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A BÍBLIA DO CULTIVO DE

MARIJUANA
(EM PORTUGUÊS)

Escolhendo e Obtendo Sua Espécie Desejada

É muito importante começar com uma boa genética. O que é boa genética? Só você pode dizer.
Você prefere uma onda forte, sedativa, que te coloca pra dormir? Ou você quer voar alto numa
euforia cerebral que te deixe confuso e nas nuvens?? Ou talvêz um pouco de cada???

Existem três espécies distintas de variações da planta de marijuana. Essas três variações incluem
Cannabis Sativa, Cannabis Indica e Cannabis Ruderalis:

Cannabis Sativa é uma planta difícil de criar em lugar fechado devido a grande necessidade de
luz, alta estatura e florescimento tardio. Sativas são originárias das regiões equatoriais, daí sua
maior necessidade de luz e um clima tropical quente. É possível identificar a Sativa por suas folhas
longas e finas como dedos. A Sativa tipicamente produz uma onda euforicamente energética e
cerebral. Apesar das limitações climáticas das Sativas, elas são realmente uma grande
recompensa para quem as obtém, planta e fuma. Uma Sativa pura leva de 2 a 4 meses para
florescer.

Cannabis Indica é uma planta ideal para plantio tanto em lugares fechados como a céu aberto,
devido a sua menor necessidade de luz e baixa estatura, também oferecendo resistência a fungos
e pestes, tendência a maturação precoce e densa produção de flores.Indicas são originárias de
climas mais frios, exibindo características descritas à cima pela sua aclimatação ao ambiente nas
quais foram criadas. Sua baixa estatura e folhas extremamente largas as fazem de fácil
identificação. Uma indica geralmente produz uma onda forte e exaustiva, sedativa; podendo levar
entre 45 e 60 dias para o término do florescimento.

Cannabis Ruderalis não é uma boa escolha tanto pra plantio interno quanto externo. Apesar da
baixa estatura (chegando no máximo a 1,5m) e maturação rápida, as Ruderalis não produzem
nem a quantidade nem a qualidade que se procura no florescimento. Uma pequena redução no
ciclo luminoso, pode desencadear florescimento em uma planta precoce com 2 a 3 grupamento de
folhas. Apesar disso a produção das Ruderalis não pode ser comparada com as subespécies tanto
das Sativas, como das Indicas.

Existem também plantas feitas de cruzamentos entre as espécies, chamadas híbridas:

Híbridas podem carregar o melhor dos dois mundos, tanto no tipo de onda como nos padrões de
crescimentos e seus traços genéticos, apesar de algumas não conseguirem mantê-los. As Híbridas
tem potencial para exibir ótimas características que se procura para plantio. Uma Híbrida bastante
comum, tem uma onda forte, eufórica, energética, folhagem densa e de baixa estatura, fazendo
dessa espécie de Híbrida uma ótima escolha para todo tipo de plantio e de sensações. Tudo é
relativo a sua condições de plantio e de preferência pessoal.

Tente conseguir sementes de bancos locais que tenham sido aclimatadas as condições do seu
clima, e carreguem as melhores características florais – potência, aroma, sabor, crescimento
vigoroso, maturação precoce e resistência a fungos e pestes. Procure por sementes que sejam
marrom escuro ou cinza claro. Algumas podem ter linhas escuras nas tonalidades citadas, como
listras de tigre. Sementes pequenas e brancas são imaturas e não devem ser plantadas. Todos
esses fatores devem ser considerados pelo jardineiro experimentado.

Você se beneficiará tremendamente achando um amigo que te auxilie. Porém, nem todos nos
temos a sorte de ter amigos que forneçam sementes, então o caminho é encomendar de fora.
Fazer pedido em um banco de sementes online se torna o cenário ideal, uma forma prática de
escolher e achar o tipo particular de semente que se deseja.
Iluminação

A luz é necessária à uma planta na transformação de nutrientes em alimento. Tem ainda uma
grande influência na produção de clorofila, taxa de crescimento, tamanho de folha e produção de
sementes. A luz se torna uma dos aspectos mais importantes em sua operação de plantio. Para o
propósito do plantio de marijuana existem dois tipos básicos de luz; Fluorescentes e Descargas de
Alta Intensidade (HID) – incluindo Vapor de Mercúrio (MV), Vapor Metálico (MH) e Vapor de Sódio
(HPS)

HID x FLUORESCENTES

A diferença principal é que lâmpadas fluorescentes criam luz na passagem de eletricidade através
de um vapor de gás de baixa pressão e HID criam luz na passagem de eletricidade através de um
vapor de gás de alta pressão. HID são MUITO mais brilhantes e apesar de representarem um
maior custo no começo, são mais eficientes na relação custo benefício e permitem uma melhor
produção. Portanto, elas são a primeira escolha para a maioria dos criadores em lugares fechados.

- FLUORESCENTES

Fluorescentes são encontradas nos mais variados formatos e tamanhos. Existem lâmpadas
compactas, bulbos retorcidos e bulbos circulares. Todas trabalham da mesma forma. Elas
possuem iniciador (starter) e reator embutido permitindo um envio regular e seguro de
eletricidade para a luz. Antes das HID estarem disponíveis para plantio em lugares fechados, os
plantadores usavam lâmpadas fluorescentes, que apesar de funcionarem durante todas as etapas
de cultivo, não são aconselháveis para uso desta forma. Para plantio de forma efetiva com
fluorescentes pense de forma pequena. Essas são lâmpadas indicadas para germinação, produção
de raizes em clones e plantas pequenas, manter plantas mãe para propósito de clonagem e ainda
prover iluminação lateral para o crescimento dos galhos inferiores. Essas situações não requerem
uma luz de alta intensidade para se desenvolver. A luz emitida pelas lâmpadas fluorescentes é
suave e mais difusa, não desprende uma grande quantidade de calor e não faz com que a planta
trabalhe tanto. Por essa razão pode ser deixada próxima à planta. De três a cinco centímetros é o
suficiente, porém devido a isso as luzes deverão ser ajustadas quase que diariamente, o que pode
ser problemático.

- DESCARGA DE ALTA INTENSIDADE (HID)

Existem basicamente três tipos de HID. Vapor de Mercúrio (MV), Vapor Metálico (MH) e Vapor de
Sódio (HPS). Essas lâmpadas também precisam de iniciador (starter) e reator.

Vapor de Mercúrio (MV) e o tipo de luz que era utilizados na iluminação das ruas no passado.
Não é muito boa para plantio por não prover o espectro de luz correto. Enquanto ela produz um
pouco do espectro azul, MV também produz muito calor para se deixar próximo a planta, sendo de
operação muito ineficiente.

Vapor Metálico (MH) é uma fonte muito boa de espectro de luz azul/branco o que é ideal para o
crescimento vegetativo. Muitos plantadores usam MH durante a fase vegetativa. MH é brilhante e
de operação custo eficiente, porém não tão eficiente quanto as lâmpadas HPS. As potências mais
utilizadas são de 400 e 1000 watts. Trabalham melhor quando combinadas com lâmpadas HPS.

Vapor de Sódio (HPS) é a melhor escolha de lâmpada hoje em dia para plantio de marijuana.
HPS são muito brilhantes e muito eficientes. Esse tipo de luz tem um espectro
vermelho/alaranjado que é ideal para a fase de florescimento. Com o suficiente desse tipo de luz
você também poderá cultivar aqueles "camarões" de poster da Hightimes. HPS são encontradas
em várias potências de 70 até 1000 watts.

FOTOPERÍODO

Suas plantas deverão ser iniciadas no período vegetativo em um regime de luz de 24/7 ou 18/6. A
razão para o regime de 18/6 é para deixar um período de escuro para as plantas descansarem e
também poupar a sua conta de luz. A maioria das plantas se exaure após 16 horas de luz por dia.
Ajustes deverão ser feitos de acordo com a necessidade das plantas. Para o florescimento 12/12 é
a norma. Novamente, ajustes poderão ser feitos. Um mínimo de 12 horas de escuro é requerido
para ativar o florescimento.

ERROS MAIS COMUNS COM A ILUMINAÇÃO

Não queime as plantas ao coloca-las perto demais das lâmpadas. Fluorescentes não emitem muito
calor e podem ficar cerca de 3 a 5 cm de distância. HID emitem muito calor e precisam ficar a
uma distância razoável. Um bom teste é colocar as costas da mão entre planta e a lâmpada por
algum tempo, se houver sensação de desconforto é porque a lâmpada está perto demais. Existem
algumas lâmpadas comuns que podem induzir a germinação, mas são inúteis para propósito de
crescimento. Essa lâmpadas são: Qualquer incandescente (normal), halógena, luz negra e de
aquecimento. Não perca tempo tentando plantar com essas lâmpadas, você apenas se
desapontará.

Fórmulas para Cálculo de Iluminação

Para determinar corretamente a melhor iluminação do seu espaço existem várias coisas que você
deve saber. A esta altura algumas definições se fazem necessárias:

Lumens – Um lumen equivale a quantidade de luz emitida por uma vela que incide sobre 1 pé
quadrado (square foot) de uma superfície a um pé (1 foot = 0,30m ) de distância.

Watts – A medida da quantidade de eletricidade fluindo através do fio. Watts por hora medem a
quantidade de watts consumidas em uma hora. Um Kilowatt/hora (KWH) é 1000 watts/hora.

Para determinar o custo de operação da sua luz:


Descubra o quanto é cobrado por Kwh na sua conta de luz. Imagine que você tem uma lâmpada
de 1000 watts e paga $ 0,5/hora. Se um kilowatts equivale a 1000 watts, você pagará 5 centavos
por hora para manter a luz acesa. Outro exemplo. Digamos que você tem uma lâmpada de 400
watts e paga $0,3/hora. Divida 400 por 1000 = 0,4 e multiplique por 0,3 = $0.012 por hora de
luz.

Para determinar quantos lumens por pé quadrado:


Você tem que achar a área do seu espaço. (largura X comprimento = pé quadrado) Divida a
quantidade de lumens disponíveis pela medida em pés quadrados da sua área. Exemplo: Digamos
que você tenha um espaço de 3 pés de profundidade por 4 pés de largura = 12 pés quadrados, e
o total de lumens das suas lâmpadas é de 45.000 lumens. 45.000/12 = 3.750 lumens por pé
quadrado

Agora para a grande pergunta. Quanta luz eu necessito? A tecnologia tem avançado tanto nos
últimos 15 anos que nós estamos constantemente refinando o processo e atualizando o que
sabemos que funciona melhor para o plantio. A teoria atual diz que o mínimo de luz necessária
para sustentar o crescimento é de 2.000 lumens por pé quadrado. A média seria de 5.000 lumens
por pé quadrado. O ideal seria 7.000-7.500 ou mais por pé quadrado.

Para determinar o quanto de luz você precisa em watts:


A regra geral para definir a quantidade de luz para uma área, é um mínimo de 30 watts por pé
quadrado. 50 watts por pé quadrado e ideal. Você pode determinar a quantidade luz para a sua
área usando essa fórmula: 30 watts (ou 50) X ? (sua área) em pés quadrados. Exemplo: Você tem
uma área de 10 pés quadrados 30w X 10 s.f. = 300 watts/por pé quadrado ou 50 watts X 10 s.f.
= 500 watts por pé quadrado (ideal). Lembre-se que lâmpadas fluorescentes são mais fracas e
emitem menos luz que as HID. Isso significa que você precisará 5 vezes mais watts para igualar
uma lâmpada HID. Então, 30 watts de HID seriam iguais a 150 watts de fluorescentes. Por isso é
advertido que se utilize o mínimo de 30 watts por pé quadrado para luzes HID e um mínimo de
150 watts para Fluorescentes.

Isso tudo é muito importante pois a intensidade da luz irá afetar diretamente a qualidade e a
produção de sua colheita. Se você tiver menos do que o ideal, sua colheita e potência serão
reduzidas e os "camarões" não serão tão densos. Essa questão nunca é de mais repetir. Você deve
ter a quantidade de luz certa para o seu espaço, para poder colher "camarões" de alta qualidade.
A questão as vezes pode ser, "Posso ter luz demais?" A resposta básica é não. De acordo com a lei
de retornos minorados, você poderia teoricamente alcançar um ponto onde as plantas não
conseguiriam mais absorver a luz, porém seria impossível ter essa quantidade de luz em seu
espaço. O calor se tornaria um problema bem antes de você atingir esse ponto. Então use quantas
lâmpadas puder, apenas controle o calor.

Experimentação é o único método para determinar a melhor solução para cada planta. Se a planta
não estiver recebendo luz suficiente, ela começará a crescer de forma desproporcional como se
estivesse se esticando para buscar luz e a folhagem se torna verde pálida. Ou, se elas necessitam
ser movidas para perto da luz, ou aumentado o período de exposição à luz, elas podem ter
problemas como folhas e flores descolorindo ou queimadas. Folhas poderão se tornar super
compactas e enroladas nas pontas.

Germinação

Então você está com as sementes em mãos. Agora você se pergunta o que fazer para começar o
plantio. Se você comprou sementes de um banco reconhecido então você pode ter certeza que
elas estão prontas para germinar, já que todas passam por um processo de seleção. Porém, se
você descolou sementes que vieram no seu bagulho prensado, você deverá fazer algumas
verificações simples para saber se as sementes são viáveis ou não. Uma forma de testar, é
gentilmente apertar a semente entre o seu dedo indicador e o polegar. Se ela desmanchar, então
não está boa. As brancas e secas estão imaturas e quebrarão com facilidade. As sementes verde
escuro, verde ou marrom são mais aptas a germinar. Você não poderá destinguir o sexo da planta
apenas olhando a semente. Existem algumas teorias por aí, porém não existe nenhum sinal físico
característico para se distinguir machos de fêmeas.

Alguns gostam de germinar usando métodos como o do papel toalha, antes de colocar no vaso.
Isso é para assegurar que as sementes estão no ponto, mas se você desejar poderá plantá-las
direto no solo. Para germinar em papel toalha, simplesmente coloque a semente entre duas folhas
de papel toalha embebidas em água mineral ou destilada, dentro de um Tupperware ou recipiente
com tampa. Deixe o recipiente em um lugar que aja propagação de calor, como em cima da
geladeira ou do monitor do computador. Verifique varias vezes por dia e veja se as sementes
estão rachadas e uma pequena raiz branca começou a surgir.

Após a germinação você verá uma pequena raiz branca saindo do meio da semente. Cave um
buraco pequeno no solo (use um lápis para fazer um pequeno buraco). Quando estiver plantando
a semente tenha certeza de que a profundidade do buraco não ultrapassa meio centímetro e só
então coloque a semente dentro. Assegure-se que a raiz ou o lado pontudo da semente está
apontando para o fundo ao colocar no solo. Cubra o buraco com terra solta (Não achate!) e
mantenha a terra húmida (Não encharque!). Você deverá permitir pelo menos 10 cm de espaço
vertical no fundo para a raiz crescer. Coloque uma semente por copo de 500ml ou vaso de 4 litros,
e coloque-o embaixo das luzes. Comece com um ciclo de luz de 24/7 (24 horas ligada por 7 dias
da semana). Você deverá ver os brotos de 2 a 14 dias dependendo das suas condições individuais
e método de uso. Para resultados mais rápidos tente manter a temperatura em 26 graus Celsius.
Você verá uma taxa de germinação menor com 21 graus Celsius, porém ainda assim é aceitável, a
semente só levará mais tempo para brotar.

O broto emergirá com duas folhas primordiais (cotilédones). Essas folhas são pequenas, lisas e
arredondadas e serão seguidas de um par de folhas serradas individuais. A distância da luz
dependerá de qual tipo esta sendo usado por você. Se for fluorescente, coloque de 3 a 5 cm de
distância de seu broto. Se for HPS ou MH ajuste de acordo com a temperatura, fazendo o teste da
mão. Esses tipos de luzes costumam secar o solo rapidamente, fique de olho.

Atenção! Não coloque adubo ou fertilizante durante os primeiros estágios de crescimento.


(primeiras 3 semanas) Esses estágios são muito frágeis, e não precisa muito para se cometer um
erro fatal. Lembre-se assim como na sua vida, as plantas também precisam lidar com uma série
de coisas ao mesmo tempo, quanto menos coisas você tiver que lidar menor a chance de
problema. Mantenha a filosofia de menos é mais.

Crescimento Vegetativo e Florescimento


Assim que sua luz estiver ajustada e as folhas começarem a surgir, você estará entrando no
período vegetativo. Só regue a planta quando o solo estiver totalmente seco até o fundo do vaso.
Você poderá checar colocando o dedo em um dos buracos de drenagem no fundo, sentindo se está
húmido, ou usando um medidor de humidade. Um palitinho de comida chinesa serve para teste
improvisado, coloque-o até o fundo do vaso próximo a lateral para não acertar nenhuma raiz, e
retire-o em seguida. Se a ponta que tocou o fundo voltar suja, ainda existe humidade no vaso.
Deixe secar mais um pouco antes de regar novamente.

Talvez o melhor método seja esperar a planta dizer que quer água. As folhas ficam meio murchas
com aparência de "sede". A razão deste método ser preferido, tem duas partes: 1- Você estará
seguro de não "afogar" a planta e 2- Esperando o solo secar até o fim, você estimulará o
desenvolvimento das raízes à procura de água. Mais raízes = planta maior e mais forte = mais e
melhores "camarões da cabeleira dos cabra que toca reggae" ;-P

Provavelmente o erro mais comum entre iniciantes é "afogar" a planta. Regando em excesso
causará à planta um crescimento pobre e se continuado pode levar ao apodrecimento da raiz e
morte. Tome cuidado se você está começando com um pote muito grande. Ao regar em excesso
um planta pequena em um pote grande, ela não conseguirá absorver toda a água, o solo poderá
parecer seco na superfície, porém no fundo pode estar se formando lama, levando ao
apodrecimento da raiz. Uma planta que não é regada o suficiente é muito mais saudável do que
uma regada em excesso. Também é mais difícil recuperar uma planta "afogada" do que uma com
"sede".

Como regra deve se usar 2 cm de cascalho ou outra mistura apropriada de alta drenagem, no
fundo para evitar o afogamento da planta. É recomendável que se coloque um ventilador em cima
da planta assim que ela sair do solo, isso simula o vento e estimula o fortalecimento do caule
levando a uma planta mais vigorosa que aguentará o seu próprio peso no período de
florescimento. Caules grandes e fortes = planta grande e forte = mais e melhores "camarões bla
bla bla"

A temperatura poderá ficar entre 21 e 30 graus Celsius sem danificar a planta. Para o solo, o Ph
deverá variar entre 6.3 e 6.8, geralmente. A humidade relativa deverá ficar por volta de 60% no
período vegetativo. Durante este período alimente sua planta com um fertilizante rico em
Nitrogênio (N). Existem vários produtos ricos em Nitrogênio, comece utilizando ¼ da dosagem
recomendada pelo fabricante aumentando gradativamente na medida que a planta responde ao
crescimento. Entupir de fertilizante não fará a planta crescer mais rápido e sim poderá queimá-la.
Procure fertilizantes com uma taxa de NPK de 2-1-1. NPK é o padrão em embalagens de
fertilizante com a taxa dos três maiores nutrientes necessários à planta: Nitrogênio (N), Fósforo
(P) e Potássio (K). Para esse período da planta procure um fertilizante com o dobro de N em
relação a P e K. Assim que a sua planta chegar por volta dos 30 cm ou 4 a 6 semanas de idade,
você poderá começar a notar a alternância de folhas dos nós (junção dos galhos e o caule).
Quando os galhos superiores começarem a alternar é um sinal que a planta atingiu a maturidade e
está pronta para o florescimento.

Se você optou por deixar a planta no ciclo 24/7, deixe a planta crescer pelo tempo que você
desejar. Uma planta costuma duplicar, triplicar e até quadruplicar de tamanho no período de
florescimento. Sativas costumam quadruplicar enquanto Indicas geralmente duplicam de tamanho.
Algumas espécies de marijuana precisam de 8 semanas de crescimento vegetativo. Sua altura,
colheita e potência dependerão do tipo e da forma de crescimento. Como o nosso objetvo é a flor
ou "camarão", evite criar muitas plantas ao mesmo tempo, a não ser que você tenha luz suficiente
para todas elas. Dessa forma elas não ficarão com caules alongados e "camarões" somente na
parte superior.

Lembre-se, você só pode conseguir flor ou "camarão" de uma planta fêmea, então mantenha seu
foco nas "minas". Para poder descobrir o sexo da planta, consiga um timer e coloque as luzes em
um ciclo de 12 horas ligadas e 12 horas apagadas. Utilizando um timer é muito mais simples
controlar o ciclo do que manualmente, além de mais preciso. Assegure-se de que sua planta
receba 12 horas completas de escuridão nesse estágio. Qualquer interrupção poderá adiar o
descobrimento do sexo por dias ou até semanas e afetar a sua produção severamente. O período
de florescimento pode levar de 2 a 3 meses.

Durante o período de florescimento, sua planta necessita de nutrientes com alto teor de Fósforo
(P). Existem vários produtos com alto teor de P, geralmente comece diluindo ½ da dosagem
recomendada pelo fabricante. A humidade relativa ideal é entre 40 e 55% para esse estágio.
Por volta de 14 dias no ciclo 12/12, você pode começar a procurar por pequenos pistilos ou "pêlos"
brancos (indicativo de fêmea) ou pequenas bolas (indicativo de macho) crescendo na base de
cada nó. Os pistilos crescem até 0,5 cm, sendo facilmente visíveis, aparecendo aos pares um de
cada lado do nó. As bolas crescem também na base de cada galho, aos grupos, parecendo
pequenas cornetas, antes da forma final arredondada. Nas bolas está o pólen. Assim que você
identificar um macho, remova-o de sua área, para permitir as fêmeas mais espaço e mais luz. É
nesse estágio que se formam os "camarões", e a medida que o tempo passa eles vão aumentando
de tamanho e necessitando de mais fertilizante. É altamente recomendável que se pare de usar
fertilizantes 2 semanas antes da colheita. Para assegurar que toda a química dos produtos já foi
absorvida pela planta. Se uma planta ainda estiver com química no período de colheita, o fumo
será muito amargo e áspero na garganta. Para evitar essa aspereza, enxague a planta com água
corrente, na medida de 4 vezes a capacidade de seu vaso, 2 semanas antes da colheita. Exemplo:
Um vaso de 4 litros pode ser enxaguado com 16 litros de água.

Você pode tentar fumar uma planta macho, ou fazer óleo de haxixe, porém o objetivo principal é a
flor ou "camarão" rico em THC e agradável de fumar. Em pouco tempo você estará colhendo sua
planta, quando ela atingir o ponto onde o crescimento pára, começando a inchar e amadurecer.

Colheita, Secagem e Cura

A colheita, a secagem e a cura de uma planta de cannabis madura são o clímax da experiência de
plantio, e os últimos passos na proclamação da independência do mercado negro.

Apesar destes serem os últimos passos, são os mais críticos para o produto final. A colheita, por
exemplo, dependendo da habilidade do cultivador em julgar a maturidade da planta, pode diminuir
ou aumentar decisivamente os níveis de THC, assim como os níveis de CBN e CBD.

A cannabis é colhida quando as flores estão maduras. A melhor indicação de maturidade é a cor
dos pistilos das flores. Durante o curso do período de florescimento, esses pistilos começam a
morrer e dependendo da espécie da planta, modificam suas cores para tonalidades de marrom,
laranja etc. Muitos cultivadores escolhem colher a planta quando 60 a 75% dos pistilos ou "pêlos"
mudaram de cor. O tempo ideal de colheita varia de acordo com a espécie de cannabis, então a
melhor forma de saber a hora de colher é através da experimentação. Tente colher amostra das
flores durante períodos diferentes durante o florescimento (Uma com 6 semanas, outra com 7
semanas, etc) para determinar qual o melhor período de sua escolha.

Quando colhidas antes do tempo, as flores de cannabis contém baixa concentração de CBN e CBD,
porém mantendo alta concentração de THC. Para alguns, as flores imaturas são desejáveis por
manterem altas doses de THC, provocando uma onda "pra cima" e cerebral.

Quando colhidas em estado mais maduro, os níveis de THC caem e aumentam os níveis de CBN e
CBD. Essa flutuação causa uma onda mais introspectiva e chapada. Travado no sofá é bom já ter
a comida da larica preparada...

O produto final da planta depende diretamente da sua escolha do período de colheita, nutrientes
que você forneceu durante a vida de sua planta, o tempo vegetativo permitido, mistura de
solo/solução hidropônica usada, e muitas outra variantes. Tenha em mente que um "camarão"
pesa mais quando totalmente maduro e recém colhido. Após a secagem e cura apropriada a média
de perda de peso pode chegar a 75% do peso original.

Por impaciência, a maioria dos cultivadores novatos querem colher flores cedo. Tudo bem!
Certifique-se, porém, de colher flores do meio pra cima da planta. Permita ao resto, continuar a
maturação. Frequentemente o topo da planta atinge a maturidade primeiro, colha isso e permita o
término da maturação. Você notará as flores inferiores se tornando maiores e mais resinosas ao
atingir a maturidade completa. A produção de um modo geral pode ser aumentada dessa forma,
ao permitir que os galhos inferiores recebam maior quantidade de luz e por isso mais atenção dos
processos químicos internos da planta.

Use uma lente de aumento e tente ver os tricomas entroncados (pequenos cristais de THC sobre a
flor). Se a maioria estiver clara, e não marrom, o ápice do buquê floral está próximo. Quando a
maioria desses tricomas atingirem uma coloração marrom, os níveis de THC estarão caindo e a
flor estará perdendo potencial, declinando rapidamente com a exposição à luz e ao vento. Não
colha tarde de mais! Observe as plantas e aprenda o tempo ideal de colheita no ápice da potência
floral.

A manicure costuma ser a parte mais tediosa do processo de cultivo. É o ponto onde você remove
todo o excesso de folhas e galhos indesejados de suas flores. Pode ser feito de duas formas, com
a planta seca ou ainda verde. A manicure verde costuma ser mais limpa, com as folhas ainda
húmidas não se faz muita sujeira, enquanto a manicure seca pode virar um chiqueiro.Utilize um
par de tesouras ou alicate afiado e limpo para remover o excesso. Comece pelas folhas maiores e
movendo gradativamente para as menores, para facilitar o serviço.Algumas pessoas costumam
cortar em volta da flor como se estivessem fazendo um corte de cabelo, deixando apenas a
"pepita" de THC.

Não seque as flores de cannabis ao sol, esse processo reduz a potência dos "camarões". Seque
lentamente suas flores pendurando-as ou deitando-as em uma área ventilada, é só o que é
preciso para assegurar uma grande sensação. A Flor é muito mais agradável ao paladar quando
secada vagarosamente durante algumas semanas, dependendo da densidade das flores. As mais
gordas e pesadas levam mais tempo.

Se você não resistir e a pressa falar mais rápido, você pode secar uma pequena quantidade entre
folhas de papel ou saco de papel (Ex: saco de pão) no microondas. Fique de olho para não tostar
as bichinhas. Apesar de conveniente, o resultado final será um fumo amargo e áspero de gosto
desagradável, já que a clorofila não teve a chance de se transformar em amido e açúcar.

Uma boa indicação de um "camarão" bem seco é o caule. Se você puder envergar um pouco o
caule antes dele quebrar, é sinal que a flor está pronta para cura. Essa é outra fase crítica da
experiência de cultivo. Uma flor bem curada é muito mais potente do que uma que não foi curada.

Seguindo um processo simples pode se conseguir um ótimo sabor de fumo e uma viagem
inesquecível. Jarras de vidro, latas de metal ou Tupperware, além de outros potes podem ser
usados para curar suas flores. Coloque as flores propriamente secas no pote de sua escolha e
deixe descansando em um lugar fresco e escuro. Remova a tampa do pote diariamente e vire as
flores, permitindo que o dióxido de carbono escape. Repita esse processo por cerca de 2 semanas,
o até alcançar o gosto e/ou potência desejados.

Finalmente, assegure-se de manter as suas flores secas e curadas longe da exposição de calor ou
luz. Fazendo isso você terá a garantia de longa vida de sua própria colheita! Boa Sorte!

Plantio ao Ar livre

Para muitos cultivadores, o plantio ao ar livre é o melhor método. Ele produz "camarões" mais
potentes e ao contrário do plantio em estufas, você poderá cultivar "monstros" de 4 metros de
altura se as condições forem favoráveis. Sendo a cannabis uma planta naturalmente robusta e de
crescimento rápido, ela irá prosperar com bastante sol, mas também produzirá satisfatoriamente
com apenas 5 horas de sol direto diariamente. Os raios solares, por terem grande penetração,
alcançarão tanto a parte superior como a parte inferior da planta, permitindo um crescimento
uniforme quando diretamente expostas ao sol.

Da semente à colheita, o plantio ao ar livre pode ser longo, e apesar de muito prazeroso, o
cultivador poderá enfrentar vários problemas. Nos 6 meses ou mais que a planta leva para se
desenvolver, chuva e vento podem danificar as flores e animais silvestres e insetos podem comer
e destruir sua planta completamente. Essas questões devem ser consideradas e o cuidado
redobrado para se evitar problemas.

Entre os muitos benefícios do plantio ao ar livre estão: Não precisar se preocupar com conta de
luz, orçamento de estufa, exaustores, luzes, regulagem periódica dos ciclo diurno/noturno, etc.
Porém os fatores mais importantes a serem levados em consideração são: Segurança, máxima
necessidade de luz direta, qualidade do solo da área escolhida e disponibilidade de água. A junção
desses fatores ajudará o cultivador a escolher o melhor local para sua área de plantio. Exposição
solar é o primeiro fator ao se localizar um lugar, então tente achar um local inóspito onde o sol
incida diretamente pelo maior período de tempo. Se for necessária a escolha entre o sol da manhã
e o da tarde, já foi provado que o sol da manhã tem maior penetração. A exposição ideal seria
entre às 8 da manhã até às 15 horas, embora entre às 10 e 16 horas seja suficiente. Áreas
abertas tem maior exposição solar, porém se for em um terreno inclinado, o lado sul terá maior
incidência. Tenha em mente que a luz solar em grandes altitudes é mais intensa devido ao ar
rarefeito. A exposição Leste/Oeste é benéfica para se conseguir o sol da manhã e da tarde.

Existem muitas precauções que o cultivador deverá tomar para proteger sua colheita de
saqueadores e da lei, incluindo podar os galhos para disfarçar o formato característico da planta
de cannabis, além de plantar outras espécies em volta, como soja, tomate, bambú, cana de
açúcar, etc.

Quando o cultivo estiver longe de sua casa, numa área inóspita, o acesso à água pode ser
problemático. Após a escolha do lugar, longe dos olhos curiosos e com sol em abundância, esse
deverá ser o próximo fator em consideração. É preciso que haja uma fonte de água por perto ou
pelo menos próxima da superfície, já que de outra forma você deverá carregá-la. Água é pesada e
regar dessa forma dará muito trabalho, além dos riscos de se andar até as plantas a cada 4-5 dias
em pleno verão. O cenário ideal seria canalizar água de uma fonte em um terreno mais acima, e
criar um sistema de gotejamento para alimentar suas plantas em um intervalo fixo. Um pouco de
engenharia e criatividade pouparão muito trabalho. Você também deverá decidir se irá plantar
direto no solo, que é de longe a melhor opção, ou usar vasos grandes. Plantando direto no solo
exclui a possibilidade de raízes emaranhadas e a necessidade de transplante. Embora plantar em
vasos permita a mudança de lugar caso a segurança de sua colheita esteja ameaçada, também
facilitará a vida de eventuais saqueadores. Uma forma de se impedir isso seria enterrando os
vasos.

Uma vez tomada a decisão do lugar apropriado, você deverá começar cavando um buraco grande
com pelo menos ½ metro de profundidade. Quanto maior melhor, e se você encontrar raízes de
árvores, lembre-se de cavar o buraco o mais largo possível. A qualidade do solo deverá ser
analisada, muito embora não exista um tipo de solo perfeito para cultivo de cannabis. Diferentes
variedades de espécies crescem em diferentes tipos e condições de solo. Seu objetivo será um
solo aerado e de boa drenagem, com alta disponibilidade de nutrientes e com Ph médio. Alguns
cultivadores procuram manter o Ph entre 6.3 e 6.8. A planta de cannabis cresce de forma pobre
em solos muito compactados, com pouca drenagem e Ph extremos. Você poderá melhorar o
terreno misturando condicionadores de solo e compostos orgânicos.

Plantas criadas em solo ao ar livre, crescerão muito mais e necessitarão de mais espaço do que
plantas de estufa. O espaçamento entre as plantas dependerá da espécie, e também se a planta
será podada em seu topo ou não. Plantas podadas no topo crescem com uma base mais ampla, as
vezes com o dobro de tamanho de uma planta não podada. Quanto mais espaço disponível entre
as plantas, maior será a incidência dos raios solares, por conseguinte o aumento de sua produção.

Veados, Roedores e Insetos

Veados – Costumam ter um olfato aguçado, seis vezes superior aos cachorros. Veados são
sensíveis ao cheiro característicos de seus predadores, como pêlos e urina. Coloque uma garrafa
com pequenos furos na parte superior, cheia de urina e bolas de algodão, então pendure com fio
de nylon no perímetro onde estão suas plantas. Renove a garrafa a cada 3-4 semanas. Outras
formas de espantá-los, seria usando fios de cabelo humano amarrados no caule, ovos podres
espalhados em volta ou sabonetes de cheiro forte. Esse métodos deverão ser renovados a cada
chuva. Um dos métodos mais simples consiste em fazer uma cerca com apenas uma linha de
nylon, aproximadamente 1 metro acima do solo, em volta do terreno de suas plantas. Veados
temem o que eles sentem mas não podem ver. Cercas em volta das plantas também podem
funcionar mas lembre-se que veados conseguem saltar bem alto. Tente combinar 2 ou 3 métodos
descritos acima para se certificar de que suas plantas estarão a salvo dos veadinhos....

Assim como veados os roedores temem os mesmos predadores, os métodos de cheiro de pêlos e
urina também deverão funcionar contra eles. Porém existem algumas dicas especificas:

Coelhos – Evitam o cheiro de vinagre, por isso use sabugos de milho verde encharcados com
vinagre e espalhe em volta do terreno. Os sabugos podem ser reutilizados. Espalhe uma mistura
de pimenta do reino, caiena e páprica no solo em volta das plantas, isso assustará os coelhos
fuçando sua colheita, porém esse método deverá ser renovado a cada chuva.

Gambás – Cercar a área com uma fronteira horizontal de materiais que os gambás não gostam
de andar sobre, tais como plástico preto amassado, jornal, papel alumínio ou tela de galinheiro
levemente acima do solo. Prenda-os com tijolos, pedras ou pinos de metal. Vinagre e bolas de
naftalina também funcionarão contra eles.

Esquilos – Não serão problema até a fase de florescimento. Para repelir esquilos, misture flocos de
naftalina, gesso e pimenta do chile. Espalhe ao redor da área de cultivo.

Ratos e Ratazanas – Essas criaturas podem arruinar totalmente sua colheita se elas entrarem no
recipiente onde você guarda o seu produto final e comê-lo. O que os ratos não conseguem comer,
eles defecam em cima, arruinando da mesma forma. Folhas de hortelã secas ou frescas são
ótimos repelente, além de aromatizar seu produto.

Cães e Gatos – Se você tem uma certa dificuldade em manter o Rex ou o Félix longe do seu
cultivo, aqui vão algumas dicas que não farão mal aos seus animais: Tente assustá-los com
ratoeiras de cabeça pra baixo no solo. Isso funcionará não apenas com eles, mas com outras
criaturas selvagens também. Mistura de pimentas também poderá afastá-los.

Lesmas – Em geral são comuns e podem até destruir suas plantas, não existindo um meio efetivo
de se livrar delas. Sapos, rãs e besouros são inimigos naturais das lesmas e serão bem vindos nas
redondezas de seu jardim. Barreiras físicas são boas opções, mantenha em volta de seu jardim,
cascas de ovo ou serragem. Manter um prato com sal pode ser uma forma de exterminá-las. Ou
enrolar um pedaço de arame em forma de espiral na base de sua planta, isso impedirá as lesmas
de alcançarem as folhas.

Insetos Comuns – Receita de repelente orgânico que funciona bem com a maioria deles.

Ingredientes:

3 pimentões verdes
2 ou 3 dentes de alho
3/4 Colher de sopa de detergente líquido
3 copos d’água
Bata os pimentões e o alho no liquidificador e coloque o purê em um recipiente de borrifar junto
da água e do detergente. Deixe por 24 horas e depois coe o purê. Borrife as plantas infestadas,
tomando cuidado para não atingir as folhas.

Pulgões – Bata uma cebola e 2 dentes de alho no liquidificador com água, coe e borrife a planta
protegendo as folhas.

Hidroponia

Hidroponia é o método de cultivo sem a utilização de terra, em vez disso utiliza-se um meio de
pedrinhas de argila expandida, bloco de lã ou uma mistura de perlita e vermiculita. O tipo de meio
escolhido dependerá do tipo de sistema que você escolheu para cultivar suas plantas. Alguns
métodos não usam meio nenhum. Existem muitas vantagens em se usar o método hidropônico.
Em primeiro lugar, o crescimento é mais rápido, já que está se provendo os elementos exatos que
sua planta precisa, em segundo, geralmente as raízes não se embaraçam ao procurar por
nutrientes, já que eles são fornecidos diretamente. Como as coisas ocorrem mais rapidamente no
cultivo hidropônico, você deverá fazer visitas diárias ao seu jardim para verificar o que está
ocorrendo com suas plantas. Olhe, ouça e aprenda.

Como não se utiliza terra, nós devemos fornecer os elementos que a planta precisa, geralmente
deve-se usar um alimento hidropônico específico, porém qualquer alimento a base de sais
minerais deverá funcionar. Lembre-se de utilizar os nutrientes de acordo com as instruções do
fabricante, já que as plantas não irão crescer de forma mais rápida se você alimentá-las em
excesso. Os nutrientes são geralmente vendidos como concentrados que deverão ser diluídos em
água, nunca coloque-os diretamente nas suas plantas por serem concentrados fortes demais. De
um modo geral você deverá enxaguar as suas plantas uma vez por mês para remover o excesso
de salinidade que se forma. A medição do Ph é muito importante em sistemas hidropônicos, um
aparelho de medição eletrônico se faz necessário para sistema ativos, porém em sistemas
passivos, um kit para teste de Ph em aquários, poderá ser uma solução mais barata.
O alvo é manter o Ph entre 5.5 e 6.1 o tempo todo em sistemas hidrôponicos. No período
vegetativo procure manter a solução mais ácida em 5.5 e no período de florescimento aumente
até ficar entre 5.9 e 6.1, para que a planta absorva todos os nutrientes necessários. Para baixar o
Ph deixando a solução mais ácida, use Ácido Fosfórico ou aumente o Ph para uma solução mais
alcalina usando Hidróxido de Potássio, disponíveis em lojas de jardinagem ou produtos
agropecuários. A concentração de nutrientes é verificada por um medidor de partículas (PPM)
disponível em lojas de produtos hidropônicos. Os iniciantes podem simplesmente seguir as
instruções do fabricante de sua solução de nutrientes.

Existem dois tipos de Sistemas Hidropônicos, Passivo e Ativo:

Sistemas Passivos - São simples e de mais fácil utilização, além de mais baratos. Você pode
adquirir um pote de 4 cm de profundidade, uma mistura de perlita e vermiculita, uma pequena
lâmpada fluorescente e você já estará plantando. Algumas pessoas podem cultivar em ambientes
externos usando esse método e obter o mesmo tipo de resultado. Métodos passivos de cultura
utilizam granulados de perlita e vermiculita como meio ou ainda qualquer outro material do
gênero. A planta deverá ser regada manualmente quando a mistura estiver seca 2cm abaixo da
superfície. Você poderá testar colocando o dedo e verificando a humidade. Outro método passivo
simples, é o sistema de pavios (panos retorcidos), consistindo de um pote colocado sobre uma
pequena bandeja de nutrientes, os pavios saindo do fundo do pote até a bandeja, mantendo a
mistura húmida e fornecendo nutrientes o tempo todo. Outra opção e uma bacia dentro de outra
bacia. Faça buracos no fundo da bacia superior e passe os pavios por eles até tocar os nutrientes
na bacia inferior. Coloque uma mistura de perlita e vermiculita na bacia superior e você já estará
plantando. A solução, nesse tipo de método, deverá ser trocada a cada 3 ou 4 dias por uma nova
solução

Um sistema de bloco de lã simples pode ser feito utilizando-se uma bandeja, como as utilizadas
para manter areia para gatos. Corte um bloco de lã ao meio e ponha no meio da bandeja, em
seguida encharque-o com uma solução de nutrientes com Ph ajustado para 5.5 e deixe por 24
horas. A vantagem da lã é que pode-se comprar pequenos cubos feitos para plantar sementes, ou
preparar clones, e em seguida abrir um buraco no bloco de lã, colocando um cubo dentro, as
raízes sairão do cubo e passarão para o bloco. Você precisará fazer um buraco no fundo da
bandeja para permitir que o bloco seja drenado, mantendo-o apenas húmido. Para drenar o bloco
basta inclinar a bandeja. Lembre-se de enxaguar o bloco de lã com pelo menos 20 litros de água a
cada 2 semanas.

Sistemas ativos - São os que utilizam bombas para de um certo modo fazer com que os
nutrientes circulem, isso pode ser tão simples quanto um reservatório de 40 litros com nutrientes
no fundo, em cima, uma bandeja acomodando 6-7 potes. Um tubo preso à bomba e saindo do
fundo do reservatório se conecta à mangueira ou cano que distribui a solução para cada um dos
vasos. Um buraco no fundo da bandeja permite que o excesso de solução volte para o
reservatório. Todos os sistemas ativos tem boa performance, porém são mais caros no início, a
vantagem é que os nutrientes são continua ou periodicamente bombeados e distribuidos às
plantas, resultando em crescimento/florescimento rápido. Esses sistemas exigem um maior
trabalho diário porém não são difíceis de se dominar com paciência e prática.

Cultura em Água Profunda (Deep Water Culture) é um sistema onde os potes ou cestas são
suspensos 2 cm acima do nível da solução de nutrientes, e uma bomba de ar de aquário é
colocada no fundo para que as bolhas renovem o ar da solução que alimenta as plantas, enquanto
constantemente nutridas o crescimento pode ser extremamente rápido. A versão de alta
performance desse sistema se chama Sistema Aeropônico.
Sistemas Aeropônicos costumam ter pequenos potes de 4 cm, furados como cestas e enchidos
com argila expandida ou cascalho arredondado, para que as raízes desçam pelos buracos do pote
até tubos ou reservatórios opacos, enquanto pequenos aspersores borrifam gotas microscópicas
da solução de nutrientes para serem absorvidas pelas plantas. Pode-se comprar pequenas bombas
de ar de aquários com mangueiras de plástico para arejar a solução de nutrientes e mantê-las
balanceadas. Uma outra opção é usar aquecedores de aquário para manter a água aquecida por
volta de 21 graus Celsius.

Não importando o método escolhido para cultivar a planta ou plantas, existem pequenas coisas
que nós devemos lembrar sobre hidroponia: O meio utilizado para as plantas nunca deve ser
saturado por um período muito longo, isso é especialmente importante em blocos de lã ou potes
com perlita/vermiculita, água em excesso pode afogar a planta. Não é preciso superalimentar as
plantas para fazer com que elas desenvolvam "camarões" maiores. A planta de Cannabis só
absorve o que ela precisa, não podendo ser alimentada à força, excesso de nutrientes só
significarão folhas queimadas e saúde fraca. Mantenha suas plantas saudáveis, removendo folhas
mortas e prevenindo o surgimento de pragas. Algas verdes poderão surgir no meio escolhido por
você, para evitar o inconveniente, cubra o bloco de lã ou os potes e o reservatório com plástico
preto para impedir a entrada de luz.

Em breve na seção Técnicas Avançadas, tutoriais de construção de sistemas ativos.

Nutrientes Orgânicos

A primeira razão para se utilizar nutrientes orgânicos em vez de químicos, é porque a chance de
se queimar as plantas (superfertilização causando problemas ou morte) é quase zero. Ao
alimentar com substâncias orgânicas, a planta só absorverá o que ela necessita, deixando o resto
no solo. Adicionalmente, fertilizantes orgânicos são quebrados lentamente por microorganismos do
solo, o que assegura um suprimento constante para suas plantas; além disso, ter muitos
microorganismos presentes no solo é benéfico para o solo e consequentemente para suas plantas
também.

Fertilizantes químicos, por outro lado, são altamente solúveis e geralmente encontrados com uma
maior concentração do que fertilizantes orgânicos. Após aplicados no solo, eles são rapidamente
absorvidos pelas raízes. Por sua alta concentração, essa ação rápida irá causar uma dosagem
tóxica dos nutrientes, se for usado em excesso, levando a problemas ou até a morte da planta.
Ainda por cima, fertilizantes químicos deixam resíduos salinos no solo. Se a planta não for
enxaguada periodicamente (cada 1-2 meses), esses sais podem se acumular em níveis perigosos
para a planta. (Nota – Se o solo não for enxaguado um pouco antes da colheita, o gosto de seu
fumo será afetado negativamente.) Finalmente, fertilizantes químicos tem um efeito devastador
nos microorganismos do solo, incluindo minhocas.

Além das questões de química do solo e da absorção de nutrientes, existe pouco o que questionar
sobre o benefício da utilização de substâncias orgânicas ao meio ambiente, mesmo plantando em
estufa. Fertilizantes orgânicos tais como, farinha de osso, emulsão de peixe, esterco, húmus, etc,
são renováveis. O petróleo, de onde os fertilizantes químicos são sintetizados, não é.

Para o cultivador ao ar livre, a opção do tipo de fertilizante tem um efeito ainda mais profundo. A
chave do sucesso de um plantio bem sucedido e a saúde do solo. Fertilizantes químicos tem um
efeito adverso na vida do solo, diminuindo a biodiversidade e a força do solo, e por serem muito
mais solúveis do que os orgânicos, são frequentemente enxaguados pela água da chuva ou
excesso de água ao regar. Além de serem perigosos para suas plantas, causam problemas de
poluição em potencial, por exemplo, as algas tóxicas que surgem em lagos e lagoas são
constantemente associadas com fertilizantes químicos que "vazam" para o lençol freático atingindo
córregos e nascentes.

Fertilizantes orgânicos também tem o seus senões, especialmente para o cultivo em lugares
fechados. Alguns deles, como a emulsão de peixe em particular, tem um odor forte que pode
incomodar narizes delicados. (Muito embora, medidas de segurança envolvendo filtro de ar e
ionizadores devam manter os cheiros em seus devidos lugares...). Além disso, por desenvolverem
a vida orgânica do solo, podem ocorrer problemas com insetos e particularmente fungos.
Finalmente, alimentos orgânicos requerem uma maior dedicação de tempo e esforço por parte do
usuário. A grande vantagem dos químicos é a praticidade.

Notas sobre alguns fertilizantes orgânicos mais comuns:

Farinha de Sangue: 13 - 0 - 0

Possui uma das maiores concentrações de Nitrogênio de todos os fertilizantes orgânicos, e por isso
se constitui na melhor escolha para o crescimento vegetativo. Em sua forma de ação seca e lenta,
pode ser misturada ao solo na proporção de 1 a 2 colheres de sopa por 4 litros de solo. Sua
versão solúvel é a mais utilizada, por sua ação rápida sem o risco de se queimar as plantas como
os fertilizantes químicos. Para fazer o chá de farinha de sangue, deixe uma colher de sopa de
molho em 4 litros de água, por 5 ou 7 dias. Quanto mais tempo maior a concentração de N. Agite
bem, coe o resíduo sólido, e regue suas plantas.

Farinha de Ossos: 1 - 11 - 0

Por sua alta concentração de fósforo, é mais indicada para o período de florescimento, porem por
ser de lenta dissolução, é recomendado que seja adicionado ao solo ainda na fase vegetativa.
(Talvez o melhor seja misturar somente no solo do último transplante.) Um dos cuidados com a
farinha de ossos, especialmente na Europa, é o medo de contágio da doença da vaca louca. Muito
embora ainda não tenha sido provado, vale ter isso em mente.

Emulsão de Peixe: 5 - 1 - 1

É uma solução liquida feita de peixe decomposto e as vezes outros ingredientes. É um fertilizante
extremamente gentil e a melhor escolha como o "primeiro fertilizante" para se usar em plantas
jovens. Sua taxa de NPK é ideal para o estágio vegetativo. Pode ser diluído em água na proporção
de 1 a 3 colheres de sopa por 4 litros de água.

Húmus: 0.5 - 0.5- 0.3

Também conhecido como o bom e velho cocô de minhoca, talvez seja o melhor fertilizante
orgânico no cômputo geral. Apesar do baixo nível relativo de nutrientes, húmus por alguma razão
tem um excelente efeito no vigor das plantas, tendo seu efeito reconhecido por todos que o
utilizam. Por ser bastante gentil, pode ser usado em plantas recém germinadas por também
conter micronutrientes. Pode ser misturado ao solo na proporção de 15% do volume total ou feito
chá (1 parte de húmus para 5 partes de água.) e aplicado no solo ou fertilizante foliar.

Composto de Algas Marinhas: 1 - 0.5 - 2.5

Fornece cerca de 60 tipos de elementos, além de hormônios de promoção de crescimento e


enzimas. É usado para assegurar que a planta está conseguindo os micronutrientes necessários.
Pode ser misturado ao solo (1-2 colheres de sopa por 4 litros de água) ou feito chá na mesma
proporção.

Guia de Resolução de Problemas - Enfermaria

Os problemas mais comuns são, o excesso de água e de fertilizantes, seguidos de perto por pH
incorreto e raízes emaranhadas. Antes que quaisquer tentativas de remediar sejam tomadas,
esses fatores deverão ser considerados.

* Deficiência de Nutrientes – Raramente acontecem nos jardins modernos. O que as pessoa


vêem como deficiência de nutrientes, 9 em cada 10 vezes é problema de pH. Um pH muito alto ou
muito baixo trava a capacidade da planta de absorver os nutrientes, por isso elas aparentam estar
deficientes, quando na verdade existem nutrientes em quantidade mais do que suficientes na
solução/solo. Adicionar nutrientes só piora a situação, desregulando o pH ainda mais e
aumentando a quantidade de partículas no meio.
Solução - O melhor a fazer, caso seja detectada qualquer forma de deficiência de nutrientes, é
medir e ajustar o pH.

* Excesso de Água – Sinais de excesso de água incluem: Folhas murchas, curvadas e


amarelando. Também uma boa indicação é o constante cheiro de terra molhada em sua
estufa/jardim.
Solução – Aumente a temperatura e o fluxo de ar para evaporar o excesso de água. Você pode
também adicionar h2O2 (Água Oxigenada) para ajudar as raízes a receberem oxigenação. Apenas
não regue em excesso, somente quando o solo/meio estiver seco. Se o seu solo estiver
encharcado, transplante sua planta para um novo vaso com solo seco e fresco.
* Excesso de Fertilizante – Sinais de excesso de fertilizante incluem: Folhas queimadas/ mortas
nas pontas/laterais e curvadas para baixo.
Solução – Verifique e ajuste para o pH desejado. Enxágue e diminua o nível de
fertilizante/nutrientes.

* pH Incorreto – Problemas com pH podem se manifestar de diferentes formas, desde


deficiência de nutrientes até excesso de fertilizante e folhas queimadas.
Solução – A única forma de saber é medindo e ajustando o nível do pH.

* Raízes Emaranhadas – Veja abaixo na seção Problemas com Raízes

* Estresse por Calor – Sinais de estresse por calor se assemelham muito a queimaduras por
nutrientes, exceto que elas ocorrem no topo da planta, próxima das lâmpadas. O amarelar das
folhas superiores é causado normalmente por proximidade das lâmpadas HID.
Solução – Uma forma de saber se as suas plantas estão muito próximas é colocar as costas da
mão entre elas e a lâmpada, por alguns minutos. Se você sentir uma sensação de desconforto é
porque elas estão muito próximas e a lâmpada deverá ser ligeiramente afastada.

Problemas nas Folhas

* Amarelar - Acontece por falta de clorofila. Possíveis causas podem ser, drenagem insuficiente
do solo, raízes danificadas, raízes compactadas, alta alcalinidade e deficiência de nutrientes.
Solução – Mais uma vez lembre-se de checar o pH.**Nota – Nas últimas semanas de
florescimento um amarelar nas folhas é completamente normal, pois a planta usa todos os
nutrientes estocados.

* Amarelar nas Folhas Inferiores e Medianas – Esse amarelar nas folhas mais antigas é
possivelmente um sinal de deficiência de Nitrogênio (N). Como esse é um nutriente transferível
(quer dizer que a planta pode movê-lo quando necessário), se uma planta não está recebendo
Nitrogênio suficiente das raízes então ele será "roubado" das folhas mais antigas. Plantas com
deficiência de Nitrogênio geralmente demonstram falta de vigor e crescimento pobre, resultando
numa planta fraca e atrofiada. Em Sistemas Hidropônicos normalmente o pH está muito alto
travando a absorção do Nitrogênio disponível na solução. Em solo, amarelar também pode ser
indicação de raízes emaranhadas.
Solução – Primeiro verifique e ajuste o pH. O pH correto para a cannabis é 6.3 – 6.8 quando em
solo e 5.5 – 6.1 quando em Sistema Hidropônico. Segundo, certifique-se de estar fornecendo a
quantidade/tipo correto de fertilizante/nutriente. Para o estágio vegetativo a cannabis precisa de
um alimento rico em Nitrogênio, na taxa NPK de 2-1-1 ou (20-10-10)

* Amarelar nas Folhas Superiores – O amarelar nas folhas novas pode ser um sinal de
deficiência de Enxofre (S). Essa deficiência é bastante rara mas começa com o amarelar de uma
folha nova por inteiro, incluindo as veias. Outros sinais são, raízes alongadas, galhos rígidos e a
ponta das folhas enroladas pra baixo. **Nota – Na maioria dos caso o amarelar nas folhas
superiores e causado por proximidade das lâmpadas.
Solução – Verifique e ajuste o Ph, além do nível de fertilizante/nutriente para se certificar de
estar fornecendo o tipo/quantidade corretos para o seu estágio de crescimento. Faça o teste da
mão e veja se está muito quente.

* Folhas Enrolando pra cima – Pode ser sinal de deficiência de Magnésio (Mg) causada por um
nível de pH baixo. A falta de Magnésio pode ainda gerar amarelamento (com posterior
escurecimento e folhas secas) e amarelamento entre as veias, começando nas pontas das folhas
mais antigas e progredindo para o centro. Pode ser também um sinal de excesso de calor e
humidade dentro da estufa.
Solução – Verifique e ajuste o pH, já que fora do nível ideal a planta de marijuana perde a
capacidade de absorver os elementos essenciais requeridos para um crescimento saudável. Se
você estiver cultivando em solo, o Magnésio começará a ser travado com um pH de 6.5 ou
inferior, em hidroponia começa com 5.8 ou inferior. Se o pH for o correto, então adicione ¼ de
colher de chá de Sulfato de Magnésio Heptahidratado (Epsom Salt) por litro de água. Ou para
nutrição foliar, dilua a dose anterior com 2 partes de água e borrife periodicamente nas folhas.
**Nota – Se a água da torneira tiver acima de 200 PPM o Magnésio será travad por excesso de
cálcio (Ca) na água. Magnésio pode ser travado por excesso de Ca, de Cloro (Cl) ou Nitrogênio
Amoníaco (NH4+). Se esse for o seu problema use água mineral.

* Folhas Enrolando pra baixo – Quando isso ocorre, associado com pontas e margens
queimadas é costumeiramente um sinal de que o nível de nutrientes está alto demais.
Solução – Verifique e ajuste o pH. Enxague e diminua o nível de nutrientes.

* Folhas Murchando – Geralmente ocorre por excesso/falta de água ou pouca luz.


Solução – Quando em solo, primeiro coloque o dedo ou um medidor de humidade alguns
centímetros abaixo do solo e verifique se está seco ou húmido. Se excesso de água for o seu
problema, aumente a temperatura e a circulação de ar em sua estufa para evaporar um pouco do
excesso. Adicione h2o2 (Água Oxigenada) diluída em água.**Aviso! – Excesso de água crônico
pode levar a raízes podres/estagnadas e solo enlameado. Caso você detecte esse problema,
transplante para um vaso novo com terra fresca e seca. Em Sistemas Hidropônicos, verifique se o
meio está húmido ou seco, antes de adicionar água ou ligar a bomba. Se o meio ainda estiver
muito húmido, ou muito seco, você precisará verificar seu jardim com mais frequência para checar
a disponibilidade de água em seu sistema. Por último, se falta de luz for seu problema, adicione
mais luz.

Problemas com Raízes

* Raízes Emaranhadas – Isso ocorre quando as raízes crescem mais do que o pote em que elas
estão contidas. Plantas cujas raízes estão emaranhadas exibem um crescimento atrofiado, fino,
lento e com produção de "camarões" pequenos, folhas murchas facilmente queimadas por
nutrientes, necessitando de água constantemente. O amarelar das folhas antigas
progressivamente subindo até que todas as folhas sequem e morram, é um sinal significativo
desse problema.
Solução – Transplante imediato para um vaso maior. A receita de bolo é, 4 litros de solo para
cada 30 cm de altura, exceto em clones que podem utilizar uma medida menor. Ao delicamente
retirar a massa de raízes, inspecione e veja se as raízes formam um círculo fechado em volta da
massa, em caso positivo, tente muito gentilmente desprender essas raízes da massa de terra. Se
as raízes estiverem muito emaranhadas então você poderá cortar algumas fatias de 1 cm em
torno da massa com um instrumento afiado e esterilizado, antes de colocar a planta em seu novo
vaso. **Nota – Não compacte o novo solo no fundo do novo pote, deixe-o aerado porém ser
bolsas de ar, para que as raízes penetrem facilmente.
* Raízes Atrofiadas – Ou crescimento lento ou nenhum de novas folhas podem ser devido a
deficiência de cálcio (Ca), intoxicação por Alumínio (Al), Cobre (Cu), pH Ácido ou tóxinas no solo.
Solução – Como sempre, verifique e ajuste o pH. Se houver qualquer tipo de intoxicação do solo,
então você precisará enxaguá-lo completamente.

Problemas nos Galhos

* Quebra de Galho ou Caule – Isso poderá ocorrer mais cedo ou mais tarde com qualquer um.
Isso pode ocorrer por tentativa de treinar a planta, animais derrubando vasos ou refletores caindo
em cima, etc Não importa como aconteceu, só não há motivo para pânico.
Solução – Consertar não é problema, faça talas com palitos de sorvete e prenda com fita crepe
ou esparadrapo. Um canudo do Mc Donald’s cortado ao longo pode ser um ótimo método de
"engessar" o caule/galho. Dê uma semana para que a planta se recupere e volte a crescer.

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