You are on page 1of 49

CAPÍTULO I – 1.

1C - A SEGURANÇA DO
TRABALHO E O PREVENCIONISMO

"... O prevencionismo em seu mais amplo


sentido evoluiu de uma maneira crescente,
englobando um número cada vez maior de
fatores e atividades, desde as precoces
ações de reparação de danos (lesões) até
uma conceituação bastante ampla, onde se
buscou a prevenção de todas as situações
geradoras de efeitos indesejados ao
trabalho."
Francesco M.G.A.F. De Cicco e Mário Luiz
Fantazzini ( 1979)
1
CAP.I – 1.1C – PREVENCIONISMO

Neste capítulo do nosso curso estaremos


utilizando:
o capítulo III da dissertação de mestrado de
Anete Alberton,– “Uma Metodologia para
auxiliar no Gerenciamento de Riscos e na
Seleção de Alternativas de Investimentos em
Segurança”.
http://www.eps.ufsc.br/disserta96/anete/cap3/
cap3_ane.htm
Manual – Tecnologias Consagradas de Gestão de
Risco
2
1.1C - SEGURANÇA DO TRABALHO E O
PREVENCIONISMO

os estudiosos
do problema,
por volta da
década de 60
do século
passado lançam
as "doutrinas
preventivas de
segurança". Corra Riscos Calculados

3
1.1C - SEGURANÇA DO TRABALHO E O
PREVENCIONISMO

A ENGENHARIA DE SEGURANÇA
TRADICIONAL
no sistema tradicional os acidentes são
analisados pela freqüência de
ocorrência;
Dá lugar ao surgimento das
doutrinas preventivas de
segurança
4
1.1C - SEGURANÇA DO TRABALHO E O
PREVENCIONISMO

Nas doutrinas preventivas


de segurança
a atividade de segurança só é eficaz
quando essencialmente dirigida para o
conhecimento e atuação no foco, nas
causas dos acidentes, envolvendo para
isso toda a estrutura organizacional.

5
1.1C - SEGURANÇA DO TRABALHO E O
PREVENCIONISMO

Estas doutrinas formam hoje o que


chamamos de
"Prevenção e Controle de Perdas",
concebidas como um conjunto de diretrizes
administrativas (de gestão), onde os
acidentes são vistos como fatos
indesejáveis, cujas causas podem ser
evitadas.

6
1.1C - SEGURANÇA DO TRABALHO
E O PREVENCIONISMO

Um dos primeiros e significativos


avanços no controle e prevenção de
acidentes foi a teoria de Controle
de Danos concretizada nos estudos
de Bird e complementada pela teoria
de Controle Total de Perdas de
Fletcher.

7
1.1C - SEGURANÇA DO TRABALHO
E O PREVENCIONISMO

A visão do acidente onde o homem é o


ponto central, rodeado de todos os outros
componentes que compõe um sistema, tais
como:
equipamentos,
materiais,
instalações
tem hoje, numa visão mais moderna de
qualidade, onde inclui o meio ambiente e
a preservação à natureza.
8
1.1C - SEGURANÇA DO TRABALHO E O
PREVENCIONISMO

Qualquer discussão sobre perigo e


riscos é necessário o conhecimento da
terminologia adotada, seu sentido
preciso e seu inter-relacionamento
(Willie Hammer)

9
1.1C - PREVENCIONISMO -
DEFINIÇÕES BÁSICAS

Incidente Crítico (ou quase-acidente):

É qualquer evento ou fato negativo com


potencialidade para provocar dano.
Também chamados “quase-acidentes”,
caracterizam uma situação em que não
há danos macroscópicos ou visíveis.

10
1.1C - PREVENCIONISMO -
DEFINIÇÕES BÁSICAS

Risco

11
1.1C - PREVENCIONISMO -
DEFINIÇÕES BÁSICAS

Risco (Risk): Expressa uma


probabilidade de possíveis danos dentro
de um período específico de tempo ou
número de ciclos operacionais, podendo
ser indicado pela probabilidade de um
acidente multiplicada pelo dano em
valores monetários, vidas ou unidades
operacionais.
12
1.1C - PREVENCIONISMO -
DEFINIÇÕES BÁSICAS

Risco (Risk):

13
1.1C - PREVENCIONISMO -
DEFINIÇÕES BÁSICAS

Risco: Risco pode ainda significar:


 incerteza quanto à ocorrência de
um determinado evento (acidente);
 chance de perda que uma empresa
pode sofrer por causa de um
acidente ou série de acidentes.

14
1.1C - PREVENCIONISMO -
DEFINIÇÕES BÁSICAS
Perigo (Hazard): uma ou mais condições de
uma variável com potencial para causar danos.
Esses danos podem ser entendidos como
lesões a pessoas, danos a equipamentos ou
estrutura, perda de material em processo ou
redução da capacidade de desempenho de
uma função pré-determinada. Havendo
perigo, persistem as possibilidades de
efeitos adversos.

15
1.1C - PREVENCIONISMO -
DEFINIÇÕES BÁSICAS

Nível de Perigo: Como sinônimo de


Danger
Expressa uma exposição relativa a um
perigo que favorece a sua
materialização em danos.
Um perigo pode estar presente, mas
pode haver baixo nível de perigo,
devido às precauções tomadas
16
1.1C - PREVENCIONISMO -
DEFINIÇÕES BÁSICAS
Nível Perigo: Como sinônimo de Danger,

17
1.1C - PREVENCIONISMO -
DEFINIÇÕES BÁSICAS

Perigo: Parâmetro que caracteriza uma


relativa exposição a um risco. É a
exposição que favorece a
“materialização”do risco como causa de
um fato catastrófico (acidente) e dos
danos resultantes - “DANGER”

PERIGO = RISCO .
MEDIDAS DE CONTROLE

18
1.1C - PREVENCIONISMO -
DEFINIÇÕES BÁSICAS

Perigo: Em recente publicação do livro


Freakonomics, no Brasil (revista Veja –
nov./2005 - já considerado Best-seller)
de Stephen Dubner e Steven Levitt –
ele aborda a seguinte pergunta:
O que é mais perigoso para uma criança –
uma piscina ou uma arma?

19
1.1C - PREVENCIONISMO -
DEFINIÇÕES BÁSICAS

Ele responde: Uma piscina – Steven


Levitt calculou que a probabilidade de
uma criança de até 10 anos morrer em
um acidente com arma de fogo é de uma
em 1 milhão, contra uma em 11.000 de
se afogar em uma piscina

20
1.1C - PREVENCIONISMO -
DEFINIÇÕES BÁSICAS
Dano:
É a gravidade da perda, seja ela
humana, material, ambiental ou
financeira, que pode ocorrer caso não
se tenha controle sobre um risco.
O risco (possibilidade - probabilidade)
e o perigo (exposição) podem manter-
se inalterados e mesmo assim existir
diferença na gravidade do dano.
21
1.1C - PREVENCIONISMO -
DEFINIÇÕES BÁSICAS
Dano:
Um operário desprotegido pode cair de uma
viga a 3 m de altura, e sofrer um dano físico,
por exemplo, uma fratura na perna. Se a viga
estivesse a 90 m de altura, ele, com certeza,
estaria morto. O risco (possibilidade) e o perigo
(exposição) de queda são os mesmos.
Entretanto, a diferença reside na gravidade do
dano que poderia ocorrer com a queda.

22
1.1C - PREVENCIONISMO -
DEFINIÇÕES BÁSICAS

23
1.1C - PREVENCIONISMO -
DEFINIÇÕES BÁSICAS
"O medo do dano deveria ser proporcional, não apenas à
gravidade do dano, mas também à probabilidade do
evento." Avaliação do Risco pela relação Dano/Ocorrência
Dano
Grande
Dano
Médio
Dano
Pequeno
Improvável Pouco Muito Extremamente
provável provável Provável
Ocorrência do Evento
Situação de baixo risco associado

Situação de alto risco associado


24
Modificado de Heller R. Como tomar decisões. São Paulo: Publifolha, 1999:42
1.1C - PREVENCIONISMO -
DEFINIÇÕES BÁSICAS

Causa:
É a origem de caráter humano ou
material relacionada com o evento
catastrófico (acidente ou falta)
resultante da materialização de um
risco, provocando danos.

25
1.1C - PREVENCIONISMO -
DEFINIÇÕES BÁSICAS

26
1.1C - PREVENCIONISMO -
DEFINIÇÕES BÁSICAS

Perda:

É o prejuízo sofrido por uma


organização sem garantia de
ressarcimento através de seguros ou
por outros meios.

27
1.1C - PREVENCIONISMO -DEFINIÇÕES
BÁSICAS

Sinistro:

É o prejuízo sofrido por uma


organização, com garantia de
ressarcimento através de seguros ou
por outros meios.

28
1.1C - PREVENCIONISMO -
DEFINIÇÕES BÁSICAS

Segurança:

É a situação em que haja isenção de


riscos. Como a eliminação completa de
todos os riscos é praticamente
impossível, a segurança passa a ser
um compromisso acerca de uma
relativa proteção da exposição a
riscos. É o antônimo de perigo.
perigo
29
1.1C - PREVENCIONISMO -
DEFINIÇÕES BÁSICAS

Ato inseguro: Incidente/quase-acidente


São comportamentos emitidos pelo
trabalhador que podem levá-lo a
sofrer um acidente. Os atos inseguros
são praticados por trabalhadores que
desrespeitam regras de segurança,
que não as conhecem devidamente, ou
ainda, que têm um comportamento
contrário à prevenção.
30
1.1C - PREVENCIONISMO -
DEFINIÇÕES BÁSICAS

Ato inseguro:

31
1.1C - PREVENCIONISMO -
DEFINIÇÕES BÁSICAS
Condição Insegura:
São deficiências,
defeitos ou
irregularidades
técnicas na empresa
que constituem riscos
para a integridade
física do trabalhador,
para sua saúde e para
os bens materiais da
empresa.
32
1.1C - PREVENCIONISMO -
DEFINIÇÕES BÁSICAS

Condição Insegura:
As condições inseguras são deficiências
como:
defeitos de instalações ou de
equipamentos,
falta de proteção em máquinas,
má iluminação,
excesso de calor ou frio,

33
1.1C - PREVENCIONISMO -
DEFINIÇÕES BÁSICAS
umidade,
gases,
vapores e
poeiras nocivos e muitas outras
condições insatisfatórias do próprio
ambiente de trabalho.

34
1.1C - PREVENCIONISMO -
DEFINIÇÕES BÁSICAS

Acidente:
É uma ocorrência,
uma perturbação no
sistema de trabalho,
que ocasionando
danos pessoais ou
materiais, impede o
alcance do objetivo
do trabalho.
35
1.1C - PREVENCIONISMO -
DEFINIÇÕES BÁSICAS

Acidente:

36
1.1C - PREVENCIONISMO -
DEFINIÇÕES BÁSICAS

Acidente catastrófico: O TITANIC


Em 14 de abril de 1912 o White Star a vapor
RMS Titanic, quando se aproximava de uma
região povoada de imensos blocos de gelo,
chocou-se com um iceberg. O navio, o qual
estava realizando a sua viagem inaugural,
afundou em aproximadamente 2 horas e 40
minutos despejando no mar gélido um total de
2201 passageiros, dos quais apenas 712
conseguiram sobreviver.
37
1.1C - PREVENCIONISMO -
DEFINIÇÕES BÁSICAS
O navio possuía botes salva-vidas para apenas
1176 pessoas, o que satisfazia as exigências do
Board of Trade (980 lugares) para uma
embarcação daquele tamanho. O Titanic foi
considerado por muitos como indestrutível,
embora seus construtores não compactuassem
com esta idéia. Porém, como o representante
dos construtores, um dos projetistas do navio, e
o capitão pereceram no desastre, pode-se
assumir que os responsáveis pelo projeto e
operação do Titanic não esperavam que ele
porventura afundaria.
38
1.1C - SEGURANÇA DO TRABALHO E O
PREVENCIONISMO

A TEORIA DOS PORTADORES DE


PERIGOS
Sob um enfoque mais filosófico,
“Skiba” considera que o perigo é uma
energia danificadora que quando
ativada pode provocar danos
corporais e/ou materiais.

39
A TEORIA DOS PORTADORES DE
PERIGOS

A pessoa e o objeto podem ser


portadores de perigos em determinadas
circunstâncias. Se a energia
danificadora associada a eles for
repetidamente ativada, ocorre uma
colisão entre a pessoa e o objeto.

40
A TEORIA DOS PORTADORES DE
PERIGOS

A figura mostra, segundo Skiba a distinção


entre perigo e risco.
41
A TEORIA DOS PORTADORES DE
PERIGOS

A perturbação no sistema de trabalho


ocasionada pela colisão repentina e
involuntária entre os fatores do
sistema - pessoa e objeto,
caracteriza o acidente , que impede o
alcance do objetivo de trabalho.

42
A TEORIA DOS PORTADORES DE
PERIGOS

A pessoa e o
Cap.I - Acidente com
objeto podem vaso Sanitario -
ser portadores anexo2.pps
de perigos em
determinadas
circunstâncias

43
CAPÍTULO II - A ENGENHARIA DE
SEGURANÇA DO TRABALHO E O
PREVENCIONISMO

CONTROLE DE DANOS
Segundo Bird, prevenindo e controlando os
incidentes através do controle de perdas,
todos: pessoas, equipamentos, material e
ambiente, estaremos protegidos com
segurança.
CONTROLE DE DANOS - nasce aqui um
novo conceito: os acidentes com danos à
propriedade.
44
CAPÍTULO II - A ENGENHARIA DE
SEGURANÇA DO TRABALHO E O
PREVENCIONISMO

45
CAPÍTULO II - A ENGENHARIA DE
SEGURANÇA DO TRABALHO E O
PREVENCIONISMO
CONTROLE TOTAL DE PERDAS
O Controle Total de Perdas envolve os dois
conceitos anteriores:
acidentes com lesões pessoais e
danos à propriedade

englobando: perdas provocadas por acidentes


em relação à explosões, incêndios, roubo,
sabotagem, vandalismo, poluição ambiental,
doença, defeito do produto, etc.
46
CAPÍTULO II - A ENGENHARIA DE
SEGURANÇA DO TRABALHO E O
PREVENCIONISMO

CONTROLE TOTAL DE PERDAS


Então, em termos gerais, pode-se dizer
que o Controle Total de Perdas envolve:
prevenção de lesões (acidentes que tem
como resultado lesões pessoais);
controle total de acidentes (danos à
propriedade, equipamentos e materiais);
prevenção de incêndios (controle de
todas as perdas por incêndios);
47
CAPÍTULO II - A ENGENHARIA DE
SEGURANÇA DO TRABALHO E O
PREVENCIONISMO

CONTROLE TOTAL DE PERDAS


Envolve ainda:
segurança industrial (proteção dos bens
da companhia);
higiene e saúde industrial;
controle da contaminação do ar, água e
solo;
responsabilidade pelo produto.
48
1.1C - SEGURANÇA DO TRABALHO E O
PREVENCIONISMO

ENGENHARIA DE SEGURANÇA DE
SISTEMAS
O prevencionismo, desde as precoces
ações de prevenção de danos, evoluiu
englobando um número cada vez maior de
atividades e fatores, buscando a prevenção
de todas as situações geradoras de efeitos
indesejados ao trabalho.

49

You might also like