não adsorvidos por pó de
pele e padrão em 760 nm (5.2.14) 30 minutos após seus
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e deixar preparos, utilizando água destilada para ajuste do zero.
secar em capela de exaustão. Em seguida, nebulizar a Calcular o teor em porcentagem de taninos, expressos em
placa com cloreto férrico 1% em metanol (p/v). Após pirogalol, usando a expressão:
a visualização deverão ser observadas na região do
cromatograma da Solução (1), quatro bandas de coloração
castanho-avermelhada no quadrante superior, a banda
correspondente à catequina, apresenta coloração castanho- em que
azulada de (Rf) 0,71.
A1 = absorvância da Solução amostra para polifenóis
totais;
ENSAIOS DE PUREZA A2 = absorvância da Solução amostra para polifenóis não
adsorvidos em pó de pele;
Determinação de álcool (5.3.3.8). 63,0% a 67,0%.
A3 = absorvância da Solução padrão;
Resíduo seco (5.4.3.2.2). No mínino 1,9%. m1 = massa da amostra utilizada no ensaio (g);
m2 = massa de pirogalol (g).
DOSEAMENTO
Taninos totais EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Nota: Efetuar todas as operações de extração e diluição Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e do calor.
ao abrigo da luz.
r
Solução estoque: transferir exatamente cerca de 1,5 g de Rauvolfia serpentina (L.) Benth. ex Kurz –
tintura para um balão volumétrico de 250 mL e completar APOCYNACEAE
o volume com água destilada. Filtrar a mistura por papel de
filtro. Rejeitar os primeiros 50,0 mL do filtrado. A droga é constituída pela raiz e deve conter no mínimo
0,15% de alcaloides do grupo reserpina-rescinamina, em
Solução amostra para polifenóis totais: transferir relação ao material dessecado.
volumetricamente 5 mL do filtrado da Solução estoque
para balão volumétrico de 25 mL e completar o volume
com água destilada. Transferir volumetricamente 2 mL CARACTERÍSTICAS
desta solução, 1 mL de reagente fosfomolibdotúngstico e
Características organolépticas. É quase inodora e possui
10 mL de água destilada para balão volumétrico de 25 mL
sabor muito amargo.
e completar o volume com solução de carbonato de sódio
a 29% (p/v).
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
Solução amostra para polifenóis não adsorvidos por pó de
pele: para 10 mL do filtrado da Solução estoque adicionar Raiz cilíndrica, frequentemente adelgaçada na
0,1 g de pó de pele e agitar mecanicamente em erlenmeyer extremidade distal, tortuosa; raiz inteira ou suas porções
de 125,0 mL durante 60 minutos. Filtrar em papel de filtro. de 1 cm a 10 cm de comprimento e de 3 mm a 22 mm de
Diluir 5 mL desse filtrado em balão volumétrico de 25 mL diâmetro; superfície externa longitudinalmente enrugada
com água destilada. Transferir volumetricamente 2 mL a sulcada irregularmente, de coloração cinzento-castanha
desta solução, 1 mL de reagente fosfomolibdotúngstico e clara; podem ocorrer restos das raízes secundárias ou
10 mL de água destilada para balão volumétrico de 25 mL principalmente cicatrizes arredondadas oriundas da queda
e completar o volume com solução de carbonato de sódio das mesmas, com 0,5 mm a 1,0 mm de diâmetro; a casca
29% (p/v). pode faltar parcialmente e observam-se nestas falhas as
camadas internas, de cor castanho-amarelada. Lenticelas
Solução padrão: transferir 50,0 mg de pirogalol para balão são frequentemente observadas. A secção transversal
volumétrico de 100 mL e completar com água destilada. mostra três regiões distintas, o córtex, a faixa cambial
Transferir volumetricamente 5 mL desta solução para balão e o cilindro central. O córtex tem coloração castanho-
volumétrico de 100 mL e completar o volume com água amarelada e o cilindro central é amarelo-claro, com 2 a 8
destilada. Transferir volumetricamente 2 mL desta solução, anéis concêntricos, exibindo uma fina estriação radial; o
1 mL de reagente fosfomolibdotúngstico e 10 mL de água cilindro central ocupa cerca de quatro quintos do diâmetro
destilada para balão volumétrico de 25 mL e completar o da raiz. Raramente podem estar presentes restos do rizoma,
volume com solução de carbonato de sódio 29% (p/v). caracterizados por apresentar medula.
1254 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
r
é amilífero, com várias camadas de células de paredes nú e em seguida sob luz ultravioleta (365 nm). À olho nú, a
não lignificadas; os grãos de amido, evidenciados pelo região do cromatograma obtido com a Solução referência,
reagente de Lugol, podem ser pequenos e numerosos ou deverá apresentar no terço mediano da placa, quase superior,
volumosos, de formato arredondado ou ovóide. Laticíferos uma mancha de coloração alaranjada (reserpina). A região
ramificados, de crescimento intrusivo, permeiam o do cromatograma da Solução amostra deverá apresentar
parênquima cortical. O floema é constituído apenas por mancha de coloração alaranjada correspondente em
elementos de tubo crivado e células parenquimáticas; fibras posição à mancha obtida com a reserpina no cromatograma
e esclereídes estão ausentes. Os raios parenquimáticos da Solução referência. Outras manchas alaranjadas,
são multisseriados, podendo ser estreitos ou largos; abaixo da reserpina, ainda no terço mediano, poderão
suas células apresentam grãos de amido e/ou cristais de estar presentes. A mancha de reserpina após exposição à
formatos variados. O xilema secundário também possui luz ultravioleta (365 nm), deverá ter coloração azulada
arranjo radial. Os elementos traqueais e as fibras estão fluorescente. O cromatograma da Solução amostra deverá
dispostos em séries radiais uni ou bisseriadas e alternam- apresentar mancha de coloração azulada fluorescente
se aos raios parenquimáticos multisseriados. Os elementos correspondente em posição à mancha obtida com a
traqueais são estreitos (cerca de 40 µm de diâmetro), com reserpina no cromatograma da Solução referência. Outras
placa de perfuração simples ou escalariforme; as fibras manchas azuladas fluorescentes, abaixo da reserpina, ainda
são libriformes e têm paredes lignificadas espessadas. Os no terço mediano, poderão estar presentes.
raios parenquimáticos são multisseriados, suas células
possuem paredes lignificadas e os grãos de amido são mais
volumosos do que aqueles encontrados no floema e no ENSAIOS DE PUREZA
parênquima cortical. O xilema primário, com seis a oito Matéria estranha (5.4.2.2). No máximo 5%.
polos de protoxilema, ocupa posição medular; os elementos
traqueais também são estreitos e de calibre semelhante ao Água (5.4.2.3). No máximo 12%.
das células parenquimáticas adjacentes.
Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 10%.
DESCRIÇÃO DO PÓ
DOSEAMENTO
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
características: coloração acinzentada clara ou castanho- absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar exatamente 2,5g
amarelada clara; fragmentos do súber, de coloração da planta seca e moída e realizar extração com 100 mL
amarelada, com paredes delgadas suberificadas; fragmentos de etanol, sob refluxo durante 4 horas, protegendo sempre
de elementos de vaso de paredes espessas, com pontoações da luz. Após a extração, completar o volume com etanol,
em balão volumétrico de 100 mL. Transferir uma alíquota
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1255
volumétrica de 20 mL para funil de separação. Adicionar banho-maria a 50 °C a 60 °C, por exatos 20 minutos.
com proveta, 200 mL de ácido sulfúrico 0,25 M e extrair Resfriar as soluções até temperatura ambiente e adicionar
quatro vezes com 60 mL de clorofórmio, descartando a volumetricamente 0,5 mL de ácido sulfâmico a 5% (p/v)
fase contendo ácido sulfúrico, e reservando a fase contendo em cada uma delas e aguardar 20 minutos exatos. Após o
o clorofórmio. Extrair quatro vezes a fase contendo tempo de espera, medir as absorvâncias das soluções em
clorofórmio com 60 mL de bicarbonato de sódio a 2% (p/v), 390 nm, utilizando uma mistura de etanol e água (2:1) para
e filtrar a fase orgânica em balão volumétrico de 250 mL. ajuste do zero. Calcular a quantidade em mg de alcaloides
Após a filtração, completar o volume com etanol. Transferir, do grupo reserpina-rescinamina, como reserpina, utilizando
em duplicata, uma alíquota volumétrica de 25 mL da solução a seguinte fórmula.
para balão de fundo redondo, e levar a secura em rotavapor
(banho a cerca de 40 °C). As duas soluções secas serão ( A1 − A2 )
denominadas Solução amostra (1) e (2). MAL = 5 ×
( S1 − S 2 )
Solução amostra (1): adicionar volumetricamente 5 mL de
etanol e 2 mL de ácido sulfúrico 0,25 M. em que
r
Solução padrão (1): adicionar volumetricamente 5 mL de em que
Solução padrão de reserpina e 2 mL de ácido sulfúrico
0,25 M. AL = teor de alcaloides (% p/p);
MAL = massa de alcaloides (mg);
Solução padrão (2): adicionar volumetricamente 5 mL de
M = massa da amostra seca (mg).
Solução padrão de reserpina, 1 mL de ácido sulfúrico 0,25
M e 1 mL de nitrito de sódio a 0,3% (p/v).
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Nota: Não empregar Soluções padrões (1) e (2) de dias
anteriores. Em recipientes de vidro, bem fechados, ao abrigo da luz e
do calor.
Aquecer as quatro soluções, Soluções amostras (1) e
(2) e Soluções padrões (1) e (2), concomitantemente em
1256 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem: em A a 100 mm, em B e G a 100 µm, e de C a F a 50 µm.
A - aspecto geral da raiz; B - esquema da secção transversal da raiz; C - detalhe de porção da periderme e parênquima cortical, em secção transversal;
D - detalhe de porção do parênquima cortical em secção transversal; E - detalhe de porção do xilema secundário apresentando raios parenquimáticos
multisseriados com abundantes grãos de amido, fibras e vasos dispostos em séries radiais, em secção transversal; F - detalhe de porção do xilema
primário em secção transversal; G - aspecto geral do pó da raiz, com fragmentos do súber (acima, à esquerda), de fibras e vasos (acima, à direita e abaixo,
na região central), de células parenquimáticas do xilema secundário (abaixo, à esquerda) e numerosos grãos de amido, isolados ou agregados; região do
floema primário e secundário (f); grão de amido (ga); laticífero ramificado de crescimento intrusivo (lt); parênquima cortical (pc); periderme (pe); raio
parenquimático (rp); xilema primário (xp); xilema secundário (xs).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1257
r
Características físicas. Pó cristalino, de cor castanho- Solução (2): transferir 5 mL da Solução (1) para um
avermelhado a vermelho-acastanhado. balão volumétrico de 50 mL, diluir com o Diluente,
completar o volume e homogeneizar. Preparar essa solução
Solubilidade. Pouco solúvel em água, solúvel em metanol, imediatamente antes da utilização.
pouco solúvel em acetona e etanol.
Solução (3): transferir 10 mL da Solução (1) para um balão
volumétrico de 100 mL, diluir com acetonitrila, completar
IDENTIFICAÇÃO o volume e homogeneizar. Transferir 5 mL dessa solução
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) para balão volumétrico de 50 mL, diluir com o Diluente,
da amostra previamente dessecada, dispersa em pasta à completar o volume e homogeneizar. Preparar essa diluição
base de parafina líquida, apresenta máximos de absorção final imediatamente antes da utilização.
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas Solução de resolução: dissolver quantidade previamente
intensidades relativas daqueles observados no espectro de pesada de rifampicina SQR e rifampicina quinona SQR
rifampicina SQR, preparado de maneira idêntica. em acetonitrila para obter uma solução contendo cerca
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na de 0,1 mg/mL. Transferir 1 mL dessa solução para balão
faixa de 220 nm a 500 nm, da solução amostra obtida no volumétrico de 10 mL, diluir com o Diluente, completar o
Doseamento, exibe máximos em 237 nm, 254 nm, 334 nm volume e homogeneizar.
e 475 nm. A razão entre as absorvâncias determinadas em Injetar replicatas de 50 µL da Solução de resolução.
334 nm e em 475 nm é cerca de 1,75. Os tempos de retenção relativos são cerca de 0,6 para
C. Suspender cerca de 25 mg da amostra em 25 mL de rifampicina quinona e 1,0 para rifampicina. A resolução
água purificada. Agitar durante 5 minutos e filtrar. A 5 mL entre os picos de rifampicina quinona e de rifampicina não
do filtrado adicionar 1 mL de persulfato de amônio a 10% é menor que 4,0.
(p/v) em solução de tampão fosfato pH 7,4 e agitar durante Procedimento: injetar cerca de 50 µL da Solução(2) e da
alguns minutos. A solução modifica de amarelo-alaranjada Solução (3), registrar os cromatogramas e medir as áreas
para vermelho-violeta, sem formação de precipitado. sob os picos. Calcular a percentagem de cada substância
relacionada pela fórmula:
ENSAIOS DE PUREZA
rTi/(rD+ 0,01∑rTi)
pH (5.2.19). 4,5 a 6,5. Determinar em 0,1% (p/v) da
suspensão da amostra em água isenta de dióxido de em que rTi é a área sob o pico de cada substância relacionada
carbono. no cromatograma obtido com a Solução (2), rD é a área
sob o pico da rifampicina no cromatograma obtido com
a Solução (3), e ∑rTi é a soma das áreas de todos os picos
1258 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
das substâncias relacionadas obtida no cromatograma da Solução (2): solução a 0,1% (p/v) da amostra em clorofórmio.
Solução (2): não mais que 1,5% de rifampicina quinona é
encontrada, não mais que 1% de qualquer outra substância Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
relacionada é encontrada, e um total de não mais que 3,5% secar ao ar. A mancha principal obtida com a Solução (1)
do total das substâncias relacionadas individuais, além da corresponde em posição, cor e intensidade àquela obtida
rifampicina quinona, tendo um tempo de retenção acima com a Solução (2).
de 3 em relação ao tempo de retenção da rifampicina é
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
encontrada.
da Solução amostra, obtido em Doseamento, corresponde
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. Determinar àquele do pico principal da Solução padrão.
em 1 g da amostra. No máximo 0,002% (20 ppm).
CARACTERÍSTICAS
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra. Dessecar em estufa a 80 °C, a uma pressão Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
máxima de 670 Pa, por 4 horas. No máximo 1,0%.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 2 g da amostra.
No máximo 0,1%. Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
r
específica.
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e a uma Aparelhagem: cestas, 100 rpm
temperatura máxima de 25 °C.
Tempo: 45 minutos
r
de 50 mL, completar o volume com Diluente e agitar.
Cada mL da Solução padrão contém cerca de 0,03 mg de A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
rifampicina SQR. amostra apresenta máximos de absorção nos mesmos
comprimentos de onda e com as mesmas intensidades
Solução amostra: pesar 20 cápsulas, remover o conteúdo relativas daqueles observados no espectro de rifampicina
e pesá-las novamente. Homogeneizar o conteúdo das SQR, preparado de maneira idêntica.
cápsulas. Transferir quantidade de pó equivalente a 300
mg de rifampicina para um balão volumétrico de 200 mL, B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa de
adicionar cerca de 180 mL de uma mistura de acetonitrila 220 nm a 500 nm, da Solução amostra, obtida no método B.
e metanol (1:1) e deixar em ultrassom por 5 minutos. de Doseamento, exibe máximos em 237 nm, 254 nm, 334 nm
Transferir 10 mL dessa solução para balão volumétrico e 475 nm idênticos aos observados no espectro da Solução
de 50 mL, completar o volume com acetonitrila e agitar. padrão.
Transferir 5 mL dessa solução para balão volumétrico de
50 mL, completar o volume com Diluente e agitar. CARACTERÍSTICAS
Solução de resolução: dissolver uma quantidade exatamente Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
pesada de rifampicina quinona SQR, em uma mistura de
acetonitrila e metanol (1:1), de forma a obter uma solução pH (5.2.19). 4,2 a 4,8. Determinar na suspensão
com concentração de 0,1 mg/mL. Transferir 1,5 mL dessa reconstituída conforme indicado no rótulo.
solução e 5 mL de solução de rifampicina SQR a 0,3 mg/
mL para balão volumétrico de 50 mL, completar o volume ENSAIOS DE PUREZA
com Diluente e agitar.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
Injetar 50 mL de Solução de resolução. O tempo de em Cromatografia a líquido de alta eficiência (5.2.17.4).
retenção da rifampicina quinona é cerca de 0,6 vezes ao Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
da rifampicina. A resolução entre os picos de rifampicina 254 nm; coluna de 120 mm de comprimento e 4,6 mm de
quinona e da rifampicina não é inferior a 4,0. Injetar diâmetro interno, empacotada com sílica-gel quimicamente
replicatas de 50 mL de Solução padrão. O desvio padrão ligada a grupo octilsilano (5 µm); fluxo da Fase móvel de
relativo das replicatas dos picos registrados não deve ser 1,5 mL/min.
maior que 1,0%.
Fase móvel: mistura de 35 volumes de acetonitrila e 65
Procedimento: injetar, separadamente, 50 mL de Solução volumes de uma solução contendo ácido fosfórico a 0,1%
padrão e Solução amostra, registrar os cromatogramas (v/v), perclorato de sódio a 1,9 mg/mL, ácido cítrico a 5,9
e mediar as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de mg/mL e fosfato de potássio monobásico a 20,9 mg/mL.
1260 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Diluentes: mistura de solução de ácido cítrico a 210,1 mg/ TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
mL, solução de fosfato de potássio monobásico a 136,1
mg/mL, solução de fosfato de potássio dibásico a 174,2 Contagem do número total de micro-organismos
mg/mL, acetonitrila e água (10:23:77:250:640). mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Preparar as Soluções (1), (2), (3), (4), (5) e (6) Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
imediatamente antes da utilização. Cumpre o teste.
r
volumétrico de 100 mL e completar o volume com o
Diluente, obtendo uma solução a 0,0002% (p/v). Tampão fosfato: dissolver 136,1 g de fosfato de potássio
monobásico em 500 mL de água, adicionar 6,3 mL de
Solução (5): dissolver quantidade exatamente pesada de
ácido fosfórico e homogeneizar. Completar o volume com
3-formilrifamicina SQR em Diluente para obter solução
água para 1000 mL e homogeneizar.
a 0,1 mg/mL. Transferir 10 mL dessa solução para balão
volumétrico de 100 mL e completar o volume com o Fase móvel: mistura de água, acetonitrila, Tampão
Diluente, obtendo uma concentração de 0,001% (p/v). fosfato, ácido cítrico M e perclorato de sódio 0,5 M
(500:360:100:20:20). Filtrar em membrana 0,7 µm ou
Solução (6): transferir 10 mL da Solução (3) para
menor e desgaseificar.
erlenmeyer, adicionar 5 mL do Diluente e homogeneizar.
Transferir 5 mL dessa solução para erlenmeyer, adicionar 5 Mistura de solventes: preparar mistura de água, acetonitrila,
mL de Solução (2) e homogeneizar. fosfato de potássio dibásico M, fosfato de potássio
monobásico M e ácido cítrico M (640:250:77:23:10).
Injetar 20 µL da Solução (6). Ajustar a sensibilidade do
detector de forma que a altura dos dois picos principais não Diluente: preparar mistura de acetonitrila e água (1:1).
seja menor que metade da escala. A resolução entre os dois
picos principais não é menor que 4,0. Se necessário, ajustar Solução amostra: agitar o frasco contendo a amostra e
a concentração de acetonitrila na Fase móvel. imediatamente transferir 5 mL da suspensão oral, livre
de bolhas, para balão volumétrico de 100 mL. Dissolver,
Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL das Soluções completar o volume com Diluente e homogeneizar.
(2) a (5), registrar os cromatogramas e medir as áreas sob os Transferir 5 mL da solução resultante para balão
picos. Injetar a Solução (1) e desenvolver a cromatografia volumétrico de 50 mL, completar o volume com Diluente
por pelo menos 3 vezes o tempo de retenção do pico e homogeneizar.
relativo à rifampicina. A área sob o pico correspondente
à rifampicina quinona não é superior à área sob o pico do Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
cromatograma obtido com a Solução (3) (1,5%). A área de rifampicina SQR no Diluente, para obter solução a 0,5
sob o pico correspondente à rifampicina N-oxido não é mg/mL. Deixar em ultrassom por cerca de 30 segundos, se
superior à área sob o pico do cromatograma obtido com necessário, para dissolver. Transferir 5 mL dessa solução
a Solução (4) (1%); a área sob o pico correspondente para balão volumétrico de 50 mL, completar o volume com
à 3-formilrifamicina não é superior à área sob o pico do Diluente e homogeneizar. Utilizar essa preparação em, no
cromatograma obtido com a Solução (5) (5%), e a área máximo, 1 hora.
de qualquer pico secundário não é superior à área sob o
pico do cromatograma obtido com a Solução (2) (1%). Solução de resolução: dissolver quantidades adequadas
Desconsiderar qualquer pico com tempo de retenção menor de rifampicina SQR e rifampicina quinona SQR em
que o pico característico da rifampicina quinona. acetonitrila para obter uma solução a 0,1 mg/mL. Transferir
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1261
1 mL dessa solução para balão volumétrico de 10 mL, Tolerância: não menos que 40% (Q) da quantidade
diluir e completar o volume com a Mistura de solventes. declarada de C37H48N6O5S2 se dissolvem em 60 minutos
Homogeneizar. e não menos que 75% (Q) da quantidade declarada de
C37H48N6O5S2 se dissolvem em 120 minutos.
Injetar replicatas de 20 µL da Solução de resolução.
Os tempos de retenção relativos são cerca de 0,6 para a
rifampicina quinona e 1,0 para a rifampicina. A resolução TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
entre os picos de rifampicina quinona e de rifampicina não
Contagem do número total de micro-organismos
é menor que 4,0. O desvio padrão relativo das áreas de
mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
replicatas dos picos não é maior que 1,0%.
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL das Soluções
Cumpre o teste.
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir
as áreas sob os picos. Calcular o teor de C43H58N4O12
na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução DOSEAMENTO
padrão e Solução amostra.
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO de detector de ultravioleta a 210 nm; coluna de 125 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno empacotada
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano
(5µm) mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase
ROTULAGEM móvel de 1,0 mL/minuto.
r
acrescentar 70 mL de Fase móvel, agitar e completar o
Contém, no mínimo 90,0% e, no máximo, 110,0% da volume com o mesmo solvente. Homogeneizar e filtrar,
quantidade declarada de C37H48N6O5S2. obtendo solução a 0,2 mg/mL.
espécies acima ou seus híbridos interespecíficos, ou ainda, normal é contínua e mais ou menos circular e a mais interna
da mistura delas, excetuando-se partes ou misturas com apresenta feixes vasculares anômalos, os quais têm aspecto
Rheum rhaponticum L., contendo, no mínimo, 2,2% de estelar e distribuem-se irregularmente no parênquima medular
derivados hidroxiantracênicos, expressos em reina. ou, alguns deles, formam um ou dois anéis. O sistema vascular
externo possui floema secundário pouco desenvolvido e seus
elementos encontram-se geralmente obliterados. O floema
CARACTERÍSTICAS
é desprovido de fibras. O xilema secundário tem disposição
Características organolépticas. A droga apresenta odor radial e é formado por poucas camadas de elementos de
característico e aromático, sabor amargo e adstringente. vaso que apresentam forma poligonal ou irregular, com
espessamento geralmente reticulado, cujo diâmetro pode
alcançar 100 µm. Os raios parenquimáticos são formados
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA cada um por uma a quatro fileiras de células, contendo massas
amorfas de cor amarelo-acastanhado ou amarelo intenso,
Fragmentos de rizoma irregulares, discóides ou cilíndricos,
correspondentes aos derivados hidroxiantracênicos. Estas
arredondados, planos ou plano-convexos, com até 15,0 cm
massas tomam cor vermelha intensa, quando submetidas
de diâmetro e 1,0 cm a 5,0 cm de espessura, desprovidos
a uma solução de hidróxido de potássio a 10% (p/v). O
geralmente da região cortical e/ou parte da região vascular,
parênquima medular preenche quase a totalidade do cilindro
em regra até próximo ou além da zona cambial. A superfície
central, sendo interrompido pelos feixes vasculares anômalos.
externa é lisa e geralmente revestida de uma camada de pó
Cada um destes feixes tem aspecto estelar, seu floema é
amarelo-acastanhado. Se retirada esta camada, mostra cor
interno e o xilema externo. Caracterizando este feixe vascular
rosada, que, quando umedecida, apresenta linhas escuras e
ocorrem raios parenquimáticos, que partem do centro do
claras que se entrecruzam, mostrando numerosos retículos
feixe. Seu floema tem aparência esbranquiçada e as células
em forma de losangos interrompidos pelas cicatrizes
parenquimáticas deste tecido estão repletas de grãos de amido
provenientes das raízes. Em secção transversal, destaca-se
e algumas possuem cristais do tipo drusas. A zona cambial
um anel escuro, correspondente ao câmbio, seguido por
é continua e formada por três a quatro camadas de células.
outro anel estreito, regularmente sulcado por estrias radiais
O xilema possui poucos elementos de vaso, dispostos em
alaranjadas, paralelas entre si. O interior do cilindro central é
duas a cinco fileiras, apresentando espessamento geralmente
preenchido por um tecido de cor rosada, no qual se destacam
reticulado e ausência de lignina. Os raios parenquimáticos são
r
numerosas estruturas em forma de estrela, correspondentes
formados por uma a quatro fileiras de células, apresentando
a feixes vasculares anômalos. Estes feixes vasculares têm
as mesmas características daqueles ocorrentes no sistema
um diâmetro de 2,0 mm a 4,1 mm cada e estão dispostos
vascular externo. Estes se expandem em direção ao xilema,
irregularmente e/ou também em um ou dois anéis, conferindo
muitas vezes confundindo-se com o tecido parenquimático
à droga um aspecto marmoreado. Os rizomas de Rheum
medular ou com os dos raios parenquimáticos dos feixes
palmatum se caracterizam por apresentar feixes vasculares
vasculares (estrelas) próximos, entrecruzando-se de tal
anômalos pequenos, em média com 2,5 mm de diâmetro e
forma que é difícil definir sua trajetória. A raiz, em secção
um conjunto de feixes formando um anel contínuo, às vezes
transversal, apresenta as mesmas características do rizoma,
dois, enquanto que os de Rheum officinale têm feixes maiores,
exceto os feixes vasculares anômalos e o parênquima
com até 4,1 mm de diâmetro, distribuídos irregularmente na
medular. As massas amorfas amareladas, contendo derivados
secção transversal. Os fragmentos de raízes são cilíndricos
hidroxiantracênicos, ocorrem mais abundantemente, quando
ou cônicos, desprovidos de córtex, medindo de 3,0 cm a 6,0
comparadas àquelas encontradas nos raios parenquimáticos
cm de diâmetro e 4,0 cm a 17,0 cm de comprimento, com
do rizoma.
coloração semelhante à do rizoma. Em secção transversal,
são nítidos os raios parenquimáticos de disposição radial,
desde a porção central até a periferia. A fratura dos rizomas DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
e raízes é granulosa.
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para estas
espécies, menos os caracteres macroscópicos. Utilizar
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA solução aquosa de hipoclorito de sódio a 3% (p/v) para
o exame microscópico. São característicos: coloração
Em secção transversal, o rizoma, quando acompanhado da
alaranjada à amarelo-acastanhada, que com hidróxido
região cortical ou de seus restos, apresenta súber e parênquima
de potássio a 10% (p/v) toma cor vermelha; células dos
cortical externo pouco desenvolvidos. As células do súber
raios parenquimáticos com substância amarela amorfa;
têm disposição radial e paredes finas. O parênquima cortical
fragmentos de elementos de vaso reticulados não
externo, que acompanha o súber, assim como os demais
lignificados, que podem atingir até 175 µm de comprimento;
parênquimas, possui células arredondadas ou ocasionalmente
numerosos grupos de células parenquimáticas, de forma
poligonais, de paredes finas, com numerosos grãos de amido e
arredondada ou poligonal, de paredes finas, com grãos
cristais do tipo drusa. As células parenquimáticas, que contêm
de amido; fragmentos de raios parenquimáticos em vista
grandes drusas, possuem maior volume. Estes cristais de
longitudinal radial ou em vista tangencial; grande número
oxalato de cálcio possuem diâmetro de 100 µm até 200 µm. Os
de grãos de amido esféricos, com hilo central e radiado,
grãos de amido medem de 2 µm a 35 µm, geralmente de 10 µm
simples ou compostos, com duas a cinco unidades;
a 20 µm, são simples ou compostos de duas a cinco unidades,
drusas de oxalato de cálcio ou seus fragmentos. Fibras e
com hilo central e radiado. O sistema vascular apresenta-se
esclereídes ausentes.
sob duas formas distintas. A mais externa derivada do câmbio
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1263
r
0,05), reina (Rf de aproximadamente 0,12), fisciona Agitar frequentemente. Adicionar 1 mL de ácido clorídrico
(Rf de aproximadamente 0,80) e crisofanol (Rf de e aquecer por mais 20 minutos. Esfriar e transferir para
aproximadamente 0,85). Nebulizar a placa com hidróxido funil de separação. Extrair com três porções sucessivas de
de potássio a 10% (p/v) em metanol. Todas as manchas 25 mL de éter etílico, previamente utilizada para lavar o
apresentam coloração avermelhada. balão de fundo redondo. Reunir os extratos etéreos e lavar
com duas porções de 20 mL de água, filtrar para balão
B. Pesar 50 mg da droga em pó (250 µm), adicionar 25 mL volumétrico de 100 mL e completar o volume com éter
de ácido clorídrico 2 M. Aquecer em banho-maria durante etílico.
15 minutos. Após esfriar, transferir a solução ácida para
funil de separação e extrair com 10 mL de éter etílico. Solução amostra: evaporar 10 mL da Solução estoque até
Decantar a camada etérea e agitar com 10 mL de hidróxido resíduo. Ressuspender o resíduo em 10 mL de acetato de
de amônio 6 M. Desenvolve-se coloração vermelha na magnésio a 0,5% (p/v) em metanol.
camada aquosa amoniacal.
Solução branco: usar metanol.
________________
A1 e A2 - esquemas parciais dos rizomas em secção transversal. Câmbio (ca), floema (f), feixe vascular anômalo (fva), parênquima cortical externo
(pce), parênquima cortical interno (pci), parênquima medular (pm), súber (su). B - detalhe de secção transversal da região externa do córtex do rizoma.
Parênquima cortical externo (pce), súber (su). C - detalhe de secção transversal da região cortical. Cristal (cr), grão de amido (ga), parênquima cortical
interno (pci). D - detalhe da região vascular. Câmbio (ca), floema (f), xilema (x). E - detalhe do sistema vascular anômalo em secção transversal. Câmbio
(ca), cristal (cr), elemento de vaso (ev), floema (f), grão de amido (ga), raio parenquimático (rp), xilema (x). F - detalhe de células parenquimáticas em
secção transversal contendo grãos de amido. G - detalhe de células parenquimáticas em secção longitudinal. Grão de amido (ga). H - detalhes de grãos
de amido. I - detalhe de células do raio parenquimático, em secção transversal. J - detalhe de células parenquimáticas em secção transversal. cristal
(cr). L - detalhe de células parenquimáticas radiais em secção transversal, associadas a outras células parenquimáticas em secção longitudinal radial.
M - detalhe de elemento de vaso com espessamento reticulado e células parenquimáticas em secção longitudinal.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1265
s
em ambas as faces; a cutícula, em vista frontal, é mais
curto tubo. Pétalas ovaladas a elípticas, de ápice retrorso, estriada na face abaxial, e menos estriada na face adaxial; a
arredondado, medindo 2,0 mm a 3,5 mm de comprimento e epiderme é uniestratificada, com células papilosas, papilas
2,0 mm a 3,0 mm de largura. No material fresco a corola se menos proeminentes nas regiões dos bordos; o mesofilo é
desprende com facilidade, apresentando aspecto de estrela homogêneo, formado por até dez camadas de parênquima
de cinco pontas. Androceu formado por cinco ou quatro frouxo; o sistema vascular está representado por três a seis
estames, dispostos alternadamente às pétalas, com filetes feixes vasculares colaterais; gotas lipídicas estão presentes
aderidos ao tubo da corola. Anteras ditecas, extrorsas, em todos os tecidos; grãos de amido elipsóides estão
dorsifixas, oblongas, deiscentes, de coloração amarela, presentes nos parênquimas. O filete, em vista frontal, possui
com 1,0 mm de comprimento. Filetes glabros e cilíndricos, cutícula estriada; em secção transversal apresenta forma
de 1,0 mm a 1,5 mm de comprimento. Ovário ínfero, circular, a epiderme é uniestratificada e sem estômatos, o
soldado ao tubo calicino, tricarpelar, raro tetracarpelar, parênquima é frouxo, desprovido de cloroplastídios e com
trilocular, raro tetralocular, com carpelos bem demarcados poucas gotas lipídicas e o sistema vascular é formado por
nas flores secas, com um rudimento seminal por lóculo, elementos traqueais de espessamento helicoidal. A antera,
de placentação axial. Gineceu globoso e papiloso, com em secção transversal, possui epiderme bastante papilosa,
um curto estilete e estigma trilobado. Um disco anelado e o tapete é uniestratificado e o endotécio é formado por
proeminente envolve a base do gineceu. duas a três camadas de células fibrosas, com pontoações
evidentes. O grão de pólen é prolato, tricolporado, com 15
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA μm a 25 μm de diâmetro, com superfície reticulada, em
vista polar arredondado e em vista equatorial elipsoidal.
Brácteas hipoestomáticas, estômatos do tipo anomocítico, O gineceu é formado por três carpelos, raro quatro e cada
mesofilo homogêneo; em vista frontal, a cutícula apresenta cavidade apresenta um rudimento seminal; em secção
estrias que acompanham o eixo maior das células transversal, o tecido parenquimático da parede carpelar é
epidérmicas, as quais contêm algumas gotas lipídicas compacto, formado por células ricas em cloroplastídios
esféricas; tricomas tectores e glandulares ocorrem por e gotas lipídicas e os feixes vasculares estão distribuídos
toda a lâmina e principalmente na base da face adaxial; em anel; o parênquima mais interno é desprovido de
cloroplastídios e apresenta espessamento parietal evidente
1266 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
em todas as paredes; as células epidérmicas do estigma são Solução (2), preparadas recentemente, como descrito a
extremamente papilosas. seguir.
s
flores desta espécie, menos os caracteres macroscópicos. ultravioleta semelhante à rutina e, mais dois seguintes, com
São características: coloração amarelo-esverdeada; espectro de absorção característica de ácido cafeoilquínico.
fragmentos de sépalas com dentes marginais unicelulares
isolados; fragmentos de epiderme de sépalas e de
ENSAIOS DE PUREZA
pétalas papilosas e com cutícula estriada; fragmentos de
epiderme com estômatos anomocíticos; células-guarda Material estranho (5.4.2.2). No máximo 8% de pedicelos
isoladas; fragmentos de epiderme com tricomas tectores grosseiros e outros materiais estranhos, e no máximo, 15%
de diferentes tipos; raros tricomas tectores e glandulares da amostra com cor alterada (enegrecida).
isolados ou partes destes; fragmentos de parênquima;
porções de tecidos com gotas lipídicas; parte de elementos Água (5.4.2.3). No máximo 11%.
traqueais de espessamento helicoidal; fragmentos da
epiderme de antera, extremamente papilosa; fragmentos Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 9%.
da camada fibrosa de antera; numerosos grãos de pólen
como descritos; grãos de pólen isolados ou agrupados, DOSEAMENTO
ou associados a fragmentos de anteras e de epiderme de
diversas peças; porções de estigma com epiderme papilosa; Flavonoides totais
porções de brácteas; porções do bordo de sépalas, de
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
pétalas e de brácteas.
absorção no visível (5.2.14). Preparar as soluções com
descrito a seguir.
IDENTIFICAÇÃO
Solução estoque: pesar, exatamente, cerca de 0,1 g da droga
A. Proceder conforme descrito em Cromatografia em pulverizada (800 mm) e colocar em balão de fundo redondo
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, de 100 mL. Acrescentar 0,25 mL de solução aquosa de
com espessura de 250 mm, como fase estacionária e mistura metenamina 0,5%, 10 mL de acetona e 0,5 mL de ácido
de acetato de etila, ácido fórmico, ácido acético e água clorídrico. Aquecer em banho-maria, sob refluxo, durante
(100:11:11:27) como fase móvel. Aplicar, separadamente, 30 minutos. Filtrar a mistura para balão volumétrico de 25
em forma de banda, 10 mL da Solução (1) e 10 mL da mL. Retomar o resíduo da droga e algodão ao mesmo balão
de fundo redondo, adicionar 7 mL de acetona. Aquecer, sob
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1267
s
Q = teor de flavonoides totais, expresso em quercetina (%);
pela média das determinações em gramas de rutina por 100
A = absorvância da solução amostra; gramas da droga (%), considerando o teor de água.
m = massa da droga vegetal;
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Pd = determinação de água (%).
Em recipiente de vidro bem fechado, ao abrigo da luz,
Rutina calor e umidade.
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 356. nm; pré-coluna empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (3
a 10 mm), coluna de 150 mm de comprimento e 3,9 mm
de diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
ligada a grupo octadecilsilano (4 mm), mantida a
temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel de 0,7 mL/
minuto.
s
Figura 1 - Aspectos macroscópicos e microscópicos da Sambucus nigra L.
______________
Complemento da legenda da Figura 1. As réguas correspondem em A a 3,0 mm; em B e E a 5,0 mm; em C a 1,0 mm; em D e G a 0,4 mm; em F, H, I
e M a 100 mm; em J a 30 mm; em L a 400 mm.
A - aspecto geral da flor, em vista frontal; antera (an); estame (ea); filete (fi); gineceu (g); pétala (pt). B - aspecto geral da corola desprendida, em vista
frontal; pétala (pt). C - aspecto geral de parte do cálice, em vista frontal; dente marginal (dm); sépala (sl); tricoma glandular (tg); tricoma tector (tt).
D - aspecto geral da face adaxial de brácteas, em vista frontal, evidenciando suas distintas formas: (a, b, e, f, i) brácteas elípticas; (c) bráctea oblonga;
(d) bráctea laminar; (g) bráctea triangular; (h, j) brácteas obovado-elípticas; (dm) dente marginal; (tg) tricoma glandular; (tt) tricoma tector. E - aspecto
geral do estame em posição lateral; (na) antera; (fi) filete. F - detalhe de porção da epiderme do filete, em vista frontal; célula fundamental da epiderme
(cfe); estrias epicuticulares (esse); gota lipídica (gl); núcleo (nu). G - esquema geral do filete, em secção transversal; agrupamento xilemático (ax);
epiderme (ep). H - detalhe do filete em secção transversal; agrupamento xilemático (ax); cutícula estriada (cu); espaço intercelular (ei); epiderme (ep);
gota lipídica (gl); parênquima (p). I - detalhe de porção da epiderme do receptáculo, em vista frontal; célula fundamental da epiderme (cfe); estômato
(es); estrias epicuticulares (esse); gota lipídica (gl); núcleo (nu). J - esquema geral do grão de pólen; a: vista polar; b: vista equatorial. L - esquema
geral do receptáculo e do ovário em secção transversal; epiderme do receptáculo (er); feixe vascular do ovário (fvo); feixe vascular do receptáculo (fvr);
lóculo (lo); rudimento seminal (ru). M - detalhe de porção do receptáculo e do ovário, em secção transversal, conforme destacado em L; cloroplastídios
(clo); cutícula estriada (cu); epiderme do receptáculo (er); floema (f); feixe vascular do ovário (fvo); feixe vascular do receptáculo (fvr); gota lipídica
(gl); parênquima de células justapostas (paj); parênquima do ovário (pvo); parênquima do receptáculo (pre); revestimento do lóculo (rl); xilema (x).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1269
s
Figura 2 - Aspectos microscópicos da Sambucus nigra L.
_______________
Complemento da legenda da Figura 2. As réguas correspondem em A, B, D, E, F, H, I-L e N a 100 mm; em C, G e M 0,4 mm.
A - detalhe de porção da face adaxial da epiderme da bráctea, em vista frontal; célula fundamental da epiderme (cfe); estrias epicuticulares (esse); gota
lipídica (gl); núcleo (nu). B - detalhe de porção da face abaxial da epiderme da bráctea, em vista frontal; célula fundamental da epiderme (cfe); estômato
(es); estrias epicuticulares (ese); gota lipídica (gl); núcleo (nu). C - esquema geral da bráctea, em secção transversal; face abaxial (ab); face adaxial
(ad); agrupamento xilemático (ax); epiderme (ep); mesofilo (m). D - detalhe da região da nervura principal da bráctea, em secção transversal; face
abaxial (ab); face adaxial (ad); agrupamento xilemático (ax); clorênquima (cl); cloroplastídio (clo); cutícula (cu); endoderme (end); epiderme (ep); gota
lipídica (gl). E - detalhe de porção da face adaxial da epiderme da sépala, em vista frontal; célula fundamental da epiderme (cfe); estômato (es); estrias
epicuticulares (ese); gota lipídica (gl). F - detalhe de porção da face abaxial da epiderme da sépala, em vista frontal; célula fundamental da epiderme
(cfe); estômato (es); estrias epicuticulares (ese); gota lipídica (gl). G - esquema geral da sépala, em secção transversal; face abaxial (ab); face adaxial
(ad); agrupamento xilemático (ax); epiderme (ep); mesofilo (m). H - detalhe de porção da sépala na região da nervura principal, em secção transversal;
face abaxial (ab); face adaxial (ad); agrupamento xilemático (ax); clorênquima (cl); cloroplastídio (clo); cutícula estriada (cu); espaço intercelular (ei);
endoderme (end); epiderme (ep); gota lipídica (gl); núcleo (nu). I - detalhe de porção da face adaxial da epiderme da pétala, em vista frontal; célula
fundamental da epiderme (cfe); estrias epicuticulares (ese); gota lipídica (gl); núcleo (nu). J - detalhe de porção da face abaxial da epiderme da pétala,
em vista frontal; célula fundamental da epiderme (cfe); estômato (es); estrias epicuticulares (ese); gota lipídica (gl). L - detalhe de porção da face abaxial
da epiderme da pétala, em vista frontal; célula fundamental da epiderme (cfe); estômato (es); estrias epicuticulares (ese); idioblasto cristalífero (ic).
M - esquema geral da pétala, em secção transversal; face abaxial (ab); face adaxial (ad); epiderme (ep); feixe vascular (fv); mesofilo (m). N - detalhe
de porção da pétala, na região da nervura principal, em secção transversal; face abaxial (ab); face adaxial (ad); clorênquima (cl); cloroplastídio (clo);
cutícula estriada (cu); espaço intercelular (ei); epiderme (ep); floema (f); feixe vascular (fv); gota lipídica (gl); xilema (x).
1270 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
s
Figura 3 - Aspectos microscópicos do pó da Sambucus nigra L.
_________________
Complemento da legenda da Figura 3. As réguas correspondem em A e B (B1 - B3, B4c-B6) a 100 mm; em B (B4a e b) a 400 mm.
A - detalhe de tricomas ocorrentes em brácteas, sépalas e pétalas; A1. tricomas tectores unicelulares; A2. tricomas tectores pluricelulares; A3. tricomas
glandulares. B - detalhes do pó. B1. (a-q): porções de epiderme; (a-g): fragmentos de epiderme, em vista frontal; célula fundamental da epiderme (cfe);
dente marginal (dm); estômato (es); estrias epicuticulares (ese); gota lipídica (gl); grão de pólen (gp); idioblasto cristalífero (ic); núcleo (nu); (h-j)
porções de tricomas tectores unicelulares; (l-n) porções de dentes marginais; (o-p) porções de tricomas glandulares com cabeça pluricelular; (q) células-
guarda isoladas; B2. porção de bordo da pétala; epiderme (ep); estrias epicuticulares (ese); clorênquima (cl); núcleo (nu); B3. fragmento de parênquima;
núcleo (nu); B4. fragmentos de antera; (a) porção côncava; (b) porção convexa; (c) fragmento da camada fibrosa da antera; grão de pólen (gp); B5. grãos
de pólen; (a) isolados; (b) agrupados; B6. porção de elemento traqueal com espessamento parietal helicoidal.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1271
s
células papilosas, papilas menos proeminentes nas regiões
curto tubo. Pétalas ovaladas a elípticas, de ápice retrorso, dos bordos; o mesofilo é homogêneo, formado por até doze
medindo 2,5 mm a 5,0 mm de comprimento e 1,5 mm a 3,0 camadas de parênquima frouxo; o sistema vascular está
mm de largura. No material fresco a corola se desprende representado por três a seis feixes vasculares colaterais;
com facilidade, apresentando aspecto de estrela de cinco gotas lipídicas estão presentes em todos os tecidos; grãos
pontas. Androceu formado por cinco ou quatro estames, de amido elipsóides estão presentes nos parênquimas dos
curtos ou longos, dispostos alternadamente às pétalas, tecidos de condução. O filete, em vista frontal, apresenta
com filetes aderidos ao tubo da corola. Anteras ditecas, cutícula estriada; em secção transversal apresenta forma
extrorsas, dorsifixas, oblongas, deiscentes nas flores circular, a epiderme é uniestratificada e sem estômatos, o
estaminadas e indeiscentes nas flores pistiladas, amarelas, parênquima é frouxo, desprovido de cloroplastídios e com
com 1,0 mm de comprimento. Filetes glabros e cilíndricos, poucas gotas lipídicas e o sistema vascular é formado por
curtos nas flores pistiladas, com 1,0 mm a 2,0 mm de elementos traqueais de espessamento helicoidal. A antera,
comprimento e longos nas flores estaminadas, com 3,0 mm em secção transversal, possui epiderme papilosa, o tapete
a 4,0 mm de comprimento. Ovário ínfero, soldado ao tubo é uniestratificado e o endotécio é formado por duas a três
calicino, pentacarpelar ou tetracarpelar, raro tricarpelar, camadas de células fibrosas, com pontoações evidentes.
pentalocular ou tetralocular, raro trilocular, com carpelos O grão de pólen é prolato, tricolporado, com 18 μm a 34
bem demarcados nas flores secas, com um rudimento μm de diâmetro, com superfície reticulada, em vista polar
seminal por lóculo, de placentação axial. Gineceu globoso e arredondado e em vista equatorial, elipsoidal. O gineceu
papiloso, com um curto estilete e estigma pentalobado. Um é formado por cinco, quatro ou raro três carpelos, e cada
disco anelado e proeminente envolve a base do gineceu. cavidade apresenta um rudimento seminal; em secção
transversal, o tecido parenquimático da parede carpelar é
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA compacto, formado por células ricas em cloroplastídios
e gotas lipídicas e os feixes vasculares estão distribuídos
Brácteas anfiestomáticas, estômatos do tipo anomocítico, em anel; o parênquima mais interno é desprovido de
mesofilo homogêneo; em vista frontal, a cutícula apresenta cloroplastídios e apresenta espessamento parietal evidente
estrias que acompanham o eixo maior das células em todas as paredes; as células epidérmicas do estigma são
epidérmicas, as quais contêm abundantes gotas lipídicas extremamente papilosas.
1272 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
s
secção transversal, apresenta proeminências e reentrâncias DOSEAMENTO
acentuadas, cutícula estriada, epiderme uniestratificada,
com células de forma tabular e paredes periclinais internas Flavonoides totais
espessas; na região cortical pode ocorrer uma camada
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
de colênquima tabular, seguido por um parênquima
absorção no visível (5.2.14). Preparar as soluções descritas
com amplos espaços intercelulares; o sistema vascular é
a seguir.
formado por até doze feixes colaterais, dispostos em forma
de anel; a região medular é preenchida por parênquima Solução estoque: pesar, exatamente, cerca de 0,1 g da
com células de paredes delgadas; cloroplastídios ocorrem droga pulverizada (800 μm) e colocar em balão de fundo
nos parênquimas; grãos de amido e gotas lipídicas ocorrem redondo de 100 mL. Acrescentar 0,25 mL de solução
em todos os tecidos. aquosa de metenamina a 0,5% (p/v), 10 mL de acetona e
0,5 mL de ácido clorídrico. Aquecer em banho-maria, sob
IDENTIFICAÇÃO refluxo, durante 30 minutos. Filtrar a mistura para balão
volumétrico de 25 mL. Retomar o resíduo da droga e
A. Proceder conforme descrito em Cromatografia em algodão ao mesmo balão de fundo redondo, adicionar 7
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, mL de acetona. Aquecer, sob refluxo, durante 10 minutos.
com espessura de 250 μm, como suporte, e mistura de Filtrar através de algodão para o mesmo balão volumétrico
acetato de etila, ácido fórmico, ácido acético e água de 25 mL. Repetir a operação, retornando novamente o
(100:11:11:27), como fase móvel. Aplicar, separadamente, resíduo da droga e o algodão para o balão de fundo redondo,
à placa, em forma de banda, 10 mL de cada uma das adicionar 7 mL de acetona e aquecer sob refluxo, durante
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir. 10 minutos. Filtrar para o mesmo balão volumétrico de 25
mL. Após resfriamento, à temperatura ambiente, ajustar o
Solução (1): transferir cerca de 0,5 g da droga moída para volume para 25 mL com acetona. Em funil de separação,
balão de fundo redondo de 100 mL e adicionar 5 mL de adicionar 10 mL desta solução, 10 mL de água e 10 mL de
metanol. Aquecer, sob refluxo, por 30 minutos. Filtrar acetato de etila, extrair e repetir o processo por mais duas
através de papel de filtro. vezes, porém, utilizando 6 mL de acetato etila. Reunir as
fases de acetato de etila, lavá-las em funil de separação
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1273
s
a grupo octadecilsilano (4 mm), mantida à temperatura Em recipiente de vidro bem fechado, ao abrigo da luz,
ambiente; fluxo da Fase móvel de 0,7 mL/minuto. calor e umidade.
s
Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos de Sambucus australis Cham. & Schltdl.
_____________________
Complemento da legenda da Figura 1. As réguas correspondem em A e E a 2,5 mm; em B a 5 mm; em C e D a 1,0 mm; em F, H, J e M a 100 mm; em
G e L a 400 mm; em I a 30 mm.
A – aspecto geral da flor estaminada, em vista frontal: antera (an); estame (ea); filete (fi); gineceu (g); pétala (pt). B – aspecto geral da corola desprendida,
em vista frontal: pétala (pt). C – aspecto geral de parte do cálice, mostrando a face adaxial de duas sépalas, em vista frontal: sépala (sl); tricoma glandular
(tg); tricoma tector (tt). D – aspecto geral da face adaxial de brácteas, em vista frontal, evidenciando suas distintas formas: bráctea triangular (a); brácteas
elípticas (b, c); brácteas oblongas (d, e); proeminência apical (pro); tricoma glandular (tg). E – aspecto geral do estame em posição lateral: antera (an);
filete (fi). F – detalhe de porção da epiderme do filete, em vista frontal: célula fundamental da epiderme (cfe); estrias epicuticulares (ese); gota lipídica (gl);
núcleo (nu). G – esquema geral do filete, em secção transversal: epiderme (ep); agrupamento xilemático (ax). H – detalhe do filete em secção transversal:
agrupamento xilemático (ax); cutícula estriada (cu); epiderme (ep); gota lipídica (gl); parênquima (p). I – esquema geral grão de pólen: vista polar (a);
vista equatorial (b). J – detalhe de porção da epiderme de receptáculo, em vista frontal: célula fundamental da epiderme (cfe); estrias epicuticulares (ese);
gota lipídica (gl). L – esquema geral do receptáculo e do ovário, em secção transversal: epiderme do receptáculo (er); feixe vascular do ovário (fvo); feixe
vascular do receptáculo (fvr); lóculo (lo); rudimento seminal (ru). M – detalhe de porção do receptáculo e do ovário, em secção transversal, conforme
destacado em L: cutícula estriada (cu); cloroplastídio (clo); epiderme do receptáculo (er); feixe vascular do ovário (fvo); feixe vascular do receptáculo
(fvr); gota lipídica (gl); núcleo (nu); parênquima de células justapostas (paj); parênquima do ovário (pvo); parênquima do receptáculo (pre); revestimento
do lóculo (rl); xilema (x).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1275
_____________________
Figura 2 – Aspectos microscópicos de Sambucus australis Cham. & Schltdl.
s
Complemento da legenda da Figura 2. As réguas correspondem em A, B, D, E, F, H, I, J e M a 100 mm; em C e G a 400 mm; em L a 800 mm.
A – detalhe de porção da face adaxial da epiderme da bráctea, em vista frontal: célula fundamental da epiderme (cfe); estômato (es); estrias epicuticulares
(ese); gota lipídica (gl); núcleo (nu). B – detalhe de porção da face abaxial da epiderme da bráctea, em vista frontal: célula fundamental da epiderme (cfe);
estômato (es); estrias epicuticulares (ese); gota lipídica (gl); núcleo (nu). C – esquema geral da bráctea, em secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial
(ad); epiderme (ep); feixe vascular (fv); mesofilo (m). D – detalhe da região da nervura principal da bráctea, em secção transversal: face abaxial (ab); face
adaxial (ad); clorênquima (cl); cloroplastídio (clo); cutícula estriada (cu); epiderme (ep); floema (f); feixe vascular (fv); gota lipídica (gl); xilema (x). E –
detalhe de porção da face adaxial da epiderme da sépala, em vista frontal: célula fundamental da epiderme (cfe); estrias epicuticulares (ese); gota lipídica
(gl); núcleo (nu). F – detalhe de porção da face abaxial da epiderme da sépala, em vista frontal: célula fundamental da epiderme (cfe); estômato (es); estrias
epicuticulares (ese); gota lipídica (gl); núcleo (nu). G – esquema geral da sépala, em secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial (ad); agrupamento
xilemático (ax); epiderme (ep); mesofilo (m). H – detalhe de porção da sépala, em secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial (ad); clorênquima (cl);
cloroplastídio (clo); cutícula estriada (cu); endoderme (end); epiderme (ep); estômato (es); gota lipídica (gl); núcleo (nu); xilema (x). I – detalhe de porção
da face adaxial da epiderme da pétala, em vista frontal: célula fundamental da epiderme (cfe); estrias epicuticulares (ese); gota lipídica (gl); núcleo (nu). J –
detalhe de porção da face abaxial da epiderme da pétala, em vista frontal: célula fundamental da epiderme (cfe); estômato (es); estrias epicuticulares (ese);
gota lipídica (gl). L – esquema geral da pétala, em secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial (ad); epiderme (ep); feixe vascular (fv); mesofilo (m).
M – detalhe de porção da pétala, na região da nervura principal, em secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial (ad); clorênquima (cl); cloroplastídio
(clo); cutícula estriada (cu); epiderme (ep); floema (f); feixe vascular (fv); gota lipídica (gl); parênquima (p); xilema (x).
1276 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
s
Figura 3 – Aspectos microscópicos de Sambucus australis Cham. & Schltdl.
______________
Complemento da legenda da Figura 3. As réguas correspondem em A, B1, B2 c e em B3 a B5 a 100 mm; em B2 a e b a 400 mm.
A – detalhe de tricomas ocorrentes em brácteas, sépalas e pétalas: A1 = tricoma tector unicelular; A2 = tricomas tectores pluricelulares; A3 = tricomas
glandulares. B – detalhes do pó. B1 = porções de epiderme (a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, l): fragmentos de epiderme em vista frontal (a, b, c, d, e) e em vista lateral
(f), porções de tricomas tectores (g, h), porções de tricomas glandulares com cabeça pluricelular (i, j), células-guarda isoladas (l); célula fundamental da
epiderme (cfe); estômato (es); estrias epicuticulares (ese); gota lipídica (gl); grão de pólen (gp); núcleo (nu); tricoma tector (tt). B2 = fragmentos da antera:
porção convexa (a), porção côncava (b), fragmento da camada fibrosa de antera (c); grão de pólen (gp). B3 = porção de elemento traqueal com espessamento
helicoidal. B4 = grãos de pólen: isolados (a), agrupados (b).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1277
s
Poder rotatório específico (5.2.8): Não menos que +65,9°, solução permanece amarela.
em relação à substância dessecada a 105 °C por 2 horas.
Determinar em solução aquosa a 26% (p/v). Glicose e açúcar invertido. Dissolver 20 g da amostra
em água, completar o volume para 100 mL e filtrar, se
necessário. Transferir 50 mL do líquido límpido para
IDENTIFICAÇÃO
béquer de 250 mL, adicionar 50 mL de tartarato cúprico
A. Proceder conforme descrito em Cromatografia em alcalino SR, cobrir o béquer com vidro de relógio e
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, como aquecer a mistura de modo que ferva em aproximadamente
suporte, e mistura de água, metanol, ácido acético glacial e 4 minutos. Continuar a fervura por exatamente 2 minutos.
cloreto de etileno (10:15:25:50), como fase móvel. Aplicar, Adicionar de uma vez 100 mL de água fria recentemente
separadamente, à placa, 2 μL de cada uma das soluções fervida e, imediatamente, recolher o precipitado de óxido
descritas a seguir, secando cada ponto de aplicação. cuproso em funil tarado, com placa filtrante de poro médio.
Lavar o resíduo do filtro com água quente, seguida de 10
Solução (1): dissolver 10 mg da amostra em mistura de mL de etanol e, finalmente, de 10 mL de éter etílico. Secar
água e metanol (2:3). Completar o volume para 20 mL com a 105 °C por 1 hora. O peso de óxido cuproso é de no
a mesma mistura de solventes. máximo 0,112 g.
Solução (2): dissolver 10 mg de sacarose SQR em mistura Substâncias coloridas. Filtrar 100 mL da solução obtida em
de água e metanol (2:3). Completar o volume para 20 mL Aspecto da solução, utilizando placa de vidro com poro médio
com a mesma mistura de solventes. de 1 μm e diâmetro de 24 mm. O filtro não se cora de azul. A
100 mL da solução obtida em Aspecto da solução, contida em
Solução (3): dissolver 10 mg de glicose SQR, lactose
tubo de ensaio, adicionar 1 mL de ácido hipofosforoso diluído.
SQR, frutose SQR e de sacarose SQR em mistura de água
Tampar o tubo. Nenhum odor desagradável é percebido
e metanol (2:3) e completar para 20 mL com a mesma
dentro de 1 hora. Quando examinada sob luz ultravioleta (365
mistura de solventes.
nm), a solução obtida em Aspecto da solução não apresenta
Desenvolver o cromatograma até que a frente da fase fluorescência mais intensa que a solução de referência
móvel ascenda 17 cm acima da linha de aplicação. contendo 0,4 ppm de sulfato de quinina em ácido sulfúrico
0,005 M.
1278 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Bário. A 10 mL da solução obtida em Aspecto da solução, hidratado)]. Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo,
adicionar 1 mL de ácido sulfúrico 4 M. Após 1 hora, 110,0% da quantidade declarada de dextrose anidra (C6H12O6)
qualquer opalescência desenvolvida na solução não é mais ou dextrose monoidratada (C6H12O6.H2O). Pode conter sabor
intensa que a da solução obtida em Aspecto da solução característico.
diluída em água destilada na proporção de 10:1.
s
Em recipientes herméticos. DOSEAMENTO
Dextrose
ROTULAGEM
Pesar, exatamente, porção da amostra equivalente a cerca
Observar a legislação vigente de 20 g de dextrose, transferir para balão volumétrico de
100 mL e completar o volume com água. Transferir 50
mL dessa solução para balão volumétrico de 100 mL.
CATEGORIA
Adicionar 0,2 mL de hidróxido de amônio 6 M e completar
Agente de revestimento; diluente para cápsulas e o volume com água. Se a solução estiver turva, filtrar em
comprimidos; excipiente para xaropes. papel filtro. Se não for suficiente, adicionar carvão ativado
mesh ASTM (20-35) 0,5-0,75 mm, filtrar novamente em
papel filtro e, finalmente, filtrar através de membrana de
SAIS PARA REIDRATAÇÃO ORAL 0,45 μm. Determinar o ângulo de rotação (5.2.8) a 25 °C.
Calcular a quantidade, em gramas, de dextrose anidra
(C6H12O6) na amostra, considerando 52,7° como poder
Sais para reidratação oral constituem-se em uma mistura rotatório específico a 25 °C. Quando o rótulo indicar
seca de cloreto de sódio, bicarbonato de sódio e dextrose dextrose monoidratada (C6H12O6.H2O), considerar 47,9°
anidra. Alternativamente o bicarbonato de sódio pode ser como poder rotatório específico a 25 °C.
substituído pelo citrato de sódio (anidro ou di-hidratado).
Pode conter dextrose monoidratada no lugar de dextrose Sódio
anidra, desde que o bicarbonato de sódio ou o citrato de
Proceder conforme descrito em Espectrometria de
sódio estejam empacotados separadamente acompanhando
absorção atômica (5.2.13.1.1), utilizar o Método I.
o conteúdo principal. Contém, no mínimo, 90,0% e, no
Empregar as seguintes condições: chama ar-acetileno,
máximo, 110,0% de sódio (Na+), potássio (K+), cloreto (Cl),
comprimento de onda 589,6 nm. Dissolver quantidade
e bicarbonato (HCO3-) ou citrato (C6H5O73-), em relação à
exatamente pesada da amostra equivalente a cerca de
quantidade indicada de cloreto de sódio, cloreto de potássio,
25 mg de sódio em 50 mL de água. Diluir, em seguida,
e bicarbonato de sódio [ou citrato de sódio (anidro ou di-
por um fator de 500 vezes com água. Preparar a solução
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1279
Potássio
ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
Proceder conforme descrito em Espectrometria de
absorção atômica (5.2.13.1.1), utilizar o Método I.
Empregar as seguintes condições: chama ar-acetileno,
comprimento de onda 769,9 nm. Dissolver quantidade SALGUEIRO BRANCO
exatamente pesada da amostra equivalente a cerca de 25 Salicis cortex
mg de potássio em 50 mL de água. Diluir, em seguida,
por um fator de 500 vezes com água. Preparar a solução
Salix alba L. - SALICACEAE
estoque de padrão de potássio a 1 g/L, em água, utilizando
cloreto de potássio (KCl) grau analítico. Construir a A droga vegetal é constituída pelas cascas dos ramos jovens,
curva analítica com as soluções de padrão de potássio nas secas, inteiras ou fragmentadas, contendo, no mínimo, 1,5
seguintes concentrações: 0,25 mg/L, 0,5 mg/L, 1,0 mg/L, % de derivados de salicina expressos em salicina.
2,0 mg/L e 2,5 mg/L. Preparar as soluções de padrão por
diluição sequencial em água. Adicionar às soluções de
padrão e soluções amostra quantidade equivalente a 0,5% CARACTERÍSTICAS
(v/v) de uma solução de cloreto de césio a 10 g/L (CsCl). Características organolépticas. A casca seca é inodora,
Bicarbonato (se presente) de sabor adstringente e marcadamente amargo.
s
M SV equivale a 6,101 mg de bicarbonato (HCO3-). lustrosa, lisa ou estriada longitudinalmente nas cascas
jovens, castanho-escura. A superfície interna é finamente
Cloreto
estriada longitudinalmente, fibrosa, parda. A fratura é curta
Dissolver quantidade exatamente pesada da amostra na porção exterior e fibrosa na porção interior.
equivalente a cerca de 55 mg de cloreto (Cl-) (considerar
que cada miligrama de cloreto de potássio e cloreto de DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
sódio equivale, respectivamente, a 0,476 mg e 0,607 mg de
Cl-), transferir para béquer de 250 mL, adicionar 100 mL de Em vista frontal, a casca tem coloração castanho-escura
água e 10 mL de ácido nítrico M. Agitar até a solubilização e em algumas porções, amarelada. As células do súber
e titular com nitrato de prata 0,1 M, determinando o apresentam diferentes formas, geralmente poligonais, de
ponto final potenciometricamente, utilizando eletrodo paredes retilíneas e muitas vezes alongadas. O colênquima
prata-cloreto de prata. Cada mL de nitrato de prata 0,1 M possui células achatadas e de paredes espessadas. Em
equivale a 3,545 mg de cloreto. secção transversal, o córtex possui cutícula extremamente
espessada e a porção externa da casaca pode apresentar
Citrato (se presente) diferentes organizações estruturais: 1) primeira camada
Dissolver quantidade exatamente pesada da amostra, epidérmica, uniestratificada, com células quadrangulares
equivalente a 0,1 g de citrato (C6H5O73-), em 80 mL de pequenas, de paredes espessas, seguida por cinco a seis
ácido acético anidro. Aquecer até cerca de 50 °C, esfriar, camadas de colênquima tabular, de células alongadas,
diluir para 100 mL com ácido acético anidro e logo em dispostas tangencialmente, de paredes espessas e com
seguida deixar em repouso por 10 minutos. Titular cloroplastídios, seguido por parênquima com células
potenciometricamente 20 mL dessa solução com ácido de variadas formas e de paredes espessas; 2) camada
perclórico 0,1 M SV. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M epidérmica externa, com as mesmas características da
SV equivale a 6,303 mg de citrato (C6H5O73-). Cada mg de descrita anteriormente, seguida pelo colênquima formado
citrato de sódio equivale a 0,643 mg de citrato (C6H5O73-). por células pequenas, arredondadas e de paredes espessas,
seguido por parênquima com células também arredondadas
e de paredes espessas; 3) revestimento externo formado
por periderme, abrangendo diferente número de camadas,
seguidas por parênquima com células arredondadas e
1280 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
s
internamente a casca e é formado por células de paredes
delgadas e reduzido número de camadas. Geralmente é de amarelo e marrom.
difícil observação devido suas características e sua posição
limítrofe. Em secção longitudinal, as características do ENSAIOS DE PUREZA
súber e da região cortical externa são similares às descritas
para a secção transversal. A região cortical interna mostra Material estranho (5.4.2.2). No máximo 3% de ramos
raios parenquimáticos muitas vezes alargados, fibras e com diâmetro superior a 10 mm. No máximo 2% de outros
células parenquimáticas de paredes espessas. materiais estranhos.
aquecer sob refluxo, durante 30 minutos. Esfriar e filtrar. móvel, de modo a obter concentrações de 0,40 mg/mL,
Retomar o resíduo com 25 mL de metanol e tratar como 0,45 mg/mL, 0,50 mg/mL, 0,55 mg/mL e 0,60 mg/mL.
descrito anteriormente. Reunir os filtrados e evaporar
sob vácuo até secura. Retomar o resíduo com 2 mL de Procedimento: injetar, separadamente, 10 mL das Soluções
metanol, adicionar 2 mL de hidróxido de sódio 0,1 M e para curva analítica e da Solução amostra. Registrar os
aquecer em banho-maria, sob refluxo, durante 1 hora a 60 cromatogramas e medir as áreas sob os picos. O tempo de
°C, aproximadamente, com agitação frequente. Esfriar, retenção é de aproximadamente 6 minutos para a salicina.
adicionar 0,25 mL de ácido clorídrico M e completar a 5 Calcular o teor de salicina na amostra a partir da equação
mL com uma mistura de metanol e água (50:50). da reta obtida com a curva analítica. O resultado é expresso
pela média das determinações em gramas de salicina por
Solução padrão: dissolver 10 mg de salicina em 10 mL de 100 gramas da droga (%), considerando o teor de água.
acetonitrila.
Soluções para curva analítica: diluir alíquotas de 40, 45, EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
50, 55 e 60 mL da Solução padrão a 100 mL com Fase
Em recipiente de vidro bem fechado, ao abrigo da luz,
calor e umidade.
s
1282 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
A – aspecto geral de porção da superfície externa da casca, em vista frontal. B – aspecto geral de porção da superfície interna da casca, em vista frontal. C
– detalhe do súber, na região de coloração marrom, em vista frontal. D – detalhe do súber, na região de coloração amarelada, em vista frontal. E – porção
de colênquima em secção transversal; cloroplastídio (clo). F – detalhe de porção do parênquima, mostrando idioblastos cristalíferos com monocristais,
cristais prismáticos e drusas, e com compostos fenólicos, em secção transversal; idioblasto contendo compostos fenólicos (icf); cloroplastídio (clo);
idioblasto cristalífero (ic). G – detalhe de porção do parênquima, mostrando agrupamento de células pétreas, em secção transversal; cloroplastídio
(clo); célula pétrea (cp); idioblasto cristalífero (ic); pontoação (pto). H – detalhe de porção do cortéx, em secção longitudinal; cloroplastídio (clo); fibra
(fb); idioblasto cristalífero (ic); parênquima (p). I – detalhe de porção do córtex, mostrando o parênquima e células pétreas em secção longitudinal;
cloroplastídio (clo); célula pétrea (cp); idioblasto cristalífero (ic); parênquima (p); pontoação (pto).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1283
s
Figura 2 – Aspectos microscópicos da casca e do pó da Salix alba L.
______________
A – detalhe de porção externa do córtex, em secção transversal; cloroplastídio (clo); colênquima (co); cutícula (cu); epiderme (ep); espaço intercelular
(ei); idioblasto cristalífero (ic); fibra (fb); parênquima cortical externo (pce); parênquima cortical interno (pci). B – detalhe de porção do córtex, mostrando
revestimento formado por periderme, em secção transversal; cutícula (cu); cloroplastídio (clo); idioblasto cristalífero (ic); parênquima cortical externo (pce);
periderme (pe). C – detalhe do córtex, em secção transversal; câmbio (ca); câmbio interno (cat); cloroplastídio (clo); colênquima (co); célula pétrea (cp);
cutícula (cu); epiderme (ep); espaço intercelular (ei); floema (f); fibra (fb); grãos de amido (ga); idioblasto cristalífero (ic); idioblasto contendo compostos
fenólicos (icf); parênquima (p); parênquima cortical externo (pce); parênquima cortical interno (pci); pontoação (pto); raio parenquimático (rp). D – detalhes
do pó. porção do súber, em vista frontal (a); porção de parênquima, em vista frontal(b); porção de parênquima, mostrando idioblastos cristalíferos, em
secção transversal (c); porção de parêquima e de câmbio, em secção longitudinal (d); porção de fibras asssociadas a idioblastos cristalíferos, em secção
longitudinal (e); porção do câmbio, em secção transversal (f); porção de fibras agrupadas, em secção longitudinal (g); cristais de oxalato de cálcio, isolados
(h); fibra isolada, em secção longitudinal. (i); cloroplastídio (clo); idioblasto cristalífero (ic); câmbio (ca); parênquima (p); fibra (fb); idioblasto cristalífero
(ic); pontoação (pto).
1284 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
s
cristalíferos, contendo monocristais prismáticos de grande
da lâmina, antrorsos. volume. Gotas lipídicas ocorrem em todos os tecidos, em
maior quantidade nos vasculares.
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
Folíolo com lâmina de simetria isobilateral, anfiestomática, DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
com estômatos paracíticos, anisocíticos ou anomocíticos. O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
Em vista frontal, a cutícula é lisa e a epiderme apresenta a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
células poligonais de paredes anticlinais espessas e características: coloração verde-acinzentada a verde-
retilíneas, além de células epidérmicas com distribuição amarelada; porções de tricomas tectores, em vista lateral;
radial em torno da base dos tricomas tectores, que são fragmentos de epiderme com estômatos, em vista frontal;
unicelulares, cônicos, geniculados, com cutícula verrucosa. fragmentos da epiderme com estômatos e com tricomas,
Em secção transversal, a cutícula é espessa e a epiderme em vista frontal; porções de epiderme mostrando a região
uniestratificada, com células de diferentes formas e de de inserção do tricoma, em vista frontal; fragmentos da
paredes periclinais espessas, e com raros idioblastos epiderme sobre região da nervura principal, com estômatos,
cristalíferos contendo monocristais prismáticos e os em vista frontal e com cristais do tipo drusas, visíveis por
estômatos são localizados pouco abaixo das demais células transparência; fragmentos da epiderme do peciólulo, em
epidérmicas; o parênquima paliçádico é uniestratificado; vista frontal; células epidérmicas, em secção transversal;
aquele voltado para a face adaxial é contínuo e formado idioblastos cristalíferos e agrupamentos de fibras, em
por células bastante alongadas, ricas em cloroplastídios secção longitudinal; porções de elementos traqueais,
e grãos de amido; algumas destas células apresentam em secção longitudinal; porções do mesofilo, conforme
mucilagem, as quais incham e coram com adição de azul descrito, em secção transversal; porção dos parênquimas de
de metileno; o parênquima esponjoso possui células de assimilação em secção transversal e do feixe vascular, em
formas variadas, espaços intercelulares pequenos, poucos secção longitudinal; porção de feixe vascular, em secção
cloroplastídios, muitos idioblastos contendo grandes longitudinal; cristais dos tipos monocristais prismáticos e
drusas e os feixes secundários são similares ao principal drusas isolados. As seguintes estruturas, se presentes no
e distribuem-se nesse tecido; o parênquima paliçádico pó, caracterizam presença de impureza correspondente
voltado para a face abaxial é interrompido na região da à raque: fragmento de porção de feixes vasculares e
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1285
de parênquima em secção longitudinal; fragmentos de (40:40:30:1) como fase móvel. Aplicar, separadamente, em
elementos traqueais, com espessamento reticulado, em forma de banda, 10 mL da Solução (1) e 10 mL da Solução
secção longitudinal; porção isolada de elemento traqueal, (2), recentemente preparadas, descritas a seguir.
com espessamento helicoidal, em secção transversal;
porção de xilema, em secção transversal. Solução (1): adicionar a 0,5 g da droga moída 5 mL de
mistura de etanol e água (1:1). Aquecer à ebulição. Filtrar.
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA DAS IMPUREZAS Solução (2): dissolver separadamente 2,5 mg de senosídeo
A e 2,5 mg de senosídeo B em 1 mL de metanol e 1 mL de
A raque, se presente como impureza, mede de 2,5 cm água, aquecer ligeiramente, se necessário.
a 13,0 cm de comprimento e até 0,1 cm de largura, é
cilíndrica ou côncava na face adaxial, com duas costelas Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
bem desenvolvidas, e convexa na face abaxial; cicatrizes secar ao ar. Nebulizar com ácido nítrico a 25% e aquecer
da inserção dos folíolos bem definidas. por 10 minutos a 120 °C. Deixar esfriar e nebulizar a
placa com solução de hidróxido de potássio a 5% (p/v)
até o aparecimento de manchas. O cromatograma obtido
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DAS IMPUREZAS com a Solução (2) apresenta, duas manchas de coloração
A raque, se presente como impureza, apresenta, em vista castanho avermelhada referentes ao senosídeo B (Rf
frontal, epiderme com células alongadas ou poligonais, aproximadamente 0,2) e senosídeo A (Rf aproximadamente
de paredes retilíneas, estômatos e tricomas iguais aos da 0,4). O cromatograma obtido com a Solução (1) apresenta
lâmina. Em secção transversal, a cutícula é espessa e rugosa, manchas similares em posição e coloração às manchas
a epiderme é uniestratificada, o colênquima é semelhante obtidas no cromatograma da Solução (2). O cromatograma
ao do peciólulo, o parêquima cortical é formado por apresenta ainda duas outras manchas de cor castanho
células de forma e volume variável, de paredes espessas, purpúrea pálida, imediatamente acima das primeiras,
com espaços intercelulares evidentes, cloroplastídios e correspondentes ao senosídeo C (Rf aproximadamente 0,5)
idioblastos contendo drusas e, em sua porção voltada e senosídeo D (Rf aproximadamente 0,45).
para a face adaxial, apresenta grande quantidade de grãos
de amido; endoderme rica em grãos de amido; sistema ENSAIOS DE PUREZA
vascular central formado por três a oito feixes colaterais e o
conjunto envolto por bainha contínua de fibras de pequeno Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2,0%,
calibre e, externamente a estas, ocorrem idioblastos correspondente às raques foliares.
contendo monocristais prismáticos, iguais aos da lâmina;
um feixe vascular menor ocorre em cada uma das costelas, Água (5.4.2.3). No máximo 10,0%.
com calota de fibras externa ao floema; o parênquima Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 12,0%.
medular é formado por poucas células de forma poligonal
s
e com paredes espessas, possui poucos grãos de amido
e cloroplastídios, além de idioblastos contendo grandes DOSEAMENTO
drusas. Em estágio de desenvolvimento secundário, o
Derivados hidroxiantracênicos
câmbio tem três a quatro camadas, o floema e a bainha
de fibras são bem desenvolvidos e o anel xilemático pode Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
não ser contínuo. Gotas lipídicas ocorrem no floema, no absorção no visível (5.2.14).
parênquima cortical, na endoderme e no xilema.
Para a extração, pesar, exatamente, cerca de 0,15 g da
droga pulverizada (180 mm) em balão de fundo redondo
IDENTIFICAÇÃO com boca esmerilhada, adicionar 30 mL de água, misturar
A. A 25 mg da droga pulverizada (180 mm) adicionar 50 mL e pesar o conjunto. Aquecer em manta de aquecimento,
de água e 5 mL de ácido nítrico. Aquecer em banho-maria sob refluxo, durante 15 minutos. Deixar esfriar, pesar e
por 15 minutos, deixar esfriar e agitar com 40 mL de éter restabelecer o peso inicial com água e filtrar desprezando
etílico. Dessecar a fase etérea com sulfato de sódio anidro. os 10 mL iniciais. Transferir 10 mL do filtrado para um
Transferir 5 mL para cápsula de porcelana, evaporar em funil de separação de 50 mL, adicionar uma gota de
banho-maria até secura, esfriar e alcalinizar com hidróxido ácido clorídrico 2 M e lavar com três porções de 5 mL de
de amônio. Desenvolve-se coloração avermelhada. clorofórmio. Rejeitar a fase clorofórmica. Centrifugar a
fase aquosa durante 10 minutos a 2000 rpm. Transferir 4
B. Mediante microssublimação, obtem-se, inicialmente, mL do líquido sobrenadante para balão de fundo redondo
gotículas amarelas, às quais tomam aspecto cristalino. com boca esmerilhada. Ajustar o pH da solução para 7,0
Quando adicionado hidróxido de potássio etanólico a 8,0 com cerca de 80 mL de solução de carbonato de
a 5% (p/v) a esse sublimado, produz coloração róseo sódio a 5% (p/v). Adicionar 8 mL de solução de cloreto
avermelhada. férrico a 10,5% (p/v). Misturar e aquecer, sob refluxo,
em banho-maria durante 20 minutos. Adicionar 0,4 mL
C. Proceder conforme descrito em Cromatografia em de ácido clorídrico concentrado e manter o aquecimento
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, com por 20 minutos, agitar frequentemente, até dissolução do
espessura de 250 µm, como suporte, e a mistura de acetato precipitado. Resfriar a solução e transferir para funil de
de etila, álcool n-propílico, água e ácido acético glacial
1286 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
separação de 50 mL, e extrair com 10 mL e duas vezes de 7 Gradiente da Fase móvel: adotar o sistema de gradiente
mL de éter etílico, previamente utilizado para lavar o balão descrito na tabela a seguir:
de fundo redondo. Reunir os extratos etéreos e lavar com
duas vezes de 10 mL de água. Transferir a camada etérea Tempo Eluente A Eluente B
para balão volumétrico de 25 mL e completar o volume Eluição
(minutos) (%) (%)
com éter etílico. 0 – 12 86 14 isocrática
Solução amostra: evaporar 5 mL da solução etérea, em 12 – 19 86 → 77 14 → 23 gradiente linear
banho-maria, até resíduo. Ressuspender o resíduo com 19 – 28 77 → 70 23 → 30 gradiente linear
5 mL de acetato de magnésio a 0,5% (p/v) em metanol. 28 – 31 70 → 0 30 → 100 gradiente linear
Filtrar se necessário. 31 – 33 0 100 isocrática
Medir a absorvância da Solução amostra em 515 nm Solução amostra: pesar exatamente, cerca de 0,2 g da
imediatamente após o seu preparo, utilizar metanol droga seca e moída (180 mm) e colocar em tubo de
para ajuste do zero. Calcular o teor de derivados centrífuga. Adicionar 5 mL de solução de bicarbonato de
hidroxiantracênicos, calculado como senosídeo B, sódio 0,05% (p/v) e levar ao banho de ultrassom durante 10
utilizando 240 nm como valor de absorvância específica, minutos. Centrifugar por 20 minutos a 2000 rpm. Separar
segundo a expressão: o sobrenadante transferindo-o para balão volumétrico de 5
mL e completar o volume. Filtrar o sobrenadante através
de membrana. Diluir 50 mL da solução resultante em 150
mL de água.
em que Solução padrão estoque: dissolver 10 mg da mistura de
senosídeo A SQR e senosídeo B SQR em 10 mL de metanol.
SB = derivados hidroxiantracênicos;
A = absorvância da Solução amostra; Soluções para curva analítica: diluir uma alíquota de 2,5
m = massa da amostra considerando a determinação de mL da Solução padrão estoque, em balão volumétrico
água. de 25 mL de modo a obter solução a 50 mg/mL. Diluir
alíquotas de 2 mL, 2,5 mL, 3 mL, 3,5 mL, 4 mL e 4,5 mL
Senosídeo B e senosídeo A em balão volumétrico de 5 mL, com metanol, de modo a
obter concentrações de 20 mg/mL, 25 mg/mL, 30 mg/mL,
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido 35 mg/mL, 40 mg/mL e 45 mg/mL.
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 270 nm; pré-coluna empacotada Procedimento: injetar, separadamente, 10 mL das Soluções
com sílica octadecilsilanizada, coluna de 150 mm de para curva analítica e da Solução amostra. Registrar os
comprimento e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada cromatogramas e medir as áreas sob os picos. O tempo
s
com sílica octadecilsilanizada (4 mm), fluxo da Fase móvel de retenção é de aproximadamente 18,0 minutos para o
de 0,9 mL/minuto. senosídeo B e 20,7 minutos para o senosídeo A. Calcular
o teor de senosídeo B e senosídeo A na amostra a partir da
Eluente A: mistura de água e ácido trifluoracético equação da reta obtida com a curva analítica. O resultado
(100:0,08). é expresso pela média das determinações em gramas de
senosídeo B e senosídeo A por 100 gramas da droga (%),
Eluente B: acetonitrila.
considerando o teor de água.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipiente de vidro bem fechado, ao abrigo da luz e
calor.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1287
s
Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos em Senna alexandrina P.Miller.
_____________
Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A (a, b e d) a 5 mm; em A (c) a 4 mm; em B a 1 mm; em C, D, E, F e G a 100 µm.
A – aspecto geral de diferentes formas de folíolos; a – face adaxial de folíolo com ápice agudo: lâmina foliar (lf); b – face abaxial do mesmo folíolo:
peciólulo (pll); c – face abaxial de folíolo com ápice retuso: base foliar assimétrica (bfa); d – face abaxial de folíolo com ápice retuso-mucronado. B –
detalhe parcial da venação do folíolo na região da nervura principal até a margem: margem (mg); nervura principal (np). C – detalhe da epiderme voltada
para a face adaxial, na região intercostal, em vista frontal: tricoma tector (tt); estômato (es); célula fundamental (cfe). D – detalhe da epiderme voltada
para a face adaxial, na região da nervura principal, em vista frontal: célula fundamental (cfe). E – detalhe da epiderme voltada para a face abaxial, na
região intercostal e na região da nervura principal, em vista frontal: base do tricoma (bt); célula fundamental (cfe); estômato (es); região intercostal
(ri); região da nervura principal (rnp); tricoma tector (tt). F – detalhe da região da nervura principal, em secção transversal: face adaxial (ad); cutícula
(cu); epiderme (ep); parênquima paliçádico (pp); célula contendo mucilagem (cm); fibra (fb); idioblasto cristalífero (ic); xilema (x); floema (f); feixe
vascular (fv); gota lipídica (gl); clorênquima (cl); parênquima (p); colênquima (co); cloroplastídio (clo); face abaxial (ab); parênquima esponjoso (pj).
G – detalhe da região intercostal e do bordo, em secção transversal: face adaxial (ad); cutícula (cu); epiderme (ep); tricoma tector (tt); gota lipídica (gl);
idioblasto cristalífero (ic); floema (f); fibra (fb); parênquima esponjoso (pj); cloroplastídeo (clo); grão de amido (ga); feixe vascular (fv); estômato (es);
face abaxial (ab); xilema (x); parênquima paliçádico (pp); célula contendo mucilagem (cm).
1288 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
A – detalhe da epiderme do peciólulo voltada para a face adaxial, em vista frontal: base do tricoma (bt); estômato (es); célula fundamental da epiderme
(cfe). B – detalhe da epiderme do peciólulo voltada para a face abaxial, em vista frontal: célula fundamental da epiderme (cfe); tricoma tector (tt).
C – representação esquemática do peciólulo, em secção transversal: face adaxial (ad); parênquima cortical (pc); tricoma tector (tt); cutícula (cu);
epiderme (ep); floema (f); xilema (x); endoderme (end); fibra (fb); colênquima (co); córtex (cx); face abaxial (ab). D – detalhe do peciólulo, em secção
transversal, conforme destacado em C: pontoação (pto); xilema (x); floema (f); fibra (fb); idioblasto cristalífero (ic); grão de amido (ga); endoderme
(end); cloroplastídio (clo); parênquima cortical (pc); gota lipídica (gl); epiderme (ep); face abaxial (ab); cutícula (cu); colênquima (co); córtex (cx).
E – representação esquemática da impureza, correspondente à raque, em secção transversal: face adaxial (ad); feixe vascular (fv); costela (CST);
parênquima medular (pm); córtex (cx); parênquima cortical (pc); floema (f); xilema (x); fibra (fb); endoderme (end); colênquima (co); epiderme (ep);
cutícula (cu); face abaxial (ab). F (a – f) – detalhes do pó das impurezas correspondentes à raque (a – detalhe de porção da epiderme com tricoma tector,
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1289
em vista frontal): tricoma tector (tt); célula fundamental da epiderme (cfe); estômato (es); idioblasto cristalífero (ic); parênquima cortical (pc); elemento
traqueal, com espessamento helicoidal, em secção longitudinal (eh); fibra (fb); parênquima medular (pm). G – detalhes do pó do folíolo; a – detalhe
de porção de epiderme da lâmina, sob a região da nervura principal, em vista frontal: estômato (es), célula fundamental da epiderme (cfe); b – detalhe
de porção epiderme da lâmina, com estômatos e tricoma tector, em vista frontal: tricoma tector (tt), estômato (es), célula fundamental da epiderme
(cfe); c – detalhe de porção da epiderme do peciólulo, voltada para a face abaxial, em vista frontal: célula fundamental da epiderme (cfe); d – detalhe
de porção da epiderme da lâmina, mostrando base do tricoma tector, em vista frontal: célula fundamental da epiderme (cfe), base do tricoma (bt);
e – detalhe de porção da epiderme da lâmina, em secção transversal: cutícula (cu); f – detalhe de porção da região intercostal, em secção transversal:
face adaxial (ad), cutícula (cu), epiderme (ep), parênquima paliçádico (pp), elemento traqueal, com espessamento helicoidal, em secção longitudinal
(eh); parênquima esponjoso (pj), idioblasto cristalífero (ic), gota lipídica (gl), cloroplastídeo (clo), face abaxial (ab); g – detalhe de fragmento de
epiderme mostrando porção de nervura, estômatos e idioblastos cristalíferos, por transparência, em vista frontal: célula fundamental da epiderme (cfe),
porção de nervura (pn), idioblasto cristalífero (ic), estômato (es); h – detalhe de porção de elemento traqueal, com espessamento helicoidal, em secção
longitudinal, isolado; i – detalhe de porção de elementos traqueais agrupados, com espessamento helicoidal, em secção longitudinal; j – detalhe de
porção agrupamento de fibras associadas a idioblastos cristalíferos, em seçção longitudinal : fibra (fb), idioblasto cristalífero (ic); l – porções de tricomas
tectores isolados, em vista lateral; m – detalhe de cristais isolados do tipo drusas e monocristais prismáticos.
s
da monografia Soros hiperimunes para uso humano, deve estar entre a maior e a menor diluição utilizada,
utilizando como antígeno veneno de B. jararaca. formando a curva de regressão que deve apresentar relação
linear. Os limites de confiança não devem ser amplos,
B. Atende aos requisitos descritos em Doseamento. indicando melhor precisão do ensaio quanto menores forem
os seus limites. Expressar o resultado em microgramas de
veneno por 0,5 mL.
CARACTERÍSTICAS
Determinação da potência do soro: efetuar diluições
Proceder conforme descrito em Características da
progressivas da amostra em solução fisiológica a 0,85%
monografia Soros hiperimunes para uso humano.
(p/v), utilizando fator de diluição constante, não superior
a 1,5, de maneira que o volume final após a mistura com a
ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS dose desafio de veneno seja idêntico em todos os tubos de
ensaio. Reconstituir e diluir o Veneno de referência com
Proceder conforme descrito em Ensaios físico-químicos da solução fisiológica a 0,85% (p/v) e adicionar em cada tubo
monografia Soros hiperimunes para uso humano. volume constante, de modo que cada dose a ser inoculada por
animal contenha 5 DL50. Homogeneizar e incubar a mistura
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA a 37 °C por 60 minutos. Inocular, por via intraperitoneal,
volume de 0,5 mL por camundongo, de cada mistura, em
Proceder conforme descrito em Testes de segurança grupos de pelo menos oito camundongos albinos suíços
biológica da monografia Soros hiperimunes para uso de 18 g a 22 g. Observar os animais até 48 horas após a
humano. inoculação e registrar o número de vivos em cada mistura.
Calcular a Dose Efetiva 50% (DE50) em microlitros,
utilizando método estatístico comprovado. A faixa de
DOSEAMENTO
resposta produzida (porcentagem de sobrevivência) deve
O ensaio de potência da amostra tem como objetivo estar entre a maior e a menor diluição utilizada, formando
determinar a dose neutralizante necessária (Dose Efetiva a curva de regressão que deve apresentar relação linear.
50%) para proteger animais suscetíveis contra os efeitos Os limites de confiança não devem ser amplos, indicando
letais de uma dose fixa de Veneno de referência. melhor precisão do ensaio quanto menores forem os seus
1290 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
O título da potência é expresso em miligramas de veneno Determinar a potência conforme descrito em Doseamento
neutralizados por 1 mL da amostra. Poderá haver um da monografia Soro antibotrópico pentavalente.
coeficiente de variação igual a 10% em virtude da variação
Fração crotálica
inerente aos testes com animais de laboratório. Deste modo
a potência mínima poderá variar até 4,5 mg/mL. Determinar a potência conforme descrito em Doseamento
da monografia Soro anticrotálico.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Cumpre o estabelecido na monografia Soros hiperimunes
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
para uso humano. Cumpre o estabelecido na monografia Soros hiperimunes
para uso humano.
ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
SORO ANTIBOTRÓPICO
PENTAVALENTE E ANTICROTÁLICO SORO ANTIBOTRÓPICO
Immunoserum bothropicum-crotalicum PENTAVALENTE E ANTILAQUÉTICO
Immunoserum bothropicum-laqueticum
O soro antibotrópico pentavalente e anticrotálico é
uma solução que contém imunoglobulinas específicas O soro antibotrópico pentavalente e laquético é uma solução
purificadas, obtidas a partir de plasma de animais que contém imunoglobulinas específicas purificadas,
s
hiperimunizados com venenos de Bothrops jararaca, obtidas a partir de plasma de animais hiperimunizados
Bothrops jararacussu, Bothrops moojeni, Bothrops com venenos de Bothrops jararaca, Bothrops jararacussu,
alternatus, Bothrops neuwiedi e Crotalus durissus. Cumpre Bothrops moojeni, Bothrops alternatus, Bothrops neuwiedi
as especificações e testes prescritos na monografia Soros e Lachesis muta. Cumpre com as especificações e testes
hiperimunes para uso humano. Contém em cada mililitro, prescritos na monografia de Soros hiperimunes para uso
imunoglobulinas suficientes para neutralizar 5 mg e 1,5 humano. Contém em cada mililitro imunoglobulinas
mg de venenos de referência de B. jararaca e C. durissus suficientes para neutralizar 5 mg e 3 mg de venenos de
terrificus, respectivamente. referência de B. jararaca e L. muta, respectivamente.
IDENTIFICAÇÃO IDENTIFICAÇÃO
A. Proceder conforme descrito no teste A. de Identificação A. Proceder conforme descrito no teste A. de Identificação
da monografia Soros hiperimunes para uso humano, na monografia de Soros hiperimunes para uso humano,
utilizando como antígenos venenos de B. jararaca e C. utilizando como antígenos venenos de B. jararaca e L.
durissus terrificus. muta.
B. Atende aos requisitos descritos em Doseamento. B. Atende aos requisitos descritos em Doseamento.
CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS
Proceder conforme descrito em Características da Proceder conforme descrito em Características na
monografia Soros hiperimunes para uso humano. monografia de Soros hiperimunes para uso humano.
s
laquética poderá variar até 2,7 mg/mL.
Fração crotálica
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Proceder conforme descrito em Doseamento na monografia
Cumpre o estabelecido na monografia de Soros hiperimunes de Soro anticrotálico.
para uso humano.
Fração laquética
ROTULAGEM
Proceder conforme descrito em Doseamento na monografia
Observar a legislação vigente. de Soro antibotrópico pentavalente e antilaquético.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
SORO ANTIBOTRÓPICO
PENTAVALENTE, ANTICROTÁLICO E Cumpre o estabelecido na monografia de Soros hiperimunes
para uso humano.
ANTILAQUÉTICO
Immunoserum bothropicum-laqueticum-
crotalicum ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
O soro antibotrópico pentavalente anticrotálico e
antilaquético é uma solução que contém imunoglobulinas
específicas purificadas, obtidas a partir de plasma de animais SORO ANTIBOTULÍNICO TRIVALENTE
hiperimunizados com venenos de Bothrops jararaca, Immunoserum botulinicum
Bothrops jararacussu, Bothrops moojeni, Bothrops
alternatus, Bothrops neuwiedi, Lachesis muta e Crotalus
durissus. Cumpre com as especificações e controles O soro antibotulínico trivalente é uma solução que contém
prescritos na monografia de Soros hiperimunes para uso imunoglobulinas purificadas, obtidas a partir de plasma de
humano. Contém, em cada mililitro, imunoglobulinas animais hiperimunizados contra toxinas tipo A, tipo B e
tipo E produzidas pelo Clostridium botulinum. Cumpre as
1292 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
s
determinar a dose neutralizante necessária para proteger
os animais utilizados na prova, contra os efeitos letais Observar a legislação vigente.
de uma dose teste de cada um dos tipos de toxinas de
referência. A dose do soro em teste é comparada com a
dose da Antitoxina botulínica de referência necessária para
SORO ANTICROTÁLICO
conferir a mesma proteção.
Immunoserum crotalicum
Antitoxinas botulínicas de referência: os padrões
internacionais de referência das antitoxinas dos tipos A,
O soro anticrotálico é uma solução que contém
B ou E são distribuídos aos laboratórios de produção e
imunoglobulinas específicas purificadas, obtidas a partir
controle em ampolas que contêm soro equino hiperimune
de plasma de animais hiperimunizados com veneno de
liofilizado, que especificamente neutraliza a toxina
Crotalus durissus. Cumpre com as especificações e testes
botulínica do tipo a que se refere. A equivalência do padrão
prescritos na monografia de Soros hiperimunes para uso
internacional em unidades internacionais é estabelecida
humano. Contém, em cada mililitro, imunoglobulinas
periodicamente pela Organização Mundial da Saúde.
suficientes para neutralizar 1,5 mg de veneno de referência
Determinação da dose teste de toxina (L+/10): proceder de C. durissus terrificus.
conforme descrito em Determinação da dose teste de
toxina (L+/10) da monografia de Soro antitetânico ou IDENTIFICAÇÃO
extrapolando os valores para L+ ou L+/100. As misturas
(toxina+antitoxina) são incubadas à temperatura ambiente A. Proceder conforme descrito no teste A. de Identificação
ou a 22 °C ± 2 °C por 60 minutos. da monografia de Soros hiperimunes para uso humano,
utilizando como antígeno veneno de C. durissus terrificus.
Determinação da potência do soro: diluir a toxina de
referência para uma dose de L+/10, com solução de B. Atende aos requisitos descritos em Doseamento.
gelatina fosfatada (0,2% de gelatina dissolvida em tampão
fosfato pH 6,5 e autoclavada a 120 °C durante 15 minutos).
A uma série de tubos de ensaio, distribuir um volume
constante de toxina botulínica diluída. Adicionar volumes
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1293
CARACTERÍSTICAS
CARACTERÍSTICAS
Proceder conforme descrito em Características da
monografia de Soros hiperimunes para uso humano. Proceder conforme descritos em Características da
monografia Soros hiperimunes para uso humano.
ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
Proceder conforme descrito em Ensaios físico-químicos da
monografia de Soros hiperimunes para uso humano. Proceder conforme descrito em Ensaios físico-químicos da
monografia Soros hiperimunes para uso humano.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Proceder conforme descrito em Testes de segurança
biológica da monografia de Soros hiperimunes para uso Proceder conforme descrito em Testes de segurança
humano. biológica da monografia Soros hiperimunes para uso
humano.
DOSEAMENTO
DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em Doseamento da monografia
de Soro antibotrópico pentavalente. Preparar o Veneno de O ensaio de potência da amostra tem como objetivo
referência como descrito a seguir. determinar a dose neutralizante necessária para proteger os
animais utilizados na prova, contra os efeitos letais de uma
Veneno de referência: mistura homogênea de venenos
dose teste da Toxina diftérica de referência. A dose do soro
que representam a distribuição geográfica da espécie C.
em teste é comparada com a dose da Antitoxina diftérica
durissus terrificus. Deve ser liofilizado e mantido a -20 °C.
de referência necessária para conferir a mesma proteção.
O veneno é padronizado pela determinação da Dose Letal
50% (DL50). Antitoxina diftérica de referência: o padrão internacional
de referência da antitoxina diftérica é distribuído aos
Poderá haver um coeficiente de variação igual a 10% em
laboratórios de produção e controle em ampolas que contêm
virtude da variação inerente aos testes com animais de
soro equino hiperimune liofilizado, que especificamente
laboratório. Deste modo a potência mínima para fração
neutraliza a toxina diftérica. A equivalência do padrão
crotálica poderá variar até 1,35 mg/mL.
internacional em unidades internacionais é estabelecida
periodicamente pela Organização Mundial da Saúde.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
s
Toxina diftérica de referência: é preparada a partir de
Cumpre o estabelecido na monografia de Soros hiperimunes filtrados estéreis de sobrenadantes de cultivos líquidos
para uso humano. de C. diphtheriae. O filtrado deve ser concentrado,
purificado por métodos físicos ou químicos e liofilizado.
Após a reconstitução da toxina, adicionar solução salina
ROTULAGEM glicerinada e armazenar a -20 °C.
Observar a legislação vigente.
Determinação da dose teste de toxina (L+): diluir a
Antitoxina diftérica de referência para 10 UI/mL, com
solução fisiológica a 0,85% (p/v). Diluir a Toxina diftérica
SORO ANTIDIFTÉRICO de referência para concentração conhecida, com solução
Immunoserum diphthericum fisiológica contendo peptona a 1% (p/v). Em uma série
de tubos de ensaio, adicionar volumes variáveis de toxina
e volume constante da Antitoxina diftérica de referência
O soro antidiftérico é uma solução que contém
diluída. Igualar os volumes com solução fisiológica
imunoglobulinas purificadas, obtidas a partir de plasma de
peptonada a 1% (p/v). Homogeneizar e incubar a 37 ºC por
animais hiperimunizados contra a toxina produzida pelo
60 minutos. Inocular cada cobaia de 230 g a 250 g, por via
Corynebacterium diphtheriae. Cumpre as especificações
subcutânea, com volume que contenha 1 UI de Antitoxina
e testes prescritos na monografia Soros hiperimunes para
diftérica de referência em grupos de, no mínimo, quatro
uso humano. Contém em cada mililitro, no mínimo, 1000
cobaias por mistura. Observar os animais até 96 horas
UI de antitoxina.
e registrar o número de mortos em cada diluição. O L+
(limite morte) ou dose teste da toxina é a menor quantidade
IDENTIFICAÇÃO de toxina, que, quando combinada com 1 UI de Antitoxina
diftérica de referência, provoca a morte dos animais no
A. Proceder conforme descrito no teste A. de Identificação período de observação estipulado.
da monografia Soros hiperimunes para uso humano,
utilizando como antígeno a toxina do C. diphtheriae. Determinação da potência do soro: diluir a Toxina diftérica
de referência com solução fisiológica tamponada contendo
B. Atende aos requisitos descritos em Doseamento.
1294 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em Doseamento da monografia
em que de Soro antibotrópico pentavalente. Preparar o Veneno de
referência como descrito a seguir.
A = o inverso da menor diluição (ou maior volume) do soro
que mata todos os animais; Veneno de referência: mistura homogênea de venenos que
B = volume utilizado de soro diluído que mata todos os representam a distribuição geográfica da espécie Micrurus
animais; frontalis. Deve ser liofilizado e mantido a -20 °C. O veneno
é padronizado pela determinação da Dose Letal 50%
C = número total de doses contidas no volume final de cada
(DL50).
mistura pelo título L+.
Poderá haver um coeficiente de variação igual a 10% em
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO virtude da variação inerente aos testes com animais de
laboratório. Deste modo a potência mínima para a fração
Cumpre o estabelecido na monografia Soros hiperimunes elapídica poderá variar até 1,35 mg/mL.
para uso humano.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
s
ROTULAGEM
Cumpre o estabelecido na monografia de Soros hiperimunes
Observar a legislação vigente. para uso humano.
ROTULAGEM
SORO ANTIELAPÍDICO BIVALENTE
Immunoserum elapidicum Observar a legislação vigente.
s
As amostras de sangue que formam coágulo no intervalo
de até dois minutos são consideradas como coaguláveis. CARACTERÍSTICAS
Registrar o número de animais nos quais ocorre coagulação Cumpre as Características descritas na monografia de
sanguínea e o total de animais sangrados. Calcular a Dose Soros hiperimunes para uso humano.
Efetiva 50% (DE50) em microlitros, utilizando método
estatístico comprovado. A faixa de resposta (porcentagem
de coaguláveis) deve estar entre a maior e a menor diluição ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
utilizada na amostra teste formando a curva de regressão
Cumpre os Ensaios físico-químicos descritos na monografia
que deve apresentar relação linear. Os limites de confiança
de Soros hiperimunes para uso humano.
não devem ser amplos, indicando melhor precisão do ensaio
quanto menor forem seus limites. Calcular a potência, em
miligramas por mililitro, segundo a expressão: TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Cumpre os Testes de segurança biológica descritos na
monografia de Soros hiperimunes para uso humano.
em que DOSEAMENTO
Tv = número de DI50 utilizada por camundongo na dose O ensaio de potência tem como objetivo determinar a dose
teste de veneno. neutralizante necessária para proteger animais suscetíveis
contra os efeitos dermonecróticos de uma Dose Mínima
O título da potência é expresso em miligramas de veneno
Necrosante (DMN) do Veneno de referência.
neutralizados por mL da amostra. Poderá haver um
coeficiente de variação igual a 10% em virtude da variação Veneno de referência: veneno extraído de L. intermedia, o
inerente aos testes com animais de laboratório. Deste modo qual deve ser liofilizado ou cristalizado e mantido a -20 °C.
a potência mínima poderá variar até 0,32 mg/mL. O veneno é padronizado pela determinação da DMN, que
é a menor quantidade de veneno capaz de provocar, em até
72 horas, uma necrose de aproximadamente um centímetro
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1297
s
de referência com solução fisiológica a 0,85% (p/v), de DOSEAMENTO
modo que cada dose de 0,1 mL a ser inoculada por animal
contenha 1 DMN. Injetar, por via intradérmica, a dose de Método de soroneutralização em camundongos
0,1 mL desta diluição do Veneno de referência na face
O ensaio de potência da amostra tem como objetivo
interna de uma das orelhas de cada um de três coelhos. Em
determinar a dose neutralizante necessária (Dose Efetiva
seguida, administrar 1 mL de soro diluído na veia marginal
50%) para proteger camundongos contra os efeitos letais
da orelha oposta àquela em que foi inoculado o veneno.
de uma dose desafio de vírus rábico. Para avaliação
Em paralelo, realizar um controle do veneno através da
comparativa da potência da amostra, utiliza-se soro
inoculação de 1 DMN por orelha em, no mínimo, mais um
equino liofilizado de referência, aferido em unidades
coelho. Observar os animais até 72 horas após a inoculação
internacionais, pelo soro padrão internacional distribuído
quanto ao aparecimento de dermonecrose. Registrar a
pela Organização Mundial da Saúde.
maior diluição do soro que não provoca necrose.
Vírus desafio: cepa CVS (challenge virus standard), de
O título da potência é expresso em DMN de veneno
Dose Letal 50% (DL50) conhecida.
neutralizado por mililitro do soro.
Determinação da DL50: efetuar diluições decimais seriais de
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO vírus com solução de água destilada contendo 2% (v/v) de
soro normal de origem animal ou 0,75% (p/v) de albumina
Cumpre o estabelecido na monografia de Soros hiperimunes bovina. Homogeneizar e inocular, por via intracerebral,
para uso humano. um volume de 30 mL de cada diluição em grupos de, no
mínimo, 10 camundongos albinos suíços de 10 g a 15 g.
Observar os animais durante 14 dias. Calcular a DL50 por
ROTULAGEM
método estatisticamente comprovado, utilizando o número
Observar a legislação vigente. em cada grupo que morrer ou desenvolver sintomas de
raiva entre o 5° e 14° dias. A faixa de resposta produzida
(porcentagem de mortes) deve estar entre a maior e a menor
diluição utilizada, formando a curva de regressão que deve
apresentar uma relação linear.
1298 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
s
método estatisticamente comprovado. A faixa de resposta
produzida (porcentagem de sobrevivência) deve estar entre A potência estimada deve ser de, no mínimo, 200 UI/mL e
a maior e a menor diluição utilizada na amostra teste e os limites de confiança não devem estar abaixo de 80% ou
padrão, formando a curva de regressão que deve apresentar acima de 125% da atividade determinada.
uma relação linear. A potência é determinada segundo a
expressão: EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Cumpre o estabelecido na monografia Soros hiperimunes
para uso humano.
DOSEAMENTO
A
Potência = ×C
B
O ensaio de potência da amostra tem como objetivo
em que
determinar a dose neutralizante necessária para proteger os
animais utilizados na prova, contra os efeitos letais de uma A = o inverso da menor diluição (ou maior volume) do soro
dose teste da Toxina tetânica de referência. A dose do soro que mata todos os animais;
em teste é comparada com a dose da Antitoxina tetânica
B = o volume utilizado de soro diluído que mata todos os
de referência necessária para conferir a mesma proteção.
animais;
s
Antitoxina tetânica de referência: o padrão internacional C = número total de doses contidas no volume final de cada
de referência da antitoxina tetânica é distribuído aos mistura pelo título L+/10.
laboratórios de produção e controle em ampolas que contêm
soro equino hiperimune liofilizado, que especificamente
neutraliza a toxina tetânica. A equivalência do padrão
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
internacional em unidades internacionais é estabelecida Cumpre o estabelecido na monografia de Soros hiperimunes
periodicamente pela Organização Mundial da Saúde. para uso humano.
Toxina tetânica de referência: é preparada a partir de
filtrados estéreis de sobrenadantes de cultivos líquidos de ROTULAGEM
C. tetani incubados durante cinco a sete dias. O filtrado
deve ser concentrado, purificado por métodos físicos ou Observar a legislação vigente.
químicos e liofilizado. Após a reconstituição, adicionar
solução salina glicerinada e armazenar a -20 °C.
SOROS HIPERIMUNES PARA USO
Determinação da dose teste de toxina (L+/10): diluir HUMANO
a antitoxina de referência para 1 UI/mL, com solução
Immunosera ad usum humanum
fisiológica a 0,85% (p/v). Diluir a toxina para uma
determinada concentração, em solução fisiológica
contendo peptona a 1% (p/v). Em uma série de tubos Os soros hiperimunes são preparações contendo
de ensaio, adicionar volumes variáveis de toxina e um imunoglobulinas purificadas, de origem animal, que
volume constante da antitoxina de referência diluída. neutralizam especificamente toxinas bacterianas, bactérias,
Igualar os volumes com o mesmo diluente da toxina. vírus ou componentes tóxicos do veneno de uma ou
Homogeneizar e incubar a 37 °C por 60 minutos. Inocular mais espécies de animais peçonhentos. Um conservante
em cada camundongo albino suíço de 17 g a 22 g, por via adequado pode ser adicionado e o produto final é
subcutânea, um volume que contenha 0,1 UI de antitoxina apresentado sob forma líquida ou liofilizada. O produto
de referência em grupos de, no mínimo, 10 camundongos líquido é límpido, incolor ou ligeiramente amarelado, não
por mistura. Observar os animais até 96 horas após a apresentando grumos ou partículas. O soro liofilizado
1300 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
s
produto final.
de 25 mL. Adicionar 3 mL de tampão borato pH 9,0, 2,5
mL 4-aminoantipirina a 0,15% (p/v) e 0,5 mL de ferricianeto
IDENTIFICAÇÃO de potássio a 5% (p/v). Agitar e completar o volume com
água destilada. Em paralelo, preparar o branco e uma curva
A. Baseada na reação in vitro de antígeno-anticorpo por de calibração de fenol com concentrações variando de 0,6
Imunodifusão duplo radial (Ouchterlony). Preparar gel de µg a 3,9 µg de fenol por mililitro. Proceder as leituras das
ágar a 1% (p/v) e distribuir em lâmina para microscópio, de absorvâncias (5.2.14) da amostra, dos padrões e do branco
modo que resulte em fina camada. Colocar em estufa a 37 a um comprimento de onda de 495 nm, de 20 a 40 minutos
°C, sem secar. Adicionar 4 mL de ágar na lâmina e colocar após o término da reação. Utilizar a leitura dos padrões para
à temperatura de 2 °C a 8 °C em câmara úmida por uma fazer uma curva analítica e determinar a concentração de
hora. Fazer orifícios no gel, mantendo a mesma distância fenol na amostra por interpolação gráfica ou regressão linear.
entre o orifício central e os periféricos. Preencher o orifício
central com solução do antígeno específico e os periféricos Nitrogênio protéico e proteínas. Proceder conforme
com a amostra a testar, em diluições variáveis. Preencher descrito em Determinação de nitrogênio pelo método
um dos orifícios com soro normal equino para controle Kjeldahl (5.3.3.2). No máximo 0,3% (p/v) de nitrogênio
negativo. Incubar a 37 °C por 24 horas em câmara úmida não protéico e 15% (p/v) de proteínas. Para determinar
e realizar a leitura em lâmpada para contraste. Observar a concentração de proteínas, multiplicar o resultado de
a presença de linha de precipitação, reação de identidade nitrogênio protéico por 6,25. É facultado ao produtor a
entre os componentes analisados. utilização do resultado obtido no produto antes do envase.
B. Atende aos requisitos descritos em Doseamento. Sólidos totais. Em pesa-filtro previamente tarado, pesar
exatamente 1 g da amostra em duplicata e colocar na capela
de exaustão sobre placa de aquecimento, até a evaporação
CARACTERÍSTICAS
do líquido. Transferir o pesa-filtro com a amostra para estufa
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. a 105 °C e deixar por 1 hora. Transferir a amostra dessecada
para dessecador, deixar por 30 minutos e pesar. Repetir o
pH (5.2.19). 6,0 a 7,0 procedimento de dessecação até peso constante. Calcular a
porcentagem de sólidos totais segundo a expressão:
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1301
s
Constantes físico-químicas.
método volumétrico para determinação de água (5.2.20.1)
também pode ser utilizado. No máximo 3%. Faixa de fusão (5.2.2): 252 ºC a 256 ºC, com decomposição.
s
padrão e da Solução amostra para balões volumétricos de
mistura de tolueno e dimetilformamida (2:1). 25 mL. Adicionar, a cada balão, 1 mL de ácido clorídrico 2
M e 1 mL de nitrito de sódio a 0,1% (p/v). Agitar e deixar
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e deixar
em repouso por 2 minutos. Adicionar 1 mL de sulfamato
secar ao ar. Nebulizar com ácido clorídrico 1 M em metanol
de amônio a 0,5% (p/v), agitar e deixar em repouso por
e, em seguida, com nitrito de sódio a 1% (p/v) em etanol
2 minutos. Adicionar 1 mL de dicloridrato de N-(1-naftil)
a 90% (v/v). Aguardar de 3 a 5 minutos e nebulizar com
etilenodiamina SR, agitar e deixar em repouso por 10
dicloridrato de N-(1-naftil)etilenodiamina a 0,5% (p/v) em
minutos. Completar os volumes com água. Preparar branco
etanol a 90% (v/v). Qualquer mancha secundária obtida
em paralelo. Medir as absorvâncias das soluções em 540
no cromatograma com a Solução (1), diferente da mancha
nm, utilizando o branco para ajuste do zero. Calcular o teor
principal, não é mais intensa que aquela obtida com a
de C10H10N4O2S na amostra a partir das leituras obtidas.
Solução (3) (2,0%).
C. A mancha principal obtida com a Solução (1), obtida em Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
Substâncias relacionadas corresponde em posição, cor e de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
intensidade àquela obtida com a Solução (2). de detector de ultravioleta a 257 nm; coluna de 300 mm de
comprimento e 4,0 mm de diâmetro interno, empacotada
D. Dissolver 50 mg do resíduo obtido no teste A. de com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano,
Identificação em 2 mL de ácido clorídrico a 10% (p/v), mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel de
s
com aquecimento. Resfriar em banho de gelo e adicionar 1,0 mL/minuto.
2 mL de nitrito de sódio a 10% (p/v). Diluir com 10 mL
de água gelada e adicionar 2 mL de 2-naftol SR. Forma-se Fase móvel: mistura de água, acetonitrila e ácido acético
precipitado alaranjado. glacial (87:12:1).
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
de sulfadiazina SQR em solução de hidróxido de sódio
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. 0,025 M, de modo a obter solução em torno de 1 mg/mL.
Proceder conforme descrito no método A. de Doseamento.
Injetar replicatas de 10 µL da Solução padrão. O fator de
cauda não é maior que 1,5. O desvio padrão relativo das áreas
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) de replicatas dos picos registrados não deve ser maior que
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL 2,0%.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
D. Dissolver 0,1 g da amostra em 2 mL de ácido clorídrico 2
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. M. A solução obtida responde à reação de amina aromática
primária (5.3.1.1).
ROTULAGEM
Observar a legislação vigente. ENSAIOS DE PUREZA
Alcalinidade. Adicionar 25 mL de água a 1,25 g de amostra
finamente pulverizada. Aquecer a 70 ºC por 5 minutos.
SULFAMETOXAZOL Resfriar em água gelada por cerca de 15 minutos e filtrar. A
Sulfamethoxazolum 20 mL do filtrado, adicionar 0,1 mL de azul de bromotimol
SI. Não mais que 0,3 mL de hidróxido de sódio 0,1 M é
necessário para mudar a cor do indicador.
O O N O
CH3 Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
S Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
N sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de amônia, água,
H
nitrometano e dioxana (3:5:40:50), como fase móvel.
H2N Aplicar, separadamente, à placa, 5 µL de cada uma das
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
C10H11N3O3S; 253,28
sulfametoxazol; 08134 Solução (1): transferir 0,1 g da amostra para balão
4-Amino-N-(5-metil-3-isoxazolil)benzenossulfonamida volumétrico de 5 mL. Dissolver em mistura de amônia
[723-46-6] e metanol (2:48) e completar o volume com o mesmo
solvente.
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) para 5 mL em
C10H11N3O3S, em relação à substância dessecada. mistura de amônia e metanol (2:48).
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente Solução (4): diluir 1,25 mL da Solução (2) para 50 mL em
s
solúvel em acetona, ligeiramente solúvel em etanol, pouco mistura de amônia e metanol (2:48).
solúvel em éter etílico. Facilmente solúvel em soluções
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, secar a
diluídas de hidróxido de sódio.
105 ºC. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). Qualquer
Constantes físico-químicas. mancha obtida no cromatograma da Solução (1), diferente
da mancha principal não deve ser mais intensa que a
Faixa de fusão (5.2.2): 168 ºC a 172 ºC. mancha obtida no cromatograma da Solução (4) (0,5%).
Solução (3): transferir 0,1 g da amostra para balão peso constante. O espectro de absorção no infravermelho
volumétrico de 10 mL. Dissolver em 0,1 mL de hidróxido (5.2.14) do resíduo, previamente dessecado, disperso em
de amônio e completar o volume com metanol. brometo de potássio, apresenta máximos de absorção
somente nos mesmos comprimentos de onda e com as
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, secar ao mesmas intensidades relativas daqueles observados no
ar. Pulverizar a placa com reagente de Erlich modificado. espectro de sulfametoxazol SQR.
Os fatores de retenção (Rf) são: 0,7 para o sulfametoxazol,
0,5 para a sulfanilamida e 0,1 para o ácido sulfanílico. B. Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir
A Solução (3) não deve apresentar mancha superior a quantidade do pó equivalente a 50 mg de trimetoprima
0,2% para sulfanilamida e ácido sulfanílico, obtida no para funil de separação, adicionar 30 mL de hidróxido de
cromatograma da Solução (2). sódio 0,1 M e agitar. Extrair com quatro porções de 50 mL
de clorofórmio, lavando cada extrato com duas porções de
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da 10 mL de hidróxido de sódio 0,1 M e com 10 mL de água.
amostra. Dessecar em estufa, a 105 ºC, por 4 horas, até Agitar com 5 mg de sulfato de sódio anidro, filtrar e secar
peso constante. No máximo 0,5%. a 105 °C, até peso constante. O espectro de absorção no
infravermelho (5.2.14) do resíduo, previamente dessecado,
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
disperso em brometo de potássio, apresenta máximos de
No máximo 0,1%.
absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
com as mesmas intensidades relativas daqueles observados
DOSEAMENTO no espectro de trimetoprima SQR.
Proceder conforme descrito em Titulações por diazotação C. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
(5.3.3.1), Método 2. Dissolver, exatamente, cerca de 0,5 g camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, como
da amostra em mistura de 20 mL de ácido acético glacial suporte, e mistura de clorofórmio, álcool isopropílico
e 40 mL de água e adicionar 15 mL de ácido clorídrico. e dietilamina (60:50:10), como fase móvel. Aplicar,
Resfriar a 15 ºC. Titular imediatamente com nitrito de sódio separadamente, à placa, 20 µL de cada uma das soluções,
0,1 M SV. Determinar o ponto final potenciometricamente. recentemente preparadas, descritas a seguir.
Cada mL de nitrito de sódio 0,1 M SV equivale a 25,330
mg de C10H11N3O3S. Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir
quantidade do pó equivalente a 4 mg de trimetoprima
para balão volumétrico de 10 mL, adicionar 8 mL de
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO metanol. Deixar em ultrassom por 15 minutos e agitar
mecanicamente por 15 minutos. Completar volume com
Em recipientes herméticos.
metanol. Homogeneizar e filtrar.
s
ROTULAGEM Solução (2): preparar solução a 0,4 mg/mL de trimetoprima
SQR em metanol.
Observar a legislação vigente.
Solução (3): preparar solução a 2 mg/mL de sulfametoxazol
SQR em metanol.
CLASSE TERAPÊUTICA
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar secar
Antibacteriano ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). As manchas
referentes ao sulfametoxazol e trimetropima obtidas com
a Solução (1) correspondem em posição, cor e intensidade
SULFAMETOXAZOL E TRIMETOPRIMA àquelas obtidas com a Solução (2) e a Solução (3).
COMPRIMIDOS
D. Os tempos de retenção dos picos principais do
cromatograma da Solução amostra, obtida no método C.
Contém, no mínimo, 93,0% e, no máximo, 107,0% da de Doseamento, correspondem àqueles dos picos principais
quantidade declarada de sulfametoxazol (C10H11N3O3S) e da Solução padrão.
trimetoprima (C14H18N4O3).
CARACTERÍSTICAS
IDENTIFICAÇÃO
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
A. Filtrar a camada aquosa reservada no método A. de
Doseamento. Adicionar, gota a gota, quantidade suficiente Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
de ácido clorídrico 2 M para acidificar e extrair com 50 Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
mL de éter etílico. Lavar a camada etérea com 10 mL de
água, misturar com 5 g de sulfato de sódio anidro, filtrar Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
e evaporar o filtrado até secura. Dissolver o resíduo em
volume mínimo de carbonato de sódio anidro a 5% (p/v), Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
adicionar, gota a gota, ácido clorídrico M até precipitação e Proceder conforme descrito no método C. de Doseamento.
filtrar. Lavar o precipitado com água e secar a 105 °C, até
1306 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
s
Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL da Solução
50 mg de trimetoprima para balão volumétrico de 25 mL,
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
dissolver em hidróxido de sódio 0,1 M e completar o volume
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade
com o mesmo solvente. Transferir, quantitativamente, a
de sulfametoxazol (C10H11N3O3S) e de trimetoprima
solução para funil de separação, extrair com quatro porções
(C14H18N4O3) nos comprimidos a partir das respostas
de 50 mL de clorofórmio, lavando cada extrato com
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.
20 mL de hidróxido de sódio 0,1 M. Reservar a camada
aquosa para o teste A. de Identificação. Reunir os extratos
clorofórmicos e extrair com quatro porções de 60 mL de EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
ácido acético M. Reunir os extratos ácidos, lavá-los com 5
mL de clorofórmio e diluir o extrato aquoso para 250 mL Em recipientes bem fechados, protegido da luz.
com ácido acético M. Transferir 10 mL dessa solução para
balão volumétrico de 100 mL, adicionar 10 mL de ácido ROTULAGEM
acético M e completar o volume com água. Preparar solução
padrão de trimetoprima SQR a 0,002% (p/v) utilizando Observar a legislação vigente.
ácido acético 0,1 M como solvente. Medir as absorvâncias
das soluções resultantes em 271 nm, utilizando ácido
acético 0,1 M para ajuste do zero. Calcular a quantidade SULFAMETOXIPIRIDAZINA
de trimetoprima (C14H18N4O3) nos comprimidos a partir Sulfamethoxypyridazinum
das leituras obtidas. Alternativamente, realizar os cálculos
considerando A (1%, 1 cm) = 204, em 271 nm.
N OCH3
B. Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Dissolver O O N
quantidade de pó equivalente a 0,5 g de sulfametoxazol e S
proceder conforme descrito em Doseamento na monografia N
de Sulfametoxazol. H
C. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido H2N
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido C11H12N4O3S; 280,30
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1307
s
Acidez. Aquecer 1 g da amostra em 50 mL de água Faixa de fusão (5.2.2): 164,5 ºC a 166 ºC.
isenta de dióxido de carbono em torno de 70 ºC por cinco
minutos, resfriar a 20 ºC e filtrar. A tomada de 25 mL do
filtrado requer para neutralização, no máximo, 0,35 mL de IDENTIFICAÇÃO
hidróxido de sódio 0,1 M.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC até peso constante. de potássio, apresenta máximos de absorção somente
No máximo 0,5%. nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
intensidades relativas daqueles observados no espectro de
sulfanilamida SQR, preparado de maneira idêntica.
DOSEAMENTO
B. Dissolver 5 mg da amostra em 10 mL de ácido clorídrico
Proceder conforme descrito em Titulações por diazotação 0,1 M. A solução, sem acidificação, responde às reações
(5.3.3.1), Método 2. Cada mL de nitrito de sódio 0,1 M SV para amina aromática primária (5.3.1.1).
equivale a 28,03 mg de C11H12N4O3S.
ENSAIOS DE PUREZA
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Acidez. Aquecer a cerca de 70 oC, durante 5 minutos, 1
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz. g da amostra em 50 mL de água destilada, recentemente
fervida. Resfriar em banho de gelo por 15 minutos e filtrar.
ROTULAGEM Adicionar 0,1 mL de azul de bromotimol SI em 20 mL do
filtrado. No máximo 0,1 mL de hidróxido de sódio 0,02 M
Observar a legislação vigente. é gasto para neutralizar a amostra.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da Solubilidade. Muito solúvel em água, facilmente solúvel
amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC. No máximo 0,5%. em etanol e em glicerina e praticamente insolúvel em éter
etílico e clorofórmio.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,1%.
IDENTIFICAÇÃO
DOSEAMENTO Os testes de identificação C., D., e E. podem ser omitidos
se forem realizados os testes A., B., e F. O teste de
Proceder conforme descrito em Titulações por diazotação identificação A. pode ser omitido se forem realizados os
(5.3.3.1), Método 2. Cada mL de nitrito de sódio 0,1 M SV testes B., C., D., E. e F.
equivale a 17,22 mg de C6H8N2O2S.
A. Dissolver 50 mg da amostra em 25 mL de ácido
clorídrico 0,01 M, adicionar 2 mL de hidróxido de sódio M
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
e extrair com duas porções de 10 mL de éter etílico. Secar o
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. extrato etéreo com sulfato de sódio anidro, filtrar, lavar com
5 mL de éter etílico e evaporar o filtrado em temperatura
ambiente. Secar o resíduo sob sílica-gel, utilizando pressão
ROTULAGEM reduzida. Paralelamente, realizar o mesmo procedimento
utilizando 50 mg de sulfato de atropina SQR. O espectro
Observar a legislação vigente.
de absorção no infravermelho (5.2.14) do resíduo, disperso
em brometo de potássio, apresenta máximo de absorção
CLASSE TERAPÊUTICA somente nos mesmos comprimentos de onda e com as
mesmas intensidades relativas daqueles observados no
Antibacteriano. espectro de sulfato de atropina SQR.
H3C
N
C. A 1 mg da amostra, adicionar 0,2 mL de ácido nítrico o
fumegante e evaporar até secura em banho-maria.
OH Dissolver o resíduo em 2 mL de acetona e adicionar 0,1
mL de solução de hidróxido de potássio a 3% (p/v) em
. HHSO
2 2SO
O 4 4
e enantiômer metanol. Produz-se coloração violeta.
Solução (3): solução a 0,01% (p/v) da amostra em metanol. A. Utilizar volume da amostra equivalente a 10 mg de
sulfato de atropina, adicionar 4 mL de hidróxido de sódio M
Solução (4): solução a 2% (p/v) de sulfato de atropina SQR e extrair com duas porções de 10 mL de éter etílico. Secar o
em metanol. extrato etéreo com sulfato de sódio anidro, filtrar, lavar com
5 mL de éter etílico e evaporar o filtrado em temperatura
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, secar a
ambiente. Secar o resíduo sob sílica-gel, utilizando pressão
temperatura de 100 °C a 105 °C, por 15 minutos. Deixar
reduzida. Paralelamente, realizar o mesmo procedimento
esfriar e nebulizar com iodobismutato de potássio diluído
utilizando 50 mg de sulfato de atropina SQR. O espectro
SR até aparecimento das manchas. Nenhuma mancha
de absorção no infravermelho (5.2.14) do resíduo, disperso
secundária obtida no cromatograma com a Solução (1) é
em brometo de potássio, apresenta máximo de absorção
mais intensa que a mancha obtida coma Solução (2) e não
somente nos mesmos comprimentos de onda e com as
mais que uma mancha é mais intensa do que aquela obtida
mesmas intensidades relativas daqueles observados no
com a Solução (3).
espectro de sulfato de atropina SQR.
Apoatropina. Preparar solução a 0,1% (p/v) em ácido
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
clorídrico 0,01 M. Medir a absorvância em 245 nm (5.2.14),
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, como
utilizando o mesmo solvente para ajuste do zero. O valor
suporte, e mistura de clorofórmio, acetona e dietilamina
da absorvância é de, no máximo, 0,4 (0,5%).
(50:40:10), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à
Hiosciamina. Dissolver 1,25 g, exatamente pesados, em placa, 5 mL de cada uma das soluções descritas a seguir.
água, para volume final de 25 mL. Determinar o ângulo de
Solução amostra: evaporar um volume da solução injetável
rotação (5.2.8) da solução, a 25 °C. A rotação observada, em
contendo o equivalente a 5 mg de sulfato de atropina, até
graus, multiplicada por 200 e dividida pelo comprimento
secura, em banho-maria. Triturar o resíduo com 1 mL de
(em mm) do tubo polarimétrico usado, está entre – 0,60°
etanol, deixar em repouso e utilizar o sobrenadante.
e + 0,05°.
Solução padrão: solução de sulfato de atropina SQR a
Água (5.2.20.1). No máximo 4,0%.
0,5% (p/v) em etanol.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, secar a
substância. No máximo 0,2%.
105ºC durante 20 minutos. Deixar esfriar e nebulizar com
iodobismutato de potássio diluído SR. A mancha obtida
DOSEAMENTO no cromatograma com a Solução amostra corresponde em
tamanho, cor e posição à mancha obtida no cromatograma
Proceder conforme descrito em Titulações em meio não com a Solução padrão.
aquoso (5.3.3.5.). Dissolver cerca de 1 g da amostra dessecada,
exatamente pesada, em 50 mL de ácido acético glacial e titular C. Evaporar até a secura volume da solução injetável
s
com ácido perclórico 0,1 M SV, determinar o ponto final equivalente a 1 mg de sulfato de atropina. Adicionar ao
potenciometricamente. Realizar ensaio em branco e fazer as resíduo 0,2 mL de ácido nítrico fumegante e evaporar até
correções necessárias. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV a secura em banho-maria. Forma-se resíduo amarelo. Após
equivale a 67,682 mg de (C17H23NO3)2.H2SO4. esfriar, adicionar 2 mL de acetona e 0,2 mL de solução de
hidróxido de potássio a 3% (p/v) em metanol. Desenvolve-
se coloração violeta.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
D. Responde às reações do íon sulfato (5.3.1.1).
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
ROTULAGEM CARACTERÍSTICAS
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
Observar a legislação vigente.
pH (5.2.19). 3,0 a 6,5.
CLASSE TERAPÊUTICA
Midriático e adjuvante de anestésicos gerais.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
DOSEAMENTO
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
quantidade declarada de (C17H23NO3)2.H2SO4.H2O. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
IDENTIFICAÇÃO de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 300 mm de
1310 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Tampão acetato: dissolver o equivalente a 6,8 g de acetato Solubilidade. Praticamente insolúvel em água e em
de sódio em água, adicionar 2,9 mL de ácido acético glacial solventes orgânicos. Levemente solúvel em ácidos e em
e completar o volume com água para 1000 mL. soluções alcalinas.
s
papel de filtro na parte superior do erlenmeyer. Umedecer
Procedimento: injetar separadamente, 100 mL das Soluções a área central do papel de filtro com 0,15 mL de acetato de
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as áreas chumbo SR. Ferver brandamente a mistura por 10 minutos.
sob os picos. Calcular a quantidade de (C17H23NO3)2.H2SO4. Qualquer escurecimento produzido no papel de filtro não é
H2O na solução injetável a partir das respostas obtidas para as mais intenso que aquele produzido pelo padrão contendo 5
Soluções padrão e amostra. μg de sulfeto em 100 mL de ácido clorídrico 0,5 M e tratado
de maneira similar. No máximo 0,00005% (0,5 ppm).
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Substâncias solúveis em ácido. Resfriar a mistura obtida
em Sulfetos e adicionar água até restituir o volume inicial.
Em recipientes bem fechados.
Filtrar em papel de filtro previamente lavado com mistura
de 10 mL de ácido clorídrico 0,5 M e 90 mL de água. Se
ROTULAGEM necessário, filtrar novamente as primeiras porções até obter
um filtrado claro. Evaporar 50 mL do filtrado até secura,
Observar a legislação vigente. em banho-maria, e adicionar duas gotas de ácido clorídrico
e 10 mL de água quente. Filtrar novamente em papel de
filtro, preparado como descrito acima e lavar o papel de
SULFATO DE BÁRIO filtro com 10 mL de água quente, recolhendo o filtrado em
Barii sulfas recipiente tarado. Evaporar o filtrado juntamente com as
lavagens até secura, em banho-maria. Secar o resíduo em
estufa a 105 ºC, por 1 hora. No máximo 0,3% (15 mg).
BaSO4; 233,39
sulfato de bário; 08162 Sais de bário solúveis. Adicionar 10 mL de água ao
Sal de bário do ácido sulfúrico (1:1) resíduo obtido em Substâncias solúveis em ácido. Filtrar
[7727-43-7] em papel de filtro previamente lavado com 100 mL
de ácido clorídrico 0,5 M e adicionar 0,5 mL de ácido
Contém, no mínimo, 97,5% e, no máximo, 100,5% de sulfúrico M. Qualquer turbidez desenvolvida dentro de
BaSO4. 30 minutos não é mais intensa que aquela produzida pelo
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1311
s
Filtrar ainda quente, utilizando funil de vidro sinterizado Deixar em repouso durante 5 minutos e filtrar. A 10 mL do
de porosidade fina e previamente tarado. Transferir todo filtrado acrescentar 0,1 mL de fenolftaleína SI e 0,25 mL
o precipitado, com auxílio de um bastão de vidro com a de hidróxido de sódio 0,01 M. Desenvolve-se coloração
ponta emborrachada. Lavar o precipitado com dicromato vermelha. Acrescentar 0,30 mL de ácido clorídrico 0,01
de potássio a 0,5% (p/v) e, em seguida, lavar com 20 mL M. A solução torna-se incolor. Acrescentar 0,2 mL de
de água. Secar a 105 ºC por 2 horas, resfriar e pesar. A vermelho de metila SI. Desenvolve-se coloração laranja-
massa de cromato de bário obtida multiplicada por 0,9213 avermelhada.
equivale à massa de BaSO4.
Arsênio (5.3.2.5). Dissolver, aquecendo a 50 °C durante
5 minutos, 1 g da amostra em 50 mL de ácido clorídrico
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
a 10% (v/v). Resfriar e proceder conforme descrito em
Em recipientes bem fechados. Método visual utilizando 5 mL dessa solução. No máximo
0,001% (10 ppm).
Perda por dessecação (5.2.10). Determinar em Poder rotatório específico (5.2.8): -32° a -30°, em relação
temperatura mínima de 250 °C, até peso constante. Para a à substância dessecada. Determinar em solução a 5% (p/v)
forma diidratada a perda está compreendida entre 19,0% e em água.
23,0 %. Para a forma anidra, no máximo 1,5%.
IDENTIFICAÇÃO
DOSEAMENTO
O teste de identificação A. pode ser omitido se forem
Pesar, exatamente, cerca de 0,15 g da amostra e dissolver realizados os testes B., C. e D.
em 120 mL de água. Proceder conforme descrito em
Titulações complexométricas (5.3.3.4) para Cálcio, A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
utilizando edetato dissódico 0,1 M SV. Cada mL de edetato amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
dissódico 0,1 M SV equivale a 13,614 mg de CaSO4. máximos de absorção nos mesmos comprimidos de onda
e com as mesmas intensidades relativas observadas em
espectro de sulfato de efedrina SQR, preparado de maneira
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO idêntica.
Em recipientes bem fechados. B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 200 a 400 nm, de uma solução a 0,1% (p/v) em água,
ROTULAGEM exibe máximos e mínimos idênticos aos observados no
espectro de solução similar de sulfato de efedrina SQR.
Observar legislação vigente.
C. Dissolver 10 mg em 1 mL de água, adicionar 0,1 mL
de sulfato cúprico SR e 1 mL de hidróxido de sódio a 20%
CATEGORIA (p/v). Produz coloração vermelho-púrpura. Adicionar 1
mL de éter etílico e agitar bem. A camada etérea torna-se
Adjuvante.
púrpura e a da água torna-se azul.
s
0,02 M. Se ficar amarela deve mudar para vermelha pela
adição de, no máximo, 0,1 mL de ácido sulfúrico 0,04 M.
ROTULAGEM ROTULAGEM
Observar a legislação vigente. Observar a legislação vigente.
CLASSE TERAPÊUTICA
SULFATO DE ESTREPTOMICINA PÓ
Adrenérgico (broncodilatador). PARA SOLUÇÃO INJETÁVEL
s
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
pH (5.2.19). 5,0 a 8,0. Determinar após reconstituição com
pH (5.2.19). 4,5 a 7,0. diluente.
s
Constantes físico-químicas.
e diluir, sucessivamente, com a Tampão fosfato de potássio
0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2) de forma a obter solução Faixa de fusão (5.2.2): 150 ºC a 154 ºC, com decomposição.
contendo 1 mg/mL de base. Diluir com a Tampão fosfato
de potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2) de modo a Poder rotatório específico (5.2.8): entre +122° e +129°, em
obter soluções nas faixas de concentrações 2,0 µg/mL, 1,0 solução aquosa a 1% (p/v), em relação à substância anidra
µg/mL e 05 µg/mL. e livre de etanol. Realizar a leitura a 25 °C no comprimento
de onda de 365 nm.
Procedimento: adicionar 20 mL de meio base número 5
em cada placa, esperar solidificar, adicionar 5 mL de
inóculo número 5 e proceder conforme descrito em Ensaio IDENTIFICAÇÃO
microbiológico por difusão em ágar (5.5.3.3.1). Calcular
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
a quantidade, em mg de estreptomicina (C12H39N7O12) no
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
pó para solução injetável, a partir da potência do padrão e
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
das respostas obtidas para a Solução padrão e a Solução
amostra.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes hermeticamente fechados, protegidos da
umidade e à temperatura ambiente.
ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1315
Conteúdo de etanol. Proceder conforme descrito em Injetar replicatas de 20 μL da Solução padrão. A eficiência
Cromatografia a gás (5.2.17.5). Utilizar cromatógrafo a da coluna não é menor que 4000 pratos teóricos/metro.
gás provido de detector de ionização de chama; coluna O fator de retenção para o pico relativo ao indinavir está
cromatográfica de 30 m de comprimento e 0,25 mm de compreendido entre 3 e 6. O fator de cauda não é maior
diâmetro interno, preenchida com polietilenoglicol, com que 2,0.
espessura do filme de 0,25 μm; temperatura da coluna de Procedimento: injetar 20 μL da Solução teste, registrar
45 ºC, temperatura do injetor de 260 ºC e temperatura do os cromatogramas e medir as áreas sob os picos. Não
detector de 280 ºC; utilizar nitrogênio como gás de arraste; considerar os picos relativos aos solventes. A área de
fluxo do gás de arraste de 10 mL/minuto. Ao final de cada qualquer pico individual, exceto a do pico principal, não é
corrida a temperatura da coluna é aumentada para 230 ºC e superior a 0,1% da área total dos picos obtidos. A soma das
mantida por 18 minutos. áreas de todos os picos, exceto a do pico principal, não é
Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 0,2 g superior a 0,5% da área total dos picos obtidos.
da amostra para balão volumétrico de 10 mL, dissolver Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. No máximo
em dimetilsulfóxido e completar o volume com o mesmo 0,001% (10 ppm).
solvente. Homogeneizar.
Água (5.2.20.1). No máximo 1,5%.
s
Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 6,5
mL de etanol absoluto para balão volumétrico de Cinzas sulfatadas (5.2.10). No máximo 0,1%.
100 mL, completar o volume com dimetilsulfóxido e
homogeneizar. Transferir 5 mL da solução resultante para
balão volumétrico de 25 mL e completar o volume com DOSEAMENTO
dimetilsulfóxido. Homogeneizar. Sulfato
Procedimento: injetar, separadamente, 1 μL da Solução Pesar, exatamente, cerca de 0,5 g da amostra, transferir para
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas béquer e dissolver em 60 mL de mistura de metanol e água
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de (50:50). Utilizar eletrodo específico para chumbo e eletrodo
etanol na amostra a partir das respostas obtidas com a de referência adequado. Titular com nitrato de chumbo 0,1
Solução padrão e a Solução amostra. Entre 5,0% e 8,0%. M SV determinando o ponto final potenciometricamente.
Pureza cromatográfica. Proceder conforme descrito Cada mL de nitrato de chumbo 0,1 M SV equivale a 9,604
em Cromatografia a líquido de alta eficiência (5.2.17.4), mg de sulfato.
utilizando cromatógrafo provido de detector ultravioleta Sulfato de indinavir
a 220 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm
de diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
ligada a grupo octadecilsilano (5 μm), mantida à temperatura de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
ambiente; fluxo da fase móvel de 1 mL/minuto. de detector ultravioleta a 260 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
Eluente A: dissolver 0,54 g de fosfato de potássio com sílica quimicamente ligada a grupo octilsilano (5 μm),
monobásico e 2,79 g de fosfato de potássio dibásico em mantida a 40 ºC; fluxo da fase móvel de 1 mL/minuto.
2000 mL de água.
Tampão fosfato de dibutilamônio: dissolver 3 g de ácido
Eluente B: acetonitrila. fosfórico e 1,7 mL de dibutilamina em 900 mL de água.
Diluente: mistura do Eluente A e Eluente B (50:50). Ajustar o pH em (6,5 ± 0,05) com hidróxido de sódio M.
1316 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Fase móvel: mistura de Tampão fosfato de dibutilamônio e B. Responde às reações do íon sulfato (5.3.1.1).
acetonitrila (55:45).
Em recipientes herméticos, protegido da luz. Metais pesados (5.3.2.3). No máximo 0,001% (10 ppm).
s
DOSEAMENTO
Antirretroviral.
Proceder conforme descrito em Titulações complexométricas
(5.3.3.4) para Magnésio. Pesar, exatamente, cerca de 0,45
SULFATO DE MAGNÉSIO g da amostra. Cada mL de edetato dissódico 0,1 M SV
HEPTAIDRATADO equivale a 12,036 mg de MgSO4.
Magnesii sulfas heptahydricus
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
MgSO4.7H2O; 246,47 Em recipientes bem fechados.
sulfato de magnésio heptaidratado; 08168
Sal de magnésio do ácido sulfúrico hidratado (1:1:7)
[10034-99-8] ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 100,5% de
MgSO4, em relação à substância dessecada. CLASSE TERAPEUTICA
IDENTIFICAÇÃO
A. Responde às reações do íon magnésio (5.3.1.1).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1317
ENSAIOS DE PUREZA
s
Solução (2): Dissolver 25 mg de fosfato de codeína em 5
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, ligeiramente
mL da Solução (1), diluir 0,2 mL para 10 mL em mistura
solúvel em etanol, muito pouco solúvel em tolueno, insolúvel
de água e etanol (1:1).
em clorofórmio e éter etílico.
Solução (3): Diluir 0,1 mL da Solução (1) em 20 mL em
Constantes físico-químicas.
mistura de água e etanol (1:1).
Poder rotatório específico (5.2.8): -107° a -110°, em
Solução (4): Diluir 2 mL da Solução (3) em 5 mL em
relação à substância anidra. Determinar em solução a 2%
mistura de água e etanol (1:1).
(p/v) em água.
Solução (5): Diluir 2 mL da Solução (3) em 10 mL em
IDENTIFICAÇÃO mistura de água e etanol (1:1).
O teste de identificação A. pode ser omitido se forem Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
realizados os testes B., C., D., e E. Os testes de identificação secar ao ar. Nebulizar com iodobismutato de potássio
B., C. e D. podem ser omitidos se forem realizados os SR e deixar secar ao ar por 15 minutos. Nebulizar com
testes A. e E. peróxido de hidrogênio 3% (p/v) SR. Qualquer mancha
secundária obtida no cromatograma com a Solução (1),
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da não é mais intensa que a aquela obtida com a Solução
amostra dessecada a 145 °C por uma hora, e dispersa (2) (0,5%). Qualquer mancha secundária obtida com a
em brometo de potássio, apresenta máximo de absorção Solução (1) não pode ser mais intensa do que a obtida
somente nos mesmos comprimentos de onda e com as com a Solução (3) (0,5%) e não mais que duas manchas
mesmas intensidades relativas daqueles observados no podem ser mais intensas do que a obtida com a Solução
espectro de sulfato de morfina SQR, preparado de maneira (4) (0,2%). O teste não é válido a não ser que a mancha
idêntica. obtida no cromatograma com a Solução (2) mostre duas
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 250 nm a 300 nm, da solução amostra a 0,01% (p/v)
1318 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
s
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
de sulfato de morfina SQR na Fase móvel, de modo a se
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
obter solução contendo 0,24 mg/mL. Meio de dissolução: tampão fosfato pH 6,5, 900 mL
Os tempos de retenção relativos são cerca de 1,0 minuto Aparelhagem: pás, 50 rpm
para o sulfato de morfina. O desvio padrão relativo para as
áreas de replicatas dos picos registrados não é maior que Tempo: 45 minutos
2,0%.
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
Procedimento: injetar, separadamente, 25 mL da Solução dissolução e filtrar. Proceder como descrito no método B. de
amostra e da Solução padrão, registrar os cromatogramas Doseamento, salvo que o volume de injeção deverá ser de
e medir a área média dos picos. Calcular o teor de 200 mL. Calcular a quantidade de (C17H19NO3)2.H2SO4.5H2O
(C17H19NO3)2.H2SO4 na solução amostra a partir das dissolvida no meio, comparando os cromatogramas obtidos
respostas obtidas para a Solução padrão e a Solução com o da solução de sulfato de morfina SQR, na concentração
amostra. de 0,0033% (p/v), preparada no mesmo solvente.
ENSAIOS DE PUREZA
ROTULAGEM
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
Observar a legislação vigente.
Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de etanol a 70%
CLASSE TERAPÊUTICA (v/v), tolueno, acetona, amônia 13,5 M (35:35:32,5:2,5)
como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa 50 mL de
Analgésico opióide.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1319
cada uma das soluções recentemente preparadas descritas Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
a seguir. de sulfato de morfina SQR na Fase móvel, de modo a se
obter solução contendo 0,3 mg/mL.
Solução (1): pesar o equivalente a 25 mg de sulfato de
morfina a fim de obter uma solução a 1 mg/mL da amostra O tempo de retenção é cerca de 6 minutos para o sulfato
em etanol. de morfina. O desvio padrão relativo para as áreas de
replicatas dos picos registrados não é maior que 2,0 %.
Solução (2): dissolver quantidade suficiente de sulfato de
codeína SQR na Solução (1) a fim de obter uma solução de
sulfato de codeína a 1 mg/mL. Retirar uma alíquota desta EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
solução e dissolver em etanol, a fim de obter uma solução
Em recipientes protegidos da luz.
de sulfato de codeína a 0,005 mg/mL.
Empregar um dos métodos descritos a seguir. Solução (1): dissolver quantidade exatamente pesada da
s
amostra em mistura de metanol e água (1:1), de modo a se
A. Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir obter solução a 0,05% (p/v).
quantidade de pó equivalente a 0,1 g de sulfato de morfina
para 25 mL de água e 5 mL de hidróxido de sódio M. Solução (2): dissolver quantidade exatamente pesada de
Adicionar 1 g de sulfato de amônio e agitar mecanicamente sulfato de morfina SQR em mistura de metanol e água
até completa dissolução. Se necessário deixar em ultrassom (1:1), de modo a se obter solução a 0,05% (p/v).
por 10 minutos. Adicionar 20 mL de etanol e extrair com
quantidades sucessivas de 40, 20, 20, e 20 mL de uma Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
mistura de clorofórmio e etanol (3:1). Lavar cada extrato secar ao ar. Examinar sob a luz ultravioleta de baixo
com os mesmos 5 mL de água, filtrar e evaporar o solvente comprimento de onda (254 nm). A mancha principal
do filtrado. Dissolver o resíduo obtido em 10 mL de ácido obtida com a Solução (1) corresponde em posição, cor e
clorídrico 0,05 M SV, ferver, resfriar e adicionar 15 mL de intensidade àquela obtida com a Solução (2).
água. Titular o excesso de ácido clorídrico com hidróxido
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
de sódio 0,05 M SV, utilizando vermelho de metila SI,
da Solução amostra obtida no método de Doseamento,
como indicador. Cada mL de ácido clorídrico 0,05 M SV
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
equivale a 18,970 mg de (C17H19NO3)2.H2SO4.5H2O.
C. Evaporar até a secura, em banho-maria, um volume
B. Proceder conforme descrito no método B. de
equivalente a 5 mg de sulfato de morfina. Dissolver o
Doseamento da monografia Sulfato de morfina. Preparar as
resíduo assim obtido em 5 mL de água e adicionar 0,15
soluções como descrito a seguir.
mL de ferricianeto de potássio a 1% (p/v) e 0,05 mL de
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos. cloreto férrico SR. Desenvolve-se cloração cinza azulada,
Dissolver quantidade exatamente pesada de sulfato de que muda rapidamente para azul.
morfina na Fase móvel, de modo a se obter solução
D. Responde às reações do íon sulfato (5.3.1.1).
contendo 0,3 mg/mL.
CARACTERÍSTICAS
1320 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
ROTULAGEM
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
Observar a legislação vigente.
pH (5.2.19). 2,5 a 6,5.
SULFATO DE NEOMICINA
ENSAIO DE PUREZA
Neomycini sulfas
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito no
teste de Substâncias relacionadas da monografia de Sulfato
de morfina comprimidos. Aplicar, separadamente, à placa
10 mL de cada uma das soluções recentemente preparadas
descritas a seguir.
s
Pirogênio (5.5.2.1). Cumpre o teste. DESCRIÇÃO
Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). Cumpre o teste. No Características físicas. Pó cristalino, branco amarelado,
máximo 14,29 EU/mg de sulfato de morfina. higroscópico.
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada A. Proceder conforme descrito em Cromatografia em
de sulfato de morfina SQR na Fase móvel, de modo a obter camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel H, como
uma solução com concentração final de 0,25 mg/mL. suporte, e mistura de metanol, hidróxido de amônio,
clorofórmio e água (6:3:2:1), como fase móvel. Aplicar,
separadamente, à placa, 5 μL de uma das soluções,
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO recentemente preparadas, descritas a seguir.
Em recipientes de vidro tipo I, em local fresco e protegido Solução (1): preparar solução a 20 mg/mL da amostra em
da luz. Evitar congelamento. água.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1321
Solução (2): preparar solução a 20 mg/mL de sulfato de Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
neomicina SQR em água. secar entre 100 ºC e 105 ºC por 10 minutos e nebulizar
com ninidrina etanólica acética SR. Aquecer entre 100 ºC
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, secar ao e 105 ºC por 15 minutos. A mancha principal obtida com
ar quente. Nebulizar a placa com ninidrina a 1% (p/v) em a Solução (1) corresponde em posição, cor e intensidade
1-butanol e aquecer a 105 ºC por dois minutos. A mancha àquela obtida com a Solução (4). A mancha com Rf
principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição, menor (impureza neomicina C) do que a mancha principal
cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2). não é mais intensa que aquela obtida com a Solução (2)
(15%), mas é mais intensa que a mancha principal obtida
B. A Solução (1) obtida no método A. de Identificação a 5%
com a Solução (3) (3%). O teste somente é válido se o
(p/v) em água responde às reações do íon sulfato (5.3.1.1).
cromatograma obtido com Solução (4) apresentar mancha
com Rf menor que o da mancha principal.
ENSAIOS DE PUREZA
Sulfato. Dissolver, exatamente, cerca de 0,25 g de amostra
pH (5.2.19). 5,0 a 7,5. Determinar em solução aquosa a em 100 mL de água e ajustar para pH 11,0 com solução
1% (p/v). concentrada de amônia. Adicionar 10 mL de cloreto de
bário 0,1 M SV e aproximadamente 0,5 mg de púrpura de
Substâncias relacionadas 1. Proceder conforme descrito ftaleína. Titular com edetato dissódico 0,1 M SV. Adicionar
em Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), 50 mL de etanol quando a coloração começar a mudar e
utilizando sílica-gel G, como suporte, e mistura de cloreto continuar a titulação até a coloração violeta-azulada
de metileno, hidróxido de amônio e metanol (10:20:20), desaparecer. Efetuar ensaio em branco e fazer correções
como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 5 μL de necessárias. Cada mL de cloreto de bário 0,1 M SV equivale
cada uma das soluções, recentemente preparadas, descritas a 9,606 mg de sulfato (SO4). Contém, no mínimo 27% e,
a seguir. no máximo, 31% de sulfato (SO4), em relação à substância
Solução (1): preparar solução a 25 mg/mL da amostra em dessecada.
água. Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,1 g
Solução (2): preparar solução a 0,5 mg/mL de neamina da amostra. Dessecar em estufa a vácuo a 60 °C, à uma
SQR em água. pressão que não exceda 5 mm de mercúrio, durante três
horas. No máximo 8,0%.
Solução (3): misturar a 0,5 mL da Solução (1) com 0,5 mL
da Solução (2). Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1,0 g da
amostra. No máximo 1%.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar entre 100 ºC e 105 ºC por 10 minutos. Nebulizar com
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
s
solução de cloreto estanoso e ninidrina e aquecer a 100
ºC por 15 minutos. Nebulizar novamente com a mesma Sulfato de neomicina estéril, a amostra cumpre com os
solução e aquecer a 110 ºC por 15 minutos. Qualquer testes de Esterilidade e Endotoxinas bacterianas. Sulfato
mancha correspondente à neamina obtida na cromatografia de neomicina a ser esterilizada durante o processo de
com a Solução (1) não é mais intensa que aquela obtida preparação de formas farmacêuticas parenterais, a amostra
com a Solução (2) (2%). O teste somente é válido se o cumpre o teste de Endotoxinas bacterianas.
cromatograma obtido com a Solução (3) apresentar duas
manchas principais bem definidas. Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Empregar método
de filtração por membrana.
Substâncias relacionadas 2. Proceder conforme descrito
em Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 1,30 UE/
utilizando sílica-gel G, como suporte, e mistura de metanol mg de neomicina.
e cloreto de sódio 20% (p/v) (20:80), como fase móvel.
Aplicar, separadamente, à placa, 5 μL de cada uma das DOSEAMENTO
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico por
Solução (1): preparar solução a 8 mg/mL da amostra em difusão em ágar (5.5.3.3.1), utilizando cilindros.
água.
Micro-organismo: Staphylococcus epidermidis ATCC
Solução (2): preparar solução a 1,2 mg/mL de sulfato de 12228 ou Staphylococcus aureus ATCC 6538P.
framicetina SQR em água.
Meios de cultura: solução fisiológica estéril para
Solução (3): misturar 5 mL da Solução (2) com 25 mL de padronização de inóculo e meio de cultura número 11 para
água. camada base e para preparação do inóculo.
Solução (4): preparar solução a 8 mg/mL de sulfato de Solução amostra: pesar, exatamente, o equivalente a 25
neomicina SQR em água. mg de neomicina e transferir para balão volumétrico de
25 mL com auxílio de Tampão fosfato de potássio 0,1 M,
estéril, pH 8,0 (Solução 2). Completar o volume com o
1322 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
mesmo solvente e homogeneizar. Diluir, sucessivamente, Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 100,5% de
até concentração de 0,5 μg/mL, 1 μg/mL e 2 μg/mL, (C10H15NO)2.H2SO4, em relação à substância dessecada.
utilizando a solução 2 como diluente, quando utilizar
o micro-organismo Staphylococcus epidermidis ATCC
DESCRIÇÃO
12228 ou até concentração de 5 µg/mL, 10 µg/mL e 20 µg/
mL, utilizando Solução 2 como diluente, quando utilizar Características físicas. Pó cristalino branco.
o micro-organismo Staphylococcus aureus ATCC 6538P.
Solubilidade. Ligeiramente solúvel em água, facilmente
Solução padrão: pesar, exatamente, o equivalente a 25 mg solúvel em etanol e éter etílico.
de neomicina SQR e transferir para balão volumétrico de
25 mL com auxílio da Solução 2. Completar o volume com Constantes físico-químicas.
o mesmo solvente e homogeneizar. Diluir, sucessivamente,
até concentrações de 0,5 μg/mL, 1 μg/mL e 2 μg/mL, Faixa de fusão (5.2.2). 174 ºC a 179 ºC.
utilizando a Solução 2 como diluente, quando utilizar Poder rotatório específico (5.2.8). +56,0º a +59,0º, em
o micro-organismo Staphylococcus epidermidis ATCC relação à substância dessecada. Determinar em solução a
12228 ou até concentração de 5 µg/mL, 10 µg/mL e 20 µg/ 5 % (p/v) em água.
mL, utilizando Solução 2 como diluente quando utilizar o
micro-organismo Staphylococcus aureus ATCC 6538P.
IDENTIFICAÇÃO
Procedimento: adicionar 20 mL de meio de cultura número
11 em cada placa, esperar solidificar, adicionar 5 mL de A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
inóculo a 1% e proceder conforme descrito em Ensaio amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
microbiológico por difusão em ágar (5.5.3.3.1). Calcular de potássio, apresenta máximos de absorção somente
o teor em μg de neomicina na amostra a partir da potência nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
do padrão e das respostas obtidas para a Solução padrão e intensidades relativas daqueles observados no espectro
com a Solução amostra. de sulfato de pseudoefedrina SQR, preparado de maneira
idêntica.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 200 a 400 nm, de solução a 0,05% (p/v) em água, exibe
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. Quando máximo em 257 nm, calculado como substância dessecada
a substância é destinada à produção de parenterais, o não diferindo em mais de 3%.
rótulo deve indicar se o produto é estéril ou se deve ser
esterilizado durante o processo. C. Responde às reações do íon sulfato (5.3.1.1).
s
ROTULAGEM ENSAIOS DE PUREZA
Observar a legislação vigente. pH (5.2.19). 5,0 a 6,5. Determinar em solução aquosa a
5% (p/v).
CLASSE TERAPÊUTICA Metais pesados (5.3.2.3). Tratar uma solução de 1 g da
mostra em 20 mL de etanol a 50% (v/v) com 5 mL de
Antibiótico.
solução de hidróxido de sódio a 5% (p/v) e cinco gotas de
sulfeto de sódio SR. Utilizar Solução padrão de chumbo
(10 ppm Pb) no preparo do padrão. No máximo 0,001%
SULFATO DE PSEUDOEFEDRINA (10 ppm).
Pseudoephedrini sulfas
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 2 g da
amostra, e estufa a 105 ºC, sob pressão reduzida, por 2
horas. No máximo 2,0%.
DOSEAMENTO
Dissolver 0,15 g da amostra em 50 mL de ácido acético
glacial e titular com ácido perclórico 0,1 M SV. Determinar
o ponto final potenciometricamente. Realizar ensaio em
(C10H15NO)2.H2SO4; 428,54
branco e fazer os ajustes necessários. Cada mL de ácido
sulfato de pseudoefedrina; 07522
perclórico 0,1 M SV equivale a 42,854 mg de sulfato de
Sulfato de (αS)-α-[(1S)-1-(metilamino)etil]-
pseudoefedrina (C10H15NO)2.H2SO4.
benzenometanol (1:2)
[7460-12-0]
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1323
Descongestionante.
ENSAIOS DE PUREZA
Aspecto da solução. A solução a 1% (p/v) em água isenta
SULFATO DE SALBUTAMOL de dióxido de carbono é límpida (5.2.25).
Salbutamoli sulfas
Acidez ou alcalinidade. Transferir 0,25 g da amostra
para balão volumétrico de 25 mL e completar o volume
com água livre de dióxido de carbono. Adicionar a 10
mL dessa solução, 0,15 mL de vermelho de metila SI e
0,2 mL de hidróxido de sódio 0,01 M. A solução torna-se
amarela. Não mais que 0,4 mL de ácido clorídrico 0,01 M
é necessário para mudar a cor para vermelho.
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de Solução (1): dissolver quantidade exatamente pesada da
(C13H21NO3)2.H2SO4, em relação à substância anidra. amostra em metanol e diluir com o mesmo solvente, de
modo a obter solução a 20 mg/mL.
DESCRIÇÃO
Solução (2): dissolver quantidade exatamente pesada de
Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase sulfato de salbutamol SQR em metanol e diluir com o
s
branco. mesmo solvente, de modo a obter solução a 0,1 mg/mL.
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, pouco solúvel Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
em etanol, éter etílico e clorofórmio. secar ao ar. Expor aos vapores de iodo. Qualquer mancha
secundária obtida no cromatograma com a Solução (1),
Constantes físico-químicas. diferente da mancha principal, não é mais intensa que
Faixa de fusão (5.2.2): 157 °C a 158 °C. aquela obtida com a solução (2) (0,5%) e a soma das
intensidades de todas as manchas secundárias presentes
não é maior que 2,0%.
IDENTIFICAÇÃO
Água (5.2.20.1). No máximo 0,5%.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos No máximo 0,1%.
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de sulfato de salbutamol SQR, DOSEAMENTO
preparado de maneira idêntica.
Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 0,9 g da
de 230 nm a 400 nm, de solução da amostra a 0,008% (p/v) amostra, transferir para erlenmeyer de 250 mL e dissolver
em ácido clorídrico 0,1 M, exibe máximo de absorção em em 50 mL de ácido acético glacial. Adicionar duas gotas de
aproximadamente 276 nm. A absorvância em 276 nm é de azul de oracet B SI e titular com ácido perclórico 0,1 M SV.
0,44 a 0,51. Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias.
C. Dissolver 10 mg da amostra em 50 mL de tetraborato Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 57,670
sódico a 2% (p/v). Adicionar 1 mL de 4-aminoantipirina a mg de (C13H21NO3)2.H2SO4.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
1324 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
s CARACTERÍSTICAS
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
Observar a legislação vigente.
SULFATO DE SÓDIO
pH (5.2.19). 3,3 a 5,0. Natrii sulfas
s
Cobre. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
A massa de sulfato de bário obtida multiplicado por 0,6086
de absorção atômica (5.2.13.1), utilizar o Método II.
representa o equivalente de Na2SO4.
Transferir 2 g da amostra para balão volumétrico de 100
mL, dissolver em ácido nítrico a 5% (v/v) e completar o
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO volume com o mesmo solvente. Paralelamente, transferir
0,393 g de sulfato cúprico pentaidratado para balão
Em recipientes herméticos, com temperatura não superior volumétrico de 100 mL, dissolver em água e completar o
a 30 °C. volume com o mesmo solvente, obtendo solução padrão de
cobre (1000 ppm Cu). Diluir essa solução em ácido nítrico
ROTULAGEM a 5% (v/v), de modo a obter as soluções padrão. Medir
as absorvâncias das soluções em 324,7 nm. No máximo
Observar a legislação vigente. 0,005% (50 ppm).
s
Dissolver, exatamente, cerca de 0,5 g da amostra em
mistura de água e ácido sulfúrico M (30:20). Titular com ROTULAGEM
sulfato cérico amoniacal 0,1 M SV, utilizar ferroína SI
Observar a legislação vigente. No rótulo devem estar
como indicador. Cada mL de sulfato cérico amoniacal 0,1
especificadas as quantidades de sulfato ferroso (FeSO4) e
M SV equivale a 15,190 mg de FeSO4.
de ferro elementar (Fe) por comprimido.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
SULFATO FERROSO HEPTAIDRATADO
Em recipientes bem fechados. Ferrosi sulfas heptahydricus
s
água a 35 mL. Proceder conforme descrito em Método para 40 mL e homogeneizar. Para o preparo do padrão,
espectrofotométrico, Método I. No máximo 0,0003% (3 transferir 15 mL da Solução A para tubo de Nessler de 50
ppm). mL, diluir para 25 mL com água, ajustar o pH entre 3,0
e 4,0 com hidróxido de amônio 6 M ou ácido acético M,
Cloretos (5.3.2.1). Determinar em 1,2 g da amostra, adicionar 2 mL de tampão acetato pH 3,5, 3 mL de Solução
utilizando 1 mL de ácido clorídrico padrão (HCl 0,01 M padrão de chumbo (10 ppm Pb), diluir para 40 mL com
SV), para o preparo do padrão. No máximo 0,03% (300 água e homogeneizar. Adicionar ao padrão e à amostra 10
ppm). mL de sulfeto de hidrogênio SR, completar os volumes com
água e homogeneizar. Deixar em repouso por 2 minutos.
Íon férrico. Transferir 5 g da amostra para erlenmeyer com
Observar os tubos de cima para baixo, sobre fundo branco.
tampa e dissolver com mistura de 10 mL de ácido clorídrico
Qualquer coloração castanha desenvolvida na preparação
e 100 mL de água isenta de dióxido de carbono. Adicionar
amostra não é mais intensa que a desenvolvida na
3 g de iodeto de potássio, tampar e deixar em repouso ao
preparação padrão. No máximo 0,005% (50 ppm).
abrigo da luz por 5 minutos. Titular o iodo liberado com
tiossulfato de sódio 0,1 M SV utilizando, como indicador,
0,5 mL de amido SI, adicionado próximo ao ponto final. DOSEAMENTO
Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias.
No máximo 4,5 mL de tiossulfato de sódio 0,1 M SV são Dissolver, exatamente, cerca de 0,5 g da amostra em
gastos na titulação (0,5%). mistura de 25 mL de ácido sulfúrico M e 25 mL de água
isenta de dióxido de carbono. Adicionar 2 gotas de ferroína
Manganês. Dissolver 1 g da amostra em 40 mL de água, SI e titular imediatamente com sulfato cérico amoniacal
adicionar 10 mL de ácido nítrico e aquecer à ebulição 0,1 M SV até viragem de laranja-avermelhado para verde
até o desprendimento de vapores vermelhos. Adicionar pálido. Cada mL de sulfato cérico amoniacal 0,1 M SV
0,5 g de peroxidissulfato de amônio e aquecer à ebulição equivale a 27,801 mg de sulfato ferroso heptaidratado
por 10 minutos. Eliminar qualquer coloração rósea (FeSO4.7H2O) e a 5,585 mg de ferro elementar (Fe).
que eventualmente se forme adicionando, gota a gota,
solução de sulfito de sódio a 5% (p/v). Aquecer à ebulição
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
até desaparecimento do odor de dióxido de enxofre.
Adicionar 10 mL de água, 5 mL de ácido fosfórico e 0,5 Em recipientes bem fechados.
g de periodato de sódio, aquecer à ebulição por 1 minuto
1328 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
ROTULAGEM
SULFETO DE SELÊNIO
Observar a legislação vigente.
Selenii disulfidum
CLASSE TERAPÊUTICA
SeS2; 143,09
Antianêmico. Se; 78,96
sulfeto de selênio; 08182
Sulfeto de selênio
SULFATO FERROSO SOLUÇÃO ORAL [7488-56-4]
CARACTERÍSTICAS IDENTIFICAÇÃO
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
A. Ferver 50 mg de amostra com 5 mL de ácido nítrico
pH (5.2.19). 1,8 a 5,3. por 30 minutos. Diluir a 50 mL com água e filtrar. Para
cada 5 mL do filtrado adicionar 10 mL de água e 5 g de
ureia. Aquecer até fervura, deixar esfriar e adicionar 2
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA mL de solução de iodeto de potássio a 0,8% (p/v). Uma
coloração amarela é produzida e escurece rapidamente
Contagem do número total de micro-organismos
(presença se selênio). Esta solução é utilizada para o teste
mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
B. de Identificação.
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
B. Deixar a solução obtida no teste A. de Identificação em
Cumpre o teste.
repouso por 10 minutos e filtrar. O filtrado obtido responde
s
às reações do íon sulfato (5.3.1.1).
DOSEAMENTO
Transferir volume, exatamente medido, da solução oral ENSAIOS DE PUREZA
equivalente a cerca de 0,125 g de ferro elementar (Fe) para
Compostos de selênio solúveis. Proceder conforme
erlenmeyer, adicionar 80 mL de água isenta de dióxido de
descrito em Espectrofotometria de absorção no visível
carbono e 20 mL de ácido sulfúrico M. Adicionar duas gotas
(5.2.14).
de ferroína SI e titular imediatamente com sulfato cérico
amoniacal 0,1 M SV até viragem de laranja-avermelhado Solução amostra: pesar 10 g de amostra, adicionar 100
para verde-pálido. Cada mL de sulfato cérico amoniacal mL de água e mexer. Deixar sob agitação constante por
0,1 M SV equivale a 5,585 mg de ferro elementar (Fe). uma hora e filtrar. Para cada 10 mL do filtrado adicionar
2 mL de ácido fórmico, completar para 50 mL com água e
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO ajustar, com ácido fórmico, o pH em 2,5 ± 0,5. Adicionar
2 mL de 3,3’-tetraidrocloreto de diaminobenzidina SR.
Em recipientes bem fechados. Proteger da luz. Deixar em repouso por 45 minutos e ajustar, com amônia
6 M, o pH entre 6,5 ± 0,5. Agitar a solução por um minuto
com 10 mL de tolueno e permitir a separação das fases.
ROTULAGEM Descartar a fase aquosa.
Observar a legislação vigente. No rótulo devem
Solução padrão: utilizar 10 mL de uma solução de ácido
estar especificadas as quantidades de sulfato ferroso
selenioso contendo 0,5 µg/mL de selênio. Proceder
heptaidratado (FeSO4.7H2O) e de ferro elementar (Fe) por
conforme a preparação da solução amostra a partir da
mililitro da solução oral.
adição de 2 mL de ácido fórmico.
s
[7757-83-7] 10 mL da solução obtida em Aspecto da solução.
Proceder conforme descrito em Ensaio limite para ferro,
empregando 10 mL de Solução padrão de ferro (1 ppm de
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 100,5% de
Fe). No máximo 0,001% (10 ppm).
Na2SO3.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Transferir
DESCRIÇÃO 20 mL da solução obtida em Aspecto da solução para tubo
de Nessler de 50 mL. Completar o volume a 25 mL com
Características físicas. Pó branco e inodoro. água e proceder conforme descrito em Ensaio limite para
metais pesados. No máximo 0,001% (10 ppm).
Solubilidade. Facilmente solúvel em água e muito pouco
solúvel em etanol.
DOSEAMENTO
IDENTIFICAÇÃO Pesar, exatamente, cerca de 0,25 g da amostra e transferir
para erlenmeyer contendo 50 mL de iodo 0,05 M SV. Agitar
A. A solução a 5% (p/v) responde às reações do íon sódio até completa dissolução. Titular o excesso de iodo com
(5.3.1.1). tiossulfato de sódio 0,1 M SV, utilizando 1 mL de amido
SI, como indicador. Realizar ensaio em branco. Cada mL
B. A solução a 0,9% (p/v) responde às reações do íon
de iodo 0,05 M SV equivale a 6,302 mg de Na2SO3.
sulfito (5.3.1.1).
ENSAIOS DE PUREZA
1330 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados.
ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
CATEGORIA
Antioxidante.
s
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1331
DESCRIÇÃO ROTULAGEM
Características físicas. Pó branco ou incolor, cristalino. Observar a legislação vigente.
Solubilidade. Facilmente solúvel em água.
CLASSE TERAPÊUTICA
IDENTIFICAÇÃO Antiparasitário
A. Dissolver uma pequena quantidade de um sal de tartarato
em duas gotas de periodato de sódio a 5% (p/v). Adicionar
TARTARATO DE ANTIMÔNIO E SÓDIO
uma gota de ácido sulfúrico 0,5 M e após 5 minutos,
adicionar algumas gotas de ácido sulfuroso, seguido de
t
algumas gotas de fucsina descorada SR. Ocorre formação
de coloração rosa em 15 minutos.
C8H4Na2O12Sb2; 581,61
ENSAIOS DE PUREZA tartarato de antimônio e sódio; 09845
Acidez ou alcalinidade. Dissolver 1 g de amostra em 50 bis[μ-[(2R,3R)-2,3-Di(hidroxi-κO)butanodioato(4-)-
mL de água livre de compostos orgânicos e titular com κO1:κO4]]di-antimonato(2-) de sódio (1:2)
ácido clorídrico 0,01 M ou com hidróxido de sódio 0,01 M [34521-09-0]
em pH 4,5. Não é necessário mais que 2 mL.
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de
C8H4Na2O12Sb2 em relação à substância dessecada.
1332 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
DESCRIÇÃO IDENTIFICAÇÃO
Características físicas. Pó branco ou incolor, cristalino. A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir quantidade
de pó equivalente a 40 mg de tartarato de metoprolol para
Solubilidade. Facilmente solúvel em água. funil de separação. Adicionar 25 mL de água e 4 mL de
hidróxido de amônio diluído (1:3). Extrair com 20 mL de
IDENTIFICAÇÃO clorofórmio, filtrando o extrato clorofórmio obtido através
de sulfato de sódio anidro previamente umedecido com
A. Dissolver uma pequena quantidade de um sal de tartarato clorofórmio. Evaporar o clorofórmio até secura, congelar o
em duas gotas de periodato de sódio a 5% (p/v). Adicionar resíduo a -18 °C por 30 minutos e deixar atingir a temperatura
uma gota de ácido sulfúrico 0,5 M e após 5 minutos, ambiente. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14)
adicionar algumas gotas de ácido sulfuroso, seguido de do resíduo, disperso em brometo de potássio, apresenta
algumas gotas de fucsina descorada SR. Ocorre formação máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de coloração rosa em 15 minutos. de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de tartarato de metoprolol SQR,
B. Responde às reações do íon antimônio (5.3.1.1). preparado de maneira idêntica.
C. Responde às reações do íon sódio (5.3.1.1). B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14) da
solução amostra obtida no método A. de Doseamento,
ENSAIOS DE PUREZA exibe máximos e mínimos idênticos aos observados no
espectro da solução de tartarato de metoprolol SQR.
Acidez ou alcalinidade. Dissolver 1 g de amostra em 50
mL de água livre de dióxido de carbono e titular com ácido
clorídrico 0,01 M ou com hidróxido de sódio 0,01 M em CARACTERÍSTICAS
pH 4,5. Não é necessário mais que 2 mL. Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Arsênio (5.3.2.5). Pesar 0,375 g de amostra e prosseguir Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
conforme descrito em Ensaio limite para arsênio, Método
II. No máximo 0,0008% (8 ppm). Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
Chumbo (5.3.2.12). No máximo 0,002% (20 ppm). Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 2 g de Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
amostra. Dessecar em estufa, a 105 °C até peso constante.
No máximo 6%.
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
t
aparecimento de coloração azul persistente. Cada mL de Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
iodo 0,1 M SV equivale a 14,54 mg de C8H4Na2O12Sb2. dissolução, filtrar e diluir no Meio de dissolução até
concentração adequada. Medir as absorvâncias em 275
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO nm (5.2.14), utilizando o Meio de dissolução para ajuste
do zero. Calcular a quantidade de (C15H25NO3)2.C4H6O6
Em recipientes bem fechados. dissolvida no meio, comparando as leituras obtidas com a
da solução de tartarato de metoprolol SQR na concentração
de 0,01% (p/v), preparada no meio de dissolução.
ROTULAGEM
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
Observar a legislação vigente.
declarada de (C15H25NO3)2.C4H6O6 se dissolvem em 30
minutos.
CLASSE TERAPÊUTICA
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
TARTARATO DE METOPROLOL Contagem do número total de micro-organismos
COMPRIMIDOS mesófilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
DOSEAMENTO
TARTARATO DE POTÁSSIO E SÓDIO
Empregar um dos métodos descritos a seguir. Kalii natrii tartras
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente a
75 mg de tartarato de metoprolol para balão volumétrico
de 200 mL e adicionar 150 mL de etanol absoluto.
Homogeneizar e deixar em banho de ultrassom por 15
minutos. Completar o volume com etanol absoluto, C4H4KNaO6; 210,16
homogeneizar e filtrar. Transferir 20 mL do filtrado para C4H4KNaO6.4H2O; 282,22
balão volumétrico de 50 mL, completar o volume com tartarato de potássio e sódio; 09846
etanol absoluto e homogeneizar. Preparar solução padrão Sal de sódio e potássio do ácido (2R,3R)-2,3-
nas mesmas condições. Medir as absorvâncias das soluções diidroxibutanodióico (1:1:1)
em 274 nm, utilizando etanol absoluto para ajuste do [304-59-6]
zero. Calcular a quantidade de (C15H25NO3)2.C4H6O6 nos Sal de sódio e potássio do ácido (2R,3R)-2,3-
comprimidos, a partir das leituras obtidas. diidroxibutanodióico hidratado (1:1:1:4)
[6381-59-5]
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de Contém no mínimo, 99,0% e no máximo 102,0% de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada C4H4KNaO6 calculado na base anidra.
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (3
µm a 10 µm), mantida à temperatura ambiente; fluxo da DESCRIÇÃO
Fase móvel de 1,0 mL/minuto.
Características físicas. Pó cristalino branco ou incolor,
Fase móvel: dissolver 961 mg de 1-pentanossulfonato de cristais transparentes.
sódio monoidratado e 82 mg de acetato de sódio anidro
em uma mistura de 550 mL de metanol e 470 mL de água, Solubilidade. Muito solúvel em água, praticamente
adicionar 0,57 mL de ácido acético glacial e homogeneizar. insolúvel em etanol.
t
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de tartarato de metoprolol SQR em Diluente, de modo a
obter solução a 1 mg/mL. Diluir até a concentração de 0,5 ENSAIOS DE PUREZA
mg/mL, utilizando Fase móvel como solvente. Acidez ou alcalinidade. Dissolver 5 g da amostra em 100
Procedimento: injetar, separadamente, 20 mL das Soluções mL de água. A 5 mL dessa solução adicionar 0,1 mL de
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as áreas fenolftaleína SI. São necessários no máximo, 0,5 mL de
sob os picos. Calcular a quantidade de (C15H25NO3)2.C4H6O6 ácido clorídrico 0,01 M ou de hidróxido de sódio 0,01 M
nos comprimidos a partir das respostas obtidas para as Soluções para mudar a cor do indicador.
padrão e amostra. Amônia (5.3.2.6). Em 5 mL da solução obtida no ensaio
Acidez ou alcalinidade realizar Ensaio limite para amônia.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO No máximo 0,004% (40 ppm).
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. Bário e oxalatos. A 5 mL da solução obtida no ensaio
Acidez ou alcalinidade, adicionar 3 mL da sulfato de
cálcio SR. Deixar em repouso por 5 minutos. Qualquer
ROTULAGEM opalescência na preparação não é mais intensa que a obtida
com a mistura de 3 mL de sulfato de cálcio SR e 5 mL de
Observar a legislação vigente.
água destilada.
1334 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Sulfatos (5.3.2.2). Determinar em 4,8 g da amostra. Características físicas. Pó fino, laranja, brilhante e
Utilizar 0,5 mL de ácido sulfúrico padrão. No máximo higroscópico. Solução aquosa amarelada.
0,005% (50 ppm).
Solubilidade. Solúvel em água, metanol e glicerol. Pouco
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No solúvel em etanol. Insolúvel em éter etílico, acetona, óleo
máximo 0,001% (10 ppm) mineral e gorduras.
Observar a legislação vigente Solução (4): diluir a Solução (1) de modo a obter uma
solução a 0,25 mg/mL, com o mesmo diluente.
t
CATEGORIA Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Examinar sob luz ambiente e luz ultravioleta
Catártico. (254 nm). A mancha principal obtida com a Solução (1)
corresponde em posição, cor e intensidade aquela obtida
com a Solução (2). As manchas secundárias obtidas com
TARTRAZINA a Solução (1) não devem ser mais intensas do que aquelas
obtidas com a Solução (3) e a Solução (4).(1%).
duas gotas de nitrato de magnésio a 50% (p/v). Secar sobre Arsênio (5.3.2.5). Utilizar o Método I. Determinar em 1 g
chapa elétrica e retornar à mufla durante 3 a 4 horas, ou até da amostra. No máximo, 0,0001% (1 ppm).
que o resíduo esteja branco, ou amarelado. Em seguida,
resfriar, gotejar 1 a 2 mL de ácido nítrico e 1 mL de água Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. Determinar
e aquecer sobre chapa elétrica até quase secar. Dissolver em 0,5 g da amostra. No máximo, 0,004% (40 ppm).
os nitratos metálicos com 5 mL de água. Se necessário,
centrifugar. Levar ao espectrofotômetro de absorção DOSEAMENTO
atômica, calibrado previamente e realizar a leitura da
concentração de cada um dos metais. No máximo 0,001% Efetuar as diluições como descrito em Identificação, e ler a
(10 ppm) de chumbo, 0,002% (20 ppm) de cobre, 0,025% absorvância no pico máximo em cerca de 426 nm (5.2.14).
(250 ppm) de estanho e 0,005% (50 ppm) de zinco. Calcular o teor do corante pela expressão:
t
p = gramas da amostra usados na precipitação. Tecido 100% algodão, simples, de baixa densidade de
No máximo, 6% de cloretos e sulfatos. fios por centímetro, tipo tela, alvejado (isento de amido,
dextrina, corantes corretivos, azulantes ópticos, álcalis e
Substâncias insolúveis em água. Dissolver 5 g da amostra ácidos), inodoro e insípido.
em 200 mL de água quente (80-90 °C) com agitação.
Resfriar à temperatura ambiente. Filtrar por placa filtrante, A gaze hidrófila purificada é um tecido branco de várias
previamente seca e pesada. Lavar com água fria até que as contagens de fios e pesos, em vários comprimentos e
águas de lavagem se tornem incolores. Secar o filtro com larguras. Na Tabela 1 há designação, para cada tipo
o resíduo em estufa a 120 °C durante quatro horas e pesar. comercial, o número de fios e a respectiva gramatura.
No máximo, 0,5%.
1336 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
t
Calcular a média aritmética das cinco contagens efetuadas do extrato para cápsula de porcelana previamente tarada e
em cada sentido. A média, multiplicada por 10, deve estar evaporar até resíduo em banho-maria.
dentro do intervalo de variação da Tabela 1.
Resíduo após dessecação: Secar o resíduo obtido em
Comprimento. Desdobrar ou desenrolar a amostra, Substâncias solúveis em água em estufa a 105 °C até peso
estender sem esticar e medir o comprimento ao longo da constante. Calcular a porcentagem de resíduo em relação à
linha central, utilizando régua graduada. Deve apresentar massa de amostra inicial. Deve ser no máximo 0,25% do
no mínimo 98% do comprimento declarado. peso inicial.
Largura. Retirar amostra com no mínimo 50 cm de Resíduo após incineração: Incinerar o resíduo obtido em
comprimento, na largura total do tecido e a 1 metro das Resíduo após dessecação em mufla a 600 °C até peso
pontas dos rolos. Medir a largura com o auxílio de régua constante. Calcular a porcentagem de resíduo em relação
graduada, em pelo menos três pontos a intervalos iguais e à massa de amostra inicial. Deve ser no máximo 0,075%
não superiores a 10 cm, distribuídos ao longo da amostra. do peso inicial.
A média das três medidas não deve apresentar diferença
Acidez ou alcalinidade. Cortar a amostra de 10 g de tecido
superior a 1,6 mm da largura escrita no rótulo.
com tolerância de ± 0,1 g. Ferver, moderadamente 250 mL
Gramatura. Cortar três corpos de prova da amostra com de água purificada em um béquer. Imergir a amostra, cobrir
área igual a 100 cm2. Pesar cada corpo de prova em balança o béquer com placa de Petri ou vidro de relógio e ferver
com precisão de 0,001 g. Calcular a média das massas por mais 5 minutos. Mantendo o béquer e o conteúdo
obtidas e multiplicar por 100 para expressar o resultado cobertos, esfriar até a temperatura ambiente. Remover a
amostra com pinça ou tenaz e espremer todo o excesso
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1337
Corantes corretivos. Transferir 10 g da amostra para Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente
percolador. Proceder lentamente à extração com etanol solúvel em cloreto de metileno, solúvel em acetona,
até a obtenção de 50 mL de extrato alcoólico. O percolato, parcialmente solúvel em etanol.
observado sobre fundo branco, em coluna de 20 cm de
altura, pode apresentar leve coloração amarela, mas não Constantes físico-químicas.
t
coloração verde ou azul. Poder rotatório específico (5.2.8): -0,10° a +0,10°, em
relação à substância dessecada. Determinar em solução a
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA 10% (p/v) em cloreto de metileno.
separadamente, à placa, 5 mL de cada uma das soluções, com área menor que 0,2 vezes a área sob o pico principal,
recentemente preparadas, descritas a seguir. obtido no cromatograma com a Solução (2).
Solução (1): dissolver 30 mg da amostra em metanol e Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
diluir a 5 mL com o mesmo solvente. amostra. Dessecar em estufa entre 100 ºC e 105 °C, até
peso constante. No máximo 0,5%.
Solução (2): dissolver 30 mg de terconazol SQR em
metanol e diluir a 5 mL com o mesmo solvente. Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,1%.
Solução (3): dissolver 30 mg de terconazol SQR e 30 mg
de cetoconazol SQR em metanol e diluir a 5 mL com o
mesmo solvente. DOSEAMENTO
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar A. Proceder conforme descrito em Titulação em meio não
secar ao ar e aquecer por 15 minutos. Expor ao vapor de aquoso (5.3.3.5). Dissolver, exatamente, cerca de 0,15 g
iodo até que as manchas apareçam. A mancha principal da amostra em 70 mL de mistura de ácido acético glacial e
obtida com a Solução (1) corresponde em posição, cor metil-etil-cetona (9:1). Titular com ácido perclórico 0,1 M
e intensidade àquela obtida com a Solução (2). O teste SV, determinando o ponto final potenciometricamente, no
somente será válido se o cromatograma obtido com segundo ponto de inflexão. Cada mL de ácido perclórico
a Solução (3) apresentar duas manchas nitidamente 0,1 M SV equivale a 17,749 mg de C26H31Cl2N5O3.
separadas.
B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
C. A 30 mg da amostra, em cadinho de porcelana, de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
acrescentar 0,3 g de carbonato de sódio anidro. Aquecer de detector ultravioleta a 220 nm; coluna de 125 mm de
ao rubro por 10 minutos. Deixar esfriar. Extrair o resíduo comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com 5 mL de ácido nítrico SR e filtrar. Para 1 mL do com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano
filtrado adicionar 1 mL de água. Responde às reações do desativado (5 mm), mantida a temperatura ambiente; fluxo
íon cloreto (5.3.1.1). da Fase móvel de 2 mL/minuto.
t
10 mL e completar o volume com metanol.
Solução amostra: dissolver, exatamente, quantidade da
Solução (3): dissolver 2,5 mg de terconazol SQR e 2 mg amostra em metanol de modo a obter solução a cerca de
de cetoconazol SQR em metanol e diluir a 100 mL com o 0,5 mg/mL. Transferir 5 mL dessa solução para balão
mesmo solvente. volumétrico de 50 mL e completar o volume com metanol,
obtendo solução a 50 µg/mL.
Injetar 20 mL da Solução (3). O tempo de retenção é cerca
de 6 minutos para o cetoconazol e 7,5 minutos para o Solução padrão: dissolver, exatamente, quantidade de
terconazol. A resolução entre os picos de cetoconazol e de terconazol SQR em metanol de modo a obter solução a
terconazol não deve ser menor que 10. Realizar os ajustes cerca de 0,5 mg/mL. Transferir 5 mL dessa solução para
necessários. balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com
metanol, obtendo solução a 50 µg/mL.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 mL de metanol
como branco, 20 mL da Solução (1) e 20 mL da Solução Solução de resolução: dissolver 2,5 mg de terconazol SQR
(2). A área de qualquer pico, obtido no cromatograma com e 2 mg de cetoconazol SQR em metanol e diluir a 100 mL
a Solução (1), com exceção do pico principal, não é maior com o mesmo solvente.
do que a área sob o pico principal, obtido no cromatograma
com a Solução (2) (0,25%). A soma das áreas de todos os Injetar replicatas de 20 μL da Solução de resolução. O
picos, exceto do pico principal, obtidos no cromatograma tempo de retenção é cerca de 6 minutos para o cetoconazol
com a Solução (1), não é maior que o dobro da área sob o e 7,5 minutos para o terconazol. O desvio padrão relativo
pico principal, obtido no cromatograma com a Solução (2) das áreas de replicatas dos picos registrados não é maior do
(0,5%). Desprezar qualquer pico obtido com o branco ou que 2,0%. A resolução entre os picos de cetoconazol e de
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1339
terconazol não deve ser menor que 10. Realizar os ajustes solução padrão na mesma concentração, utilizando o
necessários mesmo solvente. Medir as absorvâncias das soluções
resultantes em 226,6 nm, utilizando ácido clorídrico 0,1 M
Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL das Soluções para ajuste do zero. Calcular a quantidade de C26H31Cl2N5O3
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as no creme, a partir das leituras obtidas.
áreas sob os picos. Calcular o teor de C26H31Cl2N5O3 na
amostra a partir das respostas obtidas com as Soluções B. Por Cromatografia a líquido de alta eficiência (5.2.17.4).
padrão e amostra. Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento
da monografia de Terconazol. Preparar a Solução amostra
como descrito a seguir.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Solução amostra: transferir, exatamente, quantidade de
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
creme equivalente a cerca de 40 mg de terconazol para
balão volumétrico de 100 mL e adicionar 60 mL de ácido
ROTULAGEM clorídrico 0,1 M. Agitar por 30 minutos para dispersar o
creme, completar o volume com metanol e homogeneizar.
Observar a legislação vigente. Filtrar, desprezando os primeiros 5 mL. Transferir 25 mL
do filtrado para balão volumétrico de 50 mL e completar
CLASSE TERAPÊUTICA o volume com metanol, obtendo solução com 200 µg/mL.
Transferir 15 mL dessa solução para balão volumétrico
Antifúngico. de 50 mL e completar o volume com metanol, obtendo
solução a 60 µg/mL.
t
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. N N
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA N S
Contagem do número total de micro-organismos H
mesófilos aeróbicos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
t
sílica-gel HF254, como suporte, e mistura de água, acetona,
ácido acético glacial e tolueno (2,5:10:25:62,5), como fase Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 20 μL de cada uma quantidade declarada de C10H7N3S.
das soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. A eficiência da coluna não deve ser menor que 960 pratos
teóricos. O fator de cauda para o pico do tiabendazol não
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. é maior que 2,0. O desvio padrão relativo das áreas de
Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento. replicatas dos picos registrados não deve ser maior que
2,0%.
DOSEAMENTO Procedimento: injetar, separadamente, 20 mL das Soluções
Empregar um dos métodos descritos a seguir. amostra e padrão, registrar os cromatogramas e medir as
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C10H7N3S nos
A. Proceder conforme descrito Titulações em meio não comprimidos a partir das respostas obtidas para as Soluções
aquoso (5.3.3.5). Pesar e pulverizar 20 comprimidos. padrão e amostra.
Utilizar quantidade do pó equivalente a 0,15 g de
tiabendazol e proceder conforme descrito em Doseamento
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
da monografia de Tiabendazol.
Manter em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente a ROTULAGEM
0,1 g de tiabendazol para balão volumétrico de 100 mL.
Adicionar 75 mL de ácido clorídrico 0,1 M, aquecer em Observar a legislação vigente.
banho-maria, por 15 minutos, agitando ocasionalmente,
esfriar, completar o volume para 100 mL com ácido
clorídrico 0,1 M e filtrar. Transferir 10 mL do filtrado TIABENDAZOL POMADA
para balão volumétrico de 100 mL e completar o volume
com ácido clorídrico 0,1 M. Dessa solução, pipetar 5 mL,
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
transferir para balão volumétrico de 100 mL e completar o
quantidade declarada de C10H7N3S.
volume com o mesmo solvente, obtendo solução a 0,0005%
(p/v). Preparar solução padrão de mesma concentração,
utilizando o mesmo solvente. Medir as absorvâncias das IDENTIFICAÇÃO
soluções em 302 nm, utilizando ácido clorídrico 0,1 M
t
para ajuste do zero. Calcular a quantidade de C10H7N3S nos A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14) na
comprimidos a partir das leituras obtidas. faixa de 200 nm a 400 nm, da solução amostra obtida
em Doseamento, exibe máximo de absorção em 302 nm,
C. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido idêntico ao observado no espectro da solução padrão.
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 300 mm de B. Dispensar quantidade da pomada equivalente a 10 mg de
comprimento e 4,0 mm de diâmetro interno, empacotada tiabendazol em 5 mL de ácido clorídrico M, adicionar 5 mg
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano de cloridrato de dimetil-p-fenilenodiamina e homogeneizar.
(5 mm), mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase Adicionar 0,1 g de zinco em pó, agitar e deixar em repouso
móvel de 2 mL/minuto. por 2 minutos. Adicionar 5 mL de sulfato férrico amoniacal
SR. Desenvolve-se coloração azul intensa ou azul-violeta.
Tampão fosfato pH 3,5: dissolver 13,8 g de fosfato de sódio
monobásico em 2000 mL de água. Ajustar o pH da solução
CARACTERÍSTICAS
com ácido fosfórico para 3,5 ± 0,05.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Fase móvel: mistura de Tampão fosfato pH 3,5 e metanol
(54:46).
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
Transferir quantidade do pó equivalente a 0,2 g de Contagem de micro-organismos viáveis totais
tiabendazol, para um balão volumétrico de 1000 mL, (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
adicionar 100 mL de ácido clorídrico 0,1 M, homogeneizar
1342 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
t
IDENTIFICAÇÃO Calcular a quantidade de C10H7N3S na suspensão oral a
partir das leituras obtidas.
A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14) na faixa de
200 nm a 400 nm, da solução amostra, obtida no método A. de B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
Doseamento, exibe máximo de absorção em 302 nm, idêntico de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
ao observado no espectro de tiabendazol SQR. de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 300 mm de
comprimento e 4 mm de diâmetro interno, empacotada
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, µm), mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel
corresponde àquele do pico principal do cromatograma da de 2,0 mL/minuto.
Solução padrão.
Tampão fosfato pH 3,1: dissolver 13,8 g de fosfato de sódio
C. Transferir para tubo de ensaio, volume de suspensão monobásico monoidratado em 2000 mL de água. Ajustar o
oral equivalente a 50 mg de tiabendazol, adicionar 10 mL pH da solução com ácido fosfórico em 3,10 ± 0,05.
de ácido clorídrico M e agitar energicamente. Transferir
5 mL para tubo de ensaio, adicionar 5 mg de cloridrato Fase móvel: mistura Tampão fosfato pH 3,1 e metanol
de dimetil p-fenilenodiamina e agitar. Adicionar 0,1 g de (65:35).
zinco em pó e agitar. Deixar em repouso por 2 minutos.
Adicionar 5 mL de sulfato férrico amoniacal SR. Produz-se Solução amostra: transferir volume da suspensão oral
coloração azul intensa ou azul-violeta. equivalente a 500 mg de tiabendazol para balão volumétrico
de 250 mL, completar o volume com ácido clorídrico 0,1
M e homogeneizar. Transferir 5 mL dessa solução para
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1343
balão volumétrico de 50 mL, completar o volume com de amido SI e titular com tiossulfato de sódio 0,1 M SV.
água, obtendo solução a 0,2 mg/mL. Homogeneizar. Cada mL de tiossulfato de sódio 0,1 M SV equivale a 12,69
mg de iodo (I).
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de tiabendazol SQR em ácido clorídrico 0,1 M para obter Iodeto de sódio ou iodeto de potássio. Transferir 5 mL
solução a 2 mg/mL. Transferir 5 mL desta solução para da tintura de iodo forte para erlenmeyer contendo 30 mL
balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com de água e adicionar 10 mL de ácido clorídrico. Titular com
água, obtendo solução a 0,2 mg/mL. Homogeneizar. iodato de potássio 0,05 M SV até coloração marrom clara.
Adicionar 5 mL de clorofórmio e continuar a titulação,
Injetar replicatas de 20 μL da Solução padrão. A eficiência agitando vigorosamente até a descoloração da camada
da coluna não é menor que 960 pratos teóricos. O fator clorofórmica. Do volume de iodato de potássio 0,05 M SV
de cauda para o pico do tiabendazol não é superior a 2,0. gasto, subtrair metade do volume de tiossulfato de sódio
O desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos picos 0,1 M SV gasto no ensaio de doseamento para iodo. Cada
registradas não deve ser maior que 2,0%. ml de iodato de potássio 0,05 M SV remanescente equivale
a 16,6 mg de iodeto de potássio (KI) ou a 15,0 mg de iodeto
Procedimento: injetar, separadamente, 20 μL das Soluções
de sódio (NaI).
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C10H7N3S
na suspensão oral a partir das respostas obtidas com as EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Soluções padrão e amostra.
Em recipientes bem fechados, protegidos do calor.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
ROTULAGEM
Em recipientes perfeitamente fechados e ao abrigo do calor
excessivo. Observar a legislação vigente.
t
IDENTIFICAÇÃO B. Evaporar 3 mL da amostra em banho-maria até secura.
O resíduo responde à reação 1 para íon sódio (5.3.1.1) e às
A. Adicionar uma gota de amostra a uma solução de amido reações para iodeto (5.3.1.1).
a 0,2% (p/v). Uma cor azul é produzida.
ENSAIO DE PUREZA
B. Evaporar cerca de 3 mL da amostra em banho-maria
até secura. O resíduo responde a reação 1 do íon sódio Álcool (5.3.3.8). Proceder conforme descrito em
(5.3.1.1). Determinação do Álcool. Entre 44% e 50%.
agitando vigorosamente até a descoloração da camada comprimentos de onda observados no espectro de solução
clorofórmica. Do volume de iodato de potássio 0,05 M similar de tolmetina sódica SQR.
SV gasto, subtrair o volume de tiossulfato de sódio 0,1 M
SV gasto no ensaio de doseamento para iodo. Cada mL C. Pesar 1 g de amostra e dissolver em 20 mL de água.
de iodato de potássio 0,05 M SV remanescente equivale a Responde às reações do íon sódio (5.3.1.1).
15,0 mg de iodeto de sódio (NaI) ou a 16,6 mg de iodeto
de potássio (KI). ENSAIOS DE PUREZA
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
Em recipientes bem fechados, protegidos do calor.
placa coberta com, aproximadamente, 0,25 mm de sílica-
gel, como suporte, e mistura de clorofórmio e ácido acético
ROTULAGEM glacial (95:5) como fase móvel. Aplicar, separadamente,
à placa, 20 µL de cada uma das soluções, recentemente
Observar a legislação vigente. preparadas, descritas a seguir.
t
DESCRIÇÃO do filme de 5 µm; temperatura da coluna de 35 °C a 260 °C
(35 °C mantida durante 5 minutos, aumentada a 175 °C a
Características físicas. Pó cristalino levemente amarelado 8°C por minuto, aumentada a 260 °C a 35 °C e mantida a
ou laranja. esta temperatura por pelo menos 16 minutos), temperatura
do injetor a 70 °C e temperatura do detector a 260 °C;
Solubilidade. Facilmente solúvel em água e em metanol. utilizar hélio como gás de arraste; fluxo do gás de arraste
Pouco solúvel em etanol e muito pouco solúvel em de 1 mL/minuto.
clorofórmio.
Solução amostra: dissolver em 50 mL de água, livre de
compostos orgânicos, exatamente, cerca de 1 g da amostra.
IDENTIFICAÇÃO
Solução padrão: preparar uma solução, em água livre de
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
compostos orgânicos, contendo em cada mililitro, 10 µg de
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
cloreto de metileno, 1 µg de clorofórmio, 2 µg de benzeno,
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
2 µg de dioxana e 2 µg de tricloroetileno.
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de tolmetina sódica SQR, preparado Injetar, separadamente, 1 µL da Solução amostra e
de maneira idêntica. da Solução padrão no cromatógrafo a gás. Obter os
cromatogramas e medir a área sob os picos. Identificar,
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
baseado no tempo de retenção, qualquer pico presente
de 200 nm a 400 nm, de solução a 10 µg/mL (p/v) em
no cromatograma da solução amostra. A presença e a
tampão fosfato M/15 pH 7,0, exibe máximos nos mesmos
identificação dos picos no cromatograma devem ser
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1345
estabelecidas comparando os cromatogramas da Solução em meios de cultura adequados. O limite de floculação (Lf/
amostra e Solução padrão. Limites: benzeno 2 ppm, mL) é avaliado, utilizando a técnica de Ramon.
clorofórmio 50 ppm, dioxana 100 ppm, cloreto de metileno
500 ppm e tricloroetileno 80 ppm. Cumpre o teste. A anatoxina purificada é preparada a partir de uma
coleta individual ou da mistura de coletas individuais de
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método III. Utilizar 1 g anatoxina e, após processo de filtração esterilizante, um
de amostra. No máximo 0,002% (20 ppm). agente conservante pode ser adicionado. Não é permitido
o uso de fenol, pois ele afeta as propriedades antigênicas
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de do produto. A anatoxina purificada é avaliada quanto à
amostra. Dessecar em estufa à vácuo, a 60 °C por 4 horas. concentração de antígeno (Lf/mL), esterilidade e aos testes
Entre 10,4% e 12,4%. que se seguem.
t
O toxoide tetânico é anatoxina tetânica diluída em solução B. Determinar o limite de floculação (Lf/mL) pela técnica
salina tamponada e adsorvida pelo hidróxido de alumínio de Ramon.
ou fosfato de alumínio, podendo conter um conservante. É
uma suspensão opalescente, ligeiramente acastanhada, que C. Atende a um dos testes descritos em Doseamento.
não apresenta grumos ou partículas estranhas.
Alumínio. Proceder conforme descrito na monografia Controle L+/10/50 da toxina tetânica padronizada:
de Vacinas para uso humano. No máximo 1,25 mg/dose distribuir em uma série de tubos de ensaio, volumes
individual humana. É facultado ao produtor a utilização do constantes de antitoxina tetânica de referência, aferida por
resultado obtido no produto antes do envase. padrão internacional, de maneira que o volume a inocular
contenha 0,1 UI. Acrescentar volumes variáveis de toxina
Formaldeído residual. Proceder conforme descrito na tetânica padronizada e igualar os volumes de todos os
monografia de Vacinas para uso humano. No máximo 200 tubos com solução salina tamponada contendo 1% (p/v) de
ppm. É facultado ao produtor a utilização do resultado peptona. Homogeneizar e incubar a 37 ºC por 60 minutos.
obtido no produto antes do envase. Inocular um volume constante de cada diluição, por via
subcutânea, em cada um de dez camundongos albinos
Pureza antigênica. Determinar o teor de nitrogênio suíços de 17 a 22 g. Observar os animais período de 96
protéico (5.3.3.2) e expressar a concentração em mg/ horas após a inoculação.
mL. A pureza antigênica é determinada pela relação da
concentração antigênica em Lf/mL e a concentração de Titulação do soro: distribuir em uma série de tubos de ensaio,
nitrogênio protéico encontrada. O produto apresenta volumes variáveis do soro. Acrescentar volume constante
pureza antigênica de, no mínimo, 1000 Lf/mg de nitrogênio de toxina tetânica padronizada, de maneira que o volume
protéico. a inocular por animal contenha 1 L+/10/50 (limite morte).
Igualar os volumes de todos os tubos com solução salina
Timerosal. Proceder conforme descrito na monografia tamponada contendo 1% (p/v) de peptona. Homogeneizar
de Vacinas para uso humano. No máximo 200 ppm. É e incubar a 37 °C por 60 minutos. Inocular cada mistura,
facultado ao produtor a utilização do resultado obtido no por via subcutânea, no mínimo 10 camundongos albinos
produto antes do envase. suíços de 17 a 22 g. Observar os animais período de 96
horas após a inoculação e registrar o número de vivos em
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA cada mistura. Os valores das doses efetivas médias (DE50)
da amostra e da antitoxina de referência são determinados
Esterilidade (5.5.3.2.1). Proceder conforme descrito na mediante método estatístico comprovado que compreenda
monografia de Vacinas para uso humano. a transformação dos dados obtidos em regressão linear
(Probitos, Logit ou Transformações Angulares). Calcular a
Reversão de toxicidade. Diluir a amostra para 25 Lf/mL atividade imunogênica pela equação:
em solução fisiológica e distribuir em dois frascos. Manter
um dos frascos à temperatura de 4 °C a 8 °C e o outro a 37
°C, por seis semanas. Injetar o conteúdo de cada frasco, por
via subcutânea, em cinco cobaias de 250 a 350 g, sendo o
volume do inóculo de 5 mL por animal. Pesar os animais no em que
1º, 2º, 7º, 14º e 21º dia. Os animais não podem apresentar
AI = atividade imunogênica em UI/mL;
sinais de intoxicação tetânica e devem ganhar de peso.
A = DE50 da antitoxina de referência;
Toxicidade específica. Não diluir a anatoxina se não estiver B = DE50 da amostra;
concentrada. Diluir a amostra em solução fisiológica para
t
C = UI/mL da antitoxina de referência.
100 Lf/mL. Inocular 5 mL da diluição, por via subcutânea,
em cada uma de pelo menos cinco cobaias de 250 a 350 g. No mínimo 2 UI/mL ou 40 UI/dose individual humana. É
Observar os animais por 4 semanas. No mínimo 80% dos facultado ao produtor a utilização do resultado obtido no
animais inoculados têm que sobreviver durante o período produto antes do envase.
de observação, sem apresentar sinais de intoxicação
tetânica. B. Por Desafio em camundongos. Esta determinação
comprova a atividade imunogênica do produto, por
Toxicidade específica. Proceder conforme descrito comparação com um toxoide tetânico de referência aferido
anteriormente para anatoxina tetânica, sendo que a amostra por um padrão internacional. Separar nove grupos de, no
é diluída para 500 Lf/mL e cada cobaia é inoculada com mínimo, 20 camundongos de 11 a 14 g para a realização
volume de 1 mL. do ensaio e um grupo de 12 animais, sem inocular, para
controle da toxina de desafio. Efetuar quatro diluições
DOSEAMENTO da amostra com solução fisiológica, utilizando um fator
de diluição 2. Proceder da mesma forma com o toxoide
A. Por Determinação do título antitóxico em soros de tetânico de referência. Imunizar, por via subcutânea,
animais imunizados com um volume de 0,5 mL de cada diluição da amostra
por animal. Vinte e oito dias após a imunização, diluir a
Imunização e sangria dos animais: inocular 0,75 mL toxina tetânica padronizada em solução salina tamponada
(metade da dose total humana) da amostra, por via contendo 1% (p/v) de peptona, de modo a conter 200
subcutânea, em cada uma de seis cobaias de 450 a 550 g. DL50/mL (dose letal média) e inocular cada camundongo
Seis semanas após a inoculação, coletar 5 mL de sangue de imunizado, por via subcutânea, com um volume de 0,5 mL
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1347
da dose desafio de toxina padronizada. Observar os animais horas após a inoculação e registrar o número de mortos
até 96 horas após a inoculação e registrar o número de em cada diluição. Todos os animais de controle do
vivos em cada diluição. Paralelamente, como controle da desafio inoculados com a diluição 1:50 devem morrer e
dose desafio, efetuar diluições 1:50, 1:100 e 1:200 a partir nenhum dos animais inoculados com a diluição 1:200
da solução de toxina que contém 200 DL50/mL, utilizando deve morrer. Calcular as doses efetivas médias (DE50) da
o mesmo diluente. Inocular 0,5 mL de cada diluição, amostra e do toxoide de referência, utilizando um método
por via subcutânea, no grupo de 12 animais separados, de análise estatístico que compreenda a transformação
divididos em grupo de quatro animais. Observar os dos dados obtidos em regressão linear (Probitos,
animais até 96 horas após a inoculação e registrar o número Logit e transformações angulares). A faixa de resposta
de mortos em cada diluição. Todos os animais de controle (porcentagem de sobrevivência) deve estar compreendida
do desafio inoculados com a diluição 1:50 devem morrer entre 10% e 90%, formando a curva de regressão que deve
e nenhum dos animais inoculados com a diluição 1:200 apresentar uma relação linear. Os limites de confiança não
deve morrer. Calcular as doses efetivas médias (DE50) da devem ser amplos, indicando melhor precisão do ensaio
amostra em teste e do toxoide de referência, utilizando quanto menores forem seus limites. Calcular a atividade
um método de análise estatístico que compreenda a imunogênica equação:
transformação dos dados obtidos em regressão linear
(Probitos, Logit e transformações angulares). A faixa
de resposta (porcentagem de sobrevivência) A faixa de
em que
resposta produzida (porcentagem de sobrevivência) deve
estar entre a maior e a menor diluição utilizada na amostra AI = atividade imunogênica em UI/mL;
teste e padrão formando a curva de regressão que deve A = DE50 da antitoxina de referência;
apresentar uma relação linear. Os limites de confiança não
devem ser amplos, indicando melhor precisão do ensaio B = DE50 da amostra;
quanto menores forem seus limites. Calcular a atividade C = UI/mL da antitoxina de referência.
imunogênica pela equação:
No mínimo 40 UI/dose individual humana. É facultado ao
produtor a utilização do resultado obtido no produto antes
do envase.
em que
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
AI = atividade imunogênica em UI/mL;
Cumpre com o estabelecido na monografia de Vacinas
A = DE50 da antitoxina de referência; para uso humano.
B = DE50 da amostra;
C = UI/mL da antitoxina de referência.
ROTULAGEM
No mínimo 2 UI/mL ou 40 UI/dose individual humana. É
Observar a legislação vigente.
facultado ao produtor a utilização do resultado obtido no
produto antes do envase.
t
a atividade imunogênica do produto, por comparação
com um toxoide tetânico de referência aferido por um
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 120,0% da
padrão internacional. Separar oito grupos de, no mínimo,
quantidade declarada de C20H28O2.
16 cobaias de 250 a 350 g para a realização do ensaio e
um grupo de 12 animais, sem inocular, para controle da
toxina de desafio. Efetuar quatro diluições da amostra IDENTIFICAÇÃO
com solução fisiológica, utilizando um fator de diluição
2. Proceder da mesma forma com o toxoide tetânico de O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
referência. Imunizar, por via subcutânea, com um volume da Solução amostra, obtida no método de Doseamento,
de 1 mL de cada diluição da amostra por animal. Após 28 corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
dias da imunização, diluir a toxina tetânica padronizada em
solução salina tamponada contendo 1% (p/v) de peptona, CARACTERÍSTICAS
de modo a conter 100 DL50/mL e inocular cada cobaia
imunizada, por via subcutânea, com um volume de 1 ml da Determinação de peso (5.1.1.). Cumpre o teste.
dose desafio de toxina padronizada. Observar os animais
até 96 horas após a inoculação e registrar o número de
DOSEAMENTO
vivos em cada diluição. Paralelamente, como controle da
dose desafio, efetuar diluições 1:50, 1:100 e 1:200 a partir Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido de
da solução de toxina que contém 100 DL50/mL, utilizando alta eficiência (5.2.17.4). Manter a amostra e suas soluções
o mesmo diluente. Inocular 1 mL de cada diluição, por via ao abrigo da luz direta. Utilizar cromatógrafo provido
subcutânea, no grupo de 12 animais separados, divididos de detector ultravioleta a 365 nm; coluna de 150 mm de
em grupo de quatro animais. Observar os animais até 96
1348 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
comprimento e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada Solução (1): dissolver uma quantidade de gel equivalente
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (4 mm), a cerca de 1,25 mg de tretinoína em metanol aquecido.
mantida a temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel de 1 mL/ Deixar esfriar a temperatura ambiente. Extrair com três
minuto. porções de 50 mL de hexano. Lavar o extrato com 20 mL
de água e filtrar com sulfato de sódio anidro. Evaporar o
Tampão fosfato: dissolver 1,38 g de fosfato de sódio filtrado até secura, em evaporador rotatório, não excedendo
monobásico em 1000 mL de água. Ajustar o pH para 3,0 a temperatura de 60 °C. Dissolver o resíduo em 5 mL de
com ácido fosfórico diluído. metanol.
Diluente: mistura de água e ácido fosfórico a 10% (v/v) Solução (2): solução a 0,25 mg/mL de tretinoína SQR em
(9:1). metanol.
Fase móvel: mistura de Tampão fosfato e tetraidrofurano Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar secar
(55:45). Realizar os ajustes necessários para que o tempo ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A mancha
de retenção seja de 15 minutos. principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição,
Solução amostra: transferir uma quantidade, exatamente cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2).
pesada, de creme, equivalente a 1 mg de tretinoína para um B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
balão volumétrico âmbar de 50 mL e adicionar 20 mL de de 300 a 450 nm, da solução amostra obtida no método
tetraidrofurano. Agitar para dispersar o creme, completar de Doseamento, exibe máximos e mínimos somente nos
o volume com o mesmo solvente. Homogeneizar e filtrar. mesmos comprimentos de onda, idênticos aos observados
Transferir 5 mL desta solução para um balão volumétrico no espectro da solução padrão.
âmbar de 25 mL e completar o volume com a mistura de
tetraidrofurano e Diluente (3:2). Homogeneizar e filtrar.
CARACTERÍSTICAS
Solução padrão: dissolver uma quantidade, exatamente
pesada, de tretinoína SQR em tetraidrofurano para obter Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
uma solução de concentração 0,4 mg/mL. Realizar
diluições sucessivas desta solução com uma mistura de ENSAIOS DE PUREZA
tetraidrofurano e Diluente (3:2), até obter uma solução de
concentração 4 mg/mL. Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
em Cromatografia a líquido de alta eficiência (5.2.17.4).
Procedimento: injetar, separadamente, 25 mL das Soluções Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir 353 nm; coluna de 150 mm de comprimento e 4,6 mm de
as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C20H28O2 diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
no creme a partir das respostas obtidas para as Soluções ligada a grupo octadecilsilano (10 mm), mantida a
padrão e amostra. O desvio padrão relativo para injeções temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel de 1,4 mL/
em duplicatas deve ser, no máximo, 2,0%. minuto.
t
para Identificação.
ROTULAGEM
Solução (2): diluir 3 mL da Solução (1) com metanol para
Observar a legislação vigente.. 100 mL.
quantidade de C20H28O2 no gel a partir das leituras obtidas. a 0,002% (p/v). O espectro de absorção no ultravioleta
Alternativamente, realizar os cálculos considerando A (5.2.14), na faixa de 230 nm a 350 nm, da solução a 0,002%
(1%, 1 cm) = 1430, em 365 nm, em clorofórmio. (p/v), exibe máximo em 287 nm, idêntico ao observado
no espectro de solução similar de trimetoprima SQR. A
absorção máxima não deve diferir mais de 3%.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
da Solução teste, obtida no método B. de Substâncias
relacionadas, corresponde àquele do pico relativo à
ROTULAGEM trimetoprima da Solução de resolução.
t
etanol e acetona e praticamente insolúvel em éter etílico e Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e secar ao
tetracloreto de carbono. ar. Nebulizar com mistura de 1,9 g de cloreto férrico em
20 mL de água e 0,5 g do ferricianeto de potássio em 10
Constantes físico-químicas. mL de água. Qualquer mancha obtida no cromatograma
da Solução (1) além da mancha principal não deve ser
Faixa de fusão (5.2.2): 199 ºC a 203 ºC. mais intensa que a mancha obtida no cromatograma da
Solução (4) (0,1%) e a soma das intensidades das manchas
IDENTIFICAÇÃO secundárias obtidas no cromatograma da Solução (1)
corresponde a não mais que 0,5%.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra previamente dessecada, dispersa em brometo B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
de potássio, apresenta máximos de absorção somente de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas de detector ultravioleta a 280 nm; coluna de 250 mm de
intensidades relativas daqueles observados no espectro de comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
trimetoprima SQR, preparado de maneira idêntica. com sílica quimicamente ligada a octadecilsilano (5 µm),
mantida a temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel de
B. Transferir cerca de 0,1 g da amostra para balão 1,3 mL/minuto.
volumétrico de 100 mL e adicionar 25 mL de etanol. Deixar
em ultrassom por 10 minutos e completar o volume com Tampão perclorato pH 3,6: dissolver 1,405 g de perclorato
hidróxido de sódio 0,1 M. Transferir 2 mL dessa solução de sódio em 950 mL de água, ajustar o pH em 3,6 com
para balão volumétrico de 100 mL e completar o volume ácido fosfórico e diluir para 1000 mL com água.
com hidróxido de sódio 0,1 M, de modo a obter solução
1350 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Fase móvel: mistura de Tampão perclorato pH 3,6 e No máximo 0,1% de qualquer impureza individual. A
metanol (7:3). Fazer ajustes, se necessário. soma das porcentagens de todas as impurezas presentes
não é maior que 0,2%. Não considerar picos relativos ao
Solução teste: transferir, exatamente, cerca de 25 mg da solvente.
amostra para balão volumétrico de 25 mL com auxilio de
15 mL de Fase móvel. Deixar em ultrassom por 10 minutos Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
e completar o volume com o mesmo solvente. amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC, por 4 horas ou até
peso constante. No máximo 0,5%.
Solução de resolução: dissolver quantidades, exatamente
pesadas, de trimetoprima SQR e de diaveridina em Fase Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
móvel e diluir com o mesmo solvente, de modo a obter No máximo 0,1%.
solução contendo, respectivamente, 10 µg/mL e 5 µg/mL
de cada substância.
DOSEAMENTO
Injetar replicatas de 20 µL da Solução de resolução. A
Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
resolução entre os picos de diaveridina e trimetoprima
aquoso (5.3.3.5). Dissolver 0,3 g da amostra em 60 mL de
SQR não é menor que 2,5. O desvio padrão relativo das
ácido acético glacial. Titular com ácido perclórico 0,1 M
áreas de replicatas dos picos registrados não é maior que
SV. Determinar o ponto final potenciometricamente. Cada
2,0%.
mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 29,032 mg de
Procedimento: injetar 20 µL da Solução teste, registrar C14H18N4O3.
o cromatograma por, no mínimo, 11 vezes o tempo de
retenção do pico principal e medir as áreas sob os picos. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Calcular a porcentagem de cada impureza na amostra
segundo a equação. Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
t
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1351
ENSAIOS DE PUREZA
UREIA
Ureum Resíduo insolúvel em etanol. Dissolver 5 g da amostra
em 50 mL de etanol levemente aquecido. Se algum resíduo
insolúvel for observado, filtrar a solução em papel de filtro
O tarado. Lavar o resíduo e o papel de filtro com 20 mL de
etanol levemente aquecido e dessecar em estufa a 105 ºC
H2N NH2 por 1 hora. No máximo 2 mg (0,04%).
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, solúvel em Cinzas Sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
etanol, praticamente insolúvel em clorofórmio e em éter No máximo 0,1%.
etílico.
DOSEAMENTO
Constantes físico-químicas.
Pesar, exatamente, cerca de 0,5 g da amostra, dissolver em
Faixa de fusão (5.2.2): 132 ºC a 135 ºC.
água e diluir para 200 mL com o mesmo solvente. Prosseguir
conforme descrito em Determinação de nitrogênio pelo
IDENTIFICAÇÃO método de Kjeldahl - semimicrodeterminação (5.3.3.2.2),
utilizando 2 mL da solução obtida. Cada mL de ácido
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da sulfúrico 0,005 M SV equivale a 0,303 mg de CH4N2O.
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
intensidades relativas daqueles observados no espectro de
Em recipientes bem fechados.
ureia SQR, preparado de maneira idêntica.
u
Queratolítico.
C. Dissolver 0,1 g da amostra em 1 mL de água e adicionar
1 mL de ácido nítrico SR. Produz-se precipitado branco
cristalino de nitrato de ureia.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1353
v
produção se baseia no sistema de lote semente de cepas primária de rim de coelho (Oryctolagus cuniculus),
de micro-organismos específicos, cultivados em meios de além dos controles mencionados no terceiro parágrafo,
cultura livres de substâncias que possam causar efeitos os coelhos devem ser criados em condições adequadas
tóxicos, alérgicos e outras reações indesejáveis ao ser de controle microbiológico e monitorados regularmente
humano. quanto a infecções causadas por fungos, bactérias e vírus,
como coccidiose, mixomatose, varíola, fibromatose,
Os toxoides podem ser apresentados sob a forma líquida ou herpesvírus, tuberculose, Nosema cuniculi, toxoplasmose,
liofilizada e, em ambos os casos, podem ser purificados ou dentre outras infecções causadas por micro-organismos
adsorvidos. Os adsorvidos se apresentam sob a forma de que ocorrem naturalmente em coelhos. Enquanto que, para
1354 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
utilização de cultura de células de linhagem primária de Tampão carbonato: dissolver 20 g de carbonato de amônio
rim de macaco, os animais têm que ser saudáveis e nunca em 20 mL de solução diluída de amônia (diluir 17,5 mL
terem sido utilizados para outras finalidades. Os animais de hidróxido de amônio a 10% (p/v) com 32,5 mL de água
antes de terem seus rins retirados, devem ser mantidos em bidestilada) e completar o volume para 100 mL com água
quarentena por período de não menos que seis semanas e bidestilada.
demonstrar estar livres de anticorpos para o vírus B (herpes
vírus) e para o vírus da imunodeficiência. Transferir para balão de Kjeldahl, 1 mL da amostra e
adicionar 2 mL de ácido nítrico. Digerir a mistura até que
Se são utilizadas células diplóides humanas ou células de a solução fique límpida. Transferir para balão volumétrico
linhagem contínua, elas têm que ser procedentes de um de 25 mL e completar o volume com Tampão acetato.
banco de células certificado pela autoridade do controle Transferir 2 mL desta solução para balão volumétrico de 50
nacional e demonstrar ausência de micro-organismos mL e adicionar 2 mL de solução recém-preparada de ácido
contaminantes, conforme descrito no terceiro parágrafo. tioglicólico a 1% (v/v). Deixar em repouso por 2 minutos,
Não podem ser tumorogênicas e são identificadas quanto adicionar 15 mL do reagente de aluminon e aquecer em
à espécie de origem. O número de passagens das células banho-maria (100 °C) por 15 minutos. Resfriar, adicionar
diplóides humanas não pode ultrapassar a dois terços de 10 mL de Tampão carbonato e completar o volume com
seu número máximo de passagem e seu cariótipo tem que água bidestilada. Preparar branco contendo água bidestilada
ser normal. Quando a vacina é produzida em células de no lugar da amostra. As leituras da amostra e dos padrões
linhagem contínua, o “pool” de vírus deve ser purificado são realizadas em espectrofotômetro no comprimento de
por um processo que comprove que no produto final o onda de 530 nm, utilizando o branco para ajuste do zero.
ADN residual é inferior a 100 pg por dose. Calcular a concentração de alumínio (III) na amostra, por
interpolação gráfica ou regressão linear. O resultado deve
O soro e a tripsina empregados no preparo da cultura ser expresso em mg de alumínio (III) por dose.
de célula devem ser isentos de micro-organismos
contaminantes (bactérias, fungos, micoplasmas e vírus). B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
Além disso, o soro deve ser procedente de rebanhos com de absorção atômica (5.2.13.1). Transferir para balão
certificados de ausência de encefalopatia espongiforme de Kjeldahl, 2 mL da amostra e adicionar 4 mL de ácido
bovina. nítrico. Digerir a mistura até que a solução fique límpida.
Transferir para balão volumétrico de 25 mL e completar
o volume com água bidestilada. Em paralelo, preparar
VACINAS COMBINADAS
branco contendo água bidestilada no lugar da amostra e
As vacinas combinadas constituem-se de mistura de dois curva de calibração de alumínio com as concentrações
ou mais antígenos diferentes e podem ser apresentadas sob de 20, 40, 60 e 80 ppm. Adicionar à amostra, às soluções
a forma liofilizada ou de suspensão. Estes imunobiológicos para a curva de calibração e ao branco, determinada
podem possuir em sua formulação, micro-organismos quantidade de supressor de ionização, de modo a
atenuados, micro-organismos inativados, substâncias conter no final concentração de 2000 ppm de potássio.
produzidas por eles e frações antigênicas. O processo Determinar a concentração de alumínio(III) da amostra em
de produção e controle da qualidade deve obedecer ao espectrofotômetro de absorção atômica no comprimento
mencionado na monografia específica de cada produto de onda de 309,3 nm, abertura da fenda 0,2 nm, corrente da
presente nesta vacina. lâmpada para alumínio de 10 mA e chama de óxido nitroso/
acetileno.
v
A. Proceder conforme descrito em Espectrometria de linear. É facultada ao produtor a utilização do resultado
absorção no visível (5.2.14). obtido no produto antes do envase.
Tampão acetato: dissolver 27,5 g de acetato de amônio em Formaldeído residual. Adicionar, a 1 mL da amostra,
50 mL de água bidestilada e adicionar 0,5 mL de ácido lentamente e com agitação, 3 mL de ácido tricloroacético
clorídrico a 25% (p/v). Completar o volume para 100 mL a 2,5% (v/v). Deixar em repouso por cinco minutos,
com água bidestilada. centrifugar a 2000 g por 10 minutos e transferir o
sobrenadante para tubo de ensaio. Em paralelo, preparar
curva de calibração de formaldeído com as concentrações
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1355
de 2,5, 5, 7,5, 10 mL/mL, sendo o volume de 4 mL/tubo. Umidade residual. Transferir para pesa-filtro previamente
Preparar branco contendo água bidestilada no lugar da dessecado e tarado, 80 mg da amostra. Manter a amostra
amostra. Adicionar 4 mL de reagente de Hantzach a cada por 3 horas em atmosfera de pentóxido de fósforo anidro,
um dos seis tubos de ensaio preparados anteriormente, sob pressão não superior a 5 mm de mercúrio, à temperatura
deixar em banho-maria a 58 °C por cinco minutos e resfriar. de 60 °C. O pesa-filtro é resfriado por 20 minutos em
Realizar, imediatamente, as leituras de absorvâncias da dessecador contendo sílica-gel e imediatamente pesado.
amostra e dos padrões, no comprimento de onda de 412 A etapa de aquecimento e resfriamento é repetida até
nm, utilizando o branco para zerar o aparelho. As leituras obtenção de peso constante. O valor da umidade residual
dos padrões são utilizadas para construção da curva é a média do percentual de perda de peso de, não menos,
de calibração. A concentração de formaldeído residual que três avaliações da amostra. O método volumétrico
na amostra é determinada por interpolação gráfica ou para Determinação de água (5.2.20.1), também, pode ser
regressão linear. utilizado.
v
hidróxido de alumínio ou fosfato de alumínio, podendo
alíquotas diferentes, de acordo com o intervalo de trabalho,
conter um conservante. É uma suspensão opalescente,
transferindo-as para as células de reação contendo solução
ligeiramente acastanhada, que não apresenta grumos ou
de permanganato de potássio. Determinar a absorvância a
partículas estranhas.
253,6 nm em espectrofotômetro de absorção atômica com
fonte de energia com lâmpada (6 mA) de catodo ôco de Componente diftérico: a anatoxina diftérica purificada
mercúrio, fenda H07 e nitrogênio como gás de arraste. cumpre as especificações de produção e controles descritos
na monografia de Vacina adsorvida difteria e tétano
infantil.
1356 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
v
referência calibrados contra os padrões de referência dos inoculação da amostra em meios de cultura adequados. O
componentes individuais. limite de floculação (Lf) é avaliado utilizando a técnica de
Ramon, como descrito na monografia de Toxoide tetânico
Componente diftérico. Proceder conforme Doseamento, adsorvido. A purificação da toxina é realizada por métodos
utilizando um dos métodos descritos na monografia de físicos ou químicos e a amostra é submetida aos controles
Vacina adsorvida difteria e tétano infantil. de Lf/mL e pH.
A. No mínimo 0,5 UI/mL. A anatoxina diftérica é obtida por destoxificação da toxina
diftérica concentrada, pela adição de agentes químicos
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1357
B. Determinar o limite de floculação (Lf/mL) pela técnica Prova intradérmica: diluir a amostra em solução fisiológica
de Ramon. para 100 Lf/mL. Inocular 0,2 mL da diluição, por via
intradérmica, em uma cobaia previamente depilada. Como
C. Proceder conforme Doseamento. controle, inocular o mesmo volume de solução fisiológica
no mesmo animal. Após 48 horas de observação, não
Componente tetânico. Proceder conforme descrito em devem ser formados eritemas específicos nos locais de
Identificação na monografia de Toxoide tetânico adsorvido. inoculação.
v
pH (5.2.19). 6,0 a 7,0. sendo que a amostra é diluída para 500 Lf/mL e cada cobaia
é inoculada com volume de 1 mL.
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
Componente tetânico
v
individual humana (método B.). No mínimo 40 UI/dose
AI = atividade imunogênica em UI/mL;
individual humana (método C.). É facultado ao produtor a
A = DE50 da amostra; utilização do resultado obtido no produto antes do envase.
B = DE50 da antitoxina de referência;
C = UI/mL da antitoxina de referência. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
No mínimo 2 UI/mL. É facultado ao produtor a utilização Cumpre o estabelecido na monografia de Vacinas para uso
do resultado obtido no produto antes do envase. humano.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1359
Componente diftérico: a anatoxina diftérica purificada Componente tetânico. Proceder conforme descrito em
cumpre as especificações de produção e controles descritos Identificação na monografia de Toxoide tetânico adsorvido.
na monografia de Vacina adsorvida difteria e tétano
infantil. Componente pertussis
v
de tratamento. Amostras da suspensão são avaliadas monovalentes específicos.
quanto à inativação bacteriana, semeando em meio de
cultura apropriado, à pureza, identificação, esterilidade e ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
submetidas aos controles que se seguem.
Alumínio. Proceder conforme descrito na monografia
A vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis é preparada de Vacinas para uso humano. No máximo 1,25 mg/dose
pela diluição e adsorção, em compostos de alumínio, individual humana. É facultado ao produtor a utilização do
de quantidades determinadas de anatoxinas diftérica e resultado obtido no produto antes do envase.
1360 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Formaldeído residual. Proceder conforme descrito na 20 UOp/dose. Utilizar dois grupos com, pelo menos, 10
monografia de Vacinas para uso humano. No máximo 200 camundongos albinos suíços suscetíveis de 14 a 16 g.
ppm. É facultado ao produtor a utilização do resultado Imediatamente antes da inoculação, determinar o peso
obtido no produto antes do envase. total dos animais. Inocular 0,5 mL da amostra diluída,
por via intraperitoneal, em cada camundongo do primeiro
Opacidade. Realizar em período máximo de 15 dias após a grupo. Para o segundo grupo, proceder conforme descrito,
preparação da suspensão. Aferir com padrão turbidimétrico inoculando solução fisiológica contendo a mesma
distribuído pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados quantidade de agente conservante que o inóculo injetado
Unidos (N.I.H) ou equivalente aprovado pela autoridade nos animais do grupo de prova. Determinar o peso total de
nacional de controle. É atribuído a este padrão valor de 106 cada um dos grupos de camundongos no 3º e 7º dia após
unidades opacimétricas, quando examinado por fotometria, a inoculação. O produto é considerado atóxico se (a) no 3º
utilizando filtro verde, ao comprimento de onda de 530 dia o peso total do grupo não é menor que seu peso inicial;
nm. Tal grau de opacidade corresponde aproximadamente (b) no 7º dia a média de ganho de peso do grupo inoculado
a 109 bactérias/mL. Colocar 1 mL da amostra em tubo de com a amostra não é menor que 60% da média de ganho de
ensaio e adicionar solução salina fisiológica até opacidade peso do grupo controle negativo, e (c) não morrerem mais
semelhante ao padrão. Comparar visualmente a opacidade que 5% dos animais inoculados com a amostra.
contra a preparação de referência de opacidade. A unidade
de opacidade (UOp) é determinada pela equação:
DOSEAMENTO
A atividade imunogênica da vacina é determinada para cada
um dos componentes. Não existem padrões internacionais
de referência para as vacinas combinadas e a atividade de
Para o componente pertussis, a concentração de bactérias cada componente se expressa em unidades internacionais,
deve ser no máximo de 20 UOp/dose. mediante a comparação com padrões de referência aferidos
por padrões de referência dos componentes.
Timerosal. Proceder conforme descrito na monografia
de Vacinas para uso humano. No máximo 200 ppm. É Componente diftérico. Proceder conforme Doseamento,
facultado ao produtor a utilização do resultado obtido no utilizando um dos métodos descritos na monografia de
produto antes do envase. Vacina adsorvida difteria e tétano infantil.
v
ser preferencialmente do mesmo sexo. Quando de sexos
Detecção de toxina termolábil (toxina dermonecrótica). diferentes, deverão ser distribuídos equitativamente. Para
A inoculação subcutânea da amostra na zona nucal de cada diluição da amostra e da vacina de referência utilizar,
camundongos lactentes é o método mais sensível para no mínimo, 20 animais. Para controle da dose desafio,
detectar a toxina termolábil. A vacina pertussis não deve separar grupos de pelo menos 10 camundongos.
conter toxina termolábil biologicamente ativa.
Imunização dos animais: efetuar três diluições seriadas
Toxicidade específica. Diluir a amostra em solução da amostra e da vacina pertussis de referência em solução
fisiológica para concentração máxima correspondente a fisiológica tamponada, com fator de diluição 5, de modo
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1361
que as diluições assegurem, respectivamente, proteção ser repetido. O produto cumpre os requisitos se a média
de 70% a 80%, 40% a 50% 10% a 20%. Inocular, por geométrica dos resultados de dois, três ou quatro ensaios
via intraperitoneal, 0,5 mL das diluições em cada um válidos é no mínimo 4 UI/dose individual humana. É
dos camundongos de cada grupo de imunização. Manter facultada ao produtor a utilização do resultado obtido no
os animais dos grupos controle sem inocular. O intervalo produto antes do envase.
entre a imunização e o desafio é de 14 a 17 dias.
v
ampola de vidro âmbar classe farmacêutica, liofilizado,
AI = atividade imunogênica em UI/dose individual humana;
rotulado e submetido aos controles requeridos.
A = DE50 da amostra;
B = DE50 da vacina pertussis de referência;
IDENTIFICAÇÃO
C = UI/dose individual humana da vacina de referência.
Observar por microscopia esfregaço obtido após a
No mínimo 4 UI/dose individual humana e no máximo 18 reconstituição da vacina e corado pela técnica de Ziehl-
UI/dose individual humana. Se a atividade imunogênica Nielsen. São detectados somente bacilos álcool-ácido
determinada é não cumprir os requisitos, o teste pode
1362 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
resistentes. Como complemento, observar a morfologia como não podem ter sofrido tratamento que possa dar falso
das colônias semeadas no meio de Lowenstein-Jensen, negativo. Proceder conforme descrito para a vacina de
utilizado no Doseamento (unidades formadoras de referência, inoculando o mesmo animal no flanco direito.
colônias). As colônias são rugosas, predominantemente Observar os animais por quatro semanas e realizar leituras
espraiadas e não-pigmentadas. semanais do diâmetro das lesões encontradas nos pontos
de inoculação. Ao final do período de observação, calcular,
para cada diluição correspondente, a média das quatro
CARACTERÍSTICAS
leituras da vacina e da vacina de referência. A vacina
pH (5.2.19). 5,5 a 7,0. Determinar após a reconstituição da cumpre o requisito se a reação produzida pela amostra é
vacina com diluente apropriado. semelhante à da vacina de referência.
v
de peso. Repetir o teste se mais que 1/3 dos animais atenuados e apresentada sob a forma liofilizada. Após a
morrerem ou perderem peso. reconstituição com diluente apropriado, tem aspecto de
Reatividade cutânea. Reconstituir uma amostra e preparar suspensão homogênea transparente, podendo demonstrar
diluições 1:10 e 1:100, utilizando o diluente recomendado. coloração devido à presença de indicador de pH.
Inocular, por via intradérmica, 0,1 mL de cada uma das A produção da vacina é baseada no sistema de lote semente
diluições no flanco esquerdo de quatro cobaias albinas de e a cepa de vírus utilizada ou cinco lotes consecutivos da
mesmo sexo, com peso mínimo de 350 g cada. Os animais vacina não podem induzir neuropatogenia em macacos
têm que apresentar reação tuberculínica negativa, bem suscetíveis ao vírus da caxumba. Além disso, a cepa
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1363
viral tem que demonstrar imunogenicidade adequada (e) as diluições utilizadas no ensaio estejam entre 10% e
e segurança para o ser humano. A replicação do vírus é 90% das culturas de células inoculadas.
realizada em cultura de células suscetíveis e a suspensão
viral é identificada e controlada quanto à esterilidade. Após A potência da vacina é, no mínimo, 103,7 CCID50/dose.
a clarificação da suspensão viral por método adequado, para Caso não cumpra o requisito, repetir a determinação. A
remoção de resíduos celulares, são adicionadas algumas potência da vacina é a média geométrica dos dois ensaios
substâncias estabilizadoras, que comprovadamente não realizados.
alteram a eficácia e segurança do produto. Antes do envase
Pode ser empregado, também, o método de unidades
e liofilização, o produto é analisado quanto à esterilidade,
formadoras de “plaque” (UFP). O valor de potência para
concentração de vírus e de proteínas derivadas de soro
aprovação do produto tem que estar correlacionado com o
animal utilizado.
de CCID50.
A vacina é envasada em recipientes adequados, liofilizada,
rotulada e submetida aos controles requeridos. TERMOESTABILIDADE
Outras informações relativas aos critérios de produção e O teste é realizado em paralelo à Doseamento. Incubar
seus controles estão indicadas na monografia de Vacinas amostra da vacina a 37 °C, por sete dias, e analisar
para uso humano. conforme metodologia descrita para a potência do produto.
A vacina não pode perder mais que 1,0 log10 CCID50/dose,
IDENTIFICAÇÃO em relação ao título da vacina conservada em condições
adequadas de temperatura. Não pode, também, ter título
Reconstituir a vacina com diluente apropriado e adicionar inferior ao requisito de potência do produto.
igual volume de soro contendo anticorpos neutralizantes
para o vírus da caxumba. Incubar a 36 °C por uma hora.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Após a incubação, inocular a mistura em cultura de células
suscetíveis e manter à temperatura de 36 °C por 10 dias. Cumpre o estabelecido na monografia de Vacinas para uso
Utilizar como controle cultura de células inoculada com humano.
o vírus vacinal e outra não-inoculada, que apresentam, ao
final do teste, presença e ausência de efeito citopatogênico,
respectivamente. A ausência de ECP na cultura de células ROTULAGEM
identifica o vírus vacinal.
Observar a legislação vigente.
ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
VACINA FEBRE AMARELA ATENUADA
Umidade residual. Proceder conforme descrito na Vaccinum febris flavae vivum
monografia de Vacinas para uso humano. No máximo 2%.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA A vacina contra febre amarela é constituída de vírus vivos
atenuados e apresentada sob a forma liofilizada. Após a
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste reconstituição com diluente apropriado, tem aspecto de
suspensão homogênea, podendo demonstrar coloração
devido à presença de indicador de pH.
DOSEAMENTO
A produção da vacina é baseada no sistema de lote-
Proceder à determinação ao abrigo da luz direta. Diluir duas semente primário da estirpe 17D, do qual, por meio de
amostras da vacina e uma amostra da vacina de referência passagens em ovos embrionados de galinha SPF (livre
a intervalos de, no mínimo, 1,0 log10, em meio de cultura de micro-organismos contaminantes), se origina o lote-
adequado. Inocular cada diluição em, pelo menos, 10 semente secundário. Esse lote deve ser avaliado quanto
orifícios de microplaca contendo células Vero em suspensão à neurovirulência em macacos suscetíveis e não pode
e incubar à temperatura de 36 °C por 10 dias. Observar apresentar micro-organismos estranhos. Além disso, a
as culturas de células quanto à presença ou ausência de cepa viral tem que demonstrar imunogenicidade adequada
ECP e calcular o título da vacina por método estatístico e segurança para o ser humano.
comprovado. A potência da vacina é o valor da média
geométrica dos frascos analisados, expressa em CCID50 A replicação do vírus é realizada em ovos embrionados
v
(dose 50% infectante em cultura de célula) por dose. Para de galinha, livre de patógenos específicos, ou em cultura
a determinação ser considerada válida, é necessário que (a) de células suscetíveis. A suspensão viral é identificada e
ao final do ensaio o controle da cultura de células apresente controlada quanto à esterilidade. Após a clarificação da
monocamada inalterada; (b) a variação de potência entre suspensão viral por método adequado para remoção de
as duas amostras da vacina seja, no máximo, 0,5 log10 resíduos celulares, algumas substâncias estabilizadoras,
CCID50; (c) a variação do título da vacina de referência que, comprovadamente, não alteram a eficácia e segurança
seja, no máximo, 0,5 log10 CCID50 do seu título médio; (d) do produto, são adicionadas. Antes do envase e liofilização,
o ECP seja decrescente em relação às diluições crescentes; o produto é analisado quanto à esterilidade, concentração
1364 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
v
450/630 nm.
A vacina é considerada satisfatória se o conteúdo de A vacina oral contra poliomielite consiste de mistura de
ovoalbumina residual for menor ou igual que 5 µg/dose. poliovírus atenuados tipos 1, 2 e 3. É apresentada como
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1365
suspensão aquosa homogênea transparente, podendo de cada diluição da vacina à mistura apropriada de soro
demonstrar coloração devido à presença de indicador de pH. antipoliovírus. Assim, para a determinação do poliovírus
tipo 1, adicionar as diluições da amostra à mistura de soros
A produção da vacina é baseada no sistema de lote semente antipólio tipos 2 e 3; para o poliovírus tipo 2, adicionar as
e a cepa de cada um dos sorotipos de vírus não pode ter diluições à mistura de soros antipólio tipos 1 e 3 e para o
mais de três subcultivos a partir do lote original, não poliovírus 3, adicionar as diluições da vacina à mistura de
podendo induzir neuropatogenia em macacos suscetíveis soros antipólio tipos 1 e 2. Para a determinação do vírus
aos três tipos de poliovírus. A cepa viral tem que demonstrar total, adicionar volumes iguais de cada diluição da vacina
imunogenicidade adequada e segurança para o ser humano. ao meio de cultura utilizado na diluição. Incubar por 1 a 3
horas à temperatura de 35 °C a 36 °C. Após a incubação,
A replicação de cada um dos três poliovírus é realizada
inocular cada diluição da vacina em, no mínimo, oito
em cultura de células suscetíveis e a suspensão viral é
orifícios de microplaca contendo a suspensão de células
identificada e controlada quanto à esterilidade. Após
Hep2C. Incubar as microplacas a 35 °C por sete dias.
clarificação da suspensão viral por método adequado
Observar a presença ou ausência de ECP nas culturas de
para remoção de resíduos celulares, algumas substâncias
células. Calcular o título de cada sorotipo pelo método um
estabilizadoras, que, comprovadamente, não alteram a
método estatístico comprovado.
eficácia do produto são adicionadas. Antes da formulação,
cada suspensão viral purificada é avaliada quanto à A potência da vacina é o valor da média geométrica
identificação, concentração viral, esterilidade, consistência dos frascos analisados, expressa em CCID50 (dose
da característica viral e neurovirulência em macacos 50% infectante em cultura de células) por dose. Para a
suscetíveis. Após a mistura, a vacina a granel trivalente é determinação ser considerada válida é necessário que (a)
submetida aos controles de concentração viral, esterilidade, o controle de cultura de células apresente monocamada
teor do estabilizador utilizado e pH. inalterada; (b) a variação de potência entre as duas
amostras da vacina não seja maior que 0,5 log10 CCID50
O produto é envasado em recipientes adequados, rotulado
para cada sorotipo; (c) a potência da vacina de referência
e submetido aos controles requeridos.
não varie mais que 0,5 log10 CCID50 do título médio de
Outras informações relativas aos critérios de produção e cada sorotipo; (d) o ECP seja decrescente em relação às
controles estão indicadas na monografia de Vacinas para diluições crescentes; (e) as diluições utilizadas no ensaio
uso humano. estejam entre 10% e 90% das culturas de células inoculadas.
v
Cumpre o estabelecido na monografia de Vacinas para uso
humano.
DOSEAMENTO
Diluir em meio de cultura adequado duas amostras da vacina ROTULAGEM
a ser analisada e uma amostra da vacina de referência. O
intervalo entre as diluições é de, no mínimo, 0,5 log10, e as Observar a legislação vigente.
amostras são diluídas separadamente. Para a determinação
de cada tipo de poliovírus, adicionar volumes iguais
1366 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
DOSEAMENTO
VACINA POLIOMIELITE 1, 2 E 3
INATIVADA Utilizar método imunoenzimático de sensibilidade
Vaccinum poliomyelitidis inactivatum comprovada para avaliação da concentração do antígeno
D de cada um dos três sorotipos de poliovírus presentes na
vacina. Avaliar vacina de referência em paralelo.
A vacina poliomielite inativada é constituída de mistura
de poliovírus tipos 1, 2 e 3 inativados e apresentada como A potência é de, no mínimo, 40, 8 e 32 unidades de
um líquido transparente, podendo demonstrar coloração antígeno D por dose para os poliovírus tipos 1, 2 e 3,
devido à presença de indicador de pH. respectivamente.
v
liofilizada, rotulada e submetida aos controles adequados.
determinado por Método imunoquímico (5.6).
v
°C, mantendo-as incubadas por duas a quatro horas a
inoculação em camundongos ou por imunofluorescência.
-20 °C. Deixar secar as lâminas à temperatura de 20 °C
a 25 °C. Proceder a coloração, circundando as impressões Por inoculação em camundongos, no 14º e no 21º dia
com substância que sirva para reter o conjugado durante de cultivo: 0,03 mL de uma mistura das amostras do
o período de incubação. Pode ser empregado esmalte. sobrenadante das culturas é inoculada, por via intracerebral,
Descongelar, no momento do uso, duas alíquotas de em 20 camundongos albino suíços de 12 a 15 g. Os animais
diluição de trabalho de conjugado para identificação do são observados por 14 dias e qualquer sintoma de raiva
vírus rábico (anticorpos contra o vírus rábico marcados deve ser confirmado por imunofluorescência.
geralmente com isotiocianato de fluoresceína) e diluir uma
1368 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
DETERMINAÇÃO DA ATIVIDADE
IMUNOGÊNICA VACINA RUBÉOLA ATENUADA
Vaccinum rubellae vivum
Método de desafio em camundongos: preparar, no mínimo,
três diluições da amostra e da vacina de referência em
salina tamponada fosfatada pH 7,6 e inocular, por via A vacina é constituída de vírus vivos atenuados e
intraperitoneal, 0,5 mL de cada diluição em, no mínimo, apresentada sob a forma liofilizada. Após reconstituição
16 camundongos albinos suíços de 10 g a 15 g. Reservar com diluente apropriado, tem aspecto de suspensão
30 animais não inoculados para o controle de título do homogênea transparente, podendo demonstrar coloração
vírus desafio. Realizar imunização de reforço inoculando devido à presença de indicador de pH.
as mesmas diluições em cada grupo de camundongos,
A produção da vacina é baseada no sistema de lote-semente
sete dias após a primeira imunização. Sete dias após
e a cepa de vírus utilizada ou cinco lotes consecutivos da
a segunda imunização, executar o desafio, inoculando
vacina, não podem induzir neuropatogenia em macacos
em cada camundongo volume de 30 mL, que contenha
suscetíveis ao vírus da rubéola. Além disso, a cepa
aproximadamente 50 DL50 de vírus rábico fixo da cepa CVS
viral tem que demonstrar imunogenicidade adequada
(challenge virus standard), por via intracerebral, de cada
e segurança para o ser humano. A replicação do vírus é
camundongo. Preparar duas diluições decimais a partir da
realizada em cultura de células suscetíveis e a suspensão
diluição de desafio e inocular 30 mL destas diluições e da
viral é identificada e controlada quanto à esterilidade. Após
diluição de desafio, por via intracerebral, nos três grupos
a clarificação da suspensão viral por método adequado
de 10 camundongos dos animais não imunizados. Observar
para remoção de resíduos celulares, algumas substâncias
os animais por 14 dias, registrando o número de vivos de
estabilizadoras, que, comprovadamente, não alteram a
cada mistura. Os animais mortos antes do quinto dia após
eficácia e segurança do produto, são adicionadas. Antes
a inoculação não devem ser considerados para o cálculo
do envase e liofilização, o produto é analisado quanto à
da atividade imunogênica. Calcular as doses efetivas
esterilidade, concentração de vírus e proteínas derivadas
50% (DE50) da amostra e da vacina de referência, assim
do soro animal utilizado no cultivo.
como a DL50 do vírus desafio, por método estatisticamente
comprovado. A faixa de resposta produzida (porcentagem O produto é envasado em recipientes adequados, liofilizado,
de sobrevivência) deve estar entre a maior e a menor rotulado e submetido aos controles requeridos.
diluição utilizada na amostra teste e padrão,, formando a
curva de regressão que deve apresentar relação linear. A Outras informações relativas a critérios de produção e seus
atividade imunogênica é determinada pela equação: controles estão indicadas na monografia de Vacinas para
uso humano.
IDENTIFICAÇÃO
AI= atividade imunogênica
Reconstituir a vacina com diluente apropriado e adicionar a
No mínimo 2,5 UI/dose individual humana. Quando se igual volume de soro contendo anticorpos neutralizantes para
refere o valor da atividade imunogênica (UI/mL), deve ser o vírus da rubéola. Incubar por 90 minutos à temperatura de
citado o número de DL50 real obtida na titulação do vírus 4 °C a 8 °C. Após a incubação, inocular a mistura da vacina
desafio, que é igual ao antilogaritmo da diferença entre a com o soro em cultura de células suscetíveis e manter por 12
DL50 calculada e a diluição da dose desafio utilizada. Os dias à temperatura de 32 °C a 33 °C. Como controle, uma
limites de confiança não devem estar abaixo de 25% ou cultura de células inoculada com o vírus vacinal e outra não-
acima de 400% da atividade determinada. A titulação da inoculada, respectivamente, tem que apresentar presença e
suspensão de desafio deve apresentar no mínimo 10 DL50. ausência de efeito citopatogênico (ECP). A ausência de ECP
v
A análise estatística deve demonstrar que não há desvios de na cultura de célula identifica o vírus vacinal.
linearidade e paralelismo das curvas dose-resposta.
ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
TERMOESTABILIDADE
Umidade residual. Proceder conforme descrito na
Incubar a amostra à temperatura de 36 °C ± 1 °C por monografia de Vacinas para uso humano. No máximo 2%.
quatro semanas e proceder à Determinação da atividade
imunogênica. No mínimo 2,5 UI/dose individual humana.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1369
DOSEAMENTO
A vacina é constituída de vírus vivos atenuados e
Proceder ao abrigo da luz direta. Diluir em intervalos apresentada sob a forma liofilizada. Após reconstituição
de, no máximo, 1,0 log10 duas amostras da vacina a ser com diluente apropriado, tem aspecto de suspensão
analisada e uma amostra da vacina de referência em meio homogênea transparente, podendo demonstrar coloração
de cultura adequado. Inocular cada diluição em, pelo devido à presença de indicador de pH.
menos, 10 orifícios de microplaca contendo células RK-13
em suspensão e incubar à temperatura de 32 °C a 33 °C A produção da vacina é baseada no sistema de lote-semente
por 12 dias. Observar a presença ou ausência de ECP nas e a cepa de vírus utilizada, ou cinco lotes consecutivos da
culturas de células. Calcular o título da vacina por método vacina, não podem induzir neuropatogenia em macacos
estatístico comprovado. A potência da vacina é o valor suscetíveis ao vírus do sarampo. Além disso, a cepa
da média geométrica dos frascos analisados, expresso viral tem que demonstrar imunogenicidade adequada
em CCID50 (dose 50% infectante em cultura de célula) e segurança para o ser humano. A replicação do vírus é
por dose. Para a determinação ser considerada válida, é realizada em cultura de células suscetíveis e a suspensão de
necessário que (a) o controle de cultura de células apresente vírus é identificada e controlada quanto à esterilidade. Após
monocamada inalterada; (b) a variação de potência entre a clarificação da suspensão viral por método adequado
as duas amostras da vacina não seja maior que 0,5 log10 para remoção de resíduos celulares, algumas substâncias
CCID50; (c) a potência da vacina de referência não varie estabilizadoras, que comprovadamente não alteram a
mais que 0,5 log10 CCID50 do seu título médio; (d) o ECP eficácia e segurança do produto, são adicionadas. Antes
seja decrescente em relação às diluições crescentes; (e) as do envase e liofilização, o produto é analisado quanto à
diluições utilizadas no ensaio estejam entre 10% e 90% das esterilidade, concentração de vírus e de proteínas derivadas
culturas de células inoculadas. do soro animal.
A potência é de, no mínimo, 103 CCID50/dose. Caso O produto é envasado em recipientes adequados, liofilizado,
a amostra não cumpra os requisitos, repetir o teste. A rotulado e submetido aos controles requeridos.
potência é a média das duas determinações realizadas.
Outras informações relativas aos critérios de produção e
O método de unidades formadoras de “plaque” (UFP) seus controles estão indicadas na monografia de Vacinas
também pode ser empregado e seu valor de potência para para uso humano.
aprovação do produto tem que estar correlacionado com o
de CCID50. IDENTIFICAÇÃO
Reconstituir a vacina com diluente apropriado e adicionar
TERMOESTABILIDADE
igual volume de soro contendo anticorpos neutralizantes
O teste é realizado em paralelo ao Doseamento. Incubar para o vírus do sarampo. Incubar a 36 °C por uma hora.
amostra à temperatura de 37 °C por 7 dias e proceder Após a incubação, inocular a mistura em cultura de
conforme estabelecido no Doseamento. A vacina não células suscetíveis e manter à temperatura de 36 °C por
pode perder mais que 1,0 log10 CCID50, em relação ao sete dias. Utilizar como controles uma cultura de células
título determinado na amostra conservada em condições inoculada com o vírus vacinal e outra não inoculada que
adequadas. Além disso, não pode ter título inferior ao apresentam, ao final do teste, presença e ausência de efeito
preconizado para aprovação do Doseamento. Caso não citopatogênico (ECP), respectivamente. A ausência de ECP
cumpra o requisito, repetir o teste e o título final é a média na cultura de células identifica o vírus vacinal.
dos dois ensaios realizados.
ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Umidade residual. Proceder como descrito na monografia
Cumpre o estabelecido na monografia de Vacinas para uso de Vacinas para uso humano. No máximo 3%.
humano.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
v
ROTULAGEM
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
Observar a legislação vigente.
DOSEAMENTO
Proceder ao abrigo da luz direta. Diluir duas amostras
da vacina a ser analisada e uma amostra da vacina de
referência em intervalos de, no máximo, 1,0 log10 em
meio de cultura adequado. Inocular cada diluição em, pelo
1370 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
menos, 10 orifícios de microplaca contendo células Vero transparente, podendo demonstrar coloração devido à
em suspensão. Incubar por sete a nove dias a 36 °C ± 1 °C. presença de indicador de pH.
As culturas de células são observadas quanto à presença ou
ausência de ECP, e o título da vacina é calculado segundo Cada componente viral presente na vacina é produzido em
o método estimativo de Spearman & Karber. A potência separado, conforme descrito nas monografias específicas.
da vacina é o valor da média geométrica dos frascos
O produto é envasado em recipientes adequados, liofilizado,
analisados, expressa em CCID50 (dose 50% infectante em
rotulado e submetido aos controles requeridos.
cultura de célula) por dose.
v
Vaccinum parotiditis et rubellae et morbillorum enquanto que, para a rubéola, em células RK-13. Incubar
vivum as microplacas contendo células Vero a 36 °C por 10 dias
e as microplacas contendo células RK-13 à temperatura
de 32 °C a 33 °C por 12 dias. Observar as culturas de
A vacina é constituída de mistura dos vírus vivos atenuados
células quanto à presença ou ausência de ECP e calcular
da caxumba, da rubéola e do sarampo e apresentada sob
os títulos de cada vírus presente na vacina, segundo um
a forma liofilizada. Após reconstituição com diluente
método estatístico comprovado. A potência de cada vírus
apropriado, tem aspecto de suspensão homogênea
é o valor da média geométrica dos frascos analisados,
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1371
expressa em CCID50 (dose 50% infectante em cultura de O produto é envasado em recipientes adequados, liofilizado,
célula) por dose. Para a determinação ser considerada rotulado e submetido aos controles requeridos.
válida, é necessário que (a) ao final do ensaio, o controle de
cultura de células apresente monocamada inalterada; (b) a
IDENTIFICAÇÃO
variação de potência entre as duas amostras da vacina seja,
no máximo, 0,5 log10 CCID50 para cada tipo de vírus; (c) a Reconstituir a vacina com diluente apropriado e adicionar
variação do título da vacina de referência seja, no máximo, igual volume de mistura de soros contendo anticorpos
0,5 log10 CCID50 do seu título médio para cada tipo de neutralizantes para os vírus da rubéola e do sarampo.
vírus; (d) o ECP seja decrescente em relação às diluições Manter por 90 minutos à temperatura de 4 °C a 8 °C.
crescentes; (e) as diluições utilizadas no ensaio estejam Inocular em cultura de células suscetíveis e manter por 10
entre 10% e 90% das culturas de células inoculadas. dias. Como controle do teste, cultura de células inoculada
com a vacina não neutralizada com a mistura de soros
A potência da vacina é, no mínimo, 103,7 CCID50/dose
contendo anticorpos para os dois tipos de vírus e outra não
para o vírus da caxumba e 103 CCID50/dose para os vírus
inoculada devem apresentar presença e ausência de efeito
do sarampo e da rubéola. Caso o produto não cumpra
citopatogênico (ECP), respectivamente. A ausência ECP
os requisitos de potência, o ensaio é repetido para o(s)
na cultura de células inoculadas com a mistura da vacina
tipo(s) de vírus em que não foi obtido o título limite para
mais anticorpos identifica o produto.
aprovação. A potência da vacina é a média geométrica dos
dois ensaios realizados.
ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
O método de unidades formadoras de “plaque” (UFP)
também pode ser empregado, e o valor de potência para Umidade residual. Proceder conforme descrito na
aprovação do produto tem que estar correlacionado com o monografia de Vacinas para uso humano. No máximo 3%.
de CCID50.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
TERMOESTABILIDADE
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
O teste é realizado em paralelo ao Doseamento. Incubar
uma amostra da vacina a 37 °C por sete dias e analisar
conforme metodologia descrita para a potência do produto.
DOSEAMENTO
A vacina não pode perder mais que 1,0 log10 CCID50/dose, Proceder ao abrigo da luz direta. Diluir duas amostras
em relação ao título determinado na amostra conservada em da vacina a ser analisada e uma amostra da vacina de
condições adequadas de temperatura, para cada tipo viral. referência, em intervalos de, no máximo, 1,0 log10 em meio
Além disso, não pode ter título inferior ao estabelecido de cultura adequado.
para aprovação do Doseamento. Caso não cumpra os
requisitos, repetir o teste e o título final é a média dos dois Inocular cada diluição em 10 orifícios da microplaca
testes realizados. contendo a suspensão de células suscetíveis. Para titulação
do vírus do sarampo a inoculação é realizada em células
Vero, enquanto que, para a rubéola, em células RK-13.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Incubar as microplacas contendo células Vero a 36 °C
Cumpre o estabelecido na monografia de Vacinas para uso por 10 dias e as microplacas contendo células RK-13 à
humano. temperatura de 32 °C a 33 °C por 12 dias. Observar as
culturas de células quanto à presença ou ausência de ECP
e calcular os títulos de cada vírus presente na vacina,
ROTULAGEM segundo um método estatístico comprovado.
Observar a legislação vigente. A potência de cada vírus é o valor da média geométrica
dos frascos analisados, expressa em CCID50 (dose
50% infectante em cultura de célula) por dose. Para a
VACINA SARAMPO, RUBÉOLA* determinação ser considerada válida, é necessário que (a)
Vaccinum rubellae et morbillorum vivum ao final do ensaio o controle de cultura de células apresente
monocamada inalterada; (b) a variação de potência entre as
duas amostras da vacina seja, no máximo, 0,5 log10 CCID50
A vacina é constituída de mistura dos vírus vivos atenuados para cada tipo de vírus; (c) a variação do título da vacina de
v
da rubéola e do sarampo e apresentada sob a forma referência seja, no máximo, 0,5 log10 CCID50 do seu título
liofilizada. Após reconstituição com diluente apropriado, médio para cada tipo de vírus; (d) o ECP seja decrescente
tem aspecto de suspensão homogênea transparente, em relação às diluições crescentes; (e) as diluições
podendo demonstrar coloração devido à presença de utilizadas no ensaio estejam entre 10% e 90% das culturas
indicador de pH. de células inoculadas.
Cada componente viral presente na vacina é produzido em A potência da vacina é, no mínimo, 103,7 CCID50/dose para
separado, conforme descrito nas monografias específicas. a cepa Biken Cam 70 e 103 CCID50/dose para as demais
cepas do vírus do sarampo e da rubéola. Caso o produto
1372 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
não cumpra os requisitos de potência, o ensaio é repetido Outras informações relativas aos critérios de produção e
para o(s) tipo(s) de vírus em que não foi obtido o título seus controles estão indicadas na monografia de Vacinas
limite para aprovação. A potência da vacina é a média para uso humano.
geométrica dos dois ensaios realizados.
v
estabilizadoras, que comprovadamente não alteram a
eficácia e segurança do produto, são adicionadas. Antes EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
do envase e liofilização, o produto é analisado quanto à
Cumpre o estabelecido na monografia de Vacinas para uso
esterilidade, concentração de vírus e de proteínas derivadas
humano.
do soro animal.
ENSAIOS DE PUREZA
v
C. Dissolver cerca de 1 g de amostra em 10 mL de água. aglomerar. Filtrar e determinar em 25 mL da solução
Adicionar 5 mL de ácido nítrico e filtrar. Adicionar ao obtida, utilizando ácido acético glacial para o ajuste do pH.
filtrado 2 mL de dicromato de potássio SR e agitar por 5 No máximo 0,001% (10 ppm).
minutos. Deixar em repouso por 20 minutos. A solução
obtida não apresenta coloração azul-esverdeada quando Cetonas Fenólicas. Pesar, exatamente, cerca de 1,25 g
comparada com o branco. da amostra, transferir para balão volumétrico de 10 mL
e dissolver com hidróxido de sódio 0,5 M. Completar o
volume com o mesmo solvente e homogeneizar. Deixar a
solução em repouso por 15 minutos. Medir a absorvância
1374 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
v
varfarina, respectivamente. na faixa de 200 nm a 700 nm, de solução a 0,001% (p/v)
em acetato de amônio 0,02 M (pH 5,6), exibe máximos em
Injetar replicatas de 20 µL da Solução de resolução e 507 nm, 332 nm, 245 nm e 215 nm e mínimos em 375 nm,
registrar os cromatogramas. A resolução entre os picos 300 nm, e 238 nm, idênticos aos observados no espectro de
de propilparabeno e de varfarina não é maior que 2. O solução similar de ponceau 4R SQR.
desvio padrão relativo para as áreas de replicatas dos picos
registrados não é maior que 2,0 %.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1375
Solução (3): diluir 1 mL da Solução (2) para 50 mL com Substâncias insolúveis em água. Dissolver 5 g da amostra
água. em 200 mL de água quente (80-90 °C) com agitação.
Resfriar à temperatura ambiente. Filtrar por placa filtrante,
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar previamente seca e pesada. Lavar com água fria até que as
secar ao ar. Examinar à luz ambiente e sob luz ultravioleta águas de lavagem se tornem incolores. Secar o filtro com
(254 nm). A mancha principal obtida com a Solução (1) o resíduo em estufa a 120 °C durante quatro horas e pesar.
corresponde em posição, cor e intensidade àquela obtida No máximo 0,2%.
com a Solução (2). Qualquer mancha secundária obtida
no cromatograma com a Solução (1), diferente da mancha Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. Determinar
principal, não é mais intensa que aquela obtida com a em 0,5 g da amostra. No máximo 0,004% (40 ppm).
Solução (3) (2%). Arsênio (5.3.2.5). Utilizar o Método I. Determinar em 1 g
Chumbo, cobre, estanho, zinco. Proceder conforme descrito da amostra. No máximo 0,0001% (1 ppm).
em Espectrofotometria de absorção atômica (5.2.13). Pesar Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,5 g da
2 g da amostra em cadinho de sílica e queimar brandamente amostra. Dessecar em estufa a 120 ºC por 4 horas ou a 135 ºC
sobre tela de amianto (± 350 °C); levá-lo à mufla durante 12 por 3 horas. No máximo 10%.
horas, sem ultrapassar a temperatura de 450 °C. Remover
o cadinho e resfriar. Misturar o resíduo com cerca de 2
mL de água e adicionar duas gotas de nitrato de magnésio DOSEAMENTO
a 50% (p/v). Secar sobre chapa elétrica e retornar à mufla
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
durante 3 a 4 horas, ou até que o resíduo esteja branco ou
absorção no visível (5.2.14). Preparar solução amostra
amarelado. Em seguida, resfriar, gotejar 1 a 2 mL de ácido
conforme descrito em Identificação. Preparar solução
nítrico e 1 mL de água e aquecer sobre chapa elétrica até
padrão na mesma concentração, utilizando o mesmo
quase secar. Dissolver os nitratos metálicos com 5 mL de
solvente. Medir as absorvâncias das soluções resultantes
água. Se necessário, centrifugar. Levar ao espectrofotômetro
em 507 nm, utilizando acetato de amônio 0,02 M (pH 5,6)
de absorção atômica, previamente calibrado, para leitura da
para ajuste do zero. Calcular o teor de C20H11N2Na3O10S3
concentração de cada um dos metais. No máximo 0,001%
na amostra a partir das leituras obtidas. Alternativamente,
(10 ppm) de chumbo, 0,002% (20 ppm) de cobre, 0,025%
realizar os cálculos considerando A(1%, 1 cm) = 442,5, em
(250 ppm) de estanho e 0,005% (50 ppm) de zinco.
507 nm, em acetato de amônio 0,02 M (pH 5,6).
Cloretos e sulfatos. Pesar 0,5 g da amostra, dissolver
em 200 mL de água, acidificar com 8 mL de ácido nítrico EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
a 25% (v/v) e titular com nitrato de prata 0,1 M SV em
potenciômetro com eletrodo combinado de prata. Cada mL Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
de nitrato de prata 0,1 M SV equivale a 5,85 mg de NaCl.
v
do filtrado para béquer de 600 mL, diluir até 300 mL com Corante.
água e acidificar com ácido clorídrico SR, adicionando
leve excesso. Aquecer à fervura e gotejar, com agitação,
25 mL de cloreto de bário a 12% (p/v), ou até que não VERMELHO PONCEAU 4R LACA DE
ocorra mais precipitação. Deixar em repouso durante ALUMÍNIO
quatro horas. Separar o sulfato de bário por filtração, lavar
com água quente, secar o papel com o resíduo, transferir
para cadinho seco, previamente pesado e calcinar em mufla Corante constituído principalmente do sal sódico do
ácido 7-hidroxi-8-[2-(4-sulfo-1-naftalenil)diazenil]-1,3-
1376 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Corantes subsidiários. Proceder conforme descrito em Efetuar as diluições como descrito no método A. em
Cromatografia em camada delgada (5.2.17.1), utilizando Identificação, e ler a absorvância no pico máximo em
sílica-gel G, como suporte, e mistura de 1-butanol, etanol, cerca de 507 nm (5.2.14). Calcular o teor do corante pela
água e hidróxido de amônio (50:25:25:10), como fase expressão:
móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 2 µL de cada uma
das soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
A × 100
= % de vermelho ponceau 4R na amostra em
Solução (1): 0,25 g da amostra em 10 mL de hidróxido de 442,5 × p 507 nm
sódio 0,5 M.
Solução (4): diluir a Solução (1) de modo a obter solução a EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
0,5 mg/mL, com o mesmo diluente.
Em recipientes perfeitamente fechados, protegidos da luz.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Examinar sob luz ambiente e luz ultravioleta
ROTULAGEM
(254 nm). A mancha principal obtida com a Solução (1)
v
corresponde em posição, cor e intensidade aquela obtida Observar a legislação vigente.
com a Solução (2). As manchas secundárias obtidas com
a Solução (1) não devem ser mais intensas do que aquelas
obtidas com a Solução (3) e a Solução (4) (2%). CATEGORIA
z
1378 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Transferir quantidade do pó equivalente a 0,3 g de zidovudina Procedimento: injetar, separadamente, 10 µL das Soluções
para balão volumétrico de 200 mL. Adicionar 50 mL de (1) e (2), registrar os cromatogramas e medir as áreas sob
mistura de metanol e água (75:25), deixar em ultrassom por 5 os picos. Calcular a quantidade, em miligramas, de timina
minutos e completar o volume com metanol. Deixar decantar na amostra a partir da equação.
e diluir o sobrenadante, sucessivamente, com mistura de
r r
metanol e água (75:25) até concentração de 0,0015% (p/v). 1000 × C × 1 2
O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14) da solução T
obtida, na faixa de 200 nm a 400 nm, exibe máximos e
mínimos somente nos mesmos comprimentos de onda de Em que:
solução similar de zidovudina SQR.
C = concentração, em mg/mL, de timina na Solução (2);
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde r1 e r2 = respostas dos picos referentes à timina obtidos nas
àquele do pico principal da Solução padrão. Soluções (1) e (2), respectivas;
Meio de dissolução: água, 900 mL Solução amostra: pesar 20 cápsulas, remover o conteúdo
e pesá-las novamente. Homogeneizar o conteúdo das
Aparelhagem: pás, 50 rpm cápsulas. Transferir quantidade do pó equivalente a 100
mg de zidovudina para balão volumétrico de 100 mL e
Tempo: 45 minutos
adicionar 30 mL de mistura de metanol e água (75:25).
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de Deixar em ultrassom por 20 minutos e completar o volume
dissolução, filtrar e diluir, se necessário, em mistura de com o mesmo solvente. Filtrar. Transferir 10 mL do filtrado
metanol e água (75:25) até concentração adequada e para balão volumétrico de 100 mL e completar o volume
proceder conforme descrito em Doseamento. Calcular a com o mesmo solvente.
quantidade de C10H13N5O4 dissolvida no meio a partir das
Solução padrão: dissolver 10 mg de timina em metanol e
respostas obtidas com as Soluções padrão e amostra.
transferir para balão volumétrico de 50 mL quantitativamente
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade e completar o volume com mesmo solvente. Transferir 1
declarada de C10H13N5O4 se dissolvem em 45 minutos. mL desta solução e 10 mg de zidovudina SQR para balão
volumétrico de 100 mL, dissolver em 25 mL de mistura
de metanol e água (75:25) e completar o volume com o
ENSAIOS DE PUREZA mesmo solvente. Homogeneizar.
Limite de timina. Proceder conforme descrito em Injetar replicatas de 10 µL da Solução padrão. Os tempos
Doseamento. Preparar as Soluções (1) e (2) como descrito de retenção relativos são cerca de 0,2 para a timina e 1,0
a seguir. para a zidovudina. A resolução entre os picos de zidovudina
e timina não é menor que 5,0. O fator de cauda para o
Solução (1): utilizar a Solução amostra obtida em
pico da zidovudina não é maior que 2,0. O desvio padrão
Doseamento.
relativo das áreas de replicatas dos picos registrados não é
Solução (2): utilizar a Solução padrão obtida em maior que 2%.
z
Doseamento.
Procedimento: injetar separadamente, 10 µL das Soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
1380 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C10H13N5O4 Procedimento: injetar, separadamente, 10 µL das Soluções
nas cápsulas a partir das respostas obtidas com as Soluções (1) e (2), registrar os cromatogramas e medir as áreas sob
padrão e amostra. os picos. Calcular a quantidade, em miligramas, de timina
na amostra a partir da equação.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Em que:
ROTULAGEM
C = concentração, em mg/mL, de timina na Solução (2);
Observar a legislação vigente.
r1 e r2 = respostas dos picos referentes à timina obtidos nas
Soluções (1) e (2), respectivamente;
ZIDOVUDINA SOLUÇÃO INJETÁVEL Q = quantidade de zidovudina, em miligramas, no volume
de solução injetável utilizado no preparo da Solução (1).
z
Solução (2): utilizar a Solução padrão obtida em delgada (5.2.17.1). Utilizar sílica-gel GF254 como suporte,
Doseamento. e mistura de ácido butílico, n-heptano, acetona e hidróxido
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1381
de amônio (40:30:30:10) como Fase móvel. Aplicar Solução amostra: transferir volume de zidovudina
separadamente, em forma de banda, 5 µL de cada uma das solução oral equivalente a 0,1 g de zidovudina para balão
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir. volumétrico de 100 mL e completar o volume com Fase
móvel. Homogeneizar. Transferir 5 mL desta solução para
Solução (1): solução a 5 mg/mL da amostra em mistura de balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com
metanol e água (75:25). Fase móvel. Homogeneizar.
Solução (2): solução a 5 mg/mL de zidovudina SQR em Solução padrão estoque: solução a 1 mg/mL de zidovudina
mistura de metanol e água (75:25). SQR em Fase móvel.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar Solução padrão de timina: transferir exatamente cerca
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A de 20 mg de timina para balão volumétrico de 200 mL.
mancha principal obtida com a Solução (1) corresponde Acrescentar 150 mL de Fase móvel e deixar em ultrassom
em posição e intensidade àquela obtida com a Solução (2). por 10 minutos. Completar o volume com Fase móvel.
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma Homogeneizar.
da Solução amostra obtida em Doseamento corresponde Solução padrão: transferir 10 mL de Solução padrão
àquele do pico obtido com a Solução padrão. estoque e 2 mL de Solução padrão de timina para balão
volumétrico de 100 mL e completar o volume com Fase
CARACTERÍSTICAS móvel. Homogeneizar.
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. Injetar replicatas de 10 mL da Solução padrão. Os tempos
de retenção relativos são cerca de 0,12 para timina e 1,0
pH (5.2.19). 3,0 a 4,0. Determinar em volume da solução para zidovudina. A resolução entre os picos de timina e de
oral contendo 0,15 g de zidovudina acrescido de 5 mL de zidovudina não é menor que 4,0. O fator de cauda para o
cloreto de potássio 0,12 M. pico da zidovudina não é maior que 2,0. O desvio padrão
relativo das áreas de replicatas sob os picos registrados não
deve ser maior que 2,0%.
TESTE DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Procedimento: injetar separadamente, 10 mL da Solução
Contagem do número total de micro-organismos
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
mesófilos aeróbicos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). zidovudina (C10H13N5O4) na solução oral a partir das
Cumpre o teste. respostas obtidas com a Solução padrão e a Solução
amostra.
ENSAIOS DE PUREZA
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Limite de timina. Proceder como descrito em Doseamento.
Preparar as Soluções (1) e (2) como descrito a seguir. Em recipientes bem fechados.
Solução (2): utilizar a Solução padrão de timina obtida em Observar a legislação vigente.
Doseamento.
z
Fase móvel: mistura de acetato de sódio 0,04 M, metanol,
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
acetonitrila e ácido acético glacial (900:90:10:2).
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
1382 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. áreas sob os picos. Calcular a quantidade de zidovudina e
lamivudina nos comprimidos a partir das respostas obtidas
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. com as Soluções padrão e amostra.
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) Em recipientes bem fechados.
Meio de dissolução: água, 900 mL
ROTULAGEM
Aparelhagem: pás, 50 rpm
Observar a legislação vigente.
Tempo: 60 minutos
DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido
de alta eficiência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 270 nm; coluna de 125 mm de
comprimento e 4 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
mm), mantida à temperatura ambiente, fluxo da Fase móvel
de 1 mL/minuto.
z
Procedimento: injetar separadamente, 20 mL das Soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as